MP034
UNIDADE 1. A dinâmica populacional brasileira
LEGENDA: Bairro no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2017. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a abertura da unidade 1 podem ser trabalhadas na semana 2.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da unidade
- Conhecer aspectos relacionados à distribuição da população no território brasileiro.
- Analisar informações estatísticas sobre a população do Brasil.
- Entender o conceito de migração e os motivos que levam as pessoas a migrar.
- Conhecer os principais fluxos migratórios ocorridos no Brasil.
- Perceber os contrastes sociais no Brasil, compreendendo suas causas.
- Reconhecer as desigualdades existentes entre diferentes grupos sociais.
A abertura de unidade contempla aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE02.
Introdução da unidade
Nesta unidade são abordados os aspectos demográficos do Brasil, apresentando as características mais relevantes para compreender a realidade da população brasileira e refletir sobre ela.
Na leitura das imagens, solicite aos estudantes que descrevam oralmente as paisagens mostradas.
Se julgar pertinente, mostre imagens de outros lugares do Brasil e, se possível, imagens que evidenciam contrastes sociais no município onde os estudantes vivem.
Leia as perguntas com os estudantes. Incentive-os a explicar as próprias respostas para que desenvolvam a capacidade de elaborar hipóteses. Oriente-os a escrever no caderno uma síntese do que foi discutido para que aprimorem a anotação do que ouvem.
Competências da Base Nacional Comum Curricular em foco nesta unidade:
- Competências Gerais da Educação Básica: 1; 7; 9.
- Competência Específica de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental: 1; 2 e 5.
- Competências Específicas de Geografia para o Ensino Fundamental: 3; 7.
MP035
LEGENDA: Bairro no município de Itapiranga, estado de Santa Catarina, 2020. FIM DA LEGENDA.
Boxe complementar:
Vamos conversar
No Brasil, dependendo do lugar, as condições de vida da população podem ser muito diferentes.
Observe as fotografias e responda.
- Que diferenças você nota entre os dois lugares mostrados?
PROFESSOR
Resposta: A área retratada na imagem 2 apresenta melhor estrutura urbana.
- Em sua opinião, qual dos lugares retratados proporciona melhores condições de vida aos moradores? Explique.
PROFESSOR
Resposta pessoal.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Orientações pedagógicas
A comparação entre as imagens possibilita discutir questões referentes à desigualdade e à justiça social no Brasil, tema relacionado a fatos atuais de relevância nacional e internacional que se destaca neste livro.
Atividade 1. Espera-se que os estudantes percebam diferenças relacionadas, principalmente, às condições de infraestrutura urbana. A fotografia 1 mostra a paisagem de um bairro com ruas de terra e esburacadas. Não há sinalização e falta calçamento para circulação de pedestres; além disso, diversas construções estão inacabadas. A fotografia 2 mostra um bairro com vias asfaltadas, arborizadas, devidamente sinalizadas e com calçamento para circulação de pedestres. Há diversidade de construções, voltadas tanto à moradia quanto às atividades comerciais e de prestação de serviços.
Atividade 2. É importante que, ao observar as paisagens mostradas nas fotografias, os estudantes percebam o contraste social. Melhores condições de vida podem estar relacionadas a diversos fatores, entre os quais o acesso à infraestrutura (fotografia 2).
Para você acessar
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
http://fdnc.io/3gz. Acesso em: 11 dez. 2020.
Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que disponibiliza dados estatísticos sobre o Brasil e a população brasileira.
Unidade temática, objetos de conhecimento e habilidades da Base Nacional Comum Curricular em foco nesta unidade:
- Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo.
- Objetos de conhecimento: Dinâmica populacional; Diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais.
- Habilidades: EF05GE01; EF05GE02.
MP036
CAPÍTULO 1. Quantos somos e onde vivemos
Brasil: país populoso, mas pouco povoado
Em 2020, de acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população absoluta ou total do Brasil era de cerca de 212 milhões de habitantes.
Com a sexta maior população do mundo, o Brasil é considerado um país populoso.
Mas, se por um lado, o Brasil tem um elevado número de habitantes, por outro, o país é pouco povoado. Sua densidade demográfica ou população relativa é baixa: 25 habitantes por quilômetro quadrado (hab./km 2).
Quadro: equivalente textual a seguir.
Países mais populosos do mundo (2020*) |
|
---|---|
País |
População estimada (em mil habitantes) |
China |
1 471 287 |
Índia |
1 380 004 |
Estados Unidos |
331 003 |
Indonésia |
273 524 |
Paquistão |
220 892 |
Brasil |
212 442 |
Fonte: United Nations. Department of Economic and Social Affairs. Population Dynamics. Standard Projections. World Population Prospects 2019. Disponível em: http://fdnc.io/eaz. Acesso em: 25 maio 2021. IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projeção.
A distribuição da população no território
No Brasil, a população não se distribui de forma regular pelo território: ela se concentra mais em algumas áreas e menos em outras. Podemos perceber essa irregularidade ao comparar a densidade demográfica das regiões brasileiras. Observe o quadro abaixo.
Quadro: equivalente textual a seguir.
População estimada, área e densidade demográfica do Brasil e das regiões (2020*) |
|||
---|---|---|---|
Brasil e regiões |
População |
Área (km 2 ) |
Densidade demográfica (hab./km 2 ) |
Brasil |
212 422 715 |
8 510 821 |
25 |
Norte |
18 766 162 |
3 851 281 |
5 |
Nordeste |
57 502 855 |
1 551 991 |
37 |
Centro-Oeste |
16 591 933 |
1 606 239 |
10 |
Sudeste |
89 279 852 |
924 565 |
95 |
Sul |
30 281 913 |
576 743 |
53 |
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2019; IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetada.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para a primeira parte do capítulo 1 pode ser trabalhada na semana 3.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos
- Conhecer aspectos relacionados à distribuição da população brasileira no território.
- Compreender o significado de crescimento natural ou vegetativo.
- Reconhecer a maior participação da mulher no mercado de trabalho.
- Reconhecer o papel da mulher na chefia da família.
- Identificar a existência de desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
- Perceber o envelhecimento da população brasileira, identificando suas causas.
As páginas 14 e 15 contemplam aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
Mostre, em um planisfério político, a localização dos seis países mais populosos listados no quadro. Peça aos estudantes que identifiquem a qual continente pertence cada país, levando-os à conclusão de que a maioria se localiza na Ásia.
Explique que a densidade demográfica ou população relativa é calculada dividindo-se o total da população pela área territorial considerada.
Destaque a diferença entre país populoso e país povoado. Saliente que um país populoso é aquele que apresenta elevado número de habitantes. Já o que determina se um país é pouco ou muito povoado é a relação entre a população local e sua área territorial, ou seja, a sua densidade demográfica. Assim, países populosos podem ser pouco povoados em razão de sua grande extensão territorial, como é o caso do Brasil.
População e planejamento
Hoje, quando as economias se encontram mundializadas pela intensidade das trocas e quando os programas de investimentos realizados entre governos e empresas atingiram níveis nunca encontrados na História, a demanda de informações e a sua regularidade e precisão representam uma garantia para as políticas adotadas. A estrutura etária da população, sua composição por sexo, os setores por atividades de trabalho, a alfabetização, o nível de renda etc. são informações que permitem uma visualização do potencial para a concretização daqueles programas.
Deslocando-se a questão para o plano interno das políticas governamentais de cada país, torna-se difícil pensar na elaboração de qualquer programa de desenvolvimento econômico sem os subsídios numéricos referentes à população.
- Que região brasileira tem a maior densidade demográfica? E a menor?
PROFESSOR
Resposta: Maior: Sudeste; menor: Norte.- Qual é a densidade demográfica da região onde você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.Também podemos observar a irregularidade na distribuição da população pelo território comparando a densidade demográfica das unidades federativas.
Observe o mapa a seguir.
FONTES: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2019; IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projeção.
- Anote duas unidades federativas mais povoadas e duas menos povoadas.
PROFESSOR
Resposta: Mais povoadas: SP, RJ, SE, AL. Menos povoadas: MT, AM, RR.
- Em que faixa de densidade demográfica está a unidade federativa onde você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
O conhecimento da taxa de crescimento demográfico e da distribuição da população em suas diferentes faixas de idade é condição necessária para qualquer política de emprego e educação, assim como para os programas habitacionais, de saneamentos básicos e outros.
Tão importante quanto o estudo da demografia é o da geografia da população. Enquanto a primeira explica as leis de crescimento e mudança na estrutura da população, a segunda explica os fatores das suas diferentes formas de distribuição espacial.
FONTE: SCARLATO, Francisco C. População e urbanização brasileira. In : ROSS, Jurandyr L. S. (org.). Geografia do Brasil . 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2019. p. 386-387.
Orientações pedagógicas
Em todas as atividades que utilizam mapas, realize, previamente, a leitura e interpretação desses documentos cartográficos. Esclareça possíveis dúvidas quanto às informações representadas.
Enfatize que os principais elementos de um mapa são: título, legenda, escala, orientação e fonte. Explique que o título traz informações que identificam o mapa; a legenda indica o significado dos símbolos e das cores nele utilizados; a escala revela quantas vezes o tamanho real foi reduzido para ser representado no mapa; a orientação indica a direção do mapa, geralmente o norte; a fonte fornece a origem dos dados apresentados.
Apresente dados sobre a população e a densidade demográfica referentes ao município de vivência dos estudantes. Para obter essas informações, acesse o site do IBGE, disponível em: http://fdnc.io/5R (acesso em: 15 dez. 2020). Compare com os dados da unidade federativa e da região em que está inserido o município onde vivem. Caso julgue pertinente, apresente outras informações estatísticas que estão disponibilizadas no site, tanto do país como por unidade federativa e por município: população total; número de matrículas nos ensinos pré-escolar, fundamental e médio; trabalho e rendimento etc.
O texto População e planejamento ressalta a importância de levantar informações estatísticas sobre a população, utilizadas para implementação de políticas públicas e realização de investimentos do setor privado.
MP038
O crescimento da população brasileira
Em 1900, o Brasil tinha cerca de 17 milhões de habitantes. No ano de 2020, sua população era de aproximadamente 212 milhões de habitantes.
Os fatores que influenciam o crescimento da população de um país são o crescimento natural ou vegetativo e o saldo das migrações internacionais.
O crescimento natural ou vegetativo corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. A taxa de natalidade indica o número de nascidos vivos para cada grupo de mil habitantes de um país. A taxa de mortalidade indica o número de mortes para cada grupo de mil habitantes do país. Para indicar essas taxas, utiliza-se o símbolo ‰ (lê-se “por mil”).
O saldo das migrações internacionais corresponde à diferença entre a quantidade de imigrantes e a de emigrantes do país.
Glossário:
Imigrantes: no texto, o termo se refere às pessoas que entram em um país que não é o de sua origem e nele fixam residência.
Emigrantes: no texto, o termo se refere às pessoas que saem de seu país de origem para viver em outro.
Fim do glossário.
- Observe este gráfico e responda às questões.
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016; IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetadas.
- O que esse gráfico mostra?
PROFESSOR
Resposta: As taxas de natalidade e mortalidade do Brasil entre 1900 e 2020.- Com base nos dados do gráfico, calcule o crescimento vegetativo da população do Brasil nos anos de 1930, 1965 e 2020.
- Explique como você fez o cálculo.
PROFESSOR
Resposta: 1930: 19%; 1965: 29%; 2020: 7%. Cálculo: taxa de natalidade menos taxa de mortalidade.- Como você explicaria a evolução do crescimento vegetativo da população do Brasil nesse período?
PROFESSOR
Resposta: O crescimento vegetativo se manteve estável em níveis elevados até a década de 1930, cresceu entre 1945 e 1975 e, desde então, passou a cair.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 16 e 17 contemplam aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
Explique aos estudantes que, na atualidade, o crescimento natural ou vegetativo é a principal causa do crescimento quantitativo da população brasileira. Ou seja, é o principal fator que tem gerado aumento da população absoluta do país (por mais que esse crescimento tenha diminuído a partir da segunda metade da década de 1960).
Atividade 5. b) Para calcular o crescimento vegetativo referente a determinado ano deve-se subtrair da taxa de natalidade a taxa de mortalidade. Portanto, ao analisar o gráfico, identifica-se que, nos anos de 1930, 1965 e 2015, o crescimento vegetativo foi de 19‰, 29‰ e 8‰, respectivamente. Os estudantes devem perceber que, de 1930 para 1965, as taxas de natalidade e de mortalidade declinaram. Contudo, ao longo desse período, a taxa de mortalidade declinou de forma mais acentuada do que a taxa de natalidade, resultando em um aumento do crescimento vegetativo (o número de nascimentos foi maior do que o número de óbitos). A partir de 1965, o ritmo do crescimento vegetativo diminuiu, o que se deve ao declínio acentuado da taxa de natalidade. Professor, aproveite para questionar os estudantes sobre os motivos que levaram à diminuição das taxas de mortalidade e natalidade.
