UNIDADE 4. Cuidar do que é de todos

• A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, com o objetivo de garantir a troca de conhecimento entre os alunos.
• As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.
• Solicitar aos alunos que observem a representação explorando os seguintes elementos: tipos de construção, elementos naturais da paisagem, serviços públicos e espaços que podem ser frequentados por todas as pessoas (como as ruas, o posto de saúde e a praça).

  O uso de diferentes linguagens em sala de aula

  Nas aulas de Geografia [e de História], podemos utilizar diversas propostas usando não apenas o jornal, mas outros gêneros textuais, literatura, científico, audiovisual, além da linguagem cartográfica. Ao utilizar qualquer uma dessas linguagens, propomos como objetivo o uso de diferentes gêneros textuais para estimular a capacidade leitora e possibilitar ao aluno a competência de criar seus próprios textos. Para a concretização desses objetivos, é importante conduzir a aula de maneira que haja emprego de técnicas de leitura e escrita, prever em que momento da aula se fará uso dos textos e quais os métodos utilizados para análises dos textos e relacioná-los com o uso social.

• Propor aos alunos que relacionem os elementos identificados na imagem com as suas respectivas experiências cotidianas, ressaltando a importância da preservação dos espaços públicos.
• Comentar que alguns elementos importantes para favorecer o ordenamento do espaço e a convivência das pessoas, como sinais de trânsito, não foram representados intencionalmente. Solicitar que tentem indicar quais são esses elementos.
• Realizar um levantamento sobre os serviços públicos e infraestruturas urbanas essenciais para a qualidade de vida das pessoas.
• Mediar a relação dos alunos com a representação, estimulando que evidenciem suas interpretações.
• Compartilhar as respostas das atividades.

  Nas atividades voltadas para a pesquisa, podemos lidar, ao mesmo tempo, com textos científicos e jornalísticos, na medida em que eles permitem a organização das informações coletadas. Quando as atividades de aprendizagem possibilitam ao aluno a sua aproximação com vários tipos de textos produzidos, isso o auxiliará a perceber a diferença no estilo da escrita e do uso que se faz do texto informativo de caráter jornalístico e um analítico com características científicas. A maneira como trabalhar com textos em aulas segue várias orientações metodológicas, como, por exemplo, iniciar o tempo problematizando o título e, desse modo, ampliar o debate do tema que está sendo estudado na sala.

  FONTE: CASTELLAR, Sonia et al. Ensino de Geografia e História. São Paulo: Cengage Learning, 2012. p. 65-66.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre quais atividades e serviços podem ocorrer nos espaços públicos e privados, envolvendo responsabilidades distintas dos governantes e cidadãos. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• Orientar coletivamente a leitura do texto introdutório, identificando com os alunos a diferença entre espaços públicos e privados.
• Orientar também a observação das fotografias, instigando os alunos a classificar o tipo de espaço representado em cada uma.

  As atividades desenvolvidas no capítulo 13 permitem desenvolver as noções de espaço público e privado a partir de atividades e serviços praticados pelas pessoas ao longo do tempo.

  A BNCC no capítulo 13

  Unidade temática: A noção de espaço público e privado.

  Objeto de conhecimento: A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental.

• Orientar coletivamente a observação e interpretação das fotografias, solicitando aos alunos que identifiquem os locais retratados. Em seguida, solicitar que retomem os conceitos de locais públicos e privados e apliquem nos locais retratados, classificando-os.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  As atividades propostas permitem explorar com os alunos diferentes linguagens para a expressão de ideias e sensações, com destaque aos desenhos. Nesse sentido, aproximam os alunos da competência geral 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de História 3.

  Fim do complemento.

  Habilidades: ( EF03HI09) Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções; (EF03HI10) Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.

• As atividades desta página e da seguinte permitem desenvolver o tema cidades e transformações, a partir da observação de espaços presentes nas cidades brasileiras, tanto privados quanto públicos. Explorar com os alunos como os governantes das cidades devem garantir a todos os habitantes o acesso a espaços públicos como praças, bibliotecas, postos de saúde e escolas.
• Orientar a leitura em voz alta do texto, que contribui para a fluência em leitura oral, importante para o processo de alfabetização.
• Organizar, também, as atividades de localizar e retirar informações do texto, que contribuem para o desenvolvimento de estratégias de compreensão de texto.
• Destacar com os alunos: as faixas etárias das pessoas que frequentam a biblioteca e como elas desfrutam o tempo nesse espaço; explorar o exemplo da biblioteca-parque e os recursos que possui.
• Questionar os alunos se conhecem bibliotecas ou outros espaços públicos que promovam atividades como as citadas na reportagem e se há bibliotecas públicas no lugar em que vivem. Caso haja, propor uma visita à biblioteca pública.
• Orientar a atividade de retomada, no glossário, do significado do termo burburinho, bem como sua aplicação na construção de uma frase. Atividades desse tipo contribuem para expandir o vocabulário dos alunos.

  Atividade complementar

  Propor aos alunos que organizem uma biblioteca na sala de aula. Para isso, será necessário escolher os livros, solicitá-los na biblioteca da escola, apresentá-los para os alunos, organizá-los, estabelecer coletivamente critérios para a classificação do acervo e criar coletivamente um conjunto de regras para o uso das obras. Todos devem combinar quais serão os cuidados necessários com essas obras.

  A importância social da biblioteca pública

  A biblioteca pública tem papel primordial no que se refere à democratização do acesso à informação, na medida em que recebe, sem distinção, qualquer pessoa independente de sua classe social, sexo, orientação sexual ou religião, tornando-se a mais democrática de todos os tipos de biblioteca. [...] Para atender a todos esses públicos, a biblioteca pública deverá contar com um acervo variado e generalista, pois será tarefa quase impossível aprofundar-se em todas as áreas do conhecimento. Vários suportes e mídias devem estar presentes, acompanhando as evoluções da tecnologia. A biblioteca pública também deverá desempenhar o papel de preservação da memória local, guardando e disponibilizando a produção cultural de sua comunidade e região. [...]

Para além de guardar livros ou ser um apêndice da biblioteca escolar, a biblioteca pública tem hoje papel fundamental na sociedade, na medida em que se torna um local de interação, debates e manifestações culturais e artísticas, extrapolando seu papel de democratização da cultura letrada. É um centro de promoção cultural, atuando como veículo para o exercício da cidadania. [...] A importância social da biblioteca pública está justamente em se conseguir pensar nas necessidades da comunidade na qual ela está inserida, e saber reconhecer os interesses da população. Indo um pouco mais além, deve-se pensar na demanda latente, ainda não reconhecida pela população, mas que deve ser oferecida e incorporada às políticas culturais vigentes.

FONTE: FERRAZ, Marina N. O papel social das bibliotecas públicas no século XXI e o caso da Superintendência de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 19, número especial, out./dez. 2014, p. 20-22. Disponível em: http://fdnc.io/fqE. Acesso em: 23 jul. 2021.

• Orientar os alunos a observar e interpretar as fotografias, lendo as legendas. A partir disso, eles devem identificar os tipos de atividades representadas. Por fim, devem avaliar quais dessas atividades são pertinentes para a realização em uma praça e quais não são.

  Atividade complementar

  Propor aos alunos uma visita a uma praça da localidade em que vivem. Após solicitar autorização da direção escolar e dos pais, montar com os alunos um roteiro de visita, com os elementos a serem observados, incluindo espaços físicos e atividades das pessoas. Na volta para a classe, socializar as descobertas individuais.

• Destacar com os alunos o contexto em que começaram a ser construídas as primeiras praças no Brasil.
• Observar coletivamente a pintura e explorar os elementos representados:
• as vestimentas das pessoas;
• os tipos de construções.
• Identificar na imagem os elementos que caracterizam os largos descritos no texto introdutório.
• Em seguida, encaminhar a realização das atividades propostas.
• Socializar as opiniões dos alunos.

