MP100

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 3 e 4

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 3 e 4. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Como as formas de trabalho e modos de vida dos moradores da cidade e do campo se revelam em diferentes tempos?

Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre as distintas formas de trabalhar e viver no campo e na cidade.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

• Reconhecer atividades de trabalho realizadas nos três setores da economia e os espaços onde predominantemente ocorrem.

• Diferenciar formas e tipos de produção na agricultura, na pecuária, no extrativismo, na indústria, no comércio e na prestação de serviços e reconhecer os trabalhadores associados a essas atividades econômicas.

• Identificar as principais características das cidades antigas.

• Ordenar temporalmente mudanças no calçamento e na coleta de lixo das ruas brasileiras.

• Explicar algumas mudanças na iluminação artificial das ruas e das moradias e a influência dessas mudanças no cotidiano das pessoas.

• Identificar a localização das primeiras vilas e cidades brasileiras.

Para monitorar as aprendizagens por meio desses objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar os elementos trabalhados no módulo.

Em relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 3, vale propor atividades em que os alunos diferenciem os três setores da economia (primário, secundário e terciário). Chamar a atenção para as atividades que predominam nos espaços rurais e urbanos. Vale propor novas atividades para que os alunos identifiquem exemplos de atividades do setor primário que predominam em espaços rurais e atividades do setor secundário e terciário que predominam em espaços urbanos.

Em relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 4, é indicado propor atividades em que os alunos observem imagens de cidades antigas, comparando com as estudadas e estabelecendo semelhanças e diferenças. No que se refere às ruas brasileiras, sugerir a elaboração de uma tabela em que identifiquem os elementos estudados – calçamento, coleta de lixo e iluminação – e a situação de cada um desses elementos nos tempos estudados. Por fim, explorar com os alunos imagens da iluminação das ruas brasileiras em diferentes tempos, permitindo novas abordagens das mudanças e permanências nesses elementos.

A página MP263 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

MP101

Unidade 2 A organização do território e a transformação da paisagem

Esta unidade permite aos alunos refletir sobre as diversas formas de organização do território brasileiro e sobre a transformação das paisagens naturais pelas pessoas.

As páginas de abertura correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir de um mapa antigo com a presença de elementos naturais e humanizados, promovendo a reflexão sobre as diferentes formas de organização e de representação do território brasileiro.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Capítulos 5 e 6: permitem aos alunos reconhecer distintas formas de organização político-territorial do Brasil ao longo do tempo, associando-as a diferentes arranjos sociais existentes em diferentes épocas.

Capítulos 7 e 8: exploram como a ocupação do espaço pelas pessoas transforma as paisagens e a natureza, podendo ocasionar impactos ambientais.

Introdução ao módulo dos capítulos 5 e 6

Este módulo, formado pelos capítulos 5 e 6, permite aos alunos refletir sobre as formas de organização do território brasileiro em diferentes tempos.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 5 possibilitam o conhecimento sobre a atual divisão político-administrativa do território brasileiro, desenvolvendo a habilidade EF04GE05. Além disso, possibilita aos alunos conhecer as funções dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, avaliando a atuação de seus representantes junto à população, tema que favorece o desenvolvimento da habilidade EF04GE03. São desenvolvidas atividades de compreensão de textos, leitura de fotografias e mapas, produção de escrita, debate e investigação. Como pré-requisito, os alunos devem reconhecer exemplos de governantes que existem em um município.

As atividades do capítulo 6 possibilitam a reflexão sobre as formas de organização do território brasileiro, aproximando os alunos da habilidade EF04HI01. São desenvolvidas atividades de leitura e compreensão de textos e observação e interpretação de mapas. Como pré-requisito, os alunos precisam conhecer o mapa da divisão regional do Brasil apresentado no capítulo anterior.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP102

UNIDADE 2. A organização do territó rio e a transformação da paisagem

Imagem: Ilustração de um mapa. No centro, porção de terra com morros, árvores e rios. Na parte superior há outra porção de terra com construções espalhadas, rios, serras, árvores, uma igreja e portos. Em volta, o mar com criaturas marinhas gigantes e caravelas. Fim da imagem.

LEGENDA: América do Sul em detalhe de mapa de Theodore de Bry, de 1592. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos com o objetivo de possibilitar a troca de conhecimento entre os alunos.
  • As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.

MP103

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Quais elementos naturais foram representados no território que atualmente corresponde ao Brasil nesse mapa?
    PROFESSOR Resposta: 1. Serras, morros, árvores e rios.
  1. Quais elementos construídos pelas pessoas foram representados?
    PROFESSOR Resposta: Portos, vilas e igrejas.
  1. Na atualidade, de que forma os mapas representam o território brasileiro?
    PROFESSOR Resposta: Verificar o conhecimento prévio dos alunos.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar aos alunos que observem a imagem que corresponde a um mapa de 1592, produzido pelo europeu Theodore de Bry, representando parte da América do Sul.
  • Solicitar aos alunos que descrevam os elementos humanos e naturais representados e que identifiquem semelhanças e diferenças entre as representações do território da América há cerca de 430 anos e atualmente.
  • Propor a comparação desse mapa com um mapa físico atual da América do Sul, que pode ser obtido em um atlas geográfico ou na internet.
  • Solicitar que reflitam sobre por que são distintas as formas de representação de uma mesma localidade em diferentes tempos.
  • Enfatizar, principalmente, as representações dos elementos naturais e realizar uma conversa a respeito das formas e razões de as pessoas transformarem os elementos da natureza.

    Para complementar

    3. A representação de Theodore de Bry do território que atualmente corresponde ao Brasil apresenta diversas diferenças em relação aos limites, às cores e aos símbolos utilizados, bem como às técnicas empregadas nas representações atuais.

MP104

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 5 e 6

Quais foram as formas de organização do território brasileiro adotadas em diferentes tempos?

CAPÍTULO 5. Brasil: divisão político-administrativa

Atualmente, o território brasileiro apresenta uma divisão político-administrativa em unidades da federação e municípios. As unidades da federação constituem-se nos 26 estados e no Distrito Federal.

Vamos conhecer um pouco sobre o município de Goiânia, capital do estado de Goiás.

1. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de um parque com um lago grande à esquerda e muitas árvores em volta. Ao redor do parque há ruas asfaltadas, casas e postes. Ao fundo, prédios.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de parte do município de Goiânia, no estado de Goiás, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

PROFESSOR Resposta: Casas, edifícios, uma praça, ruas asfaltadas, árvores e um lago.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre mudanças relacionadas às esferas territoriais, políticas e administrativas no Brasil ao longo do tempo. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar suas respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

  • Direcionar a atenção dos alunos para os elementos da paisagem mostrados na fotografia.
  • Solicitar que façam a leitura da legenda e comentem o que sabem sobre o município de Goiânia.
  • Orientar para que indiquem a visão da qual a fotografia foi tirada, informação importante para favorecer a leitura e a interpretação de mapas e plantas cartográficas. Caso apresentem alguma dificuldade, orientá-los a observar um objeto em diferentes visões: vertical, oblíqua e frontal.

    As atividades do capítulo 5 permitem que os alunos conheçam as divisões político-administrativas do território brasileiro e os principais representantes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

    A BNCC no capítulo 5

    Unidades temáticas: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas.

    Objetos de conhecimento: Instâncias do poder público e canais de participação social; Unidades político-administrativas do Brasil.

MP105

O município de Goiânia localiza-se em Goiás, uma das unidades da federação brasileira.

Em 2020, o estado de Goiás era formado por 246 municípios.

2. Observe a divisão do estado de Goiás em municípios.

Imagem: Mapa. Goiás: divisão municipal (2017). Mapa de Goiás e no centro, destaque para Goiânia (6). Ao redor, os municípios vizinhos: (1) Goianira; (2) Santo Antônio de Goiás; (3) Nerópolis; (4) Goianápolis; (5) Trindade; (7) Senador Canedo; (8) Abadia de Goiás; (9) Aparecida de Goiânia. À Nordeste de Goiânia está a Capital federal, Brasília. No canto superior esquerdo, mapa do Brasil com destaque para região descrita. No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 70 km. Fim da imagem.

Fonte: IBGE Mapas. Mapa político do estado de Goiás. Disponível em: http://fdnc.io/frf. Acesso em: 15 abr. 2021.

  1. Goiânia é a capital do estado de Goiás. No mapa, qual é o número que indica a localização de Goiânia?
    PROFESSOR Resposta: O município de Goiânia está indicado no mapa pelo número 6.
  1. Cite três municípios que estão localizados próximo a Goiânia.
    PROFESSOR Resposta: Goianira, Santo Antônio de Goiás, Nerópolis, Goianápolis, Trindade, Senador Canedo, Abadia de Goiás e Aparecida de Goiânia.
  1. Cite três unidades da federação que fazem divisa com o estado de Goiás.
    PROFESSOR Resposta: Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
  1. Quantos municípios o estado de Goiás tinha em 2020?
    PROFESSOR Resposta: 246 municípios.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    3. Localize o Distrito Federal no mapa da atividade anterior. O que você sabe sobre essa unidade da federação?

PROFESSOR Atenção professor: Verificar se sabem que o Distrito Federal é uma unidade da federação onde se localiza Brasília, a capital do país. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidades: ( EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos órgãos do poder público municipal e canais de participação social na gestão do Município, incluindo a Câmara de Vereadores e Conselhos Municipais; (EF04GE05) Distinguir unidades político-administrativas oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação e grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando seus lugares de vivência.

  • Solicitar aos alunos que façam a leitura do mapa, observem a localização do município de Goiânia e identifiquem a unidade da federação (Goiás) na qual está inserido.
  • Auxiliá-los a interpretar os limites entre os municípios e a relacioná-los com os números listados na legenda.
  • Comentar que cada unidade da federação é subdividida em organizações político-administrativas menores, denominadas municípios, com exceção do Distrito Federal, que é subdividido em regiões administrativas. Um município, por sua vez, pode ser subdividido em distritos.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Os conhecimentos adquiridos a respeito das unidades político-administrativas do Brasil possibilitam aos alunos uma aproximação da competência geral 1 no sentido de continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. A competência específica de Geografia 5 também é mobilizada pelos alunos ao avaliar ações e propor perguntas e soluções para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.

    Fim do complemento.

MP106

Cartografando

Observe a planta cartográfica de parte do município de Goiânia.

Imagem: Mapa. Planta cartográfica de parte do município de Goiânia. Mapa dividido em quatro linhas (A, B, C, D) e quatro colunas (1, 2, 3, 4). Na parte inferior, a legenda:  Prefeitura: C3;  Museu de Artes de Goiânia: B2;  Teatro: D2;  Shopping center: D4;  Hospital: C1;  Igreja: C2;  Restaurante: A2;  Centro cultural: B4;  Assembleia Legislativa: C2;  Praça Almirante Tamandaré: A1 e B1;  Bosque dos Buritis: B2, C1 e C2;  Praça Cívica: C3.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 110 m.  Fim da imagem.

Fonte: Google Maps. Disponível em: http://fdnc.io/frg. Acesso em: 14 abr. 2021.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos identificar e localizar pontos de referência em uma planta cartográfica com quadrículas de uma parte da área urbana do município de Goiânia.

Fim do complemento.

  • Solicitar aos alunos que observem as quadrículas da planta cartográfica, formadas pelo cruzamento das linhas verticais e horizontais.
  • Explicar que as quadrículas são nomeadas pela junção de uma das letras dispostas à esquerda da planta cartográfica com um dos números situados abaixo dela. Localizar, na planta, as quadrículas em que o Bosque dos Buritis está situado.
  • Solicitar que identifiquem a localização de outros pontos de referência na planta: o hospital, o teatro, a prefeitura, o shopping center, a igreja e outros.
  • Comentar que a cidade de Goiânia teve um acelerado crescimento populacional desde a década de 1960, atingindo um milhão de habitantes cerca de sessenta anos depois de sua fundação.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    A atividade de leitura e interpretação da planta cartográfica em quadrículas aproxima os alunos da competência específica de Geografia 4, ao favorecer o desenvolvimento do pensamento espacial, e da competência específica de Ciências Humanas 7, ao mobilizar a linguagem cartográfica no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal, relacionando localização, distância e direção, além do princípio do raciocínio geográfico de localização, como preconiza a competência específica de Geografia 3.

    Fim do complemento.

    A paisagem e o olhar atento

    A paisagem revela uma história, o passado inscrito nas formas geradas por tempos diferenciais acumulados, mas sempre atuais, sincrônicos e diacrônicos que produzem uma impressão aprendida pelos sentidos. [...] É por isso que para além da fixidez aparente da paisagem há um ritmo que revela um tempo, que por sua vez é uma vida que se descortina ao olhar atento. Ganha cores e matizes de acordo com as necessidades da reprodução da vida humana. As relações com o lugar se determinam no cotidiano, para além do convencional.

MP107

  1. Na planta cartográfica, em quais quadrículas o Bosque dos Buritis está localizado?
    PROFESSOR Resposta: C1, C2 e B2.

    2. Em qual quadrícula localiza-se:

    1. o hospital?
      PROFESSOR Resposta: C1.
    1. a igreja?
      PROFESSOR Resposta: C2.
    1. o teatro?
      PROFESSOR Resposta: D2.
    1. o shopping center?
      PROFESSOR Resposta: D4.
    1. a prefeitura?
      PROFESSOR Resposta: C3.
    1. o centro cultural?
      PROFESSOR Resposta: B4.

      3. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma estrada asfaltada com rotatórias. Nas laterais há campos verdes, muitas árvores, algumas casas e ruas. Ao fundo, prédios.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de parte do município de Goiânia, no estado de Goiás, em 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. De qual ponto de vista essa fotografia foi feita?
    PROFESSOR Resposta: Oblíquo.
  1. Quais elementos da paisagem podem ser identificados?
    PROFESSOR Resposta: Estradas, casas, prédios, árvores, vegetação rasteira e automóveis.
  1. O que essa fotografia do município de Goiânia retrata: o espaço urbano, o espaço rural ou ambos? Justifique sua resposta.
    PROFESSOR Resposta: Ambos, pois observam-se uma extensa área com vegetação e poucas construções e outras áreas com adensamento de construções.
MANUAL DO PROFESSOR

O espaço é o lugar do encontro e o produto do próprio encontro, a cidade ganha teatralidade e não existe dissociada da sociedade que lhe dá conteúdo. Assim, a observação da paisagem vai permitindo uma leitura e uma interpretação da nossa situação no mundo de hoje, revelando na sua dimensão visível a história do lugar.

FONTE: CARLOS, Ana F. A. O espaço urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo: Contexto, 2004. p. 35-36.

  • Solicitar que indiquem o ponto de vista a partir do qual o município de Goiânia foi retratado. No caso, a fotografia foi tirada de um avião, na perspectiva oblíqua.
  • Destacar a importância da visão oblíqua em fotografias, explicando que ela possibilita a observação dos elementos que formam a paisagem com maior detalhamento.
  • Comentar as características da paisagem observada.

    Atividade complementar

    Instruir os alunos a acessar o site Cidades do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), base de dados que apresenta informações atualizadas de todos os municípios brasileiros. Disponível em: http://fdnc.io/5R. Acesso em: 23 jun. 2021.

    Verificar com os alunos quantos municípios existem na unidade da federação onde vivem e, na sequência, instrua-os a localizar o nome do município em que vocês estão e a ler as principais informações relacionadas a população, trabalho, educação, economia, saúde, território e ambiente do município.

MP108

Brasil: as unidades da federação e as regiões

O Brasil está dividido em 26 estados e o Distrito Federal, e esses são chamados de unidades da federação ou unidades federativas.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Nos mapas, as unidades da federação podem estar indicadas pelos seus nomes ou pelas siglas correspondentes aos nomes.

No Brasil atual, as unidades da federação podem ser agrupadas em cinco grandes regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essas regiões foram estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nessa divisão regional do IBGE, foram agrupadas unidades da federação com aspectos econômicos, sociais e naturais semelhantes.

2. Leia e interprete o mapa.

Imagem: Mapa. Brasil: divisão regional.  Região Norte: Acre (AC), Amazonas (AM), Roraima (RR), Rondônia (RO), Pará (PA), Amapá (AP) e Tocantins (TO).  Região Nordeste: Maranhão (MA), Piauí (PI), Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Alagoas (AL), Sergipe (SE) e Bahia (BA).  Região Centro-Oeste: Mato Grosso (MT), Distrito Federal (DF), Goiás (GO) e Mato Grosso do Sul (MS).  Região Sudeste: Minas Gerais (MG), Espírito Santo (ES), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).  Região Sul: Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS).  Limite entre regiões: linha laranja. Limite entre países: linha pontilhada cinza.  No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 480 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 94.

  1. Em qual unidade da federação você vive?
    PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal.
  1. Qual é a sigla que representa essa unidade da federação?
    PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos a identificarem a sigla que corresponde ao nome de sua unidade da federação.
  1. Em qual região se localiza a unidade da federação onde você vive?
    PROFESSOR Resposta: Os alunos devem relacionar a cor da UF no mapa ao nome da região correspondente, indicado na legenda.
  1. Quais outras unidades da federação fazem parte dessa região? Escreva as siglas delas.
    PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Realizar a leitura em voz alta do texto, observando a fluência em leitura oral dos alunos e identificando aqueles que apresentam alguma dificuldade. Se isso ocorrer, solicite a releitura de um trecho menor, a fim de promover o aprimoramento gradativo da fluência.
  • Ler e interpretar o mapa da divisão regional do Brasil.
  • Enfatizar a divisão do território em unidades da federação e regiões.
  • Solicitar que localizem no mapa a unidade da federação onde vivem.
  • Explicar a eles que o Brasil é uma República Federativa formada pela união dos estados e do Distrito Federal.
  • Localizar no mapa a região em que se encontra a unidade federativa onde vivem os alunos e depois propor a eles que localizem outras unidades da federação que fazem parte dessa região e identifiquem suas respectivas siglas.
  • Orientar, se possível, que acessem o jogo de quebra-cabeça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, relacionado à localização das unidades da federação do país, disponível em: http://fdnc.io/frh. Acesso em: 23 jun. 2021.

    Conceito de região

    Na discussão a respeito do conceito de região para a Geografia, os autores têm chamado a atenção para o fato de que esse termo é bastante utilizado em outros campos científicos e também no senso comum. Mas esse fato não é exclusivo desse conceito. Muitos dos conceitos utilizados na análise geográfica [...] fazem parte da linguagem cotidiana, assumindo variadas concepções e representações, o que reforça a necessidade de, para a prática de ensino, buscar-se captar os significados que lhe são atribuídos pelos alunos.

MP109

Existem outras formas de divisão do território brasileiro em regiões.

A chamada divisão regional geoeconômica, por exemplo, baseia-se em aspectos de ordem econômica e histórica. Nessa divisão regional, ao contrário da divisão estabelecida pelo IBGE, os limites das regiões não correspondem aos limites das unidades da federação. De acordo com ela, o Brasil apresenta três regiões geoeconômicas: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul.

3. Leia e interprete o mapa.

Imagem: Mapa. Brasil: divisão geoeconômica.  Amazônia: AC, AM, RR, RO, AP, PA, MA, TO e MT.  Nordeste: MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, MG e ES.   Centro-Sul: TO, MA, BA, DF, GO, MT, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 390 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 150.

