Orientações específicas

Avaliação diagnóstica

As atividades apresentadas na seção O que eu já sei? visam identificar os conhecimentos construídos pelos alunos nos anos anteriores, assim como os conhecimentos prévios e as hipóteses sobre temas que serão estudados no 1º ano. Podem-se aferir os resultados desta avaliação diagnóstica por meio de rubricas criadas com base nos objetivos de aprendizagem de cada atividade, especificados a seguir.

1. Registrar o nome com a cor de lápis de preferência.

2. Trabalhar proporcionalidade a partir de representação de tipos de moradia.

3. Elaborar desenho de observação de objeto usado no espaço escolar.

4. a) e b) Identificar acontecimentos marcantes na vida dos alunos.

5. Identificar e desenhar um fato pessoal marcante.

   Para complementar

1. Os alunos deverão escrever o próprio nome, trabalhando um elemento da identidade, com suas cores de preferência. As preferências das pessoas estão entre os temas trabalhados no volume.

Superando defasagens

Após corrigir as atividades avaliativas diagnósticas, é importante verificar as aprendizagens consolidadas. Podem ser propostas as seguintes intervenções a fim de minimizar eventuais defasagens.

1. Nessa etapa de início do processo de alfabetização, é possível que alguns alunos ainda não saibam registrar o nome de forma correta. Nesse caso, vale identificar se há, por parte deles, o conhecimento das letras e de seus valores sonoros, possibilitando a oportunidade de reescrita.

2. No processo de alfabetização cartográfica, aos poucos, deve ocorrer o desenvolvimento das questões envolvendo proporções e escalas. Caso os alunos tenham dificuldade de reconhecer o que é mais alto e mais baixo na representação, pode-se pedir que observem, no espaço em que se encontram, diferentes objetos, pedindo que os classifiquem do maior para o menor.

3. Os desenhos de observação, de memória e de imaginação auxiliam no desenvolvimento do pensamento espacial. Muitos alunos nessa faixa etária ainda estão aprimorando a coordenação motora fina. Nesse caso, importa verificar se os alunos conseguem representar objetos que existem no espaço da sala de aula, aplicando princípios básicos que envolvam relações de semelhança com o objeto e respeitando suas proporções. Caso tenham dificuldade, pode-se dar a oportunidade de manuseio de alguns objetos, algo que, muitas vezes, auxilia na percepção de suas características e proporções.

4. a) e b) Orientar a observação e a interpretação das fotografias. Para os alunos com dificuldades, fornecer novas fotografias sobre o assunto, com atividades de interpretação.

5. Orientar a realização do desenho, com a escolha de elementos e de materiais, bem como da forma de representação. Para os alunos com dificuldades, fornecer informações sobre um fato importante na vida de outra criança e solicitar que eles o representem por meio de desenhos.

• A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, com o objetivo de garantir a troca de conhecimento entre os alunos.
• As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.
• Orientar a observação da imagem, identificando com os alunos as diversas atividades realizadas pelas pessoas e os elementos que constituem a paisagem: avenida, quadra esportiva, quiosques, ciclovia, pista de skate , brinquedos, vegetação e lago.
• A leitura de imagem é fundamental no trabalho desenvolvido nesta coleção, pois possibilita o desenvolvimento de habilidades como a observação, a descrição e o estabelecimento de relação entre os elementos presentes na imagem e a realidade dos alunos.
• Imagem é texto e deve ser explorada de forma sistemática, favorecendo o olhar e a aprendizagem.

  As Ciências Humanas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

  [...] é importante valorizar e problematizar as vivências e experiências individuais e familiares trazidas pelos alunos, por meio do lúdico, de trocas, da escuta e de falas sensíveis, nos diversos ambientes educativos (bibliotecas, pátio, praças, parques, museus, arquivos, entre outros). [...]

  Nesse período, o desenvolvimento da capacidade de observação e de compreensão dos componentes da paisagem contribui para a articulação do espaço vivido com o tempo vivido.

  BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular . Brasília: MEC, 2017. p. 355. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf . Acesso em: 12 jul. 2021.

• Solicitar aos alunos que apresentem oralmente as respostas das atividades da seção Primeiros contatos, evidenciando as atividades que costumam realizar no dia a dia e na companhia de quem.
• Conversar com os alunos sobre a companhia dos adultos nas atividades de lazer, valorizando a convivência entre as pessoas.
• Organizar uma roda de conversa para explorar a observação que os alunos fizeram da imagem.
• Listar na lousa os principais elementos da paisagem observados pelos alunos e solicitar a eles que relacionem esses elementos com os existentes no lugar onde vivem.

  Para complementar

1. Os alunos podem comentar diversas situações de convivência, tais como crianças jogando bola na quadra, crianças tomando lanche, adultos fazendo ginástica, crianças jogando peteca, adultos caminhando e conversando, crianças e adultos andando de bicicleta, entre outras.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia este módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre as características individuais dos alunos e sobre os acontecimentos da própria vida e da vida das outras pessoas. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.:

Fim do complemento.

• Fazer a leitura do texto de Ruth Rocha em voz alta. Incentivar os alunos a comentar a compreensão do texto.
• O nome da criança é um referencial que lhe é muito significativo e lhe traz estabilidade, por isso é algo importante de ser desenvolvido.

  Atividade complementar

  Propor aos alunos que formem uma roda, falem seus nomes e depois comecem a brincadeira popular a seguir:

  Todos cantam: − O (nome do primeiro aluno) comeu pão na casa do João.

  O aluno responde: − Quem, eu?

  Todos cantam: – Você!

  O aluno responde: – Eu não!

  Todos cantam: − Então quem foi?

  O aluno responde: − Foi (nome de algum outro aluno).

  E a canção segue até que todos da roda tenham sido citados.

  As atividades desenvolvidas no capítulo 1 permitem aos alunos refletir sobre sua identidade a partir do direito ao nome e ao sobrenome e reconhecer as semelhanças e diferenças entre as pessoas de sua convivência.

  A BNCC no capítulo 1

  Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial.

  Objeto de conhecimento: Pontos de referência.

  Habilidade: ( EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência.