A transição demográfica da população brasileira
O crescimento natural é a causa essencial do aumento da população brasileira, já que a imigração, que por algum tempo foi seu principal fator, cessou nos anos de 1940. Com um ritmo de crescimento anual de 1,4%, o Brasil ainda faz parte dos países de crescimento relativamente rápido, em oposição aos países da Europa e alguns dos seus vizinhos, como a Argentina e o Uruguai. Contudo, a evolução clássica da transição demográfica está claramente em curso. Até 1960, a natalidade não havia reduzido muito, ficando estável ao redor de 45‰ desde o primeiro censo, a mortalidade, porém tinha reduzido de 30,2‰ (1872-1890) a 13,4‰ (nos anos de 1950), e a taxa de crescimento havia passado de 1,63% para 2,99%. Por volta de 1960, a tendência inverteu-se: a mortalidade continuou a reduzir-se (e, 2010 era de 6,7‰, mais graças à juventude da população que a suas condições de vida), mas a natalidade diminuiu ainda mais, de 37,1‰ em 1980 a 20,1‰ em 2010.
MP039
Mudanças no crescimento da população
A partir da década de 1960, o crescimento da população brasileira começou a diminuir. Um dos motivos para essa queda foi a redução acentuada da taxa de natalidade. Observe novamente a evolução da taxa de natalidade nos anos de 1965 a 2020 no gráfico da atividade 5, na página anterior.
A queda da taxa de natalidade pode ser justificada pela diminuição da taxa de fecundidade no Brasil. A taxa de fecundidade indica o número médio de filhos por mulher. Observe o gráfico abaixo.
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016; IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetada.
A redução da taxa de fecundidade está relacionada a diversos fatores, como o aumento da escolaridade, da participação da mulher no mercado de trabalho e de sua autonomia no planejamento familiar, que possibilita às famílias decidirem quantos filhos querem ter com base nas condições de vida que poderão oferecer a eles.
LEGENDA: Pesquisadores trabalham em laboratório de biociência no município de São Paulo, estado de São Paulo, em 2016. As mulheres estão cada vez mais presentes em todos os ramos de atividade. Na fotografia, entre as pesquisadoras, há apenas um homem. FIM DA LEGENDA.
- De acordo com o gráfico, qual era o número médio de filhos, por mulher, no ano de 1960? E no ano de 2020?
PROFESSOR
Resposta: 1960: 6; 2020: 2.
- Você considera importante a inserção da mulher no mercado de trabalho? Justifique.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
O Brasil passou claramente para a segunda fase da transição demográfica, na qual a queda da natalidade segue, com atraso, a da mortalidade. As projeções do IBGE deixam prever que essa evolução vai continuar.
FONTE: THÉRY, Hervé; MELLO-THÉRY, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil : disparidades e dinâmicas do território. 3ª ed. São Paulo: Edusp, 2018. p. 123.
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para as páginas 17 a 19 pode ser trabalhada na semana 3.
Fim do complemento.
Orientações pedagógicas
Além do aumento da escolaridade e da participação da mulher no mercado de trabalho e no planejamento familiar, a disseminação dos métodos contraceptivos, amplamente utilizados com o objetivo de se evitar a gravidez, foram importantes para a redução da taxa de fecundidade. Dentre os métodos contraceptivos destacam-se as pílulas anticoncepcionais, o dispositivo intrauterino (DIU) e o preservativo.
Atividade 7. Verifique a pertinência da resposta dos estudantes. Ressalte que as mulheres têm o direito de exercer sua profissão livremente.
Literacia e Geografia
Durante a leitura dos textos, os estudantes podem encontrar palavras e expressões novas. Quando indagados sobre o significado dessas palavras e expressões, eles podem ter dificuldades em responder. Nesse caso, é importante reler o texto para que tentem inferir o sentido considerando o contexto. É importante que, progressivamente, os estudantes incorporem elementos da linguagem específica deste componente curricular.
MP040
Mulheres chefes de família
De acordo com o IBGE, em 2020, cerca de 51% da população brasileira era composta de mulheres.
Atualmente, as mulheres participam de todos os setores econômicos. Elas fazem pesquisas científicas, comandam tribunais de justiça, administram empresas, governam países e muito mais.
Mesmo estando cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, as mulheres ainda são as principais responsáveis pelas tarefas domésticas (higiene e organização da moradia, alimentação etc.) e pelos cuidados com os filhos. Em muitos casos, elas são também as principais responsáveis pelo sustento financeiro da família. No ano 2000, por exemplo, de cada 100 famílias, 22 tinham a mulher como principal responsável pela renda familiar. Já em 2015, esse número aumentou para 41 famílias.
Fonte: IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetado.
Fontes: IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2016; IBGE. Estatísticas de gênero: uma análise dos resultados do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.
- As mulheres adultas da sua família exercem alguma atividade remunerada? Se sim, qual?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
- Alguma mulher adulta é a principal responsável pelo sustento financeiro da sua família?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 18 e 19 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE01 e EF05GE02.
Orientações pedagógicas
O aumento da participação feminina no mercado de trabalho contribuiu para que um maior número de mulheres assumisse o sustento da família, ainda que haja um cônjuge.
Comente com os estudantes que, mesmo inseridas no mercado de trabalho, a maior responsabilidade com os afazeres domésticos continua sendo das mulheres. Segundo pesquisas do IBGE, em 2015 a jornada masculina com afazeres domésticos foi de 10 horas semanais, mesmo valor registrado no ano de 2005. A jornada feminina com esses afazeres, em 2015, foi o dobro da masculina. Essa realidade indica a persistência da desigualdade entre homens e mulheres no Brasil e pode ser problematizada como forma de abordar o tema da desigualdade e da justiça social (tema relacionado a fatos atuais de relevância nacional e internacional).
Atividades 8 e 9. Ao encaminhar as atividades para casa, incentive os estudantes a envolver os adultos da família para uma conversa sobre o tema abordado.
Numeracia e Geografia
Nesta unidade há muitos dados estatísticos em quadros, tabelas, gráficos e mapas. Esses dados são meios importantes para o exercício de associação de representações de percentuais a “metade”, “terça parte”, “três quartos”, “um inteiro” etc. para cálculo ou estimativa, usando estratégias pessoais ou calculadora.
A pirâmide etária do Brasil em 2015
Em 2015, a população era composta por 6,3% de pessoas de 0 a 4 anos de idade, com tendência de redução ao longo do tempo [...]. A partir do grupo de 25 a 39 anos de idade (23,1%), as participações mostraram crescimento, em especial da população de 60 anos ou mais de idade, que, em 2004, era de 9,7% e, em 2015, atingiu 14,3%.
[...] Além de serem maioria na população, as mulheres também mostraram maior concentração que os homens nos grupos de idades mais altas. Até o grupo de 20 a 24 anos de idade, os homens constituíam a maioria da população em todos os grupos de idade, representando 19,0% do total da população [...], ao passo que as mulheres, considerando este mesmo recorte etário, eram 18,2% do total populacional [...]. A partir dos 25 anos de idade, porém, a situação se inverte, as mulheres formam a maioria, e isso se reflete no total da população residente – em 2015, as mulheres de 60 anos ou mais de idade correspondiam a 8,0% da população total [...], enquanto os homens representavam 6,3% [...].
MP041
O envelhecimento da população brasileira
A população de um país pode ser dividida em três faixas etárias: jovens, adultos e idosos.
- Jovens: pessoas com até 19 anos.
- Adultos: pessoas de 20 a 59 anos.
-
Idosos: pessoas com 60 anos de idade ou mais.
Observe, nos esquemas abaixo, como a população brasileira se distribuía nas três faixas etárias nos anos de 1991 e 2020, segundo pesquisas do IBGE.
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2002; IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetada.
Você deve ter percebido que, entre 1991 e 2020, a quantidade de jovens diminuiu e a de adultos e idosos aumentou, indicando que a população brasileira está envelhecendo.
Isso vem ocorrendo porque o número de nascimentos diminuiu e a esperança de vida aumentou.
Observe, no gráfico abaixo, que a esperança de vida dos brasileiros aumentou de 52 anos, em 1960, para 77 anos em 2020. Isso mostra que os brasileiros estão vivendo mais tempo. A melhoria das condições de saúde da população tem contribuído para esse aumento da esperança de vida no Brasil.
Fontes: IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020; IBGE. Séries históricas e estatísticas. Disponível em: http://fdnc.io/fAA. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetada.
- Em sua família há idosos? Quem são?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
FONTE: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios : síntese de indicadores 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 37-39.
Orientações pedagógicas
Os esquemas que mostram a distribuição da população brasileira nas três faixas etárias são representações simplificadas de duas pirâmides etárias. A pirâmide etária é um tipo de gráfico que representa a quantidade de homens e de mulheres em faixas etárias. De modo geral, pirâmides que apresentam base larga e topo estreito indicam predomínio de jovens e adultos entre a população; já as pirâmides que apresentam base estreita e topo largo indicam o predomínio de adultos e idosos. Ao comparar os esquemas da página 19, leve os estudantes a perceber que em 1991 a quantidade de jovens na população brasileira era maior que em 2020, enquanto a de adultos e de idosos era menor em 1991 e maior em 2020. Peça aos estudantes que apontem justificativas para a diminuição de jovens e o aumento de adultos e de idosos na população brasileira.
Destaque os desafios advindos do envelhecimento populacional, principalmente os relacionados à previdência social, à saúde, à assistência social e ao cuidado e à integração social dos idosos.
Para o estudante ler
Histórias de avô e avó, de Arthur Nestrovski, Companhia das Letrinhas.
Livro sobre as histórias de imigrantes judeus que vieram da Rússia para viver no Brasil.
MP042
Para ler e escrever melhor
O texto que você vai ler mostra uma sequência de fatos, ao longo do tempo, sobre a história dos direitos das mulheres no Brasil.
Os direitos das mulheres no Brasil
Nem sempre as mulheres tiveram os mesmos direitos que os homens. Durante muito tempo, elas não puderam fazer as mesmas coisas que eram permitidas aos homens.
Até 1879, as mulheres não podiam frequentar o ensino superior no Brasil. Mesmo depois de terem conseguido esse direito, as que decidiam estudar na universidade sofriam muito preconceito por parte dos colegas, professores e familiares.
Foi só na década de 1930 que as mulheres passaram a ter o direito de votar para cargos públicos e de se candidatar a eles. Até então, no Brasil, só os homens tinham esses direitos.
LEGENDA: Rita Lobato Velho Lopes foi a primeira mulher a se formar no ensino superior no Brasil, no ano de 1887, no curso de Medicina. FIM DA LEGENDA.
Em 1988, a Constituição Federal do Brasil estabeleceu que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, proibindo qualquer forma de discriminação em razão do gênero.
Em 2006, foi promulgada a Lei Maria da Penha, que tem por finalidade coibir todo tipo de violência doméstica contra as mulheres.
Glossário:
Constituição Federal: documento que reúne o conjunto de leis que regulam o funcionamento de um país e definem os direitos e deveres dos seus cidadãos.
Coibir: impedir que continue, fazer parar, reprimir.
Fim do glossário.
Atualmente, as mulheres trabalham nas mais diversas funções, ocupam cargos públicos e de chefia, podem estudar e votar.
Mas é grande o número de mulheres que sofre discriminação, o que pode ser visto na diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo e na violência que muitas sofrem todos os dias.
- De que trata o texto?
PROFESSOR
Resposta: Dos direitos da mulheres no Brasil.- As mulheres sempre tiveram os mesmos direitos que os homens? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Não. Por muito tempo, apenas homens tinham direitos como cursar universidades e votar.- Atualmente, as mulheres sofrem discriminação?
PROFESSOR
Resposta: Sim, a média salarial das mulheres é mais baixa e muitas sofrem violência, por exemplo.- Que expressões do texto indicam a passagem do tempo?
PROFESSOR
Resposta: “Nem sempre”; “durante muito tempo”; “até 1879”; “década de 1930”; “em 1988”; “em 2006”; “atualmente”.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a seção Para ler e escrever melhor podem ser trabalhadas na semana 4.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos
- Ler e compreender um texto sequencial-temporal.
- Identificar as marcas temporais do texto.
- Analisar e selecionar informações contidas no texto, separando-as em um organizador gráfico.
- Escrever um texto sobre a evolução dos direitos e garantias dos idosos.
As páginas 20 e 21 contemplam aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Antes de ler o texto com os estudantes, pergunte a eles se acham que as mulheres sofrem algum tipo de discriminação social por serem mulheres. Relacione isso à posição da mulher no mercado de trabalho, sobre as atividades domésticas e sobre as atividades políticas, por exemplo.
Em seguida, leia o texto com os estudantes e pergunte se acham que a posição da mulher na sociedade melhorou ao longo do tempo. Peça que deem exemplos, que eles podem extrair do próprio texto ou de situações vivenciadas por eles.
Fale aos estudantes da importância de uma legislação que garanta os direitos das mulheres. Muitas vezes esses direitos não são respeitados e é preciso que o governo mantenha políticas afirmativas para fazer com que sejam cumpridos. Um exemplo disso é a diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo e executam a mesma função.