  1. A unidade da federação onde você vive faz parte de qual ou de quais regiões geoeconômicas?
    PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal.
  1. Cite as unidades da federação que estão inseridas em duas regiões geoeconômicas simultaneamente, isto é, ao mesmo tempo.
    PROFESSOR Resposta: 2.b) MT, TO, BA, MG e ES. O Maranhão está inserido nas três regiões geoeconômicas simultaneamente.

    4. Localize, retire informações dos textos e compare os mapas da divisão do Brasil proposta pelo IBGE e o da divisão geoeconômica. Quais são as principais diferenças que existem entre elas?

PROFESSOR Resposta: Na divisão do IBGE, o Brasil foi dividido em cinco regiões compostas de diversas unidades da federação. Na divisão geoeconômica, o Brasil foi dividido em três regiões, cujos limites não coincidem com os limites das unidades da federação.
MANUAL DO PROFESSOR

No senso comum, o conceito de região, conforme aponta Gomes*, está associado à localização e à extensão de um certo fato ou fenômeno: “Um conjunto de área onde há o domínio de determinadas características que distinguem aquela área das demais”. Um outro sentido atribuído à região é o de unidade administrativa, sendo a divisão regional, nesse caso, a forma pela qual se exercem a hierarquia e o controle na administração dos estados.

FONTE: CAVALCANTI, Lana de S. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 14ª ed. Campinas: Papirus, 2010. p. 104.

FONTE: *GOMES, Paulo C. de C. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, Iná E. et al. (org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 53.

  • Realizar a leitura compartilhada do texto.
  • Solicitar aos alunos que observem o mapa com a divisão geoeconômica do Brasil e realizem as atividades, comparando as duas formas de regionalização.
  • Comentar que o mapa das grandes regiões apresenta cinco regiões, cujos limites coincidem com os limites das unidades da federação. Já o mapa da divisão geoeconômica apresenta três regiões, cujos limites não correspondem aos das unidades da federação, podendo uma unidade da federação pertencer a duas ou três regiões.

MP110

Brasil: limites, divisas e fronteiras

Como os limites entre municípios, estados e países são demarcados? Observe as placas.

Imagem: Fotografia. À esquerda, estrada asfaltada e à direita, placa azul com a informação: LIMITE DE MUNICÍPIOS – XIQUE-XIQUE – ITAGUAÇU DA BAHIA.  Fim da imagem.

LEGENDA: Placa indicando o limite entre os municípios de Xique-Xique e Itaguaçu da Bahia, no estado da Bahia, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. À esquerda, estrada asfaltada e à direita, placa azul com a informação: DIVISA DE ESTADOS – MINAS GERAIS – GOIÁS – RIO SÃO MARCOS. Ao fundo, um rio com plantas em volta. Fim da imagem.

LEGENDA: Placa indicando a divisa entre os estados de Minas Gerais e Goiás, no município de Paracatu, no estado de Minas Gerais, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Os limites entre os municípios e as divisas entre os estados podem ser sinalizados por meio de placas. Há limites de municípios e divisas de estados estabelecidos a partir de um elemento da paisagem, como um rio, uma serra, uma rodovia, uma linha férrea, entre outros.

Do mesmo modo, esses elementos naturais ou construídos pelas pessoas costumam ser usados para indicar os limites do território de um país. A região ou faixa ao longo dessa linha de limite é chamada fronteira.

Imagem: Fotografia. Vista aérea do encontro de dois rios. À esquerda, a Argentina, ao lado, Rio Iguaçu e à direita, o Brasil. O Rio se encontra com o Rio Paraná acima e do outro lado da margem está o Paraguai.  Fim da imagem.

LEGENDA: Os rios Iguaçu e Paraná demarcam a fronteira entre Argentina, Paraguai e Brasil. Fotografia registrada no município de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar aos alunos que observem as fotografias de limite de municípios e divisa de estados e leiam as respectivas legendas.
  • Perguntar se já observaram placas com esses dois termos em algum lugar por onde passaram.
  • Perguntar aos alunos o que sabem a respeito das formas de demarcação de divisas ou limites.
  • Orientar que os alunos identifiquem a diferença e a semelhança contida no significado dos termos divisa e limite: semelhança – delimitam duas unidades político-administrativas; diferença – limites delimitam os municípios e divisas, os estados.
  • Comentar que os limites naturais geralmente são indicados pelo curso de um rio ou uma forma do relevo, como uma serra.
  • Propor a eles que observem a fotografia que indica a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. As fronteiras dos territórios desses três países têm como referência dois rios: o Iguaçu e o Paraná, constituindo-se como limites naturais.

    Fronteiras, limites e divisas

    [...] Após analisar a formação de fronteiras em diferentes partes do globo terrestre, ele [André Martin, em seu livro Fronteiras e nações, de 1992] abre distinções entre fronteira e limite, sendo que fronteira corresponde a uma faixa própria de uma área de tensão, enquanto limite vem a ser uma linha pela qual fica definida a atuação de um determinado Estado. No entanto, o limite sendo uma linha há de ser visível e, assim, surge a divisa que nada mais é que o aspecto visível do limite.

MP111

1. Observe o mapa do município de Quilombo, localizado no estado de Santa Catarina.

Imagem: Mapa. Quilombo: limite municipal. No centro, destaque para Quilombo com duas rodovias principais à esquerda. Abaixo, o Rio Chapecó e a cidade de Marema. À esquerda, Rio do Ouro e a cidade Jardinópolis. Ao redor, o limite de municípios é representado por linhas cinzas. No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 5 km. Fim da imagem.

Fonte: IBGE Mapas. Mapa municipal estatístico – Quilombo (SC). Disponível em: http://fdnc.io/frk. Acesso em: 14 abr. 2021.

Imagem: Mapa. Santa Isabel do Ivaí: limite municipal. No centro, destaque para Santa Isabel do Ivaí. À esquerda, Rib. Tamanduateí e a cidade Santa Cruz de Monte Castelo. À direita, Rib. Taquara e a cidade Santa Mônica. Acima, rodovias e a cidade Loanda. Ao redor, o limite de municípios é representado por linhas cinzas. No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 10 km. Fim da imagem.

Fonte: IBGE Mapas. Mapa municipal estatístico – Santa Isabel do Ivaí (PR). Disponível em: http://fdnc.io/frj. Acesso em: 14 abr. 2021.

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos na realização de uma pesquisa sobre o nome dos municípios limítrofes ao município onde vocês estão.
MANUAL DO PROFESSOR

André, tendo por base diferentes autores, ainda abre uma distinção entre delimitação e demarcação. A delimitação vem a ser o procedimento de se identificar o limite da fronteira, a demarcação, por sua vez, compreende a escolha dos marcos que irão significar a divisa no terreno.

FONTE: EVANGELISTA, Helio de A. A fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro segundo uma perspectiva de análise geográfica. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998. Disponível em: http://fdnc.io/fri. Acesso em: 9 jun. 2021.

  • Solicitar aos alunos que observem os mapas dos dois municípios e identifiquem os tipos de demarcação realizada: se o limite é natural ou artificial.
  • Conversar com os alunos sobre os marcos utilizados como limite entre o município onde vivem e outros.
  • Mostrar o mapa político do município em que vivem e localizar os elementos que o limitam. Caso não seja possível, buscar versão digital, procurar informações na internet ou na prefeitura municipal e compartilhá-las com os alunos.

MP112

Quem governa o município, a unidade da federação e o país?

Você deve imaginar que não é uma tarefa fácil administrar um município, uma unidade da federação ou um país. Os governantes dessas unidades político-administrativas devem cumprir as leis. No Brasil, os governantes e os responsáveis pela elaboração das leis são escolhidos por meio do voto.

Poder Legislativo

No município, os vereadores têm a função de criar leis ou rever as que já existem. Eles trabalham na Câmara Municipal, também denominada Câmara de Vereadores.

Existem leis que também são criadas para atender às necessidades da população de cada unidade da federação. Elas são de responsabilidade dos deputados estaduais e distritais, que trabalham na Assembleia Legislativa.

A elaboração e a revisão das leis do país são responsabilidades dos deputados federais e dos senadores. Eles trabalham no Congresso Nacional, localizado em Brasília.

Imagem: Fotografia. Fachada com a informação: Câmara Municipal de Campinas. Atrás há uma construção extensa com cerca azul em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fachada da Câmara de Vereadores no município de Campinas, no estado de São Paulo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Placa com um brasão e a informação: Assembleia Legislativa do Paraná. Atrás há construção alta e cerca em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Assembleia Legislativa do estado do Paraná, no município de Curitiba, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Construção com dois semicírculos nas laterais e duas torres no centro. Em volta há água e gramado verde.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do Congresso Nacional em Brasília, no Distrito Federal, em 2018. No prédio do Congresso Nacional, estão o plenário do Senado Federal e a Câmara dos Deputados. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

1. Quem são as pessoas responsáveis por fazer as leis no município? E na unidade da federação? E no país?

PROFESSOR Resposta: No município, os vereadores; no estado, os deputados estaduais; no Distrito Federal, os deputados distritais; no país, os senadores e os deputados federais.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

2. Agora é a sua vez de escrever um texto para explicar porque as leis são importantes. Quando solicitado, apresente oralmente seu texto para os colegas e o professor.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem argumentar sobre a necessidade de criação de regras para uma vida melhor e mais organizada em sociedade.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar os alunos na observação das fotografias e na leitura das legendas.
  • Explicar sobre os representantes do Poder Legislativo nos níveis municipal, estadual e federal, esclarecendo que eles são responsáveis por elaborar as leis. Na sequência, ajude-os a relacionar o nível político-administrativo (município, estado e país), com os respectivos representantes (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) e os órgãos públicos em que atuam (Câmara Municipal, Assembleia Legislativa e Congresso Nacional).
  • Comentar a importância da criação de leis municipais, estaduais e federais e, se possível, destacar algumas leis que existem no município onde vivem.
  • Solicitar aos alunos uma produção de escrita, para que justifiquem por que a criação das leis municipais, estaduais e federais é importante para as pessoas. Verificar se a informação solicitada foi apresentada e justificada nos textos produzidos pelos alunos.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Ao se trabalhar as esferas governamentais e os canais de participação cidadã, possibilita-se uma aproximação da competência geral 6, uma vez que evidencia a importância de se fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Também permite que os alunos reflitam e valorizem a diversidade de indivíduos e grupos sociais, seus saberes, sem preconceitos de qualquer natureza, conforme sugere a competência específica de Ciências Humanas 4.

    Fim do complemento.

    Os Três Poderes

    Poder Legislativo

    Tem como função primordial, típica, a de legislar, sendo encarregado da elaboração das Leis. Secundariamente, administra e julga. É também denominado Parlamento, Congresso ou Assembleia. Representa a vontade popular na feitura das leis e nas reclamações de outras medidas subsequentes à coletividade. [...]

    Poder Executivo

    Embora administrar seja a função típica, o Executivo tem outras atribuições, desde a expedição de atos com força de lei (medidas provisórias), até a participação no processo legislativo, pela iniciativa, sanção, veto e promulgação das leis. Os chefes dos Poderes Executivos exercitam suas principais funções jurídicas através dos decretos e regulamentos. [...]

MP113

E quem são as pessoas responsáveis por colocar em prática as leis e garantir que as necessidades da população sejam atendidas?

Poder Executivo

No município, o prefeito é o responsável por executar ações de administração. Ele nomeia secretários municipais para ajudá-lo a resolver problemas ligados à saúde, ao transporte, à educação e a outros assuntos.

Imagem: Fotografia. Prédio extenso e na parte superior, a informação: PREFEITURA MUNICIPAL. Ao lado há árvores e plantas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fachada da Prefeitura Municipal de Esmeralda, no estado do Rio Grande do Sul, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Na unidade da federação, o governador, com os secretários estaduais, tem o dever de promover ações e políticas em favor da melhoria da qualidade de vida dos habitantes da unidade da federação que governa.

No país, a execução de ações em favor da população fica a cargo do presidente. O presidente trabalha com uma equipe de ministros e outros funcionários públicos.

Imagem: Fotografia. No centro, uma estátua e atrás há um muro de pedras, escadaria e uma construção grande com paredes amarelas e detalhes brancos. Fim da imagem.

LEGENDA: Fachada do Palácio do Governo de estado do Espírito Santo, no município de Vitória, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Poder Judiciário

Há também representantes do poder público, como juízes e desembargadores, que são responsáveis por garantir o cumprimento das leis.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de um pátio gramado com árvores. Nas laterais há fileiras de prédios compridos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Edifícios que abrigam os ministérios do governo federal em Brasília, no Distrito Federal, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

3. Quem são as pessoas responsáveis pela administração do município? E da unidade da federação? E do país?

PROFESSOR Resposta: No município, os prefeitos e os secretários municipais; na unidade da federação, os governadores e os secretários estaduais; no país, o presidente e os ministros.
MANUAL DO PROFESSOR

Poder Judiciário

Tem a função de dar a pretensão jurisdicional, interpretar a lei e distribuir a justiça. Realiza funções atípicas como legislar e administrar. O Poder Judiciário exerce a jurisdição, que consiste no poder de dizer o direito aplicável a uma controvérsia, em caráter definitivo, quando deduzida processualmente.

FONTE: KIRSCHNER, Nara L. Teoria da separação de poderes. BuscaLegis. Disponível em: http://fdnc.io/frm. Acesso em: 9 jun. 2021.

  • Realizar a leitura dos textos em voz alta observando a fluência em leitura oral dos alunos. O monitoramento do progresso dos alunos na fluência permite ao professor conhecer com mais detalhes os problemas da leitura de cada um e assim oferecer a ajuda necessária.
  • Solicitar aos alunos que observem as fotografias e as legendas e relatem o que mais lhes chamou a atenção.
  • Conversar sobre os responsáveis por executar as leis no município, no estado e no país e onde atuam, prefeituras, sedes de governo estadual e ministérios em Brasília. Em uma roda de conversa, retomar as características de todos os poderes e falar sobre a importância de cada um deles para o funcionamento do país e o exercício da democracia.
  • Retomar o texto que os alunos produziram na atividade da página anterior.

    Boxe complementar:

    Tema Contemporâneo Transversal: Educação em Direitos Humanos

    Para desenvolver a questão da Educação em Direitos Humanos, orientar os alunos a levar para a aula um jornal local impresso ou notícias pesquisadas na internet a respeito de ações de um representante político do lugar em que vivem: vereador, deputado, prefeito, governador ou outros. Selecionar alguns dos materiais com os alunos para montar um painel. Em uma roda de conversa, comentar sobre essas ações e as vantagens ou as desvantagens que elas podem trazer à população. Ao final, incentivar os alunos a refletir sobre as ações desses governantes em relação aos direitos fundamentais das pessoas.

    Fim do complemento.

MP114

O papel dos cidadãos

Os administradores do município, da unidade da federação e do país têm muitas responsabilidades. Por isso, os eleitores devem escolher com cuidado em quem votar e fiscalizar o trabalho dos governantes eleitos.

Também é importante que as pessoas exercitem a cidadania participando diretamente da criação de políticas públicas. Os conselhos municipais, ou conselhos de políticas públicas, são uma das formas de os habitantes de um município participarem do planejamento e da fiscalização das ações do governo em diversas áreas, como educação e saúde. Qualquer cidadão ou grupo de pessoas pode propor a criação de um conselho municipal no lugar onde vive.

1. Por que é importante que os eleitores escolham com responsabilidade os governantes?

PROFESSOR Resposta: Porque eles são responsáveis por criar e revisar leis e realizar ações para o bem de toda a população.

2. Qual é a importância dos conselhos municipais?

PROFESSOR Resposta: Eles são uma forma de as pessoas participarem do planejamento de políticas públicas e de fiscalizarem as ações do governo.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

3. Em sua opinião, por que o trabalho dos governantes deve ser fiscalizado pela população?

PROFESSOR Resposta: Fiscalizar o trabalho dos governantes é agir com cidadania, em favor do interesse público.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

4. Em uma roda de conversa, debatam a seguinte questão.

Quais ações envolvendo governantes e cidadãos poderiam melhorar a qualidade de vida da população em nosso lugar de viver?

Imagem: Ilustração. Adultos, uma criança e uma idosa estão segurando placas e cartazes. Entre eles, um homem está segurando um cartaz e um megafone. Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Avaliar a adequação das ações propostas considerando os conteúdos debatidos no capítulo. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar aos alunos que relatem o que sabem sobre cidadania e papel dos cidadãos.
  • Conversar com eles sobre as ações que a população pode ter para participar das políticas públicas do lugar em que vive: acessar notícias nas mídias, participar de reuniões do bairro, assistir às sessões da Câmara Municipal e outros.
  • Comentar a função dos Conselhos Municipais.
  • Propor uma conversa sobre a importância da fiscalização, pela população, dos trabalhos realizados pelos governantes.
  • Solicitar que levantem hipóteses sobre as formas de a população fiscalizar o trabalho dos governantes com o objetivo de saber se estes estão agindo em favor do interesse público, e não de interesses pessoais.
  • Na atividade 4, orientar os alunos para que apresentem oralmente a produção escrita que realizaram sobre a participação dos governantes e a qualidade de vida da população, avaliando se produziram um texto adequado em relação ao que foi proposto.

    Para leitura dos alunos

    Imagem: Capa de livro. Na parte inferior, o título e na parte superior, ilustração de uma menina segurando um lápis na frente da boca e um senhor segurando um cartaz.  Fim da imagem.

    Sofia pimenta, futura presidenta, de Andrea Beaty. Intrínseca.

    Quem disse que crianças não podem mudar o mundo? Esta é a história de uma menina atenciosa com as pessoas e com o lugar onde vive. Muito criativa, enquanto anda pelas ruas, observa tudo ao seu redor e tem ideias de como fazer melhoramentos.

    Principais atribuições do prefeito

    [...] O prefeito, autoridade máxima na estrutura administrativa do Poder Executivo do município, tem o dever de cumprir atribuições previstas na Constituição Federal de 1988, definindo onde serão aplicados os recursos provenientes de impostos e demais verbas repassadas pelo estado e pela União. [...] O mandato do prefeito tem duração de quatro anos. Nesse período, ele deve, entre outras funções, zelar pela boa administração da cidade, empreendendo a gestão da coisa pública, além de exercer o controle do erário, planejar e concretizar obras, sejam elas da construção civil ou da área social. [...] Além disso, cabe ao prefeito não apenas sancionar as leis aprovadas em votação pela Câmara Municipal (também chamada de Câmara de Vereadores), mas também vetar e elaborar propostas de leis quando achar necessário. [...]

MP115

Boxe complementar:

Investigue

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

  1. Converse com um adulto de sua convivência e pesquise informações em livros ou na internet para responder às perguntas a seguir.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a obterem as informações por meio de uma conversa com um adulto e/ou por meio de uma pesquisa. Sugerir sites de pesquisa confiáveis. Fim da observação.
    1. Quando teve início o mandato do prefeito do município onde você vive? E quando vai terminar?
    1. Cite duas secretarias municipais que existem no município onde você vive.
    1. Existem conselhos municipais no seu município? De quais áreas?
    1. Quantos vereadores trabalham na Câmara Municipal do município onde você vive?
    1. No município onde você vive, os governantes têm cumprido seus deveres com relação:
      • à saúde? Explique.
      • à educação? Explique.
      • ao meio ambiente? Explique.

        Imagem: Ilustração. Folha pautada. Fim da imagem.

        Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

      1. Apresente os dados coletados para os colegas e o professor.

        Imagem: Ilustração. Jovens com camiseta branca e azul estão sentados em volta de uma mesa redonda. Sobre a mesa há folhas, lápis e réguas. Ao lado, uma mulher com vestido está em pé e observando.  Fim da imagem.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Outras atribuições são desempenhadas em parceria com os governos estadual e federal, como a gestão da área da saúde, por exemplo. Na área de saneamento básico, as prefeituras atuam em parceria com os estados. Na educação, a obrigação do município é cuidar das creches e do ensino fundamental.

FONTE: TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Conheça as principais atribuições do prefeito. 13 set. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/frn. Acesso em: 9 jun. 2021.

Investigue

  • Propor aos alunos a realização desta atividade como tarefa de casa, Oriente-os a pedir o auxílio de um adulto da convivência deles. Em seguida, ler cada pergunta proposta, esclarecendo possíveis dúvidas.
  • Listar o nome de algumas secretarias municipais e comentar que elas podem variar de município para município (exemplos: Secretaria da Educação, Secretaria da Saúde e Secretaria de Meio Ambiente).
  • Motivar os alunos a pesquisar na internet as ações prometidas pelos vereadores em campanha e as que foram cumpridas por eles. Conversar sobre as informações que obtiveram e sobre a importância de acompanharem as ações dos vereadores do lugar em que vivem.
  • Comentar a experiência de realizar a entrevista e descobrir como funcionam as atividades de um prefeito e das secretarias e Conselhos Municipais relacionando com ações de melhoria da qualidade de vida da população e de acesso a seus direitos.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Entre as competências desenvolvidas na atividade da seção Investigue, destacam-se a competência geral 2, que prevê investigação e criação de soluções; a competência específica de Ciências Humanas 3, que envolve analisar a intervenção humana e propor ideias de ações para a transformação espacial e social; e as competências específicas de Geografia 1 e 5, que pressupõem espírito investigativo para a resolução de problemas, incluindo propostas para melhorias de problemas existentes.

    Fim do complemento.

MP116

CAPÍTULO 6. Diversas formas de organização

Você conheceu algumas formas de organização do território brasileiro atualmente. Agora, vamos conhecer outras formas de organização desse território adotadas ao longo do tempo.

Observe e interprete o mapa que representa o território ocupado hoje em dia pelo povo indígena yanomami.

Imagem: Mapa. Território indígena yanomami atualmente. Destaque para Colômbia, Venezuela, Guiana e Brasil. No centro, o Território yanomami na Venezuela ocupa a parte sul da Venezuela. E o Território yanomami no Brasil ocupa a parte norte do Brasil (parte do Amazonas e parte de Roraima). O limite entre países é representado por uma linha cinza e grossa. E o limite entre unidades da federação é representado por uma linha cinza e fina. No canto superior direito, mapa do Brasil com destaque para a região descrita. No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 90 km. Fim da imagem.

Fonte: Õkãpomai: A defesa da Terra Indígena Yanomami. Instituto Socioambiental . Disponível em: http://fdnc.io/fro. Acesso em: 28 fev. 2021.

1. O território ocupado pelo povo indígena yanomami está inserido em uma única unidade da federação brasileira? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não. Está inserido em duas unidades da federação brasileiras: Amazonas e Roraima.

2. O território ocupado pelos yanomamis está em um único país? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não. Está inserido em dois países: Brasil e Venezuela.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar a observação do mapa, identificando com os alunos as seguintes informações: o título; o território ocupado pelo povo indígena yanomami; as unidades federativas em que vivem os yanomamis no Brasil (Amazonas e Roraim a) ; a rosa dos ventos, a escala e outras observações que considerar pertinentes.

    Atividade complementar

    Acessar com os alunos o site Povos Indígenas no Brasil Mirim. Disponível em: http://fdnc.io/6w. Acesso em: 24 jun. 2021. Nele, os alunos poderão obter diversas informações sobre os povos indígenas brasileiros, em linguagem acessível à faixa etária. Poderão também conhecer brincadeiras e jogos dos povos indígenas.

    As atividades do capítulo 6 permitem trabalhar algumas mudanças e permanências nas ações dos grupos humanos em diferentes tempos, com destaque para as formas de organização territorial.

    A BNCC no capítulo 6

    Unidade temática: Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

    Objeto de conhecimento: A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras.

    Habilidade: ( EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

MP117

Para aprofundar a observação sobre o mapa, leia o texto abaixo.

Antes de existirem os países...

[...] muitos territórios indígenas estão situados em mais de um estado. Isso acontece porque esses territórios já existiam antes da divisão do Brasil em estados – antes mesmo de existir o país!

O mesmo ocorre com as fronteiras entre os países! Muitas vezes encontramos povos indígenas que vivem entre dois ou mais países, porque já ocupavam essas áreas antes dos países existirem – isto é, antes da criação das fronteiras.

FONTE: Terras indígenas. Povos indígenas no Brasil Mirim. Instituto Socioambiental. Disponível em: http://fdnc.io/frp. Acesso em: 28 fev. 2021.

3. Localize e retire do texto informações para responder à questão.

Imagem: Desenho. Vista de cima de uma aldeia circular. Em volta há árvores, córregos e ao lado, um rio. Abaixo há uma aldeia com ocas aglomeradas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Desenho de Napikü Ikpeng representando o território do povo indígena ikpeng, no estado do Mato Grosso. In: Geografia indígena. Brasília: MEC/SEF/DPEF, 1986. p. 37. FIM DA LEGENDA.

4. Na representação, quais são os elementos naturais que delimitam o território da aldeia onde vive o povo ikpeng?

PROFESSOR Resposta: Rios, córregos e matas.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

5. Pesquise em livros, jornais ou na internet informações sobre o modo de vida – moradia, hábitos alimentares, formas de transmissão de conhecimentos – de um ou mais povos indígenas que vivem na unidade da federação em que você mora.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

PROFESSOR Resposta: Orientar a pesquisa identificando com os alunos fontes confiáveis e combinando um prazo para a devolutiva. No dia estabelecido, socializar as descobertas.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Realizar a leitura compartilhada do texto.
  • Orientar os alunos na atividade 3, em que devem localizar e retirar do texto as informações, utilizando uma das estratégias de compreensão de texto. Nesse processo, eles devem perceber que alguns povos indígenas habitam regiões em mais de um estado ou de um país. Ressaltar que esses povos já habitavam essas terras antes da formação dos limites.
  • Direcionar a observação do desenho de Napikü Ikpeng representando o território do povo ikpeng, que vive no Mato Grosso, destacando os elementos naturais que delimitam a aldeia.

    Boxe complementar:

    Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural

    As atividades realizadas nesta página e nas seguintes permitem explorar a relação dos povos indígenas com os territórios onde vivem, identificando as diferenças em relação aos não índios. Nesse sentido, esse estudo reforça o conhecimento acerca da diversidade cultural existente no Brasil.

    Fim do complemento.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    As atividades apresentadas neste capítulo permitem aproximar os alunos da competência específica de História 4, ao propor que identifiquem interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico.

    Fim do complemento.

MP118

Há quinhentos anos

Há quinhentos anos, havia diversos povos indígenas vivendo no território da América do Sul, onde, atualmente, está localizado o Brasil.

Os pesquisadores organizaram esses povos em grandes grupos com línguas semelhantes, chamados troncos linguísticos, como representado no mapa abaixo.

Imagem: Mapa. América do Sul: troncos linguísticos indígenas há 500 anos. Grande parte do mapa: ARAUCANOS. À esquerda, pequena área de INCAS. Na parte superior, CHIBCHAS, ARUAK, KARIB e TUPI-GUARANI. À direita, MACRO-JÊ.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 530 km. Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2007. p. 21.

1. Quais eram os dois principais troncos linguísticos de povos indígenas que ocupavam o território que, atualmente, pertence ao Brasil?

PROFESSOR Resposta: Tupi-guarani e Macro-Jê.

2. Qual desses troncos linguísticos era mais presente no litoral?

PROFESSOR Resposta: Tupi-guarani.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar a observação e interpretação do mapa, em que os alunos devem identificar: título, recorte da América do Sul, os principais troncos linguísticos indígenas representados, rosa dos ventos e fonte.
  • Sugerir, na sequência, que os alunos prevejam o traçado imaginário do atual Brasil, sabendo que esse traçado não existia há quinhentos anos. E, a partir desse raciocínio, devem identificar os dois troncos linguísticos predominantes dos povos que habitavam o Brasil.

    Território, fronteira e representação coletiva

    A concepção de fronteira, sendo um dado cultural, está diretamente relacionada à construção que a sociedade faz da alteridade. Nesse sentido, [...] o indivíduo constrói sua identidade a partir da sua localização com relação a um grupo e da sua relação com a totalidade, tendo o espaço como paradigma, de tal forma que o território passa a ser determinado e vivido através do conjunto de relações institucionalmente estabelecidas pela sociedade. Mesmo nos casos em que o território enquanto um espaço ancestral e original não se constitui num elemento atribuidor da identidade social, a sua perda – ou a sua ausência – acaba por configurar critérios em si mesmos, reivindicados a partir, por exemplo, da memória coletiva.

MP119

Os pesquisadores atuais recolheram vestígios dos indígenas que viveram no Brasil nessa época, como esqueletos e restos de objetos de uso pessoal, feitos de argila, madeira ou pedra.

Com base nesses e em outros vestígios, eles elaboraram hipóteses sobre os modos de vida dos povos indígenas que viveram há cerca de 600 anos, principalmente dos povos tupis.

3. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Modos de vida

As [nações] tupis eram formadas por indivíduos cujas aldeias ocupavam uma área contígua, falavam a mesma língua, tinham os mesmos costumes e possuíam um sentimento de unidade. Não existia uma autoridade central [...]. Cada uma das aldeias constituía uma unidade política independente, com um chefe que não se distinguia dos demais homens: caçava, pescava e trabalhava na roça como qualquer um.

FONTE: Sociedades Indígenas Brasileiras no Século XVI. Multirio. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: http://fdnc.io/cFs. Acesso em: 28 fev. 2021.

Imagem: Desenho. Homem indígena com cocar de penas na cabeça, adereços no rosto, colares e adereço de penas nas costas está segurando um objeto comprido e olhando para cima.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cunhambebe, líder tupinambá, povo indígena que vivia no litoral brasileiro, em gravura de André Thévet, de 1555. FIM DA LEGENDA.

4. Na organização das nações tupis, havia um governo central? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não, pois havia chefes por aldeias, constituindo uma unidade política independente.
MANUAL DO PROFESSOR

Portanto, na raiz da percepção do território está a percepção do nós, a construção básica da identidade coletiva e, por extensão, a sede do estabelecimento da diferença, o limite para a construção da alteridade enquanto uma situação antagônica por definição. [...]

FONTE: MALDI, Denise. De confederados a bárbaros: a representação da territorialidade e da fronteira indígenas nos séculos XVIII e XIX. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 1997, v. 40, n. 2. p. 187.

  • Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório, conversando com os alunos sobre os vestígios utilizados pelos pesquisadores para reconstituir o modo de vida dos povos que viveram no atual território brasileiro há centenas de anos.
  • Orientar a leitura em voz alta do texto, na atividade 3, que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral, essencial no processo de alfabetização.

    Atividade complementar

    Propor aos alunos que identifiquem em um mapa o município em que residem e os municípios vizinhos, e listem os nomes no caderno.

    Solicitar que façam uma pesquisa na internet sobre a presença de povos indígenas nesses municípios. Caso haja, verifiquem se há mais de um povo e se as terras que ocupam pertencem a mais de um município.

    Orientar a organização dos registros da pesquisa e o compartilhamento dos resultados com os colegas.

MP120

Disputas por territórios

Os territórios dos povos indígenas da América e os dos povos originários de outros continentes passaram a ser cobiçados por nações europeias que estavam em busca de metais preciosos e outros produtos para comerciar.

Os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, organizaram viagens pelo mundo em busca de novos territórios, gerando disputas entre os reis desses dois países.

Para resolver essas disputas, os reis de Portugal e Espanha assinaram diversos tratados, como o de Tordesilhas, em 1494, e o de Saragoça, em 1529. Esses tratados estabeleciam a posse das terras conquistadas por Portugal e Espanha, como se pode observar no mapa abaixo.

Imagem: Mapa-múndi. Tratados de Tordesilhas (1494) e Saragoça (1529).  Terras conquistadas por Portugal: parte da América (BRASIL); parte da África (GUINÉ e ANGOLA); e parte da Ásia.  Terras conquistadas pela Espanha: América (NOVA ESPANHA; VENEZUELA; NOVA CASTELA; CHILE); Ásia (Nova Guiné; Bórneo; Filipinas).  À esquerda do mapa há uma linha vertical verde e roxa (Tratado de Tordesilhas de 1494). À direita do mapa há uma linha vertical verde e roxa (Tratado de Saragoça de 1529). No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 2.170 km.  Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2007. p. 20.

1. Identifique no mapa o nome de um local que pertenceria a Portugal na América e na África.

PROFESSOR Resposta: Brasil (América) e Angola ou Moçambique (África).

2. Identifique no mapa o nome de um local que pertenceria à Espanha na América.

PROFESSOR Resposta: Nova Castela, Chile, Venezuela ou Nova Espanha.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Sugerir aos alunos a leitura coletiva do texto.
  • Incentivar os alunos a identificar no texto os produtos que os europeus buscavam em suas viagens (metais preciosos, principalmente).
  • Observar o mapa com os alunos, fazendo a leitura do título e localizando os Tratados de Tordesilhas (1494) e Saragoça (1529). Explique a eles quais eram os objetivos desses acordos.
  • Identificar com eles no mapa as terras conquistadas por Portugal e pela Espanha.
  • Solicitar a eles que registrem as respostas das atividades.

    Atividade complementar

    Propor aos alunos a observação de um mapa das Grandes Navegações, no site da Fundação Getúlio Vargas, disponível em: http://fdnc.io/4QP. Acesso em: 9 jun. 2021.

    Orientar os alunos a localizar alguns portos importantes e a realizar a leitura das legendas.

    As capitanias hereditárias

    As capitanias hereditárias no litoral brasileiro, doadas por D. João III entre 1534 e 1536, foram 14. Os donatários, representantes do rei de Portugal na colônia, foram 12. [...]

    A doação de uma capitania era feita através de dois documentos: a Carta de Doação e a Carta Foral. Pela primeira, o donatário recebia a posse da terra, podendo transmiti-la para seus filhos, mas não vendê-la. Recebia também uma sesmaria de dez léguas da costa, na extensão de toda a capitania. Devia fundar vilas, construir engenhos, nomear funcionários e aplicar a justiça, podendo até decretar a pena de morte para escravos, índios e homens livres. Adquiria ainda alguns direitos: isenção de taxas, venda de escravos índios e recebimento de parte das rendas devidas à Coroa. [...]

MP121

Em 1500, em uma de suas viagens, os portugueses chegaram ao litoral do atual Brasil. Após esse ano, começaram a invadir os territórios ocupados pelos povos indígenas, que resistiram por muito tempo à tomada de suas terras. Muitos conflitos ocorreram nesse período.

Em 1534, com o objetivo de organizar a exploração do território, o governo de Portugal dividiu-o em extensas faixas de terra, que eram repassadas a pessoas chamadas de donatários. Essas terras ficaram conhecidas como capitanias hereditárias, já que, inicialmente, os donatários podiam transmiti-las aos seus descendentes .

Cada donatário era responsável por doar terras, fundar vilas, organizar expedições de exploração, cobrar impostos e defender o território de sua capitania.

Imagem: Desenho. Mapa do Brasil com várias linhas horizontais e nomes. Na parte inferior, rosa dos ventos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Capitanias hereditárias, mapa de Luís Teixeira, de 1586. FIM DA LEGENDA.

3. De acordo com o que você leu e pôde observar, a divisão do território em capitanias hereditárias respeitou as formas de organização dos povos indígenas? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não, pois o governo de Portugal dividiu o território em faixas de terra horizontais, sem respeitar os territórios dos povos indígenas.

4. Que tal ampliar seu vocabulário? Localize no texto a palavra descendentes e consulte-a no glossário. Por fim, escreva uma frase incluindo essa palavra e, depois, mostre-a aos colegas.

PROFESSOR Resposta: A atividade permite aos alunos ampliar seu vocabulário, explorando o significado de uma palavra e sua aplicação em uma produção de escrita.
MANUAL DO PROFESSOR

As dificuldades iniciais eram muitas. Bem maiores do que os donatários podiam calcular. Era difícil a adaptação às condições climáticas e a um tipo de vida totalmente diferente do da Europa. Além disso, o alto custo do investimento não trazia retorno imediato. Alguns donatários nem chegaram a tomar posse das terras, deixando-as abandonadas.

FONTE: PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. O sistema de capitanias hereditárias. Multirio. Disponível em: http://fdnc.io/frq. Acesso em: 7 jul. 2021.

  • Interpretar o texto com os alunos e perguntar a eles: Por que os portugueses vieram para o território que, mais tarde, constituiria o Brasil? Qual foi a reação dos indígenas à chegada dos europeus? O que os portugueses fizeram com o território que ocuparam? Para quem as terras foram repassadas? Como essas terras passaram a ser chamadas? O que aconteceu com os indígenas?.
  • Solicitar que os alunos identifiquem no texto o termo descendentes e expliquem o que entenderam pelo contexto. Em seguida, peça que leiam a explicação do glossário. Por fim, solicitar aos alunos que escrevam uma frase incluindo o termo descendente ou descendentes. Essas atividades contribuem para o desenvolvimento do vocabulário dos alunos, essencial para o processo de alfabetização.

MP122

Explorar fonte histórica escrita

Para auxiliar os donatários em seus problemas e facilitar a administração do território dominado, o rei português adotou algumas medidas, que foram descritas em uma carta redigida em 1548.

Leia abaixo um trecho dessa carta.

Imagem: Ilustração. Pergaminho com o texto:  Carta de 1548.  Eu, o rei, faço saber a vós Tomé de Sousa, fidalgo da minha casa que, vendo eu quanto serviço de Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das terras do Brasil [...] ei por bem vos nomear governador das ditas terras do Brasil.  Fim da imagem.

LEGENDA: Trecho de carta conservada no Arquivo Público do Estado da Bahia. In: Avanete Pereira Souza. Salvador, capital da colônia. São Paulo: Atual, 1995. p. 5. FIM DA LEGENDA.

Palavra em destaque no glossário: fidalgo.

  1. Localize e retire do texto informações para responder às perguntas.
    1. Quem enviou a carta de 1548?
      PROFESSOR Resposta: O rei de Portugal.
    1. Quem a recebeu?
      PROFESSOR Resposta: Tomé de Sousa.
    1. O que foi determinado?
      PROFESSOR Resposta: Que o rei nomeava Tomé de Sousa governador das terras do Brasil.
    1. Onde a carta foi guardada e conservada?
      PROFESSOR Resposta: No Arquivo Público do Estado da Bahia.

      2. Por que é importante conservar esse tipo de documento?

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos reflitam sobre a importância da conservação desse tipo de fonte histórica para o estudo das formas de organização existentes no Brasil em outros tempos.

Boxe complementar:

Você sabia?

Ao assumir o cargo de governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa fundou, em 1549, a cidade de Salvador, a primeira capital do país.

Imagem: Desenho. Na parte inferior, várias caravelas no mar. No centro, casas espalhadas sobre morros e em volta há um rio. Na parte superior, mais morros e árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Planta de Salvador, de João Teixeira Albernaz, de 1631. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Fonte histórica escrita

A atividade proposta possibilita explorar com os alunos a noção de fonte histórica escrita por meio da análise de uma carta.

