MP032
Comentários para o professor:
GRADE DE CORREÇÃO
Tabela: equivalente textual a seguir.
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/conceito |
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1 |
EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados. EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes. |
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2 |
EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados. EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes. |
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3 |
EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados. |
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4 |
EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção. |
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5 |
EF03HI09: Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções. EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção. EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências. |
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6 |
EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos. |
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7 |
EF03HI09: Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções. EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências. |
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8 |
EF03HI09: Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções. EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências. |
MP033
Tabela: equivalente textual a seguir.
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/conceito |
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9 |
EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc. EF03HI03: Identificar e comparar pontos de vista em relação a eventos significativos do local em que vive, aspectos relacionados a condições sociais e à presença de diferentes grupos sociais e culturais, com especial destaque para as culturas africanas, indígenas e de migrantes. |
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10 |
EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive. EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados. |
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11 |
EF03HI07: Identificar semelhanças e diferenças existentes entre comunidades de sua cidade ou região, e descrever o papel dos diferentes grupos sociais que as formam. EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado. EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos. |
Sugestão de questões de autoavaliação
As questões de autoavaliação sugeridas a seguir podem ser apresentadas aos estudantes no início do ano letivo para que eles reflitam sobre suas expectativas de aprendizagem em relação à etapa em que se encontram no Ensino Fundamental e sobre seu desenvolvimento ao longo dos anos. Essas questões podem ser conduzidas com a turma de maneira oral, em uma roda de conversa, para que todos se sintam à vontade para expressar suas expectativas em relação ao ano que se inicia. Você pode fazer os ajustes que considerar adequados de acordo com as necessidades de sua turma.
- Quais são minhas principais expectativas para o ano que se inicia?
- Que facilidades imagino ter ao longo deste ano?
- Em que aspecto imagino que terei mais dificuldade?
- Quais são minhas principais responsabilidades como estudante ao longo desse ano letivo?
- Como gostaria que fosse minha relação com os colegas e os professores ao longo do ano?
- Como imagino que será o dia a dia no 3º ano?
7. Quais foram os temas que mais gostei de estudar no 2º ano?
8. O que gostaria de estudar no 3º ano?
MP034
Unidade 1. O espaço de todos nós
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução
A unidade 1, O espaço de todos nós, que abre este volume, apresenta uma proposta de reflexão sobre a organização dos espaços públicos, privados e domésticos, e sobre os espaços de memória. A unidade aborda ainda o tema do lazer e do trabalho ao longo do tempo.
Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 1, 3, 6 e 10 da BNCC, a unidade estimula os estudantes a valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender a realidade e continuar aprendendo; a exercitar a curiosidade intelectual; a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais; a apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida; e agir pessoal e coletivamente, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Em consonância com a Competência Específica de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 6 da BNCC, a unidade busca levar os estudantes a construir argumentos, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum. A proposta da unidade relaciona-se ainda com as Competências Específicas de História para o Ensino Fundamental 2, 3 e 4 da BNCC e, desse modo, visa contribuir para que os estudantes possam compreender a historicidade no tempo e no espaço; elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos; e identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos.
Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade:
- As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município
- O lugar em que vive
- A noção de espaço público e privado
Objetos de conhecimento em foco na unidade:
- Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive.
- A produção dos marcos da memória: os lugares de memória (ruas, praças, escolas, monumentos, museus etc.).
- A produção dos marcos da memória: formação cultural da população.
- A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental.
- A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer.
MP035
Boxe complementar:
Vamos conversar
1. Que construções e lugares existem na sua cidade?
2. O que você gostaria que tivesse na sua comunidade?
3. Que construções estão representadas nesta ilustração?
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos da abertura da unidade 1 e das páginas 14 e 15 pode ser trabalhada na semana 2.
Orientações
As atividades da abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Dessa forma, sugerimos que inicie as propostas da unidade com as atividades a seguir.
Converse com os estudantes sobre os lugares que conhecem na cidade onde vivem. Pergunte o que existe próximo à casa deles e à escola e que outros lugares da cidade eles já visitaram.
Você pode pedir aos estudantes que elaborem uma lista de espaços públicos que existem na cidade onde vivem, como ruas, praças, escolas, hospitais e prédios públicos, como a Prefeitura. Converse sobre as funções de cada espaço e quais deles já frequentaram.
Depois, peça aos estudantes que identifiquem na imagem das páginas 12 e 13 os espaços representados: a rua, a praça, a Câmara de Vereadores e o mercado. Pergunte a eles se os espaços representados são de livre circulação (que podem ser frequentados por qualquer pessoa) ou de circulação restrita (que só podem ser frequentados por representantes desses espaços e visitantes autorizados), como é o caso da Câmara de Vereadores, da Prefeitura, de escolas e hospitais, entre outros.
Habilidades da BNCC em foco na unidade:
EF03HI04; EF03HI05; EF03HI06; EF03HI07; EF03HI09; EF03HI10; EF03HI11; EF03HI12.
Objetivos pedagógicos da unidade:
- Compreender as noções de espaço público, espaço doméstico e espaço privado.
- Refletir sobre as diferenças nas atividades de lazer e de trabalho no campo e na cidade.
- Identificar mudanças e permanências com relação ao uso do espaço público ao longo do tempo.
- Valorizar a preservação do patrimônio do município em que vive.
MP036
Capítulo 1. O espaço público
As residências, as escolas, os lugares onde as pessoas se divertem e trabalham se localizam em uma rua. A rua é pública. Isso significa que é um espaço que pode ser usado por todos.
Assim como as ruas, as praças, os jardins, os parques e as praias são considerados espaços públicos porque são lugares por onde as pessoas circulam livremente. Todos esses lugares têm nome, pois assim é mais fácil localizá-los.
Mas há também espaços públicos onde a circulação é controlada e é preciso obter autorização para ter acesso às suas dependências. É o caso de escolas e hospitais públicos e de prédios públicos como Prefeituras e Câmaras Municipais.
Cabe ao governo a responsabilidade de administrar todos os espaços públicos e à população a de cuidar e manter conservado o bem comum.
LEGENDA: Parque Quinta da Boa Vista, no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Paço Municipal Altamiro Raimundo da Silva, município de Itaituba, estado do Pará, 2017. FIM DA LEGENDA.
Boxe complementar:
Você sabia?
Os prédios das Prefeituras e das Câmaras Municipais são exemplos de espaços que são públicos, mas têm seu uso limitado a um grupo de pessoas, entre elas os representantes eleitos pela população para administrar a cidade: prefeito e vereadores.
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Compreender a noção de espaço público e suas diferentes funções e usos.
- Reconhecer as diferenças entre espaços públicos de circulação, de lazer, de preservação e institucionais.
- Relacionar o uso do espaço público ao exercício da cidadania.
Orientações
Peça aos estudantes que observem as fotografias da página 14 e descrevam os espaços retratados. Leia as legendas para eles e incentive-os a dizer qual é a função de cada um desses lugares e quem os frequenta.
Retome com os estudantes a conversa sobre as diferenças entre espaços públicos de circulação livre e de circulação restrita proposta na abertura da unidade. Então, volte à análise das imagens da página 14, solicitando que identifiquem quais delas representam espaços de circulação livre (o parque) e quais representam espaços de circulação restrita (o paço municipal).
A expressão “espaço público” em oposição a “espaço privado” pode implicar em ambiguidade, pois uma escola privada não deixa de ser um exemplo de espaço público. O fato é que a palavra “público” diz respeito a espaços, objetos e condições que têm relação de pertencimento ao Estado ou a algum órgão de governo. Nesse sentido, uma escola mantida por particulares é privada, e não pública. Entretanto, um espaço público também é aquele local que não é de moradia e onde circulam pessoas com um objetivo comum, mas que não necessariamente mantêm relações de parentesco ou de amizade. Assim, locais como hospitais e escolas podem ser considerados espaços que têm a função de atender ao público.
Ao longo do capítulo 1 é possível iniciar a abordagem do tema atual de relevância em destaque no volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”.
Espaço público, um conceito complexo
A definição do termo “espaço público” é bastante complexa [...]. Pensar em espaço público apenas como oposição ao espaço privado é simplificar demasiadamente a questão. Da mesma forma, considerar o status jurídico do termo não abrange toda a sua complexidade. Assim, definir como público aquele espaço de propriedade e gestão públicas não se mostra o suficiente, visto que se eliminaria de sua definição toda a dimensão sociocultural. Assim, a natureza do espaço público, dentro da abrangência do urbanismo, diz respeito muito mais ao seu uso e às práticas sociais que ele propicia do que ao seu estatuto jurídico. Desta forma, as dinâmicas da cidade e da sociedade podem vir a criar espaços públicos que juridicamente não têm este status .
SILVA, Luise Martins da. Espaço público e cidadania : usos e manifestações urbanas.Rio de Janeiro: UFRJ/FAU, 2009. p. 15.
MP037
Tipos de espaços públicos
Há diferentes formas de usar os espaços públicos. Alguns podem ser usados para lazer e outros para abrigar instituições que fazem parte da administração pública. Com base em sua função, eles podem ser divididos em:
LEGENDA: Espaços públicos de circulação: as ruas e as praças. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Espaços públicos de lazer: jardins, parques urbanos e praias. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Espaços públicos de preservação: parques e reservas ecológicas. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Espaços públicos institucionais: escolas, hospitais, bibliotecas e prédios públicos. FIM DA LEGENDA.
- Marque com um X a situação que mais se relaciona com o significado da palavra “público”, utilizada no texto da página 14.
( )
LEGENDA: O público aplaudiu de pé o espetáculo. FIM DA LEGENDA.
( )
LEGENDA: Todas as pessoas podem frequentar o parque público. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta correta: Imagem 2.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
Se julgar conveniente, traga para a sala de aula imagens de diferentes espaços e amplie o tema, solicitando aos estudantes que identifiquem de que tipo são: de circulação, de lazer, de preservação ou institucionais.
Atividade 1. As opções apresentadas na atividade podem causar confusão pelo fato de os espetáculos que possuem público (plateia), como teatro, show de música, circo, serem também exemplos de espaços públicos. Explique aos estudantes que é diferente usar a palavra “público” para se referir às pessoas (o público de um circo) e usar a mesma palavra para significar a qualidade de um espaço (uma praça pública, um órgão público etc.).
A atividade 1, aliada à reflexão sobre o uso do espaço público, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.
MP038
Espaço público e cidadania
Os lugares públicos são administrados pelo governo e são livres e abertos a todos. Neles, as pessoas trocam experiências e aprendem atitudes de cidadania . Por exemplo, ajudar a manter limpas as ruas, as praças, as áreas verdes e as praias, separar o lixo reciclável e participar da vida da comunidade são atitudes cidadãs.
Todos nós temos o direito de utilizar os espaços públicos e o dever de mantê-los limpos e conservados.
Além disso, é nos lugares de convivência que muitas pessoas se encontram para estudar, cuidar da saúde ou debater questões importantes para a comunidade, fortalecendo as relações pessoais e as práticas de cidadania.
