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Unidade 2. Os primeiro núcleos populacionais

Imagem: Fotografia complementar das páginas 44 e 45. Vista de colunas cilíndricas em ruínas formando fileiras e pedras retangulares pelos arredores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas da antiga cidade de Palmira, na Ásia, na atual Síria, considerada Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Fotografia de 2016. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Introdução

A unidade 2, Os primeiros núcleos populacionais, procura discutir o processo de formação de estruturas estatais entre povos antigos, considerando principalmente o crescimento populacional, a expansão das cidades e as demandas organizativas e militares. A unidade também apresenta alguns dos povos que formaram a Mesopotâmia, suas contribuições políticas e culturais, bem como aspectos da história da antiga Grécia, enfocando a divisão social em Atenas e as particularidades da democracia e da cidadania na Antiguidade.

Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 1, 3, 6 e 10 da BNCC, a unidade estimula os estudantes a valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender a realidade; a exercitar a curiosidade intelectual; a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais; e a agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários. Em consonância com as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 3 e 5 da BNCC, a unidade busca incentivar os estudantes a identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade; e a comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. A proposta da unidade relaciona-se ainda com as Competências Específicas de História 2 e 6 da BNCC, e desse modo visa contribuir para que o estudante possa compreender acontecimentos históricos e a historicidade no tempo e no espaço e entender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica.

Unidade temática da BNCC em foco na unidade:

  • Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social

    Objetos de conhecimento em foco na unidade:

  • O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados
  • As formas de organização social e política: a noção de Estado
  • Cidadania, diversidade cultural e respeito às diferenças sociais, culturais e históricas

    Habilidades da BNCC em foco nesta unidade:

    EF05HI01, EF05HI02, EF05HI04, EF05HI05 e EF05HI06.

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Boxe complementar:

Vamos conversar

Hoje, a maioria das pessoas vive em cidades que têm muitas características em comum. O desenvolvimento do espaço urbano tem uma longa história, que começou há milhares de anos. Observe a imagem da antiga cidade de Palmira. Os objetos encontrados nesse sítio arqueológico e suas ruínas revelam importantes características da vida social e cultural daquela cidade.

  1. Como essas construções e peças arqueológicas podem contribuir para o estudo do modo de vida nas cidades antigas?
  1. Por que é importante preservar esses registros?

Fim do complemento.

Imagem: Fotografia complementar das páginas 44 e 45. Vista de colunas cilíndricas em ruínas formando fileiras e pedras retangulares pelos arredores.   Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da abertura da unidade 2 pode ser trabalhada na semana 12.

Orientações

As atividades de abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Sugerimos que inicie as propostas da unidade com as seguintes atividades preparatórias:

Peça aos estudantes que observem e comentem a imagem das páginas de abertura da unidade. Depois, proponha a resolução das atividades da página 45.

Inicie a proposta de resolução das atividades conversando com os estudantes sobre o conceito de cidade. Pergunte o que eles entendem por essa palavra e deixe que se expressem livremente. Essa introdução é importante para que compreendam as particularidades da forma de organização do espaço, que será tratada em perspectiva histórica ao longo desta unidade.

Retome o que foi estudado anteriormente sobre cultura material e o trabalho do historiador, estimulando os estudantes a relacionar as ruínas da antiga cidade de Palmira ao povo que vivia nessa região.

Incentive-os a refletir também sobre a importância de preservar esses vestígios como registro de sociedades que viveram no passado.

Objetivos pedagógicos da unidade:

  • Reconhecer o processo de formação de uma estrutura estatal a partir do crescimento populacional, a expansão das cidades e as demandas organizativas e militares.
  • Conhecer alguns dos povos que formaram a Mesopotâmia e reconhecer suas principais características e seus legados culturais.
  • Estudar a divisão social em Atenas e compreender as particularidades da democracia e da cidadania na Antiguidade.
  • Refletir sobre a efetivação da cidadania no Brasil, considerando o processo histórico ocorrido entre o Império e a implementação da República e os desafios dos tempos atuais.

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Capítulo 1. Os primeiros núcleos populacionais

Os primeiros núcleos populacionais surgiram no período Neolítico, quando alguns grupos humanos se tornaram sedentários e passaram a desenvolver a agricultura e a domesticação de animais. A fixação desses grupos em um mesmo local gerou grandes mudanças na forma de organização social. Os espaços de moradia começaram a ser construídos próximos aos campos de cultivo. Além de proteger contra o frio e outros perigos, as construções também serviam para armazenar alimentos para os períodos de escassez. Esse processo deu origem às primeiras aldeias. Elas eram autossuficientes , pois, além de trabalhar no campo, as pessoas produziam as próprias ferramentas, vestimentas e outros utensílios.

Na região do Egito e da Mesopotâmia, as condições geográficas favoreceram a agricultura e o desenvolvimento tecnológico. A ocorrência periódica das cheias dos rios, que tornava o solo fértil para o plantio, possibilitou formar as primeiras aldeias.

Boxe complementar:

Você sabia?

O rio Nilo foi fundamental para o desenvolvimento das primeiras aldeias do Egito antigo, no continente africano. A vida daquelas populações sempre esteve ligada às águas desse rio e a seus períodos de cheia.

Os períodos de cheia do rio Nilo acontecem entre os meses de julho e setembro, quando suas margens são inundadas pelas águas. Com o tempo, para reter as águas, aquelas antigas populações passaram a construir diques e reservatórios. A água era utilizada por meio de canais de irrigação em diversas funções na agricultura e na pecuária e também para o consumo humano. O retorno das águas ao leito do rio (entre os meses de dezembro e maio) fazia com que o húmus ficasse depositado em suas margens, possibilitando a fertilização das terras e a prática de uma agricultura de alta produtividade.

Os rios também eram importantes para o transporte de mercadorias e a comunicação entre os núcleos populacionais que se formaram com o passar do tempo.

Imagem: Fotografia. Vista de canoa com duas pessoas sobre rio largo. Ao redor há vegetação pena margem e morros de areia ao fundo.   Fim da imagem.

LEGENDA: Barco de pesca no rio Nilo, em Edfu, Egito, 2019. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 46 e 47 pode ser trabalhada na semana 12.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Identificar as transformações ocorridas no modo de vida dos seres humanos no período Neolítico com o desenvolvimento da agricultura.
  • Compreender a formação das primeiras aldeias neolíticas e seu processo de desenvolvimento para cidades, a partir do advento do comércio.
  • Refletir sobre a especialização do trabalho possibilitada pelo excedente produtivo e a decorrente divisão social dos ofícios.
  • Compreender características da organização política e urbana de cidades mesopotâmicas e egípcias.
  • Reconhecer o processo de formação de uma estrutura estatal a partir do crescimento populacional, a expansão das cidades e as demandas organizativas e militares.
  • Relacionar a criação da escrita ao contexto de necessidade de formas de registro de dados populacionais e financeiros.

    Orientações

    Retome o que foi aprendido na unidade anterior sobre as diferenças entre o modo de vida nômade e o sedentário e as condições que possibilitaram o estabelecimento dos seres humanos em locais fixos. Ressalte o importante papel da agricultura nesse processo, motivo pelo qual a Revolução Neolítica é também chamada Revolução Agrícola.

    Aborde o surgimento das primeiras aldeias e destaque as suas principais características.

    Atividade complementar: Artefatos de Çatal Hüyük

    Escavações no sítio arqueológico de Çatal Hüyük possibilitaram a coleta, o registro e o estudo de variados tipos de artefato. Alguns deles estão disponíveis no site http://fdnc.io/guD. Acesso em: 5 jun. 2021.

    Convide os estudantes a navegar pelo site, tomando notas sobre os artefatos que encontrarem e criando hipóteses sobre as pessoas que os produziram.

    Caso a navegação não seja possível, considere selecionar algumas imagens, imprimi-las e apresentá-las aos estudantes em sala de aula para a realização da atividade sugerida.

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Há cerca de 9 mil anos, na região de Anatólia, onde hoje se localiza a Turquia, existiam núcleos habitados por milhares de pessoas, como Çatal Hüyük e Asikli Höyük. Nesses locais havia casas e viviam cerca de 8 mil pessoas, que conciliavam os trabalhos no campo, a caça e a coleta de frutos e vegetais. O trabalho era feito em grupo, pois era preciso armazenar alimentos para todos. Apesar de partilharem alguns hábitos em comum, esses assentamentos tinham costumes e culturas diferentes.

Imagem: Fotografia. Duas mulheres de chapéu, camiseta e calça, agachadas em estruturas de pedras, limpando-as com pincéis.   Fim da imagem.

LEGENDA: Escavação em Çatal Hüyük, assentamento Neolítico de mais de 8 mil anos. Turquia, 2018. As pesquisadoras da imagem estão em uma antiga casa composta de uma sala e quartos pequenos. FIM DA LEGENDA.

  1. O que favoreceu o surgimento das primeiras aldeias?
PROFESSOR Atenção professor: É esperado que o estudante indique fatores como o desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Que funções tinham as construções das primeiras aldeias?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• A cidade ao longo dos tempos, de Peter Kent. São Paulo: Zastras, 2010.

O livro procura apresentar, por meio de ilustrações e imagens, a história de formação das cidades ao longo do tempo.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. O desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais levaram grupos humanos a se fixar em um mesmo local. Os espaços de moradia foram construídos perto dos campos de cultivo, dando origem às primeiras aldeias.

Atividade 2. No período Neolítico, as construções serviam tanto como espaço de moradia, protegendo contra o frio e perigos, como para a realização de pequenos trabalhos e o armazenamento de alimentos. Converse com os estudantes sobre a função das habitações, orientando-os a identificar seus usos e a estabelecer comparações entre passado e presente. Destaque que as habitações não eram propriedades de núcleos familiares, como atualmente, e eram utilizadas pela comunidade para o armazenamento de alimentos e a proteção contra as intempéries.

As atividades 1 e 2 possibilitam a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

O conteúdo e as atividades propostas ao longo do capítulo 1 favorecem o aprofundamento do trabalho com o tema atual de relevância em destaque neste volume: “Cidadania e patrimônio cultural”. É importante conversar com os estudantes sobre as formas de organização social entre sociedades antigas e a importância da cultura material para conhecermos seu passado.

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A formação das primeiras cidades

O desenvolvimento de técnicas de agricultura, como a construção de diques e canais para irrigar a terra, e o aperfeiçoamento de ferramentas fizeram com que a oferta de alimentos crescesse. Com isso, a população aumentou, e a produção de alimentos deixou de ser coletiva, pois nem todas as pessoas precisavam trabalhar no campo, e algumas puderam dedicar-se à produção artesanal.

A especialização do trabalho e o aumento da oferta de alimentos geraram maior variedade de produtos que poderiam ser comercializados. Essa transição levou à criação de espaços destinados à produção artesanal e ao comércio separados do trabalho no campo. Casas e oficinas começaram a ocupar ruas em volta de pequenas praças, onde ocorriam feiras, dando origem às cidades. Muitas delas eram protegidas por muros de tijolos que delimitavam a área.

Na Mesopotâmia, há cerca de 6 mil anos, existiram grandes cidades, como Ur, Uruk e Eridu. Elas foram fundadas pelo povo sumério e tinham características arquitetônicas comuns. Uruk foi a maior cidade do período. Ela era dividida em bairros religiosos, administrativos, residenciais e comerciais, e contava com um exército e um sistema de administração pública.

Imagem: Fotografia. Vista de muralha de tijolos marrons formando forte retangular e arco alto formando abertura.  Fim da imagem.

LEGENDA: A cidade da Babilônia, há 2 600 anos, era protegida por grandes muralhas. Iraque, 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Mapa. Primeiros assentamentos e cidades. Egito destacando egípcios marcando as cidades: Gizé; Mênfis; Sacara; Tebas; Assua. Mesopotâmia destacando mesopotâmicos marcando as cidades: Ebla; Mari; Kish; Uruk; Susa; Ur; Eridu; Nipur. India destacando indianos marcando a cidade: Mohenjo-Daro. China destacando chineses marcando as cidades: Taixiun; Cheng-ziyai; Erlitou; Tseng-tsou; Pan lou cheng; Anyang; Sufutun. No canto superior direito há uma rosa dos ventos. Abaixo, escala de 0 a 690 km. No canto superior direito há um mapa destacando a região.   Fim da imagem.

FONTE: A aurora da humanidade. Rio de Janeiro: Time-Life/Abril Livros, 1993. (Coleção História em revista).

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 48 e 49 pode ser trabalhada na semana 12.

Orientações

Retome o que foi estudado sobre o excesso na produção agrícola e sua relação com o aumento populacional e a diversificação das atividades produtivas. É importante que os estudantes notem que os conhecimentos desenvolvidos e aplicados às necessidades do período, que definem o conceito de tecnologia, foram fundamentais para o sucesso no cultivo de alimentos.

