MP134

Unidade 4. Vida na cidade: a urbanização

Imagem: Ilustração complementar de vista de uma calçada com pessoas em atividades diversas na cidade. Há pessoas caminhando e conversando na calçada. À direita há vitrine de loja, uma varanda de um café e um museu. Pessoas saem com livros, mochilas, há pessoas com celulares e fones de ouvido, na rua há pessoas de bicicleta.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Introdução

A última unidade deste volume, Vida na cidade: a urbanização, aborda o crescimento das cidades ao longo do tempo e o modo de vida da população nas áreas urbanas. Além disso, a unidade trabalha com a divisão dos municípios em áreas rurais e urbanas e com a organização dos transportes, das comunicações e do trabalho nas cidades.

Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 1, 2 e 7 da BNCC, a unidade estimula os estudantes a valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender a realidade e continuar aprendendo; a exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas; e a argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável. Em consonância com a Competência Específica de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 2 da BNCC, a unidade busca levar os estudantes a analisar o mundo social, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço. A proposta da unidade relaciona-se ainda com a Competência Específica de História para o Ensino Fundamental 1 da BNCC e, desse modo, visa contribuir para que os estudantes possam compreender mecanismos de transformação das estruturas sociais e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade:

  • As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município
  • O lugar em que vive
  • A noção de espaço público e privado

    Objetos de conhecimento em foco na unidade:

  • O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive.
  • A produção dos marcos da memória: a cidade e o campo, aproximações e diferenças.
  • A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer.


    Habilidades da BNCC em foco na unidade:

    EF03HI01; EF03HI02; EF03HI08; EF03HI12.

MP135

Boxe complementar:

Vamos conversar

1. Quais construções são retratadas na ilustração? Qual é a função delas?

2. Essa cidade é parecida com a cidade em que você vive? Por quê? O que elas têm em comum e o que é diferente?

3. Todas as construções dessa cidade foram feitas no mesmo momento histórico? Por quê?

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para a abertura da unidade 4 e para os conteúdos das páginas 108 e 109 pode ser trabalhada na semana 29.

Orientações

As atividades da abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Dessa forma, sugerimos que inicie as propostas da unidade com as atividades preparatórias a seguir.

Pergunte aos estudantes o que é uma cidade. Durante a conversa, permita que expressem livremente seus conhecimentos prévios e suas opiniões sobre o conceito. Espera-se que falem não só sobre a cidade como espaço físico, mas também como lugar de convivência entre pessoas.

Chame a atenção para a imagem de abertura. Peça que expliquem por que é possível assumi-la como a representação de uma cidade. Oriente o olhar da turma para as diversas situações acontecendo ao mesmo tempo para trabalhar as noções de simultaneidade.

Por fim, os estudantes poderão responder oralmente às atividades propostas na página 107. São retratadas construções modernas e construções antigas, consideradas patrimônios históricos.

Objetivos pedagógicos da unidade:

  • Compreender os conceitos de município, área rural e área urbana.
  • Compreender as razões para o crescimento da população urbana no Brasil e no mundo.
  • Relacionar a industrialização brasileira a mudanças nos hábitos de consumo e nas relações sociais e de trabalho.
  • Compreender como os centros urbanos foram transformados pelo poder público e pela população.
  • Reconhecer as condições de trabalho e moradia a que eram submetidos os operários.
  • Compreender o papel das atividades do campo para o desenvolvimento das cidades.
  • Conhecer algumas mudanças no modo de vida das pessoas provocadas pelos adventos da urbanização e da energia elétrica.

MP136

Capítulo 1. Diferentes lugares: os municípios

A divisão do território em municípios permite que cada um deles tenha poder de decisão sobre as questões relacionadas ao cuidado dos espaços públicos.

Cada município tem órgãos de administração próprios, como a Prefeitura e a Câmara Municipal, onde são decididas as questões que fazem parte da vida de todos.

O município controla, por exemplo, os transportes coletivos, a limpeza, a iluminação e a manutenção de ruas, praças e parques, o abastecimento de água, a coleta de esgoto e de lixo, o fornecimento de energia elétrica, a fiscalização do trânsito, as escolas e os hospitais municipais.

Imagem: Fotografia. Vista de rua com barracas de frutas e verduras expostas. Há pessoas transitando.  Fim da imagem.

LEGENDA: Feira livre no município de Barra, estado da Bahia, 2019. As feiras livres e os mercados públicos são administrados pelos municípios. FIM DA LEGENDA

  1. Preencha a tabela a seguir com as informações sobre o município em que você vive.
PROFESSOR Respostas pessoais.

Tabela: equivalente textual a seguir

Nome do município

_____

Data de fundação

_____

Como esse município surgiu?

_____

Quais espaços públicos existem nesse município?

_____

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Compreender os conceitos de área rural, área urbana, município e saber distingui-los.
  • Coletar informações sobre a história do município em que vive e seus espaços públicos.
  • Compreender as razões para o crescimento da população urbana.
  • Relacionar o aumento da população urbana no Brasil ao mesmo fenômeno que ocorre em escala global.


    Orientações

    Apresente o conceito de município aos estudantes. Em seguida, leia o texto da página 108 com a turma e levante possíveis dúvidas. É importante que compreendam que município está relacionado à administração de um território. O texto de orientação de abordagem pedagógica disponível a seguir neste manual pode auxiliar na discussão desse conceito.

    Ao longo do capítulo 1 é possível aprofundar com os estudantes a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre os diferentes espaços que compõem os municípios, sobre as noções de áreas rurais e urbanas e o processo de urbanização ao longo do tempo.

    Atividade 1. Auxilie os estudantes na pesquisa de informações para o preenchimento da tabela. Livros e sites oficiais da cidade podem fornecer dados confiáveis e são, geralmente, de fácil acesso. É possível orientar esta atividade para ser feita em duplas ou em trios, de modo que os estudantes sejam estimulados a desenvolver as habilidades de trabalhar em equipe e dividir tarefas. O último item da tabela, que trata de espaços públicos, pode ser preenchido com base na observação e experiência dos estudantes.

    A atividade 1 possibilita o desenvolvimento da habilidade EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive.

    Caracterização dos espaços rurais e urbanos no Brasil

    As transformações que ocorreram no campo e nas cidades nos últimos 50 anos vêm a demandar, nos dias de hoje, abordagens multidimensionais na classificação territorial. O rural e o urbano, enquanto manifestações socioespaciais, se apresentam de forma bastante complexa e heterogênea, portanto, a identificação de padrões dessas manifestações constitui um desafio principalmente ao se considerar a extensão do território brasileiro. Em relação ao meio rural vale destacar elementos como o aumento das atividades não agrícolas, a mecanização, a intensificação da pluriatividade, a valorização da biodiversidade, a expansão do setor terciário e a intensificação de fluxos materiais e imateriais na caracterização e maior compreensão de suas dinâmicas. Por outro lado, a intensa urbanização vivenciada no País deve levar em conta hoje não apenas os processos migratórios como também o fenômeno da peri-urbanização tanto pela difusão do modo de vida urbano quanto pela construção de novas zonas residenciais. A relação entre os espaços urbanos e rurais deve também considerar as ligações urbano-rurais, que podem ser representadas pelos fluxos de bens, pessoas, recursos naturais, capital, trabalho, serviços, informação e tecnologia, conectando zonas rurais, peri-urbanas e urbanas. Essas conexões são complementares e sinérgicas e impactam na configuração espacial brasileira.

    IBGE. Classificação e caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil – uma primeira aproximação. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: http://fdnc.io/4FE. Acesso em: 15 maio 2021.

MP137

Áreas rurais e urbanas

Os municípios são divididos em áreas rurais e urbanas.

As áreas rurais são aquelas ligadas às atividades do campo, onde predominam as atividades agrícolas e pecuárias, como o cultivo do solo e a criação de animais.

As áreas urbanas correspondem às cidades. Nessas áreas se localizam os órgãos administrativos do município e são realizadas atividades de administração, comércio, serviços, finanças, entre outras.

  1. Observe as imagens e responda às questões a seguir.
Imagem: Fotografia. 1: Prédio branco de esquina com detalhe em amarelo, portas e janelas azuis. Ao lado, rua de pedra com faixa de pedestres. Fim da imagem.

LEGENDA: Câmara Municipal do município de Monte Alegre do Sul, estado de São Paulo, 2020. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. 2: Vista de horta extensa com fileiras de plantações.  Fim da imagem.

LEGENDA: Plantação de alface no município de Monte Alegre do Sul, estado de São Paulo, 2020. FIM DA LEGENDA

  1. Qual área do município de Monte Alegre do Sul é retratada na imagem 1? E na imagem 2?

_____

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes identifiquem que na imagem 1 é retratada a área urbana do município de Monte Alegre do Sul, e na imagem 2, a área rural do mesmo município.
  1. O que há de diferente entre as duas imagens?

    _____

PROFESSOR Resposta: A imagem 1 retrata um órgão administrativo do município, no caso, a Câmara Municipal e vias públicas. A imagem 2 retrata uma área de cultivo agrícola.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 109 e 110 pode ser trabalhada na semana 29.

Orientações

Retome com os estudantes as definições de rural e urbano. Para tornar as distinções mais claras, trace uma tabela na lousa com as colunas “rural” e “urbano” e peça aos estudantes que as preencham com as atividades e características de cada uma. Se considerar interessante, peça que observem revistas e demais informativos impressos e recortem imagens que representem essas ideias.

Atividade 2. Uma das distinções mais claras na paisagem urbana em relação à paisagem rural é a concentração de construções e, por vezes, a presença de asfalto. Explique aos estudantes que, embora também modificado, como o rural, o espaço urbano é totalmente descaracterizado em relação ao espaço natural graças à ação humana.

A atividade 2, sobre a comparação entre a área urbana e a área rural de um município, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Para o estudante ler

Bichos da cidade , de Heitor Ferraz de Melo. São Paulo: Edições SM, 2017.

Neste livro de poemas e desenhos, o leitor vai encontrar descrições divertidas da vida cotidiana na cidade.

MP138

Crescimento das cidades no mundo

Calcula-se que, há cerca de 10 anos, a quantidade de pessoas vivendo em áreas urbanas ao redor do mundo tenha ultrapassado a quantidade de pessoas vivendo no campo. Nos últimos 250 anos, as pessoas passaram a se estabelecer em cidades, porque muitas das que viviam no campo perderam suas lavouras e mudaram-se em busca de emprego.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de extensão longa de uma cidade iluminada a noite por luz elétrica das casas, prédios e ruas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Dubai, Emirados Árabes, 2018. FIM DA LEGENDA

Observe o gráfico a seguir.

Imagem: Gráfico. População urbana e rural no mundo, de 1950 a 2030 (projeção). Na vertical, bilhões de pessoas. 1950. Rural: 1,75. Urbana: 0,75. 1955. Rural: 1,9. Urbana: 0,9. 1960. Rural: 2,0. Urbana: 1,0. 1965. Rural: 2,5. Urbana: 1,25. 1970. Rural: 2,4. Urbana: 1,4. 1975. Rural: 2,5 Urbana: 1,5. 1980. Rural: 2,75. Urbana: 1,75. 1985. Rural: 2,8. Urbana: 2,00. 1990. Rural: 3,0. Urbana: 2,25. 1995. Rural: 3,25. Urbana: 2,5. 2000. Rural: 3,25. Urbana: 2,8. 2005. Rural: 3,25. Urbana: 3,20. 2010. Rural: 3,25. Urbana: 3,5. 2015. Rural: 3,25. Urbana: 3,9. 2020. Rural: 3,25. Urbana: 4,20. 2025. Rural: 3,25. Urbana: 4,75. 2030. Rural: 3,25. Urbana: 5,0. Fim da imagem.

