Unidade 4. Trabalho

Introdução

A última unidade deste volume do 2º ano, intitulada Trabalho, aborda conceitos fundamentais para que os estudantes possam compreender a importância e a organização das relações de trabalho na sociedade, construir conhecimentos de forma crítica e fazer escolhas conscientes e éticas ao longo da vida.

Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 1, 6 e 7 da BNCC, a unidade estimula os estudantes a valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender a realidade e continuar aprendendo; a valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida; e a argumentar com base em informações confiáveis, para formular ideias que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável. Em consonância com as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 2 e 3 da BNCC, a unidade busca levar os estudantes a analisar o mundo social, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço; e a identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza.

A proposta da unidade relaciona-se ainda com a Competência Específica de História para o Ensino Fundamental 1 da BNCC e, desse modo, visa contribuir para que os estudantes compreendam os mecanismos de transformação das estruturas sociais e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade:

• A comunidade e seus registros.
• O trabalho e a sustentabilidade na comunidade.

  Objetos de conhecimento em foco na unidade:

• A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas.
• A sobrevivência e a relação com a natureza.

  Habilidades da BNCC em foco na unidade:

  EF02HI02; EF02HI10 e EF02HI11.

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a abertura da unidade 4 e os conteúdos das páginas 100 e 101 podem ser trabalhadas na semana 28.

Orientações

As atividades de abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Dessa forma, sugerimos que inicie as propostas da unidade com as atividades preparatórias a seguir.

Converse com os estudantes sobre a importância do trabalho na vida das pessoas. Conte sua experiência pessoal, como e quando escolheu sua profissão, quais fatores influenciaram sua escolha, como foram sua formação e o início de sua vida profissional etc.

Chame a atenção dos estudantes para as imagens da abertura. Na variedade de imagens de profissões mostradas, há algo em comum entre os profissionais: todos desenvolvem algum tipo de atividade como forma de garantir o próprio sustento e/ou o de sua família.

Converse com os estudantes sobre outros tipos de atividade humana, como o estudo ou o lazer. Explique a eles que, nessas atividades, pode haver dispêndio de energia, mas geralmente elas não são consideradas trabalho, pois não visam diretamente à produção de bens e serviços.

Objetivos pedagógicos da unidade:

• Compreender o significado do trabalho nas sociedades humanas.
• Valorizar os diversos tipos de trabalho.
• Reconhecer a interdependência dos seres humanos nas relações de trabalho.
• Conhecer profissões do passado e do presente.
• Identificar consequências ambientais relacionadas ao trabalho humano.

Objetivos pedagógicos do capítulo

• Compreender o que é trabalho e sua importância na produção social da vida.
• Identificar a agricultura, a pecuária, o extrativismo e a indústria como atividades econômicas.
• Reconhecer condições de trabalho do passado e do presente e medidas que garantem a dignidade do trabalhador.

  Orientações

  Converse com os estudantes sobre os bens e os serviços de que eles dispõem no dia a dia. Escreva na lousa uma lista desses bens e serviços: roupas, material escolar, moradia, móveis, corte de cabelo, transporte etc. Pergunte a eles quem produz esses bens ou quem desempenha esses serviços. Em seguida, peça que imaginem como seria o cotidiano se não pudessem contar com o trabalho de outras pessoas.

  O conteúdo apresentado ao longo de todo o capítulo 1, nos textos e nas atividades, possibilita o aprofundamento do trabalho com o tema atual de relevância em destaque no volume, “Vida em comunidade e trabalho”. Sugerimos que a problematização do trabalho seja feita com os estudantes em diversos momentos e sob variadas perspectivas no decorrer do estudo do capítulo, sempre considerando seus conhecimentos prévios e as experiências de pessoas próximas relatadas por eles.

  Atividade 1. O trabalho não se confunde com outras atividades humanas, como o estudo ou o lazer. Nesse sentido, é importante caracterizar o trabalho como atividade produtiva (produção de bens ou serviços) e que visa à subsistência, isto é, cria condições econômicas para um trabalhador sustentar a si mesmo e à família.

  A atividade 1, sobre trabalho, auxilia no desenvolvimento de aspectos da habilidade EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

  Atividade complementar: Observar e identificar profissões

• Peça aos estudantes que observem diferentes tipos de trabalhadores no trajeto de casa para a escola, ou em outras situações do cotidiano. Eles devem anotar no caderno as profissões que identificarem e escrever suas principais características e funções.
• Depois, promova uma brincadeira em que um estudante diz apenas as características e/ou as funções, e o restante da turma tenta adivinhar a qual profissão elas se referem.

Apresente aos estudantes os diferentes tipos de atividades econômicas realizados no mundo do trabalho e explicite suas inter-relações. Enquanto a agricultura, a pecuária e o extrativismo são responsáveis pela produção de matérias-primas, a indústria as transforma em diversos produtos para o consumo humano, e o comércio é a etapa em que esses produtos chegam às pessoas. Para tornar tais distinções e relações mais claras, elabore um esquema na lousa de modo que os estudantes possam visualizá-las.

Converse com os estudantes a respeito de como a industrialização, que ocorreu no Brasil mais intensamente a partir da década de 1950, modificou a vida dos brasileiros, causando muito desemprego entre as pessoas sem ou com baixa escolarização, porque exigia algum tipo de instrução para operar máquinas e trabalhar em indústrias. Em contrapartida, fez surgir novas profissões.

Atividade 2. Oriente os estudantes a dar exemplos de atividades de produção de bens e serviços que eles conheçam no dia a dia. Caso perceba que apresentam dificuldade para identificar atividades variadas segundo esses critérios, proponha uma conversa com a turma toda para estimular o exercício. Após o reconhecimento de inúmeras profissões, peça que escolham apenas um exemplo de cada tipo para registrar como resposta.

A atividade 2, sobre a diferença entre as atividades profissionais que oferecem serviços e as que produzem bens, auxiliam no desenvolvimento da habilidade EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

O trabalho como mercadoria

Com o advento da economia de mercado, o trabalho deixou de ser o espaço social de construção do sentimento de tribo, de comunidade, passando a ser tão somente uma mercadoria que, a partir do momento em que é comprada por quem detém o capital, aliena o trabalhador da complexidade do processo de trabalho e também dos seus resultados. Dessa forma, embora o trabalho seja responsável pela construção da nossa própria humanização, não se constitui, necessariamente, no nosso tempo em um valor humano positivo. O trabalho pode ser emancipador, mas pode também ser um instrumento que submete e até mesmo escraviza o ser humano.