- Observe as ilustrações e complete as frases com as palavras que estão no quadro a seguir.
Quadro: equivalente textual a seguir.
escola municipal |
rua |
praça |
Todos os dias João leva Marcos e Ritinha para a _____ do bairro. Com muito cuidado, eles atravessam a _____ e caminham pela _____, que está sempre cheia de amigos da escola.
PROFESSOR
Resposta: escola municipal; rua; praça.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 16 pode ser trabalhada na semana 2.
Orientações
Leia o texto da página 16 com os estudantes e esclareça eventuais dúvidas. Converse com eles sobre cidadania e explique que todos os cidadãos brasileiros têm direitos e deveres. As pessoas têm o direito de ir e vir e podem transitar em espaços públicos de circulação livre. Ao mesmo tempo, todos também têm o dever de zelar por esses espaços.
Atividade 2. Desenvolva com os estudantes uma conversa sobre os diferentes tipos de espaço público. Solicite que pensem em outros exemplos de espaços públicos de circulação livre, além da rua e da praça (como parques, praias, jardins, bibliotecas), ou de circulação restrita, além da escola municipal (por exemplo, o prédio da Prefeitura, hospitais públicos).
A atividade 2 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI09: Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções.
A praça no passado
A beleza de uma praça é constituída a partir da história que ela carrega, de seu desenho paisagístico e de seu conjunto urbanístico. A integração entre morfologia, estética e apropriação é que permite a formação de praças, como espaços simbólicos, lugares de memória, alma da cidade. [...] na Antiguidade, as cidades se formavam a partir dos seus espaços de convivência. Pertencer à cidade, ser cidadão, era habitar os lugares de reunião, era compartilhar o culto, participar das assembleias, assistir às festas, acompanhar as procissões, vivenciar os espaços, participando da vida pública. A praça simbolizava a própria cidade, pois era nesse espaço que as atividades cotidianas se desenvolviam.
CALDEIRA, Júnia Marques. A praça brasileira – trajetória de um espaço urbano: origem e modernidade. Tese (doutorado) – Unicamp/IFCH, Campinas, 2007. p. 3.
MP039
Praças
Um exemplo de lugar público em que todas as pessoas podem circular livremente são as praças. Em geral, elas se caracterizam por ser espaços amplos e sem construções. Ao longo do tempo, as praças tiveram diversas funções e usos, dependendo da sua localização.
LEGENDA: Nas praças, as pessoas podem se distrair, passear, observar a paisagem. Praça Adhemar de Barros, no município de Águas de Lindoia, estado de São Paulo, 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: As praças também guardam a memória de um lugar. Escultura de Tomie Ohtake na Praça IV Centenário, no município de Santo André, estado de São Paulo, 2018. FIM DA LEGENDA.
- O texto a seguir fala sobre um projeto organizado em uma das praças no município de Guarabira, estado da Paraíba.
A Prefeitura Municipal de Guarabira, através da Secretaria de Cultura e Turismo, estará abrindo nesta sexta-feira [14 de fevereiro de 2020] um espaço voltado para o incentivo à leitura junto ao público infantil e jovem do município.
A Bibliotequinha Infantil, como está sendo chamado o local, é uma estrutura montada em um dos coretos da Praça João Pessoa que consta de um acervo com cerca de 400 obras literárias voltadas ao público infantojuvenil.
[...] os livros estão catalogados e serão disponibilizados ao público jovem como forma de incentivar a leitura e atrair o interesse de visitantes e alunos de escolas do município, num espaço aberto ao público [...].
Prefeitura abre espaço para leitura infantil em praça central de Guarabira, 12 fev. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/gtQ. Acesso em: 24 jan. 2021.
- Segundo o texto, de que forma um dos coretos da praça será utilizado? Que vantagens esse uso pode trazer aos cidadãos?
PROFESSOR
Resposta: Um dos coretos da praça será utilizado como biblioteca infantil. Esse projeto permite que crianças e jovens tenham acesso a livros e incentiva a circulação das pessoas pelo espaço público, no caso a praça.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 17 pode ser trabalhada na semana 3.
Orientações
Converse com os estudantes sobre as praças que eles conhecem e solicite que identifiquem as principais características desse espaço. As praças geralmente correspondem a um espaço urbano sem edificações e costumam ser utilizadas como local público de convivência ou diversão. A maioria das praças no Brasil possui ajardinamento e bancos, sendo um espaço de prioridade do pedestre e de acesso proibido para veículos. Algumas praças ainda possuem equipamentos recreativos, como playground, quadra, equipamentos de ginástica e pista para caminhada ou corrida.
Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar, de leitura oral e dialogada e interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, o reconto do que foi estudado e a integração dos conhecimentos construídos por eles em casa e na escola. Leia com os estudantes o texto da atividade em sala de aula previamente. Esclareça as dúvidas que possam surgir a respeito do significado de certas palavras e expressões. Comente que o texto é um trecho de reportagem que mostra uma possibilidade de uso de uma praça, prezando a valorização desse espaço e a disseminação da cultura entre os frequentadores.
A atividade 3, aliada à reflexão sobre as praças que os estudantes frequentam e o que costumam fazer nelas, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI09: Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções.
Atividade complementar: Mapeando uma praça
- Os estudantes podem desenvolver sua capacidade de representação espacial desenhando o mapa de uma praça.
- Peça autorização aos responsáveis para passear com os estudantes por uma praça próxima à escola. Nela, estimule-os a observar e a registrar alguns de seus principais elementos, como monumentos, chafarizes e canteiros. Durante o passeio, tire diferentes fotografias da praça e peça aos estudantes que registrem o nome dela e das ruas que a circundam.
- Na sala de aula, solicite que desenhem um mapa representando a praça que visitaram. Ensine-os a criar legendas para identificar alguns dos elementos desse espaço público.
MP040
Para ler e escrever melhor
O texto a seguir é dividido em três subtemas que abordam a situação social das mulheres. Se possível, leia o texto em voz alta, sob orientação do professor.
A mulher e o seu lugar no espaço público
-
As mulheres eram consideradas inferiores aos homens
Durante muito tempo, homens e mulheres foram tratados de modos diferentes. As mulheres eram consideradas frágeis e sua atuação na sociedade era limitada. As mulheres de famílias mais ricas se dedicavam, fundamentalmente, às atividades domésticas e à criação dos filhos. As mulheres mais pobres tinham de cuidar da casa, dos filhos e trabalhar fora para prover o sustento da família. Em ambos os casos, as mulheres tinham pouca participação na vida pública.
-
Uma realidade em transformação
No Brasil, nas primeiras décadas dos anos 1900, algumas moças passaram a lutar por igualdade com os homens e adotaram comportamentos ousados para a época. Elas passaram a usar roupas mais justas, cortes de cabelo curto e a circular pelos lugares públicos livremente. Com o tempo, as mulheres se organizaram em grupos, protestaram e conseguiram modificar muitos costumes na sociedade.
-
Trabalho e participação política
Atualmente, as mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho. Em 2007, elas representavam 40,8% do mercado formal de trabalho; em 2016, passaram a ocupar 44% das vagas disponíveis, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a participação das mulheres na política ainda é baixa.
LEGENDA: Mulher (à direita) usando uma saia-calça ajustada ao corpo em avenida no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 1911. Ela foi vaiada, agarrada e teve de se refugiar em uma loja para não ser agredida. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 3.
Objetivos pedagógicos da seção
- Identificar as condições de participação das mulheres na vida pública no passado.
- Reconhecer as transformações dos costumes em relação ao uso do espaço público pelas mulheres.
Orientações
Leia o texto da página 18 com os estudantes e esclareça eventuais dúvidas. Chame a atenção deles para a imagem na qual aparecem homens e mulheres no início do século XX e conversem sobre as mudanças que ocorreram no vestuário. Destaque o olhar de estranheza e deboche dos homens ao fundo pelo fato de uma mulher estar usando um traje incomum para aquela época.
Comente que, no passado, os homens geralmente eram educados para o mundo do trabalho, com o intuito de sustentar sua família, enquanto o direito de ir e vir das mulheres era limitado ao ambiente doméstico.
Mencione que, de acordo com um estudo feito pelo Projeto Mulheres Inspiradoras em 2018, o Brasil ocupa a 161a posição no ranking mundial de presença feminina no Congresso Nacional dentre 186 países, o que significa que o número de mulheres eleitas ainda é pequeno. Indague os estudantes sobre a participação das mulheres na política no país atualmente.
Literacia e História
Tanto na escrita de Língua Portuguesa como na escrita da História, é preciso considerar os vários pontos de vista acerca de um mesmo assunto. Nesse caso, há um tema central, que é o papel da mulher no espaço público, dividido em três subtemas: o mundo do trabalho, os costumes e a participação na política.
MP041
- Qual é o tema comum aos três itens da página 18?
_____
PROFESSOR
Resposta: O tema comum aos itens é a luta das mulheres por maior participação na vida em sociedade e para ter as mesmas condições de liberdade e o mesmo tratamento que a sociedade dispensava aos homens.- De que tema específico trata o item 1?
_____
PROFESSOR
Resposta: Trata especificamente da desigualdade entre homens e mulheres, da situação doméstica e familiar das mulheres e dos limites para a participação delas na vida pública.- De que tema específico trata o item 2?
_____
PROFESSOR
Resposta: O item 2 trata das lutas das mulheres por igualdade e de mudanças de comportamentos no começo dos anos 1900, que possibilitaram a elas usar o cabelo curto, roupas justas ou circular sozinhas pela rua.- De que tema específico trata o item 3?
_____
PROFESSOR
Resposta: O item 3 aponta que, de acordo com o IBGE, cada vez mais as mulheres conquistam espaço no mercado de trabalho, mas ainda são poucas as que exercem cargos públicos.- Agora escolha como tema um lugar público que você costuma frequentar e escreva três parágrafos sobre ele.
_____
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Atividades 1 a 4. Esclareça aos estudantes que o título de um texto geralmente é um bom indicativo de seu conteúdo. Peça que comentem quais expectativas o título do texto suscita no leitor. Em seguida, solicite que sublinhem um trecho curto de cada subtema do texto, preferencialmente uma única oração, que resuma a ideia geral do item. Depois, eles devem mencionar quais trechos sublinharam e por quê.
Chame a atenção para o fato de que os dois primeiros subtemas descrevem como era a condição das mulheres no passado e o terceiro trata das transformações que ocorreram com o tempo.
As atividades 1 a 4 contribuem para o desenvolvimento da Competência Específica de História 2 da BNCC: Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
Atividade 5. Oriente os estudantes a realizar a atividade e, em seguida, inicie uma conversa sobre as pessoas que frequentam os espaços escolhidos por eles e debata se a circulação nesses espaços envolve relações de gênero.
A atividade 5 contribui para o desenvolvimento da Competência Geral 1 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
O texto e as atividades propostas nesta seção favorecem a consolidação dos conhecimentos relacionados à literacia e à alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita do texto, inferências diretas e interpretação e relação de ideias e informação.