Converse com os estudantes sobre o comércio, perguntando a eles o que caracteriza essa prática. Espera-se que expliquem que o comércio é a atividade baseada na compra e na venda de produtos. Comente que as trocas comerciais são feitas mediante a negociação de valores equivalentes – que podem ser pagos em moedas ou não.

Explore com os estudantes o mapa disponível na página 48, orientando-os a verificar informações sobre os primeiros assentamentos e cidades e a relacioná-las ao texto didático.

As cidades como legado mesopotâmico

Algumas das primeiras cidades conhecidas – como Uruk (terra de Gilgamesh, que deu origem ao nome Iraque) e Ur (cidade natal de Abraão, o pai de religiões monoteístas como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo) – se localizam no Iraque. Fundada pelo califa Al Mansur (o Vitorioso) em 762, Bagdá era a maior cidade do mundo e tinha cerca de 1 milhão de habitantes já no século 9º.

“A invenção das cidades pode ser o mais duradouro legado da Mesopotâmia. Não havia apenas uma cidade, mas dezenas, cada uma com seu território rural e sua própria rede de irrigação”, diz a antropóloga e assirióloga Gwendolyn Leick, autora de “Mesopotâmia, a Invenção da Cidade”.

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Cidades na África, América, China e Europa

Na África, no vale do rio Nilo, diversos núcleos urbanos foram construídos, como Gizé, Mênfis e Tebas. Há mais de 3 mil anos, na Europa, na China e na América surgiram várias cidades, como Atenas, na Grécia, Roma, na Itália, Anyang, na China, e Teotihuacán, na região onde hoje se localiza o México.

  1. Como ocorreu a formação das primeiras cidades?
  1. Por que a produção de alimentos deixou de ser coletiva? Explique.
PROFESSOR Atenção professor: Atividades 3 e 4: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Reúna-se com um colega. Observem as imagens abaixo e respondam à questão.
Imagem: Fotografia. Ruínas em sitio arqueológico formado por níveis retangulares e escada central. Possui três níveis diferentes.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas do sítio arqueológico de Teotihuacán, onde se vê a Pirâmide da Lua. Esse era o centro cerimonial da cidade asteca que foi construída há cerca de 2 100 anos. México, 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia.  Ruínas de templo coberto por terra em montes.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas do Templo Branco no sítio arqueológico de Uruk. Essa foi a maior cidade suméria há 5 mil anos, servindo de modelo para outras cidades da Mesopotâmia. Iraque, 2020. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Nos vestígios das duas cidades observam-se templos religiosos. As fotografias são de lugares muito distantes entre si: Uruk, no Iraque, e Teotihuacán, no México.
MANUAL DO PROFESSOR

Os historiadores salientam, diz ela, o surgimento de Estados centralizados que exerceram controle sobre territórios frequentemente muito vastos, mas a unidade sociopolítica mais duradoura e bem-sucedida a surgir na Mesopotâmia foi a cidade-Estado.

“A ideia da cidade como um conceito heterogêneo, complexo, desordenado, em permanente mudança, mas basicamente viável para a sociedade humana foi uma criação mesopotâmica”, afirma Leick. A primeira cidade a ser criada, segundo a épica babilônica, foi Eridu, localizada ao sul do Eufrates – nasceu antes mesmo das árvores, segundo o mito. Eridu transformou-se num importante centro religioso dedicado ao culto do deus da água, Enki.

FONTE: Folha de S.Paulo . Primeiras cidades são da região. Disponível em: http://fdnc.io/guE. Acesso em: 6 jun. 2021.


Orientações

Ressalte como o comércio passou a mudar a configuração do espaço das aldeias, que pouco a pouco foram se tornando cidades: nelas eram organizadas as moradias e as atividades comerciais, enquanto a produção agrícola era reservada ao campo. Comente que até hoje em dia é comum tratarmos como “cidade” o centro comercial de algum município, mesmo que este não tenha zona rural.

Avalie a possibilidade de estender um mapa-múndi sobre um mural de cortiça e marcar, com tachinhas, os locais onde surgiram as primeiras cidades indicados no texto.

Atividade 3. O aumento populacional dos primeiros núcleos levou à especialização do trabalho, e as pessoas puderam se dedicar a atividades fora do campo. O comércio cresceu e novos espaços foram construídos para abrigar as atividades comerciais e artesanais, dando origem às cidades.

Atividade 4. O desenvolvimento de técnicas de agricultura propiciou o crescimento da oferta de alimentos e o aumento da população. Desse modo, nem todas as pessoas precisavam trabalhar no campo e algumas puderam se dedicar a outras atividades.

As atividades 3, 4 e 5 possibilitam a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

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Expansão das cidades e a organização social

Há cerca de 6 mil anos, diversas cidades surgiram na Mesopotâmia e na África. Os grupos que viviam em algumas delas conquistaram outros povos, expandiram seus domínios e formaram grandes impérios, como o Império Egípcio e o Babilônico. Na Mesopotâmia, inicialmente, a administração de cada cidade era exercida por um sacerdote, que governava o próprio templo. À medida que as tarefas administrativas ficaram mais complexas, os palácios passaram a ser o centro administrativo do governo, exercido por um rei.

A expansão territorial e o aumento populacional exigiram mudanças na administração do território e da vida em sociedade. Com uma oferta maior de produtos, o comércio entre os povos cresceu. Por isso, foram criados órgãos administrativos e jurídicos. Essa organização gerou novas profissões, pois era necessário defender o território, registrar o número de habitantes, calcular e cobrar impostos, construir prédios públicos, casas e diques, cultivar a terra, comercializar, aplicar as leis etc. Havia muitas profissões essenciais à vida em sociedade: agricultores, artesãos, tesoureiros, tecelões, pintores, pedreiros, criadores de animais, soldados, músicos e muitas outras.

Imagem: Fotografia. Escultura do rosto de um homem com apoio para mãos comprido saindo no queixo e estrutura circular alta no chapéu.  Fim da imagem.

LEGENDA: Espelho de cerca de 3 mil anos encontrado em Lahun, uma cidade planejada em que residiam sacerdotes e artesãos, na região de Faium, Egito. FIM DA LEGENDA.

Invenção da escrita

O registro das informações se tornou cada vez mais necessário: a arrecadação de impostos gerava muitos dados, pois controlava-se quem havia feito o pagamento, quais eram as isenções e quem estava em dívida. Para facilitar esse trabalho, os sumérios inventaram a escrita, que foi usada também para emitir decretos, definir fronteiras de territórios e fazer registros religiosos.

No Egito, o domínio da escrita era muito valorizado, e os escribas eram as pessoas responsáveis por ela.

Imagem: Fotografia. Placa de argila retangular com inscrições de símbolos diversos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Placa de argila com inscrições mesopotâmicas de cerca de 5 mil anos. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 50 e 51 pode ser trabalhada na semana 13.

Orientações

Converse com os estudantes sobre a divisão social do trabalho hoje em dia. Peça que citem algumas profissões que conhecem e anote-as na lousa, separando-as em colunas com os títulos “Produção ou serviço”, “Administração ou jurídico” e “Militar”.

Após este primeiro momento, explique aos estudantes que as pessoas passaram a assumir diferentes tarefas ao longo do processo de formação das cidades, há milhares de anos. Como a população crescia e os agricultores conseguiam produzir mais do que era necessário para abastecer a aldeia, foram criadas funções administrativas para gerir a vida pública, estabelecer regras e arrecadar impostos. É importante ressaltar que essas funções, relacionadas indiretamente à produção, só foram possíveis graças ao maior tempo livre disponível após a sedentarização.

A escrita e os escribas no Egito

[...] Enquanto, à imensa maioria dos escribas, às vezes, na base da chibatada, cabia apenas memorizar e repetir o que o sacerdote leitor havia inventado, o escriba leitor devia buscar imagens para traduzir as palavras que comporiam os textos narrativos, poéticos, dramáticos e/ou românticos que eles relatavam. [...] [A] forma de estruturação [da escrita] se caracteriza:

(1) pelo uso de imagens referentes a objetos e seres da natureza, em lugar de símbolos;

(2) pela utilização de elementos da natureza com os quais se tem contato visual para expressar sons e pelo desafio de assim manifestar sentimentos e abstrações, como o amor, o ódio, a destruição e, é claro, a construção.

MP075

  1. O crescimento das primeiras cidades provocou inúmeras transformações. Quais foram elas?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Reúna-se com um colega. Identifiquem juntos as profissões representadas nas imagens 1, 2 e 3, a seguir. Depois, elaborem um pequeno texto explicando a importância e o papel dessas profissões para a vida nas cidades da Antiguidade.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Fotografia. Parede em alto-relevo com ilustração de homens ajoelhados trabalhando em papiros.  Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo de 4 400 anos atrás retratando dois escribas. Região de Sacará, Egito. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Homens de túnica branca andando em campo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura de cerca de 3 400 anos retratando a colheita do trigo. Região onde se localizava Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Homens enfileirados segurando ramos de trigo e lanças.   Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo de cerca de 3 500 anos retratando soldados egípcios. Região onde se localizava Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Afinal, muito antes de Heráclito (585-528 a.C.), já se sabia que a vida era feita de movimentos, vivenciados no dia a dia e/ou de constatações, decorrentes da observação da natureza; (3) pela exigência de um processo de construção/aprendizagem dinâmico e constante. É lógico que essa escrita nunca esteve pronta: desde o surgimento dos primeiros signos, ao redor de 3.000 a.C., até a sua proibição pelos romanos, no século IV d.C., foram criados cerca de 6.000 hieróglifos. A cada novo fato, descoberta e/ou necessidade de grafar, os escribas leitores inventavam novos hieróglifos. E ai deles se estivessem desatualizados e desconhecessem as novas palavras: cabia-lhes então a perda do cargo e a desonra social, extensiva à sua família; [...]

FONTE: BAKOS. Margaret M. Hekanakht : pujança passageira do privado no Egito antigo. Disponível em: http://fdnc.io/guF. Acesso em: 5 jun. 2021.

Pergunte aos estudantes sobre o início da escrita e os motivos que levaram à criação desse tipo de código, buscando levantar seus conhecimentos prévios. Espera-se que eles compreendam que, quando de sua criação, a escrita esteve diretamente relacionada às atividades administrativas, servindo como forma de registro útil na regulamentação da vida pública e no controle financeiro das cidades.

Atividade 6. Foram criados órgãos administrativos e jurídicos para administrar o território e a vida em sociedade, como a arrecadação de impostos, a construção de novos prédios e a defesa da cidade. Com isso, novas profissões surgiram e foi necessário desenvolver a escrita para registrar as informações.

Atividade 7. Imagem 1: Os escribas eram importantes para a administração da vida pública e para registrar a cultura de sua sociedade. Imagem 2: Os agricultores produziam os alimentos necessários a todos que viviam nas cidades. Imagem 3: Os soldados eram responsáveis pela defesa do território.

As atividades 6 e 7 favorecem a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

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Para ler e escrever melhor

Os textos a seguir permitem comparar características de antigas cidades criadas por diferentes povos em momentos históricos distintos. A leitura ajudará a compreender as transformações que ocorreram na organização do espaço urbano.

A cidade de Çatal Hüyük

Os estudos arqueológicos realizados em Çatal Hüyük, na Turquia, indicam que essa ocupação humana durou cerca de 1 400 anos. A população da cidade era composta de cerca de 8 mil habitantes, que praticavam a agricultura, a criação de animais, além de atividades artesanais e comerciais.

Praticamente não havia ruas na cidade. As casas eram semelhantes, construídas de tijolos de barro, muito próximas umas das outras. O acesso a elas era feito pelo teto, com o auxílio de escadas. A cobertura das casas constituía a área pública da cidade, onde circulavam pessoas e mercadorias. Existiam santuários, mas não foram encontrados palácios nem edifícios públicos, o que indica que não existia uma hierarquia social.

Imagem: Ilustração. Representação de casas unidas em diferentes níveis com casas em forma de forte e escadas do topo até área externa. Há pessoas caminhando pelo telhado plano.   Fim da imagem.

LEGENDA: Representação atual do antigo assentamento de Çatal Hüyük, há mais de 8 mil anos, Turquia. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 13.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Ler, interpretar textos e identificar informações.
  • Compreender algumas características de diferentes cidades antigas e compará-las.

    Orientações

    Peça aos estudantes que leiam os textos apresentados na seção e observem as imagens com atenção. Auxilie-os em caso de dificuldade com algum termo ou na organização das informações necessárias para responder às questões.

