MP094
Unidade 3. Marcas da História
Observe os registros e os objetos importantes que marcaram a vida de Eloá desde o nascimento dela.
Nessas lembranças, encontramos os primeiros registros da história de vida de Eloá: a pulseirinha do hospital, o convite do primeiro aniversário, suas primeiras fotografias e, claro, o brinquedo preferido.
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução
A unidade 3, Marcas da história, aborda temas fundamentais para a construção do conhecimento histórico, como registros históricos, fontes materiais e imateriais, memória e história, e preservação das memórias e tradições. A unidade trabalha ainda com os objetos de memória que remetem ao cotidiano escolar no passado e no presente, permitindo ao estudante perceber a historicidade em sua vida cotidiana.
Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 1, 4 e 9 da BNCC, a unidade estimula os estudantes a valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender a realidade e continuar aprendendo; a utilizar diferentes linguagens para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos; e a exercitar a empatia, o diálogo e a cooperação, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades e culturas. Em consonância com as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 2, 4 e 7 da BNCC, a unidade busca levar os estudantes a analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço; a interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas; e a utilizar diferentes linguagens, gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal. A proposta da unidade relaciona-se ainda com as Competências Específicas de História para o Ensino Fundamental 2 e 7 da BNCC e, desse modo, visa contribuir para que o estudante compreenda a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação; e produza, avalie e utilize tecnologias digitais de informação, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.
Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade:
- A comunidade e seus registros.
- As formas de registrar as experiências da comunidade.
Objetos de conhecimento em foco na unidade:
- A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas.
- A noção do “Eu” e do “Outro”: registros de experiências pessoais e da comunidade no tempo e no espaço.
- Formas de registrar e narrar histórias (marcos de memória materiais e imateriais).
- As fontes: relatos orais, objetos, imagens (pinturas, fotografias, vídeos), músicas, escrita, tecnologias digitais de informação e comunicação e inscrições nas paredes, ruas e espaços sociais.
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À medida que crescia, Eloá foi aprendendo a fazer seus próprios registros. Com base neles, ela pode contar sua história.
Boxe complementar:
Vamos conversar
- Você reconhece alguns dos objetos e registros das lembranças de Eloá? Se sim, quais?
- Você tem alguma lembrança parecida com as dela?
3. Quais são as lembranças e os objetos que fazem parte da sua história?
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a abertura da unidade 3 e o conteúdo da página 70 podem ser trabalhadas na semana 18.
Orientações
As atividades de abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Dessa forma, sugerimos que inicie as propostas da unidade com as atividades preparatórias a seguir.
Apresente aos estudantes a personagem Eloá e peça a eles que observem com atenção as imagens e os textos da abertura da unidade. Pergunte o que é possível saber sobre Eloá com base nos registros representados nas páginas 68 e 69. Espera-se que os estudantes percebam que as fotografias representadas nas ilustrações registram o crescimento da menina e identifiquem os brinquedos de que ela gosta e os desenhos que ela fez.
Espera-se também que os estudantes reconheçam os objetos e os registros de infância de Eloá, como as fotografias, a pulseirinha do hospital e o convite de aniversário. Auxilie-os a compreender que os objetos seguem a cronologia de vida da personagem e, portanto, contam sobre a trajetória dela, desde o nascimento até os 7 ou 8 anos, quando já está alfabetizada.
Incentive os estudantes a refletir sobre os elementos importantes de sua vida e a compartilhá-los com os colegas. Estimule-os a contribuir com experiências diferentes das representadas na ilustração.
Habilidades da BNCC em foco na unidade:
EF02HI03; EF02HI04; EF02HI05; EF02HI08 e EF02HI09.
Objetivos pedagógicos da unidade:
- Reconhecer a si e aos outros como sujeitos da história.
- Conhecer o conceito de fontes históricas e diferenciá-las de acordo com seus suportes e sua materialidade.
- Valorizar a tradição oral como meio de transmissão de conhecimentos e preservação da memória.
- Identificar objetos e registros avaliando o potencial informativo e histórico de cada um.
- Refletir sobre a função dos museus e a preservação da memória.
- Refletir sobre as lembranças pessoais e sua relação com a história de vida.
MP096
Capítulo 1. Memória e história
Todos somos parte da história e a construímos com ações e atividades. Quando escrevemos um texto, tiramos uma fotografia ou gravamos um vídeo, por exemplo, estamos produzindo registros e deixando nossa marca no mundo.
Mas não é só isso; muitas vezes, sabemos o que ocorreu no passado por meio de documentos e de objetos antigos. Eles guardam a memória de fatos que são transmitidos pela família, pela escola ou pela comunidade.
- Com a ajuda de um adulto de sua família, pesquise um objeto que conte um fato de sua vida do qual você goste de se lembrar. Traga-o para a escola, mostre aos colegas e explique a importância desse objeto para você.
PROFESSOR
Resposta pessoal.CRÉDITOS: SORA
Alguns objetos são importantes apenas em alguma fase da vida.
Eles nos fazem lembrar de fatos ou de pessoas e podem contar a história da família ou do grupo ao qual pertencemos. Esses objetos ajudam a construir a história da pessoa, do grupo e da sociedade.
O historiador é o pesquisador que estuda os registros deixados pelas pessoas ao longo do tempo para compreender como elas viviam no passado. Esses registros são chamados de fontes históricas.
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivos pedagógicos do capítulo:
- Explorar as relações entre cultura material, memória e conhecimento histórico.
- Identificar fontes históricas visuais, escritas e orais.
- Compreender as funções e as diferenças entre fontes históricas materiais e imateriais.
- Valorizar manifestações culturais que revelam permanências do passado no presente.
Orientações
Leia o texto da página 70 e apresente à turma as noções iniciais de fonte histórica. É importante que os estudantes percebam que, como qualquer outra pessoa, eles também produzem registros e utilizam cotidianamente materiais que podem ser usados como fontes que fazem parte da construção de conhecimento histórico. Essa perspectiva poderá ajudá-los a compreender a si mesmos como sujeitos históricos.
O capítulo 1 possibilita o aprofundamento da abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Vida em comunidade e trabalho”, por meio da reflexão sobre memória e história.
Atividade 1. Promova um momento de descontração para que os estudantes compartilhem com os colegas os objetos que trouxeram. A atividade tem como objetivo fazer com que eles reflitam sobre as lembranças de sua história e conheçam um pouco mais sobre os colegas por meio do objeto escolhido.
A atividade 1, sobre um objeto da família que remete a uma memória, contribui para o desenvolvimento das habilidades EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado; e EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.
A memória e os lugares da memória
A questão da memória [...] é a base da identidade, e é pela memória que se chega à história local. Além da memória das pessoas, escrita ou recuperada pela oralidade, existem “os lugares da memória” [...] monumentos, praças, edifícios públicos ou privados, mas preservados como patrimônio histórico.
BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2009. p. 169 .
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Tipos de fontes
As fontes históricas podem ser classificadas em:
- Fontes visuais: registros como pinturas, fotografias, desenhos, mapas e filmes.
- Fontes escritas: cartas, bilhetes, diários, agendas, cadernos, livros, jornais, revistas, documentos oficiais e qualquer outro tipo de texto.
- Fontes orais: as memórias contadas pelas pessoas que não têm registros escritos, como lendas, cantigas, depoimentos e entrevistas.
- Pinte os itens de acordo com o tipo de fonte que representam.
Azul: Visual
Verde: Escrita
Laranja: Oral
Cartas antigas
PROFESSOR
Resposta correta: Verde.Fotografias de família
PROFESSOR
Resposta correta: Azul.Histórias de família contadas por seus integrantes
PROFESSOR
Resposta correta: Laranja.Cantigas de brincadeira
PROFESSOR
Resposta correta: Laranja.- Que tipo de fonte você produz quando:
- escreve um texto?
_____
- escreve um texto?
PROFESSOR
Resposta: Fonte escrita.- faz um vídeo?
_____
PROFESSOR
Resposta: Fonte visual.- conta a história da sua vida?
_____
PROFESSOR
Resposta: Fonte oral.- escreve em seu caderno?
_____
PROFESSOR
Resposta: Fonte escrita.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 71 pode ser trabalhada na semana 19.
Orientações
Converse com os estudantes sobre a diversidade de fontes com as quais o historiador pode trabalhar. Diga a eles que é possível obter informações sobre o passado, tanto em registros visuais quanto em registros escritos e orais. O acesso às imagens fornece informações importantes ao historiador que estuda, por exemplo, a história da moda ou da urbanização de cidades, complementando as fontes escritas. Explique a eles que os relatos de pessoas que viveram em determinada época também podem ser fontes de informação valiosas para o historiador.
Atividades 2 e 3. Oriente os estudantes a associar os vestígios do passado às respectivas categorias: fontes visuais, escritas ou orais. Espera-se que, além da identificação das diferentes fontes históricas, os estudantes reflitam sobre como eles mesmos produzem essas fontes. Aproveite para perguntar que informações as fontes podem fornecer sobre a história de cada um.
As atividades 2 e 3, sobre a classificação de tipos de fontes históricas, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF02HI08: Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.
O historiador e suas fontes
Conta o mestre Capistrano de Abreu que teria encontrado um historiador de moral duvidosa a queimar documentos para tornar a leitura daquelas fontes imprescindível e definitiva. O tom quase anedótico da narrativa esconde uma questão importante: o documento é a base para o julgamento histórico. Destruídos todos os documentos de um determinado período, nada poderia ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos, seria como uma civilização inexistente para o profissional de História.
KARNAL, Leandro; TATSCH, Flavia Galli. A memória evanescente. In: PINSKY, Carla Bassanezi; LUCA, Tânia Regina de (org.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009. p. 9.
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Fontes materiais e imateriais
As fontes históricas materiais podem estar registradas em uma base física, como papel, madeira, pedra e argila, ou em um meio digital. São objetos como pinturas, esculturas, filmes, fotografias, ferramentas, roupas, máquinas, móveis, livros e construções, que guardam informações sobre o passado.
LEGENDA: Carteira e cadeira escolar dos anos 1930. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Livros antigos da década de 1940. FIM DA LEGENDA.