  Os papéis das praças

  Praça, piazza, plaza, place, platz, square, e termos semelhantes. Praça (do grego plateia – “rua larga”): lugar público cercado de edifícios; largo; mercado; feira [...]. A praça é um componente presente em muitas das cidades ocidentais, independentemente de qual seja a nacionalidade, ou os valores culturais. É um espaço público, de uso coletivo que, desde que proposto, passou a ser apropriado a qualquer cidade, pelo homem fundada. Inicialmente compreendida como o espaço público da cultura, da política e da vida social, com o passar do tempo esta passou a ser conceituada como o local no qual ocorrem as mais diversas atividades – sociais, comerciais, culturais, recreativas, esportivas. Em um determinado período, a praça, que era meramente utilizada como um espaço para a realização das atividades humanas, passou, também, a incorporar, em seu desenho, qualidades arquitetônicas e paisagísticas de suma importância, na história das cidades. Atualmente, não há cidade que não possua uma praça referencial, que configure-se como um espaço de convergência e centralidade.

Para a cultura ocidental, as praças têm desempenhado um papel essencial: toda cidade possui uma praça que se destaca como símbolo urbano, palco de eventos históricos, espaço referencial [...].

FONTE: ECKER, Vivian D. O conceito de praça para a qualidade da paisagem urbana. Revista Projetar, v. 5, n. 1, jan. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fqF. Acesso em: 21 jun. 2021.

• Orientar a leitura do texto em voz alta, que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral, essencial no processo de alfabetização.
• Fazer a leitura compartilhada do texto As pessoas na praça apresentado na atividade 3, destacando com os alunos:
• a função da praça (local de encontro, bate-papos entre amigos, festas e jogos);
• as vestimentas usadas pelas mulheres nos dias de festa (vestiam suas melhores roupas);
• o preparo das ruas da cidade para os dias de festa (os enfeites e a limpeza).
• Observar a imagem apresentada na atividade 3, explorando com os alunos as vestimentas e os instrumentos musicais de origem africana (marimba e reco-reco).
• Informar aos alunos que a marimba é um instrumento de percussão de origem africana, assim como o reco-reco.
• Encaminhar o desenvolvimento das atividades.
• Orientar a leitura em voz alta do texto para um adulto da convivência dos alunos. Tal atividade contribui para o processo de fluência em leitura oral.

Boxe complementar:

Noções temporais

As atividades propostas permitem trabalhar com os alunos mudanças e permanências nas atividades realizadas no Passeio Público de Fortaleza.

Fim do complemento.

• Fazer a leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos:
• nome do local construído em Fortaleza;
• ano em que foi inaugurado;
• a principal atividade que as pessoas realizavam nesse espaço;
• quais eram os equipamentos existentes;
• o que ocorria nas tardes e noites de domingo e quinta-feira;
• os diferentes grupos sociais que frequentavam os espaços do parque.
• Orientar a atividade de reconto, que expande as possibilidades de fluência em leitura oral por meio da releitura do texto lido em casa e sua apresentação para um adulto da sua convivência.

  Os espaços públicos

  [...] o espaço urbano constitui um produto social em constante processo de transformação e seu estudo torna-se necessário para uma maior compreensão do uso que o homem faz do mesmo e das mudanças ocorridas naquele espaço ao longo do tempo.

  Assim, procura-se compreender quais fatores vieram contribuir com a transformação do uso das praças [...]. Como espaços tão privilegiados pelas sociedades passadas, como local de lazer e sociabilidade, vieram a se configurar, primordialmente, em local de consumo. Que processos de ordem econômica, política e cultural ocorreram e ocorrem para que esses espaços públicos percam suas antigas funções? [...]

  A significação das praças, antigamente, constituía-se no local do encontro espontâneo entre as pessoas, na promoção das atividades lúdicas e de lazer. Com a revolução da tecnologia, os espaços das cidades também se modificaram, incorporando novas tendências arquitetônicas, aglutinadas às formas passadas existentes.

Assim, em meio a tantas transformações integradas aos espaços públicos da cidade, há quem defenda a ideia de que “é o fim das praças”, na perspectiva de serem local de encontros espontâneos e gênese dos grandes acontecimentos citadinos. De acordo com o pensador francês Paul Virilio, a praça não é mais o foco gerador da informação para a sociedade, em detrimento da televisão que inunda a casa com notícias, como uma janela para o mundo.

FONTE: SILVA, Elizete A. Espaços públicos e territorialidades: as praças do Ferreira, José de Alencar e o Passeio Público. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Federal do Ceará, 2006. p. 11 e 22. Disponível em: http://fdnc.io/fqG. Acesso em: 21 jun. 2021.

• Ler coletivamente o texto introdutório, explorando com os alunos o período em que o Passeio Público esteve sem manutenção em suas construções.
• Refletir com os alunos sobre as consequências para a população da falta de manutenção nos equipamentos do Passeio.
• Propor que leiam individualmente a reportagem apresentada na atividade 3 e socializem suas impressões.
• Listar com eles as atividades desenvolvidas no espaço do Passeio pela comunidade.
• Enfatizar que as reportagens de jornais impressos ou on-line podem ser utilizadas como fonte histórica no estudo das mudanças e das permanências na relação das pessoas com os espaços públicos, como no caso do Passeio Público de Fortaleza.
• Orientar a realização das atividades, identificando com os alunos as mudanças e permanências no Passeio Público de Fortaleza ao longo do tempo.

• Realizar a leitura do texto inicial e, em seguida, solicitar aos alunos que descrevam os elementos da paisagem representada e identifiquem suas características principais.
• Fazer o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos acerca dos serviços públicos que estão representados.
• Organizar os alunos em pequenos grupos ou duplas e solicitar que leiam os textos informativos relacionados a estes serviços públicos.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  Ao tratar de questões relacionadas a serviços públicos essenciais, o capítulo contribui para o desenvolvimento da competência geral 7, da competência específica de Ciências Humanas 6 e da competência específica de Geografia 6, ao promover a argumentação com base em fatos, dados e informações confiáveis favorecendo a consciência socioambiental e o posicionamento ético em relação aos outros.

  Fim do complemento.

  As atividades do capítulo 14 possibilitam aos alunos identificar os principais serviços públicos que garantem a qualidade de vida das pessoas e do ambiente.

  A BNCC no capítulo 14

  Unidades temáticas: Formas de representação e pensamento espacial; Natureza, ambientes e qualidade de vida.

  Objetos de conhecimento: Representações cartográficas; Produção, circulação e consumo.

• Solicitar aos alunos que comentem sobre a importância de cada um dos serviços públicos representados, informando que, embora sejam de responsabilidade dos governos, alguns desses serviços podem também ser prestados pela iniciativa privada sob a supervisão das esferas governamentais, exemplos: segurança, educação, saúde, transporte e lazer.
• Um dos princípios fundamentais do Estatuto da Cidade, relacionado ao tema cidades e transformações, refere-se ao direito das pessoas a cidades sustentáveis. Esse direito prevê que os moradores tenham acesso a infraestrutura urbana e serviços públicos de qualidade, favorecendo suas condições de vida. Depois do compartilhamento das respostas das atividades de interpretação do infográfico sobre serviços públicos essenciais, sugere-se explicar para os alunos que a prestação desses serviços mobiliza inúmeros trabalhadores, que podem ser vistos como agentes de transformação social e, portanto, importantes para o exercício da cidadania.

  Habilidades: ( EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas; (EF03GE08) Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reúso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno.

