MP074

UNIDADE 2. A urbanização brasileira

Imagem: Fotografia 1. Vista aérea de uma praça com árvores. Em volta há ruas, prédios e casas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de Belém, estado do Pará, em 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a abertura da unidade 2 podem ser trabalhadas na semana 11.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da unidade

  • Conhecer as origens e as funções de algumas cidades brasileiras.
  • Compreender o que é urbanização.
  • Reconhecer o crescimento da população urbana no Brasil.
  • Compreender o papel da industrialização para a urbanização.
  • Refletir sobre a relação entre o espaço urbano e o espaço rural atualmente.
  • Reconhecer aspectos da interação entre cidades em uma rede urbana e conhecer uma proposta de hierarquia urbana.
  • Analisar alguns problemas vivenciados nas cidades brasileiras.

    A abertura da unidade contempla aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE03 e EF05GE04.

    Introdução da unidade

    A Unidade 2, ao abordar a urbanização como tema principal, explora conceitos e fenômenos importantes para desenvolver a compreensão dos processos relacionados à produção do geográfico. Além de reconhecer as especificidades do espaço urbano, os estudantes poderão comparar processos espontâneos de desenvolvimento urbano com casos de construção planejada de algumas cidades; analisar a evolução da urbanização do Brasil; compreender a constituição das redes urbanas; entender a origem, formar senso crítico e pensar em soluções sobre os problemas urbanos mais comuns no Brasil.

    Competências da Base Nacional Comum Curricular em foco nesta unidade:

  • Competências Gerais da Educação Básica: 1 e 7.
  • Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental: 2; 3; 5 e 7.
  • Competências Específicas de Geografia para o Ensino Fundamental: 1; 3.

MP075

Imagem: Fotografia 2. Vista aérea de ruas, casas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de Juazeiro do Norte, estado do Ceará, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 3. Vista aérea de ruas, casas e árvores. Ao fundo, morros.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de São Roque de Minas, estado de Minas Gerais, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Vamos conversar

  1. Quais são as diferenças entre as paisagens desses municípios?
    PROFESSOR Resposta: Elas apresentam níveis diferentes de urbanização e de verticalização.
  1. Quais são as semelhanças entre elas?
    PROFESSOR Resposta: As três apresentam áreas urbanizadas.
  1. Algum desses lugares parece com o lugar onde você vive?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Explore com os estudantes as fotografias apresentadas e, por meio da comparação, incentive-os a identificar as principais características de cada paisagem, os elementos que as compõem e o modo como elas foram organizadas pela sociedade.

A paisagem tem grande importância para a Geografia, pois é o ponto de partida para a leitura do espaço geográfico. Ou seja, a paisagem é o aspecto sensível do espaço, a sua expressão formal, aparente. Com base nas respostas dos estudantes, aborde elementos da paisagem que os ajudem a construir uma primeira interpretação do que é a paisagem urbana.

Atividade 1. Peça aos estudantes que observem novamente e descrevam as fotografias apresentadas na abertura da unidade. É importante que eles percebam que as fotografias mostram paisagens urbanas diferentes. Promova uma discussão sobre essas diferenças e suas possíveis causas. Destaque que há desigualdades entre as paisagens urbanas, pois elas refletem o modo como o espaço é apropriado e produzido pelas pessoas que nele vivem.

Atividade 2. Apesar das diferenças entre as paisagens, é importante que os estudantes notem semelhanças entre as cidades apresentadas no que diz respeito à concentração das construções. Baseando-se nisso, eles poderão elaborar uma caracterização do espaço urbano como espaço da concentração de construções, pessoas e atividades econômicas.

Atividade 3. Incentive os estudantes a comparar o lugar onde vivem com as paisagens urbanas mostradas, destacando as semelhanças e diferenças entre cada uma delas.

Unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades da Base Nacional Comum Curricular em foco nesta unidade:

  • Unidades temáticas: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas; Mundo do trabalho; Formas de representação e pensamento espacial; Natureza, ambientes e qualidade de vida.
  • Objetos de conhecimento: Dinâmica populacional; Território, redes e urbanização; Trabalho e inovação tecnológica; Mapas e imagens de satélite; Representação das cidades e do espaço urbano; Gestão pública da qualidade de vida.
  • Habilidades: EF05GE01; EF05GE03; EF05GE04; EF05GE05; EF05GE06; EF05GE08; EF05GE09 e EF05GE12.

MP076

CAPÍTULO 1. As cidades brasileiras

O que é a cidade?

A cidade é uma construção humana. Ela é caracterizada pela aglomeração de construções, de pessoas e de atividades econômicas.

De acordo com seu desenvolvimento econômico, histórico e social, as cidades se configuram de diferentes formas. É por isso que as paisagens urbanas podem ser muito diferentes umas das outras.

Atualmente, as cidades concentram a maior parte da população, reúnem variadas atividades econômicas e influenciam o modo de vida e as atividades econômicas rurais.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de automóveis sobre ruas asfaltadas. Nas laterais há vários prédios e algumas árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida na cidade de São Paulo, estado de São Paulo, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Descreva a paisagem representada na fotografia acima.
PROFESSOR Resposta: Paisagem formada por prédios altos e vias de circulação movimentadas.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Em sua opinião, essa é uma paisagem tipicamente urbana? Por quê?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para as páginas 52 a 59 do capítulo 1 podem ser trabalhadas na semana 12.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

  • Identificar as características das cidades.
  • Conhecer a origem de algumas cidades brasileiras, considerando suas dimensões históricas e espaciais.
  • Reconhecer a existência de diferentes funções das cidades.
  • Conhecer diferentes formas de representação das cidades.
  • Reconhecer transformações ocorridas nas paisagens das cidades.

    As páginas 52 e 53 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE03 e EF05GE04.

    Orientações pedagógicas

    É importante que os estudantes compreendam que as cidades são produzidas pela sociedade, isto é, por meio de atividades desenvolvidas pelas pessoas. Como afirma a geógrafa Ana Fani A. Carlos: “A cidade é uma realização humana, uma criação que vai se constituindo ao longo do processo histórico e que ganha materialização concreta, diferenciada, em função de determinações históricas específicas” (CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. São Paulo: Contexto, 2001. p. 57.).

    Atividades 1 e 2. Com base na descrição da fotografia, incentive os estudantes a reconhecer alguns dos elementos que caracterizam o espaço urbano. Estimule-os a refletir, também, sobre a intensidade dos fluxos de pessoas, transportes, comércio e serviços.

MP077

Cidades de origem espontânea

Muitas cidades brasileiras se originaram do crescimento de antigos povoados. Essas cidades surgiram e cresceram de maneira desordenada, ou seja, as pessoas foram se instalando, construindo casas, lojas, ruas, parques, fábricas etc. A origem dessas cidades é considerada espontânea.

As primeiras vilas e cidades fundadas no Brasil se localizavam ao longo da faixa litorânea e se distribuíam de maneira dispersa e isolada.

São Vicente, no atual estado de São Paulo, foi fundada em 1532 por Martim Afonso de Sousa e é considerada a primeira vila do Brasil.

Imagem: Pintura. À direita, vários indígenas segurando lanças entre árvores. À esquerda, homens brancos com capacetes e armaduras estão observando. Atrás deles há barracas e mais pessoas brancas. Ao fundo, caravelas no mar e morros.   Fim da imagem.

LEGENDA: Benedito Calixto de Jesus. Fundação de São Vicente. 1900. Óleo sobre tela, 188 X 379 cm. FIM DA LEGENDA.

À medida que as vilas cresciam e se tornavam mais importantes, eram reconhecidas como cidades.

Algumas cidades brasileiras surgiram da necessidade de proteger o território de invasões de estrangeiros.

A cidade de Belém, no atual estado do Pará, foi fundada com esse objetivo, em 1616. Os colonizadores portugueses construíram o Forte do Presépio, hoje chamado de Forte do Castelo, e o núcleo urbano foi se desenvolvendo no entorno do forte.

Imagem: Fotografia. À esquerda, navios em um porto. À direita, construções, prédios, casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Parte da cidade de Belém, estado do Pará, em 2017. No primeiro plano, é possível ver o Forte do Castelo. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

No início da ocupação do território brasileiro, as primeiras vilas e cidades estiveram profundamente ligadas à colonização portuguesa, que instituiu o sistema de capitanias hereditárias. As capitanias hereditárias eram terras que iam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Essas terras eram doadas pela Coroa portuguesa aos chamados donatários, que eram responsáveis por administrá-las e deviam acatar ao controle português.

Enfatize que as primeiras vilas e cidades se concentraram no litoral das terras brasileiras.

Pergunte aos estudantes se já visitaram fortes construídos no período colonial. Explique que eles eram construídos em lugares estratégicos e comente que, assim como Belém (no atual estado do Pará), muitas cidades possuíam fortes para proteger o território das invasões estrangeiras.

Para o estudante ler

São Paulo: de colina a cidade, de Amir Piedade, Editora Cortez.

Livro sobre a origem da cidade de São Paulo e suas transformações.

Dos pequenos núcleos urbanos às cidades

A criação dos núcleos urbanos vinha sempre acompanhada da construção da capela, que ocupava lugar de destaque. O pequeno núcleo de casas ao redor da capela (também chamado de patrimônio ) poderia evoluir para a situação de paróquia ou freguesia , para depois se tornar uma vila (e mais raramente cidade), que deveria apresentar uma matriz ou capela ampliada, além da Casa da Câmara e Cadeia. Essa mudança de status envolvia características jurídico-institucionais em que o papel da Igreja e o do Estado se confundiam.

FONTE: MARICATO, Ermínia. Habitação e cidade . São Paulo: Atual, 2016. p. 10.

MP078

Há, também, cidades que se originaram da exploração de pedras e metais preciosos.

Durante o século XVIII, a mineração no interior do país impulsionou a criação de núcleos de ocupação em regiões dos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Em Minas Gerais, as cidades de Ouro Preto, Mariana, Congonhas e Sabará surgiram da exploração de ouro. Em Mato Grosso, a cidade de Cuiabá surgiu da exploração de pedras e metais preciosos.

A notícia da descoberta de pedras e metais preciosos nessas regiões se espalhou e atraiu muitas pessoas de diferentes lugares do Brasil.

Com a chegada de novos moradores, aumentaram as construções e o comércio. Os povoados cresceram e se transformaram em cidades.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma praça pequena com árvores. Em volta há prédios, construções, ruas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Cuiabá, estado de Mato Grosso, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de várias casas aglomeradas. Ao fundo, uma igreja sobre um morro.   Fim da imagem.

LEGENDA: Cidade de Ouro Preto, estado de Minas Gerais, em 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 54 e 55 contemplam as habilidades da BNCC: EF05GE03 e EF05GE04.

Orientações pedagógicas

Apresente aos estudantes um mapa do Brasil e ajude-os a localizar as cidades citadas no texto.

Explique que a mineração de ouro e pedras preciosas favoreceu a ocupação das terras do interior do território brasileiro e impulsionou a criação de povoados e vilas nos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Comente que, por causa de sua importância histórica e arquitetônica, o centro histórico da cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, foi protegido como patrimônio histórico e artístico nacional em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, em 1980, foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Ouro Preto: patrimônio mundial da humanidade

O reconhecimento mundial deve-se principalmente ao fato de Ouro Preto constituir-se em um sítio urbano completo e pouco alterado em relação à sua essência, que é de formação espontânea a partir de um sistema minerador, seguido por uma marcada presença dos poderes religioso e governamental e pelas fortes expressões artísticas que se destacam por sua relevância internacional. Seu traçado urbano colonial mantém-se intacto. [...]

Com a expansão da cidade ao longo das estradas e entorno, mas manutenção da escala nas novas edificações, manteve-se sem alterações visíveis a paisagem urbana construída nos séculos XVIII e XIX.

MP079

Algumas cidades se originaram do crescimento de povoados fundados ao longo do caminho dos tropeiros.

Imagem: Pintura em sépia. No centro, um homem está puxando um burro sobre uma ponte. À direita, outro homem está puxando outro burro em uma encosta. À esquerda, três burros e um cachorro estão parados sobre um morro. Ao fundo, morros e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: O artista Jean-Baptiste Debret retratou os tropeiros em uma pintura de 1827. Aquarela sobre papel, 14,9 X 23,1 cm. FIM DA LEGENDA.

Os tropeiros eram mercadores que transportavam animais e produtos para serem vendidos nas áreas de extração de ouro e no interior do Brasil. Eles foram chamados de tropeiros por conduzirem as tropas de mulas.

Nos locais onde os tropeiros paravam para descansar formaram-se ranchos ou fazendas que deram origem a muitos povoados.

O crescimento desses povoados resultou na formação de diversas cidades, como Ponta Grossa, no estado do Paraná, e Sorocaba, no estado de São Paulo.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de prédios, casas, ruas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: A cidade de Ponta Grossa, no estado do Paraná, tem origem nas fazendas de pouso de tropeiros. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de prédios, casas, ruas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Sorocaba, no estado de São Paulo, também se originou do caminho dos tropeiros. Hoje, a cidade cresceu e é uma das mais importantes do estado de São Paulo. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. O que as cidades de Ponta Grossa, no Paraná, e Sorocaba, em São Paulo, têm em comum?
PROFESSOR Resposta: Ambas as cidades têm origem histórica vinculada ao tropeirismo e hoje apresentam vários prédios na paisagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Do mesmo modo, estão preservados os monumentos da arquitetura religiosa e civil, como oratórios, capelas, pontes e chafarizes. [...]

O valor extraordinário de Ouro Preto [...] mantém-se perfeitamente legível devido não só à estagnação econômica sofrida pela cidade na primeira metade do século XX, mas principalmente pelas medidas de proteção que se seguiram ao seu reconhecimento, em 1938, como patrimônio histórico e artístico nacional. Permanecem igualmente preservadas em sua autenticidade as edificações referenciais como os palácios, igrejas, fontes, pontes e a maioria das casas de comércio e residências do período colonial.

FONTE: IPHAN. Centro Histórico de Ouro Preto (MG) . Disponível em: http://fdnc.io/3xR. Acesso em: 11 dez. 2020.