A seção contribui ainda para o desenvolvimento da Competência Geral 10 da BNCC: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. A seção possibilita ainda mobilizar a Competência Específica de História 3 da BNCC: Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
MP042
Capítulo 2. Uma questão de espaço
Há muito tempo, a necessidade de abrigo e de segurança levou os seres humanos a usar as cavernas para se proteger do frio e dos animais. Milhares de anos depois, os seres humanos começaram a construir casas e ali reuniam grupos de pessoas, que podiam ser familiares, parentes ou amigos, para morar e conviver.
Assim, em nossas moradias, convivemos com a família e recebemos visitas de amigos e de vizinhos. Comer, dormir, conversar, estudar e se divertir são algumas das atividades que fazemos enquanto estamos em casa, no espaço doméstico.
Você já observou a divisão de sua casa? Ela pode ter um ou mais cômodos: quarto, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. Há casas que têm jardim e quintal. Todos os moradores podem cuidar da organização e da limpeza da casa. Para isso, é preciso que cada um se responsabilize por alguma tarefa.
- Observe a ilustração. Você acha que todos os membros da família representada estão colaborando para limpeza e para a organização da casa? Por quê? Explique.
_____
PROFESSOR
Resposta: Sim, todos os membros da família estão colaborando. Em todos os cômodos representados, há alguém fazendo uma tarefa: o pai lava a louça, o filho tira o pó da sala, a mãe organiza e limpa o banheiro e a filha arruma a cama, no quarto.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos das páginas 20 e 21 pode ser trabalhada na semana 4.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Compreender as noções de espaço público, espaço privado e espaço doméstico e distinguir suas especificidades.
- Diferenciar os espaços públicos administrados pelo governo daqueles administrados por particulares.
- Conhecer diferentes tipos de moradia.
- Descrever as características de seu próprio lugar de moradia.
Orientações
Leia o texto da página 20 com os estudantes e comente que as cavernas podiam ser usadas como abrigo no passado e, tal como as casas no presente, elas podiam oferecer proteção contra condições climáticas adversas e animais. A casa, porém, possui divisões internas e itens de conforto. Comente que, no passado, os seres humanos não utilizavam as cavernas de modo permanente e, portanto, a noção de moradia está presente apenas no espaço doméstico. Entretanto, evite uma abordagem evolucionista do tema.
Ao longo do capítulo 2 é possível desenvolver com os estudantes a reflexão sobre o tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, dando especial ênfase na diferenciação entre os espaços públicos e privados.
Atividade 1. Incentive os estudantes a observar a ilustração da página 20, reconhecendo e identificando os diversos cômodos de uma casa. A atividade valoriza a ideia de colaboração e cooperação no espaço doméstico.
A atividade 1 proporciona uma reflexão sobre o uso dos espaços domésticos e contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.
O que se faz em casa
As atuações cotidianas dentro de casa são inúmeras. Sua quantidade sempre foi muito variável no tempo e no espaço e a sua tendência é diminuir com o progresso. Hoje, dezenas e dezenas de ações deixaram de ser exercidas no lar devido às providências da indústria, tanto no que diz respeito às necessidades do passadio [comida habitual] do dia a dia como às condições técnico-construtivas.
LEMOS, Carlos A. C. História da casa brasileira . São Paulo: Contexto, 1996. p. 10.
MP043
Na rua, qualquer pessoa pode circular, pois é um espaço público. Mas nem todos podem entrar na sua casa, apenas quem for convidado a fazer isso. A casa é o espaço doméstico particular, que pertence a quem mora nele.
Quando você vai fazer compras em um supermercado, por exemplo, é possível circular livremente por esse local. No entanto, ele não pertence a você nem é administrado pelo governo; ele é um espaço privado, mantido pelo seu proprietário.
- Observe as imagens e preencha os quadrinhos de acordo com a legenda.
- Espaço público
- Espaço privado
- Espaço doméstico
PROFESSOR
Resposta: Espaço público.PROFESSOR
Resposta: Espaço doméstico.PROFESSOR
Resposta: Espaço privado.
- Desenhe, em seu
caderno
ou em uma
folha
de sulfite, a fachada (frente) da casa em que você mora.
- Depois, explique a um colega como é sua moradia e com quem você mora.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Leia com os estudantes o texto da página 21 e converse sobre as diferenças entre o espaço público, o espaço doméstico e o espaço privado. Se desejar, anote na lousa as principais características citadas por eles para facilitar a comparação.
Atividade 2. Explique aos estudantes que alguns espaços são administrados por particulares, mesmo sendo de uso público, como lojas e escolas particulares. Após a realização da atividade, faça uma lista na lousa com exemplos de espaços públicos administrados pelo governo (repartições, escolas e hospitais públicos, praças, ruas, parques etc.) e espaços públicos administrados por particulares (estabelecimentos comerciais, escolas e hospitais particulares, cinemas, parque de diversões etc.).
Atividade 3. Incentive os estudantes a desenhar detalhadamente a fachada da casa onde moram. Caso morem em apartamento, eles também devem desenhar a frente do prédio. Depois, os estudantes devem se reunir em duplas e contar para os colegas com quem moram, caracterizando assim a moradia e a ocupação do espaço pelas pessoas.
As atividades 2 e 3, de reconhecimento de diferentes espaços, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.
Atividade complementar: Negócio imobiliário
- Pesquise na internet plantas de casas e apartamentos, por exemplo, em sites imobiliários. Imprima algumas imagens e traga para a sala de aula.
- Proponha aos estudantes que façam uma encenação, na qual um deles faz o papel de corretor de imóveis, apresentando uma casa ou um apartamento, e outros fazem o papel de uma família em busca de um lugar para morar.
- Depois da atividade, converse com a turma sobre as diferentes funções de cada cômodo de uma residência e os diferentes tipos de moradia que existem.
MP044
Lugar de viver
A casa é um lugar de convivência em que as pessoas estão ligadas pelo afeto e pela vida em comum.
Em todos os lugares do Brasil, há uma grande variedade de moradias adequadas ao clima, às condições econômicas, ao tipo de terreno e às preferências de quem vive em cada uma delas.
LEGENDA: Casa no município de São Luiz do Paraitinga, estado de São Paulo, 2018. FIM DA LEGENDA.
Conheça alguns tipos de moradia existentes em nosso país.
- Casas e sobrados: há casas térreas e sobrados, estes últimos têm dois ou mais andares.
- Barracos: há muitas habitações precárias, feitas de restos de madeira, papelão ou sucata.
- Palafitas: em regiões alagadas e nas margens de rios, é comum encontrar casas de madeira apoiadas sobre estacas fincadas no fundo dos rios.
- Prédios de apartamentos: há prédios com vários andares, compostos de apartamentos.
LEGENDA: Barracos improvisados, município de São Paulo, estado de São Paulo, 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Casa de palafita na Ilha do Combú, município de Belém, estado do Pará, 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Edifícios residenciais no município de São Luís, estado do Maranhão, 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos da página 22 e 23 podem ser trabalhadas na semana 4 e 5.
Orientações
Peça aos estudantes que observem as imagens da página 22 representando diferentes tipos de moradia e pergunte se o local onde moram se assemelha a algum dos apresentados nas imagens. Se houver semelhança, avance na conversa solicitando que identifiquem também as diferenças.
Organize um debate sobre os diferentes locais de moradia e peça aos estudantes que façam uma lista de vantagens e desvantagens de morar em uma casa em comparação a um apartamento.
Para o estudante ler
Essa casa é minha, de Ana Maria Machado. São Paulo: Moderna, 2009.
Os personagens deste livro são duas crianças, Paula e Bebeto, que vivem em um apartamento, até o momento em que começam a passar alguns dias em uma casa na praia com quintal. O fato muda a percepção de mundo e as experiências das crianças.
O direito à moradia
Todo ser humano, individualmente ou em família, tem o direito inalienável de dispor de um espaço habitável, para seu uso exclusivo, favorável à sua saúde e a seu bem-estar, bem como à liberdade de escolha de seu lugar de residência, dentro do quadro das condições econômicas, sociais e culturais de seu meio... O homem deve participar o mais diretamente possível de toda decisão referente a seu quadro geral de vida. A escala humana autêntica deve garantir a intimidade e a dignidade do homem no seu habitat , bem como as relações naturais necessárias à sua vida social.
CARTA do Habitat – da União Internacional de Arquitetos. In : ADAM, Roberto Sabatella. Princípios do ecoedifício : interação entre ecologia, consciência e edifício. São Paulo: Aquariana, 2001. p. 37.
MP045
- Escreva os nomes dos tipos de moradia descritos a seguir.
- Casa com dois ou mais andares.
_____
PROFESSOR
Resposta: Sobrado.- Casa apoiada em estacas na beira dos rios.
_____
PROFESSOR
Resposta: Palafita.- Moradia feita de restos de madeira, papelão ou sucata.
_____
PROFESSOR
Resposta: Barraco.- Moradia localizada em prédio formado por vários andares.
_____
PROFESSOR
Resposta: Apartamento.
- Converse com um parente mais velho sobre a casa onde ele vivia quando era criança. Use o roteiro a seguir e anote no caderno as respostas. Depois, conte o que descobriu aos colegas em sala de aula.
- Em que ano você nasceu?
- Em que cidade você morava?
- Como era a casa em que você morava? De que material era feita?
- De que parte da casa você mais gostava?
- Com quem você morava?
- A casa onde você passou a infância é parecida com as casas de hoje? Em quê?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4. Caso os estudantes tenham dificuldade de recordar os nomes de cada tipo de moradia, organize uma conversa e solicite que leiam em voz alta as frases e identifiquem as principais características de cada um.
Atividade 5. Antes da realização da atividade, os estudantes devem registrar quem será a pessoa entrevistada e qual é o laço familiar entre eles. Oriente-os a realizar a atividade de entrevista em casa com um adulto de sua família. Eles devem registrar a resposta para depois compartilhar com os colegas as informações coletadas. No momento desse compartilhamento, estimule-os a comparar a experiência que os adultos tiveram no passado com a experiência de moradia que eles têm no presente.
A atividade 5 favorece a literacia familiar e a integração dos conhecimentos construídos pelos estudantes em suas vivências em casa e na escola.
As atividades 4 e 5, aliadas à reflexão sobre diferentes tipos de moradia, contribuem para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.
Atividade complementar: Memória das moradias
- Pesquise na internet imagens de diferentes tipos de moradia, por exemplo: casa térrea de alvenaria e de pau a pique, sobrado, casa indígena, barraco, palafita e prédio de apartamentos. Imprima algumas cópias de cada imagem em tamanho pequeno e depois recorte para formar conjuntos de jogo da memória.
- Organize a turma em grupos e dis tribua os conjuntos de cartas para eles, propondo que brinquem de jogo da memória.
- Depois da atividade, organize uma roda de conversa e peça a eles que falem sobre as moradias representadas em cada imagem.
