MP22

Projeto 1. Quem conta um conto aumenta um ponto?

Imagem: Ilustração em Página dupla. À esquerda, uma estante com livros. Ao lado, duas crianças uniformizadas segurando livros. Ao lado, uma mesa com duas crianças sentadas olhando para os livros sobre a mesa. No meio, um tapete grande, com três crianças uniformizadas segurando giz sobre folhas com desenhos coloridos. Ao lado, uma sala com cortina e uma televisão. Três crianças estão olhando para a televisão, sentadas em almofadas. Atrás, um grupo de crianças segurando dados e jogos de tabuleiros. À direita, duas crianças sentadas segurando controles de videogame olhando para televisão.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Projeto 1 – Quem conta um conto aumenta um ponto?

Introdução

Neste projeto, a pergunta investigativa “Quem conta um conto aumenta um ponto?” convida os estudantes a conhecer mais sobre o ato de contar histórias, manifestação cultural que é uma das mais antigas. Com o passar do tempo, as narrativas transitaram por diferentes meios e mídias, passando da predominância da cultura oral para a cultura escrita. Em seguida, elas foram representadas pela televisão e pelo cinema e, finalmente, no ciberespaço. É fato que, independentemente de onde ou de quando surgiram as narrativas, elas se encontram arraigadas à cultura humana.

O projeto Quem conta um conto aumenta um ponto? propõe uma reflexão sobre o ato de contar ou narrar histórias e sua relação com a forma como vemos, pensamos e compartilhamos o mundo. O objetivo é que os estudantes possam pesquisar, refletir e participar, de forma lúdica, dessa manifestação por meio da construção de narrativas e da valorização das muitas faces que uma história pode ter. Dessa forma, eles podem aprender a colaborar para que as narrativas não negligenciem ou tornem superficiais as diferentes culturas.

Durante as etapas do projeto, os estudantes vão valorizar os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações culturais; analisar a pertinência e consistência de textos orais, considerando as finalidades e características de diferentes gêneros artístico-literários, principalmente o conto; conhecer e valorizar as relações entre as pessoas e o lugar; identificar e relacionar as práticas socioculturais entre pessoas de um mesmo grupo de convívio e expressar-se oralmente a respeito das permanências e mudanças ocorridas nos vários aspectos da vida em sociedade em diferentes tempos.

Abertura

Como começar um projeto implica compartilhar com os estudantes tudo o que será feito, peça a eles que leiam a pergunta investigativa que nomeia o projeto, incentivando a curiosidade, a imaginação e as percepções infantis, para que eles possam se apropriar do problema. Convide-os a se sentar em uma roda de conversa coletiva. Leia em voz alta a pergunta e, em seguida, questione-os sobre ela. Instigue-os com outras perguntas, como:

  • De onde vêm as histórias?
  • Uma mesma história pode ter mais de uma versão? Por quê?
  • O que significa “aumentar um ponto”?

MP23

Imagem: Ícone de três braços estendidos e com as mãos espalmadas. Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Veja as orientações no Manual do Professor. Fim da observação.
  1. O que as crianças estão fazendo na imagem?
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Que histórias você acha que elas estão lendo ou assistindo? Ou com quais elas podem estar interagindo?
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Você acha que as histórias são sempre iguais ou elas mudam, a depender de como e por quem são contadas?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Essas perguntas são disparadoras, ou seja, têm como objetivo incentivar o início do percurso investigativo dos estudantes. Ressalte que elas devem ser respondidas durante as atividades. Para valorizar a troca, anote algumas das respostas para que essas hipóteses possam ser comprovadas ao longo do projeto.

Orientações

Durante a leitura da imagem, verifique se os estudantes identificam as diferentes atividades que as crianças estão realizando, tais como: ler, assistir televisão e jogar videogame . Chame a atenção para suas expressões. Espera-se que eles percebam que as crianças estão, de alguma forma, imersas nas narrativas dos livros, do filme e do jogo.

Antes de responder às perguntas presentes no Livro do Estudante, peça a eles que falem um pouco sobre sua relação com narrativas e histórias. Pergunte como estas chegam até eles: se eles ouvem a contação de algum familiar ou adulto do grupo de convívio, se é por intermédio de livros, da televisão, de sites ou de jogos, que podem ser de tabuleiros, eletrônicos e/ou digitais. Aproveite para verificar se eles já tiveram contato com a mesma história apresentada de forma diferente e por diferentes meios. Questione-os:

  • Quais são suas histórias favoritas?
  • Como vocês tiveram acesso a elas?
  • Os livros que vocês leem têm imagens? Essas imagens são importantes para a história, na sua opinião?
  • Vocês acham que quem conta as histórias muda alguma parte delas?
  • E quando a história de um livro é transformada em filme? Alguma parte é alterada?

    Deixe que eles levantem hipóteses livremente. Depois, proponha que compartilhem suas percepções a respeito da imagem. Chame a atenção para o fato de as histórias ou narrativas serem uma arte viva de transmissão cultural da humanidade e, por isso, elas estão presentes em livros, televisão, cinema, jogos etc. Finalize essa atividade propondo as questões presentes na abertura do projeto. Seguem orientações.

  1. Os estudantes podem dizer que as crianças estão lendo livros, assistindo a programas de televisão ou a filmes e brincando com jogos eletrônicos.
  1. Essa é uma pergunta que instiga a imaginação dos estudantes, para que comentem as histórias que eles mesmos gostariam de ler/assistir/interagir.
  1. Espera-se que os estudantes possam responder sobre seus conhecimentos prévios a respeito da pergunta de investigação do projeto, mostrando se acreditam que as histórias se mantêm sempre iguais ou se modificam dependendo do contexto, do interlocutor e da mídia.

MP24

Em uma tarde chuvosa, depois que eu cheguei da escola, corri até a Vó Cecília.

Ela adora ficar lendo na poltrona vermelha da sala. Depois que sentei bem confortável no tapete, pedi para ela contar uma história para mim.

A Vó Cecília contou a história de Aladim.

Eu adoro essa história! Mas ela mudou tudo, ficou inventando um monte de coisa, que não tinha nada a ver com o filme que eu tinha assistido na televisão.

Ela então me falou que “Quem conta um conto aumenta um ponto” e acaba modificando uma coisinha aqui, outra ali.

Disse-me também que eu não tinha como saber se o filme estava certo, afinal, muitas pessoas já tinham contado essa história.

Fiquei intrigada!

Para mim, as histórias são do jeito que são e ponto-final. Será que a Vó Cecília está certa?

Quem conta um conto aumenta um ponto?

Eu não vou ficar com essa dúvida na cabeça, vou investigar melhor. Você me ajuda nessa missão?

Beijos,

Duda.

Imagem: Ilustração. Uma menina negra com cabelos presos com maria chiquinha, usando uma blusa de mangas compridas, saia azul e sapatilhas vermelhas. Ela está em pé, com as mãos estendidas para cima e sorrindo. Ao redor, borda azul com espiral amarela à esquerda. Há uma um pedaço de fita rosa, amarela e verde na parte superior e rosa, amarela e laranja à direita. Fim da imagem.

Objetivos da missão

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da missão

O projeto incentiva os estudantes a resolver um problema que parte de uma curiosidade infantil por meio de pesquisa e ampliação de repertório cultural. A narrativa convida-os a ajudar Duda a responder à pergunta: “Quem conta um conto aumenta um ponto?”. Chamando-os de “amigos”, a personagem fictícia engaja os estudantes na problemática, transformando-os em personagens ativos. Leia o texto com os estudantes, convidando-os a se imaginarem como amigos da personagem Duda nesta missão, para engajá-los a realizar as diferentes etapas do projeto e, assim, elaborar possíveis respostas à pergunta.

Assuma você também um papel. O importante é considerar que seu papel como professor é de mediador e facilitador e, por isso, deve estar dentro da narrativa. Pense qual pode ser o seu papel e compartilhe-o com os estudantes. Você pode personificar, por exemplo, a rainha persa Sherazade ou Xerazade, lendária contadora de histórias de As mil e uma noites. Pode também usar objetos, como um tapete, e até tecidos para compor vestimentas e, assim, incorporar a personagem e ajudar os estudantes a se imaginarem nesta história.

Justificativa

Entre as manifestações culturais que acompanham o ser humano ao longo dos tempos, contar ou narrar histórias é uma das mais antigas. Muitas sociedades difundiram narrativas que acabaram por refletir suas histórias por várias gerações. Para Heloisa Prieto, no livro Quer ouvir uma história?, narrar é uma forma de pensar o mundo, e uma história pode ter diferentes origens e versões. Por isso, independentemente de onde e quando surgiram, as narrativas encontram-se arraigadas na humanidade.

As histórias que fazem parte do repertório oral de um povo são, na verdade, uma bagagem com palavras, expressões, vivências, conhecimentos e experiências que levam anos para se formar. Reconhecer o ato de contar ou narrar como arte é importante para preservar, valorizar e manter viva essa bagagem e, portanto, essa cultura.

As propostas didáticas relacionadas às manifestações culturais geralmente são abordadas no contexto escolar de forma estereotipada, e o ensino de tradições e textos orais tem uma importância menor no currículo do que no ensino da cultura escrita. Diante deste quadro, torna-se necessário um projeto investigativo que trabalhe a cultura oral, reforçando a importância de incentivar e promover seu ensino, reconhecendo seus respectivos valores.

O projeto Quem conta um conto aumenta um ponto? permite aos estudantes pesquisar as narrativas e suas versões com o objetivo de sublinhar seu papel de sujeito envolvido em práticas socioculturais, explicitando uma rede coletiva e cooperativa de pertencimento e fortalecimento cultural. Neste percurso, é importante que eles se identifiquem não apenas como meros reprodutores e transmissores de histórias, mas também como produtores e cocriadores, contribuindo para a difusão de narrativas complexas e diversas.

MP25

Justificativa

A contação de histórias faz parte da transmissão de saberes, vivências e tradições dos povos, pois é por meio das narrativas que as gerações futuras podem ter contato com os conhecimentos, as memórias e os valores culturais das gerações passadas.

