UNIDADE 1. O território brasileiro

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a abertura da Unidade 1 podem ser trabalhadas na semana 2.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da unidade

• Reconhecer os oceanos e os continentes do planeta Terra.
• Entender que a América do Sul é uma subdivisão da América.
• Identificar o Brasil como um país da América do Sul.
• Conhecer a atual divisão política do Brasil.
• Reconhecer a dinâmica da organização do espaço brasileiro ao longo do tempo.
• Reconhecer as funções político-administrativas exercidas nas esferas municipal, estadual e federal.
• Reconhecer a responsabilidade da população na escolha dos seus representantes políticos.
• Entender os critérios da regionalização do Brasil.

  Nesta abertura de unidade são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE05.

  Introdução da unidade

  Nesta unidade, os estudantes terão a oportunidade de explorar conteúdos relacionados aos conceitos de território e de região, que estão entre os mais importantes da Geografia. A abordagem permite reconhecer as características gerais das superfície terrestre, identificando a divisão das terras emersas em continentes e a divisão dos oceanos, e compreender como o Brasil se insere no espaço geográfico mundial. A unidade apresenta ainda a divisão interna do território brasileiro em unidades político-administrativas e em grandes regiões.

  Competências da Base Nacional Comum Curricular em foco nesta unidade

• Competências Gerais da Educação Básica: 1; 2; 7.
• Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental: 5; 6; 7.
• Competências Específicas de Geografia para o Ensino Fundamental: 3; 4; 6.

Orientações pedagógicas

Pergunte aos estudantes o que o livro da personagem apresenta. Peça-lhes que compartilhem outras informações que chamaram a atenção deles na imagem.

Leia as atividades propostas de forma compartilhada, explorando as respostas dos estudantes.

Se julgar necessário, registre o que os estudantes manifestarem durante a análise da imagem. Cabe verificar se já conhecem os estados e a organização por regiões.

Para você ler

Região e organização espacial, de Roberto Lobato Corrêa, Editora Ática. Obra que aborda os conceitos de região e regionalização do espaço geográfico.

Unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades da Base Nacional Comum Curricular em foco nesta unidade

• Unidades temáticas: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas; Formas de representação e pensamento espacial; Natureza, ambientes e qualidade de vida.
• Objetos de conhecimento: Instâncias do poder público e canais de participação social; Unidades político-administrativas do Brasil; Sistema de orientação; Elementos constitutivos dos mapas; Conservação e degradação da natureza.
• Habilidades: EF04GE03; EF04GE05; EF04GE09; EF04GE10; EF04GE11.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a primeira parte do Capítulo 1 podem ser trabalhadas na semana 3.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

• Compreender que a superfície do planeta Terra é formada por oceanos e continentes.
• Identificar e localizar os continentes e os oceanos.
• Entender a América do Sul como parte da América.
• Reconhecer o Brasil como um dos países sul-americanos e como aquele que apresenta maior extensão territorial.
• Localizar o Brasil nos hemisférios.
• Conhecer as características da colonização da América.

  Nas páginas 14 e 15 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE10.

  Orientações pedagógicas

  Leve para a sala de aula um planisfério e um globo terrestre, para que os estudantes possam visualizar melhor as informações que serão apresentadas. Destaque que nessas representações a cor azul corresponde às águas.

  Durante a leitura do texto, explore oralmente o nome dos continentes e dos oceanos e, se possível, identifique-os no globo ou no planisfério. Essa etapa auxiliará os estudantes a realizar as atividades com mapas propostas adiante.

  É importante que os estudantes leiam atentamente o gráfico apresentado, observando o título e a legenda. Se julgar oportuno, peça-lhes que expliquem, oralmente, as informações apresentadas.

  Ressalte que, apesar de aproximadamente dois terços da superfície terrestre ser coberta por água, menos de 2,5% da água do planeta é doce. O texto da página MP037, A água pode acabar, apresenta informações importantes a respeito do problema de escassez de água no mundo.

  Atividades 1 e 2. Se necessário, oriente os estudantes a distinguir o continente americano no planisfério por meio da interpretação da legenda. Em seguida, ajude-os a identificar os oceanos que banham o continente americano.

Orientações pedagógicas

Para a leitura e a interpretação das informações representadas nos mapas, é fundamental que os estudantes reconheçam a importância dos elementos cartográficos: legenda, orientação, escala e fonte.

Atividades 3 e 4. Após realizar as atividades propostas, é possível explorar o mapa com outras questões que podem ser desenvolvidas oralmente: Qual é o maior continente? Quais oceanos banham o continente africano? Que oceano banha a Ásia e a América?

A água pode acabar

O grande “planeta água” está passando sede. É incrível imaginar que atualmente dezenas de milhões de pessoas vivam com menos de cinco litros de água por dia em um planeta que possui 70% de sua superfície coberta por água. É certo que a “hidrosfera aproveitável” é suficiente para o abastecimento de água de toda a população da Terra, mas ela é irregularmente distribuída. A água como substância está presente em toda parte, mas o recurso hídrico, entendido como um bem econômico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de custos financeiros razoáveis, é mais escasso.

Cerca de 97,5% de toda a água na Terra são salgadas. Menos de 2,5% são doces e estão distribuídas entre as calotas polares (68,9%), os aquíferos (29,9%), rios e lagos (0,3%) e outros reservatórios (0,9%).

Desta forma, apenas 1% da água doce é um recurso aproveitável pela humanidade, o que representa 0,007% de toda a água do planeta.

O problema da escassez de água está atingindo proporções alarmantes. Em 1972 [...], o Comitê de Recursos Naturais das Nações Unidas confirmou que 80 países, que representavam 40% da população mundial, padeciam de grave carência de água e que em muitos casos esta falta era um fator limitante para o desenvolvimento econômico e social. A escassez de água atinge hoje mais de 460 milhões de pessoas. Se não for alterado o estilo de vida da sociedade, um quarto da população mundial sofrerá este problema nas próximas décadas.