Mulheres e Direitos Humanos no Brasil: avanços e desafios
É indiscutível que a luta das mulheres pelo fim da discriminação e pela igualdade de gênero transformou a sociedade em muitos países e também no Brasil. [...] A luta das mulheres e do movimento feminista no Brasil vem, desde os anos 1970, reduzindo as discriminações contra as mulheres e transformando as relações de gênero.
A escolarização das mulheres cresceu em todos os níveis de ensino [...]. O Censo de 2010 mostra que a porcentagem das mulheres com 25 anos ou mais que possuíam nível superior dobrou em uma década. [...] Essa crescente escolarização das mulheres contribuiu para o aumento constante de sua inserção no trabalho remunerado. Sua participação no mercado de trabalho aumentou 85% entre 1976 e 2007 e cresceu 33,9% entre 2001 e 2013, enquanto a dos homens cresceu 28,1%. [...]
MP043
- Complete as frases do esquema de acordo com o texto.
Os direitos das mulheres no Brasil
Até 1879
• As mulheres não podiam frequentar o _____.
PROFESSOR
Resposta: ensino superior• As mulheres passaram a ter o direito de _____ e de _____.
PROFESSOR
Resposta: votar para cargos públicos; se candidatar a elesEm 1988
• A_____ do Brasil estabeleceu que homens e mulheres são _____ em direitos e obrigações.
PROFESSOR
Resposta: Constituição Federal; iguaisEm 2006
• Foi promulgada a Lei _____, que tem por finalidade coibir a violência doméstica contra as _____.
PROFESSOR
Resposta: Maria da Penha; mulheresAtualmente
• As mulheres trabalham nas mais diversas funções, mas ainda sofrem _____.
PROFESSOR
Resposta: discriminação- Escreva um texto sobre a história dos direitos dos idosos.
PROFESSOR
Atenção professor: Elaboração pessoal do estudante. Fim da observação.- Pesquise os direitos que os idosos adquiriram com o passar do tempo.
- No caderno, copie e complete o esquema com as informações de sua pesquisa.
Os direitos dos idosos no Brasil
No início
• Não havia leis que garantissem direitos específicos para os idosos.
Com o tempo
• _____
Atualmente
• Os idosos vivem mais e melhor, têm mais direitos e garantias. Entretanto, é preciso acabar com o preconceito e com os maus-tratos dos quais eles ainda são vítimas.
- Escreva seu texto com base nas informações do esquema.
- Procure utilizar expressões que indiquem a passagem do tempo. Lembre-se de dar um título ao seu texto.
MANUAL DO PROFESSOR
No âmbito legislativo e das políticas públicas há também importantes avanços [...]. No que diz respeito ao combate à violência são [...] sancionadas a Lei Maria da Penha (2006) e a que tipifica o feminicídio (2015), além disso, é alterada a tipificação penal de estupro (2009), permitindo abranger outras práticas tidas como sexuais para além da penetração vaginal. [...]
Apesar de todos esses avanços e conquistas ainda persistem as desigualdades de gênero, as discriminações e violência contra as mulheres. Nesse contexto, no qual as conquistas não têm sido suficientes para vencer o avanço da violência, da discriminação no mercado de trabalho, das desigualdades salariais e na participação política e das perdas concretas ou ameaças aos direitos das mulheres, é fundamental tomar o marco dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos [em 2018] como ocasião de reflexão e de construção de ações de proteção a esses direitos.
FONTE: ARAÚJO, Angela M. Carneiro; FACCHINI, Regina. Mulheres e Direitos Humanos no Brasil: avanços e desafios. Jornal da Unicamp , 12 mar. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/eaE. Acesso em: 11 dez. 2020.
Orientações pedagógicas
Mais uma vez, o conteúdo favorece a problematização das disparidades entre homens e mulheres no Brasil. Se julgar pertinente promova um debate do tema desigualdade e justiça social explorando o contexto apresentado pela seção.
Atividade 6. Oriente os estudantes a pesquisar sobre as leis que foram criadas nos últimos anos com o objetivo de proteger os idosos. Comente a importância de tratar os idosos com respeito. Em muitas sociedades, os mais velhos são considerados sábios, são tratados com muita reverência e vivem com dignidade, pois são pessoas que têm muitos conhecimentos de vida e sobre o mundo. Em 1988 a Constituição Federal passou a estabelecer alguns princípios e garantias aos idosos, entre eles um salário mínimo de benefício mensal e o transporte urbano gratuito. Em 1994 foi criada a Política Nacional do Idoso, que se mostrou insuficiente em assegurar a proteção necessária ao idoso. Em vista disso, em 2003 foi promulgado o Estatuto do Idoso, que regulamentou direitos já estabelecidos na Constituição de 1988 e instituiu obrigações para o Estado, a família e a sociedade em relação à proteção do idoso e seus direitos.
MP044
CAPÍTULO 2. Movimentos migratórios
A população se movimenta pelo território
Muitas pessoas migram: saem do lugar onde nasceram para viver em outro município, estado ou país.
Geralmente quem migra busca melhores condições de vida.
As pessoas que saem de sua terra natal, que é o seu lugar de origem, são chamadas de emigrantes. Quando elas entram no novo lugar onde vão viver, são chamadas de imigrantes.
Por que as pessoas migram?
Os fluxos migratórios têm diversas causas.
Dificuldades econômicas estão entre os principais fatores que motivam os fluxos migratórios. Em determinadas localidades, os baixos salários ou mesmo a dificuldade de conseguir emprego levam muitas famílias a migrar. Essas pessoas se mudam para lugares que apresentam melhores oportunidades de emprego e acesso a moradia digna, serviços de saúde, educação etc.
Glossário:
Fluxos migratórios: ter mo utilizado para se referir aos movimentos de emigração e imigração entre diferentes territórios.
Fim do glossário.
LEGENDA: O sertão, na Região Nordeste do Brasil, é marcado por longos períodos de seca. A falta de chuva traz dificuldades econômicas à população, forçando muitas famílias a migrar. Na fotografia, criação de gado durante o período de seca no município de Guaribas, estado do Piauí, em 2018. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para a primeira parte do capítulo 2 pode ser trabalhada na semana 5.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos
- Entender o conceito de migração e suas causas.
- Compreender as diferenças entre migração externa e migração interna.
- Conhecer os motivos que atraem imigrantes ao Brasil.
- Identificar os principais destinos dos emigrantes brasileiros no exterior.
- Conhecer os principais fluxos migratórios ocorridos no território brasileiro.
As páginas 22 e 23 contemplam aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
As desigualdades regionais, que se refletem em disparidades nas condições de vida da população situada em diferentes porções do Brasil e do mundo, mobilizando fluxos migratórios, abrem mais uma frente para discutir o tema da desigualdade e da justiça social.
Faça a leitura compartilhada do texto, destacando os diferentes motivos que levam as pessoas a migrar.
A inserção socioeconômica dos imigrantes no mercado de trabalho formal
Os movimentos migratórios contemporâneos no país diferem das migrações do final do século XIX e princípios do XX, em que os fluxos de imigrantes para o Brasil eram protagonizados por [...] europeus. Na atualidade [...], novos fluxos migratórios vêm ocupando o ranking das principais nacionalidades no país, com destaque para haitianos e venezuelanos. Além de outras nacionalidades como senegaleses, bolivianos, colombianos, bengalis, entre outros. [...]
Cabe ressaltar que houve transição da situação de 2010, onde predominava proporção elevada de trabalhadores imigrantes com pelo menos o nível superior completo, [...] faixa de idade mais elevada e com forte presença no estado de São Paulo. A configuração atual mostra proporção elevada de trabalhadores imigrantes com até o nível médio completo, com participação significativa daqueles com até o ensino fundamental completo. Por outro lado, o peso daqueles com nível superior completo caiu de forma expressiva.
MP045
O surgimento de adversidades causadas por fatores naturais também pode incentivar a migração. Em regiões sujeitas a longos períodos de seca ou que sofrem as consequências de fenômenos como terremotos e furacões, muitas pessoas migram para outro lugar em busca de uma nova vida.
Em 2010, um terremoto no Haiti, país localizado na América Central, causou muitas dificuldades à população. Milhares de haitianos migraram em busca de uma vida melhor para outros países.
LEGENDA: Construções destruídas na cidade de Porto Príncipe, no Haiti, por causa do terremoto que ocorreu em 2010. FIM DA LEGENDA.
Os refugiados
Deslocamentos populacionais também podem ser motivados por guerras e por perseguições políticas ou religiosas. Nesse caso, muitas pessoas são forçadas a deixar seu lugar de origem em busca de segurança em outros países, tornando-se refugiadas.
Desde 2011, conflitos armados na Síria, país localizado no continente asiático, levaram milhares de famílias a se refugiarem em países vizinhos e em outros continentes.
Boxe complementar:
Hora da leitura
- Para onde vamos, de Jairo Buitrago, editora Pulo do Gato. O livro conta a história de uma menina que migra com o pai, sem destino certo.
- Migrar, de José Manuel Mateo, editora Pallas. Livro sobre uma família que tenta migrar do México para os Estados Unidos.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Da mesma forma notaram-se mudanças na inserção destes trabalhadores na estrutura ocupacional, com aumento do peso das ocupações de natureza técnica e redução da participação de ocupações de maior qualificação, como profissionais das ciências e intelectuais e diretores e gerentes. Esta dinâmica foi acompanhada por um rejuvenescimento da mão de obra imigrante e pelo crescimento da participação dos estados da Região Sul do país enquanto receptores destes trabalhadores. Por outro lado, e como consequência dessas mudanças estruturais, houve queda no rendimento médio dos trabalhadores imigrantes [...]. Segmentos específicos dos trabalhadores, como aqueles de cor preta, mulheres, nacionais de países africanos e boa parte dos latino-americanos estão mais representados dentre as ocupações menos qualificadas e, em alguns casos, nas classes com menores rendimentos e com menores níveis de instrução.
FONTE: SIMÕES, A.; HALLAK NETO, J.; CAVALCANTI, L.; OLIVEIRA, T.; MACEDO, M. Relatório RAIS: A inserção socioeconômica dos imigrantes no mercado de trabalho formal. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério da Justiça e Segurança Pública/Coordenação Geral de Imigração Laboral. Brasília, DF: OBMigra, 2019.
Orientações pedagógicas
Explore as imagens, identificando os fatores que motivam os fluxos migratórios. Ressalte que as guerras e as perseguições políticas ou religiosas, as adversidades causadas por eventos de causas naturais e, principalmente, as dificuldades econômicas locais impulsionam as pessoas a se deslocar.
Em um planisfério político, mostre a localização da Síria e do Haiti, países citados no texto. Por motivos diferentes, muitas pessoas desses países têm deixado sua terra natal em busca de uma nova vida em outros países, dentre os quais o Brasil.
MP046
Migração externa e migração interna
Os movimentos migratórios podem ser externos ou internos.
Quando as pessoas migram de um país para outro, trata-se de migração externa. Mas, quando as pessoas migram de um lugar para outro dentro do próprio país – por exemplo, de um município para outro –, trata-se de migração interna.
Migrações externas no Brasil
Grande parte da população brasileira é formada por descendentes de imigrantes que vieram de diferentes partes do mundo.
Entre 1884 e 1939, cerca de 4 milhões de imigrantes entraram no Brasil, contribuindo para aumentar a população.
Observe, no quadro abaixo, o total de imigrantes, por nacionalidade, que entraram no Brasil durante esse período.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Chegada de imigrantes ao Brasil (1884-1939) |
|
---|---|
Nacionalidade |
Imigrantes |
Italianos |
1 412 263 |
Portugueses |
1 204 394 |
Espanhóis |
581 718 |
Alemães |
170 645 |
Japoneses |
185 799 |
Sírios e turcos |
98 962 |
Outros |
504 936 |
Total |
4 158 717 |
FONTE: IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000.
LEGENDA: Influências de povos estrangeiros no Brasil podem ser observadas na arquitetura de cidades que receberam imigrantes. Na fotografia, de 2017, podemos perceber a influência de imigrantes alemães nas construções da cidade de Blumenau, estado de Santa Catarina. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 24 e 25 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
Explore o conhecimento a respeito dos grupos formadores da população brasileira. Ressalte que os europeus, os africanos e os asiáticos, juntamente com os indígenas, que são os povos originários do Brasil, contribuíram para formar nossa população. Ou seja, as migrações externas foram fundamentais para o processo de formação do Brasil.
Educação em valores e temas contemporâneos
Incentive os estudantes a compreender e respeitar a diversidade cultural da população brasileira, esclarecendo que essa é uma característica da nossa formação, que contou com a contribuição de diferentes povos imigrantes. Esses povos trouxeram costumes, tradições, conhecimentos técnicos e manifestações artísticas diversas, que influenciaram culturalmente a sociedade brasileira.
Para você ler
População e Geografia, de Amélia Damiani, Editora Contexto. Livro que debate diferentes teorias sobre temas populacionais.
MP047
Atualmente, ainda que o fluxo seja menor, muitos estrangeiros têm migrado para o Brasil. É o caso de coreanos, chineses, bolivianos, paraguaios, portugueses, moçambicanos e angolanos, além de sírios e haitianos.