Investigue

• Orientar os alunos a realizar a seção Investigue como tarefa de casa. Solicitar que conversem com adultos da convivência deles para que comentem como o nome foi escolhido, fornecendo as demais informações e, se necessário, ajudando no preenchimento das respostas.
• Formar uma roda de conversa para que os alunos possam expressar suas opiniões em relação às atividades apresentadas.
• Após a apresentação das informações sobre os nomes dos alunos, comentar a importância da Certidão de Nascimento e da carteira de identidade como documentos pessoais.
• Se achar conveniente, mostrar modelos desses documentos.
• Esta atividade contribui para que os alunos ampliem seus conhecimentos sobre o direito das crianças, e de todo cidadão, de ter um nome e uma nacionalidade. No desenvolvimento das unidades deste volume, serão indicadas outras abordagens do tema direitos das crianças, relacionado a fatos atuais de relevância nacional e mundial.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  No desenvolvimento da atividade sobre a origem do nome, há a possibilidade de uma aproximação da competência geral 2, relacionada ao exercício da investigação e da reflexão, e da competência específica de Ciências Humanas 4, ao favorecer a interpretação de crenças e dúvidas com relação a si mesmo, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais.

  Fim do complemento.

  

  Para leitura dos alunos

  O nome da gente, de Naira Passoni e Parahuari Branco. eTrix.

  O livro conta a história de uma folha de papel em branco que busca alguém que possa lhe rabiscar, escrever, desenhar. E é assim, a partir da leitura, que o livro incentiva a criança a reconhecer o seu nome escrito e as letras ao interagir e se tornar parte da narrativa.

• Fazer a leitura da letra da canção em voz alta.
• Chamar a atenção dos alunos para o reconhecimento da importância de uma convivência harmoniosa e do respeito aos outros.
• Orientar os alunos para que reconheçam que cada pessoa faz e aprende as coisas de um jeito diferente e, muitas vezes, aprende com os próprios erros. Essa abordagem contribui para que os alunos reconheçam a relevância do direito das crianças à igualdade.
• Se considerar pertinente, solicitar a um aluno a leitura em voz alta das palavras em cores que estão destacadas no texto e, em seguida, perguntar aos demais se compreenderam o significado de todas as palavras e dos versos de maneira geral como um momento de compreensão de vocabulário. É importante ressaltar que o desenvolvimento do vocabulário tem por objetivo tanto o vocabulário receptivo e expressivo quanto o vocabulário de leitura.
• Solicitar aos alunos que, em duplas, apresentem oralmente suas respostas das atividades.
  PROFESSOR

  O desenvolvimento da lateralidade
  PROFESSOR

  A “lateralização” surge, já no primeiro ano de vida, ligada à assimetria funcional, quando a mão dominante é preferida nas tarefas manuais novas. [...] Esse processo leva ao conhecimento da lateralidade, primeiro no próprio corpo e, depois, sobre os outros corpos. [...] A lateralidade é reconhecida no próprio sujeito, aproximadamente aos seis anos, e nos outros, mais ou menos aos oito anos. Por volta dos 4-5 anos, a criança compreende que tem uma direita e uma esquerda, mas não sabe distinguir entre elas nos membros do corpo. Aos 6-7 anos, já sabe distinguir suas duas mãos, seus dois pés, e, depois, seus dois olhos. Aproximadamente aos 8-9 anos reconhece com precisão as partes direita e esquerda.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades desenvolvidas permitem aos alunos representar e explorar as noções de lateralidade e de proporcionalidade.

Fim do complemento.

• Para realizar a atividade 1, utilizar folhas de papel pardo e canetas coloridas.
• Organizar uma grande roda com os alunos, que ficarão sentados no chão, deixando livre o espaço central da roda.
• Solicitar a um aluno que se deite no chão, sobre uma folha de papel pardo.
• Orientar outro aluno para que contorne o corpo do colega com caneta colorida. Seria interessante que todos os alunos fossem mapeados; porém, caso isso não seja possível durante a aula, devido à limitação de tempo, cada aluno pode trazer seu mapeamento pronto de casa.
• Se possível, pendurar os mapas do corpo dos alunos na sala de aula e solicitar que comparem os diferentes desenhos.
• Ao mapear o próprio corpo: “o aluno toma consciência de sua estatura, da posição de seus membros, dos lados de seu corpo. Ao representá-los, terá necessidade de se utilizar de procedimentos de mapeador – generalizar, observar a proporcionalidade, selecionar elementos mais significativos –, para que a representação não perca a característica de sua imagem”. ALMEIDA, Rosângela D. de; PASSINI, Elza Y. O espaço geográfico: ensino e representação. 4. ed. São Paulo: Contexto, 1992. p. 47.

  Quanto à orientação espacial, aos 5-6 anos, a criança confunde-se ao seguir um referencial no próprio corpo (para a direita ou esquerda), mas não tem dúvida se o referencial for um objeto. [...] Isso evidencia a existência de duas operações intelectuais diferentes: uma, que consiste em orientar-se em sua própria topografia corporal, e outra, que consiste em utilizar seu corpo como um meio para orientar-se no espaço [...]. O esquema corporal é o resultado da relação estabelecida entre o espaço postural e o espaço ambiente.

  ALMEIDA, Rosângela D. de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2001. p. 39.

• As atividades podem ser aprofundadas nas aulas de Matemática, ao trabalhar unidades de medida.
• Indicar aos alunos que farão uma atividade de medida do corpo com barbante, que é uma forma de medição não convencional.
• Explicar que, atualmente, o metro é a unidade de medida de comprimento mais utilizada no Brasil e em muitos outros países. A medida exata do metro foi reproduzida em uma barra de platina, que está guardada na França, e cópias desse metro foram distribuídas pelo mundo todo.
• Conversar sobre outras formas de medir altura.
• Solicitar que indiquem outras maneiras possíveis de medir a própria altura.

  Atividade complementar

  Para aprimorar a noção de lateralidade, após mapear o corpo dos alunos, realizar a seguinte atividade para que eles percebam a correspondência entre os lados direito e esquerdo do próprio corpo e os contornos desenhados no papel.

  Solicitar aos alunos que caminhem sobre o contorno de seu corpo desenhado no papel pardo.

