MP068

Unidade 2. A formação das cidades

Imagem: Ilustração complementar das páginas 44 e 45. Vista de ruas de pedras com casas antigas. Há cavalos carregando cargas, homens e mulheres de roupas antigas de época. Em uma janela há uma mulher de cabelo preso castanho, apoiada e usando um celular. Dois meninos descalços sentados na calçada usando um tablet. Homem de cartola e paletó, e mulher de vestido longo, estão andando enquanto homem observa um relógio digital no pulso. À direita, há homens e mulheres caminhando e usando celulares. Há um homem tirando uma fotografia com máquina digital, charretes puxadas por cavalos. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

A unidade 2, A formação das cidades, aborda os primeiros grupos humanos que ocuparam as terras que hoje formam o território brasileiro e o desenvolvimento de núcleos urbanos, vilas e cidades.

Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 1, 7 e 9 da BNCC, a unidade estimula os estudantes a valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para tentar entender a realidade; argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias; e valorizar a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades. Em consonância com as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 5 e 7 da BNCC, a unidade busca levar os estudantes a comparar eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço; e utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal. A proposta da unidade relaciona-se ainda com as Competências Específicas de História para o Ensino Fundamental 1, 4 e 5 da BNCC e, desse modo, visa contribuir para que os estudantes compreendam acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo; identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico; e analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos.

Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade:

  • As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município
  • O lugar em que vive
  • A noção de espaço público e privado


    Objetos de conhecimento em foco na unidade:

  • O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive.
  • Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive.
  • A produção dos marcos da memória: os lugares de memória (ruas, praças, escolas, monumentos, museus etc.).
  • A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental.

MP069

Boxe complementar:

Vamos conversar

1. Circule de vermelho os objetos representados na imagem que não correspondem ao que existia há cerca de 200 anos.

PROFESSOR Resposta: celular; tablet; relógio de pulso; GPS; celular com fons de ouvido; câmera fotográfica.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da abertura da unidade 2 e das páginas 46 e 47 pode ser trabalhada na semana 13.

Orientações

As atividades da abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Sugerimos que inicie a abordagem da unidade com as atividades preparatórias a seguir.

Trabalhe a imagem de abertura da unidade com os estudantes. Chame a atenção para os elementos que indicam que se trata de um ambiente urbano. Os estudantes poderão identificar vias públicas, comércio, trânsito, entre outros.

Auxilie-os a distinguir o que há de novo e o que há de antigo na ilustração. Neste momento, o objetivo é que compreendam que o mesmo espaço foi utilizado em diferentes tempos históricos de diferentes maneiras. A ocupação do espaço reflete os valores e as mentalidades de um povo em uma época.

Aproveite para ressaltar que os meios de comunicação e transportes são relativamente recentes e, assim, não existiam no Brasil há 200 anos.

Habilidades da BNCC em foco na unidade

EF03HI01; EF03HI04; EF03HI06; EF03HI10.

Objetivos pedagógicos da unidade:

  • Reconhecer aspectos da vida cotidiana nas vilas coloniais.
  • Avaliar a interação cultural entre colonos e indígenas.
  • Compreender os contextos históricos dos bandeirantes e suas expedições.
  • Relacionar a pecuária com a ocupação do sul da colônia.
  • Conhecer o cotidiano dos tropeiros e sua importância para a comunicação entre as distantes regiões da colônia.
  • Compreender o conceito de patrimônio e a importância de sua preservação.

MP070

Capítulo 1. Os primeiros grupos

Agora, vamos compreender aspectos da formação da sociedade brasileira e da organização dos espaços no Brasil no passado?

Antes da chegada dos europeus às terras que hoje formam o Brasil, muitos povos viviam aqui e eles eram diferentes entre si. Para se ter uma ideia, estima-se que, em 1500, à época da chegada dos portugueses, quase mil dialetos e línguas eram falados pelos diferentes povos indígenas.

Indígenas

Inicialmente, os portugueses estabeleceram mais contato com os indígenas do grupo Tupi. Nesse grupo, o trabalho era dividido entre homens e mulheres, e o chefe organizava as atividades. Os homens caçavam e derrubavam árvores para abrir terrenos. As mulheres plantavam mandioca, milho, batata-doce, entre outros alimentos. A pesca e a coleta de raízes e de frutos eram feitas por todos da aldeia.

As moradias, chamadas de malocas, geralmente eram organizadas de modo circular em torno de um pátio central.

Imagem: Ilustração. Vista aérea de uma aldeia com casas grande formadas por palhas e troncos. Há pessoas indígenas em atividades diversas. No centro há aérea aberta com tronco longo central. Ao redor da aldeia há árvores e floresta. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação atual de uma aldeia indígena nos anos 1500. As moradias eram construídas com palha e troncos de árvores, cobertas com folhas de palmeira e não apresentavam divisões internas. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Estudar os diferentes grupos étnicos e sociais que formaram a sociedade colonial brasileira.
  • Discutir a preponderância dos portugueses sobre os demais sujeitos coloniais e o estabelecimento de hierarquias econômicas e sociais.
  • Identificar e compreender hábitos indígenas adotados pelos colonos.
  • Reconhecer as contribuições culturais indígenas e africanas na formação cultural do Brasil com base na identificação de algumas de suas expressões.


    Orientações

    Explique aos estudantes que, nos primeiros tempos da formação do Brasil, três grupos étnicos conviviam: indígenas, africanos e portugueses. Pode ser interessante promover uma conversa prévia levantando o que eles já conhecem sobre esses grupos (suas manifestações culturais, sua origem etc.) e quais desses grupos fazem parte de sua ascendência.

    É importante deixar claro que, antes da chegada dos europeus, muitos povos viviam no continente americano e eles eram diferentes entre si. Para se ter uma ideia, segundo o Instituto Socioambiental, mais de 150 línguas e dialetos são falados pelos indígenas brasileiros hoje em dia. Estima-se que, na época da chegada dos portugueses, esse número chegasse a mil.

    Apresente à turma aspectos do modo de vida indígena, como a divisão do trabalho e a plena integração com a natureza. Os estudantes devem reconhecer que a preservação do meio ambiente é também uma forma de respeitar o modo de vida dos povos indígenas que precisam caçar, pescar e plantar para sobreviver.

    Ao longo do capítulo 1 será possível aprofundar com os estudantes a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, dando especial ênfase à reflexão sobre a formação das cidades brasileiras ao longo da história e a vida no campo e na cidade em diferentes épocas.

    A diversidade da população colonial

    Mobilidade, dispersão, instabilidade, enfim, são características das populações das colônias, que vão demarcando o quadro dentro do qual se engajaram os laços primários e se foi desenrolando a vida do dia a dia. Para compormos ainda mais explicitamente esse quadro é preciso agregar-lhe outra característica, que, aliás, vai na mesma direção: refiro-me à necessária diversidade das populações da Colônia. Por definição, as gentes na Colônia se dividem entre os colonizadores e os nativos: mas na colonização no Antigo Regime, nas áreas em que a compulsão do trabalho foi levada ao limite da escravidão, essa diversidade se acentuou com o tráfico negreiro, que carregou para o Novo Mundo os contingentes africanos. Se nos lembrarmos de que tanto os ameríndios como africanos tinham também grande diversidade interna, começaremos a entender a complexidade do melting-pot colonial. E do convívio e das inter-relações desse caos foi emergindo, no cotidiano, essa categoria de colonos que, depois, foi se descobrindo como “brasileiros”. “Brasileiros”, como se sabe, no começo e durante muito tempo designava apenas os comerciantes de pau-brasil. A percepção de tal metamorfose, ou melhor, essa tomada de consciência –, isto é, os colonos descobrindo-se como “paulistas”, “pernambucanos”, “mineiros” etc., para afinal identificarem-se como “brasileiros” –, constitui, evidentemente, o que há de mais importante na história da Colônia, porque situa-se no cerne da constituição de nossa identidade. [...]

    NOVAIS, Fernando. Condições da privacidade na Colônia. In : SOUZA, Laura de Mello e (org.). História da vida privada no Brasil : cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v. 1. p. 22-23.

MP071

Portugueses

Os colonizadores portugueses passaram a utilizar a mão de obra indígena para extrair uma árvore chamada pau-brasil, cuja tinta era usada para tingir tecidos e tinha muito valor na Europa.

Para os indígenas, a colonização portuguesa resultou na destruição de grande parte da população, no enfraquecimento da cultura e na perda de suas terras.

Imagem: Ilustração. Vista de homens indígenas em margens observando barcos chegando cheio de homens brancos. Fim da imagem.

LEGENDA: Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, de Oscar Pereira da Silva. 1922. Óleo sobre tela,190 cm × 333 cm. FIM DA LEGENDA.

Africanos

Aos poucos, surgiram fazendas de produção de cana-de-açúcar. A principal mão de obra utilizada era de africanos capturados em suas terras de origem e trazidos para o Brasil. Aqui, eles eram escravizados e forçados a trabalhar nas lavouras por, pelo menos, 12 horas por dia.

Vieram ao Brasil milhões de africanos, que povoaram grande parte do território e estabeleceram relações sociais, culturais e econômicas, e, junto com indígenas e portugueses, constituem a base da identidade brasileira.

Imagem: Ilustração. Interior de um barco com aglomerado de homens e mulheres escravos seminus em um pequeno espaço. Fim da imagem.

LEGENDA: Negros no porão de navio negreiro, de Johann Moritz Rugendas. 1835. Gravura publicada em Viagem pitoresca através do Brasil, 35,5 cm × 51,3 cm. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia?

A colonização foi a estratégia utilizada pelo governo português para explorar o território brasileiro.

O país colonizador era chamado de metrópole (no caso, Portugal), e o território administrado e explorado pela metrópole era denominado colônia (Brasil).

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Trabalhe com os estudantes a noção de Império ultramarino e as relações estabelecidas entre os povos que o compunham. Para tornar os conceitos de colônia e metrópole mais claros, elabore um esquema na lousa ou utilize um mapa-múndi. Mostrando a localização de Portugal, explique aos estudantes que, na condição de metrópole, Portugal detinha o controle de todas as suas colônias e recebia as riquezas que elas produziam. Enquanto isso, as colônias, das quais o Brasil fazia parte, eram voltadas completamente para o mercado externo, ou seja, eram proibidas de produzir ou exportar mercadorias que não tivessem Portugal como destino.

Ao abordar os grupos sociais que compunham a sociedade colonial, destaque a relação hierárquica estabelecida entre os portugueses e os demais componentes. Esclareça que, dentro da ordem colonial, os indígenas e os africanos estavam submetidos ao poder político e econômico dos portugueses, e raras vezes podiam modificar a sua condição social.

MP072

As vilas e a interação entre colonizadores e indígenas

A maioria das vilas era instalada no litoral, próxima de fontes de água, como rios e nascentes. Para se adaptar ao clima e aproveitar os recursos naturais, os portugueses adotaram os hábitos dos indígenas.

Imagem: Ilustração. Vista de aldeia com crianças, galinhas, homens e mulheres trabalhando. Há mulheres em caldeirões e grandes raladores com mandioca ralada. Há casas de palha e tronco e vegetação ao redor. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando moradias e estilo de vida de colonos em uma vila colonial. Na imagem, é possível identificar elementos da cultura indígena, como o consumo de mandioca e o hábito de cozinhar fora da casa. FIM DA LEGENDA.

  1. De que materiais era feita a maioria das casas de colonos?

_____

PROFESSOR Resposta: A maioria das casas era feita de madeira ou de taipa de pilão.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 48 e 49 podem ser trabalhadas na semana 13.

