MP032

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/conceito

1

EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.)

2

EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

3

EF04HI04: Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.

EF04HI05: Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

4

EF04HI06 : Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.

EF04HI07 : Identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

5

EF04HI09: Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

EF04HI10: Analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

6

EF04HI03: Identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente.

EF04HI11: Analisar, na sociedade em que vive, a existência ou não de mudanças associadas à migração (interna e internacional).

7

EF04HI03: Identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente.

EF04HI08: Identificar as transformações ocorridas nos meios de comunicação (cultura oral, imprensa, rádio, televisão, cinema, internet e demais tecnologias digitais de informação e comunicação) e discutir seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

MP033

Sugestão de questões de autoavaliação

As questões de autoavaliação sugeridas a seguir podem ser apresentadas aos estudantes no início do ano letivo para que eles reflitam sobre suas expectativas de aprendizagem em relação à etapa em que se encontram no Ensino Fundamental. Além disso, a autoavaliação pode ser uma ferramenta interessante para que os estudantes tomem consciência de suas descobertas anteriores e de seu desenvolvimento pedagógico ao longo dos anos. As questões de autoavaliação podem ser conduzidas com a turma de maneira oral, em uma roda de conversa, para que todos se sintam à vontade para expressar suas expectativas em relação ao ano que se inicia. O professor pode fazer os ajustes que considerar adequados de acordo com as necessidades da sua turma.

  1. Quais são minhas principais expectativas para o ano que se inicia?
  1. Como imagino que será a passagem para o 4º ano do Ensino Fundamental?
  1. Quais facilidades imagino ter ao longo desse ano?
  1. Em qual aspecto imagino que terei mais dificuldade?
  1. Como imagino o estudante do 4º ano?
  1. Quais serão minhas principais responsabilidades como estudante ao longo desse ano letivo?
  1. Como gostaria que fosse minha relação com os professores no Ensino Fundamental?
  1. Como desejo que seja minha relação com os colegas de turma ao longo do ano?
  1. O meu cotidiano vai mudar em relação ao ano anterior?
  1. Existe algum tipo de atividade que gostaria de realizar que não realizava antes?

    11. Como espero que seja o dia a dia no 4º ano?

    12. Quais foram os temas que mais gostei de estudar nos anos letivos anteriores?

    13. O que gostaria de estudar no 4º ano?

MP034

Unidade 1. Os primeiros grupos humanos

Imagem: Ilustração complementar das páginas 12 e 13. Homens em diversos processos evolutivos sobre gramado aberto. Há homens sentados segurando pedras. Ao lado, homem segurando graveto com fogo indicando “Entre 1,5 milhão de anos e 200 mil anos atrás, grupos de ancestrais humanos começaram a captar o fogo na natureza e aprenderam a conservá-lo”. Homem segurando uma pedra lascada, agachado próximo a terra “Entre 230 mil anos e 30 mil anos atrás, alguns grupos de ancestrais humanos utilizavam pedras lascadas como instrumentos para corte e perfuração”, ao fundo há chamas, árvores e mamutes. Homem segurando lança, caçando sobre o rio e sobre animais terrestres, indicando “Há cerca de 150 mil anos, grupos humanos viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos, por isso, dificilmente se fixavam em um mesmo lugar”. Homem desenhando sobre uma rocha alta “É possível encontrar, em paredes rochosas e em cavernas, pinturas feitas pelos seres humanos há mais de 30 mil anos”. Mulher sentada na terra, segurando galhos e um vaso, indicando “Há cerca de 12 mil anos, os seres humanos passaram a plantar e a cultivar alguns vegetais”. Homem segurando estrutura com escritos antigos, indicando “Os primeiros registros escritos conhecidos datam de 4 mil anos atrás”. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Introdução

A unidade 1, Os primeiros grupos humanos, que abre este volume, apresenta uma proposta de reflexão sobre a construção do conhecimento histórico e sobre a periodização da História. A unidade aborda ainda aspectos da Pré-História e das primeiras formas de organização dos grupos humanos.

No decorrer dos estudos desta unidade, os estudantes deverão ser capazes de compreender que a História não é um saber espontâneo ou acabado, mas uma forma de conhecimento permanentemente em construção. Eles também terão acesso a informações básicas sobre a evolução humana, como a origem do ser humano na África e os processos migratórios, com ênfase nas teorias sobre o povoamento da América. É importante que eles compreendam, ao estudar esses conteúdos, que aquilo que aos olhos de hoje parece rudimentar ou primitivo, pode ter sido um avanço tecnológico significativo em épocas remotas.

Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 1, 3 e 6 da BNCC, a unidade estimula os estudantes a valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender a realidade; exercitar a curiosidade intelectual; e a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais. Em consonância com as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 2, 3 e 7 da BNCC, a unidade busca incentivar os estudantes a analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, bem como a utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais na construção do conhecimento histórico. A proposta da unidade relaciona-se ainda com as Competências Específicas de História 1, 2, 3, 4 e 6 da BNCC, e, desse modo, visa contribuir para que o estudante possa compreender acontecimentos históricos e a historicidade no tempo e no espaço; e identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos com relação a um mesmo contexto histórico.

Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade:

  • Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos
  • Circulação de pessoas, produtos e culturas
  • As questões históricas relativas às migrações

    Objetos de conhecimento em foco na unidade:

  • A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo,
  • agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras.
  • A circulação de pessoas e as transformações no meio natural.

    O surgimento da espécie humana no continente africano e sua expansão pelo mundo.

    Habilidades da BNCC em foco nesta unidade:

    EF04HI01, EF04HI02, EF04HI04, EF04HI05 e EF04HI09.

MP035

Boxe complementar:

Vamos conversar

1. Essa sequência de imagens mostra aspectos da história dos seres humanos e seus ancestrais. As técnicas utilizadas pelos seres humanos e seus ancestrais para sobreviver mudaram ao longo de milhares de anos?

2. Como você chegou a essa conclusão?

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da abertura da unidade 1 e do início do capítulo 1 pode ser trabalhada na semana 2.

Orientações

As atividades de abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Sugerimos que inicie as propostas da unidade com as atividades preparatórias informadas a seguir.

Peça aos estudantes que observem e comentem a imagem das páginas de abertura da unidade. Trata-se de uma representação artística de diversas fases do desenvolvimento tecnológico humano.

Chame a atenção dos estudantes para alguns momentos-chave e peça a eles que identifiquem, oralmente, as representações desses momentos-chave na imagem de abertura da unidade: o uso de instrumentos como paus e pedras; a descoberta e o posterior domínio do fogo; a observação da natureza e o início da atividade agrícola; a invenção da escrita ou a utilização de códigos escritos para comunicar ideias.

Por fim, pergunte à turma: Será que as mudanças e os momentos-chave representados na imagem ocorreram rapidamente ou de maneira lenta? O que se espera é que os estudantes percebam o avanço tecnológico e concluam que as mudanças não ocorreram rapidamente, mas levaram milhões de anos.

Ao iniciar os trabalhos com esta unidade, comente com os estudantes que estudar o passado é importante pois nos ajuda a entender como viviam as pessoas que existiram antes de nós e a perceber quais costumes e práticas do modo de vida delas mudaram e quais ainda permanecem. Desse modo, conhecer o passado é fundamental para compreender melhor o presente e planejar o futuro.

Objetivos pedagógicos da unidade:

  • Compreender a importância das fontes para a pesquisa historiográfica.
  • Relacionar fatos e processos a diferentes níveis de temporalidade.
  • Conhecer as principais medidas de tempo utilizadas no estudo da História.
  • Identificar a periodização da história utilizada tradicionalmente.
  • Conhecer aspectos relacionados à vida humana na Pré-História.
  • Reconhecer as principais características do Paleolítico e do Neolítico.
  • Compreender o desenvolvimento da agricultura e as mudanças tecnológicas e sociais no Neolítico e no início da Idade Antiga.

MP036

Capítulo 1. O estudo da história

Estudar o passado é importante, pois nos ajuda a entender como viviam as pessoas que existiram antes de nós e a perceber quais costumes e práticas mudaram e quais permaneceram. Isso quer dizer que podemos refletir sobre a história considerando as mudanças e permanências que identificamos na sociedade.

As transformações na história podem ocorrer em ritmos diferentes, de maneira mais imediata ou mais lenta.

Imagem: Fotografia. Três mulheres jogando bola em um campo de futebol. Uma delas possui cabelo longo castanho, vestindo camiseta vermelha e azul, as outras duas possuem cabelo preto, vestindo camiseta azul clara. Fim da imagem.

LEGENDA: Partida de futebol, em Barcelona, Espanha, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Fotografia. Três mulheres de vestido curto, segurando flores em frente a um muro com alto relevo desenhado. Mulher de cabelo curto preto, vestindo vestido liso verde claro. Mulher de cabelo médio castanho e faixa amarela, vestindo vestido de flores estampadas brancas. Mulher de cabelo médio ruivo e chapéu verde, vestindo vestido curto com flores marrom e vermelha. Fim da imagem.

LEGENDA: Editorial de moda, em 1965. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Homens sem camiseta, vestindo bermudas e calças brancas. Estão carregando sacos fechados apoiados sobre a cabeça, andando por trilha de terra. Fim da imagem.

LEGENDA: Carregadores de café a caminho da cidade, Jean-Baptiste Debret. 1826. Aquarela sobre papel, 15,9 cm x 22 cm. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 14 e 15 do capítulo 1 pode ser trabalhada na semana 2.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Compreender as noções de mudanças, permanências e níveis de temporalidade em relação ao estudo da História.
  • Reconhecer as diferenças entre fontes materiais e imateriais.
  • Identificar diferentes tipos de fontes históricas, com ênfase nas fontes escritas, visuais e orais.

    Orientações

    Converse com os estudantes sobre as diferentes mudanças que eles percebem em seu cotidiano com a passagem do tempo, como crescimento, envelhecimento dos adultos, surgimento de novas tecnologias etc. Mencione, por exemplo, as roupas que usavam quando eram menores e hoje já não servem mais. A partir dessas situações do dia a dia, explique as noções de mudanças e permanências em relação ao estudo da História, citando exemplos de mudanças como a troca de um governo, o desenvolvimento da agricultura ou os processos migratórios.

    Converse também sobre a importância de conhecermos o passado. Peça que imaginem como seria se não fossem capazes de se lembrar daquilo que viveram até o presente. Partindo desse exemplo, estabeleça uma analogia com o conhecimento histórico.

    Atividade complementar: Linha do tempo

  • Explique os diferentes níveis de temporalidade desenhando na lousa três linhas do tempo do mesmo comprimento.
  • Na primeira, marque, em ordem cronológica, eventos importantes da semana, selecionando manchetes do noticiário. Na segunda, marque mudanças que ocorreram nas últimas décadas. Na terceira, marque processos, como o desenvolvimento da agricultura ou o desmatamento da mata nativa desde a colonização.
  • Chame a atenção dos estudantes para o fato de que, embora as linhas tenham o mesmo comprimento, elas representam intervalos de tempo diferentes.

MP037

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Converse com um colega e classifiquem as imagens de acordo com a legenda.

    1. Curta duração

    2. Média duração

    3. Longa duração

    PROFESSOR Resposta: Durante a realização desta atividade, incentive os estudantes a pensar em outros exemplos de mudanças de curta, média e longa duração.
Imagem: Ilustração. Homens e mulheres indígenas na beira do mar em uma praia observando a chegada de navios repletos de homens brancos. Fim da imagem.

LEGENDA: O Brasil foi colônia de Portugal por cerca de trezentos anos. Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, Oscar Pereira da Silva. 1922. Óleo sobre tela, 190 cm # 333 cm. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Longa duração.
Imagem: Fotografia. Vista de pessoas sentadas em cadeiras sobre areia da praia. Ao fundo há pessoas sobre o mar. Fim da imagem.

LEGENDA: Famílias aproveitando período de férias, município de Praia Grande, estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Curta duração.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Há multidão de pessoas reunidas em campo aberto com prédios e carros ao redor. Em destaque, um cartaz em forma de mapa do brasil que diz “Juscelino – Acordou o Gigante Adormecido, Brasília – A capital da esperança, Salve JK.”. Fim da imagem.

LEGENDA: A cidade de Brasília, DF, começou a ser construída em 1956 e foi inaugurada em 1960. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Média duração.

Boxe compl ementar:

Você sabia?

Os historiadores são os profissionais que produzem o conhecimento histórico. Eles se dedicam a investigar, interpretar e relatar os fatos ocorridos ao longo do tempo.

Fim do com plemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. A imagem Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, de Oscar Pereira da Silva, representa um acontecimento de longa duração (código 3). A fotografia das famílias em férias na praia representa um acontecimento de curta duração (código 1). Já a fotografia antiga de Brasília representa um acontecimento de média duração (código 2).

Ao realizar esta atividade com os estudantes, converse com eles sobre as mudanças e permanências e as situações relacionadas aos diferentes níveis de temporalidade. Se tiverem dúvidas, retome com eles a explicação desse conteúdo.

A atividade 1 mobiliza aspectos da habilidade EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

Para você ler

BLOCH, Marc. Introdução à História. São Paulo: Editora Europa-América, 2010.

O historiador Marc Bloch foi um dos grandes responsáveis pelas inovações que marcaram o estudo da História no século XX. Para ele, era muito mais importante refletir sobre os eventos e seus significados ao longo do tempo do que memorizar inúteis sequências de fatos, nomes e datas.

