MP038
O QUE EU JÁ SEI?
Avaliação diagnóstica
Ao longo deste ano, você vivenciará muitos momentos de novos aprendizados. Antes disso, que tal avaliar seus conhecimentos em História e Geografia? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.
- Observe a fotografia que retrata parte do espaço rural e do espaço urbano de um município brasileiro.
LEGENDA: Vista de parte do município de Santo Antônio do Amparo, no estado de Minas Gerais, em 2018. FIM DA LEGENDA.
- Cite dois elementos da paisagem que podem ser identificados no espaço urbano do município retratado.
PROFESSOR
Resposta: Casas, rua, árvores, automóveis.
- Cite dois elementos da paisagem que podem ser identificados no espaço rural do município retratado.
PROFESSOR
Resposta: Pastagens, plantações e árvores.
- Dê um exemplo de trabalhador que costuma exercer sua função no espaço urbano dos municípios e escreva a qual tipo de atividade econômica seu trabalho está relacionado.
PROFESSOR
Resposta: Trabalhadores relacionados à indústria, ao comércio e à prestação de serviços.
- Dê um exemplo de trabalhador que costuma exercer sua função no espaço rural dos municípios e escreva a qual tipo de atividade econômica seu trabalho está relacionado.
PROFESSOR
Resposta: Trabalhadores relacionados à agricultura, pecuária ou extrativismo.
- Leia a frase.
Diversos povos contribuíram para a formação da população e da cultura brasileiras.
- Você
concorda
com essa afirmação? Justifique sua resposta citando dois exemplos.
PROFESSOR
Atenção professor: Espera-se que os alunos reconheçam a importância dos povos indígenas, africanos e imigrantes na formação da população e da cultura brasileiras. Fim da observação.
- Sabendo que nos rios os seres humanos podem
obter
água para beber, para irrigar plantações e para se deslocar por meio da navegação,
elabore
hipóteses sobre o motivo de alguns povos antigos
viverem
próximo dos rios.
PROFESSOR
Atenção professor: A atividade permite que os alunos façam uma inferência sobre o motivo de os povos antigos viverem próximo dos rios. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Orientações específicas
Avaliação diagnóstica
As atividades apresentadas na seção O que eu já sei? visam identificar os conhecimentos construídos pelos alunos nos anos anteriores, assim como os conhecimentos prévios e as hipóteses sobre temas que serão estudados no 5º ano. Podem-se aferir os resultados dessa avaliação diagnóstica por meio de rubricas criadas com base nos objetivos de aprendizagem de cada atividade, especificados a seguir.
- a) e b) Identificar elementos da paisagem do espaço urbano e do espaço rural de um município em uma fotografia. c) e d) Identificar trabalhadores que realizam suas atividades no espaço urbano e no espaço rural de um município, relacionando seu trabalho a uma atividade econômica.
- Reconhecer que diversos povos contribuíram para a formação da cultura brasileira e identificar alguns desses povos ou suas influências culturais.
- Elaborar hipóteses sobre o uso dos rios pelos povos antigos.
- Identificar as características do calendário utilizado em seu cotidiano.
-
a) e b) Interpretar informações em um mapa com base em leitura de legenda.
- Utilizar os pontos cardeais para indicar a localização de capitais em um mapa.
- Classificar as fontes históricas em escritas, orais, materiais e visuais.
Superando defasagens
Após a correção das atividades avaliativas diagnósticas, é importante verificar as aprendizagens consolidadas de cada aluno. Com a finalidade de minimizar eventuais defasagens, propor as intervenções a seguir.
- Para os alunos com maior dificuldade na identificação de elementos da paisagem em fotografia, pode-se propor que essa identificação seja feita oralmente, explorando gradualmente os detalhes a partir de cada plano da imagem. A partir da fotografia, espera-se também que os alunos façam inferências sobre exemplos de trabalhadores do campo e da cidade (associando as profissões às atividades econômicas). Caso se evidenciem defasagens na temática das atividades econômicas do campo e da cidade, pode-se retomar exemplos de produtos obtidos no campo ou desenvolver essa temática a partir de atividades presentes na Unidade 2 deste livro, visto que ela é retomada em razão da progressão curricular proposta pela BNCC.