• Solicitar aos alunos que elaborem as atividades, retomando a representação sobre os serviços públicos das páginas anteriores.
• Manter os alunos em pequenos grupos ou solicitar que realizem as atividades individualmente.
• Conversar sobre os locais, representados nas páginas anteriores, onde acontece a prestação dos serviços de educação, saúde e lazer, verificando a associação do tipo de serviço público ao estabelecimento onde são prestados.
• Solicitar que identifiquem quais dos serviços públicos representados existem no lugar onde vivem, cuidando para que criem e desenhem um novo símbolo para representar cada um deles, ressaltando que o símbolo deve corresponder ao tipo de serviço prestado.
• Orientá-los na construção desses símbolos, incentivando-os a refletir sobre formas de representação sem o uso de elementos textuais.
• A atividade 2 poderá ser realizada como tarefa de casa, criando uma oportunidade dos alunos comentarem com os adultos de sua convivência o que estão aprendendo e também ouvir a opinião deles sobre o tema.
• Compartilhar as respostas dos alunos e realizar um levantamento sobre a qualidade dos serviços prestados no local onde vivem, discutindo quais deles precisam melhorar.

  

  Para leitura dos alunos

  A cidade politicamente correta, de Elisabete da Cruz.

  Carochinha.

  A cidade de Fraterna sempre foi tranquila e organizada, até a chegada de moradores inesperados. O caos aparente do início vai aos poucos se ajeitando com a elaboração de um plano estratégico pelos moradores da cidade, sobretudo das crianças. Nessa história, temas importantes, como saúde, educação e habitação, aparecem de um jeito divertido e nos levam a pensar sobre nosso papel na sociedade.

• Solicitar aos alunos que relatem quem pode utilizar os serviços públicos e quem paga por eles, levantando seus conhecimentos prévios a respeito do assunto.
• Comentar que todas as pessoas têm direito a esses serviços.
• Orientar para que façam a leitura do texto, observem a fotografia e pensem sobre quais serviços públicos faltam no local mostrado na fotografia.
• Retomar a conversa sobre quem deveria prestar tais serviços com qualidade à população, indicando o governo como responsável.
• Organizar os alunos em duplas a fim de que proponham uma ação para melhorar a prestação de serviços nesse local e para que socializem essas ideias com os colegas oralmente ou por meio de uma produção de escrita.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Educação fiscal

  Ao abordar a questão do financiamento dos serviços públicos é possível aprofundar com os alunos questões relacionadas à educação fiscal, permitindo relacionar a arrecadação de impostos com a prestação de serviços essenciais à população. Para isso, vale assistir à animação Turma do tributo, disponível em: http://fdnc.io/fqH. (acesso em: 21 jun. 2021). Ao término do vídeo, conversar com os alunos sobre os malefícios da sonegação fiscal.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A atividade que envolve a reflexão sobre o acesso a serviços públicos e a proposição de melhorias desses serviços em uma localidade contribui para o desenvolvimento da competência geral 2 e da competência específica de Ciências Humanas 2, ao propor a análise do mundo social para criar soluções e intervir em situações do cotidiano posicionando-se diante de problemas do mundo contemporâneo.

  Fim do complemento.

• Realizar a leitura compartilhada do texto em voz alta.
• Conversar com os alunos sobre os servidores públicos que eles conhecem.
• Organizar, na lousa, um quadro com os servidores públicos citados pelos alunos.
• Verificar a opinião deles sobre como é o trabalho desses profissionais e sua importância social. Se for possível, compartilhar sua experiência no funcionalismo público com eles.
• Orientar os alunos a observar a mensagem e a imagem divulgada no dia do funcionário público, solicitando que respondam às questões.
• Verificar se reconhecem que o trabalho do servidor público contribui para o desenvolvimento da qualidade de vida da população, já que ajuda a gerir o patrimônio e o bem público.

  O que são serviços públicos?

  Serviços fornecidos à comunidade pelo Estado, aos quais, por princípio, todo cidadão tem direito. Abrangem todos os serviços prestados pelo aparelho burocrático-administrativo dos governos e o conjunto de benefícios que o Estado é obrigado por lei a prestar à população em áreas como educação, saúde, previdência social, saneamento básico e lazer. De modo geral, os serviços públicos se enquadram no setor terciário da economia e são financiados com os impostos pagos pelos contribuintes.

Apesar disso, muitos deles são pagos pela população de forma direta, extratributária, conforme o nível de consumo – caso de luz, água e telefone. Ocorre ainda que alguns serviços, embora de responsabilidade do Estado, também sejam fornecidos parcialmente à população por empresas particulares, que recebem concessões ou licenças especiais. É o caso da educação, saúde, transporte urbano e até mesmo policiamento particular.

FONTE: SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. Rio de Janeiro: Best Seller, 1999. p. 554.

Entreviste

A atividade permite aos alunos obter informações sobre o trabalho dos funcionários públicos, reconhecendo sua importância social. As entrevistas são recursos fundamentais para que os alunos possam coletar informações e conhecer diferentes aspectos do lugar de viver.

• Orientar os alunos na realização das entrevistas com funcionários públicos conversando sobre questões e procedimentos como: quem procurar para entrevistar, ouvir com atenção, anotar ou solicitar ajuda para registrar os comentários e as informações.
• Conversar com um funcionário público na escola, solicitar aos alunos que entrevistem pessoas conhecidas por seus familiares, ainda que ao telefone ou por vídeochamada, ou que trabalhem em instituições públicas próximas a sua moradia.
• Estimular as trocas entre os alunos a respeito do que compreenderam sobre o trabalho de um funcionário público. O registro deve ser feito por meio de uma produção de escrita, que poderá ser coletiva ou individual. Avaliar se os alunos produziram um texto adequado ao que foi proposto.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A atividade de entrevista favorece o desenvolvimento da competência geral 9 e da competência específica de Ciências Humanas 1 exercitando a empatia e o diálogo e a compreensão de si e do outro, valorizando o respeito à diferença.

  Fim do complemento.

• Conversar com os alunos sobre o que sabem a respeito dos tipos de lixo e de onde eles provêm.
• Solicitar que leiam os textos em voz alta e de forma compartilhada. Verificar a fluência em leitura oral dos alunos. O desenvolvimento contínuo da fluência vai tornando a leitura mais precisa e agradável aos ouvintes.
• Comentar que, no campo (espaço rural), também há produção de lixo, composto, por exemplo, de embalagens com resíduos de produtos químicos tais como adubos e fertilizantes, além de dejetos da produção animal, dejetos de ração e restos de colheita e do lixo produzido nos domicílios situados nas áreas rurais.

  Resíduos sólidos urbanos no Brasil

  Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é um dos países que mais gera resíduos sólidos – materiais, substâncias e objetos descartados – cuja destinação final deveria receber tratamento com soluções economicamente viáveis, de acordo com a legislação e as tecnologias atualmente disponíveis, mas acabam, ainda em parte, sendo despejados a céu aberto, lançados na rede pública de esgotos ou até queimados.

  Entre esses resíduos estão alguns mais complexos, como os de construção civil, hospitalares, radioativos, agrícolas, industriais e de mineração, mas também os domiciliares, oriundos de atividades domésticas em residências urbanas, e os de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, classificados como resíduos sólidos urbanos (RSU).

Nas cidades brasileiras, a crescente geração desse tipo de resíduo e as práticas de descarte estabelecidas, aliados ao ainda alto custo de armazenagem, resultaram em volumes crescentes de RSU acumulados e, historicamente, em sérios problemas ambientais e de saúde pública. Ao longo dos anos, a disposição irregular de RSU tem causado a contaminação de solos, cursos d’água e lençóis freáticos, e também doenças como dengue, leishmaniose, leptospirose e esquistossomose, entre outras, cujos vetores encontram nos lixões um ambiente propício para sua disseminação.

FONTE: ANTENOR, Samuel; SZIGETHY, Leonardo. Resíduos sólidos urbanos no Brasil: desafios tecnológicos, políticos e econômicos. Ipea –Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade, 9 jul. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/f7E. Acesso em: 21 jun. 2021.