Fonte: Organização das Nações Unidas. World Urbanization Prospects: The 2014 Revision. Disponível em: http://fdnc.io/4Vm. Acesso em: 27 jan. 2021.

  1. Segundo o gráfico, em 1950, existiam mais pessoas vivendo na cidade ou no campo? E em 2020?

_____

PROFESSOR Resposta: É esperado que os estudantes compreendam as informações do gráfico. Explique que os dados relativos aos anos de 2020 a 2030 constituem uma projeção. Em 1950, a maior parte da população mundial vivia no campo. Já em 2020, a maior parte da população mundial vivia em cidades.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Peça aos estudantes que observem com atenção a imagem disponível na página 110 e descrevam algumas características da cidade de Seul. Comente que um dos indícios do crescimento populacional das cidades é sua verticalização, isto é, a crescente construção de prédios e arranha-céus que tomam a paisagem e abrigam grandes quantidades de apartamentos e escritórios.

Atividade 3. Auxilie os estudantes a interpretar as informações do gráfico. Chame a atenção para as duas variáveis relacionadas às populações rurais e urbanas – a porcentagem e a passagem do tempo de cinco em cinco anos. Conforme a linha referente à população urbana sobe em porcentagem em relação ao tempo, a linha referente à população rural decai. Explique aos estudantes que uma tem relação direta com a outra, pois, se a maioria da população não é urbana, é rural, e vice-versa.

A atividade 3, de interpretação de um gráfico simples sobre o processo de urbanização no mundo, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Atividade complementar: Brincar com nomes de cidades

  • Proponha uma atividade lúdica para envolver os estudantes no tema da aula. Apresente a eles a brincadeira stop, em que devem partir de uma letra para escrever o nome de algo o mais rapidamente possível.
  • Avise a turma que a brincadeira será em torno de nomes de cidades. Você dirá uma letra e cada estudante deverá escrever três nomes de cidades que começam com ela. Aquele que terminar de escrever o último nome antes de todos diz “ stop ”.
  • Faça algumas rodadas da brincadeira variando as letras. Ao final, converse com a turma sobre o que eles sabem sobre as cidades que escreveram.

MP139

Crescimento das cidades no Brasil

O aumento da população que vive em áreas urbanas ocorreu, também, no Brasil. Nos últimos 60 anos, a maioria da população brasileira passou a viver na cidade, modificando a distribuição dos habitantes que existia até então.

A concentração de tantas pessoas vivendo em espaços reduzidos produziu novos desafios, como os relacionados aos transportes e às condições de moradia, trabalho e saúde da população.

Imagem: Gráfico. População urbana e rural no Brasil (2015). Na vertical, porcentagem (%). População urbana: 80%. População rural: 20%. Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Sobre o Brasil. População rural e urbana. Disponível em: http://fdnc.io/gud. Acesso em: 27 jan. 2021.

  1. Observe o gráfico e responda às questões a seguir.
Imagem: Gráfico. População urbana e rural no Brasil (1950-2010). Na vertical, milhões de pessoas. De 1950 a 1980. População urbana: passa aproximadamente de abaixo de 50 milhões até 100 milhões. População rural: se mantem em aproximadamente entre 50 milhões. De 1980 a 2010. População urbana: vai aproximadamente de 100 milhões até próximo a 200 milhões. População urbana: se mantem aproximada em entre 50milhões a 25 milhões.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Censo demográfico 2010. Disponível em: http://fdnc.io/guc. Acesso em: 26 jan. 2021

  1. Em 1950, existiam mais pessoas vivendo no campo ou na cidade no Brasil?

_____

PROFESSOR Resposta: Em 1950, a maior parte da população brasileira vivia no campo.
  1. E em 1980? Mais pessoas viviam no campo ou na cidade?

_____

PROFESSOR Resposta: Em 1980, a maior parte da população brasileira vivia nas cidades.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para o conteúdo da página 111 pode ser trabalhada na semana 30.

A dupla de páginas possibilita estabelecer um paralelo entre o fenômeno de urbanização que ocorre no mundo em relação ao que é vivido no Brasil.

Atividade 4. Chame a atenção dos estudantes para o gráfico apresentado na atividade. Espera-se que eles identifiquem semelhanças entre os gráficos e concluam que o fenômeno nacional é semelhante ao global.

Converse sobre a saída de grupos de pessoas do campo em direção às cidades. Nesse momento, relembre o que aprenderam na unidade 3 sobre migrações internas e a aceleração da urbanização no Brasil. Espera-se que tenham aprendido que a redução de oportunidades na lavoura e a industrialização nas áreas urbanas contribuíram para o movimento de deslocamento. Este continuou ao longo do século XX e ainda é frequente nos dias de hoje com a contínua mecanização do campo.

A atividade 4, de interpretação de gráficos simples sobre o processo de urbanização no Brasil, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

O capital humano das cidades

De acordo com a ONU (2016), atualmente, 54% da população mundial vive em áreas urbanas e estima-se que aumente, em 2050, para 66%, o que certamente leva Ferreira (2015:168) a afirmar que “[…] não é difícil antecipar que o modelo urbano será o grande referente – possivelmente o único – de toda a organização geográfica e social nas próximas décadas. A condição urbana é já a condição humana do século XXI”. Ora muitas são as crianças e as suas famílias que vivem toda a sua vida nestes territórios urbanos, são elas que constituem o capital humano que faz mover e avançar as cidades [...].

AZEVEDO, Fernando; BALÇA, Ângela. A cidade e as crianças na literatura para a infância: um estudo exploratório a partir de três obras. In : Álabe, n. 15, ene./jun. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/gub. Acesso em: 12 jul. 2021.

MP140

Para ler e escrever melhor

O texto a seguir apresenta algumas causas e consequências do número excessivo de automóveis nas cidades brasileiras. Reúna-se com um colega e leiam o texto em voz alta.

A opção pelo automóvel

Conheça duas causas do grande número de automóveis.

Imagem: Ilustração. Vista de uma rua movimentada com carros e ônibus enfileirados em trânsito. Soltam palavras de sons“bibii” e “vrrum”. Na calçada há uma pequena multidão de pessoas aguardando em um ponto de ônibus. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos desta seção podem ser trabalhadas na semana 30 e em parte da 31.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Identificar alguns dos principais problemas no trânsito de veículos.
  • Relacionar o aumento do número de automóveis ao aumento dos congestionamentos e da poluição do ar.
  • Valorizar meios de transporte coletivos e pouco poluentes.
  • Produzir um texto, com base em uma entrevista, sobre causas e consequências do uso de determinado meio de transporte.

    Orientações

    Converse com os estudantes e pergunte sobre os meio de transporte que eles e seus familiares utilizam. Pergunte como é o trânsito na região em que moram e quanto tempo seus familiares gastam para ir e voltar do trabalho.

    Explore a imagem das páginas 112 e 113 e chame a atenção para as feições dos personagens, que demonstram mau humor ou tédio. Explique que o uso excessivo do automóvel contribui para os engarrafamentos no trânsito e para o aumento da poluição do ar.

    Após a leitura do texto da página, promova um debate sobre cidadania e meio ambiente relacionados ao uso sustentável dos meios de transporte, elencando as vantagens e as desvantagens de cada escolha.

    O trabalho proposto nesta seção possibilita o aprofundamento do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre aspectos cotidianos da vida nas cidades brasileiras.

    A seção favorece a mobilização das Competências Gerais 1, 2 e 7 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas; e argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. A seção mobiliza ainda a Competência Específica de História 1 da BNCC: Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

MP141

  1. Preencha a tabela com as causas e as consequências da grande quantidade de automóveis citadas no texto.

Tabela: equivalente textual a seguir:

Grande quantidade de automóveis

Causas

Consequências

_____

PROFESSORResposta: Falta de transporte coletivo de qualidade. Incentivo à compra de automóveis.

_____

PROFESSORResposta: Congestionamentos. Aumento da poluição.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Entreviste um adulto sobre o principal meio de transporte que ele utiliza para se locomover. Para isso, siga o roteiro abaixo.
    • Que meio de transporte você mais utiliza para se deslocar de casa para o trabalho e vice-versa?
    • Por que você optou por esse meio de transporte?
    • Como essa escolha afeta seu dia a dia?

      Depois, escreva um texto mencionando as causas e as consequências da escolha do meio de transporte utilizado pelo entrevistado.

      PROFESSOR Respostas pessoais do entrevistado.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Explique aos estudantes a diferença entre as noções de causa e consequência. Explique que a causa do aumento no número de automóveis é o incentivo à compra de veículos e a falta de transporte público. Acrescente que esse aumento no número de automóveis tem como consequências os congestionamentos e o aumento da poluição.

Atividade 2. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa e que os estudantes entrevistem um familiar ou pessoa de sua convivência. Acompanhe a realização da atividade e sugira aos estudantes um roteiro para complementar a escrita do texto:

  • Descrição breve do entrevistado, explicando se é um amigo ou familiar e se utiliza o meio de transporte para trabalho, estudo ou outra finalidade;
  • Descrição do meio de transporte utilizado;
  • Comentário sobre a rotina do entrevistado.

    Ao final da atividade, solicite aos estudantes que leiam uns para os outros o texto que escreveram. Depois, compare as informações sobre os entrevistados, identificando semelhanças e diferenças. A atividade propicia a literacia familiar, o desenvolvimento da oralidade, a interação verbal, a produção escrita e a valorização das experiências das pessoas do convívio dos estudantes. Dessa forma, favorece a integração dos conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.

    As atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

    Literacia e História

    A seção promove a reflexão sobre as causas e consequências do número excessivo de automóveis nas grandes cidades brasileiras. O objetivo é constatar as causas e as consequências da opção pelo uso desse meio de transporte.

MP142

Capítulo 2. Cidade, trabalho e indústria

Há cerca de 130 anos, diversas cidades brasileiras passaram por um processo de amplo crescimento. Isso se deu por conta da concentração de um grande número de indústrias em algumas cidades, por exemplo, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Com a instalação das fábricas, a configuração das cidades se transformou rapidamente: muitas pessoas mudaram-se para as cidades em busca de trabalho, e novas redes de transportes, como as ferrovias, começaram a se desenvolver.

Fios, tecidos e peças de vestuário eram os principais produtos dessas primeiras fábricas. Eram produzidos, também, diversos artigos para o consumo cotidiano: alimentos, sabão, velas, chapéus, vidros, ferramentas e instrumentos de metal, entre outros.

Com as fábricas, surgiram novas relações de trabalho e modos de viver: o acesso à alimentação e à moradia foi ampliado e as formas de lazer dos trabalhadores sofreram grandes mudanças com o surgimento de clubes para operários, parques e espaços de recreação, que, no entanto, ficaram restritas aos finais de semana.

Imagem: Fotografia. Vista de estação ferroviária com trilho ao lado de passarela. Na passarela há vigas de madeira sustentando um telhado triangular. Atrás há casa de parede amarela e branca. Entre as vigas há bancos. Fim da imagem.

LEGENDA: Antiga estação ferroviária e atual Espaço Cultural Pátio dos Trilhos, no município de Jacareí, estado de São Paulo, 2017. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 114 e 115 pode ser trabalhada na semana 31.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Relacionar a industrialização brasileira a mudanças nos hábitos de consumo, nas relações sociais e de trabalho.
  • Verificar o crescimento populacional nas áreas urbanas brasileiras a partir de comparação de dados.
  • Compreender como os centros urbanos foram transformados pelo poder público, com reformas e calçamentos, e pela população, com a criação de moradias e bairros populares.
  • Reconhecer as condições de trabalho e moradia a que eram submetidos os operários identificando entre eles crianças, jovens e adultos.


