MP089
Comentários para o professor:
Unidade 2 Natureza, cultura e paisagens
Esta unidade permite aos alunos refletir sobre diferentes elementos naturais e culturais que compõem as paisagens, formas de representá-los e de referenciar a memória.
As páginas de abertura da unidade correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir da observação dos elementos que compõem uma paisagem urbana.
Módulos da unidade
Capítulos 5 e 6: exploram as características das paisagens naturais e humanizadas e as definições e os exemplos de cultura material e imaterial e de patrimônio histórico.
Capítulos 7 e 8: exploram as diversas formas de representação da paisagem e seus pontos de referência, assim como o significado de marcos históricos.
Introdução ao módulo dos capítulos 5 e 6
Este módulo, formado pelos capítulos 5 e 6, permite aos alunos desenvolver atividades relacionadas à importância de preservar e representar elementos naturais e culturais das paisagens que sofrem processos de transformação ao longo do tempo.
Atividades do módulo
As atividades do capítulo 5 possibilitam aos alunos reconhecer características das paisagens naturais e das paisagens humanizadas e identificar elementos naturais relacionados a relevo, hidrografia e vegetação, identificando esses elementos naturais em seu lugar de viver e também em outros locais, de acordo com a habilidade EF03GE04. São desenvolvidas atividades de leitura de fotografias, representações espaciais, construção de modelagem e interpretação de símbolos. Como pré-requisito, importa que os alunos tenham desenvolvido a leitura e a interpretação de fotografias e de representações de diferentes paisagens.
As atividades do capítulo 6 possibilitam que os alunos entrem em contato com as definições de cultura material e cultura imaterial e apliquem tais conceitos na análise e na classificação de elementos ligados à cultura e ao patrimônio, de acordo com a habilidade EF03HI04. São desenvolvidas atividades de leitura de imagens, compreensão de textos e de entrevistas, produção de escrita e investigação. Como pré-requisito, importa que os alunos consigam fazer individualmente ou em grupo a leitura de pequenos textos.
Principais objetivos de aprendizagem
- Diferenciar paisagens naturais e humanizadas.
- Identificar diferentes tipos de relevo, rios e vegetação.
- Reconhecer exemplos de transformações das paisagens naturais pelas pessoas.
- Compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
- Listar exemplos de cultura material e da cultura imaterial.
- Explicar o que é patrimônio histórico.
- Identificar exemplos de patrimônio imaterial.
MP090
UNIDADE 2. Natureza, cultura e paisagens
MANUAL DO PROFESSOR
- A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, com o objetivo de possibilitar a troca de conhecimento entre os alunos.
- As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.
A paisagem e a construção do espaço
A paisagem artificial é a paisagem transformada pelo homem; já, grosseiramente, podemos dizer que a paisagem natural é aquela ainda não mudada pelo esforço humano. Se no passado havia a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente já não existe. Se um lugar não é fisicamente tocado pela força do homem, ele é, todavia, objeto de preocupações e de intenções econômicas ou políticas. Tudo hoje se situa no campo de interesse da história, sendo, desse modo, social. A paisagem é um conjunto heterogêneo de formas naturais e artificiais; é formada por frações de ambas, seja quanto ao tamanho, volume, cor, utilidade, ou por qualquer outro critério.
MP091
Boxe complementar:
Primeiros contatos
- Que elementos podem ser observados na paisagem representada?
PROFESSOR
Resposta: Ruas, casas, prédios, livraria, biblioteca, ginásio, escola, praça, árvores e plantas.
- No lugar onde você vive, que elementos da paisagem se destacam?
PROFESSOR
Resposta: Resposta varia de acordo com a realidade dos alunos.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
A paisagem é sempre heterogênea. A vida em sociedade supõe uma multiplicidade de funções, e quanto maior o número destas, maior a diversidade de formas e de atores. Quanto mais complexa a vida social, tanto mais nos distanciamos de um mundo natural e nos endereçamos a um mundo artificial.
FONTE: SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2008. p. 70-71.
- Conversar com os alunos sobre a representação e solicitar que identifiquem nela os elementos construídos e os não construídos pelas pessoas.
- Solicitar que observem se há locais de lazer e de entretenimento a céu aberto, como parques e praças, e locais fechados, como ginásios e bibliotecas.
- Orientá-los para que também observem como está a conservação dos elementos da paisagem, em termos de limpeza e manutenção, de instalação de faixas de pedestres, postes de iluminação, placas de sinalização, áreas verdes, fachada das construções e outros.
- Conversar sobre o coreto, informando que é um elemento de outros tempos – há cerca de cem anos – e permanece presente em algumas cidades atuais, como na representada na imagem.
- Orientar a realização das atividades e compartilhar as respostas.
MP092
DESAFIO À VISTA!
Capítulos 5 e 6
Por que é importante preservar elementos naturais e culturais dos lugares de viver?
CAPÍTULO 5. As paisagens e seus elementos
As construções, as ruas, as estradas, os rios, a vegetação e muitos outros elementos podem formar uma paisagem.
LEGENDA: Vista do Monte Roraima, no município de Uiramutã, no estado de Roraima, em 2017. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Vista do município de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.
A fotografia A retrata uma paisagem em que predominam elementos naturais. Essa paisagem pode ser classificada como paisagem natural.
A fotografia B retrata uma paisagem em que predominam elementos humanizados, ou seja, construídos e modificados pelas pessoas. Essa paisagem pode ser classificada como paisagem humanizada.
1. Quais elementos se destacam na paisagem da fotografia A?
_____
PROFESSOR
Resposta: O Monte Roraima, rochas, vegetação (árvores e gramíneas) e nuvens.2. Quais elementos se destacam na paisagem da fotografia B?
_____
PROFESSOR
Resposta: Prédios, vegetação e morros.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar
Desafio à vista!
A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre a importância de se preservar elementos naturais e culturais das paisagens que sofrem processos de transformação ao longo do tempo. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.
Fim do complemento.
- Solicitar aos alunos que expliquem o que entendem por elementos naturais e humanizados da paisagem. Os conhecimentos prévios e as hipóteses dos alunos serão ampliados no decorrer do capítulo.
- Orientar a observação dos alunos, ressaltando que a fotografia A retrata uma paisagem em que predominam os elementos naturais e há vegetação que sofreu pouca interferência humana, enquanto na fotografia B há uma paisagem com predomínio de elementos humanizados, ou seja, construídos e modificados pelas pessoas.
- Informar que, em muitos casos, as paisagens misturam elementos naturais e humanizados, mas que essa classificação é utilizada para facilitar sua observação e leitura.
Boxe complementar:
De olho nas competências
As atividades desenvolvidas neste capítulo trabalham as mudanças das paisagens naturais e antrópicas, exercitam a curiosidade intelectual e recorrem à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão e a análise crítica para formular e resolver problemas, aproximando os alunos da competência geral 2. Os alunos devem identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e comparar eventos ocorridos no mesmo espaço em diferentes tempos, conforme preconizam as competências específicas de Ciências Humanas 3 e 5. Ao construir argumentos com base em informações, atende-se à competência específica de Geografia 6.
Fim do complemento.
O trabalho desenvolvido no capítulo 5 possibilita aos alunos identificar características das paisagens naturais e das paisagens humanizadas, reconhecendo elementos naturais relacionados a relevo, hidrografia e vegetação e possíveis formas de sua transformação.
A BNCC no capítulo 5
Unidade temática: Conexões e escalas.
Objeto de conhecimento: Paisagens naturais e antrópicas em transformação.
Habilidade: ( EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.
MP093
Cartografando
Para identificar os elementos que formam uma paisagem, podemos observar uma fotografia e analisar os planos que ela apresenta.
Observe a paisagem retratada na fotografia.
LEGENDA: Vista da orla no município do Recife, no estado de Pernambuco, em 2020. FIM DA LEGENDA.
- Onde está localizada a paisagem retratada na fotografia? Explique como você obteve essa informação.
PROFESSOR
Resposta: Em Recife, no estado de Pernambuco. A informação está na legenda.
- Escreva os elementos da paisagem que você identifica em cada plano da fotografia.
- Plano 1:
_____
PROFESSOR
Resposta: mar.
- Plano 2:
_____
PROFESSOR
Resposta: praia com pessoas.
- Plano 3:
_____
PROFESSOR
Resposta: edificações e árvores.
- Horizonte:
_____
PROFESSOR
Resposta: céu com nuvens.
- Plano 1:
_____
- Em sua opinião, essa fotografia retrata uma paisagem natural? Justifique sua resposta.
PROFESSOR
Resposta: Não, pois essa paisagem possui muitos elementos humanizados. Foram construídos prédios e ruas.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Alfabetização cartográfica
A atividade possibilita aos alunos identificar diferentes planos de visão em uma fotografia, auxiliando-os a observar mais atentamente os elementos de uma paisagem.
Fim do complemento.
- Orientar os alunos na observação da fotografia desta página solicitando que descrevam os elementos da paisagem predominantes em cada um dos planos, indicando, em cada um deles, se há o predomínio de elementos naturais ou transformados pela ação humana.
- Socializar as respostas dos alunos.
Atividade complementar
Escolher fotografias de outros tempos e atuais do município onde vivem os alunos. Muitas vezes, essas fotografias podem ser encontradas em sites de museus, centros culturais ou mesmo da prefeitura municipal.
Orientar os alunos na observação das paisagens, destacando diferentes planos de observação de acordo com os elementos da paisagem. Comparar as permanências e transformações que ocorreram na paisagem do município de vivência e realizar uma roda de conversa avaliando se as transformações foram positivas ou negativas para o ambiente.
MP094
O relevo
O relevo é um dos elementos naturais que compõem as paisagens. As diferentes altitudes e as formas da superfície da Terra constituem o relevo.
A altitude é medida a partir do nível do mar, que é considerado o ponto de partida para essa medição.
Observe, na representação, como as altitudes são medidas tendo o nível do mar como referência.
LEGENDA: As altitudes da superfície terrestre são medidas tendo como ponto de referência o nível do mar. FIM DA LEGENDA.
A fotografia a seguir retrata o Monte Everest, que tem a maior altitude do planeta Terra.
LEGENDA: Monte Everest, localizado no Nepal, país da Ásia, em 2019. O Monte Everest tem a maior altitude da superfície terrestre: 8.848 metros. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a observação do perfil do relevo pelos alunos, de maneira que identifiquem as várias altitudes representadas.
- Chamar a atenção para a forma de medição da altitude: o nível do mar aponta zero metro e as altitudes aumentam conforme aumenta a distância vertical entre os pontos e o nível do mar.
- Solicitar que observem a imagem e leiam a legenda da fotografia do Monte Everest e, em seguida, comentar que o ponto mais alto do Brasil é o Pico da Neblina, situado na Serra do Imeri, no Amazonas, com altitude de 2.995,30 metros. Relacionar as altitudes do Monte Everest e do Pico da Neblina, localizando-os em um mapa físico, se possível. Comentar que a altitude pode ser positiva nos lugares acima do nível do mar e negativa nos lugares abaixo do nível do
mar.
Relevo e pensamento geográfico
A questão de o relevo ser um dos elementos organizadores do espaço geográfico possui potencial a ser estudado na educação básica, uma vez que esse conhecimento pode auxiliar as pessoas a compreenderem as dinâmicas em seus espaços de vivência, bem como os recortes espaciais mais amplos.
MP095
A ação de elementos naturais, como o vento e a água da chuva, dos rios e do mar, desgasta as rochas e modifica o relevo. As pessoas também podem alterar o relevo.
Observe, na representação, exemplos de formas de relevo.
LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. FIM DA LEGENDA.
1. Observe novamente a representação da página anterior: qual é o referencial que as pessoas utilizam para medir a altitude de uma localidade?
_____
PROFESSOR
Resposta: O nível do mar.- Quais formas de relevo podem ser observadas na representação acima?
_____
PROFESSOR
Resposta: Serra, planalto e planície.3. Converse com os colegas sobre as formas de relevo que vocês observam no lugar onde vivem. Escreva a conclusão da conversa.
_____
PROFESSOR
Resposta: Solicitar aos alunos que observem a ilustração e comparem as formas de relevo representadas com as formas de relevo que observam no lugar onde vivem. Comentar sobre a presença ou não de serras e de áreas planas próximas a rios ou ao mar.MANUAL DO PROFESSOR
Para além de compreender como se estruturam e organizam as morfologias de relevo em cada lugar, pensá-las e identificá-las para além de suas formas pode auxiliar os estudantes a compreenderem o espaço de maneira mais integral, estabelecendo relações entre diversos fatores da sociedade, como economia, qualidade de vida e urbanização, dentre outros e, por consequência, formando um pensamento geográfico.
FONTE: SANTOS, Larissa A.; LUIZ, Edna L. Ensino dos Conteúdos sobre Relevo na Geografia Escolar: análise de uma coleção de livros didáticos dos anos finais do ensino fundamental. Geografia, Londrina, v. 28, n. 2, jul. 2019, p. 235. Disponível em: http://fdnc.io/fqf. Acesso em: 17 jun. 2021.
- Orientar os alunos para que observem as formas de relevo da representação e identifiquem as que possuem maior e menor altitude.
- Solicitar que observem as águas que compõem a paisagem e sua relação com as formas de relevo e as altitudes.
- Orientar para que localizem as áreas que ficam ao nível do mar e as mais distantes.
- A atividade 3 permite uma produção de escrita após a conversa com os colegas. Se necessário, ofereça uma folha para que os alunos possam detalhar a conclusão da conversa.
MP096
Cartografando
- Formem grupos de acordo com a orientação do professor e observem a paisagem abaixo. Vocês vão representá-la por meio de um trabalho de modelagem. Sigam as orientações.
LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. FIM DA LEGENDA.
Materiais necessários
- um quilograma de massa de argila;
- uma placa de madeira ou de papelão;
- palitos de sorvete;
- tintas de várias cores;
- pincéis.
Como vocês vão fazer
- Sobre a placa de madeira ou de papelão, coloquem e modelem a argila para representar as formas do relevo da paisagem representada.
- Utilizem os palitos de sorvete, as tintas e os pincéis para representar os outros elementos dessa paisagem, como o rio e a vegetação.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Alfabetização cartográfica
A atividade permite aos alunos observar as diferentes formas do relevo, representando a paisagem por meio de modelagem tridimensional com seus principais elementos.
Fim do complemento.