Antes da invenção do livro, as histórias eram transmitidas principalmente por meio da oralidade. Algumas sociedades mantêm esse hábito até os dias de hoje, como algumas comunidades indígenas e afro-brasileiras, que valorizam os mestres contadores de histórias, geralmente pessoas mais velhas da comunidade muito respeitadas pelos demais.

A oralidade, por acontecer em tempo real e não manter um registro como na escrita, está sujeita a modificações.

As histórias orais, portanto, despertam um dilema: quem conta um conto aumenta um ponto?

Em outras palavras, abre-se caminho para discutir a suposta originalidade das histórias e suas modificações ao longo do tempo, de acordo com os diferentes contextos sociais, interlocutores e mídias. Isso nos permite estudar o seguinte tema contemporâneo: Diversidade cultural.

Materiais necessários

Para ajudar Duda em sua missão, você precisará de um diário de bordo para as suas anotações. Escolha também outros materiais que podem ser úteis.

Imagem: Ilustração. Uma mochila azul, ao lado, um livro com capa vermelha. Ao lado, um caderno com o texto na capa: DIÁRIO DE BORDO. Abaixo, um lápis e um gravador.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Materiais necessários

Cada estudante deve escolher o que levar para esta missão. É importante que eles justifiquem os itens a partir de suas utilidades. Ao longo das etapas do projeto, lembre-os dos usos desses objetos e questione-os sobre eles. Atenção: o gravador de voz pode ser substituído por um aplicativo de celular ou um programa de computador.

Discuta com os estudantes sobre a importância dos itens e aponte que o diário de bordo é importante instrumento para anotações de dados, informações de pesquisas e para registro de reflexões e das etapas. Ele também contribui para identificar as aprendizagens de conteúdos e procedimentos de organização de textos, desenhos, relatórios e outros materiais produzidos ao longo do projeto. Deste modo, tanto o professor acompanha o percurso individual do estudante, como os grupos podem realizar análises e sistematizar as informações para a elaboração e o compartilhamento do processo, representando também um importante meio para a realização da avaliação formativa. Esses registros vão possibilitar a identificação da evolução do estudante e o ajuste de eventuais problemas detectados durante o trabalho, por parte do professor e do estudante.

A cada etapa, discuta os registros com os estudantes, orientando-os sobre o que pode ser documentado. Oriente-os a usar um caderno customizado, pautado ou não, como diário de bordo.

Crie o seu próprio diário de bordo, para documentar as aprendizagens dos estudantes e avaliar suas participações. Trata-se de um registro qualitativo, que garante o acompanhamento e a avaliação das aprendizagens. É fundamental que o professor e a equipe pedagógica reflitam sobre o que deve ser priorizado e o que deve ser garantido em cada etapa. Planeje como organizar as suas anotações referentes aos percursos de aprendizagem dos estudantes. Por exemplo, cada um teria uma página que corresponde aos seus principais aspectos a ser avaliados, com observações datadas.

MP26

Cronograma da missão

Anote no diário de bordo quando serão feitas as etapas da missão:

Etapa 1 – Ponto de partida

_____ /_____/_____

Etapa 2 – Vamos pesquisar?

_____ /_____/_____

Etapa 3 – Experimentando

_____ /_____/_____

Etapa 4 – Hora de produzir!

_____ /_____/_____

Etapa 5 – Compartilhando as descobertas

_____ /_____/_____

Etapa 6 – O que aprendemos?

_____ /_____/_____

Competências gerais, competências específicas e habilidades

Nesta jornada, você será capaz de desenvolver muitas competências e habilidades. A descrição de cada uma encontra-se ao final do volume, na página 90.

Competências gerais: 3, 4.

Competências específicas de Linguagens: 1, 3, 5.

Competências específicas de Ciências Humanas: 1, 4.

Habilidades de Língua Portuguesa: (EF15LP01), (EF15LP02), (EF15LP03), (EF15LP05), (EF15LP06), (EF15LP07), (EF15LP09), (EF15LP12), (EF15LP15), (EF15LP16), (EF15LP19), (EF35LP01), (EF35LP02), (EF35LP03), (EF35LP04), (EF35LP11), (EF35LP21), (EF35LP26), (EF35LP29)

Habilidades de Arte: (EF15AR23), (EF15AR24), (EF15AR25)

Habilidade de Geografia: (EF04GE01)

Habilidade de História: (EF04HI08)

  1. Política Nacional de Alfabetização (PNA): fluência em leitura oral; desenvolvimento de vocabulário; compreensão de textos; produção de escrita.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.

Com base nos objetivos da missão e nas informações que você leu até agora, anote em seu caderno os assuntos que quer aprender ou sobre os quais ficou curioso. No fim do projeto, você pode reler as anotações.

MANUAL DO PROFESSOR

Cronograma da missão

Leia e discuta o cronograma com os estudantes para que possam se planejar e conhecer melhor as etapas dessa missão.

É importante que todos possam definir o tempo para cada etapa juntos, a fim de integrá-los como corresponsáveis e participantes ativos na realização do projeto, além de desenvolver noções de tempo.

Competências gerais, competências específicas e habilidades

Este projeto permitirá ao estudante mobilizar as competências, habilidades e componentes essenciais da PNA listados a seguir. A descrição encontra-se na página 90 do Livro do Estudante.

Boxe complementar:

Competências gerais

3, 4.

Competências específicas de Linguagens

1, 3, 5.

Competências específicas de Ciências Humanas

1, 4.

Habilidades de Língua Portuguesa: (EF15LP01), (EF15LP02), (EF15LP03), (EF15LP05), (EF15LP06), (EF15LP07), (EF15LP09), (EF15LP12), (EF15LP15), (EF15LP16), (EF15LP19), (EF35LP01).(EF35LP02), (EF35LP03), (EF35LP04), (EF35LP11), (EF35LP21), (EF35LP26), (EF35LP29).

Habilidades de Arte: (EF15AR23), (EF15AR24), (EF15AR25).

Habilidade de Geografia:

(EF04GE01).

Habilidade de História:

(EF04HI08).

Fim do complemento.

Política Nacional de Alfabetização (PNA)

Fluência em leitura oral; desenvolvimento de vocabulário; compreensão de textos; produção de escrita.

MP27

Etapa 1 Ponto de partida

Oi, amigo(a)!

Vocês se lembram que a Vó Cecília contou pra mim a história de Aladim?

Ela mudou um monte de coisas da história que eu conhecia e disse que é normal, que as histórias mudam de acordo com quem conta.

Eu não sei... nunca ouvi falar disso. Você já? Vamos investigar se é verdade que quem conta um conto aumenta um ponto?

Olha só, fui até a biblioteca e separei um livro com o trecho do conto que a Vó contou, pra gente começar.

Quero só ver a cara dela depois que eu mostrar o que nós descobrimos.

Vamos começar?

Beijos,

Duda

Imagem: Ilustração. Uma menina negra com cabelos presos com maria chiquinha, usando uma blusa de mangas compridas, saia azul e sapatilhas vermelhas. Ela está em pé, segurando com as mãos um livro verde. Ao redor, borda azul com espiral amarela à esquerda. Há uma um pedaço de fita rosa, amarela e verde na parte superior e rosa, amarela e laranja à direita. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Antes da leitura, discuta com o professor e os colegas:

PROFESSOR Respostas pessoais.
  1. Você costuma ouvir histórias contadas por pessoas mais velhas, igual a Vó Cecília?
  1. Você acha que quem conta um conto aumenta um ponto? Dê exemplos.
  1. Você já leu ou ouviu a história de Aladim? Ou assistiu a um filme que a retrate? O que sabe sobre ela?
MANUAL DO PROFESSOR

Etapa 1 – Ponto de partida

  1. Para iniciar as atividades desta etapa, organize os estudantes em uma roda de conversa coletiva com o objetivo de verificar seus conhecimentos prévios sobre o tema. As atividades 1, 2 e 3 permitem explorar as expectativas de leitura e possibilitam a realização de uma avaliação prévia, que poderá orientar o encaminhamento do trabalho, em função de dúvidas ou de desconhecimentos deles. Pergunte quem costuma ler e contar histórias para eles. Use a lousa para fazer uma relação de quantos estudantes indicam a mãe, o pai, a avó, o avô, a tia, o tio e outros familiares ou adultos de seus grupos de convívio. Peça exemplos de narrativas que conhecem com diferentes versões (escritas, audiovisuais ou orais) e liste-as na lousa.

    Em seguida, peça aos estudantes que citem as versões dessas histórias indicadas. Chame a atenção deles sobre o que muda de uma história para a outra. Neste momento, eles também podem ir além e falar de paródias ou releituras modernas, ainda que não compreendam estes conceitos. Com base em suas respostas, aproveite para ampliar a pergunta, questionando-os se eles já leram ou contaram histórias para alguém. E se algum estudante já o fez, pergunte se ele modificou alguma parte dessa história e por quê.

    Ressalte que eles vão ler o texto literário sobre o qual Duda se referiu. Aladim e a lâmpada maravilhosa, também conhecido como Aladim, é um conto de origem árabe. Trata-se de um dos mais famosos de As Mil e Uma Noites. Convide-os a compartilhar com o coletivo o que eles conhecem sobre este conto. Pergunte:

    • O que acontece nesse conto?
    • Quem são os personagens?
    • Como começa a história?
    • Onde Aladim encontra a lâmpada? E o que há nela?
    • Quantos desejos Aladim tem?
    • Como termina a história?

      Ajude-os a organizar as respostas, principalmente se surgirem mais versões da história.

MP28

“Aladim” é um dos contos da coletânea As mil e uma noites, pertencentes à tradição oral árabe. Leia o trecho a seguir com o professor e os colegas.

A história de Aladim ou a lâmpada mágica

[...]