    Orientações

    Chame a atenção dos estudantes para a imagem da página 114. Comente que a criação de estradas de ferro no Brasil teve como principal objetivo interligar os locais de produção de bens de exportação aos portos marítimos.

    Converse sobre as mudanças que a ferrovia trouxe. As pessoas puderam se deslocar mais facilmente e, em termos econômicos, a ferrovia significou ganho de tempo e de dinheiro, facilitando o transporte das sacas de café do interior (produtor) para o litoral (porto exportador).

    Ao longo do capítulo 2 é possível aprofundar a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre o processo histórico de industrialização e urbanização e as transformações na vida cotidiana das pessoas nas cidades ao longo do tempo.

    A crise de 1929 e a industrialização brasileira

    Os acontecimentos de 1929 possibilitaram [...] a revitalização da pequena indústria nacional, que se viu impelida a responder às pressões do mercado consumidor frente à carência da importação. Contudo, não se deve exagerar, afirmando que houve um aumento da “propensão ao consumo”, pois a taxa de exploração elevada não permitia a emergência de consumidores com alto poder aquisitivo (Rangel, 1963). Desse modo, é a pressão de consumidores privados pela crise que possibilita o desenvolvimento do processo de industrialização em São Paulo e em outras regiões do Centro Sul (Prado Jr., 1962).

    Dessa expansão surge a ampliação do mercado pelo uso das forças produtivas disponíveis, em estado de desemprego ou em escala de subemprego, principalmente entre os imigrantes, [...] além dos pequenos agricultores – potencialmente, os futuros trabalhadores das cidades.

    Logo, do ponto de vista econômico, o Brasil passa da situação de consumidor de produtos externos, com certo grau de imprevisibilidade causado por crises cíclicas, a consumidor de mercadorias internamente produzidas. Beneficiam-se disso, de forma ampla, os setores em processo de industrialização, em fase de grande expansão. [...] (Furtado, 1963).

    A partir de 1930, diversifica-se, portanto, o emprego da mão de obra livre que se transfere do campo à cidade, aumentando, em decorrência, a redistribuição de renda, com maximização da exploração capitalista (Rangel, 1963).

    HIRANO, Sedi. A industrialização e a crise do poder. In : Plural – Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 21.1, 2014, p.103-104.

MP143

  1. De acordo com a tabela a seguir, o que aconteceu no Brasil entre 1907 e 1920?

Tabela: equivalente textual a seguir:

Indústrias no Brasil (1907-1920)

Ano

Número de indústrias

Número de operários

1907

3 258

149 018

1920

13 336

275 512

Fonte: Maria Auxiliadora Guzzo Decca. Indústria, trabalho e cotidiano. Brasil – 1889 a 1930. São Paulo: Atual, 1991. p. 24.

_____

PROFESSOR Resposta: O número de fábricas e de operários cresceu no Brasil entre 1907 e 1920, segundo a tabela. Em 13 anos, o número de indústrias cresceu quatro vezes e o número de operários quase duplicou.
  1. Analise a tabela a seguir e assinale um X em verdadeiro ou falso.

    Tabela: equivalente textual a seguir:

Número de habitantes da população brasileira (1872-1940)

Cidade/Ano

1872

1890

1900

1920

1940

Manaus

29 334

38 720

50 300

75 704

106 399

Rio de Janeiro

274 972

522 651

811 443

1 157 873

1 764 114

São Paulo

31 385

64 934

239 820

579 033

1 326 261

Fonte: IBGE. Sinopse do Censo Demográfico. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/gue. Acesso em: 18 fev. 2021.

  1. Entre 1872 e 1940 a população de Manaus reduziu.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Falso.
  1. Entre 1920 e 1940, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram grande crescimento populacional por causa da industrialização.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Verdadeiro.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Oriente os estudantes a fazer a leitura e a interpretação de dados da tabela sobre o crescimento das indústrias e do número de operários no Brasil. Ela possibilita o desenvolvimento da numeracia e a interlocução com a disciplina de Matemática que se relaciona ao conteúdo de História, fomentando o trabalho interdisciplinar.

Atividade 2. É importante comentar com os estudantes que, além da migração em massa do campo em direção às cidades, o aumento populacional na área urbana foi devido ao aumento na taxa de natalidade no período.

Se considerar pertinente, comente com os estudantes que há um movimento de saída das fábricas dos grandes centros em direção ao interior nos últimos anos. Explique que, diferentemente do passado, as indústrias passaram a se instalar longe de grandes centros urbanos e próximas a rodovias, otimizando os custos de produção e distribuição dos produtos. Se a escola estiver localizada em um município do interior, pode ser interessante perguntar aos estudantes se conhecem uma ou mais fábricas nas proximidades.

As atividades 1 e 2, de interpretação de tabelas sobre o processo de crescimento industrial e populacional no Brasil, contribuem para o desenvolvimento das habilidades EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

MP144

As cidades se transformam

O número de habitantes das cidades aumentou, assim como a oferta e o consumo de vários tipos de produto. Essa nova população necessitava de moradia, transporte, educação e saneamento básico, mas a maioria vivia em condições precárias.

Nas regiões centrais das grandes cidades, muitos habitantes viviam em moradias coletivas – famílias inteiras dividindo um pequeno cômodo – com pouco ou nenhum acesso a água, esgoto ou ventilação.

Em bairros mais distantes do centro foram construídas fábricas. No entorno dessas indústrias, surgiram vilas e bairros operários que abrigavam os trabalhadores.

Nas cidades, foram criadas novas escolas. Contudo, era comum que filhos de operários encontrassem dificuldade para frequentar a escola regularmente. Pelas condições precárias de vida, algumas crianças começavam a trabalhar, ainda pequenas, nas fábricas.

Imagem: Ilustração. Vista de homens trabalhando na pavimentação de rua com pedras retangulares lado a lado. Ao lado há casarões de dois andares coloridos, enquanto na calçada há homens andando e um poste antigo de três suportes de luzes arredondadas. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando obras de calçamento em grande cidade no início dos anos 1900. FIM DA LEGENDA

B oxe complementar:

Você sabia?

Ruas, avenidas e redes de transportes precisaram ser criadas, ou ampliadas, para dar conta da circulação de tantas pessoas e produtos. Ruas de terra receberam calçamento para a circulação de bondes e automóveis. Há mais de 120 anos os automóveis eram novidade, considerados objetos de luxo e acessíveis a poucas pessoas.

F im do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 116 e 117 podem ser trabalhadas na semana 32.

Orientações

Explique aos estudantes que a implementação da indústria no Brasil teve grande impacto econômico, social e cultural. As indústrias, por definição, aceleravam o processo de produção de mercadorias e barateavam seus custos.

Antes da inauguração das indústrias nacionais, aqueles que viviam no Brasil tinham, disponíveis para consumo, apenas produtos importados ou manufaturados, inacessíveis para grande parte da população.

Converse com a turma sobre as transformações no espaço urbano, que passou a abrigar mais pessoas e a contar com novas tecnologias em transporte coletivo e individual.

Ressalte que a maneira como o espaço é construído ou modificado reflete o modo de vida e os valores da sociedade em determinada época. Assim, diante de tantas transformações, as cidades também tiveram de se adaptar.

Atividade complementar: Desenhar uma cidade

  • Proponha aos estudantes que, em duplas, desenhem sua própria cidade e deem um nome para ela. Informe, então, que esta cidade está passando por um processo de industrialização e que muitas pessoas estão vindo para trabalhar nela.
  • Explique que o desenho da cidade deve considerar todos esses fatores: a presença das indústrias, a necessidade de moradias populares, a disposição de comércio em locais estratégicos, o fornecimento de luz, transportes e calçamento das ruas.
  • Depois de prontos, os desenhos poderão ser apresentados e explicados pelas duplas e/ou expostos para a turma.

MP145

  1. Marque com um X as principais mudanças ocorridas nas cidades durante o início da industrialização no Brasil.

( ) Declínio das ferrovias.

( ) Modificação do calçamento e traçado de ruas.

( ) Construção de vilas operárias.

( ) Aumento do número de habitantes.

( ) Crescimento da rede de transportes.

PROFESSOR Respostas corretas: Modificação do calçamento e traçado de ruas. Construção de vilas operárias. Aumento do número de habitantes. Crescimento da rede de transportes.
  1. Observe a fotografia com atenção e responda às questões no caderno.
Imagem: Fotografia em preto e branca. Vista de multidão de pessoas andando, predominância de crianças na fotografia.  Ao lado há um barracão indicando no letreiro: “botões”. Fim da imagem.

LEGENDA: Operários em frente à fábrica de botões no município de São Caetano do Sul, estado de São Paulo, 1935. FIM DA LEGENDA

  1. Quem são as pessoas retratadas na imagem? Qual é a faixa de idade delas?
PROFESSOR Resposta: Na fotografia são retratados operários e operárias saindo de uma fábrica ao final de uma jornada de trabalho. Entre eles, estão adultos, jovens e crianças.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Observe as vestimentas das pessoas. Elas se assemelham com as vestimentas usadas nos dias atuais? Converse com um adulto que more com você sobre as mudanças que ele percebeu, com o passar do tempo, na maneira de se vestir das pessoas e em seus próprios costumes. Depois, registre as informações e compartilhe com os colegas em sala de aula.
PROFESSOR Resposta: As mulheres retratadas usam saias e vestidos; os homens, calças compridas, camisas, casacos, chapéus ou boinas; e as crianças (a maioria meninos) usam, calças curtas, casacos e boinas – poucas delas possuem sapatos. A maneira de se vestir das pessoas retratadas é diferente da atual. Parte da resposta é pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3. Auxilie os estudantes a identificar as informações no texto da página 116. Caso algum deles assinale diferentemente do gabarito, peça que justifique sua resposta.

Atividade 4. Promova a leitura e a interpretação da imagem da atividade chamando a atenção para as informações presentes na legenda. Espera-se que os estudantes notem que a foto é antiga, pois foi feita em 1935, e que representa a saída de uma fábrica após a jornada de trabalho. Sugerimos que a atividade do item b seja realizada em casa e que os estudantes pesquisem com um adulto da família, ou pessoa de sua convivência, as transformações observadas nos modos de se vestir e na moda ao longo do tempo. A atividade propicia a literacia familiar, a troca de experiências, a interação verbal e a integração dos conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.

As atividades 3 e 4, de identificação das principais mudanças durante a industrialização no Brasil e de análise de imagem de operários em uma fábrica na década de 1930, possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Atividade complementar: Assistir a um filme antigo

O curta-metragem A saída da fábrica, filmado pelos irmãos Lumière, está disponível de forma aberta e gratuita em diversos sites de compartilhamentos de vídeos na internet. Considerado o primeiro filme da história do cinema, ele mostra o momento de fim do expediente laboral à frente de uma fábrica em 1895 na cidade de Lyon, na França.

Exiba o filme aos estudantes e converse sobre o que ele retrata. Chame a atenção para as pessoas que saem da fábrica, se são homens ou mulheres, como estão vestidos, entre outros aspectos. Espera-se que notem a quantidade de pessoas que trabalham no local.

MP146

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

O fim do trabalho infantil

A origem da exploração do trabalho infantil no Brasil remete à própria história do país. Há centenas de anos, era possível encontrar crianças tanto entre trabalhadores livres quanto entre escravizados.

Com o início da industrialização no Brasil, cerca de 130 anos atrás, o trabalho infantil continuou a ser explorado. Na cidade de São Paulo, em 1919, mais de um terço dos trabalhadores das fábricas de tecidos eram crianças. Elas trabalhavam em longas jornadas, de 12 a 14 horas por dia, sem descanso, às vezes no período noturno, e sujeitas a acidentes.