- Orientar os alunos para que elaborem uma representação de relevo com argila, massa ou outros materiais, providenciando-os antecipadamente.
- Solicitar que façam a modelagem do relevo e depois detalhem cada parte com auxílio de um palito.
- Chamar a atenção para modelarem a área com maior altitude, correspondente à área das serras, a área de menor altitude, referente à área da planície, e o curso do rio partindo de um ponto mais alto até chegar à área mais baixa.
- Solicitar que os grupos comparem as representações em argila e identifiquem as várias altitudes representadas.
Tridimensionalidade e bidimensionalidade na representação do relevo
O mapa tem um complicador: a representação bidimensional de uma realidade tridimensional. Portanto, antes de iniciar a leitura de mapas, é importante que os alunos consigam sentir o relevo: caminhar, observar, ver, desenhar. É equivocado pensar que quando o relevo não é acidentado, não há relevo. Há planícies ou planaltos de relevo bastante monótono nos quais a planura segue sem alteração de altitude por quilômetros. [...]
MP097
- Agora, observem a representação da paisagem da página anterior depois de ser transformada pelas pessoas.
LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. FIM DA LEGENDA.
- A paisagem representada acima é uma paisagem:
( ) natural.
( ) humanizada.
PROFESSOR
Resposta: humanizada.
- Escrevam nos quadrinhos abaixo a
letra
correspondente a cada forma de relevo da paisagem representada na página anterior e nesta.
( ) Planície.
( ) Serra.
( ) Planalto.
PROFESSOR
Resposta: A, C, B.
- Comparem as duas representações e descrevam as mudanças que ocorreram na paisagem.
- _____
PROFESSOR
Resposta: Parte da vegetação foi retirada, a planície foi ocupada por plantações e por uma cidade; foram construídos túneis, estradas e uma ponte sobre o rio. O planalto também foi ocupado em parte por construções.MANUAL DO PROFESSOR
Elaborar um mapa bidimensional de uma realidade tridimensional é uma das mais complexas tarefas, o mapa tem largura e comprimento, sendo, portanto, bidimensional. A realidade é tridimensional porque, além da largura e do comprimento, apresenta também a altura, a terceira dimensão. Essa complexidade pode ser trabalhada com um modelo tridimensional para o aluno conseguir relacionar essas duas dimensões na representação do relevo.
FONTE: PASSINI, Elza Y. Alfabetização Cartográfica e a aprendizagem da Geografia. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2012. p. 146-147.
- Solicitar que alguns grupos modifiquem a representação tridimensional de acordo com a representação gráfica da atividade 2.
- Cuidar para que observem as interferências humanas que ocorreram no relevo da paisagem, identificando mudanças e permanências: o relevo da paisagem basicamente permaneceu o mesmo; a planície foi ocupada por construções e plantações; uma ponte foi construída no rio, e no planalto foram abertas estradas e um túnel até as serras ao fundo. No planalto, foram erguidas poucas construções. O relevo e o curso do rio não sofreram alterações significativas.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A atividade de modelagem de uma maquete da paisagem natural e modelagem de outra maquete com as transformações da paisagem pelas pessoas está relacionada à competência específica de Ciências Humanas 3, ao identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuem para a transformação espacial, ao mesmo tempo que se aproxima da competência específica de Geografia 7, ao propor ações sobre as questões socioambientais com base em princípios sustentáveis e solidários.
Fim do complemento.
MP098
As paisagens e os rios
As águas de um rio correm dos locais de maior altitude do relevo, onde se encontram as nascentes, para os locais de menor altitude, onde deságuam.
Um rio pode desaguar no mar ou em outro rio. Quando deságua em outro rio mais volumoso, recebe o nome de afluente. O local onde o rio deságua é chamado de foz.
O rio que recebe águas de outros rios é chamado de rio principal.
Observe a imagem.
LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. FIM DA LEGENDA.
1. Na imagem acima, escreva o número 1 no rio principal.
2. Agora, na imagem, circule:
- de verde, a nascente do rio principal.
- de vermelho, a foz do rio principal.
PROFESSOR
Resposta: Nascente (verde).PROFESSOR
Resposta: Foz (vermelho).MANUAL DO PROFESSOR
- Realizar a leitura do texto e da representação destacando as principais partes de um rio.
- Solicitar aos alunos que observem as formas de relevo mostradas na representação, seguindo o curso do rio da nascente até a foz.
- Perguntar: A representação mostra uma paisagem natural ou transformada? Quais formas de relevo podem ser encontradas nessa paisagem: serra, planalto, planície? Quais alterações as pessoas realizaram ao longo do curso do rio?
- Anotar as principais observações na lousa e debater suas afirmações.
- Solicitar, se julgar pertinente, uma produção de escrita, na qual os alunos
devem
descrever as mudanças que ocorreram na paisagem a partir da ocupação feita pelas pessoas e das observações anotadas na lousa. Verificar se eles escreveram corretamente as palavras e se produziram um texto adequado em relação ao que foi proposto.
Uso de imagens no ensino da Geografia
O uso da imagem deve ser o ponto de partida para a análise de um fenômeno que se quer estudar em geografia, ou seja, que esteja associado ao conteúdo. Dessa maneira, o aluno será estimulado a fazer observações, a levantar hipóteses em face do tema abordado. Dessa forma, pode-se estabelecer critérios no momento da escolha das imagens.
MP099
3. Quais formas de relevo você observa na paisagem representada na página anterior?
PROFESSOR
Resposta: Serra, planalto e planície.
4. Quais atividades as pessoas estão realizando perto do rio nessa paisagem?
PROFESSOR
Resposta: Há ocupação do terreno com moradias e plantações.5. Observe as fotografias.
LEGENDA: Barragem para produção de energia elétrica no município de Araguari, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Pesca no Rio Culuene, no município de Querência, no estado de Mato Grosso, em 2018. FIM DA LEGENDA.
- Escreva as atividades que estão sendo praticadas em cada rio retratado.
A: _____
PROFESSOR
Resposta: produção de energia elétrica.B: _____
PROFESSOR
Resposta: pesca.6. Os rios podem ser aproveitados pelas pessoas para outras atividades? Se sim, quais?
PROFESSOR
Resposta: Os rios podem ser utilizados pelas pessoas para abastecimento de água, irrigação de plantações e lazer, entre outras.MANUAL DO PROFESSOR
A escolha das imagens é fundamental e deve ser coerente com os objetivos propostos pelo professor. Assim, por exemplo, ao se escolher uma fotografia ou uma imagem para trabalhar a paisagem em sala de aula, é preferível que ela esteja na visão oblíqua (de cima para o lado) e nítida. Será mais fácil observar os detalhes da paisagem.
FONTE: CASTELLAR, Sônia; VILHENA, Jerusa. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 81.
- Orientar os alunos para que realizem as atividades.
- Solicitar que descrevam as atividades que podem ser observadas nas fotografias, indicando as atividades humanas realizadas nos rios.
- Conversar sobre outras atividades que podem ser realizadas nos rios: lazer, esporte, irrigação, transporte de pessoas, abastecimento de água, entre outras.
- Chamar a atenção dos alunos para a importância da preservação dos cursos de água, dando destaque para a relevância da água na vida cotidiana e para a necessidade de planejamento e controle sobre a exploração dos recursos hídricos.
MP100
Trabalho de campo
Na companhia de um adulto, faça um trabalho de campo sobre um rio em seu lugar de viver.
Etapa 1
Observe o rio e a paisagem ao redor e faça um desenho para representá-los.
PROFESSOR
Resposta: O aluno deve fazer um desenho de observação de um rio do lugar onde vive.MANUAL DO PROFESSOR
Trabalho de campo
A atividade permite aos alunos coletar informações e dados sobre um rio de seu lugar de vivência por meio de observações e entrevistas, que deverão, por sua vez, evidenciar as características e a relação das pessoas com esse elemento natural.
- Orientar os alunos para realizar um trabalho de tarefa de casa, supervisionado por um adulto de sua convivência.
- Orientar os alunos que é necessário escolher o local previamente e determinar o tempo de percurso e de observação.
- Explicar aos alunos o que deverá ser observado, fotografado, ou registrado por textos ou desenhos e falar sobre os materiais necessários à atividade.
- Orientar os alunos para que observem um rio perto do local de moradia.
- Estudar o rio que passa pelo lugar de viver é uma importante estratégia para mostrar como a intervenção das pessoas pode modificar o ambiente. Se houver posibilidade, também pode-se realizar um trabalho de campo com todos os alunos e observar o rio do lugar de viver de forma coletiva e colaborativa.
- Indicar a localização e o nome do rio e solicitar que observem se é possível ver a sua nascente, foz ou algum afluente.
- Descrever como é o relevo no qual está inserido o rio, a vegetação ao redor, se o rio foi canalizado, se há tubulações de despejo de água ou de esgoto nele, se é possível observar lixo nas margens ou dentro do curso de água, se o rio apresenta cheiro e como é o seu entorno.
- Orientar os alunos na elaboração do desenho de observação do rio e de seu entorno.
- Orientar para que apresentem suas descobertas com o maior
número
de detalhes possível e comentem os desenhos que fizeram.
Boxe complementar
De olho nas competências
Ao visitar e reconhecer o rio do lugar de viver, os alunos podem utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação entre sociedade e natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas, além de aplicar o princípio de raciocínio geográfico de analogia e diferenciação, aproximando-os das competências específicas de Geografia 1 e 3. Na apresentação da investigação realizada no trabalho de campo, é possível construir argumentos com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, como preconiza a competência específica de Ciências Humanas 6.
Fim do complemento.
MP101
Etapa 2
Entreviste um adulto de sua convivência para conhecer melhor o rio observado. Siga o roteiro e anote as respostas.
PROFESSOR
Resposta: As respostas dependem das características do lugar de viver do aluno.- Nome do rio: _____
- Que usos as pessoas fazem desse rio?
-
_____
- Existem ruas, moradias ou outras construções próximas ao rio?
( ) Sim.
( ) Não.
- O rio está:
( ) limpo.
( ) pouco poluído.
( ) muito poluído.
- Quando chove, o rio transborda, causando inundação?
( ) Sim.
( ) Não.
- O rio seca em algum período do ano?
( ) Sim.
( ) Não.
- Existem ruas, moradias ou outras construções próximas ao rio?
PROFESSOR
Atenção professor: Caso muitos alunos tenham realizado o trabalho de campo sobre o mesmo rio, organizar mais de um grupo para a realização da atividade. Se possível, incentivar que as formas de apresentação sejam diversificadas. Fim da observação.Etapa 3
- O professor agrupará os alunos de acordo com o rio observado.
- Relate aos colegas do grupo as informações que você descobriu.
- Organizem as informações e escolham uma forma de apresentá-las à classe. Vocês podem criar e apresentar uma música, um poema, uma cena de teatro ou um painel.
MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar os alunos na realização da entrevista e na coleta de informações do rio do lugar de viver.
- Socializar, em uma roda de conversa, o resultado das entrevistas, estabelecendo semelhanças e diferenças entre as observações.
- Conversar sobre a preservação dos rios observados e pensar em ações que podem ser feitas para melhorar as condições no local. É preciso conhecer o lugar de viver para que as práticas realizadas nele sejam valorizadas ou repensadas. Nesse sentido, a entrevista e a visita a diferentes lugares incentivam os alunos a mudar hábitos diários da família, como reduzir o consumo e o desperdício de água em casa.
- Acompanhar a produção dos alunos na apresentação do trabalho em grupo.
Boxe complementar
Tema Contemporâneo Transversal: Educação ambiental
Observar e buscar informações sobre os rios do lugar de viver possibilita aos alunos refletir sobre a importância da sua conservação e de seus usos sustentáveis. Se possível, orientar os alunos para uma produção de texto sobre a importância da conservação e do uso sustentável do rio de seu lugar de vivência. Havendo possibilidade, esse texto deverá ser produzido após pesquisa nos meios digitais. Pode-se fazer um blog ou painel digital para expor a compilação dos diferentes textos produzidos pelos alunos.
Fim do complemento.
A importância das entrevistas
[...] As entrevistas associadas às observações vão permitindo número cada vez maior de nexos que contribuem para o conhecimento da realidade de determinado espaço. Elas ampliam o adentramento na vida da cidade ou da vila por meio da fala dos moradores e dos trabalhadores do local. Contar significa retomar fatos, acontecimentos, relembrar detalhes, comportamentos e também oferece a oportunidade de pensarmos quem somos e como somos. Nas entrevistas, a memória é retomada, nossas lembranças, imagens, representações de mundo são compartilhadas com o outro e, por vezes, pontos obscuros de nossa trajetória de vida são aclarados.
FONTE: PONTUSCHKA, Nídia N.; PAGANELLI, Tomoko I.; CACETE, Núria H. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. p. 183.
MP102
As paisagens e a vegetação
A vegetação é um importante elemento da paisagem. Muitas plantas são consideradas nativas, isto é, nascem e se desenvolvem naturalmente em determinados locais. Outras não são nativas, ou seja, foram trazidas de outras localidades e cultivadas pelas pessoas.
Vamos conhecer os principais tipos de formações vegetais nativas do Brasil e alguns animais que vivem nelas?
1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
A Floresta Amazônica é densa, com árvores altas e próximas umas das outras. A castanheira, a seringueira, o mogno e a sumaúma são algumas espécies vegetais da Floresta Amazônica. Muitos animais vivem nessas árvores, incluindo diversos tipos de macaco e pássaros, como tucanos e pica-paus.
LEGENDA: Vista da Floresta Amazônica no município de Apuí, no estado do Amazonas, em 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Uacari-vermelho. FIM DA LEGENDA.
A Mata Atlântica é uma floresta densa e uma das principais vegetações nativas das áreas próximas do litoral do Brasil. Essa formação vegetal foi muito devastada ao longo dos anos, principalmente pela expansão de cidades e indústrias e pela prática da agricultura e da pecuária na região. Os ipês e a peroba são espécies vegetais comuns nessa floresta. Muitos animais vivem nessa mata, como a jaguatirica.
LEGENDA: Trecho de Mata Atlântica, no município de Cunha, no estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Jaguatirica. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
- Solicitar aos alunos que leiam os textos em voz alta, avaliando a fluência em leitura oral.
- Identificar os alunos que apresentam mais dificuldades e solicitar a releitura de um trecho menor, com o objetivo de aprimorar a fluência leitora.