• Realizar um levantamento com os alunos sobre o que sabem a respeito do destino dos variados tipos de lixo e perguntar se, na opinião deles, os diferentes tipos de lixo produzidos em uma cidade devem ter o mesmo destino.
• Solicitar que leiam os textos que acompanham a representação.
• Orientá-los a elaborar as atividades, verificando se reconhecem a nocividade dos lixões para a saúde das pessoas e para o ambiente.
• Comentar que o lixo, tanto no espaço rural como no urbano, é um problema de responsabilidade coletiva; sua solução tem início na redução do consumo. Por outro lado, é fundamental que os cidadãos estejam atentos às ações governamentais que devem garantir que os resíduos tenham destinação adequada.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  As atividades favorecem o desenvolvimento da competência geral 7, da competência específica de Ciências Humanas 6 e da competência específica de Geografia 6 ao promover a argumentação com base em fatos, dados e informações e promovendo a consciência socioambiental, com posicionamento ético em relação ao planeta.

  Fim do complemento.

Trabalho de campo

Este trabalho permite aos alunos observar a situação do entorno da escola em relação à coleta e ao destino do lixo. Ao se sentirem parte desse ambiente, os alunos podem desenvolver o senso de corresponsabilidade por esse e outros espaços.

• Orientar os alunos na preparação da atividade de trabalho de campo que visa identificar aspectos relacionados à coleta e ao descarte de resíduos sólidos no entorno da escola. Para repertoriar o trabalho, é importante selecionar uma planta cartográfica ou imagem digital que mostre a localização da escola e seu entorno. Junto com os alunos, importa fazer um levantamento das principais ruas e pontos de referência que existem no entorno da escola, localizando-os na planta ou mapa digital.
• Indicar o roteiro que será realizado a pé com os alunos e os pontos de parada previstos.
• Orientá-los a andar sempre como grupo e informar que no trajeto devem observar qualquer aspecto relacionado ao lixo, como a presença de lixeiras, postos de coleta, locais de descarte inapropriado, entre outros. Solicitar que realizem esses registros indicando a localização.
• Conversar com moradores e comerciantes do bairro sobre o serviço de coleta de lixo no local, verificando a frequência e os tipos de coleta.
• Na volta à sala de aula (etapa 3), auxiliar na produção de escrita. Redistribuir os alunos em grupos para a organização das informações coletadas e representação das situações evidenciadas na planta ou imagem digital, a partir de uma legenda elaborada pelos próprios alunos. Se preferir, o mapeamento relacionado ao lixo no entorno da escola pode ser feito em formato digital, contando com o acréscimo de fotos às legendas criadas pelos alunos, sob uma base georreferenciada disponível gratuitamente na internet.

  A simbologia cartográfica

  Um mapa é, definitivamente, um conjunto de sinais e de cores que traduz a mensagem expressa pelo autor. Os objetos cartografados, materiais ou conceituais, são transcritos através de grafismo ou símbolos, que resultam de uma convenção proposta ao leitor pelo redator, e que é lembrada num quadro de sinais ou legenda do mapa. [...] A tendência mais antiga tem sido a de utilizar tanto quanto possível símbolos “naturais”, figurativos ou analógicos, de forma que possam ser reconhecidos sem dificuldade. Por exemplo, durante muito tempo as montanhas foram representadas em elevação ou em perspectiva. Ainda nos mapas modernos, o azul dos rios e do mar ou o verde das florestas têm um valor de sugestão universal. Aliás, toda vez que o desenho o permite, os objetos materiais e as formas reais (construções, redes viárias, limites de campos ou de florestas...) merecem ser representados por seus contornos exatos em projeção. [...]

A vantagem dos símbolos abstratos é que um mesmo grafismo pode ser utilizado para ilustrar objetos muito diversos. É por isso que seu uso se difundiu tão bem em cartografia temática. [...] A liberdade do cartógrafo, no entanto, não é ilimitada, ainda que sua imaginação possa manifestar-se amplamente. Isso porque o mapa não é uma convenção qualquer. Ele é um meio de transmitir uma visão sobre o mundo e de convencer o leitor. Para ser inteligível, ele implica uma certa lógica e, para ser claro, uma certa elegância na apresentação. Nessas condições, um mau uso da simbologia cartográfica pode levar a grandes erros de interpretação.

FONTE: JOLY, Fernand. A Cartografia. Campinas: Papirus, 1990. p. 17-20.

• Realizar a leitura em voz alta do texto inicial e conversar sobre a responsabilidade coletiva pelo descarte do lixo e sobre algumas consequências do descarte inadequado.
• Solicitar aos alunos que leiam o texto Quadrilha da sujeira em voz alta, avaliando a fluência em leitura oral.
• Solicitar que registrem o que os personagens estavam fazendo e quais seriam as consequências dessas atitudes para a qualidade de vida dos moradores da localidade, realizando uma compreensão de texto.
• Compartilhar as respostas e avaliar, pelas colocações dos alunos, se realmente houve entendimento do que foi lido.
• Comentar a quantidade de lixo que se acumularia se todas as personagens tomassem as atitudes relatadas e ressaltar quais seriam as possíveis consequências, tais como a ocorrência de enchentes e a transmissão de doenças.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A elaboração da atividade de trabalho de campo em grupo favorece o desenvolvimento da competência geral 10, valorizando a ação pessoal e coletiva, a flexibilidade e a tomada de decisões com base em princípios democráticos, sustentáveis e solidários. Ao identificarem em uma planta cartográfica ou mapa digital os elementos vistos nas ruas do entorno da escola, a atividade promove uma aproximação com a competência específica de Geografia 3 e com o princípio do raciocínio geográfico de localização.

  Fim do complemento.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades da seção permitem que os alunos observem uma planta cartográfica e localizem alguns tipos de lixo descartados nas ruas. Também permitem identificar características da paisagem que podem ser observadas do ponto de vista vertical e relacionar o uso adequado de símbolos às temáticas propostas.

Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que observem a representação das ruas.
• Conversar sobre quais características da paisagem podem ser observadas do ponto de vista vertical: distância entre os elementos, dimensões (comprimento e largura) das construções, ruas e calçamento.
• Solicitar que observem os símbolos utilizados na legenda e conversar sobre a possibilidade de haver outros símbolos para representar os mesmos elementos.

  A importância da Cartografia

  [...] É fundamental que o ensino da Geografia, e aqui mais especificamente da Cartografia, tenha início nos primeiros anos escolares da criança. Ao observar e assimilar as informações do espaço vivido e conseguir visualizar estas mesmas informações em uma representação gráfica bidimensional, a criança estará adquirindo todo um saber científico que trará mais luz para as atividades da sua vida diária. Atividades estas que dependem do ato de deslocar-se de um lugar para o outro, dando todo sentido ao estudo da orientação espacial, da localização.

  FONTE: PISSINATI, Mariza C.; ARCHELA, Rosely S. Fundamentos da alfabetização cartográfica no ensino de Geografia. Geografia, Londrina, v. 16, n. 1, p. 170, jan./jun. 2007. Disponível em: http://fdnc.io/fqJ. Acesso em: 23 jun. 2021.

• Chamar a atenção dos alunos para o fato de que os objetos descartados inadequadamente estão representados na visão oblíqua nos símbolos da legenda, diferentemente da planta, que está na visão vertical.
• Orientar para que elaborem as atividades e compartilhem as respostas.
• Conversar sobre a existência de coleta seletiva e de lixeiras destinada aos resíduos sólidos recicláveis no lugar de viver.
• Se possível, trazer para a sala de aula quatro caixas encapadas nas cores vermelha, azul, amarela e verde, escolher objetos de distintos materiais existentes na sala de aula e pedir aos alunos que indiquem em qual caixa cada objeto deveria ser descartado.
• Realizar uma roda de conversa em relação à atividade 2, sobre situações semelhantes à descrita no texto Quadrilha da sujeira e que, eventualmente, tenham sido observadas pelos alunos no lugar de viver.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A leitura de planta cartográfica promove uma aproximação com a competência geral 4, com a competência específica de Ciências Humanas 7 e com as competências específicas de Geografia 3 e 4, ao explorar a linguagem cartográfica para a construção do conhecimento e o desenvolvimento dos princípios do raciocínio geográfico de localização e extensão.