Nos anos 1920, o trabalho de crianças menores de 12 anos de idade passou a ser proibido. A duração das jornadas de trabalho também foi limitada por lei em 12 horas por dia. Mas esses limites raramente eram respeitados.

Ao longo do tempo, novas leis e projetos foram realizados para que a exploração do trabalho infantil fosse erradicada. Hoje, o trabalho de menores de 16 anos de idade é proibido, salvo nos casos em que um adolescente, a partir dos 14 anos de idade, exerça a função de aprendiz.

O trabalho infantil, porém, ainda é uma realidade no Brasil. Para sobreviver ou ajudar a família, muitas crianças trabalham nas ruas, carvoarias, plantações, realizam trabalhos domésticos e outras atividades. Segundo dados do IBGE, em 2019, o Brasil tinha 38,3 milhões de pessoas com idade entre 5 e 17 anos. Dessa parcela da população, 1,8 milhão estava em situação de trabalho infantil.

Imagem: Cartaz. Um relógio ponto de brinquedo com relógio amarelo, uma ficha e uma alavanca. No horário há uma carinha formada por dois olhos, um nariz com ponteiros e um sorriso. Ao lado, a frase: “Não leve na brincadeira. Trabalho infantil é ilegal. Denuncie”. Fim da imagem.

LEGENDA: Cartaz da campanha contra o trabalho infantil promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), 2018. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 33.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Conhecer a realidade do trabalho infantil no Brasil no passado e refletir sobre sua permanência no presente.
  • Reconhecer a importância da legislação de proibição do trabalho infantil.
  • Chamar a atenção para iniciativas de combate ao trabalho infantil.


    Orientações

    Leia o texto da página 118 com os estudantes e elabore na lousa uma linha do tempo com as informações. Com base nela, os estudantes poderão notar que o trabalho infantil é uma realidade na história do Brasil.

    Pergunte a eles se já viram crianças trabalhando ou conhecem alguma criança que trabalha para ajudar a sustentar a família. Este momento pode ser enriquecedor para os estudantes, pois propicia a troca de suas experiências e pontos de vista sobre o assunto.

    Explique aos estudantes que o trabalho no campo, em economia familiar, é tradicionalmente transmitido de geração em geração e, dessa maneira, as crianças aprendem os ofícios desde muito cedo. Pode-se valorizar a cultura do trabalho familiar no campo sem, no entanto, submeter crianças e adolescentes a jornadas de trabalho iguais às dos adultos.

    Educação em valores e temas contemporâneos

    Chame a atenção dos estudantes para a informação de que, no início da industrialização brasileira, há cerca de 130 anos, muitas crianças tinham que trabalhar para auxiliar no orçamento familiar e por isso não conseguiam frequentar escolas. Comente que o trabalho durante a idade escolar prejudica o desenvolvimento intelectual e motor das crianças e, por isso, essa prática é proibida hoje em dia por leis de proteção à infância. É importante que os estudantes reconheçam a importância da escola para sua formação pessoal, profissional, social e cidadã. Além disso, é dever do Estado garantir a educação pública de qualidade a todas as crianças e adolescentes. Um país que promove os direitos dos seus cidadãos contribui para a difusão de valores cívicos, como respeito, patriotismo, cidadania, solidariedade e responsabilidade.

MP147

  1. Como era a rotina das crianças que trabalhavam nas fábricas no início do processo de industrialização no Brasil?

_____

PROFESSOR Resposta: As crianças operárias trabalhavam durante longas jornadas de 12 a 14 horas, sem intervalos para descanso e, às vezes, no período noturno, e estavam sujeitas a acidentes de trabalho.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Com um colega, leiam as informações da tabela abaixo em voz alta. Depois, respondam às questões a seguir.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Taxa de trabalho infantil no Brasil (1997-2008)

Ano

Taxa de trabalho infantil (a cada 100)

1997

Em cada 100 trabalhadores, 17 eram crianças.

2001

Em cada 100 trabalhadores, 13 eram crianças.

2008

Em cada 100 trabalhadores, 9 eram crianças.

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Tabela extraída de: IDB. Indicadores e Dados Básicos. Brasil, 2009.

  1. Quantas crianças, a cada 100 trabalhadores, trabalhavam no ano de 1997? E no ano de 2008?

_____

PROFESSOR Resposta: Em 1997, 17 a cada 100 trabalhadores eram crianças. No ano de 2008, 9 a cada 100 trabalhadores eram crianças.
  1. Segundo o texto, quantas crianças e adolescentes encontravam-se em situação de trabalho infantil em 2019?

_____

PROFESSOR Resposta: Segundo o texto, 1,8 milhão de crianças e adolescentes encontravam-se em situação de trabalho infantil em 2019.
  1. A partir das informações da tabela e do texto, o que se pode verificar sobre o trabalho infantil no Brasil?

_____

PROFESSOR Resposta: É possível verificar que a quantidade de crianças trabalhando no Brasil era maior no passado e diminuiu ao longo dos anos, mas que o trabalho infantil ainda não foi erradicado.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. É importante observar que as condições de trabalho descritas são consideradas desumanas e que são ainda mais graves quando envolvem crianças e jovens em fase de desenvolvimento. Avalie a possibilidade de estender a abordagem da questão instigando os estudantes a uma visão crítica sobre o assunto. Nesse sentido, você pode fazer perguntas sobre que rotina seria mais adequada a crianças.

Atividade 2. Auxilie os estudantes a observar e interpretar os dados da tabela. Ressalte que eles foram extraídos de pesquisas feitas em domicílio, em 2009. Estimule os estudantes a pensar e registrar no caderno algumas medidas que podem ser tomadas para a erradicação do trabalho infantil. O conteúdo elaborado por eles pode ser organizado em cartazes a serem expostos na escola ou pelo bairro.

A atividade propicia o desenvolvimento de conhecimentos relacionados à História e à numeracia.

As atividades 1 e 2 favorecem o desenvolvimento da habilidade EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

A seção, em seu conjunto, favorece a mobilização das Competências Gerais 1 e 2 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva; e exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

Trabalho infantil

A Constituição Federal, em seu artigo 7o, proíbe no Brasil o trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 anos e qualquer trabalho aos menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Nos últimos anos, com a adoção de políticas públicas voltadas a esse problema, o Brasil reduziu de maneira significativa o número de crianças e adolescentes que trabalhavam no país. Entretanto, muito ainda precisa ser feito para a erradicação do trabalho infantil em todo o território nacional. O trabalho infantil prejudica o desenvolvimento físico, psicológico e intelectual das crianças e dos adolescentes que o exercem.

TRABALHO infantil. Observatório da Criança e do Adolescente. Fundação Abrinq. Disponível em: http://fdnc.io/cTq. Acesso em: 15 jul. 2021.

MP148

Capítulo 3. O crescimento das cidades

No Brasil, o desenvolvimento de atividades agrícolas e de extração foi fundamental para o crescimento de cidades como Manaus e São Paulo.

Manaus e o ciclo da borracha

Há cerca de 150 anos, a extração de látex, um produto da seringueira, atraiu milhares de migrantes, especialmente de estados da região Nordeste, para trabalhar na Floresta Amazônica.

O trabalho consistia na retirada da seiva das seringueiras, que era transformada em borracha, um produto muito procurado e valorizado no mercado mundial para ser utilizado na indústria de automóveis que começava a surgir.

O dinheiro da venda da borracha para a Europa e os Estados Unidos estimulou o crescimento de Manaus, a capital do Amazonas. A cidade passou por grandes reformas, com a construção de avenidas, redes de esgoto e água encanada, a instalação de energia elétrica e a circulação de bondes. Além disso, foram construídos prédios modernos para a época.

Imagem: Fotografia. Destaque de tronco de árvore soltando látex em um suporte de ferro que vai até um balde pendurado na árvore. Fim da imagem.

LEGENDA: Extração de látex da seringueira. Município de Tarauacá, estado do Acre, 2017. FIM DA LEGENDA

  1. O que aconteceu com a cidade de Manaus com a venda da borracha para o exterior?

    _____

PROFESSOR Resposta: A cidade cresceu e passou por reformas, com a construção de prédios e avenidas e a instalação de energia elétrica, redes de esgoto e água encanada.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 120 e 121 pode ser trabalhada na semana 33.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Relacionar a exploração de borracha na região amazônica ao desenvolvimento da área urbana de Manaus.
  • Compreender o papel da economia cafeeira na imigração europeia para o Brasil.
  • Relacionar o declínio da atividade cafeeira ao crescimento da população nas áreas urbanas.
  • Avaliar as condições de vida e de moradia dos trabalhadores das indústrias nas áreas urbanas.


    Orientações

    Inicie a abordagem do ciclo da borracha em Manaus perguntando aos estudantes se eles sabem o que é borracha e do que ela é feita. Peça que deem exemplos de objetos comuns no cotidiano que são feitos de borracha para, a partir deles, notarem o quanto esse material é importante na produção de bens de consumo.

    Ao longo do capítulo 3 é possível aprofundar com os estudantes a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre o processo de urbanização das cidades brasileiras ao longo do tempo.

    Atividade 1. Comente que a borracha é feita da seiva de uma árvore chamada seringueira, muito comum na Amazônia brasileira. Sua exploração para exportação rendeu muitos lucros e possibilitou investimentos em infraestrutura urbana.

    A atividade 1 possibilita o desenvolvimento da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/ vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

    A belle époque manauara

    Manaus crescia em ritmo cada vez mais acelerado e sua fisionomia tendia a se distanciar cada vez mais da atrasada e feia Barra do Rio Negro. Toda essa rápida expansão e acelerada reconfiguração da urbe é consequência do boom da borracha, proporcionado pela extração do látex.

    [...] Manaus se modificou e tornou-se uma cidade presunçosa, soberba, para atrair capital estrangeiro e para agradar a um grupo específico, os ricos, os coronéis e “barões da borracha”, que enriqueceram às custas da extração do látex e da exploração dos trabalhadores, sejam seringueiros nas densas florestas no entorno de Manaus, quer dos trabalhadores urbanos que exerciam seus ofícios no cotidiano citadino e ameaçavam a tão almejada ordem urbana. Estes se transformaram no alvo preferencial dos códigos de posturas.

    Transformar Manaus em Paris era objetivo dos grandes homens públicos, que sonhavam com uma Cidade-Luz em meio à Selva Amazônica. Esse propósito foi posto em prática, pois era impossível uma cidade que era centro comercial do mundo viver como uma tapera. Então reurbanizá-la era também uma forma de eliminar seu passado e seus costumes ainda presentes claramente nas práticas das culturas indígenas com evidências de um forte hibridismo cultural. [...]

    BRAGA, Bruno Miranda. A cidade, os índios e a belle époque : Manaus no final do século XIX (Amazonas – Brasil). Revista de História da UEG – Anápolis, v. 5, n. 1, p. 105-106, jan./jul. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/guf. Acesso em: 15 maio 2021.

MP149

São Paulo, café e indústria

O café foi o produto brasileiro mais vendido para outros países entre os anos de 1840 e 1930. A expansão das lavouras de café estimulou a vinda de imigrantes estrangeiros, como italianos, espanhóis, alemães e portugueses. Em princípio, esses imigrantes trabalharam nas lavouras, mas, aos poucos, deixaram o campo e seguiram para as cidades para trabalhar na indústria ou no comércio.

Muitos cafeicultores que enriqueceram passaram a morar na cidade de São Paulo e construíram casarões requintados. São Paulo se beneficiou com a riqueza gerada pelo café, pois a cidade ganhou viadutos, pontes, trilhos para bondes, calçamento de ruas, iluminação pública, entre outras modificações. O dinheiro obtido com o café também impulsionou a instalação de fábricas, fato que transformou a paisagem da cidade. Em 1890, a população de São Paulo era de 65 mil pessoas. Dez anos depois, em 1900, já chegava a 240 mil pessoas.