As fontes imateriais estão na memória das pessoas. São as tradições das comunidades, como as festas, os rituais, os cultos religiosos, as cantigas, as lendas, os mitos, as danças, os ofícios e os costumes. Esses saberes são transmitidos oralmente de geração em geração e são aprendidos no dia a dia das comunidades.
Boxe complementar:
Você sabia?
A técnica de confecção das bonecas Ritxoko, do povo Karajá, é uma fonte histórica imaterial, porque o método é transmitido de geração em geração para as mulheres da comunidade. As bonecas são feitas em cinco etapas: extração do barro, preparação do barro, modelagem das figuras, queima e pintura.
LEGENDA: Cerâmica produzida pelo povo Karajá. Município de Santarém, estado do Pará, 2013. FIM DA LEGENDA.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos das páginas 72 e 73 pode ser trabalhada na semana 19.
Orientações
Para que os estudantes possam compreender os conceitos de fonte material e imaterial, comente que material é tudo aquilo que se pode ver e tocar, enquanto imaterial é aquilo que não se pode pegar, como os saberes, os modos de fazer, as crenças, os costumes, as festas, as músicas e as danças populares. Dê exemplos e faça perguntas como:
- É possível pegar um brinquedo, como uma bola?
- Ele é material ou imaterial?
- Podemos tocar em uma brincadeira, como pega-pega?
- Ela é material ou imaterial?
Pergunte aos estudantes por que a preservação dessas fontes é importante. Destaque o fato de que os registros produzidos pelas pessoas ao longo do tempo podem ser utilizados para conhecimento sobre a forma de vida delas.
Complementando a atividade 1 da página 70, explique aos estudantes que, assim como existem objetos importantes para as pessoas individualmente e para as famílias, alguns registros são relevantes para a preservação da história da comunidade. Peça a eles que citem algum registro importante para a história local. Selecione previamente exemplos para serem mencionados (documentos, fotografias, registros de festas etc.), encontrados em locais representativos para a preservação da memória da comunidade (museu, centro cultural, igreja, escola).
Leia com os estudantes o boxe Você sabia? Chame a atenção deles para a fotografia da mulher indígena fazendo uma boneca e explique a eles que as pinturas em seu corpo e a própria boneca são marcas do passado recente (cerca de 70 anos atrás), mas fazem parte de uma tradição que remete a um passado mais distante.
Atividade complementar: Fazer bonecos em cerâmica
- Mostre para a turma alguns modelos de bonecas Ritxoko do povo Karajá. Proponha aos estudantes que confeccionem suas próprias bonecas, inspirados no formato e nas pinturas dos modelos apresentados.
- Em um local adequado da escola, forre o chão com lona e disponibilize argila para os estudantes. Ofereça também potes com água para facilitar o manuseio do material.
- Depois de prontas, reserve as bonecas por tempo suficiente para secar.
- Na aula seguinte, ofereça tintas e pincéis para os estudantes enfeitarem suas bonecas.
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- Marque nas imagens o tipo de fonte de acordo com a legenda.
M: Fonte material
I: Fonte imaterial
LEGENDA: Apresentação de Samba de Roda. Município de Terra Nova, estado da Bahia, 2019. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: I.LEGENDA: Festa do Maracatu Rural. Município de Olinda, estado de Pernambuco, 2020. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: I.LEGENDA: Indígena do povo Karajá confeccionando uma boneca. Município de Xambioá, estado de Tocantins, 1948. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: I.LEGENDA: Detalhe de pintura rupestre no Parque Nacional da Serra da Capivara. Município de São Raimundo Nonato, estado do Piauí, 2019. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: M.- Você conhece alguma tradição de sua comunidade que possa ser considerada uma fonte histórica imaterial? Se sim, qual?
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PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4. Auxilie os estudantes a identificar as festas populares e a técnica de confecção de bonecas do povo Karajá como exemplos de fontes imateriais e as pinturas rupestres como exemplo de fonte material.
Nesse momento, é importante diferenciar o modo de fazer e o objeto que foi produzido: a técnica de confecção das bonecas é fonte imaterial, enquanto a boneca é fonte material. Pode ser um pouco difícil para os estudantes compreenderem essa distinção, portanto trabalhe em torno de outros exemplos, tais como: a festa do Divino e os figurinos usados nela, a música folclórica e os instrumentos utilizados para tocá-la.
Atividade 5. Converse com os estudantes sobre festas e tradições típicas da região onde vivem. Pergunte se conhecem alguns exemplos e estimule a troca de conhecimentos entre eles. Pode ser interessante também solicitar que tragam informações de casa após conversarem com seus familiares sobre o assunto. Depois, peça a eles que compartilhem com os colegas o que descobriram.
As atividades 4 e 5, sobre identificação e classificação de fontes materiais e imateriais, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.
Para você ler
Patrimônio histórico e cultural , de Pedro Paulo Funari e Sandra C. A. Pelegrini. São Paulo: Zahar, 2006.
O livro discute o conceito de patrimônio histórico e cultural e medidas fundamentais para a sua preservação.
Fontes materiais e imateriais como fundamentos da História
O patrimônio cultural, de maneira geral, e o imaterial, especificamente, podem se constituir como fontes para o ensino de História. Através da utilização do intangível, os alunos podem pensar os saberes, lugares, formas de expressão e celebrações, entre outros produtos, do seu meio e das suas comunidades, como fontes próximas a eles e das quais são conhecedores. Podemos utilizar o patrimônio imaterial na perspectiva de fontes históricas, a partir de uma contextualização embasada em bibliografia sobre determinados assuntos, no caso indicada pelo professor. Mas cabe aos alunos questionarem e embasarem essas fontes, analisarem e produzirem interpretações junto com o professor, a fim de entenderem diversas situações em que os mais variados tipos de documentos/monumentos tiveram possibilidade de se constituir.
TRINDADE, Rhuan Targino Zaleski et al. Fontes históricas, patrimônio imaterial e ensino de história. Aedos, n. 11, v. 4, set. 2012, p. 459.
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Para ler e escrever melhor
Observe como o texto a seguir descreve a importância da herança cultural dos griôs, contadores de histórias que ajudam a preservar a memória de seu povo.
A sabedoria dos griôs
Muitos povos da África transmitem os conhecimentos de geração em geração por meio da tradição oral. Em determinadas sociedades africanas, a palavra, nas histórias ou nos cantos, é essencial. É por meio da palavra que temos contato com diferentes saberes e criamos histórias.
Nessas culturas, as pessoas mais velhas eram, e ainda são, muito respeitadas. Afinal, elas têm experiência de vida e contribuem para preservar as tradições e as memórias de seu povo.
Em algumas sociedades africanas, a sabedoria antiga é transmitida às gerações mais novas por meio dos griôs. A palavra griô significa “contador de histórias”.
Os griôs ensinam os conhecimentos tradicionais de seu povo contando histórias e cantando. Fazendo isso, eles mantêm vivas as lendas e as histórias que explicam as origens familiares, os eventos do cotidiano e os fenômenos da natureza.
A atividade dos griôs foi recriada no Brasil com base nas tradições de origem africana. Nos dias atuais, os griôs representam a importância de preservar os saberes tradicionais e as heranças culturais africanas.
LEGENDA: Griôs em Burkina Faso, país do continente africano, 2010. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo desta seção podem ser trabalhadas na semana 20.
Objetivos pedagógicos da seção
- Valorizar a tradição oral como método para transmitir conhecimentos entre gerações.
- Compreender a importância dos griôs para a preservação dos saberes tradicionais de um povo.
Orientações
Leia o texto da página 74 para os estudantes e destaque o papel dos griôs em comunidades africanas. Explique a eles que, entre muitos povos africanos, os contadores de história eram responsáveis por preservar a memória da comunidade ao longo do tempo.
Comente que muitos griôs utilizam instrumentos enquanto transmitem as histórias e os conhecimentos de seu povo. Se desejar, pesquise com os estudantes os sons desses instrumentos na internet.
Verifique se eles compreendem que as atividades dos griôs são exemplos de fontes orais e que a valorização dessa atividade é importante para preservar as culturas africanas.
É importante que os estudantes percebam que cada sociedade produz memória, transmite saberes e tradições à sua maneira, e que todas elas são legítimas. A abordagem dos griôs em sala de aula pode possibilitar a reflexão sobre como se aprende e se ensina entre diferentes povos, valorizando a diversidade cultural.
A seção mobiliza as Competências Gerais 4 e 9 da BNCC: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo; e exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. A seção contribui ainda para o desenvolvimento da Competência Específica de Ciências Humanas 4 da BNCC: Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
MP101
- De acordo com o texto, quem são os griôs?
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PROFESSOR
Resposta: Os griôs são contadores de histórias que transmitem às gerações mais novas as tradições e as histórias de seu povo.- Sobre o que tratam as histórias e as lendas contadas pelos griôs?
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PROFESSOR
Resposta: Essas histórias e lendas tratam das origens familiares, dos eventos do cotidiano e dos fenômenos da natureza de acordo com algumas tradições de origem africana.- Qual é a importância dos griôs para as sociedades africanas?
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PROFESSOR
Resposta: Eles mantêm vivas as histórias e as tradições da comunidade.- Quando contamos histórias, elas podem ser recontadas por outras pessoas ao longo do tempo. Agora é a sua vez de contar uma história.
PROFESSOR
Resposta pessoal- Em casa, faça uma pesquisa sobre costumes e saberes de seu cotidiano que tenham origem africana. No caderno, descreva-os e registre a história que você descobriu.
- Na sala de aula, conte as suas descobertas da maneira como lembrar, sem consultar o caderno, do mesmo modo como os griôs fazem.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividades 1 a 3. Antes de solicitar aos estudantes que iniciem as atividades, conversem sobre o texto da página 74, pergunte quais aspectos mais chamaram a atenção deles, tire suas dúvidas e verifique se compreenderam os pontos essenciais sobre o papel dos griôs nas sociedades africanas. Reforce o significado de tradição oral e a importância da preservação dos saberes tradicionais. Chame a atenção deles para a presença da transmissão oral no nosso cotidiano e como, por meio desse tipo de comunicação, aprendemos coisas fundamentais ao longo de toda a nossa vida, desde pequenos.
As atividades 1 a 3 contribuem para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.