Ao concluir a história, Sherazade prometeu ao sultão outra, não menos encantadora, no dia seguinte. Antes que o sol raiasse, sua irmã, Duniazade, lembrou-a da promessa e disse que o sultão estava pronto para ouvi-la. Sherazade não o fez esperar. Esta é a história que ela contou.

Imagem: Ilustração. Uma lâmpada, composta por uma haste à esquerda e uma ponta à direita. Da ponta sai uma fumaça com estrelas. No fundo, uma pessoa sobre um tapete voador e as torres de um palácio.  Fim da imagem.

O filho do alfaiate

Majestade, na capital de um dos reinos vastos e ricos da China, cujo nome agora me escapa, vivia um alfaiate chamado Mustafá, que não possuía outra distinção além de seu ofício. Esse alfaiate era muito pobre, e o que ganhava com seu trabalho mal dava para alimentar a si mesmo, a esposa e um filho que Deus lhe concedera.

O filho, que se chamava Aladim, tinha sido criado sem muito zelo, o que fez com que desenvolvesse tendências desregradas: cresceu sendo cruel, teimoso e rebelde.

Depois que atingiu certa idade, os pais não conseguiram mais segurá-lo dentro de casa, e ele passava os dias brincando nas ruas e praças em companhia de meninos vadios , alguns até mais jovens do que ele. [...]

Livre do medo que sentia do pai, e tão atrevido com a mãe a ponto de desafiá-la diante da menor repreensão, Aladim entregou-se totalmente à sua vida desenfreada. Cercou-se de meninos da sua idade e só queria saber de se divertir, vivendo na vadiagem até completar quinze anos, sem demonstrar a menor curiosidade por nada no mundo e sem se preocupar com o futuro. Então, um belo dia, enquanto Aladim brincava numa praça com seu bando de amigos vadios, um estranho que por ali passava se deteve e olhou para ele.

Esse estranho era um grande feiticeiro, a quem os autores desta história chamavam de mago do Magrebe, e assim vou chamá-lo, pois era mesmo proveniente do norte da África, e ali tinha chegado havia apenas dois dias.

FONTE: HORTA, Paulo Lemos [ed.]. Aladim: nova versão do conto clássico [recurso eletrônico]. Tradução de José Roberto O’Shea. Rio de Janeiro: Zahar, 2019.

MANUAL DO PROFESSOR

Em seguida, proponha que sejam realizadas duas leituras do trecho do conto: a primeira sem pausas, realizada por você; a segunda será realizada pelos estudantes com pausas.

Ambas as leituras devem ser realizadas de forma compartilhada e em voz alta, ou seja, cada estudante deve acompanhar a leitura pelo texto do seu livro. Ressalte que a primeira leitura será realizada por você, professor, para modelar a leitura de textos literários, nos quais a fluência contribuiu para uma apreciação estética, o que permite ao leitor ter impressões, percepções e sentimentos em relação à história. Depois, na segunda leitura, os estudantes serão chamados para realizar a leitura em voz alta, com pausas para identificar e relacionar os aspectos da história com as versões de seus repertórios. Lembre-se de que é importante chamar todos os leitores, dos mais iniciantes aos mais fluentes, dando-lhes tempo para realizar as leituras e incentivando fluência e entonação.

Na contação de histórias, dificilmente uma história é contada da mesma forma. Alguns narradores, inclusive, convidam o público a interagir. Outros preferem contar a história de uma única vez, conversando com a sua audiência após a história. No entanto, a leitura em voz alta deve ser realizada sem alterações, embora inclua entonações, que são dadas pelo texto escrito. As pausas, que podem ser feitas durante uma leitura em voz alta, fazem parte de estratégias de leitura para o desenvolvimento de competências leitoras, para verificar aprendizagens cognitivas de interpretação e de percepções, sentimentos e estética.

Texto “A história de Aladim ou a lâmpada mágica”

O conto afirma que o mago vinha do Magrebe, uma região do Norte da África. Se puder, projete o mapa-múndi para a classe ou mostre a região num globo terrestre, perguntando a eles onde fica o norte do planeta.

Partindo do Brasil como referência de localização, peça aos estudantes para identificarem o continente africano e o Norte da África, onde se encontra a região chamada Magrebe.

O planisfério político está disponível em: http://fdnc.io/4Y6. Acesso em: 20 jan. 2021.

MP29

  1. Onde se passa a história de Aladim?

_____

PROFESSOR Resposta: No conto, a história de Aladim se passa em “um dos reinos vastos e ricos da China”, cujo nome Sherazade não se lembrava. Caso os estudantes conheçam outras versões de “Aladim”, aqui é possível notar uma diferença, pois se costuma contextualizar a história de Aladim em nações árabes.
  1. Quem conta a história? Para quem?

    _____

PROFESSOR Resposta: A narradora é Sherazade. Ela conta a história de Aladim para o sultão.
  1. Como é Aladim no conto? Descreva suas principais características.

    _____

PROFESSOR Resposta: Aladim é descrito como cruel, teimoso e rebelde, alguém que só gosta de passar os dias brincando, mesmo depois de a infância ter passado.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. O Aladim descrito no conto é igual ao de outras histórias sobre ele que você conheça? Compartilhe com a sua turma.
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Quais são os outros personagens do conto?

    _____

PROFESSOR Resposta: Os outros personagens são Mustafá (pai de Aladim), a mãe de Aladim e o mago do Magrebe.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. O que você acha que o estranho feiticeiro vai fazer com Aladim?
PROFESSOR Resposta pessoal.

Após encontrar o mago do Magrebe, o feiticeiro finge ser tio de Aladim e solicita que ele lhe ajude a pegar uma lâmpada com poderes mágicos, que estava em uma câmara de tesouros.

Naquela época, as lâmpadas não eram de energia elétrica, como conhecemos hoje, eram recipientes que continham um óleo para acender o fogo.

Imagem: Fotografia. Uma lâmpada, composta por uma haste à esquerda e uma ponta à direita. Na ponta há fogo. No fundo, vasos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Antiga lâmpada a óleo, presente no conto “Aladim”. FIM DA LEGENDA.

  1. Na sua opinião, que poder mágico a lâmpada tem?

_____

PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: A depender do conhecimento prévio dos estudantes, eles podem dizer que a lâmpada guarda um gênio, um ser poderoso capaz de realizar desejos daquele que o encontra e torna-se seu mestre. A maior parte das lendas sobre os gênios fala em três desejos a serem realizados. Fim da observação.
  1. O que você acha que Aladim vai fazer com a lâmpada?

    _____

PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: A depender do conhecimento prévio dos estudantes, eles podem dizer que o desejo mais significativo de Aladim é conquistar a filha do sultão do reino. Em algumas versões, isso é romantizado, como no filme da Disney, que explora a paixão entre Aladim e a princesa. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar o norte do planeta e o norte do continente africano no mapa ou no globo, mobilizando os pontos cardeais. Caso eles ainda não tenham visto esse conteúdo, trabalhe com a turma os pontos cardeais e os continentes que fazem parte do mundo. Não é necessário que eles identifiquem exatamente a região do Magrebe, mas, caso queira explorar a questão com os estudantes, trata-se de uma região africana composta pelos países Líbia, Tunísia, Marrocos, Mauritânia e Argélia.

Mais informações sobre o Norte da África e a região do Magreb estão disponíveis em: http://fdnc.io/gv2. Acesso em: 20 jan. 2021.

Conforme combinado anteriormente, faça a primeira leitura em voz alta. Ao final, deixe que os estudantes falem livremente sobre suas impressões e percepções dessa versão. Leve-os a pensar na história que acabaram de ouvir e deixe-os acompanhar a leitura sem tentar criar relações, neste momento.

Em seguida, oriente a segunda leitura, a ser realizada pelos estudantes, com pausas. Ajude-os a identificar e estabelecer oralmente a comparação entre os aspectos da história lida com as versões que eles apresentaram na roda de conversa. Após as duas leituras, oriente-os na elaboração das atividades 1 a 8, retornando ao texto, quando necessário, para localizar alguma informação. Após todos responderem, peça para que compartilhem suas respostas e contribuam coletivamente para a compreensão dos colegas.

Para tornar mais concreta a comparação entre versões, proponha que um ou dois aspectos da história sejam analisados. Por exemplo, a descrição da personagem. É importante descrever alguns critérios de comparação, perguntando: “Como é Aladim?”. Os estudantes podem indicar como ele é descrito física e psicologicamente em livros, filmes, animações e contação. Pode ser uma descrição detalhada da aparência e das vestimentas ou a atribuição de alguns adjetivos sobre como essa personagem é apresentada. É possível elaborar uma tabela com dados comparativos para ser utilizada após as leituras, para que os critérios de análise dos textos lidos sejam identificados e possam contribuir com a comparação e a verificação das versões.

MP30

“Aladim” é um dos contos mais famosos do mundo, já tendo sido recontado e adaptado muitas vezes. Ele faz parte da coletânea de contos populares de origem indiana, egípcia, persa, chinesa, japonesa e árabe chamada As mil e uma noites, em que Sherazade conta, todas as noites, uma história nova para o sultão.

Nessas culturas, as histórias eram transmitidas oralmente, isto é, contadas de pessoa para pessoa.

Mas o conto “Aladim” não foi encontrado nos manuscritos árabes antigos, que registraram essas histórias da tradição oral. Ele apareceu pela primeira vez na tradução francesa d e As mil e uma noites, escrita pelo francês Antoine Galland, no início do século 18.

Antoine Galland diz que ouviu essa história de um viajante sírio e resolveu acrescentá-la ao livro. Essa atitude gerou muitas dúvidas nas pessoas: o conto “Aladim” realmente era contado na tradição oral? Ele foi inventado pelo tradutor?

As histórias também mudam de acordo com as mídias em que circulam.

Boxe complementar:

Ampliando a investigação

Imagem: Ícone referente ao boxe Ampliando a investigação, composto pela ilustração de uma lâmpada acesa dentro de uma engrenagem. Fim da imagem.