Imagem: Fotografia. Homens e mulheres em plantação extensa de café, estão carregando escadas de madeiras e sacos com sementes.  Fim da imagem.

LEGENDA: A colheita, Fazenda Santa Gertrudes, Araras, SP, de Antonio Ferrigno. 1903. Óleo sobre tela,
100 cm × 150 cm. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de rua com prédios altos e carros antigos em estacionamento na lateral. Há ônibus passando nas ruas e aglomerado de pessoas entre veículos e ônibus. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da região central do município de São Paulo, estado de São Paulo, 1930. FIM DA LEGENDA.

  1. Como a cidade de São Paulo se beneficiou com a riqueza gerada pelo café?

    _____

PROFESSOR Resposta: São Paulo ganhou pontes, viadutos, trilhos para bondes, calçamento de ruas, iluminação pública etc. Os lucros obtidos com o café também impulsionaram a instalação de fábricas.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Retome as informações vistas nesta e na página anterior e reconte-as para um adulto de sua família. Depois, converse com ele sobre a cidade em que você nasceu. Como era a cidade antigamente e como ela é hoje? Registre as informações coletadas no caderno.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Retome com os estudantes alguns conteúdos sobre economia cafeeira e sua importância para a urbanização da cidade de São Paulo. Comente que o cultivo do café empregou mão de obra de estrangeiros que eram atraídos pelas ofertas de emprego e pelas propagandas que exaltavam as condições de vida no país. A vida na lavoura, no entanto, era muito dura e os trabalhadores eram muitas vezes maltratados.

Atividade 2. Os estudantes devem relacionar a realização de obras públicas e a industrialização aos lucros gerados pela prosperidade comercial do café no mercado exterior.

A atividade 2 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, propiciando a literacia familiar, a troca de experiências entre estudantes e seus familiares, a interação verbal, a valorização de suas memórias e a produção escrita. Dessa forma, a atividade contribui para a integração dos conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola. Espera-se que, a partir dos relatos coletados, os estudantes possam refletir sobre seus espaços de vivência considerando a maneira como o conhecem hoje e imaginando como era no passado. Estimule-os a trocar ideias para que possam pensar também de outros pontos de vista.

A atividade 3 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive.

MP150

Bairros operários

Há mais de 100 anos, muitas indústrias se instalaram em São Paulo, levando à formação de bairros operários. Muitos deles eram habitados por imigrantes que saíram das lavouras de café em busca de empregos na cidade e escolheram moradias próximas aos locais de trabalho.

Em geral, os bairros operários ficavam perto de rios, de linhas de bonde e das fábricas. Foi assim que surgiram bairros como Brás, Barra Funda e Bom Retiro, em São Paulo, e Jaboatão e Afogados, em Recife. Nesses bairros, existiam também os cortiços, construções onde moravam várias famílias juntas.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista aérea de cidade plana com casas, poucas árvores e ao fundo indústrias soltando fumaça por chaminés altas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do bairro do Brás com indústrias, galpões e chaminés. Município de São Paulo, estado de São Paulo, década de 1930. FIM DA LEGENDA

  1. Complete a frase com as palavras destacadas a seguir.

bairros operários

café

fábricas

imigrantes

Muitos _____ deixaram a lavoura de _____ e foram a São Paulo para trabalhar em _____. Eles moravam nos _____.

PROFESSOR Respostas corretas: imigrantes; café; fábricas; bairros operários.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Linha de produção com mesas longas com pilhas e rolos de tecidos. Há mulheres atrás de cada mesa. Ao fundo do galpão, mulheres sentadas em frente a máquinas de costura. Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes trabalhando em uma fábrica de tecidos no Brasil, em 1925. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 122 e 123 pode ser trabalhada na semana 34.

Orientações

Chame a atenção dos estudantes para a vista geral do bairro do Brás, representada na imagem disponível na página 122. Explique que no Brás, como em outros bairros paulistanos, as pessoas moravam próximas às fábricas onde trabalhavam. Pergunte aos estudantes o que é possível ver na paisagem e como eles imaginam que era a vida das pessoas nesse local.

Comente sobre a vida nos cortiços, habitações coletivas geralmente ocupadas por imigrantes que se tornaram muito comuns em capitais brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro. Se considerar interessante, pesquise e exiba fotos desses locais para que os estudantes possam compreender melhor do que se trata. Algumas fotos de acervos iconográficos acessíveis mostram, inclusive, a presença de muitas crianças nesses locais.

A atividade 4, de preenchimento de frase sobre o trabalho operário e agrícola, visa ao desenvolvimento das habilidades EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/ vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Para você ler

Brás, Bexiga e Barra Funda, de Alcântara Machado. São Paulo: Lafonte, 2019.

Este clássico livro de Alcântara Machado reúne contos que registram o cotidiano nos bairros operários na cidade de São Paulo na década de 1920.

Atividade complementar: Mapa do metrô de São Paulo

  • O Metrô de São Paulo disponibiliza o mapa de suas estações no link: http://fdnc.io/xa. (acesso em: 15 maio 2021). Imprima cópias e distribua para os estudantes.
  • Peça aos estudantes que identifiquem alguns dos bairros citados no texto didático. Espera-se que percebam que a linha vermelha do metrô de São Paulo passa pela antiga região industrial da cidade, onde há ainda hoje muitas estruturas de fábricas desativadas.
  • A atividade pode ser estendida para uma pesquisa sobre as fábricas que existiram nessa região.

MP151

Vila operárias

Algumas indústrias construíram vilas de moradias para os operários. Essas vilas eram formadas de casas semelhantes, próximas umas das outras. Para construir as vilas, os donos das indústrias precisavam conseguir aprovação da Prefeitura e obedecer a uma série de exigências, como ter quartos suficientes, sala e cozinha. Nem todos os operários tinham direito a morar nas vilas.

Nos bairros operários e nas vilas, a maioria das ruas não tinha calçamento, não havia esgoto nem água tratada e poucas casas recebiam energia elétrica.

Boxe complementar:

Você sabia?

Construída em 1916, no bairro do Belenzinho, na cidade de São Paulo, a Vila Maria Zélia foi moradia para 2 mil operários de uma fábrica de tecidos da região. A vila oferecia também creche, comércio e hospital.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de rua de terra com casas de muro e grade baixa. Ao fundo, uma igreja com árvores. No canto direito da rua há postes de madeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Fachada das casas da Vila Maria Zélia. Município de São Paulo, estado de São Paulo, anos 1920. FIM DA LEGENDA

Fim do complemento

  1. Assinale um X em verdadeiro ou falso, de acordo com as afirmações.
  1. O dinheiro do café levou a população da cidade de São Paulo a se mudar para o campo, perto das lavouras.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Falso.
  1. Os operários moravam em bairros e vilas longe do centro e perto das fábricas.

    ( ) Verdadeiro

    ( ) Falso

PROFESSOR Resposta correta: Verdadeiro.
Imagem: Ilustração. Faixada de casa rosa com mulheres de vestido longo sobre varanda. À frente da casa há homens e crianças de chapéu, vestindo paletó, colete e calça. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando moradores de vila operária no início dos anos 1900. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Pode ser interessante conversar com os estudantes sobre o significado da vida em torno da atividade fabril. Ressalte que, além de fabricar os mesmos produtos, as casas em que os operários moravam eram iguais e sua vida era geralmente voltada para o trabalho. As pessoas que conviviam na vizinhança eram colegas de fábrica e seus filhos cresciam sob a influência do meio.

Proponha uma discussão sobre a importância do oferecimento de rede de esgoto e de água tratada para a qualidade de vida da população. Explique que a situação precária dos bairros e vilas operárias, descrita no texto, era também uma situação de risco iminente à saúde dos moradores, que viviam em um contexto propício à proliferação de doenças.

Comente que, atualmente, 99,6% dos municípios brasileiros têm abastecimento regular de água encanada e 62,8% contam com rede de esgoto. Proponha uma discussão em torno desses dados que os estimule a concluir sobre a necessidade de ampliação do acesso a medidas de saneamento básico.

Atividade 5. Você pode realizar essa atividade junto com a turma, para que os estudantes emitam suas opiniões sobre cada frase apresentada e exercitem a argumentação para justificar suas respostas.

A atividade 5 contribui para o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

A regulamentação das vilas operárias

Empresários solicitaram à Câmara diversas propostas para as vilas, mas dependiam de benefícios que foram negados pela municipalidade. Em 1893, o empresário Antônio Ferreira apresentou um plano para a construção de Vilas Operárias e solicitou um empréstimo em dinheiro para a Câmara que não o concedeu e sugeriu que ele recorresse a um banco. Decorrente disso o então vereador Cesário Ramalho da Silva, no mesmo ano, apresentou um projeto de lei que delegava à própria municipalidade tanto o planejamento quanto a construção de uma “vila suburbana composta de 200 casas de construção barata, porém higiênicas e sólidas”, o que mudaria a política habitacional na cidade, e foi rejeitado.

SANTOS, Regina Helena Vieira. Vilas operárias como patrimônio industrial: como preservá-las? Disponível em: http://fdnc.io/gug. Acesso em: 15 maio 2021.

MP152

Como as pessoas faziam para...

Morar no Rio de Janeiro no início dos anos 1900

Há mais de 100 anos, a cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, passou por grandes reformas de modernização. Os investimentos se concentravam nas regiões central e portuária, e a oferta de serviços básicos, como saneamento, iluminação e transporte, era muito desigual na cidade.

Entre 1890 e 1920, a população da cidade mais que dobrou. A cidade crescia sem planejamento.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de cortiço de dois andares. Há multidão de pessoas em varanda e área central na frente. Há pequenas portas lado a lado com muro baixo dividindo os apartamentos. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de um cortiço no Rio de Janeiro, 1904. FIM DA LEGENDA

Em 1903, o prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, iniciou uma série de reformas que previam obras de saneamento e a demolição de casarões utilizados como cortiços.

O objetivo era adaptar a cidade para inovações, como a chegada dos automóveis e da energia elétrica.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista aérea de cidade com prédios em construção em terreno aberto. Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalho de pavimentação na Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, 1905. FIM DA LEGENDA

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 34.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Conhecer aspectos da urbanização do Rio de Janeiro no início do século XX.
  • Refletir sobre as medidas implementadas pelo poder público e seu impacto na população.
  • Compreender o processo histórico pelo qual passou o Rio de Janeiro e identificar permanências no presente.


    Orientações

    A seção apresenta algumas mudanças que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro na passagem do século XIX para o XX, dando continuidade aos estudos sobre crescimento populacional e urbanização. Comente com os estudantes que, nesse período, a cidade era capital do Brasil e tinha o mais importante polo industrial do país.

    Explique que, por terem condições sanitárias precárias, os cortiços e favelas do início do século XX no Rio de Janeiro eram focos de doenças graves. Por essa razão, as medidas de higienização da cidade iam desde a demolição dos casarões usados como cortiços a uma ampla campanha de vacinação.

    É interessante que os estudantes reflitam sobre as disputas pelo espaço público nesse período, colocadas entre governantes, proprietários e elites da cidade em relação aos pobres e trabalhadores. Se, por um lado, os cortiços ofereciam péssimas condições de vida aos moradores, o decreto de fim dessas construções os relegou à marginalização no perímetro urbano. O trabalho proposto nesta seção possibilita o aprofundamento do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”.