Orientações

Em abordagem interdisciplinar com Geografia, comente com os estudantes que a Europa, continente em que fica Portugal, situa-se no hemisfério Norte. Isso significa que o modo de vida dos europeus é muito diferente do nosso, já que vivemos em outras condições climáticas no hemisfério Sul. Por esse motivo, os colonos tiveram que se adaptar à vida na América e, para isso, receberam grande influência indígena.

A língua geral foi fator decisivo na integração entre os habitantes da “nova terra”, porque possibilitou a comunicação entre pessoas de origens e costumes muito diferentes. No final do século XVIII, a Coroa portuguesa proibiu o uso da língua geral e impôs o idioma português para facilitar os trâmites burocráticos e para evitar que as autoridades portuguesas fossem enganadas por não dominarem a língua geral.

Converse com a turma sobre os alimentos de origem indígena. Explique que os grãos, como o feijão e o milho, e as raízes, como a mandioca, são originários da América e eram então desconhecidos de grande parte dos portugueses. O modo de preparo desses alimentos, aprendido com os indígenas, faz parte da culinária brasileira e é um dos patrimônios imateriais de nossa cultura.

Atividade 1. Auxilie os estudantes a resgatar informações no texto didático para responder à questão.

A atividade 1 contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

MP073

A união de costumes

A formação cultural do Brasil aparece de forma marcante em algumas cidades. Em Salvador, por exemplo, as marcas do passado escravista estão preservadas nas igrejas das irmandades, que eram associações de ajuda entre africanos escravizados que buscavam a alforria. Ao mesmo tempo, a cidade preserva com orgulho a culinária de origem africana e tem como patrimônio histórico imaterial o processo de feitura do acarajé.

Além de Salvador, a arquitetura de grande parte das cidades mais antigas do Brasil remete ao casario típico de Portugal.

Imagem: Fotografia. Vista de praça com árvores e fluxo de carros passando. Há prédios grandes e amplos coloridos na margem da rua. Fim da imagem.

LEGENDA: Rio de Janeiro, Brasil, 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista de rua estreita com passagem de via única. Em ambos os lados há pequenos prédios coloridos lado a lado.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lisboa, Portugal, 2018. FIM DA LEGENDA.

Os costumes indígenas estão presentes em muitas formas de viver dos brasileiros, e isso acontece por uma razão bem simples: os europeus, ao chegarem aqui, encontraram os grupos indígenas totalmente adaptados às condições da terra e ao clima. Para sobreviver, então, precisaram absorver o modo de vida dos habitantes.

  1. Por que os portugueses aprenderam vários costumes indígenas?

    _____

PROFESSOR Resposta: Os portugueses aprenderam muitos costumes indígenas para se adaptar ao clima e aproveitar os recursos naturais.
  1. Cite dois costumes que os portugueses aprenderam após o contato com os indígenas.

    _____

PROFESSOR Resposta: O estudante poderá responder que os portugueses começaram a cultivar e a consumir alimentos da culinária indígena; que passaram a utilizar a rede para dormir; ou que aprenderam a manejar o arco, a flecha e o tacape e que incorporaram palavras indígenas ao seu vocabulário.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Ao trabalhar o texto da página 49 com os estudantes, comente que o lugar onde hoje é o centro histórico de Salvador, com o tempo, passou por um processo de expansão. Nesse lugar, no período colonial, moravam senhores de engenho, comerciantes e outras pessoas de prestígio social.

Pergunte aos estudantes quais contribuições culturais indígenas e africanas eles conhecem. Além da culinária e da arquitetura, citadas no texto didático, eles podem mencionar as religiões, as danças, as músicas, o modo de vestir, entre outros. É importante garantir nesse momento a participação de todos e a valorização das manifestações descritas.

Atividades 2 e 3. A convivência entre indivíduos de diferentes culturas dá origem a um processo chamado aculturação. Isso significa que eles se influenciam mutuamente, não perdendo sua cultura de origem, mas adquirindo elementos de outras culturas. Esse contato possibilita o desenvolvimento de culturas híbridas e originais, comuns a países que passaram por colonizações. Converse com os estudantes sobre como os colonos adquiriram novos hábitos e técnicas a partir do contato com os indígenas e, juntos, criaram a chamada língua geral paulista. É importante que reconheçam a importância da tolerância e da aceitação do outro para uma convivência harmônica e frutífera.

As atividades 2 e 3 contribuem para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Para o estudante ler

Cordel África, de César Obeid. São Paulo: Moderna, 2014.

Por meio da linguagem de cordel, a obra trata das diversas culturas africanas que chegaram ao Brasil com os povos trazidos para esse território.

Tabuleiro da baiana, de Elma. São Paulo: Paulinas, 2015.

O livro explora os cheiros, os sabores, os temperos e o universo cultural da personagem Arminda Baiana, que carrega em seu tabuleiro muitas histórias.

MP074

Para ler e escrever melhor

Você sabia que a língua portuguesa falada no Brasil recebeu grande influência das línguas indígenas? O texto a seguir fala sobre isso e apresenta a origem de algumas palavras muito utilizadas na língua portuguesa.

As línguas de povos indígenas que têm a mesma origem fazem parte de um grupo chamado tronco linguístico.

Os troncos linguísticos que têm maior quantidade de línguas são o Tupi e o Macro-Jê. Deles derivam diversas famílias compostas de várias línguas.

Imagem: Fluxograma. Tronco linguístico Tupi. Família Tupi-Guarani: Guarani; kaapór; Tenetehára. Família Munduruku: Munduruku; Kuruáya. Família Mawé: Mawé. Fluxograma. Tronco linguístico Macro-Jê. Família Jê: Kayapó; Kaingáng; Timbira. Família Karajá: Xambioá; Javaé; Karaja. Família Yatê: Yatê.  Fim da imagem.

Fonte: Instituto Socioambiental. Povos Indígenas no Brasil. Línguas. Disponível em: http://fdnc.io/9bp. Acesso em: 29 jan. 2021.

Muitas palavras da língua portuguesa que falamos no Brasil e que dão nomes a plantas e animais são de origem indígena, pois foram eles que apresentaram aos portugueses a enorme variedade de espécies da fauna e da flora. Capivara, tamanduá e cajá são alguns exemplos.

Muitas cidades também receberam nomes de origem indígena, como Piracicaba, Jacuí e Itajubá.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 14.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Conhecer aspectos estruturais de algumas línguas indígenas brasileiras.
  • Reconhecer a influência de línguas indígenas no português falado no Brasil.


    Orientações

    Antes de iniciar a leitura do texto didático, pergunte aos estudantes se eles conhecem palavras utilizadas no dia a dia que têm origem indígena. Se possível, peça que expliquem seu significado. Anote as palavras na lousa para tentar decifrá-las a partir do glossário disponível na página 51.

    Explique a eles que, além das línguas representadas no esquema, que são as que têm as maiores populações falantes, há muitas outras línguas indígenas no Brasil. Algumas já foram extintas, isto é, foram substituídas por outras no cotidiano de comunicação ou seus falantes não estão mais vivos.

    Para você acessar

    Museu do Índio. Línguas indígenas do Brasil.

    Disponível em: http://fdnc.io/gtW. Acesso em: 13 maio 2021.

    O artigo discute a importância da preservação das línguas indígenas e coloca em evidência a pluralidade cultural e linguística no Brasil.

    Literacia e História

    A língua portuguesa falada no Brasil, diferente da falada em Portugal ou em algumas ex-colônias portuguesas, teve grande influência dos povos nativos que aqui viviam antes do ano 1500. A compreensão da presença indígena no código linguístico pode ajudar os estudantes a reconhecer sua relevância na cultura brasileira e as particularidades do português falado no Brasil. Além disso, o conhecimento de algumas terminologias indígenas auxilia na identificação de palavras utilizadas no cotidiano cujo significado é desconhecido.

MP075

  1. Observe novamente o organograma da página 50 e responda em seu caderno.
  1. Quais são os dois troncos linguísticos indígenas representados no organograma?

    _____

PROFESSOR Resposta: Tronco linguístico Tupi e tronco linguístico Macro-Jê.
  1. Quantas famílias linguísticas e quantas línguas indígenas estão representadas no organograma?

    _____

PROFESSOR Resposta: Seis famílias linguísticas e treze línguas indígenas estão representadas no organograma.

Boxe complementar:

Você sabia?

Etimologia é o estudo da origem das palavras e seus significados ao longo do tempo. Por exemplo, a palavra urubu é de origem Tupi-Guarani e é formada pela junção dos termos “uru” (ave grande) e “bu” (negro).

Fim do complemento.

Imagem: Ilustração. Urubu preto sobre um tronco. Fim da imagem.
  1. Utilize o glossário a seguir para escrever o significado do nome de algumas cidades.
Imagem: Ilustração. Vista de um coqueiro sobre um campo aberto com montanhas ao fundo. Ao lado, um lago. Fim da imagem.

Ubatuba: _____.

PROFESSOR Resposta: Muita fruta.

Itaúna: _____.

PROFESSOR Resposta: Pedra preta.

Indaiatuba: _____

PROFESSOR Resposta: Muita palmeira.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.

  1. Pesquise em livros e em sites confiáveis na internet a origem do nome da cidade em que você vive e anote no caderno o que descobriu.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. a) Auxilie os estudantes na observação e análise do organograma e na identificação dos dois troncos linguísticos, o Tupi e o Macro-jê. b) É esperado que os estudantes identifiquem três famílias linguísticas relacionadas a cada tronco linguístico e, para cada uma, em torno de uma a três línguas, totalizando treze línguas indígenas.

Atividade 2. A atividade visa desenvolver a habilidade de reconhecimento da formação de uma palavra a partir de uma ou mais palavras. Nesse caso, há uma aproximação com a etimologia de palavras indígenas, o que possibilita o conhecimento do significado de palavras possivelmente novas. Auxilie os estudantes a identificar os prefixos e os sufixos de cada palavra e a verificar seus significados.

Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando aos estudantes compartilhar com seus familiares os conhecimentos que estão sendo construídos na escola. Dessa forma, a atividade propicia um momento de literacia familiar, em que os estudantes podem integrar diversos conhecimentos ao seu processo de desenvolvimento. Se a cidade não tiver nome indígena, avalie a possibilidade de estender a atividade de pesquisa para algum bairro que os estudantes conheçam. Oriente a atividade de modo que pesquisem em domínios seguros e confiáveis.

As atividades 1 a 3 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Esta seção possibilita a consolidação dos conhecimentos relacionados à alfabetização e à literacia, por meio da leitura, da oralidade, da compreensão de texto e da produção escrita. A seção também favorece a mobilização das Competências Gerais 1 e 9 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; e exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. A seção contribui, ainda, para o desenvolvimento da Competência Específica de História 4 da BNCC: Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

MP076

Capítulo 2. Das vila às cidades

Muitos portugueses que vieram ao Brasil tinham o objetivo de ocupar a terra e enriquecer: eram os colonos. A maior parte do trabalho pesado, porém, não era realizada por eles. Os colonos escravizavam indígenas e africanos, que trabalhavam na produção de açúcar, na roça, em serviços domésticos, no cuidado com o gado, entre outras atividades.

As vilas foram surgindo onde havia atividade econômica. A Vila de São Vicente, fundada por Martim Afonso de Sousa, e primeiro núcleo de portugueses no Brasil, abrigava um engenho de cana-de-açúcar.

Em 1549, chegaram ao Brasil os membros de uma ordem religiosa chamada Companhia de Jesus. Eram os jesuítas, que vieram para divulgar o catolicismo e fundar escolas. Em 1554, eles fundaram um colégio que deu origem à Vila de São Paulo de Piratininga, onde atualmente está a cidade de São Paulo.

