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Unidade 3. A formação do Brasil

Imagem: Fotografia complementar das páginas 76 e 77. Mulheres de roupas coloridas em tons de amarelo, branco e vermelho. Estão cantando juntas sobre a praia. Há homens e mulheres sentados entre elas tocando instrumentos musicais. Ao fundo, vegetação fechada. Fim da imagem.

LEGENDA: Grupo de samba de roda se apresenta no município de Vera Cruz, no estado da Bahia, em 2019. FIM DA LEGENDA.

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Box complementar

Vamos conversar

A sociedade e a cultura brasileiras são formadas por diversos grupos étnicos. Os indígenas já ocupavam o território antes da chegada dos portugueses e do tráfico forçado dos africanos. Outros grupos vieram da Europa e da Ásia apenas nos anos 1800.

  • Quais desses grupos étnicos compõem a sua identidade?

Fim do complemento.

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Capítulo 1. Os povos indígenas

Quando os portugueses chegaram às terras que mais tarde formariam o Brasil, encontraram vários povos e um território muito diferente do europeu. O desconhecimento e o estranhamento os levaram a criar ideias sobre o recém-alcançado continente. Nos relatos enviados a Portugal, os viajantes descreviam as paisagens do Brasil como exóticas , com frutos e vegetais desconhecidos, florestas densas e cheias de animais perigosos. Por causa da riqueza natural e do calor, o Brasil era descrito como “paraíso terrestre”.

Os indígenas tinham hábitos diferentes daqueles dos europeus: não usavam vestimentas, seguiam outra crença e viviam da caça, da pesca e da agricultura de subsistência.

O estranhamento fez com que os portugueses considerassem os indígenas ora bondosos, ora selvagens.

Imagem: Ilustração. Homem indígena de cabelo curto, nu e descalço, segurando um arco e flechas. Atrás do homem há uma mulher de cabelo longo, segurando um menino. Fim da imagem.

LEGENDA: Tupinambás, de Jean de Léry. 1580. Gravura do livro História de uma viagem feita à Terra do Brasil. Genebra. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Homens indígenas cortando lenha em floresta. Há animais aos arredores da imagem. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de Terra Brasilis, um dos mapas do Atlas Miller, produzido pelos cartógrafos portugueses Lopo Homem, Pedro Reinel e Jorge Reinel, com ilustrações de António de Holanda. 1519. FIM DA LEGENDA

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Boxe complementar:

Você sabia?

Na época da chegada dos portugueses ao território do atual Brasil, os relatos que esses viajantes faziam sobre as terras e os povos que encontraram foram usados por artistas europeus para produzir obras, pinturas e cartas marítimas. Essas produções circularam por anos na Europa e reproduziam uma visão muitas vezes fantasiosa do Brasil e dos indígenas.

É importante notar que essas representações europeias dos povos indígenas eram formuladas com base no mundo que os próprios europeus conheciam. Muitos daqueles artistas nunca estiveram no Brasil nem sequer viram um indígena. Por isso, retratavam os costumes indígenas com base em seus valores e suas crenças.

Fim do complemento..

  1. Por que os europeus retratavam os indígenas de maneira fantasiosa?
  1. Observe o mapa feito em 1519 para responder às questões.
Imagem: Ilustração. Mapa do Brasil antigo com ilustração de homens indígenas cortando árvores, animais espalhados pela imagem, e navios indo em direção a terra. Fim da imagem.

LEGENDA: Terra Brasilis, um dos mapas do Atlas Miller, produzido pelos cartógrafos portugueses Lopo Homem, Pedro Reinel e Jorge Reinel, com ilustrações de António de Holanda. 1519. FIM DA LEGENDA.

  1. Que momento o mapa retrata? Essa imagem é uma representação real do Brasil ou imaginada pelos portugueses? Justifique.
  1. Faça uma descrição detalhada de como o Brasil e a população nativa são representados no mapa.

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O encontro entre os Tupi e os portugueses

Em 1500, as terras que hoje correspondem ao estado da Bahia eram ocupadas pelos Tupi. Eles não se chamavam “índios”. Esse nome foi dado pelos portugueses por acreditarem terem chegado às Índias, na Ásia. Os Tupi viviam no litoral brasileiro, em aldeias com cerca de 300 a 2 mil habitantes. Além de caçar e pescar, cultivavam mandioca, milho, batata-doce, algodão, abacaxi, guaraná e pimenta.

Imagem: Ilustração. Homem e mulheres indígenas caminhando. Homem de cabelo curto castanho, carregando sacos apoiados a cabeça, possui alargadores nas orelhas e boca, segurando flechas e arco. Atrás, há mulher de cabelo curto preto, carregando sacos apoiados a cabeça, possui alargadores na orelha, segurando um bebê. E por fim, há mulher de cabelo curto preto, carregando sacos apoiados a cabeça, possui alargadores na orelha, segurando dois bebês. Fim da imagem.

LEGENDA: O botocudos June (Kerengnatnuck) em viagem com suas duas mulheres, seus três filhos, armas e utensílios, de Maximiliano de Weid-Neuwied. 1816. Aquarela e pena, 21,2 cm # 33,6 cm. FIM DA LEGENDA

O trabalho era dividido entre homens e mulheres e visava à subsistência. Eles se banhavam várias vezes ao dia, pintavam seus corpos com tintas extraídas de frutos como o urucum e o jenipapo e usavam colares, brincos e pulseiras feitos de sementes e de penas de aves.

Além dos Tupi, outros povos, como os Guarani, os Botocudo, os Kaingang e os Tupinambá, viviam no litoral brasileiro.

Imagem: Ilustração. Floresta com homens indígenas pelados ao lado de vasos e caldeirões. Há homens brancos de roupas observando-os. Fim da imagem.

LEGENDA: Índios Kaingang, de Johann Baptist von Spix. Século XIX. Gravura. FIM DA LEGENDA.

Quando os portugueses chegaram, houve um estranhamento entre os dois povos. Como não conheciam o território, os portugueses tiveram de se adaptar aos costumes tupis. Eles fizeram alianças em busca de segurança, alimentação e facilidades para extrair o pau-brasil. Assim como as especiarias, o pau-brasil era muito valorizado na Europa. Além do uso da madeira para fazer móveis e instrumentos musicais, sua tinta era usada para escrever e tingir tecidos.

Boxe complementar:

Hora da Leitura

• Poemas d a minha terra tupi, de Maté. São Paulo: Brinque-Book, 2018.

Apresenta diversos poemas inspirados no cotidiano indígena, feitos especialmente para crianças e acompanhados de belas ilustrações.

Fim do complemento.

