UNIDADE 1. Solo e seres vivos

Mobilizando conhecimentos

Com a observação das imagens e as atividades das páginas de abertura, é possível sensibilizar os estudantes em relação aos temas que serão estudados na unidade, como a importância do solo no ambiente e para os seres vivos.

Subsídios para o professor

O objetivo da atividade de abertura é promover um espaço de diálogo para o levantamento de conhecimentos prévios da turma e a sensibilização para os assuntos que serão estudados na unidade. Nesse momento, sugere-se uma avaliação diagnóstica, que será retomada quando terminar a unidade para que os estudantes avaliem os próprios avanços e o professor identifique a necessidade da retomada de algumas aprendizagens.

Sensibilização

Projetar a imagem inicial ou pedir aos estudantes que a observem no livro. Propor as questões da seção Primeiros contatos para toda a turma, possibilitando que os estudantes compartilhem seus conhecimentos prévios.

Atividade 1. Espera-se que os estudantes identifiquem que a imagem mostra a plantação de uma muda, observando a característica do solo e refletindo sobre a importância dessa atitude.

Atividade 2. Espera-se que os estudantes mencionem a importância do solo para a fixação das raízes, além de comentar outras necessidades da planta que são supridas pelo solo, por exemplo: a obtenção de recursos para sobreviver, como água e sais minerais.

Atividade 3. Caso algum estudante já tenha vivenciado a experiência de plantar uma árvore, dar oportunidade para que ele compartilhe com os colegas.

Solicitar aos estudantes que registrem no caderno o que foi debatido. Para ampliar a atividade, é possível apurar quantos deles já plantaram uma árvore e quantos ainda não, tabulando esses dados em um gráfico, por exemplo.

Gestão da aula – Roteiro da abertura

Tabela: equivalente textual à seguir.

CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Avaliação formativa

É possível utilizar as questões propostas na seção Primeiros contatos como levantamento de conhecimentos prévios sobre o tema. Nesse primeiro momento, se julgar pertinente, plantar uma muda em um vaso que possa ficar em sala de aula, possibilitando aos estudantes a observação, o acompanhamento e o registro no caderno do desenvolvimento vegetal.

Construir um mural SQA com os estudantes, sigla que representa as questões: “O que eu sei ?”, “O que eu quero saber?” e “O que eu aprendi ?”. Sugere-se que os estudantes preencham esse mural com post-its, por exemplo, escrevendo o que eles já sabem sobre o solo e o que gostariam de saber. Ao final da unidade, eles devem compor a última coluna com o que aprenderam no decorrer das aulas. Avaliar o que incluíram no mural para identificar eventuais dificuldades ou interesses da turma.

Outro elemento importante para a avaliação é acompanhar o processo e, para isso, utilizar a tabela de rubricas que está na Conclusão da unidade. Desde o início, essa tabela pode ser utilizada como acompanhamento das aprendizagens dos estudantes e retomada em todos os momentos sugeridos como avaliação de processo.

Rotinas de pensamento visível

Uma estratégia que possibilita aos estudantes o estabelecimento de conexões entre as novas ideias e seus conhecimentos prévios é a rotina de pensamento visível (Visible Thinking – Project Zero), denominada “pensar-inquietar-explorar”, em que os estudantes respondem a três perguntas: “O que eu penso sobre esse assunto?”, “Quais questionamentos eu faço sobre esse assunto?” e “O que me leva a querer explorar esse assunto?”.

Rotinas de pensamento são estratégias que, ao serem utilizadas com frequência, incentivam os estudantes a expressar aquilo que estão pensando sobre determinado tópico que está sendo trabalhado e, mais ainda, favorecem as conexões entre os conhecimentos prévios e os que estão sendo trabalhados na escola.

Introdução da sequência didática

A pergunta da seção Desafio à vista! do capítulo 1 incentiva a reflexão e possibilita o levantamento de hipóteses sobre as diferenças encontradas no solo.

Os estudos desta sequência didática favorecem o desenvolvimento das habilidades EF03CI09 e EF03CI10, além de uma conexão com os componentes curriculares de Geografia, de Arte e de Matemática.

Ao término desse capítulo, na seção Ligando os pontos, encontram-se questões que podem ser utilizadas como avaliação de processo para acompanhar o avanço no desenvolvimento das habilidades pelos estudantes.

Capítulo 1

Objetivos de aprendizagem

• Identificar os principais usos do solo.
• Identificar amostras de solo, de acordo com a cor e o tamanho dos grãos.
• Diferenciar a composição dos diferentes tipos de solo.

  Evidências de aprendizagem

• Registros das atividades propostas no livro didático.
• Participação nas propostas de leitura compartilhada e de debate com a turma.
• Participação e desempenho nas propostas em grupos.
• Realização e registros da atividade prática.
• Atividades propostas na seção Ligando os pontos.

  Para as atividades em grupo, é possível construir rubricas de avaliação e compartilhar com os estudantes ou, até mesmo, construí-las em parceria com a turma, questionando-os: “O que é esperado de vocês para a realização dessa atividade?”, “Como podemos avaliar o desempenho e a participação de vocês?” e “O que vamos considerar excelente para esse critério?”.

  Deixar claro à turma os objetivos das aulas e como estão sendo avaliados torna o processo de aprendizagem visível aos estudantes, possibilitando-lhes a identificação do que é esperado deles.

  Gestão da aula – Roteiro do capítulo 1

  Tabela: equivalente textual à seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Abertura da aula.	Ler os objetivos de aprendizagem e a pergunta da seção Desafio à vista!.	Acompanhar a leitura e compartilhar conhecimentos.	Livro didático, caderno e lousa.
  Investigando o solo.	Propor leituras compartilhadas, análises de imagens e de situações-problema.	Realizar leitura compartilhada, analisar imagens e situações-problema.	Caderno e livro didático.

  CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Solicitar aos estudantes que observem a imagem e respondam às atividades.

Atividade 1. Cada estudante vai ler a imagem de uma maneira diferente, pois o significado atribuído está relacionado com a experiência e a vivência de cada um. Auxiliar, sempre que necessário, durante essa atividade de observação.

Atividade 2. Questionar os estudantes sobre a importância do solo para a alimentação humana e solicitar que registrem no caderno os alimentos que mais consomem. É um momento que ajuda a conhecer mais os estudantes e a ter uma ideia de como está a alimentação deles.

Atividade 3. Promover um momento de troca de informações entre os estudantes, motivando a escuta ativa. Organizar coletivamente um gráfico de barras, indicando os alimentos mais consumidos e possibilitando uma conexão com o componente curricular de Matemática.

Atividade 4. É possível utilizar a Rotina de Pensamento Visível denominada Vejo, Penso, Pergunto. Nela, os estudantes devem anotar o que estão vendo, e essa anotação corresponderá às frases que devem escrever. Em seguida, pedir que listem o que pensam sobre aquilo que observaram. Pode ser que comentem a importância do solo para os seres vivos. Por fim, solicitar que falem a respeito do que eles questionam sobre o que está nas imagens. Podem surgir, por exemplo, relatos sobre a preocupação com a manutenção do solo e como ele abriga diferentes tipos de seres vivos.

As atividades 1 a 4 oportunizam a identificação dos diferentes usos do solo, reconhecendo sua importância para os seres vivos, objeto de conhecimento para desenvolvimento da habilidade EF03CI10.

Preparação para a próxima aula

Providenciar e organizar os materiais necessários para a Atividade prática. Solicitar aos estudantes que levem para a aula uma amostra de solo de sua casa ou de algum lugar do bairro. Também é possível reservar o momento inicial da aula para coletar as amostras de solo do entorno da escola, com toda a turma.

Comentar a importância de contar com a companhia de um adulto para selecionar a amostra e de usar luvas ao manusear o solo durante a atividade.

Atividade prática

A atividade proposta tem o objetivo de que os estudantes observem e comparem amostras de solo do lugar em que vivem e analisem as diferenças de cor e de tamanho dos grãos dessas amostras, de forma alinhada com a habilidade EF03CI09.

Propor as questões do texto inicial e avaliar as hipóteses levantadas pelos estudantes sobre a composição dos solos. Espera-se que eles reconheçam que o solo é formado por uma mistura de fragmentos de rocha ou sedimentos e componentes como: água, ar e restos de seres vivos.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

As atividades práticas proporcionam aos estudantes momentos de observação e investigação, estimulando o exercício da abordagem própria da Ciência e do pensamento científico, crítico e criativo, que são foco da competência geral 2 e da competência específica 2 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

LIMA, M. R. de. Experimentoteca de solo. Programa Solo na Escola, 2005.

Disponível em: http://fdnc.io/5cv. Acesso em: 20 jul. 2021.

No site, há uma lista de atividades práticas sobre o solo que podem ser desenvolvidas, desde que adaptadas à realidade da turma.

Fim do complemento.

Importância de um problema para o início da construção do conhecimento

Um dos pontos que podemos salientar, e que se torna claro nas entrevistas piagetianas, é a importância de um problema para o início da construção do conhecimento. […] No ensino expositivo toda a linha de raciocínio está com o professor, o aluno só segue e procura entendê-la, mas não é o agente do pensamento. Ao fazer uma questão, ao propor um problema, o professor passa a tarefa de raciocinar para o aluno e sua ação não é mais a de expor, mas de orientar e encaminhar as reflexões dos estudantes na construção do novo conhecimento.

CARVALHO, A. M. P. de. Ensino de Ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In : Ensino de Ciências por investigação : condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2017.

Explicar aos estudantes que colocar um pouco de água na amostra, como é proposto nas orientações da atividade, auxilia a separação dos grãos presentes no solo. Solicitar-lhes que fiquem atentos à quantidade de água colocada na amostra, sugerindo que iniciem com a medida de uma colher de sopa.

Se julgar conveniente, pedir aos estudantes que anotem suas observações sobre o solo em uma folha avulsa ou no caderno e, depois, transcrevam as informações para o quadro do livro didático. Para enriquecer a atividade, eles podem observar as amostras dos outros grupos, a fim de verificar a variedade de tamanhos e cores dos grãos.

Os resultados podem variar de acordo com as amostras coletadas. Caso perceba que há pouca variedade de solos entre os grupos, deixar outras amostras separadas anteriormente, para que os estudantes ampliem suas observações e percepções acerca das características dos diferentes tipos de solo.

Ao final da atividade, propor aos grupos que compartilhem suas respostas para as questões, debatendo seus registros de acordo com os tipos de solo analisados.

As amostras de solo excedentes dessa atividade prática poderão ser reservadas e reaproveitadas na Atividade prática do próximo capítulo.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

A proposta desta atividade está alinhada à competência geral 1. Nessa faixa etária, os estudantes podem listar conhecimentos relevantes, classificar seus elementos básicos e tirar conclusões simples com base nas informações coletadas.

Fim do complemento.

Coleção de cores do solo (colorteca)

Realizar uma atividade com a turma que estimule a observação e a curiosidade. Para isso, reunir exemplos de solos trazidos pelos estudantes e colocá-los em saquinhos plásticos. As amostras podem ser coladas em uma folha de papel-cartão ou em cartolina (se possível, reaproveitar cartolinas). Solicitar à turma que anote o local e a data de coleta da amostra.

