MP038

O QUE EU JÁ SEI?

Avaliação diagnóstica

Ao longo deste ano, você vivenciará muitos momentos de novos aprendizados. Antes disso, que tal avaliar seus conhecimentos em História e Geografia? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.

  1. Observe a fotografia que retrata parte do espaço rural e do espaço urbano de um município brasileiro.
Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma cidade com ruas, carros, casas e árvores. Ao fundo, plantações e mais árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de parte do município de Santo Antônio do Amparo, no estado de Minas Gerais, em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Cite dois elementos da paisagem que podem ser identificados no espaço urbano do município retratado.
    PROFESSOR Resposta: Casas, rua, árvores, automóveis.
  1. Cite dois elementos da paisagem que podem ser identificados no espaço rural do município retratado.
    PROFESSOR Resposta: Pastagens, plantações e árvores.
  1. Dê um exemplo de trabalhador que costuma exercer sua função no espaço urbano dos municípios e escreva a qual tipo de atividade econômica seu trabalho está relacionado.
    PROFESSOR Resposta: Trabalhadores relacionados à indústria, ao comércio e à prestação de serviços.
  1. Dê um exemplo de trabalhador que costuma exercer sua função no espaço rural dos municípios e escreva a qual tipo de atividade econômica seu trabalho está relacionado.
    PROFESSOR Resposta: Trabalhadores relacionados à agricultura, pecuária ou extrativismo.
  1. Leia a frase.

Diversos povos contribuíram para a formação da população e da cultura brasileiras.

  1. Sabendo que nos rios os seres humanos podem obter água para beber, para irrigar plantações e para se deslocar por meio da navegação, elabore hipóteses sobre o motivo de alguns povos antigos viverem próximo dos rios.
    PROFESSOR Atenção professor: A atividade permite que os alunos façam uma inferência sobre o motivo de os povos antigos viverem próximo dos rios. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações específicas

Avaliação diagnóstica

As atividades apresentadas na seção O que eu já sei? visam identificar os conhecimentos construídos pelos alunos nos anos anteriores, assim como os conhecimentos prévios e as hipóteses sobre temas que serão estudados no 5º ano. Podem-se aferir os resultados dessa avaliação diagnóstica por meio de rubricas criadas com base nos objetivos de aprendizagem de cada atividade, especificados a seguir.

  1. a) e b) Identificar elementos da paisagem do espaço urbano e do espaço rural de um município em uma fotografia. c) e d) Identificar trabalhadores que realizam suas atividades no espaço urbano e no espaço rural de um município, relacionando seu trabalho a uma atividade econômica.
  1. Reconhecer que diversos povos contribuíram para a formação da cultura brasileira e identificar alguns desses povos ou suas influências culturais.
  1. Elaborar hipóteses sobre o uso dos rios pelos povos antigos.
  1. Identificar as características do calendário utilizado em seu cotidiano.
  1. a) e b) Interpretar informações em um mapa com base em leitura de legenda.
    1. Utilizar os pontos cardeais para indicar a localização de capitais em um mapa.
  1. Classificar as fontes históricas em escritas, orais, materiais e visuais.

    Superando defasagens

    Após a correção das atividades avaliativas diagnósticas, é importante verificar as aprendizagens consolidadas de cada aluno. Com a finalidade de minimizar eventuais defasagens, propor as intervenções a seguir.

  1. Para os alunos com maior dificuldade na identificação de elementos da paisagem em fotografia, pode-se propor que essa identificação seja feita oralmente, explorando gradualmente os detalhes a partir de cada plano da imagem. A partir da fotografia, espera-se também que os alunos façam inferências sobre exemplos de trabalhadores do campo e da cidade (associando as profissões às atividades econômicas). Caso se evidenciem defasagens na temática das atividades econômicas do campo e da cidade, pode-se retomar exemplos de produtos obtidos no campo ou desenvolver essa temática a partir de atividades presentes na Unidade 2 deste livro, visto que ela é retomada em razão da progressão curricular proposta pela BNCC.

MP039

  1. Reflita sobre o calendário que você utiliza em seu cotidiano e responda.
    1. Esse calendário tem quantos meses?
    1. Quais são os nomes desses meses?
      PROFESSOR Resposta: Sobre o calendário que utilizam no cotidiano, verificar se sabem a quantidade de meses (12) e seus nomes (janeiro, fevereiro, março, abril, e assim por diante).
  1. Leia e interprete o mapa.
Imagem: Mapa. Região Centro-Oeste: político.  Mato Grosso; Capital estadual: Cuiabá.  Mato Grosso do Sul; Capital estadual: Campo Grande.  Goiás; Capital estadual: Goiânia.  Distrito Federal; Capital federal: Brasília. No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 230 km.  Fim da imagem.

Fonte: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 156.

  1. De acordo com a legenda, qual é a capital do Brasil? Como ela foi representada no mapa?
    PROFESSOR Resposta: A capital do Brasil é Brasília, que foi representada por uma estrela no mapa.
  1. Quais são os nomes das capitais dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás?
    PROFESSOR Resposta: Cuiabá, Campo Grande e Goiânia, respectivamente.
  1. Tomando como referência Brasília, em que direção cardeal está Cuiabá?
    PROFESSOR Resposta: Está na direção oeste.
  1. Existem vários documentos utilizados para estudar o modo de vida das pessoas. Tais documentos são chamados de fontes históricas e podem ser classificados em: escritos, visuais, orais ou materiais. Identifique nas imagens um exemplo de fonte histórica escrita, oral, material e visual.
Imagem: Pintura A. No centro, o mar e atrás, uma cidade em volta de morros.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pintura de Benedito Calixto, de 1822. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia B. Um ferro de passar roupa antigo com a base grande e uma alça no topo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ferro a brasa. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia C. Uma folha pautada com texto,   Fim da imagem.

LEGENDA: Carta escrita em 1910. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia D. Dois meninos sentados ao lado de uma senhora. Um deles está segurando um microfone na frente dela.  Fim da imagem.

LEGENDA: Crianças entrevistando idosa. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: A: fonte histórica visual; B: fonte histórica material; C: fonte histórica escrita; C: fonte histórica oral.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Pode-se solicitar aos alunos que tenham demonstrado dificuldades de expressar argumentos textualmente, que o façam oralmente. Ao fazerem uso da oralidade, eles podem ganhar mais confiança para expor suas ideias e seus pensamentos. Na sequência, vale anotar “palavras-chaves” ditas oralmente, de modo que fiquem acessíveis a eles. Solicitar que façam um registro escrito utilizando-as, estimulando gradualmente o desenvolvimento de sua produção escrita. Em relação ao tema diversidade cultural, caso os alunos tenham dificuldade em reconhecer diferentes influências na formação do povo brasileiro, pode-se retomar exemplos de povos que contribuíram para a formação da cultura brasileira (indígenas, africanos, europeus, asiáticos), além de propor atividades complementares relacionadas às influências diversas de migrantes no lugar de viver.
  1. Sugerir a decomposição do início do enunciado, para ressaltar como se pode usar a água dos rios: para beber, se locomover, irrigar plantações. Em seguida, perguntar quais dessas atividades podem ser realizadas por uma pessoa que vive perto de um rio. Por fim, indagar: Então, por que esses povos se fixaram perto dos rios?
  1. Apesar de utilizarem o calendário cotidianamente, alguns alunos podem não ter refletido sobre o nome e a quantidade dos meses. Nesse caso, trabalhar com uma “folhinha” do ano, identificando, com os alunos, os nomes dos meses e quantos eles são.
  1. No início do 5º ano, é importante que os alunos estejam aptos para a leitura de um mapa, interpretando a simbologia de legendas. Lembrar que o mapa é uma representação espacial elaborada com base na visão vertical. Esse exercício de descentramento é um desafio para alguns alunos. Depois, destaque que em uma legenda, símbolos, cores e padrões substituem os elementos da realidade. Pode-se trazer exemplos de mapas que trabalham com símbolos que se assemelham ao objeto representado, chamados pictogramas (exemplo: símbolo de avião para aeroporto), para depois serem trabalhados símbolos abstratos, como no exemplo do mapa em questão. É importante também retomar os nomes e as siglas dos pontos cardeais e colaterais e verificar se os alunos conseguem aplicar essas direções a partir de duas localidades em um mapa. Se houver dificuldade, vale rever situações de correlacionar dois objetos – utilizando-se de bússola ou rosa dos ventos – solicitando a eles que identifiquem em que direção está cada aluno em relação a outros. Trabalhar com situações concretas, muitas vezes, auxilia o trabalho com relações espaciais projetivas.
  1. Os tipos de fontes históricas foram trabalhados nos anos anteriores, mas, se algum aluno tiver dificuldade, sugere-se retomar cada fonte questionando por que determinadas fontes são chamadas de escritas, e o que significam oral, visual e material.

MP040

Comentários para o professor:

Organização das sequências didáticas

As sequências didáticas deste livro estão organizadas em quatro unidades, cada uma delas composta por dois módulos. Os módulos se alinham tematicamente e são organizados a partir de uma questão problema, desenvolvida em dois capítulos.

Imagem: Esquema. Na parte superior, a informação: UNIDADE: Visando garantir uma aprendizagem significativa, todas as unidades são iniciadas com um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre os assuntos que serão abordados nos capítulos que as compõem.  Em seguida há dois quadrados com informações, que estão divididos em mais dois quadrados cada.  1) Módulo – Questão problema: Os módulos são compostos de dois capítulos relacionados com a mesma questão problema e tema central. Capítulo; Capítulo.  2) Módulo – Questão problema: A questão problema corresponde a uma problematização que estrutura o módulo, estando relacionada com objetos de conhecimento e habilidades constantes na BNCC.  Capítulo; Capítulo.  As atividades propostas em cada capítulo permitem que se realize a construção do conhecimento a partir de observações, análises estabelecimento de correlações.  Fim da imagem.

MP041

Unidade 1 Povos e culturas

Esta unidade permite que os alunos reflitam sobre aspectos relacionados à diversidade de modos de vida e de culturas de diferentes povos e em períodos distintos da História.

As páginas de abertura correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir de imagens que retratam a diversidade dos seres humanos: diferentes idades, gêneros e modos de vestir.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção Módulos da unidade, composto pela ilustração de duas pastas dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Capítulos 1 e 2: abordam a organização social dos povos egípcios e chineses na Antiguidade e aspectos da população brasileira e mundial nos dias de hoje.

Capítulos 3 e 4: exploram a diversidade cultural e as desigualdades sociais existentes no Brasil e como a diversidade cultural pode ser estudada por meio das diferentes formas de contagem do tempo pelos povos.

Introdução ao módulo dos capítulos 1 e 2

Este módulo, formado pelos capítulos 1 e 2, permite aos alunos desenvolver atividades relacionadas à diversidade cultural, possibilitando a exploração de aspectos do tema Povos e culturas e o desenvolvimento de conhecimentos relacionados aos fluxos migratórios e suas consequências nos locais de destino.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção Atividades do módulo, composto pela ilustração de um lápis dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 1 possibilitam o desenvolvimento das habilidades EF05HI01, ao discutir a relação dos povos antigos com o espaço geográfico; EF05HI02, ao apresentar os mecanismos de organização do poder político e sua relação com a formação do Estado; e EF05HI03, ao propor a análise do papel da religião na vida dos povos antigos. São desenvolvidas atividades de leitura de imagem, compreensão de textos e esquemas, produção de escrita e investigação. Como pré-requisito, os alunos devem reconhecer, na sociedade em que vivem, formas de organização política.

As atividades do capítulo 2 permitem a reflexão sobre dinâmicas populacionais no Brasil e no mundo ao abordarem aspectos como crescimento da população, estrutura etária e expectativa de vida, desenvolvendo a habilidade EF05GE01. As atividades também mobilizam a habilidade EF05GE02, ao tratarem das diferenças étnico-raciais e das desigualdades sociais entre grupos. São propostas atividades de compreensão de textos, leitura de mapa e gráficos e entrevista. Como pré-requisito, os alunos devem ser capazes de interpretar gráficos e reconhecer o que é um migrante.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção Principais objetivos de aprendizagem, composto pela ilustração de uma lupa com um sinal de exclamação dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

MP042

UNIDADE 1. Povos e culturas

Imagem: Fotomontagem. Imagens de pessoas de várias etnias, faixa etárias e culturas diferentes. Fim da imagem.

LEGENDA: Fotomontagem representando a diversidade de pessoas existentes no mundo. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, com o objetivo de possibilitar a troca de conhecimento entre os alunos.
  • As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.

    A diversidade de culturas

    No Brasil, há diversas tradições culturais; algumas mais popularizadas, outras pouco respeitadas. Como compreender os elementos comuns e as singularidades entre as culturas? [...] Nesse sentido, é muito importante que as questões relacionadas às tradições culturais sejam discutidas não só na sala de aula, mas em toda a comunidade escolar, na família e na sociedade como um todo, para que alunos, pais e a sociedade possam compreender e respeitar as tradições culturais em nossa sociedade. Compreender que nenhuma cultura é melhor ou pior que a outra, é apenas diferente, e essa diferença tem que ser respeitada, de maneira que todos possam aprender a lidar com a diversidade de culturas existentes, respeitando e procurando conviver com essa diversidade. […]

MP043

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. As imagens retratam exemplos de diversidade em um conjunto de pessoas? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Sim, podem-se identificar diferenças étnicas, de faixa etária e culturais.
  1. No seu lugar de viver, você observa diversidade entre as pessoas? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Resposta baseada nos conhecimentos prévios dos alunos.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

A diversidade de culturas é vital para um saudável dinamismo cultural. Diversidade demanda respeito, pois a diversidade cultural é uma realidade presente em nosso país. Portanto, temos de ter uma atitude de respeito e de aceitação em relação às representações culturais. […]

Nesse sentido, compreende-se que não se faz educação de qualidade sem uma educação cidadã, uma educação que valorize a diversidade.

FONTE: GOMES, Manoel M. A diversidade de culturas no Brasil: como valorizá-las na prática educativa da sala de aula? Revista Educação Pública, v. 19, n. 30, 19 nov. 2019. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/30/a-diversidade-de-culturas-no-brasil-como-valoriza-las-na-pratica-educativa-da-sala-de-aula. Acesso em: 22 abr. 2021.

  • Solicitar a cada um dos alunos que escolha uma das pessoas retratadas nas fotografias e descreva suas características.
  • Orientar os alunos a observar se há diferentes idades, gêneros e modos de vestir representados nas fotografias.
  • Perguntar se no local onde vivem é possível reconhecer pessoas que têm características e hábitos de vida diferentes e abrir uma conversa sobre como seriam essas características e hábitos em outros tempos.

    Para complementar

  1. Espera-se que os alunos identifiquem diferenças étnicas, culturais, na faixa etária (crianças, jovens, adultos e idosos) e nas vestimentas, exemplos da diversidade humana. Ao longo da Unidade esse tema será retomado e ampliado.
  1. Resposta baseada na experiência pessoal dos alunos considerando a diversidade cultural no seu lugar de viver.

MP044

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 1 e 2

Como os primeiros povos se formaram e como a população mundial e brasileira se mostra atualmente?

CAPÍTULO 1. A formação dos povos

Ao longo da história, muitos povos buscaram se fixar em locais em que tivessem acesso a elementos naturais importantes para a própria sobrevivência, como madeira e água. Por isso, muitos dos primeiros povos se instalaram às margens dos rios.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Um elemento fundamental

[...] os rios tiveram um papel essencial para o estabelecimento dos primeiros povoados.

Os mares, as baías e os rios facilitaram e facilitam até os dias atuais o transporte de bens e pessoas, como também, no caso dos rios de água doce, o abastecimento de água e a fertilidade do solo para as plantações.

De itinerantes que eram os povos antigos, tornaram-se fixos em determinadas áreas onde pudessem sobreviver por longo tempo, onde existisse água potável e áreas férteis para plantar.

FONTE: Guadalupe Vivekananda Fabry. A importância dos rios na História. Folha do Litoral, 8 dez. 2018. Disponível em: https://folhadolitoral.com.br/instituto-historico-e-geografico-de-paranagua/a-import-ncia-dos-rios-na-hist-ria. Acesso em: 25 jan. 2021.

2. Localize e retire informações do texto para responder às questões.

  1. Que elemento natural teve papel essencial na formação dos primeiros povoados?
    PROFESSOR Resposta: A água disponível nos rios.
  1. De acordo com o texto, que atividades humanas são facilitadas pela proximidade em relação aos rios?
    PROFESSOR Resposta: O transporte de bens e de pessoas, o abastecimento de água e a fertilidade do solo para as plantações.

    3. Retome, no glossário, o significado da palavra itinerante. Crie uma frase que inclua essa palavra.

PROFESSOR Resposta: A atividade permite aos alunos ampliar o vocabulário, incorporando o uso de um termo novo (itinerante) trabalhado no glossário.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre a formação dos primeiros povos e sobre algumas características da população mundial e brasileira na atualidade. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

  • Orientar a leitura do texto em voz alta, o que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.
  • Em seguida, orientar a atividade de localização e retirada de informações do texto, uma das estratégias de compreensão de texto.
  • Por fim, organizar a retomada do termo “itinerante” no glossário e sua aplicação na construção de uma frase. Essas atividades contribuem para a ampliação do vocabulário, importante no processo de alfabetização.

    As atividades do capítulo 1 permitem aos alunos conhecer alguns processos de formação de povos e culturas, com destaque para o processo de fixação dos povos próximo aos rios, a formação política e a religiosidade.

    A BNCC no capítulo 1

    Unidade temática: Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social.

    Objetos de conhecimento: O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados; As formas de organização social e política: a noção de Estado; O papel das religiões e da cultura para a formação dos povos antigos.

MP045

Os egípcios foram um dos povos antigos que se fixaram, há cerca de 6 mil anos, às margens de um rio, o Rio Nilo, no continente africano. Uma vez por ano, esse rio transbordava e inundava as terras próximas. Quando as águas baixavam, essas terras ficavam úmidas e férteis, ideais para o cultivo agrícola.

O Rio Nilo estava presente no cotidiano dos antigos egípcios de diversas formas.

Shaduf

Os antigos egípcios criaram um sistema de transporte de água chamado shaduf, que incluía uma série de canais construídos em diversas alturas para levar a água até locais distantes do rio, aumentando a área agrícola.

Imagem: Ilustração. Duas pessoas estão ao lado de um aparelho feito de madeira com duas hastes no centro. Em uma extremidade há um peso e na outra, cordas amarradas em cestos com água. Na frente deles há um rio e ao fundo, plantas secas.  Fim da imagem.

Navegação

Os antigos egípcios estão entre os primeiros povos a construir barcos diferenciados para cada tipo de uso. Os barcos usados para o lazer, como o representado na ilustração, eram muito diferentes daqueles construídos para as guerras.

Imagem: Ilustração. No centro, uma mulher está deitada em uma poltrona no meio de um barco grande e colorido. Em volta dela há colunas e um teto azul. Atrás dela, dois homens estão segurando remos grandes e na frente dela, um homem está segurando um leque comprido. Ao fundo, o pôr o sol e céu em tons de amarelo.   Fim da imagem.

4. Agora, você vai escrever um texto em formato narrativo. Imagine que você era um egípcio antigo, que utilizava em seu trabalho o shaduf ou os barcos. Conte uma situação cotidiana envolvendo esses artefatos e a relação deles com o Rio Nilo.

PROFESSOR Atenção professor: Conversar com os alunos sobre a escolha de uma situação que envolva o elemento escolhido, seja a navegação, seja o uso do shaduf. Orientar a retomada das informações das páginas anteriores sobre usos do rio para o transporte e a irrigação. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidades: (EF05HI01) Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado; (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e /ou de outras formas de ordenação social; (EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

  • Orientar coletivamente a observação das imagens e a leitura dos textos. Em seguida, orientar individualmente a produção de escrita, um dos eixos de trabalho indicados na Política Nacional de Alfabetização (PNA), que diz respeito tanto à habilidade de escrever palavras quanto à de produzir textos.
  • No 5º ano, os alunos devem ser capazes de produzir pequenos textos, como a narrativa proposta. Para isso, ajude-os na retomada das informações que deverão utilizar, no rascunho da ideia inicial e na finalização do texto. Ao final, organizar uma socialização das produções individuais por meio da leitura em voz alta dos textos produzidos.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    O capítulo 1 tem por objetivo valorizar e utilizar alguns conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural, mobilizando a competência geral 1 ao possibilitar que os alunos entendam e expliquem alguns aspectos da realidade. Mobiliza também a competência específica de Ciências Humanas 3, ao permitir que os alunos identifiquem e expliquem a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade. A competência específica de História 1 também é contemplada neste capítulo, que trata de acontecimentos históricos e de relações de poder em diferentes espaços.

    Fim do complemento.

MP046

Dos nomos à unificação

Após se fixarem em torno do Rio Nilo, os egípcios antigos criaram diversas formas de organizar um governo, como representado no esquema a seguir.

1. Quando solicitado, leia um dos textos em voz alta.

Imagem: Ilustração. Quatro pergaminhos com textos e entre eles há setas:  1) Há cerca de 6 mil anos, alguns grupos humanos se fixaram em aldeias, também conhecidas como nomos.  2) Cada nomo apresentava suas próprias regras e festividades e era comandado por um chefe local. Com o tempo, a interação entre os nomos aumentou.   3) Os líderes dos nomos entraram em conflito pelo controle das terras mais férteis. Ao final dessas guerras, há cerca de 5.300 anos, se formaram dois grandes blocos: o Alto Egito e o Baixo Egito. 4) Há cerca de 5.100 anos, o governante do Alto Egito, Menés, conquistou o Baixo Egito, onde se concentravam as terras férteis, unificando o Egito. Mais tarde, o novo governante do Egito unificado passou a ser chamado de faraó.    Fim da imagem.

2. Por que os líderes dos nomos entraram em conflito?

PROFESSOR Resposta: Pelo controle das terras mais férteis.