RIBEIRO, Ricardo. O trabalho como princípio educativo: algumas reflexões. Saúde e Sociedade , v. 18, Suplemento 2, 2009, p. 49-50.

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 102 e 103 podem ser trabalhadas na semana 29.

Orientações

Converse com os estudantes sobre alguns dos atuais direitos trabalhistas, como salário mínimo, hora extra e fundo de garantia por tempo de serviço. Explique a eles que muitos dos direitos que os trabalhadores têm atualmente não existiam no passado, o que dificultava muito as condições de trabalho e de vida.

Chame a atenção dos estudantes para a imagem de criança trabalhando vendendo produtos em ônibus. Pergunte como imaginam a vida de quem tem de trabalhar desde criança, sem poder frequentar a escola ou ter tempo para atividades de lazer. Explique a eles que a exploração do trabalho infantil ainda ocorre no Brasil e deve ser combatida.

Apresente à turma o Estatuto da Criança e do Adolescente, conjunto de normas que visam garantir o desenvolvimento pleno, a dignidade e os direitos básicos das crianças e jovens brasileiros. Avalie a possibilidade de promover uma discussão sobre a importância do cumprimento dessa lei.

Atividade complementar: A importância do salário mínimo

• Explique aos estudantes como surgiu o salário mínimo, um dos mais importantes direitos trabalhistas do Brasil. Apresente-lhes uma lista de itens básicos, como feijão, leite, banana e ovos, respeitando suas unidades de medida para venda.
• Depois, solicite aos estudantes que realizem uma pesquisa de preços desses alimentos no comércio local. Em sala de aula, faça uma média dos preços desses alimentos. A partir de um debate com os estudantes, estabeleça quanto uma família de quatro pessoas consumiria por mês de cada alimento e calcule quanto gastariam mensalmente. Comparem o valor obtido com o valor do salário mínimo estipulado pelo governo.

Atividade 3. As condições de trabalho se modificaram ao longo da história por causa do desenvolvimento da tecnologia e também em função das mudanças sociais. Desse modo, trabalhadores em idade adulta operando máquinas e equipamentos sofisticados representam melhor o trabalho no presente. A situação de exploração de trabalho infantil representa condições de trabalho do passado e, infelizmente, ainda é a realidade de muitas crianças brasileiras.

Atividade 4. A atividade tem como objetivo levar os estudantes a perceber que a exploração do trabalho infantil, comum no passado, não desapareceu completamente no presente. Converse com eles sobre as duas imagens apresentadas na atividade e destaque como as diferenças são superficiais: uma menina trabalhando em tecelagem na primeira fotografia e uma menina trabalhando em olaria na segunda.

As atividades 3 e 4 contribuem para a mobilização das seguintes habilidades: EF02HI02: Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades; e EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

Para você acessar

Criança livre de trabalho infantil. Cidade Escola Aprendiz, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

Disponível em: http://fdnc.io/gtD. Acesso em: 6 maio 2021.

O site do projeto Criança Livre de Trabalho Infantil apresenta diversas informações sobre o trabalho infantil no Brasil, revelando sua profunda relação com o racismo. O projeto visa contribuir para a promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes e traz também o mapa do trabalho infantil em todo o território nacional.

Educação para o trabalho

As pesquisas que temos desenvolvido com trabalhadores que fazem o percurso da qualificação e reconversão profissional mostram que, em uma sociedade crescentemente excludente, os considerados em situação de risco social não terão chance de emprego formal, têm baixa escolaridade, não dominam os instrumentos básicos da ciência e da cultura, [...] e em grande número não são brancos. Embora o modelo seja cada vez mais excludente e o projeto político social reforce esse caráter, [...] não é negando a educação ou a formação profissional a esta parcela da população a melhor forma de lutar pela construção de outro tipo de sociedade.

KUENZER, Acacia Zeneida. Desafios teórico-metodológicos da relação trabalho-educação e o papel social da escola. In : FRIGOTTO, Gaudêncio (org.). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 70.

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo desta seção podem ser trabalhadas na semana 30.

Objetivos pedagógicos da seção

• Familiarizar-se com o gênero textual de entrevista.
• Conhecer elementos importantes para a coleta de informações em uma entrevista.
• Produzir um texto a partir da realização de uma entrevista sobre profissão.

  Orientações

  Pergunte aos estudantes se eles sabem o que é uma entrevista e se já leram uma. Oriente-os a identificar algumas características desse tipo de texto, como a forma dialogada entre duas ou mais pessoas e o direcionamento para um assunto específico.

  Leia a entrevista com os estudantes. Proponha que encontrem algumas informações, como: o nome do entrevistado, qual sua profissão e por que a escolheu.

  Explique a eles que as entrevistas são geralmente feitas com o auxílio de um aparelho de gravação e, depois, são transcritas. É possível também registrar as respostas à mão ou realizar entrevistas por correio, virtual ou não, embora essas alternativas sejam menos comuns.

  Literacia e História

  A formulação de boas perguntas em uma entrevista ajuda a garantir boas respostas. Em certos casos, algumas estratégias simples, como a utilização de advérbios (de tempo, de modo, de lugar, de causa etc.), pode direcionar melhor uma entrevista.

  A divisão do trabalho

  A divisão do trabalho, ou seja, a repartição ou separação das tarefas necessárias à sobrevivência de um grupo entre os diversos membros desse grupo, embora já tenha existido nas sociedades pré-industriais, desenvolve-se consideravelmente com o surgimento da sociedade industrial. Adam Smith foi o primeiro a elaborar uma teoria sobre a repartição dos trabalhadores num espaço dado. Karl Marx deu um alcance filosófico a essa expressão, fazendo dela o fundamento lógico de todas as contradições econômicas do sistema capitalista. A divisão do trabalho atinge seu grau máximo com a taylorização, isto é, com a repartição altamente racional do “trabalho em cadeia”, tentando englobar todos os fatores necessários a uma produtividade ótima.

  JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia . 5ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. p. 269.

Atividade 1. Oriente os estudantes a realizar as entrevistas em casa com um adulto de sua convivência. Explique a eles que poderão acrescentar perguntas ao roteiro, se desejarem. Comente que o bom resultado de uma entrevista depende muito da preparação do entrevistador, que precisa saber claramente quais informações quer obter do entrevistado. Além disso, para evitar que as respostas sejam evasivas ou simples demais, é fundamental que o entrevistador se inteire de alguns assuntos que possam auxiliar a enriquecer a conversa.

