UNIDADE 3. Vida microscópica

Mobilizando conhecimentos

A imagem de abertura desta unidade possibilita a reflexão dos estudantes acerca da presença de diversos seres vivos microscópicos em qualquer ambiente. Aprofundando o olhar para a imagem de abertura, verificar se eles reconhecem a relação próxima que mantemos com os microrganismos e as formas com que entramos em contato com eles.

Pedir que observem a cena e reflitam sobre onde eles julgam que podem ser encontrados microrganismos. Nesta unidade, o objetivo é que relacionem os microrganismos com a produção de alimentos, de combustíveis, de medicamentos etc.

Subsídios para o professor

Essa atividade de abertura tem como objetivo o levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes, bem como a sensibilização para os assuntos que serão estudados. Sugere-se uma avaliação diagnóstica que será retomada ao término da unidade para que seja possível estimar os avanços e, paralelamente, tenha-se um panorama do andamento da turma.

Sensibilização

Sugere-se que a abertura seja projetada ou que os estudantes a observem no livro. Utilizar a rotina de pensamento: eu vejo, eu acho, eu me pergunto. Nessa rotina, o objetivo é que eles exponham o que estão vendo na imagem; o que acham sobre o que estão vendo; e o que se perguntam, a partir da ideia da presença de microrganismos no entorno. Utilizar rotinas de pensamento ao trabalhar com imagens é um recurso muito importante para desenvolver a habilidade dos estudantes de avançarem para além do que está representado nas imagens, e os incentivar a fazer o mesmo em outras situações.

Propor as questões sugeridas na seção Primeiros contatos e orientar que registrem as ideias no caderno. Em seguida, organizar pequenos grupos e orientá-los a compartilhar as ideias e, depois, elaborar um registro único com as discussões do grupo. Por fim, promover um momento de compartilhamento e debate com toda a turma, registrando na lousa os pontos de destaque das apresentações.

Gestão da aula – Roteiro da abertura

Tabela: equivalente textual a seguir.

CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Avaliação formativa

As questões da seção Primeiros contatos possibilitam identificar os conhecimentos prévios dos estudantes a respeito dos microrganismos. Sugerir que desenhem os microrganismos no caderno como imaginam que sejam ou perguntar se conhecem algum filme, desenho ou jogo sobre esses seres. Essa atividade pode ser retomada ao final do estudo desta unidade para avaliar os avanços conceituais da turma.

Outro elemento importante para a avaliação é acompanhar o processo e, para isso, utilizar a tabela de rubricas que está na Conclusão da unidade. Desde o início, essa tabela pode ser utilizada como acompanhamento das aprendizagens dos estudantes e retomada em todos os momentos sugeridos como avaliação de processo.

Atividade 1. Espera-se que os estudantes mencionem os seres humanos, as plantas e os microrganismos.

Atividade 2. As respostas são pessoais. Espera-se que os estudantes respondam que sim, citando lupa e microscópio.

Atividade 3. Espera-se que os estudantes reconheçam a importância dos microrganismos para o ambiente – como seres decompositores, habilidade EF04CI06 desenvolvida na unidade 1 – e na produção de alguns produtos, como alimentos, combustíveis e medicamentos.

Atividade 4. Espera-se que os estudantes respondam que as crianças devem lavar as mãos para evitar doenças, além de manter o local limpo, sem restos e embalagens de alimentos, evitando sua contaminação por insetos e microrganismos.

Refletindo sobre a relação entre as áreas

A observação da imagem de abertura possibilita o desenvolvimento da interpretação e a inferência de informações acerca da situação e relação com a língua escrita, favorecendo o desenvolvimento da habilidade EF15LP18.

Introdução da sequência didática

Fazer a leitura do Desafio à vista! e verificar as hipóteses dos estudantes. Se julgar conveniente, anotá-las na lousa e retomar ao término da unidade. Espera-se que, ao concluir este capítulo, eles sejam capazes de identificar alguns microrganismos e os papéis no local em que são encontrados.

O capítulo ainda aborda a relação entre a identificação dos microrganismos com o desenvolvimento do microscópio, instrumento que trouxe avanços para a área de microbiologia. Esse item remete à valorização do conhecimento científico construído ao longo das gerações e que permite atualmente seu aprimoramento em benefício da humanidade.

As bactérias, os protozoários e os vírus são definidos e exemplificados durante o capítulo. Alguns conceitos como: seres decompositores, decomposição, fermentação, agentes causadores de doenças, parasitas são apresentados nesse capítulo. Além disso, várias doenças causadas por esses seres são diferenciadas e exemplificadas: vírus (gripe, Covid-19, raiva, febre amarela e dengue), protozoários (malária, amebíase), bactérias (cárie), fungos (micoses).

Capítulo 9

Objetivos de aprendizagem

• Identificar tipos diferentes de microrganismos.
• Investigar a presença de microrganismos e os locais onde podem ser encontrados.

  Evidências de aprendizagem

• Registros escritos e desenhos das atividades propostas ao longo do capítulo.
• Descrição e análise das observações da Atividade prática.
• Atividades propostas na seção Ligando os pontos.

  A atividade de preenchimento de um quadro denominado SQA (iniciais de Sei, Quero saber, Aprendi) possibilitará aos estudantes listarem na primeira coluna o que já sabem a respeito dos microrganismos. Na segunda coluna, as dúvidas que apresentam acerca do tema, o que querem saber, e na terceira coluna, no decorrer do trabalho com a unidade, as aprendizagens e os avanços dos assuntos estudados.

  Gestão da aula – Roteiro do capítulo 9

  Tabela: equivalente textual a seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Abertura da aula.	Ler os objetivos de aprendizagem e das questões do Desafio à vista!.	Acompanhar a leitura feita pelo professor. Compartilhar os conhecimentos prévios.	Livro didático e caderno.
  Atividade prática.	Orientar e auxiliar os grupos na execução da atividade prática.	Seguir as orientações do professor para executar a atividade prática.	Materiais diversos.

  CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Atividade prática

Para comprovar a existência de microrganismos, os estudantes vão observar o que acontece ao transferirmos material presente no chão ou em outros locais para um meio de cultura. Eles observarão o crescimento de colônias (milhares) de microrganismos, bactérias e/ou fungos, sem ser necessário o uso de microscópios.

Orientar os estudantes a passar as hastes de algodão em locais que possam gerar uma discussão sobre a importância da higiene pessoal, como corrimão, maçanetas, celulares.

Para potencializar os resultados do experimento, acrescentar meio tablete de caldo de galinha dissolvido em água à gelatina sem sabor.

Essa Atividade prática poderá ser feita em casa, pois para o item 1 da atividade é preciso que um adulto prepare a gelatina. Realizar a atividade em casa facilita a execução do item 7.

Antes de verificar os resultados, os estudantes devem apresentar hipóteses do que vão observar. Ao fazer a verificação, alguns aspectos são importantes para análise e comparação entre as equipes: cor, tamanho, forma, ocupação no pote de gelatina.

Atividade 6. Espera-se que os estudantes compartilhem as descobertas acerca dos microrganismos com os familiares e, depois, compartilhem em sala de aula os relatos e as discussões que tiveram com eles.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Essa atividade direciona os estudantes à elaboração de hipótese e execução de experimento para a constatação da existência de organismos microscópicos, atendendo, assim, a competência geral 2 e competência específica 2 de Ciências da Natureza. Além disso, ao trabalharem em grupos, eles exercitam a empatia, o diálogo e o respeito ao próximo, mobilizando a competência geral 9.

Fim do complemento.

Retomar a discussão com os estudantes acerca da importância dos microrganismos nas cadeias alimentares e nos ciclos da matéria, habilidades EF04CI04 e EF04CI05, desenvolvidas anteriormente neste volume. Levantar hipóteses com eles a respeito do modo como os seres humanos começaram a produzir alimentos com o uso de seres microscópicos. Espera-se que eles comentem sobre a fermentação e como ela influencia na produção dos alimentos.

Mencionar que o microscópio possibilita a observação dos microrganismos. Se possível, agendar uma visita ao laboratório da escola e observar algo com o uso desse instrumento para que os estudantes tenham ideia do potencial de aumento do aparelho.

No caso de não haver acesso a um microscópio na escola, é possível utilizar aplicativos para celulares gratuitos disponíveis na internet que ampliam imagens e simulam uma lupa ou um microscópio. O uso desses aplicativos possibilitará aos estudantes ter a noção da diferença do tamanho da imagem produzida com o tamanho do objeto real.

Para auxiliá-los na organização dos resultados da pesquisa da atividade 1 e ao mesmo tempo no compartilhamento das informações com os colegas, recomenda-se o uso da ferramenta digital on-line, o padlet. Trata-se de um recurso digital gratuito que simula um painel em que as informações podem ser organizadas em forma de cartazes, ilustrações, fotografias, vídeos e links. Por se tratar de uma pesquisa que, provavelmente resultará em informações, datas ou fatos históricos, sugira que organizem uma linha do tempo no padlet em ordem cronológica.