MP038

Fontes históricas

A História é a ciência que estuda o passado. Mas como os historiadores descobrem o que ocorreu há centenas ou milhares de anos?

Para pesquisar alguns temas e analisar vestígios , o historiador precisa da ajuda de outros profissionais, como os arqueólogos. Durante as escavações, os arqueólogos encontram diversos objetos, como instrumentos feitos de ossos e pedras, vasos de cerâmica, cestos, restos de fogueiras, adornos etc.

Todas as marcas deixadas pelos seres humanos são chamadas de fontes históricas, que compõem o principal material de investigação para os historiadores.

Imagem: Fotografia. Destaque de um homem no interior de uma estrutura retangular de rochas. Ele usa instrumento de escavação, pincéis, martelos e luvas. Fim da imagem.

LEGENDA: Escavação arqueológica no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Por meio da análise dessas marcas, o historiador pode descobrir como as sociedades se organizavam e como as pessoas viviam. O estudo das fontes também ajuda a entender as transformações que ocorreram na escrita, na arte ou no modo de produzir. As fonte históricas podem ser classificadas em:

Imagem: Fotografia. Escultura de pedra arredondada com ornamentos em alto relevo formando a imagem de um rosto no centro com formas formando padrões ao redor.  Fim da imagem.

LEGENDA: Réplica de um calendário produzido pelos astecas, povo que viveu entre os anos 1300 e 1600 na região onde hoje se localiza o México. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 16 e 17 pode ser trabalhada na semana 2.

Orientações

Traga para a sala de aula objetos antigos, preferencialmente livros e documentos, e inicie a aula comentando cada um dos itens. Explique aos estudantes que esses objetos foram produzidos ou utilizados em determinada época e, portanto, podem nos trazer informações sobre o passado.

Chame a atenção dos estudantes para as imagens da página 16. Explique que os arqueólogos buscam vestígios de povos antigos para obter informações sobre eles.

Reforce também a importância das fontes escritas e diga aos estudantes que tudo o que registram agora poderá ser usado no futuro, por exemplo, por um historiador que esteja estudando um aspecto da Educação no ano de 2023.

Chame a atenção dos estudantes para programas de TV que abordam a memória da própria produção e explique que, para fazer esses programas, os canais de TV empregam vários historiadores especialistas no assunto.

Uma das melhores maneiras de falar sobre fontes orais é pedir a todos que cantem “Ciranda, cirandinha” e perguntar se aprenderam a cantiga ouvindo de outras pessoas ou lendo em um livro e estudando a partitura.

Atividade complementar: Brincando de arqueologia

  • Selecione peças de barro ou cerâmica que estejam para ser descartadas. Elas podem estar quebradas, desde que seus pedaços não sejam cortantes ou perigosos para o manuseio.
  • Enterre as peças em uma parte ajardinada da escola e chame a turma para escavar e encontrá-las. Os estudantes devem escavar com cuidado, para não danificar as peças, e anotar em uma lista cada peça encontrada. Se possível, eles devem tirar fotografias.
  • Após a atividade, explique a eles que o trabalho do arqueólogo exige muito cuidado para não danificar as peças encontradas nas escavações. Além disso, é necessário um trabalho meticuloso de anotação e classificação das observações realizadas.

MP039

Boxe complementar:

Você sabia?

É possível também fazer outro tipo de classificação das fontes históricas:

  • Fontes escritas: são documentos escritos, como cartas, livros, certidões de nascimento, diários, escrituras, relatos de viagens etc.
  • Fontes visuais: são imagens e representações produzidas por uma sociedade, como pinturas rupestres, obras de arte, filmes, fotografias etc.
  • Fontes orais: são as produções sonoras, como músicas, cantigas, lendas, discos, entrevistas gravadas, depoimentos de pessoas etc.

    Imagem: Ilustração. Imagem quadrada cortada em quatro partes com um pássaro no centro, em cima de um cacto. Ao redor, ilustração de pessoas ao redor de uma casa, de uma estrutura com animal assando e um vaso com comida no interior. Fim da imagem.

    LEGENDA: Manuscrito asteca feito nos anos 1500, em papel. FIM DA LEGENDA.

    Imagem: Ilustração. Mulher de lenço longo sobre a cabeça azul e amarelo tampando o cabelo, vestindo túnica dourada e brincos de esferas pratas. Fim da imagem.

    LEGENDA: Moça com brinco de pérola, Johannes Vermeer. 1665. Óleo sobre tela, 44,5 cm X 39 cm. FIM DA LEGENDA.

    Imagem: Ilustração. Pinturas avermelhadas rupestres de pessoas e animais em pedras. Fim da imagem.

    LEGENDA: Pintura rupestre feita há mais de 20 mil anos, Parque Nacional Serra da Capivara, município de São Raimundo Nonato, estado do Piauí. Fotografia de 2015. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

  1. Explique o que são fontes históricas e por que são importantes para o historiador. Registre sua resposta no caderno.
    PROFESSOR Atenção professor: Essa atividade aborda o uso e a importância de fontes históricas, incentivando uma reflexão sobre a produção do conhecimento histórico. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 2. As fontes históricas são todos os vestígios deixados pelos seres humanos ao longo do tempo; são importantes porque ajudam a conhecer o modo de vida de povos do passado. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, a atividade trabalha inferências diretas.

Esta atividade contribui para o desenvolvimento da habilidade EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

Didática e avaliação no ensino de História

É claro que existem documentos históricos inacessíveis ao aluno do primeiro e segundo ciclos do Ensino Fundamental. Há documentos escritos em outras línguas, em português arcaico ou simplesmente com um vocabulário e sintaxe além das possibilidades de compreensão da maioria dos alunos da Educação Básica. Mas há também documentos cuja leitura é mais fácil, além de outras formas de vestígios do passado, como imagens ou relatos orais. Além disso, há também a possibilidade de simplificar, para fins didáticos, um texto mais complexo. O que não se justifica é privar os alunos do contato com o documento, pois este é essencial para que se possa pensar historicamente.

FONTE: MOREIRA, Cláudia Regina Silveira; VASCONCELOS, José Antonio. Didática e avaliação no ensino de História . Curitiba: IBPEX, 2007. p. 52.

MP040

Para ler e escrever melhor

O texto a seguir explica o que são, para que servem as fontes históricas e sua importância para o registro do passado.

Preservação de fontes históricas

As sociedades humanas produzem, ao longo da história, os mais diversos tipos de registro, que depois são utilizados pelos arqueólogos e historiadores para estudar o passado. Esses registros são chamados de fontes históricas.

Todo material do passado que fica preservado é capaz de nos transmitir informações sobre o modo como as pessoas viviam em tempos passados. Precisamos das fontes históricas para compreender as diferenças entre a maneira como vivemos hoje e o modo como se vivia antigamente.

Para guardar e preservar esses documentos foram criadas instituições como arquivos, museus e bibliotecas.

Nesses locais trabalham profissionais especializados na conservação das fontes, como arquivistas, biblioteconomistas e museólogos.

Imagem: Fotografia. Capa de cartaz indicando “FAc-Simille da Constituição dos Estados Unidos do Brazil, promulgada. Em 24 de fevereiro de 1891 pelo congresso constituinte Rio de Janeiro. Fim da imagem.

LEGENDA: Cópia da Constituição brasileira promulgada em 1891. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Capa de jornal “Folha de S. Paulo” com fotografia de homem de cabelo curto grisalho, vestindo camisa branca, gravata roxa e casaco preto. Ao lado, o título “deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil”. Fim da imagem.

LEGENDA: Capa do jornal Folha de S.Paulo de 13 de maio de 1997. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 3.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Compreender a importância do armazenamento e da preservação de fontes históricas.
  • Conhecer algumas instituições de guarda e preservação de fontes documentais, como arquivos, museus e bibliotecas.
  • Organizar uma exposição sobre os registros do passado utilizando fontes facilmente encontradas em casa ou na escola.

    Orientações

    Converse com os estudantes sobre museus e bibliotecas. Pergunte se já visitaram algum museu ou se costumam frequentar alguma biblioteca e peça a eles que contem como foram essas experiências.

    Em seguida, explique aos estudantes a importância de instituições de preservação da memória e de acervos documentais e bibliográficos.

    Peça que observem as imagens desta seção e debata com eles qual instituição seria mais adequada para a preservação de cada documento.

    Os museus e a preservação do patrimônio

    Os museus estão entre os locais que nos proporcionam a mais elevada ideia do homem, diz André Malraux. Eles são janelas, portas e portais; elos poéticos entre a memória e o esquecimento, entre o eu e o outro; elos políticos entre o sim e o não, entre o indivíduo e a sociedade. Tudo o que é humano tem espaço nos museus. Eles são bons para exercitar pensamentos, tocar afetos, estimular ações, inspirações e intuições. Como tecnologias ou ferramentas que articulam múltiplas temporalidades em diferentes cenários socioculturais, como territórios que propiciam experiências de estranhamento e familiarização, como entes que devoram e ressignificam o sentido das coisas, os museus operam com memórias e patrimônios e fazem parte das necessidades básicas dos seres humanos. Por este caminho, pode-se compreender que em todo e qualquer museu está presente o gênio humano, a indelével marca da humanidade.

MP041

  1. De acordo com o texto, qual é a importância das fontes históricas?
    PROFESSOR Resposta: Elas são importantes para acessarmos dados sobre o passado e para construirmos conhecimento sobre a história.

    Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Converse com seus familiares sobre uma fonte histórica que tenha sido guardada na sua casa e que possa ser compartilhada em sala de aula. Selecione uma fonte que seja significativa para as pessoas que moram com você. Leve essa fonte para a sala de aula e analise com os colegas seus significados.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Reúna-se em grupo com dois ou três colegas e organizem uma exposição com as fontes selecionadas por vocês na atividade anterior.
    • No dia determinado, a exposição deve ser montada sobre as carteiras ou em painéis para que todos possam visualizá-la. Os grupos devem se preparar para responder às seguintes perguntas:
    • Que fonte é essa?
    • Quando ela foi produzida?
    • O que ela nos diz sobre o passado?
      PROFESSOR Atenção professor: Atividades 2 e 3. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Crianças reunidas em frente a um pátio, sentadas no chão. Atrás há homens e mulheres em pé. Todos estão pousando para fotografia de mateira ereta com braços lado a lado. Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes portugueses no pátio interno da Hospedaria de Imigrantes, c. 1915. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vestido longo em manequim, vestido laranja com estampada de faixas triangulares e desenhos pequenos em tons de verde, vermelho e preto. Fim da imagem.

LEGENDA: Vestido inglês dos anos 1800. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Entre os mais diferentes grupos culturais e sociais há uma nítida necessidade e uma notável vontade de memória, de patrimônio e de museu. Esse fenômeno social não é uma exclusividade do mundo contemporâneo, ainda que no mundo contemporâneo ele tenha grande visibilidade. A essas necessidades e vontades não corresponde automaticamente a garantia dos direitos à memória, ao patrimônio e ao museu. O exercício desses direitos de cidadania precisa ser conquistado, afirmado e reafirmado cotidianamente.

FONTE: CHAGAS, Mário de Souza; STORINO, Claudia M. P. Os museus são bons para pensar, sentir e agir. Musas: Revista Brasileira de Museus e Museologia . Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Departamento de Museus e Centros Culturais, n. 3, 2007. p. 6.

Atividade 1. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha a localização e a retirada de informação explícita do texto.

Atividade 2. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar em que estudantes e seus familiares possam trocar ideias e conhecimentos a respeito do tema estudado, em que os estudantes possam contar e explicar o que aprenderam, desenvolvendo a leitura dialogada e a interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a integração entre os conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola. Seus resultados devem ser compartilhados em sala de aula. Incentive os estudantes a conversar com os familiares, para que, juntos, escolham uma fonte histórica que tenha sido guardada e que possa ser compartilhada em sala de aula. Comente com os estudantes que, entre as fontes históricas possíveis, eles e seus familiares podem escolher uma fotografia, um objeto, um documento, uma revista, um livro, entre outros exemplos.

Atividade 3. Oriente a realização da exposição. Se julgar conveniente, organize com a turma um projeto mais amplo, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.

As atividades 1, 2 e 3 mobilizam aspectos da habilidade EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

O trabalho desenvolvido nessa seção pretende proporcionar aos estudantes uma reflexão sobre a importância das fontes históricas para conhecer o passado. Por meio da atividade é possível exercitar a análise de uma fonte histórica.

MP042

Capítulo 2. O tempo na história

O tempo histórico relaciona-se diretamente com os grupos humanos, que muitas vezes promovem as mudanças sociais e, outras vezes, são modificados por elas.

Os povos geralmente estabelecem um ponto de partida ou um marco para contar a sua história. Em nossos estudos de História, por exemplo, contamos o tempo a partir do nascimento de Cristo. Os anos e os séculos anteriores a esse marco são escritos com a.C. (antes de Cristo) depois da data. As datas registradas após esse marco não precisam ser escritas com as letras d.C. (depois de Cristo); basta escrever o ano.

Além desse marco, em muitas datas históricas utilizam-se símbolos romanos, como no caso de registrar os séculos. Como não existe o ano zero, do ano 1 ao ano 100, denomina-se século I. Do ano 101 ao ano 200, designa-se século II, e assim por diante.

Imagem: Fotografia. Esfinge a frente de uma pirâmide. Monumentos sobre o deserto com runas aos arredores. Fim da imagem.