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A exploração do pau-brasil

O pau-brasil era derrubado pelos indígenas. Em troca da madeira, os indígenas recebiam dos europeus tecidos, facas e outros objetos. Contudo, os indígenas recusavam-se a cortar grandes quantidades da árvore, pois, para eles, não havia necessidade de “lucro” (como havia para os europeus). Isso gerou conflitos entre eles, e os portugueses começaram a aprisionar os indígenas e explorar sua mão de obra. A colonização foi intensificada, e os portugueses começaram a impor seu modo de vida aos indígenas.

Imagem: Fotografia. Destaque de árvore com copa alta e larga formando grande sombra abaixo sobre campo de grama e terra. Ao fundo há árvores diversas. Fim da imagem.

LEGENDA: Árvore de pau-brasil no município de Porto Seguro, no estado da Bahia, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Viola de madeira com curva acentuada entre parte superior corpo e parte inferior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Viola nordestina fabricada com partes de madeira do pau-brasil. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA

  1. Como eram os hábitos dos Tupi?
  1. Explique por que os portugueses precisaram se adaptar aos costumes indígenas.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.

  1. Reúna-se com três colegas e pesquisem quais povos indígenas viveram ou ainda vivem na região em que vocês moram. Vocês podem realizar a pesquisa no site do Instituto Socioambiental, instituição que se dedica ao estudo dos povos indígenas no Brasil, no seguinte endereço: https://pib.socioambiental.org/pt/P%C3%A1gina_principal . Acesso em: 16 fev. 2021. Façam uma lista de seus hábitos, costumes e crenças religiosas. Depois, em uma folha de papel sulfite, façam uma ilustração representando o cotidiano desse grupo.

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O território indígena

Em 1500, a população indígena era de cerca de 4 milhões de pessoas, organizadas em mais de mil grupos étnicos, que ocupavam todo o território brasileiro. Com a colonização, as terras indígenas e a quantidade de povos nativos diminuíram muito. Os indígenas eram vistos pelos colonizadores como um “obstáculo” à ocupação das terras, pois resistiram ao processo de colonização criando estratégias, alianças e até guerras para defender seu território.

A partir de 1530, as terras indígenas do litoral brasileiro foram sendo ocupadas pelos portugueses com o objetivo de extrair pau-brasil e instalar feitorias (entreposto comercial construído nas colônias; espécie de armazém e fortificação) e engenhos de cana-de-açúcar.

Nos anos 1600 e 1700, com a descoberta das minas de ouro, as terras indígenas na região onde hoje estão localizados os estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás começaram a ser exploradas. As terras indígenas foram ocupadas por pequenas vilas comerciais e aldeamentos jesuíticos. Com a ocupação do seu território, muitos indígenas fugiram para o interior das matas para evitar o aprisionamento e outros passaram a viver nos aldeamentos.

Imagem: Ilustração. Homens brancos com armas de fogo lutando contra homens indígenas pelados, segurando arco e flecha e lanças de madeiras no interior de floresta. Fim da imagem.

LEGENDA: Guerrilhas, gravura do álbum Viagem pitoresca através do Brasil, de Johann Moritz Rugendas. 1835. Paris. FIM DA LEGENDA.

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Após 1750, os portugueses começaram a ocupação dos chamados “sertões” do Brasil, sobretudo na região amazônica. Nos anos 1900, o cultivo de café nas regiões Sul e Sudeste e a construção de ferrovias desalojaram mais indígenas de suas terras.

O processo de colonização levou à extinção centenas de grupos indígenas e reduziu muito as áreas ocupadas por eles. Em 1823, o número de indígenas no Brasil não chegava a 1 milhão. Hoje, esse número é de 817,9 mil indivíduos, distribuídos em 305 etnias.

Imagem: Ilustração. Homens trabalhando em corte de árvores de uma floresta em morro. Ao fundo há uma casa de madeira pequena e poucas árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Desmatamento de uma floresta, gravura do álbum Viagem pitoresca através do Brasil, de Johann Moritz Rugendas. 1835. Paris. FIM DA LEGENDA

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Converse com os colegas e o professor sobre a seguinte questão: Por que os indígenas eram vistos pelos colonizadores como um “obstáculo”?
  1. Observe a imagem acima para responder às questões.
    1. Descreva a imagem e o que ela representa.
    1. Explique como essa atividade colaborou para diminuir o número de terras indígenas.

      Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Converse com as pessoas que moram na sua casa sobre as influências indígenas na região que vocês vivem. Podem ser mencionados hábitos, alimentos, palavras e objetos, entre outros. Depois, compartilhe as informações com os colegas em sala de aula.

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Para ler e escrever melhor

O texto que você vai ler apresenta algumas consequências da chegada dos portugueses às terras indígenas e informações de como interpretar um mapa.

A violência contra os indígenas

Quando os portugueses chegaram ao território que atualmente forma o Brasil, havia cerca de 4 milhões de indígenas. Ao longo do tempo, com o contato entre esses povos, grande parte da população indígena foi morta.

Imagem: Fotografia. Crianças indígenas de cocar com penas amarelas e pretas e tanga de cipó marrom. Estão formando círculo de dança na areia de um campo. Ao fundo há uma oca. Fim da imagem.

LEGENDA: Indígenas da etnia Kamaiurá realizando a dança Tawarawanã, no Parque Indígena do Xingu, no estado de Mato Grosso. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

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Assim, todas as riquezas naturais das terras em que vivem, como a madeira das árvores, os peixes do rio, as plantas, os animais e os minérios, podem ser exploradas somente para a sobrevivência dos indígenas. Nem sempre, porém, é o que acontece. Todas essas riquezas atraem empresas e não indígenas interessados em explorá-las.

Imagem: Mapa. Terra Indígenas regularizadas (2017). Mapa do Brasil destacando predominância de terras regularizadas no Norte, dividindo pelo estado com maior destaque ao menor: AM, PA, RR, RO, AC e AP. Seguido por Centro-Oeste, dividindo pelo estado com maior destaque ao menor: MT, MS, GO. Há pequenos pontos demarcados nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. No canto inferior esquerdo, há uma rosa dos ventos indicando noroeste, norte, nordeste, leste, sudeste, sul, sudoeste e oeste, abaixo, escala de 0 a 440 km. Fim da imagem.

LEGENDA: Terras indígenas regularizadas (2017) FIM DA LEGENDA

FONTE: Fundação Nacional do Índio. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br . Acesso em: 8 mar. 2021.

  1. Em qual região está localizada a maior parte das terras indígenas regularizadas?
  1. Quais regiões tinham menos terras indígenas regularizadas em 2017?
  1. Identifique 3 causas que provocaram a morte de um grande número de indígenas.

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Capítulo 2. A diáspora africana

A partir de 1550, milhares de homens e mulheres africanos foram trazidos à força para a América e obrigados a trabalhar como escravos. Esse processo é conhecido como diáspora africana. Apenas para o Brasil, entre 1550 e 1850, vieram mais de 4 milhões de africanos.