  Na sequência, solicitar a cada aluno que se posicione sobre o contorno da cabeça e coloque o barbante sobre o desenho, marcando os lados (D) direito e (E) esquerdo.

  Com o intuito de desenvolver a noção de lateralidade espelhada, solicitar aos alunos que se posicionem sobre os pés do desenho e que identifiquem novamente as partes de cada lado do corpo, porém observando que, como mudaram de posição, o lado direito corresponderá ao lado esquerdo do contorno. Assim, ao ouvirem a ordem de ir até o braço esquerdo, por exemplo, devem se deslocar para o lado contrário de seu corpo.

• Anotar os dados da altura dos alunos na lousa, conforme o exemplo a seguir, para ajudá-los na execução. Altura (em palmos): até 10, de 11 a 15 e mais de 15, anotando abaixo o número de alunos:

  PROFESSOR Altura	PROFESSOR até 10 palmos	PROFESSOR de 11 a 15 palmos	PROFESSOR mais de 15 palmos
  PROFESSOR Número de alunos	PROFESSOR	PROFESSOR	PROFESSOR

• Conversar com os alunos sobre as diferentes maneiras de registrar os dados que foram obtidos. Eles podem registrar os dados por meio de um gráfico de barras ou de outras formas.
• Chamar a atenção para a altura predominante dos alunos. É possível que eles falem sobre as diferenças de altura. Caso isso ocorra, esclarecer que as pessoas apresentam alturas diferentes, dependendo da constituição física e das características familiares de cada um.

  Gráficos

  O gráfico possibilita leitura imediata: ele é visual, mostra os dados organizados de forma lógica, prendendo-se à essência. É uma linguagem universal que permite ver a informação. E a evolução nos níveis de leitura ajuda a: definir o problema; perceber a organização lógica dos dados levantados; simplificar os dados sem destruí-los; pesquisar novos caminhos e interpretações possíveis; comunicar os resultados das investigações; propor soluções: mudanças, permanências, novas investigações.

  PASSINI, Elza Y. Aprendizagem significativa de gráficos no ensino de Geografia. In : ALMEIDA, Rosângela D. de. (org.). Cartografia escolar . São Paulo: Contexto, 2007. p. 174.

• Organizar os alunos em grupos, se possível.
• Fazer a leitura do texto e do poema em voz alta, estabelecendo pausas e conversando com cada grupo a cada pausa, para que comentem o que foi lido e acrescentem suas observações.
• Verificar a compreensão dos alunos quanto ao vocabulário, esclarecendo as dúvidas pontuais.
• Comentar algumas semelhanças e diferenças físicas existentes entre eles, como a cor do cabelo, a cor dos olhos, ressaltando a importância do respeito às diferenças.
• Conversar com os alunos sobre o que eles gostam de fazer.
• Destacar a importância do respeito às preferências dos colegas e compartilhar entre os grupos de alunos as respostas das atividades. Elas contribuem para que ampliem sua compreensão sobre o direito das crianças de crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre as pessoas.

  Atividade complementar

  Para o desenvolvimento da atividade sugerida, há a necessidade de folhas para a criação de cartazes por grupo de alunos e também de recortes de revistas em que haja cenas de pessoas realizando atividades variadas.

  Propor aos alunos a produção de escrita de um cartaz com o título Nós gostamos de... Propor que cada grupo de alunos produza os cartazes com frases curtas ou palavras sobre o que mais gostam.

  Solicitar que escolham imagens ou elaborem desenhos para acompanhar os textos e que colem nos cartazes.

  Verificar se os alunos escreveram corretamente as frases ou as palavras em relação ao que foi proposto e se desenharam ou fizeram colagens relacionadas às frases.

  Expor os cartazes na sala de aula ou em algum espaço da escola para serem apreciados pela comunidade escolar.

  Leitura na sala de aula

  A leitura deve estar presente em todo o processo de alfabetização, como atividade permanente e em destaque no planejamento do professor alfabetizador. Enquanto os textos de memória, as listas e outros textos pequenos são mais adequados para o início da alfabetização, quando as crianças já apresentam mais autonomia e habilidades na leitura, é preciso ampliar as propostas.

  Muitas vezes, nós levamos em conta esse grau de complexidade apenas nas atividades que envolvem a escrita, e deixamos em segundo plano a leitura.

Mas assim como na escrita, também é preciso ampliar o uso de gêneros textuais na leitura em sala de aula, apresentando à turma textos com diferentes graus de complexidade. Com essa desatenção, corremos o risco de apresentar aos alunos atividades simples demais, sem desafios, que não permitem avanços para as crianças nem desenvolvem sua leitura.

MANSANI, Mara. Como estimular a leitura na Alfabetização. Nova Escola , 2 out. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fo5. Acesso em: 8 jul. 2021.

• As atividades 2 e 3 permitem aos alunos perceber as semelhanças e as diferenças entre os colegas e são importantes para começar a trabalhar as noções de identidade e de alteridade com base na troca de experiências. Ao investigar suas características pessoais e compará-las às dos colegas, os alunos criam um importante repertório que revela sua identidade e os situa em seu grupo.
• Orientar os alunos a responder à atividade 2 em duplas e, depois, socializar as respostas com os demais colegas.

  Atividade complementar

  Fazer a leitura do poema:

  “Você diz que sabe muito

  Borboleta sabe mais

  Anda de perna pra cima

  Coisa que você não faz.

  Tem dia que eu digo ui

  Tem hora que eu digo ai

  Tem vez que eu digo vem

  Tem outras que eu digo vai.”

  AZEVEDO, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais! São Paulo: Moderna, 2007. p. 9.

  Procurar relacionar o poema ao tema do respeito às diferenças.

  Para leitura dos alunos

  

  Os direfentes, de Paula Bossio. Pulo do Gato.

  Uma menina está habituada com as mesmas pessoas e seu modo de agir. Entretanto, ao andar pelas ruas, fica admirada com tudo o que encontra em seu caminho, observando a diversidade na aparência, nos gestos, ou nos modos de ser e de vestir. E começa a perceber que nem todos são como ela.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades desta seção possibilitam aos alunos explorar as noções de lateralidade e de proporcionalidade e representar os dados referentes ao número de alunos que escrevem com a mão direita, com a mão esquerda e com as duas mãos por meio de gráfico.

