MP102

Unidade 3. A vida na antiguidade.

Imagem: Fotografia complementar das páginas 76 e 77. Vista aérea de uma cidade com destaque em um monte de pedras e vegetação. No topo há templos e construções antigas com arcos e colunas cilíndricas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista das ruínas da Acrópole de Atenas, construída por volta de 450 a.C. no ponto mais alto da cidade. Ao centro é possível ver o Partenon, templo dedicado à deusa Atena, protetora da cidade. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Introdução

A unidade 3, A vida na Antiguidade, procura identificar e contextualizar a religiosidade entre as civilizações antigas e sua importância social e política. A unidade também discute os principais aspectos do cotidiano entre os povos antigos, destacando a organização urbana, as atividades econômicas, culturais e cotidianas, e aprofunda discussões sobre os conceitos de patrimônio material e imaterial.

Em consonância com as Competências Gerais da Educação Básica 3, 4 e 9 da BNCC, a unidade incentiva os estudantes a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e a utilizar diferentes linguagens para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, produzindo sentidos que levem ao entendimento mútuo. Além disso, a unidade procura estimular os estudantes a exercitar a empatia e o diálogo.

Em consonância com as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 1, 3 e 5 da BNCC, a unidade busca incentivar os estudantes a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural, bem como a identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade e a comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. A proposta da unidade relaciona-se ainda com as Competências Específicas de História 2, 4 e 6 da BNCC.

Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade:

  • Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social
  • Registros da história: linguagens e culturas

    Objetos de conhecimento em foco na unidade:

  • O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados
  • O papel das religiões e da cultura para a formação dos povos antigos
  • As tradições orais e a valorização da memória
  • O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias
  • Os patrimônios materiais e imateriais da humanidade

    Habilidades da BNCC em foco nesta unidade:

    EF05HI01, EF05HI03, EF05HI06 e EF05HI10.

    Objetivos pedagógicos da unidade:

  • Compreender o fenômeno religioso entre as civilizações antigas e sua importância nos contextos social e político.
  • Conhecer a origem das religiões monoteístas e identificar suas semelhanças e diferenças.

MP103

Boxe complementar:

Vamos conversar

  1. Você conhece o local retratado na imagem?
  1. Por que ele era considerado importante na Antiguidade?
  1. Por que é importante preservar essas construções?

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Compreender os conceitos de patrimônio material e imaterial e sua aplicabilidade em relação aos patrimônios produzidos entre civilizações da Antiguidade.
  • Discutir aspectos do cotidiano entre os povos antigos, com destaque para a organização urbana e as atividades cotidianas.
  • Discutir o desenvolvimento científico e de tecnologias entre alguns povos da Antiguidade.

    Roteiro de aula

    A aula prevista para os conteúdos da abertura da unidade 3 pode ser trabalhada na semana 21.

    Orientações

    As atividades de abertura da unidade podem ser conduzidas como atividades preparatórias para o trabalho com conteúdos, competências e habilidades que serão desenvolvidos com os estudantes. Sugerimos que inicie as propostas da unidade com as seguintes atividades preparatórias:

    Peça aos estudantes que observem a imagem das páginas de abertura da unidade.

    Depois, proponha a resolução das atividades da seção Vamos conversar.

    Comente com os estudantes que a fotografia retrata uma vista das ruínas da Acrópole de Atenas, construída por volta de 450 a.C. no ponto mais alto da cidade. Ao centro é possível ver o Partenon, templo dedicado à deusa Atena, protetora da cidade. É provável que eles já conheçam a representação desse local por diferentes meios.

    Faça uma breve apresentação sobre a Acrópole e sobre as relações entre a cultura ateniense e alguns aspectos de culturas ocidentais do presente (como as formas de organização política ou a filosofia, por exemplo).

    Em seguida, indique que uma das principais construções da Acrópole, o Partenon, é um templo dedicado à Atena, divindade patrona da cidade antiga de Atenas associada à sabedoria.

    Ao realizar as atividades oralmente, é esperado que os estudantes compreendam que a Acrópole era um dos locais mais importantes da cidade de Atenas na Antiguidade. Nela, existiam tempos e santuários que homenageavam a criação da pólis e suas conquistas.

    Por fim, você pode pedir aos estudantes que levantem hipóteses sobre a importância que a Acrópole pode ter para as sociedades do presente, considerando, principalmente, que os estudos desse conjunto de construções possibilitam a formação de conhecimentos sobre a vida em Atenas na Antiguidade.

MP104

Capítulo 1. Cultura e religião

A religiosidade era um aspecto muito importante do cotidiano dos povos antigos. Os primeiros grupos humanos acreditavam que fenômenos como nascimentos, mortes e mudanças climáticas seriam controlados por forças sobrenaturais. Segundo essas crenças, as divindades podiam habitar as árvores, os rios e as rochas e exerciam influência na vida das pessoas. As forças da natureza eram consideradas divindades e, por isso, havia ritos e cultos à natureza.

Quando os seres humanos começaram a domesticar os animais e a praticar a agricultura, surgiram, também, cultos em agradecimento à fertilidade da terra que envolviam música, dança e práticas consideradas mágicas.

Religiões na Antiguidade: Mesopotâmia, Egito e Grécia

Os mesopotâmicos eram politeístas, ou seja, cultuavam vários deuses; um dos mais cultuados era Enki, deus da água doce, considerado também o deus da sabedoria. Assim como outros povos da Antiguidade, os mesopotâmicos construíram grandes templos, que representavam a morada dos deuses na Terra. Localizados em posição destacada na cidade, nos templos celebravam-se todas as cerimônias religiosas.

Os egípcios também eram politeístas, e seus deuses tinham formas humanas e de animais. Eles acreditavam na vida após a morte e, por isso, os ritos funerários eram muito importantes. Acreditava-se que a morte seria uma passagem e que, depois dela, as almas iriam para um tribunal comandado por Osíris, deus do mundo dos mortos, no qual enfrentariam um julgamento.

Imagem: Pintura. Na parte superior, diversas pessoas com mantos coloridos e adornos em formato de animais estão agachadas em fileira. Abaixo, hieróglifos. Seguido por mulheres vestindo túnicas brancas e homens vestindo saiote e adornos em formato de animais estão próximos de uma balança com dois pratos. À direita, um homem de túnica branca, adorno na cabeça e no queixo está sentado em um trono. Há duas mulheres atrás deles. Fim da imagem.

LEGENDA: Página do Livro dos mortos, produzido há cerca de 3 300 anos, representando julgamento diante de Osíris. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 78 e 79 pode ser trabalhada na semana 21.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Compreender o fenômeno religioso entre as civilizações antigas e a importância dada a ele nos contextos social e político.
  • Diferenciar politeísmo de monoteísmo comparando características de religiões nessas categorias.
  • Refletir sobre as crenças egípcias em torno da morte e sobre o significado dos rituais de sepultamento.
  • Discutir aspectos da religião mesopotâmica e da mitologia grega.
  • Conhecer a origem das religiões monoteístas e identificar suas semelhanças e diferenças.
  • Refletir sobre a historicidade das religiões praticadas no presente a partir do conhecimento da gênese das religiões entre as civilizações antigas.
  • Conhecer as religiões hinduísta, budista e iorubá, podendo identificar o local em que foram criadas e caracterizá-las em suas diferentes crenças, doutrinas e ritos.

    Orientações

    Por meio da abordagem proposta, os estudantes poderão refletir sobre a religiosidade de povos antigos que já conheceram nas unidades anteriores, como egípcios, mesopotâmicos e hebreus. O assunto também propicia a compreensão da historicidade das religiões que são professadas hoje.

    Apresente aos estudantes o conceito de politeísmo e pergunte a eles se conhecem alguma religião politeísta. Conduza a discussão de modo a levantar conhecimentos prévios da turma e a demarcar as principais diferenças entre mono e politeísmo.

    O Livro dos Mortos

    Livro dos Mortos do Egito Antigo era uma coletânea de orações, feitiços, cânticos e, por que não dizer, obrigações que o morto deveria cumprir para ajudá-lo na viagem até o Além.

    Só que nós não temos um livro , como nós conhecemos os livros hoje em dia. Ele é na verdade uma série de escritos e ilustrações compilados em papiros [...] ou exposto nas paredes das câmaras mortuárias.

    E o nome “Livro dos Mortos” advém dos saqueadores de tumbas, que – já em nossa época, século XIX e início do século XX – profanavam os túmulos em busca das riquezas históricas que poderiam encontrar dentro das câmaras. Como eram encontrados ao lado das múmias, os saqueadores chamavam os papiros de kitab al-mayitun , em árabe, ou “livro do defunto”.

MP105

Os deuses gregos

Assim como outros povos da Antiguidade, os gregos acreditavam em vários deuses. Porém, os deuses gregos tinham características e comportamentos semelhantes aos dos humanos, com as mesmas qualidades e defeitos. A diferença era que suas divindades eram consideradas imortais, muito poderosas e eram ligadas a um aspecto da natureza ou da vida humana. Zeus, por exemplo, comandava o céu, Poseidon reinava sobre os mares e Hades era o senhor do mundo dos mortos.

Imagem: Fotografia. Estátua de um homem de cabelo médio cacheado e barba longa. Ele usa manto ao redor da cintura. Fim da imagem.

LEGENDA: Estátua de mármore que representa Poseidon. FIM DA LEGENA.

  1. Explique quais eram as crenças dos primeiros grupos humanos.
PROFESSOR Atenção professor: Eles acreditavam que fenômenos naturais, como a vida, a morte, a chuva ou o frio, eram controlados por espíritos ou deuses que habitavam a natureza. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Quantas religiões você conhece? Escreva os nomes dessas religiões e o que você sabe sobre seus ritos e tradições. Converse com um adulto da sua família para obter mais informações.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

Boxe complementar:

Você sabia?

Em todos os lares da Grécia antiga havia um altar em que o fogo sagrado ficava permanentemente aceso. Diante do altar, os grupos familiares realizavam várias cerimônias religiosas, algumas diariamente. Esse tipo de cerimônia, feito nos lares, pelas famílias, é o que os historiadores chamam de culto doméstico.

Além do culto doméstico, também havia na Grécia antiga a religião pública, ou o culto público aos deuses. Na verdade, cada cidade-Estado grega apresentava seu culto oficial, com cerimônias públicas realizadas diante de um templo dedicado à divindade protetora da cidade. Essas cerimônias eram, em geral, realizadas do lado de fora daqueles edifícios.

Os templos de algumas cidades-Estado tornaram-se muito importantes, chegando a atrair visitantes de diferentes localidades da Grécia antiga. Entre eles estavam o templo de Zeus, em Olímpia, e o de Apolo, em Delfos.

Imagem: Fotografia. Sitio arqueológico de um templo apenas com pedras no chão e colunas cilíndricas. Está sobre um monte com árvores e campo e ao fundo há montanhas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas do Templo de Apolo, construído por volta do século 4 a.C., em Delfos, Grécia, 2018.FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Já os egípcios antigos costumavam chamar de “Livro de sair para a Luz” este conjunto de ensinamentos para a viagem até o Além. Ao todo, os arqueólogos e historiadores conseguiram identificar e catalogar 192 capítulos do livro, mas em nenhuma escavação ou pesquisa todos os 192 capítulos foram encontrados juntos, ou seja: o livro nunca foi encontrado por inteiro, e seu conhecimento está fragmentado em vários papiros e obras nos corredores e paredes das câmaras mortuárias. [...]

Inicialmente os costumes eram passados de forma oral, mas os antigos egípcios acreditavam que os escritos foram passados a algum escriba pelo deus Thoth, o deus-escriba.

FONTE: História zine. O Livro dos Mortos . Disponível em: http://fdnc.io/guM. Acesso em: 5 jun. 2021.

Orientações

A religião entre os gregos é um dos assuntos que mais despertam interesse histórico entre crianças e jovens. Atualmente, alguns filmes e programas de televisão têm sido produzidos para esse público, contribuindo para um primeiro contato com aspectos da mitologia na Grécia antiga. Pergunte aos estudantes se já viram filmes como o baseado na série de livros Percy Jackson ou a animação Hércules, da Disney, e convide-os a compartilhar suas impressões com a turma.

Atividade 1. Para complementar a resposta a esta atividade, os estudantes podem indicar também que os primeiros grupos humanos faziam cultos para agradecer pelas dádivas da natureza ou para pedir proteção contra adversidades, como uma tempestade. É possível ampliar a abordagem também como uma reflexão sobre como as religiões refletem as visões de mundo de um povo e conduzem suas práticas cotidianas.

Atividade 2. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar, de leitura oral e dialogada e interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, o reconto do que foi estudado e a integração dos conhecimentos construídos por eles em casa e na escola. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, esta atividade trabalha a interpretação e a relação de ideias e informação.

As atividades 2 e 3, de classificação de doutrinas religiosas e de levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes, podem contribuir para o desenvolvimento da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

MP106

Religiões monoteístas do Oriente Médio

Alguns povos antigos, como os hebreus, acreditavam na existência de um único deus e eram, portanto, monoteístas.

O judaísmo, o cristianismo e o islamismo são religiões monoteístas, ou seja, cultuam uma única divindade.

