UNIDADE 2. O planeta Terra

Mobilizando conhecimentos

A abertura da unidade oferece oportunidade de apresentar os temas que serão trabalhados, possibilitando que os estudantes identifiquem nela uma das formas de representação da Terra.

Subsídios para o professor

Essa atividade de abertura tem como objetivo o levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes e a sondagem de capacidade leitora e de realização de relações entre a linguagem visual e escrita, bem como a sensibilização para os assuntos a serem estudados. Sugere-se, inicialmente, uma avaliação diagnóstica, que será retomada ao término da unidade para que eles avaliem os avanços e, paralelamente, para que seja possível ter um panorama do andamento da turma.

Sensibilização

Projetar a imagem de abertura ou solicitar que os estudantes a observem no livro. Propor as questões sugeridas na seção Primeiros contatos e orientá-los a registrar as ideias no caderno. Reservar um tempo para o compartilhamento e debate com a turma, registrando na lousa os pontos de destaque das apresentações. Durante a discussão, observar se os estudantes reconhecem o continente americano – América do Sul.

Providenciar mapas, globos terrestres, imagens de satélite etc. para que os estudantes identifiquem as características da Terra por meio da observação e manipulação de diversas formas de representação. Para a construção de conhecimentos científicos, é importante que todo o material ofertado a eles seja proveniente de fontes confiáveis de pesquisa, para evitar conclusões baseadas no senso comum. Com essa proposta, os estudantes se aproximam da linguagem científica, desenvolvem habilidades de comunicação oral, além de enriquecer o vocabulário, o que vai ao encontro da Política Nacional de Alfabetização (PNA).

Gestão da aula – Roteiro da abertura

Tabela: equivalente textual a seguir.

Realizar a leitura das questões da seção Primeiros contatos e verificar as considerações dos estudantes a respeito de cada uma delas. Comentar com eles que a imagem da Terra é uma composição feita com imagens de satélite, e a imagem do satélite GOES-17 visto do espaço é uma representação artística. É possível que eles tenham noções de outras representações da Terra, como mapas ou globo terrestre.

Incentivar o compartilhamento das respostas com os colegas. É essencial que eles percebam a importância do discurso oral, participando de conversas e dando oportunidade aos colegas de participarem também.

Atividade 1. Espera-se que os estudantes identifiquem que a imagem representa o planeta Terra.

Atividade 2. Para auxiliar os estudantes nessa resposta é importante que eles compreendam o significado da palavra representação. Dar exemplos de outras situações nas quais temos representações de objetos ou seres.

Atividade 3. Motivar os estudantes a fazer as perguntas sobre o tema, e, se julgar oportuno, registrá-las para que as respostas sejam respondidas ao longo do desenvolvimento da unidade.

Avaliação formativa

Utilizar o quadro SQA para registro dos aprendizados que ocorrem durante o estudo, o que possibilita aos estudantes enxergar o progresso e as mudanças de entendimento acerca de um fenômeno. A utilização do quadro no início da unidade, o preenchimento dele durante o estudo dos capítulos é uma forma de realizar uma avaliação de processo e retomá-lo ao final da unidade é uma forma de verificar os aprendizados dos estudantes.

Outro elemento importante para a avaliação é acompanhar o processo e, para isso, utilizar a tabela de rubricas que está na Conclusão da unidade. Desde o início, essa tabela pode ser utilizada como acompanhamento das aprendizagens dos estudantes e retomada em todos os momentos sugeridos como avaliação de processo.

O que é Astronomia?

[...] um dos objetivos da Astronomia é investigar a origem dos astros. Astrônomos estudam o universo, suas galáxias e corpos celestes, além de observarem modificações do Sistema Solar por meio de satélites, telescópios e câmeras com alta tecnologia para registrar explosões de estrelas gigantes, como as supernovas, ou surgimento de buracos negros.

Interdisciplinar, a Astronomia agrega no currículo conhecimentos de matemática, física e química, além de ciência da computação e até mesmo geologia. [...] astrônomos usam essas disciplinas para estudar as regências das leis do universo e descobrir como funcionam estrelas, planetas, satélites, galáxias, entre outros elementos. [...] Astrônomos e outros cientistas especializados na área aplicam muitos de seus conhecimentos para realizar inovações da medicina, biologia e computação.

FIOCRUZ. O que é Astronomia? Observatório Juventude, Ciência e Tecnologia. Disponível em: http://fdnc.io/f7H. Acesso em: 10 jun. 2021.

Introdução da sequência didática

O encaminhamento das propostas do capítulo contribui para o desenvolvimento da habilidade EF03CI07, uma vez que os estudantes são convidados a analisar várias formas de representação da Terra (planisfério, globo terrestre e fotografias), identificando suas principais características, como formato, presença de água, solo e ar. Além disso, ao propor a construção de uma representação da Terra, estimula-se a criatividade.

Ao final do capítulo, na seção Ligando os pontos, são sugeridas atividades que poderão ser utilizadas como avaliação do processo de aprendizagem.

Capítulo 4

Objetivos de aprendizagem

• Identificar as características da Terra que possibilitam a vida dos seres humanos.
• Comparar as diferentes formas de representação da Terra.

  Evidências de aprendizagem

• Pesquisa e elaboração de justificativa sobre elementos essenciais para a vida na Terra.
• Montagem do modelo do globo terrestre e identificação de suas características e comparação com outras representações.

  Fazer a leitura do Desafio à vista! para aproximar os estudantes da temática que será desenvolvida nesta sequência didática.

  Atividade 1. Orientar a leitura dialogada do quadrinho, mediando as discussões e registrando as ideias principais na lousa. Antes de responder às questões, orientar os estudantes a analisar e a descrever a imagem. Em seguida, solicitar que criem um novo quadrinho, indicando nova situação, mas com os elementos naturais preservados, desenvolvendo a produção de escrita e de vocabulário, componentes essenciais da alfabetização.

  Preparação para a próxima aula

  Organizar os materiais necessários para a realização da Atividade prática. Selecionar fotografias da Terra, planisférios e globos terrestres suficientes para a turma.

