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Comentários para o professor:

Unidade 3 Memórias e lugares

Esta unidade permite aos alunos refletir sobre as diferentes formas de registrar a vivência das pessoas e representar o espaço geográfico, assim como reconhecer as transformações ao longo do tempo relacionadas aos objetos e às paisagens dos lugares de viver.

As páginas de abertura da unidade correspondem a atividades preparatórias que permitem aos alunos identificar elementos da paisagem de uma cidade brasileira em outro tempo.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Capítulos 9 e 10: exploram diversas formas de registros familiares, como diários, cartas e álbuns, as características e as representações das paisagens do campo e cidade e os diferentes modos de vida nesses espaços.

Capítulos 11 e 12: abordam a relação entre objetos e memória individual e coletiva e as mudanças reconhecidas nas paisagens ao longo do tempo.

Introdução ao módulo dos capítulos 9 e 10

Este módulo, formado pelos capítulos 9 e 10, permite aos alunos conhecer e refletir sobre as diferentes formas de registro das vivências das pessoas, assim como formas de representação das paisagens do campo e da cidade.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 9 possibilitam aos alunos trabalhar com as diversas formas de registro familiar, por meio de diários, cartas e álbuns. Essas atividades permitem aproximar os alunos das habilidades EF02HI04, EF02HI05 e EF02HI08, ligadas à compilação de dados pessoais por meio de diferentes formas de registro. São propostas atividades de leitura de diário, de cartas e de letra de canção, escrita de carta e criação de álbum de fotografia. Como pré-requisito, os alunos devem apresentar algum conhecimento sobre formas de registro pessoal, como diários, cartas e registros nas redes sociais.

As atividades do capítulo 10 possibilitam aos alunos observar representações e descrever diversas paisagens do campo e da cidade, destacando seus principais elementos, as relações de convivência entre as pessoas e os elementos que determinam a qualidade de vida dos seus moradores, desenvolvendo as habilidades EF02GE04 e EF02GE09. São desenvolvidas atividades relacionadas à compreensão e à produção de textos, leitura de fotografias, identificação de planos na imagem, elaboração de desenho de observação, além de trabalho de campo no bairro do lugar de viver. Como pré-requisito, requer que os alunos consigam interpretar fotografias e diferentes representações do espaço geográfico.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

• Descrever as características dos diários.

• Identificar os elementos que caracterizam as cartas.

• Compreender o que são álbuns de fotografia e como eles são compostos.

• Reconhecer elementos que constituem as paisagens do campo e da cidade por meio de representações como desenhos e fotografias.

• Reconhecer diferentes modos de viver das pessoas que vivem no campo e na cidade.

• Identificar atitudes que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida no campo e na cidade.

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UNIDADE 3. Memórias e lugares

Imagem: Cartão-postal. No centro há dois burros puxando um bonde marrom. Ao lado há homens com chapéu e terno parados na frente de uma construção grande na esquina. Em volta há postes e árvores. Ao fundo, construções altas e uma igreja. Fim da imagem.

LEGENDA: Cartão-postal da cidade do Recife, no estado de Pernambuco, por volta de 1910. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, com o objetivo de possibilitar a troca de conhecimento entre os alunos.

• As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.

A construção do espaço

[...] A produção do espaço é resultado da ação dos homens agindo sobre o próprio espaço através dos objetos, naturais e artificiais. Cada tipo de paisagem é a reprodução de níveis diferentes de forças produtivas, materiais e imateriais, pois o conhecimento também faz parte do rol das forças produtivas. A paisagem artificial é a paisagem transformada pelo homem; já, grosseiramente, podemos dizer que a paisagem natural é aquela ainda não mudada pelo esforço humano. Se no passado havia paisagem natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente já não existe. Se um lugar não é fisicamente tocado pela força do homem, ele é, todavia, objeto de preocupações e de intenções econômicas ou políticas.

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Boxe complementar:

Primeiros contatos

1. Descreva os elementos da paisagem retratados no cartão-postal da cidade do Recife.

PROFESSOR Resposta: Árvores, construções, rua, bonde, pessoas.

2. Que elementos dessa imagem revelam que ela retrata uma paisagem de outros tempos?

PROFESSOR Resposta: A roupa das pessoas, o bonde puxado por animais, o calçamento da rua, o aspecto das construções.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos na observação do cartão-postal, destacando a leitura da legenda para que identifiquem o local (Recife, no estado de Pernambuco), retratado por volta de 1910.

• Ressaltar que o cartão-postal revela aspectos relacionados aos registros de memórias de pessoas e lugares, estabelecendo relações entre diferentes tempos.

• Comentar que as pessoas, ao longo de suas vidas, acabam estabelecendo relações de pertencimento e afetividade com os lugares que frequentam no dia a dia. As transformações das paisagens, muitas vezes, impactam nos sentimentos das pessoas e nas suas memórias dos acontecimentos vividos.

• Compartilhar as respostas às atividades.

Tudo hoje se situa no campo de interesse da história, sendo, desse modo, social. A paisagem é um conjunto heterogêneo de formas naturais e artificiais; é formada por frações de ambas, seja quanto ao tamanho, volume, cor, utilidade, ou por qualquer outro critério. A paisagem é sempre heterogênea. A vida em sociedade supõe uma multiplicidade de funções, e quanto maior o número destas, maior a diversidade de formas e de atores. Quanto mais complexa a vida social, tanto mais nos distanciamos de um mundo natural e nos endereçamos a um mundo artificial.

FONTE: SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Edusp, 2008. p. 70-71.

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DESAFIO À VISTA!

Capítulos 9 e 10

Quais formas são utilizadas pelas pessoas para registrarem suas vivências?

CAPÍTULO 9. Registros de família

PROFESSOR Atenção professor: Levando em consideração o momento de alfabetização dos alunos, convertemos algumas palavras do diário para a grafia atual, seguindo a norma ortográfica vigente. Fim da observação.

As pessoas podem registrar as suas vivências e as de suas famílias de diferentes formas. Uma dessas formas é o registro de acontecimentos em um diário.

Ao ler o diário de uma pessoa, podemos conhecer parte de sua história e de seus familiares, como a de Bernardina, que escreveu um diário em 1889.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Diário de Bernardina

de setembro

Depois do jantar fomos à casa de tia Leopoldina, para cear com ela, que faz anos hoje. [...]

8 de setembro

Papai convidou-nos para irmos todos ao jardim zoológico, para vermos o elefante, os camelos e a girafa, as crianças gostaram muito do passeio. [...]

25 de novembro

Depois do almoço, mamãe, Alcida e eu saímos, fomos comprar dois cortes de vestido para mim e para Alcida.

FONTE: Ana Maria Mauad. A vida das crianças de elite durante o Império. Em: Mary del Priore (org.). História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999. p. 169.

Imagem: Pintura. Uma menina com cabelo encaracolado e comprido, tiara azul, vestido branco com detalhes azuis e sapatos brancos está sentada e escrevendo em um caderno, que está sobre uma escrivaninha de madeira. Ao fundo, uma janela grande e luz solar.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre as formas variadas de registrar as experiências de vida e as paisagens que vemos no nosso dia a dia. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

O capítulo 9 permite explorar alguns elementos da memória ligados às formas de registro familiares, como diários, cartas e álbuns.

A BNCC no capítulo 9

Unidades temáticas: A comunidade e seus registros; As formas de registrar as experiências da comunidade.

Objetos de conhecimento: A noção do “Eu” e do “Outro”: registros de experiências pessoais e da comunidade no tempo e no espaço; Formas de registrar e narrar histórias (marcos de memória materiais e imateriais); As fontes: relatos orais, objetos, imagens (pinturas, fotografias, vídeos), músicas, escrita, tecnologias digitais de informação e comunicação e inscrições nas paredes, ruas e espaços sociais.

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2. Que informações estão registradas no diário de Bernardina?

( ) O dia e o mês de cada acontecimento.

( ) Os dias da semana em que os fatos aconteceram.

( ) Os acontecimentos que ocorreram com Bernardina e seus familiares.

( ) s acontecimentos da vida de pessoas que não fazem parte da família de Bernardina.

PROFESSOR Resposta: O dia e o mês de cada acontecimento.
PROFESSOR Resposta: Os acontecimentos que ocorreram com Bernardina e seus familiares.

3. O passeio ao jardim zoológico ocorreu antes ou depois da ceia na casa da tia Leopoldina? Explique.

_____

PROFESSOR Resposta: Depois, já que a ceia aconteceu no dia primeiro de setembro e o passeio ao zoológico ocorreu no dia oito de setembro.

4. Circule o nome dos animais que foram citados no diário de Bernardina.

camelo

leão

macaco

elefante

girafa

urso

PROFESSOR Resposta: Camelo, elefante e girafa.

5. Elabore o trecho de um diário contando um acontecimento da sua vida.

Dia:

Mês:

Acontecimento:

Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

Desenho para representar o acontecimento:

PROFESSOR Resposta: A atividade proposta permite aos alunos utilizar a linguagem escrita (data e título) conjugada com a representação (desenho), importantes neste momento do processo de alfabetização.
MANUAL DO PROFESSOR

• Para os trechos do Diário de Bernardina, encaminhar uma primeira leitura silenciosa do texto e depois solicitar que cada aluno leia em voz alta um dia/trecho do diário.

• Orientar o desenvolvimento das atividades.

• Orientá-los a mobilizar os conhecimentos adquiridos para elaborar o desenho de representação da página de diário, conforme proposto na atividade 5, ajudando-os a lembrar-se de um acontecimento, da data em que ocorreu e de quem participou dele. Destacar que será uma produção mista, com algumas partes escritas e outras em forma de desenho.

• Organizar os alunos em duplas e solicitar que compartilhem com o colega sua página do diário para verificarem se há alguma semelhança entre os acontecimentos registrados pelos dois.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas aproximam-se da competência específica de História 6 ao possibilitar que os alunos compreendam alguns procedimentos norteadores da produção historiográfica.

Fim do complemento.

Habilidades: ( EF02HI04) Selecionar e compreender o significado de objetos e documentos pessoais como fontes de memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, escolar e comunitário; (EF02HI05) Selecionar objetos e documentos pessoais e de grupos próximos ao seu convívio e compreender sua função, seu uso e seu significado; (EF02HI08) Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.

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As cartas

Outra forma de registro das vivências familiares são as cartas, como esta escrita em 1863.

PROFESSOR Atenção professor: Levando em consideração o momento de alfabetização dos alunos, convertemos algumas palavras da carta para a grafia atual, seguindo a norma ortográfica vigente. Fim da observação.

Rio [de Janeiro], 24 de maio de 1863.

Cara Mana,

Não há novidade.

A [minha filha] Leopoldina teve defluxo com alguma febre; mas vai bem. [...]

Adeus!

Toma esse saudosíssimo [abraço] e dá outro ao Luiz.

Lembranças aos meus sobrinhos.

Teu mano do coração,

Pedro.

Imagem: Ilustração. À direita, uma caneta e um pote de tinta. À esquerda, um envelope e uma carta  Fim da imagem.

FONTE: Manoella Neres Jubillato. Edição e estudo de cartas inéditas escritas por Dom Pedro II . São Paulo. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, 2013. p. 134.

Boxe complementar:

Você sabia?

O autor da carta que você leu ficou conhecido como Dom Pedro II.

Ele foi imperador do Brasil durante quarenta e nove anos e se casou com Teresa Cristina, com quem teve quatro filhos: Pedro, Isabel, Afonso e Leopoldina, que foi citada na carta.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

• Fazer a leitura compartilhada da carta, identificando com os alunos: o local e a data em que foi escrita; a pessoa a quem se destinava; a relação de parentesco entre o autor da carta e o destinatário: mana, que significa irmã; o fato narrado: o defluxo da filha Leopoldina; a quem o autor manda um abraço; quem assina a carta.

• Ler com os alunos o boxe Você sabia?, localizando quem foi Dom Pedro II na História, com quem era casado e os filhos que teve.

• Conversar com os alunos sobre a palavra defluxo, apresentada no glossário, significando-a. Segundo alguns pesquisadores, a exposição à leitura constante e diversificada contribui para o desenvolvimento vocabular dos alunos.

• Solicitar que criem frases ou pequenas produções de escrita, empregando o termo, adequadamente.

As cartas pessoais como fontes históricas

[...] Cartas, apesar de fontes escritas, não eram utilizadas como documentos históricos até há pouco tempo. Quando muito, eram tidas como material secundário. No entanto, elas se revelam como um instrumento que exige toda essa engenhosidade do historiador, pela complexidade das informações que contêm, muitas das vezes escondidas através de códigos ou sinais que cabe ao pesquisador decifrar ou, nas palavras de Marc Bloch, “[...] os textos ou os documentos arqueológicos, mesmo os aparentemente mais claros e mais complacentes, não falam senão quando sabemos interrogá-los” (BLOCH, 2001, p. 79).

A carta é algo que, além de aproximar as pessoas, pode revelar algo sobre elas e mesmo sobre quem as recebe. Permite ainda avaliar a intensidade do relacionamento entre elas.

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1. Complete o esquema sobre a carta da página anterior.

Autor da carta:

Imagem: Ilustração: Seta à direita. Fim da imagem.

A quem foi destinada:

PROFESSOR Resposta: Autor da Carta: Pedro.
PROFESSOR Resposta: A quem foi destinada: à irmã do autor da carta, chamada de “mana”.