Judaísmo

A religião dos hebreus, povo que viveu no Oriente Médio na Antiguidade, é a mais antiga crença monoteísta. Para o judaísmo, Abraão havia recebido uma revelação de um deus único, chamado Javé (ou Jeová). De acordo com a tradição judaica, obedecendo a uma ordem divina, Abraão teria guiado o povo hebreu da Mesopotâmia para Canaã, a Terra Prometida, território que hoje corresponde à Palestina.

A religiosidade judaica é fundamentada no Torá, livro sagrado do judaísmo que contém mandamentos que se referem a praticamente todos os aspectos da vida, como a família, o trabalho, a alimentação e as obrigações religiosas.

Imagem: Fotografia. Dois pergaminhos unidos com escritas sobre a parte central do papel.  Fim da imagem.

LEGENDA: O rolo do Torá somente pode ser aberto e lido nas sinagogas (centros judaicos de culto e instrução). O texto em hebraico é lido da direita para a esquerda. FIM DA LEGENDA.

Cristianismo

Na tradição religiosa dos judeus, havia uma profecia sobre a vinda de um messias que salvaria a humanidade. Para os cristãos, Jesus Cristo seria essa figura enviada por Deus. Os primeiros cristãos expandiram suas pregações para praticamente toda a região do mar Mediterrâneo e, em 380, o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano.

Trata-se de uma das religiões com maior número de adeptos no mundo, porém ela passou por inúmeras mudanças ao longo dos séculos e, hoje, há diferentes segmentos religiosos que acreditam em Jesus Cristo, mesmo tendo práticas e costumes distintos. O catolicismo e o protestantismo são duas das expressões do cristianismo que têm práticas e crenças diferentes.

Imagem: Fotografia. Bíblia aberta com repartições indicando as divisões de livros.   Fim da imagem.

LEGENDA: A Bíblia é considerada um livro sagrado para diversas religiões cristãs. Ela é dividida entre o Novo e o Velho Testamento. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 80 e 81 pode ser trabalhada na semana 21.

Orientações

Pergunte aos estudantes quais são as religiões que conhecem e quais professam. Este pode ser um momento interessante de troca entre eles, que poderão criar maior proximidade com seus colegas e saber mais sobre religiões que eventualmente desconhecem. É importante mediar a discussão, de modo a evitar possíveis situações de desconforto ou de intolerância. O intuito da atividade é propiciar a aprendizagem coletiva e o desenvolvimento de sentimentos de empatia e de valorização da diversidade.

O livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, é dividido em Antigo e Novo Testamentos. Os acontecimentos sagrados narrados no Antigo Testamento dizem respeito ao povo hebreu e são partilhados também entre os judeus. No entanto, como não reconhecem Jesus como o Messias, os judeus não se baseiam no Novo Testamento.

Atividade complementar: Pesquisar costumes e tradições judaicas

Para aprofundar a abordagem sobre os hebreus e a religião judaica, você poderá solicitar aos estudantes que façam uma pesquisa sobre os costumes e tradições comuns entre os judeus hoje em dia. Alguns aspectos podem gerar curiosidade, como o Ano-Novo judaico e o Bar Mitzvá.

Em grupos, os estudantes poderão pesquisar hábitos alimentares, festas tradicionais e ritos do judaísmo. Oriente-os na seleção de sites e livros confiáveis e acessíveis para a faixa etária.

A exposição de resultados pode ser feita de maneira oral, propiciando uma conversa entre os estudantes sobre o que descobriram, ou por meio de cartazes. Caso haja um ou mais judeus na sala de aula, convide-os a apresentar a cultura deles para os colegas.

MP107

Islamismo

O islamismo surgiu no período medieval. Também é uma importante religião monoteísta, com seguidores em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio, na África e em alguns países da Ásia e da Europa. A religião começou por volta do ano 610 com o profeta Maomé, que, de acordo com a crença islâmica, atendendo ao chamado do arcanjo Gabriel, recebeu revelações de Deus. Essas ações foram escritas no Alcorão, livro sagrado do islamismo que contém suas práticas e seus ensinamentos fundamentais.

Imagem: Ilustração. Quadro com ilustração de um anjo voando, segurando as mãos de um homem de túnica, ajoelhado em um tapete. Há pessoas ajoelhadas em ambos os lados da imagem. No centro, entre as pessoas há um jarro sobre uma estrutura de madeira.   Fim da imagem.

LEGENDA: O arcanjo Gabriel revela a Maomé a oitava surata, pintura do manuscrito turco Siyar-i-Nabi, de 1594. FIM DA LEGENDA.

  1. Indique quais são os pontos comuns entre judaísmo, islamismo e cristianismo.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

Boxe complementar:

Você sabia?

O número zero é um conceito que foi desenvolvido por diversos povos. Os árabes divulgaram os algarismos na Europa por meio do contato que estabeleceram com diferentes culturas. Saiba mais sobre esse assunto no texto a seguir.

A cultura indiana antiga já trazia uma noção de vazio bem antes do conceito matemático de zero. “Num dicionário de sânscrito, você encontra uma explicação bastante detalhada sobre o termo indiano para o zero, que é shúnya”, afirma o físico Roberto de Andrade Martins [...]. A partir do século VIII d.C., os árabes levaram para a Europa, junto com os outros algarismos, tanto o símbolo que os indianos haviam criado para o zero quanto a própria ideia de vazio, nulo, não existente. E difundiram o termo shúnya – que, em árabe, se tornou shifr e foi latinizado para zephirum, depois zéfiro, zefro e, por fim, zero.

Bem distante da Índia, nas Américas, por volta dos séculos IV e III a.C., os maias também deduziram uma representação para o nada. [...] O conceito do vazio era tão significativo entre eles que havia uma divindade específica para o zero: era o deus Zero, o deus da Morte.

FONTE: Maria Fernanda Vomero. A importância do número zero. Superinteressante , 31 out. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/7AP. Acesso em: 14 mar. 2021.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Converse com os estudantes sobre o islamismo, perguntando se alguém pratica ou conhece aspectos da religião. Em seguida, apresente a eles alguns elementos fundamentais relacionados às crenças e práticas do Islã, como a peregrinação à Meca, o jejum no Ramadã e a realização de cinco orações diárias. Essa abordagem deve ser feita de maneira cuidadosa, de modo a evitar e desconstruir estereótipos geralmente divulgados pela mídia e pela indústria cultural.

Atividade 3. São religiões que surgiram no Oriente Médio e que se baseiam na crença em um único deus. É importante ressaltar a origem comum das religiões monoteístas que se conhece hoje, de modo que os estudantes compreendam sua historicidade e sua proximidade. Essa discussão pode propiciar reflexões sobre os conflitos religiosos atuais, introduzindo questionamentos que poderão ser retomados mais adiante neste capítulo e mais bem elaborados no futuro.

A atividade 3, de associação de características de religiões monoteístas, pode contribuir para o desenvolvimento da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

Alcorão: Livro sagrado do islã

Considerado a principal fonte do islamismo, o Alcorão é um livro sagrado cuja revelação completa levou 23 anos. O Alcorão é composto de 114 capítulos, denominados suratas, com um número variado de versículos ( ayas ), somando 6.236 [...].

O Alcorão é escrito em árabe, e todo muçulmano deve fazer suas orações nesse idioma, que funciona como um elo entre várias etnias adeptas do islamismo. A maior parte dos turcos, paquistaneses e indonésios, por exemplo, não tem o árabe como idioma nativo, mas reza seguindo o mesmo Alcorão de sauditas, jordanianos e argelinos. [...] Trechos do Alcorão são recitados em várias solenidades, aí incluídos discursos, formaturas e jogos de futebol.

FONTE: FARAH, Paulo Daniel. O islã . São Paulo: Publifolha, 2001. p. 22-23.

MP108

Religiões milenares da Ásia e da África

Hinduísmo

Uma das religiões mais antigas do Oriente, o hinduísmo, surgiu na Índia há mais de 3 mil anos. Sua filosofia religiosa está escrita em quatro livros chamados Vedas (palavra do sânscrito, língua antiga da Índia, que significa “livros do conhecimento”). Os Vedas reúnem um conjunto de hinos religiosos, preces e histórias sobre a natureza humana e a criação do Universo. O hinduísmo reverencia centenas de divindades, entre elas Brahma, Vishnu e Ganesha.

Imagem: Fotografia. Estátua de bronze com um homem em corpo humano e cabeça de elefante. Ele possui quatro braços e uma coroa, está sentado com as pernas cruzadas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Estátua feita de bronze, encontrada no Nepal, representando Ganesha, deus hindu da sabedoria. Século XVI. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• Histórias ilustradas da Índia. São Paulo: Edições Usborne, 2016.

O livro apresenta 25 histórias da cultura indiana, recontadas por escritores da atualidade. São acompanhadas de ilustrações e possibilitam ao leitor conhecer melhor as lendas e os valores ligados aos ensinamentos culturais da Índia.

Fim do complemento.

Budismo

Outra religião influente na Ásia, surgida na Antiguidade, é o budismo. Ela foi fundada por um príncipe chamado Siddhartha Gautama, que ficou conhecido como Buda, que, em sânscrito, significa “iluminado”.

A base da doutrina budista está no reconhecimento do sofrimento e em como superá-lo. Atualmente, o budismo está presente na China, no Japão, na Coreia do Sul, no Sri Lanka e na Tailândia.

Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto e tiara central, vestindo túnica vermelha. Está sentado com as pernas cruzadas. Em ambos os lados há homens de coroa e colares. Acima, templos de três níveis.   Fim da imagem.

LEGENDA: Representação de Buda. Manuscrito encontrado na Tailândia. Século XVIII. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• As 14 pérolas budistas, de Ilan Brenman. São Paulo: Escarlate, 2013.

O livro apresenta diversos contos inspirados pela filosofia e pelas ideias budistas. Os contos são destinados às crianças, com linguagem simples e importantes lições de vida, ligadas a valores como equilíbrio, honestidade e humildade.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 82 e 83 pode ser trabalhada na semana 22.

Orientações

Chame a atenção dos estudantes para a imagem disponível na página 82 que representa um deus hindu. Pergunte a eles se já viram uma imagem como essa e que sentimentos ela transmite. Deixe que se expressem livremente, podendo comparar o deus representado na imagem a outros de outras religiões. Em seguida, explique que o deus representado na imagem, Ganesha, é associado à sabedoria.

Ao apresentar os livros sagrados do hinduísmo, os Vedas, explique à turma que o termo significa “conhecimento” e estimule-os a refletir sobre as relações entre religião e conhecimento. Essa abordagem visa somente estimular reflexões nos estudantes, promovendo o desenvolvimento de habilidades de reconhecimento e associação de conceitos abstratos, não exigindo respostas certas.

MP109

Iorubá

Na África, também existia uma grande diversidade religiosa na Antiguidade. Uma das religiões mais antigas do continente é a iorubá, que faz parte da cultura de um dos maiores grupos linguísticos africanos que hoje ocupam a região da Nigéria e outros países.

Para a religião iorubá, existe um ser supremo, Olodumare ou Olorum, criador do mundo e também das divindades, chamadas orixás, entre as quais havia reis, guerreiros e personagens históricos associados a elementos da natureza, como o fogo, a chuva e o vento.

Boxe complementar:

Você sabia?

O culto aos orixás foi trazido ao Brasil pelos africanos escravizados da cultura iorubá. O contato entre as tradições iorubás e aquelas encontradas no Brasil deu origem aos chamados cultos afro-brasileiros, como o candomblé.

Imagem: Fotografia. Mulher de turbante e vestido longo branco, está na beira do mar.   Fim da imagem.

LEGENDA: Festa de Iemanjá, município de Salvador, estado da Bahia, 2020. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• A África recontada para crianças, de Avani Souza Silva. São Paulo: Martin Claret, 2020.

A obra apresenta uma série de histórias que fazem parte da cultura de países africanos onde também se fala português, como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. As histórias foram recontadas pela autora e são acompanhadas de belas ilustrações.

Fim do complemento.

  1. O hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Indique duas características dessa religião.
  1. Qual é a base da doutrina budista? Explique.
PROFESSOR Atenção professor: Atividades 4 e 5: ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Auxilie os estudantes a compreender aspectos do sincretismo religioso, isto é, a transformação de uma religião pelo contato com uma ou mais religiões, formando algo original. É importante abordar a religião de origem iorubá e suas vertentes umbanda e candomblé, de modo que os estudantes as identifiquem como manifestações religiosas de origem africana, reconhecendo sua legitimidade e valorizando-as como expressão cultural.

Atividade 4. A religião hindu considera centenas de divindades, como os deuses Brahma, Vishnu e Ganesha. Seus preceitos religiosos são descritos em livros chamados Vedas.

Atividade 5. A base da doutrina budista está no reconhecimento do sofrimento e em como superá-lo.

Estas atividades possibilitam a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

MP110

Para ler e escrever melhor

O texto a seguir permite uma reflexão sobre os conceitos de tolerância e intolerância religiosa para ajudar a compreender a importância de atitudes de respeito e aceitação do outro.