FONTE: HIRATA, Ricardo. Recursos hídricos. In : TEIXEIRA, Wilson et al . (org.). Decifrando a Terra . São Paulo: Oficina de Textos, 2003. p. 422.

Nas páginas 16 e 17 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE10.

Orientações pedagógicas

Atividade 5. Encaminhe a atividade para casa, estimulando o envolvimento da família e orientando os estudantes a fazer registros dos levantamentos como forma de facilitar a organização. A atividade favorece a consolidação dos conhecimentos de literacia, contribuindo para a ampliação de vocabulário e o exercício da fluência em leitura oral. a) Os Jogos Olímpicos surgiram na Grécia, em um vilarejo chamado Olímpia, por volta de 776 a.C. Tinham por finalidade homenagear Zeus, o deus mais importante da mitologia grega, e ocorriam de quatro em quatro anos. Somente os homens livres podiam participar dos jogos. As mulheres eram proibidas de assistir às disputas. Entre as modalidades, havia corridas a pé, salto em distância, arremesso de disco e corrida de bigas (espécie de corrida de cavalos, na qual os animais puxavam charretes). Os vencedores eram premiados com uma folha de palmeira e uma coroa de ramos de oliveira.

Por questões religiosas, os Jogos Olímpicos foram interrompidos em 394 d.C. e só recomeçaram no fim do século XIX. Alguns esportes não são mais disputados, mas fizeram parte dos Jogos Olímpicos no início do século XX, como cabo de guerra, corrida de barcos, doze horas de ciclismo e arremesso de pedra de 6,4 quilos.

b) 1980 – Moscou: atual Rússia, Europa*; 1984 – Los Angeles: Estados Unidos, América; 1988 – Seul: Coreia do Sul, Ásia; 1992 – Barcelona: Espanha, Europa; 1996 – Atlanta: Estados Unidos, América; 2000 – Sidney: Austrália, Oceania; 2004 – Atenas: Grécia, Europa; 2008 – Beijing: China, Ásia; 2012 – Londres: Reino Unido, Europa; 2016 – Rio de Janeiro: Brasil, América. Não foram realizados Jogos Olímpicos na África. Se julgar pertinente, comente sobre as diferenças socioeconômicas mundiais. *Comente que parte do território da Rússia fica na Europa e parte na Ásia.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para as páginas 17 a 21 podem ser trabalhadas na semana 4.

Fim do complemento.

Orientações pedagógicas

Ressalte que a América do Sul não é um continente. Consideramos a divisão do continente americano em três porções (América do Norte, América Central e América do Sul) como uma regionalização baseada na posição das terras americanas no próprio continente.

Verifique o que os estudantes sabem a respeito do termo fronteira, perguntando se já o ouviram, em que situação isso aconteceu e se compreenderam o significado na ocasião. Comente com eles que as fronteiras são determinadas por lei e podem ter referência em elementos naturais (rios e serras) ou em elementos artificiais (pontes, placas e marcos, entre outros). Convide os estudantes a desenhar um país imaginário e estabelecer fronteiras entre este e os países vizinhos, também imaginários, utilizando elementos visíveis na paisagem. Promova a partilha dos desenhos em duplas de estudantes para que um explique ao outro como foram estabelecidas as fronteiras dos seus países imaginários.

Na página 18 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE10.

Orientações pedagógicas

Explique que a América do Sul compreende 12 países (Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname), um departamento ultramarino francês (Guiana Francesa) e uma dependência inglesa (Ilhas Falkland). Na França, utiliza-se o termo departamento para designar a unidade federativa.

Para você ler

O Mercosul e a integração regional, de Rubens Antonio Barbosa, Editora Imesp. Obra que trata do processo de integração entre os países signatários do Mercosul.

Sugestão de atividade: Paralelos e meridianos em bolas de isopor

Para aprofundar o entendimento dos estudantes sobre paralelos e meridianos, é possível realizar uma atividade simples com bolas de isopor.

Materiais necessários: duas bolas grandes de isopor, estilete, canetas coloridas.

• Em uma das bolas de isopor, trace o paralelo do Equador.
• Em seguida, com um estilete, corte a bola de isopor ao meio. Os estudantes poderão observar que cada uma das metades representa um hemisfério. Não permita que eles manuseiem o estilete, evitando assim possíveis acidentes.
• Identifique as metades, pintando-as com cores diferentes ou escrevendo o nome dos hemisférios.
• Cole as partes da bola de isopor e deixe-as em exposição na sala.

• Repita o procedimento com a outra bola de isopor, desta vez traçando o Meridiano de Greenwich e o meridiano de 180º – no qual está a linha de mudança de data, cujo recorte é adaptado em razão dos países que lá estão localizados. Os estudantes poderão observar que cada uma das metades compõe os hemisférios oriental (leste) e ocidental (oeste).

• Identifique as metades, pintando-as com cores diferentes ou escrevendo o nome dos hemisférios. Utilize cores diferentes das que já foram escolhidas.
• Por fim, cada estudante pode trazer para a aula uma bola de isopor menor (o tamanho deve ser definido previamente) e canetas hidrográficas coloridas.
• Oriente os estudantes a traçar com canetas hidrográficas de cores diferentes o Equador, o Meridiano de Greenwich e o meridiano de 180º. Se possível, nomeie as linhas traçadas com uma caneta mais fina.
• Comente que a Oceania tem terras tanto no hemisfério sul como no hemisfério norte. Nos planisférios, as Ilhas Marshall, as Ilhas Marianas do Norte e a Federação dos Estados da Micronésia, entre outras, tornam-se quase imperceptíveis por causa da escala e, geralmente, aparecem como pequenos pontinhos azuis no oceano. Se julgar conveniente, mostre aos estudantes essas ilhas da Oceania em um atlas geográfico.