O trabalho a respeito dos benefícios dos microrganismos trata-se de um fato de relevância relacionado aos Temas Contemporâneos Transversais.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Na atividade 1, ao propor que os estudantes pesquisem a história do desenvolvimento do microscópio em grupo, são mobilizadas as competências gerais 1, 2 e 9, além da competência específica 1 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Fermentação

Os processos fermentativos ocorrem desde a antiguidade, porém naquela época não se tinha o conhecimento de como a uva se transformava em vinho, a cevada em cerveja e a farinha em pão. Bem mais tarde, estudiosos começaram a esclarecer o fenômeno que estava envolvido nestas transformações, a então denominada fermentação. Uma definição mais restrita, mas ainda muito utilizada, é a de que a fermentação é o mecanismo anaeróbico (sem oxigênio) de produção de energia que não envolve a cadeia respiratória. Nos dias de hoje, esta definição tem sido mais ampliada pelo fato de alguns processos que são conduzidos utilizando-se o oxigênio e a cadeia respiratória também serem classificados como processos fermentativos, citando como exemplo a produção de enzimas microbianas. Portanto, um novo conceito mais abrangente para fermentação consiste no processo que ocorre quando o microrganismo se reproduz, a partir de uma fonte apropriada de nutrientes, visando a obtenção de um bioproduto.

Os processos fermentativos têm uma grande importância em vários setores de interesse para a sociedade, seja na indústria química, farmacêutica e na agricultura, bem como na indústria de alimentos. Neste último setor, exemplos muito importantes são a produção de queijo, iogurte, manteiga, produtos de panificação, picles, carnes fermentadas, vinagres, enzimas, dentre outros. [...]

FONTE: DAMASO, M. C. T.; COURI, S. Fermentação. Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em: http://fdnc.io/fed. Acesso em: 25 jun. 2021.

Fazer a leitura compartilhada da página com os estudantes e sugerir que observem as imagens e leiam as legendas. Eles deverão identificar as bactérias e suas formas, bem como reconhecer a importância econômica desses seres vivos.

Propor questões envolvendo a nutrição e a produção de alimentos fermentados, enfatizando a importância do processo de fermentação para a produção de diversos alimentos, que variam de acordo com o tipo de microrganismo e com os substratos disponíveis.

É provável que surjam dúvidas quando os estudantes perceberem que ingerem seres como os lactobacilos dos iogurtes e também podem ingerir outros tipos de bactérias em alimentos vencidos. Relembrar que esses seres realizam a mesma competição por espaço que outros seres na natureza. Portanto, se já existem lactobacilos no trato intestinal, uma pequena quantidade de novos seres não conseguirá se alojar e será morta ou expelida. Se esses novos seres estiverem em quantidade maior e os seres originais forem retirados ou reduzidos, existem chances de ocorrer uma troca de microbiota, causando problemas clínicos.

O texto desta página possibilita o desenvolvimento da habilidade EF04CI07, ao mostrar a participação de microrganismos na produção de alimentos.

Atividade 2. Explicar os cuidados necessários com os dentes para se evitar a cárie. Essa atividade retoma as habilidades EF01CI03 ao trazer a importância dos hábitos de higiene para a manutenção da saúde, e a habilidade EF01CI08 ao solicitar que os estudantes apresentem atitudes para prevenir as cáries. Espera-se que os estudantes relacionem o hábito da escovação dos dentes após as refeições e o consumo controlado de açúcares à manutenção da saúde bucal, evitando cáries.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Ao apresentar os significados das palavras “célula”, “inofensiva” e “corrói”, os estudantes ampliam o vocabulário.

Fim do complemento.

Atividade 3. Propor aos estudantes uma pesquisa a respeito da malária. Incentivar que anotem as palavras que desconhecem e busquem pelo significado delas, anotando no caderno. Esse exercício contribui para o desenvolvimento do vocabulário, como sugerido na PNA. É importante que os estudantes identifiquem o ciclo da doença no organismo humano e suas consequências.

Conversar com os estudantes buscando estabelecer relação entre os fungos causadores de micoses e os hábitos de higiene pessoal, como usar calçados em vestiários e piscinas comunitárias ou ficar atento aos ferimentos e coceiras. Comentar sobre cuidados com a pele e os ambientes propícios para os fungos crescerem e causarem doenças.

Atividade 4. Espera-se que os estudantes relacionem a ocorrência dessas doenças a fatores como umidade e temperatura ideais para a sobrevivência e desenvolvimento de fungos causadores das micoses e percebam que medidas como: enxugar bem o corpo, principalmente as dobras, usar chinelos ao pisar em locais de uso público, utilizar roupas de algodão que tenham boa absorção de água e ventilação, não compartilhar utensílios de uso individual, evitar calçados fechados sem ventilação por longos tempos. Essa atividade retoma a habilidade EF01CI03, ao relacionar os hábitos de higiene à manutenção da saúde.

As atividades propostas possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04CI08 ao apresentar como ocorre a transmissão de alguns microrganismos – nesse caso, a malária (protozoário) e as micoses (fungos), além de propor atitudes e medidas adequadas de prevenção dessas doenças.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Na atividade 4, os estudantes tem a oportunidade de desenvolver a competência geral 8 e a competência específica 7 de Ciências da Natureza, ao apreciar-se e cuidar de sua saúde, mantendo as pele seca para evitar as micoses.

Fim do complemento.

Fungos e micose

Os fungos são estruturas simples que existem na natureza há milhões e milhões de anos. Encontrados em todos os ambientes, estão permanentemente em contato com nossa pele e mucosas externas, mas não provocam nenhum tipo de reação patológica, porque vivem na camada constituída pelas células mortas e nosso organismo entra em equilíbrio com eles. Sob certas circunstâncias, porém, pode abrir-se uma porta no organismo, por onde os fungos penetram e provocam uma infecção chamada micose, que é completamente diferente das infecções causadas por bactérias e vírus.

De preferência, as micoses desenvolvem-se na pele, no couro cabeludo e nas unhas, áreas mais úmidas e ricas em queratina, que se transformam no hábitat ideal para os fungos se desenvolverem. Micoses exigem tratamento prolongado e persistente, sob a orientação de um médico dermatologista. A melhor forma de preveni-las é cuidar da higiene e evitar situações que possam favorecer a infecção por fungos.

FONTE: VARELLA, D. Micoses . 13 fev. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fef. Acesso em: 25 jun. 2021.

Quero saber!

O texto apresenta a descoberta do antibiótico penicilina e alerta para os perigos da automedicação. Pedir aos estudantes que façam a leitura em voz alta e anotem no caderno as palavras que desconhecem para procurar o significado, enriquecendo assim o vocabulário, além de aproximar da linguagem científica, como sugerido na PNA.

Relacionar a descoberta de Fleming com as habilidades de observação, reflexão e conclusão. Refletir, ainda, a respeito da importância de sempre observar o entorno e pensar a respeito das causas e efeitos.

Após a leitura do texto acerca da história da descoberta dos antibióticos, pedir aos estudantes uma pesquisa sobre outras descobertas “ao acaso” na Ciência. Eles podem produzir a montagem de um storyboard com imagens dos pesquisadores e os “acidentes científicos”. O storyboard é um roteiro em sequência cronológica de imagens que serve para planejar uma animação.

Para complementar o assunto, alertá-los a respeito do uso indiscriminado de antibióticos e comentar que certas bactérias não sofrem mais os efeitos de alguns antibióticos e isso pode dificultar a eliminação de doenças causadas por essas bactérias.

A seção Quero saber! mobiliza a habilidade EF04CI07 ao oportunizar que os estudantes reconheçam que as pesquisas sobre os microrganismos fazem parte da História da Ciência.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao apresentar a história da descoberta dos antibióticos, essa seção propicia o desenvolvimento as competências gerais 1 e 2, além de mobilizar a competência específica 1 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recursos complementares

KEAN, S. A colher que desaparece: e outras histórias reais de loucura, amor e morte a partir dos elementos químicos. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

KEAN, S. O polegar do violinista: e outras histórias da genética sobre amor, guerra e genialidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

Os livros contêm muitos exemplos de histórias curiosas da Biologia e da Química que podem ser um ponto de partida para desenvolver a curiosidade científica nos estudantes.

Fim do complemento.

Dar início à leitura da página e perguntar aos estudantes o que sabem a respeito dos vírus. Nesse momento, é interessante a montagem de um quadro em que eles possam fazer uma lista com nomes de infecções que conhecem e que julgam serem causadas por microrganismos. Na sequência, colocar etiquetas ao lado dos nomes das infecções, informando se as doenças são causadas por bactérias, fungos, protozoários ou vírus.

Antes de iniciar a pesquisa da atividade 5, questionar o que diferencia os vírus dos microrganismos. É importante que identifiquem os vírus como parasitas celulares obrigatórios, porque só se reproduzem no interior de células vivas.

Atividade 5. Essa atividade complementa o trabalho com a habilidade EF04CI08, pois solicita a pesquisa acerca de vírus, bactérias, fungos e protozoários relacionando-os às infecções causadas por eles. Além disso, o trabalho com pesquisas contribui para o desenvolvimento da habilidade EF35LP17 de Linguagens, ao incentivar que os estudantes leiam de forma autônoma textos de diferentes gêneros.