Imagem: Ilustração. Pessoas indígenas em construção de aldeia com cabanas de madeira com palha. Há homens com túnicas marrons com crucifixos. Um deles está próximo a um grupo de crianças mostrando um mapa mundo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando assentamento de jesuítas há mais de 400 anos. Antes de construir o colégio que deu origem à Vila de São Paulo, os jesuítas moravam em casas de madeira construídas pelos indígenas. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 52 e 53 pode ser trabalhada na semana 14.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Identificar aspectos do processo histórico de transformação de povoamentos em vilas e cidades.
  • Reconhecer particularidades do contexto de formação de cidades como São Paulo e Salvador, primeira capital do Brasil.
  • Conhecer o papel das missões jesuíticas junto aos indígenas e na formação de cidades. Identificar as diferenças entre grupos sociais e grupos casuais.


    Orientações

    Leia o texto da página 52 com a turma e converse com os estudantes sobre o longo processo de colonização que foi desenvolvido no território que hoje corresponde ao Brasil. Ressalte a centralidade das atividades econômicas na formação das vilas e no estabelecimento das relações sociais. É importante que os estudantes notem que tudo girava em torno da produção e circulação de riquezas e que o regime de trabalho estabelecido na colônia era majoritariamente escravo.

    Converse com os estudantes sobre a distinção entre colonos e trabalhadores na colônia, o que implicava grande desigualdade social. Isso significa que, enquanto uma grande parte da população produzia riquezas, mas não desfrutava delas, outra parte fazia investimentos, como a compra de escravos e a construção de engenhos, e ficava com todo o lucro. Assim, havia uma relação assimétrica entre trabalho e rendimentos.

    Ao longo do capítulo 2 é possível aprofundar com os estudantes a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre a formação das vilas e cidades brasileiras ao longo do tempo.

    O estatuto de vila no âmbito da colônia

    A elevação ao estatuto de vila significava acesso a uma outra categoria institucional e à autonomia política e administrativa:

    Crescendo sua expressão populacional, econômica e edificada, terá aumentado sua aspiração a outra categoria institucional, a outro tipo de reconhecimento por parte da sociedade organizada, em meio à divisão territorial estabelecida pelos poderes constituídos, enfim, por parte do Estado. A sua aspiração seguinte seria constituir não mais um embrião oficial, a célula menor eclesiástica e administrativa, porém algo mais, que não se referia apenas ao tamanho ou à ascensão gradual hierárquica: seria alcançar a autonomia política e administrativa, seria passar a constituir sede de um município, passar a zelar por si mesma, aglomeração, e por um território próprio correspondente que lhe seria designado, seu termo. A autonomia municipal colocaria o povoado, quem sabe a antiga freguesia ou paróquia, como unidade autônoma dentro do Estado, fosse o reino como uma de suas colônias, fosse esta como o país já independente. O povoado se tornaria a sede de uma área territorial bem definida, entre outras mais antigas ou a serem criadas, termos municipais na ocasião definidos ou redefinidos. Ganhava então, para todos os efeitos, um lugar ao sol.

    BUENO, Beatriz Piccolotto Siqueira. Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo (1532-1822). In : Anais do Museu Paulista : história e cultura material, vol. 17, n. 2, São Paulo, jul./dez., 2009. Disponível em: http://fdnc.io/gtX. Acesso em: 13 maio 2021.

MP077

Imagem: Fotografia. Prédio grande em forma de casarão com janelas nos andares superiores. No centro há uma torre retangular com telhado triangular. À frente, pátio de concreto com monumento central. Fim da imagem.

LEGENDA: Pátio do Colégio, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2018. O colégio que deu origem à Vila de São Paulo sofreu várias modificações ao longo do tempo. Atualmente, abriga uma igreja, um museu e uma biblioteca. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Casarão em forma de L. Na parte da direita há uma torre retangular com telhado triangular. Na frente há um pátio de terra aberto com poucos coqueiros. Fim da imagem.

LEGENDA: Pátio do Colégio, de Benedito Calixto. Final dos anos 1800. Óleo sobre tela, 35 cm × 60 cm. FIM DA LEGENDA.

  1. Quem eram os colonos e quais eram seus objetivos?

_____

PROFESSOR Resposta: Os colonos eram portugueses que vieram ao Brasil com o objetivo de ocupar a terra e enriquecer.
  1. Por que os jesuítas vieram para o Brasil?

    _____

PROFESSOR Resposta: Para divulgar a fé católica e fundar escolas na colônia.
  1. Observe as imagens desta página.
    • Por que é importante para a história da cidade de São Paulo a preservação de parte do Pátio do Colégio?

      _____

PROFESSOR Resposta: Porque o colégio representa um marco histórico para o surgimento da vila que deu origem ao município de São Paulo e para a memória da cidade.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Converse com os estudantes sobre o que significou o processo de colonização e ocupação do território. Os colonos tinham por objetivo ocupar o território colonial, garantir a posse de terras, explorar riquezas e desenvolver atividades econômicas lucrativas.

Atividade 2. Explique aos estudantes que a conversão dos nativos ao catolicismo era uma das práticas recorrentes da empresa colonial. Conforme a metrópole expandia seu domínio político para outros territórios, também a Igreja ampliava a população sob sua influência, estabelecendo as chamadas missões. Por adorarem as forças da natureza, os indígenas eram considerados pecadores pelos clérigos, que buscavam batizá-los e orientá-los na fé cristã.

Atividade 3. Faça a leitura e a interpretação das imagens do Pátio do Colégio, identificando permanências e rupturas entre o tempo de sua fundação e os tempos atuais. Converse com os estudantes sobre a construção, que é um espaço de memória da cidade.

As atividades 1 a 3 contribuem para mobilizar a habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Para você acessar

Pateo do Collegio.

Disponível em: http://fdnc.io/gtY. Acesso em: 13 maio 2021.

Por meio do site do Pátio do Colégio, é possível conhecer um pouco mais a história da formação das primeiras cidades brasileiras e esse marco histórico e cultural preservado na cidade de São Paulo.

MP078

Em 1549, o governo português enviou uma expedição para o Brasil para fundar a cidade de Salvador, no estado da Bahia. Nas proximidades do lugar escolhido havia engenhos de açúcar e o solo era fértil para a sobrevivência dos colonos.

A cidade seria a sede do governo português no Brasil.

Salvador foi construída no alto de um morro para dificultar os ataques indígenas e de povos estrangeiros. Na parte mais alta seriam construídos as principais casas e os prédios ligados ao governo, como a Câmara Municipal e o palácio do governador. Na parte baixa, próxima ao mar, ficariam o restante das casas e os armazéns. As construções eram muito simples, todas feitas de barro amassado.

Para reforçar a segurança, ao redor da cidade foram construídos muros. Observe o desenho a seguir.

Imagem: Ilustração. Planta de salvador há 474 anos. Contornos apresentando muros por toda a cidade. Próximo ao mar há cidade baixa. Mais próximo ao centro há cidade alta. Há pontos marcados: Palácio do governador; Guarita; Igreja; Câmara Municipal; Armazém; Hospital; Porta da cidade; Fosso em torno dos muros. No canto inferior direito há uma rosa dos ventos. Abaixo, escala de 0 a 500 km. No canto superior direito há um mapa destacando a região. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação ilustrada de planta da cidade de Salvador em 1549. FIM DA LEGENDA.

Fonte: Avanete Pereira Sousa. Salvador, capital da colônia. São Paulo: Atual, 1995. p. 6. (Ilustração fora de escala.)

Boxe complementar:

Você sabia?

Até hoje, as partes mais antigas de Salvador são conhecidas como cidade alta e cidade baixa. Na parte de baixo, localizam-se o porto e o mercado. Na parte de cima, estão alguns dos mais importantes prédios históricos da cidade, como a Igreja de São Francisco e o Palácio Rio Branco.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 54 e 55 podem ser trabalhadas na semana 15.

Converse com os estudantes sobre a fundação da cidade de Salvador em 1549 e sobre as medidas de segurança que foram implementadas para a recepção da sede do governo português no Brasil.

Comente que o Brasil, por produzir muitas riquezas, era alvo da cobiça de outros exploradores europeus, como franceses e holandeses. Por isso, foi necessário instalar os prédios administrativos considerando o relevo da cidade e erguer muros e fortes, como em outras cidades do litoral brasileiro.

Converse com os estudantes sobre as técnicas de construção de moradias populares. Relembre à turma a utilização de barro e toras de madeira na chamada “casa de pau a pique” ou “taipa de mão”, mencionando que essas técnicas eram utilizadas desde o início da colonização e da construção da cidade de Salvador.

Atividade complementar: Refletir sobre uma canção

  • A música “Duas cidades”, da banda Baiana System, foi lançada no álbum homônimo em 2016. Ela trata da divisão da cidade de Salvador em cidade baixa e cidade alta ainda nos dias de hoje e pode ser trabalhada em uma atividade lúdica em sala de aula.
  • Reproduza a música sem comentar com os estudantes do que ela trata. Deixe que ouçam com atenção e auxilie na interpretação de alguns termos em que possam ter dificuldade.
  • Ao final da canção, pergunte de que cidade trata a música e o que ela informa sobre essa cidade. Oriente os estudantes a perceber que a letra da canção demonstra uma permanência na organização de Salvador em cidade baixa e cidade alta.

MP079

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Releia o texto da página anterior e observe as imagens abaixo.
Imagem: Ilustração. Vista de muitos navios sobre o mar chegando em terra formada por morros com porto abaixo e cidade no topo. Fim da imagem.

LEGENDA: S. Salvador/Baya de Todos os Santos, de Claes J. Visscher e Hessel Gerritsz. 1624. Gravura,
23,5 cm × 32 cm. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista de casas antigas na margem de um morro. Acima do morro há casarões e monumento retangular com passarela para vista do mar. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista parcial da cidade alta e da cidade baixa em Salvador, estado da Bahia, 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Em sua opinião, por que alguns dos mais importantes prédios estão na parte alta da cidade e o mercado, na parte baixa?

_____

PROFESSOR Resposta: Os prédios ligados à Igreja e ao poder ficavam na parte mais alta, protegidos contra eventuais ataques inimigos. O mercado foi construído na parte baixa para facilitar o transporte de produtos que chegavam ao porto.
  1. Quais são as semelhanças e as diferenças entre as duas imagens?

    _____

PROFESSOR Resposta: Semelhanças: a divisão da cidade em duas partes, alta e baixa, e a localidade representada em cada uma delas. Diferenças: os barcos e a presença de novas construções.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando que os estudantes troquem informações e ideias com um familiar sobre o assunto estudado. Antes da realização da atividade oriente-os na comparação das duas imagens. Eles devem reconhecer que, apesar de representarem a mesma paisagem em tempos históricos variados, o suporte delas é diferente: uma é gravura e a outra, uma fotografia. Pode ser interessante discutir as particularidades de cada suporte ressaltando que, mesmo parecendo um retrato fiel da realidade, a fotografia também é uma forma de representação artística, pois seu recorte é feito de forma parcial pelo fotógrafo.

Chame a atenção para os componentes naturais e os componentes construídos da paisagem de Salvador. Essa abordagem pode servir de introdução ao conteúdo de patrimônio cultural e patrimônio natural que será tratado no capítulo 4.

Avalie a possibilidade de conversar com os estudantes sobre a composição étnica de Salvador e a herança colonial. Segundo o último censo registrado pelo IBGE, a cidade tem a maior população negra do mundo fora da África. Proponha uma discussão com a turma sobre as permanências do período colonial e o papel da migração forçada de africanos nesse dado atual.