Orientações pedagógicas

Explique que as regiões de mineração não produziam alimentos, roupas e instrumentos de trabalho suficientes para toda a população. Daí a importância dos tropeiros, que transportavam e comercializavam produtos de outras regiões.

Chame a atenção dos estudantes para o despenhadeiro representado na pintura de Jean-Baptiste Debret e peça que imaginem as dificuldades enfrentadas pelos tropeiros durante suas viagens. É importante que eles notem que os caminhos utilizados eram rústicos e, muitas vezes, precários.

Se considerar pertinente, comente que em Sorocaba é realizada todos os anos a Semana do Tropeiro, que homenageia a tradição tropeira. No evento, há pratos típicos, danças folclóricas, atrações musicais e a tropeada, em que comitivas de cavaleiros de Sorocaba e de outros municípios da região percorrem o caminho realizado pelos antigos tropeiros.

Pergunte aos estudantes se eles conhecem a origem da cidade ou da área urbana do município onde vivem. Se julgar pertinente, sugira que façam uma pesquisa em livros, jornais, revistas e na internet. As informações coletadas podem ser organizadas em um texto coletivo contando a história dessa cidade.

Para o estudante acessar

IBGE Cidades. Disponível em: http://fdnc.io/5R. Acesso em: 16 dez. 2020.

Site que disponibiliza diferentes dados estatísticos sobre as cidades brasileiras.

MP080

Cidades de origem planejada

Como você viu, a maioria das cidades brasileiras se originou de maneira espontânea.

No entanto, outras cidades surgiram de forma diferente: elas foram planejadas. Isso quer dizer que, antes de serem construídas, elas foram projetadas por arquitetos e engenheiros.

Imagem: Ilustração. Dois homens e uma mulher com capacetes de proteção estão sentados em volta de uma planta de cidade sobre uma mesa. Ao lado, uma mulher com cabelo preso também está sentada. Três deles seguram réguas e um desenha em um papel.  Fim da imagem.

Goiânia, no estado de Goiás, Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, Palmas, no estado de Tocantins, e Maringá, no estado do Paraná, são exemplos de cidades brasileiras planejadas.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma cidade com vários prédios e construções.   Fim da imagem.

LEGENDA: Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, foi fundada em 12 de dezembro de 1897. Na fotografia, vista de parte da cidade em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma praça grande e extensa com várias árvores. Em volta há ruas, construções e casas. Ao fundo, alguns prédios.   Fim da imagem.

LEGENDA: Palmas, no estado do Tocantins, foi fundada em 20 de maio de 1989. Na fotografia, vista de parte da cidade em 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 56 e 57 contemplam aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE03.

Orientações pedagógicas

Peça aos estudantes que observem as fotografias que mostram algumas cidades planejadas no Brasil.

Se julgar pertinente, comente que, durante o período colonial, algumas cidades também tiveram o traçado planejado antes de sua construção, como Aracaju (SE) e Teresina (PI).

É importante enfatizar que o planejamento das cidades não elimina a ocorrência de problemas urbanos.

Sugestão de atividade: Pesquisa sobre cidades planejadas

Proponha aos estudantes uma atividade de pesquisa sobre uma cidade planejada brasileira.

  • Pesquise previamente exemplos de cidades brasileiras planejadas para sugerir aos estudantes. Além de Goiânia (GO), os estudantes podem pesquisar informações sobre outras cidades planejadas, como Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Brasília (DF), Teresina (PI), Aracaju (SE) e Palmas (TO).
  • Organize os estudantes em grupos e peça a cada um deles que escolha uma cidade planejada para pesquisar.

MP081

Imagem: Fotografia. Vista aérea de ruas com árvores em volta, prédios e casas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Maringá, no estado do Paraná, foi fundada em 10 de maio de 1947. Na fotografia, vista de parte da cidade em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a imagem da cidade de Goiânia e leia a legenda.
Imagem: Fotografia. Vista de cima de uma praça circular. Em volta há ruas, casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Goiânia, no estado de Goiás, foi fundada em 24 de outubro de 1933. Na fotografia, vista da cidade em 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a data de fundação da cidade de Goiânia?
PROFESSOR Resposta: 24 de outubro de 1933.
  1. Que elementos da paisagem é possível identificar na imagem?
PROFESSOR Resposta: Edificações, vias de circulação e vegetação.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Com base na imagem, como você acha que a construção da cidade de Goiânia foi planejada? Converse sobre isso com os colegas e o professor.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Peça aos estudantes que busquem diferentes informações sobre as cidades escolhidas: quando foi fundada, por quem foi planejada, como foi o processo de construção, como os elementos naturais foram tratados no planejamento da cidade etc. Os estudantes também podem levantar dados atuais da cidade, como quantos habitantes possui, qual é sua principal atividade econômica, como funciona a rede de transportes etc.
  • Oriente-os a pesquisar as informações solicitadas em livros, revistas e na internet.
  • Solicite aos estudantes que reúnam imagens, organizem as informações e montem uma apresentação para compartilhar com os colegas o que aprenderam sobre as cidades pesquisadas. Se julgar pertinente, proponha que montem suas apresentações em cartazes ou por meio de recursos audiovisuais.

    Orientações pedagógicas

    Explore com os estudantes a imagem de satélite da cidade de Goiânia e peça que levantem hipóteses sobre o planejamento dessa cidade.

    Atividade 4. c) Com base nas hipóteses levantadas pelos estudantes, leve-os a perceber que a cidade de Goiânia foi planejada de tal modo que o traçado das ruas lembra circunferências com um centro comum (a Praça Cívica). Comente que mesmo as cidades planejadas crescem de modo desordenado. Nesta atividade o estudante desenvolve a habilidade EF05GE03 da Base Nacional Comum Curricular: Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento, com enfoque na análise das formas das cidades.

    Literacia e Geografia

    É importante que os estudantes organizem suas ideias e tentem expressá-las com o máximo de clareza para que os colegas compreendam. Essa atitude deve ser estimulada e treinada sempre que possível.

MP082

Brasília: uma capital planejada

A cidade de Brasília está localizada no Distrito Federal, onde fica a sede do governo brasileiro. Brasília é outro exemplo de cidade planejada: foi construída para ser a capital do país.

O projeto da cidade de Brasília foi elaborado pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Eles planejaram os locais onde seriam as moradias, o comércio, os serviços e os edifícios dos órgãos do governo.

As obras começaram em 1957 e, em 21 de abril de 1960, a cidade foi inaugurada como a nova capital do Brasil.

Brasília é uma cidade administrativa onde se localizam os órgãos públicos do governo federal, como o Congresso Nacional e os ministérios. É em Brasília que o presidente da República e seus auxiliares administram o país.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de três avenidas com árvores ao lado. Nas laterais há prédios e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Brasília, no Distrito Federal, em 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a diferença entre a origem de Brasília e a de outras cidades brasileiras, como Sorocaba e Cuiabá?
PROFESSOR Resposta: Brasília surgiu de modo planejado e as outras cidades, de modo espontâneo.
MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 58 e 59 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE03.

Orientações pedagógicas

Pergunte aos estudantes o que eles já ouviram falar de Brasília. Se julgar interessante, peça uma pesquisa de reportagens sobre a cidade, destacando sua importância política e administrativa.

Explique que a cidade foi planejada com o objetivo de sediar o governo federal brasileiro.

Atividade 5. É importante que os estudantes identifiquem que Brasília é uma cidade construída a partir de um planejamento prévio e que as cidades de Sorocaba e Cuiabá surgiram de maneira espontânea.

Brasília: Plano Piloto e cidades-satélite

Brasília representou, em vários sentidos, um sonho. Ponto culminante do governo do entusiasmado e carismático Juscelino Kubitschek, que, embalado por slogans como “Cinquenta anos em cinco”, corporificou como poucos o otimismo desenvolvimentista, Brasília foi projetada, na intenção de seu maior urbanista, Lúcio Costa, para ser uma cidade não só moderna, mas também socialmente mais justa. Ironicamente, entretanto, ela representou, isto sim, uma segregação brutal: os operários que construíram Brasília, os “candangos” (nordestinos em sua maioria), acabaram se “acomodando” nas cidades-satélite do entorno do miolo planejado (o Plano Piloto, onde se situam os prédios públicos, os hotéis, as embaixadas, as quadras residenciais planejadas etc.).

FONTE: SOUZA, Marcelo Lopes de; RODRIGUES, Glauco Bruce. Planejamento urbano e ativismos sociais . São Paulo: Editora Unesp, 2004. p. 39-40.

MP083

Imagem: Fotografia. Terreno plano e seco. No centro, construção de duas torres e nas laterais há duas ruas e construções de prédios. Ao fundo, morros.   Fim da imagem.

LEGENDA: Construção do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília, no Distrito Federal. Fotografia de 1959. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Terreno verde com árvores. No centro há duas torres e dois semicírculos sobre construção extensa. Nas laterais há duas ruas asfaltadas e prédios. Ao fundo, casas e árvores sobre morros.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do Congresso Nacional e entorno, em Brasília, no Distrito Federal, em 2016. O Congresso Nacional é constituído pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. FIM DA LEGENDA.

  1. A cidade de Brasília foi construída com que objetivo?
PROFESSOR Resposta: Foi construída para sediar a capital do Brasil.
  1. Antes de Brasília, duas outras cidades sediaram a capital do Brasil. Pesquise o nome dessas cidades e anote o que descobriu.
PROFESSOR Resposta: Salvador e Rio de Janeiro. Resposta pessoal.

Boxe complementar:

Hora da leitura

  • Flor do cerrado: Brasília, de Ana Miranda, editora Companhia das Letrinhas. Livro sobre a construção e a inauguração da capital do país.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Comente que as fotografias mostram o local onde se situam os principais órgãos de governo do Brasil em dois momentos históricos, durante sua construção e atualmente.

Solicite aos estudantes que observem atentamente a fotografia que mostra a construção de Brasília em 1959. Se julgar pertinente, comente que os operários que trabalharam na construção de Brasília ficaram conhecidos como candangos. A maior parte desses operários era da Região Nordeste e foi morar no entorno da cidade de Brasília após a construção.

Oriente a análise das fotografias de modo que os estudantes notem os traços modernos e ousados das construções, marcadas pela sua monumentalidade. Em seguida, comente que o conjunto urbanístico e arquitetônico de Brasília foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1987 e tombado em 1990 pelo Iphan. É importante que os estudantes percebam a importância do reconhecimento desses órgãos para a preservação das construções.

MP084

As cidades e suas funções

As cidades têm uma função, isto é, uma atividade econômica que se destaca das outras. Muitas vezes, é essa atividade que proporciona desenvolvimento à cidade.

É o caso, por exemplo, de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, onde a atividade turística se destaca e favorece o desenvolvimento local. Por isso, dizemos que a função da cidade de Paraty é turística.

Imagem: Fotografia. Em primeiro plano há barcos atracados. Em segundo plano, casas e árvores. Ao fundo, morros e o mar.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Paraty, estado do Rio de Janeiro, em 2017. FIM DA LEGENDA.

A mistura das culturas alemã e italiana, percebida na arquitetura das construções e na culinária, tornou a cidade de Gramado um dos destinos turísticos mais procurados no estado do Rio Grande do Sul. A principal função da cidade de Gramado é turística.

Imagem: Fotografia. Carros em ruas asfaltadas. À direita, árvores e construções altas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida na cidade de Gramado, estado do Rio Grande do Sul, em 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para as páginas 60 a 65 podem ser trabalhadas na semana 13.

Fim do complemento.

As páginas 60 e 61 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE03.

Orientações pedagógicas

É importante que os estudantes compreendam que a função de uma cidade corresponde à sua principal atividade econômica. Assim, cabe enfatizar que em algumas cidades essa atividade é o comércio, em outras é o turismo, outras têm na atividade portuária a sua principal função etc.

Comente que a função turística de uma cidade faz com que outras atividades também se desenvolvam intensamente para atender aos turistas, como é o caso do comércio e da prestação de serviços.

MP085

Existem cidades que têm várias funções, em que diferentes atividades se destacam: comercial, industrial, turística, religiosa, de prestação de serviços, entre outras. Fortaleza, no estado do Ceará, é um exemplo de cidade que tem várias funções.

O turismo contribui para o desenvolvimento da cidade, atraindo visitantes que estão em busca de lazer e descanso. Mas as atividades comerciais e de prestação de serviços também se destacam em Fortaleza.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de barcos no mar verde. À esquerda, praia, árvores e prédios.   Fim da imagem.

LEGENDA: Praia do Mucuripe, na cidade de Fortaleza, estado do Ceará, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma torre em uma praça com árvores em volta. Ao fundo, ruas e construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do centro da cidade de Fortaleza, estado do Ceará, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Se você vive em uma cidade, qual é a principal função dela?
    • Se você não vive em uma cidade, qual é a principal função de uma cidade próxima ao lugar onde você vive?
      PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Destaque que as grandes cidades geralmente reúnem diferentes funções, como é o caso de Fortaleza. Se julgar pertinente, apresente outras cidades. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, exerce ao mesmo tempo funções comercial, turística e portuária, entre outras.

Atividade 8. Incentive os estudantes a identificar as principais atividades econômicas da cidade ou da área urbana próxima ao lugar onde vivem para que consigam compreender a sua principal função.

MP086

Mudanças na cidade

As cidades não foram sempre como as conhecemos hoje.

As transformações produzidas pela sociedade, ao longo do tempo, podem ser facilmente percebidas na paisagem urbana.

Por meio de fotografias de uma mesma cidade em diferentes momentos, podemos identificar elementos que permaneceram ou que foram alterados na paisagem.

Observe as imagens abaixo. Elas mostram a cidade de Santos, no estado de São Paulo, em dois momentos diferentes.

Imagem: Fotografia 1 em preto e branco. Vista aérea de uma rua de terra com postes enfileirados. Nas laterais há árvores e casas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Santos na década de 1940. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 2. Vista aérea de uma rotatória asfaltada. Em volta há vários prédios e ao fundo, o mar.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Santos em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 62 e 63 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE08.