3. Como se deu a unificação do Egito?

PROFESSOR Resposta: O governante do Alto Egito conquistou o Baixo Egito, onde se concentravam as terras mais férteis.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

4. Reconte para um adulto da sua convivência as mudanças ocorridas na organização do governo no Egito antigo.

PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na retomada dos conteúdos estudados para o reconto em casa. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar a leitura em voz alta dos elementos do esquema, identificando com os alunos o que eram os nomos, quando teria ocorrido a fixação em nomos e como era a organização de cada um. Questioná-los sobre a razão de os chefes dos nomos entrarem em conflito e sobre o que ocorreu ao final desses embates.
  • Orientar os alunos a, em casa, recontarem os conteúdos do esquema a um adulto da sua convivência.

    Atividade complementar

    Propor aos alunos que, com a ajuda de um adulto com o qual convivam, pesquisem em livros ou na internet sobre a personagem considerada a unificadora do Egito, registrando: nome da personagem, época em que teria vivido, principais feitos.

    Organizar a socialização das descobertas individuais e explicar que não há comprovação da existência histórica dessa personagem – suas histórias foram transmitidas oralmente de geração a geração.

    Como pesquisar na internet

    Os sites de busca são ferramentas essenciais quando é necessário pesquisar sobre algum assunto para um trabalho escolar, coleta de informações para um projeto na empresa ou qualquer outra finalidade em particular. Contudo, esses sites não fazem milagres sozinhos.

    Uma boa busca é o resultado do modo com que a pessoa realiza a sua pesquisa. Mesmo que você encontre sites com muitas informações que são aparentemente úteis, o trabalho de pesquisa não termina por aí. É necessário ler atentamente os conteúdos selecionados, além de analisar as informações apresentadas com base em critérios como autoria (o autor é um especialista na área?) e qualidade das fontes utilizadas. Em outras palavras, é preciso ser criterioso da mesma forma que teríamos com as fontes impressas. [...]

MP047

O faraó egípcio concentrava grande poder. Ele comandava os administradores públicos, chefiava o exército e era o líder máximo da religião egípcia.

Por isso, muitos pesquisadores consideram que a nova forma de organização política criada pelos antigos egípcios deu origem ao Estado.

O Estado Antigo era uma forma de organização política e administrativa, composta de pessoas que tinham a função de controlar determinado território com o apoio de forças militares.

Imagem: Fotografia. Desenho em relevo sobre uma parede. Contorno de uma pessoa com chapéu sentada e segurando um objeto com a mão estendida. Atrás dela, uma pessoa está em pé com as mãos para cima e na frente dela, uma pessoa está em pé com a mão virada para cima. Ao fundo, textos. Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo representando o faraó Ramsés II (à esquerda) em frente ao deus Amon (sentado) e à deusa Mut (à direita). FIM DA LEGENDA.

5. O faraó tinha muito ou pouco poder? Explique.

PROFESSOR Resposta: Muito, pois controlava a administração, o exército e a religião.

6. O que era o Estado Antigo?

PROFESSOR Resposta: Era uma forma de organização política e administrativa, composta de pessoas que tinham a função de controlar determinado território com o apoio de forças militares.

Boxe complementar:

Você sabia?

Como você viu, alguns pesquisadores consideram que a forma de governo criada pelos antigos egípcios deu origem ao Estado.

Porém, outros estudiosos consideram que o governo egípcio tinha alguns elementos do Estado, mas não os principais. A organização por um conjunto de leis, por exemplo, só veio a fazer parte do Estado muito tempo depois, nos países da Europa.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Muitas vezes, há muitas informações desencontradas que podem gerar confusão. Por isso, a comparação entre diferentes fontes e o exercício do poder de análise tornam-se essenciais. Sempre que possível, procure consultar conteúdos diferentes e tenha clara a ideia de que nada é totalmente imparcial neste mundo. Até mesmo livros, enciclopédias e sites de grandes instituições carregam certos pontos de vista dos seus responsáveis.

FONTE: Como pesquisar na internet. Biblioteca virtu al. Governo do Estado de São Paulo.

  • Conversar com os alunos sobre os poderes que o faraó concentrava: administração pública, chefia do exército e líder religioso.
  • Fazer uma leitura coletiva do boxe Você sabia?, identificando com os alunos o que é o Estado e as diferentes visões sobre o seu surgimento.

MP048

A importância da religião

A religião tinha uma grande importância na vida dos egípcios antigos. Para eles, os deuses eram responsáveis pela criação do mundo e por tudo o que acontecia de bom ou de mau em sua vida cotidiana.

Os deuses geralmente eram relacionados a elementos da natureza ou a aspectos da vida dos egípcios, como as colheitas, a fecundidade, a família, a morte e outros.

1. Quando solicitado, leia o texto sobre um dos deuses egípcios.

Rá-Atum

Era considerado o deus Sol, responsável pela criação do mundo, pela claridade e pela iluminação.

Imagem: Fotografia. Desenho em relevo sobre uma parede. Ser com corpo humano e cabeça com formato de ave está sentado e com uma esfera sobre a cabeça. Ao fundo, textos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Rá-Atum representado em urna funerária de cerca de 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Set

Era o deus do caos, considerado o responsável pelas guerras e pela escuridão.

Imagem: Ilustração. Ser com corpo humano e cabeça de cachorro está em pé e segurando uma haste pontuda. Ao fundo, colunas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Set em reconstituição gráfica de 2016. FIM DA LEGENDA.

Osíris

Esse deus teria sido o primeiro faraó, governante máximo do Egito. Após sua morte, tornou-se o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.

Imagem: Fotografia. Pessoa com roupa branca, chapéu comprido e branco e cavanhaque longo está segurando dois objetos compridos na frente do peito.  Fim da imagem.

LEGENDA: Osíris representado em relevo de cerca de 3.300 anos, presente no Vale dos Reis. FIM DA LEGENDA.

Ísis

Era considerada a protetora dos egípcios. Suas lágrimas, derramadas pela morte do irmão Osíris, teriam dado origem ao Rio Nilo.

Imagem: Fotografia. Desenho em relevo sobre uma parede. Mulher com cabelo comprido está com um objeto circular sobre a cabeça.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ísis representada em relevo de cerca de 2.300 anos, presente no templo de Philae. FIM DA LEGENDA.

2. Dos deuses citados acima, qual chamou mais a sua atenção? Por quê?

PROFESSOR Resposta: Conversar com os alunos sobre os deuses citados e suas possíveis escolhas.

3. A religião era importante na vida dos egípcios? Explique.

PROFESSOR Resposta: Sim, pois os egípcios acreditavam que os deuses eram os responsáveis pela criação do mundo e por tudo de bom ou de mau que acontecia na vida das pessoas, influenciando as colheitas, a morte e outros elementos do cotidiano.
MANUAL DO PROFESSOR
  • As atividades desta página e da seguinte permitem trabalhar a importância da religião para os povos antigos. A partir dessa temática, é possível conversar com os alunos sobre um dos elementos centrais da cidadania na atualidade: a liberdade religiosa. A fim de desenvolver o tema participação social e exercício da cidadania, é importante destacar que o Estado brasileiro é laico, isto é, não possui vínculo com nenhuma religião específica, o que garante às pessoas tanto o direito de expressar livremente sua religiosidade quanto o direito de não seguir nenhuma religião.
  • No desenvolvimento das Unidades deste volume, serão indicadas outras abordagens do tema participação social e exercício da cidadania, relacionado a fatos atuais de relevância nacional e mundial.
  • Organizar uma roda de conversa com os alunos sobre a religião dos egípcios. Comentar que a religião egípcia incluía vários deuses e que cada deus apresentava poderes específicos e comportamentos semelhantes aos dos humanos. Conversar com os alunos sobre a importância dos deuses para os egípcios, que acreditavam que eles influenciavam cada elemento da vida cotidiana.

    O trabalho com fontes históricas

    Para se pensar o ensino de História, é fundamental considerar a utilização de diferentes fontes e tipos de documento (escritos, iconográficos, materiais, imateriais) capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço e das relações sociais que os geraram.

    Os registros e vestígios das mais diversas naturezas (mobiliário, instrumentos de trabalho, música etc.) deixados pelos indivíduos carregam em si mesmos a experiência humana, as formas específicas de produção, consumo e circulação, tanto de objetos quanto de saberes. Nessa dimensão, o objeto histórico transforma-se em exercício, em laboratório da memória voltado para a produção de um saber próprio da história.

MP049

Explorar fonte histórica visual

Nas construções do Egito antigo, sobretudo nos templos religiosos, havia inúmeras representações dos deuses egípcios. Observe uma representação do deus Hapi, que simbolizava o Rio Nilo.

Imagem: Fotografia. Desenho em relevo sobre uma parede. Uma pessoa está ajoelhada, segurando um objeto comprido e com a outra mão, ela segura um cesto com vários alimentos em cima. Ao redor há textos. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação do deus Hapi de cerca de 3.300 anos, presente no Templo de Ramsés II. FIM DA LEGENDA.

  1. Na representação, o que o deus Hapi carrega nas mãos?
    PROFESSOR Resposta pessoal. As hipóteses serão ampliadas a seguir.
  1. Agora, leia um texto escrito pela historiadora Maura Regina Petruski sobre o deus Hapi.

    A cabeça era adornada por plantas aquáticas, e nas mãos segurava uma bandeja com vários tipos de alimentos, entre os quais peixes, patos, espigas, frutas, incluindo alguns ramos de flores.

    [...] esse deus era bastante popular entre os egípcios, e quando as cheias se aproximavam ele era ainda mais reverenciado, temporada em que os moradores espalhavam estátuas da divindade nas vilas e cidades [...].

    FONTE: Maura Regina Petruski. Um rio... Nilo, um deus... Hapi, uma deusa... Anuket e um festival. Revista Mundo Antigo, Niterói, UFF, ano V, v. 5, n. 11, p. 28, dez. 2016.

    • As informações do texto confirmaram suas hipóteses? Explique.
      PROFESSOR Resposta: É importante que os alunos percebam que Hapi era representado carregando uma bandeja com peixes, patos, espigas e frutas. A representação é uma reverência que os egípcios faziam a esse deus na época das cheias, pois consideravam que ele lhes garantia, por meio das cheias, os alimentos cotidianos.
MANUAL DO PROFESSOR

A utilização de objetos materiais pode auxiliar o professor e os alunos a colocar em questão o significado das coisas do mundo, estimulando a produção do conhecimento histórico em âmbito escolar. Por meio dessa prática, docentes e discentes poderão desempenhar o papel de agentes do processo de ensino e aprendizagem, assumindo, ambos, uma “atitude historiadora” diante dos conteúdos propostos, no âmbito de um processo adequado ao Ensino Fundamental.

FONTE: BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 398.

Boxe complementar:

Fonte histórica visual

As atividades propostas nesta seção permitem explorar uma fonte histórica visual, uma das metodologias de trabalho essenciais para o desenvolvimento, pelos alunos, de uma atitude historiadora, foco central do ensino de História, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNC C).

Fim do complemento.

  • Solicitar aos alunos que observem a imagem e identifiquem o deus representado por meio da leitura da legenda. Explorar com eles os elementos da imagem, deixando-os comentar suas hipóteses sobre o que o deus representado carrega nas mãos. Pedir que leiam o texto apresentado na atividade 2, orientando-os a comparar as informações do texto com o que observaram na imagem. Comentar que o deus Hapi era representado em forma humana usando uma coroa de flores de lótus (planta aquática considerada sagrada e associada à criação do mundo pelos egípcios). Suas mãos representavam a vida, e ele era associado à produção de alimentos.

MP050

Os chineses antigos

No continente asiático, também se desenvolveram diversos povos, como os antigos chineses.

Um dos locais de concentração dos primeiros chineses, há cerca de 5 mil anos, foi o entorno do Rio Amarelo. A fixação dos primeiros chineses nas áreas próximas ao Rio Amarelo tinha como motivo a facilidade para a obtenção de água para o consumo e para a agricultura.

Assim como entre os demais povos antigos, a religião tinha um importante papel para os chineses. Eles cultuavam deuses domésticos que protegiam cada cômodo da casa e também deuses que representavam os elementos da natureza, como terra, ar, fogo e água.

Observe a imagem a seguir e, depois, leia a legenda.

Imagem: Fotografia. Um esqueleto deitado dentro de um túmulo. Fim da imagem.

LEGENDA: Túmulo encontrado no sítio arqueológico de Shandong, na China, datado de 5 mil anos. FIM DA LEGENDA.

1. O que se pode observar no túmulo encontrado?

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos identifiquem que no túmulo havia o esqueleto de uma pessoa enterrada e alguns objetos. Explicar a eles que alguns pesquisadores fizeram hipóteses de que esses itens seriam de uso cotidiano dessa pessoa. Fim da observação.

2. Que informações sobre os chineses antigos podemos obter observando o material encontrado nesse sítio arqueológico?

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos apontem que, entre os chineses antigos, havia a prática de enterrar os mortos e que, segundo as hipóteses de alguns pesquisadores, objetos de uso cotidiano eram enterrados com seus donos. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Fazer a leitura compartilhada do texto dessa página, destacando o tema: a religião dos antigos chineses. Chamar a atenção para a importância dos arqueólogos na pesquisa sobre o modo de vida dos povos antigos. Encaminhar a observação coletiva da imagem apresentada nas atividades 1 e 2, o levantamento de hipóteses e o confronto com as informações do texto.

    Sítios arqueológicos

    [...] o arqueólogo remove, cuidadosamente, às vezes com um pincel, as camadas de terra ou entulho que cobrem os artefatos e vestígios da ocupação humana encontrados em um sítio arqueológico. Às vezes, ele encontra camadas superpostas de vestígios diferentes que correspondem a diferentes períodos de ocupação. Os períodos mais antigos encontram-se nas camadas mais profundas. Esta superposição de camadas no solo, [...] e o seu estudo, é o que se chama, em Arqueologia, a Estratigrafia do sítio.

    FONTE: HORTA, Maria L. P.; GRUNBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Q. Guia básico da educação patrimonial. Brasília: Museu Imperial/Deprom/Iphan/Mins, 1999. p. 30.

MP051

Boxe complementar:

Investigue

Você aprendeu que alguns povos antigos se fixaram em torno de rios. No Brasil, os rios também tiveram muita importância na história das pessoas.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de um rio sinuoso com várias árvores em volta. Ao fundo, plantações e mais árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do Rio Tibagi, no município de Jataizinho, no estado do Paraná, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

  • Converse com um adulto e peça ajuda para investigar um rio da unidade da federação em que você vive que teve importância na história dos moradores. Obtenha e registre as informações solicitadas a seguir.
    PROFESSOR Resposta: Orientar a investigação proposta.
  1. Nome do rio.
  1. Municípios que atravessa.
  1. Ocorrência da atividade de pesca nesse rio atualmente e em outros tempos.
  1. Uso do rio para o transporte de pessoas e mercadorias, atualmente e em outros tempos.
  1. Uso da água do rio para o abastecimento da população.
  1. Uso da água do rio para a irrigação.
  1. Importância do rio na história das localidades que ele atravessa.

    Imagem: Ilustração. Folha pautada com o texto:  a) Nome do rio.  b) Municípios que atravessa.  c) Ocorrência da atividade de pesca nesse rio atualmente e em outros tempos.  d) Uso do rio para o transporte de pessoas e mercadorias, atualmente e em outros tempos.  e) Uso da água do rio para o abastecimento da população.  f) Uso da água do rio para a irrigação.  g) Importância do rio na história das localidades que ele atravessa.  Fim da imagem.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Investigue

  • Orientar coletivamente a investigação proposta, seguindo os passos: listar com os alunos nomes de rios importantes na história dos moradores da unidade da federação em que vivem; identificar fontes de pesquisa possíveis: livros, jornais e revistas locais, internet; selecionar previamente sites confiáveis para a pesquisa dos alunos; combinar um tempo para a investigação; e, finalmente, definir uma data para a socialização das descobertas individuais.

    Para leitura dos alunos

    Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustração de uma pessoa com adereços na cabeça e pinturas no rosto.  Fim da imagem.

    Egípcios: vida cotidiana, de John Guy. Melhoramentos.

    O livro propicia ao leitor conhecer a cultura dos egípcios – uma das principais entre os povos antigos – e ainda apresenta, entre outros temas, detalhes sobre as pirâmides.

MP052

CAPÍTULO 2. Dinâmica populacional

Você conheceu dois povos que se fixaram em áreas dos continentes africano e asiático há milhares de anos. E atualmente, como a população mundial está distribuída?

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Em 2020, a população do planeta Terra estava próxima de 7,7 bilhões de pessoas, e as projeções feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU) indicavam que a população mundial chegaria a 8,5 bilhões até 2030.

População absoluta é o nome dado ao número total de habitantes de um país ou de uma região. Para conhecer essa informação, os governos dos países realizam uma pesquisa que registra o número e as características de sua população. Essa pesquisa chama-se censo ou recenseamento demográfico. Quando um país tem uma elevada população absoluta, dizemos que ele é populoso.

2. Leia e interprete o mapa.

Imagem: Mapa. Mundo: países mais populosos (2020).  ESTADOS UNIDOS: 331 milhões de habitantes;  BRASIL: 212 milhões de habitantes;  CHINA: 1 bilhão e 439 milhões de habitantes;  INDONÉSIA: 273 milhões de habitantes;  PAQUISTÃO: 220 milhões de habitantes;  ÍNDIA: 1 bilhão e 380 milhões de habitantes.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 2.130 km.  Fim da imagem.

Fonte: UNFPA. Situação da população mundial 2020. Brasília: UNFPA, 2020. p. 142-146.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

PROFESSOR Resposta: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Paquistão.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar a leitura do texto inicial em voz alta, observando a fluência em leitura oral dos alunos. Acompanhar a fluência deles é importante para identificar as dificuldades individuais e poder oferecer o suporte necessário.
  • Perguntar-lhes qual é o país do mundo com maior número de habitantes, solicitando que justifiquem a resposta e avaliando inicialmente a compreensão deles acerca do que leram.
  • Orientar os alunos a ler e interpretar as informações contidas no mapa Mundo: países mais populosos (2020). Destacar que a população brasileira em 2020 era superior a 212 milhões de habitantes. Se possível, consultar com os alunos, na página do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados mais atualizados sobre a população do Brasil e da unidade federativa onde vocês vivem. A página se intitula Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação e está disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html. Acesso em: 23 abr. 2021.
  • Comentar que os censos demográficos ou recenseamentos revelam informações como: condições econômicas da população, nível de escolaridade, situação do saneamento básico das moradias, número de habitantes nos espaços rural e urbano etc. A obtenção dessas informações é fundamental para subsidiar a elaboração de políticas públicas. Se possível, projetar o vídeo produzido pelo IBGE, A importância do censo – censo 2020, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=68gF0_5kwbw. Acesso em: 23 abr. 2021.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    A interpretação de representações cartográficas explora diferentes linguagens e contribui com o desenvolvimento do pensamento espacial e do princípio do raciocínio geográfico de localização, mobilizando a competência específica de Ciências Humanas 7 e as competências específicas de Geografia 3 e 4.

    Fim do complemento.

    As atividades do capítulo 2 permitem aos alunos conhecer aspectos da dinâmica da população mundial e brasileira, sua quantidade e crescimento, ler e interpretar mapas e gráficos populacionais e aprofundar conceitos relacionados à demografia. Destacam-se aspectos da estrutura etária e das migrações externas e internas ocorridas no Brasil nos últimos anos.

    A BNCC no capítulo 2

    Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo.

    Objetos de conhecimento: Dinâmica populacional; Diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais.

MP053

Ao longo da história, o total da população mundial vem mudando.

3. Leia e interprete o gráfico.

Mundo: crescimento da população (1950-2050)

Imagem: Gráfico em linhas. Mundo: crescimento da população (1950-2050). No eixo vertical, a população (em bilhões) e no eixo horizontal, o ano.  Ano: 1950;  Projeção da população: 2,5.  Ano: 1970;  Projeção da população: 3,7. Ano: 1990;  Projeção da população: 5,3. Ano: 2000;  Projeção da população: 6,1. Ano: 2010;  Projeção da população: 6,9. Ano: 2020;  Projeção da população: 7,7. Ano: 2030;  Projeção da população: 8,5. Ano: 2040;  Projeção da população: 8,9. Ano: 2050;  Projeção da população: 9,7.  Fim da imagem.

Fonte: ONU. Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais. Divisão de População. Perspectivas da população mundial 2019. Nova York: ONU, 2019. v II, p. 5.

  1. Qual era a população mundial em 1950?
    PROFESSOR Resposta: Aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas.
  1. Considerando, no gráfico, o ano de 1950, quanto tempo depois a quantidade da população mundial triplicou?
    PROFESSOR Resposta: Cerca de 70 anos, atingindo aproximadamente 7,7 bilhões de habitantes no ano de 2020.
  1. De acordo com as projeções indicadas no gráfico, qual será a população mundial em 2050?
    PROFESSOR Resposta: Será de 9,7 bilhões de pessoas.

    4. Em sua opinião, quais são as possíveis consequências do rápido crescimento da população mundial? Após uma conversa com seus colegas sobre esta pergunta, escreva um texto explicando sua opinião sobre o crescimento atual da população mundial.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem indicar que o acesso de todos à alimentação, à saúde, a boas condições sanitárias e à educação, entre outros direitos, pode ficar comprometido.
Imagem: Ilustração. Várias pessoas com roupas coloridas formando um triângulo deitado. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidades: (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura; (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios.

  • Orientar a leitura do gráfico, chamando a atenção para a projeção (representada pela linha tracejada) que ele apresenta. Explicar que as projeções são calculadas com base em pesquisas populacionais e na tendência de crescimento da população.
  • Orientar os alunos na produção de escrita proposta na atividade 4, lembrando que eles devem criar um título para o texto.

MP054

5. Agora, leia o texto.

População mundial deve ter mais de 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos

A população mundial deve aumentar em 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, afirma um relatório das Nações Unidas […]. O total de habitantes do planeta deve passar dos atuais 7,7 bilhões para 9,7 bilhões em 2050.

A pesquisa […] afirma que a população mundial pode atingir o seu pico no final do século, com perto de 11 bilhões de pessoas.

[...] Entre 2019 e 2050, nove países representarão mais da metade do crescimento projetado da população mundial: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Indonésia, Egito e Estados Unidos.

Por volta de 2027, a Índia deve superar a China como o país mais populoso do mundo.

FONTE: ONU. População mundial deve ter mais 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos. ONU News: 17 jun. 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/06/1676601. Acesso em: 28 jan. 2021.