Após a realização da atividade, promova uma conversa em sala de aula para que todos possam compartilhar suas opiniões e análises. A atividade também propicia um momento de literacia familiar e a integração dos conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.

A atividade 4, de comparação entre uma imagem da cidade de Salvador no período colonial e na atualidade, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.

MP080

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Pluralidade cultural. Fim da imagem.

O registro do número de habitantes

Crescimento da população

Durante o período colonial, havia apenas cálculos aproximados do número de habitantes do Brasil. As paróquias das vilas eram responsáveis pelos registros de nascimento, casamento e óbito, mas muitas pessoas moravam em lugares de difícil acesso e não conseguiam registrar os filhos.

De acordo com estimativas, em 1500 havia cerca de 15 mil pessoas; em 1600 o número aumentou para 100 mil habitantes; e em 1800 havia 3 milhões e 250 mil habitantes.

Analfabetismo

Em 1872, foi realizado um censo demográfico para conhecer algumas características da população brasileira.

Além do número de habitantes, foi contabilizada a quantidade de analfabetos. A educação, naquele período, era pouco acessível: dos quase 10 milhões de habitantes no Brasil, cerca de 80% eram analfabetos.

Imagem: Ilustração complementar das páginas 56 e 57. Pessoas com vestimentas de época transitando em ruas entre casas. Há dois homens descalços com calças brancas rasgadas levando um homem em uma rede de transporte, o homem está deitado, vestindo camisa branca, calça preta e sapatos. Ao lado, homem de cartola preta, vestindo paletó longo azul e calça amarela, ele conversa com mulher de cabelo médio castanho, vestindo vestido longo branco e echarpe rosa transpassa entre os braços. Em seguida, meninos com calça branca rasgadas carregam jarras de água. Há uma mulher turbante azul, avental branco e vestido roxo, descalça, levando um jarro na cabeça. À frente, mulher de cabelo preso loiro, vestindo vestido longo branco e echarpe azul entre os braços. À direita, homem de chapéu amarelo, vestindo camisa, casaco roxo e calça branca, ele observa menino e mulher com abacaxis em cestos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando uma cidade há cerca de 300 anos. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 16.

Objetivos pedagógicos da seção

Reconhecer informações quantitativas e qualitativas sobre a população no Brasil durante o período colonial.

Identificar diferentes formas de registro populacional e observar maneiras de representar dados coletados em pesquisas.

Orientações

Proponha a leitura compartilhada da seção fazendo pausas em intervalos de tempo para conferir se os estudantes estão acompanhando o conteúdo do texto. Pergunte a eles o que mudou no registro de habitantes no Brasil dos tempos coloniais até hoje em dia.

Explique que os dados sobre a população e suas condições de vida possibilitam o planejamento de políticas públicas que possam atender bem às suas necessidades. O trabalho proposto nesta seção possibilita o aprofundamento da abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre a vida nas cidades brasileiras ao longo do tempo e as problemáticas relacionadas às formas de desigualdade social.

Educação em valores e temas contemporâneos

A alfabetização é direito de todos os brasileiros garantido pela Constituição. O governo deve garantir acesso às escolas públicas a todos os cidadãos para que, assim, possam se apropriar de conhecimentos elaborados pela humanidade, se desenvolver intelectualmente e criar autonomia. Converse com os estudantes sobre os índices de analfabetismo no Brasil ainda hoje de modo que reconheçam a alfabetização global como passo fundamental no combate à desigualdade social.

Os censos demográficos

Os censos demográficos realizados no Brasil a cada dez anos permitem à sociedade conhecer melhor a evolução da distribuição territorial da população do país e as principais características socioeconômicas das pessoas e dos seus domicílios. Essas informações são imprescindíveis para a definição de importantes políticas públicas regionais, para a tomada de decisões de investimentos público e privado e contribuem para planejar adequadamente o uso sustentável dos recursos. [...] Os censos demográficos, por pesquisarem todos os domicílios do país, constituem a única fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios e em seus recortes territoriais internos – distritos, subdistritos, bairros e classificação de acordo com a localização dos domicílios em áreas urbanas ou rurais.

IBGE. Censo Demográfico 2010 . Rio de Janeiro: IBGE, 2011. p. 9-11.

MP081

Censo e planejamento

Desde 1936, os censos passaram a ser realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações coletadas pelo IBGE são muito importantes para que o governo possa planejar sua atuação. O governo pode saber, por exemplo, quantas pessoas não estão estudando, onde faltam escolas e tentar reverter essas situações.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas sobre as atividades desta página na coluna abaixo. Fim da observação.
  1. Por que não era possível saber exatamente o número de habitantes do Brasil no período colonial?
  1. Observe o gráfico abaixo.
    1. O gráfico traz dados sobre qual característica do povo brasileiro?
    1. O que mudou do ano de 1872 para o ano de 2019?
    1. Que utilidade essas informações têm para o governo brasileiro?
Imagem: Gráfico. Analfabetismo no Brasil: (1872 e 2019). Na vertical, em %. 1872: 80%. 2019: 10%. Fim da imagem.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2019. Disponível em: http://fdnc.io/fkY. Acesso em: 29 jan. 2021.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Espera-se que os estudantes reconheçam que não havia nenhum órgão responsável pelo serviço de censo durante o período colonial e, por isso, os dados desse período são apenas estimativas. Os registros de nascimento, casamento e óbito eram realizados nas paróquias das vilas, mas muitas pessoas moravam em lugares de difícil acesso e não registravam os filhos.

Atividade 2. Auxilie os estudantes a identificar quantidades nesse tipo de representação gráfica e a interpretá-las.

a) O gráfico apresenta dados sobre o analfabetismo no Brasil entre 1872 e 2019.

b) O analfabetismo reduziu drasticamente no período indicado.

c) Os dados possibilitam ao governo o reconhecimento de deficiências no acesso à educação da população e, com base neles, é possível tomar medidas para melhorar esse serviço público.

Esta seção favorece a mobilização das Competências Gerais 1 e 7 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; e argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. A seção também favorece o desenvolvimento das Competências Específicas de Ciências Humanas 5 e 7 da BNCC: Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados; e utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. A seção possibilita ainda a mobilização das Competências Específicas de História 1 e 5 da BNCC: Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo; e Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.

MP082

Capítulo 3. A ocupação do espaço por meio do comércio

As primeiras vilas e cidades do Brasil foram estabelecidas próximas ao litoral. Para ocupar o interior do território, eram realizadas expedições, como as chamadas bandeiras.

Durante cerca de 200 anos, grupos de colonos paulistas organizaram as bandeiras em direção ao interior com o objetivo de capturar indígenas e encontrar ouro, prata e outras pedras preciosas. Seus integrantes receberam o nome de bandeirantes.

Os colonos paulistas que integravam as bandeiras eram, geralmente, agricultores, pequenos comerciantes e aventureiros. Havia um grande número de colonos mamelucos e poucos colonos brancos.

Os indígenas capturados eram aprisionados e escravizados para trabalhar nas lavouras, em serviços domésticos nas próprias bandeiras e como guias; sem eles, portanto, não haveria expedições. Os indígenas procuraram resistir, organizando lutas contra a escravidão e a perda de suas terras.

Imagem: Ilustração. Homens de chapéu arredondado, vestindo camisa e calça branca e colete preto. Eles carregam armas longa. Entre eles há mulheres e crianças indígenas nuas amarradas andando por estrada de terra. Fim da imagem.

LEGENDA: Mamelucos conduzindo prisioneiros índios, de Jean-Baptiste Debret. 1834-1839. Gravura,
21 cm × 32,5 cm. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

A aula prevista para os conteúdos das páginas 58 e 59 pode ser trabalhada na semana 16.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Apresentar os bandeirantes, vaqueiros e tropeiros como importantes atores sociais no processo de interiorização do Brasil.
  • Discutir a contribuição dos indígenas nas entradas e bandeiras.
  • Identificar o contexto de formação do comércio interno na colônia e o início da atividade pecuária no Nordeste.


    Orientações

    Os bandeirantes dificilmente teriam sucesso em suas expedições sem o trabalho do grande número de indígenas escravizados. Eles carregavam os mantimentos, conheciam os caminhos e as ervas medicinais e sabiam diferenciar os frutos comestíveis dos venenosos. Além disso, muitos indígenas ficavam em clareiras no meio do caminho para plantar roças que seriam colhidas meses depois na volta das expedições ou deixadas para os próximos bandeirantes que por ali passassem.

    Ao longo do capítulo 3 é possível aprofundar com os estudantes a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre a interiorização e ocupação do território brasileiro.

    Para você ler

    Formas provisórias de existência: a vida cotidiana nos caminhos, nas fronteiras e nas fortificações, de Laura de Mello e Souza. In: História da vida privada no Brasil : cotidiano e vida privada na América portuguesa. Laura de Mello e Souza (org.). São Paulo: Companhia de Bolso, 2018.

    Nesse capítulo, a historiadora Laura de Mello e Souza trata das experiências dos viajantes que contribuíram para a ocupação e formação de vilas no interior do território.

    Os bandeirantes

    A grande marca deixada pelos paulistas na vida colonial do século XVII foram as bandeiras. Expedições que reuniam às vezes milhares de índios lançavam-se pelo sertão, aí passando meses e às vezes anos, em busca de indígenas a serem escravizados e metais preciosos. Não é difícil entender que índios já cativos participassem sem maiores problemas dessas expedições, pois, como vimos, a guerra – ao contrário da agricultura – era uma atividade própria do homem nas sociedades indígenas. O número de mamelucos e índios sempre superou o dos brancos. A grande bandeira de Manuel Preto e Raposo Tavares que atacou a região do Guaíra em 1629, por exemplo, era composta de 69 brancos, 900 mamelucos e 2 000 indígenas.

    FAUSTO, Boris. História do Brasil . 2ª ed. São Paulo: Edusp, 1995. p. 94.

MP083

Os bandeirantes costumavam parar para repousar em locais considerados seguros, que acabavam virando ponto de parada e de descanso para outras expedições.

As maiores consequências das bandeiras foram a descoberta de minas de ouro, a expansão territorial da colônia e a escravização e morte de milhares de indígenas. Além disso, as bandeiras abriam caminhos e clareiras nas matas e, em vários desses locais, foram surgindo povoados, que mais tarde se tornaram vilas e cidades, como é o caso de Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva e Itu, no estado de São Paulo.

  1. Observe a pintura e responda às questões no caderno.
Imagem: Ilustração. Destaque de homens fardados de chapéu, vestindo camisa e calça, segurando armas de fogo soltando fumaça pelo cano. Eles miram contra homens indígenas nuas com arcos e flechas. Na imagem, eles estão em florestas. Fim da imagem.

LEGENDA: C ombate aos Botocudos, de Jean-Baptiste Debret. 1834. Litografia colorida à mão,
25,7 cm × 34,9 cm. A obra mostra um conflito entre bandeirantes e indígenas do planalto paulista. FIM DA LEGENDA

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas sobre estas questões na coluna abaixo. Fim da observação.
  1. Qual acontecimento é representado na pintura?
  1. Quais eram os objetivos das bandeiras?
  1. Quem eram os bandeirantes?

Boxe complementar:

Hora da leitura

Bandeirantes, de Regina Helena de Araújo Ribeiro. São Paulo: Saraiva, 2021.

