76

Unidade 3. A vida na antiguidade.

Imagem: Fotografia complementar das páginas 76 e 77. Vista aérea de uma cidade com destaque em um monte de pedras e vegetação. No topo há templos e construções antigas com arcos e colunas cilíndricas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista das ruínas da Acrópole de Atenas, construída por volta de 450 a.C. no ponto mais alto da cidade. Ao centro é possível ver o Partenon, templo dedicado à deusa Atena, protetora da cidade. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

77

Boxe complementar:

Vamos conversar

  1. Você conhece o local retratado na imagem?
  1. Por que ele era considerado importante na Antiguidade?
  1. Por que é importante preservar essas construções?

Fim do complemento.

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Capítulo 1. Cultura e religião

A religiosidade era um aspecto muito importante do cotidiano dos povos antigos. Os primeiros grupos humanos acreditavam que fenômenos como nascimentos, mortes e mudanças climáticas seriam controlados por forças sobrenaturais. Segundo essas crenças, as divindades podiam habitar as árvores, os rios e as rochas e exerciam influência na vida das pessoas. As forças da natureza eram consideradas divindades e, por isso, havia ritos e cultos à natureza.

Quando os seres humanos começaram a domesticar os animais e a praticar a agricultura, surgiram, também, cultos em agradecimento à fertilidade da terra que envolviam música, dança e práticas consideradas mágicas.

Religiões na Antiguidade: Mesopotâmia, Egito e Grécia

Os mesopotâmicos eram politeístas, ou seja, cultuavam vários deuses; um dos mais cultuados era Enki, deus da água doce, considerado também o deus da sabedoria. Assim como outros povos da Antiguidade, os mesopotâmicos construíram grandes templos, que representavam a morada dos deuses na Terra. Localizados em posição destacada na cidade, nos templos celebravam-se todas as cerimônias religiosas.

Os egípcios também eram politeístas, e seus deuses tinham formas humanas e de animais. Eles acreditavam na vida após a morte e, por isso, os ritos funerários eram muito importantes. Acreditava-se que a morte seria uma passagem e que, depois dela, as almas iriam para um tribunal comandado por Osíris, deus do mundo dos mortos, no qual enfrentariam um julgamento.

Imagem: Pintura. Na parte superior, diversas pessoas com mantos coloridos e adornos em formato de animais estão agachadas em fileira. Abaixo, hieróglifos. Seguido por mulheres vestindo túnicas brancas e homens vestindo saiote e adornos em formato de animais estão próximos de uma balança com dois pratos. À direita, um homem de túnica branca, adorno na cabeça e no queixo está sentado em um trono. Há duas mulheres atrás deles. Fim da imagem.

LEGENDA: Página do Livro dos mortos, produzido há cerca de 3 300 anos, representando julgamento diante de Osíris. FIM DA LEGENDA.

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Os deuses gregos

Assim como outros povos da Antiguidade, os gregos acreditavam em vários deuses. Porém, os deuses gregos tinham características e comportamentos semelhantes aos dos humanos, com as mesmas qualidades e defeitos. A diferença era que suas divindades eram consideradas imortais, muito poderosas e eram ligadas a um aspecto da natureza ou da vida humana. Zeus, por exemplo, comandava o céu, Poseidon reinava sobre os mares e Hades era o senhor do mundo dos mortos.

Fotografia. Estátua de um homem de cabelo médio cacheado e barba longa. Ele usa manto ao redor da cintura. Fim da imagem.

LEGENDA: Estátua de mármore que representa Poseidon. FIM DA LEGENA.

  1. Explique quais eram as crenças dos primeiros grupos humanos.
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Quantas religiões você conhece? Escreva os nomes dessas religiões e o que você sabe sobre seus ritos e tradições. Converse com um adulto da sua família para obter mais informações.

Boxe complementar:

Você sabia?

Em todos os lares da Grécia antiga havia um altar em que o fogo sagrado ficava permanentemente aceso. Diante do altar, os grupos familiares realizavam várias cerimônias religiosas, algumas diariamente. Esse tipo de cerimônia, feito nos lares, pelas famílias, é o que os historiadores chamam de culto doméstico.

Além do culto doméstico, também havia na Grécia antiga a religião pública, ou o culto público aos deuses. Na verdade, cada cidade-Estado grega apresentava seu culto oficial, com cerimônias públicas realizadas diante de um templo dedicado à divindade protetora da cidade. Essas cerimônias eram, em geral, realizadas do lado de fora daqueles edifícios.

Os templos de algumas cidades-Estado tornaram-se muito importantes, chegando a atrair visitantes de diferentes localidades da Grécia antiga. Entre eles estavam o templo de Zeus, em Olímpia, e o de Apolo, em Delfos.

Imagem: Fotografia. Sitio arqueológico de um templo apenas com pedras no chão e colunas cilíndricas. Está sobre um monte com árvores e campo e ao fundo há montanhas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas do Templo de Apolo, construído por volta do século 4 a.C., em Delfos, Grécia, 2018.FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

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Religiões monoteístas do Oriente Médio

Alguns povos antigos, como os hebreus, acreditavam na existência de um único deus e eram, portanto, monoteístas.

O judaísmo, o cristianismo e o islamismo são religiões monoteístas, ou seja, cultuam uma única divindade.

Judaísmo

A religião dos hebreus, povo que viveu no Oriente Médio na Antiguidade, é a mais antiga crença monoteísta. Para o judaísmo, Abraão havia recebido uma revelação de um deus único, chamado Javé (ou Jeová). De acordo com a tradição judaica, obedecendo a uma ordem divina, Abraão teria guiado o povo hebreu da Mesopotâmia para Canaã, a Terra Prometida, território que hoje corresponde à Palestina.

A religiosidade judaica é fundamentada no Torá, livro sagrado do judaísmo que contém mandamentos que se referem a praticamente todos os aspectos da vida, como a família, o trabalho, a alimentação e as obrigações religiosas.

Imagem: Fotografia. Dois pergaminhos unidos com escritas sobre a parte central do papel.  Fim da imagem.

LEGENDA: O rolo do Torá somente pode ser aberto e lido nas sinagogas (centros judaicos de culto e instrução). O texto em hebraico é lido da direita para a esquerda. FIM DA LEGENDA.

Cristianismo

Na tradição religiosa dos judeus, havia uma profecia sobre a vinda de um messias que salvaria a humanidade. Para os cristãos, Jesus Cristo seria essa figura enviada por Deus. Os primeiros cristãos expandiram suas pregações para praticamente toda a região do mar Mediterrâneo e, em 380, o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano.

Trata-se de uma das religiões com maior número de adeptos no mundo, porém ela passou por inúmeras mudanças ao longo dos séculos e, hoje, há diferentes segmentos religiosos que acreditam em Jesus Cristo, mesmo tendo práticas e costumes distintos. O catolicismo e o protestantismo são duas das expressões do cristianismo que têm práticas e crenças diferentes.

Imagem: Fotografia. Bíblia aberta com repartições indicando as divisões de livros.   Fim da imagem.

LEGENDA: A Bíblia é considerada um livro sagrado para diversas religiões cristãs. Ela é dividida entre o Novo e o Velho Testamento. FIM DA LEGENDA.