  Gestão da aula – Roteiro do capítulo 4

  Tabela: equivalente textual a seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Abertura da aula.	Ler os objetivos de aprendizagem e do Desafio à vista!.	Apresentar hipóteses sobre a pergunta de abertura.	Livro didático, caderno e lousa.
  Atividades práticas.	Orientar os estudantes na realização das atividades propostas.	Realizar as atividades propostas.	Materiais diversos.

  CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Atividade prática

Espera-se que, ao término da atividade, os estudantes tenham comparado as percepções acerca dos temas relacionados ao planeta com aqueles que estão presentes em representações científicas da Terra. Trata-se de uma atividade de observação e construção de explicações com base em pesquisa em fontes confiáveis.

Nessa atividade, espera-se que os estudantes, preferencialmente em duplas, identifiquem características da Terra por meio da observação e manipulação de diversas formas de representação do planeta. Deixar disponíveis na sala materiais para observação, como planisfério, globo terrestre, fotografias de ambientes diversos na Terra, fotografias de satélite etc. Dar um tempo para que as duplas explorem livremente o que foi disponibilizado.

Indicar a eles que, em um primeiro momento, devem preencher a primeira coluna dos quadros, desta e da próxima página, anotando o que identificarem apenas por meio da observação. Essa atividade possibilita aos estudantes desenvolver a habilidade EF03CI07, ao manipular e comparar diferentes formas de representação do planeta.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao propor o trabalho em dupla, essa atividade possibilita aos estudantes exercitar a empatia e o respeito ao próximo, além de despertar a curiosidade intelectual e utilizar uma abordagem própria das Ciências ao analisarem as diferentes formas de representações científicas da Terra, desenvolvendo assim as competências gerais 2 e 9.

Fim do complemento.

Em um segundo momento, colocar à disposição dos estudantes computadores com acesso à internet e livros que abordem explicações sobre o planeta Terra, para que pesquisem informações que ainda não descobriram, validem ou invalidem hipóteses feitas pela observação anterior e descubram mais detalhes acerca das características do planeta. Os dados coletados nesse momento devem ser anotados na segunda coluna do quadro. Caso seja necessário, orientá-los a utilizar o caderno para fazer as anotações. Nessa faixa etária, é importante que os estudantes sejam orientados sobre a busca em fontes confiáveis.

Finalizado o tempo para a pesquisa, fazer uma rodada para compartilhamento das informações obtidas na pesquisa. Isso precisa ser feito de forma rápida e dinâmica, para que se possa avançar para a discussão seguinte. A rotina do dominó, sugerida a seguir, é uma boa forma de fazer isso. É importante que eles diferenciem a percepção deles e o que obtiveram por meio da pesquisa, valorizando a importância da investigação em fonte confiáveis para a construção de argumentos e justificativas científicas.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Ao revezar a oralidade entre os estudantes, um dos componentes essenciais da alfabetização, a fluência oral é mobilizada.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao fazer uso da rotina do dominó, os estudantes exercitarão a empatia, o diálogo e o respeito ao próximo ao terem que esperar a sua vez de falar, desenvolvendo assim a competência geral 9.

Fim do complemento.

Rotina do dominó

Essa é uma outra dinâmica que pode ser adotada como rotina na sala de aula. Em vez de os estudantes levantarem as mãos e o professor dar a voz apenas a alguns deles, ele pode usar essa rotina para ouvir as respostas de todos os estudantes. Cada grupo ou dupla elege um orador e estabelece-se a ordem em que os grupos vão falar. A ideia é que as respostas sejam faladas na sequência, o que lembra peças de dominó caindo uma depois da outra. Enquanto as respostas são coletadas, desafie os estudantes a procurar padrões e surpresas ou diferenças nas respostas. Se ainda houver respostas diferentes ao final do dominó, elas podem ser faladas individualmente. Os estudantes usam as respostas para monitorar seu aprendizado e os professores conseguem diferenciar a instrução para atender ao que os estudantes aprenderam, ou não. Essa rotina, por envolver todos os estudantes, cria uma cultura de equidade e expectativas de engajamento constante.

DOMINO DISCOVER. Instructional goal : find patterns and surprises. Disponível em: http://fdnc.io/f7h. Acesso em: 10 jun. 2021. (Texto traduzido.)

Depois desse compartilhamento rápido de descobertas, feito na Atividade prática, abrir a discussão com a questão: “Quais dessas características são necessárias para a vida dos seres humanos?”. Conforme os estudantes forem apresentando seus argumentos, solicitar que exponham suas justificativas: “O que o leva a dizer isso?”. Perguntar sempre se alguém tem alguma ideia diferente, para dar chance às opiniões divergentes e ao debate. Anotar na lousa os argumentos e apoiar na sistematização desses conhecimentos, que podem ser adicionadas ao quadro SQA, na coluna A (O que aprendemos?).

Em seguida, questioná-los acerca do fato de essas características nem sempre serem evidentes quando a Terra é observada do espaço, fazendo a leitura do texto, das imagens e da legenda desta página. Verificar se eles identificam as datas em que as missões foram lançadas ao espaço e, se julgar conveniente, construir uma linha do tempo na lousa para que eles reconheçam as questões temporais. Questionar a turma sobre alguma missão espacial recente que tenha sido noticiada nos meios de comunicação.

O capítulo aborda as características da Terra e possibilita aos estudantes comparar as percepções acerca dos temas relacionados ao planeta com aqueles que estão presentes em representações científicas. Oferecer aos estudantes esses momentos de observação e construção de explicações com base em pesquisas científicas é fundamental, sobretudo considerando sua relevância na prevenção da difusão de pensamentos e práticas pseudocientíficos. Ao trabalhar esse fato atual de relevância com eles, espera-se desenvolver a habilidade EF03CI07. Além disso, a temática trata de um fato atual de relevância relacionado aos Temas Contemporâneos Transversais.

Boxe complementar:

Recurso complementar

SCIENCE on a sphere: veja o mundo em movimento Pesquisa Fapesp , 2012. Disponível em: http://fdnc.io/f7J. Acesso em: 10 jun. 2021.

Nesse vídeo, é possível enxergar o planeta em movimento graças à esfera de 1,80 m instalada no Museu Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), no município de São Paulo. Graças a quatro projetores, o globo suspenso por três cabos de aço se transforma, em segundos, na Terra vista do espaço, onde é possível ver o avanço das correntes marinhas ou os ciclones em formação.

Fim do complemento.