MP046
O mundo que queremos
A organização do espaço entre o povo Pataxó
O povo Pataxó hoje vive no extremo sul da Bahia, no Nordeste do Brasil, distribuído em cerca de trinta aldeias. [...]
A aldeia é o lugar comum de todos os habitantes. A área da aldeia compreende a casa e sua extensão utilizada (os quintais), fontes d’água, espaço religioso (igrejas), espaço comunitário, áreas de lazer, porto das canoas, campo de futebol, mercados, cemitério, posto de saúde, escritório da Funai, centro cultural, escolas e espaços de circulação como rodagens e trilhas. [...]
Os quintais se localizam ao redor das residências, onde se cultivam, principalmente, plantas medicinais, ornamentais, condimentares e frutíferas [...].
Todas as casas têm um quintal, faz parte do uso de cada família. Os quintais são áreas de alimentação, lazer, proteção e de reunião da família e amigos. [...]
Fundação Nacional do Índio (Funai). Aragwaksã: plano de gestão territorial do povo Pataxó de Barra Velha e Águas Belas. Brasília (DF), 2012. Disponível em: http://fdnc.io/gtS. Acesso em: 24 jan. 2021.
LEGENDA: Indígenas Pataxó em frente ao posto de saúde, na Aldeia Jaqueira, no município de Porto Seguro, estado da Bahia, 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ritual do Awê realizado pelo povo Pataxó na Aldeia Jaqueira, no município de Porto Seguro, estado da Bahia, 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 5.
Objetivos pedagógicos da seção
- Conhecer o modo de organização do espaço da aldeia e das moradias de uma comunidade indígena.
- Reconhecer as formas de organização de moradias indígenas como um componente da diversidade cultural do Brasil.
Orientações
Leia o texto da página 24 com os estudantes e, em seguida, peça a eles que descrevam o modo como os indígenas do povo Pataxó organizam o espaço em que vivem, tanto das aldeias como das moradias. Com base nas respostas, avalie a compreensão do texto pelos estudantes e corrija eventuais equívocos.
Converse com eles e peça que comparem as formas de moradia dos indígenas do povo Pataxó com as de outros povos que eles conheçam. Esclareça que as culturas indígenas são muito diferentes umas das outras, e que as técnicas de construção e a disposição das moradias na aldeia podem variar muito de acordo com cada etnia indígena.
Educação em valores e temas contemporâneos
O estudo de diferentes formas de organização do espaço torna os estudantes mais conscientes da pluralidade cultural existente no Brasil. Para não indígenas, às vezes é difícil perceber as diferenças entre culturas indígenas diversas. Muitas delas, por exemplo, usam os mesmos materiais no fabrico de suas moradias, mas o modo como constroem e o uso que fazem delas podem ser completamente diferente. Compreender essa diversidade é importante para que se possa tratar esses povos com o devido respeito.
As moradias dos indígenas Shanenawa
Apesar de nos últimos anos ter aumentado a construção de casas de madeira trabalhada e telhado de alumínio semelhantes às dos não índios [...], ainda predominam nas aldeias indígenas casas inspiradas na arquitetura dos seringueiros, do tipo palafita [...].
Os Shanenawa moravam em cupixauas, que eram grandes construções indígenas feitas de palha, onde geralmente moravam todas as famílias de um clã. A cozinha é o local mais exposto da casa e é nela que se recebem as visitas. As palhetas de amassar banana e macaxeira, os utensílios domésticos são semelhantes aos utilizados por não índios e os alimentos são preparados em fogo à lenha.
CÂNDIDO, Gláucia V.; SALGADO, Carlos A. Bezerra. Moradia Shanenawa. Povos Indígenas no Brasil , 2005. Disponível em: http://fdnc.io/gtR. Acesso em: 10 jul. 2021.
MP047
- Quais são as áreas que fazem parte de uma aldeia do povo Pataxó, segundo o texto?
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PROFESSOR
Resposta: A área da aldeia compreende a casa e sua extensão utilizada (os quintais), fontes d’água, espaço religioso (igrejas), espaço comunitário, áreas de lazer, porto das canoas, campo de futebol, mercados, cemitério, posto de saúde, escritório da Funai, centro cultural, escolas e espaços de circulação, como rodagens e trilhas.- Que atividades são realizadas nos quintais das casas dos Pataxó?
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PROFESSOR
Resposta: Nos quintais são cultivados diversos tipos de planta. Os quintais são áreas para convivência, alimentação, proteção etc.
- Releia com atenção o texto e desenhe os espaços que fazem parte de uma aldeia Pataxó.
_____
PROFESSOR
Atenção professor: Ver orientações específicas sobre esta atividade na coluna abaixo. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Atividades 1 e 2. As atividades auxiliam na avaliação da compreensão do texto. Com base nas respostas dos estudantes, retome o texto da página 20 e leia-o novamente em voz alta para a turma. Solicite aos estudantes que destaquem os trechos do texto que serviram de base para suas respostas. Se julgar conveniente, ao final, realize a escrita de um texto coletivo sobre a aldeia do povo Pataxó, no qual todos possam dar sugestões.
Atividade 3. Os estudantes devem transpor informações da linguagem escrita para a imagem. As representações da turma podem ser diferentes umas das outras, mas é importante que cada estudante saiba justificar os elementos que compõem seu desenho. Se julgar oportuno, sugira que façam uma pesquisa de imagens na internet e comparem as fotografias que encontrarem com o desenho que fizeram.
As atividades 1 a 3 contribuem para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI07: Identificar semelhanças e diferenças existentes entre comunidades de sua cidade ou região, e descrever o papel dos diferentes grupos sociais que as formam. As atividades sobre o uso do espaço pelos indígenas do povo Pataxó também contribuem para o desenvolvimento da Competência Específica de História 4 da BNCC: Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
O trabalho proposto nesta seção possibilita o aprofundamento da abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”.
Esta seção favorece a mobilização das Competências Gerais 1, 3 e 6 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural; e valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
MP048
Capítulo 3. O lazer de todos
Boxe complementar:
Você sabia?
O lazer é um direito fundamental de todos, assim como a educação, a saúde e a alimentação.
Fim do complemento
Feiras e festas populares, centros culturais e esportivos, parques e praias, cinemas e museus... São muitos os exemplos de espaços públicos destinados ao lazer em que é possível conviver com as pessoas e distrair-se, praticar atividades diversas ou apenas descansar.
Os períodos dedicados ao lazer são muito importantes para o desenvolvimento físico e mental, além de promover a criatividade.
Tempo de lazer e tempo de trabalho
Há cerca de 250 anos, a divisão entre os momentos dedicados ao lazer e ao trabalho era menos definida que a atual. Hoje, é comum que as atividades sejam divididas pelo tempo do relógio: os horários e a duração de cada atividade são, geralmente, controlados. Dedicam-se algumas horas do dia ao trabalho (ou ao estudo) e outras à diversão e ao descanso.
Essa divisão marcada entre os períodos de trabalho e de descanso tornou-se mais comum depois da criação das indústrias e das novas formas de trabalho.
- Observe a ilustração a seguir e classifique as atividades de acordo com a legenda.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 26 e 27 podem ser trabalhadas na semana 6.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Compreender a noção de lazer e os modos de divertimento no passado.
- Refletir sobre as atividades de lazer e de trabalho no campo e na cidade.
- Conhecer manifestações culturais praticadas em momentos de lazer.
- Conhecer as formas de lazer mais comuns nos grupos sociais a que pertence.
Orientações
As atividades de lazer podem ser bastante variadas, compreendendo aquelas relativas ao descanso, a práticas culturais e ao entretenimento. Em função dessa multiplicidade de possibilidades de lazer, os estudantes podem se sentir desorientados. Nesse sentido, é recomendável pensar as atividades de lazer sempre em oposição ao trabalho. E assim como o trabalho é importante na vida humana, o lazer também é.
Ao longo do capítulo 3 é possível aprofundar o tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, na abordagem comparativa da vida no campo e na cidade em diferentes épocas.
Atividade 1. Oriente os estudantes a identificar as atividades de trabalho e de lazer realizadas no espaço público representado na ilustração. Se eles tiverem dúvidas, explique que se trata de um parque, um local de lazer para muitas pessoas, no qual também trabalham profissionais, como o segurança, o jardineiro e a vendedora de sorvete.
A atividade 1 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.
O que é o lazer?
Pensamos ter chegado o momento de tratar da influência dessas associações de lazer (esportivas, turísticas, musicais e intelectuais) sobre a participação na vida da empresa, dos sindicatos e das organizações cívicas e políticas. Elas oferecem quadros de referência, formas de atividade que tendem a mudar o tipo de vida dessas instituições (aumento das festas, passeios ao ar livre, jogos, reuniões, etc.). Dentro do atual contexto de nossas sociedades liberais, pode-se temer que este novo homo socius passe a considerar como participação essencial, e mesmo exclusiva, na vida social, sua participação nos grupos de lazer. Tudo se passa como se essas associações tendessem criar sociedades marginais, fechadas sobre si próprias, um tipo de novas sociedades utópicas, não mais fundamentadas no trabalho, como no século XIX, mas no lazer. Não se formam devido à divisão das classes sociais, mas apesar delas; não se relacionam com o futuro, mas com o presente; tendem a desviar uma parte do potencial social do campo da produção e também das tensões suscitadas pelas relações sociais, orientando-as na direção de um universo semirreal, semi-imaginário, “onde o homem poderá subtrair-se de suas relações com a humanidade e docemente entregar-se a si próprio”.
Será o lazer o novo ópio do povo? O movimento que levaria o trabalhador da “alienação para a fruição” seria, então, contrariado pela corrente inversa que se dirigiria do gozo do lazer para um fortalecimento da alienação pelo trabalho. O operário contentar-se-ia em vender sua força-trabalho como se fosse uma mercadoria a fim de poder usufruir o produto dessa venda no tempo fora do trabalho. [...]
DUMAZEDIER, Jofre. Lazer e cultura popular . São Paulo: Perspectiva, 1976. p. 49-50.
MP049
Trabalho e lazer no Brasil de outras épocas
No Brasil, a divisão entre lazer e trabalho já foi bastante diferente da atual. Até cerca de 130 anos atrás, o trabalho de pessoas escravizadas, que constituíam a maior parte da população, sustentava a economia.
A população era formada, também, por trabalhadores livres e alforriados (que tinham conseguido resgatar a liberdade). Havia ainda as pessoas da elite, ligadas à administração, ao comércio e à propriedade de terras. As formas de lazer dependiam, então, da posição social de cada um.
Festas, danças e músicas
As formas mais comuns de divertimento no Brasil, até cerca de 130 anos atrás, eram as festas, as danças e as músicas que reuniam heranças culturais de origem africana, indígena e europeia.
O jongo, por exemplo, era uma forma de lazer que, hoje, é considerada patrimônio imaterial .
O jongo foi criado pelos escravizados que trabalhavam em fazendas de café e de cana-de-açúcar na região do Vale do Paraíba. As pessoas se reuniam em rodas e alguém cantava um ponto (verso com um ritmo próximo ao da fala).