O livro apresenta a história ficcional de Diogo Fernandes de Sá, um jovem de quatorze anos que vive na Vila de São Paulo de Piratininga. As aventuras de Diogo se misturam com fatos reais da história do Brasil.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. A pintura representa conflitos entre bandeirantes e indígenas. Os estudantes devem relembrar que as bandeiras tinham como objetivo a captura de indígenas e a procura de metais e pedras preciosas. Os bandeirantes eram geralmente colonos paulistas, de origem mestiça. Converse com os estudantes sobre a rotina itinerante dos bandeirantes, a necessidade de caça, pesca e coleta para garantir a alimentação e as dificuldades de adentrar a mata densa em territórios desconhecidos. Ressalte o fato de que as bandeiras significaram graves perdas para os indígenas que, apesar de conhecer melhor os caminhos para fuga, tinham desvantagem em relação às armas de fogo usadas pelos bandeirantes, como arcabuzes e pistolas. Os arcabuzes eram tipos de espingarda que podiam ser municiados com pedras encontradas pelo caminho.

A atividade 1 contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Atividade complementar: Pesquisa iconográfica

  • Existe uma vasta produção iconográfica de pinturas históricas dos bandeirantes. Podemos citar a obra de Debret e a de Benedito Calixto, por exemplo.
  • Proponha aos estudantes que façam uma pesquisa em livros e sites sobre gravuras e pinturas que têm como tema o bandeirantismo. Eles poderão se organizar em trios para fazer a atividade e devem escolher apenas uma pintura. Oriente-os a buscar imagens que não estejam disponíveis no Livro do Estudante.
  • Peça que apresentem a imagem escolhida e descrevam a cena e a maneira como os bandeirantes foram representados. Ao final, estimule a turma a discurtir a atividade.

MP084

Os tropeiros

Há cerca de 300 anos, as regiões de mineração de ouro e de pedras preciosas começaram a ser descobertas pelos bandeirantes.

Essas regiões de mineração eram abastecidas pelos tropeiros, grupos de homens livres e escravizados. Eles transportavam, no lombo de mulas e burros, roupas, ferramentas, utensílios domésticos e alimentos vindos de outras partes da colônia.

Uma das rotas mais utilizadas pelos tropeiros era o Caminho do Viamão, que partia da atual cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul, em direção à atual cidade de Sorocaba, no estado de São Paulo. Chegando a esse local, novas tropas eram formadas para transportar produtos até a região das minas.

Os pousos eram locais de descanso dos tropeiros. Muitas vezes, os tropeiros permaneciam ali por até seis meses, por isso, nesses lugares, desenvolveram-se feiras e vilarejos, que, mais tarde, deram origem a cidades.

Imagem: Ilustração. Morros de terra com cidade pequena de alvenaria ao fundo. Pelas montanhas há fileiras de homens montados em cavalos formando uma longa procissão. No céu há urubus pretos sobrevoando. À direita, sobre a terra há um cavalo morto com urubus sobre ele, abaixo, um cachorro está próximo a um lago. Fim da imagem.

LEGENDA: Caravana de mercadores indo à Tijuca, de Johann Moritz Rugendas. 1825. Gravura,
31,5 cm × 23 cm. FIM DA LEGENDA

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Qual foi a importância dos tropeiros para o desenvolvimento de algumas cidades?
PROFESSOR Resposta: Nos lugares de pouso das rotas dos tropeiros, desenvolveram-se feiras e vilarejos, que, mais tarde, deram origem a cidades.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 60 e 61 pode ser trabalhada na semana 17.

Orientações

Atividade 2. É importante que os estudantes compreendam o papel dos bandeirantes no início da exploração das minas e metais preciosos e a função dos tropeiros no abastecimento destas regiões.

Até o século XVIII, a produção de alimentos e o comércio de subsistência na colônia eram realizados apenas no litoral, onde se encontrava a população. A ocupação do interior e o início da exploração de minas criaram a necessidade de uma rede de distribuição de bens de consumo que ia de norte a sul da colônia.

Muitas tropas partiam de fazendas de gado no sul da colônia, pois naquela região desenvolveu-se a pecuária, e paravam nas feiras, que eram pontos de encontro comerciais. Nesses locais, os líderes das tropas negociavam bois, mulas, cavalos e artigos relacionados à criação de gado, além de adquirir mercadorias de outras regiões da colônia, como alimentos, artigos de couro e tecidos.

A atividade 2 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Memória tropeira

[...] No final do século XVII o ouro foi encontrado e atraiu muita gente: fluminenses, paulistas, baianos, pernambucanos e até mesmo portugueses, que para as Minas vieram à procura da riqueza fácil no ouro encontrado nas margens dos ribeiros. O metal precioso movia tudo, mas era uma vida difícil. Tudo vinha de longes paragens para abastecer as áreas mineiras. Logo surgem as primeiras plantações de subsistência. Ao longo dos caminhos vão criando os pontos de descanso, abrigo e abastecimento. No final dos setecentos, mais de meio milhão de pessoas vivia nas Minas Gerais e para garantir a sobrevivência e diversificar a circulação de bens, outras atividades foram desenvolvidas: agricultura e agropecuária. [...]

Os tropeiros eram os homens de negócios, que compravam e vendiam. Alguns produziam em suas propriedades. Circulavam por infinitas trilhas e caminhos, subindo e descendo serras, atravessando rios e riachos. Abasteciam os povoados de novidades, de utensílios e variedades. Tinha até tropeiro joalheiro. Além de vender de tudo um pouco, em muitos lugares o tropeiro levava e trazia notícias ou mensagens. Os tropeiros circulavam de norte a sul, de leste a oeste. [...]

Do Rio Grande do Sul partiam tropas com destino a São Paulo. Saíam de Viamão e um dos pontos de parada era Sorocaba. Esta rota tornou-se conhecida e ao longo dela surgiram várias ocupações, por diversos fatores, dentre eles se destacavam: a pastagem para os animais e o abastecimento. Muitas tropas seguiam outros destinos, indo e voltando. Circulando e ampliando sobremaneira o território brasileiro. [...]

CRUZ, Luiz. Memória tropeira. Portal Educacional do Estado do Paraná , 27 jul. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/bYH. Acesso em: 10 jul. 2021.

MP085

Os vaqueiros

Os primeiros rebanhos de gado que se desenvolveram na atual região Nordeste do Brasil geralmente ficavam próximos às plantações de cana-de-açúcar no litoral. Como o gado ficava solto, era comum os bois entrarem nas plantações e as destruírem. Para manter os bois longe das plantações, eles foram levados ao interior, e, com o tempo, foram instaladas fazendas de gado.

A grande maioria das fazendas de gado era estabelecida em regiões próximas a rios. É o caso da região nas proximidades do rio São Francisco, ocupada por causa da expansão da pecuária.

Para comercializar os animais, os vaqueiros percorriam distâncias enormes entre as fazendas de gado e os engenhos. Com o tempo, eles foram abrindo diversas rotas entre o litoral e o interior.

Durante o trajeto, os vaqueiros paravam para descansar com as tropas e se alimentar. Nesses pontos de descanso, casas pequenas e ranchos foram construídos, formando povoados. Com o passar do tempo, os povoados foram atraindo um número cada vez maior de pessoas, e muitos deles tornaram-se vilas. Mais tarde, essas vilas deram origem a cidades.

Imagem: Ilustração. Homem de chapéu preto, vestindo camisa branca e casaco marrom. Ele está em um cavalo preto, tocando gado branco em pasto longo de grama verde. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando vaqueiro acompanhando o gado no interior do Nordeste no período colonial. FIM DA LEGENDA

  1. Quais foram as consequências do deslocamento dos rebanhos de bois para o interior?

_____

PROFESSOR Resposta: O estabelecimento de fazendas de gado na atual região Nordeste do Brasil, a abertura de rotas entre o litoral e o interior e a formação de povoados.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Explique aos estudantes que a atividade pecuária no tempo da colônia era responsável pela viabilização do trabalho de tração animal utilizado nos engenhos e pelo fornecimento de alguns produtos, como o couro, o charque e a carne-seca. Esses tipos de carne eram geralmente consumidos por viajantes por serem pouco perecíveis.

Diferentemente da cana-de-açúcar, principal produto econômico do Brasil na época, as fazendas de gado no interior eram latifúndios baseados em trabalho livre e assalariado. Graças à ampla ocupação de fazendas de gado, o rio São Francisco ficou também conhecido como “Rio dos Currais”.

Atividade 3. Espera-se que os estudantes reconheçam o deslocamento dos rebanhos bovinos como impulsionador da expansão do território brasileiro para o interior e da formação de vilarejos e cidades, assim como o bandeirantismo e o tropeirismo. Esses três fenômenos ocorridos nos séculos XVII e XVIII foram fundamentais para a interiorização do país e a descoberta de riquezas.

A atividade 3 contribui para a mobilização da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

MP086

Como as pessoas faziam para...

Comprar produtos para o dia a dia

No Brasil colonial, havia muita dificuldade para comprar mantimentos, roupas e utensílios domésticos e de trabalho. As distâncias entre vilas e cidades dificultavam o comércio. Por isso, os lugares de pouso dos tropeiros tornaram-se ponto de encontro de comerciantes e pequenos produtores.

Além de conduzir tropas para vender mulas e gado, os tropeiros levavam outras mercadorias para comercializar, como carne-seca e farinha, e abasteciam armazéns que vendiam diversos produtos.

O atravessador comprava grande quantidade de mercadorias a preço baixo e as revendia por preços mais altos.

As feiras atraíam artistas e pessoas à procura de emprego.

Imagem: Ilustração complementar das páginas 62 e 63. Ilustração. Vista superior de praça de cidade com pessoa em roupas de época. Há pessoas em atividades diversas. Espalhados há barracas de comerciantes com produtos expostos. Há homens tocando instrumentos e fazendo malabaristas com roupas coloridas e pessoas os observando. Há homens em cavalos carregando caixas e malas, e carroças puxadas por valados. Ao fundo há homens de cavalo seguindo trilha enfileirados. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração representando uma feira e local de pouso no interior do Brasil há 300 anos. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 17.

Objetivo pedagógico da seção

  • Identificar informações sobre o comércio interno realizado na colônia e sobre a participação de diversos sujeitos sociais.

    Orientações

    Proponha aos estudantes que observem a ilustração com atenção. Destaque o cenário, onde se verificam representações de sobrados de arquitetura colonial e igrejas, além das tendas da feira na praça central. Explique que as construções foram aos poucos sendo erguidas em locais de pouso e trocas de mercadorias em um gradual processo de formação das cidades.

    Identifique os personagens representados no contexto da ilustração: tropeiros, artistas, agricultores, mascates e compradores. Pergunte aos estudantes quais eram as funções de cada um, incentivando-os a buscar as informações nos textos de legenda.

    Entre os personagens representados, as mulheres tinham posição de destaque no comércio em vilas e cidades do Brasil nesse tempo. Apoie-se no texto de Mary del Priore reproduzido a seguir para abordar o assunto em sala de aula.

    O trabalho proposto nesta seção possibilita o aprofundamento da abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre a importância das feiras na formação de vilas e cidades no período colonial e sua permanência no presente.

    História do comércio no Brasil colonial

    A presença feminina foi sempre destacada no exercício do pequeno comércio em vilas e cidades do Brasil colonial. Desde os primeiros tempos, em lugares como Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, estabeleceu-se uma divisão do trabalho assentada em critérios sexuais, em que o comércio ambulante representava ocupação preponderantemente feminina. A quase exclusiva presença feminina num mercado onde se consumiam gêneros a varejo, produzidos muitas vezes na própria região colonial, resultou da convergência de duas referências culturais determinantes no Brasil. A primeira delas está relacionada à influência africana, uma vez que nessas sociedades tradicionais as mulheres desempenharam tarefas de alimentação e distribuição de gêneros de primeira necessidade. O segundo tipo de influência deriva da transposição para o mundo colonial da divisão de papéis sexuais vigentes em Portugal, onde a legislação amparava de maneira incisiva a participação feminina. [...]