LEGENDA: Por meio das fotografias desta página, é possível compreender como as datas são utilizadas nos estudos de História. Esta imagem, por exemplo, mostra a esfinge e uma das grandes pirâmides, localizadas em Gizé, no atual Egito. Fotografia de 2019. Essas obras foram construídas entre os anos de 2530 a.C. e 2471 a.C., aproximadamente. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens de capacete e farda, segurando armas, subindo um morro de grama. Fim da imagem.

LEGENDA: Soldados alemães em batalha na França, durante a Segunda Guerra Mundial. Fotografia de 1940. A Segunda Guerra Mundial foi um conflito que durou de 1939 a 1945. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 20 pode ser trabalhada na semana 3.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Conhecer a representação cronológica do tempo.
  • Representar acontecimentos históricos na linha do tempo.
  • Conhecer a classificação da história em períodos: Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
  • Identificar algumas das principais características de cada período da História.
  • Relacionar os séculos com suas representações em números romanos.

    Orientações

    Desenhe uma linha do tempo marcando o ano I; em seguida, marque os intervalos relativos aos séculos.

    Explique aos estudantes como é feita a contagem dos anos na linha do tempo, dando exemplos da relação entre anos e séculos.

    Sugira algumas datas aos estudantes para averiguar se identificam os séculos correspondentes aos anos apresentados.

    O tempo e a história

    Diversamente da percepção, hoje consensual entre os historiadores, de que o tempo da história é diferente do tempo da ciência – o conceito de tempo dos historiadores não é o utilizado pelas outras ciências, o confronto entre a reflexão em abstrato e o manejo empírico do “ corpus documental” é questão ainda sem conclusão, parte integrante das reflexões filosóficas e das historiográficas [...].

    Para historiadores, tempo é tanto o elemento de articulação da/na narrativa historiográfica como é vivência civilizacional e pessoal. Para cada civilização e cultura, há uma noção de tempo, cíclico ou linear, presentificado ou projetado para o futuro, estático ou dinâmico, lento ou acelerado, forma de apreensão do real e do relacionamento do indivíduo com o conjunto de seus semelhantes, ponto de partida para a compreensão da relação Homem-Natureza e Homem-Sociedade na perspectiva ocidental.

MP043

Linha do tempo

A linha do tempo é uma forma de organizar os acontecimentos históricos. A função dela é mostrar como os fatos se situam no decorrer do tempo, ou seja, o que ocorreu antes (anterioridade), o que aconteceu ao mesmo tempo (simultaneidade) e o que ocorreu depois (posterioridade).

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Faça no caderno uma linha do tempo de sua vida, nela registrando desde o seu nascimento até os dias de hoje. Marque em ordem cronológica os momentos mais importantes para você. Peça ajuda aos seus familiares para relembrar acontecimentos marcantes da sua história de vida.
    PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Copie no caderno os anos a seguir. Depois, escreva ao lado de cada um, em símbolos romanos, a que século pertence cada ano.

    Tabela: equivalente textual a seguir.

    Ano

    85

    215

    430

    650

    120

    345

    537

    PROFESSOR Resposta: Séculos: I; III; V; VII, II; IV; VI.

    Tabela: equivalente textual a seguir.

    Ano

    742

    973

    867

    1075

    1503

    1822

    1789

    PROFESSOR Resposta: Séculos: VIII; X; IX; XI; XVI; XIX; XVIII.

    Tabela: equivalente textual a seguir.

    Ano

    1492

    1139

    1264

    1685

    1348

    2017

    1968

    PROFESSOR Resposta: Séculos: XV; XII; XIII; XVII; XIV; XXI; XX

Boxe complementar:

Você sabia?

A palavra cronologia origina-se do grego chronos, “tempo”, e logos, “estudo”. É uma ciência que tem como finalidade datar acontecimentos históricos, organizando-os em uma sequência ordenada. Assim, um relato que está em “ordem cronológica” segue a ordem das datas em que os eventos ocorreram.

Imagem: Ilustração. Menina de cabelo longo castanho, vestindo camiseta branca. Está sentada em uma mesa verde com livros e cadernos abertos. Ao redor há prateleiras cheias de livros. Fim da imagem.

Fim do complemento..

MANUAL DO PROFESSOR

Tempo é palavra de muitos significados, e em alguns deles empregado como sinônimo de passado, ciclos, duração, eras, fases, momentos ou mesmo história, [...].

Historiadores convivem com as tensões inerentes ao tempo em que vivem e as formas de análise e compreensão, instrumentalmente dadas. Sabem que estão imersos no tempo, no seu tempo, e, simultaneamente devem trabalhar com ele, para os atos da profissão, no “ corpus documental” selecionado para pesquisar o tema, o assunto, o objeto de estudo em um dado momento: organizar, recortar, dividir, estruturar, analisar, compreender, explicar, generalizar, teorizar, sintetizar...

FONTE: GLEZER, Raquel. Tempo e História. Ciência e cultura . São Paulo, v. 54, n. 2, p. 23, out./dez. 2002.

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 21 pode ser trabalhada na semana 4.

Orientações

Por meio da atividade 1, os estudantes produzirão uma representação do seu tempo de vida em uma linha do tempo. A partir dessa atividade, converse com eles e proponha uma relação de analogia entre a linha do tempo individual e a linha do tempo histórico. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha a interpretação e a relação de ideias e informação. Sugerimos que ela seja feita em casa, pelos estudantes, possibilitando um momento de literacia familiar, de leitura oral e dialogada e interação verbal. Seus resultados podem ser compartilhados em sala de aula.

A atividade 2, de preenchimento da tabela que relaciona anos e séculos à sua representação em números romanos, pode ser reproduzida em ordem crescente em uma cartolina e afixada em uma das paredes da sala de aula. É importante que os estudantes tenham essas informações sempre ao alcance dos olhos porque serão utilizadas em diversas ocasiões do estudo da História.

As atividades 1 e 2 visam à averiguação da compreensão de noções básicas de localização temporal. Se perceber que os estudantes sentem dificuldade, retome o conteúdo. Essas atividades podem colaborar para a mobilização de aspectos da habilidade EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

MP044

Períodos históricos

Os períodos históricos são uma convenção estabelecida por historiadores, que elegeram marcos temporais de acordo com o que julgavam ser os eventos mais importantes da História.

Leia atentamente o esquema a seguir.

Ele mostra os períodos históricos que foram estabelecidos pelos historiadores nos anos 1900.

Essa é uma convenção recente, organizada para facilitar os estudos e a construção dos conhecimentos em História. Ela é muito utilizada nos estudos históricos e nos livros didáticos em geral.

Pré-História

Esse período tem início com o surgimento dos antepassados dos seres humanos modernos (cerca de 4 milhões de anos atrás) e vai até aproximadamente 4000 a.C., quando surgiram os primeiros registros escritos.

Antiguidade

Período que se inicia em aproximadamente 4000 a.C. e vai até 476, época do declínio e do fim do Império Romano do Ocidente.

Idade Média

Esse período tem início no ano 476 e dura até o ano de 1453, quando Constantinopla (centro do poder cristão no Oriente) foi tomada por muçulmanos.

Imagem: Ilustração. Homens trabalhando em campo de plantação. Ao fundo, castelo com torres arredondadas pelos arredores de uma estrutura retangular. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação de uma propriedade feudal, iluminura dos irmãos Limbourg, início dos anos 1600. FIM DA LEGENDA.

Idade Moderna

Período que começa em 1453 e vai até 1789, ano da Revolução Francesa e do declínio do regime monárquico na França.

Idade Contemporânea

Inicia-se em 1789, estendendo-se até os dias de hoje.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Homens, mulheres e algumas crianças trabalhando sobre linhas de produções em esteiras e maquinário antigo. Fim da imagem.

LEGENDA: Interior de fábrica de fios de algodão com crianças e adultos trabalhando, em 1911. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 22 pode ser trabalhada na semana 4.

Orientações

Inicie a aula desenhando na lousa uma linha do tempo para determinar os seguintes marcos históricos:

  • Surgimento dos primeiros antepassados conhecidos do ser humano (cerca de 4 milhões de anos);
  • Invenção da escrita (cerca de 4000 a.C.);
  • Queda do Império Romano do Ocidente (475);
  • Queda do Império Romano do Oriente (1453);
  • e Revolução Francesa (1789).

    A partir desses marcos, assinale os períodos históricos.

    Atividade complementar: Períodos históricos em escala

    Embora a história seja dividida em vários períodos, alguns são mais longos e outros, mais curtos. Sugira aos estudantes que recortem tiras de papel colorido, imaginando que cada século corresponde a uma delas. O comprimento de cada tira seria o seguinte:

  • Pré-História: 400 m. (Meça a largura da sala de aula e diga aos estudantes que imaginem uma folha de papel com 10 vezes esse comprimento.)
  • Idade Antiga: 45 cm.
  • Idade Média: 10 cm.

MP045

Boxe complementar:

Você sabia?

As marcações dos períodos históricos foram determinadas pelos historiadores nos anos 1900, ou seja, não foram as pessoas que viveram os eventos históricos que estabeleceram essa periodização. Repare que não existe uma divisão exata e proporcional do tempo histórico, como em um calendário. Essa divisão marcada por alguns eventos é, portanto, uma convenção.

Fim do complemento.

  1. Observe as figuras abaixo. Elas são fontes históricas, isto é, vestígios e documentos por meio dos quais é possível estudar os diferentes períodos da história. Associe as fontes à época histórica que elas representam utilizando o código abaixo e registrando suas respostas no caderno. Depois, justifique suas respostas.
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

    1. Pré-História

    2. Antiguidade

    3. Idade Média

    4. Idade Moderna

    5. Idade Contemporânea

Imagem: Ilustração. Mulheres de vestindo longo trabalhando no inferior de um castelo, com mesa posta com alimentos. Uma mulher lava roupa, enquanto outra mulher ferve roupas em um caldeirão.  Fim da imagem.

LEGENDA: Iluminura representando uma cozinha, parte de manuscrito medieval, Giovannino de Grassi, anos 1400. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pedras laranja e bege com pontas lascadas pontudas formando lanças. Fim da imagem.

LEGENDA: Pontas de lanças de pedra lascada com cerca de 12 mil anos encontradas no Novo México, Estados Unidos. FIM DA LEGEDA.

Imagem: Fotografia. Túmulo egípcio em forma de faraó dourado com tons de azul. Ele possui ornamentos na cabeça, pescoço e queixo. Está com os braços cruzados, segurando um chicote e um cajado. Fim da imagem.

LEGENDA: Réplica de máscara mortuária do faraó egípcio Tutancâmon, que viveu há cerca de 3 300 anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Homens e mulheres indígenas seminus. Ao lado, homens vestindo túnicas e calças, segurando espadas. Eles mostram caixas e utensílios na beira da praia. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação do encontro entre Cristóvão Colombo e indígenas americanos, de D. K. Bonatti, litografia colorida à mão, 1827. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Crianças descalças trabalhando em cima de maquinário com fios entrelaçados entre engrenagens da máquina. Fim da imagem.

LEGENDA: Crianças trabalhando em fábrica de fios de algodão, em 1909. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Idade Moderna: 3 cm.
  • Idade Contemporânea: 2 cm.

    Ao final dessa atividade, explique aos estudantes que os períodos mais recentes – Idade Moderna e Idade Contemporânea – são aqueles em que as fontes históricas são mais abundantes. Por isso, embora sejam relativamente curtos em relação aos demais, são os mais estudados. Com a Pré-História acontece o oposto: é o mais longo, mas existe menor quantidade de fontes históricas sobre o período.

    Roteiro de aula

    A aula prevista para os conteúdos da página 23 pode ser trabalhada na semana 5.

    Converse com os estudantes sobre como os grandes marcos escolhidos pelos historiadores enfatizam as transformações ocorridas entre um período histórico e outro, mas que, ao longo da história, sempre ocorrem mudanças e permanências.

    Atividade 3. Iluminura, anos 1400: Idade Média (código 3); pontas de lança de pedra lascada: Pré-História (código 1); réplica de máscara de faraó egípcio: Antiguidade (código 2); representação do encontro entre Colombo e indígenas: Idade Moderna (código 4); fotografia de crianças trabalhando em fábrica em 1909: Idade Contemporânea (código 5).

    A atividade 3 mobiliza aspectos da habilidade EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

    A atividade 3 apresenta exemplos relativamente simples para ilustrar cada um dos períodos da História. Porém, como a atividade trata de temas que ainda não foram necessariamente trabalhados em anos anteriores, seria oportuno que os estudantes realizassem uma breve pesquisa sobre cada um dos temas representados nas imagens antes da realização da atividade.

MP046

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Meio ambiente. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

Pré-História do Brasil

O texto a seguir foi escrito pela arqueóloga Niède Guidon, pesquisadora responsável pela criação do Museu do Homem Americano, no Parque Nacional Serra da Capivara, no município de São Raimundo Nonato, estado do Piauí, onde existem muitas representações de arte rupestre feitas por aqueles que habitaram a região durante a Pré-História.

Em junho de 1979, era criado o Parque Nacional Serra da Capivara. [...]

[...] Sobre as paredes dos abrigos do Parque Nacional, existe uma densa quantidade de pinturas rupestres realizadas durante milênios. As representações animais são muito diversificadas, sendo possível reconhecer espécies inexistentes hoje na região e outras totalmente extintas, como camelídeos e preguiças-gigantes. Existem também reproduções de capivaras, veados-galheiros, caranguejos, jacarés e certas espécies de peixes hoje desaparecidas na área, extremamente árida para poder abrigá-las. [...]