Atividade 2. Comentar com os estudantes sobre a representação da Terra que aparece nessa página, possibilitando o desenvolvimento da habilidade EF03CI07. Solicitar que relacionem corretamente cada ambiente representado nas imagens e o que pode ser visto em uma foto da Terra vista do espaço. Reforçar o cuidado na manipulação da tesoura. É importante reforçar que há solo em quase toda a superfície emersa do planeta, inclusive nas partes recobertas por água, gelo ou florestas, mas em algumas regiões ele não está recoberto e por isso é nomeado como solo exposto.

Preparação para a próxima aula

Organizar os materiais necessários para a realização da Atividade prática. Solicitar aos estudantes que levem para a aula jornal, fita-crepe, palito de churrasco e canetas hidrocor.

Ensinar exige curiosidade

Estimular a pergunta, a reflexão crítica sobre a própria pergunta, o que se pode pretender com esta ou com aquela pergunta em lugar da passividade em face das explicações discursivas do professor, espécies de respostas a perguntas que não foram feitas. Isto significa realmente que devamos reduzir a atividade docente em nome da defesa da curiosidade necessária, a puro vai e vem de perguntas e respostas, que burocraticamente se esterilizam. [...] O fundamental é que o professor e alunos saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. [...]

Neste sentido, o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. [...]

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia : saberes necessários à prática educativa. Ega, 1996. p. 52.

Atividade prática

Nesta atividade, solicitar aos estudantes que trabalhem em duplas ou pequenos grupos para a construção de um modelo do planeta com o uso dos materiais sugeridos, mobilizando a habilidade EF03CI07.

Alertar os estudantes para manusear o palito de churrasco com cuidado e atenção.

As questões propostas possibilitam que eles se aproximem ainda mais dos objetivos dessa unidade, que está centrada na observação, manipulação e análise de diferentes formatos da Terra.

Ao término da atividade, orientá-los para que separem as partes do modelo que devem ser descartadas no lixo comum daquelas que podem ser destinadas à reciclagem. Aqueles que quiserem podem reutilizar o material ou levar o modelo para casa e apresentá-lo aos familiares, compartilhando a atividade que foi realizada na escola e suas aprendizagens sobre o tema, especificamente em relação ao formato do planeta Terra. É possível, nesse caso, retomar as discussões na aula seguinte, levantando as impressões dos familiares sobre o compartilhamento desse conhecimento científico sobre o formato do planeta.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao propor que os estudantes realizem a Atividade prática em duplas ou pequenos grupos, incentivamos que eles exercitem a resolução de problemas, o respeito ao próximo e a empatia, mobilizando a competência geral 9.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

5 EXPERIMENTOS simples para verificar que a Terra não é plana. BBC News Brasil, 21 dez. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/f7K. Acesso em: 10 jun. 2021.

O texto apresenta experimentos simples para debater com evidências científicas o formato da Terra. Pode-se ler a reportagem com os estudantes e debater hipóteses e conclusões de cada experimento, estimulando, assim, o conhecimento sobre metodologia científica.

Fim do complemento.

Utilizar o modelo da Terra produzido na Atividade prática para a leitura e a discussão das formas de representação do planeta apresentadas nesta página. Formas digitais de representação podem ser incorporadas à discussão. Sempre que possível, oferecer oportunidade aos estudantes de interagir com esses recursos.

Atividade 3. Caso necessário, auxiliar os estudantes na resolução da atividade, solicitando que retomem as anotações realizadas ao longo do capítulo.

As informações dessa página sistematizam os conhecimentos trabalhados na sequência didática, desenvolvendo a habilidade EF03CI07. Nesse momento, retomar o quadro SQA para verificar as aprendizagens construídas pelos estudantes como estratégias interessantes de sistematização.

O planeta Terra no ensino de Astronomia

A dificuldade [...] de crianças e professores em perceber a forma tridimensional do planeta é apresentada nos trabalhos de Nussbaum e Novak (1976), [...] Leite (2002), Nobes et al . (2003), entre outros. Tais trabalhos nos mostram que as concepções sobre a forma da Terra parecem independer da cultura e variam entre a exclusivamente plana até a esférica, passando por diferentes percepções intermediárias em que a dificuldade de articulação entre a percepção direta e o modelo fica mais evidenciada como, por exemplo, a representação da Terra na forma redonda com as pessoas morando apenas no plano do equador ou no plano dos polos achatados. No universo dos estudantes, a Terra também é representada com uma divisão em dois hemisférios, o inferior [...] e o superior [...]. No entanto, no universo dos professores, o planeta é representado na forma “arredondada”, com um exagerado achatamento nos polos, local da morada, portanto, plano [...].

[...]

As dificuldades de estudantes e professores em se reconhecer morando na superfície de uma esfera, que se trata de um planeta do Sistema Solar localizado no espaço, que possui gravidade que atua tanto em sua superfície quanto em suas interações com o Sol e os demais planetas, evidencia a necessidade de uma abordagem mais profunda desse conhecimento em sala de aula, explorando os elementos que permitem construir a noção de planeta Terra.

FERREIRA, F. P.; LEITE, C. O “planeta Terra” no ensino de Astronomia: um olhar sobre as atividades dos cadernos de Ciências da Proposta Curricular do Estado de São Paulo. In : Anais do VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (VIII ENPEC) . Campinas: Unicamp, 2011. Disponível em: http://fdnc.io/f7L. Acesso em: 10 jun. 2021.

Atividade 4. A atividade possibilita aos estudantes o contato com uma reportagem de divulgação científica. Organizar os turnos de fala para a leitura compartilhada em voz alta, favorecendo a fluência em leitura oral e incentivar a turma a buscar o significado das palavras em um dicionário, auxiliando-os na leitura e interpretação dos verbetes, se necessário.

Se julgar conveniente, criar um mural de notícias pesquisadas pela turma e um glossário com o significado das palavras desconhecidas. O mural também pode ser feito usando recursos digitais, disponíveis na internet.

Ao trabalhar a importância dos satélites para as comunicações e para as imagens obtidas da Terra e de outros planetas, a temática trata de um fato atual de relevância relacionado aos Temas Contemporâneos Transversais.