Dessa forma, os grupos poderão observar a diversidade de cores de solos obtidos no local em que vivem.

LIMA, M. R. de. Experimentoteca de solos: coleção de cores de solos (colorteca). Programa Solo na Escola , 2005. Disponível em: http://fdnc.io/5cv. Acesso em: 10 jun. 2021.

Fazer a leitura compartilhada dos textos dessa página com os estudantes e conversar sobre as diferenças na composição dos solos que foram observadas na seção Atividade prática.

Atividade 5. Propor a análise das imagens da página, relacionando os tipos de solo com os ambientes nos quais eles são encontrados.

Areia e argila são componentes do solo e recebem esse nome de acordo com o tamanho. Partículas bem pequenas (com menos de 0,002 mm) são denominadas argila, e partículas maiores (de 0,05 a 2 mm), areia. A predominância dos tipos de partículas, o tamanho das partículas, a profundidade, a drenagem, a fertilidade química, o relevo e a composição são outros aspectos analisados ao se classificar um solo.

Para saber mais sobre a classificação das partículas presentes no solo, acessar o site da Embrapa, disponível em: http://fdnc.io/f7y (acesso em: 10 jun. 2021). É possível realizar uma conexão com os estudos do componente curricular de Matemática, analisando os diferentes tamanhos dessas partículas e suas unidades de medida.

O texto, as imagens e a atividade desta página favorecem o desenvolvimento da habilidade EF03CI09.

Atividade complementar

Se achar conveniente, compartilhar o vídeo disponível em: http://fdnc.io/2JC (acesso em: 10 jun. 2021), que aborda a história dos estudos do solo no Brasil e as ações importantes para a preservação do solo realizadas pela instituição.

Para ampliar os estudos, sugerimos realizar a leitura compartilhada da reportagem do site Ciência Hoje das Crianças sobre os solos brasileiros, disponível em: http://fdnc.io/9h (acesso em: 10 jun. 2021).

Boxe complementar:

Recurso complementar

RODRIGUES, R. M. O solo e a vida. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2013.

O livro apresenta a importância das rochas e do solo, relacionando-os a exemplos e situações do cotidiano.

Fim do complemento.

Explicar aos estudantes que os microrganismos, os fungos e as bactérias, a fim de obter alimento, transformam animais mortos, fezes de animais e restos de plantas e de outros seres vivos em adubo (nutrientes) para o solo, pelo processo da decomposição.

A coloração é uma característica considerada na análise da composição dos solos. Nessa etapa do ensino, algumas generalizações são necessárias para aproximar os estudantes do tema; por isso, é utilizada a cor escura como indicador de fertilidade do solo, pois geralmente os solos férteis contêm grande quantidade de matéria orgânica ou também alguns minerais específicos.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades da seção Ligando os pontos, retomar a pergunta da seção Desafio à vista! e sistematizar o que foi estudado no capítulo.

Resgatar com os estudantes os objetivos do capítulo que foram compartilhados no momento de abertura, debatendo com eles se os objetivos foram alcançados e quais foram as principais dificuldades enfrentadas.

Avaliação de processo

A seção Ligando os pontos pode ser utilizada como avaliação do processo de aprendizagem, identificando se os estudantes alcançaram os objetivos para essa sequência didática, além de apurar possíveis intervenções e recuperações de aprendizagens para aqueles que apresentarem dificuldades. Retomar a rubrica na Conclusão da unidade e avaliar o desempenho dos estudantes em relação às habilidades e às competências gerais.

Boxe complementar:

De olho na PNA

A atividade 1 trabalha os componentes essenciais de compreensão de textos e de desenvolvimento de vocabulário, previstos na PNA, uma vez que os estudantes devem interpretar o texto jornalístico oferecido e são incentivados a pesquisar no dicionário as palavras que não conhecem.

Fim do complemento.

Atividade 1. Propor a leitura do texto e pedir aos estudantes que pesquisem no dicionário os significados das palavras desconhecidas e os registrem no caderno, organizando um glossário. Essa prática pode ser utilizada em diferentes momentos das sequências didáticas, incentivando a curiosidade e o hábito de pesquisar e escrever. Se julgar oportuno, propor a construção de um glossário coletivo, em um mural da sala de aula, motivando a participação de toda a turma.

Realizar leituras de diferentes gêneros textuais, que abordam estudos da área de Ciências da Natureza, amplia o vocabulário dos estudantes, a compreensão de textos e a fluência em leitura oral, possibilitando que eles compreendam melhor o que leem, tornando a leitura mais agradável. Monitorar os estudantes que apresentem dificuldades para essas habilidades e pensar em estratégias é essencial para a recuperação das aprendizagens e sua personalização, conforme a Política Nacional de Alfabetização (PNA).

Atividades 2 e 3. Espera-se que essas atividades sirvam de evidência de aprendizagem para as habilidades EF03CI09 e EF03CI10, respectivamente, mostrando se os estudantes são capazes de identificar e comparar as características de diferentes tipos de solo e perceber a importância de preservar o solo.

Se o mural SQA foi construído com a turma no início do capítulo, sugerimos verificar com os estudantes quais foram as aprendizagens construídas até o momento, incluindo-as na última coluna, e revisar a coluna sobre o que eles gostariam de aprender, identificando o que já foi atingido.

Preparação para a próxima atividade

Organizar com antecedência todos os materiais necessários para a Atividade prática. É possível reutilizar as amostras de solo da seção Atividade prática do capítulo 1 e solicitar aos estudantes que tragam de casa as garrafas PET já cortadas. Reforçar que o corte das garrafas deve ser feito por um adulto.

Gestão da aula – Roteiro do capítulo 2

Tabela: equivalente textual a seguir.

CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Introdução da sequência didática

A pergunta da seção Desafio à vista! deve ser utilizada como disparadora para a mobilização dos conhecimentos sobre as propriedades físicas da areia e da argila quanto à retenção de água. Fazer a leitura da questão e dar oportunidade para que os estudantes respondam-na. É possível fazer um registro das respostas ao término dessa sequência para avaliar o avanço da turma. Por fim, na seção Ligando os pontos, há questões que podem ser utilizadas como avaliação de processo para acompanhar as aprendizagens dos estudantes.

Capítulo 2

Objetivos de aprendizagem

• Verificar que as diferentes propriedades físicas de um tipo de solo influenciam em sua permeabilidade.
• Diferenciar as camadas que compõem um solo.

  Evidências de aprendizagem

• Momentos de leitura e compreensão de textos.
• Participação nos debates coletivos.
• Registros das seções Atividade prática e Ligando os pontos.

  Espera-se que, ao final desse capítulo, os estudantes sejam capazes de diferenciar e comparar as propriedades dos solos quanto à permeabilidade; distinguir as camadas que compõem o solo; valorizar sua preservação; e reconhecer a existência dos reservatórios de água subterrânea.

  Boxe complementar:

  De olho na PNA

  A atividade 1 contribui para o desenvolvimento da compreensão de textos, a ampliação do vocabulário e a fluência em leitura, componentes essenciais da alfabetização. Sugere-se expandir e incluir estratégias para a identificação dos elementos de uma narrativa, como as personagens e o enredo, o que possibilita uma conexão com o componente curricular de Língua Portuguesa e o trabalho com diferentes gêneros textuais relacionados às Ciências da Natureza.

  Fim do complemento.

Atividade prática

O objetivo dessa atividade é que os estudantes analisem a permeabilidade de diferentes tipos de solo (argiloso e arenoso) e relacionem essa permeabilidade com o tamanho dos grãos que compõem os solos. Além disso, a atividade trabalha com a observação, o registro de informações e a interpretação de resultados.

Iniciar a atividade com a leitura do texto e das questões de abertura e abrir espaço para os estudantes levantarem as hipóteses. Registrá-las no quadro, questionando-os, de modo que favoreça um ambiente de troca de ideias e de investigação.

Organizar os grupos e auxiliá-los na execução da atividade prática. Recomenda-se que ela seja realizada em uma superfície plana, como mesa, carteira ou bancada.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Os assuntos apresentados nesta unidade possibilitam aos estudantes refletir sobre a importância dos recursos naturais, a relação de interdependência entre eles e a responsabilidade humana na preservação e no uso consciente, o que se aproxima da competência geral 10.

Fim do complemento.

Atividade complementar

Inicialmente, com o auxílio de recurso multimídia, exibir em sala de aula a animação “Vamos falar sobre solos”, disponível em: http://fdnc.io/f7A (acesso em: 10 jun. 2021). Em seguida, debater com a turma a importância do uso sustentável do solo. Essa atividade possibilita trabalhar a escuta atenta, favorecendo uma postura respeitosa entre todos. Por fim, propor aos estudantes que elaborem cartazes criativos sobre o tema para serem expostos nos murais da escola.

Os estudantes devem observar a passagem da água pelos funis, comparando os resultados obtidos em cada um deles. Dessa forma, será possível concluir qual das amostras de solo é mais permeável e qual delas é menos permeável.

Atividades 1 a 3. Possibilitam que os estudantes registrem suas observações a respeito das características dos solos e elaborem conclusões com base nos dados obtidos. Com isso, espera-se desenvolver a habilidade EF03CI09.

Atividade 3. É possível retomar os registros da Atividade prática do capítulo 1 para que os estudantes construam suas explicações com base no que foi estudado sobre as características dos solos e no tamanho das partículas que os compõem.

Propor aos grupos que compartilhem os registros e as observações com a turma, promovendo um momento de debate e construção de explicações sobre os fenômenos observados, por meio de uma escuta ativa. Registrar as principais ideias dos estudantes no quadro, tornando o processo visível a eles.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao final das atividades, promover a retomada das hipóteses iniciais, comparando-as aos resultados obtidos para verificar se foram refutadas ou confirmadas. Esse processo aproxima os estudantes das práticas científicas e do trabalho dos cientistas e contribui para o desenvolvimento da competência geral 2 e das competências específicas 2 e 3 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

EMBRAPA Solos. Disponível em: http://fdnc.io/5cz. Acesso em: 10 jun. 2021.

No site da Embrapa Solos, é possível encontrar diversas publicações sobre as características dos solos e as soluções para o uso sustentável deles. Além disso, há animações que poderão ser usadas em sala de aula.

Fim do complemento.

Aquífero Guarani

Chama-se de aquífero a formação ou o grupo de formações geológicas capazes de armazenar água (por possuir porosidade) e de fornecê-la através de poços (por possuir permeabilidade). [...]

O Aquífero Guarani foi o nome que, em 1996, o geólogo uruguaio Danilo Anton propôs para denominar um imenso aquífero que abrange partes dos territórios de Uruguai, Argentina, Paraguai e principalmente Brasil, ocupando 1.200.000 km². Na ocasião, ele chegou a ser considerado o maior do mundo, capaz de abastecer a população brasileira por 2.500 anos.

BRANCO, P. de M. Aquífero Guarani. Serviço Geológico do Brasil , 2012. Disponível em: http://fdnc.io/f7B. Acesso em: 10 jun. 2021.