2. Qual é o principal acontecimento narrado na carta?

_____

PROFESSOR Resposta: Pedro informa à irmã que sua filha Leopoldina teve defluxo com alguma febre.

3. O autor da carta manda lembranças aos seus:

( ) tios.

( ) pais.

( ) sobrinhos.

( ) avós.

PROFESSOR Resposta: sobrinhos

Imagem: Ícone: Tarefa de Casa. Fim da imagem.

4. Em casa, reconte para um adulto de sua convivência o assunto da carta lida em classe.

PROFESSOR Resposta: Orientar a retomada do conteúdo para a realização do reconto.

5. Escolha uma pessoa que você conheça para escrever uma carta para ela.

a) Em uma folha de papel, inclua as seguintes informações.

• O município onde você mora e a data em que a carta está sendo escrita.

• O nome da pessoa a quem se destina a carta.

• Um desenho representando uma mensagem que você quer transmitir para essa pessoa.

• Seu nome.

b) Entregue pessoalmente a carta para a pessoa ou, se ela morar longe, peça a um adulto que o ajude a enviá-la pelo correio. Para isso, você precisa saber o nome e o endereço completo da pessoa que vai receber a carta.

PROFESSOR Resposta: Esta atividade permite aos alunos exercitarem a elaboração de uma carta, mesclando escrita e desenho, de acordo com o momento de alfabetização.
Imagem: Ilustração. Envelopes amarelados com textos e selos. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

• Conduzir a realização das atividades 1 e 2, retomando com os alunos: quem é o autor da carta; quem a recebe; qual é o principal acontecimento narrado.

• Encaminhar individualmente a elaboração da carta proposta na atividade 5, solicitando aos alunos que: definam a quem se destinará a carta; o assunto que será narrado; indiquem o local e a data; e assinem a carta.

• Orientar, se for possível, os alunos a solicitar a ajuda de um adulto para postar a carta no serviço postal.

“Debruçados sobre maços de cartas de temporalidades diversas [...], pesquisadores de diferentes países e tradições disciplinares trazem importantes contribuições para a compreensão da cultura escrita” (BASTOS; CUNHA & MIGNOT, 2002, p. 6-7). Elas já possuem, na historiografia, o status de documento. “As correspondências ordinárias, muito tempo abandonadas sobre a nave lateral da história, também adquiriram estatuto de documento” (Idem, 2002, p. 75-76). Já segundo Renato Lemos, “como fonte, as cartas interessam pelo que contêm de indicativo sobre a pessoa, na posição de remetente ou de destinatário, e suas circunstâncias” (LEMOS, 2004, p. 18).

FONTE: MATTOS, Raimundo C. de O. As cartas revelam – analisando o oitocentos através da correspondência. XIV Encontro Regional da ANPUH-Rio: memória e patrimônio. Rio de Janeiro, jul. 2010. p. 2. Disponível em: http://fdnc.io/fpf. Acesso em: 28 jun. 2021.

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Álbuns de fotografia

Na letra da canção a seguir, os autores descrevem outra forma de registro da história de uma família.

Velho álbum de família

Cada foto, uma relíquia

Que a joia do tempo dourou

Velho álbum de família que ganhei do meu avô

Pose em frente da modesta capela

Bela roupa de domingo

Pais, amigos e parentes contentes

Como manda o figurino

Sentimento que me invade é saudade

De um tempo não vivido

Por trás de cada imagem, a verdade:

Todo avô já foi menino.

FONTE: Susie Mathias e Oswhaldo Rosa. “Velho álbum de família”. Em: Canção das moças. São Paulo: Paulus, 2006. CD.

Imagem: Ilustração. Um homem está atrás de uma câmera fotográfica e na parte de trás do objeto há um pano preto, que está em cima da cabeça do homem. Na frente, uma família está sorrindo e ao lado, uma senhora está sentada. Ao fundo, uma casa e uma árvore. Fim da imagem.

1. Localize e retire informações da letra da canção para responder às questões.

a) Quais pessoas foram retratadas no álbum de família sobre o qual trata a canção?

PROFESSOR Resposta: Avô, pais, amigos e outros parentes.

b) O álbum era composto de:

( ) pinturas.

( ) notícias.

( ) fotografias.

( ) objetos.

PROFESSOR Resposta: Fotografias.

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

2. Retome no glossário a palavra relíquia. Crie uma frase usando essa palavra e diga-a em voz alta para os colegas e o professor.

PROFESSOR Resposta: Orientar a retomada do significado da palavra e a composição da frase.

Imagem: Ícone: Tarefa de Casa. Fim da imagem.

3. Em casa, leia um trecho da letra da canção em voz alta para um adulto de sua convivência.

PROFESSOR Resposta: Orientar a retomada da canção para a leitura em voz alta em casa.
MANUAL DO PROFESSOR

• Promover a leitura compartilhada da letra da canção Velho álbum de família.

• Conversar com os alunos sobre a interpretação que fizeram da letra e solicitar que respondam às atividades.

• Destacar a relação da fotografia com a história e a memória: a fotografia é considerada uma fonte histórica que pode ser utilizada para a preservação da memória.

Atividade complementar

Com o objetivo de que os alunos exercitem a oralidade, sugerimos montar um jogral. Atualmente, o jogral é conhecido como um modo de recitar um poema ou letra de canção. Essa atividade pode ser realizada em pequenos grupos ou duplas. No caso, propor que os alunos trabalhem com a letra da canção Velho álbum de família. Cada grupo fica responsável pela leitura de uma estrofe ou verso para recitar em conjunto, com ritmo. Combinar com os grupos a escolha das estrofes e garantir alguns minutos para que ensaiem e deem ritmo à parte que será recitada. Incentivar a participação de todos os alunos. A atividade possibilita, além da socialização dos alunos, o desenvolvimento do vocabulário.

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Imagem: Ícone: Tarefa de Casa. Fim da imagem.

4. Agora é a sua vez de montar um álbum de fotografias ou de desenhos. Para isso, siga as orientações.

a) Peça a ajuda dos adultos de sua convivência para selecionar fatos antigos ou recentes da sua vida, como acontecimentos do dia a dia, festas, comemorações e viagens.

b) Separe fotografias que tenham registrado alguns desses acontecimentos. Se não houver fotografias, você pode fazer desenhos.

c) Escolha uma das imagens e preencha a ficha sobre ela.

PROFESSOR Resposta: Respostas pessoais.

• Quem estava presente nessa imagem?

• Onde vocês estavam?

• Em que data aproximada essa imagem foi feita?

d) Nas duas próximas páginas desse livro, cole as fotografias que você selecionou ou os desenhos que você fez. Comece com o mais antigo e finalize com o mais recente.

e) Escreva uma legenda para cada fotografia ou para cada desenho, apresentando as seguintes informações:

• quem são as pessoas retratadas;

_____

• o local representado na imagem;

_____

• a data do acontecimento.

_____

Imagem: Fotografia. Um casal de idosos, um casal de adultos e duas meninas estão sentados em um sofá e olhando um álbum de fotografias. Fim da imagem.

LEGENDA: Família observando um álbum de fotografias. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: A criação de legendas para fotografias é uma produção de escrita adequada a esse momento da alfabetização dos alunos.
MANUAL DO PROFESSOR

• Ler a atividade com os alunos e verificar se todos a compreenderam, destacando a possibilidade de utilizar desenhos no lugar das fotografias.

• Enfatizar aos alunos que eles podem utilizar a máquina fotográfica ou o smartphone para fotografar.

• Orientá-los na obtenção de fotografias antigas para a realização do álbum de família, levantando fontes de pesquisa e definindo um prazo para a realização do trabalho.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas no capítulo visam se aproximar da competência específica de História 2, ao levar os alunos a compreender a historicidade no tempo e no espaço relacionando acontecimentos de sua vida e os significados da organização cronológica ao solicitar que organizem o álbum dos acontecimentos mais antigos aos mais recentes.

Fim do complemento.

Para leitura dos alunos

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustração de uma senhora sorrindo e segurando uma câmera fotográfica na frente do rosto. Fim da imagem.

Vó, para de fotografar!, de Ilan Brenman e Guilherme Karsten. Melhoramentos.

A avó está sempre a fotografar a neta querida, o tempo todo, de vários ângulos, em datas especiais ou no cotidiano, e a menina fica irritada. O que ela não percebe é que, para sua avó, é importante guardar esses momentos no seu álbum de lembranças.

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Meu álbum

Imagem: Ilustração. Uma lapiseira sobre um álbum de fotografias aberto e vazio. Ao lado há uma borracha, um tubo de cola, grampos coloridos, tachinhas e uma embalagem de grafite. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos na confecção do álbum de família, informando que devem selecionar cinco fotografias ou desenhos.

• Ajudá-los na seleção das fotografias destinadas ao álbum ou na confecção dos desenhos.

• Enfatizar a necessidade de definir o tema das fotografias, o período e a cronologia em que serão organizadas.

• Orientar a elaboração da legenda, que deve, na medida do possível, apresentar as seguintes informações: data da foto; local da foto; nome das pessoas retratadas.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso

Este é um bom momento para conversar com os alunos sobre a importância das memórias dos idosos da família e da comunidade para a preservação da história do lugar de viver.

Fim do complemento.

Fotografia e memória familiar

[...] No universo familiar brasileiro [...], identificamos a presença da imagem fotográfica. Ela aparece das formas mais variadas: emoldurada em lugares de destaque, nos clássicos porta-retratos de penteadeira, no centro da parede como quadro decorativo ou de forma improvisada, erguida e apoiada por outros objetos como livros e vasos [...].

Quando a foto não aparece, “escondida” em caixas de sapato ou protegida pelas páginas de um álbum de família, compreende-se que ela será “revelada” nos momentos especiais desse mesmo universo familiar. [...] Nesse processo revelador surgem as clássicas fotografias de casamento, nascimento, batizado e formatura.

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• Com a ajuda do professor, você e seus colegas vão expor para os adultos de sua convivência os livros com os álbuns de fotografias ou de desenhos.

PROFESSOR Resposta: Auxiliar os alunos nos convites aos adultos e na montagem da exposição.
MANUAL DO PROFESSOR

• Organizar a exposição dos álbuns dos alunos para a comunidade escolar. É fundamental a escolha prévia do local, a autorização para utilizá-lo, a escolha do material necessário para fazer a montagem, a confecção de convites, a divulgação da exposição e a segurança das pessoas e do acervo.

• Após a exposição, fazer uma avaliação com os alunos, abordando: o que contribuiu para a realização do álbum e da exposição? O que poderia melhorar a produção do álbum e da exposição? A confecção dos álbuns atingiu os objetivos propostos?

Essas imagens fotográficas são quase sempre apresentadas em séries, vinculadas desse modo ao elemento narrativo, o que por sua vez possibilita a construção de memórias individuais e coletivas, projetando os caminhos e as aspirações da família. [...]

Interessa-nos demonstrar [...] a importância [...] das fotografias de família no campo da memória social e o seu papel documental e narrativo, reunindo informação e experiência, representação e imaginário.

FONTE: RENDEIRO, Márcia E. L. S. Álbuns de família – fotografia e memória; identidade e representação. XIV Encontro Regional da ANPUH-Rio: memória e patrimônio. Rio de Janeiro, 19-23 jul. 2010. p. 2-3. Disponível em: http://fdnc.io/fop. Acesso em: 28 jun. 2021.

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CAPÍTULO 10. Viver em diferentes lugares

Além de registrar acontecimentos pessoais e de sua família, as pessoas também podem registrar as características do lugar onde vivem por meio de fotografias ou de desenhos.

1. Observe as fotografias e leia os textos em voz alta.

Na cidade, muitas pessoas trabalham em mercados, lojas, consultórios, escritórios, escolas e fábricas. A maior parte das pessoas que vive em cidades mora em casas ou prédios próximos uns dos outros.

Imagem: Fotografia A. Vista aérea de uma cidade com casas, carros e árvores. Ao fundo, morros e nuvens no céu azul.  Fim da imagem.

LEGENDA: Paisagem no município de Mucugê, no estado da Bahia, em 2018. FIM DA LEGENDA.

No campo, muitas pessoas trabalham em plantações e com a criação de animais. Geralmente, elas vivem em casas que ficam distantes umas das outras.

Imagem: Fotografia B. Um campo verde com várias árvores. Ao fundo, morros e nuvens no céu azul. Fim da imagem.

LEGENDA: Paisagem no município de Mucugê, no estado da Bahia, em 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• Solicitar aos alunos que observem as fotografias e descrevam os elementos que compõem as paisagens retratadas.

• Orientar para que identifiquem semelhanças e diferenças entre alguns elementos das paisagens: construções, vegetação e vias de acesso.

• Solicitar que leiam as legendas das fotografias e identifiquem a localização das paisagens.

• Questionar os alunos com relação aos diferentes pontos de vista, por exemplo, se as fotografias retratassem as paisagens em visão vertical, como os elementos apareceriam?

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades desenvolvidas no capítulo sobre as paisagens do campo e da cidade e a participação das pessoas nessas paisagens aproximam os alunos da competência geral 2, exercitando a curiosidade intelectual e recorrendo à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas e elaborar hipóteses.

Fim do complemento.

As atividades desenvolvidas no capítulo 10 permitem aos alunos conhecer e observar características de diversos locais, suas paisagens, seus habitantes e as atividades exercidas, estabelecendo semelhanças e diferenças entre modos de vida do campo e da cidade.