    Para facilitar a realização das atividades, sugira aos estudantes que organizem as informações sobre as cidades de Çatal Hüyük e do Egito antigo em categorias: divisão social, divisão urbana e meio de subsistência. Elas podem ser inseridas em uma tabela ou destacadas no texto com lápis de cores diferentes.

    É importante ressaltar as particularidades das cidades, de modo que os estudantes compreendam o complexo processo de formação e desenvolvimento dos agrupamentos. Assim, poderão perceber que o início das cidades não pode ser interpretado como único, homogêneo e linear.

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As cidades do Egito antigo

Muitas cidades do Egito antigo se estabeleceram no vale do rio Nilo. Havia uma hierarquia econômica e social muito rígida que determinava o tipo de moradia: os trabalhadores construíam suas casas com materiais frágeis, como tijolos de barro e fibras vegetais, localizadas em vilas com ruas estreitas e muito próximas umas das outras; o faraó , os funcionários reais e os ricos viviam em lugares mais altos e em moradias de pedra perto dos centros de comércio e dos edifícios públicos. Existiam também templos, mastabas e palácios.

O espaço rural não estava separado do urbano porque os campos de cultivo e as moradias ficavam próximas às margens do rio Nilo. Boa parte da população trabalhava no campo, de onde vinham os alimentos e a matéria-prima necessários para a sobrevivência e a confecção de objetos.

Imagem: Fotografia. Vista das ruínas extensas de uma aldeia separando locais de moradias e ruas apenas pelos muros de pedras largas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas de Deir el-Medina, antiga aldeia de artesãos. Região de Luxor, Egito, 2016. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Aponte quais são as diferenças entre as cidades apresentadas nos textos.
  1. E quais são as semelhanças entre as duas cidades?
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Converse com um familiar sobre as características da cidade em que você vive e descreva sua organização espacial. Você pode comparar o modo como foram construídos e distribuídos prédios, casas e espaços públicos na sua cidade e nas cidades descritas no texto.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. A cidade de Çatal Hüyük não tinha ruas, palácios nem prédios públicos. Suas casas eram parecidas, o que indica que não existia uma hierarquia social. Nas cidades egípcias, havia uma hierarquia social rígida que determinava o tipo de moradia. As casas dos trabalhadores eram feitas com materiais frágeis, enquanto o faraó e os mais ricos construíam suas moradias com pedra. Havia também edifícios públicos, mastabas e palácios.

Atividade 2. Os dois tipos de núcleo de povoamento descritos, Çatal Hüyük e as cidades do Egito antigo, contavam com espaços religiosos e destinados ao comércio, e ambos dependiam do trabalho agrícola.

Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar, de leitura oral e dialogada e interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, o reconto do que foi estudado e a integração dos conhecimentos construídos por eles em casa e na escola. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha a interpretação e a relação de ideias e informação. Os estudantes podem indicar elementos como a forma de organização de casas, os templos religiosos, os edifícios públicos, as ruas, o acesso a alimentos, as divisões sociais, a proximidade em relação ao campo etc.

As atividades desta seção possibilitam a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Literacia e História

A comparação é utilizada para que o estudante possa perceber as diferenças entre as cidades apresentadas no texto e, depois, entre estas e a cidade onde vive atualmente. Primeiro a comparação entre cidades que existiram no passado, depois a observação das mudanças e das permanências no modo de vida urbano nos dias de hoje.

MP078

Capítulo 2. A organização da vida social

Apesar de algumas cidades antigas encontrarem-se próximas entre si, elas podiam ter formas de organização política, econômica e social muito diferentes. As antigas cidades sumérias, na Mesopotâmia, por exemplo, eram independentes, isto é, cada uma tinha seu próprio sistema administrativo e jurídico. O controle político e religioso ficava nas mãos de um pequeno grupo social, enquanto a maior parte da população trabalhava nos campos e não participava das decisões políticas. Os sumérios eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses.

No Egito antigo, a administração era dividida entre várias cidades, chamadas nomos, que tinham um chefe local que pertencia à elite. As cidades não eram independentes e faziam parte de um grande império governado por um faraó que representava, ao mesmo tempo, o poder político e religioso. As principais atividades econômicas eram a agricultura e a criação de animais. Camponeses, artesãos e pessoas escravizadas realizavam a maior parte do trabalho no campo e nas cidades. Os egípcios, como os sumérios, eram politeístas, e sua sociedade também tinha uma hierarquia social rígida e desigual.

Imagem: Fotografia. Quadro com pintura de povo egípcio em campos de plantação e colheita. Acima, há representações de pessoas com cabeças de animais e hieróglifos.    Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura em parede representando camponeses em plantação. Região de Luxor, Egito, cerca de 3 200 anos atrás. Mulheres e homens trabalhavam na produção agrícola e artesanal, preparando artefatos, alimentos e vestimentas. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• O Egito antigo: passo a passo, de Aude Gros de Beler. São Paulo: Claro Enigma, 2016.

Esse livro, escrito por uma egiptóloga especialmente para crianças, é uma maneira de conhecer detalhes interessantes da vida no Egito antigo.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 54 e 55 pode ser trabalhada na semana 14.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Identificar algumas características de cidades sumérias e egípcias e compará-las, compreendendo a complexidade das civilizações da Antiguidade.
  • Reconhecer as diferenças no poder político descentralizado em relação ao centralizado, analisando casos pertinentes aos dois modelos.
  • Identificar aspectos do politeísmo e associá-lo a civilizações antigas como a egípcia e a mesopotâmica.

    Orientações

    Apresente o tipo de organização social estabelecido entre os mesopotâmicos e os egípcios. Explique aos estudantes que a Mesopotâmia era uma grande região que abrigava cidades independentes, como os sumérios, mencionados no capítulo 1 desta unidade. Entre os povos mesopotâmicos estavam, além dos sumérios, acádios, amoritas, assírios, caldeus e hititas.

    Converse com os estudantes sobre o que significa politeísmo, destacando que, no período até o início do judaísmo, era comum entre os povos a crença em diversos deuses. Se considerar válido, pesquise e apresente alguns dos deuses mesopotâmicos, abordagem que pode despertar interesse na turma.

    Ressalte o caráter excludente do poder político instaurado entre os mesopotâmicos, cujas decisões políticas eram reservadas à aristocracia. A disputa por poder e por terras causou constante instabilidade entre os povos mesopotâmicos.

    A cidade como pivô da civilização mesopotâmica

    [...] O Zigurate deveria ficar em um lugar alto, facilitando a descida dos deuses à terra. [...] A cidade era a morada dos deuses e eles habitavam o interior do santuário, assim sendo, a destruição do complexo religioso poderia fazer com que os mesmos se afastassem definitivamente [...].

    Podemos perceber o significado que a cidade e o conjunto arquitetônico religioso que a integrava tinha na vida mesopotâmica. [...] a cidade era o pivô institucional no qual se baseava toda a civilização. Desta maneira, nenhum aspecto da vida na Mesopotâmia pode ser compreendido fora de seu contexto urbano. [...]

    FONTE: SANTOS, Dominique Vieira C. dos; CONTADOR, Ana Letícia; CRESCENCIO, Aniele Almeida; SANTOS, Dominique Vieira C. dos. Representações do espaço da cidade na Epopeia de Gilgamesh: a Uruk das grandes muralhas. In: Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais – UEG/UnU Iporá, v. 1, n. 2, p. 115-129, jul./dez. 2012.

MP079

Tanto os egípcios quanto os sumérios exerceram grande influência cultural em outras cidades com as quais realizavam trocas comerciais. Por meio desse contato, algumas cidades assimilaram costumes e aspectos da cultura egípcia, como a escrita e as artes.

  1. Que características as sociedades suméria e egípcia tinham em comum? E quais eram diferentes?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Os zigurates eram grandes templos em formato de pirâmide, com escadas que levavam ao topo, e estavam presentes em diferentes cidades dos antigos povos da Mesopotâmia. Eles eram construídos por súditos ou escravizados. Observe as imagens a seguir, retome seus conhecimentos sobre a história da antiga Mesopotâmia e responda ao que se pede.
Imagem: Fotografia. Templo em formato Zigurate alto com paredes retangulares altas e escada central que vai do chão até o topo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Zigurate da antiga cidade suméria de Ur, no atual Iraque, 2016. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Templo em formato Zigurate com diferentes níveis retangulares formado por tijolos pequenos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Zigurate na antiga cidade de Chogha Zanbil, Khuzistão, Irã, 2015. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Entre os sumérios, o controle político e religioso ficava nas mãos de um pequeno grupo social. Grande parte da população não participava das decisões políticas. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

É importante que os estudantes percebam que, diferentemente dos mesopotâmicos, os egípcios tinham o governo centralizado na figura do faraó, que era visto como um representante dos deuses na Terra. Ele estava acima de todos os egípcios e tinha um aparato administrativo e burocrático a seu favor, entre eles os escribas, que registravam e tinham o controle sobre tudo o que acontecia no império.

Atividade 1. Ambas as sociedades eram politeístas e tinham uma hierarquia social desigual. A organização política era diferente: as cidades egípcias eram governadas por um faraó, enquanto as cidades sumérias eram independentes, com um governo local.

Atividade 2. Para complementar a resposta a esta atividade, os estudantes poderão relacionar que as pessoas mais pobres (súditos e escravizados) eram responsáveis pelo trabalho mais pesado no campo e na construção dos zigurates.

As atividades 1 e 2 possibilitam a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

O conteúdo e as atividades propostas ao longo do capítulo 2 favorecem o aprofundamento do trabalho com o tema atual de relevância em destaque neste volume, “Cidadania e patrimônio cultural”. Incentive os estudantes a reconhecer a importância das fontes históricas para conhecermos as sociedades do passado e a compreender a trajetória da construção das noções de igualdade e cidadania ao longo do tempo.

MP080

Fontes históricas para conhecer as cidades antigas

Os documentos escritos são importantes fontes para compreender o cotidiano das primeiras cidades. A escrita foi muito importante para a organização social, pois possibilitou estabelecer leis, contratos comerciais e registros fiscais. Além disso, conhecimentos e técnicas também foram transmitidos por meio da escrita.

Escrita e costumes: Mesopotâmia

Na Mesopotâmia viveram vários povos, como os sumérios, os acádios, os assírios e os babilônios. Eles partilhavam alguns elementos culturais, mas tinham línguas e costumes diferentes. Há cerca de 3 800 anos, o rei babilônico Hamurábi conquistou vários territórios da Mesopotâmia. Com o intuito de unificar os costumes, ele organizou o Código de Hamurábi, um conjunto de leis que estabeleciam regras para a vida em família, as relações de trabalho, as trocas comerciais, os crimes, entre outras coisas. Esse documento é uma fonte importante para o estudo dessas sociedades antigas.

Imagem: Fotografia. Coluna com imagem em alto-relevo de homem de túnica em frente a um homem sentado em um trono, com um chapéu circular e triangular, vestindo túnica fina segurando bastão.  Fim da imagem.

LEGENDA: Coluna de pedra do código de Hamurábi, de 1750 a.C. Na parte superior ao texto, Hamurábi foi representado recebendo o poder de Shamash, o deus Sol, divindidade da justiça. FIM DA LEGENDA.

Escrita no Egito antigo

Os documentos deixados pelos escribas do Egito antigo também permitem investigar como era a administração pública e a vida daquela sociedade. A primeira forma de escrita egípcia foi o hieróglifo, composto de um conjunto de símbolos que representavam ideias e valores. Apenas os faraós, os funcionários da realeza, os sacerdotes e os escribas sabiam escrever, sendo os escribas considerados muito importantes pelo registro dessa cultura. Muitos documentos egípcios eram escritos em papiros, um tipo de folha feita de uma planta que era comum naquela região da África.

Imagem: Fotografia. Escultura de homem de cabelo curto preto, sem camiseta e tanga, sentado com pernas cruzadas, segurando um papiro.   Fim da imagem.

LEGENDA: O escriba sentado, peça de 53,7 cm de altura, de cerca de 4 600 anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Um objeto cilíndrico fino e comprido. Abaixo, papiro e pequenos filetes de madeira.  Fim da imagem.

LEGENDA: Material de trabalho dos escribas, de cerca de 3 300 anos, encontrado na região de Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 56 e 57 pode ser trabalhada nas semanas 14 e 15.

Orientações

Retome com a turma as discussões sobre cultura material e fontes históricas realizadas ao longo da unidade 1. Comente que, além dos diversos objetos, como vasos, utensílios, ferramentas e adornos, os documentos escritos são importantes fontes de informação sobre as antigas sociedades.

Apresente aos estudantes a escrita hieroglífica, comparando-a com a escrita alfabética que utilizamos atualmente. Espera-se que eles percebam que, enquanto os egípcios da Antiguidade utilizavam desenhos que representavam aquilo que queriam transmitir, a escrita utilizada atualmente pela população ocidental baseia-se em um conjunto de símbolos, que formam as palavras.