Podemos encontrar a história de Aladim em diferentes mídias:

Livros

Imagem: Capa de livro. No centro, título do livro: Aladim. No fundo, ilustração de uma lâmpada, composta por haste e ponta, com fumaça saindo da ponta sobre o céu com uma lua e estrelas. Ao redor, várias torres de palácios.  Fim da imagem.

Aladim está presente em livros, em diversas traduções e publicações de As mil e uma noites e outros títulos como “Aladim”, “Aladim e a lâmpada maravilhosa”, “Aladim e a lâmpada mágica”, entre outros.

Filmes e séries

Imagem: Cartaz de filme. Na parte superior, título do filme. Aladdin. À esquerda, Yasmin, menina com cabelos presos usando um top e uma calça azul. E Aladdin, menino com cabelos pretos, usando um colete roxo e uma calça branca. Eles estão sentados em cima de um tapete voador. À direita, o gênio da lâmpada, um homem azul com um brinco na orelha, segurando com a mão direita uma lâmpada com haste e ponta. Abaixo, um palácio e uma pessoa de roupas pretas.  Fim da imagem.

Aladim é título de alguns filmes, como as animações Aladdin (1992), O retorno de Jafar (1994) e Aladdin e os 40 ladrões (1996), além do filme live-action (versão com atores) Aladdin (2019), todos produzidos pela Disney.

Jogos

Imagem: Cena de jogo. À esquerda, um palácio. Na frente uma corda. Aladdin desliza pela corda. Em cima da corda um macaco.  Fim da imagem.

Aladim também já foi transformado em jogo eletrônico, como o game Disney’s Aladdin (1993), considerado um clássico.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Depois, oriente a leitura individual do texto sobre as versões e a origem do conto Aladim. Cada estudante deve realizar a leitura silenciosamente e, após o tempo combinado, inicie uma conversa para que eles possam falar a respeito da origem do conto, suas mudanças e adaptações.

  1. Nos séculos 19 e 20, diversas versões do conto começaram a surgir, em diferentes mídias (livros, filmes, jogos), inclusive para crianças. Uma das mais famosas é o filme infantil da Disney, produzido em 1992. Algumas versões modificaram a origem de Aladim e os acontecimentos da história, apresentando visões preconceituosas do Oriente. Em comum, todas apresentam um mago que pede para que Aladim consiga a lâmpada mágica, que contém um gênio capaz de realizar os desejos de quem o encontrar. Como reviravolta contra o mago, a lâmpada acaba ficando com Aladim. Um de seus desejos é se casar com a filha do sultão.

    Verifique se os estudantes se atentam ao fato de o texto afirmar que Aladim tem diferentes versões, algumas com elementos e aspectos narrativos próprios dos contos ocidentais, mas, também, outras versões, inclusive árabes, que envolvem a conquista árabe do Egito.

    Ressalte que Aladim também foi adaptado para o cinema, tanto como animação (1992) como em formato de filme musical de fantasia e romance (2019). No caso dessas adaptações para o cinema, a representação dos personagens apresenta uma versão estereotipada e relacionada ao conceito de o Oriente ser um lugar “exótico”.

    É importante, neste momento, problematizar essa representação das personagens como, por exemplo, na animação de 1992, na qual a princesa Jasmine é apresentada com roupas que deixam o corpo à mostra e com joias exuberantes. Já no filme de 2019, a representação visual permanece a mesma, mas seu objetivo na trama é outro. Enquanto na animação seu objetivo era se casar por amor, no live action ela quer ser sultana.

    Em ambos os exemplos é possível perceber mudanças, sejam elas em decorrência das discussões da época em que ela foi produzida, ou de acordo com as mídias pelas quais a narrativa circula. Por exemplo, a forma como Jasmine é apresentada em textos escritos ou falados possibilita que o público imagine as características físicas e a vestimenta da personagem. Já nos materiais audiovisuais, a caracterização fica previamente estabelecida.

    Incentive os estudantes a buscar referências de mudança nas versões das diferentes mídias. Chame a atenção deles para o fato de cada mídia ter suas características e como isso pode direcionar ou não as percepções do leitor-escutador-espectador em relação aos diferentes aspectos da narrativa, como no caso da apresentação de uma personagem. É possível ampliar a tabela com os aspectos comparativos, considerando: livro, contação de história, filme, série e jogos, dependendo dos conhecimentos dos estudantes a respeito de cada versão.

MP31

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Você já teve contato com outras versões de “Aladim”? Quais são as diferenças entre as histórias?
PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Espera-se que os estudantes comentem as diferenças entre as histórias de “Aladim”, caso já tenham tido contato com a narrativa anteriormente. Fim da observação.
  1. Para você, o conto “Aladim” é um exemplo de que “quem conta um conto aumenta um ponto”? O que você diria para a Duda? Por quê?

_____

PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Os estudantes podem dizer que “Aladim” é um exemplo de que “quem conta um conto aumenta um ponto”, já que suas diferentes versões apresentam modificações na história. Além disso, a polêmica sobre Antoine Galland pode indicar que, quando histórias orais são registradas por escrito, aquele que as escreveu pode acrescentar histórias ou alterá-las, pois não há como comprovar que não foram contadas anteriormente. Fim da observação.
  1. Você acha que “Aladim” é mesmo um conto popular árabe ou que ele foi inventado pelo tradutor francês? Discuta com seus colegas.

    _____

PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Alguns estudiosos do conto afirmam que “Aladim” apresenta alguns elementos típicos da visão ocidental do Oriente como “exótico”, como câmaras com tesouros infinitos, magias, talismãs etc. Outros estudiosos creem que existem relações com a literatura popular árabe, pois há diversos contos em que jovens mudam a sorte de suas vidas e personagens que invocam gênios. Fim da observação.

A tradição oral de contação de histórias é muito importante em diversas culturas.

As comunidades indígenas do Brasil costumam narrar oralmente diversas histórias. Elas são contadas e recriadas geralmente por um indivíduo mais velho e de respeito na comunidade.

O contador da história envolve a todos os ouvintes, interagindo com as pessoas, fazendo variações na voz, usando o silêncio e as repetições para criar efeitos diferentes.

Além disso, existem histórias que apresentam versões de acordo com o povo que as conta.

Hoje, algumas dessas histórias orais foram reunidas em livros escritos, para que sejam conhecidas também por não indígenas.

Comunidades afro-brasileiras também mantêm importantes tradições orais dos mestres africanos, por meio dos chamados griôs.

Imagem: Fotografia. Uma mulher negra com cabelos brancos e rugas, usando um turbante e um vestido estampado com corrente no pescoço. Fim da imagem.

LEGENDA: Retrato de uma griô (contadora de histórias). Mali, África Ocidental, 2008. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Nas atividades 1 e 2, se possível, permita que eles tenham acesso aos trailers ou trechos dos vídeos, ou mesmo ao computador, para explorar os jogos e colaborar com suas percepções a respeito dessas adaptações, que podem ser consideradas versões.

  1. Estimule a reflexão dos estudantes explicando que a cultura oral é a única que pode chegar a todos sem custos, já que livros, jogos e filmes têm preços que podem não ser acessíveis a todas as pessoas, além de demandarem aparelhos especiais (como um console de videogame ou computador) ou locais da comunidade (como salas de cinema).

    Antes ler sobre tradição oral em voz alta com os estudantes e de responder ao que se pede, organize uma roda de conversa para falar sobre as características da contação de história. Retome a discussão sobre quem conta histórias para eles. Questione-os sobre como essas histórias são contadas e se essas pessoas usam objetos, vestimentas ou outros recursos.

    Em seguida, pergunte a eles se conhecem algum contador de histórias. Pode ser alguém do convívio social deles, que as conte informalmente, ou profissionais contadores de histórias. Questione-os sobre o tipo de histórias que eles contam e se costumam utilizar algum objeto para contá-las.

    Organize uma apresentação de diferentes contadores de histórias por meio de vídeos e sites na internet. Se os estudantes tiverem acesso à internet, peça que visitem sites como o Boca do Céu. Disponível em: http://fdnc.io/gv3. Acesso em: 19 jan. 2021, que reúne bancos de contadores de história, e Os tapetes contadores de histórias. Disponível em: http://fdnc.io/gv4. Acesso em: 19 jan. 2021, grupo que utiliza objetos confeccionados para contar diferentes contos populares.

  1. Assista com os estudantes ao griot Toumani Kouyaté contando uma história no programa Arte do artista, da TV Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/gv5. Acesso em: 19 jan. 2021. Convide-os a observar a movimentação do corpo e as expressões faciais do contador e, também, a perceber que seus movimentos são embalados pelo ritmo da música, uma característica dos contadores de histórias dos africanos.

    Apresente também algumas imagens ou vídeos de contadores de histórias que utilizam objetos para contá-las. Se possível, providencie um dispositivo com internet e som para projetar vídeos, como “A história da lagarta” no programa Lá vem história, da TV Cultura. Disponível em: http://fdnc.io/gv6. Acesso em: 19 jan. 2021.

    Outra sugestão é o programa infantil Quintal da Cultura, da TV Cultura, que recebeu a contadora de histórias Madalena Monteiro. Durante o programa, Ludovico, Doroteia, Filomena, Osório e as crianças escutam histórias de Nasrudin, como: “Há mais luz por aqui”, “Aventura no deserto” e “O Rei Falou Comigo”. Disponível em: http://fdnc.io/gv7. Acesso em: 19 jan. 2021.

MP32

Os griôs são contadores de histórias, responsáveis por passar diversos saberes culturais para as gerações futuras de uma comunidade. São como registros vivos da memória de um povo.

  1. Com a ajuda do seu professor, assista a um vídeo de um contador de histórias de tradições orais. Observe os seguintes aspectos e anote:
    1. Qual o título do vídeo?

      _____

PROFESSOR Respostas pessoais. Atenção professor: Espera-se que os estudantes percebam os aspectos paralinguísticos da fala durante a contação de histórias, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça, expressão corporal, tom de voz, entre outros. Fim da observação.
  1. Para onde o contador de histórias está olhando?