Atividade 2. Propor aos estudantes a análise das imagens dos grãos de areia e de argila. Solicitar-lhes que identifiquem as diferenças encontradas. Recomenda-se expandir a atividade e pedir à turma que discuta a importância de verificar a permeabilidade do solo. Essa informação é relevante para as atividades agrícolas e para construir um jardim ou uma moradia, pois é necessário diferenciar quais são os solos mais permeáveis e adequados para determinadas atividades e inadequados para outras.

As atividades se conectam à habilidade EF03CI09 e possibilitam que os estudantes realizem a comparação dos solos, com base em referências, para, então, afirmar se os grãos são “pequenos ou grandes” e se os espaços entre eles são “maiores ou menores”.

Horizontes do solo

A Pedologia é a ciência que estuda o solo, mas para fazer isso utiliza o perfil do solo, que é uma pequena porção da superfície da terra que possui horizontes ou camadas.

Esses horizontes e camadas são nomeados com letras, nesse caso podemos dividir aproximadamente os horizontes e camadas do perfil assim:

O horizonte A, mais superficial, possui cor mais escura, pois existe mais matéria orgânica que são os restos animais e vegetais decompostos. Porém o horizonte A não é um solo orgânico, pois predomina matéria mineral em sua composição.

O horizonte B normalmente tem cor avermelhada ou amarelada (existem exceções), devido à presença de ferro. Observe um prego enferrujado: o prego também tem ferro e quando está enferrujado apresenta cor avermelhada ou amarelada. Nem sempre o solo tem horizonte B. Solos muito jovens não têm horizonte B, tendo somente o horizonte A sobre o horizonte C ou o horizonte A sobre a rocha (camada R).

O horizonte C, mais profundo, possui cores variadas, isso porque o material de origem, a rocha, possui essa coloração. Abaixo do horizonte C existe a rocha (camada R) que deu origem a esse solo.

BICCA NETO, H. O perfil do solo. Programa Solo na Escola , Curitiba, 2004. Disponível em: http://fdnc.io/f7C. Acesso em: 10 jun. 2021.

Comentar sobre os reservatórios de água subterrâneos e explicar que, dependendo do solo, eles podem ser encontrados em diferentes profundidades. O volume de água presente nesses reservatórios não é o mesmo em todos os locais. Se julgar conveniente, conversar com os estudantes sobre o Aquífero Guarani, o maior da América do Sul e um dos maiores do planeta.

Comentar que a água presente nesses reservatórios pode ser extraída por meio de poços. Contudo, para ser consumida, essa água precisa passar por testes que garantam sua qualidade e viabilidade para o consumo humano.

É importante esclarecer que a ampliação das cidades para a construção de moradias, comércios e ruas, por exemplo, fez com que a vegetação fosse substituída por concreto, impermeabilizando o solo e dificultando a infiltração da água.

Esses estudos conectam-se com a habilidade EF03CI10, incentivando a reflexão sobre a importância de preservar o solo. Antes de realizar a atividade 3, sugerir aos estudantes que pesquisem, em diferentes fontes, imagens que representem as camadas do solo. Conversar com eles sobre as informações obtidas nas fontes pesquisadas.

Atividade 3. Reforçar o cuidado com o uso da tesoura e acompanhar a montagem do quebra-cabeça das camadas do solo. Explicar cada uma delas, chamando a atenção para sua espessura e composição. Relatar que nem todos os solos apresentam as camadas representadas nas imagens. Incentivar que eles pesquisem os temas trabalhados nesta página e se aprofundem neles, registrando as informações no caderno.

Sistematizando conhecimentos

Ao final desta sequência didática, espera-se que tenham sido construídas pelos estudantes as noções:

• das camadas que compõem o solo;
• dos fatores envolvidos na permeabilidade de um solo;
• da formação de reservatórios de água subterrâneos.

  Avaliação de processo

  As atividades 1 e 2 da seção Ligando os pontos podem ser utilizadas como avaliação de processo ao verificar se os estudantes identificam as camadas que formam o solo e relacionam o tipo de solo com sua permeabilidade e a formação dos reservatórios subterrâneos.

  Resgatar as hipóteses do problema da seção Desafio à vista!, comparando os conhecimentos prévios dos estudantes ao que foi construído ao longo da sequência didática; retomar o mural SQA para que os estudantes atualizem os registros sobre o que eles já aprenderam e o que ainda gostariam de aprender; e verificar os registros da seção Atividade prática também são evidências de aprendizagem a serem consideradas. Essas evidências podem servir para acompanhar o desenvolvimento da habilidade EF03CI09 e das competências gerais 2 e 7.

  Além disso, é possível consultar os itens indicados na rubrica desta unidade e avaliar o desempenho dos estudantes, incluindo os resultados no mapeamento das aprendizagens da turma.

  Com isso, é possível identificar os conteúdos que os estudantes ainda não assimilaram, possibilitando intervenções e recuperação das aprendizagens.

  Gestão da aula – Roteiro do capítulo 3

  Tabela: equivalente textual a seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Abertura da aula.	Ler para a turma os objetivos de aprendizagem e a pergunta da seção Desafio à vista!. Propor aos estudantes a leitura do texto, a identificação e a pesquisa das palavras desconhecidas, registrando-as no caderno.	Acompanhar a leitura feita pelo professor. Realizar a leitura do texto do blog e pesquisar as palavras desconhecidas, registrando-as no caderno.	Livro didático, caderno e lousa.

  CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Introdução da sequência didática

A pergunta da seção Desafio à vista! deve ser utilizada como disparadora para a mobilização dos conhecimentos sobre os cuidados para a preservação do solo, o que está conectado à habilidade EF03CI10. Ao término desse capítulo, na seção Ligando os pontos, há questões que podem ser utilizadas como avaliação de processo para acompanhar as aprendizagens dos estudantes.