Orientações pedagógicas

Esclareça que o rápido crescimento da população urbana e das cidades produz transformações intensas na paisagem. É possível perceber essas transformações ao circular pelas cidades, e, também, por meio da comparação de fotografias atuais e antigas.

Urbanização

Uma das características das grandes cidades do mundo capitalista é a constante mudança que ocorre no uso do solo urbano. Essas transformações foram muito acentuadas em países onde foi muito intenso o processo de concentração geográfica da industrialização e da renda, como no Brasil. Isto não significa, porém, que formas antigas deixem de conviver com novas. Dependendo da intensidade com que ocorre a substituição, muitas áreas da cidade acabam transfigurando-se, perdendo suas características originais tanto na paisagem quanto nas formas de interação social. Habitações residenciais são transformadas em escritórios; casas comerciais e antigas relações de vizinhança acabam sendo desestruturadas, palacetes transformam-se em cortiços.

Vários países, inclusive o Brasil, vêm ultimamente procurando estabelecer uma legislação sobre as formas de uso e ocupação do solo urbano para evitar a descaracterização das paisagens urbanas, bem como a perda da identidade e da memória das cidades. [...]

FONTE: SCARLATO, Francisco Capuano. População e urbanização brasileira. In : ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil . 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2019. p. 407-408.

MP087

  1. Observe novamente as fotografias da página anterior e responda.
    1. De quando é a fotografia 1? E a fotografia 2? Quantas décadas se passaram entre uma e outra?
PROFESSOR Resposta: Fotografia 1: 1940; fotografia 2: 2020. Passaram-se seis décadas.
  1. Que elementos podem ser identificados na paisagem mostrada na fotografia 1?
PROFESSOR Resposta: Edificações, uma avenida, postes de iluminação e árvores.
  1. Que transformações ocorreram nessa paisagem?
PROFESSOR Resposta: Antigas edificações foram substituídas por prédios de vários andares, parte das árvores foi suprimida.
  1. Leia o texto e responda às questões.

    Salvador, no atual estado da Bahia, já foi fundada na condição de cidade.

    Tomé de Sousa fundou a cidade em 1549 para ser a sede do governo português no Brasil. Salvador foi, assim, a primeira capital do Brasil.

    Salvador foi construída na parte alta de um morro, onde um forte foi erguido para a defesa da cidade contra inimigos estrangeiros.

Imagem: Desenho em sépia. Em primeiro plano há caravelas no mar. Em segundo plano, algumas casas sobre um morro. Ao fundo, árvores e mais morros. Fim da imagem.

LEGENDA: Urbs Salvador, de autor e data desconhecidos. Essa imagem foi publicada em um livro de Arnoldus Montanus, em 1671. FIM DA LEGENDA.

  1. Por que Salvador foi fundada?
PROFESSOR Resposta: Para ser a sede do governo português no Brasil.
  1. Por que Salvador foi construída na parte mais alta de um morro?
PROFESSOR Resposta: Para protegê-la contra inimigos.
  1. A cidade de Salvador foi a primeira capital do Brasil. Que cidade é a atual capital do nosso país?
PROFESSOR Resposta: Brasília.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Atividade 9. Explore a paisagem representada nas fotografias e estimule os estudantes a observar os elementos que revelam sua transformação no período mostrado. Peça que levantem hipóteses sobre as possíveis causas das mudanças observadas.

Na atividade 9 o estudante desenvolve a habilidade EF05GE08 da Base Nacional Comum Curricular: Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes, com enfoque na comparação de fotografias da mesma cidade.

Para o estudante ler

Salvador, a primeira capital do Brasil, de Antonietta d’Aguiar Nunes, Editora Cortez.

Livro sobre a formação de Salvador como capital do Brasil.

MP088

Retratos de cidades

Muitos artistas de diferentes épocas retrataram, em suas obras, o espaço urbano. As imagens a seguir mostram algumas paisagens urbanas retratadas por pintores.

Imagem: Pintura. No centro há dois homens bancos montados em cavalos. Em volta há homens brancos com chapéus e ternos coloridos entre homens negros sem camisa e com calças coloridas. Atrás há soldados com chapéu preto e uniforme azul, enfileirados e segurando armas. Nas laterais há casas, construções e uma igreja. Ao fundo, uma construção grande sobre um morro.   Fim da imagem.

LEGENDA: Johann Moritz Rugendas. Rue Droite. Litografia, 21,3 X 28,9 cm. Essa gravura mostra a Rua Direita (atual Rua Primeiro de Março) em 1835, na cidade do Rio de Janeiro. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Pintura com formas geométricas. No centro há um trem sobre um trilho. Ao lado, casas e árvores. Ao fundo, uma fábrica ao lado de uma chaminé alta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Tarsila do Amaral. A gare .1925. Óleo sobre tela, 84,5 X 65 cm. Nessa obra, a artista representou o espaço urbano usando formas geométricas. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Pintura. No centro há um rio com água escura e em volta, vários automóveis coloridos sobre ruas asfaltadas. Ao fundo, vários prédios coloridos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Cristiano Sidoti. Rio Pinheiros. 2010. Óleo sobre tela, 60 X 120 cm. Nessa pintura, o artista representou parte do espaço urbano da cidade de São Paulo. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 64 e 65 contemplam a habilidade da BNCC: EF05GE04.

Orientações pedagógicas

Comente que as pinturas desta página mostram paisagens urbanas retratadas por artistas de diferentes épocas.

Oriente os estudantes na leitura das obras de arte reproduzidas, solicitando que as descrevam. É importante que eles percebam que elas representam a produção do espaço urbano em diferentes épocas.

Se necessário, explique aos estudantes que o termo gare, presente no título da pintura de Tarsila do Amaral, significa estação ferroviária.

Aproveite a oportunidade para abordar manifestações artísticas que são difundidas nos espaços urbanos, como é o caso do grafite. Pergunte aos estudantes se sabem o que é e se já viram essa manifestação artística em algum lugar. Se sim, peça que contem aos colegas como era e o que representava. Comente que os grafiteiros pintam muros e paredes com sprays utilizando estilos e técnicas próprios desse tipo de arte, reconhecida, também, como arte urbana. Como as pinturas são feitas majoritariamente em espaços públicos das cidades, elas podem ser vistas por muitas pessoas. O texto O grafite e a arte urbana traz mais informações a respeito dessa manifestação artística.

O grafite e a arte urbana

O grafite funde-se ao movimento de permanente construção e reconstrução da cidade que, a partir de seus agentes-habitantes, transforma-se de maneira constante, como resultado claro dos conflitos ocorridos em seu espaço. [...]

O grafiteiro, agente deste processo, habitante da cidade, interioriza traços urbanos em seu trabalho ao passo que o resultado de sua obra compõe o cenário da cidade. A agilidade do traço com spray , a sobreposição e interferência de elementos visuais e os temas evocados pelas palavras e figuras refletem a influência de características urbanas nesta atividade. A cidade, então, recebe inúmeras intervenções rápidas sem qualquer certeza de continuidade.

MP089

Que tal retratar a cidade?

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Em grupo, elaborem painéis ilustrativos para representar uma cidade. Se vocês moram na área urbana, representem a cidade onde vivem. Se moram na área rural, representem uma cidade que conheçam ou de que gostem.
Imagem: Ilustração. Vista aérea de uma sala de aula. Na parte inferior, alunos com uniforme azul estão montando cartazes com textos e imagens. Na parte superior, uma professora e um aluno estão pendurando cartazes na lousa. Fim da imagem.

Etapas

  1. Em folhas de papel avulsas ou cartolina, façam desenhos que mostrem os mais variados aspectos da cidade: culturais, ambientais, econômicos, sociais.
  1. Representem elementos ou locais marcantes da cidade, como rios, áreas verdes, avenidas, museus e outras construções.
  1. Elaborem legendas para os desenhos, identificando os aspectos e os elementos representados. Se possível, informem, também, a localização desses elementos na cidade.
  1. Exponham os trabalhos para toda a turma. Cada grupo vai escolher e analisar o trabalho feito por outro grupo. Conversem com todos os colegas e com o professor sobre as impressões que os desenhos causaram, os elementos da cidade que foram representados e os aspectos que mais chamaram a atenção de vocês.
  1. Por fim, discutam com os colegas e com o professor as impressões gerais que os diversos desenhos causaram em vocês e o que a cidade representa para cada um. Conversem também sobre os aspectos positivos da realização desse trabalho.
MANUAL DO PROFESSOR

Enquanto seu ambiente físico é transformado, o imaginário do agente deste processo também é habitado por temas provenientes do mesmo ambiente que transformou. [...]

O processo desencadeado por essa relação habita o campo comunicacional, porém, diferentemente de outros processos, este tipo de expressão não possui um receptor definido, uma vez que seriam os cidadãos das regiões urbanizadas. As opiniões são divulgadas através de letras desenhadas, do próprio desenho, e das cores. Ainda há um componente importante para a interpretação da mensagem: sua moldura são todos os elementos que compõem a paisagem urbana onde a obra foi realizada.

FONTE: SOUZA, Taís Rios Salomão de; MELLO, Lílian Assumpção. O folk virou cult : o grafite como veículo de comunicação. In : Revista Alterjor , ano 2, v. 2, p. 4-5. jul.-dez. 2011.

Orientações pedagógicas

Atividade 11. Oriente os estudantes na confecção dos painéis. Se for possível, antes de elaborar os painéis, realize com eles um passeio por algum local importante da cidade, de modo que possam reavivar e discutir suas impressões sobre ela.

Outra sugestão é propor aos estudantes que representem o bairro onde vivem, ou um lugar de que eles gostam na cidade, permitindo, assim, que revelem as impressões que têm dos lugares de vivência.

Na exposição dos trabalhos, peça aos estudantes que identifiquem, nos painéis, alguns dos assuntos abordados ao longo do estudo sobre o espaço urbano, retomando alguns conceitos e sistematizando os conhecimentos apreendidos.

MP090

CAPÍTULO 2. O processo de urbanização no Brasil

A população urbana no Brasil

A população que vive nas cidades é chamada de população urbana. Como você estudou, atualmente a maior parte da população brasileira vive em cidades. Mas nem sempre foi assim.

Em 1940, de cada 100 brasileiros, 69 viviam no campo. Isso significa que a maior parte da população brasileira era rural.

A população urbana ultrapassou a população rural no período de 1960 a 1970. Desde então, a urbanização brasileira cresceu rapidamente. Observe o gráfico a seguir.

Imagem: Gráfico de colunas. Brasil: população rural e população urbana (1940-2015). No eixo vertical, a população (%) e no eixo horizontal, o ano.  Ano: 1940;  População rural: 69%; População urbana: 31%; Ano: 1950;  População rural: 64%; População urbana: 36%;  Ano: 1960;  População rural: 55%; População urbana: 45%;  Ano: 1970;  População rural: 44%; População urbana: 56%;  Ano: 1980;  População rural: 32%; População urbana: 68%; Ano: 1991;  População rural: 24%; População urbana: 76%; Ano: 2000;  População rural: 19%; População urbana: 81%; Ano: 2010;  População rural: 16%; População urbana: 84%; Ano: 2015;  População rural: 15%; População urbana: 85%.  Fim da imagem.

FONTES: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016; IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. O que o gráfico mostra?
PROFESSOR Resposta: A população rural e a população urbana entre 1940 e 2015.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. A população rural aumentou ou diminuiu de 1940 a 2015? E a população urbana?
PROFESSOR Resposta: A população rural diminuiu e a população urbana aumentou.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Em que período a população urbana se tornou maior que a população rural?
PROFESSOR Resposta: Entre as décadas de 1960 e 1970.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para as páginas 66 a 71 do capítulo 2 podem ser trabalhadas na semana 14.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos

  • Reconhecer o crescimento da população urbana no Brasil.
  • Compreender a importância da cafeicultura para o desenvolvimento industrial brasileiro e sua concentração inicial na Região Sudeste do país.
  • Compreender o papel da industrialização na produção do espaço urbano.

    As páginas 66 e 67 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE03 e EF05GE04.

    Orientações pedagógicas

    Atividades 1 e 2. Antes de encaminhar as atividades para casa, ajude os estudantes na interpretação dos dados fornecidos no texto e no gráfico. Esse tipo de gráfico, por combinar duas informações diferentes, exige maior atenção. Peça aos estudantes que observem as informações da legenda e das colunas. A legenda apresenta cores diferentes que representam a população urbana e rural. As colunas apresentam informações como o ano e o percentual de população urbana e rural nesse ano.

    Atividade 3. Os estudantes devem perceber que em 1970 a coluna laranja (população urbana) superou a verde (população rural) pela primeira vez. Enfatize que houve uma inversão da distribuição da população rural e urbana entre as décadas de 1960 e de 1970. Ou seja, até a década de 1960, a maior parte das pessoas vivia no campo, e, a partir da década de 1970, mais da metade da população brasileira passou a viver em cidades.

    Ao encaminhar as atividades 1 a 3 para casa, verifique se os estudantes compreendem o gráfico e oriente o registro correto das respostas.

    População urbana no Brasil

    A Região Sudeste foi a primeira a apresentar diminuição da população rural, o que ocorreu já na década de 1960. [...] A modernização da agricultura e intensificação da industrialização do Sudeste a partir da década de 1960 explica esta dinâmica populacional. [...]

    Em algumas regiões a diminuição da população rural não foi tão rápida e intensa, devido ao recebimento de fluxos migratórios no campo ou pela menor intensidade do êxodo rural, reflexo de uma industrialização e modernização da agricultura menos intensas.

    [...]

MP091

Taxa de urbanização brasileira

A taxa de urbanização corresponde à proporção de pessoas que vivem em áreas urbanas de determinado lugar em relação à população total desse lugar. Essa taxa mostra o grau de concentração da população nas cidades.

No Brasil, a taxa de urbanização era de quase 85% em 2015, segundo o IBGE. Isso quer dizer que, de cada 100 habitantes, 85 viviam em áreas urbanas.

  1. A taxa de urbanização brasileira está representada no gráfico abaixo.
Imagem: Gráfico em setores. Brasil: população rural e população urbana (2015).  Laranja: _____ - 85%;  Verde: _____ - 15%.   Fim da imagem.