  Nas páginas 19 e 20 são trabalhados aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF04GE05 e EF04GE10.

  Orientações pedagógicas

  O texto pode ser lido de forma compartilhada, contribuindo para o desenvolvimento da fluência em leitura oral. Durante a leitura, é importante destacar que os paralelos correspondem às linhas paralelas ao Equador e os meridianos, às linhas traçadas de um polo a outro.

  Trabalhe as associações entre o Equador e a divisão do planeta em hemisférios norte e sul, e entre o Meridiano de Greenwich e a divisão do planeta em hemisférios ocidental (oeste) e oriental (leste).

  Atividade 9. Oriente-os a localizar o Brasil nas representações do globo terrestre. Eles devem perceber que a maior parte do território brasileiro está no hemisfério sul e que está integralmente no hemisfério oeste.

Orientações pedagógicas

Aproveite a oportunidade para trabalhar o tema atual de relevância trabalhado neste livro, explorando a importância da expansão das áreas de ocupação durante o período colonial para a consolidação do território brasileiro além dos limites definidos pelo Tratado de Tordesilhas.

Atividade 10. Espera-se que os estudantes reconheçam no mapa que Rússia, Canadá, Estados Unidos e China são países com extensão territorial superior à do Brasil. Peça a eles que leiam o mapa, identificando os 5 países mais extensos. Oriente-os a comparar o tamanho desses países.

Atividade 11. Os 10 maiores países em área territorial são Rússia, Canadá, China, Estados Unidos, Brasil, Austrália, Índia, Argentina, Cazaquistão e Argélia. Se julgar pertinente, mostre aos estudantes a localização desses países no planisfério.

Atividade 12. Espera-se que os estudantes reconheçam que o território brasileiro nem sempre foi assim. Ao longo do tempo, a configuração territorial do país passou por mudanças.

O Tratado de Tordesilhas

O Tratado de Tordesilhas definiu as áreas de domínio do mundo extraeuropeu. Demarcando os dois hemisférios, de polo a polo, deu a Portugal o direito de posse sobre a faixa de terra onde se encontrava o Brasil: ficou Portugal com as terras localizadas a leste da linha de 370 léguas traçada a partir de Açores e Cabo Verde, e a Espanha com as terras que ficassem do lado ocidental desta linha.

O direito de posse de Portugal sobre a faixa de terra onde se encontrava o Brasil foi produto de crescentes rivalidades entre Portugal e Espanha pelas terras do Novo Mundo, durante a segunda metade do século XV.

A proximidade das datas do Tratado de Tordesilhas (1494) e do “descobrimento” (1500) faz supor que Portugal já sabia da existência das terras brasílicas antes mesmo da expedição cabralina.

FONTE: IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento . Disponível em: http://fdnc.io/fAm. Acesso em: 8 dez. 2020.

Na página 21 são trabalhados aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF04GE05 e EF04GE10.

Orientações pedagógicas

Explore o mapa que mostra a colonização europeia na América, associando-o com as informações do texto.

Comente com os estudantes alguns aspectos do Tratado de Tordesilhas, que foi um acordo assinado por Espanha e Portugal, em 1494, no qual se estabeleceu a divisão das terras americanas entre esses dois países.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a seção O mundo que queremos podem ser trabalhadas na semana 5.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

• Comparar hábitos e costumes de diferentes povos.
• Desenvolver atitudes de valorização e respeito à diversidade cultural.
• Compreender que o modo de vida das pessoas muda de acordo com o lugar onde residem.
• Elaborar uma carta com base em um modelo.

  Na seção são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE11.

  Orientações pedagógicas

  Inicie o trabalho solicitando a leitura das imagens. Peça aos estudantes que observem as crianças e suas características.

  Após a leitura do texto, proponha aos estudantes as seguintes questões: Quantos anos vocês têm? Como é a sua família? Como é a sua escola? O que vocês mais gostam de fazer? Com o que vocês querem trabalhar quando crescerem? Quais são os seus maiores sonhos?

  Peça-lhes que comparem a vida deles com a das crianças retratadas, observando semelhanças e diferenças. Destaque a importância do respeito e da valorização das diferenças.

  Educação em valores e temas contemporâneos

  [...] Partilhar um cotidiano onde o simples “olhar-se” permite a constatação de que são todos diferentes traz a consciência de que cada pessoa é única e, exatamente por essa singularidade, insubstituível.

  O simples fato de os estudantes serem provenientes de diferentes famílias, diferentes origens, assim como cada professor ter, ele próprio, uma origem pessoal, e os outros auxiliares do trabalho escolar terem também, cada qual, diferentes histórias, permite desenvolver uma experiência de interação “entre diferentes”, na qual cada um aprende e cada um ensina. O convívio, aqui, é explicitação de aprendizagem a cada momento: o que um gosta e o outro não, o que um aprecia e o outro, talvez, despreze.

  Aprender a posicionar-se de forma a compreender a relatividade de opiniões, preferências, gostos, escolhas, é aprender o respeito ao outro. [...]

  FONTE: BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais : pluralidade cultural. Brasília, DF: MEC/SEB, 1997. p. 40.

Orientações pedagógicas

Atividade 1. Ao ler o texto que narra as histórias, os estudantes devem perceber que Teresa vive na Bolívia e Rafael, na Argentina.

Atividade 2. É importante que os estudantes percebam que, como toda criança, as personagens retratadas brincam, vão à escola, têm preferências e sonhos.