Fim do complemento.

  • Solicitar aos alunos que leiam o trecho da carta individualmente.
  • Comentar as informações apresentadas na carta, identificando com os alunos: o tipo de fonte escrita (carta); a data em que foi escrita (1548); o conteúdo da carta (concessão de terras); o responsável pela concessão das terras (rei de Portugal); a pessoa designada a governar as terras (Tomé de Sousa); o acervo em que a carta está guardada (Arquivo Público da Bahia); a importância da conservação desse documento.
  • Orientar os alunos a registrar as respostas das atividades.

    Arquivo e preservação de documentos históricos

    Documentos arquivísticos registram e apoiam as atividades de uma instituição, e servem também de evidência destas atividades. Para que seja possível creditar-lhes valor probatório, é necessário assegurar suas qualidades como documentos arquivísticos, em particular a relação orgânica e a autenticidade.

    A autenticidade é a qualidade de um documento ser exatamente aquele que foi produzido, sem sofrer qualquer modificação, manipulação ou dano. Ela está relacionada com a transmissão do documento, sua manutenção e custódia ao longo do tempo.

MP123

O governo-geral

O governante indicado pelo rei deveria comandar um novo modo de administração do território dominado pelos portugueses. Esse sistema foi chamado de governo-geral. A sede do novo governo era em Salvador, a primeira capital brasileira.

O rei de Portugal enviava ordens para o governador-geral, que era auxiliado por outros funcionários.

Veja o esquema de organização do governo-geral.

Imagem: Esquema. Na parte superior, a informação: Rei de Portugal. No centro: Governador-geral. Na parte inferior, três divisões:  1) Ouvidor-mor - Cuidava da justiça, facilitava a comunicação entre fazendeiros e comerciantes e donatários e garantia que as leis elaboradas em Portugal fossem seguidas no Brasil.  2) Capitão-mor - Ajudava os donatários a combater os ataques de outros povos europeus com armas e soldados.  3) Provedor-mor - Organizava a cobrança dos impostos que deveriam ser pagos pelos colonos ao rei de Portugal.  Fim da imagem.

1. Se uma capitania fosse atacada por outro povo europeu, que funcionário ficava encarregado de resolver o problema?

PROFESSOR Resposta: O capitão-mor.

2. Como esse funcionário poderia ajudar o donatário?

PROFESSOR Resposta: Ele o auxiliaria com armas e soldados.

3. Se um fazendeiro quisesse reclamar de um donatário, a que funcionário ele deveria se dirigir?

PROFESSOR Resposta: Ao ouvidor-mor.

4. Se um comerciante não pagasse impostos, que funcionário deveria cobrá-lo?

PROFESSOR Resposta: O provedor-mor.
MANUAL DO PROFESSOR

De acordo com a diplomática, a autenticidade é composta de identidade e integridade, sendo a identidade entendida como o conjunto de atributos de um documento que o caracterizam como único e diferente dos demais. O documento arquivístico é único no conjunto ao qual pertence. Os documentos iguais podem existir em um ou mais grupos de documentos, mas cada um é único em seu lugar e o conjunto de suas relações com os outros documentos é sempre único. A integridade diz respeito à manutenção da forma e do conteúdo do documento ao longo do tempo.

FONTE: ROCHA, Claudia L. Repositórios para a preservação de documentos arquivísticos digitais. Acervo: Revista do Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p. 188, jul./dez. 2015.

  • Promover a leitura compartilhada do texto inicial e do organograma.
  • Destacar as funções de cada participante do governo-geral: rei de Portugal (considerado proprietário das terras da colônia), governador-geral (promotor do desenvolvimento e da defesa da colônia), ouvidor-mor (responsável pela justiça), provedor-mor (responsável pela cobrança de impostos) e capitão-mor (responsável pela defesa da colônia).
  • Solicitar aos alunos que registrem as respostas das atividades.

    Atividade complementar

    Propor aos alunos a elaboração de um organograma de um clube de futebol incluindo, na ordem de hierarquia, as seguintes personagens: presidente do clube, diretor de futebol, técnico e jogadores.

    Enfatizar a importância de organizar os cargos de acordo com a hierarquia de poder no clube.

MP124

As Câmaras de Vereadores

Há cerca de 470 anos, somente os colonos portugueses que fossem homens e tivessem grandes propriedades de terra podiam ser eleitos para compor as Câmaras de Vereadores. Ao longo do tempo, as mulheres conquistaram o direito de votar e ser votadas.

Os vereadores eram responsáveis por decidir sobre problemas locais, como organizar as atividades comerciais e dar a autorização para a construção de ruas e pontes.

Imagem: Fotografia. Construção com dois andares, paredes brancas com janelas cinzas. Na frente há uma escada e no topo, um sino.  Fim da imagem.

LEGENDA: Câmara Municipal de Mariana, no estado de Minas Gerais, que funciona neste prédio desde 1798. FIM DA LEGENDA.

1. Imagine como seria uma reunião da Câmara dos Vereadores há cerca de 470 anos. Elabore no caderno uma história em quadrinhos com quatro cenas para representar essa reunião. Inclua em sua história:

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos por meio de questões como: “Que tipos de debates poderiam ocorrer há cerca de 470 anos?”
  1. um assunto que eles poderiam discutir;
  1. diálogos com diferentes opiniões sobre esse assunto.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar aos alunos que leiam individualmente o texto introdutório e esclarecer eventuais dúvidas.
  • Acompanhar a leitura dos alunos, enfatizando duas questões: apenas os homens portugueses que fossem grandes proprietários de terra podiam ser eleitos para a Câmara dos Vereadores; os vereadores eram responsáveis pela resolução de problemas locais, como a construção de ruas e pontes e a organização das atividades comerciais.
  • Orientar os alunos na elaboração de uma produção de escrita, dentro do gênero textual história em quadrinhos. Conversar com eles sobre o que é uma história em quadrinhos, identificando os conhecimentos prévios deles sobre a estrutura e a característica linguística desse gênero textual, composto de personagens, balões de fala e de pensamento, diálogos, emprego de onomatopeias etc.
  • Orientar individualmente os alunos na criação da história em quadrinhos, auxiliando aqueles que encontrarem dificuldade.
  • Propor aos alunos que socializem suas produções.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    As atividades propostas permitem aproximar os alunos da competência geral 4, pois eles deverão utilizar diferentes linguagens, como a verbal e a visual, bem como conhecimentos da linguagem artística, para se expressar e partilhar informações, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

    Fim do complemento.

    Funções do vereador

    A função legislativa consiste em elaborar, apreciar, alterar ou revogar as leis de interesse para a vida do município. Essas leis podem ter origem na própria Câmara ou resultar de projetos de iniciativa do Prefeito, ou da própria sociedade, através da iniciativa popular.

    A função fiscalizadora está relacionada com o controle parlamentar, isto é, a atividade que o Poder Legislativo exerce para fiscalizar o Executivo e a burocracia. [...]

    Como funções atípicas, a Câmara tem também competência administrativa e judiciária.

    Na sua função administrativa, a Câmara gerencia seu próprio orçamento, seu patrimônio e seu pessoal. A Câmara também exerce uma função administrativa quando organiza seus serviços, como a composição da Mesa Diretora, a organização e o funcionamento das Comissões, etc.

MP125

Como você estudou, no Brasil atual as Câmaras Municipais são compostas de vereadores eleitos pela população de cada município. Hoje em dia, homens e mulheres alfabetizados e com mais de 18 anos podem se candidatar ao cargo de vereador ou vereadora, e os eleitos pelo voto governam por quatro anos.

Os vereadores são responsáveis por estudar, propor e aprovar leis relativas às necessidades locais da população dos municípios, como a limpeza das ruas, a coleta do lixo e a construção de ruas e pontes. Eles também fiscalizam as ações do prefeito e definem os gastos municipais.

Imagem: Fotografia. Vários homens e mulheres em um salão amplo. À esquerda há um telão grande pendurado na parede e à direita, cadeiras e mesas. Fim da imagem.

LEGENDA: Reunião da Câmara Municipal de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2017. FIM DA LEGENDA.

2. Interprete e relacione os textos sobre as funções dos vereadores nas Câmaras há cerca de 470 anos e atualmente, identificando:

  1. uma permanência.
    PROFESSOR Resposta: Algumas funções dos vereadores se mantêm, como a responsabilidade por decidir, por exemplo, sobre assuntos da localidade, a construção de ruas e pontes, entre outros.
  1. uma mudança.
    PROFESSOR Resposta: Atualmente, os vereadores têm algumas novas funções, como fiscalizar as ações do prefeito e definir gastos e impostos para o município. Há 470 anos, apenas homens e donos de grandes propriedades podiam ser vereadores; hoje em dia, homens e mulheres, alfabetizados e com 18 anos ou mais, podem ser eleitos.

    3. O professor irá organizar a sala e promover um debate semelhante ao realizado nas Câmaras Municipais atuais. Para isso, um grupo deverá propor uma lei para melhorar a situação dos moradores da localidade em que vocês estão, e os demais deverão debater a proposta, destacando seus pontos positivos e negativos. Ao final, a classe deverá votar, definindo se a proposta será aprovada ou rejeitada.

PROFESSOR Resposta: Orientar a organização do debate, questionando os alunos sobre os tipos de leis que podem ser propostos, seus pontos positivos e negativos.
MANUAL DO PROFESSOR

A Câmara exerce uma função judiciária, porque cabe a ela processar e julgar o Prefeito por crime de responsabilidade, além de julgar os próprios Vereadores, inclusive o Presidente da Câmara, em caso de irregularidades, desvios éticos ou falta de decoro parlamentar.

FONTE: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Controladoria-Geral da União. O vereador e a fiscalização dos recursos públicos municipais. Brasília: CGU, 2009. p. 16-17.

  • Promover a leitura compartilhada do texto.
  • Problematizar o enunciado da atividade 2 com os alunos, destacando algumas funções dos vereadores: aprovar leis de interesse local, fiscalizar a gestão do prefeito e definir as prioridades dos gastos públicos.
  • Comentar a atividade 2 destacando a comparação das funções exercidas pelos vereadores no Brasil colonial e na atualidade e a identificação de mudanças e de permanências.

    Atividade complementar

    Organizar um debate semelhante ao realizado nas Câmaras Municipais. Um grupo deve propor uma lei para melhorar a situação dos moradores da localidade. Os demais alunos deverão debater a proposta, destacando seus pontos positivos e negativos. Ao final, os alunos vão votar, definindo se a proposta será aprovada ou rejeitada.

MP126

Tempo, tempo...

Ao longo da história, a divisão político-administrativa do Brasil passou por muitas mudanças.

Em 1821, as antigas capitanias foram transformadas em províncias. No ano seguinte, o Brasil tornou-se independente de Portugal.

O novo governante, o imperador Dom Pedro I, determinou a continuidade da divisão do Brasil em províncias.

Observe o mapa da divisão do Brasil em províncias em 1821.

Mapa. Brasil: divisão em províncias (1821). Mapa do Brasil dividido em províncias: PROVÍNCIA DE SÃO JOÃO DA PALMA; MARANHÃO; PIAUÍ; CEARÁ; RIO GRANDE DO NORTE; PARAÍBA; PERNAMBUCO; ALAGOAS; SERGIPE; BAHIA; GOIÁS; MATO GROSSO; MINAS GERAIS; ESPÍRITO SANTO; RIO DE JANEIRO; SÃO PAULO; SANTA CATARINA; PROVÍNCIA DE SÃO PEDRO e CISPLATINA. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 460 km.

Fonte: Cláudio Vicentino. Atlas Histórico Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 126.

  1. Selecione uma das províncias representadas no mapa e registre o nome dela.
    PROFESSOR Resposta: Os alunos podem selecionar um entre os vários nomes de províncias.
  1. Retome o mapa da atual divisão regional do Brasil, da página 74, e responda: há alguma unidade da federação atual com o mesmo nome de uma província de 1821? Se sim, qual?
    PROFESSOR Resposta: Com exceção das províncias de São João da Palma, de São Pedro e da Cisplatina, muitos nomes de unidades da federação atuais possuem o mesmo nome de antigas províncias, como Mato Grosso, Bahia, Pernambuco, Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais.
  1. O território da unidade federativa onde você vive atualmente é semelhante ao da província correspondente? Explique.
PROFESSOR Resposta: Depende da unidade da federação onde vocês estão.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Noções temporais

As atividades propostas permitem que os alunos reflitam sobre as mudanças e permanências na divisão político-administrativa do Brasil ao longo do tempo.

Fim do complemento.

  • Solicitar aos alunos que reflitam sobre as possíveis causas da transformação das antigas capitanias em províncias em 1821 e a manutenção da divisão política do Brasil por Dom Pedro I.
  • Solicitar a eles que observem no mapa o nome e a localização das províncias representadas e as semelhanças e diferenças entre elas e as atuais unidades da federação.
  • Encaminhar a realização das atividades propostas.
  • Informar aos alunos que o território atualmente pertencente ao Acre foi incorporado ao Brasil em 1903.

    Para complementar

  1. Se considerar pertinente, comentar com os alunos que algumas unidades federativas atuais – como Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Roraima, entre outras – não existiam em 1821. A província Cisplatina declarou independência do Brasil em 1825, dando origem ao Uruguai.

    Organização administrativa e divisão territorial

    Quando os colonos chegaram para efetivamente ocupar a América portuguesa, eles se organizaram em torno de núcleos de povoamento, denominados de arraiais. À medida que se desenvolviam economicamente, esses núcleos [...] passavam, então, à categoria de freguesias (paróquias). Com a elevação à categoria de freguesia, o povoado passava a ter um território delimitado, um cartório eclesiástico e um padre que passava a residir permanentemente na igreja (padre colado). A organização administrativa do povoado se completava ao ser elevado à categoria de vila, quando era criada e instalada a câmara municipal. Já quando a vila era elevada à categoria de cidade havia pouca ou nenhuma mudança em sua organização administrativa.

MP127

Em 1889, o Brasil deixou de ser governado por um imperador e passou a ser comandado por um presidente. Os novos governantes transformaram as províncias em estados.

Em 1913, foi organizada a primeira divisão do Brasil em regiões e, em 1938, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adotou uma nova divisão regional para o território brasileiro.

Observe o mapa da divisão regional do Brasil em 1938.

Imagem: Mapa. Brasil: divisão regional (1938).  Região Norte: TERR. DO ACRE, AM, PA, MA e PI.  Região Nordeste: CE, RN, PB, PE e AL.  Região Centro: MT, GO e MG.  Região Este: BA, SE e ES. Região Sul: RJ, SP, PR, SC e RS.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 500 km.  Fim da imagem.

Fonte: Fábio de Macedo Soares Guimarães. Divisão regional do Brasil. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, v. 3, n. 2, p. 344 e 361, abr./jun. 1941.

4. Compare o mapa da divisão regional do Brasil de 1938 com o da divisão regional atual, reproduzido na página 74, e cite:

  1. uma semelhança entre as duas representações regionais.
    PROFESSOR Resposta: Os alunos podem citar a semelhança entre os nomes Norte, Nordeste e Sul.
  1. uma diferença entre as representações regionais.


    Em 1970, o IBGE definiu as cinco regiões que existem até os dias de hoje no Brasil. Em 1990, o estado de Goiás foi desmembrado em dois, dando origem ao estado de Tocantins e ao atual estado de Goiás. Nesse mesmo ano, os antigos territórios de Roraima, Rondônia e Amapá foram transformados em estados.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem citar: Centro e Este (que não existem atualmente); estados que fazem parte do Nordeste (Bahia, Maranhão, Piauí e Sergipe) e que não faziam na divisão de 1938; os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que não fazem mais parte da região Sul; e as regiões Sudeste e Centro-Oeste, que não existiam em 1938.
MANUAL DO PROFESSOR

A vila ou a cidade podiam ainda, dependendo de seu tamanho populacional, abarcar uma comarca, que é a divisão territorial que distribui a justiça na região. [...]

FONTE: GUERRA, Amanda E. Breve histórico da configuração político-administrativa brasileira. In: IBGE. Evolução da divisão territorial do Brasil: 1872-2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. p. 18.

  • Solicitar aos alunos que comparem o mapa da divisão regional do Brasil de 1938 com o mapa da divisão regional atual, presente no capítulo anterior, identificando diferenças e semelhanças entre eles.
  • Destacar as diferenças na divisão regional, nos estados existentes em cada época.

MP128

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 5 e 6

Avaliação de processo de aprendizagem

Nas aulas anteriores, você estudou sobre a organização territorial no Brasil atual e conheceu as mudanças que ocorreram nessa organização ao longo do tempo. Vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, faça as atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.

  1. Consulte o mapa da divisão regional atual do Brasil proposta pelo IBGE e responda.
    PROFESSOR Resposta: Expor um mapa da divisão regional do Brasil na sala de aula ou orientar os alunos a consultarem o mapa da página 74.
    1. Em qual região está localizada a capital do país?
      PROFESSOR Resposta: Centro-Oeste.
      • Cite as unidades da federação que compõem essa região.
        PROFESSOR Resposta: MT, MS, DF e GO.
      1. Qual região possui o menor número de unidades da federação?
        PROFESSOR Resposta: Sul.
        • Cite as unidades da federação que compõem essa região.
          PROFESSOR Resposta: PR, SC, RS.
        1. Qual região apresenta a maior extensão territorial?
          PROFESSOR Resposta: Norte.
          • Cite as unidades da federação que compõem essa região.
            PROFESSOR Resposta: AM, RO, RR, AC, AP, PA e TO.
          1. Qual é a região formada pelo maior número de unidades da federação?
            PROFESSOR Resposta: Nordeste.
            • Cite as unidades da federação que compõem essa região.
              PROFESSOR Resposta: MA, PI, BA, CE, RN, PB, PE, AL, SE.
            1. Que região abriga os estados de São Paulo e Rio de Janeiro?
              PROFESSOR Resposta: Sudeste.
              • Cite as unidades da federação que compõem essa região.
                PROFESSOR Resposta: MG, SP, RJ e ES.
              1. Cite dois países com os quais o Brasil faz limite.
                PROFESSOR Resposta: Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

                2. Há quinhentos anos, quais eram os critérios para uma pessoa ser vereador? E atualmente?

                PROFESSOR Resposta: Há quinhentos anos, apenas os homens com grandes propriedades de terra podiam ser vereadores. Atualmente, todos os homens e mulheres maiores de 18 anos podem ser eleitos vereadores.