Fontes: IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

PROFESSOR Respostas: (laranja) População urbana; (verde) População rural
Imagem: Gráfico de colunas. Brasil: taxa de urbanização por região (2015). No eixo vertical, a Taxa de urbanização (%) e no eixo horizontal, a região.  Região: Norte;  Taxa de urbanização: 75%;  Região: Nordeste;  Taxa de urbanização: 73%; Região: Sul;  Taxa de urbanização: 86%; Região: Sudeste;  Taxa de urbanização: 93%; Região: Centro-Oeste;  Taxa de urbanização: 90%.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Que região tem a menor taxa de urbanização? E a maior?
PROFESSOR Resposta: Menor: Nordeste; maior: Sudeste.
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Qual é a taxa de urbanização da região onde você vive? Ela é maior ou menor do que a taxa de urbanização do Brasil?
PROFESSOR Respostas pessoais.
MANUAL DO PROFESSOR

De modo geral a população brasileira apresenta grande crescimento territorialmente concentrado e a continuação do processo de urbanização. [...] A região concentrada é caracterizada por altas taxas de urbanização e de densidade demográfica. A região da fronteira agropecuária, considerando aqui Centro-Oeste e Norte, apresenta altas taxas de crescimento populacional e urbanização. [...] No Brasil, apesar da alta taxa de urbanização e da intensificação deste processo, um número significativo de municípios brasileiros apresenta população rural predominante.

FONTE: GIRARDI, Eduardo Paulon. Atlas da questão agrária brasileira . Disponível em: http://fdnc.io/8GC. Acesso em: 11 dez. 2020.

Orientações pedagógicas

Verifique se os estudantes compreenderam o que é a taxa de urbanização. É importante que eles não confundam a taxa de urbanização com o crescimento urbano. A taxa de urbanização expressa a concentração da população nas cidades, enquanto o crescimento urbano está relacionado ao aumento da área das cidades.

Atividade 4. Oriente os estudantes a utilizar os dados fornecidos no texto anterior à atividade para identificar qual é a cor que representa a população rural e qual representa a população urbana.

Atividade 5. A variação nas taxas de urbanização das regiões reflete diferenças no histórico de ocupação e de desenvolvimento das atividades econômicas de cada uma.

Atividade 6. Estimule o estudante a comparar a taxa de urbanização da região onde vive com a do Brasil.

Numeracia e Geografia

Pergunte se os dados mostrados no gráfico da atividade 4 podem ser encontrados no gráfico da página 66. Eles devem perceber que as colunas referentes ao ano de 2015 mostram os mesmos dados do gráfico da atividade 4 e que eles estão representados de maneiras diferentes. Na página 66, os dados foram representados em colunas e cada coluna representa um tipo de população; na atividade 4, os mesmos dados foram representados em um gráfico circular, em que cada parte do círculo representa um tipo de população no total da população.

Para você ler

Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território, de Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello-Théry, Edusp.

Atlas que reúne textos e mapas sobre diferentes dinâmicas espaciais do Brasil.

MP092

A industrialização contribuiu para a urbanização brasileira

O crescimento dos espaços urbanos e da população urbana se intensificou com a industrialização do Brasil.

Geralmente, as indústrias são instaladas onde há disponibilidade de energia, boa rede de transportes e de comunicações e trabalhadores especializados. Além desses elementos, as indústrias precisam de consumidores para os produtos que fabricam.

Boas vias de circulação possibilitam levar as matérias-primas para as indústrias e os produtos fabricados para os pontos de venda. Do mesmo modo, um local bem servido de rede de transportes facilita o deslocamento dos trabalhadores.

Por essas razões, as indústrias são concentradas principalmente nas áreas urbanas. É na cidade que está a maioria dos fatores importantes para o funcionamento das indústrias.

Por sua vez, a concentração das indústrias nas cidades atrai muitos trabalhadores que buscam melhores empregos e salários, contribuindo para o aumento da população urbana.

Para atrair mais indústrias, alguns municípios criam distritos industriais. Esses distritos ficam geralmente afastados do centro da cidade e concentram infraestrutura e serviços necessários ao funcionamento das indústrias.

Imagem: Fotografia. À esquerda, galpões grandes entre árvores. No centro, construções e ruas e à direita, uma usina. Em volta há casas, ruas e ao fundo, terrenos verdes. Fim da imagem.

LEGENDA: Distrito industrial no município de Campo Novo dos Parecis, estado de Mato Grosso, em 2021. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a relação entre a industrialização e a urbanização? Explique.
PROFESSOR Resposta: As indústrias são instaladas prioritariamente nas cidades e contribuem para a atração populacional, intensificando a urbanização.
MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 68 e 69 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE01; EF05GE04 e EF05GE05.

Orientações pedagógicas

Sintetize com os estudantes quais são os elementos atrativos para a instalação de indústrias, ressaltando o papel da energia elétrica, da rede de transportes e de comunicações, da disponibilidade de mão de obra e da proximidade do mercado consumidor.

Explique que os trabalhadores especializados são pessoas que têm os conhecimentos adequados a determinado tipo de trabalho. Também é possível referir-se a esses trabalhadores como mão de obra qualificada.

Comente que muitas indústrias que necessitam de mão de obra qualificada são instaladas perto de centros de pesquisa e de universidades. A instalação de uma indústria e a demanda de mão de obra podem atrair pessoas de outros lugares. Verifique se há indústrias no município ou no bairro onde os estudantes moram que possam ser utilizadas como exemplo.

Atividade 7. É importante que os estudantes mencionem que, por um lado, as indústrias se concentram nas cidades porque ali estão muitos dos elementos que atendem às suas necessidades, e, por outro, elas atraem muitos trabalhadores e acabam favorecendo o crescimento da população urbana.

Industrialização e urbanização

[...] O processo de industrialização corresponde a um intenso desenvolvimento urbano (urbanização) e do setor de serviços, particularmente o relacionado com as atividades comerciais e financeiras. Tem como pressuposto a existência de um mercado interno e capitais disponíveis para serem investidos nas atividades industriais. No Brasil, essas condições surgiram no final do século XIX, quando se implantaram as primeiras indústrias no país, mas o processo só se intensificou durante a Segunda Guerra Mundial, sendo retomado entre 1956 e 1960 e atingindo seu auge na década de 70.

FONTE: SANDRONI, Paulo. Dicionário de economia do século XXI . 6ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. p. 426.

MP093

A industrialização brasileira teve início no Sudeste

Até o fim do século XIX, os produtos industrializados consumidos no Brasil eram importados de outros países.

Foi apenas no início do século XX que a industrialização brasileira passou a se desenvolver. A maior parte das fábricas foi instalada na Região Sudeste, onde era praticada a cafeicultura. Mas o que o cultivo de café teve a ver com a industrialização? Veja:

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens estão enfileirados, segurando sacas grandes sobre as cabeças e subindo em um navio. Ao fundo, mais navios atracados. Fim da imagem.

LEGENDA: Embarque de café no porto de Santos, estado de São Paulo, cerca de 1900. FIM DA LEGENDA.

  1. Por que a cafeicultura foi importante para o crescimento das indústrias na Região Sudeste?
PROFESSOR Resposta: A cafeicultura gerou investimentos que foram voltados para a industrialização, além de ter contribuído para formar reserva de mão de obra e mercado consumidor.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Comente que a cafeicultura foi a principal atividade econômica no Brasil por volta do final do século XIX até meados do século XX. Entretanto, desde a Grande Depressão econômica de 1929, os cafeicultores brasileiros passaram a ter maiores dificuldades para exportar todo o café que produziam; com isso, foram aos poucos diminuindo os investimentos em novas lavouras de café e investindo em novos negócios: as indústrias.

Atividade 8. Os estudantes devem compreender que a cafeicultura no Sudeste ofereceu as condições necessárias para a industrialização nessa região, como o acúmulo de capital, a disponibilidade de um mercado consumidor e de mão de obra qualificada.

A industrialização

O crescimento industrial paulista data do período posterior à abolição da escravatura, embora se esboçasse desde a década de 1870. Originou-se de pelo menos duas fontes inter-relacionadas: o setor cafeeiro e os imigrantes. Os negócios do café lançaram bases para o primeiro surto da indústria por várias razões: em primeiro lugar, ao promover a imigração e os empregos urbanos vinculados ao complexo cafeeiro, criaram um mercado para produtos manufaturados; em segundo, ao promover o investimento em estradas de ferro, ampliaram e integraram esse mercado; em terceiro, ao desenvolver o comércio de exportação e importação, contribuíram para a criação de um sistema de distribuição de produtos manufaturados. Por último, lembremos que as máquinas industriais eram importadas e a exportação do café fornecia os recursos em moeda estrangeira para pagá-las.

FONTE: FAUSTO, Boris. História do Brasil . 14ª ed. São Paulo: Edusp, 2015. p. 247.

MP094

No estado de São Paulo, a cafeicultura se desenvolveu de forma expressiva. Por isso, o estado reuniu as melhores condições para a industrialização.

Imagem: Fotografia. Uma mulher com cabelo preso e uniforme azul está manuseando uma máquina. Ao fundo, mais máquinas e pessoas. Fim da imagem.

LEGENDA: Fábrica de máquinas de lavar roupas no município de Rio Claro, estado de São Paulo, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Em razão da intensa industrialização da Região Sudeste, já na década de 1950 a maior parte da população vivia em cidades. Muitos trabalhadores foram atraídos pelos empregos oferecidos nas indústrias e em outros setores da economia, como a construção civil e o comércio.

Glossário:

Construção civil: obras como habitações, pontes, viadutos, túneis e outras.

Fim do glossário.

Atualmente, o Sudeste é a região mais urbanizada do Brasil. De acordo com o IBGE, 93% dos habitantes dessa região viviam em cidades em 2015.

As cidades do Sudeste que mais cresceram e se urbanizaram foram São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Imagem: Fotografia. Vista aérea da orla da praia. À esquerda, uma rua asfaltada e prédios. Ao fundo, morros. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, em 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 70 e 71 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE01; EF05GE04 e EF05GE05.

Orientações pedagógicas

Explique que houve grandes incentivos nacionais e estrangeiros para a instalação de indústrias a partir da década de 1950 na Região Sudeste, o que impulsionou também o crescimento da população urbana.

Se considerar pertinente, destaque a importância das ferrovias para a industrialização no Sudeste. Além do escoamento da produção de café, elas passaram a ser utilizadas para transportar matérias-primas e produtos industrializados.

Os estudantes devem compreender que a intensificação das atividades industriais atraiu um grande contingente populacional para as cidades.

Informe que o processo de urbanização na Região Sudeste e nas demais regiões brasileiras ocorreu de maneira desigual.

Literacia e Geografia

Incentive os estudantes a compartilhar suas dúvidas coletivamente. Nesses momentos, verifique se todos respeitam as falas dos colegas e se fazem as interferências de modo pertinente e colaborativo.

A primazia da metrópole de São Paulo

[...] na década de 1950, São Paulo tornou-se o principal centro urbano brasileiro, superando economicamente o Rio de Janeiro, que continuou sendo a capital federal até 1961, quando a sede do governo passou a se localizar em Brasília.

A concentração financeira em São Paulo, decorrente dos excedentes da exportação do café; o surgimento de um parque industrial de tipo fordista, em consequência da expansão do consumo decorrente do aumento da necessidade de produção de bens intermediários e de consumo final associada à rede ferroviária que sustenta a circulação de mercadorias e de pessoas entre São Paulo, Rio de Janeiro e as cidades do interior; e ainda a construção de uma rede de rodovias que acompanha o desenho das ferrovias são os elementos básicos para a consolidação da rede urbana que se desenvolveu no território.

MP095

O êxodo rural e a urbanização brasileira

A urbanização brasileira também foi impulsionada pelo êxodo rural, que é a intensa migração de pessoas do campo para as cidades.

A mecanização do campo, isto é, o uso de máquinas e equipamentos na produção agropecuária, foi uma das causas do êxodo rural. Essa mecanização possibilitou um grande aumento da produtividade, mas também foi responsável pelo desemprego de muitos trabalhadores rurais.

Observe abaixo a fotografia de uma máquina agrícola em operação. Essa máquina realiza a colheita de uma grande quantidade de grãos. Em pouco tempo, ela faz o trabalho que muitos trabalhadores rurais demoravam dias para fazer, ou seja, um trabalhador capaz de usar esse tipo de máquina substitui muitos trabalhadores que antes faziam a mesma tarefa.

Imagem: Fotografia. Um trator colhendo trigo sobre uma plantação.  Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita mecanizada de trigo no município de Londrina, estado do Paraná, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Desempregados e sem condições de garantir o próprio sustento e o de sua família, muitos trabalhadores rurais deixaram o campo e migraram para as cidades.

Esses migrantes buscavam oportunidades de trabalho nas indústrias e nas atividades de comércio e de serviços, que se desenvolviam rapidamente nas cidades.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens, mulheres e crianças sentadas na parte traseira de um caminhão.   Fim da imagem.

LEGENDA: Migrantes, principalmente de áreas rurais da Região Nordeste, chegando à cidade de São Paulo, estado de São Paulo, em 1960. Muitas vezes, esse trajeto era feito em caminhões adaptados para transportar pessoas, chamados de “pau de arara”. FIM DA LEGENDA.

  1. De que maneira a mecanização das atividades agrícolas contribuiu para a urbanização? Explique.
PROFESSOR Resposta: As máquinas reduziram a necessidade de trabalhadores, contribuindo para o desemprego no campo e para o êxodo rural.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Você conhece alguém que migrou do campo para a cidade?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

E é nesse território que, aos poucos, vão emergindo os lugares selecionados para a implantação de tecnologias de ponta que, na dimensão de um novo país industrializado, são fundamentais para a compreensão do papel diferenciado das cidades (metrópoles e cidades intermediárias) na rede urbana do Brasil.

FONTE: SPOSITO, Eliseu Savério. Redes e cidades . São Paulo: Editora Unesp, 2008. p. 62-63.