Capítulo 3

Objetivos de aprendizagem

• Explicar a importância da preservação do solo para a manutenção da vida.
• Explicar o processo de erosão e desgaste do solo.
• Propor ações para evitar o desgaste do solo.

  Evidências de aprendizagem

• Aplicação e análise de entrevista.
• Atividades propostas na seção Ligando os pontos.

  Para esse capítulo são apresentados diversos caminhos para a coleta de evidências de aprendizagem e avaliação de processo. As evidências coletadas servirão de subsídios para verificar o desenvolvimento das habilidades EF03CI09 e EF03CI10, trabalhadas ao longo de toda a unidade.

  Iniciar o capítulo com a leitura do texto. Perguntar aos estudantes se sabem o que é um blog . Ressaltar a importância desse meio de comunicação com uso de tecnologias digitais.

  Pedir aos estudantes que expliquem os motivos que levam à ocorrência de situações como as apresentadas nesta página. Explicar a eles que a construção de moradias improvisadas em morros deve ser considerada uma consequência de problemas sociais, uma vez que muitas pessoas não têm a opção de construir sua residência em outros locais.

Atividade 1. Acompanhar os registros dos estudantes, que podem ser realizados em duplas ou pequenos grupos. Reservar um momento para que eles compartilhem suas respostas com toda a turma, comparando-as e verificando se acrescentariam mais alguma informação.

Atividade 2. Orientar os estudantes a selecionar imagens atuais em diversas fontes, como jornais, revistas e internet. Discutir com a turma a importância de selecionar fontes confiáveis durante a busca por imagens e informações. Solicitar aos estudantes que anotem a fonte de referência de sua pesquisa. Se o espaço do livro não for suficiente, colar as imagens no caderno e escrever legendas explicativas.

Se julgar conveniente, criar um blog da turma para postar informações pesquisadas pelos estudantes sobre esses e outros assuntos. A criação de um blog pode ser feita gratuitamente em diferentes sites; trata-se de um recurso apreciado por estudantes do Ensino Fundamental e que apoia o processo de alfabetização, favorecendo a compreensão de textos, produção escrita e desenvolvimento de vocabulário. Diversos sites apresentam explicações detalhadas e vídeos que ensinam, de modo simples, a criar um blog .

Boxe complementar:

De olho na BNCC

A competência geral 5, referente à cultura digital, é contemplada nesta atividade, de modo que os estudantes tenham de compreender, utilizar e criar propostas digitais de forma crítica e significativa, além da competência específica 6, que aborda o uso de diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação para produzir conhecimentos e resolver problemas de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Educação ambiental

A maioria dos alunos demonstra conhecer os problemas causados pelo lixo ao ambiente e considera a transmissão de doenças através do lixo acumulado sua principal consequência. Isso pode significar que falta a eles a visão de um ambiente interligado, pois referem-se apenas às questões mais próximas, que teoricamente irão afetá-los mais de perto. Sabe-se que uma das estratégias educativas com relação ao ambiente é iniciar pelo mais próximo, porém é necessário também ampliar essa visão, contribuir para a construção da percepção ambiental global e suas interdependências.

[…]

Os professores apontaram como principal objetivo da Educação Ambiental a identificação do sujeito como parte integrante da natureza, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente. A problemática do lixo, o desperdício energético e a degradação ambiental apareceram, segundo eles, como os principais conteúdos da [Educação Ambiental].

ESQUERDA, M. D.; LEÃO, A. L.; REIS, M. F. de C. T. A problemática dos resíduos sólidos urbanos e a educação ambiental. In : TALAMONI, J. L. B.; SAMPAIO, A. C. (org.). Educação ambiental : da prática pedagógica à cidadania. São Paulo: Escrituras, 2003. p. 73-84.

Propor a leitura compartilhada do texto inicial e da imagem. Perguntar se os estudantes conhecem outros locais com paisagens parecidas geradas por meio da erosão do solo.

Resgatar com os estudantes a importância do solo para os seres humanos, tema contemplado nas primeiras páginas da unidade e presente na habilidade EF03CI10. Explicar a importância da preservação do solo e discutir alguns fatores que causam sua degradação em razão do uso inadequado pelos seres humanos, como a retirada da vegetação e consequente erosão.

Atividade 3. Os estudantes devem inferir a importância das plantas para evitar o processo de erosão com base na análise das imagens, que também representam importantes recursos de compreensão de textos e de embasamento para as produções escritas. Se julgar conveniente, reproduzir com os estudantes a atividade prática representada na imagem dessa atividade, observar os resultados e discutir as conclusões.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Na atividade 3, os estudantes deverão argumentar, com base em informações confiáveis e utilizando explicações científicas, sobre as medidas necessárias para evitar a ocorrência de deslizamentos, contribuindo para o desenvolvimento das competências gerais 2 e 7 e da competência específica 7 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

COMO fazer um simulador de erosão. Canal Embrapa , 2016. Disponível em: http://fdnc.io/f7D. Acesso em: 10 jun. 2021.

O vídeo mostra um experimento semelhante ao proposto nesta página, explicado passo a passo.

Fim do complemento.

Propor aos estudantes a leitura compartilhada dos textos da página, procurando identificar ações que podem ser desempenhadas localmente para evitar o desperdício e, consequentemente, os impactos ambientais decorrentes do acúmulo de lixo.

A redução do gasto de materiais e a reutilização de objetos são ações possíveis de serem realizadas pelos estudantes e que podem ser incentivadas pela escola para evitar o desperdício e o acúmulo de lixo. Se possível, promover oficinas de utilização de sucata para a confecção de objetos.

Conversar com os estudantes sobre a importância de separar o lixo doméstico e perguntar se conhecem postos de coleta de materiais que podem ser reciclados, existentes em alguns estabelecimentos comerciais ou postos de coleta municipal.