Após a realização das entrevistas, promova o compartilhamento dos resultados em sala de aula.

A atividade 1 auxilia no desenvolvimento da habilidade EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

A reflexão e a atividade de entrevista sugerida nesta seção contribuem para o desenvolvimento da Competência Geral 6 da BNCC: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Além disso, é importante salientar que o trabalho proposto nesta seção favorece os processos de consolidação dos conhecimentos que envolvem a literacia e a alfabetização, proporcionando ao estudante a prática de leitura, de leitura oral, de compreensão de textos e de produção escrita. A elaboração de perguntas e o registro da entrevista permitem aos estudantes conhecer e utilizar o gênero textual entrevista, que é um instrumento muito utilizado pelos historiadores que trabalham com história oral, assim como refletir sobre a experiência de vida dos entrevistados.

Para você ler

Susan Sontag : entrevista completa para a revista Rolling Stone , de Jonathan Cott. São Paulo: Autêntica, 2015.

Na entrevista, realizada em 1978, a escritora, crítica de arte e ativista dos direitos humanos, Susan Sontag, fala sobre diversos assuntos. O livro reproduz na íntegra a entrevista e possibilita ao leitor conhecer a fundo esse gênero textual.

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 106 e 107 podem ser trabalhadas na semana 31.

Objetivos pedagógicos do capítulo

• Relacionar diferentes atividades profissionais, identificando objetivos gerais comuns.
• Reconhecer a importância do trabalho para a vida em comunidade.

  Orientações

  Cada profissão envolve objetivos e procedimentos específicos, mas pertence a uma área de atuação que engloba diversas atividades profissionais. Explique aos estudantes que a educação, a saúde, a alimentação, a segurança, a limpeza e o lazer são exemplos de áreas de atuação profissional.

  Solicite aos estudantes que leiam o texto e observem a imagem. Pergunte quais profissões representadas pertencem às áreas de agricultura (agricultor), de saúde (médico, dentista, enfermeiro), de segurança (guarda de trânsito), de limpeza (lixeiro, gari) e de lazer (atores, cantores, músicos, bailarina).

  O capítulo 2 favorece o aprofundamento do trabalho com o tema atual de relevância em destaque neste volume, “Vida em comunidade e trabalho”, por meio da reflexão sobre as diferentes profissões, as expectativas em relação ao futuro, as escolhas profissionais e o projeto de vida dos estudantes.

  Atividade 1. Peça aos estudantes que se reúnam em duplas e registrem no caderno uma lista dos tipos de profissionais que trabalham na escola. Depois, converse com a turma sobre as funções de cada profissional.

  A atividade 1 permite o desenvolvimento da habilidade EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

  Atividade complementar: Infográfico

• Explique aos estudantes que os infográficos apresentam informações com o predomínio de elementos gráfico-visuais (fotografia, desenho, diagrama estatístico etc.).
• Sugira que pesquisem, em duplas ou em pequenos grupos, as atividades profissionais envolvidas na obtenção de um produto ou de um serviço.
• Peça que escrevam pequenos parágrafos explicativos para cada etapa dessa atividade produtiva e desenhem o que foi descrito no texto.
• Solicite que organizem os textos e os desenhos em forma circular, com fio condutor horizontal, vertical ou em zigue-zague, e que, por último, deem um título ao infográfico.

É importante que os estudantes reflitam sobre o fato de que cada profissão exige conhecimentos e técnicas específicos e que todas elas têm valor para a comunidade e a sociedade. Apesar de umas profissões serem mais valorizadas e mais bem remuneradas que outras, todas são importantes.

Atividade 2. As crianças, em geral, projetam seu futuro profissional com base em suas experiências do presente. A preferência por determinada profissão pode decorrer da influência de familiares, leituras, programas de televisão e vídeos da internet a que têm acesso ou do contato com profissionais de determinada área.

Aproveite esse momento para discutir com os estudantes sobre seus projetos de vida e as profissões que imaginam seguir quando adultos. Converse com eles sobre suas motivações e sobre as facilidades e as dificuldades que esperam enfrentar para seguir a profissão que desejam.

A atividade 2 permite o desenvolvimento da habilidade EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

O texto das páginas 106 e 107 e a atividade 2 contribuem para o desenvolvimento da Competência Geral 6 da BNCC: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Para o estudante ler

O que são classes sociais? , de Equipo Plantel. São Paulo: Boitatá, 2016.

O livro explica de maneira didática o conceito de classes sociais, as divisões de trabalho e as desigualdades sociais.

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 108 e 109 pode ser trabalhada na semana 32.

Orientações

Converse com os estudantes sobre os bens e os serviços de que eles dispõem no dia a dia. Escreva na lousa uma lista desses bens e serviços: roupas, material escolar, moradia, móveis, corte de cabelo, transporte etc. Pergunte a eles quem produz esses bens ou quem desempenha esses serviços. Em seguida, peça que imaginem como seria o cotidiano se não pudessem contar com o trabalho de outras pessoas.

Leia o texto das páginas 108 e 109 e verifique se os estudantes têm dúvidas. Converse sobre o exemplo de Paulo e Carlos. Em seguida, solicite a eles outros exemplos de pessoas que dependem do trabalho umas das outras.

O texto deixa clara a relação de interdependência entre o trabalho de Paulo, que consome alimentos produzidos por Carlos, e de Carlos, que usa um trator produzido na fábrica onde Paulo trabalha. Espera-se que, com base nessa observação, os estudantes possam compreender que o trabalho na sociedade atual se articula a uma rede de relações sociais e de produção.

Se desejar, comente com os estudantes que todo trabalho tem como objetivo último a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento das pessoas. Uma médica não lida somente com doenças, mas com o indivíduo e todos os aspectos sociais e psicológicos que o acompanham. Um operário de fábrica faz mais que apertar parafusos ou soldar peças, ele produz itens de consumo para satisfazer as necessidades de outras pessoas. Converse com os estudantes sobre a importância do trabalho para tornar a vida melhor e estimule reflexões sobre como cada profissional atua para o bem da sociedade.