Atividade 4. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa e que o estudante peça ajuda a um familiar, trocando dessa maneira conhecimentos sobre costumes e saberes tradicionais de origem africana que foram sendo incorporados ao longo do tempo ao nosso cotidiano. A atividade promove a literacia familiar e a integração de conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola. Antes da realização da atividade, discuta um pouco o assunto com os estudantes para que reconheçam a existência de muitos costumes africanos na vida dos brasileiros. Os registros no caderno podem ser feitos de forma escrita ou por meio de desenhos. Depois, em sala de aula, proponha aos estudantes que façam um exercício de transmissão oral de histórias.
A atividade 4 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI08: Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes. É importante salientar que a seção e as atividades propostas colaboram para a consolidação dos conhecimentos que envolvem a literacia e a alfabetização, estimulando a fluência em leitura oral, a produção escrita e a compreensão de texto.
Literacia e História
Conhecer o modo de transmissão de conhecimento dos griôs possibilitará aos estudantes refletir sobre a comunicação oral e o registro de memória. A valorização da oralidade entre diferentes comunidades do continente africano revela uma maneira de preservar e exaltar a sabedoria ancestral e criar um laço entre aquele que transmite histórias e tradições oralmente e os ouvintes.
MP102
Capítulo 2. Documentos e registros pessoais
Quando você nasceu, foram registradas em sua certidão de nascimento informações como o dia, a hora e o local do seu nascimento, além do nome de seus pais e avós.
Logo depois, você recebeu outro documento: a carteira de vacinação, na qual estão registradas as vacinas que você já tomou e as que ainda precisa tomar.
Boxe complementar:
Você sabia?
Desde o dia em que nasce, toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade, ou seja, a ser cidadã de um país.
LEGENDA: Criança segurando sua certidão de nascimento, 2016. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Cópia de carteira de vacinação de uma criança nascida em 2014. FIM DA LEGENDA.
Fim do complemento.
Documentos pessoais
Os documentos pessoais, como a carteira de identidade, a certidão de casamento ou a carteira de motorista, guardam informações sobre cada pessoa. Neles podem constar a data, a cidade, o estado e o país de nascimento, com quem e quando a pessoa se casou ou se ela pode dirigir veículos motorizados.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos das páginas 76 e 77 pode ser trabalhada na semana 21.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Reconhecer a importância dos documentos pessoais como forma de identificação.
- Conhecer a função de alguns dos documentos que um cidadão brasileiro pode ter.
- Desenvolver a noção básica de documento histórico ao ter contato com diferentes tipos de documento pessoal.
- Identificar as lembranças e os registros como parte de sua história e da família.
Orientações
Pergunte aos estudantes se eles conhecem os documentos retratados na página 76. Questione que tipos de documento pessoal eles possuem e se já ouviram falar de alguns desses documentos: certidão de nascimento, carteira de vacinação, carteira de identidade (popularmente conhecida como RG ou Registro Geral) e carteira de habilitação.
Peça que perguntem aos familiares quais documentos pessoais eles possuem, como os obtiveram e em quais situações costumam utilizá-los.
Se necessário, explique a eles que existem vários modelos de certidão de nascimento. O modelo mais recente possui marcas de segurança. Ele é impresso em um tipo de papel especial, com marca d’água e a palavra “autêntico” escrita no verso.
O registro civil e a certidão de nascimento
O registro civil (que fica no cartório), bem como a certidão de nascimento (que fica com a pessoa), são direitos garantidos às crianças brasileiras também pelo artigo 102 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
No ano de 2015, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (“IBGE”), por meio da publicação feita na Estatísticas do Registro Civil, divulgou a feliz notícia de que o Brasil avançou consideravelmente no assunto. No ano de 2004, a taxa de crianças sem certidão de nascimento no primeiro ano de vida era de 17%. Já no ano de 2015 esse percentual caiu drasticamente e com a queda dessa taxa para aproximadamente 1%.
INCISO LXXVI – Gratuidade dos registros públicos de nascimento e óbito. Politize, 20 nov. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/gtw. Acesso em: 5 maio 2021.
MP103
- Preencha a carteira de identidade a seguir com seu nome, sua filiação (o nome de seus pais), sua naturalidade (a cidade e o estado onde você nasceu) e a data de seu nascimento.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Vamos conhecer as funções de alguns documentos? Preencha os quadrinhos com a letra correspondente de cada documento.
( ) Informa que tipo de veículo a pessoa pode dirigir.
PROFESSOR
Resposta correta: D.( ) Registra o nascimento de uma criança.
PROFESSOR
Resposta correta: A.( ) Identifica a pessoa pelo nome, assinatura e impressão digital.
PROFESSOR
Resposta correta: C.( ) Informa quais vacinas uma pessoa tomou e quais ainda precisa tomar.
PROFESSOR
Resposta correta: B.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 1. Oriente os estudantes a preencher corretamente as informações da carteira de identidade. Explique a eles que os campos já preenchidos com X e zeros não precisam ser completados.
Atividade 2. Se possível, apresente para a turma cópias de documentos pessoais, como certidão de nascimento, carteira de vacinação, carteira de identidade e carteira de habilitação. Permita aos estudantes que manuseiem esse material e incentive-os a relacionar esses documentos aos que foram retratados no Livro do Estudante. Em seguida, leia as informações da atividade sobre a função de cada documento e solicite que relacionem as imagens às descrições correspondentes.
As atividades 1 e 2, sobre preenchimento e reconhecimento da função de alguns documentos pessoais, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado.
Certidão de batismo e certidão de nascimento
Até meados do século XIX, o registro de nascimentos era realizado pelas igrejas por meio da certidão de batismo. Em 1874 o Estado brasileiro promulgou um decreto regulamentando os registros civis de nascimentos, casamentos e óbitos.
Art. 1º O registro civil compreende nos seus assentos as declarações especificadas neste Regulamento, para certificar a existência de três fatos: o nascimento, o casamento e a morte.
Senado Federal. Decreto nº 5.604, de 25 de março de 1874. Disponível em: http://fdnc.io/gtx. Acesso em: 5 maio 2021.
MP104
Registros pessoais e de família
As lembranças pessoais e os registros que produzimos e guardamos, como fotografias, bilhetes ou objetos, nos ajudam a recordar os momentos que vivemos e nos permitem compreender um pouco de nossa história.
A história pessoal ganha mais sentido quando incluímos as relações que temos uns com os outros. Nossas lembranças têm pontos de contato com as lembranças das pessoas com quem convivemos, como os membros de nossa família.
- Pinte os quadrinhos que correspondem a algum momento que você tenha vivido com sua família.
PROFESSOR
Resposta pessoal.Passeio
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Refeição
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Conversa
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Brincadeira
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Viagem
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Estudo
_____
Fotografias de família
Uma das maneiras de conhecer a história da família é por meio das fotografias. Ao observar fotografias antigas, podemos recordar os eventos vividos no passado e nos conectar às memórias dos antepassados.
LEGENDA: O avô de Davi, Manuela e Antônio mostra as fotografias da família e conta histórias para seus netos. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 78 e 79 podem ser trabalhadas nas semanas 21 e 22.
Orientações
Converse com os estudantes sobre as lembranças e os registros familiares. Diga a eles que é possível conhecer o passado de uma família por meio de diversos registros produzidos ou guardados por ela, como fotografias, cartas, documentos e objetos, e também pelas histórias e lembranças que seus membros têm em comum.
Se julgar conveniente, pergunte quais músicas aprenderam com sua família ou quais lembranças guardam de momentos especiais que viveram juntos. Os estudantes poderão compartilhar as músicas e as memórias afetivas com a turma.
Atividade 3. A abordagem das memórias que eles têm de momentos com a família é uma dimensão da memória coletiva – aquela que é compartilhada por um grupo de pessoas e se confunde com a memória individual. A relação afetiva dos estudantes com essas memórias pode ser trabalhada em sala de aula de modo a desenvolver algumas competências socioemocionais, como extroversão, amabilidade e estabilidade emocional.
A atividade 3 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI08: Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.
A memória coletiva
[...] se a nossa impressão pode se basear não apenas na nossa lembrança, mas também na de outros, nossa confiança na exatidão de nossa recordação será maior, como se uma mesma experiência fosse recomeçada não apenas pela mesma pessoa, mas por muitas. Quando voltamos a encontrar um amigo de quem a vida nos separou, inicialmente temos de fazer algum esforço para retomar o contato com ele. Entretanto, assim que evocamos juntos as diversas circunstâncias de que cada um de nós lembramos (e que não são as mesmas, embora relacionadas aos mesmos eventos), conseguimos pensar, nos recordar em comum, os fatos passados assumem importância maior e acreditamos revivê-los com maior intensidade, que não estamos mais sós ao representá-los para nós.
MP105
Ouvir e contar histórias: tradições orais
Outra maneira de saber mais sobre lembranças e histórias é por meio da tradição oral. Contar e ouvir histórias permite conhecer o que é importante para cada um. Ao ouvir essas histórias, podemos conhecer costumes e práticas comuns em outros tempos e lugares.
LEGENDA: Mulheres Guarani Mbya contando histórias sobre o milho para as crianças, no bairro de Parelheiros, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2017. FIM DA LEGENDA.
- Faça um desenho ou cole uma fotografia que represente a lembrança de um momento vivido com a sua família.
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PROFESSOR
Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.- Agora, conte aos colegas a história do momento representado na atividade anterior. Depois, registre essa história no caderno.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Em casa, converse com um familiar e pergunte a ele de quais brincadeiras mais gostava quando era criança. Preencha o quadro a seguir com as brincadeiras citadas por ele e as suas brincadeiras preferidas. Elas são as mesmas ou são diferentes?
Quadro: equivalente textual a seguir
Brincadeiras antigas
Minhas brincadeiras
PROFESSOR
Resposta pessoal do familiar.PROFESSOR
Resposta pessoal do estudante.
MANUAL DO PROFESSOR
Não os vemos agora como os víamos outrora, quando ao mesmo tempo olhávamos com os nossos olhos e com os olhos de um outro.