O respeito às religiões e a “tolerância” religiosa

No Brasil, assim como em diversos países, a sociedade é constituída por povos com diferentes vertentes religiosas. Algumas dessas religiões têm crenças, regras de conduta e até ritos em comum, e outras têm credos e costumes totalmente diferentes. Desde a Antiguidade, povos com diferentes religiões conviveram e mantiveram relações. Os egípcios e os povos da Mesopotâmia tinham crenças religiosas diferentes, assim como os persas e os indianos.

Porém, apesar de muitas religiões terem como fundamento o respeito, a relação entre os grupos religiosos nem sempre é pacífica. Alguns grupos religiosos acreditam que a sua crença é a única verdadeira e não aceitam ou não respeitam a fé, os cultos, as cerimônias e as liturgias de outras religiões. Esse comportamento é chamado de intolerância religiosa. Um exemplo são os conflitos entre muçulmanos e judeus na Palestina.

Imagem: Fotografia. Seis homens de chapéu pequeno e túnicas em tons de amarelo e laranja. Estão com as mãos entrelaçadas.    Fim da imagem.

LEGENDA: Encontro de líderes de diferentes religiões em prol da paz. Daca, Bangladesh, 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 22.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Promover a leitura e a interpretação de um texto reflexivo.
  • Discutir o uso do termo “tolerância” com base em sua definição e sua aplicação no contexto das relações inter-religiosas.

    Orientações

    A seção apresenta a noção de intolerância religiosa, ou seja, a atitude discriminatória direcionada a religiões e seus praticantes em razão de eles serem considerados diferentes. A intolerância em relação à religião como prática cultural pode ser associada, ainda, a uma demonstração de etnocentrismo, uma vez que tal conceito antropológico define aquele que considera a própria cultura superior a outra e, por isso, menospreza ou discrimina outras culturas e religiões.

    Pergunte aos estudantes o que eles compreendem por intolerância religiosa, promovendo uma conversa inicial de levantamento de conhecimentos prévios. Este primeiro momento pode orientar o trabalho com o assunto da seção, viabilizando um diálogo entre o saber curricular aqui proposto e as impressões e os saberes próprios das experiências dos estudantes.

    Diversidade e convívio

    Uma educação voltada para a convivência na diversidade deve considerar todos os âmbitos em que esta se manifesta no cotidiano dos estudantes. A religião é um dos mais importantes deles, uma vez que pode condensar em si influências familiares, aspectos comunitários, práticas cotidianas, visões de mundo e crenças pessoais. A discriminação religiosa é, assim, também uma discriminação da identidade do outro e de sua fé, podendo atingir sua autoestima e suas convicções. Sob certo nível, pode, ainda, inviabilizar a prática de uma religião sob ameaça de segurança.

    Por meio desta seção, espera-se propiciar situações didático-pedagógicas relevantes, de modo que os estudantes compreendam e combatam situações de intolerância religiosa.

MP111

Em seu 26º artigo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, coloca “a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos” como um caminho para a manutenção da paz entre as nações. No Brasil, a Constituição de 1988 também assegura a liberdade de crença religiosa e a proteção aos cultos e liturgias, isto é, defende a coexistência pacífica e o respeito às diferentes matrizes religiosas.

Essas ações visam a criar medidas que busquem a tolerância religiosa entre os povos. Mas o que é tolerar? Se olharmos em um dicionário, o verbo “tolerar” está relacionado à ideia de “suportar algo” que não nos agrade. Isto é, o termo já pressupõe a “não aceitação” do outro. No entanto, convencionou-se utilizar a expressão tolerância religiosa com o significado de aceitar o outro e respeitar as diferenças de credo.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. O que é intolerância religiosa?
  1. De acordo com o texto, o que significa tolerância religiosa?
  1. Escreva um pequeno trecho sobre as atitudes que podemos tomar na escola ou em outros espaços que frequentamos e que possam contribuir para o respeito e a aceitação das diferentes religiões.
Imagem: Ilustração. Silhuetas de homens e mulheres em diferentes etnias e roupas.   Fim da imagem.

LEGENDA: O reconhecimento da diversidade cultural e religiosa contribui para a convivência pacífica entre os povos. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Após a leitura do texto didático, verifique se os estudantes tiveram dificuldades com algum termo ou na interpretação das informações. Pode ser necessário auxiliá-los a compreender a discussão proposta em torno do sentido da palavra “tolerar” e por que ela pode ser considerada pouco adequada para tratar do tema.

Atividade 1. A intolerância religiosa é o desrespeito à religião e à crença de outras pessoas.

Atividade 2. O verbo “tolerar” está relacionado à ideia de “suportar algo” que não nos agrade. No entanto, convencionou-se utilizar a expressão “tolerância religiosa” com o significado de aceitar o outro e respeitar as diferenças de crença.

As atividades 1 e 2, de interpretação e elaboração textual, podem contribuir para o desenvolvimento da competência específica de História 4 da BNCC: Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários e da habilidade EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

Literacia e História

A atividade 3 pode ser feita de maneira oral, de modo a promover uma troca de ideias entre os estudantes em torno de possíveis maneiras de viabilizar o respeito e a tolerância entre membros de diferentes religiões. Se considerar válido, acompanhe a discussão anotando na lousa as ideias que surgirem. Dessa maneira, espera-se que os estudantes desenvolvam habilidades de leitura e escrita, bem como de expressão verbal, podendo imprimir maior clareza e eloquência na argumentação e na transmissão das ideias.

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Capítulo 2. Patrimônio cultural dos povos antigos

A arte, a arquitetura, a literatura, a religião e as tradições compõem a expressão cultural de um povo, seu patrimônio cultural. As tradições orais, as danças e a forma de se alimentar fazem parte desse patrimônio como cultura imaterial de uma sociedade. A preservação dos patrimônios culturais ajuda a conservar a história e a memória das diferentes sociedades e a entender as transformações ao longo da história.

No Egito, as construções, as esculturas e as tumbas funerárias são expressões da arte e arquitetura antigas e, portanto, patrimônios culturais materiais. As pinturas encontradas nas tumbas indicam que também a música e a dança estavam presentes nas casas e nos palácios, em banquetes e festas.

Imagem: Ilustração. Quatro mulheres e uma menina de túnicas e adornos coloridos, tocando instrumentos musicais de cordas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura de cerca de 3 400 anos atrás, encontrada na tumba do faraó Horemheb, retratando músicos. Vale dos Reis, Luxor, Egito. FIM DA LEGENDA.

Cultura e alimentação

A alimentação é uma parte importante da cultura de um povo. No Egito, a base alimentar era composta de produtos derivados do trigo, como pão e cerveja. Havia também ervilha, lentilha, verduras e frutas, como tâmara e melão.

Entre as populações antigas da Índia, o arroz, a cevada e a lentilha compunham a base da cultura alimentar. O uso de especiarias como cravo, canela, cominho e gengibre era comum e continua presente na cultura indiana. Há restrições em relação ao consumo de carne de acordo com algumas religiões. No hinduísmo, a vaca é considerada um animal sagrado e, por isso, os seus seguidores não consomem sua carne. Além disso, grande parte da população praticava e pratica a atividade milenar da ioga.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 86 e 87 pode ser trabalhada na semana 23.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Compreender os conceitos de patrimônio material e imaterial e sua aplicabilidade em relação aos patrimônios de sociedades da Antiguidade.
  • Identificar patrimônios relacionados a diversos povos antigos, entre eles os egípcios e os povos do vale do rio Indo.
  • Refletir sobre a circularidade da cultura no mundo antigo, podendo compreender as trocas culturais como influências mútuas e constantes entre povos da Antiguidade.
  • Reconhecer a cultura helenística como resultado do contato intenso entre povos do Oriente e do Ocidente propiciadas pelas políticas macedônicas.
  • Destacar a importância da preservação dos patrimônios culturais para o estabelecimento de noções de identidade, pertencimento e historicidade.

    Orientações

    O capítulo trata das relações entre cultura e patrimônio, retomando e aprofundando questões estudadas ao longo dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, desta vez aplicadas aos povos da Antiguidade. Para iniciá-lo, pode ser interessante fazer uma sondagem inicial com os estudantes, buscando levantar o que lembram sobre patrimônio, cultura material e memória e quais imaginam que sejam os patrimônios dos povos que vêm sendo estudados desde a unidade passada.

    Sobre o conceito de patrimônio

    A palavra patrimônio vem de pater , que significa pai e tem origem no latim. Patrimônio é o que o pai deixa para o seu filho. Assim, a palavra patrimônio passou a ser usada quando nos referimos aos bens ou riquezas de uma pessoa, de uma família, de uma empresa. Essa ideia começou a adquirir o sentido de propriedade coletiva com a Revolução Francesa no século XVIII.

    Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, o patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade desse povo.

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Boxe complementar:

Você sabia?

Em meio ao oceano Pacífico existe uma ilha que foi denominada pelos colonizadores de Ilha de Páscoa. A ilha, hoje, pertence ao Chile, mas é território dos Rapa Nui, povo que ali chegou, vindo da Polinésia, por volta do ano 300. Os Rapa Nui têm sua própria língua e cultura e construíram diversas esculturas chamadas de moais, que fazem parte de seu sítio arqueológico. Os moais são feitos de pedras; alguns chegam a medir mais de 10 metros de altura e todos estão de costas para o oceano Pacífico.

Imagem: Fotografia. Esculturas de homens de cara larga e grande apoiada ao corpo. Eles estão enfileirados lado a lado.  Fim da imagem.

LEGENDA: O Parque Nacional Rapa Nui, na Ilha de Páscoa, abriga vestígios da cultura material desse povo. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

  1. Observe a imagem e responda à questão.
Imagem: Fotografia. Pintura de homem de turbante dourado e suporte retangular no queixo, sem camiseta e tanga branca, com colares no rosto. Dois homens com cabeça de pássaro e cão estão segurando a mão do homem. Sobre a parede há inscrições de hieróglifos.    Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura egípcia de cerca de 3.300 anos retratando o faraó Ramsés I entre os deuses Hórus (esquerda) e Anúbis (direita). FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: É esperado que o estudante responda que sim. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral.   Fim da imagem.
  1. Nós herdamos muitos hábitos alimentares de outros povos. Quais alimentos comuns nas culturas egípcia e indiana fazem parte do cotidiano de vocês? Façam uma roda com a turma toda e com o professor e conversem sobre o assunto.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

O patrimônio cultural de uma sociedade é também fruto de uma escolha, que, no caso das políticas públicas, tem a participação do Estado por meio de leis, instituições e políticas específicas. Essa escolha é feita a partir daquilo que as pessoas consideram ser mais importante, mais representativo da sua identidade, da sua história, da sua cultura, ou seja, são os valores, os significados atribuídos pelas pessoas a objetos, lugares ou práticas culturais que os tornam patrimônio de uma coletividade (ou patrimônio coletivo).

FONTE: Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas. Patrimônio cultural: o que é? Disponível em: http://fdnc.io/ckx. Acesso em: 6 jun. 2021.

Chame a atenção da turma para o boxe Você sabia? orientando-a a observar a imagem com atenção e a ler o texto didático. Pode ser interessante estimular a imaginação histórica dos estudantes, perguntando a eles por quais motivos e em qual contexto teriam os Rapa Nui construído as esculturas chamadas de Moai.

Atividade 1. Espera-se que os estudantes respondam que a pintura é um patrimônio cultural do Egito antigo porque ajuda a compreender essa sociedade e as transformações que ocorreram ao longo de sua história.

Atividade 2. Os estudantes poderão indicar que os alimentos à base de trigo, como o pão, e o arroz fazem parte de nossa alimentação. O uso de especiarias, como gengibre, canela e cravo, também está presente em algumas culturas nos dias atuais.

Estas atividades possibilitam a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

O conteúdo e as atividades propostas ao longo do capítulo 2 favorecem o aprofundamento do trabalho com o tema de relevância em destaque neste volume, “Cidadania e patrimônio cultural”. A discussão sobre cultura material, Arqueologia e patrimônios culturais materiais de diferentes povos possibilita aos estudantes uma ampla reflexão sobre o papel das fontes históricas no conhecimento sobre as sociedades do passado.

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Trocas e heranças culturais

O estudo dos patrimônios culturais nos ajuda a entender como os povos se relacionavam entre si e como uma cultura pode ter influenciado outra. É o caso dos fenícios, por exemplo. Há mais de 3 mil anos eles estabeleceram relações com vários povos vizinhos por meio do comércio marítimo na região do mar Mediterrâneo. Apesar de terem um sistema de escrita próprio, sua arte e sua arquitetura apresentam vários aspectos da cultura dos egípcios, povo com o qual realizavam comércio.

Outro exemplo de troca cultural ocorreu por causa dos macedônios. A Macedônia era um reino que fazia parte da Grécia. Há cerca de 2 300 anos, os macedônios dominaram a Grécia. O Império Macedônico, comandado pelo rei Alexandre, divulgou a cultura grega no Egito, na Pérsia, na Índia, entre outros. O centro cultural do Império era a cidade de Alexandria, às margens do mar Mediterrâneo, onde foi construída a maior biblioteca da Antiguidade e um grande farol para orientar as embarcações.

Na seção Você sabia?, localizada na página 81, você descobriu que os povos árabes disseminaram o uso do número zero em operações matemáticas. Esse algarismo já havia sido elaborado pelos indianos antigos, o que nos mostra, mais uma vez, que as trocas culturais ocorrem há muito tempo entre diferentes povos e são muito importantes para o desenvolvimento da humanidade.