As raízes do preconceito

Embora saibamos que houve trabalho livre desde o início da colonização, assim como a escravatura persistiu de fato, ainda que não de direito, depois de 1888, cumpre destacar que a sanção jurídico-política operou um importante elemento de reforço das representações sociais que depreciavam o trabalho manual. Considerada coisa própria de escravo, a atividade artesanal e a manufatureira acabavam abandonadas pelos trabalhadores brancos e livres, de modo que elas iam inexoravelmente para as mãos de africanos e seus descendentes. [...] Desde o início da colonização do Brasil, as relações escravistas de produção afastaram a força de trabalho livre do artesanato e da manufatura. O emprego de escravos como carpinteiros, ferreiros, pedreiros, tecelões etc. afugentava os trabalhadores livres dessas atividades, empenhados todos em se diferenciar do escravo, o que era da maior importância diante de senhores/empregadores, que viam todos os trabalhadores como coisa sua .

Por isso, entre outras razões, as corporações de ofícios (irmandades ou “bandeiras”) não tiveram, no Brasil colônia, o desenvolvimento de outros países. Com efeito, numa sociedade em que o trabalho manual era destinado aos escravos (índios e africanos), essa característica “contaminava” todas as atividades que lhe eram destinadas, as que exigiam esforço físico ou a utilização das mãos. Homens livres se afastavam do trabalho manual para não deixar dúvidas quanto à sua própria condição, esforçando-se para eliminar as ambiguidades de classificação social. Além da herança da cultura ocidental, matizada pela cultura ibérica, aí está a base do preconceito contra o trabalho manual, inclusive e principalmente daqueles que estavam socialmente mais próximos dos escravos: mestiços e brancos pobres.

CUNHA, Luiz Antônio. O ensino de ofícios artesanais e manufatureiros no Brasil escravocrata . São Paulo: Unesp; Brasília: FLACSO, 2008. p. 2 e 16.

Atividades 3 e 4. Pode-se ampliar a reflexão proposta nas atividades perguntando aos estudantes quais são os tipos de trabalho realizados no local onde vivem e qual é a importância de cada um deles para a comunidade. É importante salientar para os estudantes como os diversos tipos de atividade estão ligados e dependem uns dos outros. Contudo, cabe destacar que não existe uma separação rígida entre os tipos de trabalho realizados no campo e na cidade, que o campo atualmente possui muitas indústrias e, por isso, não pode ser considerado um espaço que produz apenas matérias-primas. A comunicação entre campo e cidade é grande e as mútuas influências culturais, econômicas e sociais que um exerce sobre o outro são significativas.

As atividades 3 e 4, de identificação da inter-relação entre o trabalho de Carlos e de Paulo, visam ao desenvolvimento das habilidades EF02HI02: Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades ; e EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

Roteiro de aula

A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 32.

Objetivos pedagógicos da seção

• Compreender a importância social do trabalho voluntário.
• Diferenciar o voluntariado de outras formas de trabalho.
• Valorizar atividades de assistência social que utilizam o trabalho voluntário.

  Orientações

  Converse com os estudantes sobre atividades não remuneradas. Explique a eles que o trabalho pode ter outros objetivos, além da remuneração. Cite o exemplo de estágios não remunerados, nos quais o objetivo é a formação profissional. Cite as atividades assistencialistas desenvolvidas por ONGs, como o Greenpeace, mencionado no texto.

  Leia com os estudantes o texto da página 110 e pergunte a eles o que significa trabalho voluntário. Comente que o trabalho voluntário representa frequentemente uma oportunidade de crescimento pessoal. Converse com eles sobre como o trabalho voluntário pode ser capaz de transformar e beneficiar as comunidades, além de promover a integração das pessoas. Comente sobre o trabalho realizado pela ONG Greenpeace no Dia Mundial da Limpeza e ouça a opinião dos estudantes sobre essa prática. Por fim, pergunte a eles se conhecem outros exemplos de trabalho voluntário.

  Solicite aos estudantes que procurem no dicionário os significados das palavras “voluntário” e “voluntariado”. Os dicionários, em geral, destacam a espontaneidade e a não remuneração, que caracterizam esse tipo de trabalho.

  Educação em valores e temas contemporâneos

  A solidariedade está presente em muitas ações humanas. É preciso lembrar às crianças e aos adultos a importância de doar tempo, conhecimento, bens e espalhar a generosidade. Todas as pessoas envolvidas nessas ações aprendem da melhor maneira possível: por meio do afeto. Além disso, o cuidado com o ambiente e a consciência ambiental são valores fundamentais de serem desenvolvidos na sociedade contemporânea, visando garantir o futuro das próximas gerações e do planeta.

Atividade 1. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa. Oriente a atividade de pesquisa dos estudantes. Explique a eles que nem todo trabalho de assistência social é voluntário, pois há instituições e órgãos do governo que contratam profissionais para exercer essa função.

Peça aos estudantes que perguntem aos familiares se desempenham ou se conhecem alguém que desempenhe algum tipo de trabalho voluntário. Depois, peça-lhes que compartilhem com os colegas o que ficaram sabendo. A atividade promove a literacia familiar, a troca de experiências e conhecimentos dos estudantes com seus familiares e a integração dos conhecimentos construídos em casa e na escola.

Faça uma pesquisa sobre ações voluntárias na sua região. Traga exemplos e comente-os com os estudantes. Peça a eles que pensem sobre o significado desse trabalho para a comunidade.

A atividade 1 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância. A seção propicia a mobilização das Competências Gerais 1 e 7 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; e argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. A seção favorece ainda o desenvolvimento da Competência Específica de Ciências Humanas 3 da BNCC : Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 112 e 113 podem ser trabalhadas na semana 33.

Objetivos pedagógicos do capítulo

• Conhecer algumas profissões comuns no passado que já não existem atualmente.
• Identificar as razões para o desaparecimento de determinadas atividades profissionais de antigamente.
• Identificar as atribuições de uma profissão.

  Orientações

  Converse com os estudantes sobre as mudanças tecnológicas. Peça que imaginem como era o cotidiano das pessoas na época em que não havia distribuição de energia elétrica. Pergunte quais profissões da atualidade não existiam naquela época. Cite alguns exemplos, como programador de computador, artista de televisão, radialista, vendedor de eletrodomésticos ou web designer.

  Leia o texto em voz alta e faça perguntas para avaliar o que os estudantes compreenderam. Pergunte quais profissões do passado são mencionadas no texto, como: calceteiro, acendedor de lampiões e limpa-trilhos.

  Explore o boxe da seção Você sabia? e conte aos estudantes que, por isso, havia também um intenso comércio de azeite para a iluminação pública e doméstica e instalação de dutos de gás para a iluminação das ruas.