Hoje, o jongo é praticado em cidades e comunidades rurais do Sudeste brasileiro.
LEGENDA: Grupo de jongo Núcleo de Arte e Cultura de Campos, município de Campos dos Goytacazes, estado do Rio de Janeiro, 2019. FIM DA LEGENDA.
- Registre suas atividades de lazer preferidas. Depois, classifique-as: elas são de origem antiga ou são atuais?
_____
PROFESSOR
Resposta: É possível que os estudantes indiquem atividades de lazer como as seguintes: ir ao cinema; jogar videogame ; praticar esportes; brincar com colegas na vizinhança ou no prédio; ler; ouvir música, entre outras.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
Atividade 2. Converse com os estudantes sobre as atividades de lazer preferidas por eles e seus familiares. Se julgar oportuno, desenhe uma tabela na lousa e anote os dias da semana e os lugares em que essas atividades costumam ser praticadas. Em seguida, auxilie-os a identificar quais delas já eram praticadas no passado e quais surgiram mais recentemente.
É interessante comentar com os estudantes que as atividades de lazer não são as mesmas para todas as pessoas, elas variam ao longo do tempo e de acordo com o lugar onde vivem e com a condição socioeconômica de cada um.
A atividade 2 propõe uma reflexão sobre as formas de lazer atuais e do passado, contribuindo para o desenvolvimento da habilidade EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.
MP050
Trabalho e lazer no campo e na cidade
Enquanto o trabalho fornece o que é necessário à vida (como alimentos, abrigo ou vestuário), as atividades de lazer podem ter um fim em si mesmas: ao encontrar amigos e familiares ou fazer um passeio, o objetivo pode ser o próprio encontro ou passeio.
As relações entre o lazer e o trabalho se modificam conforme a época e o local. No campo e na cidade, as atividades de lazer e trabalho podem ser bastante diferentes.
Trabalho e lazer no campo
Geralmente, as atividades econômicas do campo relacionam-se ao cultivo da terra, à criação de animais e ao processamento desses produtos.
Por conta da distância entre as comunidades rurais e das dificuldades de transporte, as formas de lazer no campo são muito valorizadas. Em festas, feiras e bailes é possível trocar experiências e produtos, contar histórias, cantar e dançar.
- Veja o que há na lancheira de Lucas e ajude-o a descobrir algumas informações sobre os alimentos preenchendo a tabela conforme o exemplo.
Tabela: equivalente textual a seguir
Produto |
De que material é feito? |
Onde esse material é produzido e processado? |
Quem trabalhou para produzi-lo? |
---|---|---|---|
Pão |
Trigo |
Produzido no campo e processado em indústrias |
Trabalhadores rurais e o padeiro |
Iogurte |
_____ PROFESSORResposta: Leite. |
_____ PROFESSORResposta: Produzido no campo e processado em indústrias. |
_____ PROFESSORResposta: Trabalhadores rurais e da fábrica de laticínios. |
Suco de laranja |
_____ PROFESSORResposta: Laranja. |
_____ PROFESSORResposta: Produzido no campo e processado em indústrias. |
_____ PROFESSORResposta: Trabalhadores rurais e da fábrica de suco. |
Chocolate |
_____ PROFESSORResposta: Cacau. |
_____ PROFESSORResposta: Produzido no campo e processado em indústrias. |
_____ PROFESSORResposta: Trabalhadores rurais e da fábrica de chocolate. |
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 28 e 29 podem ser trabalhadas na semana 7.
Orientações
Nas páginas 26 e 27, os estudantes puderam refletir sobre como as formas de lazer se diferenciam de acordo com a época ou as condições socioeconômicas das pessoas. Nas páginas 28 e 29, devem conhecer as diferenças entre formas de trabalho e de lazer na cidade e no campo. Nesse sentido, as diferenças nas atividades de trabalho exercem um papel importante na definição daquilo que se entende por lazer. As pessoas que vivem nas zonas urbanas muitas vezes buscam áreas verdes para lazer porque vivem em ambientes pouco arborizados, o que não acontece com as pessoas que vivem nas áreas rurais. Estas costumam promover festas e feiras relacionadas a atividades agrícolas, que são diferentes dos eventos realizados em áreas urbanas.
Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja feita em casa, se possível, com o auxílio de um adulto da família. Antes da realização da atividade, em sala de aula, chame a atenção dos estudantes para o fato de que a produção de alimentos frequentemente envolve atividades não só agrícolas, mas também industriais. Eles deverão completar a tabela com informações sobre alimentos conhecidos e presentes no cotidiano de muitos brasileiros.
A atividade promove a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares e favorece a integração de conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.
A atividade 3 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos.
O lazer e as demais atividades humanas
O lazer é um campo de atividade em estreita relação com as demais esferas de atuação do ser humano. [...] Dessa forma, a um trabalho empobrecedor, está ligado um lazer também empobrecedor e vice-versa. O “sentido” da vida não pode ser buscado, como muitas vezes somos forçados a crer, apenas num fim de semana, ou numa viagem, embora essas ocasiões possam ser consideradas como possibilidades de felicidade e formas de resistência para o dia a dia.
A admissão da importância do lazer na vida moderna significa considerá-lo um tempo/espaço privilegiado para a vivência de valores que contribuam para mudanças de ordem moral e cultural. [...]
SILVA, Débora Alice M. et al . Importância da recreação e do lazer . Brasília: Gráfica e Editora Ideal, 2011. p. 29-30.
MP051
Trabalho e lazer nas cidades
As principais atividades econômicas que caracterizam as cidades são relacionadas ao comércio, à indústria, à administração, às atividades financeiras e educativas e à prestação de serviços.
As cidades tendem a concentrar, também, muitos edifícios e vias de circulação. Com isso, o meio ambiente sofre grandes impactos. O solo e a vegetação são modificados, e as áreas construídas predominam sobre as áreas arborizadas. Por isso, as chamadas áreas verdes são locais de lazer essenciais para aqueles que vivem nas cidades.
- Leia as afirmações a seguir com atenção e assinale um
X
em verdadeiro ou falso.
- Novas tecnologias são pouco usadas nas atividades realizadas no campo.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
- Novas tecnologias são pouco usadas nas atividades realizadas no campo.
PROFESSOR
Resposta: Falso.- Hoje, as cidades concentram a maior parte da população do Brasil.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
PROFESSOR
Resposta: Verdadeiro.- A agricultura é uma das principais atividades econômicas do campo.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
PROFESSOR
Resposta: Verdadeiro.- As áreas verdes aumentam os problemas ambientais das cidades.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
PROFESSOR
Resposta: Falso.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4. Converse com os estudantes sobre as diferenças entre cidade e campo, enfatizando as principais atividades econômicas desenvolvidas em cada lugar: agricultura e pecuária no campo; indústria, comércio e serviços na cidade. Durante a conversa, procure evitar generalizações. Comente, por exemplo, que existem indústrias no campo e que muitas atividades agrícolas envolvem processos industriais. Converse também sobre as formas de lazer em cada lugar e diga que, nas cidades, as áreas verdes são geralmente muito valorizadas pela população.
A atividade 4 propõe uma reflexão sobre as atividades econômicas e de lazer no campo e na cidade, contribuindo para o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.
O lazer no meio rural
O lazer é uma das necessidades sentidas tanto no meio urbano, como meio rural no Brasil, sendo que este último apresenta evidências mais distintas dessa ausência, em que o processo de mudanças nas dinâmicas no campo tem provocado este fato. [...] Os moradores rurais já têm outros interesses para com as atividades de lazer, e estas fogem dos elementos convencionais. Bem como os moradores da cidade estabelecem outra relação com o ambiente rural.
Os anseios e expectativas para as atividades de lazer [...] proporcionam o maior convívio e aproximação com as pessoas, e a melhoria das condições de cada um [...].
GRUNENNVALDT, Ana Carrilho Romero et al . O lazer no meio rural do município de Sinop: um lugar de produção de sentidos e significados. Sinop: UFMT, 2012. p. 9.
MP052
Como as pessoas faziam para...
Divertir-se no Rio de Janeiro há mais de 200 anos
Você imagina o que as pessoas faziam nos momentos de lazer há cerca de 200 anos? Todas as pessoas tinham as mesmas formas de recreação e frequentavam os mesmos lugares para se divertir? Descubra um pouco mais a seguir.
As pessoas escravizadas e os trabalhadores livres pobres não podiam frequentar os mesmos lugares que os membros da elite. Então, eles se reuniam em rodas para cantar e dançar. Os portugueses chamavam essas manifestações genericamente de batuques.
Membros da elite, comerciantes ricos, altos funcionários e fazendeiros frequentavam teatros e outros locais onde o restante da população podia entrar apenas para prestar serviços, nunca como espectador.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos desta seção podem ser trabalhadas na semana 8.
Objetivos pedagógicos da seção
• Conhecer algumas das atividades de lazer praticadas no Brasil no século XIX.
• Reconhecer as diferenças nas atividades de lazer do passado de acordo com as classes sociais.
Orientações
Esta seção apresenta as práticas e os lugares de lazer mais comuns na cidade do Rio de Janeiro no século XIX, a atuação de diferentes grupos nesse espaço urbano e locais ocupados por eles.
Leia os textos e converse com os estudantes sobre as imagens apresentadas nas páginas 30 e 31. Explique que a sociedade brasileira de mais de 200 anos atrás estava estruturada na escravidão e criava obstáculos muito maiores à mobilidade social. Comente também que a existência do regime de escravidão no passado restringia as opções de lazer das camadas mais baixas da sociedade. Além disso, havia a proibição a determinadas formas de lazer, como práticas culturais de matriz africana.
Explore os diferentes cenários das imagens. Comente que os salões e os teatros eram restritos à elite da cidade, como uma maneira de segregar o convívio de diferentes classes sociais. Reforce que as pessoas mais pobres tinham acesso a esses espaços apenas para prestar trabalho.
Solicite aos estudantes que comparem os locais de lazer do Rio de Janeiro no século XIX com os locais que eles conhecem atualmente na cidade onde vivem e peça que indiquem semelhanças e diferenças. Comente que algumas atividades de lazer ainda hoje servem de forma de distinção social, diferenciando a elite das camadas com menor poder aquisitivo.
A relação das classes populares com o espaço
Reconhece-se que as classes populares, em relação às demais, têm práticas cotidianas espacialmente mais restritas [...]. Para elas, a condição material de existência e o modo de vida tornam mais limitado, em termos físicos, o espaço de realização da vida. Todavia, essa situação propicia um vínculo mais efetivo com esse lugar. Empreendem uma relação mais intensa, contínua e diversificada com seu bairro, estabelecem uma identidade com a cidade [...].
DIAS, Patricia Chame. Trabalho e lazer na metrópole : lugares e fluxos das diferentes classes sociais na região metropolitana de Salvador. Tese (doutorado) – UFBA/Instituto de Geociências, Salvador, 2016. p. 328.