81

Islamismo

O islamismo surgiu no período medieval. Também é uma importante religião monoteísta, com seguidores em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio, na África e em alguns países da Ásia e da Europa. A religião começou por volta do ano 610 com o profeta Maomé, que, de acordo com a crença islâmica, atendendo ao chamado do arcanjo Gabriel, recebeu revelações de Deus. Essas ações foram escritas no Alcorão, livro sagrado do islamismo que contém suas práticas e seus ensinamentos fundamentais.

Imagem: Ilustração. Quadro com ilustração de um anjo voando, segurando as mãos de um homem de túnica, ajoelhado em um tapete. Há pessoas ajoelhadas em ambos os lados da imagem. No centro, entre as pessoas há um jarro sobre uma estrutura de madeira.   Fim da imagem.

LEGENDA: O arcanjo Gabriel revela a Maomé a oitava surata, pintura do manuscrito turco Siyar-i-Nabi, de 1594. FIM DA LEGENDA.

  1. Indique quais são os pontos comuns entre judaísmo, islamismo e cristianismo.

Boxe complementar:

Você sabia?

O número zero é um conceito que foi desenvolvido por diversos povos. Os árabes divulgaram os algarismos na Europa por meio do contato que estabeleceram com diferentes culturas. Saiba mais sobre esse assunto no texto a seguir.

A cultura indiana antiga já trazia uma noção de vazio bem antes do conceito matemático de zero. “Num dicionário de sânscrito, você encontra uma explicação bastante detalhada sobre o termo indiano para o zero, que é shúnya”, afirma o físico Roberto de Andrade Martins [...]. A partir do século VIII d.C., os árabes levaram para a Europa, junto com os outros algarismos, tanto o símbolo que os indianos haviam criado para o zero quanto a própria ideia de vazio, nulo, não existente. E difundiram o termo shúnya – que, em árabe, se tornou shifr e foi latinizado para zephirum, depois zéfiro, zefro e, por fim, zero.

Bem distante da Índia, nas Américas, por volta dos séculos IV e III a.C., os maias também deduziram uma representação para o nada. [...] O conceito do vazio era tão significativo entre eles que havia uma divindade específica para o zero: era o deus Zero, o deus da Morte.

FONTE: Maria Fernanda Vomero. A importância do número zero. Superinteressante , 31 out. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/7AP. Acesso em: 14 mar. 2021.

Fim do complemento.

82

Religiões milenares da Ásia e da África

Hinduísmo

Uma das religiões mais antigas do Oriente, o hinduísmo, surgiu na Índia há mais de 3 mil anos. Sua filosofia religiosa está escrita em quatro livros chamados Vedas (palavra do sânscrito, língua antiga da Índia, que significa “livros do conhecimento”). Os Vedas reúnem um conjunto de hinos religiosos, preces e histórias sobre a natureza humana e a criação do Universo. O hinduísmo reverencia centenas de divindades, entre elas Brahma, Vishnu e Ganesha.

Imagem: Fotografia. Estátua de bronze com um homem em corpo humano e cabeça de elefante. Ele possui quatro braços e uma coroa, está sentado com as pernas cruzadas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Estátua feita de bronze, encontrada no Nepal, representando Ganesha, deus hindu da sabedoria. Século XVI. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• Histórias ilustradas da Índia. São Paulo: Edições Usborne, 2016.

O livro apresenta 25 histórias da cultura indiana, recontadas por escritores da atualidade. São acompanhadas de ilustrações e possibilitam ao leitor conhecer melhor as lendas e os valores ligados aos ensinamentos culturais da Índia.

Fim do complemento.

Budismo

Outra religião influente na Ásia, surgida na Antiguidade, é o budismo. Ela foi fundada por um príncipe chamado Siddhartha Gautama, que ficou conhecido como Buda, que, em sânscrito, significa “iluminado”.

A base da doutrina budista está no reconhecimento do sofrimento e em como superá-lo. Atualmente, o budismo está presente na China, no Japão, na Coreia do Sul, no Sri Lanka e na Tailândia.

Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto e tiara central, vestindo túnica vermelha. Está sentado com as pernas cruzadas. Em ambos os lados há homens de coroa e colares. Acima, templos de três níveis.   Fim da imagem.

LEGENDA: Representação de Buda. Manuscrito encontrado na Tailândia. Século XVIII. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• As 14 pérolas budistas, de Ilan Brenman. São Paulo: Escarlate, 2013.

O livro apresenta diversos contos inspirados pela filosofia e pelas ideias budistas. Os contos são destinados às crianças, com linguagem simples e importantes lições de vida, ligadas a valores como equilíbrio, honestidade e humildade.

Fim do complemento.

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Iorubá

Na África, também existia uma grande diversidade religiosa na Antiguidade. Uma das religiões mais antigas do continente é a iorubá, que faz parte da cultura de um dos maiores grupos linguísticos africanos que hoje ocupam a região da Nigéria e outros países.

Para a religião iorubá, existe um ser supremo, Olodumare ou Olorum, criador do mundo e também das divindades, chamadas orixás, entre as quais havia reis, guerreiros e personagens históricos associados a elementos da natureza, como o fogo, a chuva e o vento.

Boxe complementar:

Você sabia?

O culto aos orixás foi trazido ao Brasil pelos africanos escravizados da cultura iorubá. O contato entre as tradições iorubás e aquelas encontradas no Brasil deu origem aos chamados cultos afro-brasileiros, como o candomblé.

Imagem: Fotografia. Mulher de turbante e vestido longo branco, está na beira do mar.   Fim da imagem.

LEGENDA: Festa de Iemanjá, município de Salvador, estado da Bahia, 2020. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• A África recontada para crianças, de Avani Souza Silva. São Paulo: Martin Claret, 2020.

A obra apresenta uma série de histórias que fazem parte da cultura de países africanos onde também se fala português, como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. As histórias foram recontadas pela autora e são acompanhadas de belas ilustrações.

Fim do complemento.

  1. O hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Indique duas características dessa religião.
  1. Qual é a base da doutrina budista? Explique.

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Para ler e escrever melhor

O texto a seguir permite uma reflexão sobre os conceitos de tolerância e intolerância religiosa para ajudar a compreender a importância de atitudes de respeito e aceitação do outro.

O respeito às religiões e a “tolerância” religiosa

No Brasil, assim como em diversos países, a sociedade é constituída por povos com diferentes vertentes religiosas. Algumas dessas religiões têm crenças, regras de conduta e até ritos em comum, e outras têm credos e costumes totalmente diferentes. Desde a Antiguidade, povos com diferentes religiões conviveram e mantiveram relações. Os egípcios e os povos da Mesopotâmia tinham crenças religiosas diferentes, assim como os persas e os indianos.

Porém, apesar de muitas religiões terem como fundamento o respeito, a relação entre os grupos religiosos nem sempre é pacífica. Alguns grupos religiosos acreditam que a sua crença é a única verdadeira e não aceitam ou não respeitam a fé, os cultos, as cerimônias e as liturgias de outras religiões. Esse comportamento é chamado de intolerância religiosa. Um exemplo são os conflitos entre muçulmanos e judeus na Palestina.