Imagem: Ilustração. Mar com navios longos ao lado de forte de pedra e torre central. Ao fundo há casas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: O farol de Alexandria era uma construção em pedra de mais de 120 metros de altura. Para orientar os barcos, durante o dia era usado um espelho que refletia a luz do Sol e, à noite, era acesa uma enorme tocha. Atualmente, restam apenas fragmentos submersos desse farol. Farol de Alexandria, gravura de F. Adler, 1901. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 88 e 89 pode ser trabalhada na semana 23.

Orientações

As atividades comerciais cumpriram papel importante no contato entre culturas. Uma vez que os povos passaram a se especializar na produção de determinados produtos, as trocas se tornaram mais dinâmicas e os produtos de uns povos passaram a abastecer o mercado de outros. Isso explica, por exemplo, como é possível encontrar joias egípcias distantes do local de origem. Ajuda também a explicar a ocorrência de padrões estéticos e técnicas de uns povos em produtos feitos por outros.

É importante ressaltar que as culturas são circulares, isto é, desenvolvem suas formas de alimentação, comunicação, expressão artística e verbal, entre outras, sofrendo influência e influenciando os povos com os quais têm contato.

Atividade complementar: Império Macedônico

Analise com os estudantes o mapa do Império Macedônico, apresentando as diferentes regiões e povos que foram incorporados a esse império.

Converse com a turma sobre a experiência macedônica e a importância do respeito e da valorização da diversidade na construção de uma sociedade harmônica e culturalmente rica. Diferentemente dos demais impérios que foram consolidados no período, o Império Macedônico não impunha sua cultura aos povos que eram conquistados. Pelo contrário, deixava-os continuar com sua religião, seus costumes e suas estruturas políticas, sendo integrados a uma sociedade multiétnica.

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Legados culturais da Antiguidade

Nós também herdamos e incorporamos muitos aspectos culturais dos povos que viveram na Antiguidade. A concepção de democracia presente no Ocidente, por exemplo, tem sua origem na democracia ateniense baseada na noção de cidadania e que tinha como principal característica permitir a uma pessoa participar das decisões políticas da pólis. A base do sistema de direito de muitos países do Ocidente, entre eles o Brasil, deriva do complexo de leis romanas que regulamentavam os atos dos cidadãos e estrangeiros na Roma antiga.

Imagem: Fotografia. Escultura em coluna com homem sentado em trono e mulher em pé ao lado. Ambos vestem túnicas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo de cerca de 337 a.C. mostrando a democracia coroando Demos (“povo” em grego). Museu da Ágora, Atenas. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Com um colega, leia o parágrafo abaixo e complete as lacunas com os termos corretos, transcrevendo no caderno o texto completo.

    A preservação dos _____ é fundamental para a compreensão da _____ e de como ocorreram os intercâmbios _____ entre os vários povos ao longo do tempo. A _____ é uma expressão do patrimônio material. A _____ também faz parte da cultura de um povo, assim como as narrativas orais transmitidas de geração em geração, a dança e a _____. Estes são patrimônios imateriais.

    Quadros: arquitetura − música − patrimônios − alimentação − culturais − história.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Pesquise em livros, na internet e converse com um adulto da sua família sobre as influências culturais que incorporamos de outros povos.

    Com base em suas descobertas, redija um pequeno texto no caderno. Em um dia previamente combinado com a turma e com o professor, apresente seu texto aos demais colegas, lendo-o em voz alta.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• A Grécia antiga passo a passo, de Éric Teyssier e Éric Dars. São Paulo: Claro Enigma, 2015.

O livro convida os jovens leitores a realizarem um passeio pela cultura grega antiga, abordando temas como cidades-Estado, produção artística, Matemática e Filosofia na Grécia antiga, entre outros.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Atividade 3. A preservação dos patrimônios é fundamental para a compreensão da história e de como ocorreram os intercâmbios culturais entre os vários povos ao longo do tempo. A arquitetura é uma expressão do patrimônio material. A música também faz parte da cultura de um povo, assim como as narrativas orais transmitidas de geração em geração, a dança e a alimentação. Estes são patrimônios imateriais.

Atividade 4. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, propiciando um momento de literacia familiar em que estudantes e seus familiares possam trocar ideias e conhecimentos a respeito do tema estudado, em que os estudantes possam contar e explicar o que aprenderam, desenvolvendo a fluência em leitura, a leitura dialogada, a interação verbal e a compreensão de texto. Dessa forma, a atividade favorece a integração entre os conhecimentos construídos pelos estudantes em casa e na escola. Esta atividade possibilita retomar a ideia de legado cultural trabalhada nas unidades anteriores. Essa abordagem é importante para que os estudantes, nesta faixa etária, consolidem noções de historicidade, podendo compreender o presente como resultado de ideias, conhecimentos e costumes desenvolvidos ao longo do tempo. Ressalte que, além das influências culturais que podemos perceber hoje, há outras que se perderam ao longo do tempo, como línguas e rituais.

Estas atividades favorecem a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

A transformação da cultura helênica em cultura helenística

A cultura helênica, difundindo-se entre todas as raças e povos, tornou-se helenística . [...] Entrando em contato com tradições e crenças diversas, a cultura helênica devia assimilar cada vez mais alguns dos seus elementos. Sobretudo fizeram-se sentir, muito cedo e profundamente, os influxos do Oriente [...].

Os novos centros de cultura como Pérgamo, Rodes, e sobretudo Alexandria, com a fundação da grandiosa biblioteca e do Museu, por obra de Ptolomeu, acabaram por ofuscar a própria Atenas. Mais ainda, o próprio baricentro da cultura acabou por deslocar-se para Alexandria, que, por sua posição geográfica extremamente favorecida, absorveu os estímulos.

FONTE: REALE, Giovanni. História da Filosofia antiga (vol. III). São Paulo: Edições Loyola, 2006. p. 10.

MP116

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

Na África há importantes patrimônios mundiais, como o centro histórico da antiga cidade de Mbanza Kongo, em Angola. A história dessa cidade, que foi capital do Reino do Congo, também está conectada com a nossa história, pois a cultura brasileira tem influência de muitos aspectos da cultura dos povos bantos, que formaram o Reino do Congo.

Mbanza Kongo, em Angola, recebe título de Patrimônio Mundial da Unesco

Capital política e espiritual do antigo Reino do Congo – região onde hoje estão localizados Gabão, República do Congo, Angola e República Democrática do Congo –, Mbanza Kongo representa a importância da tradição kongo e seus conflitos com a chegada dos portugueses e da religião católica na África Central, ao final do século XV.

Um reino que crescia e influenciava parte da África, no século XIII, representa uma civilização de riqueza cultural inestimável. Formado inicialmente por 144 tribos, esse império construiu a história e cultura de países como Angola, Congo, República Democrática do Congo e Gabão e de seus descendentes em todo o mundo.

Com o compromisso de pesquisar e compartilhar a história e os símbolos da cidade, o arqueólogo Bruno Pastre Máximo lançou um site baseado em uma vasta pesquisa de campo, onde ele ressalta aspectos religiosos e culturais da região.

“Na cidade, existem três lugares-chave: Kulumbimbi, Yala-Nkuwu e Ntotila. Kulumbimbi é descrita pelas autoridades científicas angolanas como o vestígio material da primeira catedral construída na África subsaariana pelos portugueses”, disse Bruno.

Imagem: Fotografia. Campo de terra com vegetação e árvores entre casas pequenas de tijolo e barrancos de terra.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Mbanza Kongo, Angola, 2015. FIM DA LEGENA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 24.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Apresentar aos estudantes um patrimônio cultural da humanidade: Mbanza Kongo.
  • Relacionar o patrimônio de Mbanza Kongo a aspectos da cultura afro-brasileira, identificando aproximações entre o patrimônio africano e o brasileiro.
  • Reconhecer a importância da elevação de Mbanza Kongo a patrimônio cultural da humanidade.

    Orientações

    Leia o texto com a turma e auxilie os estudantes em caso de dificuldades. É importante também chamar a atenção deles para a imagem da página, criando associação textual-imagética e possibilitando a familiarização com o patrimônio de que trata o texto.

    Explique que as culturas de origem banto, do Congo e de Angola, estão profundamente enraizadas na cultura brasileira, em manifestações como a umbigada e o jongo, trazidos por africanos escravizados entre os séculos XVI e XVIII no Brasil. Também as migrações recentes de angolanos para o país têm contribuído para novas trocas culturais.

    Educação em valores e temas contemporâneos

    O assunto da seção possibilita a discussão e a apropriação de conceitos importantes, como a memória e a ancestralidade. Ao determinar algo como patrimônio da humanidade, a Unesco baseia-se no pressuposto de que seu valor histórico e cultural ultrapassa o tempo e o espaço em que foi produzido, sendo relevante para pessoas de todo o mundo. Ressalte a importância do título de patrimônio mundial da humanidade para a dimensão do reconhecimento e da valorização dessa cultura africana.

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“Para diversos grupos locais, no entanto, a ruína não é vista como de origem portuguesa, sendo um legado pré-colonial; ela é um símbolo do passado ancestral e um legado dos ancestrais. A árvore Yala-Nkuwu é uma ligação com a ancestralidade mediada pela lei e ordem. Diante dela, foram feitos muitos julgamentos [...]”, acrescentou o pesquisador.

Imagem: Fotografia. Faixada de ruínas de uma casa triangular com arco arredondado de entrada. Ao redor há gramado e caminho de cimento até o monumento.   Fim da imagem.

LEGENDA: Catedral de São Salvador do Congo, também chamada de Kulumbimbi, em Mbanza Congo, Angola, 2019. FIM DA LEGENDA.

O reconhecimento do Mbanza-Kongo é positivo para o mundo porque estimula a pesquisa e reflexão sobre a história – comum a africanos, portugueses e brasileiros.

Foi do Reino do Congo de onde partiu a maioria dos africanos escravizados desembarcados nas Américas, foi de lá que saiu o primeiro embaixador africano enterrado no Vaticano, e também foi lá onde a primeira igreja católica (Kulumbimbi) da África subsaariana foi erguida.

FONTE: ONU-Brasil. Mbanza Kongo, em Angola, recebe título de Patrimônio Mundial da Unesco. Revista Amazônia , 10 jul. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/guN. Acesso em: 14 mar. 2021.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. De acordo com o texto, o que a cidade de Mbanza Kongo representa para a tradição local?
  1. Qual é a importância dos vestígios da catedral, também chamada de Kulumbimbi, para a população local?
  1. Explique por que a preservação desse patrimônio africano também ajuda a entender nossa própria história.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. A cidade, que foi capital do Reino do Congo, representa a importância da tradição local e seus conflitos com a chegada dos portugueses à região no final do século XV.

Atividade 2. Segundo o pesquisador entrevistado, as ruínas de Kulumbimbi (Catedral de São Salvador do Congo) representam um legado dos ancestrais para diversos grupos.

Atividade 3. Porque muitos africanos trazidos para o Brasil durante o período colonial eram originários do Reino do Congo. Assim, entender a cultura desse povo é também compreender parte de nossa cultura, pois herdamos muitos aspectos e tradições dos povos bantos que formaram o Reino do Congo.

As atividades 1, 2 e 3 favorecem a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI10: Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade e analisar mudanças e permanências desses patrimônios ao longo do tempo.

Atividade complementar: Patrimônio da humanidade

Proponha aos estudantes uma atividade de simulação de candidatura de um patrimônio à Unesco. Para isso será necessária uma conversa inicial sobre a importância da entidade para o reconhecimento e a preservação de patrimônios no mundo.

Em seguida, peça que selecionem patrimônios da cidade em que vivem. Consulte os procedimentos de candidatura à Unesco e simplifique-os para os estudantes, explicando que é preciso reunir documentos sobre o patrimônio escolhido, como informações históricas e imagens.

Em grupos, os estudantes vão poder pesquisar informações e imagens em livros, revistas e sites. Eles devem reunir o material em um dossiê.

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Capítulo 3. O cotidiano no mundo antigo

Na Antiguidade, as pessoas organizavam seu cotidiano entre as atividades domésticas, religiosas, de trabalho e de lazer. O papel desempenhado por homens e mulheres variava de sociedade para sociedade.

Vida doméstica na Mesopotâmia

Além de espaço de convívio e de moradia, as casas na Mesopotâmia eram espaço de culto aos ancestrais. Havia espaços e objetos considerados sagrados. As mulheres das classes mais ricas recebiam um dote e quase nunca exerciam trabalhos fora de casa. As mulheres pobres exerciam trabalhos, como a produção artesanal com cerâmica e teares.

Imagem: Fotografia. Miniatura em barro de casa antiga formada por quatro cubos unidos, dois na parte inferior e um na parte superior. Eles possuem janelas estreitas retangulares.   Fim da imagem.

LEGENDA: Miniatura de casa mesopotâmica produzida há cerca de 4 500 anos. Peça sumério-acadiana encontrada na Síria. FIM DA LEGENDA.

Vida doméstica no Egito antigo

No Egito antigo, as pessoas viviam em pequenas vilas. As casas eram simples e havia espaço de culto aos deuses. Algumas atividades essenciais à alimentação, como o preparo do pão e da cerveja, eram tarefas executadas por homens e mulheres. A caça era praticada pelos homens, e os jogos de tabuleiro eram uma atividade de lazer muito comum.