Boxe complementar:

De olho na PNA

A leitura do texto em voz alta incentiva a fluência em leitura oral, prevista na PNA.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

NASA STEM. Disponível em: http://fdnc.io/f7M. Acesso em: 10 jun. 2021.

O canal da Nasa para educadores – Nasa STEM (Science, Technology, Engineering, Mathmatics) apresenta uma série de vídeos que podem ser exibidos para os estudantes utilizando-se o recurso de legendas em português. Outra opção é assistir aos vídeos previamente e apresentar aos estudantes trechos que podem ser estudados e aprofundados em pesquisas.

Fim do complemento.

Atividade 4. Verificar se os estudantes conseguem extrair a informação de forma individual e, durante a correção dialogada, mostrar a África no planisfério para que comparem a imagem obtida por satélite. Na segunda questão feita no item a desta atividade, eles terão que identificar onde na imagem está localizado o deserto.

O item b possibilita aos estudantes desenvolver os componentes essenciais da PNA, uma vez que vão analisar o texto para extrair as informações solicitadas.

É possível realizar, ainda, alguma atividade interdisciplinar com o objetivo de identificar as mudanças nos continentes da Terra em eras geológicas anteriores. Imagens do planeta como um só continente podem ser apresentadas. Talvez os estudantes já tenham notado como a costa brasileira “se encaixa” na costa africana. Essa atividade pode apoiar a análise das mudanças planetárias que mostram o aspecto dinâmico do planeta Terra, do Sistema Solar e do Universo.

Atividade 5. Os estudantes devem pesquisar, em sala de aula ou como tarefa de casa, a função e o tipo de dados que são coletados pelo satélite mencionado. Em sala de aula, socializar os resultados das pesquisas, utilizando, por exemplo, a rotina do dominó.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades da seção Ligando os pontos, os estudantes podem retomar o desafio proposto na abertura da sequência didática e organizar os conhecimentos construídos até o momento acerca das formas de representação da Terra.

Ao final dessa sequência didática, espera-se que os estudantes:

• identifiquem as diferentes formas de representação da Terra.
• comparem as diferentes formas de representação, relacionando as características que podem ser identificadas em cada uma.

  Conversar com toda a turma, antes da resolução das atividades, realizando leitura prévia em voz alta e relacionando as imagens com o conteúdo estudado. Espera-se que os estudantes apliquem os conteúdos trabalhados ao justificar as respostas das questões propostas.

  Atividade 1. Sugerir aos estudantes que observem com atenção a representação da Terra. Auxiliar na identificação do humor da tirinha da Mafalda, que aborda a gravidade e questões que parecem deixar o mundo “de cabeça pra baixo”. Aproveitar para conversar a respeito das questões que os afligem e aproximar a discussão acerca da relação deles com o ambiente e o cuidado com o entorno.

  Atividade 2. Avaliar se os estudantes conseguem facilmente identificar os elementos presentes em uma representação da Terra. Verificar se identificam a floresta e o oceano na representação. Podem surgir outras respostas, como água, terra ou continente. Se isso ocorrer, orientá-los de forma individual, retomando o item a da atividade 4 da página anterior e comparando as regiões de florestas e deserto.

  As atividades da seção Ligando os pontos favorecem o desenvolvimento da habilidade EF03CI07, ao trabalhar as características do planeta Terra.

  Avaliação de processo

  A seção Ligando os pontos oferece subsídios para identificar se os estudantes avançaram em relação aos conteúdos da sequência didática, como a identificação das diferentes formas de representação da Terra.

  Para acompanhamento, retomar a rubrica elaborada para esta unidade e verificar o nível de desempenho em relação às habilidades e competências gerais que foram identificadas neste capítulo. A partir dessa coleta de evidências, organizar momentos de aprendizagem para acompanhar os estudantes que não se encontram no nível esperado.

Introdução da sequência didática

Realizar a leitura para os estudantes dos objetivos de aprendizagem. Fazer a leitura da questão do Desafio à vista! e verificar os conhecimentos prévios do grupo acerca do assunto que será tratado neste capítulo. O trabalho com a questão do Desafio à vista! favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI08.

Ao final do capítulo, as atividades propostas na seção Ligando os pontos podem ser utilizadas como avaliação de processo, gerando evidências das aprendizagens, e, se for preciso, indicando a necessidade de recuperação de alguns conteúdos.

Capítulo 5

Objetivos de aprendizagem

• Observar e comparar o céu diurno e o céu noturno.

• Relacionar a observação de alguns astros (Sol, Lua, demais estrelas, planetas) aos períodos do dia.

Evidência de aprendizagem

• Utilização de exemplos e explicações para descrever os elementos do céu observados durante o dia e à noite.

Atividades 1 e 2. Solicitar aos estudantes que proponham uma explicação para o anoitecer e para o amanhecer, também chamado de alvorada. O objetivo é incentivá-los a refletir acerca da diferença entre a posição visível do Sol nessas duas situações e, assim, elaborar uma hipótese a respeito da ocorrência do dia e da noite.

É possível que alguns estudantes expliquem que a Terra gira ao redor do Sol, e que outros afirmem que é o Sol que se movimenta. É interessante observar as hipóteses dos estudantes acerca dos movimentos da Terra que são introduzidos nessas conversas e valorizar aquelas que tratam do movimento da Terra, e não do Sol. A sistematização do assunto será realizada no 5ᵒ ano, quando os movimentos do planeta serão estudados de forma mais aprofundada.

Gestão da aula – Roteiro do capítulo 5

Tabela: equivalente textual a seguir.

CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Atividades 3 a 5. Solicitar aos estudantes que realizem a atividade de observação em um fim de semana ou em algum dia em que tenham maior gerência sobre as atividades do que quando estão na escola. É interessante que eles tenham um tempo maior para essa atividade, porque nem sempre as condições de observação do céu serão adequadas. Ao realizar a observação do céu diurno, reforçar o cuidado para que não olhem diretamente para o Sol, nem mesmo se estiverem com óculos escuros. Explicar que a radiação solar pode danificar a visão.

Orientar o grupo para que observem o céu noturno em noite com poucas nuvens. Conversar com os estudantes ao retomar os resultados e propor que levantem hipóteses acerca da aparência do céu diurno e do céu noturno. Anotar as hipóteses e, de acordo com a curiosidade deles sobre o tema, podem ser sugeridas algumas pesquisas para verificar as hipóteses levantadas.