Imagem: Fotografia. Uma multidão andando em uma rua. Entre as pessoas há um carro e nas laterais, comércio e muitas faixas coloridas com textos. Fim da imagem.

LEGENDA: Rua na cidade de Varanasi, na Índia, em 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é o assunto tratado no texto?
    PROFESSOR Resposta: O texto trata do crescimento da população mundial nos próximos 30 anos.
  1. De acordo com o texto, quando a população mundial pode atingir seu pico, com cerca de 11 bilhões de pessoas?
    PROFESSOR Resposta: No final do século XXI.
  1. Qual será o país com a maior população em 2027?
PROFESSOR Resposta: A Índia.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar a leitura silenciosa do texto. Depois, perguntar o que compreenderam, verificando se há palavras ou expressões que eles desconhecem. Com isso, contribui-se para o desenvolvimento do vocabulário que os alunos já estão construindo, o que é essencial para a compreensão dos textos da área.
  • Conversar com eles sobre as dificuldades vivenciadas em um país com grande população absoluta, como prover de forma satisfatória para toda a população o acesso a serviços públicos (saúde e educação, por exemplo) e infraestrutura (água encanada, esgoto, telecomunicações, eletricidade).

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Ao desenvolver a temática do crescimento da população, é possível mobilizar questões do mundo contemporâneo e refletir sobre as possíveis consequências do rápido aumento da população, contribuindo para o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 2.

    Fim do complemento.

    Para leitura dos alunos

    Imagem: Capa de livro. No centro, o título e ao fundo, ilustração de várias pessoas com roupas coloridas. Fim da imagem.

    Todas as pessoas contam, de Kristin Roskifte. Companhia das Letrinhas.

    Nessa obra, os alunos aprendem alguns números sobre as populações e constatam, de forma divertida, que as pessoas apresentam semelhanças e diferenças.

    Conceitos sobre população

  • Crescimento natural ou vegetativo: refere-se ao crescimento da população em uma determinada localidade, sendo identificado pela contagem do número de pessoas que nasceram menos o número de pessoas que faleceram em um determinado período.
  • População absoluta: número total de habitantes de uma determinada área (município, unidade da federação ou país).
  • População relativa ou densidade demográfica: distribuição da população em relação à superfície que ocupa, ou seja, é a média de habitantes por quilômetro quadrado.
  • Populoso: considera-se populosa uma área com elevada população absoluta.

MP055

O IBGE e o estudo da população brasileira

No Brasil, o censo demográfico é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O censo demográfico revela informações como o número de habitantes nas áreas rurais e urbanas do país, o nível de escolaridade de crianças, jovens e adultos, as condições econômicas das famílias, entre outras.

Além do censo demográfico, o IBGE realiza diversas outras pesquisas importantes, que orientam os governantes no planejamento de ações em favor da qualidade de vida das pessoas.

1. Leia e interprete os gráficos.

  1. Brasil: distribuição da população de homens e de mulheres (2019)
Imagem: Gráfico A em setores. Brasil: distribuição da população de homens e de mulheres (2019).  Homens: 48,2%;  Mulheres: 51,8%.   Fim da imagem.
  1. Brasil: distribuição da população, segundo cor ou raça (2019)
Imagem: Gráfico B de colunas. Brasil: distribuição da população, segundo cor ou raça (2019).  No eixo vertical, a porcentagem e no eixo horizontal, a cor ou raça.  Parda: 46,8%;  Branca: 42,7%;  Preta: 9,4%;  Amarela e indígena: 1,1%.   Fim da imagem.

FONTE: Fontes dos gráficos: IBGEeduca. População. Quantidade de homens e mulheres. Disponível em: http://fdnc.io/fsH; Cor ou raça. Disponível em: http://fdnc.io/ebQ. Acessos em: 28 jan. 2021.

  1. Quais informações sobre a população brasileira levantadas pelo IBGE foram representadas nos gráficos?
    PROFESSOR Resposta: A quantidade de homens e mulheres e a cor ou raça da população brasileira.
  1. De acordo com o gráfico A, em 2019 qual era a porcentagem de mulheres no Brasil? E a de homens?
    PROFESSOR Resposta: A porcentagem de mulheres era de 51,8% e a de homens, de 48,2%.
  1. De acordo com o gráfico B, nesse mesmo ano qual era a porcentagem de brancos no Brasil? E a de pardos?
    PROFESSOR Resposta: A porcentagem de brancos era de 42,7%, e a de pardos era de 46,8%.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. A que conclusões podemos chegar sobre a população brasileira com base nos dados representados nos gráficos?
PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos reconheçam que a população brasileira era formada majoritariamente por mulheres, pardos e brancos.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Povoado: relaciona-se à população relativa – uma área é muito povoada quando apresenta alta densidade demográfica, e pouco povoada quando apresenta baixa densidade demográfica.
  • Superpovoado: uma área é considerada superpovoada quando sua população ultrapassa um limite de ocupação e de crescimento, podendo comprometer a qualidade de vida das pessoas. O superpovoamento pode ocasionar, por exemplo, dificuldade no fornecimento de saneamento básico a toda a população.
  • Realizar a leitura do texto em voz alta, servindo como modelo de leitor.
  • Comentar com os alunos que, além dos censos demográficos realizados a cada dez anos, o IBGE também realiza levantamentos anuais de dados da população brasileira. Atualmente, esses levantamentos são realizados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) na qual se baseiam os dados representados nos gráficos da página.
  • Solicitar aos alunos que observem os gráficos e interpretem os dados relacionados à população de homens e mulheres no Brasil e à população por cor ou raça.
  • Explicar aos alunos que o recenseamento do IBGE sobre a população brasileira identifica os critérios de cor ou raça com base no princípio de autodeclaração, ou seja, a própria pessoa responde que se reconhece como branca, parda, preta, indígena ou amarela – nomenclaturas utilizadas pelo órgão.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Os gráficos expressam informações estatísticas em formatos visuais diversos, contribuindo para o desenvolvimento da competência geral 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4.

    Fim do complemento.

MP056

A estrutura etária da população

Outro aspecto levantado pelo IBGE é a estrutura etária da população, que se refere à distribuição por idade da população de uma unidade da federação, uma região ou um país.

É importante conhecer a estrutura etária de uma população, pois as necessidades das pessoas em cada faixa etária são diferentes. Crianças e jovens, por exemplo, necessitam de diversos serviços relacionados à educação. As pessoas adultas precisam de políticas que facilitem a obtenção de emprego. Os idosos, por sua vez, necessitam de serviços de saúde especializados e de aposentadoria .

2. Leia e interprete o gráfico.

Brasil e regiões: distribuição etária da população (2019)

Imagem: Gráfico em barras. Brasil e regiões: distribuição etária da população (2019).  No eixo vertical, a região e no eixo horizontal, a porcentagem.  BRASIL:  0 a 24 anos: 35%;  25 a 59 anos: 49,3%;  60 anos ou mais: 15,7%.   Norte: 0 a 24 anos: 43%;  25 a 59 anos: 46,2%;  60 anos ou mais: 10,8%.   Nordeste: 0 a 24 anos: 37,6%;  25 a 59 anos: 47,6%;  60 anos ou mais: 14,8%.   Sudeste:  0 a 24 anos: 32,3%;  25 a 59 anos: 50,6%;  60 anos ou mais: 17,1%.   Sul:  0 a 24 anos: 32,5%;  25 a 59 anos: 50,1%;  60 anos ou mais: 17,4%.   Centro-Oeste: 0 a 24 anos: 36,6%;  25 a 59 anos: 50,1%;  60 anos ou mais: 13,3%.    Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua : características gerais dos domicílios e dos moradores. 2019. p. 8. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101707_informativo.pdf. Acesso em: 28 jan. 2021.

  1. De acordo com o gráfico, na população brasileira, qual era o grupo etário em maior porcentagem? E qual representava a menor porcentagem?
    PROFESSOR Resposta: A maior porcentagem era de adultos (49,3%) e a menor, de idosos (15,7%).
  1. Na região em que você vive, quais eram os grupos etários que apresentavam a maior e a menor porcentagem da população em 2019?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    3. Considerando o lugar em que você mora, que medidas poderiam ser tomadas pelos governantes para melhorar as condições de vida das pessoas da sua faixa etária?

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos identifiquem algumas necessidades da própria faixa etária, considerando a realidade do lugar onde moram, como a presença de escolas e de áreas de lazer e as assistências médica e dentária adequadas. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Explicar aos alunos o que é estrutura etária (distribuição da população de uma unidade federativa, país ou região por grupos de idade).
  • Conversar sobre a importância de se conhecer a estrutura etária da população para planejar ações de atendimento às necessidades de cada faixa de idade.
  • Orientar a leitura e a interpretação do gráfico e compartilhar as respostas da atividade. Verificar se os alunos reconhecem no gráfico que os adultos compõem a maior parte da população brasileira, algo importante pois, muitas vezes, esse grupo etário é responsável pelos cuidados com as crianças, os jovens e os idosos.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Ao abordar a estrutura etária, é importante conversar com os alunos sobre as diferentes necessidades de cada grupo etário, destacando algumas ações e políticas públicas diferenciadas para cada um dos grupos. Solicitar a eles que indiquem ideias e ações que contribuam para a transformação das condições sociais de diferentes grupos etários, contribuindo com o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 3.

    Fim do complemento.

    Conhecer o país em números: a importância do censo demográfico

  1. Os levantamentos populacionais são realizados no país desde 1892. A partir da fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1938, que assumiu a responsabilidade pela condução da operação censitária, o censo demográfico vem sendo realizado decenalmente. [...]

    Seus dados são utilizados para os mais diversos fins, servindo de referência para:

    – o repasse de verbas federais para cada um dos municípios brasileiros, por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM);

MP057

O crescimento da população do Brasil

A população de um país cresce quando:

1. Leia e interprete o gráfico.

Brasil: crescimento da população (1890-2020)

Imagem: Gráfico em linhas. Brasil: crescimento da população (1890-2020).  No eixo vertical, a população (em milhões) e no eixo horizontal, o ano.  Ano: 1890;  População: 14,3.  Ano: 1900;  População: 17,4. Ano: 1920;  População: 30,6. Ano: 1940;  População: 41,2. Ano: 1950;  População: 51,9. Ano: 1960;  População: 70,1. Ano: 1970;  População: 93,1. Ano: 1980;  População: 119. Ano: 1991;  População: 146,8. Ano: 2000;  População: 169,7. Ano: 2010;  População: 190,7. Ano: 2020;  População: 211,7.  Fim da imagem.

FONTE: Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 68-69; BRASIL. Diário Oficial da União, 27 ago. 2020, ed. 165, seção 1, p. 71. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-pr-254-de-25-de-agosto-de-2020-274382852. Acesso em: 10 fev. 2021.

  1. De acordo com o gráfico, qual era a população brasileira em 1890?
    PROFESSOR Resposta: 14,3 milhões de habitantes.
  1. Quanto a população brasileira cresceu entre 2000 e 2010?
    PROFESSOR Resposta: A população brasileira cresceu aproximadamente 21 milhões de habitantes.
  1. Qual era a população do Brasil em 2020?
    PROFESSOR Resposta: 211,7 milhões de pessoas.

    Imagem: Ícone: Converse com seu colega. Fim da imagem.

    2. Pesquisem no site do IBGE a população estimada do Brasil em tempo real. Lembrem-se de anotar a data e o horário de acesso. Depois, comparem as suas anotações com as dos outros colegas.

PROFESSOR Resposta: No site do IBGE, é possível consultar a população do Brasil e de cada unidade da federação em tempo real, no link: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html. Acesso em: 13 maio 2021.
MANUAL DO PROFESSOR

– mensurar os contingentes populacionais por idade e sexo, de forma a permitir a implementação das mais diversas políticas públicas, com destaque para aquelas relacionadas a saúde e educação e servir de referência para a produção das estimativas populacionais;

– o planejamento das pesquisas amostrais, sejam elas do IBGE, de outros órgãos produtores de estatísticas oficiais ou dos mais diversos institutos privados de pesquisa.

[...] Esses dados contribuem não apenas para ter um retrato do Brasil, mas também são importantes para avaliar e planejar políticas públicas.

FONTE: TEIXEIRA JR., Antonio E.; SILVA, Ulisses C. S. F. Conhecer o país em números: a importância do censo demográfico para o Brasil. ANPG, 15 abr. 2019. Disponível em: http://www.anpg.org.br/15/04/2019/conhecer-o-pais-em-numeros-a-importancia-do-censo-demografico-para-o-brasil/ . Acesso em: 23 abr. 2021.

  • Realizar a leitura do texto em voz alta, esclarecendo dúvidas sobre os conceitos de crescimento natural e saldo migratório positivo.
  • Sobre o gráfico, explicar que os dados representados se referem ao conjunto do país, havendo unidades da federação com maior e menor número de habitantes.
  • Comentar que, provavelmente, nas próximas décadas, a população brasileira vai crescer em um ritmo mais lento.

    Atividade complementar

  1. Propor aos alunos que ouçam o episódio 4 do podcast infantil Histórias de ninar para pequenos cientistas, no site Minas Faz Ciências, sobre o crescimento da população, disponível em: https://minasfazciencia.com.br/podcasts/historias-de-ninar-para-pequenos-cientistas/. Acesso em: 3 jul. 2021. Em seguida, promover uma roda de conversa sobre as mudanças na forma de se analisar a questão demográfica e as descobertas em relação ao nascimento, ao envelhecimento, aos óbitos e às migrações.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

  1. Com relação ao gráfico sobre o crescimento da população brasileira, podem-se propor aos alunos outros questionamentos, como: qual era a população do Brasil quando a seleção brasileira de futebol foi campeã mundial em 1970, 1994 e 2002? Em 1950, aconteceu a primeira transmissão de TV no Brasil. Qual era a população do país naquele ano? Ao propor essas questões, os alunos estabelecem conexões entre diferentes temas, mobilizando a competência específica de Geografia 2.

    Fim do complemento.

MP058

A expectativa de vida no Brasil

Uma importante mudança ocorrida nos últimos anos com relação à população brasileira foi o crescimento do número de adultos e de idosos. Essa mudança se relaciona com o aumento do tempo médio de vida das pessoas, que é chamado de expectativa de vida ao nascer.

3. Leia o texto e interprete o gráfico.

Expectativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 76,6 anos em 2019, diz IBGE

A expectativa de vida ao nascer dos brasileiros era de 76,6 anos em 2019, de acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) […].

Essa estimativa vem crescendo desde 1940. Naquele ano, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros hoje vivem, em média, 31,1 anos a mais do que em meados do século passado.

[...]

Entre os estados, a maior expectativa de vida foi registrada em Santa Catarina (79,9 anos) – 3,3 anos acima da média nacional de 76,6 anos. […]

No outro extremo, da população com menor expectativa de vida está o Maranhão, com 71,4 anos, seguido pelo Piauí, com 71,6 anos, e Rondônia, com 71,9 anos.

FONTE: Expectativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 76,6 anos em 2019, diz IBGE. G1, 26 nov. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2020/11/26/expectativa-de-vida-do-brasileiro-ao-nascer-foi-de-766-anos-em-2019-diz-ibge.ghtml. Acesso em: 28 jan. 2021.

Brasil: expectativa de vida (1940-2019)

Imagem: Gráfico de colunas. Brasil: expectativa de vida (1940-2019).  No eixo vertical, a expectativa de vida (em anos) e no eixo horizontal, o ano.  Ano: 1940;  Expectativa de vida: 45,5.  Ano: 1960;  Expectativa de vida: 52,5. Ano: 1980;  Expectativa de vida: 62,5. Ano: 2000;  Expectativa de vida: 69,8. Ano: 2019;  Expectativa de vida: 76,6.  Fim da imagem.
  1. De acordo com o texto e o gráfico, qual era a expectativa de vida do brasileiro em 2019?
    PROFESSOR Resposta: 76,6 anos.
  1. Qual era a unidade da federação brasileira com a maior expectativa de vida? E a menor?
    PROFESSOR Resposta: Maior: Santa Catarina (79,9 anos). Menor: Maranhão (71,4 anos).

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Em sua opinião, quais fatores podem ter contribuído para o aumento da expectativa de vida da população brasileira?
    PROFESSOR Resposta: Os alunos devem comentar suas hipóteses sobre o aumento da expectativa de vida no Brasil.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    4. Por que é importante que os governos invistam na melhoria de serviços de saúde e em campanhas de hábitos de vida saudável?

PROFESSOR Resposta: Comentar com os alunos que a melhoria dos serviços de saúde faz com que as pessoas adoeçam menos e se curem com mais frequência. O incentivo a hábitos saudáveis também contribui para o aumento da expectativa de vida.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Comentar que outro importante dado analisado no estudo da dinâmica demográfica é a expectativa de vida ao nascer, ou seja, a média de idade que as pessoas de uma determinada população vivem.
  • Solicitar a três alunos que façam a leitura da notícia em voz alta, atribuindo um parágrafo para cada um. Verificar então a fluência em leitura oral deles.
  • Relembrar aos alunos que as notícias apresentam uma linguagem objetiva com o intuito de informar fatos e acontecimentos do dia a dia.
  • Relatar que o número de idosos que vivem no Brasil vem aumentando, em razão de fatores como a melhoria no acesso a água tratada, esgoto, vacinas, serviços de saúde e campanhas de conscientização sobre os cuidados com o corpo.
  • Comentar com os alunos que a melhoria das condições de vida pode ser alcançada por meio de participação social e exercício da cidadania, tema de relevância destacado neste volume. Para isso, como cidadãos, devemos fiscalizar a ação do poder público e exigir que políticas de saneamento básico e acesso à saúde sejam garantidas. Também é possível mobilizar as pessoas da comunidade divulgando informações sobre hábitos saudáveis, estimulando a prática de esportes em pequenos grupos e até mesmo convencendo familiares a mudarem hábitos alimentares. É importante que os alunos percebam que a mudança social também pode ser promovida a partir de pequenas práticas.

    Boxe complementar:

    Tema Contemporâneo Transversal: Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso

    Essa é uma oportunidade para incentivar os alunos a uma atitude respeitosa em relação aos idosos. Para isso, solicitar que observem nas proximidades da escola se há equipamentos para atividade física e espaços para jogos nas praças, se há transporte coletivo suficiente e com plataforma baixa para acesso, se há posto de saúde com atendimento preferencial e outros itens que podem ser observados no bairro.

    Fim do complemento.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    A valorização dos idosos é um aspecto importante do desenvolvimento de princípios éticos e inclusivos, como preconiza a competência geral 10.

    Fim do complemento.

    Direitos da pessoa idosa

    O Brasil não é mais um país de jovens. Nas ruas, nas praças e em outros lugares públicos podemos encontrar senhores e senhoras que buscam novas formas de serem vistos e de se redescobrirem com a nova fase da vida. A ideia de um país jovem – o país do futuro – está perdendo espaço para a mais recente tendência mundial: o aumento do número de pessoas idosas e ativas na sociedade. Aos poucos, a pirâmide etária brasileira vai se invertendo, embalada pela queda da natalidade, desenvolvimentos tecnológicos, avanços da medicina e melhoria da qualidade de vida em geral. Ao final da primeira metade do século XXI, as pessoas idosas representarão cerca de 15% da população brasileira, segundo estimativas oficiais. […]

MP059

Migrações no Brasil

Você estudou alguns fenômenos que explicam diversas mudanças ocorridas na população brasileira. Agora, vai conhecer outro fenômeno importante: a migração.

Migração é o deslocamento de pessoas de um lugar para outro. Quando o deslocamento de pessoas ocorre dentro de um mesmo país, é chamado de migração interna ou nacional. Quando as pessoas se mudam de um país para outro, ocorre a migração externa ou internacional.

Migração interna no Brasil

As migrações internas e externas podem interferir no crescimento da população (quando entram muitos migrantes) ou na diminuição dela (quando saem muitos migrantes).

Para o estudo das migrações, é possível investigar a naturalidade das pessoas. A naturalidade se refere ao local de nascimento de uma pessoa, ou seja, o município e a unidade da federação em que ela nasceu. Com base nisso, a população pode ser dividida em naturais e não naturais.

Imagem: Ilustração. Quatro malas coloridas.  Fim da imagem.

Naturais: pessoas que vivem no mesmo município ou unidade da federação em que nasceram.

Não naturais: pessoas que vivem em um município ou unidade da federação diferente daquela em que nasceram.

1. No estudo das populações, qual é o significado de naturalidade? Escreva um pequeno texto e apresente para os colegas e o professor.

PROFESSOR Resposta: A naturalidade diz respeito ao município e à unidade da federação em que uma pessoa nasceu.

2. Em relação à naturalidade das pessoas, como podemos dividir a população?

PROFESSOR Resposta: De acordo com o local de nascimento, a população pode ser dividida em natural e não natural.
MANUAL DO PROFESSOR

Com a criação do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), um dos maiores avanços na perspectiva legal da população com mais de 60 anos, os direitos da pessoa idosa passaram a ser fortemente difundidos, ampliados e reivindicados com prioridade.

FONTE: Conhecendo os direitos da pessoa idosa. Secretaria da família e desenvolvimento social, Governo do estado do Paraná. Disponível em: http://fdnc.io/fsJ. Acesso em: 23 abr. 2021.

  • Realizar a leitura do texto em voz alta, servindo como modelo de leitor.
  • Esclarecer dúvidas sobre os conceitos de migração interna e externa.
  • Verificar o desenvolvimento do vocabulário pelos alunos. Caso não saibam o significado das palavras do texto sobre as migrações, incentivar a consulta a dicionários impressos ou digitais.
  • Explicar que, segundo o agrupamento feito pelo IBGE, existem dois grupos populacionais ligados à migração: o das pessoas que vivem no mesmo lugar onde nasceram, chamadas naturais, e o das pessoas que vivem em um lugar diferente daquele onde nasceram, denominadas não naturais.
  • Assegurar-se de que os alunos tenham compreendido o significado de naturalidade. Para isso, solicitar a cada um que diga sua naturalidade em voz alta.
  • Após a correção do texto produzido por cada aluno, é possível propor a reescrita daqueles que apresentarem algum problema.

MP060

Cartografando

O mapa abaixo representa a proporção de habitantes naturais e não naturais em cada unidade da federação brasileira.