    A atuação das mulheres motivou dores de cabeça constantes às autoridades locais, embora todos reconhecessem sua função vital para o precário abastecimento daquela população espalhada por vilas e catas de ouro, pelos rios e montanhas da região. As vendas se multiplicariam indiscriminadamente pelo território. Estabelecimentos comerciais dotados de grande mobilidade faziam chegar às populações trabalhadoras das vilas e das áreas de mineração aquilo que importava ao seu consumo imediato: toda a sorte de secos (tecidos, artigos de armarinho, instrumentos de trabalho) e molhados (bebidas, fumo e comestíveis em geral).

    DEL PRIORE, Mary. História das mulheres no Brasil . São Paulo: Contexto, 1997. p. 144-145.

MP087

Durante as feiras, muitos agricultores aproveitavam para comercializar o que haviam produzido.

Com a mineração, o ouro começou a circular mais e era usado como moeda.

Nas feiras, era possível trocar uma mercadoria por outra ou por dinheiro.

Havia também a figura do caixeiro-viajante ou mascate, que circulava entre as vilas e as cidades vendendo artigos provenientes de outras regiões.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas sobre estas atividades na coluna abaixo. Fim da observação.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Por que no Brasil colonial era difícil comprar vestuário e mantimentos?

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Quais produtos eram comercializados nas feiras?

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Existe atualmente algum evento de comércio que lembre as feiras do período colonial? Se sim, qual?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. As distâncias entre vilas e cidades no Brasil colonial dificultavam o acesso a produtos necessários no dia a dia. Era preciso contar com pessoas que cuidassem do transporte entre o local de produção e o local de compra desses produtos.

Atividade 2. Os estudantes poderão identificar carne-seca, cachaça e farinha, peças de vestuário, utensílios domésticos e produtos agrícolas.

Atividade 3. Se considerar válido, peça aos estudantes que façam uma pesquisa para responder a essa pergunta. É possível orientá-los a pensar nos comércios populares de sua cidade para identificar aproximações com o comércio colonial. Espera-se que reconheçam que ainda hoje são realizadas feiras em tendas que possibilitam a compra e venda de diversos tipos de produto.

As atividades 1 a 3 desta seção contribuem para a mobilização da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Esta seção contribui para a mobilização da Competência Específica de História 5 da BNCC: Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.

MP088

Capítulo 4. A preservação das primeiras formações urbanas

Cada cidade tem uma história diferente, considerando a sua origem, as atividades econômicas que influenciaram seu crescimento, os habitantes, os tipos de construção e os lugares de convivência, além dos hábitos e costumes da população.

Em algumas cidades, pode existir uma construção antiga que é considerada um patrimônio. Isso significa que a construção é importante para a história do local.

Patrimônio é o conjunto de bens materiais e imateriais que revelam a história de um lugar, de seu povo e a sua relação com o ambiente. Também apresenta marcas valiosas do passado que devem ser preservadas e transmitidas para as futuras gerações.

Ao obter o título de patrimônio, a construção recebe proteção e tratamento especiais para a sua preservação, como a Casa do Butantã. Ela foi construída no período colonial brasileiro, nos anos 1700, com a técnica de taipa de pilão. A construção representa um dos modelos típicos de moradias rurais paulistas de quando a cidade de São Paulo ainda era uma vila com algumas poucas casas e sítios.

Imagem: Fotografia. Vista de casa branca com porta central de arco e duas janelas pequenas em arcos laterais. No centro há uma pequena varanda. Ao redor há árvores e gramado. Fim da imagem.

LEGENDA: Casa do Butantã, município de São Paulo, estado de São Paulo, 2016. A Casa do Butantã ou Casa do Bandeirante é um patrimônio histórico da cidade de São Paulo. Ela foi construída há cerca de 300 anos e, atualmente, faz parte do conjunto de edifícios que abrigam o Museu da Cidade de São Paulo. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 64 a 67 podem ser trabalhadas na semana 18.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Conhecer o conceito de patrimônio e suas diferentes definições.
  • Reconhecer a importância da preservação dos patrimônios para a compreensão da identidade histórica de um povo ou comunidade.
  • Identificar construções como patrimônios históricos brasileiros.


    Orientações

    Converse com os estudantes sobre o conceito de patrimônio. Inicie perguntando se já ouviram falar desse termo e o que ele significa. Auxilie-os a distinguir patrimônio material de imaterial explicando que, enquanto um pode ser visto e tocado, o outro é abstrato. Para facilitar a apreensão, dê exemplos de cada um – patrimônios materiais: construções, monumentos, pinturas etc.; patrimônios imateriais: danças, músicas, folclore, culinária etc.

    É importante que reconheçam a relevância dos patrimônios para a identidade e a memória de um povo. Para isso, busque aproximar o assunto do cotidiano e dos interesses dos estudantes perguntando o que consideram que deveria ser um patrimônio e por quê. Informe-os se o que citarem já for reconhecido como tal.

    Explique aos estudantes que a construção considerada patrimônio recebe investimentos para sua preservação.

    Ao longo do capítulo 4 é possível aprofundar a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, dando especial ênfase à reflexão sobre a vida nas cidades e a importância da preservação dos patrimônios brasileiros.

    Casa do Butantã ou Casa do Bandeirante

    A Casa do Bandeirante representa um dos exemplares típicos de habitações rurais paulistas construídas entre os séculos XVII e XVIII em vasta área periférica ao núcleo urbano primitivo, localizadas predominantemente junto à bacia de dois rios: o Tietê e o seu afluente Pinheiros.

    Nesse conjunto remanescente, identificado a partir da década de [19]30 a princípio por Mario de Andrade e depois por Luis Saia, esta casa representa um raro exemplar de edificação que acompanha as mudanças da cidade de São Paulo desde os primeiros séculos da colonização portuguesa, evidenciando em seu partido arquitetônico e em suas paredes a memória dos processos construtivos da arquitetura colonial paulista, em especial da taipa de pilão.

    [...].

    Em 1953, a Comissão do IV Centenário de São Paulo torna-se responsável pela casa promovendo sua restauração, realizada pelo arquiteto Luis Saia e nela instalando a partir de 30 de outubro de 1955, um museu evocativo da época das bandeiras, com acervo próprio, a partir do recolhimento de móveis, utensílios e outros objetos históricos no interior de São Paulo, Minas Gerais e Vale do Paraíba. Acumulando simbolicamente ao longo dos anos identidades diversas, a Casa do Bandeirante está incluída, em caráter permanente, nos roteiros turístico-históricos da cidade, ícone de um passado histórico idealizado, espaço de crítica e contextualização de mitos e documento arquitetônico preservado.

    PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Casa do Bandeirante. Museu da Cidade de São Paulo. Disponível em: http://fdnc.io/gtZ. Acesso em: 13 maio 2021.

MP089

Em alguns casos, não só uma construção, mas todo um conjunto urbano pode ser considerado patrimônio. O centro histórico da cidade de Diamantina, em Minas Gerais, é protegido por ser um importante testemunho da busca por pedras preciosas no período colonial.

Imagem: Fotografia. Vista de rua com casas antigas de dois e três andares em rua de ladeira. Todas brancas com janelas e portas coloridas com abertura direto para calçada. Fim da imagem.

LEGENDA: Centro histórico do município de Diamantina, estado de Minas Gerais, 2019. A cidade foi um grande centro de extração de diamantes no período colonial. FIM DA LEGENDA

  1. O que é patrimônio?
PROFESSOR Resposta: Patrimônio é o conjunto de bens materiais e imateriais que revelam a história de um lugar, de seu povo e sua relação com o ambiente.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Reúna-se com um colega e escolham uma construção importante da cidade em que vocês moram. Depois, respondam às questões.
PROFESSOR Respostas pessoais.
  1. Qual o nome da construção que vocês escolheram?
  1. Quando ela foi construída?
  1. Para que ela é utilizada atualmente?
  1. A construção já teve uma função diferente no passado?
  1. Por que ela é importante para a comunidade?
Imagem: Ilustração. Menino de cabelo curto castanho, vestindo camiseta verde. Ao lado, menino de cabelo cacheado castanho e óculos de armação azul, vestindo camiseta azul. Estão escrevendo em folhas de papel com lápis. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Os estudantes devem expressar uma compreensão de patrimônio que contemple suas principais características. A resposta deve indicar que se trata de bens materiais ou imateriais com continuidade no tempo e relação entre o presente, o passado e o futuro.

Atividade 2. Auxilie os estudantes a escolher e a obter informações sobre a construção escolhida. Os itens c e d visam trabalhar noções de historicidade, como a permanência da construção e a possível mudança de sua função ao longo do tempo. No item e, espera-se que os estudantes apurem a importância da construção para a memória e a história locais.

As atividades 1 e 2, em que os estudantes deverão refletir sobre patrimônio e escolher e descrever uma construção histórica da cidade onde moram, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.

MP090

O meio ambiente é considerado patrimônio público e deve ser protegido para o uso coletivo.

O patrimônio natural é composto de paisagens naturais, da fauna, da flora, dos minerais, entre outros elementos, os quais devem ser preservados pela sociedade. Muitas vezes, as atividades humanas são determinadas e influenciadas pelas condições naturais do lugar em que a comunidade está inserida.

O patrimônio histórico material e imaterial é o conjunto de bens que contam a história de um povo por meio de objetos (bens materiais) e de saberes produzidos pela humanidade (bens imateriais).

Imagem: Fotografia. Vista aérea de morros de pedra e vegetação baixa à margem de uma praia com mar azul cristalino. É possível ver a parte submersa de rochas próximas a praia. Fim da imagem.

LEGENDA: O arquipélago de Fernando de Noronha é considerado patrimônio natural. Estado de Pernambuco, 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de cidade construída em morros. Há casarões e igreja antiga. Entre as construções há vegetação.  Fim da imagem.

LEGENDA: O conjunto formado por igrejas, pontes, casarões e fontes de água compõe o patrimônio histórico material do município de Ouro Preto, estado de Minas Gerais, 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Mulher de turbante branco e vermelho, vestindo vestido longo amarelo. Está em frente a uma bancada com panelas e molhos. Fim da imagem.

LEGENDA: Baiana do acarajé. Município de Salvador, estado da Bahia, 2018. O ofício das baianas do acarajé é um patrimônio imaterial que foi registrado em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

O ser humano é um ser de cultura, e todo objeto com o qual ele se relaciona é um objeto cultural. Eles podem ser divididos em objetos naturais (os que existem na natureza) e objetos culturais (que são resultado da ação humana). Alguns objetos são considerados muito importantes e devem ser preservados. Assim estarão disponíveis para as gerações vindouras. É o que chamamos de patrimônio.

Converse com os estudantes sobre a importância da preservação do patrimônio natural e do patrimônio histórico. Cite exemplos de paisagens, monumentos, festas tradicionais etc. que nos couberam como herança.

Leia o texto para os estudantes e peça-lhes exemplos de patrimônio natural, patrimônio histórico material e patrimônio histórico imaterial.

Para você acessar

Portal Aprendiz. Educação patrimonial é aprender com o mundo e a cultura que construímos.

Disponível em: http://fdnc.io/gu1. Acesso em: 13 maio 2021.

A página do site do Portal Aprendiz traz informações relevantes sobre educação patrimonial.