FONTE: Niède Guidon. Arqueologia da região do Parque Nacional Serra da Capivara – Sudeste do Piauí. Revista ComCiência , 2003. Disponível em: http://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/arqueologia/arq10.shtml . Acesso em: 8 jan. 2021.

Imagem: Fotografia. Homem de cabelo curto preto, vestindo camiseta e calça branca com mochila preta nas costas. Está sobre passarela de madeira observando parede com pinturas rupestres. Fim da imagem.

LEGENDA: Visitante observando pinturas rupestres no sítio arqueológico Toca do João Arsena, no Parque Nacional Serra da Capivara, no município de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 5.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Conhecer asp ectos da arqueologia brasileira.
  • Valorizar as políticas de preservação do patrimônio histórico material brasileiro.

    Orientações

    Retome com os estudantes a questão das fontes históricas obtidas por pesquisas arqueológicas. Explique a eles que as terras que hoje chamamos de Brasil já eram ocupadas por povos indígenas há milhares de anos e que muitos desses povos deixaram vestígios, como pinturas rupestres, restos de fogueiras, depósitos de alimentos, urnas funerárias etc.

    Leia o texto com os estudantes e esclareça eventuais dúvidas de compreensão. A partir do depoimento da pesquisadora Niède Guidon, inicie um debate. Solicite que tentem imaginar quais seriam os principais desafios de uma pesquisa arqueológica. É importante que os estudantes compreendam que, além das dificuldades técnicas relativas às escavações e aos estudos sobre os vestígios encontrados, os arqueólogos também enfrentam questões de financiamento e de permissões para desenvolver suas pesquisas.

    Educação em valores e temas contemporâneos

    Quando se pensa na preservação do patrimônio histórico material, geralmente se pensa em obras de arquitetura, que precisam ser mantidas e eventualmente restauradas como parte de uma política de valorização de nosso legado histórico cultural. Mas os sítios arqueológicos também fazem parte desse legado precioso, que deve ser preservado e valorizado. Os sítios de arqueologia pré-histórica, em particular, trazem informações sobre o modo de vida dos habitantes do continente americano de milhares de anos atrás. Eles nos ajudam a ver a vida humana de uma perspectiva mais ampla.

MP047

  1. Responda às questões de acordo com o texto.
    1. Onde fica situado o Parque Nacional Serra da Capivara?
    1. Que tipos de vestígio foram encontrados no parque?
      PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Observe a imagem e responda às questões.
Imagem: Fotografia. Pintura rupestre em parede de animais sobre rocha. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura rupestre no Boqueirão da Pedra Furada, Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí. Fotografia de 2015. FIM DA LEGENDA.

  1. Que figuras de animais os pesquisadores encontraram nas paredes dos abrigos do Parque Nacional Serra da Capivara?
  1. Que animais extintos atualmente foram pintados nas paredes das cavernas?

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Reúnam-se em grupo e conversem sobre a importância da manutenção e da preservação das pinturas rupestres no Parque Nacional Serra da Capivara. Compartilhem as opiniões do grupo com a turma.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. a) Em São Raimundo Nonato, interior do estado do Piauí.

b) Pinturas nas paredes, cacos de cerâmica e objetos de pedra lascada e polida.

Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha a localização de informação explícita do texto.

Atividade 2. a) Figuras de animais como capivaras, veados-galheiros, jacarés e caranguejos.

b) Certas espécies de peixes.

Atividade 3. Na conversa em sala de aula, enfatize a importância da preservação do acervo ecológico, pois fontes históricas de milhares de anos podem, muitas vezes, perder-se por falta de cuidado ou de informação.

As atividades 1, 2 e 3, sobre sítios arqueológicos, aliadas a uma reflexão sobre a importância da preservação do patrimônio histórico brasileiro, contribuem para o desenvolvimento da Competência Geral 1 da BNCC: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

O conteúdo e as atividades propostas nesta seção favorecem o aprofundamento do trabalho com o tema de relevância em destaque neste volume, “Migrantes e migrações, ontem e hoje”. Sugerimos, assim, conversar com os estudantes sobre os conhecimentos prévios que eles têm a respeito da Pré-História do Brasil, destacando, a princípio, aspectos referentes à origem dos seres humanos no continente africano e ao povoamento da América.

Pinturas rupestres no Brasil

Além da Amazônia e do Nordeste, há grafismos pré-históricos nas regiões Sul e Centro-Oeste, como atestam pinturas e gravuras encontradas, por exemplo, em Serranópolis e Caiapônia (Goiás) e em São Pedro do Sul (Rio Grande do Sul). [...] Apesar da abundância de grafismos, só há duas ou três décadas o país passou a olhar com mais carinho e rigor científico os traços primordiais deixados pelos seus mais remotos antepassados. Em território nacional, a maior concentração conhecida dessa antiga manifestação cultural encontra-se no interior do Parque Nacional Serra da Capivara [...]. Estima-se que haja cerca de 60 mil figuras pintadas (ou gravadas) no parque.

FONTE: PIVETTA, Marcos. Pré-história ilustrada. Pesquisa Fapesp , n. 105, nov. 2004. p. 82.

MP048

Capítulo 3. A vida na Pré-História

Os seres humanos pertencem à mesma espécie, chamada Homo sapiens. São ancestrais dessa espécie o Homo erectus e o Homo habilis, que povoaram a Terra partindo da região central do continente africano.

Assim, podemos dizer que fazemos parte de um grupo que surgiu no continente africano há cerca de 20 mil anos e dali se espalhou pela África, Europa, Ásia, Oceania e América.

Os primeiros grupos humanos não habitavam apenas um local; eles mudavam constantemente e eram, portanto, nômades , caçadores e coletores. Mulheres, homens e crianças estavam em constante movimento, à procura de alimentos, como frutas, raízes e pequenos animais.

Imagem: Fotografia de um crânio com dentes. Na parte superior há uma rachadura e um buraco. Fim da imagem.

LEGENDA: Molde de crânio fossilizado de um menino da espécie Homo erectus, datado de aproximadamente 1,6 milhão de anos e descoberto no Quênia, África, em 1984. FIM DA LEGENDA.

Paleolítico (paleo = antigo; lítico = pedra)

Esse período foi chamado assim porque os antepassados dos seres humanos passaram a produzir instrumentos feitos de pedra lascada. Durou desde a formação dos primeiros grupos humanos, há cerca de 100 mil anos, até cerca de 12 mil anos atrás.

Imagem: Fotografia. Esculturas de homens e mulheres antigas com peça em camadas. Há peças expostas em vidros e telas explicativas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de exposição no Instituto Real Belga de Ciências Naturais, um museu localizado na cidade de Bruxelas, na Bélgica, em 2015. Note que essa parte da exposição do museu mostra algumas representações de antepassados dos seres humanos, feitas em 3-D e em tamanho real. Hoje, muitos museus ao redor do mundo se dedicam a organizar exposições e estudos sobre a origem e o desenvolvimento dos seres humanos. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 26 e 27 podem ser trabalhadas na semana 6.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Conhecer aspectos da vida humana na Pré-História.
  • Distinguir as principais características dos períodos da Pré-História humana.
  • Compreender noções fundamentais para o estudo da Pré-História.
  • Reconhecer a origem africana dos ancestrais do ser humano moderno.
  • Conhecer aspectos da Pré-História no Brasil.

    Orientações

    Converse com os estudantes sobre o surgimento do ser humano no continente africano e sua posterior migração para outras partes do globo.

    O tema do surgimento dos seres humanos pode levantar questões sensíveis em relação a algumas concepções teológicas cristãs. É importante esclarecer que a aceitação da ciência não implica a recusa da religião. Se a ciência diz que o homem é um animal, as religiões dizem que ele tem uma alma e que, portanto, não é um mero animal. O respeito mútuo, mesmo que às vezes difícil, é sempre possível e desejável.

    Explique aos estudantes que o período Paleolítico foi assim denominado porque marca o início da utilização, pelos seres humanos, de pedras lascadas como instrumento de defesa e de corte. Isso significou um avanço tecnológico muito grande, porque era o começo da utilização de materiais da natureza como instrumento e extensão do corpo.

    Atividade complementar: Arte rupestre

  • Para compreender um pouco mais a arte rupestre, os estudantes podem desenvolver desenhos buscando imitar as técnicas e os motivos dessa forma de expressão.
  • Existem várias técnicas para esse tipo de atividade. Uma delas é a utilização de terra como corante.
  • Solicite aos estudantes que procurem e tragam para a sala de aula potinhos de terras de diferentes tonalidades. Os estudantes devem misturar a terra com a cola branca e um pouco de água para formar uma espécie de tinta. Eles podem reproduzir imagens de pinturas rupestres do Brasil, usando a cartolina e a tinta que produziram.

MP049

Boxe complementar:

Você sabia?

No Paleolítico, houve o domínio do fogo, importante para aquecer o ambiente, assar alimentos e afugentar animais. As cavernas eram usadas como abrigo por grupos humanos e, nas paredes de algumas delas, foram encontradas pinturas retratando o cotidiano dessas pessoas.

Fim do complemento.

  1. Escreva no caderno o que foi o Paleolítico.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Converse com um colega e tentem descobrir as respostas para as charadas a seguir.
    PROFESSOR Atenção professor: 1 e 2. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

    O que é, o que é?

    Nome dado aos grupos de pessoas que não têm habitação fixa.

    O que é, o que é?

    Nome dos locais usados como abrigo no Paleolítico.

    O que é, o que é?

    Representação de cenas cotidianas pintadas nas paredes das cavernas.

  1. Observe a imagem abaixo. Com base em sua observação e em seus conhecimentos, procure descrever as atividades dos seres humanos da Pré-História do Brasil.
    PROFESSOR Resposta: As pinturas representam a caça, os rituais e os costumes.
Imagem: Fotografia. Pinturas rupestres de homens e animais sobre parede. Há homens diversos segurando armas manuais e animais diversos. Fim da imagem.

LEGENDA: Pinturas rupestres do período Neolítico, caverna Magura, Bulgária. Fotografia de 2015. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

O conteúdo e as atividades propostas ao longo do capítulo 3 favorecem o aprofundamento do trabalho com o tema atual de relevância em destaque neste volume, “Migrantes e migrações, ontem e hoje”. O desenvolvimento de aspectos relacionados a esse tema aparece especialmente nas discussões sobre a fixação dos grupos humanos na América.

Atividade 1. Foi o período compreendido entre a formação dos primeiros agrupamentos humanos, há cerca de 100 mil anos, até 12 mil anos, época em que os humanos começaram a produzir instrumentos de pedra lascada e a dominar o fogo.

Atividade 2. Nome dado aos grupos de pessoas que não têm habitação fixa: nômades; nome dos locais usados como abrigo no Paleolítico: cavernas; representação de cenas cotidianas pintadas nas paredes das cavernas: pinturas rupestres.

Atividade 3. Chame a atenção dos estudantes para a imagem da pintura rupestre e seu provável significado: a representação do cotidiano há 8 ou 10 mil anos, com homens, mulheres, crianças, pequenos animais; cena de caça e transporte de objetos.

As atividades 1, 2 e 3, sobre o modo de vida na Pré-História, aliadas a uma reflexão sobre a importância de tecnologias hoje aparentemente simples, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade(nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

Nas atividades 1 e 2 é importante que os estudantes compreendam que as inovações tecnológicas, como o uso do fogo e de instrumentos de pedra lascada, são específicas do Paleolítico e não se referem a toda a Pré-História. Esclareça que essas tecnologias continuaram existindo em períodos posteriores, mas que esses períodos se caracterizaram pelo surgimento de outras formas de usar a natureza para auxiliar as ações humanas.

MP050

Neolítico (neo = novo; lítico = pedra)

O Neolítico recebe esse nome porque há cerca de 12 mil anos alguns grupos humanos começaram a fabricar instrumentos sofisticados, com pedras polidas. Grupos humanos também passaram a viver de maneira fixa em lugares onde conseguiam obter água e mais alimentos.

Além disso, no período Neolítico, alguns grupos humanos passaram a caçar e a coletar frutos apenas nas áreas próximas de onde tinham se fixado. Eles foram, aos poucos, tornando-se sedentários. Isso quer dizer que esses grupos humanos permaneciam em um mesmo lugar.

Os rios foram importantes nesse período por causa da pesca e porque animais se agrupavam em suas margens, para beber água, facilitando a caça. As margens desses rios também ficavam úmidas e férteis depois de chuvas e cheias. Assim, as pessoas podiam plantar e colher. Tudo isso, ao longo de centenas de anos, ajudou no processo de sedentarização de muitos grupos humanos.

Imagem: Mapa. Ocupação de regiões próximas a rios: o Crescente Fértil. Mapa indicando crescente fértil que demarca região do Egito, passando por Fenícia, Palestina e Mesopotâmia. No canto superior direito há um mapa mundo destacando região informada. Abaixo, rosa dos ventos indicando noroeste, norte, nordeste, leste, sudeste, sul, sudoeste e oeste, escala de 0 a 260 km.  Fim da imagem.

LEGENDA: Local chamado de Crescente Fértil por causa da fertilidade do solo e também porque forma uma imagem que lembra uma Lua crescente. FIM DA LEGENDA.

Fonte: Pierre Vidal-Naquet e Jacques Bertin. Atlas histórico: da Pré-História aos nossos dias. Lisboa: Círculo de Leitores, 1990. p. 39.