    _____

  1. Que expressões ele faz com o rosto (riso, felicidade, tristeza, espanto etc.)?

    _____

  1. Ele faz gestos ou movimentos enquanto fala?

    _____

  1. Como a voz dele é modificada de acordo com a situação (por exemplo, fala mais forte, sussurra, grita etc.)?

    _____

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Reúna-se em roda com os colegas e reconte oralmente uma versão da história de Aladim, utilizando os recursos expressivos que você observou na questão anterior. Pode ser, inclusive, a versão que conheceu neste livro.
PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Veja as orientações no Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Que histórias são conhecidas na sua comunidade e contadas pelas pessoas? Discuta com os colegas e preparem uma lista coletiva da turma. Faça anotações, se precisar.

    _____

PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Os estudantes devem fazer um levantamento de quais são essas histórias conhecidas da comunidade, como contos populares, lendas locais, mitos, entre outros tipos de narrativas. Caso os estudantes não se lembrem de nenhuma, oriente-os a realizar uma breve entrevista com os mais velhos da escola e/ou familiares. Organize a lista no quadro ou em um cartaz afixado na parede, para que todos possam visualizá-la. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. O exemplo de “Aladim” ainda não deixou Duda convencida. Com o objetivo de ajudá-la a compreender melhor se “quem conta um conto aumenta um ponto”, reúna-se com alguns colegas para pesquisar uma das histórias da comunidade. Vocês precisam investigar se, ao contá-la ou ao publicá-la por escrito, as pessoas modificam a história ou não. Registrem as descobertas no diário de bordo.
PROFESSOR Atenção professor: Os estudantes precisam se organizar em grupos de interesse para investigar as histórias levantadas. Cada grupo deve ficar com uma história diferente. Peça aos estudantes que registrem as descobertas. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Antes de iniciar a etapa 2, organize os estudantes em grupos. Sugerimos que seja utilizado o método de trabalho em grupo defendido pela professora da Universidade de Stanford, Rachel Lotan, especialista em ensino para a equidade.

  1. Como a educadora, que considera que os estudantes possuem conhecimentos, repertórios e cultura diferentes, podendo contribuir com as aprendizagens uns dos outros, organize-os por papéis: facilitador (responsável pela leitura e compreensão), monitor de recursos (responsável por solicitar ou mediar a atuação do grupo com ferramenta ou material), repórter (responsável por registrar as atividades e compartilhá-las), harmonizador (responsável em assegurar que todos realizem as atividades e que todos sejam ouvidos) e controlador do tempo (responsável por mensurar e monitorar o tempo estipulado para a realização das atividades). Os papéis podem ser distribuídos a partir de um sorteio. Observe como esses papéis são efetivados ao longo das atividades e, se necessário, sugira sua troca (neste caso, sugere-se evitar, na troca, a atribuição de um papel que apenas reforce habilidades já desenvolvidas).

    Lembre-os de que, apesar de cada um ter um papel específico, todos têm as mesmas atribuições enquanto integrantes do grupo, ou seja, todos devem participar de forma coletiva, colaborativa e ativa. Neste contexto, o seu papel é o de mediador e organizador do trabalho. Por isso, as intervenções no trabalho dos grupos devem ser planejadas e realizadas apenas quando necessário, sem atrapalhar a autonomia dos integrantes do grupo.

    Após as formações nos grupos, oriente-os a pesquisar e escolher uma das histórias da comunidade ou de seus grupos de convívio. É importante ressaltar que, muitas vezes, essas histórias não estão escritas. Por serem de tradição oral, geralmente são narradas, passando de geração para geração. Ressalte que essas histórias estão presentes na memória de um povo. Caso o grupo localize uma versão da história por escrito, deve guardá-la para a outra etapa do projeto.

    Proponha que cada integrante do grupo traga uma história e o grupo selecione uma delas para a próxima etapa do projeto. Eles devem conhecer histórias, que podem ser curiosas, divertidas e/ou emocionantes, e que podem dizer respeito, por exemplo, à memória do lugar onde vivem. É importante os estudantes ouvirem diferentes histórias, registrando informações daquela que mais lhes chamou a atenção.

MP33

Etapa 2 Vamos pesquisar?

Oi, amigo(a)!

Que legal, você trouxe outros amigos para nos ajudar!

Agora seremos uma verdadeira equipe.

Achei muito interessante o que vocês descobriram sobre o conto “Aladim”, não é que a história mudou várias vezes?

A Vó Cecília só contou uma das muitas versões desse conto.

Mas ainda não estou convencida de que “quem conta um conto aumenta um ponto”.

Eu sei, sou muito teimosa, vocês devem estar pensando.

Será mesmo que as pessoas sempre fazem isso?

Vamos pedir a quem conhecemos para contar uma história? E, então, vamos ver o que acontece?

Vou deixar algumas ideias que tive para ajudar.

Beijos,

Duda.

Imagem: Ilustração. Uma menina negra com cabelos presos com maria chiquinha, usando uma blusa de mangas compridas, saia azul e sapatilhas vermelhas. Ela está sentada em um banco com a mão esquerda sobre a bochecha, olhando para cima. Ao redor, borda azul com espiral amarela à esquerda. Há uma um pedaço de fita rosa, amarela e verde na parte superior e rosa, amarela e laranja à direita. Fim da imagem.

Boxe complementar:

Pensamento computacional

Imagem: Ícone: Pensamento computacional, composto pela ilustração de um monitor de computador e uma lâmpada acesa. Fim da imagem.

Organize as informações encontradas e selecione quais são relevantes.

Fim do complemento.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo.  Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Pesquisem, em diferentes fontes, versões da história da comunidade que vocês escolheram anteriormente. Pode ser em livros, sites, blogs na internet. Anotem o que encontrarem no diário de bordo.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo.  Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Escolham três pessoas conhecidas para recontar a história da comunidade que vocês escolheram anteriormente. Podem ser funcionários ou professores da escola, familiares e colegas mais velhos. Mas lembrem-se: é importante escolher pessoas que conheçam a história, portanto, investiguem antes!
MANUAL DO PROFESSOR

Etapa 2 – Vamos pesquisar?

Para a realização dessa etapa, oriente os estudantes a se organizarem nos grupos formados na etapa anterior. Explique-lhes que vão trabalhar, pesquisar e trocar de funções no grupo, e que você fará intervenções e orientações ao longo das atividades somente quando necessário. Relembre-os de que todos devem contribuir com a pesquisa, sem deixar seus papéis no grupo de lado. Acompanhe-os para observar as contribuições individuais e, também, as participações no contexto do grupo. Se necessário, faça orientações e/ou intervenções para contribuir com o andamento das atividades, mas sem tirar-lhes a autonomia. As atividades 1 a 5 possibilitam o desenvolvimento de elementos relacionados ao pensamento computacional que requer, entre outras habilidades, a capacidade de organizar as informações encontradas e de selecionar as relevantes em dada situação.

  1. Em seguida, retome a pesquisa das histórias realizada na etapa anterior a partir de narrativas populares que circulam pela comunidade ou pelo grupo de convívio dos estudantes para fazer as atividades 3 e 4. Oriente-os a realizar pesquisas em livros, revistas, jornais e sites, além de conversar com outras pessoas da comunidade que tenham mais informações sobre a história, buscando as diferentes versões dessa narrativa. Se eles apresentarem personagens conhecidos do lugar onde vivem que fizeram parte da história, os estudantes também devem procurar informações sobre essas personagens e, ao final, podem descrever suas principais características físicas e psicológicas. Neste caso, oriente os grupos a entrar em contato com os registros sobre a história que sejam tanto impressos como digitais e orais. Eles devem comparar as informações que recebe com as que já possuem. É importante orientar o trabalho de pesquisa com ferramentas digitais, caso os estudantes não estejam familiarizados com elas. Sugira estratégias, como a boa seleção de palavras-chave, e indique fontes confiáveis.

    Após a seleção e pesquisa da história da comunidade, os grupos devem convidar três adultos do grupo de convívio para contarem oralmente suas versões da história escolhida e pesquisada. Oriente-os a se organizarem para a realização da atividade. O objetivo é que os estudantes entrem em contato com diferentes versões, ampliando seus repertórios, além de entrarem em contato com o ato de narrar ou contar histórias por meio dessas gravações, que permitem ao grupo estudar ritmo, pausas, hesitações, entonação etc. para realizar uma contação. Enfatize também a importância de uma postura colaborativa de todos para a boa execução do trabalho.

MP34

Imagem: Ícone: Atividade em grupo.  Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Combinem com as três pessoas um dia e um horário para que cada uma delas reconte oralmente a história para vocês. Observem as expressões faciais que as pessoas fazem, os gestos, os movimentos e as modificações na voz.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo.  Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Peçam autorização para essas pessoas perguntando se vocês podem gravá-las enquanto recontam a história. Para isso, vocês podem utilizar um gravador de voz, como aqueles disponíveis em aplicativos de celulares. Solicitem a um adulto responsável para auxiliar na gravação.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo.  Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Durante os recontos, ouçam com atenção e anotem no diário de bordo o que encontraram de semelhanças e de diferenças entre as versões da mesma história.
PROFESSOR Respostas pessoais. Atenção professor: Veja as orientações no Manual do Professor. Fim da observação.

Boxe complementar:

Hora de escrever

Imagem: Ícone referente ao boxe Hora de escrever, composto pela ilustração da silhueta da cabeça de uma pessoa com fones de ouvido ligado à uma caixa com traços horizontais. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo.  Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.

Em grupo, escolham uma das três versões recontadas.

Vocês devem tentar transcrever a história, passando do oral para o escrito. Sigam os passos abaixo.