A BNCC no capítulo 10

Unidades temáticas: Conexões e escalas; Formas de representação e pensamento espacial.

Objetos de conhecimento: Experiências da comunidade no tempo e no espaço; Localização, orientação e representação espacial.

MP143

2. Qual paisagem foi retratada na fotografia A?

( ) Uma paisagem do campo.

( ) Uma paisagem da cidade.

PROFESSOR Resposta: Uma paisagem da cidade.

a) Quais são os elementos que compõem essa paisagem?

_____

PROFESSOR Resposta: Casas, ruas, árvores, carros e morros.

b) Os moradores de um local como o retratado na fotografia A geralmente vivem em moradias de qual tipo?

_____

PROFESSOR Resposta: Em casas ou prédios próximos uns dos outros.

3. Qual paisagem foi retratada na fotografia B?

( ) Uma paisagem do campo.

( ) Uma paisagem da cidade.

PROFESSOR Resposta: Uma paisagem do campo.

a) Quais são os elementos que compõem essa paisagem?

_____

PROFESSOR Resposta: Morros, árvores, vegetação rasteira e casas.

b) Os moradores de um local como o retratado na fotografia B geralmente vivem em moradias de qual tipo?

_____

PROFESSOR Resposta: Em casas distantes umas das outras.

4. As fotografias A e B retratam paisagens a partir de qual visão?

( ) Frontal.

( ) Oblíqua.

( ) Vertical.

PROFESSOR Resposta: Oblíqua.

Essas paisagens poderiam ter sido retratadas de outra maneira? Explique.

_____

PROFESSOR Resposta: Sim. As paisagens das fotografias A e B poderiam ter sido retratadas de frente (visão frontal) ou de cima para baixo (visão vertical).

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

5. A paisagem retratada na fotografia A é semelhante à paisagem do seu lugar de viver? E a da fotografia B? Explique.

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos identifiquem semelhanças e diferenças no que diz respeito às construções e a outros elementos da paisagem, tais como presença de ruas, plantações e áreas verdes.
MANUAL DO PROFESSOR

• Solicitar aos alunos que comparem as paisagens das fotografias com as paisagens do lugar onde vivem, estabelecendo semelhanças e diferenças entre elas.

• Conduzir o registro das informações conversadas anteriormente.

• Solicitar, se pertinente, que as atividades sejam realizadas em duplas.

• Formar uma roda de conversa e solicitar aos alunos que compartilhem as respostas com os colegas.

Atividade complementar

Pesquisar com os alunos sites da internet que fornecem imagens de satélite ou fotografias aéreas do município de vivência deles e de outros municípios.

Usar essas ferramentas para destacar as diferentes visões e os elementos da paisagem.

Habilidades: ( EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares; (EF02GE09) Identificar objetos e lugares de vivência (escola e moradia) em imagens aéreas e mapas (visão vertical) e fotografias (visão oblíqua).

MP144

Cartografando

Agora, você fará a leitura e a interpretação da fotografia de uma paisagem dividida em diferentes planos.

Imagem: Fotografia dividida em planos. Na parte inferior, Plano 1, um lago com água azul. Em seguida, Plano 2, casas, prédios e árvores. No centro, Plano 3, um morro coberto de árvores e na parte superior, o horizonte de nuvens brancas no céu azul. Fim da imagem.

LEGENDA: Lagoa Rodrigo de Freitas no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 2017. FIM DA LEGENDA.

1. Onde está localizada a paisagem retratada na fotografia? Como você descobriu isso?

_____

PROFESSOR Resposta: A paisagem está localizada no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Esta informação está na legenda.

2. Quando essa paisagem foi fotografada?

_____

PROFESSOR Resposta: Essa paisagem foi fotografada em 2017.

3. O que você observa no plano 1 da fotografia?

_____

PROFESSOR Resposta: A Lagoa Rodrigo de Freitas.

4. E nos planos 2 e 3?

_____

PROFESSOR Resposta: Plano 2: construções e árvores; plano 3: morro e vegetação.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades propostas na seção permitem aos alunos desenvolver a habilidade de identificação de planos de paisagem urbana e rural a partir da observação de fotografias e da criação de desenho.

• Conduzir os alunos, se possível, para um ambiente aberto da escola em que haja planos de observação de uma paisagem, como o pátio ou a quadra.

• Solicitar a um aluno que diga o que vê mais perto nessa paisagem e, depois, o que ele vê o mais distante possível (o que está no limite máximo do que sua visão pode alcançar). Por fim, solicitar-lhe que identifique o que ele vê entre o objeto mais próximo e o mais distante.

• Deslocar-se com os alunos para outra paisagem aberta na escola e solicitar-lhes que façam a mesma identificação.

• Solicitar, em sala de aula, que observem a imagem da atividade e descrevam a paisagem da imagem reproduzida nesta página.

• Orientar os alunos a observar as linhas vermelhas traçadas na fotografia. Elas indicam os planos de observação da paisagem.

• Solicitar que descrevam os elementos da paisagem contidos em cada plano.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que tragam fotografias ou recortes de paisagens para a classe. No dia combinado, eles devem desenhar as áreas dos planos das paisagens retratadas em uma folha de papel transparente: oriente-os a colocar a folha de papel transparente por cima da imagem, fixá-la com fita adesiva e fazer os contornos dos planos. Caso os alunos não tenham acesso a esse tipo de papel, usar outro papel fino ou solicitar-lhes que desenhem ao lado da imagem os planos da paisagem, destacando os principais elementos de cada plano.

Organizar os alunos em grupos, distribuir outras imagens de paisagens, sem os planos definidos, e solicitar-lhes que descubram quais são os planos e os desenhem no papel transparente.

O olhar espacial

Fazer a análise geográfica significa dar conta de estudar, analisar, compreender o mundo com o olhar espacial. [...]

“O olhar espacial supõe desencadear o estudo de determinada realidade social verificando as marcas inscritas nesse espaço. O modo como se distribuem os fenômenos e a disposição espacial que assumem representam muitas questões, que por não serem visíveis têm que ser descortinadas, analisadas através daquilo que a organização espacial está mostrando” (CALLAI, 2000, p. 94).

FONTE: CALLAI, Helena C. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cadernos Cedes: educação geográfica e as teorias de aprendizagem, Campinas, v. 25, n. 66, maio-ago. 2005. p. 237. Disponível em: http://fdnc.io/fpg. Acesso em: 28 jun. 2021.

MP145

Como você viu, uma das maneiras de ler e interpretar uma paisagem é dividir essa paisagem em planos, agrupando os elementos que se destacam em cada um deles.

Agora, faça a leitura e a interpretação da paisagem retratada na fotografia.

Imagem: Fotografia dividida em planos. Na parte inferior, Plano 1, um lago com água clara e patos nadando. Em seguida, Plano 2, uma casa em um campo com gramado. No centro, Plano 3, morros e árvores e na parte superior, o horizonte de céu azul. Fim da imagem.

LEGENDA: Paisagem no município de São Joaquim, no estado de Santa Catarina, em 2019. FIM DA LEGENDA.

5. A paisagem retratada na fotografia é uma paisagem do campo ou da cidade?

_____

PROFESSOR Resposta: É uma paisagem do campo.

Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

6. Represente, no espaço a seguir, os elementos de cada plano da paisagem da fotografia.

PROFESSOR Resposta: Os alunos devem incluir no desenho os elementos de cada plano, como os cisnes no plano 1, a casa no plano 2 e as árvores no plano 3.
Imagem: Ilustração. Um retângulo com linhas laranja, dividindo a imagem em quatro planos.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

• Solicitar aos alunos que observem a fotografia que retrata uma paisagem do município de São Joaquim, no estado de Santa Catarina, em 2019.

• Chamar a atenção dos alunos para o fato de que essa paisagem apresenta três planos.

• Solicitar que descrevam os elementos da paisagem contidos em cada plano, lembrando que os planos 2 e 3 estão mais distantes dos olhos do observador do que o plano 1.

• Explicar que uma paisagem pode ter quantidades variadas de planos, mas o último é relativo ao horizonte.

• Propor que comparem essa fotografia com a paisagem do município do Rio de Janeiro, descrevendo características que identifiquem os elementos da paisagem no campo e na cidade.

• Orientar os alunos na composição da representação.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades de reconhecimento dos elementos da paisagem por meio de diferentes planos e a representação da paisagem feita pelos alunos se relacionam com a competência específica de Ciências Humanas 7 ao utilizar a linguagem cartográfica no desenvolvimento do raciocínio espaçotemporal relacionado a localização e direção, e à competência específica de Geografia 4, para a resolução de problemas que envolvem informações geográficas.

Fim do complemento.

MP146

Cartografando

Imagem: Ícone: Tarefa de Casa. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

7. Uma paisagem também pode ser representada por meio de um desenho. Na companhia de um adulto, escolha uma paisagem de seu lugar de viver e faça um desenho para representá-la. Em seguida, trace os diferentes planos dessa paisagem e numere cada um deles.

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos para indicar como plano 1 o que estiver mais próximo do observador da paisagem.
Imagem: Ilustração. Quatro lápis coloridos formando a borda de um retângulo. Fim da imagem.

Nome

_____

Data:

_____

• Em qual visão você representou a paisagem do seu lugar de viver?

( ) Frontal.

( ) Oblíqua.

( ) Vertical.

PROFESSOR Resposta: Verificar se as respostas dos alunos correspondem aos pontos de vista das representações e comentar os pontos de vista escolhidos.
MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos para que realizem a atividade como tarefa de casa. Solicitar que, na companhia de um adulto da convivência deles, escolham uma paisagem do lugar onde moram e a desenhem, identificando e numerando os diferentes planos dessa paisagem.

• Solicitar aos alunos que compartilhem com os demais colegas os desenhos e os respectivos planos de paisagem, destacando seus principais elementos.

O desenho de paisagem

O desenho espontâneo de uma paisagem no ensino de Geografia permite, de início, avaliar o conceito de paisagem da criança. Esse conceito está associado a uma visão; supõe a posição de uma pessoa que observa vários objetos desse ponto de vista. Para os alunos do ensino fundamental, muitas vezes, a paisagem desenhada pode ser bela vista da natureza imaginada ou ainda uma de caráter urbano. As crianças menores são capazes de mencionar o que veem, mas, para algumas delas, o conceito geográfico de paisagem ainda não está formado. A representação de uma vista ou paisagem supõe a coordenação e a transposição do tridimensional (realidade) para um plano bidimensional (papel), artifício utilizado pela perspectiva linear. [...]

MP147

As pessoas e os elementos da paisagem

Tanto na paisagem da cidade como na paisagem do campo é possível observar elementos que foram feitos pelas pessoas.

1. Observe as fotografias.

Imagem: Fotografia A. À esquerda, várias pessoas andando na calçada, ao lado de lojas. No centro, carros em uma rua asfaltada e à direita, construções grandes, postes e árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Paisagem no município de Gramado, no estado do Rio Grande do Sul, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia B. À direita, uma plantação extensa. À esquerda, uma cerca, uma rua asfaltada e postes, e do outro lado, casas e árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Paisagem no município de Monte Alegre do Sul, no estado de São Paulo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

a) Na fotografia A, quais elementos da paisagem foram feitos pelas pessoas?

_____

PROFESSOR Resposta: Casas, rua asfaltada, veículos, prédios, jardim, postes de iluminação, entre outros.

b) E na fotografia B?

_____

PROFESSOR Resposta: Casas, plantação, cerca, postes da rede elétrica, entre outros.
MANUAL DO PROFESSOR

• Solicitar aos alunos que observem as fotografias e descrevam as paisagens do campo e da cidade retratadas.

• Orientá-los para que distingam os elementos das paisagens que indicam interferência da ação humana na natureza, ou seja, que foram construídos pelas pessoas.

• Conversar com eles sobre a ocorrência dessas transformações e como elas afetam a vida das pessoas.

• Compartilhar as respostas dos alunos às atividades.

Desenhar a paisagem, desde as primeiras séries até a universidade, possibilita o desenvolvimento da sensibilidade por meio da visão. A observação dirigida, quando realizada nas visitas e nos trabalhos de campo, aprimora a habilidade de expressão gráfica e estética, de leitura e interpretação dos sinais da natureza, de levantamento de hipóteses e de confronto de explicações e teorias sobre, por exemplo, as tendências de expansão ou degradação do espaço local.

FONTE: PONTUSCHKA, Nídia N.; PAGANELLI, Tomoko I.; CACETE, Núria H. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2009. p. 298-299.

MP148

2. Observe a representação de uma paisagem.

Imagem: Ilustração. Vista aérea de uma cidade. Na parte superior, um quarteirão com uma padaria, hotel, livraria, farmácia e mercado. Ao lado, o Parque Municipal com crianças brincando. Em seguida há uma avenida asfaltada e uma ambulância andando com a sirene ligada: UOUOUOUOÓÓÓ. No centro, quarteirão com casas, árvores, pássaros voando e piando: PIU! PIU! PIU!, uma lanchonete, uma loja de roupas e pessoas conversando: BLÁ BLÁ BLÁ. Ao lado, um ônibus e um carro andando sobre uma rua e um quarteirão com casas e prédios. Na parte inferior, um cachorro está latindo atrás de um portão: AU! AU! E ao lado há um carro e uma moto andando na rua. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. FIM DA LEGENDA.

a) A paisagem representada é uma paisagem:

( ) do campo.

( ) da cidade.

PROFESSOR Resposta: da cidade.

b) Em qual visão essa paisagem foi representada?