Fim do complemento.

• Ao realizar a atividade, os alunos começam a notar a questão do tamanho real e do tamanho reduzido, noções fundamentais no processo de alfabetização cartográfica. É importante, inicialmente, trabalhar a noção de tamanho real e de tamanho reduzido utilizando exemplos do cotidiano. Ao reduzir um objeto ou um espaço, eles percebem a importância da proporcionalidade. Essas noções básicas serão necessárias para a leitura de plantas e de mapas.
• Comentar com os alunos que o desenho do contorno da mão está no tamanho real.
• Em seguida, perguntar: Como vocês fariam para desenhar a mão em um espaço menor?

• O trabalho com gráficos em Geografia integra a alfabetização cartográfica. É importante os alunos começarem a ter contato com esse tipo de representação desde o início da escolaridade para compreender as informações transmitidas por meio dessa linguagem.
• Na atividade 3, os alunos vão quantificar os dados que serão representados em forma de gráfico de barras na atividade 4. Esse é o primeiro passo para que eles aprendam a interpretar esse tipo de linguagem (construção e leitura de gráfico).
• Ao realizar a atividade 4, os alunos também entram em contato com a utilização de símbolos, como as mãozinhas. Os símbolos formam as legendas dos trabalhos cartográficos, assunto recorrente ao longo desta coleção.
• Para os alunos acompanharem a construção do gráfico de barras, sugerimos reproduzi-lo em uma folha grande fixada na lousa. Esse material poderá compor o mural da sala de aula.
• A atividade 5, em que os alunos devem indicar se há mais crianças destras, canhotas ou ambidestras, pode ser realizada em duplas. Quando todos os alunos concluírem a tarefa, verificar coletivamente se eles chegaram à resposta correta.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  As atividades permitem aos alunos retomar e desenvolver noções relativas a lateralidade, aproximando-se da competência específica de Ciências Humanas 7, ao utilizar as linguagens cartográfica e iconográfica no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal, e da competência específica de Geografia 4, ao desenvolver o pensamento espacial, utilizando a linguagem cartográfica.

  Fim do complemento.

  A utilização de gráficos

  Assim como o mapa, o gráfico é uma representação da realidade que utiliza símbolos e legendas. Do mesmo modo, requer certo nível de abstração que é atingido por meio de um trabalho de reconstrução desde as séries iniciais. As noções básicas podem ser desenvolvidas com o simples exercício de levantamento de dados, ou seja, a quantificação. Numa etapa posterior, esses dados serão comparados e representados. Os dados podem se referir a ambientes próximos e familiares ao aluno e, aos poucos, avançar para um âmbito maior.

  KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia : memórias da Terra. São Paulo: FTD, 1996. p. 46-47.

• Ler o título do capítulo, questionando os alunos: o que vocês entendem por lembranças dos acontecimentos?; Que acontecimentos da sua vida foram marcantes?; Que lembranças vocês têm desses acontecimentos?
• Orientar a observação e a intepretação da fotografia, identificando com os alunos: pessoas, objetos, gestos, alimentos. A partir disso, solicitar aos alunos que identifiquem o acontecimento retratado.
  PROFESSOR

  O capítulo 2 permite trabalhar os acontecimentos marcantes na vida dos alunos e as formas de lembrar e registrar tais acontecimentos.
  PROFESSOR

  A BNCC no capítulo 2
  PROFESSOR

  Unidade temática: Mundo pessoal: meu lugar no mundo.
  PROFESSOR

  Objeto de conhecimento: As fases da vida e a ideia de temporalidade (passado, presente e futuro).
  PROFESSOR

  Habilidade: ( EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento por meio do registro das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de sua família e/ou de sua comunidade.

• Fazer a leitura compartilhada do texto introdutório.
• Orientar coletivamente a realização da atividade 4 de seleção do mês de aniversário de cada um dos alunos.
• Para a realização da atividade 5, organizar a divisão dos alunos em duplas e orientar o trabalho de identificação da simultaneidade ou não dos meses de aniversário dos alunos.
• Registrar na lousa o nome dos alunos e os meses de aniversário para a realização da atividade 6.

  Atividade complementar

  Propor aos alunos a construção de um gráfico, retomando o trabalho iniciado anteriormente.

  Solicitar que escrevam no caderno os nomes dos meses do ano, um abaixo do outro, pulando uma linha entre eles. Em seguida, solicitar que desenhem quadrinhos na frente de cada mês até o final da linha.

  Retomar o levantamento da quantidade de alunos que fazem aniversário em cada mês e solicitar que pintem o número de quadrinhos equivalente à quantidade de alunos que fazem aniversário em cada mês.

  Organizar os alunos em duplas para que comparem os gráficos.

  Compartilhar as descobertas das duplas.

• Orientar os alunos a falar sobre os documentos que conhecem. É interessante que indiquem documentos que contenham registros de informações pessoais ou de seus familiares.
• Explicar que os documentos contêm informações sobre as pessoas e que narram acontecimentos da vida delas. Informar o porquê de alguns documentos serem requisitados em determinadas situações cotidianas.
• Perguntar aos alunos qual foi o primeiro documento escrito que tiveram e quais outros já possuem.
• As atividades facilitam a compreensão pelos alunos da Certidão de Nascimento como um documento escrito sobre a história de sua vida, o início do registro de sua identidade pessoal.

  Registro extemporâneo

  Você já ouviu falar em registro extemporâneo? É o registro feito depois do ano de nascimento da criança, ou seja, seu nascimento não é registrado no cartório no ano de sua ocorrência e sim, depois.

  [...] Todo ano, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) promove [...] a Campanha Nacional pela Certidão de Nascimento. Sem ela, não é possível tirar a carteira de identidade, se casar no civil, se cadastrar em programas sociais e até fazer a matrícula na escola.

  INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística. Comissão Nacional de Classificação. Registro extemporâneo. Disponível em: h ttp://fdnc.io/fo6. Acesso em: 12 jul. 2021.