- Comentar a diferença entre plantas nativas que nascem e se desenvolvem naturalmente em uma localidade e plantas trazidas de outras localidades, que se adaptam às novas condições naturais, também conhecidas como exóticas.
- Realizar a leitura das fotografias e dos textos, chamando a atenção para as legendas das fotografias da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica.
- Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre as características dessas paisagens e desses animais, anotando em um quadro as principais observações dos alunos sobre a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Esse quadro poderá ser deixado à mostra para ser completado ao longo do desenvolvimento das atividades sobre as vegetações brasileiras, sendo corrigido e ampliado por você e pelos alunos. Os conhecimentos desenvolvidos por meio da observação das paisagens naturais e antrópicas permitem aos alunos refletir sobre a importância dos cuidados com a conservação dessas paisagens.
- Compartilhar, caso haja possibilidade, o site do IBGE, onde se pode encontrar informações, sugestões de brincadeiras e outros dados referentes aos conhecimentos que estão sendo trabalhados. Disponível em:
http://fdnc.io/fqg. Acesso em: 17
jun.
2021.
Potencialidades paisagísticas brasileiras
Todos os que se iniciam no conhecimento das ciências da natureza – mais cedo ou mais tarde, por um caminho ou por outro – atingem a ideia de que a paisagem é sempre uma herança. Na verdade, ela é uma herança em todo o sentido da palavra: herança dos processos fisiográficos e biológicos, e patrimônio coletivo dos povos que historicamente as herdaram como território de atuação de suas comunidades.
Num primeiro nível de abordagem, poder-se-ia dizer que as paisagens têm sempre o caráter de heranças de processos de atuação antiga, remodelados e modificados por processos de atuação recente. [...]
MP103
A Mata dos Pinhais, também denominada Mata das Araucárias, é um tipo de vegetação nativa que ocorre em locais de altas altitudes. Nesse tipo de formação vegetal, as árvores ficam distantes umas das outras e, entre suas principais espécies, destaca-se o pinheiro-do-paraná, ou araucária, que produz o pinhão usado como alimento por animais e pessoas. A gralha-azul é uma ave nativa da Região Sul do Brasil e é muito encontrada na Mata dos Pinhais.
LEGENDA: Trecho da Mata dos Pinhais no Parque Barreirinha, no município de Curitiba, no estado do Paraná, em 2017. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Gralha-azul. FIM DA LEGENDA.
No Cerrado, há grande quantidade de vegetação rasteira (gramíneas), arbustos e árvores baixas com galhos retorcidos. Algumas importantes espécies vegetais são a aroeira e o pequizeiro. O veado-campeiro é um dos animais que vivem no Cerrado.
LEGENDA: Vista de área de Cerrado no Parque Nacional das Emas, no município de Mineiros, no estado de Goiás, em 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Veado-campeiro. FIM DA LEGENDA.
Na Caatinga predominam árvores de pequeno porte e plantas adaptadas às condições de alta temperatura e pouca chuva, como os cactos. Facheiro, xique-xique, palma e mandacaru são exemplos de cactos que crescem na Caatinga. O gavião carcará é muito encontrado nessa formação vegetal.
LEGENDA: Trecho de Caatinga, no município de Afrânio, no estado de Pernambuco, em 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Gavião carcará. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
[...] é indispensável ressaltar que as nações herdam fatias – maiores ou menores – daqueles mesmos conjuntos paisagísticos de longa e complicada elaboração fisiográfica e ecológica. Mais do que simples espaços territoriais, os povos herdam paisagens e ecologias, pelas quais certamente são responsáveis, ou deveriam ser responsáveis. Desde os mais altos escalões do governo e da administração até o mais simples cidadão, todos têm uma parcela de responsabilidade permanente, no sentido da utilização não predatória dessa herança única que é a paisagem terrestre. Para tanto, há que se conhecer melhor as limitações de uso específicas de cada tipo de espaço e de paisagem. Há que procurar obter indicações mais racionais, para preservação do equilíbrio fisiográfico e ecológico. [...]
FONTE: AB’SABER, Aziz. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. p. 9-10.
- Organizar os alunos em grupos para fazer a leitura das fotografias e dos textos.
- Sugerir que com as informações adquiridas completem o quadro que estava sendo construído com as informações da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica.
- Comentar com os alunos que a Mata dos Pinhais ou a Mata das Araucárias ocupa áreas mais frias e de altitudes acima de 1.000 metros. A intensa exploração da madeira restringiu sua área de aparecimento.
- Organizar os alunos em grupos e sugerir que cada grupo aproveite as informações levantadas para uma produção de escrita. Orientá-los no desenvolvimento de um texto com o título: Principais formações vegetais brasileiras.
- Avaliar se os alunos escreveram corretamente as palavras e se produziram um texto adequado em relação ao que foi proposto.
Boxe complementar:
De olho nas competências
As atividades desenvolvidas ao exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação e a reflexão, a análise crítica para formular e resolver problemas, a partir de conhecimentos sobre as mudanças das paisagens naturais e antrópicas, aproximam os alunos da competência geral 2. Além disso, ao construir argumentos com base em informações geográficas, que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade, a competência específica de Geografia 6 é atendida.
Fim do complemento.
MP104
2. Leia as frases abaixo e descubra a qual formação vegetal cada uma se refere. Se necessário, leia novamente os textos das páginas anteriores.
A. Árvores bem altas e próximas umas das outras. Castanheiras e sumaúmas são espécies características.
B. Árvores de pequeno porte e plantas adaptadas às condições de altas temperaturas e poucas chuvas.
C. O pinheiro-do-paraná é uma espécie nativa. A gralha-azul habita essa formação vegetal.
D. Floresta com grande variedade de espécies vegetais, localizada principalmente em áreas próximas ao litoral do Brasil.
E. Apresenta vegetação com troncos e galhos retorcidos. Ali, vive o veado-campeiro.
A. _____
PROFESSOR
Resposta: Floresta Amazônica.B. _____
PROFESSOR
Resposta: Caatinga.C. _____
PROFESSOR
Resposta: Mata dos Pinhais.D. _____
PROFESSOR
Resposta: Mata Atlântica.E. _____
PROFESSOR
Resposta: Cerrado.
3. Vocês conheceram diferentes formações vegetais nativas do nosso país. Qual delas mais chamou a sua atenção? Por quê? Comente com os colegas e o professor.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
- Retomar com os alunos o quadro criado nas páginas anteriores, antes do desenvolvimento das atividades desta página.
- Solicitar aos alunos que leiam silenciosamente os textos.
- Orientar que respondam à atividade 2 e socializem as respostas.
- Realizar uma roda de conversa sobre o que chamou atenção a respeito das diferentes formações vegetais nativas do nosso país.
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15. Vida terrestre
Conversar com os alunos sobre o ODS 15, que visa proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerindo de forma sustentável as florestas e almejando conservar a biodiversidade do planeta. Vale organizar uma campanha de conscientização sobre a preservação da vegetação nativa.
Solicitar aos alunos que criem cartazes informativos com os dados da pesquisa sobre a vegetação nativa do lugar de viver e sugestões para sua preservação. Esses cartazes também poderão ser feitos por meios digitais, caso haja essa possibilidade, para que possam ser veiculados no site ou nas redes sociais da escola.
Para leitura dos alunos
Árvores do Brasil: cada poema no seu galho, de Lalau e Laurabeatriz. Peirópolis.
Quando as árvores “respiram”, nos dão oxigênio. Quando elas crescem, nos dão sombra. Quando frutificam, nos dão comida. A proposta é trazer um poema para cada uma das árvores mais importantes da flora brasileira. Cada poema é acompanhado de um bicho que depende das árvores para sobreviver, conseguir abrigo, frutas e folhas.
MP105
Boxe complementar:
Investigue
O desmatamento tem sido praticado no Brasil há muito tempo, e extensas áreas de vegetação nativa já foram destruídas. É possível que grande parte da vegetação nativa da localidade onde você vive já tenha sido retirada.
Você sabe qual é a vegetação nativa do lugar onde você vive? Sabe se ainda existe essa vegetação?
- Procurem em jornais, revistas ou na internet o nome do principal tipo de vegetação nativa do lugar onde vocês vivem. Investiguem as principais características desse tipo de vegetação.
- Escreva um texto sobre as suas descobertas, não esquecendo de dar um título a ele.
_____
PROFESSOR
Resposta: Nos textos, é importante que os alunos identifiquem corretamente o nome da vegetação nativa e algumas características de suas plantas. A relação entre o tipo de formação vegetal e o clima também é uma informação muito relevante.
- Leia o texto em voz alta para a classe e ouça o texto dos colegas. Ao final,
conversem
sobre suas descobertas.
PROFESSOR
Resposta: Incentivar a leitura dos textos pelos alunos e conversar com eles sobre as semelhanças e possíveis diferenças entre as informações pesquisadas.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Investigue
- Sugerir aos alunos, como tarefa de casa, que conversem com adultos de sua convivência e procurem informações a respeito da vegetação nativa do lugar de vivência, verificando se há parques urbanos ou áreas de preservação.
- Orientar os alunos para a produção do texto, sugerindo que pesquisem sobre a vegetação nativa e suas características em jornais, em revistas disponibilizadas em meios digitais e na prefeitura do município.
- Orientar os alunos a consultar outros sites como:
- Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://fdnc.io/ec2.
- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Disponível em: http://fdnc.io/fqh.
- Árvores do Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/fqi. Acessos em: 17 jun. 2021.
- A atividade proposta permite o desenvolvimento de uma produção de escrita.
- Verificar se os alunos ampliaram seu vocabulário e se deram um título coerente ao texto que produziram.
- Socializar com os demais alunos os resultados das informações obtidas. Durante esse processo, chamar a atenção para os efeitos negativos da remoção da vegetação nativa. Solicitar a eles que levantem hipóteses sobre estratégias de recuperação das áreas verdes de seu lugar de viver.
Boxe complementar:
De olho nas competências
As atividades relativas às principais formações vegetais brasileiras e à vegetação nativa, suas características e à necessidade de conservação aproximam os alunos da competência geral 7, da competência específica de Ciências Humanas 6 e de Geografia 6, ao possibilitar a argumentação com base em fatos, dados e informações, para formular e defender a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade. Também se relacionam às mudanças das paisagens, se aproximando da competência geral 2, ao exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, e às competências específicas de Ciências Humanas 3 e 5, ao identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, e ao se comparar eventos ocorridos no mesmo espaço em diferentes tempos.
Fim do complemento.
MP106
CAPÍTULO 6. Cultura e patrimônio
Ao longo do tempo, os grupos sociais podem criar diferentes formas de expressão cultural relacionadas ao seu modo de vida, como as citadas no texto.
Cultura material
Chama-se cultura tudo o que é feito pelos homens [e mulheres], ou resulta do trabalho deles e de seus pensamentos. Por exemplo, uma cadeira está na cara que é cultural porque foi feita por alguém. [...]
Uma casa qualquer, ainda que material, é claramente um produto cultural, porque é feita pelos homens [e mulheres]. A mesma coisa se pode dizer de um prato de sopa, de um picolé ou de um diário. Mas estas são coisas de cultura material, que se pode ver, medir, pesar.
FONTE: Darcy Ribeiro. Noções de coisas. São Paulo: FTD, 2000. p. 34.
1. Circule as imagens que representam exemplos de cultura material.
LEGENDA: Pá. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Mesa FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Onça-pintada FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Talheres FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Árvores FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Computador FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Tênis FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta: Pá, mesa, talheres, computador, tênis.
2. Por que os elementos que você circulou são exemplos de cultura material?
PROFESSOR
Resposta: Porque correspondem a objetos feitos pelos seres humanos.MANUAL DO PROFESSOR
- Explorar com os alunos a leitura do texto, identificando com eles:
- quem produz cultura;
- os exemplos de cultura citados;
- as características da cultura material.
- Orientar a observação e a interpretação das imagens. Em seguida, explorar com os alunos quais das imagens representam exemplos de cultura material e quais não representam.
O capítulo 6 permite explorar com os alunos os conceitos de cultura e patrimônio histórico, aplicando-os no lugar de viver.
A BNCC no capítulo 6
Unidade temática: As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município.
Objeto de conhecimento: Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que se vive.
Habilidade: ( EF03HI04) Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.
MP107
Um exemplo de cultura material são as diferentes moradias produzidas pelos seres humanos, como as descritas no texto.
Casas
Grande ou pequena, feita de barro, madeira ou tijolo, com vários quartos ou um cômodo apenas – como é a sua casa? Todas as pessoas que você conhece moram de maneira parecida? Será que seus avós ou bisavós, quando crianças, tinham uma casa semelhante à sua? E os nossos personagens favoritos de desenho animado, você saberia responder depressa como vivem?
FONTE: Maria Alice Rezende de Carvalho. A evolução das casas. Revista Ciência Hoje das Crianças, ano 24, n. 224, p. 2.
3. Escreva o principal material com o qual foi construída cada casa retratada nas fotografias.
barro
madeira
tijolo
LEGENDA: Moradia no município de Monte Belo do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, em 2020. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta: madeiraLEGENDA: Moradia no município de Salto do Jacuí, no estado do Rio Grande do Sul, em 2017. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta: barroLEGENDA: Moradia no município de Cambé, no estado do Paraná, em 2018. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta: tijolo4. Escolha uma personagem de desenho animado e faça o que se pede.
- Escreva o nome da personagem:
_____
Resposta pessoal.
- Como é a casa onde ela mora?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Resposta variável, pois depende do personagem escolhido.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade complementar
Se julgar pertinente, propor aos alunos que tragam para a classe um brinquedo, um utensílio doméstico ou outro objeto que possa ser considerado cultura material. Solicitar que criem, em uma folha avulsa, uma ficha sobre o objeto: nome; data aproximada da fabricação; para que é utilizado; por que pode ser considerado um exemplo de cultura material.
No dia combinado, orientar os alunos a fazerem uma exposição dos objetivos com as respectivas fichas. Se considerar pertinente, convidar colegas de outras classes para conhecer a exposição.
Para complementar
- Listar com os alunos as personagens de desenho animado que eles conhecem e que vivem em algum tipo de casa. Deixar que cada aluno escolha a personagem que prefere e descreva livremente a casa. Socializar as respostas individuais.
Boxe complementar
Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural
As atividades propostas permitem explorar a diversidade de formas de construir moradias, apontando para a questão da diversidade cultural. Explorar com os alunos os tipos de moradias existentes na localidade em que vivem.