( ) Vertical.

( ) Oblíqua.

( ) Frontal.

PROFESSOR Resposta: Oblíqua.

c) De acordo com a representação, identifique dois exemplos de elementos da paisagem feitos pelas pessoas.

_____

PROFESSOR Resposta: Ruas, casas, prédios, entre outros.
MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos para que descrevam os elementos da representação, destacando as construções, a vegetação, a circulação dos meios de transporte e de pessoas e as atividades que elas realizam.

• Solicitar que apontem características da representação que indicam se tratar de uma paisagem de cidade ou de campo.

• Perguntar aos alunos se eles acham que a representação é de uma paisagem de cidade pequena ou grande, justificando suas observações.

• Direcionar a atenção deles para o fato de que, ao fundo da imagem, é representada uma área com vegetação.

• Conversar com os alunos sobre o que pode haver depois dessa área: por exemplo, uma área sem construções ou uma área rural.

Por que estudar Geografia?

Podemos colocar três razões para responder a essa pergunta. Primeiro: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar Geografia. Segundo: podemos acrescer que a Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organização do espaço, procura-se compreender as causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e natureza.

MP149

d) Se uma pessoa estivesse na paisagem representada, quais sons ela ouviria?

_____

PROFESSOR Resposta: Latido de cachorro, sirene de ambulância, canto de pássaros, motor de veículos, conversa entre pessoas, entre outros.

e) E quais cheiros você acha que ela poderia sentir?

_____

PROFESSOR Resposta: Fumaça dos veículos ou cheiro de alimentos vindo da padaria ou da lanchonete.

f) Na paisagem representada, encontre e circule dois trabalhadores.

_____

PROFESSOR Resposta: Respostas possíveis: carteiro e caixa do mercado.

g) Se você visitasse o lugar da paisagem representada, que outros trabalhadores provavelmente poderia encontrar? Assinale.

_____

PROFESSOR Resposta: Vendedor, dentista e padeiro.
Imagem: Ilustração. Dois homens estão segurando blusas penduradas em cabides. Atrás deles há várias roupas penduradas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vendedor. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma menina está sentada em uma cadeira e sorrindo. Na frente dela, uma dentista com máscara e luvas está segurando um instrumento.  Fim da imagem.

LEGENDA: Dentista. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Um homem com chapéu e camisa bege e avental vermelho está sorrindo e segurando uma forma com vários pães. Ao lado há um forno grande com pães dentro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Padeiro. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Um homem com chapéu, camisa xadrez, macacão e botas está segurando uma enxada sobre uma plantação.  Fim da imagem.

LEGENDA: Agricultor. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala e proporção. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos a localizar indícios de possíveis sons e cheiros presentes na paisagem.

• Chamar a atenção para as diferentes profissões das pessoas representadas.

• Solicitar que observem as representações de profissionais e identifiquem as profissões que podem ser exercidas na cidade, no campo ou em ambos.

• Comentar que, embora possam existir pequenas áreas destinadas ao cultivo de alimentos no interior de espaços urbanos, geralmente a atividade agrícola se realiza em áreas maiores, localizadas nos espaços rurais dos municípios.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que, em grupos, pesquisem e elaborem uma lista com os nomes das profissões que podem ser exercidas na cidade e no campo.

Socializar as ideias que foram registradas e comentar a possibilidade de cada uma delas ocorrer na cidade, no campo ou em ambos.

Para entendê-las, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Terceira razão: não é no conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta do tudo o mais, qual seja a formação do cidadão. Instrumentalizar o aluno, fornecer-lhe as condições para que seja realmente construída a sua cidadania é objetivo da escola, mas à Geografia cabe um papel significativo nesse processo, pelos temas, pelos assuntos que trata.

FONTE: CALLAI, Helena C. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antonio C. et al. (orgs.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 2001. p. 57.

MP150

Qualidade de vida no lugar de viver

As paisagens e o modo de viver são diferentes no campo e na cidade. As relações de convivência entre as pessoas e os elementos da paisagem influenciam na qualidade de vida.

Quando solicitado, leia a notícia em voz alta.

Moradora cria manual de boa convivência em bairro de Uberaba

Uma moradora do Bairro Jardim Belo Horizonte, em Uberaba, criou uma cartilha para ajudar na organização e na boa convivência entre os vizinhos do bairro. [...]

No manual estão os sete tópicos que trazem orientações, entre elas, a forma de conduzir os animais domésticos durante os passeios nas ruas. Segundo a moradora, depois que começou a distribuir essa cartilha, até as mensagens na internet ficaram amigáveis.

FONTE: Moradora cria manual de boa convivência em bairro de Uberaba. G1, 3 ago. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fph. Acesso em: 21 maio 2021.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma cidade com casas, prédios, ruas e árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de Uberaba, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• Solicitar aos alunos que leiam o texto em voz alta, observando a fluência em leitura oral. A prática da leitura em voz alta visa aprimorar a fluência leitora dos alunos, desenvolvendo habilidades como velocidade e precisão.

• Solicitar que observem a fotografia apresentada na página e identifiquem os diferentes tipos de moradias e construções retratados.

• Realizar um levantamento sobre as possíveis funções das áreas verdes existentes no espaço urbano do município de Uberaba (MG) representado. Algumas possibilidades são: praça, parque, clube, jardim botânico, área de conservação e arborização das ruas.

• Conversar sobre as características do bairro da fotografia, indicando as possíveis ofertas de serviços e de comércio no local e as vantagens de viver em lugar semelhante.

Imagem: Capa de livro. À direita, o título e à esquerda, ilustração de um menino sentado na calçada ao lado de uma árvore. Ao fundo, duas casas grandes. Fim da imagem.

Para leitura dos alunos

Nunca acontece nada na minha rua, de Ellen Raskin. Amelì.

Originalmente publicado em 1966 e relançado em 2019, a história começa a ser narrada, mas tudo está em preto em branco, sem movimento, e Rodolfo está entediado e mal-humorado, achando que nada acontecia ao seu redor. Até que algumas coisas acabam acontecendo, dando cor e agito à monotonia antes percebida por Rodolfo.

MP151

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

a) De acordo com a notícia, qual iniciativa foi adotada pela moradora de um bairro de Uberaba?

PROFESSOR Resposta: Ela criou uma cartilha para ajudar na organização e na boa convivência entre os vizinhos do bairro.

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

b) Qual foi o resultado dessa iniciativa?

PROFESSOR Resposta: b) Segundo a moradora, depois que ela começou a distribuir essa cartilha as mensagens na internet ficaram amigáveis.

c) Considerando o bairro onde você vive, proponha três atitudes que os moradores poderiam adotar para melhorar a convivência entre as pessoas.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem propor, por exemplo, não fazer barulho para não incomodar os vizinhos, respeitar as leis e a sinalização de trânsito, manter as ruas e demais locais públicos limpos, incentivar campanhas de reciclagem de materiais, entre outros.

• Atitude 1:

_____

• Atitude 2:

_____

• Atitude 3:

_____

d) Observe a fotografia do município de Uberaba da página anterior e registre as semelhanças e as diferenças que existem entre essa paisagem e a de seu lugar de viver.

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos a escrever os elementos que são semelhantes e, entre os elementos diferentes, aqueles que foram retratados na fotografia mas não existem no lugar onde eles moram.

Semelhanças

_____

Imagem: Ilustração. Um banco azul ao lado de uma árvore. Fim da imagem.

Diferenças

_____

Imagem: Ilustração. Uma casa amarela com telhado laranja. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

• Compartilhar as respostas dos alunos para as atividades.

• Verificar a compreensão de texto e o estabelecimento de inferências na proposição de atitudes que possam ser adotadas no bairro onde eles vivem para melhorar a vida das pessoas.

• Orientar os alunos na atividade de comparação entre o local citado no texto e o bairro onde eles vivem.

• Demonstrar que a adoção de atitudes que assegurem um convívio pacífico e harmonioso é um dever de todos, assim como é um direito poder viver em um lugar seguro. Este tópico favorece a educação em Direitos Humanos por discutir a ideia de responsabilidade na proteção dos direitos e das liberdades de outras pessoas para que os nossos direitos também sejam respeitados por elas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades desenvolvidas a partir da observação do lugar de viver aproximam os alunos da competência específica de Geografia 1 no que compete à utilização dos conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza, e da competência específica de Geografia 3, ao estimular que apliquem os princípios do raciocínio geográfico de analogia e de diferenciação.

Fim do complemento.

MP152

Trabalho de campo

Você vai observar com atenção o bairro onde você vive e identificar os principais elementos que formam a paisagem e como eles podem contribuir para a qualidade de vida das pessoas.

Imagem: Ícone: Atividade em Grupo. Fim da imagem.

1. Para realizar as atividades a seguir, reúna-se com os colegas que moram no mesmo bairro que você. Conversem e assinalem as respostas que contenham características do bairro onde vocês moram.

PROFESSOR Atenção professor: Caso apenas um aluno more em determinado bairro, orientá-lo a desenvolver a atividade individualmente. Fim da observação.
Imagem: Ilustração. Uma rua com várias árvores nas laterais.  Fim da imagem.

a) Há áreas verdes no bairro?

( ) Sim.

( ) Não.

PROFESSOR Resposta: As respostas devem corresponder às características do bairro onde vivem os alunos.
Imagem: Ilustração. Vários carros enfileirados em uma rua.  Fim da imagem.

b) Há grande movimento de veículos no bairro?

( ) Sim.

( ) Não.

Imagem: Ilustração. Uma farmácia ao lado de uma ótica e uma padaria.  Fim da imagem.

c) Existem estabelecimentos comerciais?

( ) Sim.

( ) Não.

Imagem: Ilustração. Várias pessoas atravessando a rua pela faixa de pedestres. Fim da imagem.

d) Há grande movimento de pessoas?

( ) Sim.

( ) Não.

MANUAL DO PROFESSOR

Trabalho de campo

As atividades permitem aos alunos observar os principais elementos da paisagem do bairro onde vivem e avaliar as atitudes das pessoas com relação à boa convivência e ao respeito.

• Organizar os alunos em grupo para realizar a atividade. Caso os integrantes de um grupo não morem no mesmo bairro, orientá-los a conversar sobre as atividades, mas fazer as anotações individualmente. É possível também realizar o trabalho de campo com os alunos no bairro da escola.

• Conversar sobre as vantagens e as desvantagens de morar em cada um dos bairros.

• Organizar uma roda de conversa para que os grupos compartilhem as informações sobre os bairros.

• Conversar com os alunos sobre a importância das áreas verdes em centros urbanos.

• Comentar alguns benefícios trazidos pelas áreas verdes nas cidades, como a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

• Comentar também sobre algumas consequências da falta de áreas verdes nas cidades para o ambiente e para as pessoas.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal:Educação ambiental

Essa é uma boa oportunidade para tratar da temática das áreas verdes em centros urbanos, ressaltando sua importância para auxiliar na permeabilidadede água nos solos.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas nesse trabalho de campo estão relacionadas à competência específica de Ciências Humanas 6, por possibilitarem a construção de argumentos com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, exercitando a responsabilidade voltada para o bem comum. A elaboração de atividades em grupo favorece o desenvolvimento da competência geral 9, ao valorizar o exercício da escuta, do diálogo, da flexibilidade e da tomada de decisões em conjunto.

Fim do complemento.

A importância das áreas verdes nas cidades

As áreas verdes são importantes para a qualidade ambiental das cidades, já que assumem um papel de equilíbrio entre o espaço modificado para o assentamento urbano e o meio ambiente.

[...] A falta de arborização, por exemplo, pode trazer desconforto térmico e possíveis alterações no microclima, e como essas áreas também assumem papel de lazer e recreação da população, a falta desses espaços interfere na qualidade de vida desta.

[...] Além de servirem como equilíbrio do ambiente urbano e de locais de lazer, também podem oferecer um colorido e plasticidade ao meio urbano. Outro fator importante referente à vegetação é a arborização das vias públicas que serve como um filtro para atenuar ruídos, retenção de pó, reoxigenação do ar, além de oferecer sombra e a sensação de frescor.

MP153

Imagem: Ilustração. Uma fábrica grande com várias chaminés.  Fim da imagem.

e) Existem fábricas no bairro?

( ) Sim.

( ) Não.

Imagem: Ilustração. No centro, automóveis em uma avenida e nas laterais há prédios e postes. Fim da imagem.

f) Há muitos edifícios?

( ) Sim.

( ) Não.

Imagem: Ícone: Atividade em Grupo. Fim da imagem.

2. Listem três aspectos que, na opinião de vocês, favorecem a qualidade de vida no bairro onde vocês moram.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem citar ruas sem lixo acumulado, áreas verdes bem conservadas, creches e escolas para as crianças, entre outros.

a)

_____

b)

_____

c)

_____

Imagem: Ícone: Atividade em Grupo. Fim da imagem.

3. Agora, identifiquem um aspecto que não favorece a qualidade de vida no bairro.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem indicar excesso de barulho, falta de fornecimento de água encanada, coleta de esgoto e de lixo deficientes, falta de áreas verdes, entre outros.

Imagem: Ícone: Atividade em Grupo. Fim da imagem.

4. Elaborem um texto explicando uma proposta para resolver esse problema.

_____

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem citar ações da prefeitura para melhorar o fornecimento de água encanada e as coletas de lixo e de esgoto, a abertura e a manutenção de praças e parques, maior conscientização por parte dos moradores com relação a ruídos, entre outros.