    História do modo de vida nas favelas cariocas no início do século XX

    A primeira favela do Rio foi fundada em 1897 pelos veteranos da Guerra de Canudos e as centenas de favelas que seguiram, durante o século XX, também foram fruto da mesma necessidade de começar uma vida urbana em uma cidade carente de habitações com preços acessíveis. Embora políticas públicas voltadas para as favelas não tenham sido delineadas em documentos do governo até 1937, quando o Código de Obras dizia que as moradias deveriam ser demolidas, a primeira intervenção do governo em áreas de baixa renda ocorreu em 1910 quando o Prefeito Francisco Pereira Passos demoliu centenas de cortiços e inúmeras favelas para dar espaço a [...] uma imitação das ruas largas de Paris com jardins projetados [e ruas largas e avenidas].

    [...] O Código de Obras de 1937, refere-se as favelas como “aberrações”. Próximo ao ano de 1940, o Prefeito Henrique Dodsworth as denominou como um problema de saúde pública e como responsável oficial do governo removeu as pessoas que moravam lá para “parques proletariados”. Nesses parques os moradores recebiam cartões de identidade que eram checados na entrada pelos guardas antes que os portões se fechassem às 22h. [...] Os três parques abrigavam cerca de 4.000 pessoas quando o programa parou de crescer devido aos custos de manutenção, mas o padrão moral de culpar as pessoas por sua pobreza e a construção de habitação pública financeiramente insustentável iria continuar por décadas.

    NASSIF, Luis. A história da urbanização de favelas no RJ (1897-1988). GGN , 19 maio 2013. Disponível em: http://fdnc.io/guh. Acesso em: 12 jul. 2021.

MP153

Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto grisalho, vestindo jaleco branco e calça preta. Está segurando o pulso de um homem de cabelo curto e bigode preto com vestimenta branca, deitado em uma cama coberto por lençol branco até o tórax.  Fim da imagem.

Nesse período, o médico e sanitarista Oswaldo Cruz tornou-se chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública e criou ações para acabar com doenças como a febre amarela e a varíola. Entre essas ações estava uma campanha de vacinação obrigatória.

Imagem: Fotografia. Vista de avenida com duas vistas separadas por postes antigos com lâmpadas largas em três pontos. Em ambos os lados há prédios altos de estrutura antiga. Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Rio Branco, antiga avenida Central, no Rio de Janeiro, 1912. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia em preto e branco. Vista de morro com casas antigas de madeira e pessoas na frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Barracões no Morro do Pinto, no Rio de Janeiro, 1912. FIM DA LEGENDA

Com a substituição dos antigos cortiços por novas moradias e a abertura de avenidas modernas, o preço dos terrenos e dos aluguéis no centro subiu, o que afastou a população mais pobre para os morros próximos ou para locais muito distantes do centro.

  1. Qual era o objetivo das reformas feitas pelo prefeito do Rio de Janeiro a partir de 1903?

_____

PROFESSOR Resposta: O objetivo era adaptar a cidade para inovações, como a chegada dos automóveis e da energia elétrica. Além disso, acabar com doenças como a febre amarela.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Recentemente, no município onde você mora, foi realizada alguma reforma ou nova construção? Se sim, essa mudança beneficiou os moradores? Se você fosse o(a) prefeito(a), que decisões tomaria? Justifique.
PROFESSOR Respostas pessoais.
Imagem: Fotografia antiga. Ao centro, uma montanha com o Pão de Açúcar. Ao redor, már. E em frente, uma cidade. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Se possível, apresente aos estudantes fotografias atuais do Rio de Janeiro para que comparem com as disponíveis nas seções.

Atividade 2. Estimule os estudantes a refletir e discutir sobre as políticas urbanas no município onde vivem e se elas contribuem para a melhoria de vida da população. Depois, indague-os sobre quais seriam as reformas que eles realizariam caso fossem prefeitos, de forma a levá-los a pensar em soluções para os problemas cotidianos vivenciados pelos grupos de seu convívio e pela população do município em geral.

As atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

A seção favorece a mobilização da Competência Geral 2 da BNCC: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Além disso, a seção mobiliza a Competência Específica de Ciências Humanas 2 da BNCC: Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. A seção contribui ainda para o desenvolvimento da Competência Específica de História 1 da BNCC: Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

MP154

Capítulo 4. O modo de vida nas cidades

Há cerca de 160 anos, as moradias não recebiam energia elétrica. A iluminação era feita com velas, lampiões a gás e lamparinas com querosene. Para conservar alimentos, era preciso usar técnicas como a secagem e a salga para as carnes e o preparo de caldas de açúcar para as frutas.

Na cidade, as casas passaram a ser iluminadas com lâmpadas elétricas. As famílias que tinham acesso à eletricidade puderam contar com novos aparelhos: os eletrodomésticos. Com o passar do tempo, esses aparelhos se tornaram populares e mais baratos. Atualmente, na maioria das moradias é possível encontrar, por exemplo, uma geladeira para conservar os alimentos.

Imagem: Fotografia. Vista de geladeira aberta com duas portas. Acima, o freezer, abaixo, parte com produtos, frutas, garrafas e alimentos. Fim da imagem.

LEGENDA: A geladeira representou um grande avanço no cotidiano das pessoas, por permitir a conservação dos alimentos por longos períodos. FIM DE LEGENDA

  1. Preencha o quadro com o nome e a utilidade de três aparelhos domésticos que funcionam com eletricidade.

Quadro: equivalente textual a seguir

Nome do aparelho

Utilidade

PROFESSORRespostas pessoais.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• O Pinguim de Geladeira, a Preguiça e a Energia, de Sérgio Merli. São Paulo: Melhoramentos, 2014.

O livro apresenta de maneira leve e divertida a questão do uso consciente da energia elétrica.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 126 e 127 podem ser trabalhadas na semana 35.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Conhecer mudanças no modo de vida das pessoas ocasionadas pelos adventos da urbanização e da energia elétrica.
  • Compreender a transição dos meios de transporte movidos a tração animal para os transportes movidos a eletricidade e a combustão.
  • Relacionar a energia elétrica à dinamização da comunicação, refletindo sobre o impacto de aparelhos como o rádio e a televisão no cotidiano.


    Orientações

    Pergunte aos estudantes se eles já passaram pela experiência de não ter energia elétrica em casa durante algum período. Caso a resposta seja afirmativa, pergunte a eles como fizeram para tomar banho quente ou iluminar a casa, se utilizaram velas, lanternas etc.

    Ao longo do capítulo 4 é possível aprofundar com os estudantes a abordagem do tema atual de relevância em destaque neste volume, “Espaços de convivência, vida no campo e na cidade”, por meio da reflexão sobre as transformações e a vida cotidiana nas cidades brasileiras ao longo do tempo.

    Atividade 1. Oriente os estudantes a pensar em eletrodomésticos que eles conheçam. Converse sobre o que era utilizado antes da chegada da eletricidade e comente que, para os casos citados, as pessoas usavam a salga, o forno a carvão e a vassoura, respectivamente.

    A atividade 1 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

    Energia elétrica em pauta

    A importância da energia elétrica é cada vez mais evidente na forma de organização da vida das nações e dos indivíduos, num processo de valorização crescente dessa fonte de energia que vem desde o começo da sua exploração comercial nos EUA e na Europa no final do século XIX. Apesar de atualmente ser um bem essencial à sociedade, a energia elétrica tem sua importância pouco divulgada, principalmente em relação aos fatos históricos e aos interesses e influências políticas e econômicas que levaram o setor elétrico brasileiro à sua atual configuração.

    GOMES, João Paulo Pombeiro; VIEIRA, Marcelo Milano Falcão. O campo da energia elétrica no Brasil de 1880 a 2002. Revista de Administração Pública , Rio de Janeiro, v. 43, n. 2, mar./abr. 2009. p. 296.

MP155

Iluminação das cidades

Há mais de 200 anos, as ruas das grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, recebiam uma fraca iluminação, gerada por lampiões a óleo.

Alguns anos depois, as ruas de algumas cidades começaram a ser iluminadas por lampiões a gás. Os postes com lâmpadas elétricas começaram a ser instalados há cerca de 100 anos. Durante um tempo, a iluminação a gás e a eletricidade eram utilizadas, até que as lâmpadas elétricas predominaram porque não exigiam um funcionário para acender e apagar cada uma delas todos os dias.

  1. Compare as linhas do tempo que mostram quando cada tipo de iluminação pública foi instalado nas cidades de Recife e São Paulo. Depois, responda às questões.
Imagem: Ilustração. Homem de chapéu de aba arredondada, vestindo casaco, camisa e calça. Está embaixo de um poste com lampião pendurado. À direita, homem de chapéu curto arredondado, vestindo paletó e calça, ao lado, um poste em formato de arabescos com luz central. Fluxograma. Recife. 1822: Lampião a óleo. 1859: Lampião a gás. 1919: Lâmpada elétrica. São Paulo. 1829: Lampião a óleo. 1872: Lampião a gás. 1911: Lâmpada elétrica.  Fim da imagem.
  1. Em que cidade foram instalados os primeiros lampiões a óleo e a gás? Em que ano esses eventos ocorreram?

_____

PROFESSOR Resposta: A instalação dos lampiões a óleo e a gás ocorreu primeiro em Recife. Os lampiões a óleo foram instalados em 1822 e os lampiões a gás, em 1859.
  1. Qual foi a ordem de chegada dos tipos de iluminação nas duas cidades?

    _____

PROFESSOR Resposta: Lampião a óleo, lampião a gás e lâmpada elétrica.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Converse com os estudantes sobre os recursos que as pessoas utilizavam para iluminar as casas e conservar os alimentos antes do advento da eletricidade. A iluminação, por exemplo, era obtida com o uso de lamparinas, lampiões e velas. Os alimentos eram conservados com conservas e salgas. Logo após o surgimento da eletricidade, poucas pessoas tinham acesso a ela; por isso, no passado não era comum o uso de lâmpadas elétricas nem de refrigeradores para a conservação de alimentos, pois poucas pessoas tinham acesso ao uso de eletricidade.

Atividade 2. O objetivo da atividade é mostrar que, embora a história da iluminação pública siga um padrão (lampião a óleo, lampião a gás e lâmpadas elétricas), a cronologia não foi a mesma em todos os lugares. A comparação entre Recife e São Paulo deixa isso claro, pois a primeira teve iluminação por lampião mais cedo, mas demorou mais a ter iluminação elétrica.

A atividade 2, de comparação da instalação de iluminação pública entre duas cidades brasileiras no passado, visa ao desenvolvimento da habilidade EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

Atividade complementar: Os aparelhos eletrônicos

  • Solicite aos estudantes que entrevistem pessoas de diferentes idades para saber de qual aparelho eletrônico eles consideram mais difícil prescindir. Eles podem seguir este roteiro:
  • Qual é seu nome e sua idade?
  • Qual é o aparelho eletrônico que você considera essencial para suas atividades diárias?
  • O que faria se não pudesse utilizar esse aparelho eletrônico por um dia?
  • Após a coleta das informações, peça aos estudantes que socializem os resultados obtidos. Anote na lousa os aparelhos eletrônicos mais citados nas entrevistas.

MP156

Transportes e comunicações

Antigamente, as pessoas dispunham de poucos recursos para se deslocar de um lugar a outro e para levar cargas. A maioria fazia os percursos e levava todo tipo de objetos a pé ou no lombo de cavalos ou de burros. Poucos podiam utilizar carroças ou charretes puxadas por animais porque era caro manter os veículos e os animais.

Nas grandes cidades brasileiras, há mais de 130 anos, surgiu o transporte coletivo – que muitas pessoas podem usar ao mesmo tempo –, com os bondes puxados por animais e os primeiros ônibus, que começaram a circular em 1838 no Rio de Janeiro também movidos por tração animal.

À medida que a tecnologia se desenvolvia, os veículos de passageiros passaram a ser movidos por motores elétricos ou a combustão.