Fim do complemento.
O que é cultura?
Cultura é todo complexo de conhecimentos e toda habilidade humana empregada socialmente. [...] Para haver cultura é preciso antes que exista também uma consciência coletiva que, a partir da vida cotidiana, elabore os planos para o futuro da comunidade. Tal definição dá à cultura um significado muito próximo do ato de educar. [...] Nessa perspectiva, cultura seria aquilo que um povo ensina aos seus descendentes para garantir a sobrevivência. A definição de cultura como o conjunto das realizações humanas, materiais ou imateriais leva-nos a caracterizá-la como um fundamento básico da História, que por sua vez pode ser definida como o estudo das realizações humanas ao longo do tempo.
FONTE: SILVA, Kalina V.; SILVA, Maciel H. Cultura. In: Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. p. 85-87.
MP108
Cultura imaterial
Além da cultura material, existe também a chamada cultura imaterial.
1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
Cultura imaterial
Há, também, para complicar, as coisas da cultura imaterial [...]. A fala, por exemplo, que se revela quando a gente conversa, e que existe independentemente de qualquer boca falante, é criação cultural. [...]
Além da fala, temos as crenças, as artes, que são criações culturais, porque inventadas pelos homens [e mulheres] e transmitidas uns aos outros através de gerações.
FONTE: Darcy Ribeiro. Noções de coisas. São Paulo: FTD, 2000. p. 34.
LEGENDA: Apresentação de grupo de samba de coco, no município do Recife, no estado de Pernambuco, em 2018. FIM DA LEGENDA.
2. Escreva os exemplos de cultura imaterial citados no texto.
- _____
PROFESSOR
Resposta: Fala, crenças e artes.Boxe complementar:
Você sabia?
O samba de coco é uma manifestação cultural de origem nordestina. Os versos cantados são acompanhados de palmas e instrumentos musicais, como a zabumba, o triângulo e o pandeiro.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a leitura compartilhada do texto Cultura imaterial e socializar as interpretações.
- Verificar se os alunos compreenderam o que é cultura imaterial, destacando que a fala, as crenças e as artes a integram.
- Observar coletivamente a imagem, explorando com os alunos o local em que a cena se passa, as personagens que aparecem, suas vestimentas e suas ações.
- Questionar por que a prática retratada na imagem representa um exemplo de cultura imaterial.
- Encaminhar o desenvolvimento da atividade com os exemplos de cultura imaterial citados no texto.
Brincadeiras e cultura imaterial
Por meio das brincadeiras são recuperados os modos de vida, hábitos, costumes, tradições, experiências, histórias e principalmente, a cultura de um povo, de uma sociedade e de uma nação. A noção de patrimônio dentro do aspecto cultural passou a valorizar os sujeitos históricos nas suas diferentes culturas em todos os aspectos. O termo cultura tornou-se polissêmico, para Edward Thompson (1998), com essa visão, cultura se torna um conceito em que todas as classes são portadoras e produtoras, como os modos de vida na sua totalidade. [...] Conforme Menezes (2009), a noção de imaterialidade liga-se ao conceito antropológico de cultura, algo de uma dinâmica complexa, posto que vinculado ao processo das relações sociais e simbólicas. Nesta questão, estaria incluída a presença dos brinquedos e brincadeiras na sociedade.
MP109
Outro exemplo de cultura imaterial são as cantigas de roda. Elas são um tipo de canção popular, geralmente de autoria desconhecida, utilizadas em brincadeiras de roda, e que são passadas de geração em geração.
3. Quando solicitado, leia em voz alta a letra da cantiga.
Ciranda, cirandinha
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia-volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso, [nome de uma criança]
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora.
FONTE: Da tradição popular.
4. O professor vai dividir a turma em grupos para brincar de roda.
- Cada grupo vai fazer uma roda, dando as mãos.
- Depois, as pessoas de cada grupo vão girar para a direita ou para a esquerda, cantando a canção Ciranda, cirandinha.
- A cada volta, uma criança será escolhida para entrar no centro da roda e dizer um verso.
- A brincadeira acaba quando todas as crianças tiverem sido escolhidas.
5. Leia em voz alta a letra da cantiga para um adulto de sua convivência.
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar os alunos a lerem em casa a letra da cantiga entoando a música ou não (cada um pode fazer da forma que preferir). Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
As brincadeiras tradicionais trazem em sua bagagem cultural suas técnicas e regras, que são transmitidas e expressadas pela oralidade e por gestos. Conforme Friedmanm (1992), seus criadores são anônimos e essas brincadeiras estão sempre em transformação, incorporando novos elementos. Com essa visão, as brincadeiras infantis são produções culturais de grupos portadores de tradições e costumes, portanto, fazem parte do patrimônio cultural imaterial. [...] Quando se refere à preservação dos bens culturais, em especial das brincadeiras, torna-se indispensável considerar a articulação entre patrimônio cultural e memória. Pois conforme o Iphan, a identificação da cultura imaterial se dá “a partir de sua relevância para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira”.
FONTE: SILVA, Eduardo R. Vamos Brincar de Preservar? As Brincadeiras Infantis como Patrimônio Imaterial. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH, jul. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/fqj. Acesso em: 18 jun. 2021.
- Orientar a leitura da cantiga em voz alta, que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral, essencial para o processo de alfabetização.
- Orientar os alunos sobre as características das cantigas de roda: canção popular; geralmente de autoria desconhecida; transmitidas de geração a geração; acompanham brincadeiras de roda.
- Realizar a leitura compartilhada da letra da cantiga Ciranda, cirandinha, identificando com os alunos as personagens e as etapas da cantiga.
- Orientar a divisão da turma em grupos heterogêneos para brincar. Em seguida, circular pelos grupos orientando-os sobre as regras da brincadeira.
Atividade complementar
Propor aos alunos uma pesquisa sobre outras brincadeiras infantis. Divida a turma em grupos e cada grupo vai pesquisar uma brincadeira: passa-anel, pega-pega, esconde-esconde, corre-cutia. O grupo deve pesquisar as regras da brincadeira e, no dia combinado, contar aos colegas. Organizar um dia para que os alunos possam ir para o pátio ou quadra esportiva colocar em prática as brincadeiras pesquisadas.
MP110
Patrimônios culturais
As produções culturais consideradas significativas para as pessoas de determinada localidade podem ser classificadas como patrimônio cultural.
Patrimônio
Patrimônio é tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar: são os monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os folguedos e as comidas, os saberes, fazeres e falares.
FONTE: Patrimônio cultural: o que é? Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas. Disponível em: http://fdnc.io/ckx. Acesso em: 25 mar. 2021.
LEGENDA: Apresentação do Boi Garantido durante o Festival Folclórico de Parintins, no estado do Amazonas, em 2019. FIM DA LEGENDA.
1. Grife no texto os exemplos de bens que podem ser declarados patrimônio.
2. Escolha um dos exemplos de patrimônio grifados no texto. No espaço abaixo, cole uma imagem ou faça um desenho para representar esse patrimônio. Depois, faça uma legenda com o nome do patrimônio.
PROFESSOR
Atenção professor: Retomar com os alunos os exemplos citados e a forma de representá-los. Eles podem escolher representar um monumento, uma obra de arte, uma festa, uma música, uma dança, um folguedo ou um alimento que conhecem. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a leitura e a compreensão do texto, de modo que os alunos identifiquem as seguintes informações.
- Patrimônio é tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar.
- Alguns exemplos de patrimônio são: monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os folguedos e as comidas, os saberes, fazeres e falares.
- Se julgar pertinente, solicitar que os alunos façam a leitura do texto em voz alta, desenvolvendo a fluência em leitura oral.
Para leitura dos alunos
Atlas infantil da cultura do Brasil, de Gustavo Mendes. Pé da Letra.
A obra apresenta várias informações sobre unidades da federação do Brasil. Além de dados básicos como região, população e capital, cada mapa também é um passeio pela história e pelas tradições populares que você precisa conhecer.
Participação popular e preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro
O Patrimônio Cultural é uma importante chave política e social de reconhecimento e proteção de elementos culturais das diversas formas de existir que constituem cada canto do Brasil e que dizem respeito às suas memórias e vínculos de identidade.
[...] Antes do reconhecimento estatal, é fundamental que as comunidades e os grupos sociais consigam olhar para si e descobrir quais referências, práticas, símbolos, rituais, ícones e relações culturais os definem como um grupo social diferente de outros.
Olhar para si, sob essa perspectiva, significa também olhar para o outro, olhar para fora, reconhecer as diferenças socioculturais, compreender que é possível viver de formas distintas e conviver.
MP111
Um tipo de patrimônio que pode estar presente nas localidades é o patrimônio histórico.
Patrimônio histórico
[...] é um bem cultural que simboliza a formação de um povo e carrega testemunhos de sua história. [...] arquivos históricos, jardins, parques, praças e artefatos de época podem ser considerados patrimônios históricos por sua importância como documentos de uma época.
FONTE: Paula Takada, Janaina Castro, Paula Nadal e Denise Pellegrini. É hora de valorizar nosso patrimônio cultural. Revista Nova Escola, 1º ago. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/e1i. Acesso em: 25 mar. 2021.
3. Localize e retire do texto informações para responder às questões.
- Segundo o texto, qual é a importância do patrimônio histórico?
_____
PROFESSOR
Resposta: O patrimônio histórico simboliza a formação de um povo e guarda testemunhos da história desse povo; são documentos de uma época.
- Quais exemplos de patrimônio histórico foram citados no texto?
_____
PROFESSOR
Resposta: Arquivos históricos, jardins, parques, praças e artefatos.4. Retome no texto a palavra artefatos e leia a explicação do glossário. Para incorporar essa palavra ao seu vocabulário, escreva uma frase com o termo artefato ou artefatos.
____
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar os alunos na localização do glossário, que fica abaixo do texto, e na confecção da frase, socializando as respostas individuais. Fim da observação.
LEGENDA: O centro histórico da cidade de Goiás, no estado de Goiás, é considerado patrimônio histórico mundial. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Ao tratar da valorização e proteção daquilo que é culturalmente significativo para cada grupo social e comunidade, o conceito de patrimônio cultural traz para a educação uma oportunidade transdisciplinar capaz de gerar pontes entre o mundo escolar e seu entorno.
Identificar as referências culturais e compreendê-las no espaço e no tempo pode ser um exercício coletivo que altera a visão e o entendimento sobre seu lugar e sua comunidade, fortalecendo assim os vínculos de identidade e pertencimento e estimulando a memória coletiva.
FONTE: SILVIERO, Fernando. Patrimônio cultural: para reconhecer e valorizar. Carta educação, 31 ago. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/e1k. Acesso em: 18 jun. 2021.
- Realizar a leitura compartilhada do texto Patrimônio histórico, identificando com os alunos: o que é patrimônio histórico; alguns exemplos de patrimônio histórico; por que esses elementos podem ser considerados parte do patrimônio histórico.
- Orientar a observação da imagem apresentada na página, explorando os elementos que a compõem: o calçamento de pedras, os tipos de construção, os elementos que indicam que as construções são de outro tempo, permitindo aos alunos comparar o tempo presente e o tempo passado e levantar outras informações sobre o tema do patrimônio.
- Solicitar aos alunos que retomem, no glossário, o significado do termo artefato. Em seguida, solicitar que criem uma frase utilizando essa palavra. Tais atividades permitem ao aluno ampliar o vocabulário, fundamental no processo de alfabetização.
MP112
Preservação do patrimônio
Os bens declarados como patrimônio podem estar em diversas situações, pois dependem da ação dos governantes e da sociedade.
1. Leia o texto.
Ponte dos Boiadeiros
Uma ponte caiu na tarde desta segunda-feira (31) em Três Corações (MG). A Ponte dos Boiadeiros, inaugurada em 1924, era considerada patrimônio histórico do município. Ela foi criada para que as boiadas passassem, evitando que fossem por dentro da cidade. [...]
“Esse é o nosso patrimônio mais antigo, iria completar cem anos daqui há quatro anos. Uma história que deveria ser preservada [...]”, lamentou o artista plástico Fernando Ortiz.
FONTE: Ponte tombada pelo patrimônio histórico desaba em Três Corações, MG. G1, 1º set. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fqk. Acesso em: 14 jun. 2021.
LEGENDA: Ponte dos Boiadeiros desabada no município de Três Corações, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.
- Sublinhe no texto conforme a legenda.
Nome do patrimônio.
PROFESSOR
Resposta: Ponte dos Boiadeiros.Local onde estava.
PROFESSOR
Resposta: Três Corações (MG).Sua função original.
PROFESSOR
Resposta: Foi criada para que as boiadas passassem.O que aconteceu com o patrimônio.
PROFESSOR
Resposta: A ponte caiu.
- Por que o artista plástico entrevistado lamentou o acontecimento?
PROFESSOR
Resposta: Porque a ponte era o patrimônio mais antigo da cidade e deveria ser preservado.2. Reconte para um adulto de sua convivência a história da Ponte dos Boiadeiros.
PROFESSOR
Resposta: Em sala, orientar os alunos a utilizarem o registro feito no item a) da atividade 1 para recontarem a história da Ponte dos Boiadeiros.
MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a leitura e a compreensão do texto, em que os alunos devem identificar: o nome da ponte e o motivo pelo qual ela recebia esse nome; por que foi declarada patrimônio municipal; o que aconteceu; por que foi uma grande perda.
- Orientar os alunos na retomada das informações do texto para que possam, em casa, realizar a atividade de reconto da história para um adulto.
Mário de Andrade e a valorização da cultura popular
Se [...] a reflexão e a consequente ação sobre o patrimônio cultural imaterial do Brasil tivessem um santo padroeiro, esse santo seria Mário de Andrade. [...] Já nos anos 20 e 30, enveredava pelos mais distintos rincões do país em busca de manifestações culturais que marcassem o jeito de ser, de agir, e de se comportar do povo brasileiro.
“Além das crônicas de O Turista Aprendiz, a viagem ao Nordeste terá outros resultados também bastante significativos. Mário reunirá fartíssimo material de pesquisa sobre danças dramáticas, melodias do boi, música de feitiçaria, religiosidade popular, crenças e superstições, e poesia popular. No decorrer de sua vida irá aproveitando vários elementos dessas pesquisas em artigos, ensaios e conferências.