Propor que, por meio do texto do livro e de outras pesquisas, os estudantes construam no caderno uma tabela com três colunas: reduzir, reutilizar e reciclar, e escrevam sugestões para cumprir esses objetivos com foco na preservação do solo.

Atividade complementar

Organizar a turma em grupos. A cada semana, um grupo será responsável por trazer notícias atuais veiculadas na televisão, em jornais, revistas ou na internet e que mostrem a relação das pessoas com o ambiente. Enfatizar a busca por experiências positivas realizadas por pessoas, grupos ou organizações.

No dia combinado, as notícias devem ser apresentadas pelo grupo e discutidas com toda a turma, abordando os aspectos positivos e negativos de cada situação e, sempre que possível, estimulando a reflexão sobre atitudes que revertem uma situação desfavorável. Ao término da atividade, as notícias podem ser expostas em um mural.

Resíduos sólidos urbanos no Brasil: desafios tecnológicos, políticos e econômicos

Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é um dos países que mais gera resíduos sólidos – materiais, substâncias e objetos descartados – cuja destinação final deveria receber tratamento com soluções economicamente viáveis, de acordo com a legislação e as tecnologias atualmente disponíveis, mas acabam, ainda em parte, sendo despejados a céu aberto, lançados na rede pública de esgotos ou até queimados.

Entre esses resíduos estão alguns mais complexos, como os de construção civil, hospitalares, radioativos, agrícolas, industriais e de mineração, mas também os domiciliares, oriundos de atividades domésticas em residências urbanas, e os de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, classificados como resíduos sólidos urbanos (RSU).

[…] Ao longo dos anos, a disposição irregular de RSU tem causado a contaminação de solos, cursos d’água e lençóis freáticos, e também doenças como dengue, leishmaniose, leptospirose e esquistossomose, entre outras, cujos vetores encontram nos lixões um ambiente propício para sua disseminação.

[…] Embora as tecnologias necessárias para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estejam disponíveis no Brasil, os custos e a falta de uma maior integração na gestão dos RSU têm sido apontados por especialistas como os motivos para esse comportamento. […]

ANTENOS, S.; SZIGETHY, L. Resíduos sólidos urbanos no Brasil: desafios tecnológicos, políticos e econômicos. Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade , Rio de Janeiro, 9 jul. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/f7E. Acesso em: 10 jun. 2021.

Atividade 4. Tem por objetivo favorecer a identificação do problema ambiental do local em que os estudantes vivem e refletir sobre possíveis soluções. É possível que muitos estudantes morem perto da escola e, portanto, apresentem o mesmo problema ambiental. Estimular a turma a pensar em uma campanha com propostas para tentar resolver esse problema e, após criar o modelo dos cartazes, chamar a atenção deles para que reaproveitem o verso de cartolinas já usadas.

Propor a organização de pequenos grupos para que os estudantes compartilhem suas experiências na aplicação da entrevista e os resultados obtidos. Os dados obtidos podem ser tabulados e organizados em gráficos, conectando aos estudos do componente curricular de Matemática.

Além de identificar os problemas, é importante propor e debater soluções que, mesmo que não possam ser realizadas pelos estudantes concretamente, sejam pontos de partida para a reflexão sobre atitudes que evitem a poluição e preservem os elementos naturais dos ambientes.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Envolver os estudantes na aplicação de entrevistas possibilita a ampliação do repertório de gêneros textuais conhecidos e construídos por eles, contribuindo para o desenvolvimento do vocabulário e a produção escrita. Para a produção escrita, especificamente, a proposta favorece avanços no nível de texto, conforme as subdivisões da PNA, envolvendo a organização do discurso e a escrita com base nos dados coletados na entrevista.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

As questões abordadas nesse capítulo possibilitam a reflexão sobre a atuação individual e coletiva em relação à preservação dos elementos naturais presentes no dia a dia, alinhados à competência geral 10 e à competência específica 8.

Fim do complemento.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades da seção Ligando os pontos, os estudantes podem retomar o desafio proposto na abertura da sequência didática e organizar os conhecimentos construídos até o momento, comparando-os a suas ideias iniciais.

Ao final desta sequência didática, espera-se que tenham sido construídas pelos estudantes as noções:

• da importância do solo para os seres humanos;
• do fenômeno da erosão e de atitudes que evitam o desgaste do solo;
• dos conceitos de redução, reutilização e reciclagem dos materiais.

  Atividade 1. Oportuniza aos estudantes relacionar as imagens com as atitudes praticadas em cada uma delas. Caso seja necessário, auxiliá-los na interpretação das imagens e aproveitar o momento para consolidar os conhecimentos trabalhados durante a unidade.

  Atividade 2. Conversar com os estudantes sobre as atitudes que diminuem a produção de lixo e que podem ser adotadas no dia a dia. Incentivar a discussão sobre a importância das ações individuais, em escala local, para mudanças positivas em escala mais ampla. Uma das ideias da educação ambiental é: “Pensar globalmente e agir localmente”.

  Avaliação de processo

  A seção Ligando os pontos pode ser utilizada como momento de revisão dos temas trabalhados e de verificação dos aprendizados construídos. Pode-se utilizar a rubrica da Conclusão para constatar os avanços da turma no desenvolvimento das habilidades, das competências gerais e das habilidades de produção escrita. Com base nas evidências de aprendizagem, o professor tem a possibilidade de mapear a turma e promover ações de recuperação das aprendizagens.

  Pedir aos estudantes que façam uma autoavaliação é outra proposta relevante, uma vez que eles podem indicar os conteúdos sobre os quais têm dúvidas e que precisam ser retomados.