MP081

  1. De que modo as fontes escritas podem auxiliar no estudo das sociedades antigas?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Em casa, com um familiar observe as imagens a seguir. Converse sobre elas e identifique qual é o tipo de fonte histórica que cada uma representa, de acordo com o código abaixo. Registre as respostas no caderno. Depois verifique em sala de aula se os demais colegas chegaram a conclusões semelhantes.

    Código:

    V. Fonte material visual.

    VE. Fonte material visual e escrita.

Imagem: Fotografia a. Estátua de homem de braços cruzados, com um adorno cônico na cabeça e suporte retangular sobre o queixo. Fim da imagem.

LEGENDA: Estátua do faraó Ramsés II, que reinou no Egito há mais de 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia b. Pintura de homem de saiote tocando uma harpa. À frente, duas mulheres de túnica longa branca e cabelo longo preto, sentadas em tronos observam. Fim da imagem.

LEGENDA: Afresco representando músicos egípcios de cerca de 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia c. Pintura de homem de saiote branco, em frente a uma balança de dois pendentes, ao seu lado, há um jarro sobre a balança. À frente, duas mulheres lado a lado de cabelo longo e túnica branca. Estão segurando cajados. Ao seu lado, com pendente um pouco mais alto, há uma mulher sobre a balança. Entre ambos, há um macaco verde sobre uma coluna. Fim da imagem.

LEGENDA: Página do Livro dos mortos produzido por escribas no Egito, há cerca de 2250 anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia d. Escultura em coluna de pedra de homem e mulher de túnica, frente a frente. Homem segura um cajado. Ao redor há símbolos com animais, como cobras, cabeça de tigre e pássaro. Fim da imagem.

LEGENDA: Coluna de pedra de Marduk da civilização babilônica, de cerca de 2900 anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia e. Homens nus trabalhando em colheita de plantação. Abaixo, homem de saiote está trabalhando em rebanho de gado. Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura em mural representando a colheita de papiro no Egito, há mais de 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Respostas esperadas: a) Fonte material visual. b) Fonte material visual e escrita. c) Fonte material visual e escrita. d) Fonte material visual e escrita. e) Fonte material visual.
MANUAL DO PROFESSOR

As atividades desta página possibilitam trabalhar as noções de fontes materiais visuais ou escritas, propiciando aos estudantes uma reflexão sobre os procedimentos e instrumentos comuns ao ofício do historiador. Espera-se que eles compreendam que as fontes escritas portam informações específicas, mais associadas à aristocracia e aos dados oficiais do período, uma vez que o conhecimento de leitura e escrita era restrito às classes superiores.

Atividade 3. As fontes escritas, como a escrita egípcia e o Código de Hamurábi, ajudam a entender como era a vida nas sociedades antigas e a conhecer suas leis, seus costumes e sua cultura.

Atividade 4. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, propiciando um momento de literacia familiar, de troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, de leitura dialogada, de interação verbal e reconto do que foi estudado.

Para o estudante assistir

Como fazer papiro, o papel do Egito antigo, canal Manual do Mundo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=z_tnbpuu6PI . Acesso em: 5 jun. 2021.

Exiba o vídeo aos estudantes para apresentar algumas características e etapas da produção de papiro. Se considerar interessante, proponha que tentem produzir esse tipo de papel em casa ou na sala de aula.

As atividades da página 57 possibilitam a mobilização da habilidade EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

MP082

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

De acordo com a Constituição brasileira atual, todas as pessoas são iguais e têm os mesmos direitos. Mas nem sempre foi assim. Leia o texto a seguir e saiba como eram essas relações na Antiguidade.

Cidadania e igualdade: uma conquista histórica

Muitas sociedades antigas, como as que estamos estudando nesta unidade, eram marcadas pela desigualdade social. Nem todas as pessoas tinham os mesmos direitos. As mulheres, por exemplo, não tinham direitos iguais aos dos homens. As ideias de cidadania e igualdade desenvolveram-se ao longo dos séculos, muito tempo depois da criação das primeiras cidades.

Com a passagem da organização em aldeias para os centros urbanos, alguns grupos assumiram o controle das cidades. Isso quer dizer que as decisões sobre a vida em comunidade não eram tomadas de forma igualitária. O poder e as terras ficaram centralizados nas mãos de pequenos grupos, e a maioria da população foi excluída das decisões políticas.

No Egito antigo, o faraó era considerado um intermediário entre os deuses e o povo e, por isso, exercia um grande poder. Todas as decisões eram tomadas por ele, cujo poder era hereditário, isto é, transmitido somente aos membros de sua família. Os funcionários reais, como sacerdotes, escribas e chefes militares, tinham posições privilegiadas. Por outro lado, a maioria da população – artesãos, camponeses e escravizados, que realizavam grande parte dos trabalhos – era excluída das decisões, pagava altos impostos e, muitas vezes, era forçada a trabalhar sem receber pagamento nas construções públicas.

Essas diferenças sociais se refletiam na organização das cidades: os reis e a nobreza ocupavam palácios luxuosos, enquanto artesãos, camponeses e escravizados viviam em casas simples, feitas de barro e cobertas com folhas.

Imagem: Fotografia. Miniaturas de casas diversas em pedra. Há prédios estreitos com janelas pequenas e casa larga retangular de dois andares com abertura só na porta.   Fim da imagem.

LEGENDA: Miniaturas em calcário representando casas da civilização egípcia de cerca de 4 mil anos. A desigualdade social das civilizações antigas se refletia na organização das cidades. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 15.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Refletir sobre a organização social e política nas sociedades antigas sob a perspectiva da cidadania.
  • Compreender o exercício da cidadania como uma construção histórica.

    Orientações

    Apresente aos estudantes o conteúdo da seção, que trabalha os conceitos de cidadania e desigualdade social. Avalie se têm familiaridade com esses termos e, se necessário, proponha uma discussão sobre eles. Por cidadania entende-se a inclusão e a participação das pessoas nas instâncias políticas que lhes dizem respeito, com direitos e deveres, assumindo o papel de cidadãos. Já a ideia de desigualdade social está diretamente relacionada às assimetrias entre os membros da sociedade, que são geradas por diferenças no acesso à educação e ao mercado de trabalho, por exemplo, e por isso têm reflexos econômicos.

    Educação em valores e temas contemporâneos

    Compreender a cidadania como uma conquista histórica é valorizar a luta de muitos povos ao longo do tempo por sua efetivação. Nesse sentido, a escola e o professor são vetores essenciais à educação e à prática cidadã, bem como à valorização da cidadania. Auxilie os estudantes a notar as relações entre cidadania e desigualdade social e a reconhecer a importância da participação política para a garantia de representação dos interesses das diversas parcelas da sociedade.

    Atividade complementar: As condições para a participação política

    Converse com os estudantes sobre as condições sociais que impediam a participação política da maioria da população no Egito antigo. Estimule-os a refletir sobre a estrutura da sociedade egípcia e o completo distanciamento da população em geral da ideia de política e do “fazer” político.

    Em seguida, pergunte aos estudantes se existem condições atualmente que podem ser consideradas entraves à cidadania. Se necessário, intervenha na conversa chamando a atenção deles para a indisponibilidade de tempo, o desconhecimento dos assuntos políticos e outros aspectos relevantes para caracterizar o exercício da cidadania no Brasil atualmente.

MP083

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Nas cidades antigas todos tinham acesso às mesmas condições de vida? Justifique sua resposta.
  1. Como eram as condições de vida da maior parte da população no Egito antigo?
  1. Como era atribuído o poder ao faraó?
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias.   Fim da imagem.
  1. A desigualdade social refletia-se na organização das cidades antigas e nas moradias. Isso ainda ocorre atualmente? Para começar a refletir sobre isso, reúna-se em grupo. Leiam o texto a seguir em voz alta e façam as atividades propostas.

    Até 2050, espera-se que a população urbana quase duplique, fazendo da urbanização uma das tendências mais transformadoras do século XXI. Populações, atividades econômicas, interações sociais e culturais, assim como os impactos ambientais e humanitários, estão cada vez mais concentrados nas cidades, trazendo enormes desafios para a sustentabilidade em termos de habitação, infraestrutura, serviços básicos, segurança alimentar, saúde, educação, empregos decentes, segurança e recursos naturais, entre outros.

    FONTE: Declaração de Quito sobre cidades e assentamentos urbanos para todos. Nova Agenda Urbana . Organização das Nações Unidas, 2017. p. 3. Disponível em: http://fdnc.io/guG. Acesso em: 11 mar. 2021.

    1. Vocês acabaram de ler um trecho do documento chamado Nova Agenda Urbana, consolidado em 2016 durante uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU). Façam uma pesquisa na internet para descobrir: Qual é o objetivo desse documento?
    1. Façam, também, uma pesquisa na internet para compreender o que é sustentabilidade. Depois, identifiquem no texto quais são os desafios que as cidades apresentam em relação à sustentabilidade. Vocês acham que esses desafios se relacionam com o problema da desigualdade social? Por quê?
    1. Discutam quais medidas poderiam ser tomadas para tornar as cidades mais igualitárias. Criem uma proposta, nos moldes do documento Nova Agenda Urbana, e apresentem-na para a turma.
MANUAL DO PROFESSOR

As atividades desta seção possibilitam a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI04: Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos e EF05HI05: Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.

Atividade 1. Não. Com a centralização do poder e das terras nas mãos de pequenos grupos, a maioria da população não participava das decisões políticas e vivia sem os mesmos luxos e privilégios.

Atividade 2. A maioria da população era constituída de artesãos, camponeses e escravizados, que realizavam a maior parte dos trabalhos, eram excluídos das decisões, pagavam altos impostos e estavam sujeitos a trabalhos forçados.

Atividade 3. O poder era hereditário, ou seja, era transmitido somente aos membros da mesma família.

Atividade 4. a) Esse documento reúne as diretrizes que devem guiar as políticas públicas (ações do governo) para as cidades pelos próximos 20 anos, considerando o desenvolvimento sustentável.

b) Sustentabilidade refere-se ao equilíbrio entre a disponibilidade dos recursos naturais e a exploração desses recursos por parte da sociedade. No texto, os desafios que as cidades apresentam em relação à sustentabilidade relacionam-se a questões como habitação, infraestrutura, serviços básicos, segurança alimentar, saúde, educação, empregos decentes, segurança e recursos naturais, entre outros.

c) Para auxiliar os estudantes na realização deste item da atividade, converse com eles sobre as cidades no passado e no presente, estabelecendo conexões. Atualmente, nas grandes cidades brasileiras, a população trabalhadora e pobre mora em grande parte nas periferias, onde a oferta de serviços e equipamentos públicos é geralmente precária. O acesso à cidade é restrito a muitos em razão do valor dos transportes, e o deslocamento entre casa e trabalho é longo e cansativo.

MP084

Capítulo 3. Cidades e impérios da Mesopotâmia

A região da Mesopotâmia era muito fértil, e a proximidade com os rios favorecia o comércio

fluvial. Há milhares de anos, muitos povos e culturas conviveram e disputaram espaço e poder nessa região. Eles também partilharam muitos costumes e hábitos.

Um dos primeiros povos que habitaram a região da Mesopotâmia foram os sumérios. Eles eram agricultores, desenvolveram um sistema de escrita e organizavam-se em cidades autônomas, como Ur. A escrita cuneiforme e seu sistema numérico influenciaram vários outros povos que viveram na região. Há cerca de 4 200 anos, os acádios dominaram os sumérios e outros povos da região e formaram um império. As cidades deixaram de ser independentes e foram unificadas sob o comando de um rei.

Imagem: Fotografia. Escultura retangular com pontas arredondadas, há muitas divisões com inscrições em símbolos cuneiformes.   Fim da imagem.

LEGENDA: Comunicado real em escrita cuneiforme, peça suméria de cerca de 3 500 anos encontrada na Síria. Museu de Idlib, Síria, 2016. FIM DA LEGENDA.

Império Babilônico

Depois do domínio dos acádios, a Mesopotâmia foi invadida e dominada por outros povos, como os amoritas, os caldeus, os elamitas, os assírios e os medos. Há aproximadamente 3 800 anos, a região foi conquistada pelos babilônios, que construíram um grandioso império, composto de várias cidades. Eles desenvolveram um sistema de calendário que ajudava a conhecer as melhores fases para a agricultura com base em um sistema astronômico. Durante o Segundo Império Babilônico, no governo de Nabucodonosor, grandes obras arquitetônicas foram construídas, como os Jardins Suspensos. Por volta de 2 500 anos atrás, os persas, que estabeleceram grandes redes comerciais e contato com diversos povos, dominaram a região.