Imagem: Fotografia. Seis homens de chapéu pequeno e túnicas em tons de amarelo e laranja. Estão com as mãos entrelaçadas.    Fim da imagem.

LEGENDA: Encontro de líderes de diferentes religiões em prol da paz. Daca, Bangladesh, 2017. FIM DA LEGENDA.

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Em seu 26º artigo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, coloca “a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos” como um caminho para a manutenção da paz entre as nações. No Brasil, a Constituição de 1988 também assegura a liberdade de crença religiosa e a proteção aos cultos e liturgias, isto é, defende a coexistência pacífica e o respeito às diferentes matrizes religiosas.

Essas ações visam a criar medidas que busquem a tolerância religiosa entre os povos. Mas o que é tolerar? Se olharmos em um dicionário, o verbo “tolerar” está relacionado à ideia de “suportar algo” que não nos agrade. Isto é, o termo já pressupõe a “não aceitação” do outro. No entanto, convencionou-se utilizar a expressão tolerância religiosa com o significado de aceitar o outro e respeitar as diferenças de credo.

  1. O que é intolerância religiosa?
  1. De acordo com o texto, o que significa tolerância religiosa?
  1. Escreva um pequeno trecho sobre as atitudes que podemos tomar na escola ou em outros espaços que frequentamos e que possam contribuir para o respeito e a aceitação das diferentes religiões.
Imagem: Ilustração. Silhuetas de homens e mulheres em diferentes etnias e roupas.   Fim da imagem.

LEGENDA: O reconhecimento da diversidade cultural e religiosa contribui para a convivência pacífica entre os povos. FIM DA LEGENDA.

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Capítulo 2. Patrimônio cultural dos povos antigos

A arte, a arquitetura, a literatura, a religião e as tradições compõem a expressão cultural de um povo, seu patrimônio cultural. As tradições orais, as danças e a forma de se alimentar fazem parte desse patrimônio como cultura imaterial de uma sociedade. A preservação dos patrimônios culturais ajuda a conservar a história e a memória das diferentes sociedades e a entender as transformações ao longo da história.

No Egito, as construções, as esculturas e as tumbas funerárias são expressões da arte e arquitetura antigas e, portanto, patrimônios culturais materiais. As pinturas encontradas nas tumbas indicam que também a música e a dança estavam presentes nas casas e nos palácios, em banquetes e festas.

Imagem: Ilustração. Quatro mulheres e uma menina de túnicas e adornos coloridos, tocando instrumentos musicais de cordas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura de cerca de 3 400 anos atrás, encontrada na tumba do faraó Horemheb, retratando músicos. Vale dos Reis, Luxor, Egito. FIM DA LEGENDA.

Cultura e alimentação

A alimentação é uma parte importante da cultura de um povo. No Egito, a base alimentar era composta de produtos derivados do trigo, como pão e cerveja. Havia também ervilha, lentilha, verduras e frutas, como tâmara e melão.

Entre as populações antigas da Índia, o arroz, a cevada e a lentilha compunham a base da cultura alimentar. O uso de especiarias como cravo, canela, cominho e gengibre era comum e continua presente na cultura indiana. Há restrições em relação ao consumo de carne de acordo com algumas religiões. No hinduísmo, a vaca é considerada um animal sagrado e, por isso, os seus seguidores não consomem sua carne. Além disso, grande parte da população praticava e pratica a atividade milenar da ioga.

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Boxe complementar:

Você sabia?

Em meio ao oceano Pacífico existe uma ilha que foi denominada pelos colonizadores de Ilha de Páscoa. A ilha, hoje, pertence ao Chile, mas é território dos Rapa Nui, povo que ali chegou, vindo da Polinésia, por volta do ano 300. Os Rapa Nui têm sua própria língua e cultura e construíram diversas esculturas chamadas de moais, que fazem parte de seu sítio arqueológico. Os moais são feitos de pedras; alguns chegam a medir mais de 10 metros de altura e todos estão de costas para o oceano Pacífico.

Imagem: Fotografia. Esculturas de homens de cara larga e grande apoiada ao corpo. Eles estão enfileirados lado a lado.  Fim da imagem.

LEGENDA: O Parque Nacional Rapa Nui, na Ilha de Páscoa, abriga vestígios da cultura material desse povo. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

  1. Observe a imagem e responda à questão.
Imagem: Fotografia. Pintura de homem de turbante dourado e suporte retangular no queixo, sem camiseta e tanga branca, com colares no rosto. Dois homens com cabeça de pássaro e cão estão segurando a mão do homem. Sobre a parede há inscrições de hieróglifos.    Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura egípcia de cerca de 3.300 anos retratando o faraó Ramsés I entre os deuses Hórus (esquerda) e Anúbis (direita). FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral.   Fim da imagem.
  1. Nós herdamos muitos hábitos alimentares de outros povos. Quais alimentos comuns nas culturas egípcia e indiana fazem parte do cotidiano de vocês? Façam uma roda com a turma toda e com o professor e conversem sobre o assunto.

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Trocas e heranças culturais

O estudo dos patrimônios culturais nos ajuda a entender como os povos se relacionavam entre si e como uma cultura pode ter influenciado outra. É o caso dos fenícios, por exemplo. Há mais de 3 mil anos eles estabeleceram relações com vários povos vizinhos por meio do comércio marítimo na região do mar Mediterrâneo. Apesar de terem um sistema de escrita próprio, sua arte e sua arquitetura apresentam vários aspectos da cultura dos egípcios, povo com o qual realizavam comércio.

Outro exemplo de troca cultural ocorreu por causa dos macedônios. A Macedônia era um reino que fazia parte da Grécia. Há cerca de 2 300 anos, os macedônios dominaram a Grécia. O Império Macedônico, comandado pelo rei Alexandre, divulgou a cultura grega no Egito, na Pérsia, na Índia, entre outros. O centro cultural do Império era a cidade de Alexandria, às margens do mar Mediterrâneo, onde foi construída a maior biblioteca da Antiguidade e um grande farol para orientar as embarcações.

Na seção Você sabia?, localizada na página 81, você descobriu que os povos árabes disseminaram o uso do número zero em operações matemáticas. Esse algarismo já havia sido elaborado pelos indianos antigos, o que nos mostra, mais uma vez, que as trocas culturais ocorrem há muito tempo entre diferentes povos e são muito importantes para o desenvolvimento da humanidade.

Imagem: Ilustração. Mar com navios longos ao lado de forte de pedra e torre central. Ao fundo há casas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: O farol de Alexandria era uma construção em pedra de mais de 120 metros de altura. Para orientar os barcos, durante o dia era usado um espelho que refletia a luz do Sol e, à noite, era acesa uma enorme tocha. Atualmente, restam apenas fragmentos submersos desse farol. Farol de Alexandria, gravura de F. Adler, 1901. FIM DA LEGENDA.

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Legados culturais da Antiguidade

Nós também herdamos e incorporamos muitos aspectos culturais dos povos que viveram na Antiguidade. A concepção de democracia presente no Ocidente, por exemplo, tem sua origem na democracia ateniense baseada na noção de cidadania e que tinha como principal característica permitir a uma pessoa participar das decisões políticas da pólis. A base do sistema de direito de muitos países do Ocidente, entre eles o Brasil, deriva do complexo de leis romanas que regulamentavam os atos dos cidadãos e estrangeiros na Roma antiga.