MP053
Para viajantes estrangeiros e membros da elite, o Jardim Botânico, um espaço público, era um dos principais locais de lazer da cidade. Lá era possível passear e apreciar as plantas cultivadas. O jardim era, também, um local de estudo para os cientistas e de trabalho para pessoas que cultivavam as plantas e cuidavam do local.
Apenas os muito ricos e os que tinham grande influência social eram convidados para os jantares e os bailes de gala. Nos jantares, eram servidos pratos finos, com ingredientes importados da Europa. Nos salões de baile, ocorriam apresentações musicais, leitura e declamação de poemas.
- Quais eram as atividades de lazer mais comuns no passado? Todos podiam realizá-las?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver orientações específicas sobre as atividades desta página na coluna abaixo. Fim da observação.
- Quais são os locais de lazer frequentados por você e sua família?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 1. O objetivo da atividade é avaliar o que os estudantes aprenderam sobre as atividades de lazer no passado. Se julgar conveniente, sugira uma pesquisa em livros ou na internet sobre outras formas de lazer no Brasil no século XIX.
Atividade 2. Converse com os estudantes sobre a relação entre o contexto social e econômico e as atividades de lazer praticadas por eles e suas famílias.
As atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento das habilidades EF03HI07: Identificar semelhanças e diferenças existentes entre comunidades de sua cidade ou região, e descrever o papel dos diferentes grupos sociais que as formam; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.
A seção favorece a mobilização da Competência Geral 1 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. A seção favorece ainda o desenvolvimento das Competências Específicas de História 2 e 4 da BNCC: Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica; e Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
O trabalho proposto nesta seção possibilita o aprofundamento do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, ao abordar a vida na cidade do Rio de Janeiro no passado.
A história do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Fundado em 13 de junho de 1808, o Jardim Botânico surgiu de uma decisão do então príncipe regente português, Dom João VI, de instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo.
No mesmo ano da fundação, os trabalhos começaram no Jardim Botânico. Inicialmente foi preciso aclimatar especiarias vindas do Oriente. Nas primeiras experiências, vegetais enviados de outras províncias portuguesas também foram avaliados. Todo esse processo seguia orientações elaboradas anteriormente em Portugal.
LUCENA, Felipe. A história do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Diário do Rio.com , 25 set. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/gtT. Acesso em: 12 maio 2021.
MP054
Capítulo 4. Espaços e memória
Alguns edifícios, praças, ruas, lugares de encontro e monumentos podem ser considerados marcos históricos. Isso significa que esses lugares representam mais que a função para as quais foram criados originalmente: eles funcionam como um símbolo, por meio do qual são feitas algumas conexões entre o presente e o passado.
Em Belém, no estado do Pará, por exemplo, o conjunto de construções do Mercado Ver-o-Peso é muito importante para a história da cidade. Há cerca de 400 anos havia ali um posto em que se pesavam mercadorias para a arrecadação de impostos.
Comerciantes vindos de várias partes do mundo, reuniam-se naquele mesmo lugar para vender e comprar produtos da Amazônia, como plantas medicinais, castanhas, cacau e guaraná.
O Mercado Ver-o-Peso, hoje, é um patrimônio histórico e cultural importante, que nos permite saber mais sobre o modo de vida e a história da cidade.
LEGENDA: Vista do Mercado Ver-o-Peso. Município de Belém, estado do Pará, 2020. FIM DA LEGENDA.
- Relembre o caminho que você percorre para ir à escola diariamente, as ruas do bairro em que vive e outros locais que você costuma frequentar. Nesses caminhos, quais locais são importantes para a história da comunidade? Eles remetem a histórias antigas ou a hábitos e costumes importantes para as pessoas do seu bairro ou de sua cidade? Converse sobre esse assunto com os colegas e o professor.
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 32 e 33 podem ser trabalhadas na semana 9.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Compreender a noção de marco histórico.
- Valorizar a preservação do patrimônio do município.
- Compreender como são escolhidos os nomes dos espaços públicos.
Orientações
Leia com os estudantes o texto da página 32 e pergunte a eles o que entenderam por “marcos históricos” do município. Comente o exemplo mencionado no texto, o Mercado Ver-o-Peso, um local que há 400 anos mantém sua importante função comercial na cidade de Belém.
Ao longo do capítulo 4 é possível aprofundar a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, dando especial ênfase à reflexão sobre os espaços públicos e de memória.
Atividade 1. Para iniciar a atividade e estimular os estudantes a recordarem o caminho que percorrem até a escola todos os dias, peça que façam um mapa mental em uma folha avulsa, traçando ruas, locais e construções que eles encontram. Provavelmente, eles não vão se lembrar de todos os locais e construções ao longo do caminho, mas a atividade contribuirá para o exercício de recordação e registro afetivo dos lugares e dos marcos de memória. Depois, faça um levantamento com os estudantes dos marcos históricos do município onde vivem.
A atividade 1 contribui para o desenvolvimento das habilidades EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados; e EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados.
Educação patrimonial
Nada substitui o objeto real como fonte de informação sobre [...] o contexto histórico em que foi produzido [...]. Todo um complexo sistema de relações e conexões está contido em um simples objeto de uso cotidiano, uma edificação, um conjunto de habitações, uma cidade, uma paisagem, uma manifestação popular, festiva ou religiosa [...].
Descobrir esta rede de significados [...] e usos diferenciados que dão sentido às evidências culturais e nos informam sobre o modo de vida das pessoas no passado e no presente, em um ciclo constante de continuidade, transformação e reutilização é a tarefa específica da Educação Patrimonial.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras et al . Guia básico da educação patrimonial . Disponível em: http://fdnc.io/gtU. Acesso em: 12 maio 2021.
MP055
- Em casa, leia o texto com atenção, observe a imagem e responda às questões. Se necessário, peça a ajuda de seus familiares.
O centro histórico de Olinda, no estado de Pernambuco, é um dos mais antigos do país. [...]
As igrejas, os monumentos e os casarões coloridos, característicos do período colonial, são realçados pela vegetação que embeleza as ruas da cidade de Olinda. Você sabia que lá se encontra o Convento de São Francisco, considerado o convento franciscano mais antigo do país?
Renata Consegliere. Meu, seu, de todos : patrimônio cultural. Curitiba: Positivo, 2015. p. 23.
LEGENDA: Vista do Convento de São Francisco, no município de Olinda, estado de Pernambuco, 2018. FIM DA LEGENDA.
- O texto fala sobre diversos marcos históricos na cidade de Olinda, estado de Pernambuco. Procure identificá-los no texto e registre seus nomes aqui.
_____
PROFESSOR
Resposta: É esperado que os estudantes percebam que o texto fala sobre o centro histórico de Olinda, que é um dos mais antigos do país e é formado por uma série de edifícios como igrejas, monumentos e casarões coloridos característicos do período colonial. O texto também cita o Convento de São Francisco.- Observe as construções da fotografia. Você acha que essas construções são antigas? Por quê?
_____
PROFESSOR
Resposta: Os estudantes poderão indicar que as formas das construções, portas, janelas, materiais utilizados, calçadas e ruas são diferentes daqueles encontrados nas cidades atuais.- Responda no caderno: a cidade retratada na fotografia desta página se parece com a sua? Se sim, o que elas têm em comum? Se não, o que é diferente?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, propiciando um momento de literacia familiar, de troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, de leitura dialogada, de interação verbal e reconto do que foi estudado. Converse com os estudantes sobre o texto da página 33 em sala de aula antes da realização da atividade. Comente que o centro histórico de Olinda é um dos mais antigos do país e que as cidades coloniais – fundadas no período colonial e cujo conjunto urbano foi significativamente preservado até os dias de hoje – são formadas por uma série de edifícios, como igrejas, monumentos e casarões coloridos. Se desejar, explique que quase um terço da área total do município de Olinda, no estado de Pernambuco, é protegido por tombamento. Em 1982, o centro histórico de Olinda foi reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco. É importante que eles identifiquem no texto, na imagem e na legenda o Convento de São Francisco, um patrimônio histórico do período colonial da cidade de Olinda.
Converse com os estudantes sobre as características das construções do período colonial, os materiais que costumavam ser utilizados, como madeira, barro e pedra. Comente ainda que eram comuns os sobrados, moradias de dois ou mais andares, habitados pelas famílias mais ricas.
Por fim, os estudantes deverão comparar a cidade retratada na fotografia e sua cidade. Eles devem considerar as principais características da paisagem, como a predominância ou não de vegetação, a quantidade de ruas e construções, de meios de transporte, se a cidade é litorânea ou continental, se existe um conjunto histórico urbano preservado etc.
A atividade 2, sobre marcos históricos, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.
Atividade complementar: Conhecendo marcos históricos
- Escolha um local importante para a história do município e agende, com autorização da escola e dos responsáveis, uma excursão didática com a turma.
- Durante a visita, explique a relevância do marco histórico para a preservação da história do município.
- Na sala de aula, solicite aos estudantes que elaborem um relatório descrevendo a visita e comentando o que aprenderam.
MP056
Preservação de patrimônios históricos e culturais
Não são apenas os lugares que podem ser considerados fontes de informação e pontos de conexão entre o presente e o passado. Objetos, danças, músicas, formas de preparar os alimentos, festividades, técnicas e outros bens também têm imenso valor histórico e cultural.
Esses lugares, objetos e costumes constituem patrimônios históricos e culturais. Por meio deles, podemos conhecer a história e compreender melhor o mundo em que vivemos no presente.
LEGENDA: Pingente em forma de coroa. Vestígio encontrado no Sítio Arqueológico Cais do Valongo, município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 2014. FIM DA LEGENDA.
Uma memória viva
A preservação dos patrimônios históricos e culturais conta com o trabalho de muitas pessoas: historiadores, arqueólogos, professores e membros da comunidade são fundamentais para manter viva a memória e a história de um local.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o trabalho arqueológico recuperou as ruínas do antigo Cais do Valongo. O Sítio Arqueológico do Cais do Valongo é formado por vestígios de um antigo cais feito de pedra construído há mais de 200 anos para o desembarque de africanos escravizados.
O Cais do Valongo se encontra em uma região que ficou conhecida no passado como “Pequena África”, que chegou a reunir muitos africanos e seus descendentes, além de suas diversas práticas religiosas, expressões artísticas e festividades.
LEGENDA: Vista do Sítio Arqueológico Cais do Valongo, município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 2017. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para os conteúdos das páginas 34 e 35 pode ser trabalhada na semana 10.
Converse com os estudantes sobre o significado da palavra “patrimônio”. Explique que o termo diz respeito a algo de valor que se possui, e nesse caso se pode identificar o patrimônio de uma pessoa como o conjunto de bens de valor que ela tem, como dinheiro, propriedades etc.
Em seguida, explique que a palavra “patrimônio” pode se referir também a um conjunto de bens reconhecidos como importantes para preservar a história e a cultura de uma sociedade. Uma paisagem natural, um sítio arqueológico, um prédio antigo, um monumento ou costumes tradicionais, como comidas, música e danças regionais, são exemplos de patrimônio, pois são valorizados pela sociedade.