Na atividade Vamos fazer, pergunte aos estudantes se já receberam ou escreveram cartas e explore as respostas dadas. Em seguida, realize a leitura compartilhada da carta de Maíra. Se julgar conveniente, faça uma segunda leitura promovendo interrupções para que eles comparem seu cotidiano com o de Maíra.

Além de responder às perguntas feitas por Maíra, sugira a eles que escrevam na carta: onde moram e com quem; quem são seus melhores amigos e por que gostam deles e outras coisas que tiverem vontade de contar. Explique que, na carta, também podem fazer perguntas para Maíra.

Solicite a eles que elaborem a primeira versão no caderno.

Peça-lhes que façam a versão final da carta em uma folha de papel avulsa. As cartas podem ser lidas ou trocadas entre os estudantes.

Literacia e Geografia

Oriente os estudantes na escrita da carta explorando os elementos constitutivos desse gênero textual, como local e data, saudação, remetente, destinatário, assunto e despedida. A carta escrita pela menina Maíra pode servir de modelo para os estudantes. Explore, sempre que considerar oportuno, a leitura oral de textos como o da carta.

Numeracia e Geografia

Organize um quadro como o do modelo abaixo para registrar as informações do texto.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a primeira parte do Capítulo 2 podem ser trabalhadas na semana 6.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

• Compreender por que o território brasileiro foi dividido em partes menores.
• Conhecer a primeira divisão do território brasileiro.
• Conhecer a atual divisão política do território brasileiro.
• Identificar as unidades político-administrativas da federação brasileira.
• Reconhecer a responsabilidade da população na escolha dos seus representantes políticos.
• Conhecer meios de participação social na administração do município.
• Reconhecer os pontos cardeais e os colaterais como referenciais de orientação espacial.

  Nas páginas 24 e 25 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE05.

  Orientações pedagógicas

  Explique que o Brasil foi dividido para que sua administração se tornasse mais fácil, dadas a enorme extensão de seu território e a diversidade de paisagens.

  Destaque o recorte histórico que o texto traz, de modo que os estudantes percebam a importância do tempo e dos processos históricos. Comente, também, que a divisão política de um território resulta das transformações que ocorrem ao longo da história.

  Retome a explicação sobre o Tratado de Tordesilhas e sobre a divisão das terras americanas, verificando o conteúdo trabalhado na página 21.

  Divisão político-administrativa regional

  A divisão política e administrativa do Brasil nem sempre foi a mesma. Do século XVI ao século XX, o país teve diversos arcabouços político-administrativos, a saber: as donatarias, as capitanias hereditárias, as províncias e finalmente os estados, os distritos e os municípios. [...]

  Distrito Federal – É a unidade onde tem sede o governo federal, com seus poderes: Judiciário, Legislativo e Executivo;

  Estados – Em número de 26, constituem as unidades de maior hierarquia dentro da organização político-administrativa do país. A localidade que abriga a sede do governo denomina-se capital;

  Municípios – Os municípios constituem as unidades de menor hierarquia dentro da organização político-administrativa do Brasil. A localidade onde está sediada a prefeitura municipal tem a categoria de cidade;

Distritos – São unidades administrativas dos municípios. A localidade onde está sediada a autoridade distrital, excluídos os distritos das sedes municipais, tem a categoria de vila.

Divisão regional – O IBGE elabora divisões regionais do território brasileiro, com a finalidade básica de viabilizar a agregação e a divulgação de dados estatísticos.

Em consequência das transformações havidas no espaço brasileiro, no decorrer das décadas de 50 e 60, uma nova divisão em macrorregiões foi elaborada em 1970, definindo as regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que permanecem em vigor até o momento.

FONTE: IBGE. Divisão político-administrativa regional . Disponível em: http://fdnc.io/fAn. Acesso em: 20 maio 2021.

Orientações pedagógicas

Se julgar necessário, explique aos estudantes que federação corresponde à união instituída entre unidades independentes (no caso, os estados) para formar uma entidade soberana (a federação). Assim, os estados apresentam autonomia, mas a federação é a detentora da soberania.

Comente que, embora a maioria dos estados brasileiros tenha seus limites estabelecidos há algum tempo, ainda podem ocorrer mudanças na divisão político-administrativa do Brasil. As últimas ocorreram em 1977, com a criação do estado de Mato Grosso do Sul, e em 1988, com a criação do estado do Tocantins.

Explique que a divisão político-administrativa do território brasileiro pode ser modificada a qualquer momento, desde que tal mudança seja feita por meio de leis emanadas no Congresso Nacional e sancionadas pelo presidente da República.

Na página 26 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE05.

Orientações pedagógicas

Comente que, segundo o IBGE, os municípios são as “unidades autônomas de menor hierarquia dentro da organização político-administrativa do Brasil”. (IBGE. Anuário Estatístico do Brasil. v. 60. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. p. 37.) Os estados são as unidades de maior hierarquia na estrutura político-administrativa do Brasil.

Atividade 3. É importante que os estudantes percebam que os municípios estão inseridos em uma realidade maior, que é o estado. Comente que as linhas brancas, no mapa, representam os limites dos municípios do estado de Roraima. Peça a eles que identifiquem os municípios por seus respectivos nomes.

Comente que os limites municipais são determinados por leis estaduais votadas por deputados estaduais. Explique que rios, pontes e avenidas são elementos utilizados para demarcar limites municipais e que, na falta desses elementos, os limites podem ser imaginários, isto é, convencionados pelas partes interessadas e representados por placas indicativas. Pergunte aos estudantes se já viram essas placas informativas da divisa entre municípios. Ressalte também que um município pode se limitar com outros municípios do mesmo estado, de estados diferentes ou de outros países.