Brasil: população natural e não natural por unidade da federação (2015)

Imagem: Mapa. Brasil: população natural e não natural por unidade da federação (2015).  Mapa do Brasil com destaque para a proporção de pessoas naturais e não naturais da unidade da federação.  Todos os estados possuem proporção de pessoas naturais maiores do que as não naturais.  Estados com grande proporção de pessoas não naturais: RO, RR, AP, MT, MS, TO, GO, DF, SC.  Estados com pequena proporção de pessoas não naturais: AC, AM, PA, MA, PI, CE, PE, PB, RN, SE, AL, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, RS.  No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 450 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios 2015: síntese de indicadores. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

  1. Cite as duas unidades da federação em que a quantidade de pessoas naturais era muito maior do que a de não naturais.
    PROFESSOR Resposta: Exemplos: Rio Grande do Sul e Ceará.
  1. Em quais unidades da federação a proporção da população não natural era maior?
    PROFESSOR Resposta: No Distrito Federal, em Roraima e em Rondônia.
  1. Em 2015, qual era a proporção da população natural e não natural na unidade da federação em que você vive?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Você faz parte da população natural ou da população não natural da unidade da federação em que você mora?
    PROFESSOR Resposta: Registrar em uma tabela na lousa o número de alunos naturais e não naturais da unidade da federação em que vocês estão, comparando com o dado representado no gráfico.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Na opinião de vocês, quais são os motivos que podem levar as pessoas a migrar?
PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a formular hipóteses sobre os possíveis motivos das migrações. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos interpretar um mapa temático sobre a população brasileira, representando a proporcionalidade de pessoas naturais e não naturais por unidade da federação.

Fim do complemento.

  • Orientar os alunos na interpretação do mapa e na realização das atividades.
  • Verificar se os alunos reconhecem que, em todas as unidades da federação brasileiras, a proporção da população natural é maior que o da população não natural. Este fato revela que a maioria da população brasileira vive no mesmo local em que nasceu.
  • A partir das respostas dos alunos à atividade 4, elaborar uma tabela na lousa para registrar o número de alunos naturais e o número de alunos não naturais da unidade da federação onde vocês estão. Analisar os dados numéricos obtidos utilizando as noções de maioria e de minoria. O estudo de características dos alunos da sala permite que compreendam melhor como pode ser o estudo das características de uma população.
  • Anotar as hipóteses de razões das migrações formuladas pelos alunos.

    O estudo da população na Geografia escolar

    O estudo da Geografia proporciona a aquisição e o aperfeiçoamento de determinados conceitos que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento do aluno não só como indivíduo no seu meio ambiente, mas também como cidadão em seu meio social. Portanto, ao propor um trabalho partindo da realidade do aluno dentro das problemáticas apresentadas da sociedade atual, o conteúdo População nos permite interferir em questões que fazem parte do dia a dia da escola. O estudo populacional, especificamente sob o olhar geográfico é, de fato, um aprendizado que possibilita aos alunos uma capacidade de interpretação crítica em relação às condições de vida das pessoas.

MP061

Por que as pessoas migram?

A migração de uma população está relacionada principalmente à qualidade de vida no lugar de nascimento. Grande parte das pessoas que migram procura por melhores condições de vida, como emprego e melhores serviços de saúde e de educação.

No Brasil, a desigualdade de condições de vida entre as localidades tem sido uma das principais causas dos fluxos migratórios. Há regiões do país, por exemplo, em que os serviços de saúde e de educação são de melhor qualidade do que em outras.

3. Leia e interprete o esquema.

Imagem: Ilustração. Na parte superior, um avião está voando e puxando uma faixa com a informação: Brasil: migrações entre regiões (2005 a 2010). No centro, as regiões do Brasil com ilustrações de pessoas (cada um representa 100 mil pessoas) e informações:  Norte:  PESSOAS QUE VIERAM DE OUTRAS REGIÕES: 300 MIL.  PESSOAS QUE SAÍRAM PARA MORAR EM OUTRAS REGIÕES: 300 MIL.  Nordeste:  PESSOAS QUE VIERAM DE OUTRAS REGIÕES: 600 MIL.  PESSOAS QUE SAÍRAM PARA MORAR EM OUTRAS REGIÕES: 1,3 MILHÃO. Sudeste:  PESSOAS QUE VIERAM DE OUTRAS REGIÕES: 1,2 MILHÃO.  PESSOAS QUE SAÍRAM PARA MORAR EM OUTRAS REGIÕES: 800 MIL. Sul:  PESSOAS QUE VIERAM DE OUTRAS REGIÕES: 400 MIL.  PESSOAS QUE SAÍRAM PARA MORAR EM OUTRAS REGIÕES: 300 MIL. Centro-Oeste: PESSOAS QUE VIERAM DE OUTRAS REGIÕES: 604 MIL.  PESSOAS QUE SAÍRAM PARA MORAR EM OUTRAS REGIÕES: 400 MIL. Na parte inferior, ilustração de carros e caminhões de mudança em uma estrada asfaltada.  Fim da imagem.

Fonte: Antonio de Ponte Jardim e Leila Regina Ervatti. Migração interna na primeira década do século XXI: subsídios para projeções. In: Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI : subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. p. 106.

  1. De acordo com o esquema, em qual região brasileira havia maior número de pessoas que vieram de outras regiões?
    PROFESSOR Resposta: Na Região Sudeste.
  1. De qual região brasileira havia saído maior número de pessoas para morar em outras regiões?
    PROFESSOR Resposta: Da Região Nordeste.

    4. Que fatores contribuem para que as pessoas migrem para outras localidades?

PROFESSOR Resposta: A busca por melhores condições de vida relacionadas a oportunidades de trabalho e aos serviços de saúde e de educação.
MANUAL DO PROFESSOR

Dessa forma, o aluno estará aproveitando os conteúdos de Geografia para a sua formação, para ser um cidadão no sentido pleno da palavra, contribuindo para que ele esteja integrado criticamente na sociedade, participando ativamente de suas transformações. Assim, o estudo da população também vai repercutir na formação social do aluno, família e comunidade, gerando um debate acerca do conteúdo trabalhado com a realidade local. Isto permitirá ao aluno exteriorizar os conceitos que foram trabalhados durante as aulas.

FONTE: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Cadernos PDE, vol. II. Secretaria de Educação, Governo do estado do Paraná, 2014. p. 1 e 2. Disponível em: http://fdnc.io/fsK. Acesso em: 23 abr. 2021.

  • Propor a leitura silenciosa do texto, que apresenta alguns dos motivos das migrações internas (geralmente de um estado para outro).
  • Verificar a compreensão do texto pelos alunos e solicitar que comparem com as hipóteses levantadas anteriormente.
  • Na leitura e na interpretação do esquema sobre as migrações entre as regiões brasileiras, solicitar que comparem, em cada região, o número de pessoas que vieram de outras regiões com o número de pessoas que saíram para morar em outras regiões.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

  1. As atividades permitem o aprofundamento do estudo sobre o fluxo migratório na unidade da federação e na região onde vocês estão e visam proporcionar uma reflexão acerca da importância do acolhimento e da valorização da diversidade, o que possibilita o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 4. Ao mesmo tempo, o tema permite promover um debate sobre participação social e exercício da cidadania, estimulando os alunos a refletir sobre formas de garantir que as pessoas migrantes sejam respeitadas e tenham seus direitos assegurados.

    Fim do complemento.

    Para leitura dos alunos

    Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustração de um navio no mar. Fim da imagem.

    Origens, de Alexandre de Castro Gomes, Eliane Potiguara, Luís Eduardo Matta, André Kondo e Sonia Rosa. Editora do Brasil.

    Cinco escritores originários de lugares diferentes (Portugal, Japão, África, Líbano e Brasil) misturam ficção e realidade em narrativas sobre suas raízes e seus antepassados, abordando as conexões que unem as pessoas.

MP062

Imagem: Ilustração. Pessoas de várias etnias com roupas coloridas em volta do planeta Terra. Fim da imagem.

Migração externa no Brasil

No Brasil atual, existe um grande número de migrantes externos, também chamados de imigrantes. Esses migrantes externos vieram por distintas razões e trouxeram diferentes hábitos culturais, contribuindo para a diversidade da população brasileira.

5. Leia a tabela.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Brasil: número de migrantes externos por país de nascimento (2018)

País de nascimento

Número de migrantes externos

Ilustração. Bandeira da Venezuela, composta por três faixas horizontais: amarelo, azul e vermelho. No centro há um arco de estrelas brancas.

Venezuela

32.104

Ilustração. Bandeira do Haiti, composta por duas faixas horizontais: azul e vermelho. No centro há um quadrado branco com um brasão.

Haiti

14.154

Ilustração. Bandeira da Colômbia, composta por três faixas horizontais: amarelo, azul e vermelho.

Colômbia

9.447

Ilustração. Bandeira da Bolívia, composta por três faixas horizontais: vermelho, amarelo e verde. No centro há um brasão.

Bolívia

7.813

Ilustração. Bandeira do Uruguai, composta por várias linhas horizontais brancas e azuis intercaladas. No canto superior esquerdo há um sol amarelo.

Uruguai

5.532

Ilustração. Bandeira da Argentina, composta por três faixas horizontais: azul-claro, branco e azul-claro. No centro há um sol amarelo.

Argentina

4.696

Ilustração. Bandeira da China vermelha. No canto superior esquerdo há uma estrela amarela com quatro estrelas menores ao lado.

China

4.180

Ilustração. Bandeira do Peru vermelha. No centro há uma faixa vertical branca com um brasão dourado no meio.

Peru

2.931

Ilustração. Bandeira dos Estados Unidos, composta por várias linhas horizontais brancas e vermelhas intercaladas. No canto superior esquerdo há um retângulo azul com várias estrelas brancas.

Estados Unidos

2.499

Ilustração. Bandeira de Portugal. À esquerda, uma faixa pequena e verde e à direita, uma faixa grande e vermelha. Entre elas há um brasão.

Portugal

1.205

Fonte: Leonardo Cavalcanti, Tadeu de Oliveira e Marília de Macedo (org.). Imigração e refúgio no Brasil: relatório anual 2019. Brasília: Observatório das Migrações Internacionais, 2019. p. 82.

  1. De acordo com a tabela, cite os três países com o maior número de migrantes externos residentes no Brasil em 2018.
    PROFESSOR Resposta: Venezuela, Haiti e Colômbia.
  1. De qual continente veio a maior parte dos migrantes externos que residiam no Brasil naquele ano?
PROFESSOR Resposta: Do continente americano.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar a um aluno que realize a leitura do texto, avaliando a fluência em leitura oral e a habilidade de ler com precisão, velocidade e prosódia.
  • Verificar se os alunos reconhecem que migração externa se relaciona com a mudança de pessoas do país de origem para outro país.
  • Na leitura da tabela, comentar que os dois países com maior índice de procedência de imigrantes em 2018 – Venezuela e Haiti – são locais que enfrentam, nos últimos anos, uma grande instabilidade econômica e política.
  • Organizar uma roda de conversa, perguntando aos alunos quais são os motivos que levaram diferentes povos a migrar de seus países para o Brasil. Comentar que, a partir de 1822, migrantes de diversos países vieram para o Brasil à procura de trabalho e melhores condições de vida. A vinda de migrantes externos foi incentivada pelo governo e, inicialmente, foi maior na Região Sul e, depois, no Sudeste (principalmente nas primeiras décadas do século XX). Mais recentemente, os fluxos de migrantes externos diminuíram numericamente. Em 2018, representavam 0,4% do total da população brasileira.

    Atividade complementar

  1. Mostrar aos alunos os gráficos produzidos pelo IBGE, relacionados à imigração por nacionalidade nos períodos compreendidos entre 1884-1933 e 1945-1959, disponíveis em: http://fdnc.io/fsL.e http://fdnc.io/fsM. Acessos em: 25 mar. 2021.

    Em seguida, solicitar que identifiquem os fluxos que predominaram em cada um dos dois períodos.

    Imigração no Brasil: ontem e hoje

    Desde o tempo em que o Brasil foi colônia, a vinda de imigrantes foi um tema para o país, que já teve uma parcela expressiva da sua população composta por estrangeiros. Hoje, no entanto, o cenário é outro. Estamos falando de cerca de 700 mil imigrantes estimados entre os mais de 200 milhões de brasileiros.

    [...]

    Na sua versão atualizada, o fluxo de estrangeiros ganha novas dimensões, mas também recoloca reflexões antigas. O Brasil deseja e está pronto para receber essas pessoas? Como controlar sua entrada e regular sua permanência? Quais serão os efeitos, do ponto de vista social e cultural? [...]

MP063

Migrantes externos que não deixam seus países de origem por vontade própria recebem o nome de refugiados. Trata-se de pessoas que saem de seu país de origem devido a conflitos de naturezas diversas. Há pessoas que também solicitam refúgio em outros países em razão da ocorrência de alguns fenômenos naturais, como terremotos, alagamentos e secas prolongadas.

Diversos migrantes externos que têm chegado ao Brasil conseguem obter melhor qualidade de vida em relação à que tinham em seus países de origem. No entanto, as dificuldades e os desafios são muitos, como aprender um novo idioma, conseguir emprego e se adaptar a uma nova cultura.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

6. Quando solicitado, relate o que você compreendeu sobre os refugiados.

PROFESSOR Resposta: Refugiados são pessoas que deixam seu país de origem contra a sua vontade devido a conflitos de naturezas diversas ou em decorrência de fenômenos naturais.

7. Os refugiados se deslocam de seus países por vontade própria? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não, os refugiados se deslocam para garantir sua segurança.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

8. Quais são os desafios enfrentados pelos refugiados e migrantes externos ao vir para o Brasil? Converse com os colegas sobre isso.

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos apontem dificuldades como aprender outro idioma, conseguir emprego e se adaptar à nova forma de viver. Fim da observação.

Boxe complementar:

Entreviste

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

  1. Na companhia de um adulto de sua convivência, entreviste uma pessoa que tenha nascido em outro país e que tenha migrado para o Brasil. Siga o roteiro, registrando as respostas no caderno. Se possível, crie outras perguntas para fazer ao seu entrevistado.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na realização da entrevista e no compartilhamento dos resultados. Fim da observação.
    1. Qual é seu país de origem?
    1. Quais foram os motivos de você ter migrado?
    1. Cite um hábito e um costume comum em seu país de origem.
    1. Quais foram os principais desafios que enfrentou ao chegar ao Brasil?
    1. Você gostaria de voltar a morar no país onde nasceu? Por quê?
    1. Cite uma informação que você conhecia sobre o Brasil antes de migrar.

      Imagem: Ilustração. Folha pautada com textos:  a) Qual é seu país de origem?  b) Quais foram os motivos de você ter migrado?  c) Cite um hábito e um costume comum em seu país de origem.  d) Quais foram os principais desafios que enfrentou ao chegar ao Brasil?  e) Você gostaria de voltar a morar no país onde nasceu? Por quê?  f) Cite uma informação que você conhecia sobre o Brasil antes de migrar.  Fim da imagem.

  1. Apresente o resultado de sua entrevista aos colegas.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Mais de 50% dos indivíduos que chegam ao país hoje têm entre 19 e 30 anos. Ou seja, estão em plena idade produtiva. A região Sudeste é de longe o destino mais procurado. A categoria “estudante” aparece com frequência entre as ocupações. Tal combinação sugere que estamos falando de indivíduos que terão a oportunidade de “fazer sua vida” no país. Ao mesmo tempo, é claro que estamos diante de um novo ciclo de negociações culturais em que as possibilidades de troca terão, como em outros momentos, grandes implicações na identidade brasileira.

FONTE: MIRAGLIA, Paula; ALMEIDA, Rodolfo; ZANLORENSSI, Gabriel. O fluxo de imigração ao Brasil desde a chegada dos portugueses. Nexo Jornal, 11 jun. 2018. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/06/11/O-fluxo-de-imigra%C3%A7%C3%A3o-ao-Brasil-desde-a-chegada-dos-portugueses. Acesso em: 23 abr. 2021.

  • Realizar a leitura silenciosa do texto, solicitando em seguida que os alunos contraponham suas respostas às atividades com os levantamentos feitos anteriormente.
  • Verificar se compreendem a situação específica dos refugiados, que são obrigados a deixar seu país de origem visando melhores condições de vida.
  • Organizar a classe de modo que possam compartilhar seus conhecimentos sobre os principais desafios enfrentados pelos estrangeiros ao vir morar no Brasil.

    Entreviste

  • Orientar os alunos a compartilhar com um adulto de sua convivência a atividade de entrevista com um migrante externo.
  • Se for possível, convidar um migrante externo para ser entrevistado pela classe, pessoalmente ou por chamada de vídeo. Nesse caso, compartilhar as perguntas criadas individualmente pelos alunos como tarefa de casa e acrescentá-las à entrevista que a classe fará em conjunto.
  • A partir das entrevistas, promover uma reflexão com os alunos sobre como agir para garantir que pessoas em situação de refúgio sejam acolhidas e respeitadas. Este momento contribui para o desenvolvimento do tema participação social e exercício da cidadania. É importante que os alunos sejam estimulados a sugerir ações práticas que possam ser realizadas nos níveis individual e coletivo e executadas por órgãos governamentais ou pela sociedade civil organizada.

    Atividade complementar

  1. Assistir com os alunos à reportagem De casa nova – caminhos da reportagem, da TV Brasil, disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2019/09/de-casa-nova. Acesso em: 2 jul. 2021. Com base nas histórias dos migrantes, solicitar aos alunos que apontem as principais dificuldades que esses migrantes vêm enfrentando e do que mais têm gostado em nosso país.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    A atividade de entrevista favorece o desenvolvimento da competência geral 9 e da competência específica de Ciências Humanas 1, ao permitir o exercício da empatia e do diálogo e a compreensão de si e do outro, valorizando o respeito à diferença.

    Fim do complemento.

MP064

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 1 e 2

Avaliação de processo de aprendizagem

Você conheceu o modo de vida dos povos egípcios e chineses antigos e estudou algumas características da população mundial e brasileira atual. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.

  1. O Brasil é considerado um país populoso.
    1. Considerando essa informação, podemos dizer que o número da população absoluta do país é alto ou baixo?
      PROFESSOR Resposta: O número é alto.
    1. Dê três exemplos de outros países populosos do mundo na atualidade.
      PROFESSOR Resposta: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Paquistão.
  1. Leia o depoimento de alguns migrantes que, atualmente, vivem na cidade de São Paulo.

    Migração e diversidade

    [...] São muitas histórias que formam a população de São Paulo:

    “Sou Ana Maria da Silva Adão, moro em São Paulo, nasci em Minas Gerais e sou neta de indígena.”

    “Meu nome é Yenny Marlene Rodrigues Cruz, eu nasci no Peru, em Tacna. Eu cresci na Bolívia e agora estou morando no Brasil.”

    “Meus quatro avós são poloneses, por coincidência ou não, eles vieram na década de 1930.”

    O que essas pessoas têm em comum é a riqueza de histórias. [...]

    FONTE: Filipe Gonçalves. Pesquisa da USP revela que moradores de SP têm DNA de 25 povos do mundo, a maior diversidade do país. G1, 25 jan. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/01/25/pesquisa-da-usp-revela-que-moradores-de-sp-tem-dna-de-25-povos-do-mundo-a-maior-diversidade-do-pais.ghtml. Acesso em: 9 abr. 2021.

    1. O que os depoimentos apresentados têm em comum?
      PROFESSOR Resposta: São depoimentos dados por pessoas que descendem de imigrantes ou indígenas ou que são migrantes.
    1. Quais dificuldades um migrante externo pode ter ao chegar ao novo destino?
      PROFESSOR Resposta: O imigrante precisa aprender um novo idioma, encontrar trabalho e se adaptar a costumes diferentes dos seus.
  1. Cite dois aspectos que levaram alguns povos antigos a se estabelecerem perto de rios.
    PROFESSOR Resposta: A facilidade de captação de água para o abastecimento da população e para a fertilização do solo.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 1 e 2.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

  1. Explicar o que é um país populoso, indicando exemplos.

    Espera-se que os alunos reconheçam que um país populoso tem uma população absoluta alta e citem exemplos.

  1. Identificar características comuns aos migrantes e desafios que podem enfrentar ao chegar a um novo destino.

    Os alunos devem ler depoimentos e fazer inferências relativas às informações ali presentes, correlacionando-as com conhecimentos desenvolvidos no módulo. Espera-se que indiquem características comuns dos migrantes e dificuldades que os imigrantes podem enfrentar ao chegar em um novo país.

  1. Identificar a importância dos rios para alguns povos antigos.

    Para esta atividade, os alunos precisam retomar os motivos da fixação dos povos antigos perto dos rios.

  1. Explicar a relação entre a atividade agrícola e os rios para os chineses antigos.

    A atividade exige que os alunos observem e interpretem imagens e legenda, identificando as atividades agrícolas representadas.

  1. Explicar a importância da religião para os egípcios e os chineses antigos.

    A resolução da atividade solicita uma reflexão sobre a importância da religião para os egípcios e os chineses antigos.

  1. Descrever as características do Estado e explicitar teorias sobre o seu surgimento.

    A resolução da atividade requer a identificação do conceito de Estado e do contexto de seu surgimento.

MP065

  1. Analise as imagens de plantações de alimentos que também ocorriam ao norte e ao sul de um rio importante para os chineses antigos.
Imagem: Fotografia A. Plantação extensa de arroz.   Fim da imagem.
Imagem: Fotografia B. Plantação extensa de trigo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Acima, cultivo de arroz, e, abaixo, cultivo de trigo na China. Fotos de 2020 e 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais são as atividades agrícolas representadas pelas imagens?
    PROFESSOR Resposta: Cultivo de arroz e cultivo de trigo.
  1. Qual era o nome do rio importante para os chineses antigos?
    PROFESSOR Resposta: Rio Amarelo.
  1. Explique com suas palavras por que a religião era importante para o povo egípcio e para o povo chinês antigo.
    PROFESSOR Resposta: Os deuses determinavam o cotidiano e o destino das pessoas para ambos os povos.
  1. Sobre o Estado, responda às perguntas a seguir.
    1. O que é?
      PROFESSOR Resposta: Uma organização política com poder centralizado e um corpo de funcionários que administram um território.
    1. Onde e como ele teria surgido?
      PROFESSOR Resposta: Há duas hipóteses: no Egito antigo ou na Europa, muito tempo depois.