Orientações pedagógicas

As migrações do campo para a cidade são conhecidas como êxodo rural, fenômeno que se destaca no Brasil desde a década de 1950. Esclareça que a mecanização das atividades agropecuárias, associada à concentração das terras nas mãos de grandes proprietários, levou grandes levas de pessoas a sair do campo em direção às cidades. Destaque também que a distribuição irregular das terras no campo são uma forma de desigualdade histórica no Brasil e fundamental para compreender a atual realidade socioeconômica do país. A discussão desse aspecto contribui ainda para aprofundar as reflexões sobre o tema da desigualdade e justiça social.

Atividade 9. Os estudantes devem mencionar que a mecanização das atividades agrícolas dispensou mão de obra rural, gerando desemprego no campo e impulsionando a migração de trabalhadores rurais para as cidades em busca de trabalho e melhores condições de vida.

Atividade 10. Incentive os estudantes a refletir sobre os motivos que levam as pessoas a migrar do campo para as cidades, permitindo que levantem hipóteses. Explore as experiências pessoais dos estudantes e sugira que entrevistem uma pessoa que tenha migrado do campo para a cidade para saber os motivos do deslocamento. Quando estiverem com as respostas, estimule-os a confrontá-las com as hipóteses levantadas anteriormente e promova uma discussão para concluir o assunto.

MP096

Para ler e escrever melhor

O texto a seguir trata da expansão da cafeicultura ao longo do tempo no Brasil.

A expansão da cafeicultura no Brasil

O café é uma planta originária da África e foi trazido para o Brasil cerca de 250 anos atrás.

Imagem: Fotografia. Frutos de café de cor avermelhada em volta de um galho. Ao fundo, folhas verdes e mais frutos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de um cafeeiro com frutos maduros. Os grãos de café ficam dentro dos frutos. FIM DA LEGENDA.

Até 1850, a produção comercial de café ocorria em partes dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Entre 1850 e 1950, o cultivo de café se expandiu para outras partes do Rio de Janeiro e de São Paulo, além de partes do Paraná, de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A partir de 1950, a cafeicultura expandiu-se para terras que hoje formam o Mato Grosso do Sul, partes de Goiás e outras partes de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Paraná.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Várias pessoas ao lado de uma plantação de café.  Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes trabalhando na colheita de café em Ribeirão Preto, estado de São Paulo, em 1902. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a seção Para ler e escrever melhor podem ser trabalhadas na semana 15.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Perceber a importância de marcadores textuais na estruturação do texto.
  • Escrever um texto com estrutura de sequência com base em um modelo.

    A seção contempla aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE05.

    Orientações pedagógicas

    Solicite aos estudantes que façam a leitura silenciosa do texto. Depois, leia com eles, chamando a atenção para as expressões até 1850, entre 1850 e 1950, a partir de 1950. Explique que essas expressões têm a função de marcar a passagem do tempo.

    Explore a fotografia que mostra um detalhe de um pé de café, com o qual a maioria das pessoas tem pouco contato, uma vez que o café é comumente encontrado ou comercializado como bebida pronta a ser consumida ou em grãos torrados e moídos.

    O café e a industrialização

    O período compreendido entre 1880 e 1900 – correspondente ao final do Império e início do regime republicano – foi aquele em que se verificou a consolidação da industrialização brasileira. Devemos entender como industrialização, nesse momento, o começo de um processo no qual a unidade fabril, altamente mecanizada, afirmou-se como predominante na nossa economia urbana.

    Isso não aconteceu em todos os grandes centros do país. Porém, foi um dado patente numa das suas regiões: o Sudeste [...]. O que teria o Sudeste de tão especial?

    Dentre os fatores dessa “especialidade”, destacou-se a avassaladora expansão da lavoura cafeeira ocorrida, a partir de 1870, na Província de São Paulo, enquanto no Rio de Janeiro a cafeicultura ainda tinha destaque.

MP097

  1. Do que trata o texto?
PROFESSOR Resposta: Da expansão da cafeicultura no Brasil.
  1. Que expressões utilizadas no texto marcam a passagem do tempo?
PROFESSOR Resposta: “Cerca de 250 anos atrás; “Até 1850”; “Entre 1850 e 1950”; “A partir de 1950”.
  1. No caderno, complete as frases de acordo com o texto.

    A expansão da cafeicultura

    Até 1850

    • A _____ de café ocorria em partes dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo

PROFESSOR Resposta: produção comercial

Entre 1850 e 1950

• O cultivo de café se _____ para outras partes do Rio de Janeiro e de São Paulo, além de partes do Paraná, de Minas Gerais e do Espírito Santo.

PROFESSOR Resposta: expandiu

A partir de 1950

• A expansão da _____ atingiu outros estados.

PROFESSOR Resposta: cafeicultura
  1. Observe as imagens da cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, ao longo do tempo.
Imagem: Fotografia em sépia. No centro há três charretes sobre uma rua. Nas laterais há casas.  Fotografia em preto e branco. Veículos sobre uma rua asfaltada. Ao fundo, prédios e árvores.  Fotografia. Vista aérea de vários prédios, ruas, casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fotografia 1: São Paulo em 1887; Fotografia 2: São Paulo em 1930; Fotografia 3: São Paulo em 2017. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Elaboração pessoal do estudante. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A existência de abundantes terras virgens na região do chamado Oeste Paulista, juntamente com a alta dos preços do café no exterior, determinou uma verdadeira “corrida” para o interior paulista, fazendo com que extensas regiões de matas logo se transformassem num mar de cafezais. Em decorrência dessa expansão, um novo dinamismo acalentou a nossa economia e a sociedade, que passaram a experimentar transformações num ritmo nunca antes atingido.

FONTE: MENDONÇA, Sonia Regina de. A industrialização brasileira . 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004. p. 19-20.

Orientações pedagógicas

Atividade 2. Ao encaminhar a atividade para casa, incentive os estudantes a envolver os familiares, propondo uma conversa com eles sobre a proposta, o que entendeu dela e como chegar à resposta da pergunta. Para a solução da atividade, oriente os estudantes a reler o texto da página 72 e a grifar as expressões que marcam a passagem do tempo.

Atividade 4. Antes de iniciar a atividade, oriente os estudantes a observar com atenção a sequência de imagens e as mudanças ocorridas na paisagem (estilo e tamanho das construções, área ocupada etc.).

Peça aos estudantes que escrevam um parágrafo inicial para introduzir os outros três parágrafos sugeridos na atividade. Esse parágrafo poderá, por exemplo, sintetizar a ideia central de que a cidade de São Paulo cresceu muito a partir do ciclo do café.

Pode-se também sugerir um parágrafo final, que exponhacalgumas consequências do grande crescimento da cidade. Oriente-os a usar marcadores textuais.

Após a produção do texto, solicite que se formem duplas para que cada estudante leia o que o outro produziu, a fim de verificar se o texto está claro.

MP098

CAPÍTULO 3. As cidades e suas relações

Rede urbana

As cidades são diferentes umas das outras e cada uma tem as próprias características. De acordo com essas características, uma cidade pode influenciar outras cidades, o campo e até outras regiões.

Com o crescimento das cidades, a influência das atividades urbanas sobre o campo aumentou. Com isso as atividades urbanas e rurais passaram a ser realizadas de forma cada vez mais integrada: investimentos, troca de produtos e de serviços e fluxo de pessoas são alguns exemplos de integração entre cidade e campo.

O avanço tecnológico, principalmente nos meios de transporte e de comunicação, favoreceu essa interação entre as cidades e o campo e também entre as próprias cidades, formando, assim, redes urbanas.

Uma rede urbana é composta de um conjunto de centros urbanos articulados por fluxos de pessoas, mercadorias, informações e recursos financeiros.

  1. Em que aspectos uma cidade pode ser diferente de outra?
PROFESSOR Resposta: As cidades podem se diferenciar em relação ao tamanho, ao número de habitantes, às formas da paisagem, à capacidade de influenciar etc.
  1. De que maneira a cidade se relaciona com o campo e vice-versa?
PROFESSOR Resposta: Algumas atividades realizadas nas cidades dependem de produtos procedentes do campo; há pessoas que vivem no campo e trabalham na cidade; produtos vendidos nas cidades são usados no campo etc.
  1. Defina com suas palavras o que é uma rede urbana.
PROFESSOR Resposta pessoal. Uma rede urbana é formada pela articulação entre diferentes cidades.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. O lugar onde você vive exerce influência sobre outro lugar?
PROFESSOR Resposta pessoal.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. O lugar onde você vive é influenciado por outro lugar?
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Fotografia. No centro há duas avenidas asfaltadas. Nas laterais há árvores, prédios e construções. Fim da imagem.

LEGENDA: A cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, influencia muitas cidades da Região Sudeste e de todo o país. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o capítulo 3 podem ser trabalhadas na semana 16.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Refletir sobre a relação entre o espaço urbano e o espaço rural atualmente.
  • Reconhecer aspectos da interação entre cidades em uma rede urbana.
  • Conhecer a classificação da hierarquia urbana brasileira proposta pelo IBGE.

    As páginas 74 e 75 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE04 e EF05GE09.

    Orientações pedagógicas

    Atividade 2. Ressalte que é possível encontrar atividades tipicamente urbanas no campo, como o trabalho nos serviços públicos (de educação e saúde, por exemplo), nas agroindústrias, no turismo, o trabalho doméstico etc. Além disso, tem crescido a importância de algumas atividades tipicamente urbanas para as atividades rurais, como o uso de créditos bancários em atividades agrícolas.

    Atividade 3. Se necessário, ajude-os na definição de rede urbana. Explique que as redes urbanas podem ser mais ou menos densas e articuladas dependendo dos fluxos de pessoas, mercadorias, informações e recursos.

    Atividades 4 e 5. Estimule-os a reconhecer as relações dos lugares onde vivem com outros lugares. Por exemplo, se vivem em uma cidade grande, pergunte se há grandes hospitais e se conhecem pessoas de outros lugares que vão à cidade para usar esse serviço. Se vivem em uma cidade pequena ou no campo, pergunte se costumam se deslocar a cidades próximas para procurar determinados produtos ou serviços.

    Redes de cidades no Brasil

    Inicialmente [...] precisamos deixar claro que a divisão territorial do trabalho é fundamental para a compreensão da rede urbana. Essa divisão implica a consideração de como a sociedade se apropria da natureza e a transforma – dinâmica que se realiza com a constituição de formas espaciais das cidades e de suas articulações, cujos fluxos são de difícil mensuração e, muitas vezes, até impensáveis por causa da sinergia estabelecida entre os atores sociais, os volumes de informações transmitidas e os valores do trabalho e das mercadorias, além das formas como as pessoas se organizam para produzir e consumir, principalmente na cidade.

MP099

A hierarquia urbana

Com base na análise do poder de atração e de influência que uma cidade exerce sobre outras cidades e espaços, o IBGE fez uma classificação das cidades brasileiras, criando uma hierarquia entre elas.

Glossário:

Hierarquia: ordem feita de acordo com níveis de importância.

Fim do glossário.

De acordo com a hierarquia feita pelo IBGE, as cidades podem ser classificadas em cinco categorias: metrópoles, capitais regionais, centros sub-regionais, centros de zona e centros locais. Vamos conhecer cada categoria.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de veículos nas ruas, prédios, casas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de São Paulo, estado de São Paulo, em 2017. FIM DA LEGENDA.

A cidade de Porto Velho é classificada como capital regional e exerce influência principalmente no estado de Rondônia, em parte do Acre e no sul do Amazonas.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de ruas, casas e árvores. Ao fundo, um lago grande e do outro lado, morros verdes.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Porto Velho, estado de Rondônia, em 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Em segundo lugar, é preciso levar em conta que há uma “coabitação” entre a rede urbana tradicional, do tipo hierárquico, e novos arranjos espaciais, frutos das dinâmicas de apropriação e uso do território. Finalmente, há alterações na rede urbana por causa das mudanças na indústria, da industrialização do campo, do surgimento de outras fronteiras e da reorganização empresarial em rede, com as melhorias dos processos de especulação financeira e as inovações na estrutura varejista da distribuição das mercadorias.

FONTE: SPOSITO, Eliseu Savério. Redes e cidades . São Paulo: Editora Unesp, 2008. p. 57-58.

Orientações pedagógicas

Explique que a intensidade dos fluxos que se estabelecem entre as cidades de uma rede urbana e entre elas e os espaços rurais faz com que algumas cidades tenham maior influência que outras.

A hierarquia urbana proposta pelo IBGE foi definida de acordo com o papel que cada cidade exerce na rede urbana. Esclareça que a classificação das cidades brasileiras feita pelo IBGE é apenas uma maneira de analisar as relações entre as cidades e que pode haver outras.

Leia com os estudantes as definições das categorias usadas na hierarquia urbana do IBGE e chame a atenção para os exemplos fornecidos. Oriente-os a procurar os exemplos de metrópole (São Paulo, SP) e de capital regional (Porto Velho, RO) no mapa da página 77.

MP100

A cidade de Jaraguá do Sul, no estado de Santa Catarina, é considerada um centro sub-regional e exerce influência sobre um centro de zona e alguns centros locais.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma cidade ao lado de um morro verde. Ao fundo, mais morros.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Jaraguá do Sul, estado de Santa Catarina, em 2015. FIM DA LEGENDA.

A cidade de Flores da Cunha, no estado do Rio Grande do Sul, é considerada um centro de zona e exerce influência sobre alguns centros locais do seu estado.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de ruas com árvores ao lado. Em volta há prédios, casas e construções. Ao fundo, morros.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Flores da Cunha, estado do Rio Grande do Sul, em 2015. FIM DA LEGENDA.

A cidade de Gonçalves, no estado de Minas Gerais, é um centro local.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma cidade entre morros verdes.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Gonçalves, estado de Minas Gerais, em 2017. DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 76 e 77 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE04 e EF05GE09.

Orientações pedagógicas

Para que os estudantes compreendam melhor a integração e a hierarquia entre as cidades, forneça exemplos próximos à realidade deles. Comente, por exemplo, que habitantes de uma cidade pequena, como um centro local ou um centro de zona, frequentemente precisam recorrer a hospitais de cidades maiores ou da capital do estado para conseguir atendimento de determinadas especialidades médicas.