• Apresentem as informações registradas para os colegas e o professor.

MANUAL DO PROFESSOR

• Ressaltar a importância da instalação de filtros nas indústrias para reduzir a poluição do ar.

• Criar uma roda de conversa para que os alunos avaliem as vantagens e desvantagens que as pessoas podem ter com relação à qualidade de vida por morar no bairro onde vivem.

• Avaliar com os alunos as sugestões de melhorias para os bairros do lugar de viver apresentadas pelos grupos.

• Verificar a viabilidade real das sugestões propostas pelos alunos. Na atividade 4, solicitar uma produção de escrita contendo uma proposta para solucionar um problema do bairro onde vivem. Avaliar se os alunos escreveram corretamente as palavras e se produziram um texto adequado em relação ao que foi proposto.

Atividades complementares

1. Fazer uma votação com os alunos das melhores sugestões para melhorar a qualidade de vida no bairro da escola. Encaminhar (por e-mail ou carta) o conjunto de propostas para os órgãos da prefeitura responsáveis pelas questões destacadas no seu lugar de viver. Não deixar de cobrar uma resposta para compartilhar com seus alunos.

2. Organizar os alunos em grupos e solicitar que criem uma situação dramatizada em que ocorra uma atitude ou ação que contribua para a qualidade de vida nos lugares de viver, além das já citadas. Após a apresentação de cada grupo, os demais alunos devem sugerir outras possíveis situações que favoreçam a qualidade de vida das pessoas.

Por outro lado, a falta de vegetação nas áreas traz consequências negativas para o meio ambiente urbano como: “alterações do clima local, enchentes, deslizamentos e falta de áreas de lazer para a população” (AMORIM, 2001, p. 38). Pode provocar processos erosivos nessas áreas e nos terrenos ao seu entorno.

FONTE: LIMA, Valéria; AMORIM, Margarete C. de C. T. A importância das áreas verdes para a qualidade ambiental das cidades. Revista Formação, São Paulo, v. 1, n. 13, 2006. p. 69, 71. Disponível em: http://fdnc.io/fpi. Acesso em: 28 jun. 2021.

MP154

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 9 e 10

Avaliação de processo de aprendizagem

Nas aulas anteriores, você estudou que podemos registrar as vivências das pessoas e as paisagens do campo e da cidade de várias maneiras. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos?

1. Sobre os diários, assinale as frases corretas.

( ) Têm data.

( ) Não têm data.

( ) Registram assuntos pessoais.

( ) Registram assuntos de pessoas desconhecidas.

PROFESSOR Resposta: Têm data. Registram assuntos pessoais.

2. De acordo com a legenda, classifique as formas de registro estudadas.

AL – Álbum de família

CA – Carta

( ) É uma forma de registro, principalmente com imagens, de vivências familiares.

( ) É uma forma de uma pessoa se comunicar com outra por meio de palavras.

PROFESSOR Resposta: AL, CA.

3. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia. Uma professora com avental branco está sentada e sorrindo. Em volta dela há várias crianças e algumas estão com chapéu de festa na cabeça. Acima delas há bandeiras roxas penduradas e ao fundo, uma lousa. Fim da imagem.

LEGENDA: Comemoração de aniversário no município de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

• Em que tipo de álbum você colocaria essa fotografia?

( ) Álbum de memórias da minha da família.

( ) Álbum de memórias da minha casa.

( ) Álbum de memórias da minha turma na escola.

PROFESSOR Resposta: Álbum de memórias da minha turma na escola.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 9 e 10.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Reconhecer as características dos tipos de registro feitos em diários pessoais.

Espera-se que os alunos identifiquem as características dos diários pessoais.

2. Classificar frases referentes às cartas e aos álbuns de fotografias.

A atividade exige que os alunos leiam as frases e depois as classifiquem de acordo com as características das cartas e dos álbuns de fotografia.

3. Classificar tipos de comemoração.

Espera-se que os alunos observem e interpretem a fotografia, identificando o tipo de comemoração retratada, classificando o local onde ela ocorreu.

4. Reconhecer paisagens urbanas e rurais identificando seus elementos e aspectos relacionados à qualidade de vida.

Espera-se que os alunos sejam capazes de ler e interpretar fotografia, identificando seus principais elementos e reconhecendo que se trata de paisagem rural. A partir desses elementos, devem realizar inferências, indicando aspectos retratados que podem favorecer a qualidade de vida das pessoas que ali vivem.

MP155

4. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma estrada de terra. Ao lado há algumas casas e em volta há plantações e árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Paisagem no município de Virgínia, no estado de Minas Gerais, em 2017. FIM DA LEGENDA.

a) A paisagem retratada na fotografia está localizada:

( ) no campo.

( ) na cidade.

PROFESSOR Resposta: no campo.

b) Identifique dois elementos que podem ser observados nessa paisagem.

_____

PROFESSOR Resposta: Construções, estradas, árvores, plantações, pastagem.

c) Em sua opinião, qual aspecto favorece a qualidade de vida das pessoas que moram nessa localidade?

_____

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem mencionar a presença de ruas e casas que aparentam estar bem cuidadas, a presença de áreas verdes, a presença de vias de circulação entre as construções, entre outros. Verificar a pertinência das respostas.

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Assinale a resposta que você considera mais apropriada.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Sobre as aprendizagens

Sim

Em parte

Não

a) Identifico algumas formas de registro utilizadas pelas pessoas?

b) Identifico modos de vida e elementos que formam as paisagens do campo e da cidade?

c) c) Identifico atitudes que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida no campo e na cidade?

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP156

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 9 e 10

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 9 e 10. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Quais formas são utilizadas pelas pessoas para registrarem suas vivências?

Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram construídos sobre formas variadas de se registrar as experiências de vida e as paisagens que vemos no nosso dia a dia.

Verificação da avaliação do processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

• Descrever as características dos diários.

• Identificar os elementos que caracterizam as cartas.

• Compreender o que são álbuns de fotografia e como eles são compostos.

• Reconhecer elementos que constituem as paisagens do campo e da cidade por meio de representações como desenhos e fotografias.

• Reconhecer diferentes modos de viver das pessoas que vivem no campo e na cidade.

• Identificar atitudes que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida no campo e na cidade.

Para monitorar as aprendizagens por meio destes objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se, em relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 9, disponibilizar outras atividades que permitam retomar o tema da memória e registros nessas fontes. Com relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 10, sugere-se apresentar novas representações espaciais que contrastem características das paisagens rurais e urbanas, textos ou depoimentos que indiquem diferentes modos de vida e aspectos que favorecem a qualidade de vida das pessoas nesses espaços.

A página MP223 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

MP157

Introdução ao módulo dos capítulos 11 e 12

Este módulo, formado pelos capítulos 11 e 12, permite aos alunos conhecer e refletir sobre as transformações ao longo do tempo relacionadas aos objetos e às paisagens dos lugares de viver.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 11 permitem aos alunos ler um depoimento e observar imagens e uma linha do tempo, aproximando-os das habilidades EF02HI03 e EF02HI09. Como pré-requisito, eles devem apresentar experiência na observação e na interpretação de imagens.

As atividades do capítulo 12 permitem aos alunos observar e refletir sobre as transformações das paisagens ao longo do tempo realizadas pelas pessoas e suas características atuais, desenvolvendo a habilidade EF02GE05. São propostas atividades de interpretação de fotografias e representações espaciais (desenho e croqui), compreensão de textos, desenho de imaginação e investigação das transformações da paisagem do lugar de viver. Como pré-requisitos, importam os conhecimentos prévios com relação à leitura e à interpretação de fotografias e de representações do espaço geográfico.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

• Explicar por que os objetos domésticos podem ser marcos de memória.

• Listar mudanças nos objetos utilizados para escrever ao longo do tempo.

• Descrever os materiais escolares da década de 1950.

• Reconhecer que as pessoas podem transformar as paisagens rapidamente ou lentamente ao longo do tempo.

• Representar a paisagem por meio de desenho ou croqui.

MP158

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 11 e 12

Como podemos reconhecer mudanças nos objetos e nos lugares?

CAPÍTULO 11. Lembranças de objetos

As pessoas podem guardar alguns objetos que consideram importantes para a sua história pessoal, familiar ou da comunidade em que vivem. Conheça um exemplo no depoimento da senhora Mariza sobre a sua avó Maria.

A máquina de fazer macarrão

Eu ansiava vê-la passar uns dias em minha casa. Trazia sempre sua máquina de macarrão e também pacotinhos de balas e docinhos. Eu e meu irmão Marcos íamos esperá-la no ponto de ônibus, próximo de casa, e a primeira pergunta que eu fazia era: “trouxe a máquina de macarrão?”. Gostava de ajudá-la a fazer o macarrão e colocá-lo num suporte para secar ao sol. [...]

Já no final de sua vida, morando na casa de minha tia Olívia, foi se desfazendo de tudo o que possuía [...]. E a cada um de nós foi dando o que achava que seria mais interessante. A mim me coube a máquina de macarrão (sabia o quanto eu valorizava esse utensílio) e um porta-joias de louça com a figura de uma bailarina.

Imagem: Ilustração. Um homem está segurando a mão de uma menina, que está sorrindo e apontando para cima. Atrás deles há uma placa e dois bancos. Do outro lado há um ônibus de aproximando. Fim da imagem.

FONTE: Mariza Denucci. Legado de avó – amor para sempre. Museu da Pessoa, 28 nov. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fpj. Acesso em: 20 maio 2021.

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

1. Localize e retire do texto informações para responder às perguntas.

a) O que a avó Maria levava para Mariza e seu irmão Marcos quando ia visitá-los?

PROFESSOR Resposta: Ela levava uma máquina de macarrão e pacotinhos com balas e docinhos.

b) Por que a avó deu a máquina de macarrão para Mariza?

PROFESSOR Resposta: Porque a avó sabia o quanto Mariza valorizava esse objeto.

c) Além da máquina de macarrão, o que mais a avó deixou para Mariza?

PROFESSOR Resposta: Um porta-joias de louça com a figura de uma bailarina.

Imagem: Ícone: Tarefa de Casa. Fim da imagem.

2. Em casa, reconte a história narrada no texto para um adulto de sua convivência.

PROFESSOR Resposta: Orientar a retomada do texto para o reconto em casa.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre mudanças que podem ser observadas nos diversos objetos que utilizamos no dia a dia e nas paisagens ao longo do tempo. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

As atividades desenvolvidas no capítulo 11 permitem aos alunos ler e interpretar textos e depoimentos sobre as memórias dos objetos.

A BNCC no capítulo 11

Unidades temáticas: A comunidade e seus registros; As formas de registrar as experiências da comunidade.

Objetos de conhecimento: A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas; As fontes: relatos orais, objetos, imagens (pinturas, fotografias, vídeos), músicas, escrita, tecnologias digitais de informação e comunicação e inscrições nas paredes, ruas e espaços sociais.

MP159

Explorar fonte histórica material

Para estudar as mudanças nos objetos e nos lugares, podemos utilizar diferentes tipos de fontes históricas. Elas podem ser:

• orais, como depoimentos e entrevistas;

• escritas, como cartas e notícias de jornal;

• visuais, como fotografias, pinturas e gravuras;

• materiais, como construções e objetos.

1. A máquina de fazer macarrão da avó de Mariza é uma fonte histórica de qual tipo?

PROFESSOR Resposta: É uma fonte histórica material.

2. Agora observe a fotografia e, quando solicitado, leia em voz alta uma receita de macarrão feito com o auxílio de uma máquina semelhante à utilizada por volta de 1930.

Imagem: Fotografia. Máquina com dois cilindros no centro (cilindro superior e inferior), sobre um suporte. Ao lado há uma manivela.  Fotografia. Macarrão enrolado. Fim da imagem.

LEGENDA: Máquina de fazer macarrão utilizada por volta de 1930. FIM DA LEGENDA.

Ingredientes

• 3 xícaras (chá) de farinha de trigo;

• 3 colheres (chá) de sal;

• 4 ovos.

Modo de fazer

• Juntar os ingredientes e fazer uma massa;

• Passar a massa pelos cilindros inferiores da máquina de fazer macarrão para abrir e afinar a massa;

• Depois, passar a massa por um dos cilindros superiores para cortar o macarrão;

• Polvilhar farinha em uma mesa e colocar o macarrão para secar.

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

3. Como funcionava a máquina de macarrão?

PROFESSOR Resposta: A manivela, ao ser movimentada, provoca o giro dos cilindros. O cilindro inferior abre e afina a massa, o superior corta o macarrão. Observar se a compreensão de textos está sendo desenvolvida.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Fonte histórica material

Essa seção possibilita explorar com os alunos uma fonte histórica material – um objeto, por meio da observação da fotografia de uma máquina de macarrão.

Fim do complemento.

• Orientar a observação da fotografia da máquina de macarrão, direcionando a atenção dos alunos para as partes que a compõe.

• Promover a leitura compartilhada da receita apresentada, identificando as principais informações, com destaque para os tópicos que descrevem o funcionamento da máquina.

• Confrontar as informações do texto com as hipóteses dos alunos e verificar se eles estabeleceram a correta relação entre a fotografia da máquina e o texto que menciona suas partes.

Atividade complementar

Propor aos alunos que conversem com adultos da convivências deles sobre pratos que são consumidos e/ou preparados pelos membros da família há muito tempo.

