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Unidade 3. A vida no campo e as migrações

Imagem: Ilustração. Dois homens de chapéu de aba longa branca, vestindo casaco verde e calça marrom. Ambos possuem sacos de tecido, andando em uma plantação de laranjeiras. Na frente há destaque de homem liberando laranjas em dois cestos. Fotografia. Colheitadeira em plantação com cano liberando coletas na caçamba de um trator. Fim da imagem.

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Boxe complementar:

Vamos conversar

1. Observe as duas ilustrações desta abertura. Que produtos estão sendo colhidos em cada uma?

2. Qual ilustração mostra uma colheita manual? E qual mostra uma colheita mecanizada? Como você descobriu isso?

3. É possível considerar que o trabalho tradicional e o trabalho mecanizado, com tecnologia e máquinas, convivem no campo atualmente? Explique.

Fim do complemento

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Capítulo 1. As grandes plantações: a cana-de-açúcar

Há cerca de 500 anos, os colonizadores portugueses decidiram montar no Brasil engenhos para produzir açúcar, produto muito valorizado na Europa nesse período. Algumas regiões que hoje fazem parte do Nordeste brasileiro apresentavam clima e solo favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar e o negócio prosperou.

O trabalho nas plantações de cana-de-açúcar e nos engenhos era realizado por africanos escravizados, que eram enviados pelos portugueses ao continente americano por meio do tráfico. A venda do açúcar na Europa e o comércio de pessoas escravizadas davam muito lucro a Portugal e aos comerciantes.

Imagem: Ilustração. Homens trabalhando em moagem de cana ocupando parte central de um barracão. Eles carregando fardos de cana e gado puxando moinho em sentido anti-horário. Fim da imagem.

LEGENDA: Moagem da cana na Fazenda Cachoeira, em Campinas, de Benedito Calixto. Cerca de 1880. Óleo sobre tela, 105 cm × 136 cm. FIM DA LEGENDA.

  1. Por que o governo português resolveu cultivar cana-de-açúcar no Brasil?

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Observe a ilustração que representa a organização de um engenho de açúcar no Brasil durante o período colonial.

Capela

Pequena igreja onde ocorriam cerimônias religiosas.

Casa-grande

Construção com salas, quartos, cozinha e despensa onde morava a família proprietária do engenho. O dono da fazenda, chamado senhor de engenho, era a autoridade máxima local. Todos deviam obediência a ele.

Moenda

Equipamento usado para moer a cana e obter um caldo, que depois era cozido até engrossar.

Senzala

Construção simples que abrigava os africanos escravizados.

Jirau

Armação na qual as fôrmas de açúcar secavam.

Imagem: Ilustração. Vista de casarão de dois andares com varanda superior. Ela indica “Casa-grande: Construção com salas, quartos, cozinha e despensa onde morava a família proprietária do engenho. O dono da fazenda, chamado senhor de engenho, era a autoridade máxima local. Todos deviam obediência a ele”, ao lado, uma capela branca estreia indicando “Capela: Pequena igreja onde ocorriam cerimônias religiosas”. Na parte inferior do morro há homens e mulheres negros trabalhando com cana. Na lateral há galpão com sistema de moer cana, indicando “Moenda: Equipamento usado para moer a cana e obter um caldo, que depois era cozido até engrossa”, abaixo, casa pequena de tijolo com poucas janelas indicando “Senzala: Construção simples que abrigava os africanos escravizados”. No centro, uma plataforma elevada indicando “Jirau: Armação na qual as fôrmas de açúcar secavam”. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando um engenho colonial de açúcar há cerca de 300 anos. FIM DA LEGENDA.

Fonte: Nelson Aguilar (org.). Mostra do redescobrimento: o olhar distante. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos. Artes Visuais, 2000. p. 98.

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O trabalho na lavoura

Para produzir açúcar, era necessária uma grande quantidade de trabalhadores. Os africanos escravizados realizavam as mais diversas atividades, como derrubar a mata, preparar o solo, plantar e colher a cana, cortar lenha, construir cercas e poços.

Os africanos escravizados moravam nas senzalas, sem condições de higiene nem conforto. Eram submetidos a várias formas de violência, como castigos físicos e até à morte.

Resistência à escravidão

Os africanos escravizados lutaram e resistiram contra o cativeiro queimando lavouras, organizando revoltas e fugas. Muitas vezes aqueles que fugiam formavam povoados organizados, conhecidos como quilombos. Nesses locais, além dos escravizados fugidos, viviam alguns indígenas e pessoas livres pobres.

O mais conhecido, e um dos maiores, foi o Quilombo dos Palmares, criado há mais de 350 anos, na Serra da Barriga, no atual estado de Alagoas.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Quais tipos de atividade eram realizados pelos africanos escravizados nos engenhos?

    _____

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Quais eram as condições de vida dos escravizados?