Explique que as cidades não se relacionam apenas com as que estão classificadas nas categorias imediatamente acima ou abaixo da sua. Por exemplo, há centros de zona que estabelecem fluxos diretos com metrópoles, sem que sejam mediados por um centro sub-regional ou uma capital regional.

Os estudantes não devem memorizar as categorias propostas pelo IBGE. O importante é que eles compreendam que a relação entre cidades é dinâmica e que há diferentes relações entre cidades de acordo com suas características e particularidades.

Para você ler

Redes e cidades, de Eliseu Savério Sposito, Editora Unesp.

Livro sobre o conceito de rede geográfica e as características das redes urbanas.

Regiões de influência das cidades 2018, publicação do IBGE, 2018.

Publicação que define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e suas regiões de influência.

Hierarquia urbana: distribuição no território brasileiro

A distribuição dos níveis hierárquicos no território é desigual, confrontando áreas que contam com uma rede urbana estruturada [...] e áreas onde há ausência de alguns níveis hierárquicos intermediários. O Centro-Sul do país é um exemplo do primeiro caso, pois conta com um significativo número de metrópoles, capitais regionais e centros sub-regionais, com grande articulação entre si. As Regiões Norte e Nordeste, por sua vez, ilustram o segundo caso, já que apresentam distribuições truncadas em que faltam níveis hierárquicos, apresentando um sistema primaz.

MP101

Observe este mapa. Ele mostra a hierarquia e a rede urbana brasileira de acordo com a classificação feita pelo IBGE.

Imagem: Mapa. Brasil: hierarquia e rede urbana (2018). Hierarquia dos centros urbanos:  Metrópole: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.   Capital regional: Rio Branco; Manaus; Boa Vista; Macapá; Belém; Porto Velho; Cuiabá; Palmas; São Luís; Teresina; Fortaleza; Natal; João Pessoa; Recife; Maceió; Aracajú; Salvador; Brasília; Goiânia; Campo Grande; Belo Horizonte; Vitória; Rio de Janeiro; São Paulo; Curitiba; Florianópolis; Porto Alegre.  Centro sub-regional e Centro de zona: grande concentração nas regiões Sudeste e Sul; média concentração nas regiões Nordeste e Centro-Oeste e pouca concentração na região Norte.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos (N, NE, L, SE, S, SO, O, NO) e a escala de 0 a 280 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Regiões de influência das cidades: 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 4.

  1. Como são classificadas as cidades segundo a hierarquia urbana proposta pelo IBGE?
PROFESSOR Resposta: Metrópoles, capitais regionais, centros sub-regionais e centros de zona.
  1. Com base no mapa acima, responda às questões.
    1. A rede urbana se distribui igualmente pelo território brasileiro? Explique.
PROFESSOR Resposta: Não, ela se concentra em determinadas áreas.
  1. A capital da unidade federativa onde você vive pertence a que categoria da hierarquia urbana?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Este ocorre tanto em áreas da Amazônia e do Centro-Oeste, onde há esparsa ocupação do território, quanto do Nordeste, apesar de sua ocupação consolidada e, em muitas áreas, densa. Nesta região, as capitais tradicionalmente concentram a oferta de equipamentos e serviços e são poucas as opções de centros de nível intermediário, ainda que deva ser notado que estes, apesar de poucos, são tradicionais, e exercem forte polarização em suas áreas, a exemplo de Campina Grande, Petrolina-Juazeiro, Juazeiro do Norte-Crato-Barbalha e Mossoró.

FONTE: IBGE. Regiões de influência das cidades 2007 . Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

Orientações pedagógicas

Ajude os estudantes na leitura do mapa. Peça que observem atentamente a legenda para compreender o que está representado. Os símbolos mostram as categorias das cidades na hierarquia urbana feita pelo IBGE. Informe que os centros locais não foram representados e, por isso, há apenas quatro categorias no mapa.

É importante notar que se trata de um mapa complexo. Nesse momento da escolaridade, espera-se que os estudantes percebam que a distribuição da rede urbana brasileira se concentra em algumas porções do território.

Atividade 6. Elas podem ser classificadas em: metrópole, capital regional, centro sub-regional, centro de zona e centro local. Oriente os estudantes a verificar a classificação no texto das páginas 75 e 76, já que o mapa não mostra os centros locais. Esta atividade é importante para que esclareçam as dúvidas e fixem os principais conceitos.

Atividade 7. a) A rede urbana não se distribui igualmente pelo território brasileiro. Nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, a rede urbana é mais densa e complexa. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a rede urbana é mais simples e se concentra nas capitais estaduais. Nesta atividade o estudante desenvolve a habilidade EF05GE09 da Base Nacional Comum Curricular: Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas.

MP102

CAPÍTULO 4. As cidades e seus problemas

Grandes cidades, pouca infraestrutura

As cidades brasileiras cresceram rapidamente, mas os investimentos públicos em infraestrutura urbana não acompanharam esse crescimento.

A infraestrutura urbana corresponde ao conjunto de obras, redes e sistemas que possibilitam o funcionamento da cidade: rede viária, rede de abastecimento de água tratada, gás canalizado, rede de coleta e tratamento de esgoto, rede de energia elétrica e iluminação pública, sistema de coleta e tratamento do lixo e de serviços de limpeza pública, redes de telecomunicações, entre outros.

Diversos serviços públicos não estão disponíveis a todos os habitantes da cidade. Muitas pessoas não têm acesso a moradia, saneamento básico, saúde, educação e transporte. Na maioria das vezes, o acesso às atividades culturais também fica restrito a quem tem maior renda.

Imagem: Fotografia. No centro há uma poça d’água escura e extensa em uma rua. Nas laterais há casas improvisadas, árvores e roupas penduradas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Bairro na cidade do Recife, estado de Pernambuco, em 2016. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Casa improvisada com três andares. Ao fundo, mais casas, árvores e carros.  Fim da imagem.

LEGENDA: Bairro na cidade de São Paulo, estado de São Paulo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o capítulo 4 podem ser trabalhadas na semana 17.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Refletir sobre as desigualdades sociais no espaço urbano.
  • Analisar alguns dos problemas vivenciados nas cidades brasileiras.

    As páginas 78 e 79 contemplam aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE03.

    Orientações pedagógicas

    O geógrafo Milton Santos analisa em seu livro A urbanização brasileira os problemas que afetam as grandes cidades, como mostra o trecho a seguir: “Com diferença de grau e de intensidade, todas as cidades brasileiras exibem problemáticas parecidas. [...] Em todas elas problemas como os do desemprego, da habitação, dos transportes, do lazer, da água, dos esgotos, da educação e saúde são genéricos e revelam enormes carências. Quanto maior a cidade, mais visíveis se tornam as mazelas” (SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. 5ª ed. São Paulo: Edusp, 2005. p. 105).

    Retome com os estudantes o debate sobre a desigualdade e a justiça social. Resgate também conteúdos referentes à distribuição irregular da renda no Brasil estudados na unidade 1 e ressalte que a desigualdade é especialmente visível nas paisagens das cidades em razão da aglomeração de moradias, de pessoas e de atividades econômicas.

    Desigualdades sociais e habitação

    A paisagem metropolitana refletirá assim a segregação espacial, fruto de uma distribuição de renda estabelecida no processo de produção. Tal segregação aparece no acesso ao uso do solo e a determinados serviços, enfim, aos meios de consumo coletivo. [...] O choque é maior quando se observam as áreas da cidade destinadas à moradia. [...]

    As habitações mais “pobres” localizam-se, obviamente, nos terrenos mais baratos junto às áreas com insuficiência ou inexistência de infraestrutura, junto às indústrias, nas áreas de várzeas ou mesmo nos morros. [...]

MP103

Moradias em áreas inadequadas

Um dos problemas mais graves nas áreas urbanas é a ocupação de locais inadequados à habitação.

Alugar ou comprar uma casa nos bairros centrais ou mesmo na periferia das grandes cidades representa um custo elevado para a população de baixa renda.

Imagem: Fotografia. No centro há um córrego com água escura. Ao lado há casas com três andares e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Moradias construídas ao lado de córrego poluído na cidade de Vila Velha, estado do Espírito Santo. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

Por isso, muitas pessoas que não têm condições de arcar com esse custo acabam construindo sua moradia em terrenos mais baratos, com infraestrutura precária e distantes das áreas centrais.

Nessas áreas, as condições de serviços públicos essenciais, como abastecimento de água tratada e encanada, coleta e tratamento de esgoto, coleta de lixo, pavimentação de vias, iluminação pública, acesso aos transportes públicos, entre outros, são precárias.

Além disso, as pessoas que vivem em áreas inadequadas à habitação ficam sujeitas a problemas como deslizamentos de terra e inundações.

Imagem: Fotografia. Casas embaixo de um morro. Acima há um deslizamento e árvores. Na parte superior do morro há mais casas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Deslizamento de terra na cidade de São Paulo, estado de São Paulo, em 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

As moradias na periferia da mancha urbana apresentam-se amontoadas, num misto de autoconstrução e favelas, construídos em terrenos pouco valorizados [...], onde se aglomera uma massa de trabalhadores e desempregados, com seus familiares em locais cada vez mais distantes daquele de trabalho (o que os obriga a gastos excessivos em horas de transporte, inúmeras baldeações, diminuindo mais ainda o tempo de lazer, sem contar, evidentemente, os custos que consomem o já minguado salário do trabalhador), cuja tônica é a quase ou total inexistência de infraestrutura (rede de água, luz, esgoto, limpeza pública, asfalto, escolas, prontos-socorros, hospitais etc.) caracterizando-se como áreas de condições subumanas de moradia.

FONTE: CARLOS, Ana Fani A. Apresentando a metrópole na sala de aula. In : CARLOS, Ana Fani A. (org.). A Geografia na sala de aula . São Paulo: Contexto, 1999. p. 84-85.

Orientações pedagógicas

Proponha aos estudantes uma discussão sobre os diversos problemas enfrentados nas grandes cidades brasileiras, como a precariedade das moradias, os congestionamentos, a violência, a carência de transporte público etc.

Peça aos estudantes que observem as fotografias e questione-os sobre como os problemas mostrados podem prejudicar a vida dos moradores desses locais.

Para você ler

Viver em risco, de Lúcio Kowarick, Editora 34.

Livro sobre habitação popular e a situação da população que vive nas periferias urbanas brasileiras.

A cidade contemporânea, de Pedro de Almeida Vasconcelos, Roberto Lobato Corrêa e Silvana Maria Pintaudi (org.), Editora Contexto.

Livro sobre a segregação espacial que se destaca nas grandes cidades.

MP104

Problemas no transporte público

A maior parte da população das cidades depende do transporte público para ir ao trabalho, à escola ou às compras, mas esse deslocamento nem sempre é fácil.

Vamos conhecer alguns dos problemas que a população enfrenta ao utilizar o transporte público, principalmente nas grandes cidades.

Imagem: Fotografia. Pessoas enfileiradas ao lado de um ônibus com a porta aberta.   Fim da imagem.

LEGENDA: Embarque de passageiros em ônibus na cidade de Juazeiro, estado da Bahia, em 2016. FIM DA LEGENDA.

Glossário:

Horários de pico: períodos do dia em que há mais pessoas e veículos circulando pelas ruas.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Vários veículos enfileirados em uma avenida. Nas laterais há árvores e construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: Congestionamento na cidade do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Em sua opinião, o que deve ser feito para melhorar as condições do transporte público? Converse sobre isso com o professor e os colegas.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 80 e 81 contemplam aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE03 e EF05GE12.

Orientações pedagógicas

Pergunte aos estudantes quais meios de transporte públicos eles costumam usar no dia a dia. Comente que os transportes públicos mais comuns nas cidades brasileiras são o ônibus, o trem e o metrô.

Pergunte se já utilizaram o trem ou o metrô para se locomover. Esse tipo de meio de transporte é mais comum em cidades grandes, pois percorre grandes distâncias mais velozmente e transporta muitos passageiros por viagem.

Após a leitura do texto, pergunte se os problemas citados também ocorrem no lugar onde eles moram.

Atividade 1. Debata com a turma que soluções podem ser tomadas para sanar os problemas mais comuns no transporte público. Sugestões: incentivo ao uso do transporte coletivo, construção de ciclovias, divulgação de programas de carona solidária, campanhas de educação no trânsito etc.

Mobilidade urbana e desigualdade social

[...] cabe destacar – apenas no tocante aos deslocamentos urbanos – que os mais pobres não são penalizados somente pela estrutura espacial urbana que produz os locais de origem e destino de suas viagens. São também muito penalizados por outros fatores associados aos deslocamentos espaciais, especialmente a propriedade e o uso de veículos privados (os mais ricos têm dois, três ou mais automóveis por família, que os usam quase diariamente e para as mais variadas finalidades) e ainda pelos sistemas viário e de transportes que, sabidamente, sempre privilegiaram os mais ricos.

O peso das obras urbanas referentes a transporte – tempo de deslocamento – é enorme. Nossos governantes – prefeitos e outros – conferem uma escandalosa prioridade às obras voltadas para o transporte privado individual, em detrimento do transporte coletivo público. Em qualquer metrópole brasileira, o sistema viário da área de concentração dos mais ricos é muito melhor e maior que no restante da cidade.

FONTE: VILLAÇA, Flávio. São Paulo: segregação urbana e desigualdade. In : Estudos Avançados , São Paulo, v. 25, n. 71, abr. 2011. p. 55-56.

MP105

  1. Observe os quadros abaixo. Eles mostram a quantidade de passageiros que um ônibus básico e um carro comum transportam.
Imagem: Ilustração. À esquerda, a informação: Um ônibus convencional transporta 70 pessoas ao mesmo tempo. Abaixo há um ônibus e a silhueta de 70 pessoas. À direita, a informação: Um carro convencional transporta 5 pessoas ao mesmo tempo. Abaixo há um carro e a silhueta de 5 pessoas.  Fim da imagem.

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Norma 15570, 2009. Disponível em: http://fdnc.io/fAN. Acesso em: 11 dez. 2020.