  Fim do complemento.

  

  Para leitura dos alunos

  Duda cata tudo, de Sheila Kaplan. Rovelle.

  Tudo que Duda encontra na rua leva para casa. Cuida de cada objeto e até encontra um novo uso para ele. Mas vive preocupado com a quantidade de lixo produzido e descartado de forma inadequada. Então resolve atrair seus amigos para uma brincadeira de coleta seletiva e reaproveitamento dos objetos encontrados.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 13 e 14.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Identificar o tipo de espaço descrito e os equipamentos públicos que o caracterizam.
   5. Espera-se que os alunos reconheçam o espaço descrito, identifiquem-no como um espaço público e elenquem equipamentos comumente presentes nesse espaço.

2. Distinguir espaços públicos e privados.
   5. Espera-se que os alunos reconheçam os espaços descritos e consigam classificá-los em espaço público ou espaço privado.

3. Elaborar proposta para reduzir, reutilizar ou reciclar o lixo produzido no lugar de viver.
   5. Espera-se que os alunos sejam capazes de identificar iniciativas viáveis relacionadas a redução, reutilização ou reciclagem do lixo na sua moradia e em estabelecimentos comerciais do lugar de viver.

4. Elaborar campanha de valorização dos funcionários públicos, evidenciando sua importância social.

   Espera-se que os alunos sejam capazes de reconhecer a importância do trabalho dos funcionários públicos e de elaborar uma campanha (ou uma única peça publicitária) na forma de cartazes ou imagens digitais valorizando um exemplo de profissional.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade, não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade de propor ações em favor da redução e reciclagem do lixo no lugar de viver permite aos alunos uma aproximação da competência geral 2 no sentido de exercitar a curiosidade intelectual, a investigação e a reflexão para resolver problemas. A elaboração das atividades em grupos favorece, também, o desenvolvimento da competência geral 1, na medida em que promove a valorização e a utilização de conhecimentos historicamente construídos para colaborar para a construção de uma sociedade democrática, e a competência geral 10, valorizando a ação coletiva e a tomada de decisões com base em princípios éticos e sustentáveis.

Fim do complemento.

Trabalho em grupo

O trabalho em grupo é uma técnica eficaz para atingir certos tipos de objetivos de aprendizagem intelectual e social. É excelente para o aprendizado conceitual, para a resolução criativa de problemas e para o desenvolvimento de proficiência em linguagem acadêmica.

Socialmente, melhora as relações intergrupais, aumentando a confiança e a cordialidade. [...]. Mais importante ainda, o trabalho em grupo torna mais acessíveis as tarefas de aprendizagem para um número maior de alunos em salas de aula com grande diversidade de competências acadêmicas e proficiência linguística.

FONTE: COHEN, Elizabeth; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aula heterogêneas. Porto Alegre: Editora Penso, 2017. p. 7.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando aos alunos conhecer variadas formas de acesso e uso da água em diferentes tempos, permitindo refletir e agir em favor da sua preservação. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• Realizar a leitura do texto inicial e solicitar aos alunos que descrevam quais são os usos da água que estão sendo retratados nas fotografias.
• Identificar qual tipo de água é indicado para que as pessoas bebam. Conversar, na sequência, sobre o que sabem a respeito do tratamento de água: qual é a finalidade do tratamento, como é realizado, onde acontece e quais são as etapas envolvidas.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  Ao tratar, no capítulo, do tema dos recursos hídricos e da importância da sua conservação é possível contribuir para o desenvolvimento da competência geral 7, da competência específica da Ciências Humanas 6 e da competência específica de Geografia 6, no sentido de promover a construção gradativa de argumentações que favoreçam a consciência socioambiental e o exercício do protagonismo voltado para o bem comum.

  Fim do complemento.

  As atividades desenvolvidas no capítulo 15 permitem que os alunos conheçam e reflitam sobre o aproveitamento da água em atividades cotidianas e reconheçam a importância do seu tratamento.

  A BNCC no capítulo 15

  Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.

  Objeto de conhecimento: Impactos das atividades humanas.

• Solicitar aos alunos que leiam o texto inicial e verificar a compreensão do vocabulário, perguntando aos alunos se sabem o significado das palavras do texto. Orientá-los a consultar o glossário e também um dicionário impresso ou digital.
• Orientá-los a observar a fotografia que acompanha o texto e a descrever os elementos que a compõem, chamando a atenção para o que está escrito na placa e para o motivo de ter sido ali colocada.
• Explicar que a aparente limpeza da água de um rio, lago ou represa não significa que ela esteja adequada para consumo, pois pode conter microrganismos invisíveis a olho nu, que podem contaminá-la e causar doenças nas pessoas e nos animais.
• Perguntar aos alunos se já observaram uma placa como essa em seu lugar de viver e se alguém os alertou sobre a aparente limpeza de uma água contaminada.

  Habilidades: ( EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos; (EF03GE10) Identificar os cuidados necessários para utilização da água na agricultura e na geração de energia de modo a garantir a manutenção do provimento de água potável.

• Solicitar aos alunos que observem a representação e que leiam os textos de forma compartilhada e em voz alta.
• Verificar a fluência em leitura oral e orientar a prestar atenção ao ritmo e à precisão da leitura, de forma a torná-la mais cadenciada e de melhor compreensão pelos demais alunos.
• Solicitar a um aluno que relate, resumidamente, quais são as etapas do tratamento depois da leitura compartilhada do texto sobre as etapas de tratamento da água.

  Abastecimento de água

  Um sistema de abastecimento de água pode ser entendido como o conjunto de infraestruturas, equipamentos e serviços com objetivo de distribuir água potável para o consumo humano, bem como para o consumo industrial, comercial, dentre outros usos.

Sendo assim, o sistema de abastecimento de água convencional é composto por três etapas principais que garantem a disponibilidade de água potável para a população. Na captação, a água encontrada na natureza (rios, lagos, reservatórios) é retirada e direcionada à uma Estação de Tratamento de Água (ETA), onde são removidas impurezas para que a água se torne potável. A partir de então, a água pode seguir para as redes de distribuição, em que os consumidores são conectados por meio de ligações e recebem a água pronta para o consumo.

FONTE: BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Componentes do SNIS, 4 dez. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fqL. Acesso em: 23 jun. 2021.

• Chamar a atenção para a existência das represas, reservatórios de água destinados a fornecer água para abastecimento das populações, cujas águas são aproveitadas de rios ou mananciais.
• Solicitar aos alunos que relatem como a água chega às moradias das pessoas, contextualizando que, antes do tratamento, a água é retirada de rios, lagos, riachos, represas ou lençóis freáticos. Destacar que proteger esses locais é essencial para a manutenção do abastecimento de água para a população.

  Boxe complementar:

  Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6. Água potável e saneamento

  Visando desenvolver o ODS 6, que propõe assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos, pode-se solicitar uma atividade de elaboração de um texto coletivo sobre a situação do acesso à água potável no lugar de viver, avaliando aspectos positivos e negativos.

  Comentar que, segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2021, o consumo de água doce cresce cerca de 1% ao ano, fruto do crescimento populacional, do desenvolvimento econômico e de mudanças nos padrões de consumo. Estima-se que até 2030 crescerá 25% em relação ao consumo de 2021.

  Fim do complemento.