Iphan. Publicações (Educação patrimonial).

Disponível em: http://fdnc.io/gu2. Acesso em: 13 maio 2021.

Nesta página do site do Iphan, é possível encontrar diversas publicações do instituto sobre educação patrimonial disponibilizadas para acesso gratuito.

Patrimônio: uma ferramenta de produção de cultura

O trabalho com Educação Patrimonial envolve a análise dos processos de reutilização, absorção e a consequente reelaboração/reconstrução de significados. Então, mais do que aprender o patrimônio, importa aprender os instrumentos de sua constituição. [...] Portanto, nas ações educativas propostas, é importante promover a capacidade de reconstruir os modelos explicativos do universo cultural através de lógicas diferenciadas. Essa capacidade é o que nos coloca como sujeitos efetivos da nossa história: usamos o conhecimento para romper com a força normatizadora dos paradigmas. No campo do patrimônio, conhecer dialeticamente significa refletir sobre o universo cultural; mobilizar saberes, habilidades e inteligências para questionar a memória instituída e a produção dos esquecimentos.

MACHADO, Maria Beatriz Pinheiro; MONTEIRO, Katani Maria Nascimento. Patrimônio, identidade e cidadania: reflexões sobre educação patrimonial. In : BARROSO, Vera Lucia Maciel et al . Ensino de história : desafios contemporâneos. Porto Alegre: EST Edições; São Paulo: ANPUH, 2010. p. 33-34.

MP091

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Pesquise com os colegas um patrimônio histórico material e um imaterial da região em que vocês vivem. Registre seus nomes aqui.

_____

PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Classifique as imagens de acordo com a legenda a seguir.

Quadro: equivalente textual a seguir.

PN. Patrimônio natural.

PHI. Patrimônio histórico imaterial.

PHM. Patrimônio histórico material.

Imagem: Fotografia. Vista de ruínas em pedras e muros destruídos sobre campo aberto de gramado. Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas de uma igreja em São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul, 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Patrimônio histórico material.
Imagem: Fotografia. Destaque de mãos moldando panelas de barro sobre uma bancada. Fim da imagem.

LEGENDA: Panelas de barro produzidas em Vitória, Espírito Santo, 2018. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Patrimônio histórico imaterial.
Imagem: Fotografia. Vista frontal de cachoeiras largas em queda sobre rio com pedras espalhadas e vegetação entre a água.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de um mirante para as Cataratas do Iguaçu, Foz do Iguaçu, Paraná, 2015. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Patrimônio natural.
Imagem: Fotografia. Vista aérea de mata fechada por árvores diversas de copas largas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista aérea da Mata Atlântica, São José dos Campos, São Paulo, 2020. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Patrimônio natural.
Imagem: Fotografia. Homens e mulheres em um campo, todos vestindo roupas brancas, jogando capoeira. Há homens no centro em movimento e homens ao redor tocando instrumentos musicais. Fim da imagem.

LEGENDA: Grupo jogando capoeira, Salvador, Bahia, 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Patrimônio histórico imaterial.
Imagem: Fotografia. Pintura rupestre em tom de vermelho sobre rocha de homens e animais de quatro patas. Fim da imagem.

LEGENDA: Pinturas rupestres na Serra da Capivara, Piauí, 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Patrimônio histórico material.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3. Auxilie os estudantes a identificar os patrimônios da cidade onde vivem e, se necessário, oriente a pesquisa em livros, revistas ou sites confiáveis. Peça que descrevam a importância dos patrimônios escolhidos para a cultura e identidade locais.

Atividade 4. As ruínas ou pinturas rupestres são bens materiais e, portanto, constituem patrimônio material. O modo de fazer panelas de barro e as danças são práticas sociais e constituem exemplos de patrimônio imaterial. Uma cachoeira ou vegetação nativa são exemplos de patrimônio natural, pois não dependem diretamente da ação humana.

As atividades 3 e 4, em que os estudantes deverão identificar patrimônios e refletir sobre suas características, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.

MP092

A proteção do patrimônio brasileiro

O patrimônio histórico e cultural do Brasil, tanto material como imaterial, é protegido por lei. Você já sabe que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é o órgão responsável por reconhecer, registrar e proteger esse patrimônio para que nós e as futuras gerações possamos conhecê-lo.

O patrimônio natural também é protegido por lei. A natureza é um grande patrimônio brasileiro. O país possui a maior diversidade de espécies no mundo: são mais de 100 mil espécies animais e mais de 40 mil espécies vegetais conhecidas.

Uma das formas de o governo brasileiro proteger esse patrimônio é por meio das áreas de conservação ambiental, ou Unidades de Conservação (UC). Essas unidades podem ser instituídas pelos governos municipal, estadual e federal, com o objetivo de garantir a preservação das espécies que vivem nesses locais.

Além disso, as unidades de conservação ambiental são destinadas à pesquisa científica e à promoção de projetos educacionais, e algumas podem ser visitadas para turismo.

Imagem: Fotografia. Destaque de mãos sobre um pote com massa branca. Fim da imagem.

LEGENDA: Produção de queijo do tipo canastra no município de São Roque de Minas, estado de Minas Gerais, 2016. O modo artesanal de fazer queijo de Minas nas regiões da Serra da Canastra e do Salitre foi registrado como patrimônio em 2008. Esse bem imaterial é representativo da identidade cultural nessas regiões. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. Onça pintada em campo de areia à margem de rio largo e extenso. Fim da imagem.

LEGENDA: Onça-pintada na margem do rio Cuiabá, área do Pantanal próxima ao município de Porto Jofre, estado de Mato Grosso do Sul, 2019. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, apenas 4,6% do Pantanal encontra-se protegido por unidades de conservação. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 68 e 69 podem ser trabalhadas na semana 19.

Orientações

A forma mais antiga de proteção ao patrimônio no Brasil é o tombamento, instrumento jurídico instituído em 1937. O tombamento é aplicado sobre bens materiais, como edifícios históricos. Ao validar que esse edifício deve ser tombado, o Iphan o registra no livro do tombo e sua preservação e conservação tornam-se responsabilidade do Estado. A Constituição Brasileira de 1988 garantiu o interesse público da preservação de bens culturais por meio do tombamento. Para os bens imateriais não existe tombamento, mas, sim, o registro deles, uma vez que se trata de manifestações simbólicas. Assim, o registro não imobiliza ou impede modificações no patrimônio imaterial, mantendo vivas as tradições e práticas que se alteram ao longo do tempo. O registro foi instituído por decreto federal no ano 2000.

Os dados numéricos apresentados nas páginas 68 e 69 foram retirados das páginas Biodiversidade e Pantanal, no site do Ministério do Meio Ambiente.

As unidades de conservação ambiental estão divididas entre unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável. Nesta última, permite-se a residência de populações tradicionais que habitam essa localidade desde sua criação, e são admitidas interferências humanas, desde que de forma sustentável, ou seja, garantindo a manutenção do equilíbrio ambiental.

Para você acessar

Instituto Socioambiental. Unidades de Conservação no Brasil.

Disponível em: http://fdnc.io/baj. Acesso em: 13 maio 2021.

Neste site do Instituto Socioambiental você poderá encontrar diversas informações sobre as Unidades de Conservação do Brasil.

Agrobiodiversidade e mudanças climáticas

Só se puderem contar com uma ampla variabilidade genética, biológica e ecológica as plantas e animais conseguirão enfrentar os desafios do futuro, inclusive aqueles representados pelas mudanças climáticas e seus efeitos sobre a agricultura. As interfaces entre agrobiodiversidade e mudanças climáticas são múltiplas: a biodiversidade agrícola é, por um lado, impactada pelas mudanças climáticas, que provocam a redução de espécies e ecossistemas agrícolas, e, ao mesmo tempo, é essencial para o enfrentamento dos impactos causados pelo aquecimento global.

SANTILLI, Juliana. Agrobiodiversidade e mudanças climáticas. Unidades de Conservação no Brasil. Instituto Socioambiental. Disponível em: http://fdnc.io/gu3. Acesso em: 13 maio 2021.

MP093

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Observe o mapa a seguir.
Imagem: Mapa. Biomas do Brasil. Destaque de mapa brasileiro presentando os biomas. NA região norte, parte nordeste há a Amazônia. Na região centro-oeste há pequena aérea do pantanal. Na região centro-oeste, sudeste e nordeste há cerrado. Na região sul, sudeste, centro-oeste e litoral nordeste há mata atlântica. Na região nordeste há caatinga. Na região sul há pequena área de pampa. No canto inferior direito há uma rosa dos ventos indicando norte, nordeste, leste, sul, sudeste, sudoeste, oeste e noroeste. Abaixo, escala de 0 a 315 km. Fim da imagem.

FONTE: Fonte: Sistema Nacional de Informação Florestal (SNIF). Florestas nos biomas brasileiros. Disponível em: http://fdnc.io/gu4. Acesso em: 29 jan. 2021.

Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.

Com a ajuda de um adulto, escolha uma das áreas representadas no mapa para realizar uma pesquisa em livros, em jornais e na internet.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas sobre estas atividades na coluna abaixo. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 5. Oriente os estudantes a realizar a pesquisa proposta na atividade com o auxílio de um adulto. Oriente-os também a buscar informações em fontes confiáveis. Todos os biomas brasileiros representados no mapa possuem unidades de conservação ambiental geridas pelo governo. Indica-se a pesquisa sobre as unidades de conservação ambiental no site do Ministério do Meio Ambiente. Além deste site, os estudantes podem conseguir as informações necessárias para a realização desta atividade pesquisando no site do Instituto Chico Mendes (ICMBio).

Oriente-os a produzir um cartaz com imagens que representem o bioma escolhido. Pode-se montar um mural na sala de aula com os cartazes dos estudantes. Se possível, garanta que todos os seis biomas brasileiros estejam representados pelos cartazes.

A atividade 5 estimula os estudantes a identificar o que são as unidades de conservação ambiental, sua relação com o espaço do país, ressaltando sua importância como patrimônio brasileiro e, dessa forma, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes para que você possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens. Considere a produção e a participação deles em atividades individuais, em grupo e com a turma toda e suas intervenções em sala de aula analisando os seguintes pontos: se reconhecem aspectos da vida cotidiana nas vilas coloniais; se identificam a interação cultural entre colonos e indígenas; se compreendem os contextos históricos dos bandeirantes e suas expedições; se relacionam a pecuária com a ocupação do sul da colônia; se avaliam o cotidiano dos tropeiros e sua importância para a comunicação entre as distantes regiões da colônia; e se compreendem o conceito de patrimônio e a importância de sua preservação.

A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma e identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades.

MP094

O que você aprendeu

  1. Observe as ilustrações a seguir e leia os textos que as acompanham. Responda verdadeiro ou falso e teste o seu nível de conhecimento sobre a formação das cidades.
  1. A maioria das vilas era instalada no interior, distante de fontes de água.
Imagem: Ilustração. Homem de chapéu marrom, vestindo casaco e calça marrom, e capa laranja. Está em cima de uma pedra observando um rio ao longe.  Fim da imagem.

( ) Verdadeiro

( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Falso.
  1. Para se adaptar ao clima, os colonos adotaram alguns hábitos indígenas, como dormir em redes.
Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta laranja e colete azul, e calça marrom. Esta deitado em uma rede amarrada em dois troncos. Atrás há uma casa de madeira. Fim da imagem.

( ) Verdadeiro

( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Verdadeiro.
  1. A maior parte do trabalho pesado era realizada pelos colonos.
Imagem: Ilustração. Homem indígena vestindo tanga laranja, deitado sobre a vegetação. À frente há um homem de chapéu amarelo, vestindo camiseta marrom e casaco azul, vestindo calça laranja. Está carregando toras de madeira. Fim da imagem.