Imagem: Fotografia. Pintura em tons de azul e dourado dividido em três faixas com pessoas em atividades diversas. Na parte inferior, há homens carregando fardos e animais entre eles. Na parte central, homens de túnica andando entre gado e carneiros. Na parte superior, homens de túnica sentados em tronos.  Fim da imagem.

LEGENDA: A região da Mesopotâmia sofreu várias guerras e invasões. Parte do Estandarte de Ur, artefato sumério de cerca de 4 500 anos, encontrado em Ur, Iraque, 2016. FIM A LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 60 e 61 pode ser trabalhada na semana 16.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Conhecer alguns dos povos que formaram a Mesopotâmia e reconhecer suas principais características e seus legados culturais.
  • Identificar a posição estratégica da Mesopotâmia, entre outros aspectos, como fator fundamental para a instabilidade política da região.
  • Refletir sobre os processos de domínio de um povo sobre o outro desde 6 mil anos atrás, compreendendo as disputas e as conquistas por melhores locais de estabelecimento.
  • Compreender a dinâmica das línguas e refletir sobre suas permanências e transformações ao longo do tempo.

    Orientações

    Neste capítulo são tratados alguns dos conflitos entre os povos mesopotâmicos, destacando as principais transições políticas vividas por essa civilização. Ressalte as razões dos conflitos, que estão no processo de sedentarização dos grupos humanos e na busca e disputa por locais propícios para a instalação.

    Comente que os sumérios foram conquistados pelos acádios, que estabeleceram o primeiro Estado mesopotâmico, também chamado Império Acadiano. Eles são conhecidos por sua interessante tradição linguística e por terem incorporado conhecimentos sumérios, o povo dominado. O Império Acadiano durou cerca de 200 anos, período em que resistiu às invasões e revoltas internas.

MP085

Boxe complementar:

Você sabia?

De mãos dadas com a agricultura, a astronomia deu os primeiros passos entre os rios Tigre e Eufrates, mais de 10 mil anos atrás. Os registros mais antigos dessa ciência pertencem aos sumérios, que antes de desaparecerem passaram aos povos da região um legado de mitos e conhecimento. [...]

“Antes, não sabíamos como os babilônios usavam geometria, gráficos e figuras na astronomia. Sabíamos que faziam isso com matemática. Também era conhecido que eles utilizavam matemática com geometria por volta de 1,8 mil a.C., só que não para a astronomia. A novidade é sabermos que eles aplicavam a geometria para computar a posição dos planetas” [...].

FONTE: Isabela de Oliveira. Astronomia: babilônios usavam geometria para calcular a posição dos astros. Correio Braziliense , 30 jan. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/guK. Acesso em: 10 mar. 2021.

Fim do complemento.

  1. Por que a região da Mesopotâmia era disputada por vários povos?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Quais foram as principais transformações políticas que ocorreram na região da Mesopotâmia com o domínio dos acádios?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Os povos da Mesopotâmia desenvolveram conhecimentos matemáticos para realizar a cobrança de impostos, o plantio, a colheita e construir edificações.
PROFESSOR Resposta: Segundo o texto, somos herdeiros do sistema de numeração babilônico, o chamado sistema sexagesimal.

A Babilônia da Antiguidade desenvolveu uma Matemática e uma Astronomia consideravelmente mais complexa do que a egípcia. Um sistema de numeração sexagesimal (base sessenta) e posicional (a posição dos algarismos muda seu valor) era adotado desde os mais antigos registros babilônicos conhecidos [...]. O sistema posicional babilônico não possui apenas os números inteiros, mas frações sexagesimais, análogas aos nossos décimos, centésimos, milésimos [...].

Somos herdeiros deste sistema de numeração: nossa divisão da circunferência em 360 graus, a hora em 60 minutos e estes em 60 segundos provêm do sistema sexagesimal de numeração babilônico. [...]

FONTE: Babilônia. Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) . Disponível em: http://fdnc.io/guJ. Acesso em: 11 mar. 2021.

MANUAL DO PROFESSOR

Retome com os estudantes o que sabem sobre calendários, lembrando-os de que muitos outros existiram antes desses que utilizamos hoje em dia, o chamado calendário gregoriano. Em seguida, apresente a eles algumas características do calendário babilônico, que era aplicado à agricultura e mobilizava conhecimentos sobre os movimentos dos astros. Se considerar válido, faça uma pesquisa de imagens e leve um modelo desse tipo de calendário para que os estudantes possam observar.

Atividade 1. Porque essa era uma região muito fértil que favorecia a agricultura. A proximidade com os rios também favorecia o comércio fluvial.

Atividade 2. As cidades deixaram de ter uma administração política independente e foram unificadas sob o domínio de um único governante, formando um império.

Atividade 3. O tema principal do texto é a exposição sobre os conhecimentos de matemática desenvolvidos pela Babilônia da Antiguidade.

As atividades 1, 2 e 3 favorecem a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Nabucodonosor: rei da Babilônia

Assumindo o título oficial de “Rei da Babilônia” [Nabucodonosor] era, como todos os predecessores, um monarca absoluto, todavia resolveu governar conforme os usos e costumes do povo. A estrutura social fundava-se em dois tipos de diálogos: um, suspeito, era o diálogo horizontal entre iguais de que poderia resultar a calúnia e o complô; o vertical se dava do superior ao inferior e vice-versa. O primeiro dava conselhos e ordens, o segundo tinha obrigação de transmitir informações e sugestões. Era uma sociedade fortemente hierarquizada. No topo, o monarca, vigilante e árbitro, com a missão de manter o equilíbrio geral.

FONTE: MAX, Altman. Hoje na História: 605 a.C. – Nabucodonosor II é coroado rei da Babilônia. In: Opera Mundi . Disponível em: http://fdnc.io/guH. Acesso em: 6 jun. 2021.

MP086

Intercâmbios culturais

A delimitação territorial e a distância entre as vilas e cidades fizeram com que cada povo desenvolvesse modos diferentes de produzir, administrar a vida pública ou mesmo de se expressar. Mesmo estando próximos, os povos da Mesopotâmia e do Egito, por exemplo, não falavam a mesma língua e não possuíam o mesmo sistema de escrita ou de crenças religiosas.

Entre os povos da Mesopotâmia havia também sistemas linguísticos diferentes. Porém, muitas das línguas faladas tinham uma matriz comum, que se transformou ao longo do tempo, de acordo com as particularidades da região.

Na Mesopotâmia existiram dois grandes grupos linguísticos, ou seja, grupo de línguas ligadas a uma língua em comum: o sumério e o acádio. O acádio foi adotado pelos assírios e babilônios, mas sofreu transformações. Os conjuntos de variações linguísticas ligadas a uma comunidade específica são chamados de dialetos, pois expressam as características da região. Com o passar do tempo, muitos dialetos se transformavam em outras línguas. O hebraico, o aramaico e o árabe são línguas derivadas do acádio e são conhecidos como línguas semitas. Assim , os povos semitas são aqueles que têm em comum a mesma raiz linguística, originada na região mesopotâmica. Mas, mesmo com as transformações, há algumas permanências na língua, como palavras com o mesmo significado.

Imagem: Fotografia. Pintura de homens de tanga marrom e branca. Homens de tanga marrom estão carregando rochas em suporte de dois apoios sobre o ombro. Homens de tanga branca estão segurando chicotes. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de uma pintura egípcia produzida entre 2000 a.C. e 1000 a.C. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia?

A língua portuguesa que utilizamos é derivada do latim – uma língua indo-europeia que passou por diversas transformações regionais ao longo do tempo e originou novas línguas, como o português, o espanhol, o italiano e o francês. Contudo, a língua portuguesa falada no Brasil não é idêntica à que é falada em Portugal. Isso ocorre em razão da influência de outras matrizes linguísticas, como as indígenas e as africanas.

Além disso, há as variações regionais que criam dialetos. Algumas palavras têm significados diferentes, de acordo com a região, como criança, que na Região Sul do Brasil é chamada de piá, por influência indígena.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 62 e 63 pode ser trabalhada na semana 16.

Orientações

Após a abordagem das características políticas e as condições sociais entre algumas das primeiras civilizações da humanidade, esta dupla de páginas propõe uma discussão sobre sua formação cultural. Retome com os estudantes as discussões sobre a importância das línguas para a comunicação e a identidade de um povo.

Explique aos estudantes que os persas conquistaram um vasto império e incorporavam as crenças e os costumes dos povos dominados, o que lhes deu características multiculturais. O Império Persa, também chamado de Império Aquemênida, é considerado o maior da Antiguidade oriental e teve seu centro administrativo no território onde hoje é o Irã.

Sobre a origem dos semitas

[...] Os semitas, ao emigrarem, estavam divididos em hordas ou tribos, as quais, pouco a pouco, foram modificando sua linguagem primitiva, até transformá-la em simples dialetos, ou idiomas diferentes. Este fato resultou, naturalmente, da influência das línguas estranhas, usadas pelos povos que com eles conviveram [...].

Do ponto de vista antropológico, os semitas parecem aparentados com os primitivos habitantes da bacia oriental do Mediterrâneo. [...] Embora quase não tenha sido possível estudá-los, dada a obscuridade das circunstâncias, devemos considerá-los também de origem asiática, sem poder vislumbrar, todavia, a época de suas migrações, algumas quiçá muito remotas. De qualquer modo, não diremos que pertenciam à raça mediterrânea, porque consideramos essa expressão duplamente viciosa.

MP087

  1. Por que as línguas sofrem transformações?
  1. Quais são os povos semitas? O que esses povos tinham em comum?
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Com um colega, pesquise na internet sobre os povos que têm línguas de origem semita na atualidade. Procurem saber se eles partilham costumes, como hábitos alimentares, tradições etc. Selecionem algumas fotografias retratando esses costumes e façam uma apresentação da maneira que considerarem mais interessante (pode ser com cartazes, com slides, com retroprojetor ou até mesmo montando uma apresentação no computador), compartilhando com a turma o resultado da pesquisa de vocês.

Boxe complementar:

Você sabia?

Persépolis foi uma das principais cidades do Império Persa. Seus registros mais antigos são de 2 500 anos atrás. Hoje ela é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade. Ali ocorriam cerimônias e festividades que envolviam povos vindos de diversos lugares. Na entrada da cidade foi construído um portal para receber súditos e emissários. O portal tinha inscrições em três línguas, entre elas a escrita cuneiforme dos sumérios.

Imagem: Fotografia. Ruínas de palácio apenas com arcos retangulares de passagens diversas. Nas partes superioras dos arcos há arabescos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Palácio de Dario em Persépolis, Irã, 2017. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

[...] O tipo semita puro, hoje quase inexistente, deve ser procurado, de preferência, entre os antigos acadianos e babilônios, ou entre os árabes modernos, mas ainda assim o resultado seria duvidoso, porque os primeiros muito cedo se misturaram com os sumerianos, e os árabes, por seu turno, com os diversos povos convertidos ao islamismo. Originariamente, na opinião de Hrozny, o verdadeiro tipo semita não devia ser muito diverso do tipo clássico indo-europeu.

FONTE: SOUZA, João Francisco de. Considerações sobre os fenícios . Disponível em: http://fdnc.io/guL. Acesso em: 6 jun. 2021.


Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 63 pode ser trabalhada na semana 17.

Atividade 4. Cada região tem características próprias que provocam mudanças na forma de falar, com sotaques e dialetos próprios. Essas pequenas mudanças geram formas próprias de falar, das quais podem derivar novas línguas.

Atividade 5. Acádios, assírios, hebreus e árabes são chamados de povos semitas porque utilizam línguas que provêm de uma língua ancestral comum, que tem origem na região da Mesopotâmia.

Atividade 6. Os estudantes poderão considerar os povos judeu, palestino e árabe na pesquisa.

As atividades 4, 5 e 6 favorecem a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Ao introduzir a atividade 6, comente com os estudantes que, assim como muitos outros legados culturais da Mesopotâmia no presente, algumas línguas que são faladas por povos asiáticos e africanos atualmente, como o árabe e o hebraico, são derivadas de línguas mesopotâmicas chamadas semitas. É importante ressaltar, porém, que a língua, como veículo de fala vivo e dinâmico, passou por inúmeras transformações até a forma como se encontra hoje – e permanece em mudança constante. Oriente-os a fazer a pesquisa em livros e sites confiáveis e acessíveis à faixa etária e, depois, na organização e exposição das informações e imagens.

MP088

Como as pessoas faziam...

Escrever no Egito antigo

A escrita no Egito antigo era uma atividade muito importante e restrita aos faraós, funcionários da realeza, sacerdotes e escribas. Será que as formas de escrita utilizadas pelos egípcios na Antiguidade eram muito diferentes das que utilizamos hoje?