• Conversar com os alunos e fazer um levantamento dos conhecimentos prévios a respeito do processo de tratamento de esgoto. Solicitar que realizem a leitura em voz alta, verificando o desenvolvimento da fluência em leitura oral dos alunos.
• Esclarecer dúvidas em relação às terminologias e vocabulário, orientar uma consulta ao dicionário e comentar os significados das palavras desconhecidas pelos alunos.
• Orientar a compreensão de textos e observar se os alunos localizam as informações solicitadas e as reproduzem de forma correta.
• Solicitar que indiquem se o esgoto da fábrica representada está sendo tratado e que justifiquem a resposta indicando as consequências dessa ação.
• Retomar a reflexão sobre a água destinada ao tratamento de esgoto – sua origem e os riscos do contato direto para a saúde das pessoas.
• Comentar com os alunos que, devido à concentração de pessoas em um mesmo local, um dos desafios das cidades no mundo e no Brasil ao longo do tempo é o direito ao saneamento básico (que inclui o acesso à água e ao esgoto tratados), pois o saneamento favorece a qualidade de vida das pessoas e a conservação dos ambientes.
• A fim de desenvolver o tema cidades e transformações, apontar que esse é um dos desafios a serem enfrentados pelo poder público e pela sociedade civil no Brasil, visto que, de acordo com o Ranking do Saneamento de 2021 do Instituto Trata Brasil, mais de 5 milhões de brasileiros não tinham acesso à água potável nas 100 maiores cidades do país em 2020. Em relação ao acesso à rede de esgoto nos domicílios, apenas 54,1% de pessoas dessas cidades tinham esse direito básico garantido em 2020.

  Esgotamento sanitário

  Após o consumo em atividades domésticas, a água incorpora impurezas de diversas naturezas, muitas delas nocivas ao ser humano e ao ambiente, caracterizando o que é conhecido como esgoto sanitário.

  Um sistema de esgotamento sanitário pode ser entendido como conjunto de infraestruturas, equipamentos e serviços, nesse caso, com o objetivo de coletar e tratar os esgotos domésticos e com isso evitar a proliferação de doenças e a poluição de corpos hídricos após seu lançamento na natureza.

Para tanto, o sistema de esgotamento sanitário convencional consiste em duas etapas principais. A coleta é feita por uma rede de tubulações que conecta a fonte geradora dos esgotos domésticos (casas, prédios, edifícios comerciais) à uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), onde boa parte dos poluentes são removidos da água até que sejam atingidos limites seguros para o lançamento do esgoto tratado em um rio ou lago, também chamados de corpos receptores.

FONTE: BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Componentes do SNIS, 4 dez. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fqL. Acesso em: 23 jun. 2021.

• Solicitar aos alunos que inicialmente observem as imagens das etapas de limpeza da água em uma estação de tratamento e solicitar que numerem as imagens na ordem em que essas etapas acontecem.

  Investigue

• Orientar os alunos a, na tarefa de casa, perguntar aos adultos de sua convivência como é o tratamento de água e de esgoto no lugar onde vivem, se todas as moradias recebem água tratada encanada ou via poço artesanal e se possuem rede de coleta de esgoto.
• Socializar as informações obtidas pelos alunos, para que comparem as situações e avaliem os serviços de tratamento de água e esgoto no lugar de viver.
• Realizar uma roda de conversa sobre as consequências da ausência de tratamento de água e esgoto para o ambiente e para a vida das pessoas.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Educação ambiental

  Esta é uma oportunidade de refletir sobre o uso racional dos recursos naturais do planeta. Ouvir o podcast chamado O caminho da água do portal Minas faz Ciência, disponível em: http://fdnc.io/fqN. Acesso em: 23 jun. 2021. Depois, realizar uma roda de conversa, levantando as informações que mais surpreenderam os alunos. Perguntar se os conhecimentos sobre o “caminho” da água contribuíram para que refletissem sobre a importância da sua preservação.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A atividade de investigação proposta favorece o desenvolvimento da competência geral 2 e da competência específica de Geografia 1, exercitando a curiosidade intelectual e o espírito investigativo.

  Fim do complemento.

• Conversar com os alunos sobre como é o uso da água em seu cotidiano.
• Orientar para que registrem quais atividades que utilizam água são realizadas em sua moradia.
• Questionar sobre a existência, ou não, na moradia, de recursos ou equipamentos para que a água seja reaproveitada.
• Elaborar com os alunos uma lista de atitudes que podem ser tomadas para que a água seja reaproveitada nessas situações: fechar a torneira ao ensaboar a louça, ensaboar-se com o chuveiro desligado, lavar roupa com a máquina cheia, lavar o chão e o carro usando baldes de água, entre outras.

  

  Para leitura dos alunos

  Água sim, de Eucanaã Ferraz e Andrés Sandoval. Companhia das Letrinhas.

  Este é um livro de poemas sobre a água, em todos os seus estados físicos. A cada mudança de página, as palavras do poeta serpenteiam como a água pelas pedras, árvores, nuvens, passando pelo gelo, pelo Sol, pelo rio. Os desenhos e suas texturas acompanham as sensações inspiradas pelo texto e nos levam a refletir sobre sua importância para a vida e sobre a necessidade de se preservar nossos recursos hídricos.

• Orientar os alunos na criação dos desenhos e na produção de escrita para a elaboração dos cartazes visando fomentar o consumo consciente da água.
• Registrar na lousa uma lista das dicas que serão divulgadas em forma de cartaz. Incentivá-los a criar símbolos ou ilustrações adequados para representar cada dica.
• Conversar sobre as maneiras de elaborar textos para cartazes, de modo que a dica escrita seja breve, mas transmita a informação completa a respeito do uso racional da água.
• Distribuir o material necessário para a elaboração dos cartazes, cuidando que sejam afixados em locais com maior circulação de pessoas.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  Ao tratar do tema do uso consciente da água, atende-se à competência geral 7, à competência específica das Ciências Humanas 6 e à competência específica de Geografia 6, no sentido de promover à construção gradativa de argumentações que favorecem a consciência socioambiental e o exercício do protagonismo voltado para o bem comum. O tema também aproxima os alunos da competência específica de Ciências Humanas 3 ao explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade e utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza, como determina a competência específica de Geografia 1. A proposta de criar cartazes para uma campanha de consumo consciente da água tendo como base a realidade do lugar de viver permite a construção do conhecimento a partir de diferentes linguagens e gêneros textuais, como preveem a competência geral 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4.

  Fim do complemento.

• Conversar com os alunos sobre o que sabem a respeito do uso da água pelas pessoas em atividades fora das moradias.
• Organizar os alunos em grupos e solicitar a cada um que leia um dos usos da água citados nos textos em voz alta e relate as informações que leu e as observações que fez das fotografias, destacando o que mais lhes chamou a atenção, verificando a progressão que os alunos apresentam com relação à fluência em leitura oral e à compreensão dos textos.
• Fazer a leitura da ilustração que representa o uso da água para produção de energia elétrica e explorar com os alunos as características da paisagem para a instalação de uma usina hidrelétrica. Em muitos rios onde há a instalação de usinas hidrelétricas, são construídas eclusas, para que as embarcações consigam trafegar por eles.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  O trabalho com os principais usos dos rios e as possíveis causas do comprometimento dos recursos hídricos favorece o desenvolvimento das competências específicas de Geografia 1 (que prevê a utilização dos conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade e natureza), 6 (que prevê a promoção da consciência socioambiental) e 7 (que pressupõe agir com responsabilidade propondo ações sobre questões socioambientais).

  Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que indiquem outros usos que podem ser feitos das águas dos rios, como o abastecimento de água (fundamental para a qualidade de vida e manutenção da saúde) e a pesca (fonte de subsistência de muitas famílias e que costuma ser realizada em diversos locais do Brasil).
• Comentar sobre a importância da água para cada um dos usos citados e sugerir que imaginem como seria a vida das pessoas sem água.

  

  Para leitura dos alunos

  Quem vai salvar a vida?, de Ruth Rocha. Salamandra.

  O meio ambiente é tudo o que existe ao nosso redor. Este livro mostra que pequenas atitudes, como não jogar lixo na rua ou economizar água, são muito importantes para salvar a vida do nosso planeta. O personagem desta história está consciente de que a responsabilidade neste assunto é compartilhada por todas as pessoas e não pode ser delegada, mas seus pais estão alheios a essa questão.