                3. Escreva um texto sobre o município onde você vive contendo informações sobre suas formas de:

              1. organização territorial.
                PROFESSOR Resposta: Brasil (país); a unidade da federação e o município dependem de onde vocês estão.
                • Importante: identifique em qual país, região e unidade da federação o município onde você vive está inserido.
                1. organização política.
                  PROFESSOR Resposta: São o prefeito, os secretários municipais e os vereadores.
                  • Importante: identifique quem são os principais governantes do município.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 5 e 6.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

  1. Ler e interpretar um mapa com a divisão regional do Brasil.
    1. Espera-se que os alunos leiam e interpretem o mapa, correlacionando as informações sobre sua extensão, número de unidades da federação, presença de capitais (federal e estaduais) e países limítrofes.
  1. Conhecer os critérios estabelecidos em diferentes tempos para compor as Câmaras de Vereadores no Brasil.
    1. Os alunos devem identificar os critérios para o exercício do cargo de vereador há cerca de quinhentos anos e atualmente.
  1. Caracterizar a organização territorial e política do município em que vive.
    1. Os alunos devem identificar o país, a região e a unidade da federação onde está inserido o município onde vivem, bem como seus principais governantes.
  1. Apontar exemplos de participação cidadã junto aos órgãos governamentais.
    1. Espera-se que os alunos expressem a opinião pessoal sobre as possíveis formas de participação da sociedade civil junto aos órgãos públicos em favor da melhoria de vida das pessoas no lugar onde vivem.
  1. Reconhecer que a presença dos povos indígenas no território que atualmente corresponde à América remonta o estabelecimento de países pelos não indígenas.
    1. Os alunos devem refletir sobre o território ocupado pelo povo yanomami, verificando que tal território engloba mais de um estado brasileiro e mais de um país. Em seguida, deve explicar o motivo desse fato, relacionado ao processo histórico de ocupação desse território pelos yanomamis, anterior às divisões político-administrativas dos não indígenas.
  1. Conhecer a organização hierárquica do governo-geral durante o período colonial.
    1. Os alunos devem identificar os cargos da administração colonial. Em seguida, devem ordenar tais cargos na forma decrescente de poder.
  1. Identificar as características políticas das nações tupis.
    1. Os alunos precisarão reconhecer que não havia centralização do poder entre os povos tupis.

MP129

4. Em sua opinião, como a população e os governantes podem contribuir para a melhoria da qualidade vida das pessoas em seu lugar de viver?

PROFESSOR Resposta: Atuando para a conservação de espaços públicos, mobilizando campanhas de conscientização, reivindicando melhorias no serviço de educação e saúde, entre outros exemplos.

5. Sobre o povo indígena yanomami, responda às perguntas.

  1. Esse povo vive em um único país? Justifique.
    PROFESSOR Resposta: Não, vive em territórios localizados no Brasil e na Venezuela.
  1. Esse povo vive apenas em uma unidade da federação? Por que isso ocorre?
    PROFESSOR Resposta: Não, vive em Roraima e no Amazonas, pois já ocupava o território antes da criação das unidades da federação.

    6. Organize os cargos da administração do Brasil colonial começando com o que possuía mais poder e terminando com os três que tinham menos poder.

provedor-mor

governador-geral

capitão-mor

rei

ouvidor-mor

PROFESSOR Resposta: Rei, governador-geral, provedor-mor, capitão-mor e ouvidor-mor.

7. Como era a organização do poder entre os tupinambás?

PROFESSOR Resposta: Cada aldeia tupinambá tinha seu chefe.

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Responda às perguntas a seguir no caderno utilizando as palavras: “sim”, “em parte” ou “não”.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Sobre as aprendizagens

a) Reconheço as diferentes divisões político-territoriais do Brasil?

b) Diferencio as funções de cada um dos Três Poderes no Brasil: Legislativo, Executivo e Judiciário?

c) Identifico as características dos territórios indígenas?

d) Reconheço a forma de chefia dos indígenas tupis?

e) Diferencio as formas de organização das Câmaras de Vereadores há quinhentos anos e atualmente?

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP130

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 5 e 6

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 5 e 6. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Quais foram as formas de organização do território brasileiro adotadas em diferentes tempos?

Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre mudanças relacionadas às esferas territoriais, políticas e administrativas no Brasil ao longo do tempo.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP131

Introdução do módulo dos capítulos 7 e 8

Este módulo, formado pelos capítulos 7 e 8, permite aos alunos conhecer e refletir sobre as transformações das paisagens naturais ao longo do tempo pela ação das pessoas.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 7 possibilitam aos alunos identificar as atividades dos grupos caçadores-coletores e o que é o nomadismo e explorar as mudanças causadas pela criação da agricultura, incluindo o sedentarismo. São desenvolvidas atividades de leitura e de compreensão de textos, bem como de análise de esquemas, observação e interpretação de mapa, permitindo desenvolver as habilidades EF04HI02, EF04HI04 e EF04HI05. Como pré-requisito, temos os conhecimentos sobre os primeiros agrupamentos humanos e sobre os instrumentos construídos por eles.

As atividades do capítulo 8 permitem aos alunos conhecer características das paisagens naturais, como relevo, hidrografia, clima e vegetação, e a ação humana nas paisagens, desenvolvendo a habilidade EF04GE11. São desenvolvidas ainda atividades de compreensão de textos, além de leitura de mapas, blocos diagrama, perfil topográfico e fotografias. Como pré-requisito, importam os conhecimentos sobre os diversos elementos que constituem as paisagens.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP132

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 7 e 8

Como as pessoas alteraram as paisagens naturais em diferentes tempos?

PROFESSOR Resposta: O termo hominínio, mais utilizado atualmente pelos pesquisadores, se refere ao grupo Homini, que inclui os seres humanos atuais e seus ancestrais. Esse grupo pertence à família Hominidae, de onde veio o termo hominídeo, utilizado pelas pesquisas mais antigas.

CAPÍTULO 7. Primeiros agrupamentos humanos

Os pesquisadores consideram que os mais antigos ancestrais dos seres humanos atuais, chamados de hominínios, surgiram no continente africano. Porém, eles têm diferentes hipóteses sobre a forma como os hominínios teriam se espalhado pelos demais continentes.

A teoria tradicional é a de que o primeiro hominínio a migrar da África para os demais continentes, há cerca de 2 milhões de anos, foi o Homo erectus.

Imagem: Mapa. Migração dos hominínios: teoria tradicional.  1) África para Ásia.  2) Ásia para três pontos da Ásia.  3) Ásia para dois pontos na Europa e dois pontos da Ásia.  4) Ásia para quatro pontos da Ásia e um ponto da Oceania.  No canto superior esquerdo, mapa-múndi com destaque para a região descrita. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 1.900 km.  Fim da imagem.

Fonte: Herton Escobar. Cientistas brasileiros reescrevem a história do gênero humano. Jornal da USP , 5 jul. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/frr. Acesso em: 28 fev. 2021.

1. Elabore um quadro sobre a teoria tradicional da migração dos hominínios, seguindo o do modelo abaixo e complete-o levando em consideração a leitura do mapa desta página. Preencha a primeira coluna com os números de 1 a 3.

PROFESSOR Resposta: 1: África, Ásia; 2: Ásia, Ásia; 3: Ásia, Europa e Ásia.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Número da seta

Continente de partida

Continente de chegada

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre as atividades humanas que alteram as paisagens naturais, ressignificando os espaços e as relações sociais. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar suas respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

  • Nesta página e nas seguintes, o tema dos fenômenos migratórios é abordado a partir dos deslocamentos dos primeiros grupos humanos, inicialmente a partir do continente africano até a Europa e Ásia e, posteriormente, da Ásia para o continente americano. Explorar que, desde sua origem, a espécie humana se desloca em busca de melhores condições de sobrevivência, e que os deslocamentos dos primeiros agrupamentos humanos se deram de maneira livre, uma vez que não existiam Estados e, portanto, fronteiras políticas. No entanto, deve-se chamar a atenção para o fato de que a ausência de fronteiras políticas não impediu que ocorressem disputas pelo controle de determinados territórios entre diferentes grupos humanos. Relacionar com os atuais problemas vividos pelos migrantes ao se deslocarem para outros países.

    As atividades do capítulo 7 permitem aos alunos conhecer as principais teorias acerca das atividades realizadas pelos primeiros grupos humanos, como as migrações, o uso de instrumentos de pedra, a caça, a coleta, a agricultura e a pecuária.

    A BNCC no capítulo 7

    Unidades temáticas: Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos; Circulação de pessoas, produtos e culturas.

    Objetos de conhecimento: A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras; A circulação de pessoas e as transformações no meio natural.

MP133

Nos últimos anos, alguns pesquisadores têm questionado a teoria tradicional sobre a dispersão dos primeiros hominínios pelo mundo.

2. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Uma nova teoria

A já complicada e sempre polêmica história da evolução humana acaba de ganhar uma nova versão, escrita por cientistas brasileiros. A espécie que teria saído da África pela primeira vez teria sido o Homo habilis, e não o Homo erectus ; e isso teria acontecido 500 mil anos antes do que se pensava [...].

A nova narrativa, apresentada no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), é baseada em evidências arqueológicas desenterradas pelos pesquisadores no vale do Rio Zarqa, na Jordânia [na Ásia], próximo à capital Amã. Eles descobriram centenas de ferramentas de pedra lascada com 1,9 milhão a 2,5 milhões de anos de idade, claramente produzidas por mãos humanas.

FONTE: Herton Escobar. Cientistas brasileiros reescrevem a história do gênero humano. Jornal da USP , 5 jul. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/frr. Acesso em: 28 fev. 2021.

3. Localize e retire do texto informações para responder às questões.

  1. Segundo essa nova teoria, que hominínio teria migrado da África para outros continentes?
    PROFESSOR Resposta: O Homo habilis.
  1. Que vestígios comprovariam essa teoria?
    PROFESSOR Resposta: Ferramentas de pedra lascada achadas na Jordânia, país situado na Ásia.

Boxe complementar:

Você sabia?

O Homo habilis viveu na África há cerca de 2 milhões e 200 mil anos, desenvolvendo a habilidade de tirar lascas, isto é, pedaços de pedras, deixando-as afiadas.

Já o Homo erectus viveu no mesmo continente há cerca de 1 milhão e 800 mil anos, e teria sido do primeiro a controlar o fogo. Isso significa que ele desenvolveu técnicas para criar ou manter acesas fogueiras que antes eram causadas apenas por incêndios naturais.

Imagem: Fotografia. Pedra em tons de marrom e com lascas. Fim da imagem.

LEGENDA: Pedras lascadas produzidas pelo Homo habilis, que viveu na África há cerca de 2 milhões e 200 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Habilidades: ( EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.); (EF04HI04) Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas; (EF04HI05) Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

  • Orientar a leitura do texto em voz alta, prática que contribui para a fluência em leitura oral. Conversar com os alunos sobre o gênero textual reportagem, destacando algumas das suas características: apresentação de informações; uso de fontes (no caso, o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo – IEA-USP) para reforçar a argumentação apresentada na reportagem; autoria (Herton Escobar); publicação em mídia impressa ou digital (Jornal da USP ).
  • Explorar também a nova teoria sobre a primeira migração intercontinental dos hominínios: continente de saída: África; nome do hominínio: Homo habilis ; data aproximada da migração: 500 mil anos antes do que se pensava, ou seja, há 2,5 milhões de anos; qual a base dessa nova teoria: vestígios de pedras lascadas encontradas em uma escavação no sítio de Zarqa, na Jordânia (Ásia).
  • Orientar a atividade de localizar e retirar informações do texto, de modo a promover a compreensão de texto, um dos componentes essenciais do processo de alfabetização.
  • Fazer uma leitura compartilhada da seção Você sabia?, identificando com os alunos os dois hominínios citados e as criações culturais de cada um deles.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Os temas trabalhados neste capítulo permitem aproximar os alunos da competência específica de Ciências Humanas 3, que propõe discutir a intervenção do ser humano na natureza e suas implicações sociais e econômicas.

    Fim do complemento.

MP134

Vivendo da caça e da coleta

Ao longo da história, os seres humanos estabeleceram uma relação intensa com os demais elementos da natureza, como outros animais e plantas.

Alguns dos primeiros agrupamentos humanos, que viveram há milhares de anos, caçavam outros animais e coletavam frutos e raízes de plantas para se alimentar. Por isso, esses agrupamentos ficaram conhecidos como caçadores-coletores.

Caçadores-coletores

As populações humanas eram pouco numerosas e viviam em bandos muito pequenos. Passavam fome com frequência e por causa dessa escassez de recursos, esses caçadores-coletores não hesitavam em percorrer longas distâncias por dia. Estavam submetidos aos imprevistos da caça e da coleta [...].

FONTE: Denize Dall Bello. A pedra e a escrita. Revista de Comunicação, Cultura e Teoria da Mídia, n. 1, out. 2002. p. 45. Disponível em: http://fdnc.io/frs. Acesso em: 28 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Pinturas rupestres em uma rocha. Silhuetas de pessoas segurando arcos e flechas e animais quadrúpedes. Fim da imagem.

LEGENDA: Registro rupestre produzido há cerca de 8 mil anos encontrado no Parque Nacional Tassilli N’Ajjer, na Argélia, África. FIM DA LEGENDA.

1. Localize e retire do texto informações para responder: os caçadores-coletores obtinham alimento com facilidade? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não, pois eles estavam submetidos aos imprevistos da caça e da coleta, passando fome com frequência devido à escassez de recursos. Para caçar e coletar alimentos, tinham que percorrer longas distâncias.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Oportunizar a leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos o fato de que os primeiros agrupamentos humanos eram nômades, porque não tinham habitação fixa, e são chamados caçadores-coletores porque caçavam outros animais e coletavam frutos e raízes de plantas.

    Atividade complementar

    Para aprofundar o trabalho, propor aos alunos a leitura da obra Mini Larousse da Pré-história, publicada pela editora Larousse Júnior. A obra usa uma linguagem acessível à faixa etária para apresentar as características e os utensílios utilizados pelos primeiros agrupamentos humanos, como moradias, atividades ligadas à garantia da subsistência, instrumentos de trabalho e nomadismo.

    Caçadores-coletores e nomadismo

    Grande parte dos estudos voltados à identificação e caracterização dos padrões de assentamento e mobilidades encontram-se voltados para a análise dos grupos pretéritos de caçadores-coletores, através, principalmente, da análise do material lítico. [...]

    Aqui, chama-se atenção para os conceitos de grupo caçador-coletor × grupo ceramista presentes na bibliografia arqueológica brasileira. Ambos os conceitos estão atrelados a outros dois conceitos antropológicos: o nomadismo e o sedentarismo, utilizados na classificação dos grupos pré-históricos.

MP135

A caça e a coleta praticadas no mesmo local por longo tempo reduziam a quantidade de animais e de plantas disponíveis para o consumo humano. Por isso, os agrupamentos humanos precisavam se deslocar constantemente para buscar novas áreas onde houvesse alimento disponível.

Esse modo de vida, com o deslocamento constante dos agrupamentos humanos em busca de alimento, é chamado de nomadismo, e as pessoas que o praticam são chamadas de nômades .

2. Quais eram as atividades dos primeiros agrupamentos humanos para obter alimento?

PROFESSOR Resposta: Eram a caça de animais e a coleta de frutos e raízes.

3. Quais eram as consequências dessas atividades para:

  1. a natureza?
    PROFESSOR Resposta: A caça e a coleta praticadas no mesmo local por muito tempo reduziam a quantidade de animais e plantas.
  1. os agrupamentos humanos?
    PROFESSOR Resposta: Os agrupamentos humanos precisavam se deslocar constantemente para buscar novas áreas com oferta de alimento.

    4. Como é chamado o modo de vida dos grupos humanos cuja característica é a mudança constante de local?

    PROFESSOR Resposta: Nomadismo.

    5. Releia o glossário e escreva um texto usando a palavra “nômade”, explicando porque os primeiros caçadores-coletores eram nômades.

    PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos na retomada do glossário e na criação do texto.

Boxe complementar:

Investigue

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

Pesquise em livros, enciclopédias, jornais ou na internet informações sobre a fauna e a flora originais da unidade da federação em que você vive. Procure responder às seguintes questões.

PROFESSOR Resposta: O resultado da pesquisa depende da unidade da federação onde vocês estão.
  1. Quais animais silvestres eram mais frequentes no ambiente natural?
  1. Quais plantas eram mais comuns?
  1. Qual foi a consequência das ações humanas sobre os animais e as plantas nativas?
  1. Alguns desses animais e dessas plantas nativas ainda existem? Se sim, quais?
  1. Que medidas podem ser tomadas para que a fauna e a flora originais possam voltar a se desenvolver?

    Imagem: Ilustração. Folha pautada. Fim da imagem.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Como nomadismo entende-se o grupo no qual a sua subsistência estaria relacionada a caça e coleta em um movimento sazonal de residência [...]. Tais grupos ocupavam um vasto território que permitisse a extração máxima de vantagens dos ciclos anuais, tanto dos animais quanto vegetais [...]. Como sedentarismo entende-se aqueles agrupamentos humanos nos quais há uma organização tribal, socialmente hierarquizada e/ou urbana nas quais a manutenção da produção de alimentos encoraja ao estabelecimento de assentamentos fixos, permitindo uma maior densidade e agregação populacional [...].

FONTE: NOGUEIRA, Mônica A. A. Ocupações pré-históricas a céu aberto no Vale do Rio da Cobra – Carnaúba dos Dantas e Parelhas – RN. Tese (Doutorado em Arqueologia) – UFPE, Recife, 2017. p. 67. Disponível em: http://fdnc.io/frt. Acesso em: 7 jul. 2021.

  • Solicitar a leitura silenciosa do texto e, em seguida, motivar os alunos a comentar a interpretação que fizeram. Destacar as consequências de praticar as atividades de caça e coleta em um mesmo local, as causas dos deslocamentos constantes dos grupos humanos em busca de alimentos, registrando as hipóteses levantadas por eles.
  • Orientar a atividade 5 relacionada à aquisição de vocabulário. Instrua-os a localizar no texto o termo nômades e solicite que expliquem a interpretação que fizeram pelo contexto em que o termo se encontra. Em seguida, sugerir que leiam o glossário. Por fim, orientar a atividade de produção de escrita em que os alunos deverão utilizar o novo termo estudado (nômade ou nômades).

    Investigue

    Orientar a investigação proposta, identificando com os alunos fontes de pesquisa confiáveis. Depois, reler com eles os itens da pesquisa e verificar se estão claros. Por fim, combinar um prazo para a pesquisa e, no dia combinado, socializar as descobertas individuais.

MP136

A agricultura e a pecuária

Em diversos continentes, em diferentes tempos, alguns agrupamentos humanos começaram a, durante a coleta de vegetais, selecionar algumas plantas, buscando reproduzi-las em locais mais próximos de suas moradias. Assim, passaram a plantar e a colher determinados vegetais, criando a agricultura.

Alguns desses agrupamentos humanos também começaram a aprisionar animais selvagens, reproduzindo-os em cativeiro. Com isso, começaram a desenvolver a pecuária. O mapa a seguir representa a origem da agricultura e da pecuária.

Imagem: Mapa. Origens da agricultura e da pecuária.   - América do Norte: Milho (Há 8000 anos); feijão (Há 5000 anos);   - América do Sul: algodão (Há 5300 anos); lhama (há 6000 anos); alpaca (há 6000 anos); feijão (há 8000 anos); mandioca (há 7000 anos); porco-da-índia (há 6000 anos); batata (há 8000 anos).   - África: inhame (há 9000 anos); painço (há 5000 anos); sorgo (há 6000 anos).   - Europa: boi (há 8500 anos); aveia (há 8500 anos); centeio (há 9000 anos); ervilha (há 9000 anos); cavalo (há 5500 anos).  - Ásia: cânhamo (há 5500 anos); carneiro (há 8000 anos); lentilha (há 9000 anos); cabra (há 9500 anos); trigo (há 10000 anos); cevada (há 10000 anos); ganso (há 10000 anos); porco (há 9000 anos); painço (há 8000 anos); arroz (há 5500 anos); galinha (há 10000 anos); arroz (há 10000 anos).  Área de origem das principais culturas agrícolas e da criação de animais: região sul da América do Norte; região norte da América do Sul; centro da África; sul da Europa e Ásia. Observação: os símbolos não estão representados de forma proporcional. Fim da observação. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 1.120 km.  Fim da imagem.