As mulheres, em geral, podiam exercer as mesmas profissões que os homens. Apesar de não ocuparem funções ligadas ao Estado, elas não sofriam restrições para aparecer em público e participar das cerimônias religiosas. As egípcias também administravam os bens familiares, podendo vender e comprar propriedade ou controlar o comércio.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 92 e 93 pode ser trabalhada na semana 24.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Discutir aspectos do cotidiano entre os povos antigos, com destaque para a organização urbana, as atividades cotidianas e os papéis de gênero.
  • Refletir sobre o modo como os povos antigos viviam e estabelecer comparações entre passado e presente.
  • Discutir criticamente o papel das mulheres entre os povos da Antiguidade.
  • Conhecer aspectos da concepção de infância entre diferentes povos antigos, compreendendo a forma como costumavam educar crianças.
  • Comparar a educação promovida pelas sociedades entre si e em relação a homens e mulheres.

    Orientações

    Ao iniciar a abordagem do capítulo, converse com os estudantes sobre como é seu cotidiano atualmente: quais são as atividades realizadas por eles e seus familiares? Espera-se que apresentem um panorama do trabalho e dos costumes locais do presente. É importante relacioná-los à presença da tecnologia e estimular os estudantes a compreender como o trabalho e os costumes de determinada sociedade estão vinculados à organização social e a tecnologias de um povo.

MP119

Vida doméstica na Grécia antiga

Na Grécia antiga, as casas geralmente eram feitas de tijolos de barro e pintadas de branco. Não havia muitos objetos decorativos no interior das residências. Pratos, canecas e potes eram, em geral, feitos de argila. Os mais abastados (ricos) possuíam alguns copos de vidro.

A maior parte das casas na Grécia antiga tinha espaços comuns, como o pátio interno, depósitos e dormitórios. Existiam também divisões entre os espaços destinados aos homens e às mulheres. O local destinado às atividades dos homens se chamava ándron e ali se reuniam para conversar, cantar e ouvir música. O local reservado às mulheres era o gineceu e ali faziam atividades como a tecelagem e a preparação de farinhas. Na Grécia antiga, as mulheres não tinham acesso à educação ou à atividade política; aquelas que participavam da vida pública o faziam por meio da religião, como sacerdotisas.

Imagem: Fotografia. Destaque de ilustração em cerâmica arredondada com ilustração de dois homens de túnicas e coroas de louros. Um deles está sentado em um banco enquanto o outro está em pé sentado à frente.   Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe da cerâmica grega produzida há cerca de 2 500 anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Como era o cotidiano das mulheres na Antiguidade?
PROFESSOR Atenção professor: Atividades 1, 2 e 3: ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Leia, com um colega, as afirmativas a seguir. Identifiquem quais são as afirmativas verdadeiras e quais são as falsas. Por fim, copiem as afirmativas falsas no caderno e elaborem um texto para explicar por que elas não estão corretas.
    1. Os jogos de tabuleiro eram uma atividade de lazer muito comum no Egito antigo.
    1. Na Mesopotâmia, as casas tinham espaços destinados ao culto aos ancestrais.
    1. Na Grécia antiga, as mulheres tinham acesso à educação e à vida política.
    1. Na Grécia antiga não havia divisões entre espaços para homens e para mulheres; todos (homens e mulheres) faziam as mesmas atividades.
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Converse com um adulto da sua família sobre as semelhanças e as diferenças na vida cotidiana na Antiguidade e na atualidade e registre as informações no caderno. Depois, compartilhe suas conclusões com os colegas em sala de aula.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Converse com os estudantes sobre o lugar das mulheres nas sociedades antigas. Enquanto em algumas sociedades as mulheres tinham maior abertura à vida pública, em outras havia um veto à sua presença. Considere tratar das diferenças entre as mulheres de Atenas e Esparta na Grécia antiga: enquanto, em uma delas, as mulheres ocupavam o espaço doméstico e tinham pouca autonomia, na outra, em razão do estado ser voltado à prática da guerra pelos homens, às mulheres cabia a realização de diversas atividades sociais.

Atividade 1. No Egito antigo, as mulheres podiam realizar atividades administrativas e no espaço público; na Mesopotâmia, exerciam atividades artesanais e comerciais. Na Grécia antiga, as mulheres não tinham acesso à educação ou à atividade política. Elas teciam e preparavam farinhas.

Atividade 2. Afirmativas falsas:

c) e d).

Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, propiciando um momento de literacia familiar, de troca de ideias entre os estudantes e seus familiares, de interação verbal e reconto do que foi estudado.

As atividades 1, 2 e 3 possibilitam a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

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O dia a dia das crianças na Antiguidade

A concepção de infância não foi a mesma ao longo do tempo. Entre os povos da Antiguidade, era comum que as crianças trabalhassem com seus pais nos campos ou nas atividades artesanais.

Educação e lazer na Mesopotâmia e no Egito antigo

Na Mesopotâmia, entretanto, alguns jovens sumérios frequentavam a Eduba, uma espécie de escola onde aprendiam o ofício da escrita. A formação demorava anos e, por isso, começava muito cedo. Os estudantes tinham aula de Astronomia, Matemática e Literatura. A disciplina era muito rígida e as jornadas diárias eram longas.

No Egito, as crianças também ingressavam cedo no mundo do trabalho. Elas podiam aprender o ofício de seus pais ou tornar-se escribas.

Para se divertir, as crianças egípcias brincavam com bolas de couro, carrinhos, piões, bonecos e outros tipos de brinquedo. Em escavações arqueológicas foram encontrados vestígios de jogos feitos de madeira.

Imagem: Fotografia. Tabuleiro retangular marrom com três fileiras com 10 quadrados cada. Acima há pedras coloridas sobrepostas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Tabuleiro do jogo de origem egípcia chamado Senet, de cerca de 3.600 anos, encontrado na tumba do nobre Maiherperi. Vale dos Reis, Luxor, Egito. FIM DA LEGENDA.

Meninas e meninos em Esparta e Atenas

Em Esparta, cidade da Grécia antiga, a concepção de infância estava ligada às obrigações cívicas. As crianças iam para a escola aos 7 anos. Os meninos deixavam a casa dos pais para receber uma educação voltada para a guerra. O treinamento era muito difícil e eles só voltavam para casa quando ingressavam na vida adulta. As meninas recebiam, desde a infância, um rigoroso treinamento físico e psicológico porque se esperava que elas se tornassem as mães dos guerreiros que no futuro serviriam a Esparta.

Em Atenas, os meninos de famílias mais ricas recebiam educação formal; eles aprendiam a ler, a escrever, a recitar poemas e até a cantar ou tocar um instrumento musical. As meninas, por sua vez, eram educadas para a vida doméstica e para a maternidade. Elas aprendiam a fiar, a tecer, a cozinhar e brincavam com bonecas.

Imagem: Fotografia. Jarro preto com ilustrações em amarelo de homens em pé e homens sentados segurando instrumentos de escrita.   Fim da imagem.

LEGENDA: Professores e discípulos representados em vaso grego com figuras vermelhas de cerca de 2.500 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 94 e 95 pode ser trabalhada na semana 25.

Orientações

O tema da infância nas sociedades antigas pode gerar interesse particular entre os estudantes, que poderão pensar em como seria a vida em outros tempos e espaços. Estimule a imaginação deles e favoreça a curiosidade pelo estudo histórico.

Comente que a ideia de infância e de proteção ao desenvolvimento das crianças que temos hoje é recente, surgida há 200 anos. Antes disso, era comum que as crianças fossem vistas como pequenos adultos, sendo vestidas e exercendo atividades como tal.

Para você ler

A educação da criança na Idade Antiga e Média, de Leila Pessoa da Costa e Rubiana Brasilio Santa Bárbara.

Disponível em: http://fdnc.io/cWc. Acesso em: 8 jun. 2021.

O artigo apresenta muitas informações sobre a educação de crianças ao longo da Antiguidade e da Idade Média.

MP121

  1. Como era a vida das crianças em diferentes cidades da Antiguidade?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Observe a imagem, leia a legenda e responda à questão.
Imagem: Fotografia. Pintura com duas mulheres de cabelo longo preto, vestindo túnicas branca sentadas em tronos. Ao redor há quatro crianças e um homem de cabelo longo preto, vestindo túnica branca. Ao redor há hieróglifos pintados pela imagem.   Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura encontrada na tumba do construtor Anhour Khaou de cerca de 4 mil anos, Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: É esperado que o estudante consiga reconhecer que a imagem retrata crianças do Egito antigo. ver orientações específicas deste volume.Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. O texto a seguir trata da educação de crianças na Grécia antiga. Se necessário, procure em um dicionário o significado de palavras desconhecidas.

    [...] os gregos desenvolveram um método mecânico de alfabetização que possibilitava que uma criança aprendesse a ler e escrever em pouco mais de três anos. A admissão à escola era aos sete anos de idade e a instrução ocorria pela manhã, durante todo o ano, sem férias, excetuando-se os dias de festival. [...] A instrução podia realizar-se na casa do professor, em um cômodo alugado ou em praça pública.

    FONTE: Milton Luiz Torres. O cuidado da criança nos primórdios da educação grega: semelhanças e contrastes com a educação hebreia. Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa EST , v. 24, jan./abr. 2011. p. 36. Disponível em: http://fdnc.io/guP. Acesso em: 19 abr. 2021.

    • Com base no texto acima e nas informações deste capítulo, converse com os colegas sobre as principais diferenças entre o cotidiano das crianças no mundo antigo e o seu cotidiano.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. Na maioria das cidades, as crianças aprendiam o ofício dos pais e começavam a trabalhar cedo, no campo ou em atividades artesanais.

Atividade 5. Crianças egípcias. Elas costumavam brincar com jogos de tabuleiro, bolas, piões e bonecas.

Atividade 6. Esta atividade possibilita uma discussão sobre o trabalho infantil hoje em dia. Auxilie os estudantes a extrapolar a resposta sobre a própria experiência pessoal comparada à situação das crianças na Grécia antiga. Comente que ainda há muitas crianças que trabalham no Brasil, grande parte delas sem nem receber remuneração, principalmente no campo. É importante que os estudantes compreendam a importância do cumprimento de leis de proteção à infância e da abolição do trabalho infantil.

Estas atividades possibilitam a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

MP122

Como as pessoas faziam para...

Mumificar os mortos

Os egípcios acreditavam na vida após a morte. Essa crença era o ponto central da religião egípcia. Para esse povo da Antiguidade, a vida era entendida como uma caminhada; quando o coração de uma pessoa parava de bater, esse percurso era interrompido e era preciso preparar o morto para que, após a morte, pudesse retomar o seu caminho. Por isso, o ritual da mumificação era uma das práticas funerárias mais importantes no Egito antigo. A preparação da múmia para o enterro tinha como função purificar o corpo para a eternidade.

Imagem: Fotografia. Sarcófago aberto com pinturas pelo túmulo com formato de homem.  Fim da imagem.

LEGENDA: Sarcófago e múmia de cerca de 2.700 anos. FIM DA EGENDA.

A técnica de mumificação variava de acordo com os recursos da pessoa. Esse processo permitiu aos egípcios desenvolver diversos conhecimentos sobre anatomia e medicina.

Imagem: Ilustração. Três homens calvos, vestindo túnicas brancas, estão apoiados em estrutura retangular com homem deitado. Ao redor dos homens há jarras com órgãos do homem deitado.  Fim da imagem.

Primeiro, os sacerdotes lavavam o corpo do morto com água e essências aromáticas. Os órgãos internos eram removidos e guardados em vasilhas chamadas canopos.

Imagem: Fotografia. Pedra em formato de um inseto arredondado com três divisões sobre a costa    Fim da imagem.

LEGENDA: Escaravelho-coração feito de pedra, de cerca de 3.300 anos atrás. FIM DA LEGENDA.

O coração era considerado o centro da inteligência e da força vital dos indivíduos e, por isso, geralmente permanecia no corpo. Sobre o local exato do coração se colocava um amuleto, em forma de escaravelho.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos desta seção pode ser trabalhada na semana 25.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Identificar a relação entre a prática de mumificação e a religiosidade egípcia da Antiguidade.
  • Conhecer informações sobre o processo de mumificação, como técnicas e conhecimentos aplicados.

    Orientações

    Relacione a prática de mumificação entre os egípcios à crença deles na vida após a morte. Ao procederem com a leitura das informações da seção e com a análise das imagens, é importante que os estudantes compreendam o significado desse ritual e verifiquem a aplicação de técnicas sofisticadas de conservação do corpo, que retardaram a ação natural de decomposição durante milhares de anos.

    Ressalte o caráter elitizado da mumificação, à qual tinham acesso apenas faraós e pessoas com recursos. À maioria da população eram reservados rituais funerários e túmulos mais simples.

    Atividade complementar: Pesquisar a mitologia egípcia

    O acesso a fontes históricas por meio de escavações em sítios e a elaboração de modos de decifrar hieróglifos possibilitaram a descoberta de diversos mitos, orações e práticas que permeavam o imaginário e o cotidiano dos antigos egípcios. Uma das fontes mais importantes nesse sentido é o chamado Livro dos Mortos.