MP113
As criações culturais imateriais consideradas patrimônio de determinado local também podem estar preservadas ou não.
Diversas origens
As “Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Antiga Pelotas”, no Rio Grande do Sul, foram declaradas nesta terça-feira (15) patrimônio imaterial do Brasil [...]. Dentre os doces, divididos entre finos e coloniais, estão a marmelada, o quindim, a pessegada, o camafeu e o figo em calda. [...]
De origem majoritariamente portuguesa, os doces também têm influência da imigração de africanos, alemães, franceses e espanhóis.
FONTE: Doces de Pelotas (RS) são declarados patrimônio imaterial brasileiro. Gazeta do Povo, 16 maio 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fqn. Acesso em: 14 jun. 2021.
3. Localize e retire do texto informações para responder às questões.
- O que foi declarado patrimônio imaterial do Brasil?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: As Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Antiga Pelotas.
- Que grupos influenciaram os doces da região de Pelotas e Antiga Pelotas?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Portugueses, africanos, alemães, franceses e espanhóis.
- Qual das fotografias abaixo não representa um doce tradicional da região? Marque com um
X.
PROFESSOR
Resposta: Cocada.
LEGENDA: Camafeu. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Cocada. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Quindim. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Figo em calda. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Entretanto, grande parte da documentação recolhida permanecerá inédita durante muito tempo, pois o autor pretendia divulgá-la numa obra de fôlego sobre música e cultura popular, que receberia o nome de Na Pancada do Ganzá .”
[...] Em 1936 [...] Mário de Andrade afirmava que o patrimônio cultural da nação compreendia muitos outros bens além de monumentos e obras de artes.
FONTE: IPHAN; MINISTÉRIO DA CULTURA. Os sambas, as rodas, os bumbas, os meus e os bois: princípios, ações e resultados da política de salvaguarda do patrimônio cultural e imaterial no Brasil (2003-2010). Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), p. 11. Disponível em: http://fdnc.io/fqm. Acesso em: 20 jun. 2018.
- Retomar com os alunos a noção de produção cultural material e imaterial, solicitando que citem exemplos.
- Conversar com eles sobre a importância da participação dos diferentes grupos sociais presentes no lugar onde vivem nas discussões sobre quais elementos culturais da comunidade devem ser eleitos patrimônios e que motivos justificam essa eleição. Anotar na lousa as opiniões dos alunos para serem retomadas posteriormente.
- Orientar a atividade em que os alunos devem localizar e retirar do texto informações para responder às atividades, realizando a compreensão de texto.
MP114
Explorar fonte histórica material
A forma de calçamento das ruas também pode ser considerada patrimônio histórico, como descrito no texto a seguir.
As ruas com pedras brutas
As ruas de nossas cidades antigamente eram calçadas com pedras brutas. [...]
O calçamento era necessário para evitar que as tropas , com suas carroças, mulas e cavalos abarrotadas de ouro, diamantes, café e gêneros alimentícios, atolassem em dias de chuva ou levantassem poeira, em dias de estiagem, o que incomodava os moradores dos casarões e pedestres.
FONTE: Por que as ruas calçadas com pedra são chamadas de “pé de moleque” . TV Minas, 14 maio 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fqo. Acesso em: 25 mar. 2021. (Título adaptado)
LEGENDA: Calçamento de rua com pedras no município de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, em 2019. FIM DA LEGENDA.
- Localize e retire do texto informações para responder às perguntas.
- Qual material foi usado no calçamento da rua retratada na fotografia?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Pedras brutas.
- Por que as ruas eram calçadas com esse material?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Para evitar que as tropas transportando ouro e mantimentos por meio de carroças, mulas e cavalos atolassem em dias de chuva ou levantassem poeira em dias de estiagem.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Fonte histórica material
As atividades propostas permitem explorar as mudanças no calçamento das ruas, uma fonte histórica material.
Fim do complemento.
- Realizar a leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos: as condições das ruas brasileiras há cerca de trezentos anos; os problemas que essas condições causavam aos moradores; que tipo de calçamento começou a ser introduzido em algumas ruas de cidades brasileiras nessa época.
- Solicitar aos alunos que retomem, no glossário, o significado do termo tropa. Em seguida, solicitar que eles criem uma frase usando a palavra tropa. Estas atividades contribuem para o trabalho com a expansão do vocabulário, essencial para o
processo
de alfabetização.
Calçamento e patrimônio histórico
As Vilas do período colonial brasileiro desde sua origem tinham como ruas os antigos caminhos lamacentos durante o período chuvoso ou poeirento no período da seca, pois eram em sua maioria em terra batida pelo próprio trânsito de pedestres e animais. [...]
É a partir de meados do século XVIII, após 1760 até os fins do século XVIII, que o senado das Câmaras das vilas mineiras começa a se preocupar em pavimentar as ruas principais do núcleo urbano. Todas elas vão ter o mesmo tipo de calçamento em pedras miúdas e arredondadas conhecidas como [...] pé de moleque, pela semelhança que têm com o doce de amendoim do mesmo nome. As pedras vinham de pedreiras próximas às vilas e muitas vezes do fundo de rios, pois eram mais lisas e uniformes.
MP115
Há cerca de cento e cinquenta anos, algumas ruas de cidades brasileiras foram calçadas com blocos de pedra com seis faces chamados paralelepípedos. Conheça a seguir o caso do município de São José do Rio Pardo, no estado de São Paulo.
- Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
Ruas de paralelepípedos
Uma lei proíbe que essas ruas [de paralelepípedos] sejam pavimentadas, mas alguns moradores gostariam que as ruas recebessem asfalto [...].
“Eu sou completamente a favor, tem que pavimentar porque é muita buraqueira. Logo o carro está todo arrebentado”, disse o comerciante Ceir [...].
“[...] Pelo nosso patrimônio histórico eu sou contra a pavimentação. Deveria ser consertado de uma maneira que fosse preservada a história da cidade”, destacou [...]Leopoldo [...].
FONTE: Projeto de lei para pavimentar ruas com paralelepípedos gera polêmica em São José do Rio Pardo. G1, 6 nov. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/e1n. Acesso em: 25 mar. 2021.
LEGENDA: Rua de paralelepípedos no município de São José do Rio Pardo, no estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.
- Sobre o texto, responda às questões a seguir.
- Qual é o argumento do entrevistado favorável à pavimentação com asfalto?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: O entrevistado argumenta que é preciso resolver o problema dos buracos, que arrebentam os carros.
- E qual argumento é usado pelo entrevistado contrário a essa pavimentação?
- _____
PROFESSOR
Resposta: O entrevistado argumenta que é importante manter os paralelepípedos, pois eles fazem parte do patrimônio e da história da cidade.MANUAL DO PROFESSOR
Os desenhos dos calçamentos tinham uma espinha central que funcionava como canaleta de escoamento da água pluvial ao centro, pois ambos os lados se inclinavam para o meio, assim protegendo as paredes das casas de umidade.
[...] Quase todos os calçamentos se perderam nas nossas cidades coloniais mineiras. Ouro Preto, como capital da província e depois do estado, teve a maior parte substituída por paralelepípedos, no final do século XIX, numa tentativa de modernizar a cidade, para não perder o status de capital. Alguns poucos pedaços do antigo calçamento restaram à volta do museu da Inconfidência [...].
FONTE: SANTOS FILHO, Olinto R. dos. Calçamento das ruas de Tiradentes: notas históricas. Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes, 12 abr. 2013. Disponível em: http://fdnc.io/fqp. Acesso em: 18 jun. 2021.
- Realizar a leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos o tipo de calçamento mais comum nas ruas das cidades brasileiras atualmente.
- Em seguida, orientar a leitura coletiva do texto Ruas de paralelepípedos, identificando com os alunos: o tipo de calçamento de algumas ruas de São José do Rio Pardo; os argumentos favoráveis à pavimentação das ruas e os argumentos contrários.
- Orientar individualmente a realização da atividade proposta, incentivando os alunos a socializar suas respostas com os colegas.
Boxe complementar
Tema Contemporâneo Transversal: Educação em Direitos Humanos
Este é um bom momento para trabalhar com os alunos um direito humano fundamental: o direito à preservação do patrimônio cultural. Nesse sentido, é importante destacar que todos temos direito à preservação do patrimônio material e imaterial.
Fim do complemento.
MP116
RETOMANDO OS CONHECIMENTOS
Capítulos 5 e 6
Avaliação de processo de aprendizagem
Nas aulas anteriores, você estudou os elementos naturais e culturais de diferentes localidades e discutiu a importância da preservação desses elementos. Vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos?
- Observe as fotografias e leia as legendas.
LEGENDA: Floresta Amazônica em Novo Aripuanã, no estado do Amazonas, em 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Barragem da Usina Hidrelétrica de Barra Bonita e de eclusa, no estado de São Paulo, em 2017. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Demolição do Morro do Castelo na cidade do Rio de Janeiro, em 1922. FIM DA LEGENDA.
- Podemos dizer que a fotografia A retrata uma paisagem natural? Justifique sua resposta.
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Sim, pois não se observam transformações realizadas pelas pessoas na paisagem.
- Identifique dois elementos naturais da paisagem da fotografia A e descreva suas características.
-
_____
PROFESSOR
Resposta: A forma de relevo (planície), a presença de um rio principal e a cobertura vegetal (Floresta Amazônica).
- Quais transformações na paisagem realizadas pelas pessoas podem ser observadas nas fotografias B e C?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Na fotografia B, uma barragem foi construída em um rio (permitindo seu aproveitamento para geração de energia elétrica). Também foi construída uma eclusa (um elevador de embarcações) para possibilitar a navegação no rio. Na fotografia C, um morro foi demolido e o relevo da localidade foi alterado.
MANUAL DO PROFESSOR
Avaliação de processo de aprendizagem
As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 5 e 6.
Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades
- Reconhecer elementos e características de paisagens naturais e humanizadas.
- Espera-se que os alunos sejam capazes de distinguir fotografias de paisagens naturais e humanizadas, identificando suas características e transformações feitas pelas pessoas.
- Identificar os elementos da cultura material e da cultura imaterial.
- Espera-se que os alunos leiam as frases, realizando a compreensão textual. Em seguida, devem classificar cada frase de acordo com o tipo de cultura que representa.
- Classificar a imagem como representativa da cultura material ou imaterial.
Espera-se que os alunos observem e interpretem uma fotografia, relacionando seus elementos com a cultura material ou imaterial.
MP117
- Insira os títulos cultura material e cultura imaterial de acordo com o conteúdo dos textos.
_____
São criações culturais inventadas pelos seres humanos e que não podem ser tocadas e pesadas.
PROFESSOR
Resposta: Cultura imaterial._____
São construções feitas pelos seres humanos que podem ser vistas, tocadas e pesadas.
PROFESSOR
Resposta: Cultura material.- Observe a fotografia.
LEGENDA: Prédios residenciais no município de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.
- A fotografia retrata um exemplo de cultura material ou imaterial? Por quê?
- _____
PROFESSOR
Resposta: Material, pois é uma construção que pode ser vista, tocada e pesada.Autoavaliação
Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Assinale a resposta que você considera mais apropriada.
Tabela: equivalente textual a seguir.
Sobre as aprendizagens |
Sim |
Em parte |
Não |
---|---|---|---|
a) Diferencio paisagens naturais de paisagens humanizadas? |
|||
b) Identifico características de diferentes formas de relevo, rios e formações vegetais e mudanças que podem ocorrer com esses elementos naturais? |
|||
c) Explico o que é cultura material e imaterial? |
|||
d) Identifico o que é patrimônio e a importância de sua preservação? |
MANUAL DO PROFESSOR
Autoavaliação
A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.
MP118
Comentários para o professor:
Conclusão do módulo dos capítulos 5 e 6
A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 5 e 6. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Por que é importante preservar elementos naturais e culturais dos lugares de viver?
Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre a importância de preservar elementos naturais e culturais das paisagens que sofrem processos de transformação ao longo do tempo.
Verificação da avaliação de processo de aprendizagem
Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.
Superando defasagens
Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.
- Diferenciar paisagens naturais e humanizadas.
- Identificar diferentes tipos de relevo, rios e vegetação.
- Reconhecer exemplos de transformações das paisagens naturais pelas pessoas.
- Compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
- Listar exemplos de cultura material e da cultura imaterial.
- Explicar o que é patrimônio histórico.
- Identificar exemplos de patrimônio imaterial.
Para monitorar as aprendizagens por meio desses objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar com os alunos, em relação ao capítulo 5, elementos naturais que compõem as paisagens (relevo, rios, vegetação) e ações que podem causar suas transformações. Vale elaborar esquemas ou trazer novos registros orais, visuais e escritos que permitam interrelacionar esses elementos naturais. Em relação ao capítulo 6, retomar os conceitos de cultura material e imaterial e os exemplos de cada uma, assim como a definição de patrimônio histórico e os respectivos exemplos.
A página MP231 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.
MP119
Introdução ao módulo dos capítulos 7 e 8
Este módulo, formado pelos capítulos 7 e 8, permite aos alunos conhecer e refletir sobre elementos geográficos e históricos que podem ser utilizados como marcos e referências pelos moradores das cidades.
Atividades do módulo
As atividades do capítulo 7 possibilitam aos alunos compreender a importância dos pontos de referência na orientação espacial em uma paisagem, aplicar noções de lateralidade e reconhecer diferentes tipos de representação elaboradas a partir de distintos pontos de vista, de acordo com as habilidades EF03GE06 e EF03GE07. São propostas atividades de interpretação de diversos tipos de representação, elaboração de símbolos, maquete e planta cartográfica, além de trabalho de campo no entorno da escola. Como pré-requisito, é importante o conhecimento relativo à interpretação de símbolos e de imagens bidimensionais e tridimensionais.
As atividades do capítulo 8 permitem aos alunos refletir sobre os marcos históricos dos lugares de viver, incluindo monumentos, praças e ruas. Nesse sentido, eles vão explorar marcos de outros municípios e, depois, aplicar na realidade em que vivem, explorando as habilidades EF03HI05 e a EF03HI06. São desenvolvidas atividades de interpretação de imagens, infográfico, compreensão de textos, de fonte histórica oral, investigação e produção de escrita. Como pré-requisito, importa o conhecimento dos alunos de exemplos de produções culturais presentes no próprio cotidiano.
Principais objetivos de aprendizagem
- Reconhecer que os elementos da paisagem podem ser utilizados como pontos de referência, ajudando a encontrar locais, objetos e pessoas.