  1. Selecionem uma das versões em áudio.
  1. Peçam ajuda para o professor para ouvir o áudio.
  1. Ouçam novamente a história com atenção.
  1. Tentem escrever o que ouviram. Cada integrante do grupo faz sua anotação no diário de bordo.
  1. Leiam em voz alta para o grupo a história que cada um escreveu. Cada um pode fazer a leitura do seu próprio conto para os demais.
  1. Discutam:
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que com essa atividade os estudantes percebam que eles também “aumentam um ponto ao contar um conto”, pois provavelmente não conseguirão reproduzir fielmente por meio da escrita o que a pessoa escolhida contou oralmente. É natural que isso ocorra, com modificações na história e até mesmo introdução de novos elementos. Fim da observação.
    1. Todo mundo escreveu a mesma história?
    1. Alguém se lembrou de algo de que outros se esqueceram?
    1. Algum detalhe foi modificado?
    1. Algum elemento novo foi introduzido na história?
  1. Decidam em grupo: vocês aumentaram um ponto ao contar um conto?

    Imagem: Ilustração. Uma mulher negra com cabelos na altura da orelha, usando camiseta e calça jeans. Ela está sentada segurando um livro aberto com a mão esquerda estendida para cima, ao redor, crianças uniformizadas sentadas em roda.  Fim da imagem.

    CRÉDITO: CECILIA IWASHITA

Fim do complemento.

Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Explique aos estudantes como as gravações devem ser organizadas e realizadas. Eles devem agendar dia e horário com as três pessoas para a realização das gravações. Os grupos deverão se dirigir ao local com o equipamento necessário, seguindo estes passos:

  1. Verificar se o gravador está funcionando por meio de um teste. Os alunos podem usar um gravador emprestado da escola, se houver, ou mesmo o do celular. Se necessário, mostre a eles como se grava com um celular.
  1. Peça a eles que registrem os principais dados das pessoas para compor a apresentação: nome completo, idade etc. Oriente-os a conduzir a gravação respeitando o tempo da pessoa, não a interrompendo.
  1. Durante a gravação, os integrantes podem realizar algumas anotações por escrito, já identificando as diferenças entre as versões. As anotações devem ser prévias e pontuais. Lembre-os de que a textualização da história oral será explorada e sistematizada na próxima etapa. Ao final da gravação, o grupo deve pedir a autorização de uso do áudio por escrito e agradecer a participação da pessoa na pesquisa.
  1. Ao final da atividade e antes do Hora de escrever, solicite aos estudantes que façam uma avaliação durante e após a produção do áudio, considerando se o volume da contação gravada está adequado e se a contação também está, no que diz respeito à altura da voz, ao ritmo e à entonação.

    Hora de escrever

    Para a elaboração da transcrição da história, peça para que os grupos retomem as pesquisas e gravações realizadas. Após ouvi-las, eles devem selecionar uma das três versões da história gravada. Após a escolha, auxilie os integrantes dos grupos a elaborar por escrito uma justificativa da versão escolhida, valendo-se dos registros.

    Para a transcrição da contação selecionada, cada integrante do grupo deverá transpor o texto oral para o texto escrito. Se julgar conveniente, mostre que essa transposição pressupõe, por exemplo, a eliminação de marcas de oralidade e de repetições sem valor enfático. Essa atividade deve ser realizada individualmente para que, em grupo, os textos possam ser comparados, verificando se alguém “aumenta o ponto”.

    Após a produção escrita, o grupo deve realizar a leitura dos textos em voz alta, verificando se houve ou não alguma alteração na história contada. Durante a atividade, espera-se que os estudantes reflitam e elaborem informações pertinentes a respeito do tema, na tentativa de apresentar evidências da pesquisa que foi realizada.

MP35

Etapa 3 Experimentando

Oi, amigos(as)!

Estou gostando de ver como está a nossa investigação.

Acho que está na hora de pensarmos em como podemos dizer o que encontramos para a Vó Cecília.

Vamos analisar tudo o que pesquisamos e pensar em como apresentar para ela?

Quero mostrar que sei do que estou falando.

Conto com a ajuda de vocês!

Vamos lá?

Beijos,

Duda.

Imagem: Ilustração. Uma menina negra com cabelos presos com maria chiquinha, usando uma blusa de mangas compridas, saia azul e sapatilhas vermelhas. Ela está em pé com a mão esquerda estendida para cima, destacando o indicador. Ao redor, borda azul com espiral amarela à esquerda. Há uma um pedaço de fita rosa, amarela e verde na parte superior e rosa, amarela e laranja à direita.  Fim da imagem.

Boxe complementar:

Pensamento computacional

Imagem: Ícone: Pensamento computacional. Fim da imagem.

Divida o problema em partes menores para analisar os detalhes.

Fim do complemento.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo.  Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Leiam novamente as versões registradas por vocês e as que encontraram na pesquisa, como em livros, sites e blogs .
    1. Deem nome para cada uma delas, por exemplo, “versão do Júlio”, “versão da Ana” etc.
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Listem no diário de bordo, para cada versão:
    • Personagens: quem participa da história?
    • Espaço: onde a história acontece?
    • Tempo: quando a história se passa?
    • Situação inicial: qual é a situação em que os personagens se encontram no começo da história?
    • Conflito: o que acontece de mais importante com os personagens ao longo da história?
    • Resolução do conflito: como a história acaba?
PROFESSOR Respostas pessoais. Atenção professor: Espera-se que os estudantes levantem os principais elementos da narrativa das histórias que recolheram anteriormente. Isso facilitará a comparação entre as versões. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Etapa 3 – Experimentando

Após conhecer as diferentes versões de uma mesma história, é hora de analisá-las e, assim, buscar uma resposta concreta para a pergunta investigativa. Comece esta etapa de experimentação, convidando os grupos a retomar seus processos investigativos. Oriente-os a realizar as tarefas propostas, analisando e comparando essas histórias e suas versões.

Em grupo, os estudantes devem planejar o tempo para a realização de cada uma das atividades, tendo em mente que precisam, ao final, apresentar uma proposta de solução para a pergunta pesquisada. Oriente-os a registrar as atividades em seus diários de bordo.

Para a realização da atividade 1, retome as características das narrativas com os grupos. Verifique se eles indicam os diferentes aspectos, como: personagens, espaços e tempo e, também, as diferentes partes do enredo: situação inicial, conflito e resolução do conflito. Se necessário, peça a cada grupo que apresente uma das versões das histórias, oralmente, identificando esses aspectos e elementos após a apresentação da história. Dessa forma, é possível garantir os aprendizados e fazer intervenções e/ou correções necessárias. Essa atividade possibilita o desenvolvimento de elementos relacionados ao pensamento computacional como a capacidade de dividir um problema em partes menores, a fim de que os detalhes possam ser analisados, e a de reconhecer características comuns para que padrões possam ser encontrados.

Para orientar os grupos a respeito da atividade 2, é importante compreender que escola é um espaço que deve contribuir para a apropriação dos conhecimentos socialmente elaborados para a construção da cidadania, considerando a multiculturalidade e a diversidade da sociedade. E isso só é possível quando se aprende a valorizar e apreciar as diferentes manifestações e expressões artístico-culturais.

Neste momento, converse com os grupos sobre a valorização da memória, da vivência e dos conhecimentos que circulam na comunidade, para reforçar sua importância no contexto cultural e da tradição oral do lugar onde vivem. Ajude os estudantes a se perceberem como agentes ativos nesse processo. A partir deste estudo, eles têm maior consciência de que fazem parte dessa comunidade e possuem um importante papel em manter vivas as tradições, as histórias e a memória de seus grupos de convívio.

Nessa etapa, também é importante que eles compreendam que cada comunidade tem suas versões e que isso não faz com que uma história seja mais real ou verdadeira do que outra. É importante desenvolver empatia e respeito entre os estudantes, uma vez que essas diversas versões carregam significados, referências e valores de diferentes lugares e pessoas.

MP36

PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Espera-se que, com base na comparação dos elementos da narrativa entre as diferentes versões, os estudantes sejam capazes de identificar elementos que se mantêm e outros que se diferenciam, de acordo com cada reconto. Fim da observação.
  1. O que as versões têm em comum e o que têm de diferente?

Boxe complementar:

Pensamento computacional

Imagem: Ícone: Pensamento computacional. Fim da imagem.

Reconheça características comuns e encontre padrões.

Fim do complemento.

  1. Quadro: equivalente textual a seguir.

    que elas têm em comum?

    que elas têm de diferente?

    Personagens

    Espaço

    Tempo

    Situação inicial

    Conflito

    Resolução do conflito

  1. Quais conhecimentos, tradições e valores culturais da sua comunidade vocês identificam nas histórias contadas pelas pessoas?

    _____

PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Espera-se que os estudantes identifiquem conhecimentos, tradições e valores culturais nas narrativas recolhidas, comparando-os com as condutas de seus cotidianos, que muitas vezes podem ser pautadas por essas histórias que circulam na comunidade. Incentive-os a reconhecer, valorizar e respeitar a diversidade cultural presente nas histórias, como forma de mostrar que elas pertencem à memória coletiva de um povo. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Se for necessário, faça uma proposta para que cada grupo pesquise e compartilhe uma versão de uma mesma história, por exemplo, da origem do mundo. Cada grupo pode trazer uma história escrita de um povo ou lugar. Nesse momento de leitura em voz alta e de troca, reforce que não há uma versão certa ou errada; todos são textos literários que contam uma história e cada história pode ser apreciada individualmente.

Para que os grupos possam se organizar para pensar em uma resolução para a pergunta investigativa e planejar suas produções, oriente-os na pesquisa de publicações e outros materiais que podem servir de inspiração, como rodas de contação de história, canais de vídeos com contação de histórias, antologias de versões de uma mesma história ou de várias histórias etc. É importante compreender que, embora as orientações para a realização dessas atividades sejam as mesmas, elas não serão realizadas pelos grupos da mesma forma, tendo em vista que cada um terá seu próprio percurso investigativo de experimentação e uma ideia própria para a resolução do problema. As orientações e intervenções devem ser feitas para garantir o acompanhamento, o registro e a sistematização dos percursos dos grupos.