Investigar a receita de um dos pratos familiares. No dia combinado, os alunos deverão apresentar as receitas familiares.

Solicitar, se for pertinente, aos adultos com os quais os alunos convivem que preparem as receitas e as enviem para a escola.

Habilidades: ( EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória; (EF02HI09) Identificar objetos e documentos pessoais que remetam à própria experiência no âmbito da família e/ou da comunidade, discutindo as razões pelas quais alguns objetos são preservados e outros são descartados.

MP160

Instrumentos musicais

Os instrumentos musicais também podem nos fazer lembrar de experiências vividas em outros tempos, como nos conta a senhora Lenilde Ramos, que nasceu no município de Corumbá, no atual estado de Mato Grosso do Sul.

Objetos de infância

Em vez de bonecas e carrinhos, minha infância foi marcada por brinquedos diferentes: sanfona, violão e vagões de trem. Em casa, eu escalava o armário para admirar o violão do meu pai, um instrumento de 1926, com detalhes de madrepérola.

A sanfona de minha mãe era pesada e a brincadeira tinha que ser compartilhada com minha irmã: uma puxava o fole e a outra viajava nas teclas.

Um dia [...] meu pai comprou uma pra mim. Aí eu ligava o rádio e tentava encontrar o botão [do teclado da sanfona] que combinava com a música.

FONTE: Lenilde Ramos. Uma infância marcada por sanfona, violão e vagões de trem em Porto Esperança. Campo Grande News, 4 jan. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/fpk. Acesso em: 26 maio 2021.

Imagem: Fotografia em preto e branco. À esquerda, um carro andando sobre uma rua de terra. À direita, pessoas na calçada e ao lado há construções e árvores. Ao fundo, navios no mar. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de Corumbá, em 1930. Atualmente, esse município pertence ao estado de Mato Grosso do Sul. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar a leitura em voz alta que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

• Promover a leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos: o assunto do depoimento; o nome da depoente; o município e o estado onde ela nasceu.

• Organizar a leitura compartilhada do depoimento, destacando com os alunos os nomes e as características dos instrumentos musicais tocados pela família da depoente.

• Por fim, orientar a observação da fotografia da cidade onde vivia a depoente, com os elementos retratados.

A sanfona

Os primeiros registros da sanfona no Brasil surgem no Rio Grande do Sul, trazida, provavelmente, pelos imigrantes italianos, por volta de 1836, e pelos alemães, em 1845, e foi levada ao norte por soldados nordestinos que lutaram na guerra do Paraguai, em 1864-70 (ALMEIDA, 1951, p. 113; RUGERO, 2009, p. 5). Por suas possibilidades melódicas e harmônicas, a sanfona veio ser uma alternativa mais prática e econômica, substituindo a orquestra ou piano, para acompanhar as danças ou cantigas locais. Alcançou popularidade entre as décadas de 40 e 70, quando começa a cair em desuso conforme cresce a acessibilidade ao teclado eletrônico. [...]

[...] Dos gêneros musicais presentes em todo o país, a sanfona é indispensável na quadrilha junina, e pode ser utilizada no frevo, no samba de matuto ou samba de latada, ou na valsa-choro.

MP161

Relacione cada lembrança de Lenilde aos objetos retratados nas fotografias. Para isso, classifique cada imagem em A, B ou C, conforme as frases.

A. Instrumento da mãe que era pesado e que Lenilde tocava com a irmã.

B. Instrumento de 1926 que pertencia ao pai de Lenilde e tinha detalhes de madrepérola.

C. Objeto que Lenilde ligava para ouvir músicas.

PROFESSOR Resposta: B, C, A.
Imagem: Fotografia. Um violão marrom.  Fim da imagem.

LEGENDA: Violão. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um rádio antigo e marrom com botões na parte inferior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rádio. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma sanfona de madeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Sanfona. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Os elementos foram representados fora de proporção entre si. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Você sabia?

Sanfona é o nome popular que muitos brasileiros dão a um instrumento musical chamado acordeão. Observe na fotografia algumas partes desse instrumento.

O fole tem entradas que permitem o acúmulo do ar. Quando ele é aberto e fechado, a passagem do ar gera sons, que podem ser controlados acionando as teclas e os botões.

Imagem: Fotografia. Uma sanfona preta com teclados nas laterais. No centro, a fole, abas dobradas, que abrem e fecham. Fim da imagem.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos a observar as fotografias recortadas dos objetos antigos: violão, rádio e sanfona.

• Encaminhar a leitura dos pequenos textos com os alunos, auxiliando-os na compreensão do texto e da atividade, que remetem às lembranças da depoente. Relacionar cada trecho com a respectiva fotografia.

• Organizar a leitura compartilhada do boxe Você sabia?, destacando com os alunos as características da sanfona: o nome popular do acordeão e as partes que a compõem.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas permitem aproximar os alunos da competência geral 6, ao valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais; e da competência específica de História 4, ao utilizar os instrumentos de investigação, promovendo a valorização da diversidade de indivíduos.

Fim do complemento.

No sul a gaita ponto foi aos poucos se apropriando da função da rabeca e da viola. No Rio Grande do Sul a gaita acompanha o cancioneiro e as danças gaúchas como o fandango (valsa, a mazurca, rancheira e o chamamé vanera, o vanerão, a polca, o contrapasso, o xote, o bugio e a milonga) e as danças de roda (cana-verde, balaio, pezinho). Tais danças tiveram como figura central o tio Bilia. A sanfona é um dos instrumentos emblemáticos do nordeste brasileiro, que junto com a zabumba e o triângulo formam o trio de forró. Ademais das valsas, polcas, rancheiras, mazurcas, a sanfona cromática veio ampliar a possibilidade de executar choros.

FONTE: SATOMI, Alice L. A sanfona. Laboratório de estudos etnomusicológicos – LABEET da Universidade Federal da Paraíba (UFP B), João Pessoa, 23 maio 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fpm. Acesso em: 29 jun. 2021.

MP162

Objetos escolares e memória

Os objetos utilizados na escola também podem ser guardados e contribuir para preservar a memória dos estudantes e da comunidade escolar.

1. Observe as fotografias de alguns objetos escolares guardados por uma pessoa que estudou por volta de 1950. Em seguida, escreva uma legenda para cada imagem usando as palavras dos quadros.

Livro

Estojo de madeira

Mala

Caderno

Estojo de metal

PROFESSOR Resposta: A criação de legendas usando banco de palavras contribui para o processo de alfabetização.
Imagem: Fotografia. Um estojo de madeira com uma régua na tampa.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Estojo de madeira.
Imagem: Fotografia. Um estojo de metal prateado com tampa azul.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Estojo de metal.
Imagem: Fotografia. Um livro e na capa, o título: O LIVRO DE LILI. Em seguida, ilustração apagada de uma menina com vestido, sentada e lendo um livro.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Livro.
Imagem: Fotografia. Uma mala marrom com alça na parte superior.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Mala.
Imagem: Fotografia. Um caderno com capa vermelha. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Caderno.

LEGENDA: Os elementos foram representados fora de proporção entre si. FIM DA LEGENDA.

2. Você ou alguém da sua família já guardou algum objeto que tenha utilizado em outros tempos? Se sim, que objeto foi esse e por que ele foi guardado?

_____

PROFESSOR Resposta: Orientar a investigação e a análise do objeto.

3. Em sua opinião, por que as pessoas guardam objetos de outros tempos?

_____

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos concluam que as pessoas guardam objetos de outros tempos porque eles representam lembranças de sua história vivida ou a de seus familiares.
MANUAL DO PROFESSOR

• As atividades desta página e da seguinte permitem dar continuidade ao trabalho com o fato de revelância mundial e nacional selecionado neste volume – a educação em Direitos Humanos – com foco no direito à educação. Informar aos alunos que os materiais escolares que aparecem nas imagens são referentes à década de 1950 quando, no Brasil, apenas 3 em cada 10 crianças tinham acesso à escola. Informar também que, atualmente, 9 em cada 10 crianças têm acesso à escola.

• Orientar a realização da atividade 1, promovendo uma observação coletiva das imagens de objetos e relacionando-os com as respectivas legendas.

• Conversar com os alunos sobre a importância da preservação de objetos de outros tempos para a manutenção da memória coletiva.

• Solicitar que investiguem informações relacionadas à preservação das fontes materiais existentes na escola.

• Anotar na lousa as informações identificadas pelos alunos e solicitar que registrem as anotações no caderno.

Para leitura dos alunos

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustração de pessoas sentadas em um carro antigo. Fim da imagem.

Eu me lembro, de Gerda Brentani. Companhia das Letrinhas.

É um livro de memórias em que a autora e artista plástica Gerda Brentani narra acontecimentos que vivenciou, como os bondes movidos a tração animal, dos primeiros carros ao surgimento do metrô. Por meio de textos e imagens, resgata memórias individuais que são também pertencentes à memória coletiva.

MP163

Outras pessoas que estudaram por volta de 1950 se lembram do uniforme que utilizavam, como nos conta Rosicler Martins Rodrigues a seguir.

4. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Uniforme

Na escola, vestia camisa branca com mangas compridas e saia pregueada. No cabelo, um laço da mesma cor da camisa.

Usava também sapatos pretos e meias três-quartos.

FONTE: Depoimento de Rosicler Martins Rodrigues especialmente para essa obra.

5. Circule as fotografias que retratam peças de uniforme semelhantes às que Rosicler descreve em seu depoimento.

Imagem: Fotografia de peças de uniforme: uma camisa branca com manga comprida, uma bermuda azul-escuro, um par de sapatos pretos, um laço branco, meias três-quartos brancas, uma camiseta de manga curta branca, uma saia azul-escuro e um par de tênis rosa.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: camisa branca com manga comprida, par de sapatos pretos, laço branco, meias três-quartos brancas, saia azul-escuro.

LEGENDA: Os elementos estão representados fora de proporção entre si. FIM DA LEGENDA.

6. Atualmente, como é a vestimenta dos alunos na escola em que você estuda?

( ) Os alunos usam uniforme.

( ) Os alunos não usam uniforme.

PROFESSOR Resposta: É importante que os alunos reflitam sobre a situação da sua escola em relação ao uniforme.
MANUAL DO PROFESSOR

• Solicitar aos alunos que observem os objetos pessoais que eles utilizam na escola, em especial o vestuário.

• Explicar-lhes que esses objetos são produções culturais que podem ser fontes de informações sobre nossas tradições, nossos modos de pensar e sentir e nossa memória individual e coletiva.

• Orientá-los a fazer as atividades propostas, socializando as respostas individuais.

• Incentivar os alunos a debater sobre as vantagens e as desvantagens do uso de uniforme escolar, apresentando argumentos para defender o ponto de vista deles.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Direitos da criança e do adolescente

Este é um bom momento para conversar com os alunos sobre alguns direitos da criança e do adolescente, como o direito a um ensino de qualidade. Para isso, são necessárias, além da construção de escolas, a garantia da qualidade do trabalho dos professores e uma estrutura escolar adequada com biblioteca, quadra esportiva, salas de aula e laboratórios.

Fim do complemento.

MP164

Tempo, tempo...

Um objeto muito utilizado nas escolas passou por muitas transformações, como nos conta Gerda Brentani, que nasceu em 1903.

1. Quando solicitado, leia um dos trechos do texto em voz alta.

[...] na escola, para escrever eu usava uma peninha de metal enfiada num cabo de madeira. Na mesa, ficava um vidrinho de tinta azul onde eu molhava a peninha de metal.

Parece simples, mas a tinta pingava, manchava o papel, o livro e, logicamente, a blusa branca exigida pela escola.

Nasceu depois a caneta [...].

Em seu interior havia um canudinho de vidro cheio de tinta. Volta e meia era necessário desatarraxá-la e encher o canudinho vazio. O risco de pingar em algum lugar errado era grande.

Imagem: Ilustração. Uma lousa com uma linha do tempo. Em volta há textos e ilustrações.  Uma caneta tinteiro sobre uma tampa e ao lado há um pote de tinta. À esquerda, uma tampa e uma caneta marrom. À direita, uma ponta de caneta e um canudinho vazio. Uma caneta azul e ao lado, uma tampa. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

2. De acordo com a autora do texto, qual objeto lhe trazia mais problemas para escrever? Explique.

PROFESSOR Resposta: A pena de metal enfiada no cabo de madeira com o vidrinho de tinta, pois a tinta pingava, manchava o papel, o livro e o uniforme escolar.

3. E você, que objetos utiliza para escrever? Escolha um desses objetos e escreva um texto completando a linha do tempo. Lembre-se de descrever as partes que o compõem e os problemas que podem ocorrer ao usá-lo.

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos a selecionar e descrever o objeto.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Noções temporais

As atividades possibilitam aos alunos comparar materiais utilizados para escrever em diferentes tempos e identificar mudanças e permanências por meio da interpretação de uma linha do tempo.

Fim do complemento.

• Ler com os alunos o texto introdutório e os trechos do livro Eu me lembro apresentados na linha do tempo.

• Interpretar o texto com eles e solicitar que respondam às atividades.

• Ressaltar o fato de que a escola é um espaço de convivência social. Dessa forma, é rica em memórias que podem ser exploradas, a exemplo dos objetos escolares utilizados em outros tempos, das relações entre alunos e professores, das mudanças nas disciplinas, entre outras.

Lembranças afetivas da escola

Que lembranças vêm das escolas? Que marcas ficaram no nosso corpo? Não há adulto que não se lembre de sua infância, não há adulto que não se lembre de sua trajetória de escola. Dessas lembranças, das saudades risonhas e tristonhas falam as cenas vindouras.