Esses imigrantes vêm para fixar moradia, trabalhar e estudar, em busca de oportunidades de uma vida melhor.
LEGENDA: Empresários oferecem empregos a imigrantes haitianos no município de São Paulo, estado de São Paulo, em 2015. FIM DA LEGENDA.
Muitos brasileiros também emigram
Da mesma forma que o Brasil recebe imigrantes, milhares de brasileiros emigram, isto é, saem do Brasil para viver em outros países. Geralmente eles vão em busca de melhores oportunidades de emprego e de educação.
Os Estados Unidos são o país que mais recebe imigrantes brasileiros.
LEGENDA: No primeiro domingo do mês de setembro, a comunidade brasileira que vive em Nova York, nos Estados Unidos, se reúne em uma rua chamada Little Brazil (em português, Pequeno Brasil) para comemorar a Independência do Brasil. Nesse dia, artistas brasileiros animam a festa e barracas vendem comidas típicas do Brasil. Na fotografia, comemoração do Brazilian Day, como é conhecida essa festa, no ano de 2016. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Orientações pedagógicas
Explique aos estudantes que muitos imigrantes ingressam em países estrangeiros de forma irregular, ou seja, sem documentação legal para residir e trabalhar. Viver ilegalmente em um país significa viver nesse território sem permissão do governo local. Imigrante ilegal é todo estrangeiro que tenha entrado em determinado país sem a documentação necessária ou com documentação falsa e assim permanece nesse território; ou aquele que permaneça no território com a data de validade de visto vencida ou ainda que tenha sido expulso do território por autoridade competente. Os imigrantes ilegais não gozam de direitos e de muitas políticas públicas como os demais cidadãos.
Para o estudante ler
A chegada, de Shaun Tan, Edições SM.
Livro sobre as histórias de pessoas que deixaram seus países para viver em outros lugares.
MP048
Em 2015, de acordo com estimativas do governo do Brasil, cerca de 3 milhões de brasileiros viviam no exterior. Desses, cerca de metade vivia nos Estados Unidos.
Os brasileiros que vivem nos Estados Unidos trabalham nas mais diversas atividades. Em razão da grande quantidade de brasileiros nesse país, existem muitos restaurantes especializados em comida brasileira e até jornais publicados em língua portuguesa.
O Paraguai é outro país onde vive um grande número de emigrantes brasileiros. Atualmente, mais de 300 mil brasileiros vivem nesse país. A maioria se dedica a atividades agrícolas.
Brasileiros começaram a se mudar para o Paraguai no final da década de 1970, quando o governo desse país permitiu que eles adquirissem terras lá. Esses emigrantes são conhecidos como brasiguaios.
- Qual é a diferença entre emigração e imigração?
PROFESSOR
Resposta: Emigração: processo em que as pessoas deixam o lugar de origem. Imigração: processo em que essas pessoas chegam para viver em novo lugar.- Observe o gráfico e responda.
Fonte: PAMPLONA, Isadora. Quantos brasileiros vivem fora do país? Deutsche Welle. 16 fev. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fAB. Acesso em: 18 maio 2021.
- Que informações o gráfico apresenta?
PROFESSOR
Resposta: Países com maior número de imigrantes brasileiros.- Entre os países do gráfico, qual tinha o maior número de imigrantes brasileiros em 2015? E o menor?
PROFESSOR
Resposta: Maior número: Estados Unidos; menor número: Portugal.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 26 e 27 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
Atividade 2. Se julgar necessário, leve um planisfério para que os estudantes identifiquem a localização dos países nos continentes.
Para você ler
A dinâmica das fronteiras : os brasiguaios da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, de José Lindomar C. Albuquerque, Editora Annablume.
Livro sobre a região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Numeracia e Geografia
Oriente os estudante na leitura e na interpretação dos dados estatísticos presentes no gráfico de colunas. Ressalte a função das colunas e a interpretação do plano cartesiano, além do significado dos números sobre as colunas – número de imigrantes brasileiros em cada país. Se julgar conveniente, peça a eles que elaborem um texto que explicite a interpretação realizada.
MP049
Migrações internas no Brasil
No Brasil, as migrações internas são motivadas geralmente por fatores econômicos. Vamos conhecer os principais fluxos migratórios que ocorreram no Brasil desde os anos 1950.
As migrações de 1950 a 1970
A partir da década de 1950, a industrialização dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro atraiu muitos migrantes para a Região Sudeste.
Além da oferta de empregos nas fábricas e nos estabelecimentos comerciais e de serviços, a infraestrutura disponível no Sudeste ajudava a proporcionar melhores condições de vida à população.
Por sua vez, o Nordeste, que enfrentava problemas relacionados às secas prolongadas e à baixa oferta de empregos para a população, tornou-se a principal região de origem dos deslocamentos populacionais desse período.
A maior parte dos migrantes nordestinos se dirigiu para o Sudeste. Contudo, a construção de Brasília na década de 1950 também atraiu para o Centro-Oeste muitos migrantes nordestinos que buscavam trabalho e uma vida melhor.
LEGENDA: Entre 1956 e 1960, milhares de migrantes nordestinos trabalharam na construção de Brasília, que passaria a ser a capital do país. Fotografia de 1959. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As três aulas previstas para as páginas 27 a 31 podem ser trabalhadas nas semanas 5 e 6.
Fim do complemento.
Orientações pedagógicas
Comente que fatores naturais e econômicos influenciam a distribuição da população pelo território brasileiro. Áreas de economia dinâmica, por exemplo, atraem mais pessoas do que áreas estagnadas economicamente. É por isso que algumas áreas do país funcionam como polos de atração populacional, enquanto outras são consideradas polos de repulsão.
MP050
- Observe o mapa e responda às questões no caderno.
Fonte: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Integrar para não entregar: políticas públicas e Amazônia. 2ª ed. Campinas: Papirus, 1991. p. 75-76.
- O que o mapa mostra?
PROFESSOR
Resposta: Os fluxos migratórios no Brasil entre 1950 e 1970.- Nesse período, qual região brasileira atraía mais migrantes? Por quê?
PROFESSOR
Resposta: A Região Sudeste, que se desenvolvia industrial e economicamente.- Essa região atraía migrantes de qual região?
PROFESSOR
Resposta: Principalmente da Região Nordeste.- A frase a seguir está incorreta. Reescreva-a no caderno fazendo as correções necessárias.
- Os fluxos migratórios representados no mapa podem ser chamados de migração externa porque ocorreram entre regiões e estados diferentes dentro do mesmo país.
PROFESSOR
Resposta: Os fluxos migratórios representados no mapa podem ser chamados de migração interna porque ocorreram no território de um único país.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 28 e 29 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
Explore o mapa dos fluxos migratórios (1950 a 1970). Peça aos estudantes que observem o traçado das flechas, indicando os sentidos predominantes dos movimentos migratórios. Destaque que o fenômeno representado no mapa está diretamente relacionado com o texto e a fotografia da página 27.
Reitere que o fator de ordem econômica é o que mais influenciou a ocorrência das migrações internas no Brasil. Contudo, outros fatores devem ser considerados, como os conflitos pela posse da terra.
Na atividade 3 o estudante desenvolve a habilidade EF05GE01 da Base Nacional Comum Curricular: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura.
Rumo à fronteira agrícola
Fronteira agrícola é o nome que se dá às áreas novas ainda não desbravadas, cuja ocupação é estimulada pelo governo através de projetos de colonização, oficiais ou particulares.
[...]
O primeiro momento de deslocamento da fronteira agrícola no Brasil aconteceu na década de 30, com a expansão da economia cafeeira para o estado do Paraná, através de um amplo programa desenvolvido por empresas colonizadoras, baseado no pequeno e no médio produtor. Com isso teve início a migração maciça do campo e com destino às áreas rurais daquele estado, a qual se intensificou na década de 40, absorvendo levas significativas de migrantes até os anos 60.
[...]
O segundo momento de expansão deu-se em direção à região Centro-Oeste do país, envolvendo a população do Nordeste e do estado de Minas Gerais.
MP051
As migrações de 1970 a 1990
O deslocamento populacional do Nordeste para o Sudeste continuou a acontecer. Contudo, novos fluxos migratórios se formaram no Brasil entre 1970 e 1990.
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, surgiram novas oportunidades de trabalho ligadas à agropecuária e ao extrativismo. Além disso, diversas obras de infraestrutura começaram a ser realizadas nessas regiões, com destaque para a construção de rodovias e hidrelétricas. Essas obras também atraíram milhares de migrantes.
Tudo isso contribuiu para o grande fluxo de migrantes das regiões Sul, Sudeste e Nordeste para as regiões Norte e Centro-Oeste.
Observe, no mapa, os principais fluxos migratórios desse período.
Fonte: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Amazônia: monopólio, expropriação e conflitos. 4ª ed. Campinas: Papirus, 1993. p. 92.
- Que fatores contribuíram para atrair migrantes para as regiões Norte e Centro-Oeste no período de 1970 a 1990? De que regiões se originaram esses fluxos migratórios?
PROFESSOR
Resposta: Novas oportunidades de trabalho ligadas à agropecuária e ao extrativismo, atraindo pessoas do Sul, Sudeste e Nordeste.MANUAL DO PROFESSOR
Também esse fluxo acompanhou a dinâmica desenvolvimentista representada pela construção de Brasília e pelos grandes investimentos na construção de estradas.
[...]
O terceiro momento de expansão fronteiriça foi a tentativa de transferência de contingentes populacionais para a região amazônica – marcha para o Eldorado. Nas décadas de 60 e 70, através de projetos oficiais ou particulares, entre eles as aberturas das rodovias Belém-Brasília, Transamazônica e Cuiabá-Porto Velho. As áreas de colonização receberam diversas categorias de trabalhadores: os que tinham um pedaço de terra no Sul e migraram para comprar uma área maior; trabalhadores sem terra [...]; trabalhadores provenientes da cidade, que em geral, depois de passar por fases de desemprego, resolveram tentar a sorte no Norte do país.
FONTE: VALIM, Ana. Migrações : da perda da terra à exclusão social. São Paulo: Atual, 1996. p. 21-24.
Orientações pedagógicas
O texto Rumo à fronteira agrícola descreve, em linhas gerais, o processo de deslocamento de contingentes populacionais no contexto da expansão das atividades agrícolas e extrativas. Mostra ainda como a construção de novas rodovias no interior do Brasil influenciou o direcionamento desses fluxos migratórios.
Explore o mapa dos fluxos migratórios (1970 a 1990). Solicite aos estudantes que comparem com o mapa da página 28. Chame a atenção para a mudança no sentido predominante dos fluxos. Destaque o deslocamento populacional do Sul, Sudeste e Nordeste em direção às regiões Centro-Oeste e Norte.
Atividade 4. Nas regiões Norte e Centro-Oeste surgiram oportunidades de trabalho na agropecuária, no extrativismo e na construção de obras de infraestrutura, fazendo com que pessoas das regiões Sul, Sudeste e Nordeste migrassem para o Norte e o Centro-Oeste. Nesta atividade o estudante desenvolve a habilidade EF05GE01 da Base Nacional Comum Curricular: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura.
MP052
As migrações de 1990 a 2010
Embora as migrações do Nordeste para o Sudeste continuassem ocorrendo, desde a década de 1990 observaram-se algumas mudanças nos fluxos migratórios entre as regiões do Brasil.
As migrações dentro de cada região se intensificaram. Na maioria das unidades federativas, é possível identificar fluxos entre unidades federativas vizinhas ou próximas.
Outra mudança que despertou a atenção, nesse período, foi a chamada migração de retorno. Trata-se do fluxo migratório no qual os migrantes voltam para os seus lugares de origem, ou seja, regressam à terra natal.
A migração de retorno se deu principalmente do Sudeste para o Nordeste e esteve relacionada ao crescimento da economia nordestina e à melhoria da infraestrutura local. Como você já estudou, esses fatores são essenciais para atrair contingentes populacionais.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. 7ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 129.
MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 30 e 31 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
Ao fazer a leitura do mapa, destaque as alterações nos fluxos migratórios (em comparação com os mapas das páginas 28 e 29). Relacione com as mudanças regionais na dinâmica econômica. No período a que se refere a representação do mapa (1990 a 2010), surgiram no Brasil novos polos de atração populacional. No Nordeste, por exemplo, foram criados polos de desenvolvimento econômico, que atraíram investimentos e, consequentemente, força de trabalho.
O texto Migração de retorno no Brasil destaca alguns dos fatores econômicos e sociais a que se relaciona esse fenômeno migratório no país.
Migração de retorno no Brasil
A migração de retorno tem representado um papel importante no cenário das migrações no Brasil, especialmente nos últimos decênios. Estados como Minas Gerais e os nove que compõem o Nordeste brasileiro, que, historicamente, eram considerados “fornecedores de mão de obra”, vêm apresentando tendências de recuperação dos saldos migratórios negativos observados em décadas anteriores. [...]