Imagem: Fotografia. Plantação em campo sobre margem de um rio largo. Há plantas baixas e pequenas bananeiras. Do outro lado do rio há casas e prédios. Fim da imagem.

LEGENDA: Margem do rio Nilo com vegetação abundante e algumas plantações, Egito. Fotografia de 2019. FIM DE LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 28 e 29 podem ser trabalhadas na semana 6.

Orientações

A descoberta de técnicas de semeadura para o plantio de alimentos ocasionou mudanças significativas no modo de vida de muitos grupos humanos na Pré-História. Para esses grupos, as atividades de caça, pesca e coleta de frutos e raízes cederam lugar, pouco a pouco, a atividades agrícolas e de pastoreio, levando à fixação de populações em determinados territórios.

Ao trabalhar o conteúdo, é importante evitar uma visão evolucionista e globalizante, pois muitos grupos nômades continuaram a existir e a desenvolver tecnologias diferenciadas e relacionadas a seu modo de vida.

Explique aos estudantes que muitos grupos de seres humanos procuraram locais mais confortáveis para viver e para sobreviver. Geralmente eram lugares que apresentavam certa facilidade de obtenção de alimentos, como é o caso das regiões próximas de rios perenes.

Cosmos – Carl Sagan

A maioria de nós dorme ao ar livre, debaixo de uma árvore ou em seus galhos. Usamos pele de animais como roupa – para nos aquecer, cobrir nossos corpos e algumas vezes como cama. Quando usamos as peles dos animais, sentimos o poder deles. Pulamos com a gazela. Caçamos com o urso. Há uma ponte entre nós e os animais. Caçamos e comemos animais. Eles nos caçam e nos comem. Somos parte um do outro.

Fazemos ferramentas e nos mantemos vivos. Alguns de nós são bons em tirar lascas ou lâminas, afiá-las e poli-las, bem como achar pedras. [...]

Um dia houve uma tempestade com muito raio, muito trovão e muita chuva. [...]

Após a tempestade houve movimentos e estalos na floresta próxima. Fomos ver. Havia uma coisa saltando, quente, brilhante, amarela e vermelha. Nunca tínhamos visto isto antes. [...]

MP051

Boxe complementar:

Você sabia?

As mudanças vistas no período Neolítico não aconteceram ao mesmo tempo em todas as regiões do planeta. Muitos grupos humanos, por exemplo, começaram a cultivar a terra bem mais tarde; outros, mesmo plantando alguns produtos, mantiveram a caça e a pesca como atividades centrais.

Desse modo, no período Neolítico, o cultivo de plantas e a domesticação de animais foram fatores fundamentais para a sedentarização do ser humano, o que permitiu seu estabelecimento em determinado local. Contudo, é importante notar que, como vimos, a caça e a pesca, bem como a coleta, conviveram, por muito tempo, com a agricultura.

Fim do complemento..

Boxe complementar:

Hora da leitura

• Histórias da Pré-História, de Alberto Moravia. São Paulo: Editora 34, 2014.

O livro apresenta 24 contos que se passam na Pré-História, com personagens fascinantes e situações divertidas.

Fim do complemento..

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Com um colega, leiam as frases a seguir e identifiquem a qual período cada uma delas se refere.

    Paleolítico

    Neolítico

  1. Durante esse longo período, a maioria dos grupos humanos manteve o modo de vida nômade. Que período é esse?
    PROFESSOR Resposta: Paleolítico.
  1. Período em que os grupos humanos começaram a fabricar instrumentos mais sofisticados com pedras polidas. Qual é o nome desse período?
    PROFESSOR Resposta: Neolítico.
  1. Esse período também é conhecido como Idade da Pedra Lascada por causa das ferramentas feitas de pedra. Sabem qual é o nome dele?
    PROFESSOR Resposta: Paleolítico.
  1. Nesse período, os grupos humanos começaram a domesticar animais e a praticar a agricultura. Identifiquem que período é esse.
    PROFESSOR Resposta: Neolítico.
  1. O que foi o processo de sedentarização?
  1. Observe o mapa da página 28 e responda às questões.
    1. Qual é a principal característica da região chamada de Crescente Fértil?
    1. Quais são os nomes dos principais rios do Crescente Fértil? Por que eles eram importantes?
      PROFESSOR Atenção professor: Atividades 5 e 6: ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Um de nós teve um pensamento muito bravo e perigoso: capturar a chama, alimentá-la um pouco e torná-la nossa amiga. [...] carregamo-la conosco. [...]

A chama nos mantém aquecidos em noites frias. Nos dá a luz. [...] Algumas vezes somos comidos, mesmo por pequenos animais, como hienas e lobos. Agora é diferente. Agora a chama afasta os animais. Nós os vemos ladrando baixinho no escuro, rondando, seus olhos brilhando na luz da chama. Eles têm medo dela. Nós não. A chama é nossa. Cuidamos dela. Ela cuida de nós.

FONTE: SAGAN, Carl. Cosmos . Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982. p. 169-171.

Para a resolução da atividade 4, os estudantes deverão conhecer as principais características de cada uma das duas grandes subdivisões da Pré-História. O Paleolítico é o período anterior, em que os seres humanos surgem no continente africano e dali migram para outras regiões do mundo, adquirindo o domínio do fogo e de instrumentos de pedra talhada. No Neolítico, o período seguinte, alguns grupos humanos tornam-se sedentários, praticam a agricultura e a criação de animais, além de produzir instrumentos de pedra polida.

Atividade 5. Trata-se do processo por meio do qual alguns grupos humanos deixaram de ser nômades e fixaram moradia em determinado lugar.

Atividade 6. a) A principal característica é a proximidade de grandes rios. b) Rio Tigre e rio Eufrates. Esses rios possibilitaram a prática da agricultura e facilitaram a caça e a pesca, contribuindo para o processo de fixação de grupos humanos na região.

As atividades 4, 5 e 6 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

MP052

A fixação dos grupos humanos na América

Quando falamos do início da história do Brasil, é comum pensarmos no encontro entre os povos indígenas e os europeus ocorrido em 1500. Mas a história dos povos que habitaram a região onde está localizado o Brasil não começou com a chegada dos portugueses. O território que depois seria chamado de Brasil começou a ser ocupado por grupos humanos há, pelo menos, 20 mil anos.

Com base em vestígios históricos é possível saber que houve duas importantes migrações de grupos humanos que teriam partido da África para a Ásia e para a Oceania e, desses continentes, para a América.

Essa travessia teria ocorrido na região do Estreito de Bering, entre a Sibéria, na atual Rússia, e o Alasca, nos Estados Unidos.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe o mapa e localize o Estreito de Bering. Ele fica perto ou longe do Brasil?
    PROFESSOR Atenção professor: É esperado que os estudantes percebam que o estreito de Bering fica relativamente longe do território do atual Brasil. Fim da observação.
Imagem: Mapa. Teorias sobre a origem dos povos americanos. Mapa mundo com setas representando trajeto de homem pré-histórico pelo mundo. Há ilustração de sombra de um homem partindo da África com setas para Europa, Ásia e Oceania. Seta sai da Sibéria até Alasca, América do Norte e chega na América do Sul por barcos e território terrestre. No canto inferior esquerdo, há uma rosa dos ventos indicando noroeste, norte, nordeste, leste, sudeste, sul, sudoeste e oeste. Abaixo, escala de 0 a 2435 km. Fim da imagem.

Fontes: Pierre Vidal-Naquet e Jacques Bertin. Atlas histórico: da Pré-História aos nossos dias. Lisboa: Círculo de Leitores, 1987. p. 18; Manuel Maurício de Albuquerque. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 50.

Mas como eles conseguiram atravessar o oceano Glacial Ártico e o oceano Pacífico, se não existiam embarcações sofisticadas? Há aproximadamente 20 mil anos, as travessias foram possíveis graças à formação de geleiras. Elas possibilitaram a ligação entre as pontas dos continentes americano e asiático, no hemisfério Norte. Além disso, o nível mais baixo das águas dos oceanos teria feito surgirem ilhas que facilitaram as travessias no hemisfério Sul.

O processo migratório e de ocupação da América demorou milhares de anos para acontecer.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 30 e 31 pode ser trabalhada na semana 7.

Orientações

Inicie a aula apresentando em um mapa-múndi as rotas relativas às principais teorias sobre a origem do povoamento da América pré-colombiana. Se for possível, traga também um globo terrestre para a sala de aula e indique a rota que ligaria a Polinésia à América do Sul, pois a distorção do mapa plano pode sugerir uma rota mais longa do que seria na realidade.

Explique aos estudantes que, na época da travessia pelo estreito de Bering, houve um grande congelamento de parte das águas oceânicas na região. Isso permitiu que, durante muitos anos, fosse possível passar, com relativa segurança, sobre essa espessa camada de gelo. Atualmente, não é possível fazer essa travessia a pé. Ao mesmo tempo e por causa desse congelamento, as águas em lugares quentes do planeta estavam mais baixas, deixando expostas muitas ilhas. A outra provável travessia pode ter-se dado por essas ilhas, em canoas e jangadas rústicas. Atualmente, a grande maioria dessas ilhas está submersa, o que não permitiria a travessia de ilha a ilha em uma pequena e frágil embarcação.

Atividade 7. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade EF04HI09: Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

A arqueologia e a Pré-História no Brasil

Quando queremos conhecer as sociedades indígenas desaparecidas, não dispomos de textos, pois elas não utilizavam a escrita. [...] Dependemos, portanto, exclusivamente dos vestígios materiais que eles deixaram, quase sempre involuntariamente, [...].

Os especialistas que estudam esses restos de corpos, instrumentos, atividades, moradias – dentro do contexto ambiental da época – são os arqueólogos. Têm os mesmos objetivos dos outros pesquisadores das ciências humanas, mas apenas utilizam métodos e técnicas diferentes (relacionados às ciências da vida e da Terra), e dependem do estudo dos vestígios materiais.

FONTE: PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a Pré-História de nosso país. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 8.

MP053

Os vestígios no Brasil

No Brasil, há vários sítios arqueológicos que nos ajudam a conhecer melhor nosso passado. Um deles é o Parque Nacional Serra da Capivara, que fica em São Raimundo Nonato, no estado do Piauí. Nesse local, a arqueóloga Niède Guidon encontrou pinturas rupestres, restos de fogueiras, artefatos de pedra, dentes humanos e urnas funerárias que têm entre 20 mil e 50 mil anos.

Uma equipe de arqueólogos também encontrou, em 1974, em Lagoa Santa, Minas Gerais, um crânio pertencente ao ancestral humano mais antigo encontrado na América, com cerca de 11 mil anos. Os pesquisadores descobriram que ele pertenceu a uma jovem mulher, a quem deram o nome de Luzia.

Imagem: Fotografia. Parede com pinturas de animais. Há animal grande com pintura centralizada na barriga. Abaixo, pintura de dois animais menores. Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura rupestre do Parque Nacional Serra da Capivara, no município de São Raimundo Nonato, estado do Piauí, representando animais de caça. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Escultura de rosto de uma mulher sem cabelo. Possui orelhas pequenas, nariz largo e lábios grossos. Fim da imagem.

LEGENDA: Reconstituição artística de como pode ter sido o rosto de Luzia, preservada no Museu Histórico Nacional, no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

A pré-história passo a passo, de Colette Swinnen. São Paulo: Claro Enigma, 2014.

Livro para crianças que aborda temas da Pré-História, como fósseis, domínio do fogo, criação de utensílios de pedra, entre outros.

Fim do complemento.

  1. Observe as setas vermelhas no mapa da página 30. Por onde os grupos humanos podem ter se deslocado para chegar à América do Sul?
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Comente com os estudantes que pesquisas como a de Lagoa Santa complementam e muitas vezes contradizem outras teorias sobre o povoamento da América, estimulando o debate sobre a interpretação das evidências encontradas.

Conte aos estudantes que o vestígio fóssil de Luzia seja, talvez, o mais importante encontrado em Lagoa Santa e que é preciso que eles compreendam que os estudos levam em consideração a totalidade dos vestígios, o que inclui ossos e dentes de animais, urnas e artefatos de pedras, pinturas rupestres etc.

Atividade 8. Eles podem ter atravessado o estreito de Bering, alcançado a América do Norte e seguido em direção à América do Sul. Podem também ter vindo pela Oceania e pela Polinésia e alcançado o leste da América do Sul.

A atividade 8 contribui para o desenvolvimento das habilidades EF04HI04: Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas e EF04HI09: Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

Na realização da atividade 8, explique aos estudantes que a teoria da passagem pelo estreito de Bering é bastante aceita entre os especialistas, mas ainda existem muitas dúvidas. O número de migrações e o período em que ocorreram, por exemplo, ainda são objeto de debate.

A origem das populações ameríndias

[...] Se uma mesma população asiática contribuiu diversas vezes nesse processo com um número significativo de indivíduos, torna-se bem pouco provável que se consiga distinguir esse cenário de um que assume ter havido apenas uma migração desses asiáticos para o Novo Mundo [...]. Portanto, é possível conhecer quantas populações asiáticas diferenciadas contribuíram para a formação dos povos nativos americanos, mas não em quantas migrações essas contribuições ocorreram. Dito de uma outra forma, uma mesma população biológica siberiana pode ter contribuído para a ocupação da América por meio de várias migrações, ou melhor, por meio de vários eventos de expansão na direção leste.