Fontes: Atlas da história do mundo. São Paulo: Times/Folha de S.Paulo, 1995. p. 38-39; Colin Refrew; Paul Bahn. Arqueologia. Madri: Akal, 1993. p. 152.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar coletivamente a observação do mapa, identificando com os alunos os continentes e os vegetais e animais representados na legenda.
  • Encaminhar a realização das atividades propostas, em que os alunos devem localizar na legenda e no mapa os continentes de origem das plantas citadas. Devem identificar também as datas de domesticação dessas plantas e animais.
  • Orientar coletivamente a elaboração da linha do tempo, destacando para os alunos a importância da criação, no caderno, de uma linha dividida em 10 partes iguais, equivalentes a mil anos cada uma, e a distribuição, nos anos correspondentes, das informações relativas à domesticação das plantas e dos animais.

    A criação da agricultura

    Em muitas regiões do mundo, hoje podemos ver que a adoção da agricultura e da domesticação de animais, que costumava ser vista como uma mudança drástica e repentina, quase sempre se deu ao longo de um largo período. A aceitação de ovelhas, bois, porcos, trigo, cevada e aveia por grande parte da Eurásia Ocidental ocorreu lentamente e por meios complicados entre 10 mil e 3 mil a.C. em diferentes regiões; o arroz, provavelmente domesticado pela primeira vez na China por volta de 6 mil a.C., levou muitos milênios para ser introduzido no Japão, na Índia e no sudeste da Ásia, assim como o milhete e o sorgo na África e o milho e os feijões nas Américas.

MP137

1. Os agrupamentos humanos que viviam em diferentes continentes iniciaram:

  1. o cultivo do mesmo tipo de planta ao mesmo tempo? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Não. Cada agrupamento humano iniciou o cultivo de plantas diferentes em tempos diferentes.
  1. a domesticação do mesmo tipo de animal ao mesmo tempo? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Não. Cada agrupamento humano começou a domesticar diferentes tipos de animais em tempos diferentes.

    2. No caderno, organize uma linha do tempo dividida em 10 partes, correspondendo a 10 mil, 9 mil, 8 mil, 7 mil, 6 mil, 5 mil, 4 mil, 3 mil, 2 mil, 1 mil anos atrás e atualmente. Puxe fios das datas correspondentes à domesticação de cada planta ou animal do mapa e escreva o nome correspondente.

    PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos a utilizarem régua para dividir a linha em 10 partes iguais. Em seguida, orientar a identificação dos animais e datas respectivas e sua inserção na linha por meio de fios.
MANUAL DO PROFESSOR

De fato, muitos hoje pensam que as origens da agricultura e da domesticação de animais não são exatamente a questão. Mais significante é o padrão total, mas cambiante, de produção e consumo, que inclui não só plantas e animais, como também ferramentas de pedra, objetos de cerâmica, cestos, artigos têxteis e metais.

FONTE: GOSDEN, Chris. Pré-história. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 12.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, sugerimos a criação de um jogo da memória. Divididos em grupos, os alunos devem criar dois tipos de cartas. Um grupo de cartas terá os nomes de todas as plantas e animais que aparecem no mapa. Outro grupo de cartas deve ter o nome dos continentes. Importante: o nome de um determinado continente deve ser repetido de acordo com a quantidade de plantas e animais que foram domesticados nele. A África, por exemplo, deve aparecer três vezes, por ser o continente onde foram domesticados o inhame, o painço e o sorgo, conforme indicado no mapa.

Depois da criação das cartas, o grupo deve embaralhar e virar todas de cabeça para baixo. Aí, começa o jogo. Cada participante deve virar uma carta e, depois, tentar achar o par correspondente. Se virar milho, por exemplo, deve procurar a carta América. E assim sucessivamente. Ganha o jogo quem acumular mais cartas viradas.

MP138

Explorar fonte histórica material

A agricultura e a criação de animais garantiam a obtenção constante de alimentos pelas pessoas, permitindo que elas vivessem de forma permanente em um mesmo local. Esse novo modo de vida foi chamado de sedentarismo.

Para amassar os grãos que colhiam, os agricultores utilizavam instrumentos feitos de argila ou pedra.

Imagem: Fotografia. Um pilão de pedra preto e cilíndrico sobre pedra clara e curvada.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pilão de pedra utilizado para amassar grãos de cereais obtidos na agricultura. Esse pilão foi encontrado no atual Iraque e está exposto no Museu Britânico, em Londres. Os pesquisadores acreditam que ele foi produzido há cerca de 6 mil anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Onde o pilão de pedra retratado na fotografia está conservado?
    PROFESSOR Resposta: No Museu Britânico, em Londres.
  1. Para que servia esse pilão de pedra?
    PROFESSOR Resposta: Era utilizado para amassar grãos de cereais obtidos na agricultura.
  1. Quando ele teria sido produzido?
    PROFESSOR Resposta: Os pesquisadores acreditam que ele foi produzido há cerca de 6 mil anos.

    4. Por que é importante conservar esse tipo de objeto?

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos percebam a importância da conservação deste tipo de objeto para o estudo do modo de vida dos primeiros agrupamentos humanos.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Fonte histórica material

Orientar coletivamente a observação da fotografia. Fazer uma interpretação dialogada, questionando os alunos sobre o material e as funções do pilão. Na sequência, comentar a respeito do local onde se encontra conservado e por que, na visão deles, esse objeto deve ser preservado.

Fim do complemento.

  • Orientar a análise da fonte histórica por meio de questões como:
  • Por que essa fonte histórica é classificada como material?
  • De que material ela é feita?
  • Para que ela era utilizada?
  • Onde foi encontrada e onde está exposta?
  • Por fim, orientar a conversa sobre a importância da manutenção desse tipo de fonte.

    Agropecuária: algumas medidas mitigadoras do impacto ambiental

    Medidas mitigadoras são aquelas destinadas a atenuar os impactos negativos de uma certa atividade sobre o meio ambiente. Como para a grande maioria das atividades impactantes, as medidas mitigadoras dos impactos da atividade agropecuária sobre a fauna silvestre são perfeitamente exequíveis, bastando para isso vontade de executá-las. [...]

    Quanto à utilização de compostos químicos, a pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento de produtos mais seguros e para a determinação das dosagens adequadas, de modo que concilie combate efetivo às pragas, redução de custos e mitigação dos impactos sobre o meio ambiente. [...]

MP139

Diversos agrupamentos humanos que desenvolveram a agricultura desmataram áreas de florestas para a abertura de plantações e para a retirada de madeira usada na construção de moradias fixas, já que se tornaram sedentários.

Os criadores de animais também modificaram o ambiente natural, pois os animais alimentavam-se de brotos de árvores, reduzindo o número de plantas.

Ao longo dos séculos, os seres humanos ampliaram continuamente as áreas destinadas à agricultura e à pecuária, intensificando os impactos sobre o ambiente natural.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Agropecuária atual e impactos ambientais

Os impactos ambientais causados pela atividade agropecuária decorrem principalmente de dois fatores: da mudança do uso do solo, resultante do desmatamento e da [transformação de áreas] naturais em áreas cultivadas, e da degradação das áreas cultivadas [...]. A esses fatores somam-se também os impactos ambientais negativos causados pelas queimadas e pela contaminação ambiental decorrente do uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos nas lavouras.

FONTE: Regina H. R. Sambuichi e outros. A sustentabilidade ambiental da agropecuária brasileira: impactos, políticas públicas e desafios. Rio de Janeiro: Ipea, 2012. p. 10. Disponível em: http://fdnc.io/fru. Acesso em: 28 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma estrada. À esquerda, floresta com várias árvores e à direita, área desmatada.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de trecho da Floresta Amazônica e de área desmatada para o cultivo de soja no município de Belterra, no estado do Pará, em 2019. FIM DA LEGENDA.

2. Localize e retire do texto informações sobre quais são os principais impactos ambientais relacionados à agropecuária na atualidade.

PROFESSOR Resposta: O desmatamento, a realização de queimadas e a contaminação ambiental pelo uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

3. Em casa, reconte para um adulto da sua convivência os impactos ambientais da agropecuária.

PROFESSOR Resposta: Orientar a atividade de reconto das informações do texto para um adulto da convivência dos alunos.

Imagem: Ícone: Converse com seu colega. Fim da imagem.

4. Investiguem em livros, em jornais e na internet soluções para cada problema ambiental destacado no texto. No dia combinado com o professor, cada aluno vai expor para a classe as soluções que descobriu.

PROFESSOR Resposta: Orientar a investigação, identificando com os alunos fontes confiáveis e combinando um prazo para a pesquisa. No dia estabelecido, organizar a socialização das informações.
MANUAL DO PROFESSOR

As cercas vivas naturais ou plantadas nas divisas entre propriedades rurais constituem locais de pouso, abrigo e alimentação para várias espécies de animais silvestres, especialmente aves, podendo aumentar em cerca de quatro vezes a diversidade desses animais no local onde se encontram [...].

Além de proteger a área de agropecuária do vento e o solo da erosão, os cinturões de quebra-vento promovem o aumento da diversidade de aves e pequenos mamíferos, sendo a maioria deles benéficos para a agropecuária.

FONTE: ZANZINI, Antônio C. da S.; PRADO FILHO, José F. Impacto da atividade agropecuária sobre a fauna silvestre. Agropecuária e ambiente. Revista Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 21, n. 202, jan./fev. 2000. p. 84-86.

  • Orientar coletivamente a leitura do texto introdutório, identificando com os alunos os impactos ambientais da agricultura e da pecuária praticadas pelos primeiros agrupamentos humanos.
  • Conduzir a leitura do texto em voz alta, ação que contribui para a fluência em leitura oral. Em seguida, indicar a leitura do texto de terceiro, destacando com os alunos alguns dos impactos ambientais da agropecuária atualmente, por exemplo: desmatamento, queimada e contaminação ambiental por uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos.
  • Orientar a atividade 3 de reconto das informações do texto para um adulto, que contribui para o desenvolvimento da atividade de investigação que será apresentada na sequência.
  • Combinar com os alunos a realização da investigação proposta na atividade 4 sobre formas de mitigar os impactos ambientais, reforçando a eles a necessidade de utilizar fontes confiáveis.

    Boxe complementar:

    Tema Contemporâneo Transversal: Educação ambiental

    As atividades propostas permitem aos alunos refletirem sobre o impacto ambiental da agricultura e da pecuária e as formas de mitigar esses problemas.

    Fim do complemento.

MP140

CAPÍTULO 8. Brasil: paisagens naturais e ação das pessoas

O Brasil apresenta paisagens muito diversificadas, com combinações de elementos naturais e humanos muito variadas.

Um elemento natural presente em todas as paisagens é o relevo. Ele corresponde às diversas formas e altitudes da superfície terrestre.

1. Observe como diferentes formas e altitudes do relevo podem ser representadas em um bloco-diagrama e em um perfil topográfico.

Imagem: Ilustração. Na parte inferior, o Perfil topográfico: silhueta de morros com tamanhos variados e ao lado, o mar. Sobre o desenho há linhas horizontais e número de -100 a 700 (Altitude (em metros em relação ao nível do mar)). Na parte superior, ilustração em 3D (Bloco-diagrama). Na frente, o mar e ao lado, morros com tamanhos variados. Fim da imagem.
  1. O que esse bloco-diagrama e esse perfil topográfico têm em comum?
    PROFESSOR Resposta: Eles representam as formas de relevo de uma mesma paisagem.
  1. De acordo com o perfil topográfico, qual é a referência utilizada para a medição da altitude de um local?
PROFESSOR Resposta: O nível do mar (altitude de 0 metro).
MANUAL DO PROFESSOR
  • Realizar uma leitura em voz alta do texto inicial, verificando os conhecimentos prévios dos alunos sobre o relevo, suas principais formas e altitudes.
  • Solicitar que elaborem as atividades a partir da observação do bloco-diagrama, que representa parte do relevo em visão oblíqua, e do perfil topográfico representando a mesma parte do relevo em visão frontal.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    As atividades do capítulo permitem o trabalho com a competência geral 1 ao valorizar conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico e explicar a realidade; a competência geral 7, a competência específica de Ciências Humanas 6 e a competência específica de Geografia 6 ao promover a argumentação com base em fatos, dados e informações, favorecendo a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade, com posicionamento ético em relação ao planeta.

    Fim do complemento.

    As atividades do capítulo 8 permitem aos alunos conhecer algumas características das paisagens naturais brasileiras, com relação a relevo, hidrografia, clima e vegetação, e identificar a interferência da ação antrópica na transformação da paisagem e suas possíveis consequências.

    A BNCC no capítulo 8

    Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.

    Objeto de conhecimento: Conservação e degradação da natureza.

MP141

Cartografando

As diferentes altitudes também podem ser representadas em um mapa físico. Leia e interprete o mapa.

Imagem: Mapa. Brasil: físico.  Altitudes:  - 1.200 metros: grande concentração nas regiões Sudeste e Sul.  - 800 metros: grande concentração nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.  - 500 metros: região Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.  - 200 metros: regiões Norte e Centro-Oeste.  - 0 a 100 metros: regiões Norte (Planície do Rio Amazonas), Centro-Oeste e Nordeste.  Picos:  - NEBLINA: 2.994 m.  - 31 DE MARÇO: 2.973 m.  - BANDEIRA: 2.892 m.   Alagados: região Centro-Oeste.  Represa: região Norte.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 320 km.  Fim da imagem.

Fonte: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 112.

  1. Localize no mapa a Planície do Rio Amazonas. Quais são as altitudes predominantes nessa unidade de relevo brasileira?
    PROFESSOR Resposta: De 0 a 100 metros.
  1. Agora, localize no mapa duas serras com altitude superior a 500 metros e escreva o nome delas.
    PROFESSOR Resposta: Os alunos podem indicar: Serra Geral de Goiás, Serra do Mar, Serra do Espinhaço, Planalto da Borborema entre outras.
  1. No lugar onde você vive, quais são as altitudes predominantes?
PROFESSOR Resposta: Verificar se os alunos localizam a unidade da federação e, se possível, a área onde está o município onde vocês estão e identificam as altitudes predominantes nessa área.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidade: ( EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos ler e interpretar um mapa físico do Brasil.

Fim do complemento.

  • Solicitar aos alunos que leiam e interpretem o mapa e verifiquem suas principais características, interpretando a legenda e relacionando as suas cores às diferentes altitudes do relevo brasileiro.
  • Orientá-los a identificar os pontos com maior altitude e os com menor altitude, evidenciados pelas cores que se encontram no perfil de relevo que consta na legenda.
  • Identificar os picos mais altos do Brasil: Pico da Neblina, Pico 31 de Março e Pico da Bandeira.
  • Acessar com os alunos ou indicar as imagens e o vídeo disponíveis on-line no Atlas escolar do IBGE, que exemplifica diferentes formas de representar o relevo e aprofunda o conceito de altimetria a partir de recursos visuais. Disponível em: http://fdnc.io/frv. Acesso em: 25 jun. 2021.

MP142

Características das principais formas do relevo brasileiro

No Brasil, as principais formas de relevo são os planaltos, as depressões e as planícies.

1. Quando solicitado, leia os textos em voz alta.

Planaltos

Os planaltos são superfícies com altitudes, geralmente, acima de 300 metros. Nos planaltos podem-se encontrar morros, chapadas e serras.

Imagem: Fotografia. Morro alto com vegetação em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Morro no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no município de Alto Paraíso de Goiás, no estado de Goiás, em 2020. Um morro corresponde a uma elevação na superfície. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma chapada com vegetação em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Chapada dos Guimarães, no estado de Mato Grosso, em 2019. As chapadas aparecem nas áreas de planaltos e apresentam o topo aplainado, lembrando a forma de uma mesa. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de serras cobertas de vegetação.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Serra da Mantiqueira, no município de Santo Antonio do Pinhal, no estado de São Paulo, em 2020. As serras são as maiores elevações que aparecem em áreas de planalto. Geralmente elas apresentam encostas bem inclinadas. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar aos alunos que realizem a leitura em voz alta dos textos, observando a fluência em leitura oral deles, e que observem a representação das três principais formas de relevo existentes no Brasil.
  • Organizá-los, se possível, em grupos e solicitar a cada um que leia as características de uma das formas representadas.
  • Explorar as formas de relevo que aparecem nas fotografias, destacando os principais elementos que formam cada uma das paisagens.
  • Procurar relacionar as formas de relevo existentes no lugar de vivência dos alunos às fotografias das áreas de planalto, planície e depressão.
  • Explicar que é possível encontrar morros, serras e chapadas em áreas de planaltos.

    Pontos mais altos do Brasil

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou a altitude dos sete maiores pontos culminantes do país. Os dois pontos mais altos, os picos da Neblina e o 31 de Março, ficaram oficialmente 1,52 metro mais elevados. Segundo as medições feitas no final de 2015, o Pico da Neblina passou a ter 2.995,30 metros.

    De acordo com a medição anterior, feita em 2004 e 2005, o principal ponto culminante do Brasil, localizado na Serra do Imeri, no Amazonas, tinha 2.993,78 metros.

    O segundo mais alto pico brasileiro, o 31 de Março, situado na mesma serra, a menos de um quilômetro de distância do Pico da Neblina, passou de 2.972,66 na medição de 2004/2005 para 2.974,18 metros na medição atual.

MP143

Depressões

As depressões são superfícies com altitudes inferiores que as das áreas vizinhas. Elas são, portanto, áreas rebaixadas entre outras mais elevadas. As depressões podem ser planas ou apresentar ondulações.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma depressão coberta de vegetação.  Fim da imagem.

LEGENDA: Depressão no município de São Roque de Minas, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Em primeiro plano, o mar e ao lado, terreno plano com areia. Em segundo plano, uma Planície, seguido de uma Depressão. Acima, um Planalto coberto de vegetação. Fim da imagem.

Observação: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. Fim da observação.

Planícies

As planícies são superfícies mais ou menos planas, geralmente extensas e de baixas altitudes. No Brasil, elas são encontradas em alguns locais no interior do país e próximas ao litoral, onde formam as planícies litorâneas.

Imagem: Fotografia. Vista aérea do mar e ao lado, casas, árvores e ruas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de planície litorânea no município de Pontal do Paraná, no estado do Paraná, em 2019. FIM DA LEGENDA.

2. Quais são as principais formas de relevo encontradas no Brasil?

PROFESSOR Resposta: Os planaltos, as planícies e as depressões.

3. Escreva um texto explicando o que você descobriu sobre o relevo do Brasil e que não sabia. Quando solicitado, apresente oralmente seu texto para os colegas e o professor.

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos exponham as informações novas que aprenderam com a leitura e a observação do bloco-diagrama e dos textos.
MANUAL DO PROFESSOR

Essa revisão da altitude não significa que o pico ficou mais alto, mas sim que as tecnologias e os modelos de medição estão mais avançados.

FONTE: ABDALA, Vitor. IBGE revê altitude de sete picos brasileiros: o da Neblina fica mais alto. Agência Brasil, 29 fev. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/f4k. Acesso em: 25 jun. 2021.