Atividade 4. De acordo com o IBGE, existiam 5.570 municípios no Brasil em 2021. Fonte disponível em: http://fdnc.io/2NY. Acesso em: 10 jun. 2021.

A importância do estudo do município

Ao estudar o município, faz-se o estudo do processo de construção da sociedade, isto é, como os homens se relacionam entre si e de que forma estão organizados para prover sua subsistência, seja em nível de trabalho, saúde, cultura, lazer. [...]

O estudo do município permite que o estudante constate a organização do espaço, que possa perceber nele a influência e/ou interferência dos vários segmentos da sociedade, dos interesses políticos e econômicos ali existentes e também de decisões externas ao município, confrontando-se inclusive com interesses locais e da população que ali vive. [...]

Estudar o município tem pelo menos duas vantagens: o estudante tem condições de reconhecer-se como cidadão em uma realidade que é a da sua vida concreta, apropriando-se das informações e compreendendo como se dão as relações sociais e a construção do espaço. A outra vantagem é pedagógica, pois, ao estudar algo que é vivenciado pelo estudante, são muito maiores as chances de sucesso, de se tornar um aprendizado mais consequente.

CALLAI, Helena Copetti. O estudo do município ou a Geografia nas séries iniciais. In : CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al . (org.). Geografia em sala de aula : prática e reflexões. 3ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre, 2001. p. 76 e 79.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para as páginas 27 a 31 podem ser trabalhadas na semana 7.

Fim do complemento.

Na página 27 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE03.

Orientações pedagógicas

Ressalte a importância de escolher conscientemente os candidatos a cargos públicos e acompanhar a gestão do município.

Atividade 6. Comente com os estudantes que a função do governador é administrar e representar o estado em questões jurídicas, administrativas e políticas. O governador é a autoridade máxima do estado. A função dos deputados estaduais é propor leis para o estado e fiscalizar a atuação do governador. A função dos deputados federais é, principalmente, propor, discutir e aprovar leis e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Os deputados estaduais e federais são os representantes da população no Poder Legislativo. Os senadores são os representantes dos interesses dos estados no Poder Legislativo. Eles também têm a função de propor, discutir e aprovar leis, além de revisar as leis aprovadas pelos deputados federais e julgar o presidente em caso de irregularidades. O presidente da República é o representante máximo do povo e a maior autoridade do país. Ele envia ao Congresso Nacional projetos de lei e pode vetar ou sancionar projetos aprovados pela Câmara e pelo Senado. Além disso, elabora estratégias político-econômicas para o país e comanda as Forças Armadas.

Na página 28 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE11.

Orientações pedagógicas

Explique que, no Brasil, toda sede de município é considerada cidade, mesmo que se trate de um pequeno povoado. A área urbana do município é definida pela Lei Municipal do Perímetro Urbano. Essa lei define os limites da área urbana. As áreas do município que não compõem esses limites são consideradas áreas rurais.

Peça aos estudantes que comparem as fotografias, destacando as principais diferenças entre elas. Pergunte a eles quais atividades econômicas podem ser realizadas em cada área mostrada.

Nas páginas 29 e 30 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE09.

Orientações pedagógicas

Destaque que o movimento do Sol é aparente. A Terra é que está em movimento: a rotação do planeta faz com que o Sol “apareça” em um lado e “desapareça” em outro. A percepção do movimento aparente do Sol permite determinar as direções cardeais leste e oeste e, com base nestas, as direções norte e sul.

Ao utilizar o corpo para determinar as direções cardeais, é preciso observar o lado onde o Sol “aparece”, pela manhã, ou o lado onde ele “desaparece”, no fim da tarde, evitando que os estudantes concluam que o leste está sempre à direita e desconsiderem a trajetória aparente do Sol.

Numeracia e Geografia

É importante que os estudantes percebam que a determinação das direções depende do ponto de referência, ou referencial, que está sendo considerado. Reforce as noções de lateralidade: esquerda, direita, em cima, embaixo, atrás, em frente. Para isso, podem ser utilizados exemplos do cotidiano: a posição da carteira ou outros objetos da própria sala de aula, a frente da escola ou da própria casa etc.

Peça aos estudantes que, em suas casas, observem o movimento do Sol ao longo de um dia e depois representem por meio de um desenho o “caminho” que o Sol fez no céu ao longo do dia. Eles podem indicar no desenho as direções cardeais.

Orientando-se pelo Sol

A orientação a partir dos pontos cardeais pode parecer muito abstrata para os estudantes. É importante fazer com que percebam que esse tipo de orientação está baseado na observação do movimento aparente do Sol. É importante destacar que o leste não é apenas o “lugar onde o Sol nasce”, assim como o oeste não é apenas “o lugar onde o Sol se põe”. De acordo com Almeida e Passini, o leste e o oeste “[...] são os pontos de entrada da Terra na luz e/ou na sombra do lugar onde o sujeito se encontra, sendo observáveis pela presença do Sol ou pela sua ausência. No entanto, o leste e o oeste não são pontos. São antes o sentido que se pode tomar indo na direção do surgimento da luz ou da sombra considerando o sentido do movimento de rotação da Terra, que se faz de oeste para leste”.

FONTE: ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Y. O espaço geográfico : ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2002. p. 42.

Orientações pedagógicas

Antes de iniciar a leitura do texto, questione os estudantes: Como vocês explicariam o caminho de sua casa até a escola? Quando marcam um encontro em um local com muitas pessoas, como localizam a pessoa que pretendem encontrar? Como sabem a direção que deve ser seguida para chegar a algum local?

Explique que os pontos cardeais e colaterais não mudam; o que muda é o ponto de referência ou referencial considerado.