      Autoavaliação

      Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Responda às perguntas a seguir no caderno utilizando as palavras: “sim”, “em parte” ou “não”.

      Tabela: equivalente textual a seguir.

      Sobre as aprendizagens

      a) Identifico o que é um país populoso e as razões do crescimento da população de um país?

      b) Identifico motivos para a existência de fluxos migratórios e as consequências que esses fluxos podem ter em uma localidade?

      c) Sei interpretar gráficos e mapas relacionados a características e à composição da população brasileira?

      d) Identifico a importância dos rios para alguns povos antigos?

      e) Descrevo as mudanças na organização política do Egito antigo, relacionando-a com o surgimento do Estado?

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP066

Comentários para o professor

Conclusão do módulo dos capítulos 1 e 2

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 1 e 2. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Como os primeiros povos se formaram e como a população mundial e brasileira se mostra atualmente?

Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre a diversidade de modos de vida e de culturas em diferentes povos e em períodos distintos da História e sobre aspectos da população mundial e brasileira atualmente.

Verificação da avaliação do processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção Verificação da avaliação de processo de aprendizagem, composto pela ilustração de um sinal de correto dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção Superando defasagens, composto pela ilustração da silhueta de uma pessoa correndo dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP067

Introdução do módulo dos capítulos 3 e 4

Este módulo, formado pelos capítulos 3 e 4, permite aos alunos conhecer e refletir sobre a diversidade cultural, com destaque para as diferentes formas de contagem do tempo.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 3 possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF05GE02, ao favorecer a análise das características do Brasil como um país com desigualdades sociais e diversas riquezas culturais. São propostas atividades de interpretação de pintura, compreensão de textos, investigação em grupos, leitura de fotografias, mapas e gráficos e produção de escrita. Como pré-requisito, os alunos devem ser capazes de estabelecer semelhanças e diferenças entre as populações de diversas regiões brasileiras.

As atividades do capítulo 4 mobilizam a habilidade EF05HI08, ao explorarem formas de marcação do tempo em sociedades distintas. São desenvolvidas atividades de leitura e interpretação de quadrinhos e tabelas, compreensão de texto e observação e interpretação de calendários. Como pré-requisito, os alunos devem conhecer o calendário mais usado em nosso cotidiano para comparar com calendários de outros tempos e espaços.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP068

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 3 e 4

Como podemos perceber a diversidade cultural dos diferentes povos?

CAPÍTULO 3. Diversidade cultural

O Brasil é um país com grande extensão territorial e diversidade cultural. Isso significa que em nosso país há muitos grupos étnico-culturais com diversas características, hábitos alimentares, línguas e formas de falar próprias.

A diversidade cultural brasileira é marcada pela influência de vários povos, principalmente de indígenas, africanos, europeus e asiáticos.

Essa diversidade pode ser constatada na multiplicidade de festas, danças e outras manifestações culturais que ocorrem no Brasil e nas diferentes características que cada uma dessas festas pode apresentar em cada localidade.

1. Observe a pintura.

Imagem: Pintura. Pessoas com chapéus, máscaras e roupas coloridas. Elas estão sorrindo e dançando. Ao fundo, prédios, morros e o mar. Fim da imagem.

LEGENDA: Carnaval, pintura de Fulvio Pennacchi, de 1982. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a festa representada na pintura?
    PROFESSOR Resposta: O Carnaval.
  1. Essa festa é realizada da mesma maneira em todo o território brasileiro?
    PROFESSOR Resposta: Não, ela é comemorada de forma diferente em cada localidade do Brasil.
  1. Descreva como é essa festa no lugar em que você vive, apontando as semelhanças e as diferenças entre ela e a representação feita pelo artista. Quando o professor solicitar, leia seu texto para ele e para os colegas.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia este módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre aspectos da riqueza cultural de diversos povos, considerando diferentes marcações da passagem do tempo. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

  • Fazer uma leitura compartilhada do texto sobre diversidade cultural.
  • Solicitar que observem a obra de Fulvio Pennacchi, identifiquem a manifestação cultural representada e realizem as atividades.
  • Compartilhar informações sobre a origem do Carnaval no site da Biblioteca Nacional. Disponível em: http://bndigital.bn.gov.br/carnaval/. Acesso em: 18 abr. 2021.
  • Comentar que as manifestações culturais remetem às formas de produzir, falar, cantar, dançar, festejar e se alimentar das pessoas.
  • Identificar as representações sociais dos alunos quanto às manifestações culturais presentes no lugar de viver, perguntando quais eles conhecem e costumam compartilhar ou reproduzir.
  • Solicitar que leiam os textos produzidos na atividade, avaliar a descrição feita por eles e verificar a adequação do texto em relação ao que foi proposto.

    As atividades do capítulo 3 permitem aos alunos compreender como a diversidade cultural influencia a formação da população, analisando suas características culturais. Também possibilitam refletir sobre as desigualdades sociais no Brasil, com base em indicadores como taxa de analfabetismo e rendimento médio salarial, entre outros.

    A BNCC no capítulo 3

    Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo.

    Objeto de conhecimento: Diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais.

    Habilidade: (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios.

MP069

Leia agora um diálogo sobre diversidade cultural entre uma menina chamada Maria Eduarda e sua tia.

Diferentes culturas

— Bom dia, tia. Então vamos falar sobre as diferentes culturas? Tem cada coisa esquisita nesse mundo, né? Morar no gelo como os esquimós [que se autodenominam inuítes] não deve ser fácil. Neve por todos os lados, tudo branco, gelo, gelo e mais gelo. Só de pensar me dá frio. [...] Você disse que os esquimós têm várias palavras para a neve; como assim?

— Calma, garota! Uma coisa de cada vez. Primeiro quero que me diga o que entende por cultura.

— Pelo que entendi na escola, cultura é o modo de cada povo viver – cada povo tem seus hábitos, suas crenças, seus costumes. É isso?

[...]

— Vamos voltar às suas perguntas. Você perguntou sobre as várias palavras que os esquimós usam para neve. Preciso esclarecer uma coisa: cada povo classifica a realidade de acordo com a percepção da mesma, ou seja, certamente a percepção da realidade dos esquimós está relacionada com esse mundo de gelo onde vivem, que é bem diferente do viver em um país ensolarado como o nosso. Os esquimós têm várias palavras para designar a neve de acordo com o estado dela: fofa, densa, abundante entre outras. [...]

— Temos então que olhar para elas [as culturas] com a lente da cultura delas, certo? E vamos mudando as lentes conforme olhamos as culturas dos povos, assim não vamos achar nada estranho, apenas diferente.

FONTE: Regina Ramos. Diálogos com Maria Eduarda: filosofia para jovens. ed. Santos/São Paulo: Agbook, 2014. p. 155, 156, 161 e 162.

Imagem: Ícone: Converse com seu colega. Fim da imagem.

2. Para vocês, o que significa afirmar que devemos mudar as lentes à medida que olhamos a cultura dos povos?

PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos percebam que cada povo tem seu modo de vida e sua própria cultura e que o entendimento de cada elemento da realidade tem relação com a cultura.
Imagem: Fotografia. Vista aérea de um morro coberto de neve. Ao fundo, mais morros e neve.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de paisagem no Alasca coberta pela neve, no norte do continente americano, em 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Dividir os alunos em duplas para que façam uma leitura do diálogo do texto da página em voz alta, com cada pessoa assumindo um personagem.
  • Comentar que os povos inuítes, citados no texto como esquimós, vivem em áreas geladas do planeta, concentrando-se na região do Alaska (Estados Unidos), norte do Canadá e Groenlândia (Dinamarca), áreas com características muito distintas das que existem no Brasil.
  • Solicitar a apresentação das respostas sugeridas para a frase “Mudar as lentes à medida que olhamos a cultura dos povos”.

MP070

Em cada localidade do Brasil, podemos encontrar manifestações culturais diferentes, como festas, danças e alimentos típicos. Conheça algumas manifestações culturais brasileiras no texto a seguir.

3. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Imagem: Ilustração. Um boi preto com uma estrela amarela na testa.   Fim da imagem.

Pluralidade cultural

O nosso país é exemplo

Da grande diversidade

Por sua rica cultura

Sinal de brasilidade

Com todas as diferenças

Mostra a sua pluralidade.

Terra dos muitos sotaques

Cores e manifestações

E com as várias etnias

Preservando as tradições

As diferenças existem

Entre as várias regiões.

Nordestino fala oxente

Que é próprio da região

O mineiro fala uai...

Com muita satisfação

O gaúcho já fala tchê

E numa forte expressão.

[...]

O Brasil é um grande palco

De bela apresentação

Do frevo, samba e forró

Carnaval e folião

Ciranda e coco de roda

Xote, xaxado e baião.

[...]

Tem a festa do divino

Que é muito popular

Tem a folia de reis

Maracatu pra dançar

Além da bela catira

E o belo boi-bumbá.

A nossa cultura é rica

Pois tem forte tradição

Na música e na poesia

E também na religião

Carnaval e futebol

É verdadeira paixão.

[...]

Imagem: Ilustração. Um homem com chapéu de palha e camisa xadrez e uma mulher com tranças e vestido vermelho estão de mãos dadas e sorrindo. Ao fundo, bandeiras penduradas e uma fogueira acesa.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Fazer uma leitura em voz alta do texto inicial, que se trata de um cordel intitulado Pluralidade cultural.
  • Indicar que o cordel é uma forma de expressão literária popular característica da Região Nordeste e que possui uma estrutura narrativa em versos; costuma ser impressa em folhetos de papel-jornal ilustrados com xilogravuras.
  • Solicitar aos alunos que leiam o texto em voz alta, verificando a fluência em leitura oral, avaliar o progresso dos alunos quanto à precisão e à velocidade da leitura.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

  1. Ao observar e reconhecer no capítulo diferentes manifestações culturais e artísticas, recorrendo a conhecimentos prévios e suas vivências e valorização da diversidade de indivíduos, promove-se o desenvolvimento da competência geral 3 e da competência específica de Ciências Humanas 4. Também permitem desenvolver a competência específica de Ciências Humanas 1, pois instigam os alunos a reconhecer que a diversidade cultural e a multiplicidade de vivências e costumes podem enriquecer a formação intelectual e ética das pessoas.

    Fim do complemento.

    Literatura de cordel

    A literatura de cordel é uma expressão literária popular característica do interior do Nordeste [...]. Caracteriza-se essencialmente por sua estrutura narrativa, a composição em versos, a impressão em pequenos folhetos de papel-jornal ilustrados com xilogravuras, e o objetivo de ser declamada nas feiras públicas. Esses folhetos normalmente são expostos em cordas, por isso a denominação “literatura de cordel”. [...]

MP071

Famosas festas juninas

É uma grande tradição

No nordeste brasileiro

É a maior animação

Fogueira e milho assado

Quadrilha, forró e quentão.

[...]

Imagem: Ilustração. Duas mulheres com vestidos estão dançando.   Fim da imagem.

Esse é o país da alegria

É cheio de sonoridade

Tem ritmo de todo jeito

Forte musicalidade

Sendo um misto de beleza

É sua própria identidade.

Terra dos vários sabores

Com culinária aprovada

Pamonha e acarajé

Pé de moleque, feijoada

Baião de dois, tapioca

Carne de sol, galinhada.

Imagem: Ilustração. Um homem está tocando um pandeiro. Em volta dele há notas musicais.  Fim da imagem.

Tem pato no tucupi

E também no tacacá

Tem churrasco com fartura

E o gostoso mungunzá

O chimarrão lá no sul

E na Bahia o vatapá.

[...]

Esse é um breve relato

Da nossa pluralidade

O Brasil é um país

Que tem sua identidade

Mostra em todos os ritmos

A sua originalidade.

Imagem: Ilustração. Dois homens estão com as bocas abertas e as mãos levantadas.  Fim da imagem.

FONTE: Juarês Alencar Pereira. Pluralidade cultural. Disponível em: https://juaresdocordel.blogspot.com/2014/04/pluralidade-cultural.html. Acesso em: 28 jan. 2021.

4. Quais manifestações culturais citadas no texto podem ser observadas no seu lugar de viver?

PROFESSOR Atenção professor: Solicitar aos alunos que indiquem os elementos culturais mencionados no cordel que também estão presentes na localidade em que moram. Fim da observação.

5. No seu lugar de viver, existem manifestações culturais que não foram citadas no texto? Se sim, quais são elas?

PROFESSOR Atenção professor: Comentar com os alunos as manifestações culturais citadas por eles e, se possível, dar outros exemplos. Fim da observação.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

6. Comente com os colegas e o professor o que você aprendeu, após a realização dessas atividades, sobre pluralidade cultural.

PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

As origens do cordel podem ser traçadas até as tradições medievais da literatura europeia. [...] Contudo, [...] as histórias ibéricas foram transplantadas já possuindo contribuições orientais e africanas, e receberam aqui um novo influxo das culturas africanas e indígenas, em especial através da influência do conto folclórico. Os primeiros folhetos de cordel coletados no Brasil datam de 1890, mas é quase certo que as manifestações do cordel já se façam presentes na metade do século XIX. [...] A formação do público do cordel no Nordeste está ligada ao nascimento das feiras de agricultores. A falta de um uso sistemático de meios de comunicação impressos deu força a uma tradição de comunicação oral, e durante muito tempo foram os cordelistas que forneceram informação e divertimento para a população do meio rural nordestino.

FONTE: Literatura de cordel. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo9658/literatura-de-cordel. Acesso em: 15 maio 2021.

  • Organizar os alunos em grupos para que identifiquem no cordel exemplos de diversidade cultural no Brasil e respondam: Como é o modo de falar das pessoas de diferentes locais? Quais são os ritmos musicais e festejos citados? Quais são as receitas e os tipos de alimento característicos de diversas localidades brasileiras citadas?
  • Perguntar a eles por que o Brasil é considerado um país plural, estimulando a reflexão de que o país é marcado pela diversidade cultural, com variadas tradições, população de origens e etnias diferentes, costumes e culturas diversas.
  • Avaliar as respostas orais sobre a compreensão do texto, se a interpretação solicitada do texto foi reproduzida de maneira correta.
  • Verificar as representações sociais dos alunos com relação às manifestações culturais no lugar em que vivem.

    Atividade complementar

    Orientar os alunos a elaborar pequenos cartazes com informações contidas no texto ou outras referentes à diversidade cultural do Brasil. Solicitar que completem a frase: “Meu país é plural porque...” e escolher um lugar da escola para a exposição dos cartazes.

MP072

Festas e danças populares no Brasil

Imagem: bandeiras coloridas penduradas Fim da imagem.
  1. Em qualquer lugar do nosso país, as festas e as danças populares são resultado da influência de diferentes povos, sejam indígenas, africanos, europeus, ou mesmo de migrantes vindos de outras regiões do Brasil. Que tal conhecer algumas festas e danças populares?
Imagem: Ilustração. Vista de cima do mapa do Brasil. Em cada estado há um desenho e textos.   Amazonas: Ilustração. À esquerda, fantasia de boi preto e acima dele há uma estrela azul e atrás, uma bandeira azul. À direita, fantasia de boi branco e acima dele há um coração vermelho e atrás, uma bandeira vermelha. Festival Folclórico de Parintins - Festa popular que ocorre no mês de junho no município de Parintins, no estado do Amazonas. O evento comemora a lenda sobre a morte e a ressurreição de um boi por meio de danças, músicas e encenações. O festival também é marcado pela disputa entre o Boi Caprichoso e o Boi Garantido.  Pará: Ilustração. Mãos de pessoas segurando um suporte e acima há uma santa dentro de uma cabine de vidro com várias flores em volta.  Círio de Nazaré - Celebração religiosa em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré que acontece no mês de outubro no município de Belém, no estado do Pará, e que atrai milhões de devotos anualmente.  Maranhão: Ilustração. Um boi preto com desenhos coloridos em volta. Acima há bandeiras coloridas penduradas.  Bumba meu boi - Festa popular no estado do Maranhão, na qual o boi é o personagem principal. Em outras localidades do Brasil, essa festa é conhecida como Boi-bumbá, Boi de Reis, Boi Pintadinho, entre outros nomes.  Região Nordeste: Ilustração. Um casal está de mãos dadas e dançando. Acima dele há bandeiras coloridas penduradas. Em seguida, três homens estão tocando instrumentos musicais e uma mulher está dançando. Atrás deles há uma fogueira acessa e bandeiras coloridas penduradas. Festa junina - Evento que ocorre no mês de junho em todo o Brasil, mas que ganha destaque em estados da Região Nordeste. As danças e as comidas típicas, como o munguzá e a pamonha, estão sempre presentes.  Goiás: Ilustração. À esquerda, um homem com uniforme vermelho está montado em um cavalo branco e segurando uma lança. Atrás dele há um suporte vermelho com uma lua e uma estrela. À direita, um homem com uniforme azul está montado em um cavalo marrom e segurando uma lança. Atrás dele há um suporte azul com uma cruz.  Cavalhada - Festa popular no estado de Goiás, que recria as batalhas medievais com homens montados em cavalos. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: Ilustração. Um casal com roupa florida está dançando. Atrás deles há flores e instrumentos musicais.  Siriri - Dança popular nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ao som de instrumentos como a viola de cocho, o ganzá e o tamboril, essa dança é praticada em rodas ou fileiras.  Minas Gerais e Goiás: Ilustração. Pessoas com fantasias coloridas estão dançando.  Folia de Reis - Celebração religiosa realizada entre os meses de dezembro e janeiro, principalmente nos estados de Minas Gerais e Goiás. Em forma de procissão, grupos de pessoas cantam e dançam pelas ruas.  São Paulo: Ilustração. Um casal está dançando. Atrás deles, três pessoas estão tocando instrumentos musicais. Todos estão com roupas brancas e vermelhas.  Samba de lenço - Dança popular no estado de São Paulo caracterizada pelo uso de lenço por homens e mulheres. Os instrumentos utilizados são o chocalho, o pandeiro e a zabumba.  Paraná e São Paulo: Ilustração. Um casal está dançando. Atrás deles há dois violões grandes com notas musicais e flores em volta. Fandango caiçara - Dança tradicional das comunidades caiçaras localizadas no litoral dos estados do Paraná e de São Paulo. Nessa dança, as batidas de tamanco e o som de violas, rabecas e machetes dão ritmo à coreografia.  Rio Grande do Sul: Ilustração. Uma santa está segurando um bebê sobre um barco com flores em volta. Festa de Nossa Senhora dos Navegantes - Celebração de origem portuguesa que inclui uma procissão em homenagem à santa protetora dos navegadores. Tem destaque no estado do Rio Grande do Sul, sendo acompanhada por muitas embarcações.  Fim da imagem.

FONTE: Representação esquemática, fora de proporção e escala, para fins didáticos.

MANUAL DO PROFESSOR
  • As atividades promovem a reflexão sobre a diversidade cultural brasileira, por meio do conhecimento de diferentes festas e danças populares que as pessoas praticam em diferentes localidades do país.
  • Comentar com os alunos que elas são tradições que marcam profundamente as relações das pessoas entre si e com o lugar onde são praticadas. Muitas são acompanhadas com outros tipos de manifestações culturais, como a culinária, a música, a arte cênica, procissões e brincadeiras.
  • Solicitar aos alunos que observem os textos e as imagens que compõem o infográfico sobre festas e danças populares, praticadas em diferentes regiões brasileiras.
  • Indicar que algumas dessas manifestações culturais não são restritas a uma única região do país, mas se destacam na região mencionada.

    Boxe complementar:

    Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural

    Retomar com os alunos a influência indígena, africana, europeia e asiática na formação cultural do Brasil e em diferentes manifestações culturais. Solicitar a eles que, durante a pesquisa sobre festas e danças, também reconheçam essas influências. Promover o compartilhamento das investigações realizadas, para que percebam que a valorização das diferentes expressões culturais é uma maneira de preservá-las.

    Fim do complemento.

    Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustração de uma pessoa abstrata com chapéu e camiseta.  Fim da imagem.

    Para leitura dos alunos

    Etnias e cultura, de Nereide Schilaro Santa Rosa. Moderna.

    O livro aborda, por meio de manifestações artísticas, a influência de grupos nômades, indígenas, africanos e europeus na formação da população brasileira.

MP073

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

1. Você já ouviu falar dessas festas e danças populares?

PROFESSOR Resposta pessoal.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

2. Alguma delas é realizada no lugar onde você vive? Se sim, qual?

PROFESSOR Resposta pessoal.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

3. Pesquisem outras informações sobre as festas e as danças populares representadas e produzam um texto coletivo sobre elas.

PROFESSOR Resposta: Orientar a pesquisa e a produção textual dos alunos.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Dividir os alunos em grupos e pedir a eles que se organizem autonomamente, de forma que todos possam ler textos do infográfico e das legendas das fotografias.
  • Escolher com os alunos a festa ou dança sobre a qual cada grupo deve realizar uma pesquisa mais aprofundada.
  • Solicitar que consultem diferentes fontes de informação. Pode-se sugerir o uso dos textos da Fundação Joaquim Nabuco, órgão do governo federal que é referência no estudo da cultura popular brasileira. Disponível em https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/. Acesso em: 3 jun. 2021.
  • Orientar os alunos a elaborar uma versão preliminar do texto coletivo, que deverá ser revisada por um ou mais grupos da sala. Depois de revistos pelos colegas, os textos devem ser reescritos e afixados em um mural da sala de aula ou escola.
  • Se possível, propor a criação de um blog coletivo ou revista digital e publicá-los em ambientes virtuais.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    A atividade de pesquisa contribui para o desenvolvimento da competência geral 1, na medida em que promove a consulta e a curadoria de fontes de informações, e da competência geral 3, pois valoriza diferentes formas de manifestações artísticas e culturais. Por ser desenvolvida em pequenos grupos e prever a revisão coletiva dos textos, também favorece o desenvolvimento das competências gerais 8 e 10, com base na autocrítica, no reconhecimento de suas emoções, no exercício da escuta e do diálogo e na tomada de decisões em conjunto.

    Fim do complemento.

MP074

Brasil: país de contrastes

Vimos que o Brasil é um país populoso e que possui grande diversidade cultural.

No entanto, há pessoas em nosso país que têm melhores condições de vida que outras, tendo mais acesso a moradias dignas, a oportunidades de trabalho e a serviços de saúde e de educação, por exemplo.