Imagem: Fotografia. Escultura em coluna com homem sentado em trono e mulher em pé ao lado. Ambos vestem túnicas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo de cerca de 337 a.C. mostrando a democracia coroando Demos (“povo” em grego). Museu da Ágora, Atenas. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Com um colega, leia o parágrafo abaixo e complete as lacunas com os termos corretos, transcrevendo no caderno o texto completo.

    A preservação dos _____ é fundamental para a compreensão da _____ e de como ocorreram os intercâmbios _____ entre os vários povos ao longo do tempo. A _____ é uma expressão do patrimônio material. A _____ também faz parte da cultura de um povo, assim como as narrativas orais transmitidas de geração em geração, a dança e a _____. Estes são patrimônios imateriais.

    Quadros: arquitetura − música − patrimônios − alimentação − culturais − história.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Pesquise em livros, na internet e converse com um adulto da sua família sobre as influências culturais que incorporamos de outros povos.

    Com base em suas descobertas, redija um pequeno texto no caderno. Em um dia previamente combinado com a turma e com o professor, apresente seu texto aos demais colegas, lendo-o em voz alta.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• A Grécia antiga passo a passo, de Éric Teyssier e Éric Dars. São Paulo: Claro Enigma, 2015.

O livro convida os jovens leitores a realizarem um passeio pela cultura grega antiga, abordando temas como cidades-Estado, produção artística, Matemática e Filosofia na Grécia antiga, entre outros.

Fim do complemento.

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O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

Na África há importantes patrimônios mundiais, como o centro histórico da antiga cidade de Mbanza Kongo, em Angola. A história dessa cidade, que foi capital do Reino do Congo, também está conectada com a nossa história, pois a cultura brasileira tem influência de muitos aspectos da cultura dos povos bantos, que formaram o Reino do Congo.

Mbanza Kongo, em Angola, recebe título de Patrimônio Mundial da Unesco

Capital política e espiritual do antigo Reino do Congo – região onde hoje estão localizados Gabão, República do Congo, Angola e República Democrática do Congo –, Mbanza Kongo representa a importância da tradição kongo e seus conflitos com a chegada dos portugueses e da religião católica na África Central, ao final do século XV.

Um reino que crescia e influenciava parte da África, no século XIII, representa uma civilização de riqueza cultural inestimável. Formado inicialmente por 144 tribos, esse império construiu a história e cultura de países como Angola, Congo, República Democrática do Congo e Gabão e de seus descendentes em todo o mundo.

Com o compromisso de pesquisar e compartilhar a história e os símbolos da cidade, o arqueólogo Bruno Pastre Máximo lançou um site baseado em uma vasta pesquisa de campo, onde ele ressalta aspectos religiosos e culturais da região.

“Na cidade, existem três lugares-chave: Kulumbimbi, Yala-Nkuwu e Ntotila. Kulumbimbi é descrita pelas autoridades científicas angolanas como o vestígio material da primeira catedral construída na África subsaariana pelos portugueses”, disse Bruno.

Imagem: Fotografia. Campo de terra com vegetação e árvores entre casas pequenas de tijolo e barrancos de terra.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Mbanza Kongo, Angola, 2015. FIM DA LEGENA.

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“Para diversos grupos locais, no entanto, a ruína não é vista como de origem portuguesa, sendo um legado pré-colonial; ela é um símbolo do passado ancestral e um legado dos ancestrais. A árvore Yala-Nkuwu é uma ligação com a ancestralidade mediada pela lei e ordem. Diante dela, foram feitos muitos julgamentos [...]”, acrescentou o pesquisador.

Imagem: Fotografia. Faixada de ruínas de uma casa triangular com arco arredondado de entrada. Ao redor há gramado e caminho de cimento até o monumento.   Fim da imagem.

LEGENDA: Catedral de São Salvador do Congo, também chamada de Kulumbimbi, em Mbanza Congo, Angola, 2019. FIM DA LEGENDA.

O reconhecimento do Mbanza-Kongo é positivo para o mundo porque estimula a pesquisa e reflexão sobre a história – comum a africanos, portugueses e brasileiros.

Foi do Reino do Congo de onde partiu a maioria dos africanos escravizados desembarcados nas Américas, foi de lá que saiu o primeiro embaixador africano enterrado no Vaticano, e também foi lá onde a primeira igreja católica (Kulumbimbi) da África subsaariana foi erguida.

FONTE: ONU-Brasil. Mbanza Kongo, em Angola, recebe título de Patrimônio Mundial da Unesco. Revista Amazônia , 10 jul. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/guN. Acesso em: 14 mar. 2021.

  1. De acordo com o texto, o que a cidade de Mbanza Kongo representa para a tradição local?
  1. Qual é a importância dos vestígios da catedral, também chamada de Kulumbimbi, para a população local?
  1. Explique por que a preservação desse patrimônio africano também ajuda a entender nossa própria história.

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Capítulo 3. O cotidiano no mundo antigo

Na Antiguidade, as pessoas organizavam seu cotidiano entre as atividades domésticas, religiosas, de trabalho e de lazer. O papel desempenhado por homens e mulheres variava de sociedade para sociedade.

Vida doméstica na Mesopotâmia

Além de espaço de convívio e de moradia, as casas na Mesopotâmia eram espaço de culto aos ancestrais. Havia espaços e objetos considerados sagrados. As mulheres das classes mais ricas recebiam um dote e quase nunca exerciam trabalhos fora de casa. As mulheres pobres exerciam trabalhos, como a produção artesanal com cerâmica e teares.

Imagem: Fotografia. Miniatura em barro de casa antiga formada por quatro cubos unidos, dois na parte inferior e um na parte superior. Eles possuem janelas estreitas retangulares.   Fim da imagem.

LEGENDA: Miniatura de casa mesopotâmica produzida há cerca de 4 500 anos. Peça sumério-acadiana encontrada na Síria. FIM DA LEGENDA.

Vida doméstica no Egito antigo

No Egito antigo, as pessoas viviam em pequenas vilas. As casas eram simples e havia espaço de culto aos deuses. Algumas atividades essenciais à alimentação, como o preparo do pão e da cerveja, eram tarefas executadas por homens e mulheres. A caça era praticada pelos homens, e os jogos de tabuleiro eram uma atividade de lazer muito comum.

As mulheres, em geral, podiam exercer as mesmas profissões que os homens. Apesar de não ocuparem funções ligadas ao Estado, elas não sofriam restrições para aparecer em público e participar das cerimônias religiosas. As egípcias também administravam os bens familiares, podendo vender e comprar propriedade ou controlar o comércio.

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Vida doméstica na Grécia antiga

Na Grécia antiga, as casas geralmente eram feitas de tijolos de barro e pintadas de branco. Não havia muitos objetos decorativos no interior das residências. Pratos, canecas e potes eram, em geral, feitos de argila. Os mais abastados (ricos) possuíam alguns copos de vidro.