  • Organizar uma roda de conversa e comentar as influências e a interferência das formas do relevo na vida das pessoas.
  • Comentar sobre algumas destas informações com os alunos: planaltos são superfícies mais ou menos planas, delimitadas por escarpas, nas quais prevalecem os processos de erosão e desgaste. Situam-se, geralmente, em altitudes superiores a 300 metros. Planícies são formas de relevo mais ou menos planas e de origem sedimentar, pois nesses locais existe um acúmulo maior de sedimentos do que em outras formas de relevo; elas localizam-se em baixas altitudes, ou seja, são pouco elevadas em relação ao nível do mar (até 300 metros). As principais formas de planícies são as planícies costeiras, localizadas ao longo dos litorais, e as planícies continentais, situadas próximas a rios no interior dos continentes, como a Planície Amazônica. Depressões são as áreas rebaixadas do relevo terrestre em relação ao nível do mar ou às áreas vizinhas. Podem ser absolutas, quando estão localizadas abaixo do nível do mar, ou relativas, localizadas acima do nível do mar.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Ao explorar diferentes formas de relevo, comparando-as com as existentes no lugar de viver, propicia-se o trabalho com a competência específica de Geografia 3, ao se desenvolver os princípios de raciocínio geográfico de analogia e diferenciação.

    Fim do complemento.

MP144

Cartografando

Há mais de quarenta anos, geógrafos e outros profissionais estudaram o relevo brasileiro por meio de um projeto de pesquisa chamado Radambrasil. Nesse projeto foram utilizadas fotografias e imagens de radar para a elaboração de um mapa mais preciso do relevo brasileiro.

O mapa a seguir representa as principais unidades de relevo identificadas no território brasileiro durante o projeto Radambrasil.

Imagem: Mapa. Brasil: unidades de relevo. Mapa do Brasil com destaque para: Planície do Rio Amazonas; Planície Litorânea; Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba; Depressão Sertaneja e do São Francisco; Planície Litorânea; Planície do Rio Araguaia; Planaltos e Chapada dos Parecis; Planície e Pantanal Mato-grossense; Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste; Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná; Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 360 km. Fim da imagem.

Fonte: Jurandyr L. S. Ross (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005. p. 53.

  1. Compare esse mapa com o mapa de altitudes do Brasil e responda.
    • Em quais unidades de relevo encontram-se os picos mais altos do Brasil? E em quais se encontram os locais de menor altitude?
      PROFESSOR Resposta: Os picos mais altos encontram-se nos planaltos e os locais de menor altitude no Brasil encontram-se nas planícies.

      2. Localize a unidade da federação em que você mora. Qual é a unidade de relevo predominante nela?

PROFESSOR Resposta: Os alunos devem identificar a(s) cor(es) que predomina(m) na unidade da federação onde vocês estão e fazer a correspondência a partir da legenda.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade possibilita aos alunos observar e interpretar um mapa com a classificação das unidades de relevo do Brasil.

Fim do complemento.

  • Ler o texto e explicar que o projeto Radambrasil foi iniciado em 1970 para realizar a coleta de dados sobre recursos minerais, solos, vegetação, uso da terra e cartografia da Amazônia e áreas adjacentes. O uso de imagens de radar nesse projeto possibilitou conhecer melhor as formas do relevo dessa área, pois a formação de nuvens e a cobertura vegetal não dificultam a coleta de dados por meio desse instrumento.
  • Guiar o reconhecimento das principais formas de relevo do Brasil (planícies, planaltos e depressões) a partir das cores da legenda do mapa.
  • Orientá-los a localizar no mapa a unidade federativa onde vivem e a respectiva unidade de relevo que predomina nela. Pedir aos alunos que indiquem a forma de relevo na qual se encontram os picos mais altos do Brasil e a forma de relevo na qual se encontram os locais de menor altitude.
  • Comentar que na região da Amazônia estão os picos mais altos do Brasil, mas também algumas das regiões de menor altitude, como as próximas aos leitos dos rios.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Ao se analisar mapa qualitativo sobre as unidades de relevo brasileiras, promove-se uma aproximação com a competência geral 4, com a competência específica de Ciências Humanas 7 e com a competência específica de Geografia 4, além da competência específica de Geografia 3, uma vez que proporciona-se desenvolvimento dos princípios do raciocínio geográfico de extensão e diferenciação.

    Fim do complemento.

    Planaltos, planícies e depressões do Brasil

    O relevo brasileiro é constituído, principalmente, por planaltos, planícies e depressões. Os planaltos são terrenos mais antigos relativamente planos, situados em altitudes mais elevadas. Destacam-se o Planalto Central Brasileiro, Centro Sul de Minas, Planalto da Amazônia Oriental e os planaltos da Bacia do Parnaíba e da Bacia do Paraná.

    As planícies são áreas essencialmente planas formadas a partir da deposição de sedimentos provenientes de áreas mais elevadas. São as formas de relevo mais recentes no tempo geológico, e no Brasil podemos destacar as planícies do Pantanal, do Rio Amazonas, e as localizadas ao longo do litoral brasileiro.

MP145

Os rios e o relevo

As formas de relevo interferem nas características dos rios. De acordo com o relevo, os rios podem ser classificados em dois tipos.

1. Observe a representação.

Imagem: Ilustração. À direita, uma nascente no topo de um planalto com uma queda d’água (A), que segue para uma planície e se divide em rios (B). Em volta há muitas árvores e à esquerda, a foz dos rios se une ao mar.  Fim da imagem.

Observação: Representação ilustrativa sem escala e proporção para fins didáticos. Fim da observação.

  1. O trecho A do rio principal representado está relacionado com uma área de planalto ou de planície? E o trecho B?
    PROFESSOR Resposta: A: planalto. B: planície.
  1. Quais são as principais formas de aproveitamento das águas dos rios de planalto e dos rios de planície pelas pessoas?
    PROFESSOR Resposta: As águas dos rios de planalto são aproveitadas principalmente para a geração de energia e a captação de água. As águas dos rios de planície são aproveitadas sobretudo para o transporte, a pesca e o lazer.
  1. Como se chama o local onde as águas de um rio surgem na superfície?
    PROFESSOR Resposta: Nascente.
  1. E o local onde as águas de um rio deságuam?
    PROFESSOR Resposta: Foz.

    2. Existem rios em seu lugar de viver? Se sim, pelas suas características, você diria que são rios de planície ou de planalto?

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos identifiquem se o rio apresenta corredeiras e/ou quedas-d’água ou se o rio está em uma área plana, formulando hipóteses sobre ser um rio de planície ou de planalto.
MANUAL DO PROFESSOR

Já as depressões são uma parte do relevo existente em altitudes mais baixas que as altitudes das áreas adjacentes, inclusive aquelas que se encontram abaixo do nível do mar. Um exemplo é a depressão amazônica. Também fazem parte do nosso relevo os patamares, tabuleiros, chapadas e serras.

FONTE: IBGE Educa – Jovens. Conheça o Brasil. Relevo do Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/frw. Acesso em: 25 jun. 2021.

  • Ler o texto em voz alta e destacar aspectos dos rios de planalto e dos rios de planície.
  • Conversar com os alunos sobre algumas formas de aproveitamento das águas de um rio pelas pessoas, enfatizando o transporte, a irrigação, a geração de energia, a pesca, a recreação e o uso doméstico, considerando tanto os rios de planalto como os rios de planície.
  • Fazer um levantamento com os alunos sobre os tipos de rios que existem no lugar de viver, salientando que um mesmo rio pode ter características de rio de planalto e rio de planície ao longo de seu curso.
  • Solicitar aos alunos que observem o bloco-diagrama que representa um rio e seus afluentes e comentem a relação dos rios com o relevo: ao longo do tempo, suas águas podem, por exemplo, causar desgaste nas rochas em algumas áreas, e transportar e depositar os sedimentos que foram gerados para outras.
  • Orientar os alunos para que percebam que as águas dos rios correm sempre dos locais de maior altitude para os de menor altitude.
  • Solicitar que identifiquem o ponto mais alto do rio principal, a nascente e o ponto mais baixo, a foz.
  • Propor que descrevam oralmente as características da paisagem ao longo do curso do rio, verificando a compreensão de textos e a capacidade de reproduzir de forma correta o que foi estudado.
  • Solicitar que respondam às atividades, compartilhando depois suas respostas.

MP146

As bacias hidrográficas brasileiras

A extensão de terras ocupada por um rio principal e seus afluentes é chamada de bacia hidrográfica.

No Brasil, as bacias hidrográficas podem ser agrupadas em regiões hidrográficas.

1. Leia e interprete o mapa.

Imagem: Mapa. Brasil: regiões hidrográficas.  Região Amazônica: abrange Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Rondônia e Mato Grosso.  Região Tocantins-Araguaia: abrange Pará, Tocantins, DF e Goiás.  Região do Parnaíba: abrange Piauí.  Região São Francisco: abrange Bahia, Pernambuco e Minas Gerais.  Região Paraná: abrange Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.  Região Paraguai: abrange Mato Grosso do Sul.  Região Uruguai: abrange Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  Região Atlântico Nordeste Ocidental: abrange Maranhão.  Região Atlântico Nordeste Oriental: abrange Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe.  Região Atlântico Leste: abrange Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Região Atlântico Sudeste: abrange Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.  Região Atlântico Sul: abrange São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  Rio perene: representado por uma linha azul em todo o mapa.  Rio temporário: região Nordeste.  Alagado: Mato Grosso do Sul. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 320 km.  Fim da imagem.

Fonte: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 123.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. A unidade da federação em que vocês vivem faz parte de qual região hidrográfica?
    PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal.

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Qual é a maior região hidrográfica brasileira? Escrevam o nome de seu rio principal.
    PROFESSOR Resposta: A Região Hidrográfica Amazônica. O Rio Amazonas é seu principal rio.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    2. De acordo com o que você observa, no lugar onde você vive, as formas de relevo e a presença de rios interferem na vida das pessoas? De que maneiras?

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem indicar que interferem no modo de morar, de se locomover e de realizar atividades econômicas.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Organizar os alunos em duplas e solicitar a eles que observem o mapa, destacando as características das regiões hidrográficas, identificando a maior e a menor, a quantidade de rios e a direção que estes percorrem no relevo.
  • Mostrar um mapa físico do Brasil e compará-lo com o das regiões hidrográficas.
  • Ressaltar, se preciso, que os rios seguem as formas do relevo, começando o curso em locais mais altos e percorrendo as áreas mais baixas até encontrar outro rio ou o mar.
  • Informá-los de que alguns rios brasileiros percorrem caminhos em direção a outros países e outros circulam apenas em território brasileiro. O Rio Amazonas, por exemplo, o maior do Brasil, tem suas nascentes em outro país: na montanha Nevada Mismo, que tem 5.600 metros de altitude, ao sul do Peru.
  • Conversar sobre as formas de relevo e os rios presentes no lugar onde vivem os alunos e sobre como isso interfere na vida das pessoas.

    Para leitura dos alunos

    Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustração de crianças, uma lua, o mar e duas estátuas. Fim da imagem.

    Saudades do rio mar, de Cristina Porto. FTD.

    Enquanto viaja ao longo do Rio São Francisco desde Minas Gerais até Pernambuco, a personagem se depara com um Brasil que muitos ignoram e nos relata impressões sobre as pessoas que conhece e as paisagens marcantes que percorre.

    Curso dos rios

    O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de materiais é muito intenso. A força das águas escava vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito resistentes, o rio circula por elas, formando quedas de água, gargantas ou desfiladeiros.

    No curso médio do rio, a inclinação diminui e as águas perdem força e a sua capacidade de transporte diminui e começa a depositar os materiais mais pesados que já não consegue transportar. Os vales têm a forma de V aberto. Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes planícies sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros.

MP147

Boxe complementar:

Você sabia?

As formas de relevo e os rios estão em constante transformação.

A chuva, o vento e a água dos rios e do mar, por exemplo, podem alterar ao longo do tempo as formas de relevo, ainda que não possamos perceber essas transformações no dia a dia.

As pessoas também podem modificar o relevo.

Imagem: Fotografia. Um homem com capacete de proteção e uniforme azul observa um caminhão vermelho dentro de um túnel com terra em volta. Fim da imagem.

LEGENDA: Abertura de túnel no município de Paraibuna, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Os rios também podem ser modificados pela natureza e pelas pessoas. As pessoas podem alterar o curso de um rio para a construção de uma usina hidrelétrica, por exemplo.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de um lago extenso e ao lado há uma barragem. Fim da imagem.

LEGENDA: Usina Hidrelétrica de Xingó no Rio São Francisco, no município de Piranhas, no estado de Alagoas, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

O curso inferior do rio corresponde às zonas mais próximas de sua foz. A inclinação do terreno torna-se quase nula, há pouca erosão e quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos depositados. A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de estuário e no segundo, formam-se os deltas.

FONTE: PARANÁ (Governo do Estado). Secretaria da Educação. Hidrografia: esquema de um rio. Dia a Dia da Educação. Disponível em: http://fdnc.io/frx. Acesso em: 25 jun. 2021.

  • Fazer a leitura do texto da seção Você sabia? e conversar com os alunos sobre as transformações que as pessoas podem provocar nas formas de relevo e nos rios.
  • Solicitar que observem as fotografias e leiam as legendas, perguntando quais foram as interferências humanas observadas nas paisagens e por que elas foram feitas.
  • Verificar se os alunos reconhecem que essas transformações costumam favorecer a locomoção das pessoas e promover a geração de energia elétrica. No entanto, também costumam provocar impactos ambientais como assoreamento dos rios, depósito de sedimentos no fundo de seus leitos, deslizamentos de terras, inundação de extensas áreas, destruição da fauna e da flora e inundação de territórios de comunidades ribeirinhas.
  • Orientar os alunos para que procurem informações com adultos da escola sobre as mudanças no relevo e nos rios no município onde vivem, como a abertura de avenidas, criação de praças e construção de grandes empreendimentos.

MP148

Brasil: climas

Observando o tempo atmosférico por um longo período e identificando características que predominam na dinâmica atmosférica, meteorologistas e outros profissionais determinaram os diferentes tipos de clima que existem no mundo e no Brasil.

1. Quando solicitado, observe o mapa e leia os textos em voz alta.

Imagem: Mapa. Brasil: climas.  Equatorial úmido: abrange AC, AM, RR, AP, PA, RO, MT e MA.  Ao lado, a informação: Clima equatorial úmido - É um clima quente e úmido, com temperaturas elevadas durante a maior parte do ano. As chuvas são bem distribuídas durante o ano todo.  Tropical: abrange MA, PI, CE, BA, TO, MT, DF, GO, MG, SP e MS.  Ao lado, a informação: Clima tropical - É marcado pela existência de duas estações bem definidas: uma quente e chuvosa (verão) e outra mais fria e seca (inverno).  Tropical semiárido: abrange CE, PI, RN, PB, PE, AL, SE e BA.  Ao lado, a informação: Clima tropical semiárido - É o clima característico do sertão nordestino: quente durante todo o ano, com poucas chuvas.  Litorâneo úmido: abrange RN, PB, PE, AL, SE, BA, ES e RJ.  Ao lado, a informação: Clima litorâneo úmido - Ocorre na maior parte da faixa litorânea das regiões Nordeste e Sudeste. É caracterizado pela ocorrência de chuvas durante quase o ano todo.  Tropical de altitude: abrange MG, ES, RJ e SP.  Ao lado, a informação: Clima tropical de altitude - Tem duas estações do ano bem definidas (verão e inverno), mas apresenta temperaturas mais baixas devido à altitude.  Subtropical úmido: abrange MS, SP, PR, SC e RS.  Ao lado, a informação: Clima subtropical úmido - Apresenta verão quente e inverno rigoroso, com temperaturas baixas, geadas e, ocasionalmente, neve nas áreas de serra. As chuvas são bem distribuídas durante o ano. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 440 km.  Fim da imagem.

Fonte: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 119.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar aos alunos que leiam os textos em voz alta, esta é mais uma possibilidade de observar o desenvolvimento da fluência em leitura oral dos alunos.
  • Orientá-los a consultar a previsão do tempo em um telejornal ou na internet, no dia anterior à aula, para observarem exemplos de condições de tempo atmosférico.
  • Explicar aos alunos que tempo atmosférico e clima são fenômenos distintos. A definição das características de cada tipo de clima depende do estudo e do registro da sucessão de condições de tempo atmosférico em determinada área durante muitos anos.
  • Promover a observação e a leitura do mapa e identificar os tipos de clima existentes no Brasil, solicitando aos alunos que leiam as informações sobre um tipo de clima, suas características e localização.
  • Auxiliar os alunos a identificar o tipo de clima que predomina na unidade federativa onde vivem.

    Tempo e clima

    Segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), existe diferença entre o tempo e o clima. O tempo é o estado físico das condições atmosféricas em um determinado momento e local. Isto é, a influência do estado físico da atmosfera sobre a vida e as atividades do homem. O clima é o estudo médio do tempo para o determinado período ou mês em uma certa localidade. Também se refere às características da atmosfera inseridas das observações contínuas durante um certo período. O clima abrange maior número de dados e eventos possíveis das condições de tempo para uma determinada localidade ou região.

MP149

2. De acordo com o mapa da página anterior, identifique o clima predominante nas unidades da federação a seguir.

  1. Goiás, Maranhão e Tocantins.
    PROFESSOR Resposta: Tropical.
  1. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    PROFESSOR Resposta: Subtropical úmido.
  1. Amazonas, Roraima e Acre.
    PROFESSOR Resposta: Equatorial úmido.

    3. Identifique o tipo de clima predominante em cada município retratado.

Imagem: Fotografia A. Vista aérea de uma cidade com ruas, prédios, casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: No município de Petrolina, no estado de Pernambuco, faz calor o ano inteiro e a falta de chuva é frequente. Quando chove, a temperatura fica mais amena. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Tropical semiárido.
Imagem: Fotografia B. Vista aérea de uma cidade com ruas, prédios, casas e árvores. Ao fundo, morros.  Fim da imagem.

LEGENDA: No município serrano de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, as temperaturas são mais amenas, mas têm uma queda no inverno. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Tropical de altitude.
Imagem: Fotografia C. Vista aérea de uma cidade com ruas, prédios, casas e árvores. À esquerda, navios no mar. Fim da imagem.

LEGENDA: No município de Belém, no estado do Pará, faz calor durante todo o ano e costuma chover quase todos os dias. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Equatorial úmido.
Imagem: Fotografia D. Vista aérea de uma cidade com ruas, prédios, casas e muitas árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: No município de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, costuma chover o ano inteiro. O inverno é rigoroso e o verão é muito quente. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Subtropical úmido.
Imagem: Fotografia E. Vista aérea de uma cidade com ruas, prédios, casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: No município de Cuiabá, no estado de Mato Grosso, no verão, as temperaturas são muito altas e chove bastante. No inverno, as temperaturas se tornam mais amenas e chove pouco. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Tropical.
Imagem: Fotografia F. Vista aérea de uma cidade com ruas, prédios, casas e árvores. Ao fundo, barcos no mar. Fim da imagem.

LEGENDA: No município de Salvador, no estado da Bahia, costuma chover o ano inteiro e as temperaturas são elevadas. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Litorâneo úmido.
MANUAL DO PROFESSOR

Desta maneira, tempo e clima são dois termos que estão intimamente relacionados, mas, mesmo assim, distintos. É bom lembrar, que a temperatura, chuva, vento, umidade, nevoeiro, nebulosidade, etc. formam o conjunto de parâmetros do tempo (estado instantâneo da atmosfera) e o clima, portanto, corresponde ao comportamento das condições atmosféricas de determinado lugar por muitos anos sucessivos.

FONTE: PARANÁ (Governo do Estado). Secretaria da Educação. Tempo e clima. Dia a Dia Educação. Disponível em: http://fdnc.io/8ZW. Acesso em: 25 jun. 2021.