Imagem: Ilustração em preto e branco. Rua com casarões altos de janelas e portas compridas. Sobre a rua larga de terra há carroças puxadas por cavalos e pessoas transitando.  Fim da imagem.

LEGENDA: Trânsito de carroças na Rua Camerino. Município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, final dos anos 1800. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia em preto e branco. Bonde com seis fileiras de acentos puxada por dois cavalos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Bonde puxado por animais. Município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 1910. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia?

Para percorrer grandes distâncias, além de veículos terrestres, como ônibus, carros ou trens, muitas pessoas atualmente viajam de avião. O transporte marítimo e fluvial também continua sendo muito importante nos dias de hoje.

As mudanças não param de acontecer e os meios de transporte continuam se transformando conforme as necessidades humanas e as inovações tecnológicas.

Fim do complemento

  1. O que é transporte coletivo?

    _____

PROFESSOR Resposta: É um meio de transporte que pode ser usado para levar e trazer muitas pessoas ao mesmo tempo.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 128 a 131 podem ser trabalhadas na semana 36.

Orientações

Solicite aos estudantes que observem as fotografias da página 128. Pela qualidade das imagens, cenário arquitetônico e ausência de automóveis, é possível deduzir que são fotografias antigas. Comente que, no passado, eram comuns os veículos puxados por animais, como cavalos e mulas.

Explique que a utilização de animais para o transporte de pessoas e carga infelizmente ainda ocorre, principalmente em áreas rurais. Todavia, em algumas cidades, esse uso vem sendo proibido.

Atividade 3. Converse com os estudantes sobre a relevância do transporte público para a sociedade atual. É importante enfatizar que o transporte coletivo é mais econômico e causa menor impacto ambiental. Peça a eles que imaginem como seria a vida nas grandes cidades se não houvesse ônibus, bonde, metrô ou similares.

A atividade 3 contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

A importância social do transporte coletivo

O transporte coletivo é um serviço essencial nas cidades, pois democratiza a mobilidade, constitui um modo de transporte imprescindível para reduzir congestionamentos, os níveis de poluição e o uso indiscriminado de energia automotiva, além de minimizar a necessidade de construção de vias e estacionamentos. A Constituição de 1988 definiu a competência municipal na organização e prestação do transporte coletivo (Gomide, 2006). Um sistema de transporte coletivo planejado aperfeiçoa o uso dos recursos públicos, possibilitando investimentos em setores de maior relevância social e uma ocupação mais racional e humana do solo urbano, pois exerce papel de fixador do homem no espaço urbano, podendo influenciar na localização das pessoas, serviços, edificações, rede de infraestruturas e atividades urbanas.

ARAÚJO, Marley Rosana M. et al . Transporte público coletivo: discutindo acessibilidade, mobilidade e qualidade de vida. Psicologia & Sociedade , v. 23, n. 3, 2011. p. 580.

MP157

Com a energia elétrica surgiram novas formas de se comunicar e de partilhar ideias com um grande número de pessoas. Nos últimos 90 anos, o rádio e a televisão passaram a transmitir todo tipo de conteúdo. A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 1922. Por muitas décadas, o rádio foi o aparelho mais usado pelas pessoas para se divertir e saber notícias sobre o Brasil e o mundo.

A partir da década de 1950, o rádio começou a dividir espaço com a televisão. Nos primeiros anos da televisão, havia poucos aparelhos porque eram muito caros. Os programas eram ao vivo e as imagens eram transmitidas em preto e branco.

Atualmente, outros aparelhos, como telefones celulares, computadores e tablets, tornaram-se populares e modificaram as formas de comunicação.

Imagem: Ilustração. Televisão antiga retangular e larga marrom com tela pequena de vidro no centro. Fim da imagem.

LEGENDA: Primeiro aparelho de televisão fabricado no Brasil, 1951. FIM DA LEGENDA

  1. Observe as fotografias e responda às questões a seguir.
Imagem: 1. Fotografia em preto e branco. Família sentada em cadeiras e poltronas próximas a frente de uma televisão retangular e larga de madeira com tela pequena arredondada. Fim da imagem.

LEGENDA: Família assistindo à televisão. Município de São Paulo, estado de São Paulo, 1951. FIM DA LEGENDA

Imagem: 2. Fotografia. Família sentada em um sofá largo cinza, estão em frente a uma televisão retangular fina sobre um móvel preto em uma sala. Fim da imagem.

LEGENDA: Família assistindo à televisão em 2016. FIM DA LEGENDA

_____

PROFESSOR Resposta: Semelhança: as duas famílias estão reunidas em uma sala diante de uma televisão. Diferenças: as roupas das duas famílias, os móveis da sala e o formato dos aparelhos de televisão.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. Chame a atenção dos estudantes para as imagens na página 129. Explique que no passado a televisão tinha as imagens transmitidas em preto e branco, com definição bastante inferior à dos aparelhos atuais.

Sugira aos estudantes que conversem com familiares mais velhos e perguntem sobre sua experiência com a televisão no passado. Depois, organize um debate comparando a televisão de antigamente com a do presente com base nas informações reunidas pela turma.

Você pode fazer no quadro uma lista com as principais inovações tecnológicas da televisão com o passar do tempo, tais como controle remoto, imagem colorida, tela plana, planos de canais por assinatura etc.

Explique aos estudantes que as tecnologias de entretenimento estão em constante desenvolvimento. Estimule-os a imaginar como será a televisão no futuro. Explore a possibilidade de a televisão se tornar mais interativa, à semelhança do que ocorre com a internet.

A atividade 4, sobre a percepção e o registro do modo de vida das famílias no passado e no presente, possibilita o desenvolvimento da habilidade EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

Atividade complementar: Mural de notícias

  • Explique aos estudantes que as notícias podem ser transmitidas por meios de comunicação diferentes, como jornais, revistas, rádio, televisão, internet, entre outros.
  • Sugira que pesquisem em jornais e revistas as notícias que julgarem mais importantes no momento.
  • Opcionalmente, os estudantes podem procurar notícias na internet e imprimir os textos que encontrarem.
  • Organize um debate para escolher as principais notícias. Pergunte aos estudantes por que a notícia é importante e o que faz uma notícia ser mais relevante do que outra. Depois, organize um mural com as notícias selecionadas pela turma.

MP158

A chegada da energia elétrica, há cerca de 120 anos, mudou o cotidiano dos moradores da cidade e do campo e possibilitou o desenvolvimento de inovações na área dos transportes e das comunicações.

Leia o que registrou o escritor Oswald de Andrade sobre as transformações ocorridas por causa da energia elétrica:

Grandes acontecimentos

Anunciou-se que São Paulo ia ter bondes elétricos [...]. Uma febre de curiosidade tomou as famílias, as casas, os grupos. Como seriam os novos bondes que andavam magicamente, sem impulso exterior? [...] Um mistério esse negócio de eletricidade. Ninguém sabia como era. Caso é que funcionava. Para isso as ruas da pequena São Paulo de 1900 enchiam-se de fios e de postes. [...]

A cidade tomou um aspecto de revolução. Todos se locomoviam, procuravam ver. E os mais afoitos queriam ir até a temeridade de entrar no bonde elétrico!

Oswald de Andrade. Um homem sem profissão : memórias e confissões. Sob as ordens de mamãe. 2ª ed. São Paulo: Globo, 2000. p. 72-74.

Imagem: Ilustração. Mulher de cabelo longo castanho, vestindo camiseta rosa. Está acenando a um bonde que passa em um trilho. Ao seu lado direito há um homem de chapéu azul, vestindo paletó azul. O bonde é ligado por uma antena a um fio que segue em paralelo ao trilho. Fim da imagem.
  1. De acordo com o texto do escritor Oswald de Andrade, quais foram os grandes acontecimentos que atraíram a atenção das pessoas em São Paulo?

_____

PROFESSOR Resposta: A chegada da eletricidade e dos bondes elétricos.

Boxe complementar:

Você sabia?

O primeiro bonde elétrico do Brasil chegou à cidade do Rio de Janeiro em 1892 e transportava até 40 pessoas sentadas e mais algumas dezenas penduradas nos estrados laterais em cada viagem.

Em São Paulo, o primeiro bonde elétrico começou a circular em 1900, com capacidade para 45 passageiros.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Explique aos estudantes que a energia elétrica mudou profundamente o modo como a população se relacionava com a cidade. A iluminação pública fez com que as pessoas saíssem à noite, frequentando a cidade em um período em que geralmente ficavam em casa. Os bondes elétricos, por sua vez, transportavam as pessoas de forma rápida e acessível pelos bairros e pelo centro, facilitando a circulação.

Atividade 5. Leia com a turma o texto de Oswald de Andrade – nele, o escritor conta memórias sobre São Paulo à época da inauguração do primeiro bonde elétrico. Chame a atenção não só para o conteúdo, mas também para a forma da narrativa: o escritor parece ter participado dos eventos e os relata com entusiasmo e riqueza de detalhes.

É importante ressaltar que o texto pode ser considerado uma fonte histórica. Pergunte aos estudantes o que é possível saber sobre as pessoas e o modo de vida no início do século XX a partir dele.

A atividade 5 propõe a interpretação de um texto que trata da reação das pessoas à instalação dos primeiros bondes elétricos na cidade de São Paulo, possibilitando o desenvolvimento da habilidade EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

O início da energia elétrica no Brasil

Como já apontado por historiadores, a energia elétrica (juntamente com as estradas de ferro) foi fator primordial para a industrialização do Brasil meridional. A introdução das aplicações da eletricidade se deu ainda durante o Império, e a primeira experiência de iluminação elétrica foi a da Estação Central no Rio, em 1879, coincidentemente o ano da primeira demonstração pública da lâmpada elétrica de Edison. Nessa ocasião, era diretor daquele estabelecimento o engenheiro Francisco Pereira Passos, futuro prefeito da capital federal e considerado seu “modernizador”. Essa iluminação era feita com seis lâmpadas de arco e energia gerada por dois dínamos a vapor. A partir de então, expandiu-se a quantidade de prédios públicos e cidades iluminados por luz elétrica [...].

MAGALHÃES, Gildo. Força e luz : eletricidade e modernização na República Velha. São Paulo: Editora Unesp, 2000. p. 47.

MP159

As novidades da tecnologia alteraram o modo de vida das pessoas e a maneira de se relacionar com a cidade. Veja algumas dessas inovações.

Elevadores

No começo da era da eletricidade, passear nos elevadores dos edifícios, subir e descer pelos andares, era uma grande atração na cidade de São Paulo.

Automóvel

Em 1891, chegou a São Paulo o primeiro automóvel do Brasil. O automóvel não substituiu imediatamente os meios de transporte até então utilizados, pois era uma novidade cara e poucos podiam comprá-la.

Cinema

Há mais de 100 anos o aparecimento do cinema no Brasil atraiu a atenção das pessoas. Inicialmente, os filmes eram mudos e em preto e branco e só começaram a se popularizar depois que a eletricidade permitiu a instalação de salas de cinema nas cidades.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Multidão de pessoas em frente a um prédio com abertura formada por pilares cilíndricos. Fim da imagem.

LEGENDA: Entrada do Cinematographo Pathé, no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, em 1907. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Converse com um familiar sobre como eram as cidades brasileiras há mais de 120 anos, retomando, com ele, as informações vistas nesta e na página anterior. Juntos imaginem que vocês voltaram no tempo e fizeram um passeio à noite, na cidade do Rio de Janeiro. Registre no caderno o texto descrevendo o passeio e que responda às perguntas a seguir.
PROFESSOR Respostas pessoais.
MANUAL DO PROFESSOR

Explique aos estudantes que o cinema representou uma grande novidade e que ver pessoas se movimentando em uma tela era um evento considerado extraordinário para as pessoas da época. Comente que o desenvolvimento tecnológico continua transformando aspectos da vida cotidiana. No passado, os lampiões a óleo foram substituídos por lampiões a gás e, em seguida, por lâmpadas elétricas. Nos dias de hoje, as lâmpadas tradicionais estão sendo substituídas por lâmpadas eletrônicas, em geral feitas de LED (sigla para Light Emitting Diode, que significa “diodo emissor de luz”), que têm maior durabilidade e menor consumo de energia.