A desigualdade social em um país ou uma região pode ser constatada de muitas maneiras. Um dos fatores que a revelam é a diferença no acesso a um bom serviço de educação, que pode ser verificado pela porcentagem de pessoas alfabetizadas na população.

1. Leia e interprete o mapa.

Brasil: taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais de idade (2019)

Imagem: Mapa. Brasil: taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais de idade (2019).  Taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais de idade:  2,1% a 5,1%: RR, DF, GO, MS, RJ, SP, PR, SC, RS.  5,2% a 8,2%: AM, RO, MT, AP, MG, ES.  8,3% a 11,3%: PA, TO.  11,4% a 14,4%: AC, CE, RN, PE, SE, BA.  14,5% a 17,5%: MA, PI.  No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 300 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por sexo e grupo de idade. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua anual. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/7113. Acesso em: 28 jan. 2020.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre questões relacionadas às desigualdades sociais no país e ao modo que elas se manifestam.
  • Orientar a leitura compartilhada do texto inicial.
  • Solicitar aos alunos que observem o mapa que representa dados das taxas de analfabetismo no Brasil considerando pessoas com mais de 15 anos de idade.

    Boxe complementar:

  1. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4. Educação de qualidade

    As atividades permitem desenvolver o ODS 4, que prevê assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Ainda que em muitas localidades no Brasil a rede de ensino seja precária, outras localidades contam com um ensino público de qualidade. Vale realizar com os alunos pesquisas sobre municípios da unidade federativa em que vivem que tenham bons indicadores na área da educação, compartilhando experiências positivas que possam ser replicadas.

    Fim do complemento.

    Gráficos e mapas: para que servem?

    Para muita gente, gráficos e mapas não passam de meras ilustrações [...]. A importância deles, no entanto, é bem maior.

    Devemos, entretanto, conscientizar-nos de que, sendo meios de comunicação, eles precisam desempenhar uma tríplice função: registrar os dados, tratar esses dados para descobrir como se organizam e, depois, comunicar o conteúdo da informação revelada.

    Assim, gráficos e mapas passam a ser úteis, constituindo instrumentos de reflexão e de descoberta do real conteúdo da informação. Eles devem dirigir o discurso e não ilustrá-lo. Devem revelar o que há a dizer e que decisão tomar diante dos resultados descobertos.

    [...]

MP075

  1. Quais eram as unidades da federação que apresentavam as maiores taxas de analfabetismo no Brasil em 2019?
    PROFESSOR Resposta: Maranhão, Piauí, Paraíba e Alagoas.
  1. Quais eram as unidades da federação que apresentavam as menores taxas de analfabetismo em 2019?
    PROFESSOR Resposta: Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Paraná, Roraima, Mato Grosso do Sul e Goiás.
  1. Em 2019, qual era a taxa de analfabetismo na unidade da federação em que você vive?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

2. De acordo com o mapa, é possível afirmar que há igualdade de acesso à educação no Brasil? Explique.

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos afirmem que o acesso à educação é desigual, relacionando a taxa de analfabetismo nas diferentes regiões brasileiras. Fim da observação.

3. Leia e interprete o gráfico.

Brasil: escolaridade média da população de 18 a 29 anos por localidade (2017)

Imagem: Gráfico em barras. Brasil: escolaridade média da população de 18 a 29 anos por localidade (2017). No eixo vertical, a população e no eixo horizontal, os anos de estudo. Os dados são aproximados. População urbana: Anos de estudo: 11,5. População rural: Anos de estudo: 9,6.   Fim da imagem.

Fonte: Priscila Cruz e Luciano Monteiro (org.). Anuário brasileiro da educação básica 2019. 8ª ed. São Paulo: Todos pela Educação/Moderna, 2019. p. 77.

  1. De acordo com o gráfico, qual era a escolaridade média da população de 18 a 29 anos que vivia em espaços urbanos no Brasil? E em espaços rurais?
    PROFESSOR Resposta: A escolaridade média das pessoas que viviam em espaços urbanos era de 11,6 anos e, nos espaços rurais, era de 9,6 anos.
  1. Em sua opinião, qual pode ser a causa dessa diferença na escolaridade entre os espaços urbano e rural?
    PROFESSOR Resposta: Pode-se indicar que nas cidades a oferta de serviços educacionais é maior.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    4. Reflitam sobre a desigualdade no acesso à educação no Brasil e elaborem, escrevendo um texto, duas propostas para a redução dessa desigualdade.

    • Quando solicitado, apresentem suas propostas para os colegas.
      PROFESSOR Resposta: As propostas de melhoria no acesso à educação devem partir dos conhecimentos prévios e das experiências pessoais dos alunos.

      Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

      5. A alfabetização é um direito de todos os cidadãos brasileiros.

    • Expliquem por que é importante que o direito de saber ler e escrever seja garantido a todos. Compartilhem suas ideias com os colegas.
      PROFESSOR Resposta: Os alunos devem expor seus posicionamentos com relação ao direito à alfabetização.
MANUAL DO PROFESSOR

Diante de um gráfico ou mapa, o leitor pode se interessar por um aspecto particular ou pode desejar ter conhecimento global do assunto que está sendo representado.

Para tanto, ele inicia a leitura identificando de que trata o gráfico ou mapa. Isso está declarado, num primeiro momento, no título, que deve dizer “o quê”, “o onde” e “o quando” a respeito do tema, completando-se depois com outros dizeres que estarão sobre o gráfico ou mapa, principalmente com a respectiva legenda, que explica o significado dos signos.

De posse dessa identificação, o leitor entra direto no âmago da representação gráfica, que deverá ser eficaz para poder lhe revelar o conteúdo da informação que ela encerra. [...]

FONTE: MARTINELLI, Marcello. Gráficos e mapas: construa-os você mesmo. São Paulo: Moderna, 1998. p. 12-14.

  • Solicitar aos alunos que interpretem o gráfico relacionado à escolaridade média de pessoas entre 18 e 29 anos residentes em espaços urbanos e rurais, indicando que esses dados têm como referência os anos de estudo frequentando a escola ou outro canal de educação formal.
  • Verificar se reconhecem que nos espaços rurais a escolaridade média é menor que nos espaços urbanos.
  • Comentar que fatores como distância da escola e a inserção mais cedo no mundo do trabalho podem impedir muitos jovens de concluir seus estudos nos ensinos fundamental e médio.
  • Compartilhar as respostas das atividades e realizar uma roda de conversa sobre a importância do direito à alfabetização.
  • Orientar os alunos na produção de escrita.
  • Comentar sobre desigualdades no território brasileiro com relação às taxas de analfabetismo, apontando que, em alguns espaços rurais e urbanos do Brasil, muitas pessoas enfrentam dificuldade para terem acesso ao estudo formal.

    Para complementar

  1. Espera-se que os alunos identifiquem medidas como a construção de escolas e de universidades em áreas rurais e a melhora no serviço de transporte entre diferentes áreas dos municípios, para que a população rural possa ter o mesmo acesso à educação que os moradores das cidades.
  1. Os alunos podem indicar que a alfabetização permite que todos participem da vida social na medida em que é condição para a efetivação da escolaridade, o uso de meios de comunicação, a participação em esferas da vida política e o acesso a mais oportunidades de trabalho, entre outros fatores.

MP076

A desigualdade de rendimento salarial

A maioria das pessoas trabalha e recebe um salário mensal que contribui para o pagamento das suas despesas. Esse salário pode variar em razão do local em que a pessoa trabalha e do tipo de atividade que ela realiza.

De acordo com a legislação brasileira, um trabalhador com registro em carteira não pode receber menos que um salário mínimo. No entanto, muitas pessoas realizam trabalhos informais, isto é, que não são registrados por lei, perdendo uma série de direitos, como o recebimento de salário mínimo, de férias, entre outros.

Além da diferença no acesso aos direitos trabalhistas, há outros fatores que interferem no rendimento de cada trabalhador.

Imagem: Fotografia. Capa de uma carteira de trabalho azul. Na parte superior, a informação: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. No centro, um brasão e na parte inferior, o texto: CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL. Fim da imagem.

LEGENDA: Carteira de trabalho emitida pelo governo federal e necessária para que uma pessoa possa ser registrada por seu empregador. FIM DA LEGENDA.

  1. Leia e interprete o gráfico.

Brasil: rendimento médio mensal de homens e mulheres (2019)

Imagem: Gráfico de colunas. Brasil: rendimento médio mensal de homens e mulheres (2019). No eixo vertical, o Rendimento médio mensal (em reais) e no eixo horizontal, a classificação.  Brasil: Rendimento médio mensal: 2.308 reais;  Homens: Rendimento médio mensal: 2.555 reais;  Mulheres: Rendimento médio mensal: 1.985 reais.   Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua : rendimento de todas as fontes. 2019. p. 1. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101709_informativo.pdf. Acesso em: 28 jan. 2021.

  1. De acordo com o gráfico, qual era o rendimento médio mensal dos residentes no Brasil em 2019?
    PROFESSOR Resposta: O rendimento médio mensal era de 2.308 reais.
  1. Qual era a diferença de rendimento médio mensal entre homens e mulheres?
    PROFESSOR Resposta: Os homens ganhavam 570 reais a mais que as mulheres.
  1. Em sua opinião, por que existe essa diferença no rendimento médio mensal entre homens e mulheres? Você concorda com essa situação?
PROFESSOR Resposta: Espera-se que os alunos reflitam sobre a situação, identificando que, de maneira geral, as mulheres têm menor aceitação em cargos de chefia, para os quais a remuneração é mais elevada. Trata-se de um valor relacionado à história e à cultura da sociedade.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Fazer a leitura em voz alta, observando a fluência em leitura oral.
  • Verificar a compreensão de texto pelos alunos sobre a questão da remuneração do trabalhador formal e informal.
  • Comentar que um salário mínimo corresponde ao menor valor necessário a uma pessoa para garantir sua sobrevivência. No Brasil, esse valor é estabelecido por lei e é reavaliado anualmente, tendo como referência o custo de vida da população (valor médio dos preços dos principais alimentos, custo de moradia e serviços públicos, entre outros).
  • Solicitar aos alunos que realizem as atividades a partir da leitura do gráfico que representa a disparidade de remuneração entre homens e mulheres.
  • Comentar que a desigualdade de rendimento entre homens e mulheres também ocorre em outros países do mundo, e não somente no Brasil.

    Para leitura dos alunos

    Imagem: Capa de livro. No centro, o título e ao fundo, ilustração de um mapa com imagens em volta.  Fim da imagem.

    Prisioneiros da Geografia para jovens leitores – Nosso mundo explicado em 12 mapas, de Tim Marshall, Grace Eastone e Jessica Smith. Pequena Zahar.

    Com base na leitura de mapas, são abordados assuntos que intrigam as mentes curiosas, como desenvolvimento e desigualdades, superpotências e países pobres.

    Identidade cultural

    […] Nossa identidade cultural está diretamente ligada ao que somos e como vemos o mundo. Ela começa a ser moldada quando nascemos e é construída até o momento em que morremos. Os valores e as normas que estão ligados a uma cultura dentro de uma sociedade ou comunidade comum podem variar e até mesmo serem contraditórios: alguns grupos de indivíduos podem basear suas experiências de vida em sua religiosidade, enquanto outros se baseiam em uma visão puramente científica do mundo. As pessoas participam de várias identidades simultaneamente, em combinações às vezes conflitantes […].

MP077

No Brasil e em muitos países, é possível observar diferenças entre o rendimento médio dos homens e das mulheres.

7. Quando solicitado, leia a notícia em voz alta.

Participação das mulheres no mercado de trabalho

Apesar de terem conquistado mais espaço, as mulheres ainda têm menos espaço no mercado de trabalho e possuem uma participação maior no serviço familiar não remunerado na comparação com os homens.

É o que apontam dados divulgados [...] pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A pesquisa mostra ainda que, entre as mulheres, a taxa de desemprego é maior. [...]

Os dados da OIT indicam que, proporcionalmente, há mais mulheres com dificuldade de encontrar trabalho do que homens – e essa tendência vem piorando. [...]

FONTE: Karina Trevizan. Participação das mulheres no mercado de trabalho segue menor que a dos homens, diz OIT. G1, 7 mar. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/participacao-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho-segue-menor-que-a-dos-homens-diz-oit.ghtml. Acesso em: 28 jan. 2021.

Imagem: Fotografia. Mulheres com touca branca, camiseta laranja, calça bege e sapato preto estão em pé e enfileiradas na frente de mesas com peças e cabos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mulheres trabalhando em uma fábrica de computadores no município de Manaus, no estado do Amazonas, em 2016. FIM DA LEGENDA.

8. Segundo a notícia, qual é a situação das mulheres no mercado de trabalho?

PROFESSOR Resposta: A notícia indica que, apesar de terem conquistado mais espaço no mercado de trabalho, as mulheres possuem uma participação menor que a dos homens.
MANUAL DO PROFESSOR

Acredita-se, no entanto, que, em vez de falar de identidade como coisa acabada, deveríamos falar de uma identificação, de um processo; essa identidade nunca é plena dentro dos indivíduos; ao contrário, ela precisa ser “preenchida” e desenvolvida. Nossa identidade não é nem genética nem hereditária; ao contrário, é formada e transformada no interior de uma representação. A nação torna-se, nesse processo formador de identidade, uma comunidade simbólica em um sistema de representação cultural. E a cultura nacional é um discurso ou modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto as ações quanto as concepções que temos de nós mesmos.

FONTE: SILVA, Isis S. T. B.; SILVA JR., Josué B. A construção da identidade vista na escola: desafios e perspectivas. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/16/2/a-construo-da-identidade-vista-na-escola-desafios-e-perspectivas. Acesso em: 17 jun. 2021.

  • Fazer uma leitura em voz alta da notícia, gênero textual que tem linguagem mais objetiva e procura reportar fatos e acontecimentos do dia a dia.
  • Em seguida, verificar a compreensão de texto e socializar a resposta da atividade.
  • Conversar com os alunos a respeito da diferença de renda entre homens e mulheres que exercem a mesma função.
  • Comentar que o acesso igualitário a oportunidades para homens e mulheres consta como direito na Constituição Federal, principal conjunto de leis que trata dos direitos e deveres dos cidadãos brasileiros.

    Boxe complementar:

  1. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5. Igualdade de gênero
  1. As atividades permitem desenvolver o ODS 5, que prevê alcançar a igualdade de gênero e empoderar mulheres e meninas. Sugere-se a realização de uma roda de conversa com os alunos debatendo a importância de que homens e mulheres recebam um salário semelhante ao desempenhar a mesma função. Podem-se apresentar aos alunos alguns exemplos de remuneração díspares entre homens e mulheres para o mesmo cargo, a exemplo dos indicados na notícia da Agência Brasil, em março de 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-03/apos-7-anos-em-queda-diferenca-salarial-de-homens-e-mulheres. Acesso em: 24 maio 2021.

    Fim do complemento.

MP078

Cartografando

Leia e interprete o mapa.

Brasil: rendimento médio de homens e mulheres (2020)

Imagem: Mapa. Brasil: rendimento médio de homens e mulheres (2020). Mapa do Brasil com os rendimentos médios de homens e mulheres entre os estados. Em todos, os homens tem rendimento maior do que as mulheres, apenas no Amapá os rendimentos são iguais (R$ 2.712,50).  - HOMENS:  Rendimento médio de R$ 1.134,00: MA, PI.  Rendimento médio de R$ 2.712,50: AC, AM, RR, AP, RO, PA, TO, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA.  Rendimento médio de R$ 4.291,00: MT, MS, GO, DF, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS.  - MULHERES:  Rendimento médio de R$ 1.134,00: MA, PI.  Rendimento médio de R$ 2.712,50: AC, AM, RR, RO, AP, PA, MT, MS, TO, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, ES, RJ, MG, GO, PR, SC, RS. Rendimento médio de R$ 4.291,00: DF, SP. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 350 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Rendimento médio nominal, habitualmente recebido por mês e efetivamente recebido no mês de referência, do trabalho principal e de todos os trabalhos, por sexo. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua trimestral. Disponível em: http://fdnc.io/fsP. Acesso em: 28 jan. 2021.

  1. Qual é o título do mapa?
    PROFESSOR Resposta: Brasil: rendimento médio de homens e mulheres (2020).
  1. O que o mapa representa com relação à desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil?
    PROFESSOR Resposta: Os homens tinham um rendimento médio salarial mais alto que o das mulheres.
  1. De acordo com o mapa, o rendimento médio salarial de homens e de mulheres variava em 2020 entre as unidades da federação? Dê um exemplo.
    PROFESSOR Resposta: Sim. Nesse ano, por exemplo, enquanto no Pará a média salarial das mulheres era de aproximadamente R$ 1.507,00, no Distrito Federal era de R$ 3.449,00.
  1. Compare a média de rendimentos de homens e de mulheres na unidade da federação em que você vive.
    PROFESSOR Resposta: Deve-se registrar o quanto homens e mulheres recebiam em média naquele ano e indicar a diferença entre os valores.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos ler e interpretar informações relativas ao rendimento médio de homens e mulheres, no Brasil, em mapa temático com gráficos de colunas.

Fim do complemento.

  • Orientar os alunos na leitura e na interpretação das informações representadas no mapa.
  • Solicitar que observem que o tamanho da coluna representa o rendimento médio da população da unidade da federação e a cor representa a proporção de homens e mulheres com esse rendimento. Desse modo, é possível observar o rendimento médio da população por sexo e por unidade da federação.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

  1. Na leitura de mapas quantitativos, potentes instrumentos gráficos de difusão da informação geográfica, desenvolve-se um trabalho com uma linguagem singular que mobiliza a competência geral 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4. Na comparação entre dados de localidades distintas, mobiliza-se a competência específica de Geografia 3, com o desenvolvimento dos princípios do raciocínio geográfico de analogia e diferenciação.

    Fim do complemento.

    Cartografia temática

    A cartografia temática usa os mapas como base técnica para representar informações diversas de qualquer natureza, como fenômenos culturais, humanos [...] e econômicos [...]. Também pode contemplar aspectos físicos, como a média anual de temperatura ou precipitação sobre uma área e seu tipo de solo.

    Mais do que descrever fenômenos, o mapa temático abre espaço para a análise. Com eles, é possível refinar as habilidades de leitura e interpretação, de modo a permitir que os estudantes os usem como ferramentas de consulta e comunicação, importantes em diversos campos da ciência e na vida prática.

    FONTE: SALLA, Fernanda. Mapas temáticos para avançar na interpretação. Nova Escola, set. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/fsN. Acesso em: 3 jun. 2021.

MP079

Outro aspecto que revela a desigualdade social no Brasil é o rendimento mensal por domicílio.

Leia e interprete o mapa.

Brasil: rendimento mensal domiciliar por pessoa (2019)

Imagem: Mapa. Brasil: rendimento mensal domiciliar por pessoa (2019).  Rendimento mensal domiciliar por pessoa:  De R$ 635,59 a R$ 1.045,93: AC, AM, RR, PA, AP, MA, PI, CE, PB, PE, AL, SE, BA.  De R$ 1.045,94 a R$ 1.456,27: RO, MT, TO, GO, MG, RN.  De R$ 1.456,28 a R$ 1.866,30: ES, MS, PR, SC, RS.  De R$ 1.866,31 a R$ 2.276,64: SP, RJ.  De R$ 2.276,65 a R$ 2.685,76: DF. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 360 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE. IBGE divulga o rendimento domiciliar per capita 2019. Agência IBGE Notícias, 28 fev. 2020. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/26956-ibge-divulga-o-rendimento-domiciliar-per-capita-2019. Acesso em: 28 jan. 2021.

  1. O que o mapa representa com relação à desigualdade social no Brasil? Dê um exemplo para justificar sua resposta. Quando solicitado, apresente-a para os colegas.
    PROFESSOR Resposta: Ele representa que há desigualdade de rendimentos entre os domicílios das unidades da federação brasileiras. Enquanto a média do rendimento em um domicílio dos estados de MA, AL e PA era de R$ 635,59 a R$ 1.045,93, no DF era de R$ 2.276,65 a R$ 2.685,76.
  1. Localize no mapa a unidade da federação em que você vive. Nela, em 2019 qual era o rendimento mensal por pessoa nos domicílios?
PROFESSOR Resposta: As respostas devem considerar os dados quantitativos da unidade da federação onde os alunos vivem.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos ler e interpretar informações relativas ao rendimento mensal domiciliar per capita em mapa temático, evidenciando desigualdades regionais no território brasileiro.

Fim do complemento.

  • Orientar os alunos na leitura e na interpretação das informações representadas, iniciando pela leitura do título e da legenda.
  • Explicar que o rendimento mensal domiciliar por pessoa auxilia na medição do grau de desenvolvimento econômico de uma localidade.
  • Auxiliar os alunos a verificar em quais unidades da federação encontram-se os maiores rendimentos mensais.

MP080

Ações que transformam

Em diversos países do mundo, muitas pessoas enfrentam situações difíceis e algumas delas se mobilizam para transformar a realidade.

Conheça a história de duas meninas que mudaram a realidade de muitas crianças no lugar em que viviam.

1. Quando solicitado, leia os textos em voz alta.

Thandiwe Chama

Aos 8 anos de idade Thandiwe Chama viu sua escola [localizada na Zâmbia, país do continente africano] ser fechada em consequência da falta de professores. Thandiwe não aceitou a situação e liderou um grupo de 60 crianças em uma caminhada para encontrar outra escola. O resultado foi que todas as crianças foram levadas para a Escola Cecup Jack. Até hoje, Thandiwe continua lutando pelo direito à educação para todas as crianças. [...]

Imagem: Fotografia. Thandiwe Chama, menina negra com lenço vermelho na cabeça e vestido. Ela está sorrindo e segurando um troféu dourado com o formato de uma pessoa empurrando uma esfera grande. Ao fundo, pessoas e uma casa de barro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Thandiwe Chama com o troféu do Prêmio Internacional da Paz das Crianças, que recebeu em 2007. Na fotografia, Thandiwe está em frente à sua casa em um bairro na cidade de Lusaka, capital da Zâmbia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Thandiwe Chama com cabelo preso, blusa roxa e terno preto está sentada e na frente dela há uma placa com o seu nome e um microfone.  Fim da imagem.