Se necessário, explique aos estudantes que o símbolo W, indicado em alguns esquemas, desenhos ou instrumentos de orientação, como a bússola, significa oeste. O símbolo W vem do inglês west (oeste). O símbolo E significa leste e vem do inglês east (leste).

Sugestão de atividade: Confeccionando uma rosa dos ventos

Materiais necessários: cartolina, tesoura com pontas arredondadas, lápis de cor ou canetas hidrográficas para colorir.

• Reproduza, para cada estudante, um modelo da rosa dos ventos em tamanho ampliado. Os estudantes devem colar o modelo em um pedaço de cartolina. Peça-lhes que pintem a rosa dos ventos e, depois, a recortem.
• A rosa dos ventos confeccionada pelos estudantes pode ser utilizada para identificar pontos de referência em cada dependência da escola.

• Para identificar os pontos de referência, faça perguntas como: O que há a leste da escola? O que há ao norte da escola? Em que direção está a quadra da escola? E a secretaria?
• Destacamos que é preciso identificar antecipadamente a direção leste tendo como referência a escola. Para isso, o professor poderá utilizar uma bússola ou simplesmente observar a direção em que o Sol “aparece” pela manhã ou “se põe” ao entardecer, tendo a escola como referência. Uma vez determinada a direção leste ou oeste, tomando-se a escola como referencial, a rosa dos ventos deve ser posicionada de tal forma que a inscrição L (leste) ou a inscrição O (oeste) esteja apontada para a direção leste ou oeste encontrada pelo professor.

  Na página 31 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE09.

  Orientações pedagógicas

  Atividade 10. Encaminhe a atividade para casa, orientando a correta utilização da rosa dos ventos.

  É possível criar outras propostas como as das atividades 8, 9 e 10 para verificar se os estudantes realmente aprenderam as noções de orientação. Pode-se também usar um mapa do município para que eles identifiquem as direções com base na rosa dos ventos, atentando, primeiramente, para a direção em que o Sol aparece pela manhã.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para as páginas 32 a 37 do Capítulo 3 podem ser trabalhadas na semana 8.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

• Compreender os conceitos de região e de regionalização.
• Entender para que serve a regionalização de um território.
• Conhecer a regionalização oficial do Brasil.
• Identificar alguns critérios utilizados na regionalização feita pelo IBGE.
• Conhecer a divisão do Brasil em complexos regionais.

  Nas páginas 32 e 33 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE05.

  Orientações pedagógicas

  É importante que os estudantes compreendam os conceitos de região e de regionalização. Explique que a regionalização de um território permite conhecer a distribuição espacial dos fenômenos estudados. Esse conhecimento facilita a administração e o estudo do território, orienta o planejamento de ações governamentais e ajuda a obter dados numéricos ou estatísticos sobre um tema ou assunto. Assim, a regionalização do território brasileiro permite aos governos locais direcionar melhor suas ações para atender às necessidades de sua população, tendo em vista as suas particularidades.

  Região: conceito central na discussão da ciência geográfica

  De maneira geral, podemos dizer que no desenvolvimento do pensamento geográfico há dois grandes marcos de interpretação acerca do objeto da Geografia. O primeiro entende que a Geografia estuda a relação do homem com o meio e o segundo a concebe como um campo de conhecimento particular voltado para o estudo das diferenciações das áreas. Essas duas orientações gerais implicam concepções diferentes de região. Na primeira perspectiva, referida, muitas vezes, como ambientalista, a região existe em si mesma, ou seja, ela é autoevidente e cabe ao pesquisador reconhecê-la por meio de análises. A região, portanto, se coloca como objeto de estudo a priori .

No segundo caso, a região não existe por si mesma, ela não é objeto de estudo no sentido restrito do termo, pois ela se conforma no final do processo de investigação, processo esse que constrói o recorte espacial por meio de elaboração de critérios definidos no processo de investigação.

FONTE: LENCIONI, Sandra. Região e Geografia: a noção da região no pensamento geográfico. In : CARLOS, Ana Fani A. Novos caminhos da Geografia . São Paulo: Contexto, 1999. p. 200.

Orientações pedagógicas

Comente que o Brasil já teve outras divisões regionais. A atual divisão regional foi proposta em 1970, sendo, depois, modificada pela Constituição Federal de 1988.

Atividade 2. Pergunte aos estudantes quais são as unidades federativas que compõem a Região Nordeste e suas respectivas capitais. Pergunte a eles também quais unidades federativas compõem a Região Sul.

Nas páginas 34 e 35 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE05.

Orientações pedagógicas

Após ler o texto, pergunte aos estudantes quais são os estados brasileiros. Deixe que citem os nomes conforme forem se lembrando e anote-os na lousa. Em seguida, escolha com eles cores diferentes para cada uma das cinco regiões brasileiras, organizando uma legenda. Depois, peça-lhes que associem os estados a cada uma das cinco regiões brasileiras, indicando a cor correspondente de acordo com a legenda proposta. Os estudantes podem conferir acertos e erros utilizando o mapa da página 33.

A identificação e o conhecimento de algumas características das regiões brasileiras são importantes para posterior estudo dos aspectos naturais, sociais e culturais do Brasil.

Destaque algumas diferenças entre as regiões e entre os estados, como a extensão territorial e o número de habitantes.

Pergunte aos estudantes se já visitaram outros estados do Brasil. Em caso afirmativo, peça-lhes que identifiquem os estados e contem aos colegas como era o lugar visitado. Explore semelhanças e diferenças entre esses lugares e o lugar onde os estudantes vivem.

Aproveite o conteúdo para retomar o tema da dinâmica populacional, discutindo como as diferenças regionais favorecem a mobilidade migratória e a diversidade cultural no Brasil.

Nas páginas 36 e 37 são trabalhados aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF04GE05.