A maior parte das casas na Grécia antiga tinha espaços comuns, como o pátio interno, depósitos e dormitórios. Existiam também divisões entre os espaços destinados aos homens e às mulheres. O local destinado às atividades dos homens se chamava ándron e ali se reuniam para conversar, cantar e ouvir música. O local reservado às mulheres era o gineceu e ali faziam atividades como a tecelagem e a preparação de farinhas. Na Grécia antiga, as mulheres não tinham acesso à educação ou à atividade política; aquelas que participavam da vida pública o faziam por meio da religião, como sacerdotisas.

Imagem: Fotografia. Destaque de ilustração em cerâmica arredondada com ilustração de dois homens de túnicas e coroas de louros. Um deles está sentado em um banco enquanto o outro está em pé sentado à frente.   Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe da cerâmica grega produzida há cerca de 2 500 anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Como era o cotidiano das mulheres na Antiguidade?
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Leia, com um colega, as afirmativas a seguir. Identifiquem quais são as afirmativas verdadeiras e quais são as falsas. Por fim, copiem as afirmativas falsas no caderno e elaborem um texto para explicar por que elas não estão corretas.
    1. Os jogos de tabuleiro eram uma atividade de lazer muito comum no Egito antigo.
    1. Na Mesopotâmia, as casas tinham espaços destinados ao culto aos ancestrais.
    1. Na Grécia antiga, as mulheres tinham acesso à educação e à vida política.
    1. Na Grécia antiga não havia divisões entre espaços para homens e para mulheres; todos (homens e mulheres) faziam as mesmas atividades.
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Converse com um adulto da sua família sobre as semelhanças e as diferenças na vida cotidiana na Antiguidade e na atualidade e registre as informações no caderno. Depois, compartilhe suas conclusões com os colegas em sala de aula.

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O dia a dia das crianças na Antiguidade

A concepção de infância não foi a mesma ao longo do tempo. Entre os povos da Antiguidade, era comum que as crianças trabalhassem com seus pais nos campos ou nas atividades artesanais.

Educação e lazer na Mesopotâmia e no Egito antigo

Na Mesopotâmia, entretanto, alguns jovens sumérios frequentavam a Eduba, uma espécie de escola onde aprendiam o ofício da escrita. A formação demorava anos e, por isso, começava muito cedo. Os estudantes tinham aula de Astronomia, Matemática e Literatura. A disciplina era muito rígida e as jornadas diárias eram longas.

No Egito, as crianças também ingressavam cedo no mundo do trabalho. Elas podiam aprender o ofício de seus pais ou tornar-se escribas.

Para se divertir, as crianças egípcias brincavam com bolas de couro, carrinhos, piões, bonecos e outros tipos de brinquedo. Em escavações arqueológicas foram encontrados vestígios de jogos feitos de madeira.

Imagem: Fotografia. Tabuleiro retangular marrom com três fileiras com 10 quadrados cada. Acima há pedras coloridas sobrepostas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Tabuleiro do jogo de origem egípcia chamado Senet, de cerca de 3.600 anos, encontrado na tumba do nobre Maiherperi. Vale dos Reis, Luxor, Egito. FIM DA LEGENDA.

Meninas e meninos em Esparta e Atenas

Em Esparta, cidade da Grécia antiga, a concepção de infância estava ligada às obrigações cívicas. As crianças iam para a escola aos 7 anos. Os meninos deixavam a casa dos pais para receber uma educação voltada para a guerra. O treinamento era muito difícil e eles só voltavam para casa quando ingressavam na vida adulta. As meninas recebiam, desde a infância, um rigoroso treinamento físico e psicológico porque se esperava que elas se tornassem as mães dos guerreiros que no futuro serviriam a Esparta.

Em Atenas, os meninos de famílias mais ricas recebiam educação formal; eles aprendiam a ler, a escrever, a recitar poemas e até a cantar ou tocar um instrumento musical. As meninas, por sua vez, eram educadas para a vida doméstica e para a maternidade. Elas aprendiam a fiar, a tecer, a cozinhar e brincavam com bonecas.

Imagem: Fotografia. Jarro preto com ilustrações em amarelo de homens em pé e homens sentados segurando instrumentos de escrita.   Fim da imagem.

LEGENDA: Professores e discípulos representados em vaso grego com figuras vermelhas de cerca de 2.500 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

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  1. Como era a vida das crianças em diferentes cidades da Antiguidade?
  1. Observe a imagem, leia a legenda e responda à questão.
Imagem: Fotografia. Pintura com duas mulheres de cabelo longo preto, vestindo túnicas branca sentadas em tronos. Ao redor há quatro crianças e um homem de cabelo longo preto, vestindo túnica branca. Ao redor há hieróglifos pintados pela imagem.   Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura encontrada na tumba do construtor Anhour Khaou de cerca de 4 mil anos, Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. O texto a seguir trata da educação de crianças na Grécia antiga. Se necessário, procure em um dicionário o significado de palavras desconhecidas.

    [...] os gregos desenvolveram um método mecânico de alfabetização que possibilitava que uma criança aprendesse a ler e escrever em pouco mais de três anos. A admissão à escola era aos sete anos de idade e a instrução ocorria pela manhã, durante todo o ano, sem férias, excetuando-se os dias de festival. [...] A instrução podia realizar-se na casa do professor, em um cômodo alugado ou em praça pública.

    FONTE: Milton Luiz Torres. O cuidado da criança nos primórdios da educação grega: semelhanças e contrastes com a educação hebreia. Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa EST , v. 24, jan./abr. 2011. p. 36. Disponível em: http://fdnc.io/guP. Acesso em: 19 abr. 2021.

    • Com base no texto acima e nas informações deste capítulo, converse com os colegas sobre as principais diferenças entre o cotidiano das crianças no mundo antigo e o seu cotidiano.

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Como as pessoas faziam para...

Mumificar os mortos

Os egípcios acreditavam na vida após a morte. Essa crença era o ponto central da religião egípcia. Para esse povo da Antiguidade, a vida era entendida como uma caminhada; quando o coração de uma pessoa parava de bater, esse percurso era interrompido e era preciso preparar o morto para que, após a morte, pudesse retomar o seu caminho. Por isso, o ritual da mumificação era uma das práticas funerárias mais importantes no Egito antigo. A preparação da múmia para o enterro tinha como função purificar o corpo para a eternidade.

Imagem: Fotografia. Sarcófago aberto com pinturas pelo túmulo com formato de homem.  Fim da imagem.

LEGENDA: Sarcófago e múmia de cerca de 2.700 anos. FIM DA EGENDA.

A técnica de mumificação variava de acordo com os recursos da pessoa. Esse processo permitiu aos egípcios desenvolver diversos conhecimentos sobre anatomia e medicina.

Imagem: Ilustração. Três homens calvos, vestindo túnicas brancas, estão apoiados em estrutura retangular com homem deitado. Ao redor dos homens há jarras com órgãos do homem deitado.  Fim da imagem.

Primeiro, os sacerdotes lavavam o corpo do morto com água e essências aromáticas. Os órgãos internos eram removidos e guardados em vasilhas chamadas canopos.

Imagem: Fotografia. Pedra em formato de um inseto arredondado com três divisões sobre a costa    Fim da imagem.