• A atividade proposta permite explorar o tema de relevância nacional e mundial direitos das crianças – em especial o direito presente na Convenção dos Direitos da Criança, que reafirma, no artigo 24, “o direito da criança de gozar do melhor padrão possível de saúde [...]”. Explorar com os alunos as características da Caderneta da Criança, em especial os registros nela realizados, como o das vacinas tomadas. A partir do levantamento das vacinas tomadas pelos alunos da classe, conversar com eles sobre a importância disso para a saúde de todos.

• Solicitar aos alunos que observem as fotografias e identifiquem os fatos retratados.
• Destacar que as fotografias podem registrar acontecimentos, costumes e hábitos da vida das pessoas. Ressaltar que podem-se extrair delas informações, por exemplo, sobre as mudanças físicas das pessoas, os tipos de vestimenta e as variações de acordo com as estações do ano, sobre a paisagem e, até mesmo, sobre os planos e enquadramentos que os fotógrafos usaram para realizar seus registros e narrar suas histórias.
• Informar aos alunos que a fotografia é, no entanto, um “recorte” do real, sujeito à subjetividade do fotógrafo e de quem a conserva.
  PROFESSOR

  Atividade complementar
  PROFESSOR

  Propor aos alunos que tragam para a aula diferentes tipos de fotografias atuais e de outros tempos: selfies, fotografias familiares, fotografias do grupo de amigos etc. No dia combinado, cada aluno deverá escolher uma fotografia para apresentar aos colegas.
  PROFESSOR

  Organizar as fotografias escolhidas em cima das carteiras, permitindo que os alunos as observem. Na sequência, propor que cada aluno escolha uma fotografia, exceto a própria. Em seguida, solicitar que descreva a fotografia para os colegas: pessoas retratadas, tipo de fotografia, elementos da paisagem.

• Espera-se que, ao realizar as atividades sobre a linha do tempo, os alunos percebam a passagem do tempo e compreendam o encadeamento de acontecimentos na vida deles.
• Se julgar conveniente, orientar a realização das atividades em casa, com a ajuda de um adulto da convivência dos alunos.
• Solicitar que anotem acontecimentos que ocorreram em cada ano da vida deles.
• Incentivar que escrevam, como souberem, o próprio nome. Neste momento da alfabetização é importante respeitar os ritmos diferenciados de apropriação da escrita e motivar os alunos a avançarem nesse processo.

  O trabalho com o tempo

  [...] trabalhar com o conceito de tempo permite a inserção de entendimento sobre os processos formativos da vida de cada sujeito, a ordenação, sucessão e duração e tem a ver não só com uma necessidade de entender como se processam as discussões nos anos iniciais sobre a História, mas principalmente perceber como são apropriados por professores/as e estudantes, uma vez que promove o entendimento sobre as diferentes temporalidades. Neste sentido, ao propor trabalhar com as noções de tempo, é importante levar em conta a maturidade da criança. Segundo Circe Bittencourt (2004, p. 203) * , de acordo com a abordagem piagetina “(...) é necessária uma maturação biológica para a compreensão do tempo”.

  *. Bittencourt, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004, p. 203.

Mesmo que a intenção seja inserir conhecimentos acerca do tempo histórico, e que nossa análise não se baseie na concepção piagetina, é importante levar em conta a “maturação biológica”, pela maneira como os estudantes concebem o que seria tempo histórico.

Percebe-se que, na faixa etária das crianças das séries iniciais, é importante iniciar os diálogos pelo tempo vivido (tempo que se manifesta nas etapas da vida da infância, adolescência, idade adulta e velhice), tempo concebido (varia de acordo com as culturas e gera relações diferentes com o tempo vivido) e tempo intuitivo (limita-se às relações de sucessão, duração, simultaneidade).

SCHMITT, Jaqueline A. M. Z. O ensino de História nas séries iniciais: interfaces entre currículo, o saber e fazer docente. Anais do I Seminário Internacional História do Tempo Presente . Florianópolis, Udesc/Anpuh-SC, 2011, p. 1217. Disponível em: http://fdnc.io/fo8. Acesso em: 12 jul. 2021.

• A construção da linha do tempo dos alunos pode ser feita como um “varal de acontecimentos”.
• Solicitar aos alunos que façam desenhos com legendas em pedaços de papel sobre os acontecimentos importantes na vida deles, pelo menos um por ano.
• Pendurar os desenhos em um pedaço de barbante. Os barbantes (linhas do tempo) de todos os alunos poderão ficar expostos de maneira que componham uma rede ao se cruzarem.

1. Representar a si mesmo e comparar características e preferências pessoais com as de um colega.
   5. Espera-se que os alunos realizem uma representação de seu rosto. Espera-se também que, conversando em duplas, consigam preencher uma ficha com dados pessoais e de seus colegas, reconhecendo a diversidade de características e preferências das pessoas.

2. Classificar as características de fatos marcantes na vida da criança.
   5. Espera-se que os alunos observem e interpretem as imagens, identificando os elementos retratados. Em seguida, devem classificar esses elementos de acordo com o acontecimento a que se relacionam.

3. Identificar as principais funções da Certidão de Nascimento e da Caderneta da Criança.
   5. Espera-se que os alunos observem e interpretem as fotografias, identificando os documentos retratados e as funções representadas. Em seguida, devem estabelecer relações entre documentos e funções.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre as formas de sociabilidade estabelecidas nos espaços da moradia e da escola. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• Fazer a leitura do texto em voz alta.
• Solicitar aos alunos que realizem a atividade 2, que colabora com as práticas de compreensão de texto e realização de inferências.
• Retomar as respostas dadas pelos alunos. Chamar a atenção deles para as atividades que são realizadas em cada lugar citado no texto.
• Refazer a leitura do texto apresentado na atividade 1, comentando a fala de Artur e comparando os locais citados por ele com os diferentes lugares de vivências dos alunos.

  As atividades do capítulo 3 permitem aos alunos reconhecer distintos lugares de vivência e as atividades de convívio realizadas pelas pessoas nesses espaços.

  A BNCC no capítulo 3

  Unidades temáticas: O sujeito e seu lugar no mundo; Formas de representação e pensamento espacial.

  Objetos de conhecimento: O modo de vida das crianças em diferentes lugares; Situações de convívio em diferentes lugares; Pontos de referência.