As atividades 1 a 5 favorecem o desenvolvimento da habilidade EF03CI08.

Apresentar, na forma de curiosidade ou pesquisa, regiões onde o dia e a noite duram mais de 24 horas, e, em alguns casos, ultrapassam setenta dias. Um dos casos mais conhecidos é o da cidade estadunidense Utqiagvik, antiga Barrow, onde os habitantes já se acostumaram a ficar meses sem a luz do sol no inverno e ter até oitenta dias de luz solar ininterrupta no verão.

Boxe complementar:

Recursos complementares

DE ONDE vem o dia e a noite?. Canal De Onde Vem?, 2012. Disponível em: < http://fdnc.io/d7R.

O vídeo mostra as dúvidas da personagem Kika acerca da origem do dia e da noite.

UTQIAGVIK, o povoado que só voltará a ver a luz do Sol em 23 de janeiro. BBC News, 23 nov. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/f7P.

Reportagem a respeito da cidade do Alasca que passa até 80 dias sem receber iluminação do Sol.

Acessos em: 10 jun. 2021.

Fim do complemento.

Possivelmente podem surgir perguntas sobre as tonalidades do céu durante o dia. Há diferentes explicações para o fenômeno e nenhuma delas é simples. No boxe Recursos complementares, são apresentadas algumas sugestões para auxiliar nessa explicação.

Fazer a leitura da página e retomar as hipóteses dos estudantes acerca da observação do céu, comparando os registros deles com os apresentados nos materiais consultados e na página do livro. Relembrar habilidades que foram trabalhadas em anos anteriores e verificar se há a necessidade de retomar alguma delas, preenchendo eventuais lacunas.

Boxe complementar:

Recursos complementares

AS CORES DO CÉU. Brasília: MCTI, n. 2, 2011. (Coleção Observatório Nacional.) Disponível em: http://fdnc.io/f7Q.

Essa edição da revista As cores do céu apresenta o histórico sobre a compreensão da cor do céu e os conceitos físicos envolvidos.

POR QUE o céu é azul?. Canal Manual do Mundo, 2016. Disponível em: http://fdnc.io/dN4.

Esse vídeo explica, de forma didática e ilustrada, não apenas a cor azul do céu durante o dia, como a coloração avermelhada do pôr do Sol.

Acessos em: 10 jun. 2021.

Fim do complemento.

Por que o céu é azul?

Todos nós temos a noção de que a luz que vem do Sol é branca/amarelada (evite olhar diretamente para o Sol sem a proteção de óculos especiais). A luz pode ser imaginada como uma onda [...] a interação entre a luz do Sol e os elétrons que compõem as moléculas do ar “selecionará” a cor visível com menor comprimento de onda que é, exatamente, a cor azul. A cor vermelha, que tem maior comprimento de onda, será favorecida quando a interação entre a luz solar e as moléculas da atmosfera tiverem um menor ângulo de inclinação com relação à superfície terrestre, o que acontece quando o Sol está se pondo e, dessa forma, vemos uma coloração mais avermelhada do céu.

FERREIRA, F. F. Por que o céu é azul? Universidade Federal do ABC, 28 jul. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/f7R. Acesso em: 10 jun. 2021.

Atividades 6 e 7. Utilizar essas atividades para retomar a visualização noturna realizada na atividade 3. Caso algum estudante relate que não viu a Lua, mencione que ela tem diferentes fases, de acordo com o dia do mês.

As atividades 6 e 7 favorecem o desenvolvimAento da habilidade EF03CI08.

Comentar com os estudantes a possibilidade de enxergar melhor as estrelas no céu noturno quando a poluição luminosa é menor e que, dessa forma, a luz das estrelas pode ser percebida, apesar da grande distância em que elas se encontram em relação à Terra. Mencionar, ainda, a coloração do céu nos casos de excesso de partículas em suspensão no ar, como ocorre nos ambientes com mais poluição, e a tonalidade avermelhada que, apesar de muitos considerarem bonita, é um indício de condições inadequadas do ar.

Boxe complementar:

Recurso complementar

MOON phase and libration 2021. Nasa Science Earth’s Moon, 2020. Disponível em: http://fdnc.io/f7S. Acesso em: 10 jun. 2021.

Esse vídeo mostra as fases da Lua durante todo ano de 2021.

Fim do complemento.

Quero saber!

A leitura do texto do Quero saber! oferece condições de aproximação com o tema que está sendo explorado na unidade, especificamente com a temática das estrelas cadentes.

Se julgar pertinente, fazer o levantamento prévio dos conhecimentos dos estudantes acerca das estrelas cadentes, antes da leitura do texto. Questionar se eles já ouviram falar sobre isso, se já viram alguma vez, entre outros questionamentos. Em geral, esse assunto desperta a curiosidade deles e pode ser explorado. Realizar uma leitura oral compartilhada do texto, solicitar uma pesquisa a respeito das palavras: meteoro, meteorito etc., em alinhamento à PNA. A pesquisa pode ser feita em pares ou grupos, se a escola dispor de recursos para a atividade ser feita em sala de aula.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Ao solicitar que pesquisem o significado de algumas palavras do texto, é incentivado o desenvolvimento do vocabulário dos estudantes.

Fim do complemento.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades da seção Ligando os pontos, os estudantes podem retomar o desafio proposto no início da sequência didática e organizar, com o auxílio dos pares e do professor, os conhecimentos construídos até o momento.

Ao final dessa sequência didática, espera-se que os estudantes:

• identifiquem os principais elementos presentes no céu diurno e noturno.

  Conversar com toda a turma, antes da resolução das atividades, para observar possíveis dificuldades de entendimento, realizando a leitura prévia. Espera-se que eles apliquem os conteúdos trabalhados ao justificar as respostas das questões propostas.

  Boxe complementar:

  De olho na PNA

  Ao solicitar a leitura do texto e a busca pelo significado das palavras que não conhecem, os estudantes desenvolvem a fluência em leitura oral e enriquecem o vocabulário, mobilizando componentes essenciais da PNA.

  Fim do complemento.

  Avaliação de processo

  A seção Ligando os pontos pode ser utilizada para verificar se os estudantes conseguiram identificar os diferentes elementos do céu e relacioná-los aos períodos do dia e da noite.