A primeira forma de escrita no Egito antigo foi o hieróglifo, que surgiu há cerca de 5 300 anos. Esse tipo de escrita representava objetos por meio de desenhos. Além dos símbolos de animais, existiam hieróglifos de utensílios, como cestos e cordas, e de partes do corpo humano, como braços e olhos.

Imagem: Fotografia. Placa com ilustrações de símbolos em hieróglifos, de pássaros diversos, insetos, cobras, olhos, e formas geométricas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Placa com escrita hieroglífica de cerca de 4.000 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Homem em senhas sequenciais de homem escrevendo com instrumento de escrita sobre pilha de pergaminhos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Escribas registrando a cobrança de impostos. Região de Sacará, Egito, há cerca de 4.700 anos. FIM DA LEGENDA.

Por volta de 2.700 anos atrás, os egípcios criaram a escrita demótica, um tipo mais simples que era usado para fazer contas, escrever cartas e documentos. Os materiais usados nessas anotações cotidianas eram papiro, canetas de diferentes tamanhos feitas de madeira, instrumentos para cortar o papiro e pigmentos secos em diferentes cores, em especial preta e vermelha.

Imagem: Fotografia. Folha de pergaminho com inscrições antigas e instrumentos de escrita com tinta.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ferramentas de trabalho dos escribas, de cerca de 2.600 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 17.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Compreender aspectos da escrita desenvolvida no Egito antigo, como sua função social, a preparação das tintas e os materiais utilizados.
  • Discutir o papel dos escribas na sociedade egípcia, reconhecendo a importância de suas tarefas no funcionamento do Império e sua posição social de prestígio.
  • Conhecer as escritas hieroglífica e demótica.

    Orientações

    Para iniciar a abordagem do assunto, pergunte aos estudantes o que conhecem sobre a escrita criada entre os egípcios há cerca de 5.300 anos. Deixe que se expressem livremente, comentando, inclusive, o que mais gostariam de saber sobre esse tipo de código antigo.

    Em seguida, peça que leiam o texto da seção e identifiquem algumas informações sobre a escrita desenvolvida no Egito antigo. Espera-se que eles compreendam que havia no Egito, após 700 a.C., dois tipos de escrita: uma utilizada para documentos mais complexos e em inscrições tumulares e outra mais simples, que facilitava o registro de situações cotidianas.

    História da escrita no Egito antigo

    A escrita egípcia era considerada muito importante porque, além de servir para registrar os feitos e a contabilidade de reis e do governo, era um elemento de distinção social.

    Para o estudante ler

    WILLIAMS, Marcia. Egito antigo. Contos de deuses e faraós. São Paulo: Ática, 2012.

    A obra em quadrinhos apresenta versões recontadas de histórias cotidianas do Egito antigo.

MP089

Imagem: Fotografia. Tablado de madeira, potes de cerâmica e instrumentos de escrita em cerâmica.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ferramentas de trabalho dos escribas, de cerca de 3 mil anos atrás. FIM DA LEGENDA.

Era comum que os escribas tivessem de viajar para fazer os registros e, por isso, eles guardavam seus materiais em estojos. Eles levavam entre seus instrumentos pequenos potes com água e goma para preparar as tintas. A mistura de pigmentos, corantes e solventes era feita em um pilão. Para apoiar o papiro, usavam uma prancheta e marcavam o papel com selos para garantir a origem do documento.

Imagem: Fotografia. Escultura de madeira com homens trabalhando em uma pequena sala com papéis e instrumentos de escrita.  Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de madeira representando escribas em um celeiro registrando a produção, região de Deir el-Bahari, Egito, há cerca de 4 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Os escribas acompanhavam a coleta de impostos, a construção de obras públicas, os julgamentos e até mesmo o armazenamento dos cereais nos celeiros durante a colheita. As atividades do império eram registradas e controladas por esses funcionários, que eram considerados muito importantes, pois apenas uma pequena parcela da população sabia ler e escrever.

Imagem: Fotografia. Folha com ilustração de homem e mulher de túnica branca e adornos coloridos. Estão ao redor de árvores e palácios. Acima, inscrições em hieróglifos.    Fim da imagem.

LEGENDA: Página do Livro dos mortos produzido por escribas no Egito, de cerca de 1250 a.C. FIM DA LEGENDA.

Existiam escribas especializados em fazer desenhos em papiro e em murais. Alguns deles desfrutavam de grande prestígio social e realizavam funções como estudo de Matemática, Astronomia, Ciências e atividades religiosas.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Por que a escrita era importante para os egípcios? Todas as pessoas tinham acesso a ela?
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Quais instrumentos os escribas utilizavam para escrever? Atualmente, outras tecnologias são utilizadas para a comunicação escrita? Converse com um adulto da sua família sobre as duas questões levantadas e elabore um texto explicando suas conclusões.
MANUAL DO PROFESSOR

Destaque que no Egito antigo a linguagem escrita era restrita a um grupo de pessoas. Ressalte o papel dos escribas, apontando-os como os detentores desse tipo de conhecimento e sua função no registro de atividades cotidianas do império. Comente também a importância dos documentos produzidos pelos escribas para o conhecimento de aspectos do modo de vida e da organização social e política do Egito antigo nos dias de hoje.

Ao incentivar os estudantes a refletir sobre a importância da escrita para os egípcios e a comparar o processo de escrita no passado às tecnologias do presente, as atividades 1 e 2 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

Atividade 1. Porque boa parte das atividades importantes para o império, como a coleta de impostos, o controle e o registro de colheitas e obras públicas e as atividades religiosas e de estudo, estava relacionada ao registro escrito. Desse modo, a escrita era restrita aos faraós, funcionários da realeza, sacerdotes e escribas.

Atividade 2. Eram utilizados corantes e pigmentos, que eram dissolvidos em água e goma no momento em que se ia escrever (como ocorre com alguns tipos de tinta usados nas artes). Os egípcios também utilizavam canetas feitas de madeira, papel e pranchetas. Hoje, outras tecnologias são empregadas na comunicação escrita. As canetas e os papéis são produzidos com materiais diferentes. Além disso, é comum a utilização de recursos digitais, como computadores e aplicativos de mensagem, que tornam a comunicação praticamente instantânea, mesmo a longas distâncias.

Sugerimos que a atividade 2 seja realizada em casa, propiciando um momento de literacia familiar em que os estudantes possam trocar ideias e conhecimentos com seus familiares a respeito do tema estudado e contar e explicar o que aprenderam, desenvolvendo a fluência em leitura, a leitura dialogada, a interação verbal e a compreensão de texto. Dessa forma, a atividade favorece a integração entre os conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola.

MP090

Capítulo 4. Cidadania no passado e no presente

Você já deve ter escutado a palavra cidadania. Mas você sabe o que ela significa? Quem é cidadão? A palavra cidadania refere-se à condição da pessoa que vive em uma comunidade politicamente organizada e aos direitos e deveres dela. Hoje, todos são considerados cidadãos. Porém, a concepção de cidadania sofreu muitas transformações ao longo do tempo, pois nas cidades antigas nem todas as pessoas tinham os mesmos direitos ou podiam participar da vida política.

Na Babilônia, um dos primeiros tratados jurídicos de que se tem registro, o Código de Hamurábi, organizado há cerca de 4 mil anos, dividia a sociedade entre trabalhadores livres, escravos e ricos. De acordo com esse conjunto de leis, os delitos contra a população que tinha mais propriedades eram punidos com maior severidade. Havia também uma diferença entre homens e mulheres, pois apenas os homens tinham direito à herança familiar.

Imagem: Fotografia. Escultura de mulher de cabelo preso, vestindo túnica, sentada em um banco. Manuseia lã em tecelagem.   Fim da imagem.

LEGENDA: Placa babilônica de argila retratando mulher tecelã, de cerca de 4 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Decisões políticas na Antiguidade

Na Roma antiga, cidade que atualmente é a capital da Itália, os direitos e a participação nas decisões também não eram estendidos a todas as pessoas. Há mais de 2 mil anos, a sociedade era dividida em classes: grandes proprietários de terras, que eram chamados de patrícios, tinham vários direitos, como o acesso aos cargos públicos; já os plebeus eram artesãos, camponeses, comerciantes e outros trabalhadores livres que não podiam se casar com patrícios nem participar das decisões políticas. Durante muito tempo, os plebeus lutaram para obter direitos iguais. Há cerca de 2 500 anos conquistaram o direito às suas próprias reuniões e a eleger um representante político para defender seus interesses, no caso, o tribuno da plebe .

Boxe complementar:

Você sabia?

Há 2.500 anos o primeiro código de leis da roma antiga ficou conhecido como lei das doze tábuas, pois seu conjunto foi publicado em tábuas de madeira. Ele regulava os direitos da família e de propriedade, além de penas para crimes. Nele, já constavam vários direitos reivindicados pelos plebeus, porém era reafirmada a submissão das mulheres e dos escravos.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 66 e 67 pode ser trabalhada na semana 18.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Discutir o conceito de cidadania, considerando sua perspectiva histórica e a assimilação no presente.
  • Refletir sobre os códigos de leis antigos e atuais e sua relação com os direitos sociais e políticos de um povo.
  • Estudar a divisão social em Atenas e compreender as particularidades da democracia e da cidadania na Antiguidade ateniense.
  • Refletir sobre a efetivação da cidadania no Brasil, considerando o processo histórico ocorrido entre o Império e a implementação da República e os desafios dos tempos atuais.

    Orientações

    Retome o conceito de cidadania tratado com os estudantes na seção O mundo que queremos das páginas 58 e 59. Este capítulo busca aprofundar a abordagem da cidadania como uma conquista histórica, apontando as condições de participação política entre os povos da Antiguidade e a progressiva conquista de direitos dos subalternos.

    Converse com os estudantes sobre o que eles entendem por código de leis. Estimule a conversa propondo questões para eles refletirem, como: Quem define o código de leis? Para que ele serve? Um código de leis é sempre justo para todos os que estão sujeitos a ele?

    O conteúdo e as atividades propostas ao longo do capítulo 4 favorecem o aprofundamento do trabalho com o tema atual de relevância em destaque neste volume: “Cidadania e patrimônio cultural”. Neste momento, os estudos se voltam especificamente aos conhecimentos sobre a construção das noções de igualdade e cidadania ao longo do tempo.

MP091

Boxe complementar:

Você sabia?

Ao longo dos séculos, Roma conquistou vários povos e se transformou em um grande império. Os povos vencidos nas guerras, muitas vezes, eram escravizados e obrigados a realizar várias tarefas; entre elas, tinham de lutar entre si em arenas públicas para a diversão da população. Muitos lutadores, chamados gladiadores, esperavam resgatar a liberdade, caso vencessem o duelo. O Coliseu era um dos espaços em que ocorriam essas batalhas.

Imagem: Fotografia. Vista de Coliseu, prédio em forma circular formado por arcos vazados por toda a estrutura externa.  Fim da imagem.

LEGENDA: O Coliseu, anfiteatro construído durante o Império Romano. Roma, Itália, 2020. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

  1. Explique o que é cidadania.
PROFESSOR Resposta: A cidadania refere-se à condição da pessoa que vive em uma comunidade politicamente organizada e aos direitos e deveres que ela possui.
  1. Nas cidades antigas, todas as pessoas tinham acesso aos mesmos direitos? Explique.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Observe as imagens a seguir e responda às questões.
Imagem: Fotografia. Escultura retangular com o rosto de seis pessoas, duas mulheres e quatro homens.  Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo de arte romana retratando os membros de uma família de patrícios de cerca de 2 200 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Escultura retangular com duas cenas. Na parte superior, homens em frente a bancadas com frutas expostas. Pessoas de túnica caminhando entre bancadas. Na parte inferior, homens trabalhando em campo de plantação.    Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo de arte romana representando um mercado de frutas e dois camponeses trabalhando na terra, de cerca de 2 200 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

  1. O que as imagens representam? Quais são as diferenças e as semelhanças entre elas?
  1. Que diferenças existiam entre os direitos desses dois grupos? Essas diferenças se mantiveram na Roma antiga?
MANUAL DO PROFESSOR

Converse com os estudantes também sobre a relação entre direitos políticos, as leis e a posição social. Espera-se que, com base no texto didático e na discussão feita em sala de aula, eles compreendam que, na Antiguidade, aqueles que tinham menos posses tinham também menos direitos políticos. Sem participação nas instâncias de poder, era muito difícil superar a condição de pobreza, ou mesmo de escravidão. Por essa razão, os Impérios da Antiguidade, como o Romano, passaram por diversas rebeliões populares.