Atividade 6. Sugerimos que os estudantes realizem a atividade em casa, com um adulto de sua família. A atividade propicia o exercício da imaginação, da escrita e da oralidade, além do raciocínio histórico. A atividade promove ainda a literacia familiar e a integração dos conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.

A atividade 6 possibilita o desenvolvimento da habilidade EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes para que você possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens. Considere a produção e a participação deles em atividades individuais, em grupo e com a turma toda, e suas intervenções em sala de aula, analisando os seguintes pontos: se compreendem os conceitos de município, área rural e área urbana; se compreendem as razões para o crescimento da população urbana; se relacionam a industrialização brasileira a mudanças nos hábitos de consumo e nas relações sociais e de trabalho; se reconhecem as transformações nos centros urbanos e no campo ao longo do tempo; se reconhecem as condições de trabalho e moradia a que eram submetidos os operários; se compreendem o papel das atividades do campo para o desenvolvimento das cidades e se conhecem algumas mudanças no modo de vida das pessoas provocadas pelos adventos da urbanização e da energia elétrica.

A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma, e identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades.

MP160

O que você aprendeu

  1. Leia o texto e responda à questão a seguir.

    Ainda na década de 30, os imigrantes italianos que chegavam à cidade de São Paulo, instalavam-se majoritariamente em bairros como a Mooca, o Belém e arredores. A família de Maria Helena estava por lá [...]. A cidade ainda era bem menor, e a natureza mais próxima. A memória de Maria Helena nos leva até a piqueniques na Serra da Cantareira, e a terrenos em ruas em que o asfalto ainda não chegara. As fábricas de tecelagem da Mooca, nas quais Maria Helena trabalhou, também são cenários para suas recordações.

    A Mooca das tecelagens

    Quando eu saí do primário, fui aprender a cerzir . Porque na Mooca tinha muita tecelagem, lanifícios [...]. Quando eu aprendi a cerzir, fui aprender com uma vizinha [...]. Meu primeiro trabalho foi esse, aprendi primeiro a costurar, depois aprender a cerzir, com essa vizinha. Depois que uma amiga falou: “Puxa, você está aprendendo a cerzir, você vai trabalhar no Edifício Inglês” [onde funcionava uma tecelagem] [...]. Fiquei um ano trabalhando com ela. [...] com 15 anos entrei no Edifício, saí com 21 para casar.

    A Mooca das tecelagens. In : História de Maria Helena Cavalcante Fernandes . Museu da Pessoa, 5 dez. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/gui. Acesso em: 28 jan. 2021.

_____

PROFESSOR Resposta: Sim. Porque trata das fábricas de tecidos, que eram as mais comuns no país no início da industrialização. Em bairros mais distantes do centro das grandes cidades foram construídas várias fábricas. Entre os operários havia, além de adultos, adolescentes (como Maria Helena) e crianças.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a avaliação processual desta seção podem ser trabalhadas na semana 37.

Orientações

Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte de quais conteúdos estudados até então eles se recordam. Procure retomar esses pontos, comentando outros que ficaram esquecidos. Pergunte quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns deles ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.

Atividade 1. Converse com os estudantes sobre o fato de o texto A Mooca das tecelagens, disponível no acervo do Museu da Pessoa, ser um relato de uma mulher que viveu no bairro no período de crescimento das indústrias. É importante ressaltar a condição do texto como fonte histórica, valorizando a experiência dos sujeitos e a oralidade na construção do conhecimento histórico.

A atividade 1 contribui para o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive; EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Habilidades da BNCC em foco nesta seção

EF03HI01; EF03HI02; EF03HI08; EF03HI12.

MP161

Avaliação processual

  1. Observe a fotografia que retrata a construção de uma avenida na região central da cidade do Rio de Janeiro no início dos anos 1900 e responda às questões.
Imagem: Ilustração em preto e branco. Prédio retangular em demolição com paredes em escombros e telhado quebrado. Fim da imagem.

LEGENDA: Demolição de sobrados no centro da cidade para dar lugar à Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. Município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, 1904. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais modificações foram necessárias para a construção da avenida?

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PROFESSOR Resposta: Para a abertura da avenida, ruas foram alargadas e construções mais antigas foram demolidas.
  1. No início dos anos 1900, muitas cidades brasileiras passaram por reformas e transformações. Com que contexto histórico essas transformações estão relacionadas?

    _____

PROFESSOR Resposta: As reformas urbanas de inúmeras cidades (entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus) estão relacionadas ao processo de industrialização iniciado no final dos anos 1800 no Brasil e ao aumento da população nas cidades.
  1. Identifique as consequências da demolição dos sobrados para a população que ali residia.

    _____

PROFESSOR Resposta: A população que residia nos sobrados demolidos teve de abandonar suas moradias e se deslocar para áreas mais afastadas do centro da cidade.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 2. Auxilie os estudantes na análise da imagem e a relacioná-la com o conteúdo estudado nesta unidade sobre reformas urbanas. Verifique a linha de raciocínio e a argumentação dos estudantes na elaboração de suas respostas.

A atividade 2 contribui para o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.; e EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive.

A Avenida Central do Rio de Janeiro

Na época de sua inauguração, a avenida Central tinha 1.800 metros de extensão e 33 metros de largura. Cerca de 300 casas coloniais foram demolidas para a construção dos novos edifícios, cujas fachadas foram escolhidas por concurso. [...] Além de edifícios do governo, ergueram-se, na avenida, jornais, clubes, hotéis e sedes de empresas. O calçamento, em mosaico português, foi feito por artesãos vindos de Portugal. Passear pela avenida Central era passear pela espinha dorsal do mundo das compras e do lazer dos elegantes, dos negócios e da cultura. Alguns remanescentes da primeira geração de prédios da avenida são o Teatro Municipal, o Clube Naval, a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e o Centro Cultural da Justiça Federal.

SÉRIE “Avenidas e ruas do Brasil” I - Avenida Central, atual Rio Branco. Brasiliana Fotográfica , 7 set. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/guj. Acesso em: 16 maio 2021.

MP162

  1. Leia o texto e responda à questão.

A paixão de seu Ernesto por automóveis começou quando seu pai, de sociedade com alguns amigos, importou da França um De Dion-Bouton, o primeiro carro dessa marca a rodar nas ruas de São Paulo. Automóvel de três rodas, motor debaixo do assento. A regulagem da máquina era feita nas ladeiras: se subisse com três pessoas, estava em ordem.

Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus . Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 44-45.

PROFESSOR Resposta: Os estudantes poderão responder que era possível saber se o automóvel estava funcionando bem se conseguisse subir uma ladeira com três pessoas a bordo.
  1. Observe a fotografia.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Bonde passando em rua estreita com trilho central e antena ligada a um cabo superior que acompanha o trilho. Ao redor da rua há pessoas em pé. Fim da imagem.

LEGENDA: Bonde na Rua São Bento. Município de São Paulo, estado de São Paulo, 1912. FIM DA LEGENDA.

  1. Por qual forma de energia esse bonde era movido? Como você descobriu?

    _____

PROFESSOR Resposta: Esse bonde era movido por energia elétrica. É possível saber disso pela presença de um cabo no alto do bonde ligado a fios que transmitiam eletricidade para mover o veículo.
  1. Antes de serem movidos por essa forma de energia, como os bondes se locomoviam?

    _____

PROFESSOR Resposta: Os bondes eram movidos por animais, como burros ou cavalos.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3. Peça aos estudantes que conversem com pessoas mais velhas da família e perguntem sobre as mudanças que puderam observar nos automóveis. Depois, com base nesses depoimentos, solicite que comparem os relatos dos familiares com o texto de Zélia Gattai.

Explique que o depoimento de Zélia Gattai traduz a experiência das pessoas da época em relação ao automóvel. Converse com eles sobre suas experiências e pergunte se algum deles tem uma história interessante sobre os meios de transporte para contar aos colegas.

Atividade 4. a) Estimule os estudantes a perceber que a fotografia mostra com bastante evidência os fios elétricos que conduziam a energia necessária para fazer o bonde funcionar. Converse com eles sobre esse sistema de transporte. Explique que, no passado, ele representou uma inovação em relação aos sistemas de transporte anteriores, que usavam tração animal. Além disso, é importante destacar que os bondes e os ônibus elétricos ainda são utilizados em algumas cidades. b) Explique que, antes da energia elétrica, os bondes já andavam sobre trilhos, mas eram puxados por animais.

As atividades 3 e 4 possibilitam o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive; EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Atividade complementar: O automóvel e o meio ambiente

  • Proponha uma discussão sobre o fato de o automóvel ser o meio de transporte prioritário atualmente. Até a década de 1950, o cavalo, a bicicleta e o trem eram muito utilizados. Depois, com a construção de novas estradas, o caminhão e o automóvel passaram a ser os meios de transporte mais usados.
  • Peça aos estudantes que identifiquem as vantagens e as desvantagens de cada um desses modelos e as implicações para as pessoas e para o meio ambiente.

MP163

  1. Observe as fotografias, leia as legendas e responda às questões.
Imagem: 1. Ilustração em preto e branco. Vista aérea de cidade com usinas com chaminés e casas baixas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do bairro do Brás. Município de São Paulo, estado de São Paulo, cerca de 1910. FIM DA LEGENDA.

Imagem: 2. Ilustração. Vista de casarões branco com telhado vermelho em rua larga com árvores nas calçadas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Avenida Paulista, no bairro Jardim Paulista. Município de São Paulo, estado de São Paulo, 1920. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais as principais diferenças entre as duas fotografias?

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PROFESSOR Resposta: A primeira fotografia foi tirada em 1910 e a segunda em 1920. No bairro do Brás é possível ver fábricas e muitas construções simples ao redor. No Jardim Paulista é possível ver casarões luxuosos e uma grande avenida arborizada.
  1. Quem eram as pessoas que moravam no bairro retratado na fotografia 1? E no bairro retratado na fotografia 2?

    _____

PROFESSOR Resposta: No Brás, estavam localizadas muitas fábricas e moradias de operários. No Jardim Paulista moravam os cafeicultores, donos das lavouras de café.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 5. Auxilie os estudantes a observar as imagens e a identificar alguns elementos importantes, como o padrão de moradia e a densidade da urbanização. Espera-se que eles associem as fotografias de cada bairro às informações estudadas ao longo da unidade. Pode ser interessante, ainda, pesquisar fotografias para comparar as características arquitetônicas e urbanísticas dos bairros hoje e analisar o padrão socioeconômico de seus moradores para identificação de rupturas e permanências.

A atividade 5 possibilita o desenvolvimento das habilidades EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.; e EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Atividade complementar: O transporte no Brasil

  • Peça aos estudantes que pesquisem sobre meios de transporte no Brasil em jornais, revistas e na internet.
  • Os assuntos são variados: falta de transporte público de qualidade nas grandes cidades; sucateamento das ferrovias; poluição causada por carros e caminhões; possível uso de automóveis elétricos; formas alternativas de transporte etc.
  • Os estudantes podem montar cartazes com as matérias selecionadas e afixá-los em um mural na sala de aula para que todos tenham acesso às informações.

MP164

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/conceito

1

EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive.

EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

2

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive.

3

EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive.

EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

4

EF03HI02: Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive.

EF03HI08: Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

5

EF03HI01: Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc.

EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.