  • Orientar os alunos a relacionar os principais tipos de clima com as legendas das fotografias da atividade 3, que informam características de diferentes climas do Brasil em distintas capitais brasileiras.
  • Pedir que localizem essas capitais no mapa da página anterior e perguntar aos alunos se conhecem relatos de pessoas que vivem em localidades com climas diferentes do de onde mora.
  • Perguntar a eles se conhecem relatos de pessoas que vivem em localidades com climas diferentes.

    Atividade complementar

    Organizar os alunos em grupos. Cada grupo deve pesquisar diferentes formas de morar e modos de se alimentar que possam estar relacionados com as características dos climas brasileiros.

    Solicitar que os grupos apresentem suas descobertas na forma de um painel ou seminário.

MP150

As formações vegetais brasileiras

Devido à influência do clima, do solo e do relevo, existem diversas formações vegetais no Brasil. Esses tipos de vegetação apresentam uma grande biodiversidade, ou seja, uma grande variedade de espécies vegetais e animais. Contudo, boa parte da vegetação que cobria o território brasileiro foi destruída pela ação humana ao longo dos anos.

1. Leia e compare os mapas.

Imagem: Mapa. Brasil: vegetação nativa.  Floresta Amazônica: região Norte.  Mata Atlântica: regiões Nordeste e Sudeste.  Floresta Tropical: regiões Nordeste, Sudeste e Sul.  Mata dos Pinhais ou de Araucária: região Sul.  Cerrado: regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.  Caatinga: região Nordeste.  Campos: região Sul.  Vegetação do Pantanal: região Centro-Oeste.  Vegetação litorânea: regiões Norte e Nordeste.  Campinas do Rio Negro: região Norte.  Contato entre tipos de vegetação: todas as regiões. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 560 km.  Mapa. Brasil: vegetação nativa e áreas transformadas.  Floresta Amazônica: região Norte.  Mata Atlântica: regiões Nordeste e Sudeste.  Floresta Tropical: regiões Nordeste, Sudeste e Sul.  Mata dos Pinhais ou de Araucária: região Sul.  Cerrado: regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.  Caatinga: região Nordeste.  Campos: região Sul.  Vegetação do Pantanal: região Centro-Oeste.  Vegetação litorânea: regiões Norte e Nordeste.  Campinas do Rio Negro: região Norte.  Contato entre tipos de vegetação: todas as regiões. Área transformada pela ação humana: todas as regiões com maior concentração nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul e menor concentração nas regiões Norte e Centro-Oeste. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 560 km.   Fim da imagem.

FONTE: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 121.

  1. O que os mapas representam?
    PROFESSOR Resposta: Os tipos de vegetação nativa e as áreas transformadas pela ação humana no território brasileiro.
  1. Localize nos mapas a unidade da federação onde você vive. Qual é a formação vegetal nativa que predomina nessa unidade da federação?
    PROFESSOR Resposta: Verificar se os alunos identificam corretamente a cor que predomina na unidade da federação onde vocês estão e fazem a correspondência de acordo com a legenda.
  1. Comparando os dois mapas, quais foram as formações vegetais brasileiras que mais foram transformadas ao longo do tempo?
PROFESSOR Resposta: A Mata Atlântica, a Mata dos Pinhais e o Cerrado.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Realizar a leitura do texto e comentar com os alunos que fatores como luz, temperatura, umidade e tipos de solo e de relevo influenciam o tipo de vegetação que se desenvolve em determinado local. As atividades permitem aos alunos conhecer as principais formações vegetais do Brasil e refletir sobre as causas do intenso processo de devastação ao longo do tempo.
  • Conversar sobre os mapas de vegetação, destacando semelhanças e diferenças entre eles.
  • Comparar os mapas e identificar os tipos de vegetação mais devastados, incluindo no lugar onde vivem.
  • Solicitar aos alunos que leiam os textos e observem as fotos sobre alguns dos principais tipos de vegetação do território brasileiro.
  • Orientar a identificação, nas fotografias, das características de cada formação vegetal.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Ao se comparar dois mapas sobre a vegetação brasileira, promove-se uma aproximação com a competência geral 4, com a competência específica de Ciências Humanas 7 e com a competência específica de Geografia 4, ao explorar a linguagem cartográfica para a construção do conhecimento e o desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal. Além disso, proporciona-se uma aproximação com a competência específica de Ciências Humanas 5, que prevê comparar eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço.

    Fim do complemento.

    Importância da biodiversidade

    Estima-se que até 100 milhões de diferentes espécies vivas dividam este mundo com você (ainda que menos de 2 milhões sejam conhecidas): a biodiversidade abrange toda a variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles. É responsável pela estabilidade dos ecossistemas, pelos processos naturais e produtos fornecidos por eles e pelas espécies que modificam a biosfera. Assim, espécies, processos, sistemas e ecossistemas criam coletivamente as bases da vida na Terra: alimentos, água e oxigênio, além de medicamentos, combustíveis e um clima estável, entre tantos outros benefícios.

MP151

Características das principais formações vegetais brasileiras

2. Leia os textos de forma silenciosa e conheça as principais formações vegetais no Brasil e as causas de sua devastação.

Floresta Amazônica

É uma das maiores florestas do mundo, apresentando um grande número de espécies vegetais e animais. Algumas das principais razões atuais do seu desmatamento são a agricultura (sobretudo o cultivo de soja), a pecuária e a exploração mineral.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de um rio sinuoso com várias árvores em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Floresta Amazônica no município de Careiro, no estado do Amazonas, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Cerrado

Vegetação característica da Região Centro-Oeste, o Cerrado apresenta grande diversidade de espécies e vem sendo seriamente ameaçado pelo crescimento das atividades agropecuárias e de extração mineral.

Imagem: Fotografia. Várias árvores com plantas em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vegetação de Cerrado no município de General Carneiro, no estado de Mato Grosso, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Caatinga

Formação vegetal encontrada nas áreas de clima semiárido da Região Nordeste. O clima semiárido influencia nas características da vegetação e da vida animal. A Caatinga vem sendo desmatada principalmente para a criação de gado e para a produção de lenha e carvão vegetal.

Imagem: Fotografia. Vários cactos sobre terreno seco. Fim da imagem.

LEGENDA: Vegetação de Caatinga no município de Cabrobó, no estado de Pernambuco, em 2020. FIM DA LEGENDA.

3. Indique as atividades que têm contribuído para a devastação da Floresta Amazônica e do Cerrado.

PROFESSOR Resposta: A agricultura, a pecuária e a exploração mineral.

4. Escreva um texto sobre a formação vegetal do Brasil que tem sido ameaçada pela expansão da pecuária e da produção de lenha e de carvão vegetal.

PROFESSOR Resposta: Os alunos devem retomar que a Caatinga, vegetação encontrada nas áreas de clima semiárido da Região Nordeste, tem sido desmatada para a criação de gado e a produção de lenha e de carvão vegetal.
MANUAL DO PROFESSOR

O termo biodiversidade diz respeito também ao número de diferentes categorias biológicas (riqueza) da Terra e à abundância relativa destas categorias (equitabilidade), incluindo variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade).

FONTE: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Biodiversidade brasileira. Disponível em: http://fdnc.io/fry. Acesso em: 25 jun. 2021.

  • Solicitar aos alunos que respondam às atividades.
  • Identificar com eles algumas razões da devastação da Floresta Amazônica, Cerrado e Caatinga.
  • Conversar a respeito da importância da biodiversidade: comentar que a diversidade de espécies contribui para o equilíbrio do ambiente e também é fonte de pesquisa para o desenvolvimento de remédios e de outros produtos que contribuem para a melhora da qualidade de vida.
  • Orientar os alunos, se julgar apropriado, na realização de uma produção de escrita sobre locais onde a vegetação está ameaçada devido a extração da madeira e produção de carvão, caso, por exemplo, da vegetação da Caatinga. Verificar se os alunos escreveram corretamente as palavras e se produziram um texto adequado ao proposto.

MP152

Mata Atlântica

A Mata Atlântica ocupava originalmente uma extensa área, estendendo-se, praticamente, por todo o litoral brasileiro. No decorrer do tempo, foi uma das florestas mais devastadas do país e, atualmente, áreas remanescentes dessa vegetação estão na porção do território onde se concentra grande parte da população brasileira. O crescimento das cidades e a agropecuária têm contribuído para seu desmatamento.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de várias árvores com folhas em tons de verde e marrom.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vegetação de Mata Atlântica no município de Mascote, no estado da Bahia, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Vegetação Litorânea

A Vegetação Litorânea está presente em diferentes áreas do litoral brasileiro. Nessa formação vegetal encontram-se os manguezais, que se desenvolvem em solos alagados, e as restingas, que se encontram próximas a praias.

Com o processo de expansão urbana, essa vegetação vem sofrendo constante devastação.

Imagem: Fotografia. Árvores com raízes sobre água.  Fim da imagem.

LEGENDA: Manguezal no município de Cananéia, no estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Mata dos Pinhais ou de Araucária

É a formação vegetal que predomina no sul do Brasil. A Mata dos Pinhais está praticamente extinta. A araucária, conhecida como pinheiro-brasileiro, foi intensamente explorada para a construção de moradias e a fabricação de móveis.

Imagem: Fotografia. Araucárias sobre morro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vegetação de araucária no município de Urupema, no estado de Santa Catarina, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Fazer a leitura dos textos em voz alta e de forma compartilhada entre os alunos.
  • Solicitar que comentem o que observaram nas fotografias, destacando as principais características de cada tipo de vegetação.
  • Conversar com os alunos sobre as principais causas da devastação da Mata Atlântica e da vegetação litorânea no Brasil: a ocupação a partir da colonização europeia, que ocorreu pelo litoral, e a exploração de recursos naturais.
  • Destacar a proximidade do litoral, no qual teve início o processo de colonização e, portanto, o desmatamento para extração de madeira, atividade agropecuária e expansão da urbanização.
  • Comentar que a Mata dos Pinhais está quase extinta porque o pinheiro-brasileiro foi intensamente explorado para a construção de moradias, a fabricação de móveis e a agropecuária. Estima-se que exista cerca de 2% da sua área original. O pinheiro-brasileiro pode atingir mais de 30 metros de altura. A Mata dos Pinhais é uma mata aberta, o que facilitou a circulação de pessoas para sua retirada. Originalmente era encontrada em grande extensão nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e em lugares de altitudes mais elevadas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Ao se trabalhar as principais causas da devastação das diferentes vegetações brasileiras, promove-se o desenvolvimento das competências específicas de Geografia 1, que prevê a utilização dos conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade e natureza; 6, que sugere a promoção da consciência socioambiental e do respeito à biodiversidade; e 7, que pressupõe agir com responsabilidade propondo ações sobre questões socioambientais.

    Fim do complemento.

    A fotografia nas aulas de Geografia

    [...] A fotografia pode ser um recurso que oferece integração entre representação, informação, análise e compreensão da paisagem, abordada nas diversas temáticas geográficas, além de apresentar resultados significativos. [...] O professor pode lançar mão do recurso fotográfico como instrumento problematizador, inserindo nessa visualidade diversas indagações (Onde? Como? Por quê? Quais fatos? Que pessoas? Que sociedade? Que paisagem?).

    FONTE: GOMES, Sirlei F.; MANSANO, Cleres do N. O uso de imagens como prática mediadora no processo de ensino-aprendizagem de Geografia. In: PARANÁ. Secretaria da Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense 2009. Curitiba: Seed, 2012. p. 10. (Cadernos PDE, v. 1).

MP153

Campos

Vegetação rasteira formada principalmente de gramíneas. Os Campos concentram-se, especialmente, no Rio Grande do Sul, onde formam o chamado Pampa Gaúcho. As áreas ocupadas por essa formação vegetal têm sido aproveitadas sobretudo pela pecuária.

Imagem: Fotografia. Ovelhas e bois sobre campo com vegetação verde.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vegetação de Campos no município de São Martinho da Serra, no estado do Rio Grande do Sul, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Vegetação do Pantanal

No Pantanal, a vegetação é muito variada, composta de áreas de floresta, de Caatinga, de Cerrado, de Campos e de vegetação aquática. O Pantanal ocupa uma vasta planície de inundação banhada por inúmeros cursos de água.

Imagem: Fotografia. Um rio com plantas e árvores nas margens. Fim da imagem.

LEGENDA: Vegetação do Pantanal no município de Miranda, no estado do Mato Grosso do Sul, em 2020. FIM DA LEGENDA.

5. Quais são as principais causas da devastação da Mata Atlântica e da Vegetação Litorânea no Brasil?

PROFESSOR Resposta: Essas formações vegetais, por estarem próximas ao litoral (onde teve início o processo de colonização), têm sido historicamente exploradas para a extração de madeira, a atividade agropecuária e a expansão da ocupação e da urbanização.

6. Por que a Mata dos Pinhais está quase extinta?

PROFESSOR Resposta: Porque o pinheiro-brasileiro foi intensamente explorado para a construção de moradias e a fabricação de móveis.

7. Quais são as diferenças existentes entre as formações vegetais de Campos e do Pantanal?

PROFESSOR Resposta: Nos Campos predomina a vegetação rasteira, principalmente de gramíneas. A vegetação do Pantanal engloba vários tipos de formação vegetal.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Comentar que os Campos envolvem um tipo de vegetação que tem sido devastada principalmente pela atividade agropecuária, assim como o Pantanal.
  • Solicitar aos alunos que comparem as informações dos textos com o mapa de vegetação nativa do Brasil.
  • Durante a leitura, observar a habilidade dos alunos de compreensão de textos e de comparação com os mapas da página 112. É importante que percebam as principais áreas onde a vegetação natural vem dando lugar a outras ocupações realizadas pelas pessoas.

    Atividade complementar

    Assistir com os alunos ao vídeo ABC do Meio Ambiente – O que é Biodiversidade?, produzido pela TV Escola, e conversar com eles sobre o que é biodiversidade e qual a importância de sua preservação. O vídeo está no canal do YouTube da TV Escola, disponível em: http://fdnc.io/frz. Acesso em: 9 jun. 2021.

    Boxe complementar:

    Tema Contemporâneo Transversal: Educação ambiental

    Esta é uma oportunidade para tratar da preservação do ambiente e refletir sobre o uso racional dos recursos naturais do planeta. Pode-se solicitar aos alunos que pesquisem imagens de animais e plantas que vivem em cada uma das principais formações vegetais brasileiras citadas.

    Fazer um mural em sala de aula com as imagens relacionadas às diferentes formas de vida associadas à Floresta Amazônica, ao Cerrado, à Caatinga, à Mata Atlântica, à Vegetação Litorânea, à Mata dos Pinhais, aos Campos e ao Pantanal, evidenciando a biodiversidade desses ambientes.

    Fim do complemento.

MP154

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 7 e 8

Avaliação de processo de aprendizagem

Nas aulas anteriores, você estudou sobre as características naturais de algumas paisagens brasileiras e as mudanças realizadas pelos seres humanos em diferentes tempos. Vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, faça as atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.

  1. Observe o bloco-diagrama.
Imagem: Ilustração. À direita, o mar e em seguida, árvores sobre a areia (A). No centro, planalto com vegetação rasteira. À esquerda, uma depressão (B) e em seguida, planalto com árvores (C).  Fim da imagem.

Observação: Representação ilustrativa sem escala e proporção. Fim da observação.

  1. Escreva qual é o clima predominante nas áreas onde ocorre a vegetação de Campos no Brasil e explique quais são suas principais características.
    PROFESSOR Resposta: Clima subtropical, caracterizado por chuvas bem distribuídas no ano e queda de temperatura no inverno.
  1. Escreva qual é o clima predominante nas áreas onde ocorre a Floresta Amazônica no Brasil e explique quais são suas principais características.
    PROFESSOR Resposta: Clima equatorial úmido, que apresenta temperaturas elevadas e chuvas distribuídas, caracterizado por chuvas bem distribuídas ao longo de todo o ano.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    3. Em grupos, pesquisem informações em livros, jornais ou na internet para responder às perguntas a seguir. Depois, apresentem suas descobertas para os colegas e o professor.

PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos nas atividades de pesquisa e compilação de fontes, assegurando que haja divisão de tarefas. Fim da observação.
  1. Qual era a vegetação nativa do município?
  1. Como eram os rios do município?
  1. Ao longo do tempo, que ações humanas transformaram a vegetação nativa e os rios do município?
Imagem: Ilustração. Folha pautada. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 7 e 8.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

  1. Reconhecer as principais formas do relevo do Brasil, caracterizando-as.
    1. Espera-se que os alunos identifiquem, a partir do bloco-diagrama, as três principais formas de relevo brasileiras, seguidas de sua caracterização.
  1. Comparar dois mapas físicos do Brasil, correlacionando informações do clima e da vegetação em diferentes localidades.
    1. Exige dos alunos a proficiência de comparar dois mapas físicos do Brasil, a fim de identificar quais formações vegetais predominam em diferentes zonas climáticas.
  1. Investigar transformações de rios e vegetação nativa no lugar de viver.
    1. Espera-se que os alunos, em grupo, pesquisem informações e realizem uma apresentação sobre transformação da vegetação e dos rios no seu lugar de viver. Ainda que a atividade seja realizada em grupo, vale estabelecer uma pontuação ou atribuição de conceito individual a cada aluno a partir de critérios relacionados a contribuições para o trabalho coletivo, pesquisa de material, respeito com os colegas e proatividade na execução das propostas elaboradas.
  1. Identificar vestígios deixados pelos primeiros hominínios.
    1. Os alunos devem identificar como ela é chamada (pedra lascada), que hominínio foi o primeiro a desenvolver a técnica do lascamento (Homo habilis) e as funções dessa pedra (cortar carnes, entre outras).
  1. Explicar a importância do controle do fogo para os seres humanos.
    1. Os alunos devem refletir sobre a importância do controle do fogo para os seres humanos.
  1. Identificar as características de um povo nômade no Brasil.
    1. Os alunos devem identificar a forma de vida predominante (o deslocamento constante).

MP155

4. Observe as fotografias.

  1. Como esse tipo de pedra é chamado?
    PROFESSOR Resposta: Pedra lascada.
  1. Qual hominínio desenvolveu a habilidade de produzir esse tipo de pedra: o Homo erectus, o Homo habilis ou o Homo sapiens?
    PROFESSOR Resposta: Homo habilis.
  1. Para que esse tipo de pedra era utilizado?
PROFESSOR Resposta: Para cortar carnes e frutos.
Imagem: Fotografia. Duas pedras pontudas com lascas em volta. Fim da imagem.

LEGENDA: Pedras lascadas de cerca de 2 milhões de anos. FIM DA LEGENDA.

5. O controle do fogo foi muito ou pouco importante na vida dos hominínios? Justifique sua resposta com dois exemplos.

PROFESSOR Resposta: Foi muito importante, pois permitiu o cozimento dos alimentos, o aquecimento das pessoas e maior proteção contra predadores.

6. Leia o texto sobre um povo indígena que vive atualmente no estado do Acre.

Povo Jamináwa

[...] Este povo está em frequente mudança de localização de suas aldeias. Há mais de mil anos as etnias que formam esse povo se deslocam na região onde hoje se encontra o estado do Acre, sobretudo entre o vale do Acre e do Purus. [...]

FONTE: Jamináwa: povo nômade há mais de mil anos. Instituto Socioambiental , 26 jun. 2002. Disponível em: http://fdnc.io/frA. Acesso em: 29 abr. 2021.

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.