( ) Verdadeiro

( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Falso.
  1. Graças aos celulares, a comunicação entre vilas e cidades afastadas foi facilitada.
Imagem: Ilustração. Homem de chapéu laranja e cabelo curto castanho, vestindo camiseta bege, casaco laranja e calça vermelha. Está andando em um cavalo marrom. Fim da imagem.

( ) Verdadeiro

( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Falso.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a avaliação processual da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 20.

Orientações

Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte a eles quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns deles ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.

Caso os estudantes apresentem dúvidas ou se perceber que houve um entendimento equivocado de algum aspecto do texto, retome os principais pontos abordados na unidade.

Antes de iniciar as atividades, solicite aos estudantes que leiam cada questão, a fim de detectar possíveis dúvidas em relação aos enunciados, e que tenham em mãos lápis ou gizes de cera azul e vermelho.

Atividade 1. Leia cada uma das legendas que acompanham as ilustrações. Após o término da atividade, destaque os aspectos do modo de vida dos colonos e compare-os ao cotidiano dos estudantes: É possível estabelecer semelhanças e diferenças? Mudanças e permanências?.

A atividade 1 contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Habilidades da BNCC em foco nesta seção

EF03HI01; EF03HI04; EF03HI06; EF03HI10.

MP095

Avaliação processual

  1. Observe o mapa histórico e responda às questões.
Imagem: Ilustração. Mapa antigo com ilustração destacando os territórios de Santos, São Vicente e São Paulo. No centro, uma rosa dos ventos vermelha e azul sem nominar direções, apenas com linhas pelo mapa. Fim da imagem.

LEGENDA : Demonstração da Barra de Santos, mapa de João Teixeira Albernaz, o moço, anos 1600. FIM DA LEGENDA.

_____

PROFESSOR Resposta: Santos, São Vicente e São Paulo.
  1. Leia as informações do quadro e responda às questões.
    1. Quadro: equivalente textual a seguir.

A Vila de São Vicente foi fundada em 1532.

A cidade de Salvador foi fundada em 1549.

  1. Qual localidade foi fundada para ser a sede do governo português na colônia?

    _____

PROFESSOR Resposta: A cidade de Salvador.
  1. Qual foi a primeira localidade a ser fundada?

    _____

PROFESSOR Resposta: A Vila de São Vicente.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 2. Mencione que, na época de produção do mapa, era comum o emprego de abreviaturas. Comente com os estudantes que, nesse mapa, “S. Vte.” significa São Vicente, “R.” significa rio e “Emg.” significa engenho.

Enfatize a importância dos rios navegáveis para o processo de colonização e de ocupação das terras brasileiras. Não havia caminhos ou estradas, por isso, a navegação pelos rios era o modo mais eficaz de alcançar locais e de transportar pessoas e mercadorias.

Explique que a localização dos engenhos e de outros tipos de fazenda sempre obedece à lógica da facilidade da obtenção de recursos, como água potável, e da facilidade de transporte da produção. A produção de cana-de-açúcar era exportada para a Europa; desse modo, era comum que os engenhos estivessem próximos ao litoral.

A atividade 2 contribui para a mobilização de aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Atividade 3. Auxilie os estudantes a fazer a correspondência correta entre as informações fornecidas pela questão e as perguntas de cada item.

A atividade 3 contribui para a mobilização de aspectos das habilidades EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.; e EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.

MP096

  1. Leia o trecho a seguir e observe a imagem.

Um herói. É esse o modelo que transpira da pose altiva [...] do bandeirante Domingos Jorge Velho, retratado por Benedito Calixto na pintura [...]. Mas o desbravador não era branco, e sim mameluco, fruto da mestiçagem entre portugueses e índios. Usava tão bem o arcabuz, sua arma de fogo, quanto o arco e a flecha, que aprendeu a manusear com os nativos.

Ana Rita Martins. Mudou a imagem. Nova Escola , out. 2008. Disponível em: http://fdnc.io/fUL. Acesso em: 28 jan. 2021.

Imagem: Ilustração. Homem de chapéu marrom, vestindo camisa azul, calça marrom e casaco preto. Está com um cinto com faca transpassando pelo peito, apoiando o corpo em uma arma. Ao lado, homem de chapéu marrom, vestindo camisa longa azul e calça bege. Atrás de ambos há árvores e vegetação. Fim da imagem.

LEGENDA: Domingos Jorge Velho [e o tenente Antônio Fernandes de Abreu], de Benedito Calixto. 1903. Óleo sobre tela, 158 cm × 120 cm. FIM DA LEGENDA.

  1. Descreva o bandeirante Domingos Jorge Velho com base na tela de Benedito Calixto.

_____

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas sobre a atividade 4 na coluna abaixo. Fim da observação.
  1. Como é a aparência de Domingos Jorge Velho descrita no texto? Quais armas ele usava?

    _____

  1. Circule a resposta correta de cada item a seguir.
    1. Realizavam expedições para capturar indígenas e encontrar pedras preciosas.

Vaqueiros

Tropeiros

Bandeirantes

PROFESSOR Resposta correta: Bandeirantes.
  1. Trabalhador responsável por levar a boiada para o interior da colônia.

Bandeirante

Vaqueiro

Tropeiro

PROFESSOR Resposta correta: Vaqueiro.
  1. Transportavam mercadorias para a região das minas.

Bandeirante

Vaqueiro

Tropeiro

PROFESSOR Resposta correta: Tropeiros.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. Antes de os estudantes responderem às questões propostas na atividade, é importante que o texto seja lido e compreendido por eles. Proponha uma leitura coletiva. Peça a cada um que leia uma frase. Após a leitura do texto, análise com eles a tela de Benedito Calixto. Faça perguntas como:

A representação de Domingos Jorge Velho na tela de Benedito Calixto está de acordo com a descrição feita no texto? Por quê?

Na tela, o bandeirante se parece mais com um europeu ou com um mameluco?

Explique que a maior parte da iconografia do início do século XX representou os bandeirantes como homens brancos e de feições europeias, embora a maioria dos paulistas fosse mestiça.

Para ler os documentos históricos, os estudantes devem adquirir a habilidade de compreender textos e imagens. A leitura visual capacita os estudantes a compreender uma pintura histórica, identificando informações significativas.

Atividade 5. Se desejar, leia as afirmações das alternativas com os estudantes e oriente-os a identificar alguns sujeitos sociais da colônia estudados por eles. Se necessário, recorde as atividades realizadas pelos bandeirantes, vaqueiros e tropeiros.

As atividades 4 e 5 mobilizam aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Imagens para “imaginar o passado”

O uso de imagens por historiadores não pode e não deve ser limitado à “evidência” no sentido estrito do termo [...]. Deve-se também deixar espaço para o que Francis Haskell denominou “o impacto da imagem na imaginação histórica”. Pinturas, estátuas, publicações e assim por diante permitem a nós, na posteridade, compartilhar as experiências não verbais ou o conhecimento de culturas passadas [...]. Trazem-nos o que podíamos ter conhecido, mas não havíamos levado tão a sério antes. Em resumo, imagens nos permitem “imaginar” o passado de forma mais vívida. Como sugerido pelo crítico Stephen Bann, nossa posição face a face com uma imagem nos coloca “face a face com a história”.

BURKE, Peter. Testemunha ocular : história e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier dos Santos. Bauru: EDUSC, 2004. p. 16-17.

MP097

  1. Quais foram as principais consequências das bandeiras?

_____

PROFESSOR Resposta: A descoberta de minas de ouro, a expansão territorial da colônia, a fundação de diversos povoados, vilas e cidades, e a escravização e morte de milhares de indígenas.
  1. O que é patrimônio natural?

    _____

PROFESSOR Resposta: É o patrimônio composto de formações naturais que devem ser preservadas pela sociedade. São as paisagens naturais, a fauna, a flora, os minerais, os rios, os oceanos, os manguezais, entre outros elementos.
Imagem: Fotografia. Vista de uma montanha cercada por vegetação. Há neblina por todo o seu arredor. Fim da imagem.

LEGENDA: Parque Nacional do Pico da Neblina, município de Santa Isabel do Rio Negro, estado do Amazonas, 2017. FIM DA LEGENDA

  1. Observe a imagem e leia a legenda para responder à questão.
Imagem: Fotografia. Vista de ladeira de pedra com casas coloridas de dois e três andares lado a lado. As portas abrem diretamente na calçada. Há pessoas caminhando na rua. Fim da imagem.

LEGENDA: Município de Salvador, estado da Bahia, 2017. O centro histórico da cidade possui uma paisagem herdada do período colonial. As construções, como os sobrados de dois ou mais andares, são exemplos típicos da cultura portuguesa. FIM DA LEGENDA.

_____

PROFESSOR Resposta: Porque as construções revelam a história da colonização portuguesa no país.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 6. Oriente os estudantes a refletir sobre as consequências das bandeiras. Se necessário, recorde com eles alguns aspectos fundamentais das expedições bandeirantes e como elas contribuíram para a fundação de vilas e povoados, a ocupação e interiorização do território, a ampliação do comércio e a descoberta de ouro. Além disso, é importante que eles associem a atividade bandeirante com a escravização e morte de indígenas.

A atividade 6 mobiliza aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Atividade 7. Os estudantes devem associar a noção de patrimônio natural à paisagem natural não modificada pela ação humana.

A atividade 7 trabalha com aspectos das habilidades EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados; e EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.

Atividade 8. Oriente os estudantes na leitura da imagem. Discuta com eles a noção de patrimônio e peça que reflitam sobre a importância de sua preservação. Comente que no centro histórico da cidade de Salvador está localizado o bairro do Pelourinho, onde se podem observar aspectos da arquitetura colonial que remetem à herança cultural africana. No Pelourinho, há apresentações relacionadas à cultura afro-brasileira e/ou afrodescendente, além de comidas de origem africana, que são consideradas patrimônios brasileiros.

A atividade 8 contribui para o desenvolvimento das habilidades EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados; EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes; e EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.

MP098

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/conceito

1

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

2

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

3

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.

4

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

5

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

6

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

7

EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.

EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.

8

EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.

EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.

EF03HI10: Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.

MP099

Sugestão de questões de autoavaliação

Questões de autoavaliação, como as sugeridas a seguir, podem ser apresentadas aos estudantes para que eles reflitam sobre seu processo de ensino e aprendizagem ao final de cada unidade. Você pode fazer os ajustes que considerar adequados de acordo com as necessidades de sua turma.

Tabela: equivalente textual a seguir.

AUTOAVALIAÇÃO DO ESTUDANTE

MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA

SIM

MAIS OU MENOS

NÃO

1. Presto atenção nas aulas?

2. Tiro dúvidas com o professor quando não entendo algum conteúdo?

3. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele?

4. Sou participativo?

5. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?

6. Gosto de trabalhar em grupo?

7. Respeito todos os colegas de turma, professores e funcionários da escola?

8. Identifico aspectos das relações entre colonizadores, indígenas e africanos na formação do Brasil?

9. Compreendo o processo de formação das primeiras vilas e cidades no Brasil?

10. Reconheço o papel dos tropeiros, dos vaqueiros e dos bandeirantes no processo de ocupação do interior do território?

11. Analiso o impacto da atividade bandeirante na vida das populações indígenas?

12. Compreendo o conceito de patrimônio?

13. Reconheço a importância da preservação das primeiras construções urbanas que constituem o patrimônio histórico brasileiro?