Para ampliar

Contação de histórias como atividade habitual em sala de aula O ato de contar histórias é uma estratégia estimuladora. Por isso, é bastante produtivo que, vez ou outra, sejam propostas atividades que incentivem a contação de histórias em sala de aula. Para que os estudantes sejam iniciados nessa arte, proponha a eles que recontem uma história cujo conteúdo eles dominem, mas que não a reproduzam literalmente. Com base no enredo conhecido, o desafio é que organizem a história com suas próprias palavras. Eles podem conservar alguns elementos do texto original e outros não, pois selecionarão palavras que julgam ser interessantes e, em outros momentos, organizarão sua narração a partir das palavras de textos escritos já lidos. Dessa forma, ao recontar uma história, eles a recriarão, produzindo uma nova versão, à medida que selecionam os elementos linguísticos mais adequados.

Diferentemente do que se supõe, o ato de contar histórias não é um dom e, por isso, é possível desenvolver as capacidades de aprendizado por meio da prática. Ao assumirem a responsabilidade de apresentar uma história oralmente a uma audiência, os estudantes são desafiados a organizar a narrativa. Ao contarem histórias em sala de aula, eles colocam em jogo os conhecimentos de organização temporal dos acontecimentos da história, uso de elementos descritivos e de um vocabulário mais amplo, além de recursos enfáticos, como repetições.

MP37

  1. Com base no que vocês investigaram até então, qual é a nova resposta para Duda sobre quem conta um conto aumenta um ponto? Escrevam um recado para ela no diário de bordo.
PROFESSOR Atenção professor: Com base no que investigaram antes, é provável que os estudantes confirmem que “quem conta um conto aumenta um ponto”, pela modificação natural das histórias ao longo das versões e dos recontos. Fim da observação.
  1. Como vocês e Duda podem apresentar para a Vó Cecília o resultado da investigação? Listem algumas soluções.

_____

PROFESSOR Atenção professor: Nesse momento, os estudantes podem exercer a criatividade e pensar em algumas possibilidades de reunir as diferentes versões da história escolhida. Por exemplo, fazer uma roda de contação de histórias, produzir um livro (uma antologia, por exemplo), organizar um blog ou página de rede social, gravar as histórias em vídeo em um canal na internet, entre outras possibilidades. Fim da observação.
  1. Pesquisem em materiais impressos ou digitais maneiras de apresentar histórias para as pessoas e anotem.

    _____

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os estudantes ampliem as possibilidades pensadas anteriormente, tendo a oportunidade de tomar contato com outras não previstas. Pode ser interessante apresentar para os estudantes exemplos de antologia de contos, blogs literários, perfis literários em redes sociais, canais de vídeos de contação de histórias etc. Fim da observação.
  1. Com base nas informações encontradas na pesquisa, revejam as possibilidades pensadas pelo grupo e anotem no diário de bordo.
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Façam uma lista final de quais soluções podem ser realizadas pelo grupo.
  1. Apresentem a lista para o professor e os demais grupos.
  1. Escolham uma das possibilidades e justifiquem por que ela é a mais interessante de ser executada.
Imagem: Ilustração. Um menino com cabelos cacheados sentados com as pernas cruzadas, segurando com as mãos um livro aberto. Do livro, sai desenho de estrelas, fada, unicórnio, pássaro, mágico, astronauta, nave espacial e um tigre.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

  1. Oriente-os a gravar as contações. O ato de contar histórias tem aspectos fascinantes da linguagem oral. Reproduzindo-as, eles podem enriquecer sua linguagem e suas experiências, além de desenvolver a imaginação, atenção e organização lógica do pensamento. A prática de recontar a história, além de incentivar a valorização da linguagem e da tradição oral, constitui uma importante estratégia de avaliação do desenvolvimento linguístico e, por isso, é importante observar e registrar como cada estudante se expressa oralmente.

    A gravação pode ser feita em um programa de computador, e a edição do áudio pode ser realizada por meio de um programa de edição de áudio gratuito. Com o material gravado, verifique se eles identificam a necessidade de selecionar e organizar os conteúdos gravados, além de conhecer as ferramentas e recursos de edição e publicação de um podcast.

  1. Averigue quais educadores da escola possuem conhecimentos técnicos no uso de ferramentas e recursos digitais para ajudar os estudantes. Oriente os grupos a realizar a contação de história. Para a próxima etapa, ajude-os a pensar como divulgar o podcast, de modo que os episódios possam ser compartilhados com outras turmas, comunidade escolar, familiares e responsáveis.
  1. Os estudantes devem registrar o que pretendem produzir para a solução da pergunta investigativa: Quem conta um conto aumenta um ponto? A lista de ideias favorece a troca de soluções entre os grupos, ampliando o repertório de possíveis ações. Rever as soluções já pensadas, com base na pesquisa de outras ações realizadas pela sociedade, é fundamental para verificarem quais já são feitas e quais são possíveis de se fazer. Por exemplo, um grupo pode ter escolhido fazer uma roda de contação de histórias com um griô , mas podem não conhecer um, portanto, seria necessário pesquisar quem poderia fazer o papel do contador de histórias.

    Depois de conhecerem algumas narrativas, os estudantes devem transcrever uma história contada a fim de assumir o papel de contadores de histórias. Eles também podem convidar outras pessoas para contar as versões. Agende um dia para as gravações das contações das histórias de cada integrante do grupo. Os grupos devem ensaiar até memorizar os trechos para se tornar uma contação de história.

MP38

Etapa 4 Hora de produzir!

Oi, amigos(as)!

Adorei a ideia que vocês tiveram para apresentarmos à Vó Cecília.

Desse jeito, vou conseguir provar que estou bem atenta ao que ela fala.

Achei muito legal poder conhecer mais como funcionam as histórias!

Vamos produzir, então?

Beijos,

Duda.

Imagem: Ilustração. Uma menina negra com cabelos presos com maria chiquinha, usando uma blusa de mangas compridas, saia azul e sapatilhas vermelhas. Ela está em pé com as mãos estendidas para cima, com os olhos fechados e sorrindo. Ao redor, borda azul com espiral amarela à esquerda. Há uma um pedaço de fita rosa, amarela e verde na parte superior e rosa, amarela e laranja à direita. Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações no Manual do Professor. Fim da observação.

Boxe complementar:

Pensamento computacional

Imagem: Ícone: Pensamento computacional. Fim da imagem.

Escreva a sequência de instruções para solucionar o problema. Utilize texto ou desenhos.

Fim do complemento.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Escrevam no diário de bordo um roteiro de planejamento sobre como executar a solução definida anteriormente.

    OBJETIVO

    • Escrevam o que pretendem apresentar para a Vó Cecília.

      JUSTIFICATIVA

    • Argumentem por que a solução escolhida pelo grupo é eficiente para responder à pergunta “Quem conta um conto aumenta um ponto?”.

      MATERIAIS NECESSÁRIOS

    • Anotem a lista de materiais que serão necessários.

      DESENVOLVIMENTO

    • Coloquem o passo a passo necessário para realizar a solução. Vocês podem listar cada uma das ações.

      RESULTADOS ESPERADOS

    • Registrem o que esperam que a solução do grupo consiga realizar.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
Imagem: Ícone: Atividade no diário de bordo. Fim da imagem.
  1. Seguindo o planejamento, coloquem a ideia em ação! Por exemplo, se vocês pensaram em produzir um livro, é preciso escrever cada uma das versões em folhas soltas, reuni-las e fazer uma ilustração de capa bem atrativa.
MANUAL DO PROFESSOR

Etapa 4 – Hora de produzir!

A atividade 1 possibilita o desenvolvimento de elementos relacionados ao pensamento computacional, como a capacidade de sequenciamento das ações necessárias para a resolução de um problema.

Na atividade 2, oriente os estudantes que, se produzirem um livro, precisam disponibilizá-lo em um local em que as pessoas possam lê-lo, como a biblioteca da escola, por exemplo.

Depois da ação, levante as questões a seguir com eles, pedindo que as discutam com seu grupo e as registrem no diário de bordo.

  1. Alguma coisa inesperada aconteceu?
  1. O que poderia ter sido mais bem planejado?
  1. É possível ajustar a solução para que ela seja melhorada? Como?

    Os projetos integradores têm como objetivo tornar a escola um espaço vivo e aberto por meio da investigação. Por isso, as propostas apresentadas devem ser valorizadas. Além disso, esta é uma etapa importante para:

  1. balancear os limites e desafios dos grupos, evitando que os estudantes assumam produções complexas;
  1. acompanhar e incentivar as experiências e testagens das soluções, verificando se as ideias têm base nas pesquisas e nas experimentações realizadas;
  1. orientar os grupos na sistematização de seus percursos para a elaboração de uma produção final que tenha sentido e que seja coerente como resolução da situação-problema proposta pelo projeto;
  1. identificar e avaliar quais aprendizagens foram adquiridas ao longo do processo e que são utilizadas na hora da sistematização e da produção.

    Para que os grupos assumam a elaboração de produções reais e tangíveis, apresente recursos, procedimentos e estratégias que os ajude a organizar suas anotações das etapas de produção. O objetivo é contribuir para que eles possam desenvolver autopercepção e, também, realizar as atividades da etapa de modo autônomo e autoral. Para sistematizar os conhecimentos e as pesquisas realizadas neste projeto, as produções finais dos grupos podem ser uma antologia de versões de uma mesma história por escrito, um blog com diferentes histórias e suas versões, um podcast ou um canal de contação de histórias em vídeo. Mantenha em mente a importância de registrar em seu diário de bordo o desenvolvimento dos estudantes individualmente e do grupo e de apresentar suas considerações e orientações a respeito do trabalho que está sendo desenvolvido.

    Discuta com os grupos quais são suas produções e peça a eles que estabeleçam as etapas que devem seguir para essa elaboração. Neste momento, verifique se todos os integrantes dos grupos estão se envolvendo na produção e se estão se responsabilizando coletivamente para a elaboração final.

MP39

Etapa 5 – Compartilhando as descobertas

Obrigada, amigos(as)!

Tenho certeza de que a Vó Cecília vai se convencer do que investigamos. Vamos compartilhar com ela e com os outros colegas da escola?