Orientações pedagógicas

Atividade 4. Solicite aos estudantes que registrem no caderno aquilo que sabem sobre a região onde moram. Em seguida, peça-lhes que socializem as respostas oralmente e organize o registro das informações na lousa.

Numeracia e Geografia

Atividade 5. Encaminhe a atividade para casa, orientando os estudantes a retomar conhecimentos relacionados à fração, conceito estudado nas aulas de Matemática, contribuindo para desenvolver a numeracia.

Literacia e Geografia

Na atividade 4, discuta as informações levantadas pelos estudantes e listadas na lousa. Em seguida, proponha à turma a produção de um texto (coletivo ou individual) caracterizando a região com base nas informações listadas.

A regionalização

Analisando de um outro ângulo essa questão da regionalização, independentemente de a questão da região se colocar como autoevidente ou como produto final da investigação, podemos perceber que o procedimento de regionalizar teve referências variadas. Primeiramente, as regionalizações se identificaram com a administração territorial e política. Em seguida, o critério natural foi o mais relevante para a elaboração de regionalizações.

Com a percepção de que a natureza não seria a única determinante na conformação regional, foram concebidas propostas baseadas no critério econômico e em outros critérios.

A título de lembrança e de exemplo, podemos mencionar a identidade posta entre região e espaço vivido e a compreensão da regionalização como produto da divisão territorial do trabalho.

FONTE: LENCIONI, Sandra. Região e Geografia: a noção de região no pensamento geográfico. In : CARLOS, Ana Fani. Novos caminhos da Geografia . São Paulo: Contexto, 1999. p. 200-201.

Orientações pedagógicas

A regionalização do Brasil por regiões geoeconômicas foi elaborada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger em 1967 e está baseada, principalmente, em aspectos históricos e socioeconômicos.

Atividade 6. a) Os limites de cada região coincidem com os limites dos estados apenas no mapa das regiões do IBGE (página 33). Na divisão geoeconômica, as regiões abrangem parcialmente alguns estados. A região da Amazônia, por exemplo, não abrange todo o território dos estados do Mato Grosso, do Tocantins e do Maranhão. Explore a comparação entre essa regionalização por regiões geoeconômicas e a regionalização proposta pelo IBGE, chamando atenção para as diferenças e as semelhanças entre os limites das regiões. Proponha uma reflexão perguntando aos estudantes que regionalização eles acreditam ser mais representativa da situação atual do território brasileiro.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a seção Para ler e escrever melhor podem ser trabalhadas na semana 9.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

• Ler e compreender um texto expositivo com estrutura de sequência temporal.
• Perceber a organização do texto expositivo com a utilização de marcadores textuais (em 1940; mais tarde, em 1960; atualmente).
• Analisar e selecionar informações contidas no texto e em mapas, separando-as em um organizador gráfico (quadro).
• Escrever um texto, com base em um modelo, sobre as mudanças que ocorreram na divisão política da Região Nordeste.

  Na seção são trabalhados aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF04GE05 e EF04GE10.

  Orientações pedagógicas

  Leia o texto com os estudantes, evidenciando que ele mostra um desencadeamento temporal. As expressões em 1940, mais tarde, em 1960 e atualmente têm a função de marcar essa passagem do tempo. A realização da atividade favorece o desenvolvimento da literacia e a consolidação da alfabetização por meio da localização e da retirada de informação explícita do texto e de inferências diretas.

  Auxilie os estudantes na leitura e na interpretação dos mapas, que comprovam e complementam as informações do texto. Chame a atenção deles para a ordem cronológica do texto e dos mapas, de modo que compreendam as mudanças ocorridas na divisão regional do território brasileiro ao longo do tempo.

  A regionalização do IBGE

  A primeira proposta de divisão do Brasil em regiões foi feita pelo IBGE, por volta da década de 1940, e levou em consideração principalmente os critérios de ordem natural, como a vegetação, o clima e o relevo. Um exemplo bem visível é o contorno que formava a Região Norte, notadamente de domínio da Floresta Amazônica, mais preservada e densa.

  Após essa primeira tentativa de regionalização do Brasil, ocorreram muitas mudanças na organização interna do território, como a formação de centros industriais urbanos, a expansão das fronteiras agrícolas, a modernização das atividades econômicas e o rápido e constante crescimento populacional do pós-guerra.

Esses fatores levaram o IBGE a rever seus critérios e a estabelecer uma regionalização que contemplasse também alguns aspectos socioeconômicos e demográficos. No entanto, a manutenção dos limites estaduais ainda era importante para facilitar a coleta e a organização dos dados.

A atual divisão do IBGE segue o princípio dos limites estaduais para efeito de pesquisas oficiais e ainda propõe uma divisão de acordo com o nível das análises: em escala maior, propõe até 360 microrregiões homogêneas e, em escala menor, divide o país em cinco macrorregiões homogêneas (as cinco grandes regiões do Brasil tal como as conhecemos).

Embora a divisão possa transmitir uma sensação de separação ou segregação, há uma forte dependência entre as regiões do país; afinal, são integradas pelo mesmo sistema político e econômico. Além disso, há um inter-relacionamento provocado pelo fluxo de pessoas, informações e mercadorias.

Orientações pedagógicas

Atividade 3. A produção do texto vai exigir que, primeiro, os estudantes organizem as informações que estão nos mapas da Região Nordeste que foram apresentados na atividade. Depois, como modelo, eles deverão seguir a estrutura do texto apresentado na seção. Lembre-os de elaborar um título sugestivo, que desperte a curiosidade dos leitores; de escrever um parágrafo anunciando o que será tratado; e de explicar as mudanças que ocorreram na divisão política do Nordeste ao longo do tempo. Se julgar conveniente, peça-lhes que usem imagens para ilustrar o texto, decalcando os mapas no caderno, por exemplo.