No Brasil, os primeiros africanos foram trazidos da região do Golfo da Guiné, onde hoje se localizam os países Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Congo, Guiné, Angola e República Democrática do Congo. Nessa região viviam os povos iorubás e os bantos. Entre os povos africanos havia, portanto (e ainda existe), muita diversidade, com estruturas sociais, culturais e linguísticas bastante diferentes umas das outras.

Os reinos iorubás, por exemplo, eram organizados em cidades com até 20 mil habitantes e tinham um comércio ativo com outros povos. Eles partilhavam costumes religiosos e culturais e falavam a mesma língua.

Os reinos bantos eram divididos em províncias administradas por chefes escolhidos pelo rei, a exemplo do reino do Congo, onde o rei governava junto a um conselho de nobres. Os membros do conselho exerciam diversas atividades, como a de fiscal e a de coletor de impostos.

Também vieram para o Brasil pessoas de outros povos, como os malês, que eram da cultura islâmica .

Ao chegarem ao Brasil, os indivíduos desses grupos eram separados e vendidos como escravos. Além disso, tinham de viver em um lugar desconhecido, com pessoas que não falavam sua língua e tinham hábitos e costumes diferentes.

Imagem: Fotografia. Escultura de madeira de homem com rosto maior que o corpo. Está com as pernas cruzadas. Há ornamentos pelos braços e cabeça. Fim da imagem.

LEGENDA: Estátua representando um dos governantes do reino do Congo, que governou na década de 1650. Século XVII. Madeira. FIM DA LEGENDA

Boxe complementar:

Hora da leitura

A África que você fala, de Cláudio Fragata. São Paulo: Globinho, 2021.

O autor desta obra apresenta, com textos bem-humorados, diversas palavras da língua portuguesa que são de origem africana.

Fim do complemento.

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Boxe complementar:

Você sabia?

Por muito tempo existiu a ideia de que a África era um continente sem diversidade étnica e que todos os africanos que vieram para o Brasil pertenciam a um mesmo povo e não possuíam registros históricos. No entanto, a África é um imenso continente que abriga diversos povos e culturas diferentes.

Fim do complemento.

  1. Explique o que foi a diáspora africana.
  1. Por muito tempo, afirmou-se que os africanos que vieram para o Novo Mundo pertenciam a um mesmo povo. Explique por que essa afirmativa está errada.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. A fotografia representa uma festa regional muito comum no Brasil: a congada. Você conhece ou já participou dessa festa? Reúna-se em grupo com alguns colegas, façam uma pesquisa e respondam às questões.
Imagem: Fotografia. Homens, mulheres e crianças de chapéu vermelho com papéis brilhantes colados. Vestem túnicas amarelas, andando em uma rua com casas e árvores na calçada. Destaque de homem idoso segurando um violão, ao lado, um homem leva uma vara com fitas coloridas amarradas na ponta. Fim da imagem.

LEGENDA: Festa do Congo ou de Nossa Senhora do Rosário, município de Milagres, no estado do Ceará, em 2016.FIM DA LEGENDA

  1. Quais são as características dessa festa?
  1. Em quais estados do Brasil ela acontece?
  1. Qual é a relação dessa festa com a cultura dos povos africanos que vieram para o Brasil?

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O contato entre africanos e europeus

Vários mercadores europeus se interessaram em comprar e vender produtos na África. Eles levavam diversas mercadorias para ser comercializadas com os povos africanos, como tecidos da Índia, armas de fogo, bebidas e cavalos. Em contrapartida, buscavam na África ouro, marfim e africanos para serem vendidos como escravos.

No momento em que eram comprados na África, os prisioneiros capturados tinham o corpo examinado para avaliar suas condições de saúde. Depois, eram embarcados nos navios negreiros com destino à América, onde trabalhariam como escravos.

As condições nos navios eram péssimas: os africanos capturados viajavam amontoados em porões baixos e abafados, onde mal se podia ficar em pé, eram mal alimentados e recebiam castigos. Muitos não suportavam as duras condições, adoeciam e morriam durante a viagem.

Imagem: Ilustração. Vista superior de aldeia com homens vestindo armaduras e lanças sobre pátio da aldeia. Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura de Théodore de Bry, fim do século XVI, representando trocas entre africanos e europeus em uma feitoria da costa africana. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Monumento retangular horizontal com alto-relevo de homens enfileirados com árvore no centro. Abaixo, há colunas retangulares verticais formando arcos no interior com escultura de homens por toda a coluna. Fim da imagem.

LEGENDA: Porta do Não Retorno, monumento na cidade de Ajudá, na República do Benim. Fotografia de 2019. Esse monumento foi construído no local de embarque de africanos escravizados que eram enviados para as Américas. No local, há uma placa com os seguintes dizeres: “Simboliza a última etapa da maior deportação jamais conhecida na humanidade: o comércio negreiro”. FIM DA LEGENDA.

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A escravidão já existia na África antes da chegada dos europeus. Em algumas regiões da Europa, como na Itália e na Grécia, a escravidão também já havia sido praticada na Antiguidade. Na África, na maioria das vezes, uma pessoa poderia tornar-se escrava ao ser capturada como prisioneira durante uma guerra, ao não pagar dívidas ou ao cometer um crime. A compra e a venda de escravos, porém, não eram frequentes. A chegada dos europeus modificou a prática da escravidão, transformando-a em uma atividade comercial muito lucrativa de compra e venda de seres humanos.

  1. Sobre o comércio entre europeus e africanos, responda no caderno.
    1. O que os europeus buscavam na África?
    1. Que produtos os europeus levavam para ser comercializados na África?
  1. Responda no caderno: Como era a escravidão na África:
    1. antes da chegada dos europeus?
    1. depois da chegada dos europeus?

      Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Observe junto com um familiar a ilustração a seguir e conversem sobre ela. Com base na observação da ilustração e nos conhecimentos trocados, elabore um texto explicando as condições de viagem nos navios negreiros.
Imagem: Ilustração. Navio em corte dividindo em três camadas. Na camada inferior há insumos como sacas cheias, marfim e barris. Na camada central, estreita, há homens amontoados amarrados por cordas. Acima, na camada superior e externa há homens amarradas por grades um ao outro e pena porta de abertura para camada central. Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração atual representando o interior de navio negreiro do século XVI. FIM DA LEGENDA

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Boxe complementar:

Você sabia?

Os jogos africanos chamados mancala tiveram origem na África, há mais de 7 mil anos, e com o passar do tempo tornaram-se conhecidos no mundo todo. Esses tipos de jogo exigem raciocínio matemático e elaboração de estratégias. Por isso, eles são chamados de “xadrez africano”. Que tal ler o texto a seguir, para conhecer mais sobre as mancalas?