LEGENDA: Thandiwe Chama continuou sua luta em favor da educação e, em 2015, participou do Fórum Econômico e Social da Juventude, organizado pela Organização das Nações Unidas na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Antes de iniciar a leitura dos textos, perguntar para os alunos se eles conhecem o exemplo de alguma criança que tenha contribuído para melhorar a vida de pessoas do seu lugar de viver. Verificar os conhecimentos dos alunos, perguntando se é possível que crianças mudem a realidade.
  • Fazer a leitura do texto em voz alta com os alunos divididos em grupos. Essa é mais uma oportunidade de avaliar a fluência em leitura oral dos alunos.

    Trabalho em grupo

    O trabalho em grupo é uma técnica eficaz para atingir certos tipos de objetivos de aprendizagem intelectual e social. É excelente para o aprendizado conceitual, para a resolução criativa de problemas e para o desenvolvimento de proficiência em linguagem acadêmica.

    Socialmente, melhora as relações intergrupais, aumentando a confiança e a cordialidade. [...] Mais importante ainda, o trabalho em grupo torna mais acessíveis as tarefas de aprendizagem para um número maior de alunos em salas de aula com grande diversidade de competências acadêmicas e proficiência linguística.

MP081

Isadora Faber

Isadora Faber é uma menina brasileira de 16 anos que criou a página “Diário de Classe” [...], quando tinha apenas 13 anos. Por meio da página, Isadora começou a denunciar os problemas de sua escola, em Florianópolis: fios soltos e desencapados, portas quebradas, ventiladores que não funcionavam, entre outros. […] a iniciativa acabou inspirando a criação de outros diários de classes pelo Brasil. Hoje, Isadora lidera movimentos em prol da qualidade da educação pública no Brasil.

FONTE: PLAN INTERNATIONAL BRASIL. Conheça dez mulheres que estão transformando o mundo. Plan International, 26 set. 2016. Disponível em: https://plan.org.br/conheca-10-mulheres-que-estao-transformando-o-mundo/. Acesso em: 10 nov. 2020.

Imagem: Fotografia. Isadora Faber, menina loira com blusa preta e calça jeans está sentada e sorrindo. Atrás dela há um painel grande com desenhos e a informação: 12ª MOSTRA DE CINEMA INFANTIL DE FLORIANÓPOLIS.  Fim da imagem.

LEGENDA: Isadora Faber no dia em que fez uma palestra na 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, no estado de Santa Catarina, em 2013. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

2. Qual situação levou Thandiwe Chama a se mobilizar?

PROFESSOR Resposta: Ela vivenciava o fechamento de sua escola por falta de professores.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

3. Qual situação levou Isadora Faber a se mobilizar?

PROFESSOR Resposta: Ela presenciava a precariedade da infraestrutura em sua escola.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

4. Que mudanças as ações de Thandiwe e de Isadora proporcionaram?

PROFESSOR Resposta: Thandiwe e seus colegas foram deslocados para outra escola. O diário de classe produzido por Isadora contribuiu para maior conscientização da população com relação à melhoria da educação pública.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

5. Proponham, escrevendo um texto para ser entregue ao professor, uma ação que vocês poderiam realizar para transformar a realidade de outras crianças no seu lugar de viver. Compartilhem suas conclusões com os demais colegas.

PROFESSOR Resposta: Incentivar os grupos a diagnosticar as dificuldades enfrentadas por crianças onde vocês vivem e refletir sobre soluções.
MANUAL DO PROFESSOR

O trabalho em grupo produtivo aumenta e aprofunda a oportunidade de aprender conteúdos e desenvolver a linguagem e, portanto, tem o potencial para formar salas de aula equitativas.

FONTE: COHEN, Elizabeth; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aula heterogêneas. Porto Alegre: Penso, 2017. p. 7.

  • Solicitar aos alunos que registrem as respostas das atividades 2, 3 e 4 e que depois compartilhem ideias de ações para melhorar a vida de crianças no município, estado ou região onde vivem.
  • Relembrar temas, como a questão da alfabetização e do rendimento médio mensal, o acesso a serviços de saúde, saneamento básico, moradia digna, serviços e equipamentos de telecomunicação, entre outros.
  • Compartilhar as ideias dos grupos entre todos os alunos.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    A elaboração de atividades em grupos favorece o desenvolvimento da competência geral 10, valorizando o exercício da escuta, do diálogo, da flexibilidade e da tomada de decisões em conjunto. A atividade de indicar ações que poderiam melhorar a vida de crianças no lugar de viver permite desenvolver a competência geral 2, a competência específica de Ciências Humanas 3 e a competência específica de Geografia 5.

    Fim do complemento.

MP082

CAPÍTULO 4. Registro do tempo e diversidade cultural

Você estudou alguns aspectos da diversidade cultural existente no Brasil. Agora, você vai explorar outro aspecto relacionado à diversidade cultural existente entre povos do mundo inteiro: as diferentes formas de registro do tempo dos povos antigos e atuais.

1. Leia e interprete a tirinha.

Imagem: Tirinha composta por três quadros. Apresenta Armandinho, menino com cabelo azul, camiseta branca, bermuda azul e mochila vermelha nas costas. Sua mãe, mulher representada pelas pernas com saia lilás, meia-calça azul e sapatos roxos. E um sapo verde.  Quadro 1: A mãe diz: HOJE ÀS DUAS HORAS VOCÊ VAI AO FRANCÊS... Na frente dela, o menino a observa e entre eles, o sapo olha para Armandinho e sorri.  Quadro 2: A mãe continua:... ÀS QUATRO VOCÊ VAI AO FUTEBOL, ÀS SEIS NA MÚSICA E ÀS OITO VOCÊ VAI AO REFORÇO DE AULA! ALGUMA DÚVIDA? Armandinho continua olhando para cima e ao seu lado, o sapo está com a boca virada para baixo.  Quadro 3: Armandinho olha para cima e pergunta: QUE HORAS EU VOU SER CRIANÇA? Na frente dele, as pernas da mãe e o sapo.   Fim da imagem.

LEGENDA: Armandinho, tirinha de Alexandre Beck, de 2015. FIM DA LEGENDA.

2. Localize e retire as informações da tirinha para responder às questões.

  1. A pessoa responsável por Armandinho marcou o tempo e organizou as atividades dele de acordo com os meses, as horas ou os anos?
    PROFESSOR Resposta: As horas.
  1. Em sua opinião, qual é o significado do último quadrinho dessa tirinha?
    PROFESSOR Resposta: Este é um bom momento para os alunos refletirem sobre o excesso de atividades que algumas crianças têm em seu dia a dia e que as impede de ter tempo para brincar.

    3. Crie uma tirinha incluindo uma situação engraçada com você e outras pessoas com quem você convive.

    PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos na elaboração da tirinha.

    Imagem: Ícone: Converse com seu colega. Fim da imagem.

    4. Mostre sua tirinha ao colega e veja a dele.

  1. Vocês trataram de alguma atividade semelhante? Se sim, qual?
  1. Vocês representaram alguma atividade realizada no mesmo horário? Se sim, qual?
    PROFESSOR Resposta: Conversar com os alunos sobre as atividades que eles realizam ao longo do dia e os horários em que ocorrem.

Boxe complementar:

Você sabia?

A tira, ou tirinha, é definida como uma pequena sucessão de quadrinhos, em geral três a cinco, dispostos normalmente em formato horizontal. As tirinhas costumam incluir uma situação cômica para fazer uma crítica a determinadas situações do cotidiano.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar a leitura e interpretação da tirinha, bem como a atividade de compreensão de texto, por meio de localização e retirada de informações.
  • Fazer uma leitura coletiva do texto da seção Você sabia?, que permite ampliar o conhecimento do aluno sobre o gênero textual tirinha, identificando os elementos que o compõem, onde costuma ser publicada e a ligação com as situações cômicas cotidianas.

    A atividades propostas no capítulo 4 permitem aos alunos refletir sobre a diversidade de formas de marcação da passagem de tempo entre os povos em diferentes tempos e espaços, contribuindo para o conhecimento e valorização da diversidade cultural.

    A BNCC no capítulo 4

    Unidade temática: Registros da história: linguagens e culturas.

    Objetos de conhecimento: As tradições orais e a valorização da memória; O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.

    Habilidade: (EF05HI08) Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos africanos.

MP083

No cotidiano, o tempo de um dia costuma ser dividido em vinte e quatro horas.

Contudo, a organização do tempo de um dia era diferente em outros povos e em outros tempos. Alguns não utilizavam horas; outros utilizavam horas, mas de forma diferente da nossa.

Leia o texto sobre os romanos antigos, que há cerca de 2.500 anos viveram no território que atualmente corresponde à Itália.

As horas do dia e da noite entre os romanos antigos

Os romanos consideravam que o dia e a noite tinham, no seu conjunto, 24 horas, correspondendo cada um destes períodos a 12 horas [...]. O dia dividia-se, portanto, em 12 horas, sendo a sexta hora sempre o meio-dia e a primeira às seis da manhã. [...] A primeira hora romana coincidia com o nascer do sol e a duodécima deveria coincidir com o pôr do sol [...].

A noite abrangia as restantes 12 horas, divididas em 4 vigílias, contando cada uma três horas [...].

FONTE: Maria do Rosário Laureano Santos. Os contornos do tempo: calendários na Roma Antiga. Cultura: Revista de História e Teoria das Ideias, v. 23, p. 119-129, 2006. Disponível em: https://journals.openedition.org/cultura/1358. Acesso em: 3 fev. 2021.

5. Observe as imagens e identifique qual representa cada hora: a primeira, a sexta e a duodécima.

PROFESSOR Resposta: A: duodécima hora; B: primeira hora; C: sexta hora.
Imagem: Ilustração A. No centro, uma estrada de terra. Nas laterais há plantas e árvores. Ao fundo, à esquerda, o sol atrás de um morro, à direita, árvores e o céu em tons de roxo e rosa.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fim do dia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração B. No centro, uma estrada de terra. Nas laterais há plantas e árvores. Ao fundo, à esquerda, um morro, à direita, o sol atrás de árvores e o céu azul-escuro.   Fim da imagem.

LEGENDA: Amanhecer. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração C. No centro, uma estrada de terra. Nas laterais há plantas e árvores. Ao fundo, à esquerda, um morro, à direita, árvores e o céu em tons de azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Meio do dia. FIM DA LEGENDA.

6. Os romanos antigos dividiam as horas da noite da mesma forma que nossa sociedade? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não. Segundo o texto, eles dividiam o período da noite em quatro vigílias de três horas cada uma.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Explorar com os alunos o termo destacado no glossário (duodécim a) e seu significado, o que permite aos alunos ampliarem o vocabulário, outro elemento importante do processo de alfabetização.
  • Conversar com os alunos sobre as semelhanças e as diferenças entre a divisão do tempo feita pelos romanos com a feita pela nossa cultura atual.

    Boxe complementar:

    De olho nas competências

    Este capítulo procura aproximar os alunos da competência geral 3, no aspecto de valorizar e fruir as diversas manifestações culturais; da competência específica das Ciências Humanas 1, quanto a compreender a si e ao outro como identidades diferentes, a fim de exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural; e da competência específica de História 4, no sentido de identificar interpretações que expressem visões de diferentes culturas. As atividades propostas, reforçando a diversidade de calendários produzidos pelos diferentes povos, permitem trabalhar alguns dos elementos presentes na competência 4 da área de Ciências Humanas, como interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes e suas culturas.

    Fim do complemento.

MP084

Calendários dos chineses antigos

Além de criar formas de marcar o tempo de um dia, alguns povos também criaram formas de marcar a passagem de um ano.

Vários desses povos dividiram o ano em meses e registraram em um calendário as mudanças ocorridas na natureza e as atividades humanas que costumavam realizar em cada mês.

Um dos calendários mais antigos de que se tem notícia foi criado pelos chineses há cerca de 4.600 anos.

1. Leia e interprete o quadro.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Número do mês

Períodos

1

Chuvas de primavera

Despertar dos insetos

2

Continuação da primavera

Brilho e limpidez

3

Chuva do painço

Início do verão

4

Formação do painço

Painço em espiga

5

Continuação do verão

Calor moderado

6

Grande calor

Início do outono

7

Fim do calor

Orvalho branco

8

Continuação do outono

Orvalho frio

9

Primeira geada

Início do inverno

10

Neve leve

Neve pesada

11

Continuação do inverno

Frio moderado

12

Grande frio

Início da primavera

Fonte: Richard Wester. Feng shui para iniciantes. São Paulo: Universo dos Livros, 2009. p. 95.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Solicitar a um aluno que leia em voz alta o título do texto introdutório e que o relacione com os temas abordados ao longo dos capítulos, explorando algumas características da relação do ser humano com a natureza e os marcadores temporais.
  • Explorar com os alunos os fenômenos naturais, como geada, orvalho, neve e chuva, entre outros, que marcam a organização do calendário chinês.
  • Informar aos alunos que no Brasil, cujo território está localizado quase inteiramente no hemisfério sul, as estações do ano ocorrem em meses diferentes dos meses em que elas ocorrem na China, cujo território está localizado no hemisfério norte.

    Localizar informações no texto

    A capacidade de localizar informações explícitas no texto é fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, já no processo de alfabetização. Muitos consideram essa capacidade a mais simples de todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais complexo ou extenso, o processo de localização da informação solicitada – e a decorrente atribuição de sentido – poderá ser igualmente mais complexo.

    FONTE: BRÄKLING, Kátia L. Informação explícita no texto. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale). UFMG. Disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/informacao-explicita-no-texto. Acesso em: 7 abr. 2021.

MP085

2. Localize e retire do quadro informações que permitem identificar o número dos meses em que, de acordo com os chineses, ocorria:

  1. calor moderado;
    PROFESSOR Resposta: Mês 5.
  1. grande calor;
    PROFESSOR Resposta: Mês 6.
  1. fim do calor.
    PROFESSOR Resposta: Mês 7.

    3. Por que os chineses tinham interesse em saber o mês em que acontecia a formação do painço?

    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos respondam que isso era importante para a prática da agricultura e para a alimentação dos chineses. Fim da observação.

    4. Os antigos chineses organizavam os anos em ciclos de doze anos. Esses ciclos são utilizados por eles até os dias de hoje para marcar os eventos culturais do país. Observe a imagem que representa os doze anos de um ciclo do calendário chinês atual.

Imagem: Ilustração. No centro, o símbolo de yin e yang. Em volta há números, nomes de animais e desenhos dos animais.  Rato: 2020, 2008, 1996, 1984, 1972.  Boi: 2021, 2009, 1997, 1985, 1973.  Tigre: 2022, 2010, 1998, 1986, 1974.  Coelho: 2023, 2011, 1999, 1987, 1975.  Dragão: 2024, 2012, 2000, 1988, 1976.  Cobra: 2025, 2013, 2001, 1989, 1977.  Cavalo: 2026, 2014, 2002, 1990, 1978.  Ovelha: 2027, 2015, 2003, 1991, 1979.  Macaco: 2028, 2016, 2004, 1992, 1980.  Galo: 2029, 2017, 2005, 1993, 1981.  Cachorro: 2030, 2018, 2006, 1994, 1982.  Porco: 2031, 2019, 2007, 1995, 1983.   Fim da imagem.

Fonte: Alana Sousa. A lenda por trás dos doze animais do zodíaco chinês. Aventuras na História, 29 mar. 2019. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-lenda-por-tras-dos-doze-animais-do-zodiaco-chines.phtml. Acesso em: 3 fev. 2021.

PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a localizar o ano em que nasceram no centro do círculo para que possam descobrir o animal correspondente. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
  • As atividades propostas permitem explorar com os alunos a compreensão de texto, em que eles precisam localizar e retirar do texto as informações solicitadas.
  • Relacionar o calendário chinês aos fenômenos da natureza, associando-o à prática da agricultura.
  • Explorar o calendário chinês com os alunos: a divisão, os animais e os anos correspondentes ao ciclo de cada animal.
  • Auxiliar os alunos na realização da atividade 4, que propõe que eles localizem o ano de seu nascimento no calendário e identifiquem o ciclo do animal correspondente.

MP086

Diversos povos, diversos calendários

Alguns povos selecionaram um acontecimento da própria história considerado importante para marcar o início da contagem do tempo e produzir seus calendários. Conheça alguns exemplos a seguir.

1. Quando solicitado, leia um dos textos em voz alta.

Hebreus

Os hebreus, que se originaram na Ásia por volta de 3.800 anos atrás, elaboraram um calendário que tem início no momento em que teria ocorrido a criação do mundo por Deus, de acordo com sua crença.

Romanos

Os romanos, que viveram na Europa por volta de 2.700 anos atrás, produziram um calendário que tem início no ano em que teria ocorrido a fundação da cidade de Roma.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de colunas e paredes em ruínas. Em volta há árvores e ao fundo, construções altas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas de construções romanas do século VII a.C. FIM DA LEGENDA.

Islâmicos

Parte dos árabes que viveram na Ásia por volta de 1.400 anos atrás criaram uma religião chamada islamismo. Eles elaboraram um calendário que tem início no momento da saída de Maomé, o fundador da religião islâmica, no ano de 622, da cidade de Meca rumo à cidade de Medina, ambas na Península Arábica .

Imagem: Fotografia. Muro em volta de uma construção grande com torres altas nas extremidades. Ao redor há várias pessoas e ao lado, um chafariz.   Fim da imagem.

LEGENDA: Mesquita de Quba, construída em 622 na cidade de Medina, na Arábia Saudita. FIM DA LEGENDA.

Cristãos

Os cristãos, seguidores do cristianismo, produziram um calendário que se inicia no ano em que Jesus Cristo teria nascido. Esse calendário é um dos mais utilizados no mundo atual.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

2. Reconte para um adulto de sua convivência a forma de iniciar a contagem do tempo de um dos povos antigos.

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos na retomada dos conteúdos para recontar ao adulto em casa.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Organizar a leitura em voz alta dos textos referentes a cada povo, contribuindo para o processo de desenvolvimento da fluência em leitura oral.
  • Solicitar aos alunos que leiam os textos que descrevem a forma de organização da contagem do tempo, que deu origem aos calendários de diferentes povos.
  • Encaminhar algumas questões para reflexão: Há alguma semelhança entre as formas de organizar o tempo dos diferentes povos apresentados? O marco inicial dos calendários desses povos ocorreu ao mesmo tempo ou em tempos diferentes?

    Fluência em leitura oral

    A fluência pode ser entendida como um conjunto de habilidades que permitem uma leitura sem embaraço, sem dificuldades em relação ao texto. Envolve questões tanto ligadas à composição do texto quanto à competência do leitor, isto é, uma boa interação entre esses elementos é que pode garantir que a leitura seja fluente. Do ponto de vista do leitor, é fundamental que ele tenha desenvolvido uma série de habilidades, que vão desde o reconhecimento das letras (no caso de muitas culturas, como a nossa, do alfabeto) até o reconhecimento de discursos e o entrecruzamento de unidades maiores de textos. Para muitos pesquisadores, o reconhecimento das letras nem é o primeiro passo, pois, bem antes disso, as pessoas (crianças ou não) identificam a função dos textos, seus suportes e sua importância em dada cultura. Leitores capazes de ler fluentemente reconhecem letras, palavras, frases, textos; localizam informações menos ou mais explícitas; fazem inferências de alcances e níveis de complexidade variados, além de outras tantas habilidades. [...]

MP087

Tempo, tempo...

  1. Elabore em seu caderno um quadro com informações sobre os diversos povos e seus calendários. Organize o quadro da seguinte maneira.
    PROFESSOR Resposta: Hebreus, momento de criação do mundo; romanos, fundação de Roma; islâmicos, partida de Maomé de Meca para Medina; cristãos, nascimento de Jesus Cristo.

    Tabela: equivalente textual a seguir.

    Nome do povo

    Evento que marca o início do calendário

  1. Leia o texto e, depois, responda às questões.

    A linha do tempo

    A linha do tempo [...] serve para localizar os inúmeros fatos históricos no tempo, para avaliar a duração de cada um deles e também para situá-los uns em relação aos outros. Fica mais fácil perceber, por exemplo, que os fatos históricos não se sucedem apenas uns após os outros no tempo, eles também ocorrem simultaneamente, isto é, ao mesmo tempo.

    FONTE: Maria Inez Turazzi e Carmen Teresa Gabriel. Tempo e história. São Paulo: Moderna, 2000. p. 61.

    1. Liste as três funções de uma linha do tempo.
      PROFESSOR Resposta: Serve para localizar os inúmeros fatos históricos no tempo, avaliar a duração de cada um deles e situá-los uns em relação aos outros.
    1. O que significa a palavra simultaneamente? Dê um exemplo de fatos da sua vida que ocorreram simultaneamente a outros.
      PROFESSOR Resposta: Significa que há fatos que acontecem ao mesmo tempo.
  1. Copie em seu caderno a linha do tempo abaixo.
Imagem: Linha do tempo. À esquerda: Há 3 mil e oitocentos anos. No centro: Há 2 mil e setecentos anos. À direita: Há mil e quatrocentos anos.  Fim da imagem.
  1. Identifique no texto da página anterior a época aproximada de surgimento da religião islâmica, dos povos hebreus e dos povos romanos.
    PROFESSOR Resposta: Religião islâmica há 1.400 anos; hebreus há 3.800 anos; romanos há 2.700 anos.
  1. Indique por setas cada época da linha do tempo e escreva o nome do povo que surgiu no respectivo período.
    PROFESSOR Resposta: Orientar coletivamente a atividade.

    4. Os romanos surgiram antes ou depois dos hebreus?

PROFESSOR Resposta: Os romanos surgiram depois dos hebreus.
MANUAL DO PROFESSOR

Na alfabetização, a fluência depende de ler reconhecendo mais rápido as palavras e automatizar algumas estruturas (de frases, de textos), para que não haja atropelos no ato de ler. Assim, quanto maior for a familiaridade de uma criança com determinado gênero textual, e quanto mais cedo ela puder deixar de se preocupar com a decodificação, para pensar no sentido do que lê, maior sua possibilidade de desenvolver fluência de leitura.

FONTE: RIBEIRO, Ana E. Fluência oral. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale). UFMG. Disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/fluencia-de-leitura. Acesso em: 7 abr. 2021.

Boxe complementar:

Noções temporais

As atividades propostas permitem trabalhar com os elementos que constituem uma linha do tempo, com destaque para a questão da ordenação.