• Orientar os alunos na elaboração das atividades propostas e solicitar que retomem as informações constantes nos textos e nas fotografias das páginas anteriores.
• Retomar os diferentes exemplos de uso da água, chamando a atenção para a situação dos rios no lugar em que vivem.
• Conversar sobre a importância da preservação da água dos rios para a obtenção da energia elétrica e navegação, sobre o uso da água nas indústrias (na própria produção, na lavagem de equipamentos, no resfriamento das máquinas, entre outros), na agricultura (para irrigar as plantações) e em diversas atividades de lazer.
• Comentar que o aproveitamento de rios para a geração de energia é muito comum no Brasil, mas que a instalação das usinas hidrelétricas também causa impactos negativos para o meio ambiente. Explicar que a contenção da água em represas gera alagamentos que podem provocar a destruição de parte da vegetação, o assoreamento de alguns rios, a diminuição ou extinção de espécies e, em algumas localidades, o deslocamento das populações ribeirinhas e indígenas, muitas delas moradoras das áreas próximas aos rios.
• Compartilhar as respostas dos alunos, realizando ao final uma conversa sobre as consequências da poluição da água dos rios.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade permite aos alunos ler e interpretar dados sobre a utilização da água no Brasil por meio de gráfico de barras.

Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que observem o gráfico e relatem o que entenderam. Verificar se identificam quais atividades utilizam mais água no Brasil.
• Conversar sobre os símbolos indicados no gráfico e solicitar que sugiram outros símbolos que poderiam ser utilizados.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A leitura de gráficos consiste em um trabalho com a linguagem visual e matemática de acordo com o que estabelecem a competência geral 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4.

  Fim do complemento.

  O uso da água na irrigação

  Atualmente, o principal uso de água no país, em termos de quantidade utilizada, é a irrigação. Esse uso corresponde à prática agrícola que utiliza um conjunto de equipamentos e técnicas para suprir a deficiência total ou parcial de água para as culturas, e varia de acordo com a necessidade de cada cultura, tipo de solo, relevo, clima e outras variáveis. Normalmente, a irrigação permite uma suplementação do regime de chuvas, viabilizando o cultivo em regiões com escassez mais acentuada de água, como o Semiárido, ou em locais com períodos específicos de seca, como a região central do Brasil. Estima-se atualmente um total de cerca de 7,3 milhões de hectares de área irrigada no Brasil.

  FONTE: BRASIL. Agência Nacional de Águas (ANA). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2019. Brasília: ANA, 2019. p. 34.

• Orientar a leitura da letra da canção em voz alta, que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.
• Explorar o título da canção Lata d’água, as informações citadas na letra da canção e os elementos da ilustração. A partir disso, os alunos podem responder a atividade proposta. Socializar as respostas individuais.

  As atividades desenvolvidas no capítulo 16 permitem identificar mudanças e permanências nas formas de obtenção de água no Brasil em diferentes tempos.

  A BNCC no capítulo 16

  Unidade temática: A noção de espaço público e privado.

  Objeto de conhecimento: A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental.

  Habilidade: ( EF03HI10) Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção.

• Conversar com os alunos sobre as características da biografia, que trata da história de vida de uma pessoa no contexto histórico da época em que viveu.

  Atividade complementar

  Propor aos alunos que escolham um morador da comunidade em que vivem e escrevam sua biografia.

  Orientá-los a elaborar um roteiro de perguntas a serem feitas à pessoa para levantar informações, como a data e o local de nascimento, a profissão dos familiares, como foi sua infância, como foi sua vida escolar, qual é a sua profissão, como é sua família, os lugares onde morou, sua participação em movimentos sociais e seus planos para o futuro.

  A partir das informações levantadas, orientar a elaboração de um texto coletivo sobre a biografia da pessoa escolhida. Essa atividade constitui uma produção de escrita, que contribui para o processo de alfabetização.

Boxe complementar:

Fonte histórica visual

As atividades propostas permitem recuperar a noção de fonte histórica visual e ampliá-la por meio da análise de obras de arte.

Fim do complemento.

• Orientar os alunos a analisar a pintura que representa o aqueduto chamando a atenção deles para: o título da obra (Boqueirão e arcos da Lapa) ; a data em que foi produzida (1790); o lugar representado (região da Lapa, no Rio de Janeiro); as características do espaço (presença de elementos naturais e construídos); as atividades das personagens representadas (nadar, brincar, tomar banho e lavar roupas na lagoa, além de conduzir o gado para atravessá-la); os elementos da natureza representados (lagoa, morros e vegetação); os elementos construídos representados (Igrejas, Convento, Aqueduto da Carioca, carro de boi, entre outros); a época em que as construções foram feitas (em outro tempo).

  História e iconografia: um diálogo possível

  [...] muitas das iconografias, como obras de arte em forma de pintura, painéis, esculturas, entre outras, foram criadas para retratar um momento histórico, mas é importante destacar que muito da história tradicional discorrida pela literatura trata-se de uma história de classe, em que grande parte dos detalhes dos eventos históricos são dissimulados. Desta forma, ao considerar como fiel o reflexo de uma obra de arte, seria cair numa armadilha tendenciosa. Observa-se, porém, que o uso da iconografia como elemento de pesquisa histórica possibilita diversas possibilidades de se conhecer os fatos históricos, principalmente no que se refere a hábitos, a costumes, religiosidade, entre outros [...].

As mais diversas formas de iconografia históricas foram criadas no sentido de impressionar o leigo, passando uma imagem para provocar impacto ao longo do tempo, por isso é que ao observar gravuras [...] elas transmitem algo sublime e renovador para o período, quando se sabe que foi somente um fato histórico que não provocou significativas transformações sociais ou econômicas para toda a sociedade.

FONTE: NALIN, Ivanir L. M.; CAMPOS JÚNIOR, Luis de C. Novos caminhos para fontes históricas: iconografia, fotos e objetos. Os desafios da escola paranaense na perspectiva do professor PDE. Secretaria de Educação do Governo do Estado do Paraná, v. I, 2014, s/p. Disponível em: http://fdnc.io/fqQ. Acesso em: 23 jun. 2021.

• Orientar os alunos a analisar a cena representada chamando a atenção deles para: o título da obra (Chafariz da Carioc a); a data em que foi produzida (1824); o lugar representado (Chafariz da Carioca, aonde chegavam as águas do Aqueduto da Carioca, no Rio de Janeiro); as características do espaço (área para acesso da população à água); as atividades das personagens representadas (lavar roupas, oferecer água aos cavalos, controlar o acesso aos chafarizes – guardas); os elementos construídos representados (chafariz e outras construções); características da arquitetura que remetem a outro tempo.
• Orientar coletivamente a realização das atividades, conversando sobre as ações humanas representadas e a importância da preservação de pinturas desse tipo.

• Propor a leitura individual do texto introdutório e solicitar aos alunos que relacionem as informações do texto com as da imagem.
• Identificar aspectos do cotidiano e do espaço representado na imagem.
• Aprofundar a leitura e a interpretação do texto e da imagem perguntando: O texto e a imagem tratam de qual época? Qual era a procedência da água? Como a água era transportada?
• A partir desse levantamento, orientar individualmente a realização da atividade proposta.

  Abastecimento de água e saúde pública no Brasil Imperial

  Rio de Janeiro, capital do Império, início de 1889. [...] Auge do verão, a cidade alterna períodos de calor e secura com dias de chuvas torrenciais. [...] As semanas passam, as chuvas rareiam. O calor aumenta. Com ele, a febre amarela. Aqueles que podem, tomam o trem e sobem a serra de Petrópolis. Aproveitam, como Pedro II e sua família, o clima ameno da cidade imperial. Na corte do Rio de Janeiro, fica quem tem que trabalhar. Ou seja, a maioria da população.