Entende-se por migrante de retorno aquela pessoa que deixou o seu local de origem, residiu algum tempo em outra região e depois regressou ao seu lugar de nascimento. Em geral, o motivo da saída do indivíduo é de ordem econômica, ou seja, ele vai em busca de melhores oportunidades de emprego na expectativa de incrementar sua renda. O retorno, muitas vezes, se verifica por algum equívoco de avaliação quanto às oportunidades no local de destino, o que resulta em frustração no que tange às suas expectativas quanto às melhorias almejadas.
MP053
- Quais foram a origem e o destino dos dois principais fluxos migratórios que ocorreram entre 1990 e 2010?
PROFESSOR
Resposta: Origem e destino: regiões Nordeste e Sudeste.- O que é migração de retorno?
PROFESSOR
Resposta: Fluxo migratório no qual os migrantes voltam para seu lugar de origem.- Com base no mapa da página anterior, faça as atividades abaixo.
- Identifique a origem e o destino de um dos fluxos migratórios que aconteceram dentro da região em que você vive.
- Analise um dos fluxos migratórios ocorridos na unidade federativa onde você vive e identifique a origem e o destino dos deslocamentos.
PROFESSOR
Respostas pessoais.
- Em sua opinião, quais são os fatores que motivam os fluxos migratórios relacionados à unidade federativa onde você mora?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
- Muitos brasileiros vivem de forma ilegal em outros países.
- O que significa viver de forma ilegal em um país? Converse com um colega sobre o assunto. Depois, registre no caderno a conclusão da dupla.
PROFESSOR
Resposta: Significa viver sem a autorização do governo daquele país.- Agora, leia este texto.
Como será viver em outro país? Com certeza é preciso se adaptar aos costumes locais, ou seja, é necessário aprender a língua, conhecer os hábitos, as leis, a cultura do lugar.
Estados Unidos, Paraguai e Japão têm muitos imigrantes brasileiros. Que tal fazer uma pesquisa para conhecer um pouco desses países? Então, boa viagem!
- Pesquise em livros, revistas, jornais e atlas geográfico as seguintes informações sobre os Estados Unidos, o Paraguai e o Japão: capital do país, língua oficial, moeda, bandeira, costumes. Você também pode pesquisar outras informações sobre esses países.
PROFESSOR
Atenção professor: Algumas informações: Estados Unidos (capital: Washington; língua: inglês; moeda: dólar); Paraguai (capital: Assunção; línguas: espanhol e guarani; moeda: guarani); Japão (capital: Tóquio; língua: japonês; moeda: iene). Fim da observação.- No caderno,
organize
as informações pesquisadas em um quadro como o do
modelo
abaixo. Cole ou desenhe a bandeira de cada país.
Quadro: equivalente textual a seguir.
País
Capital
Língua oficial
Moeda
Costumes
M
O
D
E
L
O
- Escreva um texto resumindo as informações mais interessantes que você encontrou em sua pesquisa.
PROFESSOR
Atenção professor: Elaboração pessoal do estudante. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Por outro lado, a migração pode fazer parte ainda de um planejamento a longo prazo de mudança de residência, quando o migrante se posiciona como um trabalhador que agregará bens e/ou benefícios no tempo de sua estada fora, retornando, mais idoso, para seu local de origem e, assim, desfrutar a velhice juntamente com seus familiares [...].
[...] o ciclo vital da migração se fecha no retorno à terra natal, pois o retorno constitui um princípio simbólico que inscreve a circularidade nas migrações. Desta forma, os sistemas empíricos de migração comportam como etapa essencial: o retorno, que a um só tempo fundamenta simbolicamente todo e qualquer deslocamento; e desempenha função estrutural na topologia desses sistemas, porque dinamiza o processo migratório.
FONTE: BAPTISTA, E. A.; CAMPOS, J.; RIGOTTI, J. I. R. Migração de retorno no Brasil. Mercator , Fortaleza, v. 16, 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fAC. Acesso em: 11 dez. 2020.
Orientações pedagógicas
Atividade 7. Certifique-se de que os estudantes identificaram corretamente a origem e o destino de um dos fluxos migratórios que acontecem em relação à região e à unidade federativa onde vivem.
Atividade 8. Verifique a pertinência da resposta. Se necessário, explique aos estudantes os fatores que motivaram os fluxos migratórios relacionados à unidade federativa onde moram.
Nas atividades 7 e 8, o estudante desenvolve a habilidade EF05GE01 da Base Nacional Comum Curricular: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura.
MP054
CAPÍTULO 3. O Brasil e suas diferenças sociais
A desigualdade na distribuição de renda gera desigualdade social
No Brasil, a distribuição de renda entre a população é bastante desigual. Isso quer dizer que, em nosso país, a maior parte da renda fica concentrada nas mãos de uma pequena parcela da população, ou seja, poucas pessoas ficam com a maior parte da renda.
A desigualdade na distribuição da renda gera desigualdade social, pois é a renda que possibilita que as pessoas tenham acesso a bens e serviços para atender às suas necessidades.
A desigualdade social pode ser percebida, por exemplo, quando observamos que algumas pessoas têm acesso a alimentação adequada, moradia digna, boa educação, lazer e atendimento à saúde de boa qualidade, enquanto outras não têm.
Imagine que um bolo inteiro representa toda a renda nacional. Observe, nas ilustrações desta página, que metade do bolo será distribuída entre pouquíssimas pessoas e a outra metade será distribuída entre muitas pessoas. É isso o que acontece com a distribuição de renda no Brasil: poucas pessoas recebem uma fatia muito grande do bolo e muitas pessoas recebem uma fatia muito pequena do bolo. Em outras palavras: poucos têm muito e muitos têm pouco.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para a primeira parte do capítulo 3 pode ser trabalhada na semana 7.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos
- Perceber os contrastes sociais existentes no Brasil.
- Reconhecer que a desigualdade social é reflexo da má distribuição de renda.
- Adquirir uma postura crítica a respeito da desigualdade social no país, compreendendo as origens desse problema.
- Reconhecer as desigualdades entre brancos e negros no Brasil.
As páginas 32 e 33 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE02.
Orientações pedagógicas
O capítulo 3 fornece a ocasião oportuna para discutir o tema relacionado a fatos atuais de relevância nacional e internacional que se destaca neste volume, a desigualdade e a justiça social. Explore os aspectos que o capítulo apresenta a respeito do desequilíbrio na distribuição de renda no Brasil e os efeitos nocivos dessa realidade. Proponha ainda a reflexão sobre a necessidade de reduzir as disparidades entre os mais ricos e os mais pobres como forma de buscar a justiça social em nosso país.
Peça aos estudantes que leiam o texto individualmente e que, depois, comentem o que entenderam.
Se julgar necessário, solicite que grifem as palavras do texto cujo significado não saibam e oriente o uso do dicionário.
Comente que, se o “bolo” for dividido igualmente, a população terá uma vida mais digna, com saúde, educação, emprego e lazer. É importante que os estudantes percebam que, para amenizar as desigualdades sociais, seria necessário reduzir a concentração de renda.
MP055
A desigualdade social ocorre em todo o nosso país e manifesta-se de maneira mais ou menos intensa em cada região, em cada unidade federativa ou em cada município.
Quanto melhor é o desenvolvimento econômico de um lugar, melhores são as condições de vida da população desse lugar. Essas condições podem ser avaliadas por meio de indicadores sociais, como renda, acesso a serviços de saneamento básico , taxa de mortalidade infantil, esperança de vida ao nascer, escolaridade, entre outros.
Glossário:
Saneamento básico: serviços como abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e coleta de resíduos, entre outros.
Fim do glossário.
Contudo, é importante esclarecer que, mesmo nas unidades federativas mais desenvolvidas, existem profundas desigualdades sociais.
Assim, pode-se afirmar que, embora as unidades federativas mais desenvolvidas ofereçam melhores condições de vida à população, essas condições não são acessíveis a todos os seus habitantes.
LEGENDA: Paisagem no município de São Paulo, estado de São Paulo, em 2020. Embora a economia desse estado seja uma das mais ricas e desenvolvidas do Brasil, podemos perceber a desigualdade na distribuição da riqueza por meio dos contrastes sociais que seus municípios apresentam. FIM DA LEGENDA.
- A fotografia acima representa a desigualdade social no Brasil. Explique.
PROFESSOR
Resposta: A fotografia retrata o contraste nas condições de moradia entre segmentos da sociedade com rendimentos desiguais.
- Pense nos contrastes sociais do lugar onde você vive.
- Qual deles chama mais sua atenção?
- Como você explica a existência desse contraste?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações pedagógicas
Atividade 1. Ao observar a fotografia, a desigualdade social pode ser percebida pelo contraste que existe entre os prédios (plano de fundo da imagem), que ocupam áreas com estrutura urbana adequada e alguns deles em área nobre, e as moradias de baixa renda (primeiro plano), situadas em uma grande favela do município de São Paulo. Isso significa que poucas pessoas têm acesso à maior parte da renda, gerando desigualdade no acesso aos bens e serviços.
Atividade 2. Peça aos estudantes que relatem como se sentem em relação aos contrastes sociais existentes no lugar onde vivem. Solicite que observem os contrastes nas moradias, no padrão de vida das pessoas, nas condições de infraestrutura dos espaços. É importante que os estudantes percebam que a desigualdade na distribuição de renda gera contrastes sociais, que muitas vezes são perceptíveis nas paisagens.
MP056
- O mapa a seguir apresenta a distribuição percentual de moradias com pleno acesso ao saneamento básico, por unidade federativa, em 2020.
Fonte: IBGE. Cidades. Pesquisas. Síntese de indicadores sociais 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fAD. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetada.
- Que unidades federativas apresentavam os menores percentuais de moradias com pleno acesso ao saneamento básico em 2020?
PROFESSOR
Resposta: PI, MA, PA, AP e RO.- Que unidades federativas apresentavam os maiores percentuais de moradias com pleno acesso ao saneamento básico em 2020?
PROFESSOR
Resposta: SP, RJ e DF.- Qual é a faixa percentual de moradias com pleno acesso ao saneamento básico na unidade federativa onde você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- É importante que as moradias tenham pleno acesso ao saneamento básico? Por quê?
PROFESSOR
Resposta: Sim. O saneamento básico é fundamental para garantir a saúde e a qualidade de vida da população.- Em sua opinião, o que deveria ser feito para aumentar a quantidade de moradias com pleno acesso ao saneamento básico?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 34 e 35 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Atividade 3. Explore o mapa com os estudantes. Leia o título e explique a legenda, destacando o significado do índice. d) Espera-se que os estudantes percebam que o pleno acesso ao saneamento básico é muito importante para o bem-estar e a saúde das pessoas. e) Verifique a coerência das respostas dos estudantes. É importante que eles percebam que o governo deve garantir esse tipo de serviço a todos os cidadãos, ampliando as redes de coleta e tratamento de esgoto, construindo estações de tratamento de água em quantidade suficiente para atender toda a população e garantindo meios para que a água tratada chegue a todos os domicílios.
Mortalidade infantil cresce com a desigualdade social
Ao longo das últimas décadas a redução dos óbitos entre os menores de um ano de idade configurou-se como uma das principais metas na área da saúde em diversos países. Como consequência, uma acentuada redução na mortalidade infantil pôde ser observada. Esse declínio, ao serem analisados os dados de países dos cinco continentes, entre 1950 e 1994, chegou a 70%. Tendência de queda também foi observada no Brasil. Enquanto em 1980 morriam no país, em média, 82,8 crianças a cada mil nascidas vivas, em 2004 a taxa equivaleu a 26,6. A redução da taxa de fecundidade, a melhoria das condições gerais de vida e na provisão de serviços de saúde, além de políticas voltadas à saúde infantil são apontados como determinantes dessa tendência.
Ainda assim, o coeficiente de mortalidade infantil no Brasil permanece alto e o seu declínio em muitos momentos e lugares mascarou uma dilatação na diferença de óbitos entre pobres, com maiores taxas, e ricos. [...]
Muitas causas de óbitos infantis são consideradas evitáveis, ou seja, os conhecimentos e as tecnologias já existentes permitem intervenções eficazes de modo que tais condições jamais ou raramente evoluam a óbito.
MP057
- Leia o texto do quadro e, em seguida, observe o mapa.
A taxa de mortalidade infantil representa o número de óbitos (mortes) de crianças menores de um ano de idade para cada grupo de mil crianças nascidas vivas.
Essa taxa também é representada pelo símbolo ‰, pois se refere a cada grupo de mil crianças nascidas vivas.
Fonte: Cidades. Pesquisas. Mortalidade infantil. Disponível em: http://fdnc.io/fAF. Acesso em: 11 dez. 2020.
- Que unidades federativas têm as maiores taxas de mortalidade infantil?
PROFESSOR
Resposta: RR e AP.- Que unidades federativas têm as menores taxas de mortalidade infantil?