Chega a Menina que Brinca na Rua com Irmãos – anunciando, denunciando cenas vividas na escola quando criança: “Lembranças do primeiro dia de aula, das alegrias [...]. Enfim, expressam que: o primeiro dia de aula, na primeira série, minha mãe preparando o material escolar, o uniforme, a pasta, o lanche...

MP165

Hoje tenho na mão um cabo comprido de plástico cheio de tinta.

Vou escrevendo quilômetros, até acabar o líquido. Compro outra caneta [...] e sigo em frente.

FONTE: Gerda Brentani. Eu me lembro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993. p. 22.

PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal.

4. Pergunte a um adulto com mais de sessenta anos de idade quais objetos ele usava para escrever quando era criança. Ele usava os mesmos objetos que você? Explique.

PROFESSOR Resposta: Orientar a entrevista para que os alunos obtenham informações e comparem os objetos usados para escrever no passado e atualmente.
MANUAL DO PROFESSOR

• Motivar os alunos a constituir um acervo com seus objetos escolares.

Atividade complementar

Propor aos alunos que conversem com adultos da convivência deles sobre os materiais escolares que utilizavam quando eram crianças. Se possível, solicitar que tragam para a escola alguns desses objetos. Se não for possível, solicitar que desenhem os objetos citados pelos adultos. Fazer fichas para cada objeto/desenho com os nomes do objeto e da pessoa a quem pertenceu e a data aproximada.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O capítulo aproxima-se da competência geral 6, ao valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais; da competência específica de História 4, ao identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos em um mesmo contexto histórico.

Fim do complemento.

“Que alegria! Tinha uma ideia do que seria a escola; mas, ao mesmo tempo, medo. Será que saberei o que fazer? A disciplina na escola era bem rígida, controlada por freiras, as quais, ao mesmo tempo, eram amorosas e cuidadosas.”

FONTE: FIGUEIREDO, Márcio X. B.; RIGO, Luiz C. Memórias das infâncias no processo das educadoras. Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 11, n. 3, 2008. p. 264. Disponível em: http://fdnc.io/fpn. Acesso em: 29 jun. 2021.

MP166

Assim como os objetos podem ser utilizados para resgatar a história das pessoas, as fotografias e os relatos nos permitem conhecer mudanças nas paisagens.

1. Quando solicitado, leia um trecho do texto da escritora brasileira Zélia Gattai em voz alta. Nele, a autora relata aspectos da cidade de São Paulo durante sua infância, por volta de 1920.

Os automóveis invadem a cidade

Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila. Poderia ser ainda mais, não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados, circulando pelas ruas da cidade; grossos tubos, situados nas laterais externas dos carros, desprendiam, em violentas explosões, gases e fumaça escura. Estridentes fom-fons de buzinas, assustando os distraídos, abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas que, em suas desabaladas carreiras, infringiam as regras de trânsito, muitas vezes chegando ao abuso de alcançar mais de 20 quilômetros à hora, velocidade permitida somente nas estradas. Fora esse detalhe, o do trânsito, a cidade crescia mansamente. Não havia surgido ainda a febre dos edifícios altos; nem mesmo o “Prédio Martinelli” – arranha-céu pioneiro em São Paulo, se não me engano do Brasil – fora ainda construído. Não existia rádio, e televisão, nem em sonhos.

FONTE: Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 64.

Imagem: Fotografia em preto e branco. No centro há automóveis antigos em uma rua de pedras. Nas laterais há estabelecimentos com toldos e ao fundo, prédios. Fim da imagem.

LEGENDA: Área central da cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, em 1920. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• Fazer a leitura compartilhada do texto em voz alta, observando a fluência em leitura oral dos alunos. Identificar aqueles que apresentam mais dificuldade e solicitar a releitura de um trecho menor, com o objetivo de aprimorar a fluência oral. Verificar também a compreensão dos alunos com relação ao vocabulário, sugerindo a utilização do dicionário impresso ou digital, se necessário.

• Compartilhar com todos os alunos as possíveis dúvidas e dificuldades.

• Informar aos alunos que o livro do qual foi extraído o texto foi escrito pela autora Zélia Gattai com base em suas vivências familiares.

• Explicar que os relatos de memória não devem ser considerados descrições objetivas da realidade, mas recortes feitos de acordo com a perspectiva do autor.

• Solicitar que observem a fotografia apresentada na página e apontem os elementos que constituem a paisagem representada.

• Orientar os alunos para que identifiquem os indícios de que se trata da representação de um momento passado da cidade de São Paulo.

• Comentar com os alunos que Zélia Gattai nasceu em São Paulo (SP), em 2 de julho de 1916, e faleceu em Salvador (BA), no dia 17 de maio de 2008, aos 91 anos. Foi escritora, fotógrafa e memorialista, além de militante política durante 56 anos. Recebeu muitos prêmios nacionais e internacionais e foi membro da Academia Brasileira de Letras. Sua obra mais conhecida, Anarquistas, graças a Deus, foi escrita em 1979 e relata a infância da autora na cidade de São Paulo, na década de 1920.

As atividades desenvolvidas no capítulo 12 possibilitam ao aluno conhecer e refletir sobre as transformações das paisagens ao longo do tempo, além de elaborar representações por meio de desenhos e croquis e identificar diferentes visões (pontos de vista).

A BNCC no capítulo 12

Unidade temática: Conexões e escalas.

Objeto de conhecimento: Mudanças e permanências.

Habilidade: ( EF02GE05) Analisar mudanças e permanências, comparando imagens de um mesmo lugar em diferentes tempos.

MP167

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

a) Nessa leitura, você ampliou seu vocabulário? Comente as palavras novas que aprendeu.

PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal.

b) De acordo com o texto, quais mudanças ocorreram na cidade de São Paulo por volta de 1920?

_____

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem mencionar a chegada dos automóveis e, como consequência, o aumento do trânsito e da poluição na cidade.

c) Que tipo de edifício ainda não havia sido construído na cidade daquele tempo?

_____

PROFESSOR Resposta: Os edifícios altos, chamados de arranha-céus.

d) Quais meios de comunicação não existiam em São Paulo naquele tempo?

_____

PROFESSOR Resposta: A televisão e o rádio. Os alunos podem também avaliar que, naquele tempo, não existiam os meios de comunicação atuais, por exemplo, a internet.

Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

2. Considerando as informações do texto, faça um desenho para representar a paisagem da cidade de São Paulo do tempo de infância de Zélia Gattai.

PROFESSOR Resposta: Avaliar se os desenhos dos alunos apresentam elementos da cidade descritos pela autora.
Imagem: Ilustração. Quatro lápis coloridos formando a borda de um retângulo. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

• Conversar com os alunos sobre as informações contidas no texto.

• Chamar a atenção dos alunos para o vocabulário, verificar as dificuldades de compreensão. Esse trabalho, aliado à capacidade de reconhecer as palavras, é base para uma boa compreensão de textos. Se considerar pertinente, solicitar a leitura em voz alta a um aluno e, em seguida, perguntar aos demais se compreenderam o significado de todas as palavras e o texto de forma geral.

• Observar a compreensão de texto dos alunos. Verificar se a interpretação do texto contribuiu para o estabelecimento de relações pertinentes aos dados apresentados.

• Solicitar que imaginem e desenhem uma paisagem da fase de infância de Zélia Gattai, na década de 1920, representando as crianças brincando nas ruas.

• Representar elementos da paisagem daquele tempo: ruas não asfaltadas, bondes e carros antigos, pessoas com vestimentas da época.

• Lembrar que, em 1920, muitos brinquedos eram feitos artesanalmente: bonecas de pano e carrinhos de madeira, por exemplo.

• Reunir os alunos e solicitar que compartilhem o desenho com os colegas, explicando os elementos da paisagem que representaram.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades aproximam os alunos da competência geral 2, ao exercitar a curiosidade intelectual recorrendo à abordagem da ciência, incluindo a investigação e a reflexão para solucionar problemas. Também se relaciona à competência específica de Ciências Humanas 3, ao identificar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade. Na construção de argumentos com base em informações geográficas que promovem a consciência socioambiental, as atividades estão se relacionando à competência específica de Geografia 6.

Fim do complemento.

MP168

3. Observe a fotografia de uma avenida no município de Ponta Grossa, no estado do Paraná, em outros tempos.

Imagem: Fotografia em preto e branco. No centro há duas avenidas pavimentadas com um automóvel antigo e no meio delas há uma fileira de árvores. Nas laterais há construções, postes e poucas pessoas andando. Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Balduíno Taques, localizada no município de Ponta Grossa, no estado do Paraná, em 1922. FIM DA LEGENDA.

a) O que mais chamou a sua atenção na paisagem retratada?

_____

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem comentar as construções antigas, o automóvel também antigo, poucas pessoas na avenida, o pavimento da rua.

Imagem: Ícone: Atividade Oral. Fim da imagem.

b) Pela observação da paisagem retratada na fotografia, que hipóteses podemos elaborar sobre:

a iluminação dessa avenida à noite?

o movimento de pessoas nessa avenida?

a qualidade do pavimento dessa avenida?

o movimento de veículos nessa avenida?

PROFESSOR Resposta: Na paisagem retratada na fotografia não se veem postes de iluminação, indicando que a avenida, provavelmente, permanecia às escuras. A avenida parece ter pouco movimento de pessoas e de veículos, e o pavimento parece ser de terra.
MANUAL DO PROFESSOR

• As atividades possibilitam aos alunos observar e compreender as transformações que ocorrem nas paisagens ao longo do tempo.

• Orientar os alunos para a observação dos principais elementos da paisagem retratada na fotografia da atividade.

• Solicitar que, a partir da leitura da legenda, descrevam as principais características da fotografia e identifiquem a data em que ela foi feita.

• Organizá-los em grupos para que possam conversar sobre as observações da paisagem retratada.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades permitem uma aproximação da competência específica de Ciências Humanas 5, que se refere a comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados e a eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço.

Fim do complemento.

Paisagens em diferentes tempos

[...] Pela datação dos objetos de uma paisagem, deveríamos poder reconhecer a sua idade (ou as suas idades). Mas isso nem sempre é possível, já que muitas vezes os objetos antigos são suprimidos da paisagem. Quem desembarca em São Paulo reconhece a história dos objetos presentes, mas não a história da cidade. Na velha Europa, os traços do passado são mais visíveis; é toda uma diferença de ritmos. Mas em todos os casos não há paisagem indiferenciada de um ponto de vista histórico, exceto a de uma cidade porventura inaugurada ontem.

MP169

4. Agora, observe a fotografia dessa mesma avenida em 2019.

Imagem: Fotografia. Carros parados atrás de uma faixa de pedestres em uma rua asfaltada. Acima deles, um farol vermelho e placas de sinalização. Ao fundo, prédios e construções. Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Balduíno Taques, localizada no município de Ponta Grossa, no estado do Paraná, em 2019. FIM DA LEGENDA.

a) De acordo com a legenda das fotografias, quantos anos se passaram entre elas?

_____

PROFESSOR Resposta: 97 anos.

b) O que mudou na paisagem dessa avenida entre o ano da primeira fotografia e o ano da segunda fotografia?

_____

PROFESSOR Resposta: A avenida foi asfaltada, recebeu semáforo, placas e faixa de sinalização, as árvores do canteiro central foram retiradas, foram construídos novos edifícios e o movimento de veículos aumentou muito.

c) Nesse intervalo de tempo, algum elemento da paisagem da avenida permaneceu? Se sim, qual?

_____

PROFESSOR Resposta: Sim. O casarão construído na esquina permaneceu.
MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos para que observem a fotografia reproduzida na atividade e, sem ler a legenda, descrevam os elementos constituintes da paisagem.

• Solicitar que indiquem mudanças que ocorreram nos elementos que constituem a paisagem retratada em comparação com a fotografia da página anterior.

• Direcionar a atenção dos alunos para os elementos da imagem: asfalto, edifícios.

• Perguntar aos alunos por que esses elementos foram introduzidos na paisagem ao longo do tempo.

• Relacionar tais elementos com o aumento da urbanização, que elevou a população local, impulsionando a construção de edifícios altos e a instalação de sinalização para organizar o trânsito, por exemplo.

A paisagem tem, pois, um movimento que pode ser mais ou menos rápido. As formas não nascem apenas das possibilidades técnicas de uma época; mas dependem também das condições econômicas, políticas, culturais etc. A técnica tem um papel importante, mas não tem existência histórica fora das relações sociais. A paisagem deve ser pensada paralelamente às condições políticas, econômicas e também culturais. Desvendar essa dinâmica social é fundamental [...].

FONTE: SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Edusp, 2008. p. 75.

MP170

Cartografando

Existem diferentes formas de representar uma paisagem. O desenho e o croqui são duas formas de representação da paisagem.

Observe o desenho de uma paisagem.

Imagem: Ilustração. Na parte superior há um avião e abaixo dele há uma reta pontilhada na diagonal. Na parte inferior, vista aérea de uma cidade. À esquerda, um posto, casas e prédios. No centro, uma praça, prédios, casas e uma padaria. Em seguida, uma farmácia, uma escola, um supermercado e prédios. À direita, casas e um banco. Entre os quarteirões há ruas com automóveis. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala nem proporção. FIM DA LEGENDA.

1. Em qual visão essa paisagem foi representada?

( ) Oblíqua.