LEGENDA: Escaravelho-coração feito de pedra, de cerca de 3.300 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

O coração era considerado o centro da inteligência e da força vital dos indivíduos e, por isso, geralmente permanecia no corpo. Sobre o local exato do coração se colocava um amuleto, em forma de escaravelho.

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Imagem: Ilustração. Dois homens calvos, vestindo túnicas brancas, estão segurando jarros cheios. Ao lado, corpo de homem nu deitado sobre estrutura retangular com o corpo pálido.  Fim da imagem.

Após a retirada dos órgãos, o corpo era coberto com bicarbonato de sódio, para secar e preservar o cadáver.

Imagem: Ilustração. Dois homens, vestindo túnicas brancas, estão ao lado de corpo magro sobre estrutura dourada retangular. Ao lado do corpo há jarros e faixas brancas.  Fim da imagem.

O corpo permanecia assim por sessenta dias para desidratar. Depois desse período, o corpo era preenchido com óleos e resinas, para perfumá-lo e conservá-lo.

Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto preto, vestindo túnica branca. Está passando faixa branca pelo corpo de homem deitado em estrutura retangular dourada.   Fim da imagem.

Finalmente, o corpo era envolvido em faixas de linho fino, com joias e amuletos para protegê-lo, e colocado no sarcófago, que podia ser simples ou ornado com ouro.

No Egito antigo, poucos podiam arcar com as despesas para a mumificação. O corpo dos pobres era envolto em uma mortalha de linho e depositado nas areias do deserto para que a aridez do ambiente o conservasse.

FONTE: Heródoto. História [II, 86]. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 11.

  1. Qual era a importância da mumificação dos mortos para os egípcios?
  1. Como o processo de mumificação ajudou no desenvolvimento da medicina?

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Capítulo 4. Atividades econômicas e tecnologia na Antiguidade

A agricultura era uma das atividades mais importantes em diversas sociedades antigas. Na Mesopotâmia e no Egito, a presença de rios favorecia essa atividade econômica.

Na Mesopotâmia, a agricultura era a base da economia. As cheias dos rios Tigre e Eufrates tinham de ser bem aproveitadas para a atividade agrícola. Por isso, os povos da Mesopotâmia desenvolveram sistemas de irrigação que eram controlados pelas comunidades camponesas. Elas cultivavam linho, lentilha, trigo, gergelim e cevada, além de legumes e hortaliças.

Além da agricultura, as pessoas se dedicavam também à criação de gado e ao artesanato. A população mais pobre prestava serviços como vaqueiros, carroceiros e pastores.

No Egito, a vida cotidiana girava em torno do rio Nilo. As cheias periódicas determinavam o trabalho dos camponeses, responsáveis pelo plantio e pela colheita de trigo, cevada, ervilha, lentilha, verduras, frutas e linho. Eles também cuidavam das criações de porcos, bois, carneiros, gansos e patos. Com o papiro, uma planta fibrosa que crescia às margens do rio, os egípcios produziam cestos, sandálias e uma espécie de papel que era utilizado como suporte para a escrita.

Imagem: Fotografia. Relevo sobre parede com imagem de homens trabalhando em área agrícolas com plantações altas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de um relevo de cerca de 2.600 anos, representando o trabalho agrícola nas margens de um rio. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de homens trabalhando em campo agrícola fazendo atividades diversas de colheitas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cena de agricultura em pintura mural de uma tumba, na antiga cidade egípcia de Tebas, há cerca de 3.400 anos. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• O Egito passo a passo, por Aude Gros de Beler. São Paulo: Claro Enigma, 2016.

Escrito por uma egiptóloga, essa obra é destinada aos jovens leitores e a todos os curiosos a respeito do cotidiano dos antigos egípcios. Aborda com leveza a vida no Egito antigo, tratando de deuses, faraós, da escrita hieroglífica, das profissões do período, da educação das crianças e de muitos outros temas interessantes.

Fim do complemento.

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Novas profissões

Havia outras importantes atividades econômicas no cotidiano das cidades antigas. Afinal, a construção e a manutenção da vida de uma cidade dependiam de vários profissionais, desde aqueles que produziam o pão, base da alimentação, até os que planejavam e construíam os grandes edifícios.

Nos centros urbanos da Mesopotâmia, havia uma grande variedade de profissionais, como artesãos, ferreiros, escribas e soldados, e com o desenvolvimento do comércio, por meio das trocas de mercadorias, surgiu a figura do homem de negócios que emprestava dinheiro a juros, uma espécie de banqueiro da Antiguidade.

Com a expansão da economia, surgiram novas profissões, também, no Egito antigo. Algumas bastante curiosas, como a de “carregador de sandálias”, ou seja, uma pessoa responsável por levar as sandálias do faraó e uma chaleira com água para lavar os seus pés, e a de passarinheiro, pessoa encarregada de caçar as aves no céu.

De modo geral, nas cidades egípcias se encontrava a maior diversidade de profissões. Em algumas, como Gizé, predominavam os operários, que construíam as pirâmides; em outras, como Per Ramsés, concentravam-se joalheiros, sapateiros, oleiros, padeiros, artesãos, além de escribas e sacerdotes a serviço da família real.

Na Antiguidade, muitos artesãos se dedicavam à metalurgia, fazendo ferramentas e adereços de metal. As ferramentas eram simples, e boa parte da produção era feita à mão. No Egito, assim como na Mesopotâmia, centenas de trabalhadores dedicavam-se à produção de colares, artefatos e armas feitas de ouro e bronze.

Imagem: Fotografia. Escultura de águia com cabeça e rabo dourado e asas e tronco azuis. Fim da imagem.

LEGENDA: Águia com cabeça de leão, peça suméria em ouro, cobre e lápis-lazúli, de cerca de 500 anos. Museu Nacional de Damasco, Síria.FIM DA LEGENDA.

  1. Quais eram as principais atividades econômicas dos povos da Mesopotâmia e do Egito antigo? Ver orientações
  1. Além da agricultura, quais outras atividades eram essenciais para o funcionamento de cidades antigas?
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Quais profissões comuns nas sociedades antigas não existem mais nos dias de hoje? Converse sobre esse assunto com um adulto da sua família. Registre suas conclusões no caderno e depois compartilhe com os colegas e com o professor em sala de aula.

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Ciência e tecnologia

Na Antiguidade, os povos desenvolveram vários conhecimentos médicos. Na Mesopotâmia havia tratamento à base de ervas para diversas doenças.

Os egípcios conheciam muito o corpo humano devido à prática da mumificação. Eles tinham escolas voltadas para o conhecimento da medicina chamadas de Per-Ankh. Os remédios incluíam bebidas feitas à base de plantas e partes de animais. Contudo, eles acreditavam que algumas doenças eram enviadas pelos deuses e, por isso, misturavam algumas práticas consideradas mágicas ao tratamento médico. O conhecimento egípcio influenciou e ajudou o desenvolvimento da medicina entre outros povos, como os gregos.

Na Grécia antiga, um dos pensadores que mais se destacaram no conhecimento sobre o corpo humano e as doenças foi Hipócrates (460 a.C.-380 a.C.). Para ele, as causas de diversas doenças eram naturais e não sagradas ou mágicas, como acreditavam os curandeiros da época. Hipócrates baseava seus diagnósticos na observação dos sintomas, estabelecendo, com isso, um critério racional e não mágico no tratamento das doenças.