Pensei em fazermos um evento na escola, para apresentarmos nossa solução. O que acham?

Espero que possamos continuar nossa amizade!

Beijos,

Duda.

Imagem: Ilustração. Uma menina negra com cabelos presos com maria chiquinha, usando uma blusa de mangas compridas, saia azul e sapatilhas vermelhas. Ela está em pé com a mão esquerda estendida ao lado do corpo e a mão direita no peito. Ao redor, borda azul com espiral amarela à esquerda. Há uma um pedaço de fita rosa, amarela e verde na parte superior e rosa, amarela e laranja à direita. Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Ver orientações no Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Retomem as anotações do diário de bordo sobre a solução produzida pelo grupo.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Planejem um evento na escola para apresentar o que vocês produziram.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Definam com o professor um dia, um horário e um local da escola para realizar o evento e o que é necessário para organizá-lo.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Convidem colegas, funcionários, professores e familiares para o evento.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Apresentem a produção de forma a interagir com os convidados. Por exemplo, se for um livro, vocês podem fazer uma roda de leitura, a fim de que cada integrante do grupo leia um trecho em voz alta de forma expressiva para a plateia.
Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Façam uma roda de conversa com todos os convidados para que eles também comentem sobre versões da história que conheçam.
MANUAL DO PROFESSOR

Etapa 5 – Compartilhando as descobertas

Esta atividade tem como objetivo o compartilhamento das ideias e das produções dos grupos de modo a apresentar seus processos investigativos e divulgar suas produções por meio de práticas artístico-literárias.

Oriente os grupos a planejar e organizar um evento, levando em consideração os diferentes tipos de produções (rodas de contação de história, divulgação de podcast, lançamento de antologia de histórias etc.). A ideia é socializar as aprendizagens e os conhecimentos adquiridos durante as atividades e o processo investigativo com colegas de outras turmas, membros da comunidade escolar, pais e responsáveis. Para valorizar a colaboração da comunidade e de pessoas dos seus grupos de convívio, que contribuíram com a contação de suas versões das histórias, proponha que, na organização desse evento, os grupos considerem um tempo de agradecimento aos envolvidos, pois eles são parte importante desse percurso e é necessário valorizar a contribuição com a investigação.

Combine uma data para a realização do evento com os estudantes e com o gestor escolar. Oriente os estudantes a pensar na organização desde onde as produções serão apresentadas até como podem ser pensadas as estações de interação dos estudantes-autores com os convidados. Cada grupo deve se comprometer com uma atividade específica para a organização: ser responsável por organizar as produções por temas e espaços; ser responsável por explicar a organização aos convidados por meio de textos explicativos; organizar as produções que devem ter apresentação oral; organizar os processos dos grupos de modo a apresentar as referências e as pesquisas realizadas. É possível pensar, ainda, em um grupo que fique responsável por preparar e orientar um espaço livre para a contação de histórias, no qual os convidados podem participar.

Os grupos devem trabalhar juntos também para planejar a divulgação do evento, elaborando cartazes e outros avisos escritos e ilustrados com textos explicativos contendo o local, a data, o horário e o nome do evento, para fornecer as informações mais importantes sobre ele. É importante orientá-los a elaborar uma prévia desses textos, considerando revisão e reescrita antes da diagramação e divulgação.

Após a realização do evento, é importante realizar uma avaliação dessa etapa de forma coletiva. Solicite aos estudantes que avaliem o evento, considerando a organização e a realização, e verificando, inclusive, se o que foi planejado foi executado.

MP40

Etapa 6 O que aprendemos?

Preencha em seu diário de bordo as questões a seguir. Depois, converse com os colegas sobre o que achou delas.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Sim

Não

Mais ou menos

Autoavaliação

Respondi à questão “Quem conta um conto aumenta um ponto”?

Contribuí para o trabalho em grupo?

Agi com respeito com todos os integrantes do grupo?

Escolhi materiais que contribuíram para a produção do projeto?

Utilizei o diário de bordo para fazer anotações que ajudaram na investigação?

Resolvi a missão apresentando uma resposta para a Vó Cecília?

Avaliação do grupo

Realizamos todas as tarefas solicitadas pela Duda?

Pesquisamos em fontes confiáveis e coletamos dados e informações sobre a história escolhida?

Conseguimos trocar ideias e conhecimentos obtidos nas pesquisas?

Seguimos todos os combinados entre os integrantes do grupo?

Avaliação coletiva do projeto

O projeto contribuiu para vocês se interessarem mais pela leitura de histórias?

O projeto contribuiu para vocês respeitarem a diversidade cultural presente nas histórias?

O projeto contribuiu para vocês aprenderem sobre como as histórias são contadas e recontadas ao longo do tempo, por diferentes pessoas e em diferentes mídias?

O projeto contribuiu para vocês refletirem sobre a manutenção das tradições culturais a partir das histórias que são contadas pela comunidade?

MANUAL DO PROFESSOR

Etapa 6 – O que aprendemos?

Para finalizar o projeto, converse com os estudantes sobre os seus aprendizados e incentive-os a verbalizar sobre suas participações nas diferentes etapas do projeto.

Conclusão: Avaliação

Nesta etapa final do projeto, convide os estudantes para uma roda de conversa coletiva sobre os seus aprendizados ao longo dos percursos de investigação, para que eles possam falar livremente tanto de suas pesquisas como das atividades realizadas. Em seguida, incentive-os a compartilhar como foi participar de cada uma das etapas do projeto. Comece discutindo as etapas coletivas, de conhecimento do projeto e de leitura dos textos e, depois, peça a eles que troquem suas impressões de como foi trabalhar em grupo.

Antes de os estudantes responderem às perguntas de autoavaliação, oriente-os sobre como devem proceder. Leia em voz alta as questões e oriente-os a responder individualmente em seus diários de bordo, atribuindo seus desempenhos a si próprios. Este é um importante instrumento para desenvolver autonomia e autocrítica e, por isso, a autoavaliação deve ser um momento de reflexão individual do estudante sobre seu desempenho.

Em seguida, convide-os a avaliar a atuação do grupo. Esta avaliação deve ser discutida por todos os integrantes do grupo juntos. Oriente-os a realizar a avaliação individualmente, atribuindo ao grupo um desempenho para cada pergunta para, depois, compartilhá-lo. É importante que os integrantes dos grupos possam trocar, comparar e discutir os pontos avaliados e os desempenhos atribuídos. Enquanto os grupos conversam, passe em cada um apresentando um resumo de suas avaliações em relação aos integrantes e ao trabalho realizado em grupo. Fale sobre a contribuição de cada integrante, verificando se o grupo concorda ou discorda, e peça a eles que respondam se foram ativos, participativos e colaborativos durante o processo.

Por fim, oriente os grupos a avaliar coletivamente o projeto. Neste momento, é importante que a avaliação seja individual e, em seguida, coletiva. Chame a atenção para as perguntas, explicando que algumas são procedimentais e outras sobre os conteúdos trabalhados.

Durante a troca coletiva, relembre-os de que a avaliação é importante para que todos possam tomar consciência dos percursos dos demais grupos e da própria trajetória investigativa. Também é interessante listar dúvidas e as observações que surgiram ao longo do processo de investigação, a partir da pergunta disparadora, mas que não foram respondidas por algum motivo. Se necessário, retome algumas questões que foram apresentadas no início do projeto e não foram discutidas ou respondidas em razão do direcionamento das atividades.

Ao final do projeto, realize uma autoavaliação sobre sua atuação e suas intervenções nos trabalhos em grupo. Faça uma avaliação do projeto com a equipe pedagógica, levando em consideração a proposta de investigação e seus encaminhamentos e evidenciando a contribuição do projeto nas aprendizagens dos estudantes.

MP41

Boxe complementar:

Para continuar a investigação

Imagem: Ícone referente ao boxe Para continuar a investigação, composto pela ilustração de um livro e um lápis. Fim da imagem.

AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2019.

Neste livro, o autor reconta diversas histórias que fazem parte da cultura popular brasileira, como contos, ditados, adivinhas e trava-línguas.

BARBOSA, Rogério Andrade. Contos africanos para crianças brasileiras. 8ª ed. Ilustrações de Maurício Veneza. São Paulo: Paulinas, 2004.

O livro traz dois contos recolhidos pelo autor após pesquisas sobre a literatura tradicional do continente africano. O primeiro aborda a luta entre gatos e ratos, o segundo é sobre por que os jabutis têm cascos. Essa obra ganhou o Prêmio Literatura Infantojuvenil, da Academia Brasileira de Letras, em 2004.

HOFFMAN, Mary. Meu primeiro livro de contos de fadas. Ilustrações de Julie Downing. Tradução de Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003.

Neste livro, a autora faz o reconto de catorze contos de fadas clássicos, da tradição oral europeia, em linguagem própria para crianças. Alguns deles são: “Cinderela”, “A Bela Adormecida”, “A mulher do pescador” e “Diamantes e sapos”.

MUNDURUKU, Daniel. Histórias de índio. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996.

O livro apresenta um conto do povo indígena munduruku. Para ser iniciado como pajé, o menino aprende que precisa sonhar, pois nos sonhos estão os grandes mistérios da vida. O livro é ilustrado com desenhos de crianças munduruku.

ROCHA, Ruth. Histórias das mil e uma noites. Ilustrações de Alexandre Rampazzo. São Paulo: Salamandra, 2010.

Neste livro, Ruth Rocha reconta os contos populares do Oriente Médio e do Sul da Ásia, em linguagem para crianças. Entre eles, “Aladim e a lâmpada mágica”, “O pescador e o gênio” e “Ali Babá e os quarenta ladrões”.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

A autoavaliação docente e a avaliação do projeto são importantes contribuições para a prática pedagógica e para a regulação de expectativas do processo de aprendizagem dos estudantes.

Leia com os estudantes as sugestões de leitura apresentadas e pergunte por qual se interessaram. Você poderá aproveitar para fazer uma visita com eles à biblioteca da escola ou da região e buscar livros que abordem esses temas.