PROFESSOR
Resposta: ES, SP, MS, PR, SC e RS.- A unidade federativa onde você mora está entre as que têm as maiores ou as menores taxas de mortalidade infantil?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Em sua opinião, por que algumas unidades federativas apresentam taxas de mortalidade infantil tão altas?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
O estudo da distribuição do coeficiente de mortalidade infantil por causas evitáveis segundo condições socioeconômicas e de serviços de saúde, pela natureza do próprio indicador, permite identificar injustiças sociais e fornece importantes subsídios para a implementação de políticas públicas equânimes e adequadas às distintas realidades do país. Diferenças nos valores do indicador entre grupos populacionais e regiões podem indicar que conhecidas medidas de prevenção de óbitos infantis não estão sendo empregadas de modo igualitário.
FONTE: BOING, A. F.; BOING, A. C. Mortalidade infantil por causas evitáveis no Brasil: um estudo ecológico no período 2000-2002. Caderno de Saúde Pública , Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, 2008. p. 447-448. Disponível em: http://fdnc.io/fAE. Acesso em: 11 dez. 2020.
Orientações pedagógicas
Atividade 4. Encaminhe a atividade para casa, incentivando os estudantes a fazer a leitura em voz alta do texto para os familiares como forma de estimular o desenvolvimento da literacia familiar. Neste mapa, é importante que os estudantes compreendam o que é a taxa de mortalidade infantil e como ela foi representada na legenda. Ressalte que a taxa de mortalidade infantil representa o número de óbitos de crianças menores de um ano para cada mil nascidos vivos em determinado espaço geográfico durante o período de um ano. Quanto menor a taxa, melhores são as condições de vida da população. Pergunte aos estudantes quais são os aspectos sociais que influenciam na queda da taxa de mortalidade infantil (acesso a atendimento médico, especialmente pré-natal e puericultura, condições de saneamento básico adequadas, educação de boa qualidade). Comente que a taxa de mortalidade infantil vem caindo no Brasil nos últimos anos, mas alguns estados ainda apresentam elevado número de mortes entre crianças. É importante os estudantes perceberem que, em algumas unidades federativas, os serviços públicos essenciais, como o atendimento hospitalar e o saneamento básico, não são oferecidos a uma parte da população ou são oferecidos de forma precária, o que resulta em altas taxas de mortalidade infantil.
Nas atividades 3 e 4 o estudante desenvolve a habilidade EF05GE02 da Base Nacional Comum Curricular: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios, com enfoque na identificação de desigualdades sociais em diferentes territórios.
MP058
Medindo a desigualdade de renda no Brasil
A sociedade brasileira é marcada por grande desigualdade de renda, mas em alguns lugares essa desigualdade é maior do que em outros.
Para medir a desigualdade de renda utiliza-se o índice de Gini.
O índice de Gini é uma medida que vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de zero é o valor desse índice, menor é a desigualdade, e, quanto mais próximo de 1 é o valor, maior é a desigualdade de renda.
O mapa a seguir mostra a distribuição de renda no Brasil por meio do índice de Gini.
Fonte: IBGE. Cidades. Pesquisas. Síntese de indicadores sociais 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fAG. Acesso em: 11 dez. 2020. *Projetada.
- Com base no mapa, responda às questões.
- Em que unidades federativas a desigualdade na distribuição de renda é maior?
PROFESSOR
Resposta: AC, RR, PA, SE.- Em que unidades federativas a desigualdade é menor?
PROFESSOR
Resposta: SC, seguido de RO, MT, MS, GO, MG, PR e RS.- Em que faixa do índice de Gini está a unidade federativa na qual você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As três aulas previstas para as páginas 36 a 41 podem ser trabalhadas nas semanas 7 e 8.
Fim do complemento.
As páginas 36 e 37 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Leia com os estudantes a explicação sobre o índice de Gini. Ressalte que quanto maior é o índice, maior é a desigualdade de renda.
Na atividade 5 o estudante desenvolve a habilidade EF05GE02 da Base Nacional Comum Curricular: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios, com enfoque na identificação de desigualdades sociais em diferentes territórios.
Para o estudante ler
O que são classes sociais?, de Equipo Plantel, Editora Boitempo.
Livro sobre as razões que provocam as desigualdades entre as pessoas.
Perfis de população por nível de rendimento
Considerando o rendimento domiciliar per capita observado na PNAD Contínua e as linhas de US$ 1,90 e US$ 5,50 em PPC, permite avaliar a incidência de pobreza em cada característica selecionada e a distribuição da população pobre entre essas mesmas características, comparando essa distribuição pela distribuição da população total. [...]
Para a desagregação por cor ou raça, na população total, 56,3% se declarou de cor preta ou parda, em 2019, mas esses eram mais de 70% entre aqueles abaixo das linhas de pobreza utilizadas. Entre os que se declararam de cor ou raça branca, 3,4% eram extremamente pobres e 14,7% eram pobres, mas essas incidências mais que dobravam entre o grupo anterior.
MP059
As desigualdades entre negros e brancos no Brasil
Como você estudou, a desigualdade na distribuição de renda gera desigualdade social. Além disso, ao avaliar as condições de vida da população, percebemos que a pobreza afeta mais a parcela da população que se autodeclara de cor ou raça preta ou parda, demonstrando uma sociedade marcada, ainda, por desigualdades raciais. A origem disso tem relação com a formação da sociedade brasileira.
Durante o período colonial, entre os séculos XVI e XIX, as terras eram controladas por grandes fazendeiros, que também detinham o poder político e econômico. Já a força de trabalho era composta, em sua maioria, de africanos e afrodescendentes escravizados.
Após a proibição da escravidão, em 1888, não houve uma política que garantisse aos africanos e seus descendentes acesso a moradia, a propriedade da terra e a educação, entre outros bens e serviços necessários ao desenvolvimento humano. Ou seja, não se garantiram as condições mínimas para que essas pessoas pudessem viver de forma digna.
O gráfico abaixo mostra que as pessoas negras ainda são maioria entre os mais pobres da população brasileira.
LEGENDA: Nas pesquisas realizadas pelo IBGE, a população negra é composta das pessoas que se declaram de cor ou raça preta ou parda. FIM DA LEGENDA.
Fonte: IBGE. Cidades. Pesquisas. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil, 2018. Disponível em: http://fdnc.io/edx. Acesso em: 11 dez. 2020.
- Com base no gráfico, responda às questões.
- Em 2018, havia mais brancos ou mais negros entre os 10% mais pobres da população brasileira?
PROFESSOR
Resposta: Negros.- Em 2018, havia mais brancos ou mais negros entre os 10% mais ricos da população brasileira?
PROFESSOR
Resposta: Brancos.MANUAL DO PROFESSOR
A observação de categorias de desagregação articuladas entre si reflete outras perspectivas para a desigualdade, com dimensões que se reforçam mutuamente e ampliam as vulnerabilidades para determinados grupos. No cruzamento das informações sobre sexo e cor ou raça das pessoas, foram as mulheres de cor ou raça preta ou parda que se destacaram entre os pobres: eram 28,7% da população, 39,8% dos extremamente pobres e 38,1% dos pobres. O arranjo domiciliar formado por mulheres de cor ou raça preta ou parda responsáveis, sem cônjuge e com presença de filhos menores de 14 anos, também foi aquele que concentrou a maior incidência de pobreza: 24% dos moradores desses arranjos tinham rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 1,90 e 62,4% inferior a US$ 5,50.
Por fim, verificou-se que a pobreza é maior entre as crianças, tendência observada internacionalmente. Entre aquelas de até 14 anos de idade, 11,3% eram extremamente pobres e 41,7% pobres.
FONTE: IBGE. Síntese de indicadores sociais : uma análise das condições de vida da população brasileira 2020. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 67.
Orientações pedagógicas
Em 2018, de acordo com pesquisas do IBGE, os negros no Brasil representavam cerca de 56% do total da população. Mas, embora representem a maior parcela da população, seus indicadores sociais são inferiores à parcela da população que se declara branca.
Na atividade 6, o estudante desenvolve a habilidade EF05GE02 da Base Nacional Comum Curricular: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios, com enfoque na identificação de diferenças étnico-raciais.
MP060
Atualmente, mais de um século após a proibição da escravidão no Brasil, muitos afrodescendentes ainda enfrentam discriminação racial.
Diversos indicadores sociais ressaltam as desigualdades entre negros e brancos, revelando que, em geral, a parcela negra da população brasileira apresenta condições de vida piores que as da parcela branca. Vamos conhecer alguns exemplos que evidenciam essa realidade.
Educação
Pesquisas mostraram que os negros têm, em média, menos anos de estudo do que os brancos, apresentando, assim, nível de escolaridade inferior ao dos brancos.
O mapa abaixo representa a média de anos de estudo da população negra e da população branca no Brasil.
Fonte: Ipea. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Disponível em: http://fdnc.io/fAH. Acesso em: 15 dez. 2020.
MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 38 e 39 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Além da diferença quanto a distribuição de renda, as desigualdades entre negros e brancos no Brasil também podem ser observadas em relação ao nível de escolaridade, à taxa de desemprego e ao acesso a serviços de saneamento básico. Em geral, os indicadores sociais dos que se declararam de cor ou raça preta ou parda (que nas pesquisas do IBGE corresponde à população negra) são inferiores aos da parcela que se declara de cor ou raça branca.
Realize a leitura dos mapas, destacando a menor média de anos de estudo da parcela negra da população. Ressalte que essa é uma realidade que se repete nas cinco regiões brasileiras. Destaque, também, a diferença na comparação entre homens e mulheres. As mulheres negras apresentam médias de anos de estudo maiores do que os homens negros, exceto na Região Sul, em que as médias são equivalentes; o mesmo acontece em relação às mulheres brancas, que apresentam maior média de anos de estudos em comparação aos homens brancos em todas as regiões do Brasil.
O negro na história da educação no Brasil ou a história da educação do branco brasileiro?
Em uma situação social, econômica e cultural tão díspar como a da sociedade brasileira, o questionamento que intitula este item é fundamental. Afinal, a diferença na forma de tratamento dada às populações pobres e carentes, em especial às negras, salta aos olhos. Daí se pensar o negro na história da educação no Brasil ou uma história da educação específica para o branco brasileiro?
Desde a educação jesuítica, a opção foi por uma educação livresca, importada e histórica. A educação no sistema escravocrata com suas escolas de “primeiras letras”, diferenciadas por gênero e disciplinas, não permitia a presença dos escravizados já que, por lei (art. 6º da Constituição de 1824), era reservada aos cidadãos brasileiros. [...]
MP061
Agora, observe o mapa que representa a média de anos de estudo da população negra e da população branca no Brasil, por região.
Fonte: Ipea. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Disponível em: http://fdnc.io/fAH. Acesso em: 15 dez. 2020.
- Com base nos mapas desta página e da página anterior, responda às questões.
- Qual é a média de anos de estudo das mulheres negras no Brasil? E das mulheres brancas?
PROFESSOR
Resposta: Mulheres negras: 7,7 anos; mulheres brancas: 9,1 anos.- Qual é a média de anos de estudo dos homens negros no Brasil? E dos homens brancos?
PROFESSOR
Resposta: Homens negros: 7,2 anos; homens brancos: 8,9 anos.- Na região em que você vive, qual é a média de anos de estudo das mulheres e dos homens, considerando cor ou raça?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Em que região mulheres brancas e negras têm mais anos de estudo, em média? E em que região homens negros e brancos têm mais anos de estudo, em média?
PROFESSOR
Resposta: Mulheres: Região Centro-Oeste; homens: Região Sudeste.- Que região apresenta as menores médias de anos de estudo para o grupo de mulheres negras e brancas? E para o grupo de homens negros e brancos?
PROFESSOR
Resposta: Mulheres e homens: Região Nordeste.MANUAL DO PROFESSOR
As oportunidades educacionais para essas populações só serão mais perceptíveis no início do século XX, mais especificamente nas décadas de 20 e 30, com a disseminação das escolas técnicas para atender à demanda do mercado de trabalho. [...]
No período conhecido como de redemocratização do Brasil, na segunda metade da década de 80 e durante a década de 90, os movimentos sociais – que nunca deixaram de atuar – ganharam mais visibilidade e passaram a agir mais efetivamente no sentido de exigir uma postura mais ativa do Poder Público diante das demandas das minorias.
Nesse universo, o Movimento Negro atuava exigindo a adoção de medidas específicas para a solução das demandas surgidas historicamente e que se estendem até hoje.
FONTE: GARCIA, Renísia Cristina. Identidade fragmentada : um estudo sobre a história do negro na educação brasileira: 1993-2005. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2007. p. 34-35; 38.
Orientações pedagógicas
Atividade 7. c) Certifique-se de que os estudantes identificaram corretamente as informações referentes à região onde vivem. Eles devem indicar as médias referentes ao grupo das mulheres negras e brancas e ao grupo dos homens negros e brancos. Nesta atividade o estudante desenvolve a habilidade EF05GE02 da Base Nacional Comum Curricular : Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios, com enfoque na identificação de diferenças étnico-raciais.