Alguns jogos africanos permanecem até hoje. De tradição milenar, estes podem ser alguns dos mais antigos jogos do mundo. Eles exigem dos participantes raciocínio matemático e rapidez no pensamento e são encontrados em várias regiões da África onde recebem diferentes nomes. Quase todos pertencem a uma mesma família, as mancalas.

A mancala é um jogo de estratégia e raciocínio matemático. [...]

A palavra mancala significa “mover”. A ideia é mover as sementes. O que caracteriza uma mancala é que as sementes pertencem aos dois jogadores ao mesmo tempo. Isso significa que eles têm que compartilhar as peças e, para ganhar o jogo, têm que “semear” suas peças nas casas dos oponentes. [...]

Imagem: Fotografia. Tabuleiro retangular com dois lados. Há superfícies arredondadas aprofundadas por toda a estrutura, formando pequenos potes. Há bolinhas de pedras no interior. Destaque de duas mãos sobre as superfícies.  Fim da imagem.

LEGENDA: Jogo de mancala no Senegal. Fotografia de 2011. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. Tabuleiro retangular com quatro fileiras onde há superfícies arredondadas aprofundadas por toda a estrutura, formando pequenos potes. Há bolinhas de pedras no interior. Destaque de três mãos sobre as superfícies.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pessoas jogando mancala na cidade de Dar Es Salaam, na Tanzânia. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA

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As mancalas são jogadas em tabuleiros de madeira, mas, no tempo dos engenhos de açúcar do Brasil, eram jogadas pelos africanos no terreiro, onde cavavam pequenos buracos em linha reta. Eles utilizavam pedrinhas, seixos, conchas e anéis como ketes [peças] para realizar os movimentos. Há pouco tempo foram registradas comunidades no interior do Rio Grande do Sul que jogavam uma variação de mancala chamada etim bamba. Os participantes traçavam desenhos de escadas no chão do terreiro e jogavam com caroços de pêssegos, rodelas de cascas de laranjas, ou pedaços de sabugo de milho. Hoje já existem mancalas à venda em lojas de brinquedos nas cidades brasileiras.

FONTE: Nereide Schilaro Santa Rosa. Jindanji: as heranças africanas no Brasil. São Paulo: Duna Dueto, 2008. p. 34-35.

Imagem: Fotografia. Meninas de cabelo curto preto, vestindo túnicas coloridas. Estão sobre um chão de terra com quatro fileiras de buracos arredondados sobre ela. Estão colocando pedrinhas no interior. Fim da imagem.

LEGENDA: Garotas jogando mancala em um campo de refugiados em Uganda. Fotografia de 2009.FIM DA LEGENDA.

Uma das regras dos jogos de mancala é a seguinte: o jogador não pode deixar o campo de seu adversário sem sementes. Caso isso aconteça, o jogador deve fazer uma jogada para recolocar sementes no campo do adversário sem sementes, em um único lance.

Uma partida se encerra quando não for mais possível colocar sementes no campo vazio do adversário em um único lance ou quando sobrarem poucas sementes sobre o tabuleiro, fazendo com que a captura não seja mais possível. Nesse caso, o jogador que tiver capturado mais sementes é o vencedor da partida.

Imagem: Fotografia. Tabuleiro de madeira com duas fileiras onde há superfícies arredondadas com bolinhas coloridas no interior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Tabuleiro de madeira para o jogo de mancala produzido na atualidade. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

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O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Pluralidade cultural. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

Cotas: por que reagimos?

A abolição da escravidão ocorreu no Brasil em 1888, mais de 300 anos após seu início. Contudo, os africanos e afrodescendentes que foram libertados da escravidão não foram incorporados à vida social. Por muito tempo, eles não puderam, por exemplo, frequentar escolas e ter acesso à educação.

Essa exclusão deixou marcas profundas em nossa sociedade. Os afrodescendentes no Brasil ainda enfrentam hoje situações de racismo e preconceito, e é urgentemente necessário que esse estado de coisas se modifique em prol de um bem comum, ou seja, a igualdade de direitos.

Situações graves de racismo e preconceito não são vistas somente no Brasil, mas também em países onde houve escravização de negros ou políticas de segregação racial, como nos Estados Unidos e na África do Sul. Nesses dois países existiam, no passado, leis segregacionistas que proibiam os negros de frequentar os mesmos espaços que os brancos. Havia divisões em escolas, ônibus e até banheiros. Nelson Mandela, na África do Sul, e Rosa Parks, nos Estados Unidos, foram importantes defensores de direitos iguais para a população negra.

Atualmente, países como o Brasil, os Estados Unidos e a África do Sul vêm adotando ações afirmativas para tentar diminuir o impacto desse processo de desigualdade. Nos anos 2000, por exemplo, o Brasil adotou o sistema de cotas raciais nas universidades.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Mulher de cabelo preso cacheado e óculos de armação arredondada, vestindo camiseta listrada e colete.  Fim da imagem.

LEGENDA Rosa Parks (1913-2005) foi uma ativista negra estadunidense e se tornou símbolo do movimento dos direitos civis da população negra nos Estados Unidos. Fotografia de cerca de 1955. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Homem de cabelo curto grisalho, vestindo camiseta verde com estampa de folhas, sorrindo. Fim da imagem.

LEGENDA: Nelson Mandela (1918-2013) lutou pelos direitos da população negra e foi presidente da África do Sul entre 1994 e 1999. Fotografia de 2006. FIM DA LEGENDA.

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Para refletir um pouco mais sobre a importância das cotas, leia a seguir a opinião da antropóloga Rita Segato sobre o assunto.

[...] É uma medida de emergência, ou seja, de impacto imediato, e estritamente direcionada para os estudantes negros pela sua posição singular e vulnerável em todos os níveis escolares. Seus efeitos e repercussões esperam-se no curto e médio prazo, modificando já, e de forma muito concreta, os destinos de jovens que hoje se encontram cursando o segundo grau [Ensino Médio].

FONTE: Rita Laura Segato. Cotas: por que reagimos? Revista USP , São Paulo, n. 68, p. 76-87, dez./fev. 2005-2006.

Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta verde e calça marrom. Ilustração. Homem de cabelo curto loiro, vestindo camiseta vermelha e calça azul.  Ilustração. Mulher de cabelo longo preto, vestindo camiseta rosa e bermuda roxa. Ilustração. Mulher de cabelo longo cacheado castanho, vestindo camiseta azul e calça preta. Ilustração. Homem de cabelo curto castanho, vestindo camiseta branca, casaco verde e calça preta.  Ilustração. Mulher de cabelo curto preto, vestindo camiseta amarela e bermuda roxa, sentada em uma cadeira de rodas.  Fim da imagem.
  1. Explique o que são ações afirmativas.
  1. Quais semelhanças entre Brasil, África do Sul e Estados Unidos levaram esses países a adotar ações afirmativas?
  1. Como era a vida das crianças filhas de africanos escravizados no Brasil? Pesquise se elas eram livres, se frequentavam a escola ou se podiam brincar. Compartilhe suas descobertas com os colegas e o professor.
  1. Quando os africanos e seus descendentes passaram a ter direitos plenos de cidadania no Brasil?