Imagem: Fotografia. Escultura de um busto de homem de cabelo curto e barba espessa, vestindo túnica.   Fim da imagem.

LEGENDA: Busto de origem romana representando Hipócrates. Para esse pensador grego, um médico deveria rejeitar a magia, a indiscrição e a cobiça. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia?

Os povos antigos também se dedicaram aos estudos de Astronomia. Os gregos, por exemplo, desenvolveram sistemas para descrever o movimento aparente dos corpos celestes e elaboraram modelos para procurar explicar a estrutura do Universo.

O matemático, astrônomo e filósofo grego Eudoxo de Cnido (408 a.C.-355 a.C.) foi o primeiro a usar a Geometria para descrever o movimento dos astros. Segundo estudiosos e pesquisadores, Eudoxo estudou medicina e exerceu a profissão durante alguns anos; posteriormente, passou a estudar Astronomia, ciência que aprendeu com os egípcios, quando esteve na cidade de Heliópolis. Esse fato nos mostra, mais uma vez, a importância das trocas culturais entre diferentes povos.

É interessante notar que os astrônomos antigos, incluindo-se os gregos, faziam a observação de fenômenos celestes visíveis a olho nu, e desse modo elaboravam seus estudos e tiravam suas conclusões.

Fim do complemento.

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Controle e aproveitamento dos rios

O conhecimento tecnológico foi fundamental para controlar inundações e criar sistemas de irrigação na Antiguidade. Na Mesopotâmia, o conhecimento da Matemática possibilitou a construção de aquedutos para controlar o fluxo dos rios.

Os egípcios tinham noções sofisticadas de Matemática e um sistema próprio de numeração. A civilização egípcia também desenvolveu complexos sistemas de irrigação, tornando a agricultura mais eficiente, e construiu barreiras e canais para o melhor aproveitamento das águas do rio Nilo.

Tecnologia e comércio

Nas cidades portuárias havia construtores de barcos que produziam pequenas embarcações, feitas de papiro, usadas para a pesca. Algumas embarcações maiores eram feitas de cedro, obtidas nas trocas comerciais com outros povos, como os fenícios. Essa tecnologia facilitou o deslocamento por mar e o intercâmbio cultural e comercial entre os povos.

Imagem: Ilustração. Pintura em tons coloridos de barco grande com sombra de homens na parte superior do barco.   Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura egípcia de cerca de 3.400 anos encontrada em tumba que retrata barco carregando pessoas capturadas na Núbia. Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

  1. Como era a medicina no Egito antigo?
  1. Como o conhecimento matemático auxiliou o desenvolvimento tecnológico egípcio?
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. O nosso cotidiano também está repleto de objetos feitos com base no conhecimento científico e no desenvolvimento tecnológico. Reúnam-se em grupo. Conversem sobre esse assunto, identificando dois exemplos de objetos utilizados do nosso dia a dia. Para complementar a resposta de vocês, façam uma pesquisa na internet, procurando imagens e textos sobre os objetos citados. Depois apresentem o resultado da pesquisa aos demais colegas, em um dia previamente combinado com o professor.

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A construção de pirâmides e templos

No Egito antigo, as pirâmides foram construídas para abrigar o corpo dos faraós e sacerdotes, considerados deuses e superiores aos homens comuns. A maior pirâmide, de Quéops, foi construída há cerca de 5 mil anos e mede 147 metros de altura.

Você já imaginou como as pirâmides egípcias foram construídas? Naquele período, a maioria das ferramentas que utilizamos hoje nas construções não existia. Também não havia produtos como concreto ou guindastes e caminhões que levassem o material pesado.

As pirâmides foram construídas com imensos blocos de pedra que pesavam toneladas. Elas eram carregadas pelos escravos e servos em trenós feitos de madeira e arrastados pelo deserto. As construções levavam décadas para serem concluídas e envolviam milhares de trabalhadores.

Mas ainda não se sabe ao certo como as pirâmides foram erguidas. Algumas teorias afirmam que os blocos eram levados por meio de rampas de madeira e alavancados por cordas. O que se pode afirmar é que o conhecimento matemático e de engenharia foi muito importante para construir essas edificações.

Imagem: Fotografia. Multidão de pessoas caminhando entre monumentos grandes de estátuas de homens e colunas cilíndricas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Templo de Luxor, Egito, 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Multidão de pessoas andando entre esfinge de corpo de animais com rosto humano e pirâmide gigante.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da esfinge e da pirâmide de Quéfren. Complexo de Gizé, próximo à cidade do Cairo, Egito, 2019. A esfinge de Gizé também desperta a curiosidade sobre sua construção. Ela mede mais de 70 metros de altura e é feita de pedra calcária. FIM DA LEGENDA.

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Templos da Grécia antiga

Na Grécia, os templos eram considerados a moradia terrena dos deuses. Eles abrigavam a estátua do deus a que se dedicavam, mas não eram locais de culto, que, como vimos nesta unidade, eram feitos, em geral, na parte de fora dos templos. Essas construções chamavam a atenção pela sua grandiosidade e pelo equilíbrio de suas formas.

O Partenon, em Atenas, é o mais famoso templo da Grécia. Foi construído em mármore no século V a.C. em homenagem a Atena, deusa da sabedoria, da justiça e das artes e protetora da cidade. Dentro dele havia uma estátua de 11 metros de altura da deusa grega.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Com um colega, retomem o conteúdo da página anterior. Depois, respondam ao que se pede.
    1. De que material foram feitas as pirâmides egípcias?
  1. Como as pirâmides foram construídas?
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.
  1. Vamos construir o modelo de uma pirâmide? Com um colega, pesquise em livros ou na internet imagens e informações sobre as pirâmides do Egito antigo. A internet é uma boa fonte de pesquisa sobre esse assunto. Na imagem abaixo, você pode observar a reconstituição da parte interna de uma pirâmide. Com base nos dados da sua pesquisa:
    1. Projete o desenho de sua pirâmide, como um arquiteto faria. Planeje como ela será e quais medidas devem ter a base e os lados.
    1. Depois, pensando como um engenheiro, escolha com que material você vai trabalhar: papel sulfite, cartolina ou papelão. Pense se usará cola em bastão ou cola quente e se será necessário o uso de tinta.
    1. Execute o projeto e construa sua pirâmide. Você poderá decorar sua pirâmide ao final do trabalho.
Imagem: Fotografia. Salão com interior iluminado com diferentes pontos explicativos e imagens entre paredes e hieróglifos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Reprodução da parte interna de uma pirâmide, em modelo elaborado pela Universidade de Harvard, em Cambridge, Estados Unidos, para o Projeto Gizé (The Giza Project, em inglês). No site do projeto é possível explorar tumbas egípcias em 3-D. As tumbas estudadas e reproduzidas pelo projeto estão localizadas no Planalto de Gizé, nas proximidades da cidade do Cairo, no atual Egito. FIM DA LEGENDA.

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O que você aprendeu

  1. Leia o texto a seguir, que trata de aspectos da Grécia antiga, e observe as imagens. Depois, faça as atividades propostas.