FONTE: NEVES, Walter A.; BERNARDO, Danilo V.; OKUMURA, Maria Mercedes M. A origem do homem americano vista a partir da América do Sul: uma ou duas migrações? Revista de Antropologia, São Paulo, USP, v. 50, n. 1, p. 11, 2007.

MP054

Como as pessoas faziam para...

Agasalhar-se

Há mais de 11 mil anos, quando Luzia viveu na região do atual estado de Minas Gerais, não existiam casas, aquecedores, máquinas de costura ou fábricas para produzir tecidos ou roupas. Então, como as pessoas faziam para proteger o corpo do frio e evitar cortes e arranhões na pele? Como eram feitas as suas vestimentas?

Pré-História

Muitos seres humanos se abrigavam em cavernas e usavam o fogo para se proteger do frio e da chuva. Com ferramentas pontiagudas, feitas de pedras lascadas e de ossos e chifres, eles retiravam a pele e o couro dos animais e os utilizavam como vestimenta. Alguns grupos passaram a entrelaçar fibras vegetais e couros macios para tecer vestimentas.

Imagem: Ilustração. Homem pré-histórico de cabelo longo e barba longa preta e pelos sobre o peito, veste tanga marrom e segura uma lança de madeira com pedra pontiaguda. Fim da imagem.

Antiguidade

A construção de moradias foi sendo aprimorada, melhorando a proteção contra o frio, a chuva, o sol, o vento etc. As vestimentas, então, além de terem a função de proteger o corpo, passaram a demonstrar o poder político, religioso e econômico de determinados grupos sociais. No Egito Antigo, por exemplo, os ricos e poderosos usavam linho muito fino, e a população pobre usava algodão rústico.

Imagem: Ilustração. Destaque de faraó sentado em um trono com ornamentos sobre imagem. Possui saia longa verde e colares largos com ornamentos na cabeça. À frente, mulher de vestido longo e ornamentos pela cabeça e pescoço. Toda a imagem reluz com paredes douradas. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe do encosto de um trono de cerca de 3 400 anos, no Egito. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 8.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Conhecer diferentes modos de se vestir e de produzir vestimentas, da Pré-História até os dias de hoje.
  • Comparar diferentes formas de vestir-se ao longo do tempo, identificando mudanças e permanências.

    Orientações

    O vestuário é uma das principais manifestações culturais humanas e tem sofrido modificações ao longo da História.

    No trabalho em sala de aula, é importante lembrar que, além de variar no tempo, o vestuário muda de acordo com outros fatores, como lugar, classe social, gênero, faixa etária etc.

    Nos textos sobre a mudança do vestuário ao longo do tempo, enfatize as condições de vida na Pré-História. Ressalte que a diferença entre o presente e o passado não está no material usado – afinal, ainda existem roupas de couro –, mas na variedade de materiais e maneiras de confeccionar as roupas.

    História do vestuário

    Observa-se que o estudo da indumentária é direcionado tanto em relação à forma quanto a seu significado. Os trajes relacionam-se a usos e costumes pertencentes a uma época, e caracterizam as mudanças históricas, econômicas e sociais. Tanto o vestuário quanto os adornos são resultantes das perspectivas imaginativas destas culturas, caracterizadas por técnicas, ritos, costumes, significados próprios.

    No século XVI a relação da imitação dos modos e hábitos, nas classes sociais, foi se modificando até o século XX, em que o papel comportamental é um dos pontos-chave ao entendimento da dinâmica da moda e de suas ligações inseridas no contexto capitalista. Através do elemento do novo na moda, introduz-se padrões de comportamento ao tradicional. A singularidade do indivíduo é enfatizada a partir da definição do ser social, devido ao fato de constituir uma cultura pessoal, enfatizando fatores de “integração” ou “exclusão” social obtidos pela dinâmica da sociedade de consumo.

MP055

Idade Média

As vestimentas eram produzidas em pequenas oficinas com teares manuais. As agulhas passaram a ser de ferro, facilitando a costura dos tecidos. Porém, a confecção de uma peça de roupa levava semanas ou até meses. Grande parte da população adquiria apenas uma ou duas peças de roupa durante toda a vida. Reis e rainhas, porém, possuíam roupas diferentes, muitas vezes feitas com fios de ouro.

Imagem: Ilustração. Mulher de coroa dourada, vestindo vestido vermelho e capa azul. Está mexendo em fios esticados sobre estrutura retangular. Ao outro lado da imagem, separado por colunas de arcos, há mulher de cabelo preto castanho, vestindo vestido simples azul, mexendo em fios esticados sobre estrutura retangular. Fim da imagem.

LEGENDA: Mulheres tecendo fios de lã, de Chretien Legouais, anos 1300. FIM DA LEGENDA.

Anos 1700 e 1800

No século XVIII, surgiram as primeiras máquinas de costura e teares mecânicos. Mas foi em meados dos anos 1800 que os grandes teares mecânicos foram inventados. Movidas a vapor, essas novas máquinas tornaram a fabricação de tecidos mais rápida.

Imagem: Fotografia. Mulheres trabalhando em linha de produção de tecidos com mesas enfileiradas com máquina de costura. Fim da imagem.

LEGENDA: Operárias costurando com máquina de costura industrial, Ucrânia, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Atualidade

Com o avanço tecnológico, no século XX, a produção têxtil ficou cada vez mais rápida, e milhares de peças idênticas podiam ser fabricadas em um único dia. Hoje, além de nos proteger, as roupas também podem transmitir certas ideias e valores.

Imagem: Fotografia. Mulher de touca branca, vestindo camiseta branca e calça bege, está em frente a um maquinário grande com dezenas de rolos de barbante interligados à ela. Fim da imagem.

LEGENDA: Interior de fábrica de fios e tecidos, município de Campo Verde, no estado de Mato Grosso, em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais foram as principais transformações na forma de produzir as vestimentas? Ver orientações específicas deste volume.
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Converse com um adulto que mora na sua casa sobre as mudanças nas formas de se vestir observadas ao longo do tempo. Faça o registro dessas transformações no caderno e, se desejar, utilize desenhos e recortes para acompanhar o texto. Depois, compartilhe com os colegas em sala de aula.
MANUAL DO PROFESSOR

[...] Com isso, a moda atual não diz respeito apenas à diferenciação de classes, mas também à construção simbólica que forma as identidades na sociedade de consumo, devido às transformações comportamentais, tecnológicas e econômicas da contemporaneidade.

FONTE: PEREIRA, Carolina Morgado. O vestuário e a moda: suas principais correntes teóricas. Revista Moda Palavra e-Periódico . Florianópolis, v. 8, n.15, jan./jul. 2015. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/5016 . Acesso em: 25 maio 2021.

Na atividade 1, estimule os estudantes a refletir sobre as mudanças tecnológicas, comparando a Pré-História aos dias atuais.

Na atividade 2, retome brevemente a questão das mudanças e permanências, estudada no capítulo 1 dessa unidade. Os estudantes devem ser capazes de perceber que o vestuário sofreu modificações ao longo do tempo, mas que em todas as culturas sempre existiram roupas ou adornos corporais. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar, de leitura oral e dialogada e interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, o reconto do que foi estudado e a integração dos conhecimentos construídos por eles em casa e na escola. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha a análise e a avaliação de conteúdos e elementos textuais.

As atividades 1 e 2, sobre as mudanças no vestuário ao longo do tempo, aliadas a uma reflexão sobre mudanças e permanências, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

MP056

Capítulo 4. A agricultura e a ocupação do espaço

Durante milhares de anos, os grupos humanos tiveram de se deslocar em busca de alimentos. Isso começou a mudar quando alguns grupos humanos aprenderam a plantar seu alimento e teve início a prática da agricultura.

Por meio da observação do ambiente, descobriram que as sementes que caíam no chão, após algum tempo, cresciam novamente e geravam novos alimentos. Eles perceberam que as áreas próximas aos rios eram úmidas e férteis, ricas em frutos e diversos vegetais.

Com o passar do tempo, os instrumentos de trabalho agrícola foram aprimorados; entre os principais estavam machados, facas e foices de pedra polida. Além disso era preciso armazenar as sementes e a produção agrícola. Os seres humanos aprimoraram as técnicas de cozimento do barro, criando um tipo de cerâmica bem resistente, capaz de armazenar água, alimentos quentes e sementes.

Eles também produziam instrumentos para abrir pequenas valas no chão, onde colocavam as sementes. Esse domínio tecnológico levou à domesticação das plantas, e alguns tipos de alimento passaram a ser cultivados.

A adoção dessas técnicas agrícolas revolucionou o período. As técnicas de cultivo aumentaram a produção de alimentos e, com isso, os seres humanos não precisavam mais deixar a terra onde habitavam. Eles começaram a se fixar nesses locais e foram ocupando diversas regiões do planeta.

Imagem: Fotografia. Vaso de cerâmica laranja com pontas pretas. Fim da imagem.

LEGENDA: Peça de cerâmica produzida pelo povo núbio na antiga cidade de Kerma, onde hoje se localiza o Sudão, na África. Datado de cerca de 3 700 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Esculturas de animais em formatos irregulares beges com pinturas cinzas. Fim da imagem.

LEGENDA: Peças de terracota (material constituído por argila cozida no forno, utilizado na produção de cerâmica) produzidas há cerca de 3 620 anos. Foram encontradas em escavações arqueológicas na República de Chipre, país localizado ao sul da atual Turquia. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 34 e 35 pode ser trabalhada na semana 8.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Conhecer aspectos do desenvolvimento da agricultura desde a Pré-História.
  • Relacionar o surgimento da agricultura com as demais mudanças ocorridas a partir do Neolítico.
  • Conhecer diferentes tecnologias agrícolas criadas ao longo da História.
  • Compreender a importância da agricultura para o modo de vida moderno.

    Orientações

    Converse com os estudantes sobre situações cotidianas envolvendo os cuidados com plantas e árvores. Pergunte se eles possuem plantas em casa, se já tiveram a experiência de plantar algo ou se membros da família desenvolvem atividades relacionadas à agricultura.

    Se julgar oportuno, desenvolva uma atividade interdisciplinar com Ciências, propondo a semeadura e o acompanhamento do crescimento de uma planta.

    Atividade complementar: Dramatização do início da agricultura

  • Proponha aos estudantes que realizem uma dramatização do modo como imaginam que teria sido o início da agricultura, com a descoberta da germinação de sementes. Explique a eles que os grupos humanos já dominavam a fala.
  • A atividade pode ser feita em grupos. Cada grupo poderia criar uma história alternativa em relação às demais e todas se complementariam, sugerindo diferentes pontos de vista.
  • Se julgar conveniente, a atividade pode ser gravada em vídeo e compartilhada com a comunidade escolar.

MP057

Muitas dessas técnicas milenares são utilizadas ainda hoje pelos agricultores. Mesmo com as inovações tecnológicas, a antiga técnica de arar a terra continua presente e é extremamente importante para o cultivo de nossos alimentos.

Imagem: Fotografia. Trator com arado acoplado na traseira passando por terreno de terra. Fim da imagem.

LEGENDA: Trator puxando arado que prepara a terra para o plantio, no município de Herculândia, estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Reúna-se com um colega. Leiam as frases abaixo e identifiquem quais delas são verdadeiras e quais são falsas.
    1. O desenvolvimento da agricultura acelerou o processo de sedentarização dos grupos humanos.
      PROFESSOR Resposta: Verdadeira.
    1. Apesar da prática da agricultura, muitos grupos humanos continuaram a se deslocar pelos territórios, vivendo da caça, da pesca e da coleta.
      PROFESSOR Resposta: Verdadeira.
    1. Como não havia técnicas para cultivar a terra, os grupos humanos deixaram de plantar, abandonando as terras férteis.
      PROFESSOR Resposta: Falsa.
    1. O desenvolvimento da agricultura fez com que os grupos humanos aprimorassem as ferramentas de trabalho.
      PROFESSOR Resposta: Verdadeira.
  1. Identifique a imagem que mostra uma técnica agrícola que não era usada há 12 mil anos. Registre sua resposta no caderno, escrevendo uma frase para justificá-la.
Imagem: Fotografia. 1: Homem de chapéu bege, vestindo casaco preto e calça cinza. Está segurando uma enxada sobre campo aberto de plantação.  Fim da imagem.

LEGENDA: Agricultor capinando lavoura, no município de Londrina, estado do Paraná, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. 2: Trator com arado para roça passando pela terra. Fim da imagem.

LEGENDA: Trator roçando pastagens, no município de Herculândia, no estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta correta: Imagem 2.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Esta atividade incentiva uma reflexão sobre o desenvolvimento da agricultura e a evolução da tecnologia nas sociedades humanas ao longo do tempo.

Atividade 2. O estudante deve identificar a imagem 2, que mostra o uso do trator no trabalho agrícola.

As atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF04HI05: Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

As atividades 1 e 2 visam ampliar a compreensão dos estudantes acerca do desenvolvimento das técnicas de agricultura. É importante mostrar que hoje dispomos de maior aprimoramento técnico, evitando, porém, apresentar uma visão evolucionista e linear do desenvolvimento da agricultura. Várias técnicas coexistem, dependendo da necessidade do agricultor. Comente que a maior circulação de pessoas possibilitou que os grupos humanos partilhassem suas experiências, o que resultou no aprimoramento das técnicas agrícolas.

Agricultura e cerâmica

[...] das grandes inovações culturais, a manipulação do solo foi dentre todas a mais revolucionária. Ela traz, de uma só vez, a modelagem do barro e a agricultura de modo tão inextricável que se tornou raro à Ciência admitir a existência de povoamentos horticultores que não conhecessem o uso da cerâmica, ou ceramistas que ainda não houvessem domesticado plantas [...].