Fim do complemento.

  • Fazer uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos as funções da linha do tempo e o significado de simultaneidade.
  • Orientar, também, a inserção, na linha de tempo, dos eventos relacionados aos povos estudados e a identificação da situação de anterioridade e posterioridade do surgimento desses povos.

    Atividade complementar

    Se julgar pertinente, organizar a turma em grupos e propor a cada grupo que pesquise em livros ou na internet um dos povos citados, incluindo: as características naturais do local onde viviam; as principais atividades econômicas que desenvolviam; os grupos sociais que formavam cada povo; as principais criações culturais. Combinar uma data para que cada grupo apresente o resultado da pesquisa por meio de cartazes com fotografias, desenhos e textos. A apresentação também pode ser feita em meios digitais.

MP088

Do calendário juliano ao calendário gregoriano

Em Roma, no ano de 45 a.C., foi desenvolvido um calendário que recebeu o nome de juliano em homenagem a Júlio César, que governava a cidade na época. Esse calendário – que possuía 12 meses e um total de 355 dias – foi escrito em língua latina e os nomes da maioria dos meses, como Januarius, Februarius e Maius, deram origem aos nomes dos nossos meses atuais.

Outro governante romano, Otávio Augusto, promoveu algumas alterações no calendário juliano, como a quantidade de dias de cada mês. Em sua homenagem, o nome do sexto mês do calendário foi alterado de Sextilis para Augustus.

Em 1582, o papa Gregório XIII aperfeiçoou o calendário juliano. Esse novo calendário foi chamado de gregoriano em sua homenagem e é um dos mais utilizados no mundo atual, inclusive no Brasil.

Imagem: Ilustração. Calendário de 2023 com todos os meses do ano. Fim da imagem.

LEGENDA: Calendário de 2023, seguindo o modelo gregoriano de meses e dias. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Semelhança: os dois têm 12 meses; diferença: o juliano tem um total de 355 dias e o gregoriano, 365 dias.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Fazer uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos as características do calendário criado por:
  1. Júlio César;
  1. Otávio Augusto;
  1. Gregório XIII.
    • Em seguida, orientar os alunos na leitura e interpretação do calendário, com a identificação de meses, semanas e dias.

MP089

Explorar fonte histórica visual

No mundo, alguns povos dividiram o ano em meses e relacionaram cada mês a uma característica natural ou a uma atividade humana.

  1. Observe e interprete a imagem.
Imagem: Pintura. Quadrado dividido em doze quadradinhos. Em cada um há uma pintura e um mês:  Janeiro: Homem segurando uma enxada sobre uma plantação.  Fevereiro: Dois homens segurando pás sobre um terreno com feno. Um deles está com um cesto nas costas.  Março: Dois homens cortando plantas secas de um terreno.  Abril: Um homem está sentado e com as mãos em volta de uma ovelha. Em volta dele há mais ovelhas pastando em um campo.  Maio: Um homem está montado em um cavalo marrom. Ao fundo, plantações.  Junho: Um homem está segurando uma foice sobre um gramado alto.  Julho: Duas pessoas estão cortando trigo em uma plantação.  Agosto: Um homem está cortando feno e ao lado, uma mulher está amarrando fenos.  Setembro: Um homem está jogando sementes sobre uma plantação.  Outubro: Um homem está em pé, dentro de um barril gigante.  Novembro: Um homem está segurando um objeto comprido com as mãos para cima e na frente dele há filhotes de porcos.  Dezembro: Um homem está agachado e cortando o pescoço de um porco, que está deitado no chão. Ao seu lado, uma mulher está segurando uma bacia.  Fim da imagem.

LEGENDA: Calendário publicado no livro O rústico, de Pietro de Crescenzi, cerca de 1460. FIM DA LEGENDA.

  1. De acordo com a imagem, relacione as atividades a seguir aos meses em que elas ocorriam.
    1. Semear a terra.
      PROFESSOR Resposta: Setembro.
    1. Corte dos cereais com foice.
      PROFESSOR Resposta: Junho e julho.
    1. Tosquia de ovelhas.
      PROFESSOR Resposta: Abril.
    1. Limpeza do terreno para o plantio.
      PROFESSOR Resposta: Março.
  1. Quais hipóteses podemos formular sobre o modo de vida do povo que produziu essa imagem?
    PROFESSOR Resposta: Em cada época do ano ocorriam atividades específicas, demarcando as diferentes etapas do trabalho agrícola.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Qual é a importância dessa fonte histórica para o estudo do povo que a produziu?
PROFESSOR Resposta: Essa é uma fonte histórica visual cuja análise permite compreender algumas características do povo em questão, como a importância das atividades agrícolas em seu cotidiano.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Fonte histórica visual

A atividade proposta permite dar continuidade ao trabalho com os alunos sobre a iconografia como fonte histórica.

Fim do complemento.

  • Informar aos alunos que as iluminuras eram conjuntos de elementos decorativos aplicados aos textos, principalmente os manuscritos.
  • Orientar a realização da atividade de observação da iluminura e a realização das atividades propostas.

    Iluminuras

    As iluminuras surgem aplicadas às letras capitulares no início de cada capítulo. Sua elaboração é considerada um trabalho de exímio artífice, devido a seu refinamento e detalhismo. Esse trabalho era destinado aos monges “iluminadores”, os quais iluminavam (pintavam) os manuscritos desde sua concepção até a aplicação da cor, muitas vezes realizada em ouro ou prata. O trabalho dos “iluminadores” era diferente dos “copistas”; esses últimos dedicavam-se exclusivamente ao trabalho de cópia dos textos.

    FONTE: O que são iluminuras? Biblioteca da PUCRS. Disponível em: https://biblioteca.pucrs.br/curiosidades-literarias/o-que-sao-iluminuras/. Acesso em: 7 abr. 2021.

MP090

Calendários maias

Os povos que viveram no continente americano em diferentes tempos também criaram calendários.

Alguns povos que viveram há milhares de anos no atual território do México, como os olmecas e os zapotecas, criaram os primeiros calendários de que se tem notícia na América.

Esses calendários foram aperfeiçoados pelos maias, que viveram há cerca de 3 mil anos.

1. Interprete e relacione os dois textos para responder à questão.

Calendário 1

Nesse calendário, havia 13 partes de 20 dias, formando um total de 260 dias.

Calendário 2

Era composto de 18 partes de 20 dias, totalizando 360 dias. E, no final do ano, eram acrescentados cinco dias.

Imagem: Fotografia. Construção grande com paredes de pedras. Em volta há árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Construção maia para observação dos astros, conhecimento utilizado na elaboração de calendários, construído em 906 no atual território do México. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Localizar com os alunos o território ocupado pelos maias em outros tempos, que atualmente pertence a México, Honduras, El Salvador, Guatemala e Belize.
  • Se considerar pertinente, realizar esta atividade comparando um mapa histórico com um mapa atual para localizar com os alunos as áreas ocupadas pelos maias no passado e no presente.
  • Acompanhar a atividade de compreensão de texto sobre calendários maias e a realização das atividades propostas.

    Leitura e compreensão de textos

    A produção de um texto sempre implica a retomada de muitos outros e depende do olhar do leitor para que se criem e recriem significações, já que este último é corresponsável por sua construção. A intertextualidade se dá, pois, tanto na produção como na recepção da grande rede cultural, de que todos participam. Escrita e leitura são faces da mesma moeda. O leitor também participa dessa ampla rede dialógica ao trazer para o texto que está lendo sua bagagem de leituras de outros textos, de variadas linguagens e diferentes gêneros. [...]

    Na sua atividade pedagógica, em todos os níveis da formação escolar, o professor tem na intertextualidade um amplo campo para a valorização do processo de formação de leitores, de aproveitamento do capital cultural de seus alunos, por meio da explicitação da leitura como atividade criativa.

MP091

Calendários africanos

Os povos africanos também produziram diversos tipos de calendário. Os antigos egípcios, por exemplo, dividiam o ano em 37 partes, 36 com 10 dias cada um e uma parte com cinco dias.

Já os iorubás, que vivem nos atuais Nigéria, Benin, Togo e Serra Leoa, têm um calendário com 91 partes de 4 dias.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Calendário etíope

A Etiópia é um país no extremo leste africano, localizado na região conhecida como Chifre Africano. A nação também tem um calendário próprio, que começa no dia 11 de setembro do calendário gregoriano. O calendário etíope [...] tem doze meses de 30 dias e um mês com apenas seis dias. Outra curiosidade é que a primeira hora do dia, de acordo com o horário etíope, é o nascer do sol.

FONTE: Lucas Alencar. Oito tipos de calendários usados pelo mundo. Revista Galileu, 12 jan. 2016. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/01/oito-tipos-de-calendarios-usados-pelo-mundo.html. Acesso em: 31 jan. 2021.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma cidade. À direita, vários automóveis em uma avenida e à esquerda, prédios, casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de Adis Abeba, capital da Etiópia. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

2. Localize e retire do texto informações para responder às questões.

  1. Quantos meses tem o calendário etíope e quantos dias há em cada mês?
    PROFESSOR Resposta: Tem doze meses de 30 dias e um mês com apenas seis dias.
  1. A primeira hora do dia dos etíopes é a mesma que a nossa? Explique.
PROFESSOR Resposta: Não. A primeira hora do dia dos etíopes ocorre no nascer do Sol.
MANUAL DO PROFESSOR

No processo de alfabetização, e mais do que neste último, no processo de letramento, tendo em vista uma aprendizagem significativa, a intertextualidade é ferramenta importante, porque revela as vozes e falas que habitam todo texto. A atividade pedagógica, norteada por essa finalidade dialógica, valoriza o conhecimento prévio do aluno que está sendo alfabetizado/letrado, facultando a abertura não só para a apropriação de novos conhecimentos, mas também para a ativação de outros que, muitas vezes, o aluno ignora já possuir.

FONTE: CURY, Maria Z. F. Intertextualidade. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale). UFMG. Disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/intertextualidade. Acesso em: 7 abr. 2021.

  • Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos as características do calendário egípcio e do iorubá.
  • Em seguida, orientar a leitura individual em voz alta do texto sobre o calendário etíope, que contribui para a fluência em leitura oral.

    Boxe complementar:

    Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural

    A atividade proposta permite explorar com os alunos algumas características dos povos africanos, com foco nos diferentes tipos de calendários existentes entre eles, reforçando a diversidade cultural presente nesse continente e valorizando a cultura africana.

    Fim do complemento.

MP092

PROFESSOR Atenção professor: Nesta coleção, os nomes de povos indígenas foram grafados de acordo com a norma ortográfica vigente, respeitando o processo de alfabetização dos alunos. Fim da observação.

Calendários dos indígenas brasileiros

Cada povo indígena criou seu próprio calendário, incluindo elementos naturais e atividades humanas, como o calendário do povo waiãpi, que vive nos estados brasileiros do Amapá e do Pará e também na Guiana Francesa.

Calendário waiãpi

O calendário [dos waiãpis] é redondo e só com palavras, com nomes de animais e de frutas marcando o tempo [...].

Marcamos o tempo do verão como o tempo que é bom para pescar e para andar no mato. [...]

Nós só marcamos na cabeça, ou sabemos pelo rio. Quando o rio abaixa é porque está começando o verão.

[Os waiãpis] sabem também quando está acabando o verão. Quando a tarde está acabando aparecem nuvens. Então cai chuva e fica frio.

FONTE: Tapenaiky, Makaratu e Parará. Calendário Waiãpi. Livro do artesanato waiãpi. Centro de Trabalho Indigenista. Brasília: MEC/SEF, 1999. p. 14-15.

Imagem: Desenho. Um círculo com vários desenhos de plantas e animais e textos em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Calendário waiãpi, desenho publicado no Livro do artesanato waiãpi. Brasília: MEC/SEF, 1999. p. 15. FIM DA LEGENDA.

1. Que fenômeno natural indica o início do verão para o povo waiãpi?

PROFESSOR Resposta: Esse povo reconhece o início do verão quando as águas do rio abaixam.

2. Que mudança na natureza indica o fim do verão para esse povo indígena?

PROFESSOR Resposta: Esse povo identifica o fim do verão quando, no final da tarde, chove e esfria.

3. Quais atividades o povo indígena waiãpi costuma fazer no verão?

PROFESSOR Resposta: Pescar e andar no mato.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar os alunos a observar a imagem da reprodução do calendário indígena waiãpi e destacar suas características, que foram apresentadas no texto, perguntando: Qual é o formato do calendário? A quais elementos se referem as palavras encontradas no calendário? Como é representado o verão? Qual é a relação entre o rio e o verão?
  • Socializar as respostas dos alunos às questões propostas.
  • No texto destas páginas, como em todos os demais da coleção, os nomes dos povos indígenas foram grafados de acordo com a norma ortográfica oficial, respeitando o processo de alfabetização dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essa decisão é respaldada também por antropólogos como Julio Cezar Melatti, especialista em etnologia indígena, que critica uma norma de 1953 que propunha o uso permanente de maiúscula e singular nos nomes indígenas: “Não vejo o que justifique essa norma, uma vez que em textos em português não se costuma iniciar com letra maiúscula nomes de nacionalidades (franceses, venezuelanos etc.)”. (apud Manual de redação oficial da Funai, 2016. p. 21, disponível em: http://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/cogedi/pdf/Outras_Publicacoes/Manual_de_Redacao_Oficial_da_Funai/Manual%20de%20Redacao%20Oficial%20da%20Funai.pdf. Acesso em: 20 jul. 2020).

MP093

Os suyás, que vivem no estado do Mato Grosso, também têm seus próprios calendários.

4. Quando solicitado, leia o texto relativo a um dos meses em voz alta.

Calendário suyá

Janeiro [...] As plantas crescidas na roça ficam no ponto de colher, como o milho, que as mulheres colhem para fazer cozido, mingau, beiju torrado ou assado. É o mês que chove muito.

Fevereiro, mês que tem muita chuva ainda. Mês que dá mais mosquito. [...]

Março, os homens começam a preparar as foices e machados para dar início à roçada.

Abril, as orquídeas estão em flores. Os rios começam baixar e a chuva já começa a parar.

Maio, as praias estão bem grandes, tem muitas gaivotas e os peixes são fáceis de serem pescados.

Junho, tem muita arara comendo os cocos, que nesse mês dá muito.

Julho, [...] mês de brincar nas praias e de comer muito ovo de tracajá .

Agosto é mês de plantar a roça. […]

Setembro, plantio da mandioca.

Outubro, época de pequi.

Novembro, mês que as plantas já estão brotando.

Dezembro, mês que dá muita melancia.

FONTE: Thiayu Suyá. Calendário Suyá. Geografia indígena: Parque Indígena do Xingu/Instituto Socioambiental. Brasília: MEC/SEF/DPEF, 1988. p. 57.

Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

5. Com base no texto, faça desenhos representando os acontecimentos que costumam ocorrer na vida dos suyás nos meses destacados abaixo.

PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na produção dos desenhos. Fim da observação.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

  1. Meses destacados: Janeiro; Junho; Dezembro.

    Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

    6. E você, que atividades costuma fazer em cada mês do ano?

    PROFESSOR Atenção professor: Orientar na seleção dos meses e na realização da atividade. Fim da observação.
  1. Escolha três meses do ano.
  1. Registre os nomes desses meses em folhas de papel branco.
  1. Faça desenhos representando atividades que você realiza em cada mês.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Orientar a leitura individual em voz alta dos textos dos meses e identificar com os alunos os principais acontecimentos do ano que estão representados no calendário suyá.
  • Conversar com os alunos a respeito do calendário apresentado, identificando o nome do povo que criou o calendário, os fenômenos da natureza relacionados aos meses do ano e as atividades humanas relacionadas aos meses do ano. Solicitar aos alunos que anotem no caderno os acontecimentos identificados.

MP094

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 3 e 4

Avaliação de processo de aprendizagem

Você aprendeu sobre a diversidade cultural, com destaque para as diferentes formas de contagem do tempo. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Para conhecer melhor algumas informações sobre as manifestações culturais do lugar em que vocês vivem, a turma será organizada em grupos. Sigam as orientações a seguir.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os grupos na realização da pesquisa. Fim da observação.
  1. Cada grupo vai trabalhar com um tema escolhido pelo professor. O tema de cada grupo será um dos indicados a seguir.
Imagem: Ilustração. Uma placa de madeira com a informação: LENDAS. Ao lado, uma vitória-régia com uma flor rosa em cima. Em seguida, uma placa com o texto: CULINÁRIA. Ao lado, um recipiente com feijoada. No centro, um caderno com a informação: EXPRESSÕES E DITOS POPULARES. Atrás há papéis com as frases: SALVO PELO GONGO; FAZER UMA VAQUINHA e PAGAR O PATO. Em seguida, um caderno com o texto: MÚSICA POPULAR. Ao lado, um violão e notas musicais. Fim da imagem.
  1. Pesquisem em livros, jornais ou na internet informações sobre as manifestações culturais no lugar em que vocês vivem.
  1. Anotem as principais informações pesquisadas e escolham fotografias, ilustrações e vídeos que as representem.
  1. Organizem uma apresentação do material produzido utilizando cartazes com textos e imagens. Se preferirem, a apresentação também pode ser feita com recursos digitais.
  1. No Brasil e em diversos países do mundo, muitas pessoas enfrentam situações de desigualdade. Algumas dessas pessoas se mobilizam para transformar a realidade do lugar onde vivem. Escreva um texto sobre uma ação que poderia ser realizada para transformar a realidade de pessoas no seu lugar de viver.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem diagnosticar problemas a partir de sua realidade e pensar soluções. Fim da observação.
  1. Leia as frases abaixo e copie aquelas que identificam as formas de marcação do tempo pelos romanos antigos.
    PROFESSOR Resposta: As frases corretas são as indicadas pelas letras a, d, e.
    1. A hora sexta marcava o meio-dia.
    1. A hora sexta marcava o início do dia.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 3 e 4.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

  1. Investigar manifestações culturais do lugar de viver.

    Espera-se que os alunos pesquisem e realizem uma apresentação sobre manifestação cultural no lugar de viver. Vale estabelecer uma pontuação ou atribuição de conceito individual a partir de critérios relacionados às contribuições para o trabalho coletivo, pesquisa de material e respeito com os colegas. Em relação ao produto final, pode-se estabelecer uma pontuação ou atribuição de conceito relacionado a pertinência, fluência na oralidade e qualidade estética.

  1. Propor ação que contribua para minimizar situações de desigualdade social no lugar de viver.

    Espera-se que os alunos elaborem um texto elencando possíveis ações que poderiam mudar a realidade de pessoas de seu lugar de viver. Vale estabelecer uma pontuação ou atribuição de conceito considerando-se critérios como a pertinência ou a viabilidade das propostas e a qualidade da produção textual.

  1. Classificar as formas de contagem dos romanos antigos.

    Os alunos devem ler e interpretar frases, identificando os elementos relacionados à contagem do tempo. Com base nesses elementos, vão identificar quais frases se relacionam à forma de marcação do tempo de um dia dos romanos antigos.

  1. Identificar as formas de marcação do tempo pelos chineses.

    Nessa atividade os alunos devem classificar as formas de marcação do tempo pelos chineses antigos relacionadas aos meses do ano e aos ciclos anuais.

  1. Identificar fatos utilizados para marcar o início de diferentes calendários.

    Os alunos devem selecionar e classificar os nomes dos povos antigos e os fatos, reais ou imaginários, que utilizam para dar início à contagem do tempo.

  1. Comparar o calendário indígena suyá com o calendário gregoriano.

    A atividade solicita aos alunos que comparem dois calendários – o do povo suyá e o gregoriano – identificando semelhanças e diferenças.

MP095

  1. A hora prima ou primeira hora marcava o fim do dia.
  1. A hora prima ou primeira hora marcava o início do dia.
  1. A hora duodécima marcava o fim do dia, ou seja, o pôr do sol.
  1. Identifique uma forma de marcação do tempo do povo chinês, relacionada:
    1. ao registro dos meses.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem registrar o calendário com os meses relacionados às mudanças da natureza. Fim da observação.
    1. ao ciclo dos anos.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar o ciclo de doze anos relacionados aos animais. Fim da observação.
  1. Elabore um quadro seguindo o modelo abaixo para informar os fatos utilizados pelos povos antigos – cristãos, hebreus, romanos e islâmicos – para marcar o início da contagem do tempo.
    PROFESSOR Resposta: Cristãos: início no ano em que Jesus Cristo teria nascido. Hebreus: momento da criação do mundo por Deus.
    PROFESSOR Resposta: Romanos: fundação de Roma. Islâmicos: partida de Maomé de Meca para Medina.

    Tabela: equivalente textual a seguir.

    Povo

    Fato

  1. Compare o calendário do povo indígena suyá com o calendário gregoriano, identificando:
    1. uma semelhança.
      PROFESSOR Resposta: Os dois calendários têm 12 meses com os mesmos nomes.
    1. uma diferença.
      PROFESSOR Resposta: O calendário suyá apresenta mudanças na natureza e nas atividades humanas e o gregoriano apenas dias da semana e dias do mês.

      Autoavaliação

      Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Responda às perguntas a seguir no caderno utilizando as palavras: “sim”, “em parte” ou “não”.

      Tabela: equivalente textual a seguir.

      Sobre as aprendizagens

      a) Reconheço que no Brasil e em meu lugar de viver existem diferentes manifestações culturais?

      b) Reconheço que no Brasil e em outros países existem desigualdades sociais entre os habitantes?

      c) Identifico as formas de marcação da passagem do tempo dos romanos e dos chineses antigos?

      d) Listo os fatos utilizados pelos povos antigos para marcar o início da contagem do tempo?

      e) Identifico e retiro informações dos calendários indígenas estudados?

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A elaboração de atividades em grupos favorece o desenvolvimento da competência geral 10, ao valorizar o exercício da escuta, do diálogo, da flexibilidade e da tomada de decisões em conjunto. A pesquisa sobre manifestações culturais do lugar de viver permite desenvolver a competência geral 6 e a competência específica de Ciências Humanas 1, ao valorizar a riqueza cultural do Brasil. A atividade que pede a indicação de ações que poderiam melhorar a vida de pessoas no lugar de viver permite desenvolver a competência geral 2 e a competência específica de Ciências Humanas 3.

Fim do complemento.