  1. Quantos carros são necessários para transportar 70 pessoas ao mesmo tempo?
PROFESSOR Resposta: 14.
  1. Qual desses meios de transporte ocupa mais espaço nas ruas para transportar 70 pessoas ao mesmo tempo? Explique.
PROFESSOR Resposta: Os carros convencionais.
  1. Qual desses dois meios de transporte contribui mais para congestionar o trânsito das cidades? Explique.
PROFESSOR Resposta: Os carros convencionais.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe a fotografia de uma manifestação e responda às questões.

    a) Quais são as reivindicações dos manifestantes?

PROFESSOR Resposta: Melhorias na segurança dos ciclistas.
  1. Esses problemas ocorrem no lugar onde você vive?
  1. O que deveria ser feito para solucionar esses problemas? Você sabe qual é o órgão público que as pessoas devem procurar para resolver esses problemas?
  1. Todas as pessoas têm direito aos serviços públicos de qualidade. Em sua opinião, qual seria a melhor forma de reivindicar esse direito?
PROFESSOR Atenção professor: b), c) e d) Respostas pessoais. Fim da observação.
Imagem: Fotografia. Vários ciclistas com capacete de proteção estão segurando uma faixa com a informação: + RESPEITO. Ao fundo, árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Manifestação no município de Curitiba, estado do Paraná, em 2019. Os ciclistas estavam reivindicando melhorias na segurança no trânsito para as pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Atividade 2. Peça que observem as imagens com atenção. Enfatize que o ônibus é um meio de transporte coletivo e que o carro é um meio de transporte individual. a) Se for preciso, auxilie os estudantes no cálculo. Para transportar 70 pessoas são necessários 14 carros. b) Espera-se que eles notem que os carros ocupam mais espaço. Para transportar 70 pessoas ao mesmo tempo serão necessários 14 carros, que ocupam muito mais espaço do que um ônibus. c) É importante que eles percebam que o carro contribui mais para os congestionamentos das cidades. Oriente-os a usar os dados apresentados para justificar suas respostas.

Atividade 3. Comente que, nas cidades brasileiras, são frequentes as mobilizações por acesso à moradia digna e por melhorias na educação e no transporte, entre outras. Essas mobilizações podem acontecer de diferentes modos: manifestações públicas, passeatas, greves e protestos.

Pergunte aos estudantes se algum dos problemas apresentados no capítulo ocorre no lugar onde vivem e estimule um debate sobre possíveis medidas que poderiam ser tomadas no sentido de reduzir esses problemas.

Educação em valores e temas contemporâneos

Ao abordar a questão dos congestionamentos nas grandes cidades, proponha aos estudantes uma reflexão sobre as consequências desse problema: o tempo despendido para se locomover de um lugar a outro; o aumento da concentração dos gases poluentes na atmosfera; a poluição sonora, com a emissão de ruídos dos motores, das buzinas e sirenes de carros, motocicletas, ambulâncias, caminhões etc., prejudicando a saúde das pessoas e o meio ambiente.

Numeracia e Geografia

A atividade 2 pode ser ampliada por meio da comparação entre a capacidade de um único vagão de metrô e a capacidade de determinado número de vagões de metrô – cada um pode transportar até 250 pessoas. Incentive a turma a utilizar as estratégias que considerar adequadas para estimar o espaço que cada um desses meios de transporte ocupa, tendo em vista, ainda, que o metrô geralmente se locomove por túneis subterrâneos, no nível da rua ou em viadutos.

MP106

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Peça a ajuda de um familiar e responda às perguntas do quadro no caderno.
PROFESSOR Respostas pessoais.

Nome do bairro: _____ Data: _____

  1. O bairro onde você vive é atendido por muitas linhas de ônibus?

    _____

  1. Nesse bairro há alguma estação de trem ou de metrô?

    _____

    • Se houver, responda: Para chegar à estação, saindo de sua ca sa, você precisa utilizar outro meio de transporte? Qual?

      _____

    1. Qual é o meio de transporte público que você mais utiliza para se locomover de um lugar a outro?

      _____

    1. Por que você utiliza esse meio de transporte?

      _____

    1. Geralmente, em que horários você utiliza esse meio de transporte?

      _____

    1. Nesses horários, há excesso de pessoas ou de trânsito?

      _____

    1. Quanto você paga para utilizar esse meio de transporte?

      _____

      • Você considera esse valor alto ou baixo? Por quê?

        _____

        Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

      • Em sala de aula, converse com os colegas sobre a qualidade dos serviços de transporte público no lugar onde você vive.
MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 82 e 83 contemplam aspectos relacionados à habilidade da BNCC: EF05GE12.

Orientações pedagógicas

Atividade 4. Após a realização da atividade em casa, no retorno à sala de aula, peça a alguns estudantes que leiam as respostas da atividade para que a turma faça uma comparação. A ideia é que percebam que o acesso ao transporte público é diferente entre os bairros do município onde vivem e que reflitam de que modo isso afeta a vida dos moradores dos bairros.

As resistências no urbano

O espaço não se constrói apenas em função do processo de produção, distribuição e troca de bens e mercadorias. Produz-se também na luta por rede de água, luz, esgoto, transporte coletivo, por regularização de loteamentos, pela criação de infraestrutura de lazer, pela luta por creches, espaços de cultura, por uma lei de zoneamento etc. A luta emerge da consciência do cidadão como manifestação pelo direito à cidade e à cidadania. O direito à cidade envolve, por exemplo, a luta pela manutenção dos espaços públicos que têm sido subtraídos da população ao longo do processo de constituição da metrópole: o lugar da festa, das manifestações tanto políticas quanto de júbilo pela conquista de um campeonato esportivo.

MP107

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Reúna-se com um colega e conversem sobre as questões a seguir.
PROFESSOR Respostas pessoais.
  1. Quais são as principais qualidades do lugar onde vocês vivem?
  1. Quais são os principais problemas desse lugar?
  1. Façam um desenho em cada parte de uma folha avulsa: do lado esquerdo, representem as qualidades desse lugar; do lado direito, representem os problemas.
    • Com a ajuda do professor, a turma vai montar um mural com todos os desenhos e debater sobre as questões levantadas. Manifestem sua opinião sobre os temas abordados pelos colegas.
Imagem: Ilustração. Uma professora e uma aluna estão sorrindo e pendurando papéis em um varal. Ao fundo, um menino está escrevendo em um papel e outro menino está segurando um papel. Fim da imagem.
  1. Escolha um dos problemas apontados na atividade anterior e escreva um pequeno texto apresentando possíveis soluções para esse problema.
PROFESSOR Atenção professor: Elaboração pessoal do estudante. Fim da observação.
  1. Observe a fotografia abaixo e faça o que se pede.
    1. Identifique o problema urbano apresentado na fotografia.
PROFESSOR Resposta: Asfalto danificado.
  1. Indique uma medida que pode ser adotada pela comunidade do bairro a fim de buscar uma solução para esse problema.
PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Ver orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Fotografia. Uma rua asfaltada com um buraco no meio. Ao fundo, cones de trânsito e carros enfileirados. Fim da imagem.

LEGENDA: Rua na cidad e de São Paulo, estado de São Paulo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

[...]

A relação entre os movimentos sociais e a reprodução do espaço urbano dá-se a partir das necessidades impostas pela reprodução da vida na sociedade como um todo, que surge a partir da consciência do cotidiano, implicando formas de resistência que vão surgindo de modo atomizado, desigual e cíclico. Tem como ponto de partida as necessidades vitais de sobrevivência, que se expressam em sua maioria como reivindicações de bens de consumo coletivo ou um “modo de pensar a vida na cidade” [...].

FONTE: CARLOS, Ana Fani A. Apresentando a metrópole na sala de aula. In : CARLOS, Ana Fani A. (org.). A Geografia na sala de aula . São Paulo: Contexto, 1999. p. 88.

Orientações pedagógicas

Atividade 5. Incentive os estudantes a serem criativos nas suas propostas. Comente que todos os brasileiros têm direito a transporte de qualidade, moradia digna e boas condições de vida em geral. Ressalte a importância da participação nas decisões que afetam a vida da população, seja pela proposição de soluções para os problemas identificados, seja pela reivindicação de ações do poder público. Além disso, é preciso zelar pela conservação e manutenção dos serviços públicos, para que todos possam usá-los em boas condições.

O texto As resistências no urbano traz uma análise sobre as mobilizações por melhores condições de vida nas cidades.

Atividade 6. A atividade favorece o desenvolvimento de habilidades relacionadas à literacia, sobretudo a produção de escrita e a relação de ideias e informação.

Atividade 7. b) Os moradores podem acionar a prefeitura para a realização do reparo. Antes que isso aconteça, eles podem sinalizar o problema para evitar acidentes.

MP108

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

Acessibilidade para ir e vir

Você sabe o que é acessibilidade?

Imagem: Ilustração. Placa quadrada e azul. No centro, silhueta branca de uma pessoa sentada em uma cadeira de rodas. Fim da imagem.

LEGENDA: Símbolo internacional de acessibilidade. FIM DA LEGENDA.

Acessibilidade é o fornecimento das condições necessárias para que as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida tenham acesso aos mesmos locais e serviços disponíveis às demais pessoas. E isso não é favor, é lei!

Glossário:

Mobilidade reduzida: dificuldade, temporária ou definitiva, de pessoa sem deficiência, de movimentar-se.

Fim do glossário.

Todas as pessoas têm o direito de ir e vir.

Por isso, quando o assunto é transporte público, é preciso saber que veículos, vias e sinalizações devem ser adaptados a fim de possibilitar às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que se desloquem com segurança e autonomia.

Imagem: Fotografia. Uma mulher em uma cadeira de rodas está descendo de um ônibus através de uma rampa na porta do veículo.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ônibus adaptado para o acesso de cadeirantes na cidade de São Caetano do Sul, estado de São Paulo, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um jovem em uma cadeira de rodas está dentro de um ônibus. Atrás dele, a catraca.   Fim da imagem.

LEGENDA: No ônibus deve haver um local reservado para cadeirantes, com cinto de segurança adaptado. Na fotografia, cadeirante em ônibus na cidade de São Paulo, estado de São Paulo, em 2016. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um elevador na estação de metrô com placas de pessoas preferenciais.   Fim da imagem.
Imagem: Fotografia. Uma senhora está descendo uma rampa e se apoiando em um andador. Ao seu lado, pessoas estão descendo a rampa.  Fim da imagem.

LEGENDA: A instalação de elevadores e a construção de rampas nas estações de trem e metrô, nos terminais rodoviários e nos aeroportos garantem o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Nas fotografias, elevador e rampa em estação de metrô na cidade de São Paulo, estado de São Paulo, em 2012 e 2016. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a seção O mundo que queremos podem ser trabalhadas na semana 18.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Conhecer o que é acessibilidade.
  • Reconhecer que o transporte público deve ser acessível às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

    A seção contempla aspectos relacionados às habilidades da BNCC: EF05GE06 e EF05GE12.

    Orientações pedagógicas

    Leia o texto com os estudantes solucionando possíveis dúvidas.

    Peça que observem as fotografias que mostram exemplos de acessibilidade.

    Reforce aos estudantes que todos os cidadãos têm o direito de ir e vir e, portanto, todos os veículos de transporte público devem ser adaptados para a locomoção de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

    Acessibilidade

    Acessibilidade é um atributo essencial do ambiente que garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Deve estar presente nos espaços, no meio físico, no transporte, na informação e comunicação, inclusive nos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como em outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na cidade como no campo.

    É um tema ainda pouco difundido, apesar de sua inegável relevância. Considerando que ela gera resultados sociais positivos e contribui para o desenvolvimento inclusivo e sustentável, sua implementação é fundamental, dependendo, porém, de mudanças culturais e atitudinais.

MP109

  1. Escreva com suas palavras o que é acessibilidade.
PROFESSOR Resposta pessoal. A acessibilidade diz respeito às adaptações para facilitar o acesso das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida aos serviços disponíveis nas cidades.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Você já viu o símbolo internacional de acessibilidade em algum local? Onde? Por que o símbolo estava nesse local?
PROFESSOR Respostas pessoais.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Em sua opinião, as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida têm acesso fácil e seguro aos transportes públicos no lugar onde você vive? Converse com os colegas e o professor sobre isso.
PROFESSOR Resposta pessoal.

Boxe complementar:

Vamos fazer

Na página anterior, você viu exemplos de equipamentos e adaptações para o acesso de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida aos meios de transporte.

A acessibilidade deve ser garantida às pessoas com qualquer tipo de deficiência não apenas aos meios de transporte, mas também aos meios de comunicação e demais serviços, assim como a todos os locais públicos.

Que tal descobrir um pouco mais sobre acessibilidade?

Etapas

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Em grupo, pesquisem em livros, revistas e na internet imagens que mostrem adaptações e equipamentos necessários ao acesso de pessoas com deficiência visual e auditiva aos locais públicos e aos serviços.
  1. Organizem as imagens em um cartaz e escrevam pequenos textos explicando cada uma delas.
  1. Exponham os cartazes, apresentando-os aos colegas e ao professor.

    Imagem: Ilustração. Um homem com óculos escuros, camisa branca, colete, calça e sapatos pretos está segurando uma bengala com a mão esquerda e com a mão direita, ele aperta um botão na lateral de um farol. Acima do farol, uma placa com a silhueta de uma pessoa e a informação: PEDESTRE AGUARDE O SINAL VERDE. Fim da imagem.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Assim, as decisões governamentais e as políticas públicas e programas são indispensáveis para impulsionar uma nova forma de pensar, de agir, de construir, de comunicar e de utilizar recursos públicos para garantir a realização dos direitos e da cidadania.

FONTE: COPA Comissão Permanente de Acessibilidade. Centro Universitário Fundação Santo André. Disponível em: http://fdnc.io/fBi. Acesso em: 25 jun. 2022.

Orientações pedagógicas

Atividade 1. Peça a alguns estudantes que leiam suas respostas e construa coletivamente o significado de acessibilidade.

Atividade 3. Proponha um debate sobre a acessibilidade no transporte público do município onde os estudantes moram. Peça que justifiquem suas opiniões dando exemplos.