Os artigos cerâmicos devem sua provável origem às manifestações artística, mística e religiosa [...]. Já a agricultura articulou-se pelo alargamento das possibilidades exploratórias por recursos alimentares.

FONTE: FELTRAN-BARBIERI, Rafael. Outro lado da fronteira agrícola: breve história sobre a origem e declínio da agricultura autóctone no cerrado. Ambiente & Sociedade . Campinas v. XIII, n. 2, jul.-dez. 2010. p. 331.

MP058

Mudanças no modo de vida dos seres humanos

Além do cultivo de vegetais, ocorreu também a domesticação de animais. Esse fato aumentou a quantidade de carne, de pele e de couro. A lã das ovelhas também passou a ser utilizada para a confecção de vestimentas.

O desenvolvimento de instrumentos e os recursos naturais tornaram possível a construção de habitações e abrigos mais seguros, feitos de madeira, pedra e barro e cobertos com folhagens.

A fixação dos grupos humanos e a maior quantidade de alimentos provocaram um crescimento da população, pois aumentou o número de nascimentos e a população passou a ter uma expectativa de vida maior.

Com um número maior de pessoas, era necessário aumentar a quantidade de alimentos. Assim, o controle da produção precisaria ser cada vez mais eficaz. A baixa produção de alimentos poderia causar a morte da população. Por isso, foi necessário aprimorar cada vez mais as técnicas agrícolas para evitar períodos de escassez e de fome.

Imagem: Fotografia. Rebanho de ovelhas sombra um campo com pedras grossas formando um muro baixo ao fundo. Fim da imagem.

LEGENDA: Criação de ovinos, município de São José dos Ausentes, estado do Rio Grande do Sul, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Bancada de frutas diversas expostas em prateleiras e bandejas. Fim da imagem.

LEGENDA: Frutas expostas em banca em um mercado no município de João Pessoa, estado da Paraíba, em 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 36 e 37 pode ser trabalhada na semana 9.

Orientações

Esclareça aos estudantes que a fixação de grupos em um lugar e o abandono do nomadismo como prática constante de sobrevivência acabaram gerando um aumento da população.

Outro fator que influenciou muito o aumento da população foi a construção de abrigos com materiais disponíveis na natureza, como madeira, pedra, barro e grandes folhas.

O tipo de organização também mudou bastante; se antes havia a preocupação com a caça e com a coleta de frutas e com quais pessoas do grupo eram mais aptas para isso, nesse momento do processo de sedentarização, era preciso organizar o plantio a fim de que a colheita fosse suficiente para alimentar a todos por determinado período.

O Neolítico e a aparição do cultivo e da criação

Há aproximadamente 12.000 anos antes de nossa Era começa a se desenvolver um novo processo de fabricação de instrumentos, o polimento da pedra. Essa novidade inaugura o último período da Pré-História, o Neolítico. Este se prolongará até o aparecimento da escrita e da metalurgia. Além dos machados e enxadas que podem fabricar-se pelo polimento de todos os tipos de pedras duras e passíveis de serem afiadas várias vezes, essa época é marcada por outras inovações revolucionárias, como a construção de moradias duráveis, a cerâmica de argila cozida e os primeiros desenvolvimentos da agricultura e da criação.

Entre 10.000 e 5.000 anos antes de nossa Era, algumas dessas sociedades neolíticas tinham, com efeito, começado a semear plantas e manter animais em cativeiro, com vistas a multiplicá-los e utilizar-se de seus produtos. Nessa mesma época, após algum tempo, essas plantas e esses animais especialmente escolhidos e explorados foram domesticados e, dessa forma, essas sociedades de predadores se transformaram por si mesmas, paulatinamente, em sociedades de cultivadores. Desde então, essas sociedades introduziram e desenvolveram espécies domesticadas na maior parte dos ecossistemas do planeta, transformando-os, então, por seu trabalho, em ecossistemas cultivados, artificializados, cada vez mais distintos dos ecossistemas naturais originais. [...]

MP059

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Leia os dois parágrafos abaixo, que tratam do início da prática da agricultura. Pergunte às pessoas que moram com você o que sabem sobre o assunto. Depois, faça no caderno um desenho ilustrando cada um.
    • Em sala de aula, mostre os desenhos aos colegas, conversando sobre o modo como você escolheu representar as informações de cada parágrafo.

      Há 12 mil anos, a prática da agricultura transformou o modo de vida de parte da humanidade. Os grupos humanos passaram a domesticar plantas e animais. Eles criaram técnicas para o cultivo de vegetais, como abrir pequenas valas na terra com ferramentas feitas de madeira e pedra polida.

      Os grupos humanos também aprenderam a armazenar sementes, que eram espalhadas no solo depois de arar a terra.

      PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Por que as técnicas agrícolas provocaram grandes transformações no modo de vida dos seres humanos?
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Faça no caderno uma tabela como a do modelo abaixo. Com base em seus conhecimentos, preencha a tabela com as características dispostas no quadro azul. Na primeira coluna escreva as características do modo de vida nômade, e na segunda coluna, do modo de vida após o aprimoramento das técnicas agrícolas.

    Tabela: equivalente textual a seguir

    Nomadismo

    Agricultura

    _____

    _____

    Coleta de frutas e vegetais na natureza

    Abrigos feitos de pedra e madeira

    Uso de ferramentas de pedra lascada

    Convívio com animais predadores

    Cultivo de vegetais

    Baixa expectativa de vida

    Abrigos em cavernas e uso do fogo para o aquecimento

    Migração constante em busca de alimentos

    Aumento do número de nascimentos

    Maior quantidade de alimentos

MANUAL DO PROFESSOR

[...] Enfim, nenhum saber inato ou revelado lhe ditava a arte e a maneira de praticar a agricultura, e graças a isso, ele pôde ajustar livremente os sistemas de cultivo e de criação extraordinariamente variados e adaptados aos diferentes meios do planeta [...].

FONTE: MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do Neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora Unesp, 2010. p. 69-70.

Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar e de interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, o reconto do que foi estudado e a integração dos conhecimentos construídos por eles em casa e na escola. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha a análise e a avaliação de conteúdos e elementos textuais. A atividade possibilita, também, que o estudante expresse seus conhecimentos em História por meio do desenho.

Atividade 4. O desenvolvimento da agricultura alterou o modo de viver dos humanos. A criação de animais e o cultivo de plantas levaram à sedentarização de muitos grupos. Eles aperfeiçoaram técnicas para aumentar a produção e construíram abrigos mais seguros. A maior oferta de alimentos fez que a população aumentasse e passasse a viver mais tempo.

Atividade 5. Nomadismo: coleta de frutas e vegetais na natureza; uso de ferramentas de pedra lascada; convívio com animais predadores; baixa expectativa de vida; abrigos em cavernas e uso do fogo para o aquecimento; migração constante em busca de alimentos.

Agricultura: abrigos feitos de pedra e madeira; aumento do número de nascimentos; maior quantidade de alimentos; cultivo de vegetais.

As atividades 3, 4 e 5 mobilizam aspectos da habilidade EF04HI04: Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.

MP060

A organização social dos grupos humanos

A transição da vida nômade para a sedentária demorou milhares de anos para ocorrer. Por longos períodos, grupos nômades conviveram com grupos sedentarizados. A introdução da agricultura não ocorreu ao mesmo tempo em todos os lugares nem os produtos cultivados eram os mesmos.

A fixação dos grupos humanos e a convivência constante trouxeram a necessidade de criar formas de organização social. Assim, foram formados os primeiros grupos familiares, ou clãs. Milhares de anos depois, esses grupos formariam as aldeias, vilas e cidades.

Imagem: Fotografia. Vista de escavações arqueológicas com buracos e muros baixos sobre terra. Fim da imagem.

LEGENDA: Escavações arqueológicas em Çatal Hüyük,assentamento neolítico na atual Turquia, datado de cerca de 6 700 a.C. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.

Os clãs compartilhavam a terra e as ferramentas de trabalho e cultuavam algumas divindades. Essas sociedades se organizavam em torno de um líder, geralmente a pessoa mais velha do grupo.

Líderes mulheres

Arqueólogos afirmam que alguns grupos eram liderados por homens, enquanto outros eram liderados por mulheres. Isso foi descoberto por meio do estudo de esculturas de culto às mulheres e ao poder atribuído às mulheres por causa da gestação, que era associada à fertilidade do solo. As mulheres, portanto, podem ter tido lugar de destaque, sendo responsáveis pela organização e liderança de alguns grupos.

Imagem: Fotografa. Escultura de corpo humano feminino representado em diferentes curvas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vênus de Willendor f, descoberta em 1908, na Áustria. A peça foi esculpida há aproximadamente 25 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Escultura de mulher nua com curvas proeminentes sem braço e rosto. Fim da imagem.

LEGENDA: Vênus de Lespugue, descoberta na França em 1900. A escultura de marfim foi produzida há cerca de 22 mil anos. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 38 e 39 pode ser trabalhada na semana 9.

Orientações

Inicie a aula trabalhando uma questão do cotidiano dos estudantes: o endereço de moradia de cada um. A partir da constatação de que temos endereço – e, portanto, moradia fixa –, trabalhe com a turma a noção de sedentarismo.

Com essa explicação inicial, avance para uma explicação sobre o modo de vida nômade, que é mais distante da realidade da maioria dos estudantes.

Em seguida, explique que esse processo de sedentarização não aconteceu rapidamente nem ao mesmo tempo para todos os grupos.

A aglomeração de pessoas em um mesmo lugar, convivendo diariamente, fez necessária a organização do grupo: divisão de tarefas, cuidados com os doentes, com as crianças, com os animais, com as plantas etc. Cada pequeno grupo dentro de um grande grupo familiar deu origem a essa setorização dos afazeres e, em última instância, pode ter sido a base para a organização social e política das aldeias, vilas e cidades que surgiram posteriormente.

Diga aos estudantes que alguns pesquisadores, com base nas esculturas de culto ao poder feminino, levantaram a hipótese de as mulheres liderarem alguns desses grupos. O poder se devia, então, ao controle das mulheres sobre os filhos e, consequentemente, sobre toda a organização.

Atividade 6. Sim, pois ela ocorreu de maneira gradativa e levou milhares de anos. Essa transição também transformou as relações do ser humano com o meio ambiente, alterando as formas de viver e de se organizar em sociedade.

Atividade 7. Eles encontraram esculturas que representam figuras femininas e de culto à fertilidade. Para eles, essas esculturas podem representar a posição de destaque que as mulheres ocupavam na organização dessas sociedades.

Atividade 9. a) e b) Incentive a pesquisa na internet. É esperado que os estudantes descubram que as pinturas rupestres na caverna de Lascaux datam de cerca de 17 mil anos atrás. Nas cenas foram representados bois, cavalos e outros animais.

MP061

  1. As transformações na história podem ser de curta ou longa duração. A transição do nomadismo para o sedentarismo pode ser considerada uma mudança de longa duração? Justifique.
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Explique por que alguns arqueólogos acreditam que existiram sociedades lideradas por mulheres há mais de 20 mil anos.
  1. Registre no caderno V para verdadeiro e F para falso para as afirmações a seguir.
    1. O processo de fixação dos seres humanos ocorreu ao mesmo tempo na Ásia e na América.
      PROFESSOR Resposta: Falsa.
    1. Além da Vênus de Willendorf, foram encontradas outras esculturas femininas que têm mais de 20 mil anos.
      PROFESSOR Resposta: Verdadeira.
    1. Os clãs eram formados por diversas famílias que compartilhavam a terra e os instrumentos de trabalho.
      PROFESSOR Resposta: Verdadeira.
    1. Os pesquisadores encontraram diversos vestígios históricos que comprovam a existência de sociedades lideradas por mulheres.
      PROFESSOR Resposta: Verdadeira.

Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe a imagem a seguir.
Imagem: Fotografia. Parede com pinturas rupestres de animais em tons coloridos sobre a rocha. Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura rupestre na caverna de Lascaux, localizada na atual França. FIM DA LEGENDA.

  1. Faça uma pesquisa na internet sobre a caverna de Lascaux, na França. Descubra qual é a idade aproximada das pinturas rupestres localizadas naquela caverna e que animais foram representados nelas.
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Compartilhe suas descobertas com os colegas e o professor.
MANUAL DO PROFESSOR

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens. Sugerimos que você avalie o trabalho realizado ao longo do bimestre e da unidade, observando se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes para que você possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens.

Dessa forma, observe a produção dos estudantes, a participação e a intervenção deles em sala de aula, individualmente, em grupo e com toda a turma, procurando perceber os seguintes pontos: se eles compreendem aspectos da produção do conhecimento histórico; se eles compreendem a importância das fontes para a pesquisa historiográfica e se reconhecem diferentes tipos de fontes históricas; se relacionam fatos e processos a diferentes níveis de temporalidade; se conhecem as principais medidas de tempo utilizadas no estudo da História; se identificam a periodização da história utilizada tradicionalmente; se reconhecem as principais características do Paleolítico e do Neolítico; e se compreendem o desenvolvimento da agricultura e as mudanças tecnológicas e sociais ocorridas no Neolítico e no início da Idade Antiga.