Nossas lembranças permanecem coletivas e nos são lembradas por outros, ainda que se trate de eventos em que somente nós estivemos envolvidos e objetos que somente nós vimos. Isto acontece porque jamais estamos sós. Não é preciso que outros estejam presentes, materialmente distintos de nós, porque sempre levamos conosco e em nós certa quantidade de pessoas que não se confundem. [...]
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva . São Paulo: Centauro, 2013. p. 30
Orientações
Atividades 4 e 5. Converse com os estudantes sobre as suas memórias dos momentos em família. Comente sobre as informações do passado que podemos obter a partir da memória de pessoas mais velhas. Pergunte a eles se já ouviram algum familiar relatando lembranças do passado e se há histórias que são sempre contadas em suas famílias. É interessante também observar que os estudantes estão construindo suas memórias e que as lembranças dos momentos vividos podem ser transmitidas e registradas. Dessa maneira, eles estarão preservando as lembranças de suas histórias de vida.
Atividade 6. A participação dos familiares nesta atividade é importante para que os estudantes possam relacionar as lembranças narradas pela família ao conteúdo trabalhado em sala de aula. Oriente a realização da atividade em duas etapas: primeiro, a tarefa a ser feita em casa, em que os estudantes deverão ouvir e registrar as brincadeiras mencionadas pelo entrevistado; e, depois, em sala de aula, quando poderão comparar as brincadeiras antigas com as da atualidade e estabelecer noções de ruptura ou permanência ao longo do tempo.
As atividades 4 a 6 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF02HI08: Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.
Para o estudante ler
Histórias de avô e avó, de Arthur Nestrovski. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998.
O livro conta a história dos familiares do autor, imigrantes russos que vieram para o Brasil. Além disso, reproduz fotografias e cartões-postais do início do século XX.
Colo de avó, de Roseana Murray. São Paulo: Brinque-Book, 2016.
No livro, a autora descreve de maneira poética e leve vários tipos de avós.
MP106
O mundo que queremos
O Museu da Pessoa
O Museu da Pessoa é um museu virtual que tem como objetivo registrar histórias de qualquer pessoa que queira relatar a sua trajetória de vida.
Essas histórias são fontes históricas porque contam as experiências vividas por pessoas em determinado tempo e espaço.
O Museu da Pessoa foi fundado em 1991 e, atualmente, contém mais de 15 mil depoimentos e mais de 70 mil fotografias e documentos digitalizados.
Leia a seguir um trecho do depoimento de Elisa Maria Loureiro da Silva Pereira, registrado em dezembro de 2020.
Eu morei até os cinco anos de idade numa casa ao lado da casa da minha avó paterna. Uma casa muito gostosa, que eu tenho lembrança de um quintal super gostoso, com mangueira, pitangueira. E uma garagem que ia até o fundo, onde a gente fazia casinha de boneca. Agora esse quintal é menor do que minha lembrança guarda. Depois eu voltei lá e ele não era tão grande como ele está no meu coração. Aos cinco para seis anos de idade, eu me mudei para uma casa perto da escola onde eu fui matriculada [...].
História de Elisa Maria Loureiro da Silva Pereira. Museu da Pessoa, dez. 2020. Disponível em: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/historia/varios-pedacinhos-de-dentro-157805. Acesso em: 8 jan. 2020.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 22.
Objetivos pedagógicos da seção
- Conhecer um museu que preserva histórias de vida.
- Refletir sobre o registro de memória dos indivíduos.
- Associar as lembranças pessoais a experiências socialmente partilhadas.
Orientações
Pergunte aos estudantes se já visitaram algum museu e qual a função desse tipo de instituição. Diga a eles que os museus são responsáveis pela pesquisa, preservação e divulgação de registros do passado que são considerados importantes para a sociedade.
Explique aos estudantes que o Museu da Pessoa é um museu virtual que registra as memórias das pessoas e transforma as histórias de vida em fonte de conhecimento. O acervo está disponível on-line no site da instituição.
Leia o relato de Elisa Maria para os estudantes e peça a eles que destaquem alguns aspectos de suas memórias a partir do texto. Comente que os relatos fornecem informações sobre as memórias, o modo de vida e a experiência das pessoas em determinado tempo e lugar.
A seção contribui ainda para o desenvolvimento das Competências Gerais 1 e 4 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; e utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. A seção contribui ainda para o desenvolvimento da Competência Específica de Ciências Humanas 2 da BNCC: Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. A seção mobiliza ainda a Competência Específica de História 7 da BNCC: Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.
MP107
- O que é o Museu da Pessoa?
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PROFESSOR
Resposta: É um museu virtual que tem como objetivo registrar histórias de qualquer pessoa que queira relatar a sua trajetória de vida.- Por que é importante registrar e preservar as memórias das pessoas da comunidade?
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PROFESSOR
Resposta pessoal. Os estudantes poderão responder, com base no texto, que essas histórias são fontes históricas e devem ser preservadas porque contam as experiências vividas pelas pessoas no passado.- Desenhe no espaço a seguir um lugar ou uma situação que conte um pouco da sua história.
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PROFESSOR
Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 1. Os estudantes devem compreender os objetivos e a dinâmica de funcionamento do Museu da Pessoa. Discuta também com eles sobre a importância dos museus virtuais que utilizam a tecnologia digital para registrar e difundir memórias.
Atividade 2. Converse com os estudantes sobre a importância de partilhar experiências de vida e de valorizar as memórias de pessoas mais velhas. Então, reitere a importância dos relatos cedidos ao Museu da Pessoa por depoentes que, em sua maioria, são pessoas comuns que não tiveram cargos políticos importantes nem se sobressaíram em alguma área artística ou científica.
As atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento das habilidades EF02HI04 : Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário; e EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.
Atividade 3. Peça aos estudantes que produzam um desenho para retratar algum momento da vida que julgam importante. Em seguida, incentive-os a apresentar o desenho aos colegas e a explicar por que esse lugar ou situação é especial para eles.
A atividade 3 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.
Educação em valores e temas contemporâneos
Apreciar a história de vida de pessoas comuns valoriza a pluralidade cultural que existe na sociedade. Conhecer a identidade cultural das pessoas por meio de suas histórias e experiências dá acesso também a um conhecimento que não era valorizado no passado, já que muitas pessoas mais velhas não tinham acesso à educação, e a leitura e a escrita eram privilégios de poucos.
Atividade complementar: Produzindo memória
• Incentive os estudantes a usar os aparelhos que tiverem disponíveis, como celular ou câmera fotográfica, para gravar um depoimento contando algumas de suas lembranças. Elabore com eles um roteiro de perguntas para ajudá-los a dar o depoimento. Por exemplo: Qual foi sua viagem preferida? Como foi sua última festa de aniversário? Do que você gostava de brincar quando era mais novo?
- Publique os relatos no site da escola ou em um blog da turma, tendo o Museu da Pessoa como referência.
- Antes de divulgar qualquer imagem, lembre-se de pedir autorização por escrito aos responsáveis.
MP108
Capítulo 3. Memórias e tradições
Você conhece alguma cantiga? Tem alguma lembrança de cantigas que já cantaram para você? A maioria das cantigas que conhecemos vem da tradição oral, isto é, essas cantigas são transmitidas de geração em geração, cantadas por alguém da família ou próximo dela.
As cantigas de roda ou cirandas são brincadeiras de crianças que cantam músicas e seguem alguns passos e movimentos. É comum observar as brincadeiras de roda nos pátios das escolas e, muitas vezes, em parques e nas ruas. Entre as mais conhecidas estão Ciranda, cirandinha e Peixe vivo, podendo haver variações, dependendo da região.
As cantigas de ninar são músicas calmas, com repetições e de ritmo contínuo, que têm o objetivo de acalmar a criança e fazê-la dormir. Quase todos os povos têm algum tipo de canção de ninar.
- Escreva o nome de uma cantiga da qual você se lembre.
- _____
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Como você aprendeu essa cantiga?
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PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos das páginas 82 e 83 pode ser trabalhada na semana 23.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Identificar a relação entre as tradições populares e a memória coletiva e individual.
- Reconhecer as cantigas como fonte histórica oral.
- Refletir sobre a preservação de memórias.
- Compreender a função dos museus.
Orientações
Leia o texto da página 82 para os estudantes e faça um levantamento das cantigas de roda e de ninar que eles conhecem. Então, incentive-os a relacionar a tradição das cantigas ao que já aprenderam em aulas anteriores sobre transmissão oral de conhecimentos.
O capítulo 3 possibilita o aprofundamento da abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Vida em comunidade e trabalho”, por meio da reflexão sobre memória e tradições coletivas.
Atividades 1 e 2. Pergunte aos estudantes como aprenderam as cantigas que conhecem e em que situações e brincadeiras elas costumam ser cantadas. Chame a atenção deles para uma característica importante desse tipo de manifestação cultural: as cantigas são coletivas e têm historicidade, isto é, conectam as pessoas do presente aos modos de brincar das pessoas do passado. Algumas cantigas também são cantadas em brincadeiras de pular corda. Pergunte aos estudantes se eles gostam de pular corda e quais músicas são cantadas para dar ritmo à brincadeira.
As atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.
Brincadeiras de roda
As cantigas e brincadeiras de roda são manifestações folclóricas onde as crianças se dão as mãos, formam uma roda e cantam melodias que podem ou não ser acompanhadas de coreografia.
Antigamente, eram muito comuns no cotidiano infantil da criança brasileira. Hoje, no entanto, é uma manifestação que está sendo esquecida, pois as crianças estão mais interessadas em outros tipos de música e brincadeiras.
As cantigas de rodas, tanto brasileiras quanto estrangeiras, são basicamente folclóricas. Possuem letras, melodias e ritmos simples e lúdicos, envolvendo brincadeiras, danças e trava-línguas. [...]
MP109
As cantigas fazem parte das lembranças individuais, mas, também, das lembranças de todas as pessoas que as cantam e as conhecem. Mesmo sem saber ao certo quando ou por quem uma cantiga foi criada, ela pode fazer parte das recordações de muitas pessoas.
Assim como outras tradições, as cantigas se transformam ao longo do tempo e são recriadas de acordo com os costumes de uma região ou de uma época. A cantiga Ciranda, cirandinha, por exemplo, é cantada de várias maneiras nos mais diversos lugares do Brasil.