    Proponha aos estudantes que pesquisem a mitologia egípcia, buscando informações a respeito de como esse povo interpretava a morte, a função dos faraós, a virtude dos seres humanos, entre outros aspectos.

    Eles poderão elaborar pequenos textos e selecionar imagens para compor um mural sobre os mitos e as crenças comuns no Egito antigo. Aproveite a atividade para orientar os estudantes a expor e a discutir o que pesquisaram, estimulando-os a desenvolver habilidades de interpretação e argumentação.

MP123

Imagem: Ilustração. Dois homens calvos, vestindo túnicas brancas, estão segurando jarros cheios. Ao lado, corpo de homem nu deitado sobre estrutura retangular com o corpo pálido.  Fim da imagem.

Após a retirada dos órgãos, o corpo era coberto com bicarbonato de sódio, para secar e preservar o cadáver.

Imagem: Ilustração. Dois homens, vestindo túnicas brancas, estão ao lado de corpo magro sobre estrutura dourada retangular. Ao lado do corpo há jarros e faixas brancas.  Fim da imagem.

O corpo permanecia assim por sessenta dias para desidratar. Depois desse período, o corpo era preenchido com óleos e resinas, para perfumá-lo e conservá-lo.

Imagem: Ilustração. Homem de cabelo curto preto, vestindo túnica branca. Está passando faixa branca pelo corpo de homem deitado em estrutura retangular dourada.   Fim da imagem.

Finalmente, o corpo era envolvido em faixas de linho fino, com joias e amuletos para protegê-lo, e colocado no sarcófago, que podia ser simples ou ornado com ouro.

No Egito antigo, poucos podiam arcar com as despesas para a mumificação. O corpo dos pobres era envolto em uma mortalha de linho e depositado nas areias do deserto para que a aridez do ambiente o conservasse.

FONTE: Heródoto. História [II, 86]. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 11.

PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Qual era a importância da mumificação dos mortos para os egípcios?
  1. Como o processo de mumificação ajudou no desenvolvimento da medicina?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 1. Os egípcios acreditavam na vida após a morte, e a mumificação era entendida como uma preparação do corpo para a eternidade.

Atividade 2. Para realizar o procedimento de mumificação, os egípcios estudavam o funcionamento dos órgãos, e isso os levou a ampliar o conhecimento sobre a anatomia humana, o que auxiliou os estudos de medicina.

As atividades 1 e 2, aliadas à reflexão sobre a religiosidade egípcia, podem contribuir para o desenvolvimento da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

História da mumificação

Para garantir o processo de mumificação, os egípcios empregavam técnicas sofisticadas de embalsamento, que utilizavam óleos e resinas para preservar os corpos de faraós, oficiais de alta patente, religiosos, nobres, e até animais.

MP124

Capítulo 4. Atividades econômicas e tecnologia na Antiguidade

A agricultura era uma das atividades mais importantes em diversas sociedades antigas. Na Mesopotâmia e no Egito, a presença de rios favorecia essa atividade econômica.

Na Mesopotâmia, a agricultura era a base da economia. As cheias dos rios Tigre e Eufrates tinham de ser bem aproveitadas para a atividade agrícola. Por isso, os povos da Mesopotâmia desenvolveram sistemas de irrigação que eram controlados pelas comunidades camponesas. Elas cultivavam linho, lentilha, trigo, gergelim e cevada, além de legumes e hortaliças.

Além da agricultura, as pessoas se dedicavam também à criação de gado e ao artesanato. A população mais pobre prestava serviços como vaqueiros, carroceiros e pastores.

No Egito, a vida cotidiana girava em torno do rio Nilo. As cheias periódicas determinavam o trabalho dos camponeses, responsáveis pelo plantio e pela colheita de trigo, cevada, ervilha, lentilha, verduras, frutas e linho. Eles também cuidavam das criações de porcos, bois, carneiros, gansos e patos. Com o papiro, uma planta fibrosa que crescia às margens do rio, os egípcios produziam cestos, sandálias e uma espécie de papel que era utilizado como suporte para a escrita.

Imagem: Fotografia. Relevo sobre parede com imagem de homens trabalhando em área agrícolas com plantações altas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de um relevo de cerca de 2.600 anos, representando o trabalho agrícola nas margens de um rio. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de homens trabalhando em campo agrícola fazendo atividades diversas de colheitas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cena de agricultura em pintura mural de uma tumba, na antiga cidade egípcia de Tebas, há cerca de 3.400 anos. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Hora da leitura

• O Egito passo a passo, por Aude Gros de Beler. São Paulo: Claro Enigma, 2016.

Escrito por uma egiptóloga, essa obra é destinada aos jovens leitores e a todos os curiosos a respeito do cotidiano dos antigos egípcios. Aborda com leveza a vida no Egito antigo, tratando de deuses, faraós, da escrita hieroglífica, das profissões do período, da educação das crianças e de muitos outros temas interessantes.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 98 e 99 pode ser trabalhada na semana 26.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Discutir o desenvolvimento de tecnologias de irrigação e suas consequências na produção agrícola.
  • Identificar as principais atividades econômicas entre os povos da Antiguidade.
  • Compreender o processo de especialização do trabalho e o fenômeno de surgimento de novas profissões no cotidiano da vida urbana.
  • Compreender o desenvolvimento de campos científicos como a astronomia e a matemática, avaliando sua aplicação prática entre as civilizações antigas.
  • Identificar a construção de grandes obras, como as pirâmides e os sistemas de irrigação, relacionando-os aos conhecimentos e às necessidades desenvolvidos pelos povos antigos.
  • Refletir sobre a função dos templos e comparar a noção de templo em diferentes culturas.

    Orientações

    Retome com os estudantes a importância do desenvolvimento da agricultura e da criação de animais para o estabelecimento das primeiras civilizações. Comente também que a escolha da localização junto aos rios estava diretamente relacionada à garantia de maior fertilidade para boas colheitas.

    Criação mítica do Egito

    Nun, deus sombrio, dorme numa solidão que nada pode perturbar. Ele é a água parada e escura. Nun é a fonte e o princípio do universo e contém em si todos os elementos que virão a existir. Tudo é imobilidade. Os peixes, os crocodilos e os pássaros, as flores e as árvores, os homens e até mesmo os deuses ainda não existem.

    Finalmente Nun desperta e sai de seu topor. [...] Acha esse estado de solidão absoluta tão tedioso, que resolve agir [...]. Nun se mexe e o Universo começa a se agitar. A primeira coisa que Nun, que é água, cria é a terra. [...] Essa terra lamacenta é a terra do Egito. Nascido da água, o Egito viverá da água. O Nilo é seu princípio. Rio divino, ele é a fonte de toda vida.

    FONTE: ÉVANO, Brigitte. Contos e lendas do Egito antigo . São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.

MP125

Novas profissões

Havia outras importantes atividades econômicas no cotidiano das cidades antigas. Afinal, a construção e a manutenção da vida de uma cidade dependiam de vários profissionais, desde aqueles que produziam o pão, base da alimentação, até os que planejavam e construíam os grandes edifícios.

Nos centros urbanos da Mesopotâmia, havia uma grande variedade de profissionais, como artesãos, ferreiros, escribas e soldados, e com o desenvolvimento do comércio, por meio das trocas de mercadorias, surgiu a figura do homem de negócios que emprestava dinheiro a juros, uma espécie de banqueiro da Antiguidade.

Com a expansão da economia, surgiram novas profissões, também, no Egito antigo. Algumas bastante curiosas, como a de “carregador de sandálias”, ou seja, uma pessoa responsável por levar as sandálias do faraó e uma chaleira com água para lavar os seus pés, e a de passarinheiro, pessoa encarregada de caçar as aves no céu.

De modo geral, nas cidades egípcias se encontrava a maior diversidade de profissões. Em algumas, como Gizé, predominavam os operários, que construíam as pirâmides; em outras, como Per Ramsés, concentravam-se joalheiros, sapateiros, oleiros, padeiros, artesãos, além de escribas e sacerdotes a serviço da família real.

Na Antiguidade, muitos artesãos se dedicavam à metalurgia, fazendo ferramentas e adereços de metal. As ferramentas eram simples, e boa parte da produção era feita à mão. No Egito, assim como na Mesopotâmia, centenas de trabalhadores dedicavam-se à produção de colares, artefatos e armas feitas de ouro e bronze.

Imagem: Fotografia. Escultura de águia com cabeça e rabo dourado e asas e tronco azuis. Fim da imagem.

LEGENDA: Águia com cabeça de leão, peça suméria em ouro, cobre e lápis-lazúli, de cerca de 500 anos. Museu Nacional de Damasco, Síria.FIM DA LEGENDA.

  1. Quais eram as principais atividades econômicas dos povos da Mesopotâmia e do Egito antigo? Ver orientações
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Além da agricultura, quais outras atividades eram essenciais para o funcionamento de cidades antigas?
PROFESSOR Resposta: Comércio, engenharia, produção artesanal, atividades educativas, culturais etc.
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Quais profissões comuns nas sociedades antigas não existem mais nos dias de hoje? Converse sobre esse assunto com um adulto da sua família. Registre suas conclusões no caderno e depois compartilhe com os colegas e com o professor em sala de aula.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Destaque para a turma as diferentes profissões que surgiram entre as civilizações antigas. Pode ser interessante perguntar quais delas ainda são exercidas e quais não existem mais, estabelecendo relações de historicidade.

Atividade 1. Na Mesopotâmia, a agricultura era a base da economia. Os povos dessa região cultivavam linho, lentilha, trigo, gergelim e cevada, e também legumes e hortaliças. Além da agricultura, as pessoas se dedicavam à criação de gado e ao artesanato. No Egito, os camponeses eram responsáveis pelo plantio e pela colheita de trigo, cevada, ervilha, lentilha, verduras, frutas e linho. Eles também cuidavam das criações de porcos, bois, carneiros, gansos e patos.

Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, possibilitando um momento de literacia familiar, de leitura oral e dialogada e interação verbal. Dessa forma, a atividade favorece a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares e a integração dos conhecimentos construídos por eles em casa e na escola. Para consolidar os conhecimentos de literacia e de alfabetização, essa atividade trabalha inferências diretas. Os estudantes e seus familiares poderão citar as profissões de passarinheiro, carregador de sandálias, escriba, entre outras.

Estas atividades favorecem a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos e EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

Técnicas e profissões no Egito antigo

Já nos primórdios do período dinástico (cerca de –3000), os egípcios conheciam e empregavam na fabricação de seus utensílios de cobre todas as técnicas básicas da metalurgia, como a forjadura, a martelagem, a moldagem, a estampagem, a soldagem e a rebitagem, técnicas estas que eles dominaram rapidamente. Além dos utensílios, foram encontradas grandes estátuas egípcias de cobre, datadas de –2300. Textos mais antigos, datados de –2900, assinalam a existência de estátuas do mesmo tipo, e cenas de mastabas de um período ainda mais remoto mostram as oficinas onde o ouro e o electro, liga de ouro e prata, são transformados em joias.

FONTE: EL-NADOURY, Rashid; VERCOUTTER, J. O legado do Egito faraônico. In : MOKHTAR, Gamal (ed.). História geral da África : África antiga. V. II. Brasília: Unesco, 2010. p. 124.

MP126

Ciência e tecnologia

Na Antiguidade, os povos desenvolveram vários conhecimentos médicos. Na Mesopotâmia havia tratamento à base de ervas para diversas doenças.

Os egípcios conheciam muito o corpo humano devido à prática da mumificação. Eles tinham escolas voltadas para o conhecimento da medicina chamadas de Per-Ankh. Os remédios incluíam bebidas feitas à base de plantas e partes de animais. Contudo, eles acreditavam que algumas doenças eram enviadas pelos deuses e, por isso, misturavam algumas práticas consideradas mágicas ao tratamento médico. O conhecimento egípcio influenciou e ajudou o desenvolvimento da medicina entre outros povos, como os gregos.

Na Grécia antiga, um dos pensadores que mais se destacaram no conhecimento sobre o corpo humano e as doenças foi Hipócrates (460 a.C.-380 a.C.). Para ele, as causas de diversas doenças eram naturais e não sagradas ou mágicas, como acreditavam os curandeiros da época. Hipócrates baseava seus diagnósticos na observação dos sintomas, estabelecendo, com isso, um critério racional e não mágico no tratamento das doenças.

Imagem: Fotografia. Escultura de um busto de homem de cabelo curto e barba espessa, vestindo túnica.   Fim da imagem.

LEGENDA: Busto de origem romana representando Hipócrates. Para esse pensador grego, um médico deveria rejeitar a magia, a indiscrição e a cobiça. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia?

Os povos antigos também se dedicaram aos estudos de Astronomia. Os gregos, por exemplo, desenvolveram sistemas para descrever o movimento aparente dos corpos celestes e elaboraram modelos para procurar explicar a estrutura do Universo.

O matemático, astrônomo e filósofo grego Eudoxo de Cnido (408 a.C.-355 a.C.) foi o primeiro a usar a Geometria para descrever o movimento dos astros. Segundo estudiosos e pesquisadores, Eudoxo estudou medicina e exerceu a profissão durante alguns anos; posteriormente, passou a estudar Astronomia, ciência que aprendeu com os egípcios, quando esteve na cidade de Heliópolis. Esse fato nos mostra, mais uma vez, a importância das trocas culturais entre diferentes povos.