Atividade 2 . A organização de muitas cidades da Antiguidade se apoiava na desigualdade. Na Babilônia, por exemplo, os trabalhadores e os escravos não tinham os mesmos direitos dos grandes proprietários, e até mesmo a punição de crimes levava em conta a posição social de cada pessoa. As mulheres, também, tinham menos direitos que os homens. Na Roma antiga, por muitos séculos, os plebeus não puderam participar da vida política ou casar-se com patrícios .

Atividade 3 . a) As duas imagens retratam relevos romanos produzidos na Antiguidade. A primeira representa uma família de patrícios, proprietários rurais romanos. A segunda representa um grupo de homens vendendo frutas e dois camponeses arando a terra. b) O acesso à participação política e a cargos públicos foi negado aos plebeus nos primeiros séculos da Roma antiga. Essas diferenças diminuíram quando os plebeus conquistaram o direito à representação política.

As atividades 1, 2 e 3 favorecem a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI05: Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.

MP092

Cidadania na Antiguidade

A ideia de cidadania remete à antiga Atenas, uma cidade da Grécia antiga. Foi nessa sociedade que surgiu o modelo político chamado de democracia . Na democracia ateniense todos os cidadãos deviam participar das decisões políticas, das assembleias e das votações. Esse regime é diferente, por exemplo, da monarquia, em que o poder está nas mãos apenas de uma pessoa e é transferido de forma hereditária. É diferente, também, da democracia que conhecemos hoje.

Em Atenas, há 2.700 anos, a sociedade era dividida seguindo alguns critérios, como o local de nascimento e a quantidade de terras ou propriedades de uma pessoa ou família. As pessoas nascidas na cidade que tinham grandes propriedades de terra eram chamadas de eupátridas e se consideravam os legítimos cidadãos de Atenas. Apenas os homens dessa classe podiam tomar decisões sobre a cidade, como uma oligarquia . Comerciantes e pequenos proprietários eram chamados de demiurgos. Aqueles que não possuíam terra ou comércio eram conhecidos como thetas , e as pessoas nascidas em outros locais eram chamadas de metecos . Grande parte da população de Atenas, porém, era composta de pessoas escravizadas tanto por dívidas quanto por guerras.

Imagem: Fotografia. Escultura em alto-relevo de duas mulheres vestindo túnica. Uma mulher em pé segura uma caixa no colo de uma mulher sentada em um trono. Fim da imagem.

LEGENDA: Escultura grega de cerca de 2.400 anos que retrata duas mulheres atenienses: Hegeso, sentada em uma cadeira, recebe uma joia trazida por uma escrava. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Estátua de uma mulher de cabelo longo, vestindo túnica curta. Ela está com o braço direito estendido para trás, as pernas abertas e flexionadas. Fim da imagem.

LEGENDA: Estátua de bronze feita há 2.500 anos, representando uma jovem atleta espartana. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia ?

Chamadas de polis pelos gregos, as cidades eram independentes e muito diferentes entre si, com leis e governos próprios e organizações políticas e sociais distintas; por isso são chamadas de cidades-Estados. Em Atenas, por exemplo, as mulheres ficavam limitadas ao espaço doméstico, já em Esparta, cidade-Estado dedicada a atividades militares, as mulheres recebiam educação física e militar.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 68 e 69 pode ser trabalhada na semana 18.

Orientações

A ideia de democracia está relacionada à ideia de cidadania, uma vez que não há democracia plena sem a garantia de direitos e o estabelecimento de deveres aos cidadãos, ou seja, àqueles que compõem o povo da cidade. Ambos os conceitos, no entanto, cumpriram complexos processos históricos até assumirem a forma como são conhecidos hoje.

Para facilitar a visualização da divisão social da sociedade ateniense, elabore um esquema na lousa incluindo eupátridas, demiurgos, thetas, metecos e escravos. Indique a definição de cada grupo social e sua possibilidade ou não de participação política.

Atividade complementar: Atenas e Esparta

Explique aos estudantes que as principais cidades-Estado da Grécia eram Atenas e Esparta, que apresentavam profundas diferenças entre si e rivalizavam pela hegemonia do poder na Grécia em conflitos como a Guerra do Peloponeso.

Divida a turma em grupos e atribua a eles a cidade de Atenas ou a cidade de Esparta. Cada grupo deverá fazer uma pesquisa levantando informações sobre a cidade atribuída, como a forma de organização política, o local de estabelecimento e as principais características culturais.

Após finalizados, os trabalhos poderão ser apresentados em sala de aula, em um painel sobre o assunto, e os estudantes deverão estabelecer comparações entre o que descobriram.

MP093

Entre 2.400 e 2.600 anos atrás, revoltas e pressões populares levaram a uma série de reformas nas leis e no regime político de Atenas, que transformou profundamente a sociedade.

Naquela época, um novo código de leis definiu punições iguais para os habitantes da cidade. As penas passaram a ser estabelecidas não mais de acordo com a condição social de quem havia cometido o delito, mas eram definidas por uma autoridade de acordo com a infração cometida. A escravidão por dívida foi proibida e foi criada uma assembleia para a participação popular.

O poder dos eupátridas, ainda assim, era grande, mas o conceito de democracia ganhou força e a cidadania foi estendida a todos os homens maiores de 18 anos e filhos de pai e mãe atenienses. Entretanto, as mulheres, os escravos e as pessoas não nascidas em Atenas não eram consideradas cidadãs e estavam excluídas da participação política nas instituições daquela cidade.

Imagem: Fotografia. Sitio arqueológico de ruínas de uma área retangular formada por colunas cilíndricas unidas em vigas horizontais retangulares. Ao redor há pedaços de rochas e pedras.   Fim da imagem.

LEGENDA: Na cidade de Atenas, na Antiguidade, o espaço público incluía templos, teatros e praças em que os cidadãos se reuniam para o comércio e para debater política. O Templo de Hefesto é o templo grego antigo mais bem preservado até os dias atuais. Atenas, Grécia, 2016. FIM DA LEGENDA.

  1. Explique quais eram os critérios da cidadania em Atenas na Antiguidade.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. O que significa a palavra democracia?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Os critérios da cidadania em Atenas são diferentes dos utilizados no presente? Em grupo, escrevam no caderno um pequeno texto com suas conclusões.
PROFESSOR Atenção professor: Com base em seus conhecimentos, os estudantes poderão indicar alguns aspectos da criação da democracia na Grécia antiga e compará-los com a maneira como a democracia é implementada atualmente no Brasil. Fim da observação.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• A Grécia antiga, de Stewart Ross. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2011.

O livro traz, de maneira leve, inúmeras ilustrações e informações sobre a vida na Grécia antiga.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. Em Atenas, inicialmente, apenas os homens com grandes propriedades de terra podiam participar das decisões políticas como cidadãos. Posteriormente, uma série de reformas aumentou a participação nas decisões da pólis e tornou cidadãos todos os homens maiores de 18 anos e filhos de pai e mãe atenienses.

Atividade 5. Espera-se que os estudantes relacionem democracia a uma forma de governo em que há participação dos cidadãos nas decisões políticas.

Atividade 6. Os estudantes poderão indicar que a democracia grega restringia a participação política (mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos) e era direta (os próprios cidadãos discutiam e votavam). Atualmente, no Brasil, mulheres e homens são considerados cidadãos, e estrangeiros têm a possibilidade de naturalizar-se, tornando-se cidadãos brasileiros.

As atividades desta página favorecem a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI04: Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos e EF05HI05: Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.

A cidadania ateniense em Aristóteles

A cidadania não resulta do fato de alguém ter o domicílio em certo lugar [...] Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nem nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas [...] Dizemos que são cidadãos aqueles que podem exercer tais funções públicas. Esta é de um modo geral a definição de cidadão mais adequada a todos aqueles que geralmente são chamados cidadãos. [...] Na prática, porém, a cidadania é limitada ao filho de cidadãos pelo lado do pai e pelo lado da mãe, e não por um lado só, como no caso do filho apenas do pai cidadão ou apenas de mãe cidadã.

FONTE: ARISTÓTELES. Política : III. 1275 ab; 1275 b; 1276 a.

MP094

Cidadania contemporânea

A noção de cidadania transformou-se ao longo do tempo. Atualmente, a cidadania envolve a participação popular nas decisões políticas e está associada ao respeito aos direitos humanos, ou seja, aos direitos considerados essenciais a todas as pessoas, sem nenhum tipo de distinção, tais como o direito à vida, à liberdade e à educação. Essa ideia, no entanto, foi desenvolvida ao longo dos séculos e houve muita luta e resistência para que os direitos fossem estendidos a todas as pessoas.

Igualdade de direitos

Muito tempo depois da democracia ateniense, há cerca de 250 anos, ocorreu na França um dos processos históricos relacionados à ampliação da participação política e à igualdade de direitos entre as pessoas. Naquela época, as decisões do reino eram tomadas pelo rei. Os nobres tinham privilégios e títulos de nobreza (conde, duque, príncipe), que garantiam uma posição superior à de quem não fazia parte dessa elite. O rei e os nobres passavam seu poder de forma hereditária, ou seja, de geração a geração. Havia leis diferentes, aplicadas de acordo com a posição social de cada um. Um nobre que recebia terras podia, por exemplo, cobrar pelo uso delas. Já a maior parte da população, que incluía camponeses, comerciantes, artesãos, médicos, advogados etc., tinha de pagar altos impostos e não podia participar das decisões políticas.

Naquela época, com a Revolução Francesa, homens e mulheres tiraram o rei e os nobres do poder. Essas pessoas aprovaram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que definia a igualdade de direitos entre todas as pessoas, sem considerar sua posição social, e afirmava que os seres humanos são livres. Essa declaração representou um marco na conquista da cidadania e influenciou também nas lutas contra a escravidão.

Boxe complementar:

Você sabia?

Olympe de Gouges, que participou da Revolução Francesa, escreveu e apresentou a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, que estendia os direitos da cidadania às mulheres. A declaração não foi reconhecida pelo governo, e muitas mulheres continuaram a luta pelo direito à cidadania .

Imagem: Ilustração. Busto de homem de cabelo curto cacheado e faixa com nó sobre o cabelo, vestindo túnica.   Fim da imagem.

LEGENDA: Retrato anônimo de Olympe de Gouges, 1784. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 70 e 71 podem ser trabalhadas na semana 19.

Orientações

Converse com os estudantes sobre o exercício da cidadania na atualidade, destacando sua relação com a conquista de direitos que hoje são considerados inerentes a todos os seres humanos. Comente que esses direitos nem sempre contemplaram todas as pessoas ao longo da História.

Proponha uma discussão levantando os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o sistema político monárquico e quais são suas diferenças em relação ao republicano. Utilize as respostas como forma de orientar as propostas didático-pedagógicas em torno do assunto.

Destaque o processo de luta contra o poder monárquico iniciado na França no fim do século XIX e comente sua importância na consolidação de conceitos e práticas políticas comuns até hoje em diversos países no mundo.

Ressalte o papel das mulheres na Revolução Francesa e na luta por direitos, com base na leitura da seção Você sabia?.

Ao tratar da cidadania no Brasil, ressalte os critérios de renda e alfabetização utilizados no século XIX, solicitando aos estudantes que indiquem os valores associados aos direitos políticos no período – no primeiro caso, o direito político é relacionado aos privilégios econômicos, no segundo à possibilidade de instrução na cultura letrada.

Atividade 7. Essa declaração é um marco da luta por direitos contra a escravidão e da Revolução Francesa e definiu que os homens nascem livres e são iguais em direitos, o que contribui para a noção de cidadania atual, que deve garantir direitos iguais para todos os seres humanos.

A obra da Revolução Francesa

A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, o conceito e o vocabulário do nacionalismo. A França forneceu os códigos legais, o modelo de organização técnica e científica e o sistema métrico de medidas para a maioria dos países. A ideologia do mundo moderno atingiu as antigas civilizações que tinham até então resistido às ideias europeias inicialmente através da influência francesa. Esta foi a obra da Revolução Francesa.

FONTE: HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções, 1789-1848 . 33ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014. p. 98.

MP095

Cidadania no Brasil

No Brasil, nem todos eram considerados cidadãos. Durante a monarquia (1822-1899), apenas homens maiores de 25 anos que tivessem determinada renda tinham o direito de votar e participar das eleições. No início da Primeira República (1899-1930), o critério de renda foi eliminado, e os homens alfabetizados maiores de 21 anos puderam votar. Religiosos, alguns soldados, mulheres e analfabetos (que eram mais de 80% da população) não tinham esse direito. A população em geral tinha pouco ou nenhum acesso à educação; assim, a maior parte dos brasileiros estava excluída das decisões políticas.

Foi apenas em 1988, com uma nova Constituição, que a cidadania foi estendida a todos os brasileiros e os direitos humanos foram institucionalizados no país. O direito à educação, por exemplo, foi garantido como prioridade, e os analfabetos conquistaram o direito de votar. A Constituição brasileira de 1988 é considerada uma das mais avançadas em termos de direitos e deveres.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Mulher de touca e cabelo curto, vestindo vestido longo e cachecol largo de plumas. Está depositando um papel sobre uma urna retangular.    Fim da imagem.