- Reconhecer maneiras de representar as paisagens, como planta cartográfica e maquete.
- Interpretar e elaborar legendas com símbolos.
- Identificar o que são marcos históricos.
- Conhecer a história de algumas vias das cidades brasileiras.
- Compreender o que são monumentos.
MP120
DESAFIO À VISTA!
Capítulos 7 e 8
Quais elementos da paisagem representam marcos para os moradores das cidades?
CAPÍTULO 7. A cidade: encontrando diferentes locais
Um museu, uma padaria, uma praça ou um rio são elementos da paisagem que podemos encontrar em um bairro.
Alguns elementos da paisagem podem ser utilizados como pontos de referência para que as pessoas encontrem diferentes locais.
1. Observe a representação.
LEGENDA: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. FIM DA LEGENDA.
- Essa representação foi feita em qual visão? Assinale.
( ) Frontal.
( ) Oblíqua.
( ) Vertical.
PROFESSOR
Resposta: Oblíqua.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar
Desafio à vista!
A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre elementos geográficos e históricos que podem ser utilizados como marcos pelos moradores das cidades. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.
Fim do complemento.
- Solicitar aos alunos que realizem a leitura do texto em voz alta, comentando a importância dos pontos de referência para que as pessoas encontrem diferentes locais.
- Retomar os pontos de vista estudados: oblíquo, vertical e frontal. Realizar a leitura da representação, chamando a atenção para os principais elementos da paisagem.
- Mostrar a importância de considerar os elementos da paisagem fontes de informação e localização.
- Solicitar que identifiquem qual ponto de vista foi utilizado para representar a paisagem da atividade 1 e quais são as características desse tipo de ponto de vista ou visão.
- Pedir que relatem o que observaram na representação da paisagem: seus elementos principais, a organização das construções e a presença de elementos naturais ou humanizados, chamando a atenção para a localização de alguns pontos de referência: escola, museu, mercado, papelaria e hospital.
- Para desenvolver o tema cidades e transformações, vale comentar com os alunos que, além da importância dos pontos de referência na paisagem para as pessoas se orientar e se localizar, vários pontos de referência, mesmo não existindo mais ou mudando de nome, permanecem na memória dos moradores, que seguem remetendo a eles na atualidade. Isso ocorre porque todos nós, além de mantermos uma relação de afetividade com outras pessoas, também desenvolvemos uma relação com os lugares que frequentamos ao longo da vida.
As atividades do capítulo 7 permitem determinar pontos de referência, distinguir percursos em representações e criar representação bidimensional e tridimensional dos arredores da escola.
A BNCC no capítulo 7
Unidade temática: Formas de representação e pensamento espacial.
Objeto de conhecimento: Representações cartográficas.
Habilidades: ( EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica; (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.
MP121
- De acordo com a representação, assinale as frases corretas.
( ) Se você está olhando para a sorveteria, o hospital está atrás dela.
( ) A padaria está ao lado da papelaria.
( ) A escola está de frente para o museu.
( ) Se você está de frente para o mercado, o banco está à sua esquerda.
( ) Se você está de frente para a papelaria, a padaria está à sua esquerda.
PROFESSOR
Resposta: Se você está olhando para a sorveteria, o hospital está atrás dela.PROFESSOR
Resposta: A padaria está ao lado da papelaria.PROFESSOR
Resposta: Se você está de frente para a papelaria, a padaria está à sua esquerda.2. Pense que você está no museu e precisa ir até a papelaria. Complete as frases com as palavras direita ou esquerda para indicar as direções que você deverá seguir.
Ao sair do museu, viro à esquerda e caminho até o primeiro cruzamento. Depois, viro na avenida à _____ e caminho por três quadras. No decorrer desse trajeto, vejo a praça à minha _____. Ao fim da terceira quadra vejo um consultório à minha _____. Atravesso a avenida e vejo a papelaria logo adiante, à minha _____.
PROFESSOR
Resposta: direita, esquerda, direita, esquerda.3. Escolha dois elementos da paisagem representada na página anterior que poderiam ser utilizados como pontos de referência. Solicite a um colega que indique um trajeto que possa ser feito entre esses dois pontos de referência. Anote suas observações.
PROFESSOR
Resposta pessoal. Os alunos devem descrever um trajeto que inclua no mínimo dois pontos de referência.MANUAL DO PROFESSOR
• Solicitar aos alunos que descrevam oralmente um trajeto que pode ser percorrido do museu até a papelaria, incentivando-os a utilizar as direções direita, esquerda e em frente.
- Orientar a produção de escrita dos alunos para a atividade 3, a observação dos pontos de referência da página anterior e a descrição do trajeto entre os pontos de referência escolhidos.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Neste capítulo, ao desenvolver os conhecimentos da paisagem e do espaço geográfico por meio das diferentes formas de representação, os alunos estão se relacionando com a competência específica de Ciências Humanas 7, que consiste no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, e com a competência específica de Geografia 4, referente ao uso das linguagens cartográficas e iconográficas para a resolução de problemas que envolvem informações geográficas.
Fim do complemento.
Raciocínio geográfico na sala de aula
A mobilização e complexificação do pensamento e do raciocínio podem ser feitos a partir de análises de cunho geográfico a partir de fatos, fenômenos, da compreensão de dinâmicas e processos espaciais e das interações que ocorrem continuamente envolvendo distintos sujeitos e objetos no espaço. Essas análises podem tanto servir ao aperfeiçoamento do pensamento do professor, quanto contribuir para que este profissional planeje processos educativos em que seja possível, aos alunos, ampliar suas possibilidades de raciocínio e pensamento a partir das análises que propõe.
FONTE: COPATTI, Carina. Pensamento pedagógico-geográfico e o ensino de Geografia. Signos geográficos, v. 2, p. 17, 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fqq. Acesso em: 18 jun. 2021.
MP122
Trabalho de campo
- Você vai fazer um percurso pelos arredores da escola com o professor e os colegas para observar os elementos da paisagem. Leve o livro, lápis e borracha para registrar suas observações, completando a ficha 1.
Ficha 1
- Nome das ruas ao
redor
da escola:
_____
PROFESSOR
Respostas pessoais, baseadas nos elementos observados nos nos arredores da escola. - Como são as ruas ao
redor
da escola?
( ) Largas.
( ) Estreitas.
( ) Planas.
( ) Íngremes.
( ) Arborizadas.
( ) Limpas.
( ) Sujas.
- Existem lixeiras para as pessoas descartarem seus resíduos?
( ) Sim.
( ) Não.
- Há sinalização de
trânsito
nas ruas?
( ) Sim.
( ) Não.
- Marque quais destes elementos da paisagem existem nas ruas ao redor da escola.
MANUAL DO PROFESSOR
Trabalho de campo
As atividades permitem aos alunos observar e registrar os principais elementos da paisagem do entorno da escola, destacando seus principais pontos de referência e avaliando suas características de conservação. Ao se sentirem parte integrante desse ambiente, os alunos podem desenvolver o senso de corresponsabilidade por esse e outros espaços.
- Fazer, inicialmente, o percurso para verificar os elementos principais que deverão ser observados pelos alunos.
- Preparar a classe para o trabalho: quais materiais levar, o que observar e quais atitudes adotar no percurso de estudo.
- Propor outras questões, de acordo com a realidade dos alunos e as características da paisagem da escola. Se julgar pertinente, solicitar a eles que elaborem um croqui da paisagem do entorno da escola durante o trabalho de campo, representando os principais elementos da paisagem.
O croqui no trabalho de campo
[...] Nas séries iniciais do ensino fundamental, o professor orienta o olhar para os aspectos principais, seja de uma edificação, seja de um conjunto de edificações, seja de uma vista do campo ou de uma cidade. Algumas orientações podem contribuir para a elaboração de um croqui, tais como o uso de uma prancheta e de material de desenho. O trabalho de campo nos arredores da escola ou uma vista de um ponto elevado no campo ou na cidade permitem a realização de um ou de vários croquis, dependendo do objetivo do professor. O croqui pode ser um ponto de partida para um estudo mais detalhado de um fenômeno que se destaca na paisagem.
FONTE: PONTUSCHKA, Nídia N.; PAGANELLI, Tomoko I.; CACETE, Núria H. Para ensinar e aprender Geografia. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009. p. 306.
MP123
- De volta à sala de aula, converse com os colegas e o professor sobre os elementos da paisagem observados durante o percurso pelos arredores da escola.
- Agora, complete a ficha 2.
Ficha 2
- Que elementos predominam na paisagem das ruas ao
redor
da escola?
PROFESSOR
Respostas pessoais.( ) Elementos naturais.
( ) Elementos humanizados.
- Comente o que mais chamou a sua atenção em relação:
às construções.
_____
às ruas.
_____
às pessoas.
_____
à sinalização de trânsito.
_____
às áreas de lazer.
_____
- Reúna-se em grupo. Conversem e façam um levantamento dos pontos de referência que auxiliam vocês a se localizar nos arredores da escola.
PROFESSOR
Resposta: A partir dos elementos observados pelos alunos na paisagem ao redor da escola, cada grupo deve escolher aqueles que a maior parte dos integrantes utiliza para se localizar.
- Conversem sobre o que mais chamou a atenção de vocês nos arredores da escola.
PROFESSOR
Resposta: Os alunos podem comentar aspectos variados sobre os arredores da escola.MANUAL DO PROFESSOR
- Propor aos alunos que, em grupos, respondam às atividades da ficha 2.
- Solicitar que cada equipe apresente as respostas a outros grupos, para que todos possam refletir sobre as características e as condições do entorno da escola.
- Conversar com os alunos acerca dos elementos naturais que constituem a paisagem do entorno da escola. É provável que exista a vegetação cultivada pelas pessoas, e não a vegetação nativa.
- Destacar os elementos da paisagem criados pelas pessoas, avaliar sua conservação ou mesmo a necessidade de cuidados para preservação.
- Verificar as observações dos alunos com relação aos pontos de referência que auxiliam as pessoas na localização da escola.
- Fazer uma análise crítica da paisagem do entorno da escola, socializando as respostas dos alunos, e orientar um debate entre eles para que possam ouvir os colegas e compartilhar seus conhecimentos.
- Neste momento, há a possibilidade de uma produção de escrita, de um texto coletivo, com as conclusões sobre a paisagem do entorno da escola.
Boxe complementar:
De olho nas competências
No trabalho de campo com os adultos e os colegas no reconhecimento da paisagem do entorno da escola, os alunos têm a possibilidade de exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação e a análise crítica para investigar causas e elaborar e testar hipóteses, processos relacionados à competência geral 2. Eles também se aproximam da competência específica de Ciências Humanas 6, na construção de argumentos para negociar e defender ideias e opiniões que promovam a consciência socioambiental
Fim do complemento.
Para leitura dos alunos
Curvo ou reto, olhar secreto, de Ana Maria Machado e Luisa Baeta. Global.
Em um divertido jogo de palavras e fotografias coloridas e originais, que despertam a sensibilidade, pode-se olhar e ver, ver e prestar atenção em tudo que está a sua volta. Dessa maneira, aos poucos percebe-se que há retas e curvas por toda parte. E a imaginação cria asas...
MP124
Representar a paisagem: maquete e planta cartográfica
A paisagem pode ser representada de diferentes formas. Observe os diversos tipos de representação da paisagem dos arredores de uma escola. A representação a seguir é chamada de maquete .
LEGENDA: Maquete dos arredores de uma escola. FIM DA LEGENDA.
Agora, observe a planta cartográfica dos arredores da mesma escola.
LEGENDA: Planta cartográfica dos arredores da escola. FIM DA LEGENDA.
- Que diferenças você identifica entre a maquete e a planta cartográfica?
PROFESSOR
Resposta: A maquete tem volume (tridimensional), e os objetos se assemelham com cada elemento da paisagem. A planta é plana (bidimensional) e tem uma legenda.MANUAL DO PROFESSOR
- Solicitar aos alunos que observem as duas maneiras de representação da paisagem – maquete e planta cartográfica – e relatem semelhanças e diferenças entre elas.
- Orientá-los a observar que, na maquete, é possível perceber o comprimento, a largura e a altura dos elementos da paisagem, sendo uma representação tridimensional reduzida de um espaço. A planta é a representação bidimensional, no plano, de uma realidade em duas dimensões: comprimento e largura.
- Notar que, na maquete, na visão vertical, características similares podem ser observadas em relação à planta cartográfica.
- Comentar que, na visão oblíqua da maquete, podemos observar as características das fachadas e laterais das construções e diferenciar casa e edifício, por exemplo.
Maquete e planta
O mapa e a planta são representações planas bidimensionais da realidade tridimensional.
Para compreendê-las, a criança necessita de amadurecimento e certo domínio de informações sobre o meio representado. Uma das grandes dificuldades das crianças (e de muitos adultos) na compreensão de um mapa diz respeito à transferência de um conjunto de elementos tridimensionais para uma superfície plana, com apenas duas dimensões (largura e comprimento). [...] Na passagem do tridimensional para a representação bidimensional, o professor poderá trabalhar, inicialmente, com a construção de uma maquete [...].
MP125
Cartografando
- Em grupo, vocês vão fazer a
maquete
e a planta cartográfica dos arredores de sua escola. Primeiro, providenciem os materiais necessários.
Materiais necessários
- caixas pequenas de vários formatos;
- tampinhas de garrafas PET;
- palitos de sorvete ou outros tipos de palito;
- lápis preto e lápis de cor;
- cola e tesoura com pontas arredondadas;
- régua;
- canetas hidrográficas coloridas ou tinta guache;
- base de madeira ou papelão para sustentar a maquete.
- Escolham os materiais que vão representar cada elemento da paisagem do entorno da escola: casas, prédios, árvores, praças e outros. Para representar as construções, por exemplo, as caixas podem ser pintadas com tinta guache e/ou canetas hidrográficas ou forradas com papel.
LEGENDA: Crianças separando os materiais para a maquete. FIM DA LEGENDA.
- Sobre a base de madeira ou de papelão, façam o traçado das ruas dos arredores da escola. Escrevam o nome dessas ruas.
LEGENDA: Crianças fazendo o traçado das quadras próximas à escola. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Nessa atividade, ele [o aluno] irá trabalhar com a escala intuitiva, ou seja, a percepção do que é maior ou menor, de modo que as carteiras não fiquem menores que o cesto de lixo [na maquete da sala de aula, por exemplo]. Depois da maquete, os alunos estão mais preparados para compreender a representação bidimensional do espaço, ou seja, a planta ou mapa.