  O estudo do capítulo 3 favorece o aprofundamento do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Vida em comunidade e trabalho”. Neste capítulo especialmente, os estudantes entrarão em contato com o trabalho em diferentes épocas, podendo analisá-lo em uma perspectiva histórica, refletindo de maneira crítica sobre suas transformações e permanências e as condições de trabalho ao longo do tempo.

  Profissões do passado, profissões do futuro

  O recuo na história e no tempo nos auxilia a compreender a trama em que os personagens da atualidade estão inseridos. Neste sentido, é oportuno trazer à luz o tempo social em que não havia luz elétrica e, portanto, da existência do acendedor de lampiões.

  A “luz” pode vir então da sua ausência. A época social na qual o acendedor se fazia necessário engendra necessidades que o tornam, hoje, obsoleto. Em seu lugar se funda outro profissional, o eletricitário, a negação do primeiro.

  O acendedor de lampiões não é o mesmo personagem que o eletricitário, um e outro pertencem às épocas sociais distintas, ainda que se assemelhem e se denominem sob a abstração geral de trabalhadores assalariados.

Enquanto o primeiro existia no início do século, [...] até a 1ª década do século XX, o segundo ganha expressão social somente nos anos [19]70. Entre a época social que o primeiro personagem social existia e o segundo, há uma importante distinção a ser feita que pode ser extremamente útil, para compreendermos a atual inserção social do eletricitário, que também parece não ser mais o mesmo de outrora.

Hoje, o eletricitário vive angustiado, inseguro e na iminência de ser mais um a engrossar as fileiras do desemprego. Seu temor e angústia são tão grandes que ele se mostra reticente até em lutar por suas reivindicações. Aceita perder socialmente e busca individualmente conter a avassaladora onda que não exclui somente sua profissão, mas que também o exclui da vida.

AUED, Bernardete Wrublevski. Profissões no passado, profissões no futuro (personagens sociais em tempos de transição). Revista de Ciências Humanas , v. 15, n. 22, Florianópolis: Editora da UFSC, 2º sem. 2007, p. 17.

Atividade 1. Esclareça aos estudantes que o cotidiano das pessoas no passado era diferente e que, por isso, as profissões mencionadas na atividade, importantes em tempos atrás, hoje deixaram de ser.

Converse com os estudantes sobre outras profissões do passado que continuam a existir no presente, tais como professor, policial, cozinheiro etc.

Comente com eles sobre o impacto das mudanças tecnológicas no cotidiano. Explore outros exemplos, além dos aparelhos eletrônicos, como as mudanças nos meios de transporte e os novos tipos de trabalho que surgiram. Mencione a substituição dos cocheiros por motoristas de veículos motorizados.

Atividade 2. Muitas das atividades profissionais de antigamente continuam a existir de forma muito semelhante à que tinham no passado. A atividade mostra um vendedor ambulante de vassouras, mas só podemos distinguir passado e presente pelas roupas, pela arquitetura e pela presença de caminhão na fotografia mais recente.

As atividades 1 e 2 permitem a mobilização de aspectos das habilidades EF02HI02: Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades; e EF02HI10 : Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 114 e 115 pode ser trabalhada na semana 34.

Explique aos estudantes que algumas profissões permanecem, mas sua importância mudou devido aos avanços tecnológicos. Um exemplo disso é a profissão de fotógrafo: atualmente, quase todas as pessoas conseguem tirar fotografias porque têm o equipamento necessário (câmeras e celulares).

No passado, as pessoas tiravam fotografias em estúdios porque o equipamento era caro e de difícil acesso. Além disso, era necessário saber manuseá-lo.

Contudo, ainda há fotógrafos profissionais que dominam técnicas complexas e possuem equipamentos mais sofisticados que a maioria das pessoas. Eles trabalham em ocasiões especiais, como festas de aniversário e casamentos, ou tiram fotografias artísticas, publicitárias e jornalísticas.

Atividade 3. Leia para a turma o relato de Leonice, registrado no Museu da Pessoa, e explique a importância que se dava ao dia de tirar fotografia. Foi tão importante para ela que constou de seu depoimento como um dos grandes eventos de sua vida. Sugerimos que, depois da leitura do relato em sala de aula, oriente os estudantes a fazer a atividade em casa. Eles podem realizar uma leitura com um adulto da família ou recontar o relato de Leonice e compartilhar o que estudaram sobre as profissões do passado. Depois, devem solicitar ao familiar que conte sobre a primeira fotografia que tirou e fazer uma observação da imagem comparando-a com a fotografia de Leonice. A atividade favorece a literacia familiar e a troca de experiências entre os estudantes e seus familiares e a integração dos conhecimentos construídos em casa e na escola.

A atividade 3 permite a mobilização da habilidade EF02HI02: Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades.

Pequena história da fotografia

A névoa que recobre os primórdios da fotografia é menos espessa que a que obscurece as origens da imprensa; já se pressentia, no caso da fotografia, que a hora da sua invenção chegara, e vários pesquisadores, trabalhando independentemente, visavam o mesmo objetivo: fixar as imagens da câmera obscura , que era conhecida pelo menos desde Leonardo.

Quando, depois de cerca de cinco anos de esforços, Niepce e Daguerre alcançaram simultaneamente esse resultado, o Estado interveio, em vista das dificuldades encontradas pelos inventores para patentear sua descoberta, e, depois de indenizá-los, colocou a invenção no domínio público.

BENJAMIN, Walter . Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 91.

Auxilie os estudantes a compreender as diferenças entre manufatura, indústria e artesanato. Comente que as mudanças sociais e tecnológicas levaram a grandes transformações nas atividades profissionais em larga escala, mas algumas atividades produtivas tradicionais permanecem sendo transmitidas e praticadas.

Se considerar válido, comente que existe preconceito contra o trabalho manual e artesanal, associado a um trabalho “não qualificado”, quando estes, na verdade, demandam o conhecimento de diversas técnicas para sua realização. Pergunte aos estudantes se seus familiares produzem peças artesanais e o que é necessário nessa tarefa.

Explique aos estudantes que, quando se trata de produção em escala industrial, o tear manual, por exemplo, foi substituído pelas máquinas da indústria têxtil, porém podem ser encontrados artesãos que vivem das peças que produzem em teares manuais. O sapateiro, que fazia sapatos artesanalmente, cedeu lugar à fábrica de calçados – hoje em dia, ainda há a figura do sapateiro, mas geralmente para fazer consertos.