Pergunte aos estudantes por que é importante preservar o Cais do Valongo, no município do Rio de Janeiro, e qual construção ou manifestação cultural existente na cidade em que vivem gostariam que fosse preservada.
Ao final, explique a diferença entre patrimônio material (objetos e construções antigas) e imaterial (costumes e saberes que passam de geração em geração).
Patrimônio imaterial
[...] o patrimônio cultural, de maneira geral, e o imaterial, especificamente, podem se constituir como fontes para o ensino de História. Através da utilização do intangível, os alunos podem pensar os saberes, lugares, formas de expressão e celebrações entre outros produtos, do seu meio e das suas comunidades, como fontes próximas a eles e das quais são conhecedores.
Podemos utilizar o patrimônio imaterial na perspectiva de fontes históricas, a partir de uma contextualização embasada em bibliografia sobre determinados assuntos, no caso indicada pelo professor. Mas cabe aos alunos questionarem e embasarem essas fontes [...].
TRINDADE, Rhuan Targino Zaleski et al . Fontes históricas, patrimônio imaterial e ensino de História. Aedos , Porto Alegre, n. 11, v. 4, set. 2012. p. 459.
MP057
Você sabia?
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é a instituição encarregada de proteger e promover os patrimônios históricos brasileiros.
O Iphan é responsável por conservar acervos, construções e manifestações culturais e artísticas, valorizando a diversidade e a identidade cultural brasileira.
Fim do complemento
- Marque com um
X
as ações descritas a seguir que contribuem para a preservação dos patrimônios históricos e culturais.
( ) Pesquisas arqueológicas.
( ) Restrição dos registros históricos.
( ) Preservação de acervos.
PROFESSOR
Resposta correta: Pesquisas arqueológicas; Preservação de acervos.- Complete as frases a seguir com as palavras disponíveis nos quadrinhos.
Quadro: equivalente textual a seguir.
história |
preservar |
pesquisa |
arqueologia |
- O estudo dos vestígios de construções e objetos realizado pela _____ é fundamental para conhecer e _____ os patrimônios históricos e culturais.
PROFESSOR
Resposta: arqueologia; preservar.- Esses patrimônios são importantes fontes de _____ para o estudo da _____ .
PROFESSOR
Resposta: pesquisa; história.Boxe complementar:
Hora da leitura
• Um tesouro para todos: conversando sobre patrimônio cultural, de Newton Foot. São Paulo: Escala, 2011.
A obra apresenta diversas informações sobre patrimônios históricos e culturais, com fotografias e ilustrações.
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
Leia o boxe Você sabia? com os estudantes e converse com eles sobre a importância do Iphan na preservação do patrimônio histórico nacional brasileiro. Se julgar oportuno, solicite aos estudantes que realizem uma pesquisa sobre as atividades do Iphan no município onde vivem.
Atividade 3. Comente com os estudantes que uma pesquisa arqueológica consiste em estudar vestígios materiais, como ruínas, artefatos de pedra ou cerâmica, para compreender os modos de vida do passado, principalmente de sociedades já extintas. Explique que os objetos arqueológicos podem posteriormente ser transferidos para museus e que um sítio arqueológico é um local que foi ocupado por pessoas no passado.
Atividade 4. Converse com os estudantes sobre a importância da preservação do patrimônio. Explique que os objetos antigos nos ajudam a compreender o passado e, também, os modos de vida do presente, ao observarmos as mudanças e as permanências nos costumes.
As atividades 3 e 4, ao propor reflexões sobre os patrimônios históricos, contribuem para o desenvolvimento das habilidades EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados; e EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados.
Para você acessar
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Disponível em: http://fdnc.io/2Gc. Acesso em: 12 maio 2021.
No portal do Iphan, é possível conhecer o trabalho desenvolvido pelo órgão em todo o território nacional, acessar informações sobre os patrimônios históricos e publicações.
Atividade complementar: Museu da turma
• Proponha aos estudantes que montem um museu de objetos antigos na sala de aula.
• Solicite a eles que perguntem aos familiares se têm objetos que não costumam mais ser usados nos dias de hoje. Sugira alguns exemplos: fita cassete, máquina de escrever, videogame antigo, disco de vinil, máquina fotográfica analógica, disquete etc.
• Depois, monte uma exposição em sala de aula e peça a cada estudante que conte um pouco sobre as funções do objeto antigo que trouxe para a escola.
MP058
Espaços públicos: nomes e história
Qual é o nome da rua em que você mora? E da escola em que você estuda? Você sabe por que esses lugares receberam esses nomes?
Ruas, praças, prédios públicos e outros locais em que convivemos têm um nome que serve para identificá-los e localizá-los. Mas a escolha dos nomes de cada local se relaciona, também, ao desejo de manter viva a memória de pessoas importantes para uma comunidade ou de eventos históricos considerados determinantes para o coletivo.
LEGENDA: Praça Elis Regina, município de São Paulo, estado de São Paulo, 2017. O nome da praça é uma homenagem à cantora brasileira Elis Regina, muito popular desde os anos 1960. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Biblioteca Carolina Maria de Jesus, no Museu Afro Brasil, município de São Paulo, estado de São Paulo, 2017. A escolha do nome é uma homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus. FIM DA LEGENDA.
- Reúna-se em grupo com os colegas e, com o auxílio do professor, realizem uma pesquisa (em livros e na internet) para saber mais sobre o nome da escola em que vocês estudam. Depois, produzam um pequeno texto no caderno contando um pouco dessa história.
- Qual é o nome da escola?
- Esse nome é uma homenagem a alguma pessoa, personagem, data comemorativa ou evento?
- Por que você acha que esse nome é importante para a escola?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 36 pode ser trabalhada na semana 10.
Orientações
Inicie uma conversa com a turma sobre nomes de ruas. Pergunte a cada estudante o nome da rua onde mora e se conhece algo relacionado à história desse nome.
Explique aos estudantes que quem decide o nome das ruas de um município são os vereadores, mas geralmente com base em sugestões da comunidade. Assim, a rua pode ter o nome de personalidades (como Tiradentes e Santos Dumont), de uma data importante (15 de novembro, 7 de setembro etc.), de um grupo de pessoas ou associação (Voluntários da Pátria) ou mesmo o nome de flores, de países ou de objetos significativos para a comunidade.
Atividade 5. Antes da realização da atividade, procure levantar o máximo de informações sobre a história do nome da escola.
A atividade 5 estimula uma reflexão sobre o nome da escola, os critérios para nomeá-la e seu significado para a comunidade, contribuindo assim para o desenvolvimento da habilidade EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.
Dando nomes às ruas
A prática de nomear ruas, quase sempre identificada como distorção do trabalho dos vereadores, é atividade menos inocente do que se costuma supor. Um olhar atento constata que esse processo é caracterizado pelo esforço de perenização da memória de personagens e fatos da história nacional ou local. Trata-se de recorrente forma de reprodução e perpetuação da chamada história oficial, baseada no culto à genealogia da nação e edificação do Estado nacional, assim como aos fatos e personagens correspondentes.
Essa estratégia apresenta, é verdade, suas limitações. Primeiro, porque o critério de seleção se altera com o passar dos anos. [...]
DIAS, Reginaldo Benedito. A história além das placas: os nomes de ruas de Maringá (PR) e a memória histórica. História e Ensino , Londrina, v. 6, out. 2000. p. 103-104.
MP059
Nomes de espaços públicos: uma escolha coletiva
A escolha dos nomes dos espaços públicos pode seguir uma série de critérios. Às vezes, os nomes dos lugares são determinados pelo uso ou função: o Mercado Ver-o-Peso, em Belém, no estado do Pará, tem esse nome porque naquele local era comum pesar as mercadorias.
Em outros casos, esses espaços recebem nomes relacionados às características físicas do local. O Cais do Valongo, no município do Rio de Janeiro, recebeu esse nome porque foi construído próximo ao morro da Conceição, antes chamado de Morro do Valongo.
Hoje, cada município tem regras específicas para a escolha dos nomes dos lugares públicos. Um nome pode ser escolhido a pedido dos moradores ou ser proposto e analisado pelos vereadores – os representantes políticos que participam da administração do município.
- Junte-se com um colega e imaginem um bairro em que vocês gostariam de morar. Pensem nos nomes das ruas, nos tipos de espaços públicos, estabelecimentos, moradias e em outros locais possíveis para compor esse bairro. Faça um desenho do bairro que vocês imaginaram a seguir. Depois, observe o desenho do seu colega e perceba as diferenças na maneira como cada um imaginou o bairro.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver orientações específicas sobre esta atividade na coluna abaixo. Fim da observação.- Registrem no caderno os critérios que você e seu colega usaram para escolher os espaços públicos do bairro e seus nomes.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 37 pode ser trabalhada na semana 11.
Atividade 6. Peça aos estudantes que se organizem em duplas. Em seguida, oriente-os na realização da atividade como um exercício de imaginação em que devem pensar como se fossem vereadores de um município decidindo sobre a organização dos espaços, as construções, a localização das moradias, comércio, serviços públicos, a circulação das pessoas, o nome das ruas, dos parques e dos prédios públicos em um bairro. Depois de imaginarem o bairro em que eles gostariam de morar e de projetarem uma ilustração dele, solicite que troquem impressões sobre o bairro representado na visão de cada um e escrevam no caderno os nomes escolhidos para os diferentes espaços. Promova uma roda de conversa para que cada dupla possa apresentar aos colegas os critérios que utilizou para essa escolha.
A atividade 6, sobre espaços públicos e os critérios que podem ser adotados para nomear esses locais, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.
MP060
Atividade divertida
Vamos refletir um pouco mais sobre os espaços públicos e as atividades realizadas neles? Marque com L as atividades de lazer, com T as atividades relacionadas ao trabalho e com C as atividades culturais. Você pode assinalar mais de uma opção para cada caso.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 11.
Objetivos pedagógicos da seção
- Revisar os conteúdos estudados na unidade de forma lúdica.
- Aprofundar a compreensão da distinção entre atividades de lazer, de trabalho e culturais.
Orientações
Oriente os estudantes a observar a cena e a descrever cada uma das atividades que estão sendo praticadas pelos personagens ilustrados. Em seguida, oriente-os a classificar as práticas como atividades de trabalho, de lazer ou culturais. Diga a eles que podem assinalar mais de uma opção, pois muitas pessoas trabalham divulgando manifestações artísticas e culturais, como o grupo de capoeira, as bordadeiras e a vendedora de acarajé. Explique aos estudantes que quase toda produção material humana envolve práticas e costumes que passam de geração em geração. Assim, a culinária, por exemplo, é uma prática que abrange técnicas culturais, transmitidas ao longo do tempo entre os membros de uma comunidade.