Boxe complementar:
Hora da leitura
• De roda em roda: brincando e cantando o Brasil, de Teca Alencar de Brito. São Paulo: Peirópolis, 2013.
Livro sobre as brincadeiras do Brasil.
Fim do complemento.
- Leia a cantiga a seguir e, depois, responda às perguntas.
Ciranda, cirandinha
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia-volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso, dona Rosa,
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora.
- Você conhece essa cantiga? Se sim, conte aos colegas como a aprendeu. Você e seus colegas aprenderam a cantiga da mesma maneira ou de um jeito diferente? Quais outras cantigas vocês gostam de cantar?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Alguns acreditam que são originárias de modificações feitas em músicas de autores populares ou criadas anonimamente pelo povo. Por serem repassadas, de geração em geração, através do que se chama transmissão oral, é comum existirem diferenças regionais nas letras de algumas delas.
As brincadeiras de roda ajudam a sociabilizar e desinibir as crianças, uma vez que exigem o olhar frente a frente, o toque corporal, a exposição, pois em muitas delas cada um deve se apresentar no centro da roda. Auxiliam no desenvolvimento da expressão corporal, senso rítmico e organização coletiva. São também um dos elementos importantes para a integração e o lazer infantil.
GASPAR, Lúcia. Brincadeiras de roda. Pesquisa Escolar , Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://fdnc.io/gty. Acesso em: 6 jun. 2021.
Mencione aos estudantes que muitas memórias, apesar de serem transmitidas por meio da família, são comuns a muitos outros núcleos familiares; pode-se, então, considerá-las parte de uma memória coletiva.
Atividade 3. Peça aos estudantes que se recordem da cantiga “Ciranda, cirandinha” e observem se a versão que conhecem é a mesma que leram no Livro do Estudante. Procure ouvir as versões cantadas ou declamadas por eles e observar as semelhanças e diferenças nas maneiras como aprenderam a cantiga. Depois, converse com eles sobre outras cantigas tradicionais que conhecem. Escreva na lousa o nome das cantigas que foram lembradas nas atividades 1 e 3 do Livro do Estudante. Essa etapa pode ajudar os estudantes a visualizar todas as cantigas apresentadas pela turma e a memorizá-las.
Depois, em um local espaçoso da escola, como a quadra ou o pátio, proponha aos estudantes que brinquem de roda enquanto cantam as cantigas que foram listadas na sala de aula. Você pode pedir a cada um que puxe uma das cantigas.
A atividade 3, sobre cantigas, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.
Para o estudante ouvir
Cantigas de roda (CD), de Palavra Cantada, 1998.
O CD do grupo Palavra Cantada, formado por Sandra Peres e Paulo Tatit, traz diversas cantigas de roda da tradição popular no Brasil.
MP110
Preservação da memória
Quando cantamos uma cantiga transmitida de geração em geração, entramos em contato com as memórias e as tradições compartilhadas pelas pessoas que as cantaram no passado.
As músicas, as histórias e as cantigas são importantes. Elas podem revelar informações sobre o modo de vida das pessoas que as criaram. Por meio dessas memórias, podemos descobrir o que era importante para as pessoas que viveram no passado. Os registros dessas memórias devem ser preservados com muito cuidado.
- Escolha uma cantiga e cante-a para a turma.
- Por que você escolheu essa cantiga?
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- Por que você escolheu essa cantiga?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Quantos colegas conhecem essa cantiga?
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PROFESSOR
Resposta pessoal.Produzir e reunir memória: os museus
Os museus abrigam registros e lembranças dessa memória que é compartilhada por muitas pessoas, ou seja, da memória coletiva. Eles também permitem a produção de novos registros e memórias.
Nesses locais, os registros são selecionados, preservados e estudados. Os objetos, os documentos e os relatos que eles guardam nos ajudam a descobrir as relações entre a memória que pertence a todos e a história de cada um.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 84 e 85 podem ser trabalhadas nas semanas 23 e 24.
Orientações
Atividade 4. É importante que os estudantes percebam que as cantigas e canções são fontes históricas e objetos de memória. As melodias, as letras, os instrumentos utilizados e as diferentes maneiras como as músicas são cantadas revelam aspectos do tempo histórico e dos sujeitos que as produziram.
A atividade 4 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.
Retome as discussões sobre museus históricos. Comente com os estudantes que existem muitos tipos de museu: de arte, de tecnologia, de línguas, entre outros.
A discussão sobre os museus contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.
Para o estudante ler
Histórias de cantigas, de Celso Sisto (org.). São Paulo: Cortez, 2012.
Nesta obra, diversos autores de literatura infantil narram histórias baseadas em suas cantigas preferidas.
Para você acessar
Plataforma do letramento. Disponível em: http://fdnc.io/gtz. Acesso em: 2 maio 2021.
Confira sugestões de atividades para trabalhar com cantigas brasileiras em sala de aula.
A música no ensino de História
Privilegiar a linguagem musical no ensino de História significa construir conhecimento, por meio de um recurso didático motivador e prazeroso que envolve larga possibilidade de trato metodológico. Para tanto, faz-se necessário, principalmente, reconhecer que a música é arte e conhecimento sociocultural, portanto uma experiência cotidiana na vida do homem.
Cada civilização, cada grupo social, tem sua expressão musical própria; nesta perspectiva, a linguagem musical caracteriza-se como uma fonte que se abre ao pesquisador, de cujos registros a Historiografia tradicional não se deu conta. Importa perguntar o que ela significa para nós e para determinado tempo histórico; ademais, o que esta arte tem sido para os homens de todos os tempos e lugares.
MP111
Os registros e a história
Ao estudar e produzir diversos tipos de registro, podemos observar que alguns aspectos do passado continuam iguais e outros mudaram muito.
O modo como contamos as histórias hoje é igual a como elas eram contadas no passado? E as cantigas e as canções, são as mesmas ou mudaram? Elas são cantadas da mesma maneira?
Os registros de memória e as perguntas que fazemos sobre eles são fundamentais para a elaboração da história.
LEGENDA: Contação de histórias em centro de educação infantil. Município de Macapá, estado do Amapá, 2019. FIM DA LEGENDA.
- Em casa, faça as perguntas a seguir a um familiar e registre as respostas da entrevista.
PROFESSOR
Respostas pessoais do entrevistado.- Qual é o seu nome?
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- Qual é a sua cantiga ou canção preferida?
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- Como você conheceu essa cantiga ou canção?
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- Ela traz alguma recordação? Se sim, qual?
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- Depois de registrar as respostas da entrevista, escreva uma pequena história sobre as memórias da pessoa que você entrevistou e apresente-a aos colegas.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Respeitando-se os diversos contextos e características específicas, a música guarda a propriedade intrínseca de veículo de comunicação e de relacionamento, o que lhe concede um referencial que, transcendendo a definição “de arte de se combinar os sons”, confere a esta combinação o sentido a ela naturalmente inerente de expressão e representação. Para Fischer, “A experiência de um compositor nunca é puramente musical, mas pessoal e social, isto é, condicionada pelo período histórico em que ele vive e que o afeta de muitas maneiras” [...]. Como se pode notar, então, música e homem se identificam no tempo e no espaço.
DAVID, Célia Maria. Música e ensino de História: uma proposta. In : Conteúdos e didática de História . São Paulo: Unesp. Disponível em: http://fdnc.io/gtA. Acesso em: 5 maio 2021.
Explique aos estudantes que o historiador estuda o passado por meio de perguntas e dúvidas que surgem no presente. Questionar os registros da história permite ao pesquisador analisar quais costumes e práticas do modo de vida de antigamente mudaram e quais permanecem na atualidade.
Atividade 5. Oriente os estudantes a realizar a entrevista em casa com um familiar. A partir das respostas obtidas, eles deverão elaborar uma síntese a ser apresentada aos colegas. Essa atividade proporciona o desenvolvimento de habilidades de análise e organização de informações de escrita não ficcional. A atividade também favorece a literacia familiar e a troca de conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.
A atividade 5 contribui para o desenvolvimento das habilidades EF02HI08: Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes ; e EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.
Atividade 6. Estimule os estudantes a criar narrativas para registrar as memórias de seus familiares entrevistados. Diga a eles que o registro será feito sobre as memórias vividas da pessoa entrevistada, porém a narrativa criada expressará o ponto de vista deles, por isso será autoral. Depois que os estudantes escreverem suas narrativas, promova uma roda de conversa para que todos contem as histórias que elaboraram. Valorize a história de vida de seus familiares e incentive a escuta e a empatia entre todos.
A atividade 6 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI08: Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.
MP112
Como as pessoas faziam para...
Produzir um livro
Nos livros, podem-se registrar fatos importantes e, assim, preservar a cultura e a história de diversos povos. Ao longo do tempo, as pessoas utilizaram diferentes maneiras de registrar por escrito suas memórias e histórias.
Os povos antigos utilizavam o papiro para escrever textos importantes. O papiro era feito da junção de hastes de uma planta de mesmo nome e era muito frágil.
O pergaminho também era utilizado para a escrita. Ele era feito da pele de animais e era mais durável. Os pergaminhos eram guardados na forma de rolo e, com o tempo, passaram a ser encadernados em uma espécie de livro chamado códice.
Há mais de mil anos, os livros eram copiados à mão por religiosos. A produção de um livro levava meses ou até anos.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 24.
Objetivos pedagógicos da seção
- Compreender como povos antigos registravam seus conhecimentos.
- Conhecer algumas das transformações pelas quais o livro passou ao longo do tempo.
- Compreender a importância da prensa de tipos móveis para a difusão do conhecimento.
Orientações
O infográfico apresentado resume, de forma simples, o desenvolvimento de um dos suportes mais utilizados para o registro de memórias: o livro.
O conteúdo desta seção possibilita aos estudantes entender que os livros nem sempre foram do modo como são conhecidos hoje e continuam passando por transformações. A maneira como são produzidos e distribuídos em determinado espaço e tempo histórico revela aspectos importantes sobre as técnicas disponíveis e a forma de acesso a esses objetos no passado. Chame a atenção dos estudantes para o fato de que, antigamente, os livros eram exclusivos das camadas privilegiadas da sociedade e, atualmente, muitas pessoas podem ter acesso a eles.