• Para o desenvolvimento da atividade 3, fazer na lousa um quadro semelhante ao apresentado no livro e, a partir da conversa com os alunos, completá-lo com diferentes informações.
• Solicitar aos alunos que completem o quadro apresentado na atividade com seus dados.
• Após os alunos preencherem os quadros, incentive-os a comentar as respostas da atividade.
• A Geografia envolve a dinâmica entre o espaço e as relações humanas; portanto, é fundamental o papel das pessoas na construção do conhecimento geográfico. Nesse sentido, é importante que os alunos observem e avaliem o universo cultural em que estão inseridos, que comparem seu ponto de vista com o de outras pessoas, que construam hipóteses e que as validem, conforme a ampliação e a construção de seus conhecimentos.

  Boxe complementar.

  De olho nas competências

  As atividades desenvolvidas no capítulo 3 permitem aos alunos uma aproximação da competência geral 1, no sentido de entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

  Fim do complemento.

  Habilidades: ( EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares; (EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e diferenças de usos do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes manifestações; (EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente, regras de convívio em diferentes espaços (sala de aula, escola etc.); (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referências espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades permitem aos alunos uma primeira aproximação com a leitura e a determinação de diferentes trajetos com base em uma representação, desenvolvendo noções de lateralidade.

Fim do complemento.

• A atividade 1 pode ser feita em dupla. Sugere-se que, enquanto a leitura do texto é realizada pelo professor, os alunos marquem o trajeto na representação.
• Solicitar aos alunos que indiquem pontos de referência importantes que aparecem na representação.
• Enfatizar a importância de observar e de considerar os elementos da paisagem como fontes de informação e de localização.
• Solicitar que listem os locais públicos e os estabelecimentos representados e indiquem suas principais funções.
• Verificar com os alunos se próximo a seus locais de moradia ou escola existem estabelecimentos como os representados na imagem.

  O lugar e o mundo

  Milton Santos nos ensina que cada lugar é, à sua maneira, o mundo. Assim, o conceito de lugar apoderou-se de inúmeras interpretações, tendo sempre a necessidade de adjetivá-lo: lugar da existência, da coexistência, da copresença, da solidariedade, do acontecer solidário, da dimensão do espaço cotidiano, do singular e do subjetivo.

  [...] O lugar, de maneira geral, é um espaço sensato , isto é, apropriado ao nosso sentido, um espaço que nos convém, um espaço sensível. Mas um espaço orientado, um espaço de orientação, que permite responder à pergunta: Onde estamos?

Enfim, é um espaço que dá lugar ao sentido, ao bom senso, ao pensamento sensato. Um lugar se abre para outros lugares e o lugar de todos os lugares, o lugar comum, este é o mundo. [...]

CAVALCANTE, Márcio B. O lugar no mundo e o mundo no lugar: a geografia da sociedade globalizada. Caminhos de Geografia , v. 12, n. 40, dez. 2011. p. 91-92. Disponível em: http://fdnc.io/fo9. Acesso em: 12 jul. 2021.

• A atividade 2 permite o desenvolvimento das diferentes relações espaciais. Auxiliar os alunos na leitura da representação e na determinação das diferentes posições dos elementos que formam a paisagem.
• Na atividade 3, o trabalho com a criação de símbolos que, em conjunto, formam as legendas contribui para a construção da noção de representação, importante para a leitura de plantas e mapas.
• Compartilhar com os alunos os diferentes símbolos que foram criados por eles para representar um mesmo tipo de estabelecimento.

16. Para leitura dos alunos

    

    Ônibus, de Marianne Dubuc. Jujuba.

    Uma menina sai em sua primeira viagem de ônibus para visitar a avó. No trajeto, ela observa cada detalhe, faz amigos e vive aventuras. Quanta coisa para contar para sua avó!

• Fazer com os alunos a leitura de cada uma das ilustrações, destacando, nas imagens A, B e C, os principais elementos que formam a paisagem.
• Chamar a atenção deles para as pessoas que podem ser observadas e as atividades que estão realizando.
• Solicitar que observem a quantidade de pessoas em cada local representado, a posição em que estão umas em relação às outras (de frente, de lado, de costas).
• Solicitar que imaginem os sons desses locais representados: o que as pessoas conversam, como conversam, se há pássaros, som de carros, de britadeira, de televisão, entre outros.
• É importante esclarecer que para Milton Santos: “tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons etc.” (SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teórico e metodológico da Geografia. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2008. p. 67).

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  No desenvolvimento das relações entre as pessoas de sua convivência, os alunos se aproximam da competência específica de Ciências Humanas 1, ao compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural, e da competência específica de Geografia 7, ao agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia e responsabilidade.

  Fim do complemento.

  Espaços públicos e privados

  Toda cidade está dividida entre os espaços públicos e os privados. Os espaços públicos são os lugares administrados pelo governo e pertencem à população [...]: as praças, as ruas, os parques, as avenidas, as praias que existem em cidades litorâneas etc. Os espaços privados pertencem a alguém, como pessoas ou empresas [...]: casas, lojas comerciais, escolas particulares, shopping centers. Geralmente, os espaços privados ou particulares são mantidos pelos proprietários, eles cuidam e fazem a manutenção para a sua preservação. Os espaços públicos são de responsabilidade do governo; as prefeituras, por exemplo, cuidam das praças, fazendo a manutenção dos bancos e dos jardins. Mas quem ajuda a preservar e cuidar dos espaços públicos? A população é a responsável por manter os espaços públicos preservados.

Entretanto, muitas pessoas contribuem para a destruição desses espaços, muitos monumentos são pichados e destruídos por essas pessoas. Sabemos que os atos de destruição e deterioração dos espaços públicos é crime e o infrator pode ser preso. Dessa maneira, como cidadãos, temos o papel de garantir que os espaços públicos sejam preservados, a conscientização dessa preservação deve fazer parte da rotina e da vida da população.

CARVALHO, Leandro. Cidades: espaços públicos e privados. Escola Kids . Disponível em: http://fdnc.io/foa. Acesso em: 30 jul. 2021.