A temática desta página, ao abordar agentes causadores de doenças, trata de um fato de relevância relacionado aos Temas Contemporâneos Transversais.

Boxe complementar:

Recurso complementar

LIBÂNIO. C. Curielo: o micróbio cientista. São Paulo: Evoluir, 2014.

Curielo é um micróbio cientista que gosta de estudar e se aventurar pelo corpo humano para entender seu funcionamento e assim ajudar as pessoas a terem uma vida mais saudável e feliz.

Fim do complemento.

Covid-19: que vírus é esse?

Inicialmente chamada de 2019-n-CoV, a infecção provocada pelo novo coronavírus recebeu o nome oficial de covid-19, em 11 de fevereiro: um acrônimo do termo “doença por corona vírus” em inglês ( corona virus deceased 2019). [...]

Os coronavírus [...] são uma causa conhecida de infecção respiratória. Em geral, provocam um resfriado leve; até as últimas décadas, raramente geravam doenças mais graves em humanos. [...]

Os sintomas mais comuns são febre, tosse e dificuldade de respirar. Já há diversos trabalhos científicos publicados desde o início da epidemia, mostrando a velocidade da resposta da ciência. [...]

Quanto à transmissão, presume-se que acontece apenas por gotícula — ou seja, uma pessoa tosse, fala ou expectora e em contato próximo com outra passa o vírus. As máscaras descartáveis viraram símbolo da epidemia. […]

FONTE: DOMINGUEZ, B. Covid-19: Que vírus é esse? Fiocruz , 30 fev. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/feg. Acesso em: 25 jun. 2021.

Sistematizando conhecimentos

As atividades propostas na seção Ligando os pontos, desta e da próxima página, possibilitam a retomada do Desafio à vista! e o aprofundamento, se necessário, de questões trabalhadas durante a sequência didática. Essas atividades ainda possibilitam organizar os conhecimentos construídos até o momento.

Ao final desta sequência didática, espera-se que os seguintes objetivos tenham sido alcançados:

• identificar e diferenciar microrganismos;
• reconhecer a ação infecciosa de microrganismos;
• relacionar hábitos saudáveis com a manutenção dos sistemas orgânicos.
• empregar medidas profiláticas que evitem doenças causadas por microrganismos;
• identificar a importância dos microrganismos em diversas áreas como: médica, econômica e ambiental.

  Sugerir aos estudantes que respondam às questões. Na sequência, propor a construção de um mapa conceitual em que seja possível estabelecer relações entre os conteúdos na sequência didática.

  Avaliação de processo

  As atividades da seção Ligando os pontos podem ser utilizadas como um momento de avaliação de processo, pois oferecem subsídios para identificar as aprendizagens dos estudantes sobre os conteúdos relacionados aos microrganismos, assunto trabalhado nesta sequência didática.

  Nesse momento, retomar a rubrica elaborada para esta unidade e verificar o nível de desempenho em relação às habilidades e às competências gerais que foram elencadas para este capítulo. O objetivo dessa avaliação é coletar evidências para redirecionar ações de ensino e aprendizagem, acompanhando os estudantes que não se encontram no nível esperado da rubrica.

  Boxe complementar:

  De olho na PNA

  Ao incentivar a leitura em voz alta, na atividade 1, os estudantes têm oportunidade de desenvolver duas das competências essenciais da alfabetização: a fluência em leitura oral e a compreensão de textos.

  Fim do complemento.

Atividade 1. Os estudantes deverão responder às questões de interpretação do texto relacionando os conhecimentos obtidos durante o capítulo com as informações contidas nele. Essa atividade de interpretação contribui para o desenvolvimento da habilidade EF04LP19 de Linguagens e vai ao encontro da PNA.

Atividade 2. Propor a leitura de uma tirinha que relaciona o ato de lavar as mãos à diminuição de transmissão de doenças, retomando a habilidade EF01CI03 e desenvolvendo a habilidade EF04CI08.

Atividade 3. Apresentar uma situação-problema para que os estudantes argumentem a respeito da prescrição médica para uma virose. Eles deverão argumentar que para o tratamento de uma virose não é indicado o uso de antibióticos, porque não se trata de uma doença causada por bactérias.

Para finalizar, é possível verificar se os estudantes relatam a importância da higiene pessoal para a prevenção de doenças. Se julgar conveniente, relembrar com a turma, ou apresentar, se for o caso, o procedimento correto da lavagem das mãos, habilidade EF01CI03 desenvolvida no 1º ano. Pode ser feita uma atividade para comprovar a eficiência da lavagem cuidadosa com bastante sabão ou sabonete para eliminar todos os resíduos das mãos. Uma sugestão é propor uma atividade em que um dos estudantes, voluntariamente, tenha as mãos recobertas por tinta guache. Em seguida, com os olhos vendados, ele deverá lavá-las como faz usualmente. Após a lavagem, a turma deverá observar como ficaram as mãos dos colegas e verificar as partes em que ainda tenha restado tinta. Os estudantes podem fazer cartazes ou pequenos vídeos para orientar a comunidade escolar a lavar as mãos de forma correta.

Boxe complementar:

De olho na PNA

A atividade 2 oportuniza o desenvolvimento da compreensão de texto ao incentivar a leitura da tirinha.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

A atividade 3 mobiliza a competência geral 7, ao incentivar que os estudantes argumentem a respeito do uso dos antibióticos com base em informações confiáveis. Também colabora para o desenvolvimento da competência específica 5 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Pandemia acende novo alerta sobre as superbactérias

Globalmente, a escalada da resistência bacteriana também ameaça o exercício da medicina, uma vez que a área é dependente dos antibióticos. [...]

A atual pandemia de covid-19 chamou a atenção para o problema dessa escalada global de resistência, devido ao uso de medicamentos ineficazes para tratar a doença e a quantidade de infecções hospitalares que pacientes internados acabam contraindo. O infectologista analisa que muitos pacientes que contraem a covid-19 estão “sendo tratados abusivamente e desnecessariamente com antibióticos, e sofrendo infecções hospitalares em decorrência disso”. [...]

FONTE: MACHIORI, B. Escassez global de novos antibióticos agrava a ameaça das superbactérias. Jornal da USP , 24 maio 2021. Disponível em: http://fdnc.io/feh. Acesso em: 25 jun. 2021.

Gestão da aula – Roteiro do capítulo 10

Tabela: equivalente textual a seguir.

Introdução da sequência didática

Iniciar o capítulo fazendo a leitura do Desafio à vista! e identificando as hipóteses dos estudantes acerca da questão. Incentivá-los a compartilhar as ideias com os colegas.

É importante lembrar que nessa fase da escolaridade, os estudantes não têm clareza dos benefícios dos microrganismos para os outros seres vivos. Por isso, chamar a atenção para a existência de microrganismos que causam doenças, bem como os que são benéficos aos seres vivos e ao ambiente.

O capítulo 10 tem como foco a verificação da participação dos microrganismos em diferentes situações, como na produção de alimentos, na fabricação de combustíveis e na decomposição de restos de alimentos em uma composteira.

Ao final do capítulo, as atividades propostas na seção Ligando os pontos podem ser utilizadas como avaliação de processo, gerando evidências de aprendizagens e indicando a necessidade de recuperação de alguns conteúdos.

Capítulo 10

Objetivos de aprendizagem

• Identificar a presença de microrganismos em alimentos, combustíveis e ambientes.
• Reconhecer a importância dos microrganismos na fabricação de biocombustíveis.
• Relacionar a ação de microrganismos decompositores ao equilíbrio de ecossistemas.
• Reconhecer a necessidade do resfriamento na conservação dos alimentos.

  Evidências de aprendizagem

• Explicação dos benefícios dos microrganismos na produção de alimentos e biocombustíveis.
• Reconhecimento da importância do resfriamento na conservação dos alimentos.
• Descrição dos benefícios da atuação de microrganismos na decomposição da matéria orgânica para o ambiente.

  Atividade 1. Fazer a leitura do texto com os estudantes e conversar a respeito das diferenças entre resfriar e congelar um alimento. Explicar que, mesmo em ambientes refrigerados, os alimentos podem sofrer ação de microrganismos, ainda que mais lentamente.

Relembrar com os estudantes a ação dos microrganismos no ambiente como agentes de reciclagem, retomando assim a habilidade EF04CI06 e, depois, questionar se eles também podem ter alguma utilidade econômica, como a produção de alimentos. Aprofundar a discussão ao analisar o fermento utilizado no preparo do pão. Orientar os estudantes para que não confundam o fermento químico, que é artificial, com o fermento biológico, constituído por fungos.

Sugerir que pesquisem alimentos que podem ser produzidos com a ação de microrganismos. Entre as receitas pesquisadas, é provável que eles mencionem a de iogurte. Usar esse exemplo para questioná-los: “Vocês perceberam que, para preparar iogurte a partir do leite, utilizamos um pouco de iogurte pronto? O que há no iogurte pronto que faz o leite tornar-se iogurte?”.