  Utilizar a rubrica disponível na Conclusão da unidade para verificar o nível de aprendizagem da turma e de cada estudante, individualmente. Utilizar as evidências para organizar os momentos de aprendizagem para recuperação dos estudantes que não atingiram o nível esperado.

  A realização das atividades dessa seção é um momento de sistematização acerca dos assuntos trabalhados para contemplar as habilidades propostas da BNCC a respeito do estudo da Terra e do Universo.

  Retomar o quadro SQA e verificar se há questões a serem respondidas e que podem ser aprofundadas em uma pesquisa. É importante lembrar que os temas trabalhados até o momento serão retomados em anos posteriores, de acordo com a proposta da BNCC, e não se esgotam nesta unidade.

Atividade 1. A atividade reforça a importância de observar a natureza e as mudanças evidentes, como o fazem certas culturas indígenas. Os estudantes podem perceber que, ao prestar mais atenção no ambiente que os cerca, é possível fazer muitos diagnósticos, não apenas contemplativos, e que efeitos de alterações ambientais podem ser perceptíveis por meio de um olhar mais atento. É importante relembrar que as nuvens e a poluição interferem nas observações do céu, bem como locais sem luz artificial favorecem esse estudo.

Atividade 2. Ao interpretar a tirinha os estudantes desenvolvem a habilidade EF03CI08, uma vez que precisam relacionar as características do céu diurno e noturno ao “bom dia” e “boa noite”.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

A competência geral 3 é mobilizada na atividade 1 ao trabalhar com os estudantes um texto que mostra a importância da observação do céu e da interpretação do movimento das estrelas para os indígenas realizarem atividades como plantio, colheita, pesca, caça etc.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

AGÊNCIA EFE. O maior observatório do mundo, ALMA é inaugurado no Chile. G1, 13 mar. 2013. Disponível em: http://fdnc.io/f7V. Acesso em: 22 jun. 2021.

Reportagem sobre o observatório ALMA (Atacama Large Milimeter Array), no Chile.

Fim do complemento.

Gestão da aula – Roteiro do capítulo 6

Tabela: equivalente textual a seguir.

CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Introdução da sequência didática

Fazer a leitura da questão do Desafio à vista! e verificar as concepções dos estudantes a respeito do assunto que será tratado neste capítulo.

Ao final do capítulo, as atividades propostas no Ligando os pontos podem ser utilizadas como avaliação de processo, gerando evidências das aprendizagens, indicando a necessidade de recuperação de alguns conteúdos.

Capítulo 6

Objetivo de aprendizagem

• Reconhecer o relógio biológico como um mecanismo regido pelas horas de claro e escuro do dia e a importância na regulação das atividades diárias.

  Evidências de aprendizagem

• Análise dos próprios hábitos e reflexões acerca de como eles afetam o relógio biológico.
• Pesquisa embasada em fontes confiáveis e comparação entre hábitos dos animais.

  Atividades 1 a 3. Solicitar aos estudantes que observem as imagens e os hábitos diários da personagem representada e comparem com a rotina diária. O objetivo é incentivá-los a refletir a respeito das atividades que realizamos durante o dia e aquelas que são prioritariamente realizadas à noite. Questioná-los acerca do significado de relógio biológico e incentivar uma conversa a respeito do tempo de sono mais recomendável. Atualmente, é grande o número de crianças que permanecem muito tempo em frente às telas, antes de dormir, o que pode prejudicar a qualidade do sono.

  Boxe complementar:

  De olho na BNCC

  Essa sequência didática possibilita aos estudantes que conheçam mais sobre saúde física e emocional, aproximando-se das propostas da competência geral 8, relacionada ao autoconhecimento e ao autocuidado, além de mobilizar a competência específica 7.

  Fim do complemento.

Atividade prática

Nesta atividade, os estudantes têm oportunidade de investigar as rotinas, ou seja, o que fazem ao longo do dia e a frequência com que certas atividades se repetem entre os colegas. Se julgar pertinente, solicitar que preencham no caderno outras atividades que fazem antes das 7 horas da manhã e depois das 19 horas.

Ficar atento às respostas dos estudantes e cuidar para uma atitude respeitosa em relação à rotina de cada um deles. Esse é um bom momento para explorar a participação das crianças nas tarefas domésticas diárias; por exemplo, arrumar a cama, colocar a mesa, guardar as roupas no armário etc.

Ao desenvolverem essas atividades, os estudantes têm oportunidade de mobilizar, além da habilidade EF03CI08, a habilidade EF03MA28 do componente curricular de Matemática, ao organizarem os dados coletados em tabelas simples.

Relógio biológico

O ritmo circadiano é a maneira pela qual nosso organismo se adapta à duração do período claro (dia) e do período escuro (noite), de forma a sincronizar as funções fisiológicas com a duração de um dia (aproximadamente 24 horas).[...] A oscilação da nossa temperatura corporal também obedece a um ritmo em que ela diminui de madrugada, e, perto da hora de acordar, volta a subir, e isso se repete todos os dias. [...] “Essa adaptação se dá pela expressão de diferentes genes, os chamados genes do relógio. Nós temos um oscilador central localizado no nosso cérebro e que vai regular a expressão desses genes nos seus neurônios de acordo com a presença ou ausência da luz. [...].

PARAGINSKI, A. L. Compasso que varia de pessoa para pessoa. Revista UCS . Ano 2. n. 15. Nov.-Dez. 2014. Disponível em: http://fdnc.io/f7W. Acesso em: 10 jun. 2021. (Título adaptado.)

Uma forma de alertar os estudantes sobre a importância de ter um relógio biológico constante está nos resultados de experimentos com pessoas em situações nas quais é difícil saber a hora exata do dia, como funcionários de minas, que ficam o dia todo no escuro. Após um tempo, o relógio biológico interno vai atrasando e elas passam a dormir um pouco mais tarde a cada dia. Depois de certo período, o ciclo acaba praticamente se invertendo, fazendo com que durmam durante o dia e fiquem acordadas à noite.

Atividades 4 e 5. Possibilitar que os estudantes reflitam a respeito da própria qualidade do sono. Aproveitar a oportunidade para discutir com eles acerca dos hábitos saudáveis, comparando experiências individuais com perguntas como: “Alguma noite você dormiu menos horas do que está habituado?”; “Como se sentiu?”; “Nos fins de semana você dorme mais?”; “Isso faz alguma diferença?”; “Como você se sente?”; entre outras.