    Em cada pólis vigorava uma liberdade total na definição de regras para o viver junto, ou seja, a forma de poder político, as instituições, a estrutura da sociedade e até as práticas religiosas. Os deuses são os mesmos, mas cada cidade escolhia a sua divindade protetora e estabelecia os calendários religiosos específicos.

    [...]

    A independência das pólis e a consequente inexistência de um poder central não levou a uma fragmentação pois [...] havia a uni-las o idioma, a religião e a arte. A existência em praticamente todas as pólis de um espaço comunitário, a ágora [...] ponto central da cidade e espaço de reunião dos cidadãos, indica um propósito claro de estimular a participação deste grupo nos assuntos cívicos. O conceito de cidadania vai assim sendo consolidado, também de forma diferenciada, no conjunto das cidades gregas antigas.

FONTE: Elaine Farias Veloso Hirata. Pólis : viver em uma cidade grega antiga. São Paulo: Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (Labeca), Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, Fapesp, 2016. p. 8.

Imagem: Fotografia. Templo retangulares cercado por colunas cilíndricas e viga retangular em base entre cilindros e teto triangular.  Fim da imagem.

LEGENDA: Templo de Hefesto em Atenas, Grécia, 2019.FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista de colunas cilíndricas com arabescos no topo. Ao redor há muros de pedras grandes.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas do Templo de Apolo Epicuro em Bassas, Grécia, 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Segundo o texto, as pólis gregas eram independentes umas das outras. Contudo, elas compartilhavam alguns elementos culturais em comum. Que elementos eram esses?
  1. Identifique um elemento comum nas cidades antigas da Grécia relacionado ao espaço das cidades.
  1. Explique a função dos templos nas cidades da Grécia antiga.

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Avaliação processual

  1. O texto abaixo trata do aprendizado dos escribas no Egito antigo. Leia com atenção e responda às questões.

O aprendizado da escrita

O aprendizado dos escribas realizava-se na “Escola dos Livros” ou “Escola do Palácio”. Nesse local os jovens estudantes, fossem eles príncipes, filhos de dignitários ou mesmo [...] egípcios com status social mais baixo, eram igualmente educados. [...]

Os aprendizes da escrita, que ingressavam na escola [...] por volta dos cinco anos [...] deveriam aprender a escrever, a ler e a realizar pequenos cálculos. [O] treinamento era aplicado por professores, escribas profissionais e sacerdotes que não se encontravam a serviço do culto templário. Incentivava-se a cópia de textos [...] úteis para instruí-los sobre sua conduta e o modo de vida [...]. Como suporte para essas cópias os jovens estudantes empregavam lascas de calcário ou fragmentos de cerâmica [...], raramente teriam como praticar a escrita em um papiro

[...], visto que se tratava de um material caro e de difícil confecção. Este só era destinado àqueles que já possuíam a experiência e o conhecimento necessários com o pleno domínio das regras de sintaxe e da ortografia. [...] Os estudantes mais avançados, que se encontravam entre 16 e 18 anos, direcionavam-se para suas atividades futuras. A exigência de um cargo, como o do Escriba Real, obrigava uma dedicação ímpar, com o domínio das formas de escrita egípcia [...] e, em certos períodos, uma forma estrangeira, a exemplo dos escribas bilíngues que traduziam cartas escritas em cuneiforme, oriunda das relações diplomáticas [...].

FONTE: Moacir Elias Santos. A formação dos escribas entre os egípcios antigos. Philía . Jornal Informativo de História Antiga . Rio de Janeiro, ano XIII, n. 38, abr./maio/jun. 2001.

Imagem: Ilustração. Homens de tanga branca e cabelo longo, sem camiseta. Estão segurando varinhas. À frente, em destaque, um menino careca de tanga branca, sentado de pernas cruzadas, segurando folhas e instrumento de escrita.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração representando um menino aprendendo a escrever no Egito antigo. FIM DA LEGENDA.

  1. Com que idade os estudantes entravam na escola?
  1. Como os estudantes treinavam a escrita?
  1. O texto cita a existência de escribas bilíngues, isto é, aqueles que compreendiam, liam e escreviam em duas línguas. O que isso nos revela a respeito da sociedade e dos governantes egípcios?

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  1. Ao longo da história, as sociedades produziram conhecimentos e técnicas que continuam a ser utilizados ou foram aprimorados. Indique duas tecnologias ou conhecimentos que herdamos do patrimônio cultural da Antiguidade.
  1. As imagens a seguir representam alguns trabalhadores do Egito antigo. Observe as imagens com atenção e identifique os trabalhadores retratados em cada uma delas.
Imagem: Fotografia. Pintura de homens, mulheres e animais diversos. Imagens dispostas em proporções diferentes.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura egípcia de cerca de 3.500 anos encontrada na tumba de Nakht. Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de dois homens de cabelo curto preto, vestindo camiseta marrom e túnica branca. Estão segurando pergaminhos e instrumentos de escrita.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de uma pintura egípcia produzida entre 1420 a.C. e 1411 a.C., encontrada na tumba de Menna. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de homem de cabelo curto preto, sem camiseta e túnica branca. Está entre rebanho de gado em tons de branco, marrom e preto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura egípcia, de cerca de 1350 a.C., encontrada na tumba de Nebamen. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de homens e mulheres trabalhando em campo de plantação com hieróglifos entre a imagem.   Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura egípcia produzida entre 1292 a.C. e 1187 a.C., encontrada na tumba de Sennedjen. FIM DA LEGENDA.

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  1. Leia o texto abaixo e observe as imagens. Depois, com base em seus conhecimentos e nos conteúdos estudados ao longo desta unidade, responda ao que se pede.

Os museus de hoje quase sempre mostram exemplos da antiga cerâmica grega. Se você olhar com atenção, verá que ela é feita de uma excelente argila vermelha, muito lisa, pintada com desenhos dramáticos ou cenas vívidas. Sabemos sobre a cerâmica grega porque muita coisa chegou a nossos dias. Mas havia outros artesãos gregos – joalheiros, trabalhadores em metal, tecelões, escultores, carpinteiros – que também produziam artigos de alta qualidade e objetos mais simples, para o uso diário.

FONTE: Fiona MacDonald. Como seria sua vida na Grécia antiga? São Paulo: Scipione, 2012. p. 7.

Imagem: Fotografia. Utensilio arredondado com suportes de apoio nas mãos. No centro, ilustração de um homem segurando um martelo e na outra mão, segura um suporte com pinça, sentado em um banco.  Fim da imagem.

LEGENDA: Utensílio grego, usado para armazenar líquidos e alimentos, produzido entre 510 a.C. e 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Jarro de cerâmica preto e dourado com ilustração em sombra de homens segurando peixe grande ao lado de uma mesa.   Fim da imagem.

LEGENDA: Jarro grego produzido entre 510 a.C. e 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Que profissões estão representadas nas cerâmicas das imagens desta página?
  1. De acordo com o texto, museus de hoje nos mostram exemplares importantes da antiga cerâmica grega. Que tipo de fonte histórica são as cerâmicas?
  1. Por que preservar essas fontes é importante?