MP062
Desemprego
O quadro a seguir mostra as taxas de desemprego entre brancos e negros no Brasil.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Brasil: taxa de desemprego da população com 16 anos ou mais de idade (2015) |
||||
---|---|---|---|---|
Brasil e grandes regiões |
Grupos por sexo, segundo cor ou raça |
|||
Mulher negra |
Mulher branca |
Homem negro |
Homem branco |
|
Brasil |
13,3% |
9,6% |
8,5% |
6,8% |
Região Norte |
12,4% |
12,2% |
6,4% |
6,2% |
Região Nordeste |
13,1% |
11,0% |
8,2% |
8,1% |
Região Centro-Oeste |
14,6% |
10,4% |
10,3% |
7,7% |
Região Sudeste |
11,4% |
7,4% |
6,5% |
4,9% |
Região Sul |
10,5% |
8,5% |
6,5% |
4,8% |
Fonte: Ipea. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Disponível em: http://fdnc.io/fAJ. Acesso em: 15 dez. 2020.
Ao analisar os dados por grupo de pessoas do mesmo sexo, segundo cor ou raça, observa-se que a taxa de desemprego das mulheres negras é maior do que a das mulheres brancas. Da mesma forma, a taxa de desemprego dos homens negros é maior do que a dos homens brancos.
Esses dados mostram também que, independentemente de cor ou raça, a taxa de desemprego entre as mulheres é maior do que entre os homens.
- Com base nos dados do quadro, responda às perguntas.
- Qual é a taxa de desemprego de mulheres negras na região onde você vive? E de mulheres brancas?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Qual é a taxa de desemprego de homens negros na região onde você vive? E de homens brancos?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Que região apresenta a maior taxa de desemprego entre mulheres negras? E entre mulheres brancas?
PROFESSOR
Resposta: Mulheres negras: Centro-Oeste; mulheres brancas: Norte.- Que região apresenta a maior taxa de desemprego entre homens negros? E entre homens brancos?
PROFESSOR
Resposta: Homens negros: Centro-Oeste; homens brancos: Nordeste.
- No Brasil, as mulheres são as que mais sofrem com o desemprego, principalmente as mulheres negras. Em sua opinião, por que isso acontece?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 40 e 41 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Analise os dados do quadro e faça a leitura compartilhada do texto. Ressalte que o desemprego entre as mulheres é maior do que entre os homens, e que as mulheres negras apresentam a maior taxa de desemprego.
Atividade 8. Nos itens a e b, certifique-se de que os estudantes identificaram as taxas de desemprego correspondentes à região onde vivem. c) O Centro-Oeste apresenta a maior taxa de desemprego entre as mulheres negras (14,6%); entre as mulheres brancas, a maior taxa de desemprego é a da Região Norte (12,2%). d) Entre os homens negros, a maior taxa de desemprego é a da Região Centro-Oeste (10,3%); já entre os homens brancos, a maior taxa é a da Região Nordeste (8,1%).
Atividade 9. Problematize essa questão com os estudantes. Solicite que observem novamente os mapas das páginas 38 e 39. Destaque que, embora as mulheres tenham maior média de anos de estudo do que os homens, elas ainda apresentam maior taxa de desemprego. Isso significa que, além da escolarização, são necessárias políticas que garantam maior inserção e permanência da mulher no mercado de trabalho; além disso, é preciso superar muitos preconceitos que ainda persistem na sociedade contra a mulher, em especial contra as mulheres negras.
Nas atividades 8 e 9, o estudante desenvolve a habilidade EF05GE02 da Base Nacional Comum Curricular: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios, com enfoque na identificação de diferenças étnico-raciais.
Literacia e Geografia
As questões que devem ser respondidas oralmente possibilitam um momento de discussão entre os estudantes. Anote na lousa as hipóteses levantadas por eles e peça que expliquem suas afirmações, contribuindo para que pratiquem a argumentação. Em seguida, solicite que registrem no caderno o que foi discutido pela turma; dessa forma, poderão exercitar a capacidade de síntese, escrevendo apenas as informações relevantes.
MP063
Acesso aos serviços de saneamento básico
Assegurar a todas as moradias o acesso aos serviços de saneamento básico é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar da população. A falta de saneamento favorece a proliferação de doenças, além de degradar o meio ambiente.
O acesso a esses serviços é mais um indicador da desigualdade entre negros e brancos no Brasil.
Ao observar os dados que mostram a proporção de moradias situadas em áreas urbanas com abastecimento de água tratada e acesso à rede de coleta de esgotos, constata-se que a condição da população negra é inferior à da população branca.
Fonte: Ipea. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Disponível em: http://fdnc.io/fAK. Acesso em: 15 dez. 2020.
- Com base no gráfico, responda.
- Qual é a porcentagem de moradias chefiadas por negros com acesso ao abastecimento de água? E a de moradias chefiadas por brancos?
PROFESSOR
Resposta: Chefiadas por negros: 91,8%; chefiadas por brancos: 95,4%.- Qual é a porcentagem de moradias chefiadas por negros com acesso à coleta de esgoto? E a de moradias chefiadas por brancos?
PROFESSOR
Resposta: Chefiadas por negros: 68,8%; chefiadas por brancos: 81,7%.
- Em sua opinião, por que essas diferenças existem se o saneamento básico é um serviço essencial para o bem-estar de todos? Converse sobre isso com os colegas e o professor.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações pedagógicas
Leia o texto com os estudantes e analise o gráfico. Destaque que o acesso a serviços de saneamento básico é um indicador das condições de vida da população. Pelos dados do gráfico, nota-se que as condições dos domicílios chefiados por pessoas negras se encontram em condições inferiores às dos domicílios chefiados por pessoas brancas.
Nas atividades 10 e 11 o estudante desenvolve a habilidade EF05GE02 da Base Nacional Comum Curricular: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios, com enfoque na identificação de diferenças étnico-raciais.
MP064
O mundo que queremos
Construindo uma sociedade mais justa
Leia, no quadro, o artigo 3º da Constituição Federal do Brasil.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
FONTE: BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Coordenação de Edições Técnicas, 2015.
Podemos perceber que esses objetivos visam à construção de uma sociedade bem diferente dessa em que vivemos atualmente.
O Brasil é um país que apresenta profundas desigualdades sociais, decorrentes, principalmente, da má distribuição de renda.
Em nossa sociedade, existem muitas pessoas que não têm renda suficiente nem mesmo para satisfazer as necessidades básicas de alimentação, moradia e educação.
A maior parte da população brasileira ainda sofre com as mais diversas formas de discriminação.
Parece que esses objetivos estão longe de ser alcançados, não é mesmo?
LEGENDA: Bairro com infraestrutura precária no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro em 2017. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a seção O mundo que queremos podem ser trabalhadas na semana 9.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos
- Reconhecer que o Brasil é um país marcado por desigualdades sociais.
- Perceber a existência de desigualdades sociais no lugar de vivência.
- Elaborar painéis para retratar as desigualdades sociais.
A seção contempla a habilidade da BNCC: EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Realize a leitura compartilhada do artigo 3º da Constituição Federal do Brasil e do texto a seguir.
Enfatize que os objetivos descritos no artigo 3º da Constituição, que visam à construção de uma sociedade mais justa, com menos desigualdades sociais e livre de preconceitos, contrastam com a realidade brasileira. Conforme visto ao longo do capítulo, o Brasil é um país marcado por profundas desigualdades sociais. A exploração do conteúdo da seção confere a possibilidade de consolidar a compreensão dos estudantes a respeito do que significa viver em uma sociedade de fato mais justa e aprofundar o debate sobre o tema da desigualdade e justiça social.
O texto Precisamos falar sobre desigualdades aborda o problema das desigualdades sociais no país e a necessidade de transformar essa realidade, com vistas à construção de uma sociedade mais justa.
Precisamos falar sobre desigualdades
Não é possível erradicar a pobreza no mundo sem reduzir drasticamente os níveis extremos de desigualdade. Eles interferem na capacidade do Estado e da sociedade redistribuírem renda, erguendo barreiras à mobilidade social e mantendo parcelas da população na pobreza, à margem da economia.
Combater as desigualdades é um fim em si mesmo. As diferenças socioeconômicas existentes no país são inaceitáveis sob qualquer aspecto, e não condizem com os ideais de igualdade e solidariedade sobre os quais tantas sociedades se apoiam. Mas há muito mais em jogo quando falamos de desigualdades.
MP065
- O que significa dizer que o Brasil é um país com profundas desigualdades sociais?
PROFESSOR
Resposta: Significa que poucas pessoas têm renda muito elevada, enquanto muitas pessoas não têm renda suficiente para satisfazer as necessidades básicas.
- Você acha que o Brasil tem conseguido garantir a toda a população os objetivos descritos no artigo 3º da Constituição Federal? Justifique.
PROFESSOR
Resposta pessoal.
- O que poderia ser feito para construirmos uma sociedade mais justa?
PROFESSOR
Resposta pessoal.Boxe complementar:
Vamos fazer
Como você estudou, o Brasil apresenta grandes desigualdades sociais.
Como você percebe a existência de desigualdades sociais no lugar onde vive? Junte-se a alguns colegas e elaborem painéis com imagens mostrando essas desigualdades. Sigam as etapas e bom trabalho!
Etapas
- Procurem imagens que representem desigualdades sociais que ocorrem no lugar onde vocês vivem.
- Organizem e colem as imagens em cartolinas. Escrevamuma pequena legenda para cada imagem, relacionando-a à desigualdade social. Lembrem-se de escrever o título de cada cartaz.
- Apresentem os cartazes aos colegas e ao professor, explicando cada imagem.
- Após observarem os cartazes apresentados pela turma,
conversem
sobre as causas dessas desigualdades e suas consequências para a sociedade.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
A redução de desigualdades permite aumentar o acesso a direitos básicos. No Brasil, quanto menor a desigualdade de renda, maior a garantia a serviços essenciais como água ou saúde, e menores as taxas de mortalidade infantil e maior a expectativa de vida ao nascer. Combater desigualdades é também o caminho para vivermos em uma sociedade menos violenta, já que a exclusão social está diretamente relacionada ao aumento da violência, seja na cidade ou no campo.
FONTE: OXFAM Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/fAL. Acesso em: 25 maio 2021.
Orientações pedagógicas
Atividade 2. Verifique a coerência das respostas dos estudantes. Considerando o conteúdo estudado no capítulo, espera-se que eles reconheçam que o Brasil é um país com profundas desigualdades sociais. Para alcançar os objetivos descritos no artigo 3º da Constituição Federal, o país necessita de uma grande transformação social.
Atividade 3. Ressalte que, para construir uma sociedade mais justa no Brasil, com menos desigualdades sociais, uma das ações necessárias é diminuir a concentração de renda.
Conclusão da unidade
Na perspectiva da avaliação formativa, este é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes, destacando os seguintes pontos: identificação de como a população brasileira se distribui pelo território; reconhecimento das principais características demográficas do Brasil; compreensão dos conceitos relacionados aos processos migratórios; reconhecimento das desigualdades entre diferentes segmentos da sociedade brasileira.
MP066
O que você aprendeu
- Analise o quadro abaixo, que apresenta informações de algumas das unidades federativas do Brasil, e responda às questões.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Unidade federativa |
População estimada |
Área (km 2 ) |
Densidade demográfica (hab./km 2 ) |
---|---|---|---|
Distrito Federal |
3 069 673 |
5 761 |
532 |
Paraná |
11 551 231 |
199 305 |
58 |
Amazonas |
4 235 373 |
1 559 168 |
3 |
Maranhão |
7 131 764 |
329 642 |
22 |
Rio de Janeiro |
17 406 018 |
43 750 |
398 |
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2019; IBGE. População do Brasil. Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: http://fdnc.io/4GM. Acesso em: 11 dez. 2020.
- Qual é a unidade federativa mais populosa? E a menos populosa?
PROFESSOR
Resposta: Mais populosa: Rio de Janeiro; menos populosa: Distrito Federal.- Qual é a unidade federativa mais povoada? E a menos povoada? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Mais povoada: Distrito Federal; menos povoada: Amazonas.- Leia o texto e observe o quadro.
O quadro abaixo mostra o percentual da população natural de cada região brasileira, isto é, o percentual de pessoas que nasceram na mesma região onde moram.
O quadro também mostra o percentual de população não natural da região, isto é, o percentual de pessoas que não nasceram na região onde moram.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Percentual da população natural e da população não natural por região brasileira (2015) |
||
---|---|---|
Região |
População natural (%) |
População não natural (%) |
Norte |
85 |
15 |
Nordeste |
97 |
3 |
Centro-Oeste |
71 |
29 |
Sudeste |
86 |
12 |
Sul |
94 |
6 |
Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
- O que é população natural de uma região? E população não natural?
PROFESSOR
Resposta: A população natural é a que vive na região em que nasceu e a população não natural é a que não nasceu na região em que vive.- Em que região do Brasil você nasceu? Qual é o percentual de população não natural dessa região? O que isso quer dizer?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Em que região brasileira você mora? Você faz parte da população natural dessa região? Explique.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 10.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos
- Recordar os principais conceitos e noções estudados ao longo da unidade.
- Aplicar o conhecimento adquirido a situações novas.
As páginas 44 e 45 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE01.