LEGENDA: Desde o final do século XIX, debatia-se o direito das mulheres ao voto no Brasil, porém somente em 1932 as mulheres puderam votar no país. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a importância da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e do processo da Revolução Francesa para a noção de cidadania atual?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Reúna-se com as pessoas que moram com você e conversem sobre a seguinte questão: O que vocês entendem por cidadania? Depois compartilhe suas conclusões com os colegas em sala de aula.
PROFESSOR Atenção professor: Se desejarem, os estudantes e seus familiares podem produzir uma lista indicando cinco práticas que consideram relacionadas a atitudes cidadãs e explicar por que as escolheram. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

Boxe complementar:

Você sabia?

A Constituição brasileira de 1988 é conhecida como Constituição Cidadã. Essa é a sétima constituição de nosso país (desde a Independência do Brasil, em 1822) e é a sexta desde que o Brasil se tornou uma República.

A Constituição de 1988 é um importante marco dos direitos dos cidadãos brasileiros, pois garante direitos civis e estabelece os deveres do Estado.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, este é um momento propício para a verificação das aprendizagens. Sugerimos que você avalie o trabalho realizado ao longo do bimestre e da unidade, buscando observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes para que você possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens.

Dessa forma, observe a produção dos estudantes, a participação e intervenção deles em sala de aula, individualmente, em grupo e com toda a turma, procurando perceber os seguintes pontos: se eles reconhecem o processo de formação de uma estrutura estatal a partir de eventos e processos como o crescimento populacional, a expansão das cidades e as demandas organizativas e militares; se conhecem as características de alguns dos povos que formaram a Mesopotâmia; se compreendem aspectos da divisão social em Atenas e as particularidades da democracia e da cidadania na Antiguidade; se são capazes de refletir sobre a efetivação da cidadania no Brasil, considerando uma perspectiva histórica.

A avaliação proposta a seguir será uma maneira de observar alguns aspectos do processo seguido por cada estudante e pela turma, possibilitando identificar se todas as habilidades foram desenvolvidas, seus avanços, dificuldades e potencialidades, estabelecendo permanente diálogo com eles para que continuem desenvolvendo suas aprendizagens.

Atividade 8. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar, de leitura oral e dialogada e de interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, o reconto do que foi estudado e a integração dos conhecimentos construídos por eles em casa e na escola. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha a interpretação e a relação de ideias e informação.

As atividades 7 e 8 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF05HI04 .

MP096

O que você aprendeu

  1. As sentenças e as fotografias abaixo referem-se a antigas cidades, cujas características foram estudadas por você ao longo desta unidade. Os nomes das cidades aparecem nos quadros localizados no final desta página. Leia com atenção cada sentença e identifique a qual antiga cidade cada uma se refere.
    1. Maior cidade autônoma da Mesopotâmia. Era dividida em bairros religiosos, administrativos, residenciais e de artesãos.
    1. Quadro: Roma − Atenas − Uruk − Persépolis − Çatal Hüyük
Imagem: Fotografia. Monumento em ruínas formado por estrutura retangular com colunas cilíndricas ao redor da estrutura.   Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Uruk.
  1. Núcleo populacional neolítico em que se realizavam os trabalhos no campo, a caça e a coleta de frutos.
Imagem: Fotografia. Vista aérea de sitio arqueológico de uma cidade com muros formados por pedras largas. Entre as construções há pequenos corredores entre as casas.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Çatal Hüyük.
  1. Uma das principais cidades do Império Persa em que ocorriam cerimônias e festividades.
Imagem: Fotografia. Sitio arqueológico de ruínas com aberturas retangulares separando as marcações de cômodos.   Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Persépolis.
  1. Localizada na região que hoje corresponde à Grécia, onde as decisões eram tomadas por meio de assembleias e votações.
Imagem: Fotografia. Sitio arqueológico de ruínas de uma área retangular formada por colunas cilíndricas unidas em vigas horizontais retangulares. Ao redor há pedaços de rochas e pedras.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Atenas.
  1. Esta cidade era o centro de uma sociedade antiga que era dividida entre plebeus e patrícios. Está localizada na região que hoje corresponde à Itália.
Imagem: Fotografia. Sitio arqueológico de rúnicas de uma cidade com templos e ruínas. Há arcos abertos, colunas cilíndricas e muros de pedras largas. Há pessoas caminhando pelas áreas do sitio.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Roma.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a avaliação da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 20.

Orientações

Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte a eles de quais conteúdos estudados até então eles se recordam. Procure retomar com a turma esses pontos, comentando outros que ficaram esquecidos. Pergunte quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns deles ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.

A atividade 1 possibilita a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Para o estudante acessar

Imagens nas ruínas de Persépolis, no Irã, contam a história do povo persa

Disponível em: http://fdnc.io/8xi. Acesso em: 3 jun. 2021.

A reportagem apresenta texto e vídeo sobre as ruínas de Persépolis, no atual Irã.

MP097

Avaliação processual

  1. Explique quais fatores influenciaram a formação das primeiras cidades.
PROFESSOR Atenção professor: Essa atividade mobiliza conhecimentos que vêm sendo trabalhados desde a unidade anterior, como o papel da agricultura na sedentarização e na formação das cidades. Fim da observação.
  1. As imagens abaixo retratam o núcleo populacional de Çatal Hüyük, que fica na atual Turquia. Com base nas imagens e no que você aprendeu, responda às questões a seguir.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Fotografia. Vista superior de ruínas de parte de uma cidade formada por muros de pedras largas e pequenos corredores entre áreas demarcadas como casas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas da cidade de Çatal Hüyük, Turquia, 2009. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Vista aérea de cidade formada por casas altas em diferentes níveis, estão unidas com pessoas entre as casas e pequenas áreas de terrenos entre as casas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração da cidade de Çatal Hüyük, onde a entrada das casas ficava no teto. Região de Anatólia, Turquia. FIM DA LEGENDA.

  1. Como era a arquitetura desse núcleo de população?
  1. Compare a arquitetura desse local com a da cidade em que você vive. Quais são as permanências e as mudanças em relação ao espaço físico das cidades e à construção das casas?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 2. Com o aumento da produção de alimentos e da população, algumas pessoas puderam se dedicar a outras atividades, incentivando o comércio. Os núcleos urbanos aumentaram, pois era necessário criar espaços para moradia, lazer, comércio e administração pública. As cidades se tornaram cada vez mais complexas, e diversos serviços e profissões foram surgindo.

Atividade 3. a) As casas eram semelhantes, construídas de tijolos de barro, muito próximas umas das outras. O acesso a elas era feito pelo teto, com o auxílio de escadas. A cobertura das casas era a área pública da cidade, onde circulavam pessoas e mercadorias.

b) As cidades, hoje, têm mais espaços públicos, como prefeituras, escolas; espaços de lazer, como praças, cinemas e também prédios e templos religiosos. As casas, hoje, possuem formas distintas de construção, conforme o local.

As atividades 2 e 3 favorecem a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

Habilidades da BNCC em foco nesta seção

EF05HI01, EF05HI02, EF05HI04, EF05HI05 e EF05HI06.

MP098

  1. Observe as imagens a seguir e responda às questões.
Imagem: Ilustração. Homem e mulher tem túnicas brancas, de perfil em campo de plantação. Homem segura um arado manual puxado por gado. Atrás, mulher joga sementes pelo campo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Egípcios arando e semeando, pintura da parede de uma tumba em Tebas, feita há cerca de 3 200 anos. FIM DA LEGENA.

Imagem: Fotografia. Homens trabalhando em plantação de hortaliças.    Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalhadores rurais colhendo hortaliças, município de Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo, 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. O que as duas imagens representam?
  1. Qual é a importância dessa atividade para a vida nas cidades?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Como o espaço geográfico influencia na criação de dialetos? Dê exemplos de línguas que derivam de outras.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Leia as adivinhas a seguir e descubra a resposta para cada uma delas. As respostas estão embaralhadas, dispostas nos quadros abaixo.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

O que é, o que é? Forma de governo em que os cidadãos participam das decisões.

O que é, o que é? Forma de governo em que um pequeno número de pessoas controla o poder.

O que é, o que é? Forma de governo em que o poder é centralizado em um rei ou imperador.

Palavras nos quadros: oligarquia; monarquia; democracia.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. a) Pessoas trabalhando na agricultura em diferentes épocas.

b) A maior parte dos alimentos consumidos nas cidades é produzida por meio da agricultura. Além disso, muitos dos produtos que usamos, como roupas, mochilas e sapatos, são derivados desse mesmo tipo de trabalho.

Se possível, comente que a agricultura é uma permanência na história, mas o modo como ela é feita tem passado por diversas atualizações tecnológicas ao longo dos anos. Atualmente, o campo está cada vez mais mecanizado e conta com técnicas de produtividade baseadas em seleção genética e extermínio químico de pragas.

Atividade 5. Cada região tem particularidades que influenciam na maneira de falar e escrever. Por isso, algumas línguas foram transformadas de acordo com a região. Português e francês, por exemplo, derivam do latim; árabe e hebraico, das línguas de origem semita.

Atividade 6. O que é, o que é? Forma de governo em que os cidadãos participam das decisões: democracia.

O que é, o que é? Forma de governo em que um pequeno número de pessoas controla o poder: oligarquia.

O que é, o que é? Forma de governo em que o poder é centralizado em um rei ou imperador: monarquia.

As atividades 4 e 6 possibilitam a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

A atividade 5 favorece a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

MP099

  1. Leia o texto a seguir e responda às questões.

O que é ser cidadão?

Cidadania não é uma definição estanque , mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil [...], não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam. [...] Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.

A cidadania instaura -se a partir dos processos de lutas que culminaram na Independência dos Estados Unidos [...] e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio [...] baseado nos deveres dos súditos , e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliassem o conceito e a prática de cidadania [...]. Nesse sentido pode-se afirmar que, na sua acepção mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.

FONTE: Jaime Pinsky. In : Carla Bassanezi Pinsky; Jaime Pinsky (org.). História da cidadania . São Paulo: Contexto, 2013. p. 9-10.

  1. Segundo o texto, a definição de cidadania manteve-se sempre a mesma? Explique.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. No Brasil durante o século XIX e início do século XX, o direito ao voto estendia-se a todas as pessoas? Explique.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 7. a) A concepção de cidadania passou por transformações ao longo da história. Os critérios para ser considerado cidadão e os direitos relacionados a essa condição também se transformaram.

b) Não. As pessoas que não tinham terras, os analfabetos, as mulheres, os clérigos e alguns soldados não eram considerados cidadãos. Durante a monarquia havia também um critério de renda: era preciso comprovar um determinado rendimento para ser considerado cidadão e ter direito ao voto.

A atividade 7 possibilita a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI04: Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos e EF05HI05: Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.

MP100

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/conceito

1

EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

2

EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

3

EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

4

EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

5

EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

6

EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

EF05HI02: Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

7

EF05HI04: Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos.

EF05HI05: Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.

MP101

Sugestão de questões de autoavaliação

Questões de autoavaliação, como as sugeridas a seguir, podem ser apresentadas aos estudantes para que eles reflitam sobre seu processo de ensino e aprendizagem ao final de cada unidade. O professor pode fazer os ajustes que considerar adequados, de acordo com as necessidades de sua turma.

Tabela: equivalente textual a seguir.

AUTOAVALIAÇÃO DO ESTUDANTE

MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA

SIM

MAIS OU MENOS

NÃO

1. Presto atenção nas aulas?

2. Tiro dúvidas com o professor quando não entendo algum conteúdo?

3. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele?

4. Sou participativo?

5. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?

6. Gosto de trabalhar em grupo?

7. Compreendo as características de alguns dos povos que formaram a Mesopotâmia e reconheço seus legados culturais?

8. Identifico algumas características de cidades sumérias e egípcias e consigo compará-las, compreendendo os principais aspectos das civilizações da Antiguidade?

9. Consigo identificar o processo de formação do Estado entre povos antigos?

10. Identifico aspectos do politeísmo e consigo associá-lo a civilizações antigas como a egípcia e a mesopotâmica?

11. Reconheço o processo de formação de uma estrutura estatal principalmente a partir do crescimento populacional e da expansão das cidades?

12. Compreendo as particularidades da democracia e da cidadania na Antiguidade?

13. Relaciono a criação da escrita entre povos antigos à necessidade de registrar dados populacionais e financeiros?

14. Consigo refletir sobre o estabelecimento da cidadania no Brasil, compreendendo o processo histórico entre o Império e a implementação da República e os desafios da atualidade?