FONTE: KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática de Geografia: memórias da terra – o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996. p. 39-40.
Boxe complementar:
Alfabetização cartográfica
As atividades propostas permitem aos alunos realizarem representações bidimensionais e tridimensionais dos arredores da escola.
Fim do complemento.
- Solicitar que eles providenciem os materiais necessários antes de iniciar a atividade de construção da planta e da maquete (como embalagens vazias e folhas de papel).
- Organizar os alunos em grupos para a confecção primeiro das maquetes e orientá-los para que escolham os elementos da paisagem do entorno da escola que serão representados.
- Alertá-los para que escolham objetos que possam representar proporcionalmente tais elementos da realidade.
MP126
Cartografando
- Coloquem a caixa que representa a escola sobre a base de madeira ou de papelão. Ela será um ponto de referência para vocês localizarem e colocarem os outros elementos da paisagem.
- Depois de colocar todos os elementos da paisagem sobre a base, observem a maquete na visão vertical, ou seja, de cima para baixo.
LEGENDA: Menino colocando as caixas que representam as construções. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Crianças observam a maquete na visão vertical. FIM DA LEGENDA.
- Agora, individualmente, elabore uma planta cartográfica dos arredores da escola a partir da maquete. Em uma folha de papel avulsa, represente com símbolos e cores os elementos da paisagem.
LEGENDA: Menina observa a maquete para fazer a planta cartográfica. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
- Depois de prontas as maquetes, solicitar que observem seus elementos em visão vertical, ou seja, vistos de cima, e conversar sobre as características dos objetos nesse ponto de vista.
- Orientar cada aluno na elaboração da planta cartográfica com base na visão
vertical
da maquete. Cuidar para que eles prestem atenção à proporção entre os elementos na realização da planta.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Na construção da maquete e da planta cartográfica da escola, os alunos estão utilizando a linguagem cartográfica e desenvolvendo o raciocínio espaço-temporal relacionado à competência específica de Ciências Humanas 7, reconhecendo as representações bidimensionais e tridimensionais e desenvolvendo o pensamento espacial a partir do uso da linguagem cartográfica, como orienta a competência específica de Geografia 4, e aplicando princípios do raciocínio geográfico, como orienta a competência específica de Geografia 3.
Fim do complemento.
Maquetes: a simbolização da realidade
A entrada na escola estimula a criança a empreender vários tipos de construções e progressivamente chegar à construção da maquete da sala de aula, da casa, da escola, da rua, do bairro, do relevo. O aluno vai defrontar-se com questões referentes à variedade de tipos, ao tamanho e à proporcionalidade dos objetos, de uns em relação aos outros nas escalas qualitativas (cidades, cultura de soja) e quantitativas (maior ou menor). A construção da maquete na sala de aula merece alguns cuidados por parte do professor, no sentido de enfatizar e incentivar a criatividade na busca de material, no exercício do trabalho coletivo e nas representações dos objetos.
MP127
- Elabore a legenda da planta cartográfica. Lembre-se de que a legenda faz parte da representação, pois explica o significado dos símbolos e das cores utilizados. Cole a planta cartográfica no espaço a seguir. Se necessário, dobre a folha de papel.
Planta cartográfica dos arredores da escola
PROFESSOR
Resposta: A planta cartográfica deve ser elaborada ao observar a maquete do ponto de vista vertical.- Com os colegas e o professor, organizem uma exposição das maquetes. Convidem os alunos de outras classes para visitar a exposição!
MANUAL DO PROFESSOR
Almeida (2001), no livro Do desenho ao mapa, discute o processo de construção de uma maquete na sala de aula com alunos do ensino fundamental. Inicialmente, trabalha-se com o processo de orientação para, a seguir, ocupar-se com o desenho da sala de aula e, mais tarde, chegar à construção da maquete.
FONTE: PONTUSCHKA, Nídia N.; PAGANELLI, Tomoko I.; CACETE, Núria H. Para ensinar e aprender Geografia. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009. p. 329-330.
- Verificar se os alunos inseriram os elementos da paisagem dos arredores da escola nas posições correspondentes na planta cartográfica elaborada a partir da maquete.
- Orientá-los na elaboração de legendas adequadas, cuidando para que o símbolo escolhido seja o mesmo na legenda e na planta cartográfica. Além de símbolos, também é possível usar cores e traços na criação da legenda.
- Socializar as maquetes e as plantas com os demais alunos.
- Solicitar que observem a relação entre a representação dos elementos na maquete e na planta cartográfica.
- Organizar uma exposição das maquetes e plantas cartográficas produzidas.
MP128
CAPÍTULO 8. Marcos históricos das cidades
Devido à sua importância, determinados elementos das cidades podem ser considerados marcos históricos por seus moradores. Esse é o caso de alguns monumentos que representam personagens ou fatos considerados significativos para a comunidade.
Apesar disso, esses monumentos podem gerar polêmicas entre moradores, como citado na reportagem.
1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
Brasília, 26 de dezembro de 2017
Monumento do Periquito poderá ser transferido de local
O monumento do Periquito, instalado na entrada do Gama, [...] poderá ser transferido para outro local. [...]
Mais do que um monumento em homenagem [ao distrito de Gama] a obra reverencia o time de futebol local, a Sociedade Esportiva do Gama [...].
A fim de resolver se a transferência do monumento será feita, a Administração Regional do Gama está em contato com a família do arquiteto Ariomar – para analisar a possibilidade. Caso os familiares concordem, será realizada uma consulta pública para que a comunidade gamense decida se o Periquito permanece ou não pousado onde está, desde o ano da sua inauguração.
FONTE: Sarah Peres. Monumento do Periquito, no Gama, poderá ser transferido de local. Correio Braziliense, 26 dez. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/e1v. Acesso em: 25 mar. 2021.
LEGENDA: Monumento em homenagem à Sociedade Esportiva do Gama, também conhecido como monumento do Periquito, no Gama, região administrativa do Distrito Federal, em 2018. FIM DA LEGENDA.
2. Qual é o nome do monumento e o que ele homenageia?
PROFESSOR
Resposta: Monumento do Periquito, que homenageia o distrito do Gama e o time de futebol local.
3. O que poderia ocorrer com o monumento?
PROFESSOR
Resposta: Ser transferido para outro local.MANUAL DO PROFESSOR
- Iniciar o trabalho realizando uma atividade no formato “chuva de ideias”: combinar com os alunos que eles deverão falar a primeira coisa que vier à cabeça quando ouvirem uma certa palavra, sem pensar muito.
- Quando todos estiverem atentos, lançar o desafio: Qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando digo a palavra memória ?.
- Registrar na lousa as respostas dos alunos. Depois, circular com a mesma cor aquelas que forem semelhantes, formando subgrupos.
- Por fim, solicitar aos alunos que registrem as palavras e informar que, ao longo do capítulo, eles irão ampliar o entendimento que possuem sobre memória.
O capítulo 8 permite explorar marcos de memória e históricos, relacionando-os ao lugar de viver.
A BNCC no capítulo 8
Unidade temática: O lugar em que vive.
Objeto de conhecimento: A produção dos marcos de memória: os lugares de memória (ruas, praças, escolas, monumentos, museus etc.).
Habilidades: ( EF03HI05) Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados; (EF03HI06) Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.
MP129
Explorar fonte histórica oral
Leia as opiniões de alguns moradores da região administrativa do Gama, no Distrito Federal, sobre a mudança de local do Monumento do Periquito.
Douglas
“O monumento é para o Gama o que o Pão de Açúcar é para o Rio de Janeiro. Ele deve permanecer ali.”
FONTE: Douglas Alves da Silva, 20 anos, vendedor.
Marilda
“[...] o monumento ficou muito escondido. Acho que poderia ser colocado na saída norte da cidade. É o único lugar disponível para que ficasse visível .”
FONTE: Marilda Soares, 77 anos, aposentada.
Sebastião
“Lembro-me da satisfação do povo com a inauguração da escultura e o que representava para a cidade. O periquito deve continuar na entrada do Gama, pois sempre esteve lá.”
FONTE: Sebastião de Souza, 80 anos, aposentado.
Oriencio
“Se não está mais exercendo a sua função, que é de identificar a cidade, precisa ser transferido. Poderia ir para o viaduto que tem escrito ‘Bem-vindo ao Gama’.”
FONTE: Oriencio Marcelino de Souza Filho, 46 anos, servidor público.
FONTE: Sarah Peres. Monumento do Periquito, no Gama, poderá ser transferido de local. Correio Braziliense, 26 dez. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/e1v. Acesso em: 25 mar. 2021.
- Quais são os argumentos dos moradores que defendiam que o monumento
fosse
mantido onde estava?
PROFESSOR
Resposta: “O monumento é para o Gama o que o Pão de Açúcar é para o Rio de Janeiro”; “Lembro-me da satisfação do povo com a inauguração da escultura e o que representava para a cidade”.
- Qual é o argumento dos moradores que defendiam que o monumento
fosse
transferido para outro local?
PROFESSOR
Resposta: “O monumento ficou muito escondido.”; “Se não está mais exercendo a sua função, que é de identificar a cidade, precisa ser transferido.”
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Fonte histórica oral
A atividade proposta permite aos alunos reconhecer os depoimentos dos moradores ao jornal como fonte histórica oral e interpretar as diferentes opiniões dos habitantes do Gama sobre o monumento.
Fim do complemento.
- Realizar a leitura compartilhada dos depoimentos, identificando com os alunos as diferentes opiniões sobre a mudança de local do Monumento do Periquito: Douglas opina que o monumento deve permanecer onde está: é como o Pão de Açúcar para o Rio de Janeiro; Marilda opina que o monumento deve ser removido para um lugar mais visível; Sebastião opina que o monumento deve continuar no mesmo lugar, pois representa muito para a cidade e seu povo; Oriencio opina que o monumento deve mudar de local, pois não está exercendo sua função no local atual.
- Orientar a atividade de retomada do glossário para identificação do significado do termo visível, bem como sua aplicação na criação de uma frase. Essas atividades estão ligadas à ampliação de vocabulário, que contribui para o
processo
de alfabetização.
Atividade complementar
Propor aos alunos um levantamento de quais são os monumentos existentes no lugar de viver. Em seguida, propor que consultem os adultos da sua convivência, solicitando que opinem sobre esses monumentos, especialmente sobre a localidade deles. No dia combinado, socializar as respostas individuais.
Monumento e memória
[...] os monumentos são marcas espaciais e temporais, impregnados de memória e servindo, ainda, como instrumentos didáticos, uma vez que tais obras, por exemplo, pautadas em figuras heroicas (a maioria do gênero masculino), representando uma população de anônimos, podem associar símbolos, signos e identidades [...]. Ou seja, os monumentos, como ações sociais no espaço público, são construídos por grupos com poder suficiente para legar e/ou impor sua edificação, representando e simbolizando específicas narrativas, pessoas, locais e eventos que se desejam imortalizar e/ou enfatizar [...].
FONTE: FIGUEIREDO, Olga M. Monumento e memória no espaço urbano carioca: o exemplo do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Albuquerque: revista de História, v. 3, n. 5, p. 56-57, jan.-jun. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/fqr. Acesso em: 18 jun. 2021.
MP130
As ruas também podem ser consideradas marcos históricos, como no caso da Rua do Ouvidor, no município do Rio de Janeiro.
1567
Rua aberta com o nome de Desvio do Mar, pois permitia às pessoas desviar do mar.
1870
A rua mudou de nome para Rua do Ouvidor, em homenagem a um morador que era funcionário da Justiça, exercendo o cargo de ouvidor.
1897
O governo mudou o nome da rua para Rua Moreira César, em homenagem a um militar brasileiro.
1910
Por pressão da população, a rua voltou a ser chamada de Rua do Ouvidor, nome que persiste até hoje.
LEGENDA: Rua do Ouvidor, na cidade do Rio de Janeiro, em 1890. FIM DA LEGENDA.
3. O nome Rua Moreira César veio antes ou depois do nome D esvio do Mar?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Depois.4. Por que, em 1910, a via voltou a ser chamada de Rua do Ouvidor?
- _____
PROFESSOR
Resposta: Por pressão da população.MANUAL DO PROFESSOR
- Explorar com os alunos os diversos nomes da Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro.
- Discutir, também, os anos das mudanças ao longo do tempo, por meio da leitura dos quadros.
Atividade complementar
Propor aos alunos que investiguem se, na localidade onde vivem, existem ruas que mudaram de nome diversas vezes. Em caso positivo, solicitar a eles que pesquisem e registrem os anos e os nomes. Socializar as descobertas individuais.
Nome de ruas e memória
A prática de nomear ruas, quase sempre identificada como distorção do trabalho dos vereadores, é atividade menos inocente do que se costuma supor. Um olhar atento constata que esse processo é caracterizado pelo esforço de perenização da memória de personagens e fatos da história nacional ou local. Trata-se de recorrente forma de reprodução e perpetuação da chamada história oficial, baseada no culto à genealogia da nação e edificação do Estado nacional, assim como aos fatos e personagens correspondentes.
[...] Considerada a necessidade da combinação de diferentes formas de reprodução, fatos e personagens históricos, quando convertidos em nomes de ruas, podem se incorporar à vida cotidiana dos cidadãos. A despeito de eventuais limitações, a tendência de buscar perenizar nomes e eventos, longe de ser hábito desta ou daquela localidade, pode ser verificada em qualquer lugar do mundo e é adotada por governos de ideologias diversas.
MP131
Boxe complementar:
Investigue
- Orientados por seu professor, você e seus colegas vão pesquisar em jornais locais, livros ou na internet informações sobre uma via pública do município em que vocês moram. Registrem-nas a seguir.
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Tipo da via pública:
( ) rua.
( ) avenida.
( ) outro.
- Nome atual: _____
- Tipo de nome:
( ) personagem histórico.
( ) esportista ou artista.
( ) ex-morador do bairro.
- outro:
_____
• A via teve outros nomes anteriormente?
( ) Sim. Quais? _____
( ) Não.
- Tipo de calçamento da via pública.
Tabela: equivalente textual a seguir.
Quando a via foi inaugurada
Atualmente
( ) Terra.
( ) Pedras brutas.
( ) Paralelepípedo
( ) Asfalto.