Para você acessar

175 anos da fotografia: conheça a história dessa forma de arte.

Disponível em: http://fdnc.io/2ox. Acesso em: 6 maio 2021.

Atividade complementar: Tempos modernos

• Para que os estudantes compreendam como é o trabalho industrial, exiba um trecho do filme Tempos modernos, de Charles Chaplin (1936). O clássico apresenta aspectos da vida na fábrica, como o trabalho repetitivo, a linha de produção, o controle do tempo e a interação coletiva.
• Após a exibição, pergunte aos estudantes o que eles identificaram nas cenas e como poderiam descrever o trabalho industrial a partir do filme. Promova, com base nas respostas, uma conversa em torno das impressões dos estudantes, articulando os conteúdos estudados na unidade.
• Se considerar válido, peça aos estudantes que escrevam um pequeno texto sobre o que aprenderam a partir do filme e das discussões.

Roteiro de aula

A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 34.

Objetivos pedagógicos da seção

• Conhecer o processo de produção têxtil artesanal e industrial.
• Identificar as diferenças sociais e econômicas entre os dois modos de produção.

  Orientações

  O infográfico descreve a passagem da fiação manual para a fiação feita por máquinas. Auxilie os estudantes a compreender as transformações tecnológicas que possibilitaram essa mudança no modo de produção.

  Peça aos estudantes que leiam os textos e observem as imagens. Eles podem compartilhar com a turma o que entenderam. Se considerar interessante, organize a turma em dois grupos: um deve representar o modo de produção antigo; o outro, o modo como a indústria têxtil funciona hoje em dia.

  Conduza a abordagem da seção de modo que a turma reflita sobre as consequências da mudança no modo de fabricação de um produto. Retome o que os estudantes aprenderam sobre a passagem do modo artesanal para o industrial para que reconheçam que, hoje em dia, se gasta menos tempo para produzir uma peça de roupa e ela é, geralmente, mais barata.

  Se considerar válido, estenda a abordagem da seção para uma conversa sobre hábitos de consumo. Proponha uma conversa com os estudantes sobre os bens a que têm acesso e se eles costumam adquirir apenas aquilo de que precisam. Comente que nossos hábitos de consumo têm impacto ambiental: a produção de uma calça jeans, por exemplo, chega a gastar 11 mil litros de água. Esse momento pode auxiliar na introdução do assunto do próximo capítulo: os impactos do trabalho e da produção de bens no meio ambiente.

  História da produção têxtil

  Com a primeira fase da Revolução Industrial (1760 a 1860), a vida da população mudou drasticamente. O trabalho manual começou a ser substituído por máquinas. Inicialmente, as mudanças começaram na Inglaterra, mas se disseminaram rapidamente para o Japão e para os Estados Unidos.

  A produção de roupas foi o primeiro segmento a sofrer grandes modificações. Antes, elas eram feitas manualmente, em casa ou em pequenas oficinas. A partir dessa época, a população começou a comprar mais, e os comerciantes procuraram maneiras rápidas e baratas de produção.

  Assim surgiram as máquinas de fiação a vapor (alimentadas com carvão) e a motor. Antes desses equipamentos, o método de fiar a lã era manual [...].

  GUIA A História da Moda : Tudo sobre a revolução no modo de se vestir. São Paulo: On Line Editora. p. 9.

A seção favorece o desenvolvimento da Competência Geral 1 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. A seção também permite a mobilização das Competências Específicas de Ciências Humanas 2 e 3 da BNCC: Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo; e identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. A seção mobiliza ainda a Competência Específica de História 1 da BNCC : Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

Atividade 1. Oriente os estudantes a fazer o registro da resposta depois de discutirem os processos de produção de roupas no modo artesanal e industrial. Eles devem reconhecer que a industrialização significou a aceleração do processo e a produção em larga escala.

Atividade 2. É importante que os estudantes percebam a transformação na organização do trabalho provocada pelo modo de produção industrial. As máquinas passaram a executar parte das etapas do processo de produção, enquanto o trabalho realizado pelas pessoas foi dividido. Dessa forma, o trabalhador deixou de dominar todo o processo de produção.

As atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 118 e 119 podem ser trabalhadas na semana 35.

Objetivos pedagógicos do capítulo

• Identificar alguns tipos de impacto ambiental no campo e na cidade.
• Reconhecer que o trabalho humano tem consequências sobre o meio ambiente.
• Refletir sobre alternativas para o baixo impacto e uma produção sustentável.

  Orientações

  Após as discussões sobre profissões e o trabalho, desenvolva uma reflexão com os estudantes sobre os impactos das atividades humanas na natureza. Comente que o trabalho transforma o meio ambiente e que, muitas vezes, essa transformação é muito prejudicial.

  É importante orientar os estudantes a compreender os impactos da exploração predatória e o esgotamento dos recursos, o que pode ser crucial para o meio ambiente e o modo de vida das próximas gerações. Se considerar interessante, peça a eles que façam uma pesquisa mais detalhada sobre o assunto e criem uma campanha pela produção e extração conscientes.

  O capítulo 4 permite a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Vida em comunidade e trabalho”, de uma maneira bastante reflexiva e voltada para problemáticas do mundo contemporâneo. A questão ambiental está intimamente relacionada às atividades econômicas e produtivas. Dessa forma, o capítulo propõe a identificação dos impactos ambientais causados pelas diversas atividades, buscando levar os estudantes a questionar as práticas de degradação da natureza e a buscar alternativas sustentáveis que visem a sua preservação.

  Bicarbonato de sódio é a maneira mais eficaz para retirar agrotóxicos de frutas

  Já que nem sempre é possível encontrar ou comprar alimentos orgânicos, uma pesquisa recente publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry mostrou uma alternativa simples e eficaz para retirar agrotóxicos de frutas: o bicarbonato.

  Para chegar a tal conclusão, os pesquisadores utilizaram uma maçã e dois pesticidas muito usados na agricultura, o tiabendazol e o phosmet. A fruta ficou exposta a estes produtos por um período de 24 horas.

  Em seguida, eles lavaram a maçã com três diferentes compostos: apenas com água, por cerca de dois minutos; com uma solução, à base de hipoclorito de sódio, muito utilizada nos Estados Unidos, por 8 minutos; e, por 15 minutos, em uma mistura de bicarbonato de sódio e água, na proporção de 10 mg/L.