É interessante notar que os astrônomos antigos, incluindo-se os gregos, faziam a observação de fenômenos celestes visíveis a olho nu, e desse modo elaboravam seus estudos e tiravam suas conclusões.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 100 e 101 pode ser trabalhada na semana 26.

Orientações

A abordagem sobre o desenvolvimento da medicina entre os povos antigos pode propiciar discussões sobre a distinção entre o “pensamento mágico” e o conhecimento científico. Retome a questão religiosa na Antiguidade, de modo que os estudantes identifiquem a importância e a centralidade das crenças sobrenaturais na organização política e nas atividades cotidianas de povos como os egípcios e os mesopotâmicos. Comente que, ao entender a natureza das doenças e desvinculá-las das crenças religiosas, os seres humanos passaram a desenvolver novas formas de compreender o mundo.

O conhecimento da natureza e de suas propriedades medicinais foi também de central importância para o desenvolvimento de maneiras de tratamento de males e doenças. Promova uma conversa com os estudantes sobre o que conhecem em torno dos usos de plantas e minerais na saúde humana. É possível que citem receitas e conhecimentos de família, que são transmitidos de geração em geração.

MP127

Controle e aproveitamento dos rios

O conhecimento tecnológico foi fundamental para controlar inundações e criar sistemas de irrigação na Antiguidade. Na Mesopotâmia, o conhecimento da Matemática possibilitou a construção de aquedutos para controlar o fluxo dos rios.

Os egípcios tinham noções sofisticadas de Matemática e um sistema próprio de numeração. A civilização egípcia também desenvolveu complexos sistemas de irrigação, tornando a agricultura mais eficiente, e construiu barreiras e canais para o melhor aproveitamento das águas do rio Nilo.

Tecnologia e comércio

Nas cidades portuárias havia construtores de barcos que produziam pequenas embarcações, feitas de papiro, usadas para a pesca. Algumas embarcações maiores eram feitas de cedro, obtidas nas trocas comerciais com outros povos, como os fenícios. Essa tecnologia facilitou o deslocamento por mar e o intercâmbio cultural e comercial entre os povos.

Imagem: Ilustração. Pintura em tons coloridos de barco grande com sombra de homens na parte superior do barco.   Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura egípcia de cerca de 3.400 anos encontrada em tumba que retrata barco carregando pessoas capturadas na Núbia. Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

  1. Como era a medicina no Egito antigo?
PROFESSOR Atenção professor: Os tratamentos eram feitos à base de ervas e partes de animais. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Como o conhecimento matemático auxiliou o desenvolvimento tecnológico egípcio?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. O nosso cotidiano também está repleto de objetos feitos com base no conhecimento científico e no desenvolvimento tecnológico. Reúnam-se em grupo. Conversem sobre esse assunto, identificando dois exemplos de objetos utilizados do nosso dia a dia. Para complementar a resposta de vocês, façam uma pesquisa na internet, procurando imagens e textos sobre os objetos citados. Depois apresentem o resultado da pesquisa aos demais colegas, em um dia previamente combinado com o professor.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 101 pode ser trabalhada na semana 27.

Orientações

Comente como os conhecimentos tecnológicos são aplicados no cotidiano e mudam o modo de vida das sociedades. A observação dos movimentos dos astros que deu origem à Astronomia servia à organização dos ciclos de plantio e colheita entre os antigos, uma vez que estes perceberam a relação entre a prática da agricultura e as fases da lua, por exemplo.

Atividade 4. Entre os egípcios, também se acreditava que as doenças tinham causas divinas, por isso eles faziam práticas consideradas mágicas para tentar curar o paciente.

Atividade 5. Os povos antigos conseguiam fazer medições, cálculos e, com base nas estrelas, elaboravam calendários que os ajudavam a prever períodos de cheias e inundações, e também construíram barcos. Egípcios e gregos ajudaram a desenvolver a medicina.

Atividade 6. Com base na discussão sobre os conhecimentos tecnológicos propiciada pelo conteúdo da página, espera-se que os estudantes compreendam que os conhecimentos, as técnicas e as ferramentas que utilizamos hoje em dia são resultado de um longo processo de desenvolvimento que resultou também em novos valores e modos de vida. É importante ressaltar que esse processo está em constante transformação.

Estas atividades possibilitam a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

MP128

A construção de pirâmides e templos

No Egito antigo, as pirâmides foram construídas para abrigar o corpo dos faraós e sacerdotes, considerados deuses e superiores aos homens comuns. A maior pirâmide, de Quéops, foi construída há cerca de 5 mil anos e mede 147 metros de altura.

Você já imaginou como as pirâmides egípcias foram construídas? Naquele período, a maioria das ferramentas que utilizamos hoje nas construções não existia. Também não havia produtos como concreto ou guindastes e caminhões que levassem o material pesado.

As pirâmides foram construídas com imensos blocos de pedra que pesavam toneladas. Elas eram carregadas pelos escravos e servos em trenós feitos de madeira e arrastados pelo deserto. As construções levavam décadas para serem concluídas e envolviam milhares de trabalhadores.

Mas ainda não se sabe ao certo como as pirâmides foram erguidas. Algumas teorias afirmam que os blocos eram levados por meio de rampas de madeira e alavancados por cordas. O que se pode afirmar é que o conhecimento matemático e de engenharia foi muito importante para construir essas edificações.

Imagem: Fotografia. Multidão de pessoas caminhando entre monumentos grandes de estátuas de homens e colunas cilíndricas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Templo de Luxor, Egito, 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Multidão de pessoas andando entre esfinge de corpo de animais com rosto humano e pirâmide gigante.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da esfinge e da pirâmide de Quéfren. Complexo de Gizé, próximo à cidade do Cairo, Egito, 2019. A esfinge de Gizé também desperta a curiosidade sobre sua construção. Ela mede mais de 70 metros de altura e é feita de pedra calcária. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos das páginas 102 e 103 pode ser trabalhada na semana 27.

Orientações

Antes da leitura do texto didático, apresente aos estudantes a segunda fotografia disponível na página 102, pedindo a eles que analisem a esfinge e a pirâmide nela representadas. Peça também que elaborem hipóteses sobre quando e por quem foram construídas e qual era a função delas. Após uma breve conversa, amplie a abordagem sobre quais conhecimentos foram necessários para construir as pirâmides. Permita que os estudantes reflitam e argumentem a respeito da questão e, se considerar válido, anote as contribuições na lousa.

Prossiga pedindo aos estudantes que leiam o texto didático e avaliem as respostas que deram inicialmente, podendo retomá-las para refinar o conteúdo de acordo com as informações que acessaram.

Partenon já foi colorido

O Partenon de Atenas, na Grécia, era originalmente colorido, em algumas partes, em azul, vermelho e verde, segundo revelou o chefe da equipe de arqueólogos encarregada da restauração do mais célebre monumento da Grécia antiga, construído há 2400 anos. Uma recente operação de limpeza a laser revelou traços de minerais utilizados para proporcionar cor às esculturas de um dos lados do monumento, como a hematita e a malaquita.

FONTE: Agência Estado. Grécia: Partenon já foi colorido. Estado de S. Paulo . 26 fev. 2006. Disponível em: http://fdnc.io/guQ. Acesso em: 5 jun. 2021.

MP129

Templos da Grécia antiga

Na Grécia, os templos eram considerados a moradia terrena dos deuses. Eles abrigavam a estátua do deus a que se dedicavam, mas não eram locais de culto, que, como vimos nesta unidade, eram feitos, em geral, na parte de fora dos templos. Essas construções chamavam a atenção pela sua grandiosidade e pelo equilíbrio de suas formas.

O Partenon, em Atenas, é o mais famoso templo da Grécia. Foi construído em mármore no século V a.C. em homenagem a Atena, deusa da sabedoria, da justiça e das artes e protetora da cidade. Dentro dele havia uma estátua de 11 metros de altura da deusa grega.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Com um colega, retomem o conteúdo da página anterior. Depois, respondam ao que se pede.
    1. De que material foram feitas as pirâmides egípcias?
PROFESSOR Resposta: Apenas de blocos de pedras.
  1. Como as pirâmides foram construídas?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Uso de tecnologias. Fim da imagem.
  1. Vamos construir o modelo de uma pirâmide? Com um colega, pesquise em livros ou na internet imagens e informações sobre as pirâmides do Egito antigo. A internet é uma boa fonte de pesquisa sobre esse assunto. Na imagem abaixo, você pode observar a reconstituição da parte interna de uma pirâmide. Com base nos dados da sua pesquisa:
    1. Projete o desenho de sua pirâmide, como um arquiteto faria. Planeje como ela será e quais medidas devem ter a base e os lados.
    1. Depois, pensando como um engenheiro, escolha com que material você vai trabalhar: papel sulfite, cartolina ou papelão. Pense se usará cola em bastão ou cola quente e se será necessário o uso de tinta.
    1. Execute o projeto e construa sua pirâmide. Você poderá decorar sua pirâmide ao final do trabalho.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Fotografia. Salão com interior iluminado com diferentes pontos explicativos e imagens entre paredes e hieróglifos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Reprodução da parte interna de uma pirâmide, em modelo elaborado pela Universidade de Harvard, em Cambridge, Estados Unidos, para o Projeto Gizé (The Giza Project, em inglês). No site do projeto é possível explorar tumbas egípcias em 3-D. As tumbas estudadas e reproduzidas pelo projeto estão localizadas no Planalto de Gizé, nas proximidades da cidade do Cairo, no atual Egito. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

Atividade 7. b) Há muitas teorias; algumas delas propõem que as pirâmides eram construídas utilizando rampas de madeira que deslizavam as pedras, tracionadas por cordas.

Atividade 8. Nesta atividade, os estudantes podem pesquisar o que é necessário para construir uma pirâmide, identificando etapas e materiais.

Considere discutir o significado das proporções e formas dos templos da Antiguidade, como o Partenon e as pirâmides do Egito. É possível ainda relembrar os zigurates, estudados nas unidades anteriores.

As atividades 7 e 8 possibilitam a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, este é um momento propício para a verificação das aprendizagens. Sugerimos que você avalie o trabalho realizado ao longo do bimestre e da unidade, buscando observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes para que você possa intervir e consolidar as aprendizagens.

Dessa forma, observe a produção dos estudantes, a participação e intervenção deles em sala de aula, individualmente, em grupo e com toda a turma, procurando perceber os seguintes pontos: se eles compreendem o fenômeno religioso entre as civilizações antigas e sua importância nos contextos social e político; se identificam a origem das religiões monoteístas e as semelhanças e diferenças entre elas; se compreendem os conceitos de patrimônio material e imaterial e sua aplicabilidade em relação aos patrimônios produzidos entre civilizações da Antiguidade; e se conseguem discutir aspectos do cotidiano entre os povos antigos, com destaque para a organização urbana e as atividades cotidianas.

A avaliação proposta a seguir será uma maneira de observar alguns aspectos do processo seguido por cada estudante e pela turma, possibilitando identificar se todas as habilidades foram desenvolvidas, seus avanços, dificuldades e potencialidades, estabelecendo permanente diálogo com eles para que continuem desenvolvendo suas aprendizagens.

MP130

O que você aprendeu

  1. Leia o texto a seguir, que trata de aspectos da Grécia antiga, e observe as imagens. Depois, faça as atividades propostas.

    Em cada pólis vigorava uma liberdade total na definição de regras para o viver junto, ou seja, a forma de poder político, as instituições, a estrutura da sociedade e até as práticas religiosas. Os deuses são os mesmos, mas cada cidade escolhia a sua divindade protetora e estabelecia os calendários religiosos específicos.

    [...]

    A independência das pólis e a consequente inexistência de um poder central não levou a uma fragmentação pois [...] havia a uni-las o idioma, a religião e a arte. A existência em praticamente todas as pólis de um espaço comunitário, a ágora [...] ponto central da cidade e espaço de reunião dos cidadãos, indica um propósito claro de estimular a participação deste grupo nos assuntos cívicos. O conceito de cidadania vai assim sendo consolidado, também de forma diferenciada, no conjunto das cidades gregas antigas.

FONTE: Elaine Farias Veloso Hirata. Pólis : viver em uma cidade grega antiga. São Paulo: Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (Labeca), Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, Fapesp, 2016. p. 8.

Imagem: Fotografia. Templo retangulares cercado por colunas cilíndricas e viga retangular em base entre cilindros e teto triangular.  Fim da imagem.

LEGENDA: Templo de Hefesto em Atenas, Grécia, 2019.FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista de colunas cilíndricas com arabescos no topo. Ao redor há muros de pedras grandes.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas do Templo de Apolo Epicuro em Bassas, Grécia, 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Segundo o texto, as pólis gregas eram independentes umas das outras. Contudo, elas compartilhavam alguns elementos culturais em comum. Que elementos eram esses?
  1. Identifique um elemento comum nas cidades antigas da Grécia relacionado ao espaço das cidades.
PROFESSOR Atenção professor: a) e b) Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. Explique a função dos templos nas cidades da Grécia antiga.
PROFESSOR Resposta: É esperado que o estudante indique que os templos, nas cidades da Grécia antiga, eram considerados a moradia terrena dos deuses. Os templos abrigavam a estátua do deus a que se dedicavam, contudo, não eram locais de culto.
MANUAL DO PROFESSOR

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a avaliação da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 28.