Atividade 2. Sistematizar o tema trabalhado, por meio de pesquisa e recortar imagens, possibilitando aos estudantes ampliarem os conhecimentos acerca da presença de microrganismos nos alimentos. Ao realizar essa atividade, eles têm a oportunidade de desenvolver a habilidade EF04CI07, uma vez que irão identificar a presença de microrganismos na produção de alguns alimentos. Reforçar o cuidado com a manipulação da tesoura.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Os temas trabalhados nessa unidade estão em conformidade com as competências gerais 1 e 2 e com a competência específica 1 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

LUVISSUTO, M.; VEIGA, P.; CASTILHO, S. Fermentação divertida: introdução à Ciência através de atividade culinária investigativa. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014. Disponível em: http://fdnc.io/fek. Acesso em: 25 jun. 2021.

O livro contém material didático-pedagógico que busca despertar o interesse dos estudantes durante o aprendizado de conceitos referentes ao processo de fermentação.

Fim do complemento.

A água na cadeia produtiva

Existe grande demanda pelo uso da água na cadeia produtiva da cana-de-açúcar. Na fase de cultivo da cana, nas condições do Estado de São Paulo, praticamente a água não é utilizada, ou quando ocorre, devido a fortes estiagens, fica limitada às proximidades de mananciais e ao sistema de irrigação disponível. [...] Na indústria, entretanto, existe a demanda de aproximadamente 13,33 m³ de água/t de cana moída, o que corresponde ao consumo estimado de mais de 2,6 bilhões de m³ de água, apenas no Estado de São Paulo, para uma safra de 200 milhões de toneladas de cana. [...]

Na usina, a água é utilizada para a lavagem da cana após a colheita, lavagem de caldeiras e das instalações em geral, na geração de vapor, no resfriamento de gases, nas colunas barométricas dos cristalizadores, na filtração, na incorporação ao produto final, no caso do álcool hidratado, entre outros. [...]

FONTE: ROSSETTO, R. A cultura da cana, da degradação a conservação. Visão Agrícola , nº 1, p. 80-85, jan./jun. 2004. p. 82. Disponível em: http://fdnc.io/fem. Acesso em: 25 jun. 2021.

Para gerar reflexão sobre impactos ambientais, abordar o fato de que, embora o etanol cause menos poluição ambiental (no ar), a produção é muito impactante na captação de água necessária para os processos bioquímicos.

Atividade 3. Os estudantes precisarão mobilizar conhecimentos acerca de fermentação, vistos no capítulo anterior, para relacionar com a etapa 5 em que os microrganismos se alimentam do açúcar.

Atividade 4. É preciso que os estudantes façam inferências a respeito do porquê é preciso eliminar todos os microrganismos do melado. Nesse caso, mobilizarão conhecimentos sobre a atuação dos microrganismos como decompositores, fato esse, que estragaria o processo de fabricação do biocombustível estudado.

Além de desenvolver a habilidade EF04LP20, que propõe o reconhecimento da função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, é possível também relacionar o estudo dos microrganismos com outras áreas do conhecimento, a exemplo de Geografia, ao tratar a importância deles na produção de biocombustíveis, estabelecendo relações com a habilidade EF04GE08, que trata da transformação de matérias-primas, produção e circulação de produtos.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Na atividade 3, desenvolve-se a produção escrita ao pedir aos estudantes que expliquem em que etapa do esquema os microrganismos contribuem com a produção do etanol.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Recurso complementar

CRIANÇAS e adolescentes aprendem a produzir biodiesel a partir do óleo de cozinha. Canal TV Brasil Gov. Disponível em: http://fdnc.io/fen. Acesso em: 25 jun. 2021.

Vídeo apresentando a oficina de produção de biodiesel oferecida pela Embrapa.

Fim do complemento.

Fazer a leitura compartilhada do texto e destacar as informações presentes na imagem. Chamar a atenção dos estudantes para que sempre verifiquem as embalagens e a data de validade antes de comprar o produto. Embalagens danificadas são sinais de mau armazenamento e podem contaminar o alimento. Enfatizar “como” os pesquisadores determinam as informações dos produtos a partir da quantidade de microrganismos presentes nele após algum tempo.

Apesar de os rótulos possuírem muitas informações, nessa atividade os estudantes devem procurar aquelas que relatem a validade e a forma de armazenamento, bem como as alterações que podem ocorrer após a abertura da embalagem.

Abordar outras informações importantes sobre os rótulos, questionando-os a respeito das informações nutricionais: “Quais são os ingredientes desse alimento?”; “Quais são os aditivos e conservantes utilizados?”; “O que são aditivos?”. Em relação aos tipos de embalagem, verificar se são recicláveis, reutilizáveis ou se exigem alguns cuidados no momento do descarte.

Avaliar, por meio das possíveis colocações dos estudantes, se todos identificaram a importância da análise dos rótulos dos alimentos.

O tema compostagem pode ser utilizado para incentivar os estudantes a produzir uma composteira ou relacionar melhor a interação entre os seres vivos e a reutilização de matéria orgânica.

Aprenda a fazer uma composteira caseira

1. O primeiro passo é comprar três caixas de plástico [...] 30 x 40 x 15 cm de altura para famílias com até duas pessoas e 45 x 60 x 30 cm de altura para famílias com até cinco pessoas.

2. [...] faça buraquinhos de aproximadamente meio centímetro de diâmetro em duas das caixas.

3. Em uma das caixas furadas, coloque um pouco de terra e minhocas [...]. É nessa caixa que depois você vai acrescentar [...] os restos de alimentos e [...] serragem [...]. A proporção deve ser sempre 2:1. [...]

4. [...] empilhe as três caixas [...]. A de baixo é a que não tem furos e deverá ficar vazia. Ela servirá para o escoamento e armazenamento de chorume, líquido formado durante o processo de decomposição do material orgânico [...]. A caixa do meio deverá ficar vazia e só será utilizada quando a de cima estiver cheia. [...]

5. Quando a caixa de cima estiver cheia, passe-a para a posição do meio e coloque a que estava no meio em cima. As minhocas ficarão no andar do meio, andando de um lado para o outro, produzindo o húmus [...], enquanto você torna a despejar o lixo orgânico na caixa vazia.

6. [...] o composto precisa ser mexido sempre que forem adicionados novos restos de comida. A oxigenação auxilia a ação dos microrganismos e é importante para evitar o mau cheiro. Além disso, o composto também precisa estar sempre úmido. [...]

7. Geralmente, depois de 50 dias, o adubo estará pronto. Ele deve apresentar um aspecto o qual não é possível distinguir os tipos de material. [...] sua coloração deve ser escura [...].

   FONTE: AKATU. Aprenda fazer uma composteira caseira . Disponível em: http://fdnc.io/feo. Acesso em: 25 jun. 2021.

   Retomar com os estudantes a capacidade que alguns microrganismos têm de realizarem decomposição e relacione-a à produção de adubo gerado a partir da ação deles em lixo orgânico. Caso julgue interessante, construir com ajuda deles uma composteira de baixo custo na escola, utilizando materiais recicláveis e reaproveitando restos de alimentos da merenda escolar.

   Atividade 5. Os estudantes devem ser capazes de identificar as informações dos rótulos e a melhor forma de armazenamento para cada um dos produtos mencionados. Nessa atividade, eles devem mobilizar os conhecimentos construídos com o estudo dos rótulos nas atividades anteriores.

   Atividade 6. É possível avaliar se os estudantes conseguiram associar a presença de microrganismos no alimento com a capacidade de reprodução desses seres microscópicos. Retomar esse conceito no caso de essa relação não ter ficado clara para os estudantes.

   Atividade 7. Os estudantes devem retomar conceitos envolvendo características ambientais favoráveis ao crescimento dos microrganismos e decomposição de matéria orgânica em ambientes com condições favoráveis para isso, como por exemplo, restos vegetais decompostos em uma floresta. Deve-se ressaltar a importância desse processo para o equilíbrio dos ecossistemas.

   Boxe complementar:

   De olho na PNA

   Ao realizar a leitura dos rótulos dos alimentos, os estudantes estão desenvolvendo o vocabulário, indo ao encontro da Política Nacional de Alfabetização.

   Fim do complemento.

   Boxe complementar:

   De olho na BNCC

   As atividades 5 e 6 propiciam o desenvolvimento da competência geral 8 e da competência específica 7 de Ciências da Natureza ao incentivar que os estudantes verifiquem as informações nos rótulos dos alimentos, como a data de validade e as condições de armazenamento.

   Fim do complemento.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades da seção Ligando os pontos, os estudantes retomam o desafio proposto na abertura deste capítulo e organizam os conhecimentos construídos até o momento acerca dos benefícios que os microrganismos podem trazer ao ambiente e aos demais seres vivos.

Ao final dessa sequência didática, espera-se que os estudantes sejam capazes de:

• reconhecer da importância dos microrganismos para a produção de alimentos e biocombustíveis.
• valorizar os benefícios trazidos pelos microrganismos na decomposição de matéria orgânica no ambiente.
• identificar a importância econômica e aplicação prática dos conhecimentos sobre esses seres em várias áreas do conhecimento.
• empregar atitudes adequadas na escolha de produtos considerando a validade, a coloração, a textura, o cheiro mediante os conhecimentos construídos sobre microrganismos.