    _____

Imagem: Ilustração. Homens com redes de pesca na margem de rio. Atrás há casas de madeira e palha e grande base de observação no alto apoiada por quatro vigas e escada. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando um quilombo há cerca de 300 anos. FIM DA LEGENDA.

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Imagem: Fotografia. Pequenas ocas de barro e palha com telhado alto cônico. Fim da imagem.

LEGENDA: Réplicas de construções que utilizam técnicas de origem indígena, importantes para a criação dos quilombos. Parque Memorial Quilombo dos Palmares, no município de União dos Palmares, estado de Alagoas, 2015. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Cite algumas formas de resistência contra a escravidão praticadas por africanos escravizados.

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Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Observe a imagem desta página e responda.
    • Trata-se de uma construção de mais de 300 anos ou atual? Justifique sua resposta.

      _____

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Para ler e escrever melhor

O texto a seguir explica o que são, onde estão localizadas e quais os objetivos das comunidades quilombolas hoje. Se possível, sob orientação do professor, leia o texto em voz alta.

Comunidades quilombolas

No Brasil atual há quase 4 mil comunidades quilombolas. Essas comunidades também são conhecidas como comunidades negras rurais, quilombos contemporâneos ou comunidades remanescentes de quilombos.

As terras das comunidades quilombolas estão localizadas tanto em áreas rurais como em áreas urbanas.

Foi somente em 1988 que a Constituição brasileira (conjunto de leis do país em que vivemos) reconheceu a existência e os direitos das comunidades quilombolas, assegurando a elas o direito à propriedade de suas terras.

Hoje, entre os principais objetivos das comunidades quilombolas no Brasil estão a valorização da cultura afro-brasileira, a manutenção dos costumes, da língua e da religiosidade dos antepassados africanos e a regularização de suas terras.

Imagem: Fotografia. Homens e mulheres com roupas coloridas lado a lado observando a fotografia. Fim da imagem.

LEGENDA: Quilombolas reunidos para dançar e tocar jongo. Quilombo Boa Esperança, município de Presidente Kennedy, estado do Espírito Santo, 2019. FIM DA LEGENDA.

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  1. Que outros nomes são dados às comunidades quilombolas no Brasil?

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  1. Onde se localizam as terras das atuais comunidades quilombolas?

    _____

  1. Leia o artigo 68 da Constituição Federal de 1988.

    Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os respectivos títulos.

    Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil . São Paulo: Fisco e Contribuinte, 1988. p. 135.

    1. O que o Estado (Governo Federal) deve fazer para garantir que as comunidades quilombolas continuem ocupando suas terras?

      _____

  1. Por que a Constituição garantiu às comunidades quilombolas a posse das terras que ocupavam?

    _____

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Capítulo 2. Pecuária e ocupação do interior

No Brasil, a ocupação do território pelos colonizadores começou no litoral, com a extração do pau-brasil e com a produção de açúcar. Lentamente, o interior também foi sendo povoado, principalmente com a expansão da pecuária.

O gado bovino era utilizado para transportar a cana até o engenho e para mover a moenda, equipamento que moía a cana.

Os bois eram criados próximo aos engenhos. Contudo, frequentemente entravam nos canaviais para se alimentar, destruindo as plantações de cana. Por isso, em 1701, o governo português criou uma lei que proibia a criação de gado perto do litoral.

Os criadores de gado levaram os animais para lugares mais distantes dos engenhos, perto de rios, em direção ao interior. Com o tempo, foram abertos campos de pastagem para os rebanhos se alimentarem, formando fazendas de gado.

Imagem: Ilustração. Homem de chapéu laranja, vestindo casaco e calça laranja, andando em um cavalo preto. Está tocando o gado sobre campo na margem de um rio. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual retratando vaqueiro acompanhando o gado nos anos 1700. FIM DA LEGENDA.

Fonte: Nelson Aguilar (org.). Mostra do redescobrimento: o olhar distante. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos. Artes Visuais, 2000. p. 98.

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  1. Observe a imagem. O local representado é adequado para a criação de gado?
Imagem: Ilustração. Rio largo com margens distantes. Destaque para uma capivara próximo a água.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rio São Francisco, de Frans Post. 1639. Óleo sobre tela, 60 cm × 88 cm. FIM DA LEGENDA.

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  1. Como as áreas que hoje correspondem ao interior da região Nordeste foram ocupadas pelos colonizadores?

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  1. Em quais situações o gado bovino era utilizado?

    _____

  1. Qual medida foi adotada pelo governo português em 1701? Houve alguma consequência após essa medida?

    _____

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Ocupação da terra e colonização

No início da colonização, alguns aristocratas portugueses receberam lotes de terras no Brasil, as capitanias hereditárias. Chamados de donatários, eles podiam distribuir o direito de uso da terra a algumas pessoas. As terras doadas eram chamadas de sesmarias e quem as recebia era chamado de sesmeiro.