Chame a atenção dos estudantes para as atividades do grupo de música e dança, da roda de capoeira, da banca de acarajé e das mulheres fazendo bordados. Comente que são práticas encontradas com frequência no cotidiano e às quais muitas vezes não se dá o devido valor. Explique que se trata de exemplos de patrimônio imaterial, que devem ser valorizados, pois geram um sentimento de identidade e continuidade, além de contribuir para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade.
Esta seção favorece a mobilização de aspectos das habilidades EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados; e EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados. Além disso, a seção propicia o desenvolvimento das Competências Gerais 1 e 3 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; e valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
MP061
Página sem conteúdo.
MANUAL DO PROFESSOR
Conclusão
Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes. Sugerimos que você identifique os pontos que foram desenvolvidos, aqueles que ainda estão em desenvolvimento ou que não foram suficientemente trabalhados para que possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens. Considere a produção dos estudantes, a participação deles em atividades individuais, em grupo e com a turma toda, e suas intervenções em sala de aula, analisando os seguintes pontos: se compreendem as noções de espaço público, doméstico e privado; se reconhecem os direitos e deveres relacionados ao uso de diferentes espaços; se identificam diferentes tipos de moradias; se refletem sobre as diferenças nas atividades de lazer e de trabalho no campo e na cidade; se identificam mudanças e permanências com relação ao uso dos espaços públicos ao longo do tempo; e se valorizam a preservação do patrimônio público do município em que vivem.
A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma e identificar os avanços, as dificuldades e as potencialidades deles.
Lúdico em sala de aula
Por meio da atividade lúdica, é possível comparar tipos de atividades comumente praticadas pelas pessoas com diferentes fins. A partir da atividade proposta no livro, de caráter individual, você pode propor a realização de um desenho coletivo, na forma de um cartaz com desenhos de todos os estudantes da turma representando situações de lazer, de trabalho e de práticas culturais.
MP062
O que você aprendeu
- Ligue cada um dos espaços públicos a seguir, retratados nas fotografias, aos nomes e às funções de cada um deles.
COLUNA 1:
COLUNA 2:
Biblioteca. Local de preservação e consulta de livros.
Hospital. Local de atendimento médico.
Praça. Local de circulação e passeio.
Rua. Local de circulação de pessoas.
PROFESSOR
Resposta: A − Rua. Local de circulação de pessoas. B − Hospital. Local de atendimento médico. C − Biblioteca. Local de preservação e consulta de livros. D − Praça. Local de circulação e passeio.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a avaliação processual da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 12.
Orientações
Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte a eles de quais conteúdos estudados até então eles se recordam. Procure retomar esses pontos, comentando outros que ficaram esquecidos. Pergunte quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns deles ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.
Atividade 1. Incentive a observação das fotografias e a identificação dos espaços públicos e suas funções: rua (circulação), hospital (espaço público institucional), biblioteca (espaço público institucional) e praça (circulação).
A atividade 1 favorece a mobilização de aspectos das habilidades EF03HI09: Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções; e EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.
Habilidades da BNCC em foco nesta seção
EF03HI04; EF03HI05; EF03HI06; EF03HI07; EF03HI09; EF03HI10; EF03HI11; EF03HI12.
MP063
Avaliação processual
- Leia o texto, observe a charge e responda às questões abaixo.
A moradia como direito
A Constituição Federal garante uma série de direitos aos cidadãos, entre eles a moradia.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados [...].
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/9v. Acesso em: 24 jan. 2021.
LEGENDA: Todo brasileiro tem direito a moradia, charge de Jean Galvão, 2008. FIM DA LEGENDA.
- Onde vive a família que está representada na charge? É um lugar apropriado para uma família viver?
_____
PROFESSOR
Resposta: A família mora embaixo de um viaduto. É um lugar precário, inadequado.- No município em que você vive, há pessoas na mesma situação da das personagens da charge? O que você pensa sobre isso?
_____
PROFESSOR
Respostas pessoais.- O direito à moradia assegurado pela lei é respeitado na situação mostrada na charge? Por quê?
_____
PROFESSOR
Resposta: O direito à moradia não está sendo respeitado porque a família representada não tem uma moradia.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2. Retome brevemente a questão sobre cidadania e direito à moradia. Explique aos estudantes que algumas moradias podem ser muito simples, mas ainda assim estar de acordo com os padrões e valores culturais de seu contexto social, respeitando a dignidade dos moradores. Uma casa de taipa em uma comunidade indígena, na qual esse tipo de habitação seja comum, reflete os valores e costumes desse povo. A charge, porém, representa condições desumanas de moradia, e não uma questão cultural. Pergunte aos estudantes se eles já viram pessoas e famílias morando na rua e o que poderia ser feito para reverter essa situação.
A atividade 2, ao abordar as diversas moradias dos diferentes grupos sociais que habitam uma cidade, contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI07: Identificar semelhanças e diferenças existentes entre comunidades de sua cidade ou região, e descrever o papel dos diferentes grupos sociais que as formam.
MP064
- Leia o texto e responda à questão.
Acordo às quatro
Acordo às quatro
Tomo meu café
Dou um beijo na mulher
E nas crianças também
Vou pro trabalho
Com o céu ainda escuro
Respirando esse ar puro
Que só minha terra tem
[...] Levo comigo
Minha foice e a enxada
Vou seguindo pela estrada
Vou pro campo trabalhar
Luiz Gonzaga. Acordo às quatro. Marcondes Costa. In : Luiz Gonzaga. Eu e meu pai . São Paulo: RCA, 1979.
- O trabalhador retratado na
letra
da canção vive em um meio rural ou em um meio urbano? Como é possível saber?
_____
PROFESSOR
Resposta: Ele vive em um meio rural. Nos últimos versos, ele diz que vai seguindo pela estrada para o trabalhar no campo.- Observe as imagens e responda às questões a seguir.
LEGENDA: Plantação de café, no município de Tomazina, estado do Paraná, 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Vista do município de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, 2018. FIM DA LEGENDA.
- Quais diferenças você observa entre a imagem 1 e a imagem 2?
_____
PROFESSOR
Resposta: Na imagem 1, é retratado um local de produção agrícola em que vemos áreas de cultivo e vegetação. Na imagem 2, vemos uma grande concentração de edifícios e ruas e um espaço menor ocupado por vegetaçãoMANUAL DO PROFESSOR
As atividades da página 42 têm por objetivo a identificação das características mais comuns do modo de vida e de trabalho, além da paisagem típica do meio urbano e do meio rural.
Atividade 3. Chame a atenção dos estudantes para a citação de instrumentos de trabalho, como a foice e a enxada, na letra de Luiz Gonzaga. Comente com eles que esses instrumentos são característicos das atividades agrícolas.
A atividade 3 possibilita a mobilização das habilidades EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.
Atividade 4. Converse com os estudantes sobre as imagens 1 e 2, que representam respectivamente área rural e área urbana. Depois, peça que identifiquem as principais atividades econômicas desenvolvidas em cada um desses lugares.
A atividade 4 favorece a mobilização da habilidade EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos.
Lugares de memória
Os lugares de memória nascem e vivem do sentimento que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notariar atas, porque essas operações não são naturais. É por isso a defesa, pelas minorias, de uma memória refugiada sobre focos privilegiados e enciumadamente guardados nada mais faz que levar à incandescência a verdade de todos os lugares de memória. Sem vigilância comemorativa, a história depressa os varreria. São bastiões sobre os quais se escora. Mas se o que eles defendem não estivesse ameaçado, não se teria, tampouco, a necessidade de construí-los. Se vivêssemos verdadeiramente as lembranças que eles envolvem, eles seriam inúteis. E se, em compensação, a história não se apoderasse deles para deformá-los, transformá-los, sová-los e petrificá-los, eles não se tornariam lugares de memória. É esse vai e vem que os constitui: momentos de história arrancados do movimento da história, mas que lhes são devolvidos. Não mais inteiramente a vida, nem mais inteiramente a morte, como as conchas da praia quando o mar se retira da memória viva.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História . São Paulo, v. 10, 1993. p. 13. Disponível em: http://fdnc.io/gtV. Acesso em: 15 jul. 2021.
MP065
- Quais são as principais atividades econômicas realizadas no campo? E na cidade?
_____
PROFESSOR
Resposta: Espera-se que os estudantes associem o campo às atividades agrícolas, pecuárias e industriais (em especial, de beneficiamento), e a cidade às atividades relacionadas à indústria, ao comércio e à prestação de serviços.- Observe as imagens a seguir e, depois, responda às questões.
LEGENDA: Ruínas de uma igreja, no município de São Miguel das Missões, estado do Rio Grande do Sul, 2017. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Passista dançando frevo, no município de Recife, estado de Pernambuco, 2018. FIM DA LEGENDA.
- As imagens acima retratam que tipos de patrimônio?
PROFESSOR
Resposta: No caso das ruínas de São Miguel das Missões, um patrimônio material; no caso do passista de Recife, um patrimônio imaterial.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 5. Quando se fala em patrimônio histórico, geralmente a primeira ideia que vem à mente é a de construções antigas, que devem ser preservadas. Durante a realização da atividade, explique aos estudantes que o conceito de patrimônio vai além disso. Festas, canções, lendas e celebrações também são manifestações culturais do passado que permanecem no presente e devem ser preservadas e valorizadas.
A atividade 5 favorece a mobilização de aspectos das habilidades EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados; EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados; e EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.
MP066
Comentários para o professor:
GRADE DE CORREÇÃO
Tabela: equivalente textual a seguir.
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/conceito |
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1 |
EF03HI09: Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções. EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção. |
|
2 |
EF03HI07: Identificar semelhanças e diferenças existentes entre comunidades de sua cidade ou região, e descrever o papel dos diferentes grupos sociais que as formam. |
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3 |
EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos. EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências. |
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4 |
EF03HI11: Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos. |
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5 |
EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados. EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados. EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes. |
MP067
Sugestão de questões de autoavaliação
Questões de autoavaliação, como as sugeridas a seguir, podem ser apresentadas aos estudantes para que eles reflitam sobre seu processo de ensino e aprendizagem ao final de cada unidade. Você pode fazer os ajustes que considerar adequados de acordo com as necessidades de sua turma.
Tabela: equivalente textual a seguir.
MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA |
SIM |
MAIS OU MENOS |
NÃO |
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1. Presto atenção nas aulas? |
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2. Tiro dúvidas com o professor quando não entendo algum conteúdo? |
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3. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele? |
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4. Sou participativo? |
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5. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola? |
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6. Gosto de trabalhar em grupo? |
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7. Respeito todos os colegas de turma, professores e funcionários da escola? |
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8. Compreendo a importância do cuidado com os espaços públicos? |
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9. Identifico mudanças nos espaços públicos ao longo do tempo? |
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10. Identifico formas de lazer comuns no lugar onde vivo? |
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11. Reconheço características do trabalho no campo e na cidade? |
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12. Reconheço mudanças e permanências nas formas de lazer e de trabalho ao longo do tempo? |
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13. Reconheço a importância da preservação da memória e dos patrimônios históricos e culturais? |