  Avaliação de processo

  Essas atividades podem ser usadas para avaliar os conhecimentos construídos referentes aos temas trabalhados no capítulo. Todas as atividades ao longo do capítulo possibilitam a reorientação do trabalho do professor durante o processo de ensino e aprendizagem. Nessa seção, é preciso que os estudantes mobilizem os conhecimentos construídos, levantem hipóteses, confronte-as com as evidências apresentadas, retomem conceitos e construam as repostas mediante a interpretação de informações. Assim, essa seção articula os conhecimentos trabalhados anteriormente, retomando conceitos e relacionando-os a situações práticas em que as respostas não estão explícitas.

  Boxe complementar:

  De olho na PNA

  Ao pedir aos estudantes que façam a leitura em voz alta, a atividade 1 possibilita o desenvolvimento da fluência da leitura oral. Além disso, o texto trata de uma inovação tecnológica científica, possibilitando a ampliação de vocabulário.

  Fim do complemento.

  Consumo de plásticos explode na pandemia e Brasil recicla menos de 2% do material

  Com o avanço do delivery de alimentos e do comércio eletrônico, além do maior uso de material hospitalar descartável como máscaras e luvas, o consumo de plásticos explodiu durante a pandemia do coronavírus. O aumento do volume de lixo plástico é bastante problemático num país onde apenas 1,28% deste material é reciclado, segundo dados da WWF citados pelo Atlas do Plástico, estudo inédito realizado pela organização sem fins lucrativos alemã Fundação Heinrich Böll.

A título de comparação, o índice de reciclagem de latas de alumínio chegou a 97,6% em 2019, segundo dados da Abal (Associação Brasileira do Alumínio) e da Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas). A fundação alemã chama atenção ainda para as 70 mil a 190 mil toneladas de lixo despejadas por ano no mar brasileiro pela população que vive na costa, um problema para a fauna e flora marinha, para a saúde das pessoas, comunidades tradicionais e o turismo, uma das atividades econômicas mais afetadas pela pandemia.

FONTE: CARRANÇA, T. Consumo de plásticos explode na pandemia e Brasil recicla menos de 2% do material. BBC News Brasil , 30 nov. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/feq. Acesso em: 15 jul. 2021.

Os estudantes devem refletir a respeito da decomposição de alimentos e podem ser direcionados a pensar sobre a importância desse processo na natureza como parte dos ciclos biogeoquímicos, retomando a habilidade EF04CI06.

Atividade 2. Os estudantes devem ser capazes de reconhecer indícios de putrefação nos alimentos e associar esses indícios com a validade e o perigo de contaminação e aparecimento de problemas de saúde, desenvolvendo a habilidade EF04CI08.

Discutir, nesse momento, outros sentidos responsáveis por perceber que os alimentos não estão saudáveis, como o olfato e o paladar, que podem detectar alimentos estragados.

É importante que eles relacionem, ainda, que o surgimento de bolores visíveis nos alimentos significa que a colônia de microrganismos está crescendo a partir de seres vivos já presentes neles.

Atividade 3. Aproveitar a atividade para verificar se os estudantes identificaram a importância dos microrganismos para o ambiente e para os seres vivos de acordo com as habilidades EF04CI06, EF04CI07 e EF04CI08.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao ler um texto mostrando os problemas do consumo de plástico, os estudantes são convidados, na atividade 1, a refletir acerca dos problemas ambientais e a relação à focos transmissores de doenças, mobilizando as competências gerais 8 e 10.

Fim do complemento.

Introdução da sequência didática

Iniciar o capítulo fazendo a leitura do Desafio à vista! e identificando as hipóteses dos estudantes a respeito de como o nosso corpo se defende dos microrganismos e propor a eles que compartilhem com a turma. Solicitar que observem a imagem e relatem o que está acontecendo com as pessoas.

Para finalizar o capítulo, as atividades propostas na seção Ligando os pontos podem ser utilizadas com avaliação de processo, gerando evidências das aprendizagens, indicando a necessidade de recuperação alguns conteúdos.

Nessa sequência se trabalha a habilidade EF04CI08, ao apresentar atitudes e medidas adequadas para prevenção de doenças a eles associadas.

Capítulo 11

Objetivos de aprendizagem

• Descrever os mecanismos de ação do sistema imune.
• Reconhecer a importância das vacinas na prevenção de doenças causada por microrganismos e diferenciá-las dos soros.
• Valorizar a vacinação como estratégia de prevenção individual e coletiva de doenças.

  Evidências de aprendizagem

• Descrição e análise das observações da atividade prática.
• Compartilhamento dos conhecimentos construídos sobre a vacina com a família e a comunidade.

  Atividade 1. Fazer a leitura compartilhada do texto, utilizando estratégias de leitura tais como: levantamento de hipóteses, inferências, identificação de palavras-chaves, busca de informações complementares e identificação de pistas que respondam à questão inicial.

  Explicar que é importante ter conhecimento das substâncias ou elementos aos quais são alérgicos, a fim de evitar o contanto com elas.

  Boxe complementar:

  De olho na PNA

  Ao fazer a leitura e pesquisar o significado das palavras desconhecidas, os estudantes desenvolvem as competências essenciais da alfabetização: a fluência oral, a compreensão de textos e o desenvolvimento de vocabulário.

  Fim do complemento.

  Gestão da aula – Roteiro do capítulo 11

  Tabela: equivalente textual a seguir.

  Plano de aula	Papel do professor	Papel do estudante	Recursos
  Abertura do capítulo.	Ler os objetivos de aprendizagem e o Desafio à vista!. Organizar a leitura compartilhada do texto.	Acompanhar a leitura compartilhada. Ler e interpretar o texto.	Livro didático e caderno.

  CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Fazer a leitura compartilhada da página. A atuação do sistema imunitário não precisa ser detalhada aos estudantes dessa faixa etária. É importante apenas que eles entendam que o organismo pode se defender de vários microrganismos. Dessa forma, busca-se conscientizá-los a respeito dos riscos da automedicação, por exemplo. Explicar que o uso de medicamentos é necessário somente quando o organismo não consegue se defender dos agentes estranhos.

Atividade 2. Planejar com antecedência esse evento com a equipe gestora da escola, com o profissional convidado e com os estudantes. Organizar um espaço adequado a conversa e providenciar os recursos necessários, caso sejam solicitados pelo convidado. A conversa poderá ser presencial ou on-line, dependendo das condições estabelecidas pela escola e disponibilidade do profissional convidado. Pedir aos estudantes que elaborem em casa, junto com familiares, perguntas para serem feitas ao convidado. Estabelecer um prazo para o compartilhamento dessas perguntas em sala de aula, listar as perguntas de acordo com os temas que apareceram e construir um gráfico de barras com representar as informações obtidas.

Durante a conversa, orientá-los a fazer as perguntas que mais apareceram na pesquisa feita em casa e listadas em sala de aula. Distribuir as perguntas, dando oportunidade para todos participarem.

A temática desta página, ao tratar de formas do organismo reagir às doenças, trata de um fato de relevância relacionado aos Temas Contemporâneos Transversais.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Ao solicitar que os estudantes escrevam um texto com as principais características das doenças abordadas, a atividade 2 propicia o desenvolvimento da produção de escrita, indo ao encontro da PNA.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao trabalharem em grupo, organizando as questões que farão ao convidado, os estudantes exercitam a empatia, o diálogo e o respeito ao próximo, desenvolvendo a competência geral 9.

Fim do complemento.

Atividade 3. Os estudantes devem interpretar as informações da caderneta de vacinação e identificar as vacinas que já tomaram. É muito importante detectar junto com eles se há alguma vacina em atraso. Em caso positivo, solicitar que conversem com os responsáveis para atualizá-la. Outro ponto que não deve ser esquecido é a verificação da 2ª dose ou reforço da vacina em determinados tipos de vacinas. Explicar a importância delas para a total eficácia da imunização e que apenas a 1ª dose não garante a imunização.

Enfatizar que as vacinas devem ser tomadas no período indicado; porém, se não foram tomadas na época correta, podem ser tomadas assim que possível ou assim que for identificada a necessidade, sempre com orientação médica.

Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a doença Covid-19 uma pandemia, pois foi disseminada em todos os continentes. O agente causador da Covid-19 é um vírus da família dos coronavírus, o Sars-CoV-2, que significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2” e que tem grande capacidade de infectar as células dos seres humanos, causando sintomas graves em determinadas pessoas. A Ciência desenvolveu as vacinas que devem ser utilizadas como medida de prevenção para essa doença.

Ao trabalhar esse fato atual de relevância com os estudantes, espera-se desenvolver a habilidade EF04CI08.

Aproveitar para destacar a importância da pesquisa científica e do trabalho dos pesquisadores como Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus na obtenção de informações detalhadas a respeito das características do vírus, possibilitando a produção das primeiras vacinas contra ele.

Boxe complementar:

Recursos complementares

BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: http://fdnc.io/fet.

VACINAÇÃO. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Disponível em: http://fdnc.io/feu.