A avaliação proposta a seguir será uma maneira de observar alguns aspectos do processo seguido por cada estudante e pela turma, possibilitando identificar se todas as habilidades foram desenvolvidas, seus avanços, dificuldades e potencialidades, estabelecendo permanente diálogo com eles para que continuem desenvolvendo suas aprendizagens.

As atividades 6, 7, 8 e 9 contribuem para a mobilização das seguintes habilidades: EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo; EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.) e EF04HI04: Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.

MP062

O que você aprendeu

  1. Escreva no caderno quantas décadas ou séculos vive, em média, cada um dos animais destas imagens.
Imagem: Fotografia. Peixe laranja cumprido sobre a água. Fim da imagem.

LEGENDA: Carpa. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Tartaruga marinha verde com casco marrom nadando. Fim da imagem.

LEGENDA: Tartaruga marinha. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Leão com juba marrom alaranjada sobre campo. Fim da imagem.

LEGENDA: Leão Africano. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Elefante andando em campo aberto. Fim da imagem.

LEGENDA: Elefante africano. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Carpa: três décadas; tartaruga marinha: um século ou 10 décadas; leão africano: uma década; elefante africano: sete décadas.
  1. Por que a sedentarização levou ao aumento da expectativa de vida dos grupos humanos na Pré-História? Leia as alternativas abaixo e copie a correta no caderno.
    1. Isso ocorreu porque a sedentarização está associada ao desenvolvimento da agricultura e maior abundância de alimentos.
    1. Porque o cultivo de alimentos não exigia que os grupos humanos permanecessem durante muito tempo no mesmo local, e assim a expectativa de vida desses grupos aumentou.
      PROFESSOR Resposta correta: a) Isso ocorreu porque a sedentarização está associada ao desenvolvimento da agricultura e maior abundância de alimentos.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a avaliação da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 10.

Orientações

Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte a eles de quais conteúdos estudados até então eles se recordam. Pergunte quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns deles ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.

Atividade 1. Ao realizar essa atividade, que lida com a conversão de anos em séculos e décadas, o estudante deve retomar o conteúdo sobre medidas de tempo, estendendo o debate para o estudo de unidades menores (hora, dia, semana, mês) e maiores (século, milênio).

A atividade 1 permite a mobilização de aspectos da habilidade EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo. A atividade 2 mobiliza aspectos das seguintes habilidades: EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.) e EF04HI05: Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

Habilidades da BNCC em foco nesta seção

EF04HI01, EF04HI02, EF04HI04, EF04HI05 e EF04HI09.

MP063

Avaliação processual

  1. Observe as imagens e responda às questões a seguir.
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Fotografia em preto e branco. 1: Cinco meninos de cabelo curto, vestindo casaco e bermuda. Estão jogando bolinhas em círculo pintado sobre o chão.  Fim da imagem.

LEGENDA: Meninos brincando com um jogo semelhante ao de bolinhas de gude, no qual se utilizavam pedras em forma de ovo de Páscoa. Londres, Inglaterra, 1940. FIM DA LEGENDA.

CRÉDIO: FOX PHOTOS/GETTY IMAGES

Imagem: Fotografia. 2: Fotografia de carta em papel branco com letra cursiva.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cópia de carta escrita pelo Duque de Caxias. Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 1877. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. 3: Escultura egípcia com homem e mulher frente a frente e hieróglifos acima. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de entalhe da lápide de um casal egípcio de cerca de 4 000 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

  1. Que tipo de fonte histórica é a fonte 1?
  1. Quem são as pessoas representadas na fonte 1? O que elas estão fazendo?
  1. O que mudou da época mostrada na fonte 1 para os dias de hoje? E o que permaneceu?
  1. Que tipo de fonte histórica é a fonte 2?
  1. Leia as informações da legenda da fonte 2 e identifique quem escreveu a carta.
  1. Que tipo de fonte histórica é a fonte 3?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3. a) Fonte 1: fonte histórica visual. b) São meninos. Eles parecem estar em uma escola, porque todos usam um tipo de uniforme. Estão jogando com pedras. c) Mudança: o estilo dos calçados e das roupas das crianças. Permanências: o uso de uniforme na escola e a realização de brincadeiras entre crianças. d) Fonte 2: fonte histórica escrita. e) A carta foi escrita pelo Duque de Caxias e é datada de 6 de janeiro de 1877. f) Fonte 3: fonte histórica visual.

A atividade 3 mobiliza aspectos da habilidade EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

MP064

  1. A reportagem a seguir trata dos sambaquis, grandes amontoados de conchas e outros materiais deixados por antigos grupos humanos no Brasil. No país em que vivemos há centenas de sambaquis, principalmente no litoral, desde o estado do Espírito Santo até o estado do Rio Grande do Sul. Os mais antigos sambaquis do Brasil têm cerca de 8 mil anos.

    Os sambaquis são uma amostra importante do comportamento e dos hábitos dos povos que os construíram. Eles incluem, por exemplo, pontas de flechas e outros artefatos, além de muitos, muitos restos de comida: carapaças de crustáceos e ouriços-do-mar, espinhas de peixes e ossos de aves e mamíferos.

    [...] em estudos recentes realizados no Brasil, cientistas viram que as espécies encontradas nos sambaquis permanecem ainda hoje em nosso litoral, o que indica que os ambientes costeiros eram, naquela época, semelhantes ao que vemos atualmente.

Imagem: Fotografia. Rocha formada por conchas com vegetação ao redor. Fim da imagem.

LEGENDA: Sambaqui de Garopaba do Sul, com cerca de 5 000 anos de idade, considerado o maior do Brasil. Município de Jaguaruna, estado de Santa Catarina. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.

Uma coisa, porém, está mudando: a interferência do ser humano sobre a natureza é cada vez maior, pois pode ser observada uma leve diminuição na diversidade de espécies de moluscos encontrada nas praias brasileiras hoje em relação ao passado.

FONTE: Edson Pereira da Silva, Tate Aquino de Arruda e Michelle Rezende Duarte. Quem mora no sambaqui? Ciência Hoje das Crianças , 24 set. 2018. Disponível em: http://chc.org.br/artigo/quem-mora-no-sambaqui/ . Acesso em: 14 fev. 2021.

  1. Que materiais são encontrados nos sambaquis?
    PROFESSOR Resposta: Pontas de flechas e outros artefatos, e restos de comida: carapaças de crustáceos e ouriços-do-mar, espinhas de peixes e ossos de aves e mamíferos.
  1. O último parágrafo da reportagem nos ajuda a entender um pouco mais sobre a relação entre os seres humanos e a natureza a partir do estudo dos sambaquis e do meio ambiente. Qual é o problema abordado no último parágrafo e o que isso tem a ver com a relação dos seres humanos com a natureza?
    PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. b) O último parágrafo aborda a interferência do ser humano sobre a natureza, afirmando que esse processo tem sido cada vez mais intenso. Com base nos estudos dos sambaquis, pode ser observada uma leve diminuição na diversidade de espécies de moluscos encontrada nas praias brasileiras hoje em relação ao passado

A atividade 4 mobiliza aspectos das seguintes habilidades: EF04HI04: Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas e EF04HI05: Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

Atividade complementar: O domínio do fogo

  • Peça aos estudantes que criem uma história em quadrinhos representando a descoberta do fogo na Pré-História.
  • As hipóteses podem ser variadas: uma árvore pegando fogo após ser atingida por um raio, uma descoberta acidental batendo duas pedras e produzindo uma faísca ou a proximidade de uma erupção vulcânica.
  • As histórias devem ser curtas, de uma ou duas páginas.
  • Ao final da atividade, monte um livreto com as histórias de todos os estudantes da turma.

MP065

  1. Leia o trecho de uma reportagem sobre a chegada dos primeiros grupos humanos à América.

    Há 30 anos, a arqueóloga Niède Guidon tenta provar que o homem chegou à América muito antes do que se imaginava. [...] Nos últimos dois anos, a datação de pinturas rupestres no parque [Nacional Serra da Capivara] com cerca de 35 mil anos e de dentes humanos de 15 mil anos atrás promete sacudir o estudo da chegada do homem à América. A teoria mais aceita sobre o povoamento do continente diz que o homem veio pelo estreito de Bering, entre a Rússia e o Alasca, por volta de 13 mil anos atrás. [...] “A ideia de que o homem veio para a América há 13 mil anos é da década de 50”, diz Niède. “De lá para cá, as novas descobertas têm mostrado que ele já estava aqui há muito mais tempo.”

    FONTE: O primeiro brasileiro. Superinteressante , 31 out. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-primeiro-brasileiro/ . Acesso em: 11 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Mulher de cabelo curto grisalho, vestindo camiseta branca. Fim da imagem.

LEGENDA: A arqueóloga brasileira Niède Guidon concedendo entrevista no Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí. Fotografia de 2016. FIM DA LEGENDA.

  1. Leia com atenção o texto a seguir.

    A importância da utilização do fogo como instrumento de transformação da nossa sociedade se acelerou com o progresso da cultura humana. Além de fornecer conforto térmico e melhorar a preparação de alimentos, ele desde cedo foi usado em rituais dos mais diferentes povos, na fabricação de armas (até os dias atuais), na produção de novos materiais (ajudando a fundir metais, por exemplo) e como fonte de calor para máquinas térmicas.

    FONTE: A descoberta que mudou a humanidade. Ciência Hoje , 16 jul. 2010. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/coluna/a-descoberta-que-mudou-a-humanidade/ . Acesso em: 11 fev. 2021.

    1. Se necessário, procure em um dicionário o significado das palavras desconhecidas. Depois, procure se recordar de todas as informações sobre o domínio do fogo pelos grupos humanos, vistas ao longo desta unidade.
    1. Com base nas informações desta unidade e do texto acima, elabore um pequeno texto no caderno sobre a importância do domínio do fogo pelos seres humanos.
      PROFESSOR Respostas pessoais. A atividade incentiva uma reflexão sobre a descoberta do fogo na Pré-História, aliada a uma reflexão sobre a evolução humana.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 5. É esperado que o estudante diga que o texto trata da chegada dos primeiros grupos ao continente americano, identificando diferentes teorias sobre o tema elaboradas ao longo do tempo e concentrando-se nos trabalhos de Niède Guidon. Trechos que podem ser destacados pelos estudantes: “Há 30 anos, a arqueóloga Niède Guidon tenta provar que o homem chegou à América muito antes do que se imaginava”; “Nos últimos dois anos, a datação de pinturas rupestres no parque [Nacional Serra da Capivara] com cerca de 35 mil anos e de dentes humanos de 15 mil anos atrás promete sacudir o estudo da chegada do homem à América”.

A atividade 5 mobiliza aspectos da habilidade EF04HI09: Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

Atividade 6. a) e b) A descoberta do fogo pode parecer simples nos dias de hoje, mas consistiu em um avanço tecnológico extraordinário para a época. No momento de realização desta atividade, sugira aos estudantes que imaginem como seria o cotidiano atualmente sem o uso do fogo. Desse modo, é esperado que o estudante escreva um pequeno texto sobre a descoberta do fogo na Pré-História, elaborando também reflexão sobre a evolução humana.

A atividade 6 contribui para a mobilização da habilidade EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

A origem africana do ser humano

Voltando no tempo, temos provas fósseis e genéticas de que a grande família humana descende de um pequeno grupo, talvez alguns milhares de pessoas, que, há cem mil anos, viviam na África. Desconhecemos muitos detalhes de sua história, mas cem mil anos significam que somos uma espécie verdadeiramente jovem: a vida na Terra tem quase quatro bilhões de anos. Somos muito andarilhos: naqueles cem mil anos, partindo da África, conseguimos colonizar todo o planeta. Somos também uma espécie fértil, que no mesmo espaço de tempo chegou aos atuais seis bilhões e picos de membros. Além de tudo, somos também uma espécie muito híbrida, cujas populações ficaram, sim, isoladas, inclusive por períodos longos, mas se têm encontrado e misturado várias e várias vezes, e mesmo hoje nunca ficam paradas. [. ]

FONTE: BARBUJANI, Guido. A invenção das raças . São Paulo: Contexto, 2007. p. 15.

MP066

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/conceito

1

EF04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

2

EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

EF04HI05: Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

3

F04HI01: Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

4

EF04HI04: Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.

EF04HI05: Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

5

EF04HI09: Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

6

EF04HI02: Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

MP067

Sugestão de questões de autoavaliação

Questões de autoavaliação, como as sugeridas a seguir, podem ser apresentadas aos estudantes para que eles reflitam sobre seu processo de ensino e aprendizagem ao final de cada unidade. O professor pode fazer os ajustes que considerar adequados de acordo com as necessidades da sua turma.

Tabela: equivalente textual a seguir.

AUTOAVALIAÇÃO DO ESTUDANTE

MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA

SIM

MAIS OU MENOS

NÃO

1. Presto atenção nas aulas?

2. Tiro dúvidas com o professor quando não entendo algum conteúdo?

3. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele?

4. Sou participativo?

5. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?

6. Gosto de trabalhar em grupo?

7. Respeito todos os colegas de turma, professores e funcionários da escola?

8. Compreendo aspectos da produção do conhecimento histórico?

9. Compreendo o significado de fonte histórica e sua importância para a pesquisa historiográfica?

10. Consigo identificar diferentes níveis de temporalidade nos estudos históricos?

11. Conheço a periodização tradicional da história?

12. Identifico e compreendo as principais características dos períodos Paleolítico e Neolítico?

13. Compreendo o desenvolvimento da agricultura ocorridas no período Neolítico e no início da Idade Antiga?

14. Reconheço e compreendo os diversos modos de organização social dos primeiros grupos humanos?