Com o tempo, muitos vaqueiros, mestiços de portugueses com indígenas, construíram fazendas de gado, que foram se expandindo pelo interior. Houve muitas disputas e conflitos entre esses colonos e os grupos de indígenas que lá viviam.

Resistência indígena

Grande parte das terras localizadas perto do rio Parnaíba (no atual estado do Piauí) e do rio São Francisco (no atual estado da Bahia) era ocupada por grupos de indígenas Cariri. Esses grupos de indígenas se reuniram, formando a Confederação dos Cariri, e lutaram contra os colonos que queriam tomar suas terras para instalar fazendas.

A luta desses indígenas começou em 1686 e durou até 1713, quando tropas paulistas derrotaram a Confederação dos Cariri.

Imagem: Ilustração. Homens e mulheres pelados com cocares de penas e armas de madeira. Estão dançando em um campo de terra. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de Dança tapuia, de Albert Eckhout. Cerca de 1700. Óleo sobre madeira,
168 cm × 294 cm. FIM DA LEGENDA.

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  1. Quem vivia nas terras que os vaqueiros começaram a ocupar? Por que houve conflitos nessas terras?

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  1. O que foi a Confederação dos Cariri?

    _____

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe as imagens abaixo. Que grupo está representado? O que mudou e o que permaneceu igual, apesar da diferença de quase 200 anos entre uma imagem e outra?
Imagem: Ilustração. Homem de chapéu arredondado marrom, vestindo camisa, casaco e calça marrom. Está segurando uma lança longa de madeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Sertanejo ou vaqueiro do sertão de Pernambuco, de Charles Landseer. 1827. Aquarela e lápis, 38,5 cm × 21,1 cm. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Homem de chapéu com aba dobrada arredondada, vestindo casaco marrom, colete e calça marrom. Está montado em um cavalo marrom. Atrás há cerca de madeira e uma palmeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Vaqueiro do município de Antas, estado da Bahia, 2015. FIM DA LEGENDA.

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O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Pluralidade cultural. Fim da imagem.

A preservação da cultura indígena

Quando os portugueses chegaram ao território que atualmente forma o Brasil, havia cerca de 5 milhões de indígenas. Ao longo do tempo, durante o contato entre esses povos, grande parte da população indígena foi morta ou escravizada.

Atualmente, as populações indígenas lutam para preservar sua cultura. Escolas indígenas foram organizadas para restaurar e fortalecer a identidade dos diversos povos indígenas e preservar suas próprias formas de ver o mundo.

Na escola indígena, os estudantes aprendem a língua e as tradições do seu povo, além de estudar a língua portuguesa e conteúdos de componentes curriculares, como Matemática, História e Ciências. O objetivo é que essas pessoas estejam preparadas para entender os não indígenas e defender os seus direitos, sem perder as suas raízes ancestrais

Imagem: Ilustração. Homens e mulheres indígenas, todos de tanga de palha com pintura sobre o corpo, sentados em cadeiras brancas observam um homem indígena de tanga de palha e pintura sobre os olhos e colar colorido, ele está usando um microfone. À sua esquerda, homem calvo de cabelo lateral e óculos de armação arredondada, vestindo camiseta verde e calça marrom, e homem indígena de cabelo curto castanho, vestindo camiseta vermelha e calça preta. Fim da imagem.

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  1. O que aconteceu com os povos indígenas após a chegada dos portugueses?

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  1. Por que a escola indígena é importante para esses povos?

    _____

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Leia o texto abaixo e marque com um X a alternativa correta.

    A escola indígena

    A escola indígena, além de abordar muitos conteúdos que os não índios aprendem, ensinar a fazer conta, a ler e a escrever na língua indígena, também passou a incluir os conhecimentos locais na sala de aula. Os alunos aprendem, por exemplo, como usar os recursos naturais e cuidar do ambiente e do território onde vivem, aprendem sobre a história de seus antepassados, seus mitos etc. [...]

Imagem: Fotografia. Sala de aula com crianças indígenas sentadas em carteiras pequenas. À frente da lousa há um homem indígena com pinturas sobre o corpo e bermuda verde, está escrevendo sobre a lousa. Fim da imagem.

LEGENDA: Indígenas do grupo Kayapó em sala de aula na Aldeia Moikarako. Município de São Félix do Xingu, estado do Pará, 2016. FIM DA LEGENDA.

( ) A escola indígena tem como objetivo a catequização.

( ) Os professores indígenas ensinam apenas sobre sua cultura.

( ) Os estudantes aprendem tanto sobre a sua cultura como sobre a dos não indígenas.

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Capítulo 3. A cafeicultura e a formação da população

No Brasil, o café começou a ser produzido a partir de 1830, nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. As principais áreas de cultivo localizavam-se na região do Vale do Rio Paraíba do Sul.