No Vamos fazer, realize uma pré-seleção das imagens com os estudantes para verificar se todas realmente mostram adaptações e equipamentos destinados às pessoas com deficiência visual e auditiva. Oriente-os a fazer um rascunho dos textos que vão acompanhar as imagens no cartaz.

Oriente os estudantes a pesquisar as imagens com calma, procurando diversas fontes de informação. Comente que é importante ter paciência para realizar a tarefa com êxito. Estimule, também, o hábito de tentar outros jeitos de realizar a mesma tarefa, caso sintam necessidade.

Conclusão da unidade

Na perspectiva da avaliação formativa, este é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes, destacando os seguintes pontos: compreensão sobre as diferenças entre cidades que tiveram origem e evolução espontânea e aquelas que foram concebidas de modo planejado; reconhecimento das principais funções que uma cidade pode ter; capacidade de analisar a evolução do crescimento da população urbana no Brasil e a relação campo-cidade; compreensão do conceito de rede urbana; reconhecimento dos problemas mais frequentes nas cidades brasileiras.

MP110

O que você aprendeu

  1. Qual é a diferença entre uma cidade que se originou de modo espontâneo e uma cidade que teve sua origem planejada?
PROFESSOR Resposta: As cidades planejadas são previamente projetadas e depois construídas, já as cidades que se originam espontaneamente se formam a partir do crescimento de povoados.
  1. A presença de alguns elementos nas cidades favorece a instalação de indústrias. Quais são esses elementos?
PROFESSOR Resposta: A presença de mão de obra e mercado consumidor abundante, a disponibilidade de infraestruturas, fontes de energia etc.
  1. Copie no caderno a frase incorreta. Depois, reescreva corretamente a frase.
    • Atualmente, a maior parte dos brasileiros vive em cidades.
    • A Região Sudeste é a menos urbanizada do Brasil.

      • A distribuição da população no território brasileiro é desigual.

PROFESSOR Resposta: Frase corrigida: A Região Sudeste é a mais urbanizada do Brasil.
  1. Explique a relação que existe entre a cafeicultura e a industrialização brasileira.
PROFESSOR Resposta: A cafeicultura contribuiu para a consolidação do trabalho livre e para a acumulação do dinheiro investido na industrialização.
  1. O que é êxodo rural?
PROFESSOR Resposta: O êxodo rural é o processo de migração em massa da população do campo para as cidades.
  1. Observe a fotografia e responda.
Imagem: Fotografia. À esquerda, um trator com braço mecânico está despejando arroz na parte traseira de outro caminhão ao lado. Em volta, plantação e arroz e ao fundo, árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita mecanizada de arroz no município de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul, em 2017. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: A fotografia mostra um exemplo da mecanização do campo, que contribuiu para reduzir a necessidade de mão de obra nas atividades agrícolas, favorecendo o êxodo rural.
  1. De que maneira o êxodo rural contribuiu para a urbanização brasileira?
PROFESSOR Resposta: O êxodo rural contribuiu para o crescimento da população urbana no Brasil, que hoje é muito superior à população rural.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 19.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Recordar os principais conceitos e noções estudados ao longo da unidade.
  • Aplicar o conhecimento adquirido a situações novas.

    As páginas 86 e 87 contemplam as habilidades da BNCC: EF05GE01; EF05GE03; EF05GE04; EF05GE05 e EF05GE09.

    Orientações pedagógicas

    Faça a leitura compartilhada de cada questão, esclarecendo possíveis dúvidas dos estudantes. É importante retomar oralmente os conteúdos trazidos nas questões. Esse processo permite identificar o que os estudantes entenderam dos conceitos trabalhados e as dúvidas que permaneceram.

    Caso necessitem, oriente os estudantes para uma releitura dos textos da unidade, buscando fixar os conceitos apresentados.

MP111

Avaliação processual

  1. A fotografia abaixo mostra a cidade de Manaus. Observe novamente o mapa da página 77 e responda.
Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma construção grande com uma cúpula amarela no telhado. Em volta há ruas, árvores, construções e prédios. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Manaus, estado do Amazonas, em 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais são as unidades federativas que compõem a região de influência de Manaus?
PROFESSOR Resposta: A área de influência de Manaus inclui principalmente os estados da Região Norte.
  1. Qual é a classificação de Manaus na hierarquia urbana proposta pelo IBGE?
PROFESSOR Resposta: Metrópole.
  1. Cite outras três cidades que estão na mesma categoria de Manaus.
PROFESSOR Resposta: Sugestões: Belém, Fortaleza, Goiânia, Curitiba.
  1. Explique como são as cidades classificadas nessa categoria da hierarquia urbana.
PROFESSOR Resposta: São cidades de grande porte, com muitos habitantes e grande área de influência.
  1. Indique a alternativa que descreve uma cidade planejada.
  1. É uma cidade construída para ter apenas uma função.
  1. É uma cidade em que há controle do crescimento urbano.
  1. É uma cidade com infraestrutura suficiente para atender a toda a sua população.
  1. É uma cidade projetada por engenheiros e arquitetos antes de ser construída.
PROFESSOR Resposta correta: d.
  1. Que funções as cidades podem ter?
PROFESSOR Resposta: Sugestões: industrial, turística, religiosa, comercial, político-administrativa, entre outras.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Atividade 8. Solicite aos estudantes que retomem o mapa da página 77 para responder às perguntas. Comente que a rede urbana de Manaus é a de menor densidade demográfica do país, apesar de controlar uma extensa área. Os estudantes devem observar atentamente a legenda do mapa para identificar a categoria que classifica a rede urbana dessa cidade na hierarquização realizada pelo IBGE. Depois da identificação de Manaus como uma metrópole, os estudantes devem buscar exemplos de outras metrópoles e caracterizá-las. Enfatize que as metrópoles são as cidades com maiores áreas de influência. Se julgar pertinente, comente que, entre elas, também há diferenças de acordo com a intensidade de relações e conexões que cada metrópole estabelece com a sua área de influência.

Atividade 9. Espera-se que os estudantes compreendam que o planejamento requer a definição do local e a idealização das características que a cidade vai ter antes de sua construção.

MP112

  1. Analise o mapa abaixo.
Imagem: Mapa. Estado de São Paulo: rede urbana (2018).  Destaque para um Centro sub-regional (1) próximo ao Oceano Atlântico.  Capital regional (2) na zona NE de São Paulo.  Metrópole (3) na zona SE de São Paulo.  E por todo o mapa há Centros de zona.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos (N, NE, L, SE, S, SO, O, NO) e a escala de 0 a 85 km.  Fim da imagem.

FONTES: EGLER, Claudio Antonio Gonçalves; BESSA, Vagner de Carvalho; GONÇALVES, André de Freitas. Dinâmica territorial e seus rebatimentos na organização regional do estado de São Paulo. Confins, n. 19, 2013. Disponível em: http://fdnc.io/fAQ. Acesso em: 27 mar. 2021; IBGE. Regiões de influência das cidades: 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 4.

Coluna 1

  1. Registro
  1. Ribeirão Preto
  1. São Paulo

    Coluna 2

    1. É a cidade com maior influência na rede urbana do estado, inclusive na escala nacional.
    1. É considerada uma capital regional, servindo de referência urbana para as cidades da região oeste do estado.
    1. Cidade localizada próximo ao litoral, é influenciada por Santos, principal centro urbano da região.
PROFESSOR Resposta: 1-c; 2-b; 3-a.
  1. Junte-se a um colega e analisem as mudanças que ocorreram nos últimos anos na área urbana do município onde vocês vivem.
PROFESSOR Respostas pessoais.
  1. Pesquisem fotografias antigas e atuais de uma mesma parte da área urbana do município de vocês. Escolham duas fotografias, uma antiga e outra atual.
  1. Colem as fotografias escolhidas no caderno e escrevam uma legenda para cada uma. Lembrem-se de colocar nas legendas o ano ou o período em que cada fotografia foi tirada.
  1. Comparem as fotografias e escrevam um texto descrevendo as principais mudanças ocorridas durante o período analisado.
MANUAL DO PROFESSOR

As páginas 88 e 89 contemplam as habilidades da BNCC: EF05GE04; EF05GE06; EF05GE08; EF05GE09 e EF05GE12.

Orientações pedagógicas

Atividade 11. É esperado que, com a análise do mapa, os estudantes possam compreender a participação das cidades de São Paulo, Ribeirão Preto e Registro na rede urbana do estado de São Paulo. Oriente-os a analisar primeiramente a legenda para que possam compreender como é formada a hierarquia das cidades e os símbolos utilizados. Em seguida, auxilie-os na busca das cidades indicadas no enunciado.

MP113

  1. Sobre a hierarquia urbana proposta pelo IBGE, indique a alternativa correta.
  1. Hierarquia urbana é uma forma de classificação das cidades segundo o poder de atração e influência que uma cidade exerce sobre outras.
  1. As capitais regionais exercem muita influência no país inteiro.
  1. Os centros de zona são cidades que exercem muita influência sobre as metrópoles.

    d) As metrópoles têm uma área de influência muito pequena no país.

PROFESSOR Resposta correta: a.
  1. Indique a alternativa correta sobre os problemas relacionados ao transporte público nas grandes cidades.
    1. Há trens, metrôs e ônibus em quantidade suficiente para atender a todos os passageiros em horários de pico.
    1. A população pode cobrar os órgãos públicos responsáveis pelo transporte para garantir que as linhas de ônibus, trens e metrôs cheguem aos locais necessários.
    1. Os preços das passagens de transporte público são baixos na maioria das cidades.

      d) Os congestionamentos não interferem no tempo das viagens de ônibus.

PROFESSOR Resposta correta: b.
  1. Observe a ilustração abaixo e indique no caderno se as afirmativas a seguir estão corretas ou incorretas.
Imagem: Ilustração. Um quadrado grande e no centro há um quadrado menor (Cidade). Em volta do quadrado menor há setas apontando para dentro e fora. E nos quatro cantos, a palavra Campo. Fim da imagem.
  1. A ilustração mostra que o campo e a cidade não apresentam relações, pois as atividades desenvolvidas em cada lugar não dependem umas das outras.
PROFESSOR Resposta: incorreta.
  1. A troca de produtos e de serviços da cidade e do campo mostra que atividades urbanas e rurais estão cada vez mais integradas.
PROFESSOR Resposta: correta.
  1. A integração entre a cidade e o campo ocorre apenas por meio do fluxo de pessoas, já que não há troca de produtos entre os espaços rurais e urbanos.
PROFESSOR Resposta: incorreta.
  1. Os avanços tecnológicos nos meios de transporte colaboraram para a maior integração entre as cidades e o campo.
PROFESSOR Resposta: correta.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações pedagógicas

Atividade 13. A resolução da atividade requer a compreensão dos conceitos de rede e hierarquia urbana, conteúdo da página 77, e o domínio sobre a hierarquização entre as categorias que compõem a proposta de rede urbana do IBGE.

Atividade 14. A disponibilidade de transporte público de qualidade e eficiente é um direito dos cidadãos, que devem levar suas reivindicações ao poder público quando o direito não é respeitado.

Atividade 15. Espera-se que o desenvolvimento dessa atividade possibilite aos estudantes colocar em prática o conhecimento construído ao longo das aulas a respeito das relações entre o campo e as cidades. Durante a leitura das afirmativas, os estudantes devem considerar que a maior interação entre atividades rurais e urbanas, o aumento do fluxo de pessoas e a intensificação das trocas de produtos e de serviços entre o campo e a cidade são aspectos que, associados ao desenvolvimento dos meios de transportes, amplificam as relações entre esses dois espaços.

MP114

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Quadro: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/conceito

1

Comparar cidades com origens espontânea e planejada.

A atividade 1 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE03: Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento.

2

Reconhecer fatores que favorecem a instalação de indústrias.

A atividade 2 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE05: Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços.

3

Reconhecer aspectos relativos à distribuição da população brasileira e ao processo de urbanização.

A atividade 3 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura.

4

Analisar a relação entre a economia cafeeira e o desenvolvimento industrial no Brasil.

A atividade 4 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE04: Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana.

5

Compreender o êxodo rural como processo de migração da população do campo para a cidade.

A atividade 5 contribui para o desenvolvimento das habilidades da BNCC:

EF05GE01: Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura ;

EF05GE04: Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana.

6

Analisar fatores relacionados às causas do êxodo rural.

A atividade 6 contribui para o desenvolvimento das habilidades da BNCC:

EF05GE04: Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana ;

EF05GE05: Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços.

7

Analisar a relação entre o êxodo rural e o desenvolvimento da urbanização no Brasil.

A atividade 7 contribui para o desenvolvimento das habilidades da BNCC:

EF05GE03: Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento ;

EF05GE04: Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana.

8

Analisar aspectos relacionados à hierarquia urbana.

A atividade 8 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE09: Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas.

MP115

Quadro: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/conceito

9

Reconhecer características que permitem identificar uma cidade planejada.

A atividade 9 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE03: Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento.

10

Identificar as funções urbanas.

A atividade 10 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE03: Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento.

11

Analisar aspectos relacionados à rede urbana.

A atividade 11 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE09: Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas.

12

Identificar transformações em uma cidade ao longo do tempo.

A atividade 12 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE08: Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes.

13

Compreender a classificação da hierarquia urbana proposta pelo IBGE.

A atividade 13 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE09: Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas.

14

Reconhecer os problemas que afetam o transporte público nas cidades.

A atividade 14 contribui para o desenvolvimento das habilidades da BNCC:

EF05GE06: Identificar e comparar transformações dos meios de transporte e de comunicação ;

EF05GE12: Identificar órgãos do poder público e canais de participação social responsáveis por buscar soluções para a melhoria da qualidade de vida (em áreas como meio ambiente, mobilidade, moradia e direito à cidade) e discutir as propostas implementadas por esses órgãos que afetam a comunidade em que vive.

15

Reconhecer aspectos da relação entre o campo e a cidade.

A atividade 15 contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC:

EF05GE04: Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana.

Sugestão de autoavaliação

  1. Resolvi todas as atividades encaminhadas para casa?
  1. Solucionei todas as questões da avaliação processual sem dificuldades?
  1. Gostei de estudar e quero continuar aprendendo sobre os temas do bimestre?