De acordo com a pesquisa, das três alternativas, o bicarbonato foi a solução mais eficiente. Ele foi capaz de remover 96% do phosmet e 80% do tiabendazol. A diferença se dá por conta da penetração de cada produto na fruta.

Bom aliado

Para o pediatra e toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, o bicarbonato é um grande aliado para uma alimentação mais saudável, e seu uso não precisa ser restrito às frutas. Ele também serve para limpar os agrotóxicos de legumes e verduras.

MAGALHÃES, Gladys. Bicarbonato de sódio é a maneira mais eficaz para retirar agrotóxicos de frutas. Crescer , nov. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/gtG. Acesso em: 6 maio 2021.

Comente com os estudantes que medidas tomadas a curto prazo visando a maior produtividade podem, a médio ou longo prazo, inviabilizar a atividade na região. Por isso, é importante que os governantes criem leis de exploração e produção do meio ambiente e a sociedade civil as respeite e fiscalize seu cumprimento.

Atividade 1. Auxilie a turma a identificar as informações no texto para o preenchimento da tabela. Avalie a possibilidade de estender a atividade pedindo aos estudantes que preencham uma terceira coluna, no caderno, com as respectivas possíveis soluções ecológicas para cada um dos problemas ambientais apontados.

A atividade 1 bem como o conteúdo apresentado ao longo deste capítulo, mobilizam os estudantes para o desenvolvimento da habilidade EF02HI11: Identificar impactos no ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive.

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 120 e 121 pode ser trabalhada na semana 36.

Orientações

Explique aos estudantes que a mecanização da produção teve efeito direto nas mudanças do modo de vida urbano. Nos últimos 50 anos, a frota de carros cresceu muito nas cidades, que muitas vezes não têm estrutura para dar vazão ao trânsito causado pelos veículos.

Comente que o trânsito de veículos e a atividade industrial são os maiores responsáveis pela emissão de gases poluentes na atmosfera, o que causa efeitos diretos na saúde das pessoas, como problemas respiratórios, alterações no ritmo da natureza e mudanças climáticas.

A falta de água é uma das maiores preocupações dos próximos tempos. É importante que os estudantes reflitam sobre o fato de que, além de termos pouca água potável disponível, parte significativa dela é poluída. Muitas cidades do Brasil enfrentam crises de abastecimento com frequência, o que faz com que os habitantes tenham sua saúde e higiene prejudicadas.

A importância social do transporte coletivo

O transporte coletivo é um serviço essencial nas cidades, pois democratiza a mobilidade, constitui um modo de transporte imprescindível para reduzir congestionamentos, os níveis de poluição e o uso indiscriminado de energia automotiva, além de minimizar a necessidade de construção de vias e estacionamentos. A Constituição de 1988 definiu a competência municipal na organização e prestação do transporte coletivo (Gomide, 2006). Um sistema de transporte coletivo planejado aperfeiçoa o uso dos recursos públicos, possibilitando investimentos em setores de maior relevância social e uma ocupação mais racional e humana do solo urbano, pois exerce papel de fixador do homem no espaço urbano, podendo influenciar na localização das pessoas, serviços, edificações, rede de infraestruturas e atividades urbanas.

ARAÚJO, Marley Rosana M. et al. Transporte público coletivo: discutindo acessibilidade, mobilidade e qualidade de vida. Psicologia & Sociedade , v. 23, n. 3, 2011, p. 580.

Atividade 2. Comente com os estudantes que, em áreas urbanas, muitas vezes não nos damos conta de como o excesso de barulho ou de informações visuais afeta nossa saúde. Esses fatores contribuem para aumentar o nível de estresse e de ansiedade, entre outras consequências.

Explique aos estudantes que algumas medidas são tomadas pelo poder público para regular a poluição visual e sonora. O controle de propagandas em locais de circulação e a limitação de um horário para atingir um alto nível de decibéis têm sido adotados em algumas cidades para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Converse com os estudantes sobre a quantidade de lixo produzido e as alternativas de descarte. É importante que reflitam sobre como nada pode ser “jogado fora” no planeta Terra e, por isso, é melhor reduzir o consumo, reutilizar materiais e reciclá-los para uma relação mais sustentável com o meio ambiente. Pode-se ampliar a reflexão comentando sobre a importância do trabalho das pessoas que exercem atividades relacionadas ao recolhimento do lixo, desde o coletor ou varredor de rua, que são funcionários públicos, até os catadores que recolhem materiais recicláveis.

A atividade 2 mobiliza os estudantes para o desenvolvimento da habilidade EF02HI11 : Identificar impactos no ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive.

Atividade complementar: Consumo indireto de água

• Chame a atenção para o fato de que o consumo de água não se dá apenas no banho ou nas refeições, mas todos os produtos consumidos gastam água para sua produção.
• Peça aos estudantes que formem grupos e pesquisem sobre a quantidade de água gasta no consumo de alguns produtos comuns do dia a dia, como roupas, arroz, manteiga, ração animal, entre outros.
• Eles poderão reunir os dados recolhidos em uma tabela a ser exposta na escola.

Roteiro de aula

A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 36.

Objetivos pedagógicos da seção

• Utilizar a dinâmica do jogo de adivinhação para retomar alguns conteúdos estudados na unidade.
• Reconhecer os atributos específicos de determinadas profissões.

  Orientações

  O jogo do final da unidade visa relembrar informações sobre algumas das atividades profissionais estudadas. O trabalho deve ser feito em sala de aula de forma lúdica, propondo aos estudantes que descubram as profissões utilizando as dicas que citam atribuições características de cada uma.

  Após a atividade, explique a eles que a formação do profissional e os objetivos e procedimentos específicos de cada atividade são alguns dos elementos que diferenciam uma profissão de outra.

  Comente que ocorreram muitas mudanças em relação ao trabalho feminino ao longo do tempo. Muitas das profissões que no passado eram exclusivamente masculinas, por exemplo, nos dias atuais são também desempenhadas por mulheres.

  Amplie a atividade e solicite aos estudantes que elaborem as dicas correspondentes a cada uma das profissões estudadas na unidade.

  A proposta apresentada nesta seção possibilita a exploração do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Vida em comunidade e trabalho”, de uma maneira lúdica e envolvente.

  Lúdico em sala de aula

  A atividade resume, de forma divertida, muitos dos conteúdos sobre profissões trabalhados na unidade.