• As atividades contribuem para a reflexão sobre o lugar de vivência e sobre as normas estabelecidas nesse lugar. É importante perguntar aos alunos como se deve agir na rua, na escola e em casa, para verificar como percebem as normas dos diferentes locais e como lidam com elas. Essa discussão permite a reflexão sobre a utilidade e a legitimidade das regras, as razões pelas quais são estabelecidas de determinada maneira e não de outra, como alteram e determinam a configuração dos locais.
• Orientar e acompanhar os alunos na realização das atividades propostas, sempre relacionando cada resposta às imagens da página anterior.
• Compartilhar as respostas dos alunos às atividades.
• Após a realização da atividade final, seria pertinente propor aos alunos uma produção de escrita: um texto coletivo para ser afixado no mural da sala de aula, valorizando as atitudes que favorecem a convivência entre as pessoas. Observar se os alunos escreveram corretamente as palavras e se produziram um texto adequado em relação ao que foi proposto.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Vida familiar e social

  As atividades que enfocam as relações de convivência dos alunos com seus familiares e membros da comunidade do lugar de viver, seja nos espaços públicos, seja nos espaços privados, permitem desenvolver a reflexão sobre a vida familiar e social.

  Fim do complemento.

• Antes de iniciar a atividade, formar uma roda de conversa sobre o tema: que atitudes podem contribuir para uma boa convivência na escola?
• Ouvir atentamente a opinião dos alunos e interferir quando necessário.
• Solicitar aos grupos de alunos que determinem as principais regras necessárias para uma convivência respeitosa em sala de aula e na escola.
• Com base nas conversas, orientar os alunos na elaboração dos desenhos da atividade 2.

  O trabalho com desenhos no Ensino Fundamental

  Trabalhar com desenhos é trabalhar com novas formas de ver, compreender as “coisas” e verificar-comprovar as próprias ideias. O indivíduo, quando desenha, expressa uma visão e um raciocínio. [...] Os desenhos são, ao mesmo tempo, “naturais” (espontâneos) e “imitativos” (copiativos); são construídos de dentro para fora. [...] Para esse raciocínio ter fundamento, devemos entender os desenhos dos alunos como componentes do desenvolvimento geral de seu conhecimento. [...] Quando lidamos com desenhos, estamos lidando com o aspecto visual do pensamento e da memória. Os estudos de comunicação têm-se concentrado, principalmente, sobre os vocabulários, esquecendo o mundo visual.

O desenho colabora com o potencial informacional do mundo, trazendo uma comunicação diferente da escrita: a comunicação visual.

SANTOS, Clézio. O uso de desenhos no Ensino Fundamental: imagens e conceitos. In : PONTUSCHKA, Nídia N.; OLIVEIRA, Ariovaldo U. (org.). Geografia em perspectiva : ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2006. p. 195-196.

• Retomar as respostas dos alunos sobre as regras de convivência na escola e relacioná-las aos direitos adquiridos e aos deveres a serem aplicados no ambiente escolar. Em seguida, conversar sobre os motivos de alguns deveres não serem cumpridos. É importante garantir, nessa conversa, que não sejam citados nomes, mas apenas atitudes. Os alunos poderão dizer “Não gosto quando pegam meus materiais sem que eu tenha dado permissão”, em vez de falar “Não gosto quando [nome do colega] pega meus materiais”.
• Aproveitar o momento para conversar com os alunos sobre formas de melhorar as atitudes de convivência no cotidiano.
• Outra possibilidade é estabelecer metas semanais ou quinzenais para o grupo. É importante solicitar a todos que ajudem os colegas a lembrar-se dos combinados, no caso de alguém esquecer. Essa meta deve ser avaliada diariamente e, para isso, é interessante fazer um cartaz utilizando legendas. Caso uma meta seja cumprida, outra pode ser estabelecida tanto pelo professor como pelos alunos.

• Para facilitar o entendimento sobre os hábitos e regras de convivência praticados em casa, fazer uma lista na lousa com as horas de um dia, por exemplo, das 6 às 18 horas.
• Solicitar aos alunos que digam o que comumente fazem em cada hora do dia. Lembrá-los de que o sábado e o domingo podem ser diferentes dos outros dias; mesmo assim, há hábitos que se repetem nos fins de semana.
• Ler o texto em voz alta e orientar os alunos a realizar as atividades propostas.

  O capítulo 4 permite explorar os diferentes hábitos e as regras de convivência em diferentes lugares, em especial na moradia e na escola.

  A BNCC no capítulo 4

  Unidade temática: Mundo pessoal: meu lugar no mundo.

  Objeto de conhecimento: A escola e a diversidade do grupo social envolvido.

  Habilidade: ( EF01HI04) Identificar as diferenças entre os variados ambientes em que vive (doméstico, escolar e da comunidade), reconhecendo as especificidades dos hábitos e das regras que os regem.

Boxe complementar:

Noções temporais

As atividades permitem aos alunos ordenar algumas atividades de acordo com os dias da semana.:

• Ler com os alunos o texto introdutório.
• Solicitar que citem as atividades de seu cotidiano que realizam com os adultos com os quais convivem.
• Estimular a reflexão sobre as atividades que fazem todos os dias e as que realizam apenas no fim de semana.
• Orientar a realização das atividades, lembrando os alunos das diferenças e semelhanças entre as ações praticadas nos dias da semana e as dos fins de semana.

  Fm do complemento.

  Atividade complementar

  Propor aos alunos que desenhem no caderno atividades que costumam realizar nos dias da semana que não foram destacados nesta página: segunda-feira, terça-feira, quinta-feira e sexta-feira.

  Em seguida, pedir a cada aluno que descreva oralmente para os colegas o dia da semana e a atividade desenhada.

  Registrar na lousa as semelhanças e as diferenças entre as descrições e os desenhos.

• Orientar a leitura das atividades em voz alta. Essa ação contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.
• A atividade ajudará os alunos a compreender regras e hábitos de sua família.
• Solicitar aos alunos que interpretem o que foi retratado nas imagens.
• Solicitar que relacionem as imagens aos hábitos e às regras descritos na coluna da direita.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Educação alimentar e nutricional

  As atividades propostas sobre algumas atitudes cotidianas, como escovar os dentes, lavar as mãos antes das refeições e comer em local adequado, possibilitam a discussão sobre os hábitos de higiene com relação à manipulação e ao consumo de alimentos, pertinentes à educação alimentar e nutricional.