Atividade 6. É importante sondar os estudantes acerca das preferências. Mencionar que há pessoas que são matutinas e outras vespertinas. Conhecer as preferências deles pode ajudá-los na análise dos dados coletados na Atividade prática.

Atividades 7 e 8. Incentivar a reflexão acerca das mudanças no relógio biológico por conta do trabalho. Explicar que em muitas dessas profissões existem turnos especiais, como o 12 × 36, onde a pessoa trabalha 12 horas seguidas e descansa as 36 horas seguintes.

Essas atividades proporcionam o desenvolvimento da habilidade EF03CI08 ao incentivar os estudantes a observar, identificar e registrar atividades diárias realizadas nos períodos diurno e noturno.

Boxe complementar:

De olho na PNA

A atividade 7 favorece o desenvolvimento da produção escrita ao solicitar que os estudantes escrevam uma lista de profissões em que se trabalha à noite.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

As atividades 4 e 5 incentivam os estudantes a refletir acerca do próprio sono e a entender a importância dele para uma melhor qualidade de vida, mobilizando a competência geral 8; além disso, auxiliam no desenvolvimento da competência específica 7.

Fim do complemento.

Quero saber!

O texto faz um alerta a respeito do uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir e como isso pode afetar a saúde das pessoas.

Fazer um levantamento prévio da quantidade de horas que os estudantes ficam em frente às telas e que tipo de conteúdo é consumido por eles. Comentar a importância de não ficar conectado às telas antes de dormir, pois isso pode influenciar na qualidade do sono. Reforçar a necessidade de sempre ficar sob a supervisão de um adulto quando estão navegando na internet.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

O texto da seção Quero saber! desenvolve o trabalho com a competência geral 8, pois está relacionado ao autoconhecimento e autocuidado, ao apresentar os prejuízos à saúde causados pelo uso de celulares ou tablets antes de dormir, e também por possibilitar aos estudantes que reflitam acerca do prejuízo desses hábitos para a saúde física e emocional.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

CELULAR e tablet antes de dormir são prejudiciais à saúde. Hospital Israelita Albert Einstein, 17 jan. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/f7X. Acesso em: 10 jun. 2021.

Reportagem a respeito do uso de celular e tablet por crianças na hora de dormir.

Fim do complemento.

Comentar com os estudantes a existência de animais com hábitos crepusculares, ou seja, que são mais ativos ao pôr do sol. Também há aqueles que preferem o amanhecer. Como exemplo, no primeiro caso, citar o perigo de ataques de tubarões, que preferem o entardecer para se alimentar; no segundo, comentar que os ornitólogos sabem que os melhores momentos do dia para observar algumas espécies de aves são as primeiras horas do amanhecer.

Atividade 9. Possibilitar associação de imagens e de comportamentos para realizar inferências acerca dos hábitos dos animais. Se perceber que os estudantes estão com dificuldades em fazer as relações entre os animais e os hábitos, pergunte o que os animais estão fazendo.

Atividade 10. A pesquisa pode ser feita em aula, orientada pelo professor, ou em casa, como tarefa, com socialização em sala de aula. Pode-se utilizar a rotina do dominó, já usada na unidade, para socialização das descobertas.

Comentar que os morcegos podem ocupar diferentes níveis tróficos em razão do hábito alimentar: podem ser carnívoros, hematófogos, frugívoros, piscívoros, insetívoros e nectívoros. Algumas espécies formam bandos gigantes que vivem em cavernas.

Levantar informações sobre a situação problemática dos ursos-polares em relação às mudanças climáticas. Com a diminuição dos blocos de gelo, eles têm que nadar distâncias maiores e por mais tempo para conseguir caçar. Além disso, já existe o problema de ursos-polares invadindo algumas cidades à procura de alimento. Refletir com os grupos acerca das causas dessas mudanças de hábitos e se esse fato pode ocorrer com outros seres vivos.

A vida noturna dos animais

Mas, afinal, o que levou alguns animais a se adaptarem à vida noturna e outros à diurna? Segundo o biomédico Luiz Menna Barreto, da USP, “as condições ambientais, embora tendam a ser as mesmas para todos os seres vivos, acabam por influenciá-los de formas diferentes”. Ou seja, à medida que a evolução favorece a diversidade, promovendo mutações e espécies diferentes, cada uma delas desenvolve sua própria maneira de interagir com o ambiente para sobreviver; se para algumas espécies a luz é fundamental, já outras dependem da temperatura e da umidade. Assim, pode-se dizer que a preferência pela noite ou pelo dia foi determinada tanto por pressões internas como externas.

As primeiras são de natureza genética e consistem no conjunto de características que um animal desenvolve. Ele pode ter, por exemplo, um olfato excepcional, mas se orientar mal pela luz. Para um bicho assim, as probabilidades de sobrevivência são maiores à noite. Já as pressões externas são representadas pelos predadores – para escapar de seus inimigos mais fortes, alguns animais esperam que eles durmam, para só então começar a viver. É por essa razão que animais de hábitos diferentes podem conviver no mesmo nicho ecológico, porém em turnos diferentes.

[...]

ENTRE sapos e cobras: a vida noturna dos animais. Superinteressante , 31 out. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/f7Z. Acesso em: 10 jun. 2021.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades propostas na seção Ligando os pontos, os estudantes podem retomar o desafio proposto no início da sequência didática e organizar, com o auxílio dos pares e do professor, os conhecimentos construídos até o momento.

Ao final dessa sequência didática, espera-se que os estudantes:

• identifiquem os próprios hábitos, de acordo com o período do dia.
• reflitam sobre o conceito de relógio biológico e sua importância para a saúde.
• identifiquem situações que podem prejudicar o relógio biológico.
• identifiquem diferentes hábitos nos animais.

  As atividades dessa página possibilitam o aprofundamento em relação aos hábitos de alguns animais, como o morcego, assim como a aproximação com animais que não foram trabalhados no capítulo.