Orientações

Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, pergunte a eles de quais conteúdos estudados até então eles se recordam. Procure retomar com a turma esses pontos, comentando outros que ficaram esquecidos. Pergunte quais conteúdos mais gostaram de estudar e quais atividades mais gostaram de realizar e por quê. Verifique se as habilidades trabalhadas foram desenvolvidas pelos estudantes. Caso alguns deles ainda não tenham conseguido desenvolver todas as habilidades, faça novas intervenções, conforme a necessidade de cada um, de modo que todos possam atingir os objetivos de aprendizagem.

Atividade 1. a) Segundo o texto, elementos culturais como idioma, religião e arte eram compartilhados por praticamente todas as pólis gregas.

b) Em praticamente todas as pólis havia um espaço comunitário, a ágora. Segundo o texto, a ágora localizava-se em um ponto central da cidade e constituía um espaço de reunião dos cidadãos, indicando um propósito de estimular a participação desse grupo nos assuntos cívicos.

A atividade 1 possibilita a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado e EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

Habilidades da BNCC em foco nesta seção

EF05HI01, EF05HI03, EF05HI06 e EF05HI10.

MP131

Avaliação processual

  1. O texto abaixo trata do aprendizado dos escribas no Egito antigo. Leia com atenção e responda às questões.
PROFESSOR Atenção professor: É esperado que o estudante compreenda que o texto desta atividade aborda a transmissão de conhecimentos, identificando seus sujeitos e os métodos utilizados entre os escribas. Auxilie os estudantes a identificar e refletir sobre essas informações. Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.

O aprendizado da escrita

O aprendizado dos escribas realizava-se na “Escola dos Livros” ou “Escola do Palácio”. Nesse local os jovens estudantes, fossem eles príncipes, filhos de dignitários ou mesmo [...] egípcios com status social mais baixo, eram igualmente educados. [...]

Os aprendizes da escrita, que ingressavam na escola [...] por volta dos cinco anos [...] deveriam aprender a escrever, a ler e a realizar pequenos cálculos. [O] treinamento era aplicado por professores, escribas profissionais e sacerdotes que não se encontravam a serviço do culto templário. Incentivava-se a cópia de textos [...] úteis para instruí-los sobre sua conduta e o modo de vida [...]. Como suporte para essas cópias os jovens estudantes empregavam lascas de calcário ou fragmentos de cerâmica [...], raramente teriam como praticar a escrita em um papiro

[...], visto que se tratava de um material caro e de difícil confecção. Este só era destinado àqueles que já possuíam a experiência e o conhecimento necessários com o pleno domínio das regras de sintaxe e da ortografia. [...] Os estudantes mais avançados, que se encontravam entre 16 e 18 anos, direcionavam-se para suas atividades futuras. A exigência de um cargo, como o do Escriba Real, obrigava uma dedicação ímpar, com o domínio das formas de escrita egípcia [...] e, em certos períodos, uma forma estrangeira, a exemplo dos escribas bilíngues que traduziam cartas escritas em cuneiforme, oriunda das relações diplomáticas [...].

FONTE: Moacir Elias Santos. A formação dos escribas entre os egípcios antigos. Philía . Jornal Informativo de História Antiga . Rio de Janeiro, ano XIII, n. 38, abr./maio/jun. 2001.

Imagem: Ilustração. Homens de tanga branca e cabelo longo, sem camiseta. Estão segurando varinhas. À frente, em destaque, um menino careca de tanga branca, sentado de pernas cruzadas, segurando folhas e instrumento de escrita.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração representando um menino aprendendo a escrever no Egito antigo. FIM DA LEGENDA.

  1. Com que idade os estudantes entravam na escola?
  1. Como os estudantes treinavam a escrita?
  1. O texto cita a existência de escribas bilíngues, isto é, aqueles que compreendiam, liam e escreviam em duas línguas. O que isso nos revela a respeito da sociedade e dos governantes egípcios?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 2. a) Por volta dos cinco anos.

b) Eles copiavam textos úteis sobre a conduta e o modo de vida.

c) Segundo o texto, havia escribas bilíngues que traduziam cartas escritas em cuneiforme, oriundas das relações diplomáticas entre os governantes egípcios e os governantes da Mesopotâmia. Portanto, isso indica que os governos do período comunicavam-se uns com os outros, estabelecendo formas de relações “diplomáticas” e incentivando trocas econômicas e culturais entre diferentes povos.

A atividade 2 possibilita a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos e EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

Se possível, comente com os estudantes que o texto da atividade 2 trata da técnica e do suporte de escrita utilizados pelos escribas, que eram instruídos desde muito cedo e pertenciam majoritariamente às classes mais altas do Egito antigo.

MP132

  1. Ao longo da história, as sociedades produziram conhecimentos e técnicas que continuam a ser utilizados ou foram aprimorados. Indique duas tecnologias ou conhecimentos que herdamos do patrimônio cultural da Antiguidade.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
  1. As imagens a seguir representam alguns trabalhadores do Egito antigo. Observe as imagens com atenção e identifique os trabalhadores retratados em cada uma delas.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
Imagem: Fotografia. Pintura de homens, mulheres e animais diversos. Imagens dispostas em proporções diferentes.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura egípcia de cerca de 3.500 anos encontrada na tumba de Nakht. Tebas, Egito. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de dois homens de cabelo curto preto, vestindo camiseta marrom e túnica branca. Estão segurando pergaminhos e instrumentos de escrita.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de uma pintura egípcia produzida entre 1420 a.C. e 1411 a.C., encontrada na tumba de Menna. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de homem de cabelo curto preto, sem camiseta e túnica branca. Está entre rebanho de gado em tons de branco, marrom e preto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura egípcia, de cerca de 1350 a.C., encontrada na tumba de Nebamen. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Pintura de homens e mulheres trabalhando em campo de plantação com hieróglifos entre a imagem.   Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura egípcia produzida entre 1292 a.C. e 1187 a.C., encontrada na tumba de Sennedjen. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3. O estudante pode identificar diversos exemplos, como os seguintes: escrita, agricultura, fabricação de objetos de cerâmica, comércio, entre outros. Esta atividade possibilita a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos, EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas e EF05HI10: Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade e analisar mudanças e permanências desses patrimônios ao longo do tempo.

Atividade 4. É esperado que o estudante identifique, em cada imagem, os seguintes trabalhadores:

Detalhe de pintura egípcia de cerca de 3 500 anos encontrada na tumba de Nakht. Tebas, Egito: passarinheiro (pessoa encarregada de caçar as aves no céu).

Detalhe de uma pintura egípcia produzida entre 1420 a.C. e 1411 a.C., encontrada na tumba de Menna: escriba.

Detalhe de pintura egípcia de cerca de 1350 a.C., encontrada na tumba de Nebamen: pessoa que cuidava dos rebanhos.

Detalhe de pintura egípcia produzida entre 1292 a.C. e 1187 a.C., encontrada na tumba de Sennedjen: agricultores.

A atividade 4 possibilita a mobilização de aspectos da habilidade EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

Arquitetura grega clássica

Proporções perfeitas, padrões de medida atípicos, ausência de desenhos… Por séculos, a arquitetura grega foi considerada mística por leigos, admiradores e estudiosos. Atualmente, no entanto, pesquisadores do campo da arqueologia vêm constatando características que contrariam o conhecimento comum dessa área. [...]

A ordem dórica é uma ordem arquitetônica. O que define uma ordem é o tipo de pilar, de coluna, e o acabamento da coluna usados em suas construções. Em um templo de ordem dórica, as colunas possuem acabamento chamado canelura, que tem como característica o término em pontos vivos, ou seja, em pontas. A ordem dórica é definida pelo capitel. Já o que determina um templo é a presença de um altar na frente da construção.

MP133

  1. Leia o texto abaixo e observe as imagens. Depois, com base em seus conhecimentos e nos conteúdos estudados ao longo desta unidade, responda ao que se pede.

Os museus de hoje quase sempre mostram exemplos da antiga cerâmica grega. Se você olhar com atenção, verá que ela é feita de uma excelente argila vermelha, muito lisa, pintada com desenhos dramáticos ou cenas vívidas. Sabemos sobre a cerâmica grega porque muita coisa chegou a nossos dias. Mas havia outros artesãos gregos – joalheiros, trabalhadores em metal, tecelões, escultores, carpinteiros – que também produziam artigos de alta qualidade e objetos mais simples, para o uso diário.

FONTE: Fiona MacDonald. Como seria sua vida na Grécia antiga? São Paulo: Scipione, 2012. p. 7.

Imagem: Fotografia. Utensilio arredondado com suportes de apoio nas mãos. No centro, ilustração de um homem segurando um martelo e na outra mão, segura um suporte com pinça, sentado em um banco.  Fim da imagem.

LEGENDA: Utensílio grego, usado para armazenar líquidos e alimentos, produzido entre 510 a.C. e 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Jarro de cerâmica preto e dourado com ilustração em sombra de homens segurando peixe grande ao lado de uma mesa.   Fim da imagem.

LEGENDA: Jarro grego produzido entre 510 a.C. e 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Que profissões estão representadas nas cerâmicas das imagens desta página?
  1. De acordo com o texto, museus de hoje nos mostram exemplares importantes da antiga cerâmica grega. Que tipo de fonte histórica são as cerâmicas?
  1. Por que preservar essas fontes é importante?
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações específicas deste volume. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

“O importante no santuário é o altar. O templo veio como um complemento para proteger a estátua de culto”, conta Claudio Duarte. “Na hora do culto, os fiéis ficavam do lado de fora. Ao fazerem os sacrifícios, abriam-se as portas: era como se o deus estivesse enxergando a oferenda, mas os fiéis não entravam no templo”.

[...] Muitos templos foram feitos em cima de estruturas antigas, reutilizando sua fundação, o que acabava por comprometer as proporções. Além disso, “a maneira de construir esses templos era bem manual, eles faziam um por um. Havia um padrão, mas as medidas não batiam. Eles comparavam os elementos, e não as proporções”, revela o estudioso.

FONTE: HERCULANO, Bianca Kirklewski. A desmitificação da arquitetura clássica grega. AUNUSP . 4 abr. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/guR. Acesso em: 2 jun. 2021.

Atividade 5. a) Na primeira imagem, à esquerda, podemos observar a representação de um ferreiro trabalhando. Na segunda imagem, à direita, é possível observar a representação de um peixe sendo segurado por um dos homens retratados. Desse modo, possivelmente a imagem representa o trabalho de um pescador.

b) É esperado que o estudante diga que as cerâmicas são fontes históricas materiais.

c) É esperado que o estudante mobilize conhecimentos adquiridos ao longo desta unidade e das unidades anteriores. Preservar fontes históricas materiais, como peças de cerâmica, fósseis, construções, livros e outros vestígios, é algo muito importante, não só para conhecermos a história e o desenvolvimento de povos que não deixaram produções escritas, como também para podermos compreender aspectos do cotidiano, do desenvolvimento artístico e tecnológico de sociedades de todos os tipos.

A atividade 5 possibilita a mobilização de aspectos das habilidades EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos e EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

MP134

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/ conceito

1

EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

2

EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

3

EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

EF05HI10: Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade e analisar mudanças e permanências desses patrimônios ao longo do tempo.

4

EF05HI01: Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

5

EF05HI03: Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

EF05HI06: Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

MP135

Sugestão de questões de autoavaliação

Questões de autoavaliação, como as sugeridas a seguir, podem ser apresentadas aos estudantes para que eles reflitam sobre seu processo de ensino e aprendizagem ao final de cada unidade. Você pode fazer os ajustes que considerar adequados, de acordo com as necessidades de sua turma.

Tabela: equivalente textual a seguir

AUTOAVALIAÇÃO DO ESTUDANTE

MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA

SIM

MAIS OU MENOS

NÃO

1. Presto atenção nas aulas?

2. Tiro dúvidas com o professor quando não entendo algum conteúdo?

3. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele?

4. Sou participativo?

5. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?

6. Gosto de trabalhar em grupo?

7. Compreendo as características da religiosidade entre os povos antigos?

8. Conheço a origem das religiões monoteístas?

9. Compreendo os conceitos de patrimônio material e imaterial e sua utilização quando falamos sobre os patrimônios produzidos entre civilizações da Antiguidade?

10. Identifico aspectos do desenvolvimento científico e de tecnologias entre alguns povos da Antiguidade?

11. Consigo refletir sobre a cultura no mundo antigo, compreendendo que as trocas culturais eram constantes entre povos da Antiguidade?

12. Reconheço a cultura helenística como resultado do contato intenso entre povos do Oriente e do Ocidente?

13. Reconheço e discuto criticamente o papel das mulheres entre os povos da Antiguidade?

14. Conheço e compreendo características da infância entre diferentes povos antigos?

15. Reconheço o desenvolvimento de tecnologias de irrigação entre povos antigos e consigo identificar suas consequências para a produção agrícola?

16. Consigo identificar e compreender as principais atividades econômicas entre os povos da Antiguidade?