Nesses sites, é possível consultar quais são as vacinas que adolescentes, adultos e idosos devem tomar. Também há informações sobre as doses de cada vacina e a idade de cada grupo.

Acessos em: 25 jun. 2021.

Fim do complemento.

A produção de soros

O termo soro designa qualquer imunobiológico produzido em animais e utilizado no tratamento de enfermidades provocadas pela ação do veneno de animais peçonhentos, por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da difteria, botulismo e tétano, ou ainda, na profilaxia pós-exposição ao vírus da raiva. Pode ainda ser classificado na categoria de antiveneno quando contém anticorpos neutralizantes do veneno de animais, como os soros antiofídicos, antiescorpiônico e antiaracnídico; em antitoxina, obtida de toxinas bacterianas, como o soro antitetânico, antidiftérico e antibotulínico; ou como imunoglobulina antiviral, no caso do soro antirrábico.

Para que um soro seja eficiente na neutralização dos efeitos tóxicos de um veneno animal ou agente infeccioso, é necessário que ele contenha anticorpos específicos, dirigidos contra as principais toxinas responsáveis por seus efeitos.

FONTE: MONACO, L. M. (org.) Soros e vacinas do Butantan . São Paulo: Instituto Butantan, 2018. p. 6. Disponível em: http://fdnc.io/fev. Acesso em: 25 jun. 2021.

Solicitar aos estudantes que, em duplas, realizem a leitura dos textos desta página para que possam diferenciar a produção de vacinas, comentada nas páginas anteriores, da produção do soro.

A leitura do esquema também pode ser feita de forma compartilhada, e os estudantes podem identificar os passos da produção, levantando dúvidas ou suposições. É frequente que eles questionem sobre a saúde do cavalo após participar da produção. É importante informar que a quantidade de veneno aplicada nele é pequena e apenas estimula a produção dos anticorpos, sem prejudicar a saúde do animal.

A leitura de informações organizadas em diferentes suportes tais como a caderneta de vacinação da atividade anterior e o esquema a respeito da produção de soro possibilita o desenvolvimento das habilidades de compreensão leitora EF04LP19 e a EF04LP20, além de ir ao encontro da PNA.

Boxe complementar:

Recursos complementares

INSTITUTO Butantan. Disponível em: http://fdnc.io/few.

O site apresenta mais informações sobre os tipos de soro e sua produção.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Sáude, 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fex.

O Guia de Vigilância em Saúde (GVS), elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS), se alinha aos novos desafios e estratégias de vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos de importância de saúde pública.

Acessos em: 25 jun. 2021.

Fim do complemento.

Atividade 4. Trazer a discussão sobre a Revolta da Vacina ocorrida em 1904 no Rio de Janeiro. Justificar a importância das campanhas de vacinação e argumentar a respeito da obrigatoriedade da vacinação. Para auxiliá-los na reflexão levantar questões como: “Por que as pessoas se revoltaram? Como as pessoas eram informadas na época? O que significa erradicar a doença?”.

Após esse levantamento de questões, esclarecer que as pessoas não tinham informações claras de como as vacinas funcionavam e, ao imaginar que seriam infectadas com os próprios causadores da doença, muitos acharam que isso não seria saudável. A obrigatoriedade de vacinação também causou desconfiança e descontentamento e os jornais de época retratavam o próprio Oswaldo Cruz de maneira caricata.

Lembrar aos estudantes que erradicar não significa que a doença não existe mais, mas que ela foi controlada e não é mais uma epidemia. Ainda existem casos de varíola no mundo e por vezes são noticiados surtos de doenças como sarampo e meningite, por exemplo. Os estudantes podem tentar relacionar os elementos da charge com a importância da profilaxia e das campanhas de vacinação.

Ao desenvolver os conteúdos desta página, a habilidade EF04CI08 é mobilizada, uma vez que são apresentadas atitudes e medidas adequadas para prevenção de doenças associadas aos microrganismos.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao relacionar o conteúdo do capítulo a um acontecimento histórico, os estudantes desenvolvem a competência geral 1. Além disso, ao pedir aos estudantes que utilizem os argumentos estudados na unidade para elaborar uma campanha obrigatória de vacinação, eles desenvolvem a competência geral 7 e a competência específica 5 de Ciências da Natureza.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Na atividade 4, que traz o significado da palavra “erradicada” no glossário, os estudantes ampliam o vocabulário, além de dar oportunidade para a compreensão de texto e a produção escrita.

6. Fim do complemento.

   Como as vacinas nos ajudam a combater os vírus?

   Nosso sistema imune utiliza diferentes estratégias para nos defender contra invasores. Uma delas é inata, ou seja, formada desde que nascemos, e é sempre a primeira a notar visitantes indesejados e reagir contra eles. [...]

   Ao tomar a vacina da gripe, nosso corpo recebe pedaços inativos de vírus, que são reconhecidos e memorizados pelo sistema imune. Dessa forma, caso um desses vírus entre no nosso corpo, os anticorpos específicos serão produzidos rapidamente e combaterão o vírus antes que fiquemos doentes.

   FONTE: RICCI, F. P. (org.) Vacinas 100 dúvidas .100 anos gripe espanhola. São Paulo: Instituto Butantan. Disponível em: http://fdnc.io/fey. Acesso em: 25 jun. 2021.

Avaliação de processo

A seção Ligando os pontos possibilita retomar os conceitos e conhecimentos construídos ao longo do capítulo, em um momento de avaliação de processo em que é possível analisar a necessidade de complementá-los, aprofundá-los ou revê-los utilizando outras estratégias de ensino. Nesse momento, retomar a rubrica elaborada para esta unidade e verificar o nível de desempenho em relação às habilidades e às competências gerais que foram elencadas. Esta é uma oportunidade de propor aos estudantes uma autovaliação com foco naquilo que aprenderam ou ainda gostariam de aprender. Para tanto, retome com eles o quadro SQA e completem-no com as informações obtidas durante o estudo do capítulo. A partir dessa coleta de evidências, organizar momentos de aprendizagem para acompanhar os estudantes que não se encontram no nível esperado da rubrica.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades da seção Ligando os pontos, os estudantes podem retomar o desafio proposto na abertura da sequência didática e organizar os conhecimentos construídos até o momento.

Ao final desta sequência didática, espera-se que as seguintes noções tenham sido construídas:

• o conhecimento de algumas doenças que podem afetar os sistemas do corpo humano;
• o funcionamento do sistema imune e a importância da vacinação;
• a importância do conhecimento científico para a solução de problemas da sociedade, como no caso das doenças causadas por microrganismos;
• a provisoriedade dos conhecimentos científicos considerando-os como produto da construção humana.

  Atividade 1. Relacionar a alergia a camarão ao sistema de defesa do organismo. Alertar os estudantes que a informação sobre qual é o molho especial não está explícita na imagem observada como suporte, mas sim no enunciado da questão. Questionar: se a informação de que o molho era feito com camarão não estivesse no enunciado da questão, seria possível descobrir o que aconteceria com a Luísa após ingerir a refeição? Questionar os estudantes sobre o porquê de Luísa passar mal ao ingerir o molho de camarão devido a uma reação alérgica, sendo que, nesse caso não se trata de um microrganismo invadindo o sistema imunitário. Espera-se que eles percebam que qualquer agente reconhecido como estranho ao sistema imunitário pode desencadear reações alérgicas no organismo.

  Atividade 2. Os estudantes devem mobilizar conhecimento acerca da ação das vacinas no organismo, relacionando tais conhecimentos ao combate de doenças. Resgatar os diferentes tipos de microrganismos que podem causar doenças. Lembrá-los da conversa que tiveram com o profissional de saúde e das atividades que fizeram a respeito das doenças transmissíveis por microrganismos. Se for necessário, solicitar que busquem as informações registradas no caderno.

Atividade 3. Questionar os estudantes sobre quais deles já tiveram gripe e quais foram os sintomas mais comuns. Alertá-los que não são todos os tipos de vírus da gripe que é possível se imunizar, entretanto a vacinação previne a maioria dos vírus da gripe.

Atividade 4. Questionar os estudantes a respeito da relação da palavra imunizar com o termo sistema imunitário. Retomar com eles qual a função do sistema imunitário e a relação dele com as vacinas. Comentar a respeito da Revolta da Vacina e comparar a situação do Brasil do século passado às condições atuais relativas às epidemias e às doenças que poderiam ser evitadas com a maior eficiência das vacinações. Por fim, chamar a atenção para a importância de todos se vacinarem para a prevenção de doenças.

Ao responder às atividades da seção Ligando os pontos, os estudantes desenvolvem a habilidade EF04CI08.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Na atividade 4, ao solicitar que busquem o significado da palavra “imunizar”, oportuniza-se o desenvolvimento do vocabulário dos estudantes, componente essencial da alfabetização.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

As atividades propostas na seção Ligando os pontos propicia que os estudantes desenvolvam as competências gerais 8 e 10, bem como as competências específicas 7 e 8 de Ciências da Natureza

Fim do complemento.

Gestão da aula – Roteiro do capítulo 12

Tabela: equivalente textual a seguir.

CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Introdução da sequência didática

Fazer a leitura do Desafio à vista! e conversar com os estudantes acerca dos hábitos de higiene que eles costumam ter.

Em seguida, iniciar a elaboração de um quadro SQA. Nesse quadro, os estudantes vão listar na primeira coluna o que já sabem a respeito da importância da higiene pessoal para a prevenção de doenças; na segunda coluna, eles anotarão as dúvidas; e na terceira coluna, vão listar os avanços dos assuntos estudados.

As atividades da seção Ligando os pontos podem ser utilizadas como avaliação de processo, gerando evidências das aprendizagens e indicando a necessidade de recuperação de alguns conteúdos.

Ao longo dessa sequência, a habilidade EF04CI08 pode ser desenvolvida.

Capítulo 12

Objetivos de aprendizagem

• Descrever os mecanismos de barreiras do corpo humano na prevenção de doenças.
• Reconhecer a importância das medidas profiláticas de higiene pessoal e de saneamento básico para prevenção de doenças.

  Evidências de aprendizagem

• Realização e registros das atividades propostas no livro didático.

  Atividade 1. Após a leitura do texto, verificar se eles identificam a importância da pele como uma barreira que protege nosso corpo de muitos microrganismos.

  Caso não tenham vivenciado situação como essa, alertar a turma sobre a importância de limpar os ferimentos para evitar a entrada de microrganismos que podem causar infecções. Reforçar que não apenas os vírus, mas outros microrganismos podem penetrar na pele por meio de um ferimento.

  A temática desta página, ao relacionar higiene e saúde, trata de um fato de relevância relacionado aos Temas Contemporâneos Transversais.

Quero saber!

O texto possibilita conversar com os estudantes a respeito do papel do sangue na proteção do organismo. Orientar a leitura compartilhada do texto. Em seguida, pedir que anotem as palavras que não conhecem no caderno e procurem o significado delas. Essa é uma forma de ampliar o vocabulário e desenvolver a compreensão do texto, favorecendo competências essenciais da PNA.

Perguntar se eles já machucaram o joelho. É bem provável que isso tenha acontecido e que muitos deles tenham histórias para contar. Alguns podem relatar acidentes mais leves, em que a pele pôde cicatrizar naturalmente; outros podem relatar casos em que foi necessário “levar pontos” para fechar o ferimento. Explicar que, nos dois casos, a atuação das plaquetas do sangue é semelhante; porém, em casos em que o corte é mais profundo, é preciso suturar o ferimento para aproximar os tecidos e facilitar a cicatrização.

Apresentar aos estudantes as etapas do processo, de acordo com a descrição que está na página, e explicar a importância de lavar bem o ferimento para evitar uma infecção. Eles poderão identificar alguns aspectos relacionados à infecção, por exemplo, como evitá-la.

Boxe complementar:

Recurso complementar

ARNOLD, N. Sangue, ossos e pedacinhos. São Paulo: Melhoramentos, 2011.

O livro apresenta abordagens didáticas e ilustrações divertidas sobre o sistema circulatório, bem como informações curiosas para apresentar aos estudantes.

Fim do complemento.

Composição do sangue

O sangue é um líquido heterogêneo e composto de duas partes: plasma e elementos celulares.

O plasma é a parte líquida do sangue e de coloração amarela. O plasma é composto de grande parte de água, onde estão dissolvidos glicose, as proteínas, sais minerais, vitaminas, dentre outros elementos. O plasma contém também o fibrinogênio, uma proteína importante no processo de coagulação do sangue.

Os elementos celulares são os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e as plaquetas. A seguir:

Glóbulos vermelhos: [...] São células sem núcleos e estão em abundância no sangue humano. [...] As hemácias são produzidas pela medula óssea e são células ricas em hemoglobina. A hemoglobina é uma proteína que dá o pigmento característico ao sangue, ou seja, a cor vermelha.

A hemoglobina tem a propriedade de transportar o oxigênio. Portanto, desempenha papel fundamental na respiração. O ferro é um elemento fundamental da hemoglobina e por isso ele é tão importante na avaliação e no acompanhamentos das anemias.

Glóbulos brancos: [...] também são produzidos na medula óssea. São células nucleadas e de defesa, ou seja, produzem anticorpos e estão presentes nos combates às infecções bacterianas ou virais, por exemplo.[...]

Plaquetas: [...] são considerados fragmentos celulares. A sua principal função está relacionada ao processo de coagulação do sangue. [...] Quando há um ferimento e há o rompimento de vasos sanguíneos, as plaquetas aderem às áreas machucadas, interrompendo o sangramento. [...]

FONTE: GOVERNO DO ESTADO DO MATO GROSSO. Sangue? Afinal de contas, o que é isso? Hemocentro. Cuiabá: Secretária de Estado de Saúde, 2019.

Embora o saneamento básico seja regulamentado por lei no Brasil pela Lei nᵒ 11.445/2007, que estabelece o Plano Nacional de Saneamento Básico, esse serviço ainda está muito distante da realidade de todos os municípios do país. A falta de saneamento básico traz muitos problemas para a população, tais como: transmissão de doenças por microrganismos, que podem estar presentes no solo, na água, no lixo, nos alimentos; ameaça à saúde individual e coletiva; poluição do ambiente devido ao destino inadequado do lixo e do esgoto, dentre outros.

Atividade 2. As imagens da página representam problemas que podem ameaçar a saúde dos seres humanos. Questionar os estudantes se já viram situações parecidas com as apresentadas nesta página. Incentivar o compartilhamento dos conhecimentos prévios.

Espera-se que os estudantes possam reconhecer a importância do saneamento básico, além de relacionar a profilaxia individual e a higiene pessoal às ações que evitam o aparecimento de doenças e epidemias.

Os objetos de conhecimento desenvolvidos nesta página mobilizam a habilidade EF04CI08, ao relacionar a falta de saneamento básico à transmissão de algumas doenças.

Boxe complementar:

Recursos complementares

FORMAGGIA, D. M. E.; MAGOSSI, L. R.; BONACELLA, P. H. Sustentabilidade ambiental: uma questão de consciência, São Paulo: Moderna, 2013.

Nesta obra, o leitor é convidado a um passeio pela linha do tempo da história da humanidade explicitando a necessidade de mudar, urgentemente, conceitos e hábitos de vida que até hoje não são questionados, ou simplesmente são ignorados.

CARRARO, F. Terra, casa de todos! Desafios do saneamento básico. São Paulo: FTD, 2014.

O livro aborda a importância de cada um cumprir o seu papel e da fiscalização para evitar problemas de saneamento ambiental. O voluntariado pode ser uma forma de se engajar nos problemas das cidades e realizar ações para o bem comum.

Fim do complemento.

Atividade 3. Orientar os estudantes na busca de informações regionais por meio de palavras-chave, como o nome da cidade ou do bairro (se a cidade for de grande porte). Eles também podem procurar por problemas específicos, como enchente, esgoto a céu aberto, falta de água encanada, lixões, doenças ligadas a problemas de saneamento (a exemplo da dengue e da zika) etc.

Após as instruções, orientá-los a realizar a leitura de todo o artigo, e não apenas da manchete, pois muitas vezes o título não está relacionado com o assunto e serve apenas para atrair a atenção do leitor. Essa reflexão vai ajudar a selecionar artigos com informações relevantes e de fontes confiáveis. Lembrar a turma de anotar a fonte e utilizar informações referentes o autor do artigo.

Instigar o grupo a refletir acerca das soluções para os esgotos/efluentes, propor um levantamento sobre os problemas mais comuns encontrados pelos estudantes e verificar se as alternativas propostas são as mesmas, quais as características e como ajudam a resolvê-los.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

Ao orientar os estudantes a pesquisar sobre problemas relacionados ao saneamento básico e a propor soluções, essa atividade propicia o desenvolvimento das competências gerais 7 e 10, especialmente no tocante à consciência socioambiental e no cuidado com as pessoas e com o planeta e a importância da busca de informações confiáveis para embasar essas discussões.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho na PNA

A atividade 4 oportuniza desenvolver a compreensão de texto e a produção escrita, componentes essenciais da alfabetização.

Fim do complemento.

Impactos da falta de saneamento básico

De acordo com a Abes, a ausência de saneamento adequado e a falta de higiene têm impactos negativos significativos à saúde da população. A ausência desse serviço é apontada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como responsável por aproximadamente 88% das mortes por diarreia, segunda maior causa de mortes em crianças de até 5 anos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 94% dos casos de diarreia no mundo são devidos à falta de acesso à água de qualidade e ao saneamento precário.

FONTE: TOKARNIA. M. No Brasil, 85 municípios cumprem requisitos de saneamento básico. Agência Brasil , 17 jun. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/feC. Acesso em: 25 jun. 2021.

Atividade 4. Observar a imagem de uma praia imprópria para banho e inferir sobre o motivo de que pode ter causado essa situação. Espera-se que eles relacionem a situação às condições impróprias de saneamento básico, como lançamento de esgoto nos rios e no mar e descarte inadequado do lixo.