( ) Vertical.

( ) Frontal.

PROFESSOR Resposta: Oblíqua.

2. Identifique cinco elementos que fazem parte dessa paisagem.

_____

PROFESSOR Resposta: Construções, ruas, veículos, semáforos, uma praça, árvores.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos desenvolver a habilidade de identificar uma representação em visão oblíqua, conhecer as características de um croqui e elaborar representações gráficas desse tipo.

Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que observem o desenho e descrevam os elementos que o compõem.

• Chamar a atenção deles para o tipo de visão em que a paisagem está representada, indicando as características que podem ser observadas.

• Solicitar que relatem o que não conseguiriam visualizar caso a paisagem fosse representada do ponto de vista frontal. Comentar que não seria possível visualizar a parte de cima das construções nem o tipo e o formato dos telhados; a área visível da paisagem se delimitaria a apenas uma rua, vista de frente.

• Solicitar que relatem as características que não conseguiriam visualizar se a paisagem fosse representada do ponto de vista vertical. Mencionar, se necessário, que a altura das construções e as fachadas não poderiam ser visualizadas.

MP171

Cartografando

O croqui é um desenho da paisagem feito sem muitos detalhes. Ele é elaborado para representar os seus principais elementos.

Observe parte do croqui da paisagem da atividade anterior.

Imagem: Desenho em preto e branco. Um prédio ao lado de uma farmácia. Abaixo há árvores e ao lado, casas. Fim da imagem.

3. Qual ponto de referência foi representado nesse croqui?

_____

PROFESSOR Resposta: Uma farmácia.

Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

4. A partir da observação da paisagem da atividade anterior, complete o croqui, desenhando os principais elementos que faltam.

• Apresente seu trabalho para os colegas e o professor.

PROFESSOR Resposta: Avaliar a correspondência dos elementos da paisagem representados no desenho e nos croquis produzidos pelos alunos.
MANUAL DO PROFESSOR

• Solicitar aos alunos que observem a representação e indiquem suas características.

• Comentar que um croqui se parece com um esboço e contém, sem muitos detalhes, os elementos principais de uma paisagem.

• Comparar o croqui à representação anterior, indicando semelhanças e diferenças entre eles.

• Propor aos alunos que terminem o croqui reproduzido na atividade, desenhando, em linhas gerais, porém proporcionais e bem localizadas, o restante da representação da paisagem.

• Solicitar que compartilhem com os colegas o croqui desenhado.

Atividade complementar

Organizar os alunos em grupos e solicitar a cada um que elabore uma representação de parte da paisagem reproduzida na atividade 1 do ponto de vista frontal. Cada grupo deve escolher um trecho de rua ou construção para elaborar sua representação.

Solicitar aos grupos que compartilhem com os colegas o desenho.

Comentar as produções, levantando semelhanças entre elas e sugerindo possíveis alterações.

O croqui no trabalho de campo

[...] Nas séries iniciais do ensino fundamental, o professor orienta o olhar para os aspectos principais, seja de uma edificação, seja de um conjunto de edificações, seja de uma vista do campo ou de uma cidade. Algumas orientações podem contribuir para a elaboração de um croqui, tais como o uso de uma prancheta e de material de desenho. [...] O croqui pode ser um ponto de partida para um estudo mais detalhado de um fenômeno que se destaca na paisagem (morro-testemunho, lagunas, restingas e outros) ou de determinadas concentrações (edificações, eixos rodoviários, favelas etc.).

FONTE: PONTUSCHKA, Nídia N.; PAGANELLI, Tomoko I.; CACETE, Núria H. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2009. p. 306.

MP172

As paisagens estão em constante transformação. Algumas transformações ocorrem lentamente, outras acontecem em um intervalo de tempo menor.

Observe as fotografias e leia as legendas.

Imagem: Fotografia. Fachada de uma construção extensa com parede verde e detalhes brancos. Ao fundo, árvores e o céu azul.  Fim da imagem.

LEGENDA: Museu do Rio Cuiabá, no município de Cuiabá, no estado de Mato Grosso, em 2015. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Fachada de uma construção extensa com parede amarela e detalhes brancos. Na frente há um pátio com chão marrom, plantas, árvores e bancos. Ao fundo, árvores e o céu azul.  Fim da imagem.

LEGENDA: Museu do Rio Cuiabá, no município de Cuiabá, no estado de Mato Grosso, em 2018. FIM DA LEGENDA.

a) Quais mudanças podem ser observadas nessa paisagem entre uma fotografia e outra?

_____

PROFESSOR Resposta: A fachada do museu foi pintada com outra cor, o tipo de calçamento mudou, bancos foram colocados e um jardim foi feito.

b) Em quanto tempo essas mudanças foram realizadas?

( ) Entre um ano e três anos.

( ) Em mais de três anos.

PROFESSOR Resposta: Entre um ano e três anos.
MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos a observar as fotografias com atenção. Solicitar que respondam, a partir das informações apresentadas na legenda, as seguintes perguntas: Essas fotografias retratam qual local? Quanto tempo se passou entre a data de uma fotografia e a outra?

• Auxiliar os alunos, neste momento, a reconhecer que a paisagem é composta de movimento, som, odor e que se transforma ao longo do tempo, apresentando mudanças e permanências.

• Comentar com os alunos sobre as transformações culturais, sociais e econômicas que podem ser evidenciadas, por exemplo, na estrutura arquitetônica das construções.

Para leitura dos alunos

Imagem: Capa de livro. No centro, o título e em volta, desenho de um viaduto. Fim da imagem.

Um viaduto chamado Minhocão, de Gil Veloso. Dedo de Prosa.

Em poemas e desenhos, o autor, junto com o ilustrador Paulo von Poser, conta a história de um viaduto chamado Minhocão, localizado no município de São Paulo, no estado de São Paulo, como era e como se transformou. Eles falam do espaço e dessa construção que também, durante alguns dias, se torna um parque, acolhendo crianças e adultos, artistas e esportistas.

A paisagem e o olhar atento

A paisagem revela uma história, o passado inscrito nas formas geradas por tempos diferenciais acumulados, mas sempre atuais, sincrônicos e diacrônicos, que produzem uma impressão apreendida pelos sentidos. [...] Mas para além da percepção a paisagem revela-nos, numa imagem aparentemente imóvel, um conjunto cheio de sentido, o ser humano se identifica com os espaços da vida pressentidos através da paisagem. É por isso que para além da fixidez aparente da paisagem há um ritmo que releva um tempo, que por sua vez é uma vida que se descortina ao olhar atento.

MP173

Boxe complementar:

Investigue

Imagem: Ícone: Tarefa de Casa. Fim da imagem.

No lugar onde você vive, pode ser que alguns elementos da paisagem estejam em transformação. Observe uma paisagem de seu lugar de viver e complete a ficha.

PROFESSOR Atenção professor: As respostas devem corresponder à paisagem do lugar de viver dos alunos. Fim da observação.

a) Há casas ou edifícios em construção?

( ) Sim.

( ) Não.

b) Existem ruas ou avenidas sendo pavimentadas?

( ) Sim.

( ) Não.

c) Árvores estão sendo plantadas nas calçadas ou nos parques?

( ) Sim.

( ) Não.

d) Existem áreas de lazer sendo construídas ou reformadas?

( ) Sim.

( ) Não.

e) A circulação de veículos nas ruas está mudando?

( ) Sim.

( ) Não.

f) Há construções de outros tempos sendo demolidas?

( ) Sim.

( ) Não.

g) Você observou outras mudanças na paisagem? Se sim, quais?

_____

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem comentar, por exemplo, o surgimento de uma construção nova, a pintura de fachadas, entre outros.

h) Você gostaria que ocorressem outras mudanças na paisagem do lugar onde você vive? Se sim, quais?

_____

PROFESSOR Resposta: Escrever na lousa as sugestões dos alunos e comentar sobre sua viabilidade.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Investigue

• Orientar os alunos para que realizem a atividade da seção como tarefa de casa, compartilhando as atividades com adultos de sua convivência.

• Solicitar aos alunos que citem alguns elementos presentes na paisagem do lugar onde vivem.

• Conversar sobre as transformações que ocorreram na paisagem desse local.

• Em uma roda de conversa, solicitar que expliquem se consideram necessária alguma transformação na paisagem para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Atividade complementar

Orientar os alunos para que desenhem a paisagem do lugar onde vivem com as modificações que acharem necessárias para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Conversar para que socializem as produções e relatem suas ideias. Criar um painel em sala de aula com a produção dos alunos.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades desenvolvidas pelos alunos de reconhecimento das mudanças na paisagem em um curto intervalo de tempo e os impactos que as ações das pessoas podem provocar contribuem para o desenvolvimento dos conhecimentos preconizados pela competência geral 1, ao valorizar e utilizar os conhecimentos construídos sobre o mundo físico, social e cultural, aprendendo a colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Ao mesmo tempo, as atividades se relacionam com a competência específica de Ciências Humanas 3, ao identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, e também com a competência específica de Geografia 2, ao estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico para compreender as formas pelas quais os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza.

Fim do complemento.

Ganha cores e matizes de acordo com as necessidades da reprodução da vida humana. As relações com o lugar se determinam no cotidiano, para além do convencional. O espaço é o lugar do encontro e o produto do próprio encontro, a cidade ganha teatralidade e não existe dissociada da sociedade que lhe dá conteúdo.

Assim, a observação da paisagem vai permitindo uma leitura e uma interpretação da nossa situação no mundo de hoje, revelando na sua dimensão visível, a história do lugar.

FONTE: CARLOS, Ana F. A. O espaço urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo: Contexto, 2004. p. 35-37.

MP174

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 11 e 12

Avaliação de processo de aprendizagem

Nas aulas anteriores, você estudou que as paisagens podem ser transformadas pelas pessoas ao longo do tempo e que os objetos podem ser guardados como memória. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos?

1. Você conheceu um pouco sobre os materiais escolares que eram utilizados em outros tempos. Agora, leia um poema sobre esse assunto escrito por Cora Coralina, que nasceu em 1889.

A escola da mestra Silvina

Sentava em bancos compridos, escorridos, sem encosto. [...]

Não se usava quadro negro

As contas se faziam

Em pequenas lousas individuais.

FONTE: Cora Coralina. Poema dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global, 2006. p. 61-62.

a) Na escola descrita no poema, onde os alunos se sentavam?

_____

PROFESSOR Resposta: Em bancos compridos, escorridos e sem encosto.

b) Nessa escola, em que material as contas eram registradas? Circule o nome do material.

No caderno

Em pequenas lousas individuais

Em uma lousa coletiva

No livro

PROFESSOR Resposta: Em pequenas lousas individuais

2. Ordene os objetos de escrever do mais antigo para o mais recente.

_____

caneta de plástico

caneta tinteiro

pena de metal

PROFESSOR Resposta: Pena de metal, caneta tinteiro e caneta de plástico.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 11 e 12.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Identificar utensílios e materiais escolares usados há cem anos.

Espera-se que os alunos possam ler e compreender o poema, destacando os utensílios e materiais escolares.

2. Identificar a sequência temporal de objetos utilizados para escrever.

Espera-se que os alunos identifiquem e ordenem os objetos do mais antigo para o mais recente.

3. Reconhecer transformações na paisagem de uma mesma localidade em dois momentos.

Espera-se que os alunos sejam capazes de identificar mudanças ocorridas na paisagem de uma mesma localidade a partir de leitura e interpretação de representações.

MP175

3. Observe a representação da paisagem de um mesmo local em dois momentos diferentes.

Imagem: Ilustração A. Vista aérea de um rio e nas margens há várias plantas e árvores.  Fim da imagem.
Imagem: Ilustração B. Vista aérea de um caminhão e um carro sobre uma ponte em cima de um rio. Nas margens há plantas, árvores, plantações, casas e pessoas.  Fim da imagem.

• Escreva duas transformações ocorridas na paisagem desse local entre um momento e o outro.

_____

PROFESSOR Resposta: Casas e uma ponte foram construídas, ruas foram abertas, parte da vegetação foi retirada, as pessoas começaram a utilizar a água do rio, veículos começaram a circular e surgiu uma área de plantio.

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Assinale a resposta que você considera mais apropriada.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Sobre as aprendizagens

Sim

Em parte

Não

a) Descrevo mudanças nos objetos de escrever ao longo do tempo?

b) Identifico objetos que marcam a memória das pessoas?

c) Reconheço que as pessoas podem transformar as paisagens ao longo do tempo?

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP176

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 11 e 12

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 11 e 12. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Como podemos reconhecer mudanças nos objetos e nos lugares?

Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram construídos sobre mudanças que podem ser observadas nos diversos objetos e nas paisagens ao longo do tempo.

Verificação da avaliação do processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

• Explicar por que os objetos domésticos podem ser marcos de memória.

• Listar mudanças nos objetos utilizados para escrever ao longo do tempo.

• Descrever os materiais escolares da década de 1950.

• Reconhecer que as pessoas podem transformar as paisagens rapidamente ou lentamente ao longo do tempo.

• Representar a paisagem por meio de desenho ou croqui.

Para monitorar as aprendizagens por meio destes objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se, em relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 11, apresentar aos alunos outras imagens, textos e linhas do tempo sobre os temas estudados. Com relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 12, vale explorar oralmente fotografias da paisagem do local onde vivem que retratem tempos distintos, verificando os elementos que permaneceram e os que se transformaram.

A página MP223 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.