  Gestão da aula – Roteiro da seção Ciências em contexto

  Tabela: equivalente textual a seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Leitura individual e em grupo.	Propor aos estudantes a leitura individual. Solicitar a leitura compartilhada em pequenos grupos.	Realizar a leitura individual e compartilhada.	Livro didático.

  CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Ciências em contexto

A leitura e a interpretação do texto sobre um projeto de produção de tinta à base de solo possibilita a aproximação dos estudantes com formatos artesanais e sustentáveis de produção de materiais.

Atividade 1. Como o texto proposto inclui falas de algumas pessoas entre aspas, sugerimos questionar os estudantes sobre o significado desse tipo de estrutura. Explicar que o uso dessa estrutura indica que a fala está sendo reproduzida de maneira literal.

Solicitar aos estudantes que façam a leitura do texto, em um primeiro momento, sozinhos, e, na sequência, em pequenos grupos, em que cada integrante leia um trecho do texto, incentivando a fluência da leitura oral. Acompanhar esse momento de perto nos grupos, oferecendo apoio àqueles que apresentam dificuldades na fluência em leitura em voz alta, além de mediar possíveis conflitos. Sugere-se também que os estudantes leiam o texto em voz alta em casa para seus familiares, conversando com eles sobre essa técnica de pintura à base de solo.

Indicar aos estudantes que destaquem as palavras desconhecidas e propor à turma um momento de “caça aos significados”, em que eles deverão pesquisar os significados das palavras desconhecidas em dicionários ou na internet e registrá-los no quadro ou no mural da sala.

É possível compartilhar com os estudantes vídeos sobre o Projeto Cores da Terra, que mostram as pessoas utilizando as tintas feitas à base de solo na pintura de suas casas.

Explorar as imagens, pedindo que eles observem todos os detalhes e comentem o que estão vendo e o que pensam sobre o que está sendo observado. Como já comentado, essa rotina de pensamento possibilita que os estudantes apresentem suas impressões e seus valores sobre a ação realizada na comunidade representada.

Propor a resolução das questões de interpretação de texto. A interpretação dos enunciados das questões pode ser feita de forma coletiva, mas é importante que os estudantes procurem escrever suas respostas sobre cada uma das atividades, principalmente para evidenciar seus aprendizados sobre a compreensão do texto. A compreensão de textos, segundo o documento da PNA, é um processo intencional e ativo e deve ser desenvolvido por meio de estratégias de compreensão, como podemos ver nesse tipo de proposta.

Vamos retomar

As atividades propostas propiciam um resgate das aprendizagens construídas ao longo da unidade e servem de evidências de aprendizagem para as habilidades EF03CI09 e EF03CI10, podendo ser utilizada como avaliação de resultado.

Atividades 2 e 3. Os estudantes devem identificar as características que possibilitam diferenciar os tipos de solo e indicar seus possíveis usos, justificando sua importância para os seres vivos. As atividades podem ser respondidas individualmente e entregues ao professor em folha avulsa ou registradas no caderno. Essas propostas também podem compor a avaliação de resultado, servindo de subsídios para o mapeamento das aprendizagens e o planejamento das propostas de intervenção.

Boxe complementar:

Recurso complementar

CARVALHO, A. F.; CARDOSO F. P.; DIAS, R. Q. (org.). Cores da terra : pintando o Brasil. Vitória: Incaper, 2016. Disponível em: http://fdnc.io/f7G. Acesso em: 10 jun. 2021.

Essa publicação aborda de forma lúdica e objetiva o modo de produzir tinta com terra, uma técnica milenar que vem sendo aperfeiçoada por intermédio das pesquisas do Projeto Cores da Terra, parceria do Incaper com a Universidade Federal de Viçosa.

Fim do complemento.

Mão na massa

Objetivos de aprendizagem

• Colaborar na construção de um projeto coletivo.
• Produzir uma história em quadrinhos.
• Desenvolver a criatividade.

  Evidências de aprendizagem

• Produção da história em quadrinhos.
• Participação e colaboração ao longo do projeto.

  A atividade da seção Mão na massa proposta no livro envolve os estudantes em um trabalho coletivo, incentiva a criatividade e promove o desenvolvimento da empatia e da autonomia, colocando-os no centro do processo de aprendizagem.

  Organizar a turma em pequenos grupos e realizar a leitura do texto inicial e das orientações do “Como fazer”. Propor diferentes papéis aos integrantes do grupo, por exemplo: o repórter, que vai registrar o que é discutido no grupo para o planejamento da HQ, o mediador, que vai levar as dúvidas ao professor, o roteirista, que vai buscar ideias e inspiração, e o desenhista, que vai executar as ideias na cartolina.

  Se houver recursos disponíveis na escola, também é possível construir as HQs utilizando recursos digitais.

  Organizar uma exposição das produções dos estudantes para toda a turma e, se for possível, para toda a comunidade escolar.

  A atividade incentiva e promove o trabalho colaborativo e a criatividade. O processo de construção deve ser mais valorizado que o produto. Com a atividade proposta, os estudantes também contextualizam e resgatam as aprendizagens construídas ao longo da unidade.

  Gestão da aula – Roteiro da seção Mão na massa

  Tabela: equivalente textual a seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Abertura da atividade.	Ler o texto inicial e as orientações do “Como fazer”.	Acompanhar a leitura e as orientações do professor.	Livro didático.
  Planejamento.	Propor diferentes papéis aos integrantes dos grupos e o planejamento da HQ.	Cumprir o papel estabelecido no grupo.	Livro didático e caderno.
  Executar.	Acompanhar e orientar as produções e a exposição das HQs.	Executar e expor o trabalho para toda a turma.	Cartolina e materiais diversos.