Incentivar os grupos a observarem as imagens de um agente sanitarista buscando focos de reprodução de mosquito e de técnicos sanitaristas coletando água para análise e formularem perguntas envolvendo as roupas adequadas para o trabalho dos profissionais de saúde e de pesquisa. Para respondê-las, retomar questões envolvendo a saúde e as formas de contaminação pelas vias respiratórias ou pela pele.

Outro tópico abordado é a visita de funcionários do serviço sanitário às residências em busca de agentes causadores ou transmissores de doenças relacionadas à falta de saneamento básico. Salientar que é importante pedir a esses profissionais que se identifiquem e permitir que façam a vistoria na residência, sempre na presença de um responsável.

Como é feita a análise das águas das praias?

A Cetesb avalia semanalmente 165 pontos localizados em praias situadas ao norte e ao sul do estado, mais sete na Ilha Anchieta, com a finalidade de indicar pontos próprios e impróprios para o banho de mar.

Depois da coleta da água, o próximo passo, para chegar ao resultado da balneabilidade, é a análise das amostras, realizada nos laboratórios da Companhia, instalados nas Agências de Cubatão e Taubaté.

Quatro técnicos trabalham na avaliação das análises microbiológicas, para a contagem da concentração de bactérias fecais, presentes na água do mar. Desde 2003, a CETESB adota o enterococos, que é o indicador mais adequado para águas marinhas. Ele é uma bactéria que pode afetar o intestino e causar doenças nos humanos.

FONTE: COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Como é feita a análise das águas das praias? 29 jan. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/feD. Acesso em: 25 jun. 2021.

Sistematizando conhecimentos

Nas atividades da seção Ligando os pontos, os estudantes podem retomar o desafio proposto na abertura da sequência didática e organizar os conhecimentos construídos até o momento.

Ao final desta sequência didática, espera-se que as seguintes noções tenham sido construídas:

• reconhecer os riscos para a saúde ao entrar em contato com locais contaminados;

• relacionar a falta de saneamento básico com doenças e problemas clínicos;

• relacionar a presença de microrganismos patogênicos com a ingestão ou contato com água contaminada ou não tratada;

Atividade 1. Incentivar os estudantes a observar a imagem, interpretando-a no item a e respondendo no item b sobre quais os riscos apresentados para a saúde.

Atividade 2. Estabelecer a relação entre condições de saneamento básico e proliferação de doenças, além de relacionar a ocorrência de mortes por disenteria à desidratação do organismo. Se houver algum estudante que não tenha conhecimento a respeito das causas e das consequências da disenteria, solicitar que, antes de realizarem essa atividade, pesquisem o que é, formas de transmissão, sintomas e consequência para o organismo. Pedir aos estudantes que exponham as descobertas para a turma.

Atividade 3. Propor a leitura de uma tabela que contenha informações sobre doenças, agentes transmissores, sintomas e formas de transmissão.

As atividades dessa página possibilitam que os estudantes desenvolvam a habilidade EF04CI08, ao solicitar que eles relacionem o saneamento básico precário à algumas doenças causadas por microrganismos, além de incentivá-los a refletir acerca de medidas e atitudes adequadas para prevenção dessas doenças.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Ao pedir aos estudantes, no item a da atividade 2, que expliquem como o saneamento básico pode diminuir o número de casos de disenteria, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver sua produção escrita.

Fim do complemento.

Avaliação de processo

As atividades desta seção podem ser usadas para avaliar os conhecimentos construídos referentes aos temas trabalhados no capítulo. Revisar o quadro SQA inserindo aprendizados e identificando curiosidades que podem ser pesquisadas no decorrer da unidade. Retomar a rubrica elaborada para esta unidade e verificar o nível de desempenho dos estudantes em relação às habilidades e às competências gerais que foram identificadas neste capítulo. A partir dessa coleta de evidências, organizar momentos de aprendizagem possibilitando que aqueles que não atingiram o nível desejado consolidem os conhecimentos.

Gestão da aula – Roteiro da seção Ciências em contexto

Tabela: equivalente textual a seguir.

Ciências em contexto

As atividades dessas páginas possibilitam aos estudantes relacionar o acesso ao saneamento básico às condições socioeconômicas da população e os conhecimentos sobre a vida microscópica com a capacidade de propor soluções para problemas de saneamento ambiental.

Conversar com eles a respeito do destino do esgoto e as formas de tratamento que eles conhecem. Apresentar a alternativa do texto e as vantagens. Pedir que pesquisem se existem biodigestores sendo utilizados em sua cidade e em que situação.

Ressaltar que as vantagens das fossas sépticas biodigestoras são também em relação a custos, instalação e solução ecologicamente correta para mitigar o problema de falta de saneamento básico.

Boxe complementar:

De olho na PNA

Esta seção favorece que os estudantes desenvolvam a fluência oral, ao solicitar que façam a leitura em voz alta; a compreensão de texto, ao fazer inferências diretas e a produção escrita, ao pedir que expliquem por que a fossa séptica biodigestora é uma boa solução para locais sem saneamento básico.

Fim do complemento.

Atividade 1. Conversar com os estudantes sobre as possíveis causas de determinados locais não possuírem saneamento básico e justificar o porquê a fossa séptica biodigestora é uma boa solução para esses locais.

Atividade 2. Os estudantes deverão descrever como o esgoto de um vaso sanitário é tratado em uma fossa séptica; por isso, solicitar que releiam o texto e observem com atenção as imagens da representação esquemática da fossa séptica biodigestor.

Atividade 3. Retomar o conceito de microrganismos decompositores a partir da ação das bactérias contidas no esterco bovino. Espera-se que os estudantes consigam relacionar a ação delas na transformação do esgoto em adubo.

Vamos retomar

As atividades propostas possibilitam a retomada das aprendizagens construídas ao longo do desenvolvimento desta unidade, além de permitir a contextualização dessas aprendizagens aplicadas em situações reais. Nesse momento, verificar o nível de desenvolvimento, individual e do grupo, em relação aos critérios da rubrica e realizar as ações propostas para a recuperação das aprendizagens.

Atividade 4. Esta atividade fortalece o desenvolvimento da habilidade EF04CI08, ao solicitar aos estudantes que reflitam sobre a importância das campanhas de vacinação para a prevenção de doenças.

Atividades 5 e 6. Estas atividades mobilizam a habilidade EF04CI07, ao oportunizar que os estudantes reconheçam a importância dos microrganismos e identifiquem os benefícios e os prejuízos causados por eles.

Boxe complementar:

De olho na BNCC

A atividade 4 oportuniza o desenvolvimento da competência geral 10, ao incentivar os estudantes a agirem com responsabilidade ao seguirem corretamente o calendário de vacinação. Além disso, essa atividade mobiliza a competência geral 7, ao pedir que eles argumentem a respeito da importância das campanhas de vacinação.

Fim do complemento.

Preparação para a próxima atividade

Como tarefa de casa, solicitar aos estudantes que elaborem questões para a entrevista com o profissional da área da saúde.

Gestão da aula – Roteiro da seção Mão na massa

Tabela: equivalente textual a seguir.

CONTINUA

CONTINUAÇÃO

Tabela: equivalente textual a seguir.

Mão na massa

Objetivos de aprendizagem

• Colaborar na construção de um projeto coletivo.
• Utilizar tecnologias digitais ou alternativas viáveis para o desenvolvimento de um protótipo.

  • Desenvolver a criatividade.

  Evidências de aprendizagem

• Entrevista com um profissional da área da saúde ou pesquisa de informações confiáveis que fortaleçam a argumentação a respeito da importância das vacinas.
• Produção de cartazes, vídeos ou áudios para ser compartilhados com a comunidade escolar.

  A atividade Mão na massa possibilita aos estudantes colocar em prática os conhecimentos construídos ao longo da unidade.

  Lembrar que, embora a mídia tenha focado constantemente na divulgação da vacinação do Covid-19 devido à pandemia, não podemos nos esquecer das demais doenças transmitidas por vírus e bactérias, colocando em prática medidas e atitudes adequadas para prevenção de doenças. Chamar a atenção para a importância da vacinação, mesmo para doenças já erradicadas.

  Além disso, essa atividade envolve os estudantes em um trabalho coletivo, incentiva a criatividade e desenvolve a empatia, além de obedecer a princípios que favorecem a autonomia e o potencial criativo, colocando-os no centro do processo de aprendizagem.

  A proposta desta seção possibilita aos estudantes o uso de tecnologias digitais, mas, se isso não for possível, orientá-los a realizar a divulgação da entrevista ou pesquisa em cartazes ou panfletos impressos.

  Ficar atento ao processo de elaboração dos materiais, pois o objetivo não é um produto final perfeito, mas a aquisição das aprendizagens construídas nesse processo.

  Boxe complementar:

  De olho na BNCC

  Esta seção propõe a pesquisa e a comunicação do resultado dela, por isso, as competências gerais 4 e 5 são contempladas. Além disso, ela mobiliza as competências gerais 9 e 10, ao incentivar os estudantes a trabalharem em equipe e a refletirem acerca das responsabilidades individuais e coletivas da vacinação.

  Fim do complemento.