Com o tempo, o cultivo do café se expandiu para Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul. O aumento da produção incentivou a construção de ferrovias para o transporte do café, geralmente exportado para países da Europa e para os Estados Unidos.

Imagem: Mapa. Vale do Rio Paraíba do Sul. Mapa apresenta região do vale do Rio Paraíba do Sul passando predominantemente por norte de São Paulo e, central oeste de Rio de Janeiro, passa pela região leste de Minas Gerais. Ferrovia se liga pelas cidades: Santos, São Paulo, Jacareí, São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá, Cruzeiro, Queluz, Resende, Barra Mansa, Volta Redonda, Valença, Três Rios, Juiz de Fora e Campos dos Goytacazes. No canto superior esquerdo há um mapa destacando a região informada. No canto inferior direito há uma rosa dos ventos indicando norte, nordeste, leste, sudeste, sul, sudoeste, oeste e nordeste. Abaixo, escala de 0 a 40 km. Fim da imagem.

Fonte: ARRUDA, José Jobson de Andrade. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 1995. p. 43.

Em 1850, o tráfico de escravizados trazidos da África foi proibido e os donos de fazendas de café começaram a comprar escravizados no Nordeste, onde a produção de açúcar diminuía.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens e mulheres segurando cestos e peneiras em plantação de café. Fim da imagem.

LEGENDA: Colhedores de café. Marc Ferrez. Estado do Rio de Janeiro, 1882. FIM DA LEGENDA.

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Com o tempo, os fazendeiros e o governo começaram a incentivar a vinda de imigrantes europeus e asiáticos para o Brasil, para trabalharem nas plantações de café. Esses imigrantes começaram a chegar em grande número por volta de 1880.

Boxe complementar:

Você sabia?

Os imigrantes que chegaram ao Brasil há cerca de 150 anos eram de diversas nacionalidades: italianos, portugueses, espanhóis, alemães, poloneses, libaneses, japoneses, entre outros. Uma parte deles se fixou em núcleos coloniais, em especial nas regiões Sul e Sudeste, e em pequenas propriedades. Eles formaram comunidades que, mais tarde, deram origem a cidades.

Imagem: Fotografia. Rua formada por paralelepípedos com lojas laterais com pequenas varandas de madeira. As casas possuem fundações de madeira e tijolos a vista. Fim da imagem.

LEGENDA: Município de Blumenau, estado de Santa Catarina, 2019. A cidade foi fundada por imigrantes alemães. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento

  1. Numere os acontecimentos na ordem correta.

( ) Fazendeiros compravam trabalhadores escravizados no Nordeste para trabalhar na produção de café.

( ) Imigrantes europeus e asiáticos vieram ao Brasil para trabalhar nas plantações de café.

( ) O café começou a ser cultivado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

( ) A lavoura cafeeira se expandiu para Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

  1. Por que os fazendeiros passaram a comprar trabalhadores escravizados no Nordeste e incentivaram a vinda de imigrantes?

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Condições de vida e trabalho: os imigrantes

A partir de meados de 1880, um grande número de imigrantes foi enviado para trabalhar nas fazendas de café do estado de São Paulo. Os fazendeiros, acostumados ao regime escravista, ofereciam condições de trabalho muito hostis aos recém-chegados. Os salários eram baixos, os pagamentos atrasavam, as moradias eram precárias e, geralmente, não havia escolas nem assistência médica para os imigrantes.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens e mulheres em campo aberto com casa pequena e vegetação ao redor. Fim da imagem.

LEGENDA: Colônia de imigrantes europeus. Município de Santa Leopoldina, estado do Espírito Santo, 1877. FIM DA LEGENDA.

Condições de vida e trabalho: livres e libertos

Em 1888 o regime escravista chegou ao fim, com a abolição da escravidão. Entretanto, os ex-escravizados passaram por dificuldades, somando-se à população pobre em busca de ofertas de emprego.

Nas lavouras de café do estado de São Paulo, onde o trabalho, antes, era realizado por escravizados, os fazendeiros deram preferência aos trabalhadores imigrantes. Os ex-escravizados muitas vezes eram contratados para trabalhos temporários nas lavouras, por um curto período de tempo.

Sem acesso a moradia, trabalho e educação, muitos ex-escravizados migraram do campo para as cidades em busca de melhores oportunidades.

Imagem: Fotografia. Casa baixa de madeira e ferro com telhado irregular. À frente, homem e mulher idosos sentados em banquinhos de pedra. Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalhadores livres. Município de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, 1910. FIM DA LEGENDA.

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  1. Leia o texto a seguir e responda às questões.

Imigração e conflito

O tratamento que os imigrantes recebiam nas fazendas provocava atritos não apenas com os próprios trabalhadores, mas com os governos dos seus países de origem, os quais chegaram a proibir a vinda dos seus cidadãos a São Paulo com passagem paga, levando as autoridades brasileiras, em várias ocasiões, a procurar novas fontes de mão de obra.

Michael Hall. Imigrantes na cidade de São Paulo. In : Paula Porta (org.). História da cidade de São Paulo : a cidade na primeira metade do século XX – 1890-1954. São Paulo: Paz e Terra, 2004. p. 122

  1. Como era a vida dos imigrantes nas fazendas de café?

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  1. De acordo com o texto, qual foi a consequência dessas condições?

    _____

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. O trabalho temporário no campo (concentrado no período de colheita, por exemplo) é, ainda hoje, bastante comum na produção agrícola no Brasil. Essa prática representa uma continuidade ou uma mudança em relação à vida no campo no passado?

    _____

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Como as pessoas faziam para...

Adoçar os alimentos

No Brasil, a maioria das pessoas usa o açúcar feito da cana-de-açúcar para adoçar os alimentos. Mas será que sempre foi assim? O que as pessoas usavam há cerca de 500 anos? Ao longo do tempo, houve mudanças no modo de adoçar os alimentos. É essa história que você vai conhecer agora.

Imagem: Fotografia complementas das páginas 92 e 93. Fileira de produtos diversos doces com da esquerda para direita: mel escorrendo pela madeira. Mel. Os povos indígenas não utilizavam o açúcar feito da cana-de-açúcar. Eles consumiam mel de abelhas para adoçar o paladar. Os africanos trazidos ao Brasil também costumavam coletar mel.  Punhado de torrões de rapadura. RAPADURA. Durante o período colonial, no Brasil, os pobres e os negros escravizados usavam o mel e o melaço. Quando a situação de alguns deles melhorou, começaram a utilizar a rapadura. Punhado de farinha de açúcar mascavo. AÇÚCAR MASCAVO. Adoçar os alimentos com açúcar não era um hábito muito comum até cerca de 200 anos atrás. Na Europa, durante um bom tempo, o açúcar foi um produto muito caro e raro, apenas os ricos podiam consumi-lo. Como era um produto de luxo, os portugueses começaram a produzir, no Brasil, o valioso açúcar, para vende-lo na Europa. Rodelas de beterraba-branca. BETERRABA-BRANCA. Há quase 200 anos, outro tipo de açúcar, feito da beterraba, era produzido na Europa. Não era a beterraba vermelha, como a conhecemos, mas a branca, maior e mais doce. Pedaços de cana. AÇÚCAR REFINADO. Começou a se tornar mais popular há pouco mais de 100 anos. O açúcar refinado era bem mais caro do que o mascavo. A quantidade de açúcar refinado que cada um consome tem aumentado, especialmente porque muitos produtos industrializados tem grande quantidade de açúcar.      Fim da imagem.

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Os diferentes tipos de açúcar

Você já deve ter visto no supermercado que existem vários tipos de açúcar. Os mais comuns são: o mascavo, o cristal e o refinado. Quais são as diferenças entre eles?

Imagem: Fotografia: punhado de farinha de açúcar mascavo Fim da imagem.

Mascavo. É o açúcar obtido após o cozimento do caldo da cana, sem passar por processos químicos. Por isso, é o tipo mais rico em nutrientes.

Imagem: Fotografia: punhado de farinha de açúcar cristal Fim da imagem.

Cristal. Recebe tratamento químico que o deixa bem mais claro que o mascavo e em formato de cristais. Cerca de 90% de seus nutrientes são perdidos nesse processo.

Imagem: Fotografia: punhado de farinha de açúcar refinado Fim da imagem.

Refinado. O açúcar torna-se branco e fino após passar pelo refinamento, quando é peneirado e recebe tratamento químico. É o tipo mais saboroso e consumido, mas contém pouquíssimo. nutrientes.

ATIVIDADES

  1. O Brasil era um grande produtor de açúcar há cerca de 400 anos. Por que as pessoas que o produziam, pobres e negros escravizados, não o consumiam? O que eles utilizavam para adoçar os alimentos?
  1. Por que é tão mais fácil comprar um quilo de açúcar atualmente do que há 400 anos? Considere as informações a seguir para responder.
    • O preço de um produto aumenta quando há muita procura e/ou pouca oferta.
    • O preço de um produto diminui quando há pouca procura e/ou muita oferta.

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Capítulo 4. Do campo para a cidade: as fábricas e os operários

Entre 1887 e 1930, 3,8 milhões de estrangeiros chegaram ao Brasil.

Com o passar do tempo, as condições precárias de trabalho no campo, as crises na produção do café e a diminuição na produção, o crescimento urbano e a criação de indústrias no Brasil estimularam o deslocamento dos imigrantes para as cidades.

Entre os imigrantes que buscavam trabalho nas cidades, havia aqueles que exerciam profissões como sapateiros, pedreiros e marceneiros. Muitos, porém, se tornaram operários nas fábricas recém-criadas.

Na cidade de São Paulo, por volta de 1890, o número de estrangeiros era maior que o número de nativos e, na indústria, a maior parte dos operários era de origem europeia.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens e mulheres trabalhando em plantação de árvores baixas de café. Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita de café em fazenda. Estado de São Paulo, 1910. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Mulheres trabalhando em linha de produção de um galpão com mesas e caixas de papelão. Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes italianos trabalhando em fábrica de caixas de papelão e tipografia. Município de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, 1925. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• Meu avô alemão, de Martin Wille. São Paulo: Panda Books, 2012.

Nessa obra, o garoto Max vai passar alguns dias com seus avós, que moram na região Sul do Brasil. Conversando com eles, o garoto faz várias descobertas sobre seus antepassados, pois seu avô nasceu na Alemanha e migrou para o Brasil quando jovem.

Fim do complemento

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  1. Quais foram os principais motivos que estimularam a mudança dos imigrantes do campo para as cidades?

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Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Atualmente, quais são os maiores fluxos de imigração no Brasil e no mundo? Em grupo, faça uma pesquisa e identifique os locais de partida, os destinos e as principais causas da imigração hoje. Registre o resultado da pesquisa em seu caderno.

Boxe complementar:

Você sabia?

Criada em 1897, a Hospedaria de Imigrantes era um dos principais locais que recebiam os imigrantes que chegavam à cidade de São Paulo. Lá ficavam alojados até que fossem enviados ao trabalho nas lavouras ou nas indústrias. Localizada próximo à linha de trem, a hospedaria foi um dos maiores centros de alojamento de imigrantes do Brasil.

A hospedaria guardou os registros de entrada das pessoas que chegaram ao país, arquivos que hoje são importantes documentos históricos. Atualmente, o local abriga o Museu da Imigração, que dispõe, também, de um importante acervo digital sobre os fluxos de migração.

Imagem: Fotografia. Vita de prédio retangular de dois andares. No andar inferior há colunas formando arcos na varanda. Na parte superior, janelas retangulares. À frente do prédio há um jardim central com fonte e estátuas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da antiga Hospedaria de Imigrantes, atual Museu da Imigração. Município de São Paulo, estado de São Paulo, 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Passaporte antigo destacando o título “Vittorio Emanuele III” e carimbo de Santos. Fim da imagem.

LEGENDA: Passaporte do italiano Alfonso Grilli, que imigrou para o Brasil em 1909. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento

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Migrações internas

Apesar do aumento do número de fábricas, há cerca de 100 anos a maior parte da população brasileira trabalhava na agricultura, que era, então, a principal atividade econômica do país. Em 1920, quase 70% dos brasileiros trabalhavam no campo. Ao longo do tempo, porém, esse cenário se transformou.

Muitas das novas oportunidades de trabalho e dos modos de vida que surgiam estavam ligados à industrialização e à urbanização. As ofertas de emprego nas cidades e as progressivas secas em áreas rurais levaram pequenos agricultores e trabalhadores do campo a migrar das mais diversas partes do Brasil para as cidades, em especial as da região Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Desse modo, o número de imigrantes estrangeiros diminuía, mas as migrações internas, de brasileiros mudando de cidade, cresciam.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens segurando malas e mulheres com crianças em uma estação de trem. Fim da imagem.

LEGENDA: Migrantes nordestinos chegando ao município de São Paulo, estado de São Paulo, 1958. FIM DA LEGENDA.

O trabalho nas cidades

Além do trabalho na indústria, o comércio e a prestação de serviços também cresceram nas cidades, representando possibilidades de trabalho aos que chegavam. Muitos migrantes encontravam emprego em lojas e em serviços urbanos, trabalhando como vendedores, construtores, eletricistas, mecânicos, cozinheiros, motoristas, costureiras, lavadeiras, entregadores, artesãos e em outras funções.

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  1. Leia o texto a seguir e responda à questão.

A viagem de Artur

Vilarejo de Caem, município de Jacobina, interior da Bahia, dezembro de 1947. Ansioso, Artur [...] despede-se da família e deixa para trás a casa e o sítio onde vivera seus primeiros 17 anos de vida. O rapaz, cheio de esperanças de uma vida melhor e com “aquele sonho de estudar na cabeça”, contaminara-se com a “febre da época”: São Paulo. [...]

Artur seguia os passos de um irmão mais velho, que se mudara alguns meses antes e já estava trabalhando como operário [...] juntou seus parcos pertences e partiu para uma longa jornada.

[...] No início de janeiro de 1948, Artur desembarcava na famosa estação Norte do bairro paulistano do Brás. De lá, mais um trem e finalmente chegava ao seu destino, São Miguel Paulista [...]. Era ali que Artur trabalharia por mais de 40 anos [...].

Paulo Fontes. Um Nordeste em São Paulo : trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista (1945-1966). Rio de Janeiro: FGV, 2008. p. 41-42.

Imagem: Ilustração. Mulher de cabelo longo castanho, vestindo camiseta branca e saia roxa. Ao lado, homem de chapéu bege, vestindo camiseta verde e calça verde escura. Homem de chapéu bege, vestindo camiseta laranja e calça marrom. Os três carregam malas e sacos. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Você conhece alguma pessoa que mudou de cidade, estado ou país? Procure uma pessoa conhecida ou que more com você para entrevistar. Para isso, siga o roteiro.
    • Qual é seu nome?
    • Qual é seu local de origem?
    • Quais foram os motivos da mudança?

      Registre as respostas no caderno e escreva um pequeno texto contando a história dessa pessoa. Depois, leia-o para a turma.

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Tecnologia e indústria no campo: agroindústria

Nos últimos 100 anos, a crescente industrialização no campo também foi responsável pela intensificação das migrações para as cidades.

Muitas atividades que empregavam o trabalho humano, ligadas ao cultivo da terra e ao processamento dos produtos agrícolas, como a secagem e a separação de grãos, passaram a ser realizadas por máquinas em procedimentos industriais cada vez mais sofisticados. Por esse motivo, as possibilidades de trabalho no campo reduziram e muitas pessoas tiveram de migrar para outros locais em busca de novas formas de sustento.

Imagem: Fotografia. Colheitadeira passando por um campo de plantação seca. Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita de soja. Município de Cornélio Procópio, estado do Paraná, 2020. FIM DA LEGENDA

Agroindústria e meio ambiente

Além das transformações sociais, a prática de atividades agrícolas em escala industrial requer um cuidado especial com o meio ambiente. O desmatamento de áreas florestais para a criação de campos de cultivo em regiões como a Amazônia Legal ameaça o equilíbrio ambiental.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de floresta com áreas de desmatamento demarcada retangular. Fim da imagem.

LEGENDA: Área desmatada para agricultura na Floresta Amazônica. Estado do Amazonas, 2020. FIM DA LEGENDA.

Desmatamento, queimadas e uso de produtos químicos, como os agrotóxicos utilizados para eliminar pragas das lavouras, são procedimentos comumente empregados na agroindústria e representam riscos à diversidade das espécies de animais e vegetais, à riqueza do solo e à qualidade das águas dos rios.

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  1. Analise as afirmações a seguir e assinale um X em verdadeiro ou falso.
  1. Com a aceleração do processo de industrialização, os fluxos de migração acabaram.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

  1. A industrialização modificou as relações de trabalho e as oportunidades de emprego no campo.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

  1. Observe a tabela a seguir e responda às questões.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Taxa consolidada de desmatamento na Amazônia Legal (2012-2020)

Ano

Taxa de desmatamento (km²)

2012

4.571

2013

5.891

2014

5.012

2015

6.207

2016

7.893

2017

6.947

2018

7.536

2019

10.129

2020

11.088

Fonte: PRODES. Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 2017. Disponível em: http://fdnc.io/9a9. Acesso em: 28 jan. 2021.

  1. De acordo com a tabela, o desmatamento na Amazônia Legal diminuiu ou aumentou entre os anos de 2012 e 2020?

    _____

  1. Na sua opinião, que medidas podem ser tomadas para a preservação da floresta nessa região?

    _____

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Atividade divertida

Descubra e circule nos quadros da página as imagens que não se referem à festa, e sim à produção do caqui.

Imagem: Ilustração. Campo com pessoas em atividades diversas. À frente há um palco com dois homens, um segura um violão e outro segura um microfone. Acima, faixa diz “festa da colheita do caqui de Itatiba”. À frente do palco há pessoas dançando, homens pessoas sentadas em mesas e crianças correndo. Ao lado, homem carrega um carrinho de mão com caixas de frutas. À direita há bancas com frutas e balcões com vitrines de potes e doces.  Há pessoas transitando. Acima, destaque de imagens de pessoas diversas: 1. Homem de touca laranja, sorrindo, vestindo camiseta verde; 2. Homem de boné laranja e barba curta preta, vestindo camiseta laranja e calça preta, recolhendo frutos de uma árvore; 3. Menina de cabelo longo preto, vestindo camiseta rosa, em frente uma vitrine; 4. Menina de cabelo curto loiro, segurando uma casquinha de sorvete laranja; 5. Homem de cabelo curto loiro, vestindo camiseta laranja, em frente a uma vitrine; 6. Homens de boné laranja e camiseta laranja, segurando caixas de papelão; 7. Homem de boné verde, vestindo camiseta branca e macacão verde, puxando carrinho de mão; 8. Destaque de homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta vermelha e calça azul, está segurando um microfone em um palco; 9. Destaque de frutas laranjas em um galho; 10. Homem de boné laranja e camiseta azul, sentado em uma cadeira; 11. Mulher idosa de cabelo curto grisalho, vestindo camiseta rosa; 12. Árvores com frutas laranjas sobre as copas; 13. Menino de cabelo curto castanho, vestindo camiseta branca, está segurando uma fruta mordida; 14. Menino de cabelo longo castanho, vestindo camiseta branca, correndo em um gramado; 15. Mulheres de touca branca, vestindo camiseta branca e macacão azul, estão em bancadas com frutas laranjas; 16. Mulher de cabelo longo preto, vestindo camiseta rosa, está em frente a uma vitrine. Fim da imagem.

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Página sem conteúdo.

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O que você aprendeu

  1. Leia as charadas e escreva as respostas abaixo das figuras.
    1. Lugar onde era produzido o açúcar e onde viviam a família do senhor de engenho e os africanos escravizados.
Imagem: Ilustração. Vista engenho formado por barracão com lateral aberta e moedor em formato de engrenagem circular. Há homens trabalhando no terreno. Acima do morro há casarões e capela. Ao redor há vegetação e um lago. Fim da imagem.

LEGENDA: Obra de Frans Post. Cerca de 1600. Óleo sobre tela, 50 cm × 74,5 cm. FIM DA LEGENDA

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  1. É feito da cana-de-açúcar e é usado para adoçar alimentos.
Imagem: Ilustração. Mulher de cabelo longo preto, vestindo vestido rosa. Ao lado, homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta amarela. Em frente a mulher há uma bancada com sacos brancos. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe da obra de Johann-Moritz Rugendas. 1835. Gravura, 52 cm × 67 cm. FIM DA LEGENDA

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  1. Leia o texto e responda às questões localizadas na próxima página.

O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado por muitos. [...] Servem ao senhor do engenho em vários ofícios, além dos escravos de enxada e foice que têm nas fazendas e na moenda e fora os mulatos e mulatas, negros e negras de casa ou ocupados em outras partes, barqueiros, canoeiros, [...] carreiros, oleiros [pessoas que fabricavam peças de cerâmica], vaqueiros, pastores e pescadores.

André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas . edição de 1711. São Paulo: Edusp, 2007. p. 79.

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Avaliação processual

  1. Quem escreveu esse texto? Em que ano foi publicado o livro do qual o trecho foi extraído?

    _____

  1. De acordo com o autor, por que muitos gostariam de ser senhores de engenho?

    _____

  1. Quem servia ao senhor de engenho?

    _____

  1. Observe a imagem, leia a legenda e responda às questões.
Imagem: Ilustração. Vista de terreno aberto de terra com pessoas trabalhando ao lado de barracões com laterais em arcos, no interior há engenho em formato de engrenagem circular puxada por animais. Há homens trabalhando. Atrás há grandes casarões e capela. Ao fundão há lagoa, vegetações e casas. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de Paisagem com plantação (O engenho), de Frans Post. 1668. Óleo sobre tela,
71,5 cm × 91,5 cm. FIM DA LEGENDA

  1. Qual construção foi representada? Que produto era obtido nesse local?

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  1. Que tipo de mão de obra era utilizado?

    _____

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  1. Observe as imagens, leia as legendas, complete a tabela e responda à questão a seguir.
Imagem: Ilustração. Homem branco de chapéu preto, vestindo camisa branca, casaco preto e calça preta. Está montado em um cavalo, observando homens e mulheres negros trabalhando em plantação de cana. Fim da imagem.

LEGENDA: Na colonização, a cana-de-açúcar era cortada e colhida em um processo totalmente manual e exigia o trabalho de muitas pessoas, em sua maioria escravizadas. A cana era usada, sobretudo, para a produção de açúcar, rapadura e álcool. FIM DA LEGENDA

Imagem: Ilustração. Colheitadeira sobre campo de cana despejando colheita sobre a caçamba ligada a um trator. Fim da imagem.

LEGENDA: Atualmente, o trabalho de cortar a cana é automatizado e utiliza maquinário de grande porte, que precisa de poucos operários assalariados para ser operado. A cana é utilizada para a produção de açúcar, rapadura, álcool e, também, para fazer combustível. FIM DA LEGENDA

Colonização

Atualmente

Quantidade de pessoas

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Regime de trabalho

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Produtos gerados com a cana

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  1. Observe as duas imagens a seguir, leia as legendas e depois responda às questões.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Há homens e mulheres trabalhando em plantação de café extensa. Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes italianos colhendo café em fazenda do interior do estado de São Paulo, em 1930. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens e mulheres trabalhando interior de uma fábrica com maquinários altos com restos de tecidos e lã. Fim da imagem.

LEGENDA: Operários da Fábrica Santana da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, no município de São Paulo, estado de São Paulo, em 1931. FIM DA LEGENDA

  1. Que tipo de trabalho está sendo realizado em cada uma das fotografias?

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  1. Qual fotografia foi tirada no campo? E qual foi tirada na cidade?

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  1. Essas fotografias se relacionam com qual processo de transformação que ocorreu ao longo do tempo na sociedade brasileira?