( ) Terra.
( ) Pedras brutas.
( ) Paralelepípedo.
( ) Asfalto.
- A partir da investigação, respondam: a via pública mudou muito desde que foi inaugurada? Por quê?
PROFESSOR
Resposta pessoal. Os alunos poderão citar as várias opções investigadas: mudança de nome e do tipo de calçamento, entre outras que tenham surgido no decorrer da investigação.
- Tipo de calçamento da via pública.
- Tipo da via pública:
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
[...] Se é possível identificar atitudes universais nessa estratégia de nomear ruas, é necessário perceber seu entrelaçamento com as experiências locais. A perpetuação da história oficial pode ser verificada na denominação das vias públicas de todo o Brasil, mas as cidades, onde o batismo efetivamente ocorre, costumam imprimir, por conta de sua própria história, contornos específicos a esse processo. Analisar a organização dos nomes de rua de uma cidade é aferir dimensões significativas de sua relação com a história.
FONTE: BENEDITO, Reginaldo. A história além das placas: os nomes de ruas de Maringá (PR) e a memória histórica. História & Ensino, v. 6, p. 103-105, out. 2000. Disponível em: http://fdnc.io/fqs. Acesso em: 18 jun. 2021.
Investigue
- Orientar a realização coletiva da investigação, identificando com os alunos: o nome da via pública; se ela é uma rua, avenida, praça, largo etc.; moradores antigos que possam ser entrevistados; livros, jornais e sites que podem ser consultados sobre o assunto. É importante listar com os alunos fontes de pesquisa confiáveis.
- Orientar o registro dos dados coletados por meio de pequenas respostas e de um quadro organizador.
Boxe complementar:
De olho nas competências
As atividades propostas permitem explorar com os alunos a investigação, habilidade incluída na competência geral 2 e na competência específica de História 3.
Fim do complemento.
MP132
Memórias de uma praça
As praças também podem ser consideradas marcos históricos, gerando lembranças nas pessoas que as frequentam ou frequentaram. É o caso da Praça Conselheiro Antônio Prado, conhecida como Praça Central, inaugurada em 1890 no município de Pirassununga, no estado de São Paulo.
1. Quando solicitado, leia um dos depoimentos a seguir.
A Praça Central
Antigamente existia um movimento grande na praça dia e noite. A juventude antigamente passeava era na praça. Era um lugar muito agradável.
FONTE: Vitor Raymundo
Ela [minha neta] vai com os pais dela ver a banda, a feira de artesanato.
FONTE: Maria Elisabete Fluete
Saudade. Era o único lugar que íamos para passear, mas era muito gostoso.
FONTE: Vilma Leitão
[A Praça Central é] um ponto de referência onde vejo meus amigos.
FONTE: José Antônio Marucci
As ruas do entorno ainda possuem paralelepípedo porque é tombado, é histórico.
FONTE: João F. Prado
Eu acho um ambiente muito bonito, arborizado [...]. Acho muito legal e de grande valor para as crianças.
FONTE: Eloíza Andrade
FONTE: Gustavo Ferreira Prado. A cidade e seus patrimônios: um estudo das experiências, memórias e representações da praça central e do seu entorno em Pirassununga. Dissertação de Mestrado. Rio Claro: Unesp, 2019. p. 95-100.
MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a atividade de leitura em voz alta, que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral, essencial para a alfabetização.
- As atividades propostas permitem aos alunos perceber que as praças podem ser consideradas marcos históricos, gerando lembranças nas pessoas que as frequentaram.
- Explorar com os alunos os diversos depoimentos de frequentadores da Praça Central, inaugurada em 1887 no município de Pirassununga, no estado de São Paulo.
- Diferenciar com os alunos os depoimentos de frequentadores mais antigos e mais recentes, destacando as lembranças que guardam da praça.
- As atividades propostas nesta página e na seguinte permitem explorar a importância das praças nas memórias dos moradores, um assunto vinculado ao tema de relevância mundial e nacional cidades e transformações, abordado neste volume.
Praças e memória
As praças têm significados específicos no cenário urbano: umas indicam o marco inicial de uma área urbana, outras representam fatos que marcaram a história do povo do lugar, outras ainda sinalizam para feitos de um determinado político ou homenageiam uma personalidade internacional, nacional ou local. Além de se apresentarem com significados específicos, as praças têm, também, funções definidas, que vão se forjando com o uso que os cidadãos fazem dela ao longo do tempo. Existem as praças que são um local de descanso, de fazer nada, de jogar conversa fora, enfim, de ver “a banda passar”. Outras são utilizadas para passagem, para esperar o transporte que as leve a algum lugar para onde queiram ir. Há as praças que servem de ajuntamento de pessoas que fazem trocas de objetos, vendem artigos adquiridos de forma um pouco enviesada: são as chamadas “ilhas do rato”.
MP133
LEGENDA: Praça Conselheiro Antônio Prado, também conhecida como Praça Central, no município de Pirassununga, no estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.
2. Localize e retire dos depoimentos informações sobre as atividades realizadas na praça.
- Em outros tempos (antigamente).
-
_____
PROFESSOR
Passeios no local.
- Atualmente.
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Banda, feira de artesanato, reunião de amigos, ambiente arborizado e adequado às crianças.3. Reconte os depoimentos para um adulto de sua convivência.
Boxe complementar:
Você sabia?
A construção da Praça Conselheiro Antonio Prado, também conhecida como Praça Central, começou em 1885. Em 1890 foi construído o primeiro coreto da praça. Em 1902, árvores de eucalipto foram plantadas na praça e teve início a apresentação de bandas no coreto, evento que ocorre ainda nos dias de hoje.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Existem praças que são parque infantil, onde as crianças, acompanhadas de algum adulto, ou acompanhadas de si mesmas, divertem-se nas gangorras, nos túneis, nos balanços. E há as praças de onde partem as reivindicações sociais, os protestos, as manifestações políticas, religiosas, as passeatas apregoando as qualidades políticas de um candidato a alguma coisa. As praças, em geral, são o lugar onde os “sem teto”, ao abrigo da abóbada celeste, descansam seu corpo cansado, para, em seguida, sair à procura de algo que, para eles, não está em lugar algum. Mas as praças podem ser também o palco de ritmos e instrumentos, de música que enleva e que diverte.
FONTE: ROCHA, Lurdes B. Praças do centro da cidade de Itabuna: aspectos histórico-geográficos, significado e funções. In: I Encontro Regional de História: história, cidades e sertões. Ilhéus: Imprensa Universitária, 2002. p. 102.
- Orientar os alunos a localizar e retirar dos trechos de depoimentos as informações necessárias à realização das questões. Tais atividades permitem desenvolver estratégias de compreensão de texto, essenciais no processo de alfabetização.
- Destacar o conteúdo da seção Você sabia?, que apresenta mais informações sobre a história da Praça Conselheiro Antônio Prado.
Atividade complementar
Listar com os alunos praças antigas do município onde vivem. Dividir a turma em grupos para que cada grupo investigue uma das praças listadas. Os alunos devem conversar com frequentadores antigos da praça e perguntar qual é a principal lembrança que têm do local. No dia combinado, socializar as respostas individuais.
MP134
Praça Tiradentes, em Ouro Preto
Algumas praças concentram diversos marcos históricos, como a Praça Tiradentes, na antiga Vila Rica, atual município de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. Essa praça abriga construções e monumentos relacionados à Inconfidência Mineira, revolta ocorrida em 1789, que defendia a independência do Brasil em relação à Portugal, país que, na época, controlava nosso país.
MANUAL DO PROFESSOR
As atividades propostas permitem aos alunos perceberem que algumas praças concentram diversos marcos históricos. É o caso da Praça Tiradentes, na antiga Vila Rica, atual município de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. Essa praça abriga construções e monumentos relacionados à Inconfidência Mineira, revolta ocorrida em 1789 que defendia a independência em relação a Portugal, país que, na época, controlava o Brasil.
- Orientar a observação coletiva do infográfico, explorando com os alunos as imagens de fundo e os miniboxes, compostos de fotografias e textos informativos.
Infográfico e ensino
Infográficos são gêneros multimodais compostos, onde se fundem texto verbal e imagem, comuns nos domínios discursivos do jornalismo e da publicidade [...]. Entretanto os pressupostos que o fazem entender e utilizar-se pelos campos da mídia e comunicação são sua vasta possibilidade de assimilação pelas diversificadas formas de interagir com o leitor. Conforme conceito destacado por Teixeira (2007), um infográfico é um gênero que pressupõe a relação indissolúvel entre texto e imagem, o que caracteriza um binômio imagem e texto, juntos têm uma função de complementaridade. O gênero infográfico apoia-se no conceito da multimodalidade, visto que se apresenta de diversas formas, possibilita uma variedade nos modos de comunicação.
MP135
1. Selecione e registre o nome de um marco histórico da Praça Tiradentes.
_____
PROFESSOR
Resposta: Entre as respostas possíveis, estão: Museu da Inconfidência (antiga Casa de Câmara e cadeia); chafariz; calçamento antigo; casarões coloniais; monumento a uma personagem histórica (no caso, Tiradentes).2. Por que esse elemento pode ser considerado um marco histórico?
_____
PROFESSOR
Resposta: Porque possui importância histórica, como Museu da Inconfidência (museu, antiga Câmara e cadeia); chafariz (modo de obtenção de água há duzentos anos); calçamento antigo; fachadas de casas (registro arquitetônico); monumento a uma personagem histórica.MANUAL DO PROFESSOR
[...] Dessa forma, a integração entre o gênero multimodal infográfico e o ensino torna-se relevante, pois possibilita e demanda novas estratégias do uso combinado de informações, a fim de favorecer o processo de ensino-aprendizagem.
FONTE: LIMA, Gabriella A. de; CATELÃO, Evandro de M. Infográfico: produção e possibilidades no uso educacional do ensino de Geografia. Ensino e Tecnologia em Revista, Londrina, v. 3, n. 1, p. 3, jan./jun. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/eLg. Acesso em: 18 jun. 2021.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A leitura e a interpretação dos infográficos permitem trabalhar com os alunos diferentes linguagens, aproximando-os da competência geral 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de História 3.
Fim do complemento.
MP136
RETOMANDO OS CONHECIMENTOS
Capítulos 7 e 8
Avaliação de processo de aprendizagem
Nas aulas anteriores, você estudou alguns marcos históricos das cidades, pontos de referência utilizados pelas pessoas e formas de representação. Vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos?
- Observe a representação da paisagem do quarteirão de uma escola.
- Que tipo de representação é essa?
( ) Desenho.
( ) Planta cartográfica.
( ) Maquete.
PROFESSOR
Resposta: Planta cartográfica.
- Essa representação foi feita a partir de qual visão?
( ) Frontal.
( ) Oblíqua.
( ) Vertical.
PROFESSOR
Resposta: Vertical.
- Escreva dois elementos da paisagem representada que podem ser utilizados como pontos de referência para as pessoas se localizarem.
-
_____
PROFESSOR
Resposta: A escola, a farmácia, o campo de futebol e o mercado.
- Qual é a diferença entre uma planta cartográfica e uma maquete?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: A maquete tem volume e é uma representação que pode ser observada por diversos pontos de vista. A planta é uma representação bidimensional, feita em uma superfície plana, a partir da visão vertical, e possui legenda.
MANUAL DO PROFESSOR
Avaliação de processo de aprendizagem
As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 7 e 8.
Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades
1. a), b) e c) Identificar tipos de representação espacial e elementos da paisagem e visão de acordo com a qual foram representados.
Espera-se que os alunos sejam capazes de reconhecer tipos de representação espacial, visão em que foram elaboradas e elementos que podem servir como pontos de referência para auxiliar as pessoas a se localizar.
d) Reconhecer diferenças entre uma planta cartográfica e uma maquete.
Espera-se que os alunos sejam capazes de reconhecer características de uma planta cartográfica (elaborada em visão vertical, com uso de legenda, em superfície plana) e as de uma maquete, que é uma representação tridimensional.
2. Identificar as construções históricas como marcos da memória.
A atividade exige que os alunos observem e interpretem uma fotografia, identificando se a construção nela registrada pode caracterizar um marco da memória.
MP137
- Observe a fotografia e leia a legenda.
LEGENDA: Prédio concluído em 1862 e que funcionou como um dos palácios do imperador Dom Pedro II. Atualmente é o Museu Imperial, no município de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.
- Essa construção pode ser considerada um marco histórico? Por quê?
-
_____
PROFESSOR
Resposta: Sim, porque ela representa uma parte da história do Brasil – palácio do imperador Dom Pedro II.Autoavaliação
- Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Assinale a resposta que você considera mais apropriada.
Tabela: equivalente textual a seguir.
Sobre as aprendizagens
Sim
Em parte
Não
a) Reconheço que as paisagens podem ser representadas de várias maneiras, como em desenhos, planta cartográfica e maquete?
b) Interpreto e elaboro legenda com símbolos?
c) Percebo que os elementos da paisagem podem ser utilizados como pontos de referência?
d) Explico o que são marcos históricos?
e) Identifico alguns marcos históricos de cidades brasileiras?
MANUAL DO PROFESSOR
Autoavaliação
A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.
MP138
Comentários para o professor:
Conclusão do módulo dos capítulos 7 e 8
A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 7 e 8. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Quais elementos da paisagem representam marcos para os moradores das cidades?
Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre elementos geográficos e históricos que podem ser utilizados como marcos pelos moradores das cidades.
Verificação da avaliação de processo de aprendizagem
Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.
Superando defasagens
Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.
- Reconhecer que os elementos da paisagem podem ser utilizados como pontos de referência, ajudando a encontrar locais, objetos e pessoas.
- Reconhecer maneiras de representar as paisagens, como planta cartográfica e maquete.
- Interpretar e elaborar legendas com símbolos.
- Identificar o que são marcos históricos.
- Conhecer a história de algumas vias das cidades brasileiras.
- Compreender o que são monumentos.
Para monitorar as aprendizagens por meio desses objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se, em relação ao capítulo 7, retomar com os alunos elementos relacionados às diversas formas de representar determinada paisagem. Pode-se trazer novos exemplos dos tipos de representações estudados (desenhos, plantas cartográficas e maquetes) explorando suas características e reconhecendo pontos de referência nelas representados. Com relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 8, vale trazer novos depoimentos e reportagens sobre marcos da memória no município onde o aluno vive e em outros municípios.
A página MP231 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.