Comente com os estudantes que a distribuição mais ampla de livros só foi possível com a invenção da prensa de tipos móveis, que imprimia textos com muito mais rapidez que as antigas técnicas existentes.
Há pesquisadores que afirmam que uma técnica de impressão usando blocos de madeira talhados já era utilizada no Oriente. O alemão Johannes Gutenberg adaptou o método e criou a prensa de tipos móveis.
História do livro
[...] As mutações de nosso presente transformam, ao mesmo tempo, os suportes da escrita, a técnica de sua reprodução e disseminação, assim como os modos de ler. Tal simultaneidade é inédita na história da humanidade. A invenção da imprensa não modificou as estruturas fundamentais do livro, composto [...] por cadernos, folhetos e páginas, reunidos em um mesmo objeto. Nos primeiros séculos da era cristã, a forma nova do livro, a do codex , se impôs em detrimento do rolo, porém não foi acompanhada por uma transformação da técnica de reprodução dos textos, sempre assegurada pela cópia manuscrita. E se é verdade que a leitura conheceu várias revoluções, reconhecidas ou discutidas pelos historiadores, essas ocorreram na longa duração do codex : assim as conquistas medievais da leitura silenciosa e visual, o furor de ler que tomou conta do século das Luzes, ou então, a partir do século XIX, o ingresso maciço na leitura de recém-chegados: os meios populares, as mulheres e, dentro ou fora da escola, as crianças.
MP113
Em 1450, foi inventada a prensa de tipos móveis: uma máquina que carimbava letras e símbolos (tipos móveis) em uma superfície, gravando nela um texto. A reprodução de livros tornou-se mais rápida, colaborando para que o conhecimento se espalhasse pelo mundo.
Mas as pessoas continuavam a escrever à mão e, só depois, os textos eram convertidos em tipos móveis e impressos. Isso mudou quando as pessoas passaram a utilizar a máquina de escrever e, mais recentemente, o computador para produzir os livros.
Atualmente, os livros impressos convivem com novas tecnologias, como os livros digitais.
- Qual foi o invento que mudou a forma de produzir um livro?
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PROFESSOR
Resposta: O invento foi a prensa de tipos móveis.- Qual é a importância
dela
para os dias atuais?
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PROFESSOR
Resposta: A reprodução de livros tornou-se mais rápida.
MANUAL DO PROFESSOR
Ao quebrar o vínculo antigo estabelecido entre textos e objetos, entre discursos e sua materialidade, a revolução digital obriga a uma revisão radical dos gestos e das noções que associamos ao escrito. Apesar das inércias do vocabulário, que tentam acomodar a novidade, designando-a com palavras familiares, os fragmentos de textos que aparecem no monitor não são páginas, mas composições singulares e efêmeras. E, ao contrário de seus predecessores, rolo ou codex , o livro eletrônico não mais se diferencia pela evidência de sua forma material das outras produções da escrita. [...]
CHARTIER, Roger. Escutar os mortos com os olhos. Estudos Avançados, v. 24, n. 69, 2010. Disponível em: http://fdnc.io/gtB. Acesso em: 5 maio 2021.
Aproveite o tema apresentado na seção para perguntar aos estudantes quais são seus livros preferidos e quais gostariam de ler. Esse momento de compartilhamento de informações deve incentivar os hábitos de leitura entre eles.
Atividades 1 e 2. Oriente os estudantes a reler o infográfico antes de responder às questões. Estimule-os a refletir sobre a importância das técnicas que permitiram a reprodução de textos em larga escala e com enorme rapidez, possibilitando a difusão de livros e outras publicações a uma grande quantidade de pessoas em todo o mundo.
As atividades 1 e 2 favorecem o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário. A seção contribui ainda para o desenvolvimento da Competência Geral 1 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. A seção também colabora para o desenvolvimento da Competência Específica de Ciências Humanas 2 da BNCC: Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. A seção também mobiliza a Competência Específica de História 2 da BNCC: Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
MP114
Capítulo 4. Memória escolar
Muita coisa mudou no jeito de ensinar e de aprender nas escolas nos últimos cem anos. Ao analisar fotografias antigas ou ler histórias de autores do passado, podemos conhecer essas mudanças.
Observe as fotografias a seguir. Elas registram salas de aula de cerca de cem anos atrás.
- Quais as diferenças e as semelhanças entre as duas fotografias?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.LEGENDA: Aula de leitura para meninos. Município de Campinas, estado de São Paulo, 1939. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Aula de trabalhos manuais para meninas. Município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 1922. FIM DA LEGENDA.
Na escola, meninos e meninas estudavam separadamente. Os meninos praticavam exercícios militares e atividades como marcenaria. As meninas aprendiam trabalhos manuais, como costura e bordado, porque eram preparadas para se casar, cuidar da casa e dos filhos.
Os estudantes eram tratados com rigorosa disciplina, e aqueles que não se comportavam bem ou que não faziam as lições eram punidos pelos professores. Havia muitos castigos: apanhar com palmatória e com vara de marmelo, ajoelhar-se no milho e escrever uma frase várias vezes na lousa.
LEGENDA: Palmatória dos anos 1930. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos das páginas 88 e 89 pode ser trabalhada na semana 25.
Objetivos pedagógicos do capítulo
• Conhecer características da escola do passado.
• Identificar mudanças e permanências entre as escolas do passado e as atuais.
Orientações
Explique aos estudantes que, assim como eles e suas famílias, a escola também tem memória e história. Pergunte a eles como imaginam que eram as escolas no passado e acolha as hipóteses que surgirem. Deixe que expressem suas opiniões e conhecimentos prévios livremente, apropriando-se do tema que será tratado na aula.
O capítulo 4 possibilita o aprofundamento da abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Vida em comunidade e trabalho”, por meio da reflexão sobre a memória desse importante ambiente de convivência que é a escola.
Atividade 1. Oriente os estudantes a observar os detalhes de cada imagem da página 88 e converse com eles sobre as modificações que ocorreram no espaço escolar ao longo do tempo, como a mobília, o uniforme e o material escolar utilizado. Comente que, no passado, muitas escolas separavam meninos e meninas e algumas das disciplinas oferecidas eram diferentes para cada turma. A maneira de disciplinar os estudantes era também muito mais rígida que a de hoje em dia.
A atividade 1 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário.
Para você ler
Conto de escola , de Machado de Assis. Disponível em: http://fdnc.io/2qh. Acesso em: 5 maio 2021.
Esse texto literário apresenta algumas situações comuns no ensino primário no século XIX.
O Ateneu, de Raul Pompeia. Disponível em: http://fdnc.io/gtC. Acesso em: 5 maio 2021.
A obra retrata a vida de um estudante que deixa a família e passa a morar em um colégio interno, um tipo de escola comum no século XIX.
MP115
Hoje, as crianças têm mais oportunidades de frequentar a escola do que há cem anos. Meninos e meninas estudam juntos e aprendem as mesmas matérias e conteúdos. Além disso, os castigos físicos são proibidos.
- Leia o texto e responda às questões.
O Birolho
— O Birolho teve dez porque colou!
Recebi a ordem de levantar-me. Minhas orelhas na certa estavam vermelhas, para combinar com a cor da cara. Meu coração disparava e em minha mente estava a carranca do professor Espinhel, estavam o castigo de ficar de pé de braços abertos e as reguadas a cada vez que o cansaço me obrigasse a abaixá-los. [...]
Os olhos da dona Zulmira lentamente saíram da direção do Adílson e cravaram-se em mim.
— Quero ver a cola. [...]
Bom, na hora eu decidi que tinha de falar a verdade e pronto:
— Eu fiz essa cola sim, dona Zulmira. Levei a semana inteira fazendo. Mas juro que fiz toda a prova sem tocar nela... [...]
— Muito bem. Então vamos ver: quais são os principais afluentes da margem direita do rio Amazonas?
— Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu — respondi na hora.[...]
Com mais duas perguntas, dona Zulmira pareceu satisfeita e decidiu:
— Muito bem. Você não fez uma cola. Estudou fazendo resumo. Sua nota continua valendo. [...]
Pedro Bandeira. O Birolho. In : Ruth Rocha (org.). Contos de escola . Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 22-23.
- De acordo com o texto, quais seriam as consequências caso o estudante Birolho fosse pego colando na prova?
PROFESSOR
Resposta: Ele teria de ficar de pé, com os braços abertos, e, se baixasse os braços, levaria reguadas.MANUAL DO PROFESSOR
Leia com os estudantes o texto O Birolho, de Pedro Bandeira. Verifique se há palavras que eles desconhecem e esclareça as dúvidas que surgirem. Após a leitura, pergunte a eles qual foi a conclusão da história e se esperavam um final diferente em relação à maneira como o estudante e a professora agiram. Assim, eles poderão identificar um aspecto interessante do texto ficcional: a reviravolta que surpreende o leitor.
Atividade 2. Converse com os estudantes sobre a postura adotada pela professora no texto. Pergunte a eles: de acordo com o que vocês aprenderam sobre a disciplina nas escolas do passado, pode-se dizer que essa professora é “de antigamente”?
Pode ser interessante perguntar aos estudantes, em um momento de conversa descontraída, o que eles fariam na situação de Birolho. Proponha um momento em que todos possam opinar livremente.
A atividade 2, sobre o conto que narra um acontecimento em uma escola do passado, contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário.
Ensino elementar no passado
No passado, o ensino elementar era restrito a poucos. Leia a seguir como a autora Maria Lúcia de Arruda Aranha caracteriza a educação escolar no século XIX:
Sem a exigência de conclusão do curso primário para o acesso aos outros níveis, a elite educa seus filhos em casa, com preceptores. Para os demais segmentos sociais, o que resta é a oferta de pouquíssimas escolas cuja atividade se acha restrita à instrução elementar: ler, escrever e contar. Segundo o relatório de Liberato Barroso, apoiado em dados oficiais, em 1897 apenas 10% da população em idade escolar se achava matriculada nas escolas primárias.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1996. p. 155.
MP116
Objetos de memória
Todo objeto conta uma história. Nos materiais escolares, nas cadernetas e nos boletins antigos, podemos encontrar informações sobre como era a educação das crianças no passado.