  A importância do lúdico em sala de aula

  A palavra “lúdico” vem do latim ludus , que significa jogo, divertimento, gracejo, escola. Este brincar também se relaciona à conduta daquele que joga, que brinca e se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo: seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo. [...]

  O lúdico pode trazer à aula um momento de felicidade, seja qual for a etapa de nossas vidas, acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre melhor os ensinamentos que lhe chegam, de forma mais significativa. [...]

  ROLOFF, Eliana Margareth. A importância do lúdico em sala de aula . Disponível em: http://fdnc.io/gtH. Acesso em: 6 maio 2021.

Organize a turma em grupos e distribua o nome de uma profissão para cada grupo. Os estudantes de cada grupo deverão elaborar as frases que descrevem a atividade profissional recebida.

Incentive os grupos a desafiar uns aos outros. Vence o grupo que descobrir, com menos pistas, qual é a profissão em questão.

Lembre-se de não incentivar sentimentos de competitividade entre os estudantes. Espera-se que esta seja uma atividade lúdica e colaborativa em que eles poderão reforçar o que aprenderam.

A seção possibilita o desenvolvimento das habilidades EF02HI02: Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades ; e EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância. A atividade proposta nesta seção contribui ainda para o desenvolvimento da Competência Geral 6 da BNCC: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes para que você possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens. Considere a produção dos estudantes, a participação deles em atividades individuais, em grupo e com a turma toda e suas intervenções em sala de aula, analisando os seguintes pontos: se eles compreendem o significado e a importância do trabalho na sociedade; se valorizam os diversos tipos de trabalho sem preconceito de qualquer natureza; se reconhecem a interdependência entre os diversos tipos de atividade e a interação nas relações de trabalho; se identificam profissões do passado e do presente, avaliando suas semelhanças e diferenças; e se identificam e analisam os impactos ambientais causados pelas atividades humanas.

A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem de cada estudante e da turma e identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades.

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a avaliação processual desta seção podem ser trabalhadas na semana 37.

Orientações

Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte a eles de quais conteúdos estudados se recordam. Procure retomar com a turma esses pontos, comentando outros que ficaram esquecidos. Pergunte quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns deles ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.

Atividade 1. Sugira aos estudantes que façam a atividade e leiam as respostas em voz alta, comparando-as com o que os outros colegas responderam. Cada tipo de trabalho envolve uma grande variedade de profissionais, e é provável que as respostas sejam bem diferentes umas das outras.

A atividade 1 favorece o desenvolvimento das habilidades EF02HI02: Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades ; e EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância.

Habilidades da BNCC em foco nesta seção:

EF02HI02; EF02HI10 e EF02HI11.

Atividade 2. O poema de Pedro Bandeira tematiza as expectativas das crianças em relação às profissões que terão no futuro. Leia o poema com os estudantes e peça que preencham as informações da tabela. Pergunte se suas perspectivas mudaram após o trabalho desenvolvido ao longo da unidade.

A atividade 2 contribui para o desenvolvimento das habilidades EF02HI02 : Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades ; e EF02HI10: Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância. A atividade favorece ainda o desenvolvimento da Competência Geral 6 da BNCC: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Educação em valores e temas contemporâneos

Para podermos pensar de modo flexível, assumindo o controle diante das mais variadas situações, é preciso saber entender o ponto de vista dos outros. No mundo do trabalho, não há atividade melhor ou pior, pois todos dependemos uns dos outros. É importante saber valorizar as diferenças e a pluralidade cultural para fazer escolhas conscientes, éticas e responsáveis, respeitando seu projeto de vida e exercendo a cooperação e a cidadania.

Atividade complementar: História em quadrinhos

• O trabalho é uma dimensão importante da vida humana e todas as suas formas devem ser valorizadas. Entretanto, não podemos compactuar com situações de exploração do trabalho.
• Converse com os estudantes sobre o trabalho infantil. Pergunte como eles imaginam que seja a vida de uma pessoa que precisa trabalhar desde criança.
• Forme duplas e oriente os estudantes a escrever e desenhar uma história em quadrinhos sobre o tema.

Atividade 3. Espera-se que os estudantes identifiquem as etapas de um trabalho agrícola, em que é necessário retirar as árvores para dar lugar à plantação. Eles poderão avaliar todos os impactos causados por essas atividades econômicas. A atividade envolve leitura de imagem e uma reflexão sobre os impactos ambientais causados por diferentes práticas. Os estudantes deverão, dessa forma, relacionar as ilustrações com ideias, informações e conteúdos estudados ao longo do capítulo 4. Se achar interessante, promova uma conversa com a turma sobre as imagens antes de os estudantes iniciarem o registro escrito das atividades. Pergunte se eles identificam o tipo de trabalho que está sendo realizado em cada cena.

A atividade 3 permite o desenvolvimento da habilidade EF02HI11: Identificar impactos no ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive.

Desmatamento: ainda acontece depois de tantos anos

A perda da cobertura florestal continua sendo tão preocupante quanto sempre foi. Embora as estimativas sobre o desmatamento da Amazônia variem conforme a fonte, existe um consenso geral de que 10% a 12% da floresta em todos os países da região amazônica já tenham desaparecido.

No Brasil, o desmatamento é medido anualmente pelo governo. A estimativa oficial é que aproximadamente 18% da Amazônia brasileira já tenham sido desmatados.

Os índices de desmatamento variam de um país amazônico para outro. Isso acontece principalmente porque variam também os fatores que ocasionam esse processo na região.

No Brasil, por exemplo, é comum que o corte raso da floresta seja feito para dar lugar às pastagens para o gado em fazendas de grande e médio porte. Já em outros países, normalmente a ocupação da floresta se dá por pequenos agricultores.

[...]

Mas nem todo desmatamento é ilegal. Certa quantidade de desmatamento em propriedades privadas pode ser legal.

De acordo com o Código Florestal do Brasil, cada proprietário de terra pode fazer corte raso de 20% da floresta amazônica em sua propriedade, mediante autorização dos órgãos ambientais.

Atividade 4. Reforce a necessidade da tomada de consciência sobre o consumo responsável de recursos da natureza e sobre o descarte dos detritos da produção industrial. Os estudantes de vem identificar as cenas que contribuem com a preservação ambiental, como a reutilização de materiais recicláveis, o uso de transporte não poluente, como a bicicleta, e a reutilização de água.

A atividade 4 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF02HI11: Identificar impactos no ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive.