106

Unidade 4. Vida na cidade: a urbanização

Imagem: Ilustração complementar de vista de uma calçada com pessoas em atividades diversas na cidade. Há pessoas caminhando e conversando na calçada. À direita há vitrine de loja, uma varanda de um café e um museu. Pessoas saem com livros, mochilas, há pessoas com celulares e fones de ouvido, na rua há pessoas de bicicleta.  Fim da imagem.

107

Boxe complementar:

Vamos conversar

1. Quais construções são retratadas na ilustração? Qual é a função delas?

2. Essa cidade é parecida com a cidade em que você vive? Por quê? O que elas têm em comum e o que é diferente?

3. Todas as construções dessa cidade foram feitas no mesmo momento histórico? Por quê?

Fim do complemento

108

Capítulo 1. Diferentes lugares: os municípios

A divisão do território em municípios permite que cada um deles tenha poder de decisão sobre as questões relacionadas ao cuidado dos espaços públicos.

Cada município tem órgãos de administração próprios, como a Prefeitura e a Câmara Municipal, onde são decididas as questões que fazem parte da vida de todos.

O município controla, por exemplo, os transportes coletivos, a limpeza, a iluminação e a manutenção de ruas, praças e parques, o abastecimento de água, a coleta de esgoto e de lixo, o fornecimento de energia elétrica, a fiscalização do trânsito, as escolas e os hospitais municipais.

Imagem: Fotografia. Vista de rua com barracas de frutas e verduras expostas. Há pessoas transitando.  Fim da imagem.

LEGENDA: Feira livre no município de Barra, estado da Bahia, 2019. As feiras livres e os mercados públicos são administrados pelos municípios. FIM DA LEGENDA

  1. Preencha a tabela a seguir com as informações sobre o município em que você vive.

Tabela: equivalente textual a seguir

Nome do município

_____

Data de fundação

_____

Como esse município surgiu?

_____

Quais espaços públicos existem nesse município?

_____

109

Áreas rurais e urbanas

Os municípios são divididos em áreas rurais e urbanas.

As áreas rurais são aquelas ligadas às atividades do campo, onde predominam as atividades agrícolas e pecuárias, como o cultivo do solo e a criação de animais.

As áreas urbanas correspondem às cidades. Nessas áreas se localizam os órgãos administrativos do município e são realizadas atividades de administração, comércio, serviços, finanças, entre outras.

  1. Observe as imagens e responda às questões a seguir.
Imagem: Fotografia. 1: Prédio branco de esquina com detalhe em amarelo, portas e janelas azuis. Ao lado, rua de pedra com faixa de pedestres. Fim da imagem.

LEGENDA: Câmara Municipal do município de Monte Alegre do Sul, estado de São Paulo, 2020. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. 2: Vista de horta extensa com fileiras de plantações.  Fim da imagem.

LEGENDA: Plantação de alface no município de Monte Alegre do Sul, estado de São Paulo, 2020. FIM DA LEGENDA

  1. Qual área do município de Monte Alegre do Sul é retratada na imagem 1? E na imagem 2?

_____

  1. O que há de diferente entre as duas imagens?

    _____

110

Crescimento das cidades no mundo

Calcula-se que, há cerca de 10 anos, a quantidade de pessoas vivendo em áreas urbanas ao redor do mundo tenha ultrapassado a quantidade de pessoas vivendo no campo. Nos últimos 250 anos, as pessoas passaram a se estabelecer em cidades, porque muitas das que viviam no campo perderam suas lavouras e mudaram-se em busca de emprego.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de extensão longa de uma cidade iluminada a noite por luz elétrica das casas, prédios e ruas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Dubai, Emirados Árabes, 2018. FIM DA LEGENDA

Observe o gráfico a seguir.

Imagem: Gráfico. População urbana e rural no mundo, de 1950 a 2030 (projeção). Na vertical, bilhões de pessoas. 1950. Rural: 1,75. Urbana: 0,75. 1955. Rural: 1,9. Urbana: 0,9. 1960. Rural: 2,0. Urbana: 1,0. 1965. Rural: 2,5. Urbana: 1,25. 1970. Rural: 2,4. Urbana: 1,4. 1975. Rural: 2,5 Urbana: 1,5. 1980. Rural: 2,75. Urbana: 1,75. 1985. Rural: 2,8. Urbana: 2,00. 1990. Rural: 3,0. Urbana: 2,25. 1995. Rural: 3,25. Urbana: 2,5. 2000. Rural: 3,25. Urbana: 2,8. 2005. Rural: 3,25. Urbana: 3,20. 2010. Rural: 3,25. Urbana: 3,5. 2015. Rural: 3,25. Urbana: 3,9. 2020. Rural: 3,25. Urbana: 4,20. 2025. Rural: 3,25. Urbana: 4,75. 2030. Rural: 3,25. Urbana: 5,0. Fim da imagem.

Fonte: Organização das Nações Unidas. World Urbanization Prospects: The 2014 Revision. Disponível em: http://fdnc.io/4Vm. Acesso em: 27 jan. 2021.

  1. Segundo o gráfico, em 1950, existiam mais pessoas vivendo na cidade ou no campo? E em 2020?

_____

111

Crescimento das cidades no Brasil

O aumento da população que vive em áreas urbanas ocorreu, também, no Brasil. Nos últimos 60 anos, a maioria da população brasileira passou a viver na cidade, modificando a distribuição dos habitantes que existia até então.

A concentração de tantas pessoas vivendo em espaços reduzidos produziu novos desafios, como os relacionados aos transportes e às condições de moradia, trabalho e saúde da população.

Imagem: Gráfico. População urbana e rural no Brasil (2015). Na vertical, porcentagem (%). População urbana: 80%. População rural: 20%. Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Sobre o Brasil. População rural e urbana. Disponível em: http://fdnc.io/gud. Acesso em: 27 jan. 2021.

  1. Observe o gráfico e responda às questões a seguir.
Imagem: Gráfico. População urbana e rural no Brasil (1950-2010). Na vertical, milhões de pessoas. De 1950 a 1980. População urbana: passa aproximadamente de abaixo de 50 milhões até 100 milhões. População rural: se mantem em aproximadamente entre 50 milhões. De 1980 a 2010. População urbana: vai aproximadamente de 100 milhões até próximo a 200 milhões. População urbana: se mantem aproximada em entre 50milhões a 25 milhões.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Censo demográfico 2010. Disponível em: http://fdnc.io/guc. Acesso em: 26 jan. 2021

  1. Em 1950, existiam mais pessoas vivendo no campo ou na cidade no Brasil?

_____

  1. E em 1980? Mais pessoas viviam no campo ou na cidade?

_____

112

Para ler e escrever melhor

O texto a seguir apresenta algumas causas e consequências do número excessivo de automóveis nas cidades brasileiras. Reúna-se com um colega e leiam o texto em voz alta.

A opção pelo automóvel

Conheça duas causas do grande número de automóveis.

Imagem: Ilustração. Vista de uma rua movimentada com carros e ônibus enfileirados em trânsito. Soltam palavras de sons“bibii” e “vrrum”. Na calçada há uma pequena multidão de pessoas aguardando em um ponto de ônibus. Fim da imagem.

113

  1. Preencha a tabela com as causas e as consequências da grande quantidade de automóveis citadas no texto.

Tabela: equivalente textual a seguir:

Grande quantidade de automóveis

Causas

Consequências

_____

_____

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Entreviste um adulto sobre o principal meio de transporte que ele utiliza para se locomover. Para isso, siga o roteiro abaixo.
    • Que meio de transporte você mais utiliza para se deslocar de casa para o trabalho e vice-versa?
    • Por que você optou por esse meio de transporte?
    • Como essa escolha afeta seu dia a dia?

      Depois, escreva um texto mencionando as causas e as consequências da escolha do meio de transporte utilizado pelo entrevistado.

114

Capítulo 2. Cidade, trabalho e indústria

Há cerca de 130 anos, diversas cidades brasileiras passaram por um processo de amplo crescimento. Isso se deu por conta da concentração de um grande número de indústrias em algumas cidades, por exemplo, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Com a instalação das fábricas, a configuração das cidades se transformou rapidamente: muitas pessoas mudaram-se para as cidades em busca de trabalho, e novas redes de transportes, como as ferrovias, começaram a se desenvolver.

Fios, tecidos e peças de vestuário eram os principais produtos dessas primeiras fábricas. Eram produzidos, também, diversos artigos para o consumo cotidiano: alimentos, sabão, velas, chapéus, vidros, ferramentas e instrumentos de metal, entre outros.

Com as fábricas, surgiram novas relações de trabalho e modos de viver: o acesso à alimentação e à moradia foi ampliado e as formas de lazer dos trabalhadores sofreram grandes mudanças com o surgimento de clubes para operários, parques e espaços de recreação, que, no entanto, ficaram restritas aos finais de semana.

Imagem: Fotografia. Vista de estação ferroviária com trilho ao lado de passarela. Na passarela há vigas de madeira sustentando um telhado triangular. Atrás há casa de parede amarela e branca. Entre as vigas há bancos. Fim da imagem.

LEGENDA: Antiga estação ferroviária e atual Espaço Cultural Pátio dos Trilhos, no município de Jacareí, estado de São Paulo, 2017. FIM DA LEGENDA

115

  1. De acordo com a tabela a seguir, o que aconteceu no Brasil entre 1907 e 1920?

Tabela: equivalente textual a seguir:

Indústrias no Brasil (1907-1920)

Ano

Número de indústrias

Número de operários

1907

3 258

149 018

1920

13 336

275 512

Fonte: Maria Auxiliadora Guzzo Decca. Indústria, trabalho e cotidiano. Brasil – 1889 a 1930. São Paulo: Atual, 1991. p. 24.

_____

  1. Analise a tabela a seguir e assinale um X em verdadeiro ou falso.

    Tabela: equivalente textual a seguir:

Número de habitantes da população brasileira (1872-1940)

Cidade/Ano

1872

1890

1900

1920

1940

Manaus

29 334

38 720

50 300

75 704

106 399

Rio de Janeiro

274 972

522 651

811 443

1 157 873

1 764 114

São Paulo

31 385

64 934

239 820

579 033

1 326 261

Fonte: IBGE. Sinopse do Censo Demográfico. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/gue. Acesso em: 18 fev. 2021.

  1. Entre 1872 e 1940 a população de Manaus reduziu.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

  1. Entre 1920 e 1940, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram grande crescimento populacional por causa da industrialização.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

116

As cidades se transformam

O número de habitantes das cidades aumentou, assim como a oferta e o consumo de vários tipos de produto. Essa nova população necessitava de moradia, transporte, educação e saneamento básico, mas a maioria vivia em condições precárias.

Nas regiões centrais das grandes cidades, muitos habitantes viviam em moradias coletivas – famílias inteiras dividindo um pequeno cômodo – com pouco ou nenhum acesso a água, esgoto ou ventilação.

Em bairros mais distantes do centro foram construídas fábricas. No entorno dessas indústrias, surgiram vilas e bairros operários que abrigavam os trabalhadores.

Nas cidades, foram criadas novas escolas. Contudo, era comum que filhos de operários encontrassem dificuldade para frequentar a escola regularmente. Pelas condições precárias de vida, algumas crianças começavam a trabalhar, ainda pequenas, nas fábricas.

Imagem: Ilustração. Vista de homens trabalhando na pavimentação de rua com pedras retangulares lado a lado. Ao lado há casarões de dois andares coloridos, enquanto na calçada há homens andando e um poste antigo de três suportes de luzes arredondadas. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando obras de calçamento em grande cidade no início dos anos 1900. FIM DA LEGENDA

B oxe complementar:

Você sabia?

Ruas, avenidas e redes de transportes precisaram ser criadas, ou ampliadas, para dar conta da circulação de tantas pessoas e produtos. Ruas de terra receberam calçamento para a circulação de bondes e automóveis. Há mais de 120 anos os automóveis eram novidade, considerados objetos de luxo e acessíveis a poucas pessoas.

F im do complemento.

117

  1. Marque com um X as principais mudanças ocorridas nas cidades durante o início da industrialização no Brasil.

( ) Declínio das ferrovias.

( ) Modificação do calçamento e traçado de ruas.

( ) Construção de vilas operárias.

( ) Aumento do número de habitantes.

( ) Crescimento da rede de transportes.

  1. Observe a fotografia com atenção e responda às questões no caderno.
Imagem: Fotografia em preto e branca. Vista de multidão de pessoas andando, predominância de crianças na fotografia.  Ao lado há um barracão indicando no letreiro: “botões”. Fim da imagem.

LEGENDA: Operários em frente à fábrica de botões no município de São Caetano do Sul, estado de São Paulo, 1935. FIM DA LEGENDA

  1. Quem são as pessoas retratadas na imagem? Qual é a faixa de idade delas?

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Observe as vestimentas das pessoas. Elas se assemelham com as vestimentas usadas nos dias atuais? Converse com um adulto que more com você sobre as mudanças que ele percebeu, com o passar do tempo, na maneira de se vestir das pessoas e em seus próprios costumes. Depois, registre as informações e compartilhe com os colegas em sala de aula.

118

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

O fim do trabalho infantil

A origem da exploração do trabalho infantil no Brasil remete à própria história do país. Há centenas de anos, era possível encontrar crianças tanto entre trabalhadores livres quanto entre escravizados.

Com o início da industrialização no Brasil, cerca de 130 anos atrás, o trabalho infantil continuou a ser explorado. Na cidade de São Paulo, em 1919, mais de um terço dos trabalhadores das fábricas de tecidos eram crianças. Elas trabalhavam em longas jornadas, de 12 a 14 horas por dia, sem descanso, às vezes no período noturno, e sujeitas a acidentes.

Nos anos 1920, o trabalho de crianças menores de 12 anos de idade passou a ser proibido. A duração das jornadas de trabalho também foi limitada por lei em 12 horas por dia. Mas esses limites raramente eram respeitados.

Ao longo do tempo, novas leis e projetos foram realizados para que a exploração do trabalho infantil fosse erradicada. Hoje, o trabalho de menores de 16 anos de idade é proibido, salvo nos casos em que um adolescente, a partir dos 14 anos de idade, exerça a função de aprendiz.

O trabalho infantil, porém, ainda é uma realidade no Brasil. Para sobreviver ou ajudar a família, muitas crianças trabalham nas ruas, carvoarias, plantações, realizam trabalhos domésticos e outras atividades. Segundo dados do IBGE, em 2019, o Brasil tinha 38,3 milhões de pessoas com idade entre 5 e 17 anos. Dessa parcela da população, 1,8 milhão estava em situação de trabalho infantil.

Imagem: Cartaz. Um relógio ponto de brinquedo com relógio amarelo, uma ficha e uma alavanca. No horário há uma carinha formada por dois olhos, um nariz com ponteiros e um sorriso. Ao lado, a frase: “Não leve na brincadeira. Trabalho infantil é ilegal. Denuncie”. Fim da imagem.

LEGENDA: Cartaz da campanha contra o trabalho infantil promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), 2018. FIM DA LEGENDA

119

  1. Como era a rotina das crianças que trabalhavam nas fábricas no início do processo de industrialização no Brasil?

_____

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Com um colega, leiam as informações da tabela abaixo em voz alta. Depois, respondam às questões a seguir.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Taxa de trabalho infantil no Brasil (1997-2008)

Ano

Taxa de trabalho infantil (a cada 100)

1997

Em cada 100 trabalhadores, 17 eram crianças.

2001

Em cada 100 trabalhadores, 13 eram crianças.

2008

Em cada 100 trabalhadores, 9 eram crianças.

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Tabela extraída de: IDB. Indicadores e Dados Básicos. Brasil, 2009.

  1. Quantas crianças, a cada 100 trabalhadores, trabalhavam no ano de 1997? E no ano de 2008?

_____

  1. Segundo o texto, quantas crianças e adolescentes encontravam-se em situação de trabalho infantil em 2019?

_____

  1. A partir das informações da tabela e do texto, o que se pode verificar sobre o trabalho infantil no Brasil?

_____

120

Capítulo 3. O crescimento das cidades

No Brasil, o desenvolvimento de atividades agrícolas e de extração foi fundamental para o crescimento de cidades como Manaus e São Paulo.

Manaus e o ciclo da borracha

Há cerca de 150 anos, a extração de látex, um produto da seringueira, atraiu milhares de migrantes, especialmente de estados da região Nordeste, para trabalhar na Floresta Amazônica.

O trabalho consistia na retirada da seiva das seringueiras, que era transformada em borracha, um produto muito procurado e valorizado no mercado mundial para ser utilizado na indústria de automóveis que começava a surgir.

O dinheiro da venda da borracha para a Europa e os Estados Unidos estimulou o crescimento de Manaus, a capital do Amazonas. A cidade passou por grandes reformas, com a construção de avenidas, redes de esgoto e água encanada, a instalação de energia elétrica e a circulação de bondes. Além disso, foram construídos prédios modernos para a época.

Imagem: Fotografia. Destaque de tronco de árvore soltando látex em um suporte de ferro que vai até um balde pendurado na árvore. Fim da imagem.

LEGENDA: Extração de látex da seringueira. Município de Tarauacá, estado do Acre, 2017. FIM DA LEGENDA

  1. O que aconteceu com a cidade de Manaus com a venda da borracha para o exterior?

    _____

121

São Paulo, café e indústria

O café foi o produto brasileiro mais vendido para outros países entre os anos de 1840 e 1930. A expansão das lavouras de café estimulou a vinda de imigrantes estrangeiros, como italianos, espanhóis, alemães e portugueses. Em princípio, esses imigrantes trabalharam nas lavouras, mas, aos poucos, deixaram o campo e seguiram para as cidades para trabalhar na indústria ou no comércio.

Muitos cafeicultores que enriqueceram passaram a morar na cidade de São Paulo e construíram casarões requintados. São Paulo se beneficiou com a riqueza gerada pelo café, pois a cidade ganhou viadutos, pontes, trilhos para bondes, calçamento de ruas, iluminação pública, entre outras modificações. O dinheiro obtido com o café também impulsionou a instalação de fábricas, fato que transformou a paisagem da cidade. Em 1890, a população de São Paulo era de 65 mil pessoas. Dez anos depois, em 1900, já chegava a 240 mil pessoas.

Imagem: Fotografia. Homens e mulheres em plantação extensa de café, estão carregando escadas de madeiras e sacos com sementes.  Fim da imagem.

LEGENDA: A colheita, Fazenda Santa Gertrudes, Araras, SP, de Antonio Ferrigno. 1903. Óleo sobre tela,
100 cm × 150 cm. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de rua com prédios altos e carros antigos em estacionamento na lateral. Há ônibus passando nas ruas e aglomerado de pessoas entre veículos e ônibus. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da região central do município de São Paulo, estado de São Paulo, 1930. FIM DA LEGENDA.

  1. Como a cidade de São Paulo se beneficiou com a riqueza gerada pelo café?

    _____

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Retome as informações vistas nesta e na página anterior e reconte-as para um adulto de sua família. Depois, converse com ele sobre a cidade em que você nasceu. Como era a cidade antigamente e como ela é hoje? Registre as informações coletadas no caderno.

122

Bairros operários

Há mais de 100 anos, muitas indústrias se instalaram em São Paulo, levando à formação de bairros operários. Muitos deles eram habitados por imigrantes que saíram das lavouras de café em busca de empregos na cidade e escolheram moradias próximas aos locais de trabalho.

Em geral, os bairros operários ficavam perto de rios, de linhas de bonde e das fábricas. Foi assim que surgiram bairros como Brás, Barra Funda e Bom Retiro, em São Paulo, e Jaboatão e Afogados, em Recife. Nesses bairros, existiam também os cortiços, construções onde moravam várias famílias juntas.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista aérea de cidade plana com casas, poucas árvores e ao fundo indústrias soltando fumaça por chaminés altas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do bairro do Brás com indústrias, galpões e chaminés. Município de São Paulo, estado de São Paulo, década de 1930. FIM DA LEGENDA

  1. Complete a frase com as palavras destacadas a seguir.

bairros operários

café

fábricas

imigrantes

Muitos _____ deixaram a lavoura de _____ e foram a São Paulo para trabalhar em _____. Eles moravam nos _____.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Linha de produção com mesas longas com pilhas e rolos de tecidos. Há mulheres atrás de cada mesa. Ao fundo do galpão, mulheres sentadas em frente a máquinas de costura. Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes trabalhando em uma fábrica de tecidos no Brasil, em 1925. FIM DA LEGENDA

123

Vila operárias

Algumas indústrias construíram vilas de moradias para os operários. Essas vilas eram formadas de casas semelhantes, próximas umas das outras. Para construir as vilas, os donos das indústrias precisavam conseguir aprovação da Prefeitura e obedecer a uma série de exigências, como ter quartos suficientes, sala e cozinha. Nem todos os operários tinham direito a morar nas vilas.

Nos bairros operários e nas vilas, a maioria das ruas não tinha calçamento, não havia esgoto nem água tratada e poucas casas recebiam energia elétrica.

Boxe complementar:

Você sabia?

Construída em 1916, no bairro do Belenzinho, na cidade de São Paulo, a Vila Maria Zélia foi moradia para 2 mil operários de uma fábrica de tecidos da região. A vila oferecia também creche, comércio e hospital.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de rua de terra com casas de muro e grade baixa. Ao fundo, uma igreja com árvores. No canto direito da rua há postes de madeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Fachada das casas da Vila Maria Zélia. Município de São Paulo, estado de São Paulo, anos 1920. FIM DA LEGENDA

Fim do complemento

  1. Assinale um X em verdadeiro ou falso, de acordo com as afirmações.
  1. O dinheiro do café levou a população da cidade de São Paulo a se mudar para o campo, perto das lavouras.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

  1. Os operários moravam em bairros e vilas longe do centro e perto das fábricas.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

Imagem: Ilustração. Faixada de casa rosa com mulheres de vestido longo sobre varanda. À frente da casa há homens e crianças de chapéu, vestindo paletó, colete e calça. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando moradores de vila operária no início dos anos 1900. FIM DA LEGENDA

124

Como as pessoas faziam para...

Morar no Rio de Janeiro no início dos anos 1900

Há mais de 100 anos, a cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, passou por grandes reformas de modernização. Os investimentos se concentravam nas regiões central e portuária, e a oferta de serviços básicos, como saneamento, iluminação e transporte, era muito desigual na cidade.

Entre 1890 e 1920, a população da cidade mais que dobrou. A cidade crescia sem planejamento.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de cortiço de dois andares. Há multidão de pessoas em varanda e área central na frente. Há pequenas portas lado a lado com muro baixo dividindo os apartamentos. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de um cortiço no Rio de Janeiro, 1904. FIM DA LEGENDA

Em 1903, o prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, iniciou uma série de reformas que previam obras de saneamento e a demolição de casarões utilizados como cortiços.

O objetivo era adaptar a cidade para inovações, como a chegada dos automóveis e da energia elétrica.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista aérea de cidade com prédios em construção em terreno aberto. Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalho de pavimentação na Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, 1905. FIM DA LEGENDA

125

Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto grisalho, vestindo jaleco branco e calça preta. Está segurando o pulso de um homem de cabelo curto e bigode preto com vestimenta branca, deitado em uma cama coberto por lençol branco até o tórax.  Fim da imagem.

Nesse período, o médico e sanitarista Oswaldo Cruz tornou-se chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública e criou ações para acabar com doenças como a febre amarela e a varíola. Entre essas ações estava uma campanha de vacinação obrigatória.

Imagem: Fotografia. Vista de avenida com duas vistas separadas por postes antigos com lâmpadas largas em três pontos. Em ambos os lados há prédios altos de estrutura antiga. Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Rio Branco, antiga avenida Central, no Rio de Janeiro, 1912. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de morro com casas antigas de madeira e pessoas na frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Barracões no Morro do Pinto, no Rio de Janeiro, 1912. FIM DA LEGENDA

Com a substituição dos antigos cortiços por novas moradias e a abertura de avenidas modernas, o preço dos terrenos e dos aluguéis no centro subiu, o que afastou a população mais pobre para os morros próximos ou para locais muito distantes do centro.

  1. Qual era o objetivo das reformas feitas pelo prefeito do Rio de Janeiro a partir de 1903?

_____

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Recentemente, no município onde você mora, foi realizada alguma reforma ou nova construção? Se sim, essa mudança beneficiou os moradores? Se você fosse o(a) prefeito(a), que decisões tomaria? Justifique.
Imagem: Fotografia antiga. Ao centro, uma montanha com o Pão de Açúcar. Ao redor, már. E em frente, uma cidade. Fim da imagem.

126

Capítulo 4. O modo de vida nas cidades

Há cerca de 160 anos, as moradias não recebiam energia elétrica. A iluminação era feita com velas, lampiões a gás e lamparinas com querosene. Para conservar alimentos, era preciso usar técnicas como a secagem e a salga para as carnes e o preparo de caldas de açúcar para as frutas.

Na cidade, as casas passaram a ser iluminadas com lâmpadas elétricas. As famílias que tinham acesso à eletricidade puderam contar com novos aparelhos: os eletrodomésticos. Com o passar do tempo, esses aparelhos se tornaram populares e mais baratos. Atualmente, na maioria das moradias é possível encontrar, por exemplo, uma geladeira para conservar os alimentos.

Imagem: Fotografia. Vista de geladeira aberta com duas portas. Acima, o freezer, abaixo, parte com produtos, frutas, garrafas e alimentos. Fim da imagem.

LEGENDA: A geladeira representou um grande avanço no cotidiano das pessoas, por permitir a conservação dos alimentos por longos períodos. FIM DE LEGENDA

  1. Preencha o quadro com o nome e a utilidade de três aparelhos domésticos que funcionam com eletricidade.

Quadro: equivalente textual a seguir

Nome do aparelho

Utilidade

Boxe complementar:

Hora da leitura

• O Pinguim de Geladeira, a Preguiça e a Energia, de Sérgio Merli. São Paulo: Melhoramentos, 2014.

O livro apresenta de maneira leve e divertida a questão do uso consciente da energia elétrica.

Fim do complemento

127

Iluminação das cidades

Há mais de 200 anos, as ruas das grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, recebiam uma fraca iluminação, gerada por lampiões a óleo.

Alguns anos depois, as ruas de algumas cidades começaram a ser iluminadas por lampiões a gás. Os postes com lâmpadas elétricas começaram a ser instalados há cerca de 100 anos. Durante um tempo, a iluminação a gás e a eletricidade eram utilizadas, até que as lâmpadas elétricas predominaram porque não exigiam um funcionário para acender e apagar cada uma delas todos os dias.

  1. Compare as linhas do tempo que mostram quando cada tipo de iluminação pública foi instalado nas cidades de Recife e São Paulo. Depois, responda às questões.
Imagem: Ilustração. Homem de chapéu de aba arredondada, vestindo casaco, camisa e calça. Está embaixo de um poste com lampião pendurado. À direita, homem de chapéu curto arredondado, vestindo paletó e calça, ao lado, um poste em formato de arabescos com luz central. Fluxograma. Recife. 1822: Lampião a óleo. 1859: Lampião a gás. 1919: Lâmpada elétrica. São Paulo. 1829: Lampião a óleo. 1872: Lampião a gás. 1911: Lâmpada elétrica.  Fim da imagem.
  1. Em que cidade foram instalados os primeiros lampiões a óleo e a gás? Em que ano esses eventos ocorreram?

_____

  1. Qual foi a ordem de chegada dos tipos de iluminação nas duas cidades?

    _____

128

Transportes e comunicações

Antigamente, as pessoas dispunham de poucos recursos para se deslocar de um lugar a outro e para levar cargas. A maioria fazia os percursos e levava todo tipo de objetos a pé ou no lombo de cavalos ou de burros. Poucos podiam utilizar carroças ou charretes puxadas por animais porque era caro manter os veículos e os animais.

Nas grandes cidades brasileiras, há mais de 130 anos, surgiu o transporte coletivo – que muitas pessoas podem usar ao mesmo tempo –, com os bondes puxados por animais e os primeiros ônibus, que começaram a circular em 1838 no Rio de Janeiro também movidos por tração animal.

À medida que a tecnologia se desenvolvia, os veículos de passageiros passaram a ser movidos por motores elétricos ou a combustão.

Imagem: Ilustração em preto e branco. Rua com casarões altos de janelas e portas compridas. Sobre a rua larga de terra há carroças puxadas por cavalos e pessoas transitando.  Fim da imagem.

LEGENDA: Trânsito de carroças na Rua Camerino. Município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, final dos anos 1800. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia em preto e branco. Bonde com seis fileiras de acentos puxada por dois cavalos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Bonde puxado por animais. Município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 1910. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia?

Para percorrer grandes distâncias, além de veículos terrestres, como ônibus, carros ou trens, muitas pessoas atualmente viajam de avião. O transporte marítimo e fluvial também continua sendo muito importante nos dias de hoje.

As mudanças não param de acontecer e os meios de transporte continuam se transformando conforme as necessidades humanas e as inovações tecnológicas.

Fim do complemento

  1. O que é transporte coletivo?

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Com a energia elétrica surgiram novas formas de se comunicar e de partilhar ideias com um grande número de pessoas. Nos últimos 90 anos, o rádio e a televisão passaram a transmitir todo tipo de conteúdo. A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 1922. Por muitas décadas, o rádio foi o aparelho mais usado pelas pessoas para se divertir e saber notícias sobre o Brasil e o mundo.

A partir da década de 1950, o rádio começou a dividir espaço com a televisão. Nos primeiros anos da televisão, havia poucos aparelhos porque eram muito caros. Os programas eram ao vivo e as imagens eram transmitidas em preto e branco.

Atualmente, outros aparelhos, como telefones celulares, computadores e tablets, tornaram-se populares e modificaram as formas de comunicação.

Imagem: Ilustração. Televisão antiga retangular e larga marrom com tela pequena de vidro no centro. Fim da imagem.

LEGENDA: Primeiro aparelho de televisão fabricado no Brasil, 1951. FIM DA LEGENDA

  1. Observe as fotografias e responda às questões a seguir.
Imagem: 1. Fotografia em preto e branco. Família sentada em cadeiras e poltronas próximas a frente de uma televisão retangular e larga de madeira com tela pequena arredondada. Fim da imagem.

LEGENDA: Família assistindo à televisão. Município de São Paulo, estado de São Paulo, 1951. FIM DA LEGENDA

Imagem: 2. Fotografia. Família sentada em um sofá largo cinza, estão em frente a uma televisão retangular fina sobre um móvel preto em uma sala. Fim da imagem.

LEGENDA: Família assistindo à televisão em 2016. FIM DA LEGENDA

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A chegada da energia elétrica, há cerca de 120 anos, mudou o cotidiano dos moradores da cidade e do campo e possibilitou o desenvolvimento de inovações na área dos transportes e das comunicações.

Leia o que registrou o escritor Oswald de Andrade sobre as transformações ocorridas por causa da energia elétrica:

Grandes acontecimentos

Anunciou-se que São Paulo ia ter bondes elétricos [...]. Uma febre de curiosidade tomou as famílias, as casas, os grupos. Como seriam os novos bondes que andavam magicamente, sem impulso exterior? [...] Um mistério esse negócio de eletricidade. Ninguém sabia como era. Caso é que funcionava. Para isso as ruas da pequena São Paulo de 1900 enchiam-se de fios e de postes. [...]

A cidade tomou um aspecto de revolução. Todos se locomoviam, procuravam ver. E os mais afoitos queriam ir até a temeridade de entrar no bonde elétrico!

Oswald de Andrade. Um homem sem profissão : memórias e confissões. Sob as ordens de mamãe. 2ª ed. São Paulo: Globo, 2000. p. 72-74.

Imagem: Ilustração. Mulher de cabelo longo castanho, vestindo camiseta rosa. Está acenando a um bonde que passa em um trilho. Ao seu lado direito há um homem de chapéu azul, vestindo paletó azul. O bonde é ligado por uma antena a um fio que segue em paralelo ao trilho. Fim da imagem.
  1. De acordo com o texto do escritor Oswald de Andrade, quais foram os grandes acontecimentos que atraíram a atenção das pessoas em São Paulo?

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Boxe complementar:

Você sabia?

O primeiro bonde elétrico do Brasil chegou à cidade do Rio de Janeiro em 1892 e transportava até 40 pessoas sentadas e mais algumas dezenas penduradas nos estrados laterais em cada viagem.

Em São Paulo, o primeiro bonde elétrico começou a circular em 1900, com capacidade para 45 passageiros.

Fim do complemento

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As novidades da tecnologia alteraram o modo de vida das pessoas e a maneira de se relacionar com a cidade. Veja algumas dessas inovações.

Elevadores

No começo da era da eletricidade, passear nos elevadores dos edifícios, subir e descer pelos andares, era uma grande atração na cidade de São Paulo.

Automóvel

Em 1891, chegou a São Paulo o primeiro automóvel do Brasil. O automóvel não substituiu imediatamente os meios de transporte até então utilizados, pois era uma novidade cara e poucos podiam comprá-la.

Cinema

Há mais de 100 anos o aparecimento do cinema no Brasil atraiu a atenção das pessoas. Inicialmente, os filmes eram mudos e em preto e branco e só começaram a se popularizar depois que a eletricidade permitiu a instalação de salas de cinema nas cidades.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Multidão de pessoas em frente a um prédio com abertura formada por pilares cilíndricos. Fim da imagem.

LEGENDA: Entrada do Cinematographo Pathé, no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, em 1907. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Converse com um familiar sobre como eram as cidades brasileiras há mais de 120 anos, retomando, com ele, as informações vistas nesta e na página anterior. Juntos imaginem que vocês voltaram no tempo e fizeram um passeio à noite, na cidade do Rio de Janeiro. Registre no caderno o texto descrevendo o passeio e que responda às perguntas a seguir.

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O que você aprendeu

  1. Leia o texto e responda à questão a seguir.

    Ainda na década de 30, os imigrantes italianos que chegavam à cidade de São Paulo, instalavam-se majoritariamente em bairros como a Mooca, o Belém e arredores. A família de Maria Helena estava por lá [...]. A cidade ainda era bem menor, e a natureza mais próxima. A memória de Maria Helena nos leva até a piqueniques na Serra da Cantareira, e a terrenos em ruas em que o asfalto ainda não chegara. As fábricas de tecelagem da Mooca, nas quais Maria Helena trabalhou, também são cenários para suas recordações.

    A Mooca das tecelagens

    Quando eu saí do primário, fui aprender a cerzir . Porque na Mooca tinha muita tecelagem, lanifícios [...]. Quando eu aprendi a cerzir, fui aprender com uma vizinha [...]. Meu primeiro trabalho foi esse, aprendi primeiro a costurar, depois aprender a cerzir, com essa vizinha. Depois que uma amiga falou: “Puxa, você está aprendendo a cerzir, você vai trabalhar no Edifício Inglês” [onde funcionava uma tecelagem] [...]. Fiquei um ano trabalhando com ela. [...] com 15 anos entrei no Edifício, saí com 21 para casar.

    A Mooca das tecelagens. In : História de Maria Helena Cavalcante Fernandes . Museu da Pessoa, 5 dez. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/gui. Acesso em: 28 jan. 2021.

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Avaliação processual

  1. Observe a fotografia que retrata a construção de uma avenida na região central da cidade do Rio de Janeiro no início dos anos 1900 e responda às questões.
Imagem: Ilustração em preto e branco. Prédio retangular em demolição com paredes em escombros e telhado quebrado. Fim da imagem.

LEGENDA: Demolição de sobrados no centro da cidade para dar lugar à Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. Município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 1904. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais modificações foram necessárias para a construção da avenida?

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  1. No início dos anos 1900, muitas cidades brasileiras passaram por reformas e transformações. Com que contexto histórico essas transformações estão relacionadas?

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  1. Identifique as consequências da demolição dos sobrados para a população que ali residia.

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  1. Leia o texto e responda à questão.

A paixão de seu Ernesto por automóveis começou quando seu pai, de sociedade com alguns amigos, importou da França um De Dion-Bouton, o primeiro carro dessa marca a rodar nas ruas de São Paulo. Automóvel de três rodas, motor debaixo do assento. A regulagem da máquina era feita nas ladeiras: se subisse com três pessoas, estava em ordem.

Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus . Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 44-45.

  1. Observe a fotografia.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Bonde passando em rua estreita com trilho central e antena ligada a um cabo superior que acompanha o trilho. Ao redor da rua há pessoas em pé. Fim da imagem.

LEGENDA: Bonde na Rua São Bento. Município de São Paulo, estado de São Paulo, 1912. FIM DA LEGENDA.

  1. Por qual forma de energia esse bonde era movido? Como você descobriu?

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  1. Antes de serem movidos por essa forma de energia, como os bondes se locomoviam?

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  1. Observe as fotografias, leia as legendas e responda às questões.
Imagem: 1. Ilustração em preto e branco. Vista aérea de cidade com usinas com chaminés e casas baixas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do bairro do Brás. Município de São Paulo, estado de São Paulo, cerca de 1910. FIM DA LEGENDA.

Imagem: 2. Ilustração. Vista de casarões branco com telhado vermelho em rua larga com árvores nas calçadas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Avenida Paulista, no bairro Jardim Paulista. Município de São Paulo, estado de São Paulo, 1920. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais as principais diferenças entre as duas fotografias?

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  1. Quem eram as pessoas que moravam no bairro retratado na fotografia 1? E no bairro retratado na fotografia 2?

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