Materiais escolares
Há mais de cem anos, os estudantes usavam uma pequena lousa feita de ardósia e um lápis do mesmo material para fazer as tarefas em sala de aula. Somente depois de treinar bastante eles podiam usar os cadernos, uma caneta com ponta de metal e tinta.
LEGENDA: Material escolar antigo: lousa individual de ardósia da década de 1910. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Material escolar antigo: caneta com ponta de metal e pote de vidro para tinta dos anos 1920. FIM DA LEGENDA.
Boletim e caderneta
Os boletins e as cadernetas escolares são os registros das atividades dos estudantes na escola. Antigamente, eles eram preenchidos à mão com caneta-tinteiro e apresentavam o histórico escolar de cada estudante, os componentes curriculares que estudavam e as observações feitas pelo professor.
- Pergunte a um adulto de sua família se há algum objeto guardado como lembrança dos tempos da escola.
PROFESSOR
Respostas pessoais do entrevistado e do estudante.- Em casa, peça a ele que conte por que esse objeto é especial. Se possível, grave a entrevista e traga esse objeto para a sala de aula. Mostre aos colegas e conte a eles a sua história. Por fim, escreva um pequeno texto no caderno sobre esse objeto.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 90 e 91 podem ser trabalhadas nas semanas 25 e 26.
Orientações
Comente com a turma que as memórias escolares também podem ser associadas a alguns objetos que fazem parte do dia a dia da escola. Esses objetos informam sobre o tempo histórico em que foram produzidos, as tecnologias da época e como as pessoas os utilizavam.
Explique brevemente como os materiais apresentados nas imagens e no texto da página 90 funcionam e estimule os estudantes a refletir sobre como as mesmas atividades são realizadas hoje em dia, porém com outros materiais.
Comente sobre a importância da caligrafia no passado, pois se escrevia muito mais à mão que nos dias atuais.
Atividade 3. Oriente os estudantes a realizar a atividade em casa e a entrevistar um adulto da família sobre um objeto guardado que considera especial dos tempos de escola. Caso o adulto não tenha guardado esse objeto, ele pode simplesmente contar sobre algum que tenha marcado suas lembranças. Oriente os estudantes a gravar as entrevistas para não se esquecerem de nenhum detalhe. Explique a eles que a gravação é uma maneira de registrar depoimentos orais e que escutá-la depois pode ajudá-los a escrever a narrativa sobre o objeto dos tempos de escola do seu familiar. A atividade propicia a literacia familiar e a integração dos conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.
Em sala de aula, organize uma roda de conversa com a turma para que os estudantes mostrem os objetos e/ou falem sobre eles. Depois, peça que elaborem um pequeno texto contando a história do objeto.
A atividade 3 contribui para o desenvolvimento das habilidades EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário; e EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado. A atividade mobiliza ainda a Competência Específica de História 2 da BNCC: Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
MP117
A tecnologia na escola
Atualmente, muitas escolas já usam material moderno, como a lousa digital e o tablet . A lousa digital é uma espécie de tela de computador gigante interativa. Ao tocá-la, professores e estudantes podem escrever e apagar textos, ampliar uma imagem, fazer atividades digitais, utilizar animações e consultar sites. O tablet é um aparelho portátil com uma tela sensível ao toque. Ao usá-lo, os estudantes podem ler um texto, acessar jogos, assistir a vídeos, além de outras atividades, e, em alguns casos, acessar o boletim escolar.
- Circule de amarelo os objetos que faziam parte da escola de antigamente e de azul os que são usados hoje em dia em algumas escolas.
LEGENDA: Lousa individual de ardósia. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: Amarelo.LEGENDA: Apontador antigo. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: Amarelo.LEGENDA: Apontador novo. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: Azul.LEGENDA: Caneta-tinteiro. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: Amarelo.LEGENDA: Tablet FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: Azul.LEGENDA: Cartilha. FIM DA LEGENDA.
CRÉDITOS: ILUSTRAÇÕES: ADILSON FARIAS
PROFESSOR
Resposta correta: Amarelo.Boxe complementar:
Hora da leitura
• Escolas como a sua: um passeio pelas escolas ao redor do mundo, de Penny Smith e Zahavit Shalev. São Paulo: Ática, 2020. O livro mostra o cotidiano de escolas e de estudantes em diferentes países.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
Atividade 4. Leia o enunciado da atividade para os estudantes e promova uma conversa sobre regras e objetos escolares que utilizam no cotidiano e que estão presentes em muitas escolas, como o uso de uniforme e o material necessário para a realização de trabalhos escolares.
Os estudantes devem identificar objetos escolares comuns no passado, como o apontador antigo e a cartilha, e objetos que são utilizados no presente, como o tablet e o apontador moderno.
Durante a conversa, comente que algumas cartilhas ainda existem, mas são pouco utilizadas atualmente.
Chame a atenção deles para o fato de que, há algumas décadas, o computador não era comum nos domicílios, e que a maior parte dos trabalhos escolares era feita à mão, com base em consultas a livros e enciclopédias. Hoje em dia, muitos estudantes têm celulares e tablets e conseguem fazer pesquisas com rapidez.
A atividade 4, sobre o reconhecimento de materiais escolares do passado e do presente, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado.
Atividade complementar: Entrevista
- Proponha à turma realizar uma entrevista com os familiares sobre como era a escola na época em que estudavam.
- Elabore com os estudantes um roteiro de questões, por exemplo: Que materiais você usava quando era criança? O que mudou na escola desde sua infância até os dias atuais? Que disciplinas você tinha na escola?
- Os estudantes devem registrar as respostas no caderno e apresentá-las aos colegas. Anote na lousa as características das escolas citadas nas entrevistas.
MP118
Atividade divertida
Vamos pensar um pouco mais sobre objetos e documentos pessoais que podem contar nossa história? Maria, Roberto, Renato e Laura guardaram no baú vários objetos de recordação e precisam da sua ajuda para encontrar um deles. Leia os balões e circule o objeto que cada um escolheu.
PROFESSOR
Resposta: 1. sapatos; 2. álbum.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 26.
Objetivo pedagógico da seção
• Reconhecer objetos que fazem parte da memória de muitas pessoas.
Orientações
Explique aos estudantes o que deverão fazer nesta seção e esclareça possíveis dúvidas. Se considerar válido, peça-a como tarefa de casa. Se realizada em sala de aula, a atividade poderá ser compartilhada entre os estudantes, possibilitando um momento de descontração.
A atividade proposta nesta seção visa desenvolver uma brincadeira de adivinhação em que os estudantes são estimulados a praticar habilidades de associação entre a narrativa e a ilustração. Estimule-os a refletir sobre qual é o objeto mais adequado à fala de cada personagem e, com isso, a relacionar significante e significado.
A atividade da seção contribui para o desenvolvimento das habilidades EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário; e EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.
Lúdico em sala de aula
Aludir ao passado por meio da adivinhação de memórias evocadas por um baú de objetos pessoais remete à reconstituição da história de vida e de momentos que fazem parte de uma memória coletiva, comum a muitas crianças na faixa etária dos 7 anos.
A infância e o brincar
A infância é um período de descobertas, realizações, desenvolvimento da imaginação e criatividade. Nesta fase, a criança vivencia importantes momentos, adquirindo conhecimentos e experiências que a constituirão como sujeito. Sendo um momento tão importante na formação das crianças, cabe a pais e educadores o encaminhamento de vivências que sejam adequadas e possam contribuir para o desenvolvimento integral das crianças. A criança é um ser curioso, ativo, cheio de energia, com disposição e interesse pelas coisas do mundo. Na infância, o brincar, para ela, é uma das atividades mais prazerosas e enriquecedoras. É por meio do brincar que a criança pode aperfeiçoar seus conhecimentos prévios e agregar novos. A realização das brincadeiras contribui para que as crianças possam desenvolver suas habilidades psicomotoras, afetivas, cognitivas e sociais. [...]
MP119
PROFESSOR
Resposta: 3. roupa de bebê; 4. livro.MANUAL DO PROFESSOR
O brincar assume um lugar muito significativo na vida das crianças, pois, por meio dele, elas agregam valores importantes que contribuem para sua formação e constituem suas formas de ser e estar no mundo. É por meio da realização das brincadeiras que a criança, desde muito cedo, pode aprender a importância da cooperação, do trabalho em equipe, da organização, da ajuda mútua e do compartilhamento de objetos. Valores estes que acompanharão a criança no decorrer de toda a sua vida e a ajudarão a vivenciar momentos decisivos na infância e na vida adulta.
DOMINICO, Eliane; LIRA, Aliandra Cristina Mesomo. A infância e o brincar: o lugar da ludicidade na vida das crianças do campo. Cadernos da Pedagogia , São Carlos, ano 8, v. 8, n. 15, p. 18-30, jul./dez. 2014. Disponível em: http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/viewFile/669/259. Acesso em: 5 maio 2021.
Conclusão
Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes. Sugerimos que você identifique os pontos que foram desenvolvidos, aqueles que ainda estão em desenvolvimento ou que não foram suficientemente trabalhados para que possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens. Considere a produção dos estudantes, a participação deles em atividades individuais, em grupo e com a turma toda, e suas intervenções em sala de aula, analisando os seguintes pontos: se eles reconhecem a si e aos outros como sujeitos da história e se compreendem o conceito de fontes históricas; se reconhecem e valorizam a tradição oral como meio para transmitir e preservar memórias; se identificam objetos pessoais, familiares e escolares e seus significados históricos; se fazem reflexões sobre a função dos museus e sobre a preservação da memória; se reconhecem a importância dos registros e objetos de memória; se reconhecem suas lembranças pessoais como expressões de suas histórias de vida.
A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma e de identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades.
MP120
O que você aprendeu
- Marque com um X os itens que descrevem fontes de natureza imaterial.
( ) Festas tradicionais.
( ) Histórias contadas pelos griôs.
( ) Fotografias.
( ) Objetos de museu.
( ) Memória pessoal.
( ) Cantigas.
( ) Caderno de caligrafia
PROFESSOR
Respostas corretas: Festas tradicionais; Histórias contadas pelos griôs; Memória pessoal; Cantigas.- Leia atentamente as informações dos registros de memória nesta página e na seguinte: duas certidões de nascimento. Depois, responda às questões.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a avaliação processual desta seção podem ser trabalhadas na semana 27.