  Sugerir aos estudantes que realizem uma pesquisa a respeito da mariposa, do saruê e da arara, indicando os hábitos alimentares, além de outras características. A partir dos hábitos alimentares, é possível aproximar-se das necessidades de estarem mais ativos durante o dia ou durante a noite. No caso do saruê, que é um gambá brasileiro, é interessante investigar os comportamentos de defesa do animal, como fingir-se de morto e exalar um odor fétido para afugentar o predador.

  Avaliação de processo

  Antes de iniciar, verificar o quadro SQA e pedir aos estudantes que o complementem com as aprendizagens construídas até o momento. Conversar com toda a turma, antes da resolução das atividades, para observar possíveis dificuldades de entendimento, realizando a leitura prévia. Espera-se que os estudantes apliquem os conteúdos trabalhados ao justificar as respostas das questões propostas.

  Nesse momento, retomar a rubrica elaborada para esta unidade e verificar o nível de desempenho em relação às habilidades e às competências gerais que foram identificadas nestes capítulos. A partir dessa coleta de evidências, organizar momentos de aprendizagem para acompanhar os estudantes que não se encontram no nível esperado da rubrica.

Ciências em contexto

Atividade 1. A proposta favorece a aproximação com uma das temáticas da unidade, relacionada aos ciclos dia/noite dos animais, e possibilita uma articulação com outros temas estudados na unidade.

Comentar com os estudantes que a utilização de armadilhas fotográficas é cada vez mais importante para estudos envolvendo animais de hábitos noturnos. Com esse recurso, os biólogos podem mapear trilhas, nichos, comportamento e outras informações vitais para estabelecer novos conhecimentos a respeito dessas espécies. Além disso, esse recurso acaba trazendo outras informações, como flagrantes de caçadores que invadem reservas.

Analisar as imagens com os estudantes de forma dialógica, observando se reconhecem a imagem noturna. Se possível, fazer uma reflexão com eles acerca das formas de estudar os animais noturnos, antes do aparecimento das armadilhas fotográficas, e reforçar a importância do respeito aos seres vivos, que deve predominar quando se fala em responsabilidade e cidadania.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Ao pedir que os estudantes leiam em voz alta e procurem as palavras que não conhecem, a seção mobiliza componentes essenciais da alfabetização: a fluência em leitura oral, a compreensão de texto e o desenvolvimento de vocabulário.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

A competência geral 10 e a competência específica 8 de Ciências da Natureza podem ser trabalhadas nesta página. Por meio delas, podem-se abordar temas relacionados com a responsabilidade de agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Fim do complemento.

Gestão da aula – Roteiro da seção Ciências em contexto

Tabela: equivalente textual a seguir.

Vamos retomar

Acompanhar os estudantes na resolução das questões propostas no tópico Vamos retomar. Eles devem resgatar os estudos acerca das diferentes formas de representar a Terra e dos períodos diurno e noturno e como eles influenciam nas atividades diárias dos seres humanos e dos outros animais. A resolução das questões pode ser realizada no caderno ou em folha avulsa para entregar ao professor.

Ao corrigir as atividades, solicitar aos estudantes que justifiquem oralmente as respostas. Ao incentivar a oralidade, muitas vezes, eles identificam lacunas dos registros escritos e, assim, organizam melhor as ideias em sua produção.

Retomar as rubricas e analisar o nível de desenvolvimento da turma e individualmente em relação às habilidades e às competências gerais que foram indicadas.

Com base nessas evidências, organizar momentos de aprendizagem para acompanhar os estudantes que não se encontraram no nível esperado da rubrica, promovendo oportunidades de recuperação dos conteúdos.

Atividades 2 e 3. As atividades favorecem o desenvolvimento da habilidade EF03CI08 ao argumentar sobre como a luminosidade afeta a vida das pessoas e ao diferenciar o céu noturno do céu diurno.

Atividade 4. A atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI07 ao trabalhar as diferentes formas de representação do planeta Terra.

Preparação para a próxima aula

Organizar os materiais necessários para a realização da seção Mão na massa.

Mão na massa

Objetivos de aprendizagem

• Colaborar na construção de um projeto coletivo.
• Identificar elementos de diferentes culturas.
• Construir um dispositivo para projetar as estrelas de uma constelação.
• Desenvolver a criatividade.

  Evidência de aprendizagem

• Produção de um protótipo de projetor de estrelas.

  A proposta de criação de um projetor e a pesquisa prévia acerca das constelações presentes nas narrativas indígenas colocam os estudantes em contato com diferentes culturas e incentiva o potencial criativo, além de possibilitar que eles identifiquem algumas estrelas no céu noturno, desenvolvendo a habilidade EF03CI08.

  Boxe complementar:

  De olho na BNCC

  A atividade prática da seção Mão na massa envolve os estudantes em um trabalho coletivo, incentiva a criatividade e desenvolve a empatia, além de favorecer a autonomia e o potencial criativo, colocando-os no centro do processo de aprendizagem, mobilizando a competência geral 9. Além disso, ela proporciona aos estudantes o contato com manifestações culturais locais, ao trabalhar com algumas constelações utilizadas pelos povos indígenas para marcar as estações do ano, desenvolvendo a competência geral 3.

  Fim do complemento.

  Gestão da aula – Roteiro da seção Mão na massa

  Tabela: equivalente textual a seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Abertura da atividade.	Ler o texto inicial. Orientar os estudantes a respeito da produção e tempestade de ideias.	Listar possibilidades criativas para resolver o desafio proposto.	Livro didático e folhas de papel.

  CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Caso as estrelas projetadas não estejam muito nítidas, orientar os estudantes a alargar um pouco os furos usando o palito de dentes ou a ponta de um lápis.

É importante em atividades Mão na massa prestar mais atenção no processo do que no produto. Muitas vezes o produto que os estudantes criam não é tão perfeito. Mas o processo é muito rico e a pesquisa e tentativa de reconstruir as constelações gera aprendizagem significativa. Nessas situações, fica explícito como os estudantes aplicam os resultados das aprendizagens construídas no processo.

O software Stellarium, disponível em: http://fdnc.io/632 (acesso em: 14 maio 2021), apresenta uma simulação do céu e possibilita aos estudantes visualizar constelações. Na sessão Janela de opções do céu, há a aba Cultura Estelar. Nela, os estudantes podem selecionar as constelações tupi-guarani para visualizá-las e compará-las às constelações ocidentais.