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Capítulo 3. Europeus

A partir de 1530, os portugueses começaram a se estabelecer no território que mais tarde seria chamado de Brasil, com o intuito de obter maiores lucros com a produção de mercadorias e a exploração das suas riquezas. Como já vimos nos capítulos anteriores, o local já era habitado por indígenas, que tinham hábitos diferentes dos europeus. Esse contato resultou em desconfiança e hostilidade, mas também houve interação.

Imagem: Fotografia. Canoa de madeira retangular cumprida com um homem indígena, vestindo boné, camiseta verde e calça azul. Está usando um remo pelo rio. Fim da imagem.

LEGENDA: Canoa indígena feita com um só tronco. Município de Uiramutã, no estado de Roraima, em 2017. FIM DA LEGENDA

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Boxe complementar:

Você sabia?

Durante o primeiro século de colonização, a presença europeia ficou restrita à costa brasileira. Essa situação permaneceu naquele primeiro século durante o período da exploração do pau-brasil e também durante o período do cultivo da cana-de-açúcar. O medo de os estrangeiros tomarem as riquezas da colônia e o desejo de encontrar ouro e prata fizeram com que os portugueses adentrassem, aos poucos, o interior do território.

Imagem: Ilustração. Vista engenho formado por barracão com lateral aberta e moedor em formato de engrenagem circular. Há homens trabalhando no terreno. Acima do morro há casarões e capela. Ao redor há vegetação e um lago. Fim da imagem.

LEGENDA: O engenho, de Frans Post. c. 1660. Óleo sobre tela, 72 cm # 92 cm. FIM DA LEGENDA

Fim do complemento.

  1. O que eram as capitanias hereditárias e por que Portugal as criou?

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Observe a imagem da capa de um livro sobre a História do Brasil, publicado em 1889. Reúna-se com um colega, leiam a legenda e respondam: Por que será que o religioso compara os portugueses aos caranguejos?
Imagem: Ilustração. Cartaz. Na parte superior, título “História do Brasil. Abaixo, Fr. Vicente do Salvador. No centro, um brasão. Fim da imagem.

LEGENDA: Frei Vicente do Salvador (1564-1636), um religioso dos primeiros tempos da colônia, escreveu a seguinte frase sobre a presença portuguesa no Brasil: “Sendo grandes conquistadores de terras, não se aproveitam delas, mas contentam-se de as andar arranhando ao longo do mar como caranguejos”. Texto e capa do livro Historia do Brazil, de Frei Vicente do Salvador, publicado em 1889. FIM DA LEGENDA

  1. Por que Portugal resolveu iniciar a ocupação e a colonização efetiva do território?

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Franceses no Brasil

Os portugueses chegaram à Baía de Guanabara, na região da atual cidade do Rio de Janeiro, em 1502. Em 1555, os franceses também chegaram a esse local e se aliaram ao povo Tamoio para explorar o pau-brasil. Para conter o avanço dos franceses, os portugueses decidiram expulsá-los e ocupar a região. Uma medida importante foi a fundação, em 1565, da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Foram construídas casas de colonos, um colégio jesuíta, uma igreja e prédios da administração pública portuguesa.

Em 1567, após batalhas navais e terrestres, os portugueses expulsaram os franceses da Baía de Guanabara e exterminaram a maioria do povo Tamoio.

Alguns franceses permaneceram no Brasil e se dirigiram ao Norte e ao Nordeste, travando contato e fazendo comércio com outros indígenas. Foram expulsos novamente em 1584 e retornaram em 1612, quando fundaram a cidade de São Luís do Maranhão. Três anos depois, voltaram a ser expulsos pelos portugueses.

Imagem: Ilustração. Destaque de um altar com um crucifixo e velas. À frente, homens te túnicas longas brancas, douradas e pretas. No centro, um deles possui um chapéu dourado e um cajado de ouro. Ao redor, homens indígenas seminus cercados por homens de lanças e armaduras de ferra. Fim da imagem.

LEGENDA: Fundação da cidade do Rio de Janeiro, de Antonio Firmino Monteiro. 1881. Óleo sobre tela. Essa pintura representa o momento da fundação de São Sebastião do Rio de Janeiro, que deu origem à atual cidade do Rio de Janeiro, em 1565. FIM DA LEGENDA

Boxe complementar:

Você sabia?

Tamoio, em tupi, significa “os mais velhos”, nome pelo qual eram conhecidos os indígenas do grupo Tupi, formado pelos Tupinambá, Guaianá e Aimoré. Ocupavam a costa brasileira desde o litoral norte de São Paulo até Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

Fim do complemento.

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Os holandeses e a produção de açúcar

Imagem: Ilustração em preto e branco. Barracão de engenho com moinho e estrutura formada com engrenagens arredondadas, e alavancas manuais. Há pessoas trabalhando pelo engenho.  Fim da imagem.

LEGENDA: Engenho com rodas movidas pela água, desenho de Frans Post. Século XVII. Desenho em tinta marrom aguada sobre esboço a lápis. FIM DA LEGENDA.

O açúcar produzido no Brasil era levado pelos portugueses para a Europa e vendido aos holandeses. Na Europa, os holandeses refinavam o açúcar e o revendiam a preços muito mais altos. Para aumentar os lucros e obter açúcar diretamente do Brasil, os holandeses ocuparam diferentes regiões do Nordeste. Em 1624 e 1625, conquistaram Salvador e, em 1630, conseguiram tomar Olinda e Recife.

Em 1637, os holandeses nomearam Maurício de Nassau governante de Pernambuco. Ele ordenou a construção de canais, escolas, teatros e da primeira ponte do Brasil. Também fez alianças e intermediou empréstimos para os senhores de engenho, para que realizassem melhorias nas fazendas. Após vários desentendimentos com o governo da Holanda, Nassau pediu demissão em 1644 e deixou o Brasil. O governo holandês começou a cobrar os empréstimos feitos aos senhores de engenho, que ficaram descontentes e se aliaram de novo a Portugal. Assim, após muitos combates contra os holandeses, os portugueses reconquistaram Pernambuco.

Os holandeses foram expulsos do Brasil em 1654 e começaram a produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas (ilhas que se localizam na América Central). O açúcar holandês era vendido na Europa por um preço menor que o do açúcar fabricado no Brasil. Portugal não conseguiu superar a concorrência holandesa, e a produção e exportação do açúcar brasileiro entraram em declínio.

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Como as pessoas faziam para...