Orientações
Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte de quais conteúdos estudados até então se recordam. Procure retomar com a turma esses pontos, comentando outros que ficaram esquecidos. Pergunte quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.
Atividade 1. Converse com os estudantes sobre as fontes imateriais que eles estudaram ao longo da unidade. Relembre com eles as atividades que fizeram nas páginas 73 e 75. Eles devem diferenciar as fontes materiais das fontes imateriais. Quando se fala em patrimônio histórico, geralmente a primeira ideia que vem à mente é a de construções antigas, que devem ser preservadas. Mas o patrimônio é muito mais do que isso. Festas, canções, lendas, celebrações, entre outras, também são manifestações culturais que devem ser valorizadas. Nesse sentido, chame a atenção dos estudantes para esses patrimônios como exemplos de fontes imateriais da história de um povo. É interessante lembrá-los de que, muitas vezes, uma expressão cultural pode ser de natureza imaterial e ao mesmo tempo estar relacionada à produção de objetos, que são de natureza material. Por exemplo, a confecção de objetos artesanais é um saber de natureza imaterial que resulta na produção também de uma fonte material.
A atividade 1 contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário.
Habilidades da BNCC em foco nesta seção:
EF02HI03; EF02HI04; EF02HI05; EF02HI08 e EF02HI09.
MP121
Avaliação processual
- Qual é o nome das pessoas registradas nas duas certidões?
_____
PROFESSOR
Resposta: Paulo da Silva.- O que foi registrado nesses dois documentos?
_____
PROFESSOR
Resposta: Informações sobre o nascimento e a filiação de duas pessoas.- Quais são as semelhanças e as diferenças entre as duas certidões?
_____
PROFESSOR
Resposta: Semelhanças: nome das crianças, dia do nascimento e município onde nasceram. Diferenças: a hora do nascimento e os nomes do pai e da mãe.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2. Leia com os estudantes as informações que constam das certidões de nascimento: nome, data, hora e local de nascimento e filiação.
Oriente-os a identificar o espaço relativo ao nome, presente nas certidões de nascimento. Explique os casos em que, embora sejam pessoas diferentes, o nome é o mesmo. Trata-se, portanto, de duas pessoas homônimas.
Peça aos estudantes que observem com atenção as informações relativas à hora de nascimento e à filiação, por meio das quais podemos perceber que as certidões não são da mesma pessoa.
Espera-se que eles identifiquem as semelhanças, como o nome, o dia do nascimento e o munícipio, e as diferenças, como a hora do nascimento e o nome do pai e da mãe.
A atividade 2 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado.
Para você acessar
A avaliação deve orientar a aprendizagem. Nova Escola, 1 jan. 2009.
Disponível em: http://fdnc.io/zY. Acesso em: 5 maio 2021.
O artigo da revista digital Nova Escola apresenta a reflexão de alguns educadores sobre o papel da avaliação no processo de aprendizagem.
MP122
- Pinte os quadrinhos de acordo com a legenda.
Atualmente.
Há cem anos.
( ) Meninos e meninas frequentam a escola juntos.
PROFESSOR
Resposta correta: Azul.( ) Há atividades só para meninos e outras só para meninas.
PROFESSOR
Resposta correta: Amarelo.( ) Os estudantes sofrem castigos físicos.
PROFESSOR
Resposta correta: Amarelo.( ) Os estudantes podem ser punidos com a palmatória.
PROFESSOR
Resposta correta: Amarelo.- Leia o texto e, depois, responda às questões.
Escolas reunidas do Bom Retiro
As nossas aulas iniciavam-se e terminavam, sempre, com uma canção patriótica, cantada em coro, numa tremenda e proposital desafinação. Depois, leitura, ditado, exercícios de Linguagem, Aritmética, Geografia e História. Nos desenhos à mão livre, a figura da professora era o tema principal. [...]
Jacob Penteado. Belènzinho, 1910 : retrato de uma época. São Paulo: Carrenho Editorial, 2003. p. 42.
- Que atividades o autor do relato fazia na escola?
PROFESSOR
Resposta: Cantava canções patrióticas, lia, fazia ditado e atividades de Linguagem, Aritmética, Geografia e História. Além disso, fazia desenhos à mão livre.- Essas atividades são parecidas com as atividades que você faz em sua escola? Por quê?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3. Para realizar a atividade, os estudantes deverão resgatar algumas informações que aprenderam ao longo da unidade 3 e associá-las às diferentes temporalidades: atualmente e há cem anos. Nesse momento, é importante reforçar noções de processo histórico: as atividades de atualmente são caracterizadas por mudanças ou por permanências de costumes do passado.
A atividade 3, em que os estudantes devem fazer comparações entre costumes cotidianos nas escolas do passado e do presente, favorece o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.
Atividade 4. Auxilie os estudantes a ler o trecho do livro Belènzinho, 1910: retrato de uma época. Ele aborda a vivência escolar do autor do relato e possibilita uma comparação entre a escola de antigamente e a escola atual. Algumas expressões utilizadas na narrativa, como “canção patriótica” e “proposital desafinação”, podem causar estranhamento. É importante esclarecer essas e outras expressões e garantir que os estudantes tenham compreendido o texto antes de iniciar as atividades.
A atividade 4, sobre a interpretação de um texto que relata a infância de um morador de um bairro da cidade de São Paulo, contribui para o desenvolvimento das habilidades EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória; e EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário.
O exercício da memória para a preservação da História
Nos anos 1980, o historiador francês Pierre Nora editou uma coleção de textos que recebeu o nome de Lugares de memória . Ele afirmava que estamos vivendo em uma época de desaceleração, em que tudo se transforma muito rapidamente. Então, para não perdermos contato com o passado, devemos criar e nos apropriar de lugares que remetam à memória individual e coletiva.
Os lugares de memória nascem e vivem do sentimento de que não há memória espontânea, de que é preciso criar arquivos, de que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notariar atas; porque essas operações não são naturais. É por isso a defesa, pelas minorias, de uma memória refugiada sobre focos privilegiados e enciumadamente guardados.
MP123
- Faça um desenho de algum objeto que você gostaria de guardar como lembrança.
_____
PROFESSOR
Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.- Procure recordar de algum objeto que represente algo importante para a história de sua família. Você pode escolher, por exemplo, um utensílio doméstico, um instrumento musical ou de trabalho, uma fotografia, uma carta, um documento ou um livro. Depois, responda às questões a seguir.
- Qual foi o objeto que veio à sua memória? Escreva o nome
dele
aqui.
_____
- Qual foi o objeto que veio à sua memória? Escreva o nome
dele
aqui.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Por que esse objeto é importante para sua família? Ele representa algum momento importante? Se sim, qual?
_____
PROFESSOR
Respostas pessoais.
MANUAL DO PROFESSOR
Sem vigilância comemorativa, a história depressa os varreria. São bastiões sobre os quais se escora. Mas se o que eles defendem não estivesse ameaçado, não se teria, tampouco, a necessidade de construí-los. Se vivêssemos verdadeiramente as lembranças que eles envolvem, eles seriam inúteis. E se, em compensação, a história não se apoderasse deles para deformá-los, transformá-los, sová-los e petrificá-los, eles não se tornariam lugares de memória. É esse vaivém que os constitui: momentos de história arrancados do movimento da história, mas que lhes são devolvidos.
NORA, Pierre. Entre história e memória: a problemática dos lugares. Projeto História , São Paulo, v. 10, 1993, p. 13.
Atividade 5. É possível que o objeto escolhido tenha valor afetivo para os estudantes. Avalie a possibilidade de perguntar aos estudantes por que suas lembranças devem ser preservadas e por que os objetos escolhidos devem ser preservados.
Atividade 6. Oriente a realização da atividade. A preservação de objetos familiares com valor afetivo revela valorização da história familiar e sentimentos de pertencimento ao grupo e à sua ancestralidade. No caso de guardar objetos que pertenceram a alguém falecido, o ato de memória consiste em, de certa forma, “mantê-lo perto” e “reverenciar sua importância familiar”.
As atividades 5 e 6, sobre a seleção de um objeto de memória que posteriormente pode servir como fonte histórica para a reconstituição da história da família, contribuem para o desenvolvimento das habilidades EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário; EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado; e EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.
MP124
Comentários para o professor:
GRADE DE CORREÇÃO
Quadro: equivalente textual a seguir
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/ conceito |
---|---|---|
1 |
EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário. |
|
2 |
EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado. |
|
3 |
EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. |
|
4 |
EF02HI03: Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória. EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário. |
|
5 |
EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário. EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado. EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados. |
|
6 |
EF02HI04: Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário. EF02HI05: Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado. EF02HI09: Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados. |
MP125
Sugestão de questões de autoavaliação
Questões de autoavaliação, como as sugeridas a seguir, podem ser apresentadas aos estudantes para que eles reflitam sobre seu processo de ensino e aprendizagem ao final de cada unidade. O professor pode fazer os ajustes que considerar adequados de acordo com as necessidades da sua turma.
Quadro: equivalente textual a seguir
AUTOAVALIAÇÃO DO ESTUDANTE |
|||
---|---|---|---|
MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA |
SIM |
MAIS OU MENOS |
NÃO |
1. Presto atenção nas aulas? |
|||
2. Tiro dúvidas com o professor quando não entendo algum conteúdo? |
|||
3. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele? |
|||
4. Sou participativo? |
|||
5. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola? |
|||
6. Gosto de trabalhar em grupo? |
|||
7. Respeito todos os colegas de turma, professores e funcionários da escola? |
|||
8. Reconheço os diferentes tipos de fonte histórica? |
|||
9. Identifico objetos e registros pessoais que se relacionam com a minha história de vida e a da minha família? |
|||
10. Valorizo a tradição oral como meio de transmissão de memórias? |
|||
11. Valorizo os museus como espaços de preservação de memórias? |
|||
12. Reconheço a importância da preservação da história e das memórias de cada um, das famílias e da comunidade? |
|||
13. Reconheço mudanças e permanências entre as escolas do passado e as do presente? |