  FONTE: ELIAS, Rodrigo; SCARONNE, Marcelo. Quando o Império morreu de sede. História, Ciências e Saúde – Manguinhos, fev. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/fqR. Acesso em: 23 jun. 2021.

• Orientar coletivamente a leitura e a interpretação do quadro, identificando com os alunos: o título (Brasil: acesso à água encanada – 1940, 2000 e 2010); os anos citados (1940, 2000, 2010); os dados sobre pessoas com acesso e pessoas sem acesso à água encanada em cada ano apresentado.
• É importante conversar com os alunos sobre a forma de apresentação dos dados, explicando que a referência total é sempre 100, e, para cada situação, apresenta-se a parte que tinha ou não acesso à água. Optou-se por esse tipo de apresentação dos dados, e não pela porcentagem, visando facilitar a compreensão dos alunos.

  

  Para leitura dos alunos

  Água, o tesouro da Terra, de Andrea Avelar. Suinara.

  A obra permite uma viagem pelos elementos que compõem a Terra, com destaque para a água. Nesse sentido, permite à criança refletir acerca da importância da preservação desse recurso e do acesso de todas as pessoas à água.

• Orientar a observação e interpretação das fotografias, identificando com os alunos as situações retratadas. Em seguida, orientar a leitura das legendas.
• A partir desses elementos, identificar as dificuldades no acesso à água e as formas de tentar obtê-la.
• As atividades propostas permitem abordar a questão da distribuição desigual de água.
• Orientar os alunos na conversa com um adulto de sua convivência, recuperando os conhecimentos apresentados na página anterior sobre o acesso à água pelos brasileiros. Este tipo de atividade permite o exercício da interação verbal, por meio do diálogo entre alunos e adultos.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Educação em Direitos Humanos

  As atividades propostas permitem abordar o tema do direito à água como ampliação de uma abordagem relacionada à educação em Direitos Humanos. Enfatizar que todo ser humano tem direito à água, mas esse direito nem sempre é atendido, exigindo esforços da população e do poder público para que isso ocorra.

  Fim do complemento.

  Direito à água

  O acesso à água potável e ao saneamento básico é um direito humano essencial, fundamental e universal, indispensável à vida com dignidade e reconhecido pela ONU como “condição para o gozo pleno da vida e dos demais direitos humanos” (Resolução 64/A/RES/64/292, de 28.07.2010). Com efeito, o acesso à água e ao saneamento integra o conteúdo mínimo do direito à dignidade da pessoa humana, devendo-se respeitar a qualidade, i.e, a água há de ser potável; a quantidade, ou seja, o suficiente para a sobrevivência; a prioridade de acesso humano, em caso de escassez; e a gratuidade –, ao menos no que diz respeito ao mínimo necessário para a sobrevivência humana. Enfim, “há de ser alcançada a dignidade hídrica” (D´ISEP, 2010, p. 59).

De fato, sem o acesso a uma quantidade mínima de água potável, os outros direitos a ela intrínsecos, tais como os direitos à vida e a um nível adequado para a saúde e bem estar, tornam-se inatingíveis. Entretanto, a disponibilidade de água atualmente atravessa uma grande crise de escassez. Segundo os estudos da World Health Organization e Unicef, 769 milhões de indivíduos são afetados por escassez ou falta de acesso à água no globo.

FONTE: GONÇALVES E SILVA, Thalita V. O Direito Humano de acesso à água potável e ao saneamento básico. Análise da posição da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Disponível em: http://fdnc.io/fqS. Acesso em: 23 jun. 2021.

• Orientar a atividade de leitura do texto em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral, parte do processo de alfabetização.
• Em seguida, chamar a atenção para as características que essa água deve ter, bem como para as formas de abastecimento consideradas essenciais, segundo o texto.
• Organizar a atividade em que os alunos devem localizar e retirar informações do texto, ampliando suas estratégias de compreensão de texto. Garantir que os alunos percebam que, nas últimas décadas, o direito à água tem sido amplamente debatido em instâncias governamentais e não governamentais.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades dessa seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 15 e 16.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Identificar na moradia atividades que consomem mais água e propor uma solução para a diminuição do consumo.
   5. Espera-se que os alunos sejam capazes, a partir das imagens, de identificar três atividades na moradia que consomem água e propor redução de consumo.

2. Reconhecer a importância do tratamento do esgoto.
   5. Espera-se que os alunos sejam capazes de reconhecer que a coleta e o tratamento do esgoto são um serviço público essencial para garantir a saúde das pessoas e a preservação do ambiente (evitando a contaminação dos solos e rios).

3. Identificar construções ligadas ao transporte e ao abastecimento de água no século XVIII.
   15. Os alunos devem observar e interpretar as fotografias, identificando o tipo de construção retratada em cada uma. Em seguida, devem classificar qual se refere a um aqueduto e qual se refere a um chafariz.

4. Explicar a função dos aguadeiros, que atuavam no Brasil há duzentos anos.
   15. Os alunos devem reconhecer a função dos aguadeiros na distribuição de água há duzentos anos, quando não havia uma ampla rede de distribuição de água nas cidades brasileiras.

5. Diferenciar a situação de acesso à água no Brasil em 1940 e recentemente.
   15. Os alunos devem ler as afirmativas sobre o acesso dos brasileiros à água. Em seguida, devem classificar tais frases de acordo com o tempo a que se referem.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade, não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

Avaliação de resultado

Esta avaliação pode ser aplicada ao término do módulo de trabalho e ao final do bimestre, do semestre ou do ano. Fica ao critério do professor aplicá-la integralmente ou selecionar algumas atividades a partir do que foi priorizado ao longo dos estudos. Sugere-se estabelecer pontuações ou conceitos distintos para atividades valorizando as temáticas e os procedimentos que tiveram maior ênfase pedagógica ao longo do curso. Vale considerar a possibilidade de elaborar rubricas visando sistematizar os critérios de correção e minimizar elementos de subjetividade, favorecendo uma devolutiva mais clara e transparente de seus resultados.

Solicitar aos alunos que respondam em uma folha avulsa, sem a cópia do enunciado e numerando as atividades antes de suas respostas.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 1 a 4

1. Reconhecer as características e a importância das atividades culturais exercidas pelas pessoas no campo e na cidade.

2. Relacionar exemplos de povos e comunidades tradicionais do Brasil com as principais atividades que realizam.

3. Identificar exemplos de influências culturais dos povos indígenas, africanos, europeus e asiáticos nos hábitos da população brasileira.

4. Classificar os alimentos de acordo com a origem.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 5 a 8

5. Exemplificar como as paisagens naturais do lugar de viver foram alteradas pelas pessoas.

6. Diferenciar representações do espaço bidimensionais (desenho, croqui e planta cartográfica) de representações tridimensionais (maquete).

7. Explicar o que é cultura material e o que é cultura imaterial.

8. Identificar um exemplo de patrimônio histórico, um de patrimônio arqueológico e um de patrimônio imaterial.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 9 a 13

9. Exemplificar um recurso mineral usado no Brasil para a fabricação de um produto industrializado.

10. Exemplificar um impacto ambiental comum no campo brasileiro, indicando razões para sua ocorrência.

11. Comparar o trabalho dos vaqueiros há cem anos e atualmente, explicando uma mudança ocorrida.

12. Listar profissões antigas de cidades brasileiras que estão desaparecendo.

13. Reconhecer mudanças nas atividades do espaço rural há duzentos anos e atualmente.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 14 a 18

14. Identificar exemplos de serviços públicos, explicando a importância deles para a qualidade de vida das pessoas.

15. Propor uma ação que contribua para a redução da produção de lixo.

16. Explicar a importância do uso consciente da água pelas pessoas.

17. Explicar, com exemplos, o que são espaços públicos e espaços privados.

18. Explicar o que eram aquedutos e chafarizes.