Tomar banho e fazer a higiene pessoal

Quantos banhos você costuma tomar por dia? A maioria das pessoas toma ao menos um, certo? Mas nem sempre foi assim. Há mais de 500 anos, por exemplo, os portugueses nem tomavam banho diariamente. Os hábitos de higiene mudaram muito com o passar do tempo.

Acompanhe como isso ocorreu no Brasil.

Imagem: Ilustração complementar das páginas 98 e 99. Três cenas diferentes com pessoas tomando banho em situações diversas. O título “Tomar banho e fazer a higiene pessoal”. Abaixo, o texto introdutório: “Quantos banhos você costuma tomar por dia? A maioria das pessoas toma ao menos um, certo? Mas nem sempre foi assim. Há mais de 500 anos, por exemplo, os portugueses nem tomavam banho diariamente. Os hábitos de higiene mudaram muito com o passar do tempo. Acompanhe como isso ocorreu no Brasil”. Crianças indígenas sobre um rio tomando banho. Há uma mulher esfregando as costas de um menino pequeno. Ao redor, árvores e vegetação. Em seguida, o texto explicativo: “Na época em que os portugueses chegaram ao Brasil, eles não tomavam banho diariamente, mas apenas uma ou duas vezes por ano! Por isso, ficaram espantados com o costume indígena de se banhar no rio várias vezes ao dia. Hoje os brasileiros tomam um ou mais banhos por dia, seguindo o costume herdado dos indígenas”. NA segunda cena, um homem de cabelo curto loiro, vestindo camiseta branca, deitado em um barril de madeira arredondado baixo cheia de água. Ao lado, um jornal sobre a cama e uma bacia sobre uma estante de canto cheia de água. Em seguida, o texto explicativo: “Há cerca de 170 anos, o banho de corpo inteiro era feito em uma tina, que ficava no quarto. Mas esse banho só ocorria uma vez por semana. Nos outros dias era feito banho de asseio ou lavagem dos pés antes de dormir. Ao acordar, as pessoas lavavam o rosto e as mãos em uma bacia”. Na terceira imagem, menino de cabelo cacheado castanho, tomando banho em um box de vidro, há uma prateleira com produtos, frascos de shampoo e sabonete. Ao lado, um gabinete com pasta de dente e produtos de higiene. Em seguida o texto: “Até cerca de 75 anos atrás, a pasta de dente era feita da mistura de areia com alguma erva ou de cinzas com água. E nada de escova: as pessoas usavam os dedos. O chuveiro elétrico passou a ser usado no Brasil na década de 1950. Aqueles que não tinham eletricidade esquentavam a água no fogão para tomar banho quente. Atualmente, a higiene pessoal envolve o uso de cosméticos. É possível encontrar até mesmo xampus, condicionadores, sabonetes e cremes feitos especialmente para as crianças”. Fim da imagem.

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Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Que diferenças e semelhanças você encontra entre os hábitos de higiene do passado e do presente?
  1. O hábito de tomar banho todos os dias foi herdado de quem?

    Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Converse com um adulto de sua família e pergunte se conhece algum hábito de higiene do passado diferente dos atuais. Anote todas as informações e depois leve para a sala de aula para compartilhar com os colegas e o professor.

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Capítulo 4. A população brasileira

A experiência colonial possibilitou o encontro entre três diferentes grupos de formações culturais distintas: os indígenas, que já habitavam as terras brasileiras; os europeus, que colonizaram a região; e os africanos, trazidos como mão de obra escrava. O povo brasileiro, portanto, apresenta costumes mesclados, tanto em termos étnicos como culturais.

É muito difícil, entretanto, conhecermos em detalhes os graus de mescla, pois cada um desses povos já apresentava, por si só, grande heterogeneidade . “Indígena”, por exemplo, é apenas uma expressão genérica para designar uma grande diversidade de povos, como os Kaiapó, Yanomami, Bororo, entre outros.

Os portugueses, por sua vez, também tinham influências diversas, como a dos árabes, que dominaram por séculos a Península Ibérica. Essa diversidade era igualmente uma realidade entre os africanos, que podiam pertencer a diferentes troncos linguísticos e étnicos, como o iorubá ou o banto.

Assim, nenhum desses três grupos – portugueses, indígenas e africanos – pode ser considerado homogêneo em sua origem.

Também já vimos que entre os europeus que vieram para o Brasil no período colonial estavam, além dos portugueses, os franceses e os holandeses, que deixaram suas marcas na história do país.

Cada um desses povos contribuiu para que a cultura brasileira se diversificasse ao longo do tempo. Isso mostra que a cultura de um povo está em constante mudança, dependendo das influências que recebe.

Imagem: Fotografia. Vista de sala aberta com mesa de madeira e cadeiras com estampas ornamentadas. Ao redor, azulejos azuis com desenhos de arabescos. No centro, uma lareira. Fim da imagem.

LEGENDA: Palácio Nacional de Sintra, Portugal, em 2019. É possível observar a influência da cultura árabe na arquitetura portuguesa. FIM DA LEGENDA

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Boxe complementar:

Você sabia?

A cultura africana tem uma principal característica: a diversidade. A África é o continente habitado há mais tempo em todo o planeta, é o ponto de origem do ser humano e [agrega] uma enorme quantidade de idiomas, com mais de mil línguas diferentes, assim como religiões, regimes políticos, condições de habitação, de atividades econômicas e de cultura.

Atualmente, a África, que ocupa um quinto das terras emersas na Terra, possui mais de 50 nações, com mais de 1 bilhão de habitantes.

[...]

Na nossa culinária, a influência da cultura africana está sempre presente, mas é na área musical que o Brasil ganhou mais com a cultura desses povos: a música africana é a origem dos mais famosos ritmos brasileiros, como o samba, o maxixe e a bossa nova.

FONTE: Cultura africana. Portal Geledés , 28 abr. 2016. Disponível em: https://www.geledes.org.br/cultura-africana/ . Acesso em: 17 fev. 2021.

Fim do complemento..

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Converse sobre as sentenças abaixo com um colega, lendo-as em voz alta. Depois, identifiquem, no caderno, as sentenças falsas e as verdadeiras. Por fim, elaborem pequenos textos para justificar as respostas de vocês, considerando os conhecimentos sobre a história do Brasil aprendidos ao longo desta unidade.
    1. A fundação de São Luís do Maranhão, em 1612, é uma marca da presença francesa no Brasil.
    1. Os portugueses não foram os únicos povos europeus a se instalar no Brasil no período colonial. Os holandeses também ocuparam parte da Região Nordeste.
    1. Os portugueses foram o único povo europeu presente no Brasil no período colonial. Falsa.

      Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Leia com atenção a frase abaixo. Depois, em casa, exponha o conteúdo dessa frase para uma pessoa de seu grupo familiar. Explique, com base em seus conhecimentos, por que essa frase é importante para conhecermos melhor o Brasil e os brasileiros e por que ela se relaciona diretamente com a diversidade cultural vista em nosso país. Registre suas reflexões no caderno.