Orientações pedagógicas
Faça a leitura compartilhada de cada atividade, esclarecendo possíveis dúvidas dos estudantes. É importante que os conteúdos sejam retomados oralmente durante a realização das atividades.
Caso necessitem, oriente os estudantes para uma releitura dos textos da unidade, buscando fixar os conceitos apresentados.
Atividade 1. Os estudantes devem compreender que para verificar se uma unidade da federação é muito populosa ou não é necessário considerar a quantidade de habitantes que nela residem, informação disponível na coluna “População estimada” do quadro; para verificar o nível de povoamento de uma unidade da federação é necessário considerar a densidade demográfica.
Idosos
A população mundial vem envelhecendo rapidamente em função da queda da taxa de fecundidade em diversas regiões do mundo e do aumento da expectativa de vida [...]. A população brasileira também experimenta esse fenômeno [...]. Realmente, entre 2005 e 2015, enquanto houve diminuição no percentual de crianças e adolescentes até 14 anos e também no de jovens, aumentou o percentual de pessoas com 60 anos ou mais de idade – segundo a definição de idoso no Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741, de 01.10.2003) – na população. Observa-se, [...] que neste período os idosos passaram de 9,8% para 14,3% da população brasileira. [...] Os maiores percentuais de idosos foram encontrados nas Regiões Sul e Sudeste, com 15,9% e 15,6%, respectivamente, e o menor na Região Norte, com 10,1% da população composta por pessoas com 60 anos ou mais de idade.
Um importante aspecto para a avaliação da qualidade de vida dos idosos refere-se às características do entorno do domicílio onde residem, em especial no que tange à acessibilidade, já que cerca de 1/3 dos idosos (33,0%) declararam ter no mínimo alguma dificuldade permanente para caminhar e/ou subir escadas sem a ajuda de outra pessoa, ainda que usando prótese, bengala ou aparelho auxiliar.
MP067
Avaliação processual
- Observe este mapa. Ele mostra o percentual de idosos no total da população de cada unidade federativa em 2019.
Fonte: IBGE. Cidades. Pesquisas. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fwN. Acesso em: 11 dez. 2020.
- De acordo com o mapa, indique duas unidades federativas com os menores percentuais de idosos na população. Anote também duas unidades com os maiores percentuais.
PROFESSOR
Resposta: Menores percentuais de idosos: RO, AC, AM, RR, PA, AP, MT. Maiores percentuais: RJ, RS.- Qual é a faixa percentual de idosos na unidade federativa onde você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Estimativas calculadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que, no Brasil, a população de idosos em 2039 será de aproximadamente 24%. Em sua opinião, que medidas devem ser tomadas pelo governo brasileiro para garantir boa qualidade de vida para essa população?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
O Estatuto do Idoso prevê que, nos programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos, sejam eliminadas as barreiras arquitetônicas e urbanísticas para a garantia da acessibilidade ao idoso [...]. O Censo Demográfico 2010 investigou as características dos domicílios onde residem pessoas com 60 anos ou mais de idade e constatou [...] que 93,8% dos idosos residiam em domicílios que não possuíam rampas em seu entorno. Outro resultado que merece ser mencionado é o maior percentual de idosos que residiam em domicílios sem calçada no entorno (24,2%) do que sem pavimentação (13,6%), revelando possivelmente pouca atenção com a circulação dos pedestres. Por fim, com relação ao aspecto da oferta de espaços públicos verdes, ressalte-se que 27,5% das pessoas com 60 anos ou mais de idade responderam viver em domicílios em áreas sem arborização.
FONTE: IBGE. Síntese de indicadores sociais : uma análise das condições de vida da população brasileira 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 49-51.
Orientações pedagógicas
Atividade 3. Sugestões: garantir aposentadorias adequadas, promover atividades físicas e culturais direcionadas a pessoas idosas, promover campanhas de prevenção de doenças, oferecer atendimento médico-hospitalar de qualidade e gratuito, entre outras medidas.
MP068
- Indique um dentre os diversos motivos que levam as pessoas a migrar.
PROFESSOR
Resposta pessoal.PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Explique o significado de migração externa e de migração interna.
PROFESSOR
Resposta: A migração externa envolve deslocamentos de pessoas entre países diferentes e a migração interna ocorre com a transferência de pessoas dentro de um mesmo país.- Por que muitos brasileiros emigram para outros países?
PROFESSOR
Resposta: Para buscar empregos e qualidade de vida, estudar, aprimorar o domínio sobre uma língua estrangeira etc.- Leia o texto, observe o gráfico e responda às questões.
A mulher no mercado de trabalho
Cada vez mais as mulheres estão inseridas no mercado de trabalho. Mesmo assim, a desigualdade entre homens e mulheres persiste no rendimento (salário) e na distribuição de cargos de chefia.
Até nos casos em que têm o mesmo nível de escolaridade e de preparo profissional, as mulheres têm rendimento menor do que o dos homens. Pesquisas do IBGE apontaram que, em 2015, no grupo de pessoas mais escolarizadas, as mulheres recebiam cerca de 69% do rendimento dos homens.
Também ocorre desigualdade na distribuição de cargos de chefia (gerência e direção). De acordo com o IBGE, em 2015, de 100 cargos de gerência ou direção, 57 eram ocupados por homens e 43 por mulheres.
Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
- Dois aspectos da desigualdade entre homens e mulheres foram destacados no texto. Quais são eles?
PROFESSOR
Resposta: As mulheres recebem salários menores e têm menos acesso a cargos de chefia em relação aos homens.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 46 e 47 contemplam as habilidades da BNCC: EF05GE01 e EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Atividade 4. Sugestões: desemprego, pobreza, secas, conflitos armados no local de origem; oportunidades de trabalho e de estudo, segurança e qualidade de vida no local de destino.
É importante que os estudantes compreendam que os migrantes levam em consideração as condições de vida no lugar em que vivem e nos potenciais lugares de destino.
Atividade 7. Espera-se que os estudantes entendam as desigualdades de gênero como um problema social histórico do Brasil que precisa ser combatido.
MP069
- O mapa a seguir mostra o percentual de moradias em áreas inadequadas à habitação em cada unidade federativa.
Fonte: IBGE. Aglomerados subnormais 2019: classificação preliminar e informações de saúde para o enfrentamento à COVID-19: notas técnicas. Disponível em: http://fdnc.io/eaG. Acesso em: 3 mar. 2020.
- Anote duas unidades federativas com os menores percentuais de moradias em áreas inadequadas à habitação.
PROFESSOR
Resposta: MT, GO, MS e SC.- Que unidades federativas têm os maiores percentuais de moradias nessas condições?
PROFESSOR
Resposta: ES, AM e AP.- A faixa percentual de moradias em áreas inadequadas no Distrito Federal é de 5,1 a 10%. Qual é a faixa percentual dessas moradias na unidade federativa onde você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Por que uma parte da população mora em áreas inadequadas à habitação?
PROFESSOR
Resposta: Por falta de renda suficiente para adquirir um imóvel em uma área adequada.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações pedagógicas
Atividade 8. Retome os procedimentos de leitura de mapa. Comente com os estudantes que moradias situadas em áreas inadequadas à habitação são aquelas construídas em locais impróprios, como em encostas de morro, em margens de córregos ou ao longo de vias públicas. Essas moradias ficam sujeitas a deslizamentos de terra e inundação. Geralmente, não têm acesso ao saneamento básico, à rede de energia elétrica etc. d) Espera-se que os estudantes percebam que tal condição tem relação com a desigualdade social. A dificuldade de acesso a determinados bens e serviços, tal como moradia adequada, revela esse problema. Nesta atividade o estudante desenvolve a habilidade EF05GE02 da Base Nacional Comum Curricular: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios, com enfoque na identificação de desigualdades sociais em diferentes territórios.
MP070
- Observe os dados do gráfico e responda às questões.
Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Projeção da População 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047. Agência IBGE Notícias, 25 jul. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/4H1. Acesso em: 26 mar. 2021. * Projeção.
- Quais eram as duas unidades federativas com as maiores taxas de fecundidade em 2020? E as duas unidades federativas com as menores taxas?
PROFESSOR
Resposta: Maiores taxas: Roraima e Amazonas; menores taxas: Minas Gerais e Rio Grande do Norte.- Em 2020, a taxa de fecundidade da unidade federativa da unidade em que você vive era maior ou menor que a taxa do Brasil?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
As páginas 48 e 49 contemplam as habilidades da BNCC: EF05GE01 e EF05GE02.
Orientações pedagógicas
Atividade 9. Verifique se os estudantes compreendem o que é a taxa de fecundidade, suas projeções de evolução entre 2020 e 2030 e as principais causas da tendência de diminuição dessa taxa no período.
MP071
- Na maioria das unidades federativas, a projeção mostra uma tendência de aumento ou de diminuição dessa taxa entre as décadas de 2020 e 2030? Explique as causas dessa tendência.
PROFESSOR
Resposta: Tendência de diminuição provocada por fatores como o aumento da escolaridade, da participação da mulher no mercado de trabalho e de sua autonomia no planejamento familiar.- Observe as informações do gráfico e indique a alternativa correta.
Fonte: SARAIVA, Adriana. Trabalho, renda e moradia: desigualdades entre brancos e pretos ou pardos persistem no país. Agência IBGE Notícias, 12 nov. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fAM. Acesso em: 26 mar. 2021.
- O gráfico revela que os homens brancos são a maioria no grupo que vive em condição de pobreza no Brasil.
- Apesar de haver pessoas vivendo em condição de pobreza, o Brasil não é um país que apresenta desigualdades sociais.
- Os dados apresentados mostram que não há diferenças entre as condições de vida da população branca e as da população negra do Brasil.
- As mulheres pretas ou pardas representam o maior grupo de pessoas que vivem em condição de pobreza no Brasil.
- No Brasil, as mulheres brancas são a parcela da população mais atingida pelas desigualdades sociais, pois a maioria vive em condição de pobreza.
PROFESSOR
Resposta correta: d.- Leia as afirmativas abaixo.
( A) Poucos têm pouco, muitos têm muito.
( B) Poucos têm muito, muitos têm pouco.
- Qual dessas afirmativas explica a distribuição de renda no Brasil? Registre no caderno como você chegou a essa conclusão.
PROFESSOR
Resposta: A afirmativa B, que indica a existência da desigualdade de renda no país.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações pedagógicas
Atividade 10. Os dados do gráfico mostram que as mulheres pretas ou pardas são o grupo mais vulnerável do Brasil, revelando aspectos das desigualdades raciais e de gênero existentes no país.
Atividade 11. Reforce para os estudantes que o problema da desigualdade social entre diferentes grupos da população brasileira está diretamente associado à elevada concentração de renda.
MP072
Comentários para o professor:
GRADE DE CORREÇÃO
Quadro: equivalente textual a seguir.
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/conceito |
---|---|---|
1 |
Comparar dados demográficos de diferentes unidades federativas do Brasil. A atividade 1 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. |
|
2 |
Identificar a proporção de população natural em diferentes unidades da federação brasileiras. A atividade 2 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. |
|
3 |
Reconhecer características populacionais das unidades da federação com base na análise de um mapa. A atividade 3 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. |
|
4 |
Reconhecer os fatores relacionados à mobilização de fluxos migratórios. A atividade 4 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. |
|
5 |
Compreender conceitos vinculados aos processos migratórios. A atividade 5 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. |
|
6 |
Compreender os fatores relacionados à emigração de brasileiros. A atividade 6 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. |
|
7 |
Identificar as desigualdades entre os gêneros no mercado de trabalho e refletir sobre elas. A atividade 7 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE02: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. |
MP073
Quadro: equivalente textual a seguir.
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/conceito |
---|---|---|
8 |
Analisar a porcentagem de habitantes que vivem em moradias inadequadas à habitação. A atividade 8 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE02: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. |
|
9 |
Analisar a evolução da taxa de fecundidade em diferentes unidades da federação no Brasil. A atividade 9 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura. |
|
10 |
Reconhecer desigualdades relacionadas à cor ou raça. A atividade 10 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE02: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. |
|
11 |
Refletir sobre a desigualdade social no Brasil. A atividade 11 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC: EF05GE02: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. |
Sugestão de autoavaliação
Uma proposta de autoavaliação pode ser apresentada ao final do bimestre com o objetivo de promover a reflexão dos estudantes sobre seus avanços, potencialidades e dificuldades, além de estimulá-los a pensar sobre as expectativas de aprendizagem para o bimestre seguinte.
A autoavaliação pode ser realizada de diversas maneiras. Entre as possibilidades, defina se o formato será individual ou coletivo, em uma roda de conversa. Também é importante definir a validade de seguir um roteiro, estimular a livre expressão dos estudantes ou combinar as duas estratégias. O roteiro pode ser estruturado com algumas perguntas simples:
- Presto atenção e participo ativamente das aulas?
- Escuto e respeito a participação dos meus colegas?
- Colaboro com meus colegas nos trabalhos em dupla ou em grupo?
- Tiro dúvidas com o professor quando não entendo algum conteúdo?
- Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?