Após a produção do texto, solicite a eles que, em duplas, leiam o texto um do outro e os comparem, verificando se estão claros.

Conclusão da unidade

Na perspectiva da avaliação formativa, este é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes, destacando os seguintes pontos: reconhecimento dos continentes e dos oceanos que compõem a superfície terrestre; localização do Brasil na América do Sul; reconhecimento do território brasileiro como um dos maiores do mundo; identificação dos hemisférios e da distribuição do território brasileiro neles; reconhecimento das divisões político-administrativa e regional do Brasil.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 10.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

• Recordar os principais conceitos e noções estudados ao longo da unidade.
• Aplicar o conhecimento adquirido a situações novas.
• Conhecer algumas noções de método de pesquisa.
• Trabalhar a leitura e a interpretação de gráficos.

  Nas páginas 40 e 41 são trabalhados aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF04GE05, EF04GE09 e EF04GE10.

  Orientações pedagógicas

  Atividade 1. Requer conhecimentos sobre a divisão do mundo em países, continentes e hemisférios, além de noções sobre as direções cardeais e colaterais. Em caso de dúvidas entre os estudantes, retome o conteúdo do Capítulo 1 e das páginas 29 e 30 do Capítulo 2.

  Gráficos: fazer e entender

  [...] é importante que os professores ofereçam situações reais para que as crianças observem, coletem dados concretos do espaço de vivência e elaborem gráficos. [...] devemos ensinar o gráfico como uma linguagem visual tão importante quanto a linguagem escrita, para comunicar ou obter informações. Consideramos a importância de reconhecer o gráfico como linguagem que comunica as informações, com organização lógica, por meio de uma imagem.

Ele é uma importante ferramenta para entender Geografia como ciência, pois, para expressar os dados investigados por uma imagem, obriga o sujeito da investigação e da representação a entrar no conteúdo para entendê-lo em sua organização lógica e elaborar uma imagem que “fale”.

FONTE: PASSINI, Elza Y. Gráficos: fazer e entender. In : PONTUSCHKA, Nídia N.; OLIVEIRA, Ariovaldo U. de (org.). Geografia em perspectiva . 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2015. p. 209-214.

Orientações pedagógicas

Atividade 2. A resolução dessa atividade exige conhecimentos sobre a divisão política e sobre os limites internacionais do território brasileiro. Eventuais dificuldades para a identificação dos estados podem ser sanadas com a retomada do conteúdo da página 25.

Nas páginas 42 e 43 são trabalhados aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF04GE03, EF04GE05 e EF04GE11.

Orientações pedagógicas

Atividade 3. Os estudantes precisam utilizar conhecimentos sobre o processo histórico de organização interna do território brasileiro e sobre a sua composição atual em unidades federativas, que incluem os estados e o Distrito Federal. Devem ser valorizadas ainda eventuais menções aos municípios. O mapa político da página 25 pode ser explorado como forma de retomar o conteúdo.

Atividade 4. Os estudantes devem identificar o município e a unidade federativa onde vivem.

Mais uma vez, o mapa da página 25 pode ser utilizado para auxiliar os estudantes na identificação da unidade da federação em que vivem. Outros materiais cartográficos podem ser utilizados para trabalhar a localização do município.

Atividade 5. É importante enfatizar que, no Brasil, o voto não é apenas um direito, mas também um dever. Aproveite o momento para promover um debate sobre a obrigatoriedade do voto em nosso país.

Os estudantes devem localizar no texto as informações necessárias para caracterizar os direitos e os deveres dos cidadãos em relação ao voto nas eleições brasileiras. Os estudantes que apresentarem dificuldades podem ser orientados a reler em voz alta o texto, de trecho em trecho, verificando as informações que podem ser aproveitadas para resolver as questões.

A organização do território brasileiro ao longo do tempo

É importante que os estudantes percebam que a criação das capitanias hereditárias foi uma forma que Portugal encontrou para conseguir ocupar e explorar a nova colônia e que essa organização inicial é bem diferente da atual organização do território brasileiro. O sistema de capitania hereditária “consistia na concessão real de largos domínios, proventos e privilégios a particulares, incluindo atributos de soberania, com o direito de fundar povoações, nomear funcionários, cobrar impostos e administrar justiça. O sistema oferecia a vantagem de promover a exploração das colônias sem ônus para o Estado”.

FONTE: VAINFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808) . Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. p. 92-93.

Orientações pedagógicas

Atividade 6. Caso os estudantes não se recordem de alguns dos cargos políticos ocupados por representes eleitos pelo povo ou da função que os representantes do Poder Legislativo exercem, revise o conteúdo trabalhado na página 27.

Atividade 7. A população pode acompanhar os debates e as votações que acontecem na Câmara Municipal ou as discussões que ocorrem nos diversos Conselhos Municipais, além de enviar sugestões e críticas aos vereadores e ao prefeito.

Espera-se que os estudantes apresentem a compreensão a respeito da importância da participação popular nos fóruns de debate e de deliberação sobre a administração pública do município, em especial nas sessões da Câmara Municipal e nos Conselhos Municipais. Mais uma vez, a página 27 pode ser retomada para subsidiar a compreensão do tema.

Atividade 8. Os estudantes precisam apresentar domínio sobre o conceito de região e o processo de regionalização de um território. Em caso de dúvidas, retome o conteúdo das páginas 32 e 33.

Para o estudante ler e acessar

Quem manda aqui? Um livro sobre política para crianças, de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun, Companhia das Letrinhas.

Livro que aborda diversas formas de controle e poder.

Plenarinho: o jeito criança de ser cidadão Disponível em: http://fdnc.io/2U2. Acesso em: 26 jul. 2021.