  Fim do complemento.

  Definições de família

  Os estudiosos costumam discutir se a família é um fenômeno natural/biológico ou uma instituição cultural e social. Mas as ciências sociais preferem assumir a postura que compreende a família como um fenômeno que ultrapassa a esfera biológica e ganha significados culturais, sociais e históricos. Além disso, qualquer definição de família deve se precaver para não tomar o modelo de família vigente na sua própria sociedade como o “normal” e considerar os outros tipos “patológicos” ou de menor importância. [...]

  SILVA, Kalina V.; SILVA, Maciel H. Dicionário de conceitos históricos . São Paulo: Contexto, 2005. p. 136.

• Ler o quadrinho com os alunos, incluindo os balões de diálogos e identificando de onde vêm os chamados.
• Orientar os alunos a responder às questões da atividade 3, que contribuem para o desenvolvimento da compreensão de texto.
• Na atividade 4, são exploradas as regras relacionadas às atividades da moradia de cada aluno.
• Solicitar que respondam à atividade 4 e anotar as respostas na lousa.

  Atividade complementar

  Fazer com os alunos um quadro com as 24 horas de um dia, atribuindo uma cor para cada atividade realizada durante esse dia.

  Preencher os horários com a cor da atividade. Atentar para o número de horas dedicadas a algumas atividades: dormir, brincar, ver televisão e ir à escola.

  Cotidiano e tempo histórico

  [...] Podemos conceber o cotidiano a partir de dois ângulos. Em primeiro lugar, como uma dimensão propriamente temporal, como pura duração sem qualificações, o que é certamente arbitrário, mas servirá como exercício para, em segundo lugar, indagar o cotidiano como tempo qualitativo, investigando o que compõe esse tempo, de que é a duração. Talvez, realizado o exercício, possamos entender melhor nosso objeto, a história e as possibilidades de nossa ciência, a História.

  GUARINELLO, Norberto L. História científica, história contemporânea e história cotidiana. Revista Brasileira de História , v. 24, n. 48, p. 24, dez. 2004. Disponível em: http://fdnc.io/fob. Acesso em: 30 jul. 2021.

• Neste momento, os alunos poderão compreender as regras e os hábitos vigentes na escola e estabelecer comparações com os de sua moradia.
• Relembrar com os alunos as regras de convivência na escola que foram estudadas.
• À medida que forem sendo lembradas, registrar as regras na lousa, em colunas distintas: uma para a sala de aula e outra para o pátio.

  A organização das turmas em outros tempos

  As matérias lecionadas nas escolas primárias elementares femininas eram as mesmas que as dos meninos, porém o conteúdo de geometria não era ensinado, a aritmética era limitada à teoria e somente as quatro operações eram feitas na prática, as meninas ainda contavam com aulas de prendas domésticas. [...] Os argumentos morais da sociedade da época não julgavam relevantes aprendizagens dos mesmos conteúdos para os dois sexos. Afinal por que uma mulher deveria aprender geometria ou aritmética se ela ficaria em casa cuidando da família e de seus afazeres domésticos? O ensino feminino era voltado para uma forma de educação onde a mulher era preparada para ser mãe e dona de casa.

• Registrar as respostas sobre o que os alunos consideram regras para uma convivência adequada na sala de aula, na biblioteca e na quadra esportiva.
• Se julgar conveniente, explorar com os alunos atitudes que eles consideram que contribuem para uma boa convivência em espaços públicos, como praças, cinemas, parques e shopping centers.

  Atividade complementar

  Propor aos alunos uma visita à biblioteca da escola, combinando uma data com a bibliotecária e/ou pessoa responsável pela biblioteca. Durante a visita, orientar os alunos a circular devagar e cuidadosamente pela biblioteca.

  Em seguida, propor uma simulação:

  • um grupo solicita livros à bibliotecária e se senta para ler silenciosamente;

  • outro grupo ocupa uma mesa e fala alto;

  • outro grupo simula barulhos de mastigação de alimentos, abertura de embalagens etc.

  Ao final, propor uma avaliação da situação simulada e retomar as regras discutidas para o uso da biblioteca, questionando: Essas regras são mesmo necessárias? Por quê?

  Era, desta maneira, conhecedora da leitura, para poder ler os ensinamentos sagrados e repassá-los aos seus filhos, como explicitou Soares de Almeida (2007) * . Deste modo, ensiná-los-ia consequentemente os rudimentos das Primeiras Letras: ler, escrever e contar. Essas mulheres deveriam adquirir também habilidades com os trabalhos manuais, para assim poderem preencher o seu tempo livre.

  MIMESSE, Eliane; PALARO, Luciane. As escolas femininas de instrução primária em São José dos Pinhais nos anos finais do século XIX. Revista HISTEDBR On-line , n. 42, p. 160, jun. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/foc. Acesso em: 14 jul. 2021.

  *SOARES DE ALMEIDA, J. Ler as letras : por que educar meninas e mulheres? São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo; Campinas: Autores Associados, 2007.

• Fazer uma leitura compartilhada dos textos do infográfico, identificando com os alunos: o local representado, os brinquedos que aparecem, como eles estão sendo utilizados, as regras de uso de cada um deles.

Atividade complementar

Explorar com os alunos outros locais da comunidade: praça, quadra esportiva e outros que considerarem pertinente. Explorar com eles possíveis regras de utilização desses locais. Solicitar que criem cartazes com regras para esses locais. Se possível, realizar uma visita a esses locais e afixar os cartazes produzidos.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 3 e 4.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Reconhecer diferentes locais de convívio das pessoas no dia a dia.
   5. Espera-se que os alunos indiquem, a partir das fotografias, os locais que foram representados: o interior de uma moradia, uma escola e uma praça.

2. Representar, por meio de desenho, regras de convivência em diferentes locais.
   5. Espera-se que os alunos identifiquem locais de convivência na moradia e na escola. Por fim, devem retratar uma regra de cada um desses espaços.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.