    A população brasileira é heterogênea e se constitui do encontro de diferentes culturas e povos, como os indígenas, os africanos e os europeus.

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Costumes brasileiros

A cultura de um povo é composta, entre outros fatores, dos costumes das populações que o formam. Como já foi possível observar, a população brasileira tem sua origem no encontro de diferentes povos, como os indígenas, os africanos e os europeus. Esses povos influenciaram a cultura brasileira com suas tradições, seu modo de pensar e de se expressar.

Imagem: Fotografia. Cesto de vime oval bege com desenhos ondulados em marrom escuro. Fim da imagem.

LEGENDA: Cesto feito pelo povo indígena Yanomami, município de Manaus, no estado do Amazonas, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Homens em uma praça jogando capoeira. Atrás de dupla duelando há três homens tocando instrumentos musicais. Fim da imagem.

LEGENDA: Jogo de capoeira no município de Vera Cruz, no estado da Bahia, em 2019. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. Crianças, em pé, de mãos dadas formando uma roda na areia. Ao redor, adultos observam. Fim da imagem.

LEGENDA: As cantigas de roda são um legado da presença portuguesa. Crianças brincando de roda durante atividade na biblioteca comunitária Professora Maria Amélia, na comunidade quilombola de Mangabeira. Município de Mocajuba, no estado do Pará, em 2020. FIM DA LEGENDA.

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Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Os africanos escravizados que foram trazidos ao Brasil conservaram elementos de sua cultura, mesclando-os a elementos das culturas portuguesa e indígena. Reúna-se com um colega. Façam uma pesquisa na internet sobre brincadeiras, comidas e palavras de origem africana. Registrem suas descobertas e, depois, montem no caderno um quadro como o do modelo abaixo. Preencham o quadro com as informações coletadas na pesquisa de vocês.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Brincadeiras

    Comidas

    Palavras

    PROFESSOR Agora, escolha uma das brincadeiras de origem africana que vocês pesquisaram na atividade anterior. Elabore um pequeno texto fazendo uma descrição da brincadeira escolhida.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Com seus colegas, observem as imagens a seguir. Identifiquem cada um dos hábitos e costumes mostrados nelas, explicando qual é sua origem.
Imagem: Fotografia. 1: Homem indígena de cabelo curto preto, sem camiseta, vestindo bermuda preta. Está deitado em uma rede amarela no interior de uma oca.  Fim da imagem.

LEGENDA: Indígena deitado em rede, município de Querência, no estado de Mato Grosso, em 2018. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. 2: Duas meninas indígenas de cabelo médio, vestindo vestido xadrez, estão segurando um pilão cada.  Fim da imagem.

LEGENDA: Meninas Bororo usando pilão, município de Meruri, no estado de Mato Grosso, em 1934. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. 3: Destaque de prato com uma tapioca sobre folha de milho.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pamonha é um alimento de origem indígena feito de milho ralado. FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. 4: Destaque de mulher indígena de cabelo longo preto, vestindo vestido verde. Está amassando uma massa de polvilho sobre panela. Fim da imagem.

LEGENDA: Indígena da etnia Waurá preparando polvilho à base de mandioca, município de Gaúcha do Norte, no estado de Mato Grosso, em 2019. FIM DA LEGENDA.

104

Línguas do Brasil

A língua mais falada no Brasil é o português, mas contabilizam-se mais de 250 línguas faladas por povos indígenas de diferentes etnias.

No início da colonização, eram cerca de 340 as línguas indígenas faladas no território que atualmente chamamos de Brasil. A necessidade de comunicação cotidiana fez com que os colonizadores aprendessem algumas línguas indígenas. Nos 200 primeiros anos de colonização, foi adotada a língua geral paulista, variação da língua tupi entendida e falada por portugueses e indígenas ao longo de toda a costa brasileira. No Maranhão, no Pará e no Vale Amazônico, era falada a língua geral amazônica ou nheengatu, e na região oeste do atual Paraná e nas margens do rio Uruguai era falado o guarani.

A principal razão da ampla difusão das línguas gerais foi a facilidade que isso dava aos religiosos para catequizar os indígenas.

Embora a língua portuguesa seja hoje amplamente adotada, isso não foi um padrão ao longo de toda a história do Brasil. Havia outras línguas de origem europeia que também eram faladas na época da colonização, como o espanhol, o francês e o holandês.

Imagem: Ilustração. Capa de cartilha indicando “Catecismo da Doutrina Christãa – Na língua Brafilica da Nação Kiriri, Composto pelo P. Luiz Vincencio Mamiani, da Companhia de Jesus, Milionario da Provincia do Brasil” Fim da imagem.

LEGENDA: Catecismo da doutrina cristã, escrito em língua geral indígena e composto pelo padre Luis Vincencio Mamiani. 1698.FIM DA LEGENDA

Imagem: Fotografia. Crianças indígenas em uma sala de aula sentados em carteiras individuais. Fim da imagem.

LEGENDA: Estudantes indígenas da etnia Guarani Mbya em sala de aula na aldeia Tekoá Porã. Município de São Miguel das Missões, no estado do Rio Grande do Sul, em 2019.

  1. A língua portuguesa foi a única falada durante a colonização?
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. O que eram as línguas gerais?

105

No século XVIII, o governo de Portugal, querendo administrar de modo mais presente a colônia, resolveu investir na disseminação da língua portuguesa, impondo seu uso nas escolas, em documentos e locais públicos. No Norte do Brasil, onde prevalecia o nheengatu, houve maior resistência à adoção do português.

Se as línguas indígenas foram amplamente adotadas pelos portugueses, o mesmo não aconteceu com as línguas africanas. Foram vários os grupos africanos trazidos para o Brasil, e eles falavam línguas diversas. Para evitar que se unissem contra os senhores, houve preferência dos colonos europeus por não concentrar as pessoas escravizadas da mesma origem em um só local, o que contribuiu para dispersar a cultura linguística dos africanos. Os quilombos, por exemplo, que eram abrigos construídos por escravizados fugidos, foram locais de preservação e prática de várias línguas africanas. Apesar dessa reação dos portugueses, muitas palavras das línguas africanas foram incorporadas à língua portuguesa falada no Brasil.

Boxe complementar:

Você sabia?

As línguas do grupo Banto não têm grupos consonantais, não têm uma sílaba fechada por consoante. O resultado é que nosso português é riquíssimo em vogais, afastado do português lusitano, muito baseado nas consoantes. [...] Todo brasileiro fala cantando – aliás, “cantano”, porque a gente sempre evita consoantes. A parte sonora da palavra é a vogal, e nós fazemos questão de cantar. No futebol nós dizemos “gou”, em Portugal dizem golo, para acentuar a consoante. Nossa língua é vocalizada, nós colocamos vogais até mesmo onde elas não existem.

FONTE: Yeda Pessoa de Castro. Nossa língua africana (entrevistada por Marcello Scarrone). Revista de história da Biblioteca Nacional, ano 10, n. 116, p. 61, maio 2015.

Imagem: Fotografia. Mulheres de turbante colorido, vestindo vestido e avental. Estão em frente a uma banca com verduras dispostas em bancada e bandejas. Fim da imagem.

LEGENDA: Moradoras de Maputo, cidade em Moçambique. Fotografia de 2018. O português é a língua oficial desse país do continente africano. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

  1. Quando e por que os colonizadores decidiram impor a língua portuguesa como idioma preferencial?
  1. Como os colonizadores fizeram para impor a língua portuguesa como idioma preferencial?

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O que você aprendeu

  1. Cite três fatores que contribuíram para a diminuição dos povos indígenas e de suas terras.
  1. Elabore um pequeno texto para descrever as seguintes questões:
    • Como teria sido o encontro entre os indígenas e os portugueses no início da colonização?
    • Ao longo do tempo o encontro entre esses povos se modificou de que maneira?
    1. Leia o texto a seguir.

      Quando os índios forem considerados sujeitos históricos e os múltiplos processos de interação entre suas sociedades e as populações que surgiram com a colonização europeia forem recuperados, “páginas inteiras da história do país serão reescritas; e ao futuro dos índios reservar-se-á um espaço mais equilibrado e, quem sabe, otimista” [MONTEIRO, John Manuel. O desafio da História Indígena no Brasil. In: SILVA, Aracy Lopes da S.; GRUPIONI, Luís D. Benzi. A temática indígena na escola : novos subsídios para professores de e 2º graus. Brasília: MEC; Mari; Unesco, 1995. p. 221-228].

      Com essas palavras, John Monteiro finalizava, em 1995, um capítulo sobre os desafios da História indígena no Brasil e conclamava os historiadores a enfrentarem a tarefa. [...]

      FONTE: Maria Regina Celestino de Almeida. A atuação dos indígenas na História do Brasil: revisões historiográficas. Revista Brasileira de História . v. 37, n. 75, maio/ago. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbh/v37n75/1806-9347-rbh-2017v37n75-02.pdf . Acesso em: 19 fev. 2021.

  1. A autora do texto cita, logo no primeiro parágrafo, uma frase de um pesquisador brasileiro chamado John Monteiro (1956-2013). Para John Monteiro, o que aconteceria caso os indígenas do Brasil fossem, realmente, considerados sujeitos históricos? Explique e justifique sua resposta.
  1. Como é possível associar a questão colocada por John Monteiro com o processo de colonização?
  1. Qual era a relação entre a metrópole e a colônia?

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Avaliação processual

  1. Leia com atenção o texto a seguir e observe o mapa. Depois, responda ao que se pede.

    Para entendermos o processo de colonização do Brasil a partir de 1530, é preciso compreender que as bases sobre as quais se estruturou essa colonização estavam inseridas no contexto da expansão comercial europeia, o que significa dizer que a colonização do território brasileiro foi planejada dentro de um projeto de ampliação do poderio comercial lusitano. Fazia-se necessário fazer uma exploração econômica que possibilitasse um retorno a curto prazo.

    A ocupação deste território deu-se por meio da sua divisão em capitanias hereditárias, como já havia feito em outras regiões, com o objetivo de promover a defesa do território, fixar colonos e organizar uma produção lucrativa [...].

    Decidido o regime político administrativo a ser implantado, D. João III [rei de Portugal à época], mandou dividir, em 1532, o litoral do Brasil em extensões de cinquenta léguas portuguesas que constituíram as capitanias, dando-as, entre os anos de 1534 e 1536, a alguns de seus fidalgos beneméritos, capazes de promover o desenvolvimento dessa região.

    FONTE: Luciene M. P. Pereira. Reflexões acerca da distribuição de terras no período colonial brasileiro: o caso das sesmarias. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História (ANPUH) , jul. 2011. p. 2. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300202997_ARQUIVO_TextoCompleto.pdf . Acesso em: 21 fev. 2021.

Imagem: Mapa. Capitanias hereditárias (Seculo XVI). Mapa do Brasil em corte reto indicando “Tordesilhas”. À direita, divisões retas retangulares dividem os territórios. Na parte superior: Terras não distribuídas; Maranhão 1; Maranhão 2; Piuaí; Ceará; Rio Grande do Norte 1; Rio Grande do Norte 2; Itamaracá; Pernambuco; Bahia; Ilhéus; Porto Seguro; Espírito Santo; São Vicente 1; São Tomé; Santo Amaro; São Vicente 2; Santana. No canto superior esquerdo há um mapa mundo destacando região informada. Ao lado, rosa dos ventos indicando noroeste, norte, nordeste, leste, sudeste, sul, sudoeste e oeste, escala de 0 a 380 km. Fim da imagem.

FONTE: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 10, n. 108, set. 2014. p. 12.

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  1. Que tal encontrar as respostas das adivinhas a seguir? Nesta atividade, as respostas aparecem logo abaixo das adivinhas, mas estão embaralhadas, dentro dos quadrinhos coloridos. Leia com atenção os textos das adivinhas e, com base em seus conhecimentos, encontre e registre no caderno as respostas corretas para cada uma delas.
    1. O que é, o que é? Região de onde vieram os primeiros africanos para o Brasil.
    1. O que é, o que é? Processo de migração forçada da África para a América.
    1. O que é, o que é? Esses povos viviam em sociedades organizadas no continente africano com até 20 mil pessoas e praticavam o comércio com outros povos.
    1. O que é, o que é? Seus reinos eram divididos em províncias administradas por chefes escolhidos pelo rei.
    1. O que é, o que é? Nome do reino africano cuja cerimônia de coroação inspirou as festividades da congada no Brasil.
    1. O que é, o que é? Atual país de onde foram trazidos diversos povos africanos no século XVI.
    1. O que é, o que é? Nome do grupo africano trazido ao Brasil para ser escravizado e que era da cultura islâmica.

      Diáspora

      Banto

      Malês

      Reino do Congo

      Angola

      Golfo da Guiné

      Iorubá

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  1. Observe a imagem e faça a atividade proposta.
Imagem: Ilustração. Mulher de cabelo médio preto, vestindo vestido longo branco. Está descalça em uma floresta, segurando um cesto de vime com flores e ervas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mulher mameluca (mestiça), de Albert Eckhout. 1641. Óleo sobre tela, 271 cm # 170 cm. FIM DA LEGENDA.

  1. Sobre as línguas africanas no período colonial, responda.
    1. A política dos colonizadores com relação às línguas africanas foi a mesma que adotaram para as línguas indígenas?
    1. Como os quilombos ajudaram na preservação das línguas africanas?