MP039
- Reflita sobre o calendário que você utiliza em seu cotidiano e responda.
- Esse calendário tem quantos meses?
- Quais são os nomes desses meses?
PROFESSOR
Resposta: Sobre o calendário que utilizam no cotidiano, verificar se sabem a quantidade de meses (12) e seus nomes (janeiro, fevereiro, março, abril, e assim por diante).
- Leia e interprete o mapa.
Fonte: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 156.
- De acordo com a legenda, qual é a capital do Brasil? Como ela foi representada no mapa?
PROFESSOR
Resposta: A capital do Brasil é Brasília, que foi representada por uma estrela no mapa.
- Quais são os nomes das capitais dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás?
PROFESSOR
Resposta: Cuiabá, Campo Grande e Goiânia, respectivamente.
- Tomando como referência Brasília, em que direção cardeal está Cuiabá?
PROFESSOR
Resposta: Está na direção oeste.
- Existem vários documentos utilizados para estudar o modo de vida das pessoas. Tais documentos são chamados de fontes históricas e podem ser classificados em: escritos, visuais, orais ou materiais. Identifique nas imagens um exemplo de fonte histórica escrita, oral, material e visual.
LEGENDA: Pintura de Benedito Calixto, de 1822. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ferro a brasa. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Carta escrita em 1910. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Crianças entrevistando idosa. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta: A: fonte histórica visual; B: fonte histórica material; C: fonte histórica escrita; C: fonte histórica oral.MANUAL DO PROFESSOR
- Pode-se solicitar aos alunos que tenham demonstrado dificuldades de expressar argumentos textualmente, que o façam oralmente. Ao fazerem uso da oralidade, eles podem ganhar mais confiança para expor suas ideias e seus pensamentos. Na sequência, vale anotar “palavras-chaves” ditas oralmente, de modo que fiquem acessíveis a eles. Solicitar que façam um registro escrito utilizando-as, estimulando gradualmente o desenvolvimento de sua produção escrita. Em relação ao tema diversidade cultural, caso os alunos tenham dificuldade em reconhecer diferentes influências na formação do povo brasileiro, pode-se retomar exemplos de povos que contribuíram para a formação da cultura brasileira (indígenas, africanos, europeus, asiáticos), além de propor atividades complementares relacionadas às influências diversas de migrantes no lugar de viver.
- Sugerir a decomposição do início do enunciado, para ressaltar como se pode usar a água dos rios: para beber, se locomover, irrigar plantações. Em seguida, perguntar quais dessas atividades podem ser realizadas por uma pessoa que vive perto de um rio. Por fim, indagar: Então, por que esses povos se fixaram perto dos rios?
- Apesar de utilizarem o calendário cotidianamente, alguns alunos podem não ter refletido sobre o nome e a quantidade dos meses. Nesse caso, trabalhar com uma “folhinha” do ano, identificando, com os alunos, os nomes dos meses e quantos eles são.
- No início do 5º ano, é importante que os alunos estejam aptos para a leitura de um mapa, interpretando a simbologia de legendas. Lembrar que o mapa é uma representação espacial elaborada com base na visão vertical. Esse exercício de descentramento é um desafio para alguns alunos. Depois, destaque que em uma legenda, símbolos, cores e padrões substituem os elementos da realidade. Pode-se trazer exemplos de mapas que trabalham com símbolos que se assemelham ao objeto representado, chamados pictogramas (exemplo: símbolo de avião para aeroporto), para depois serem trabalhados símbolos abstratos, como no exemplo do mapa em questão. É importante também retomar os nomes e as siglas dos pontos cardeais e colaterais e verificar se os alunos conseguem aplicar essas direções a partir de duas localidades em um mapa. Se houver dificuldade, vale rever situações de correlacionar dois objetos – utilizando-se de bússola ou rosa dos ventos – solicitando a eles que identifiquem em que direção está cada aluno em relação a outros. Trabalhar com situações concretas, muitas vezes, auxilia o trabalho com relações espaciais projetivas.
- Os tipos de fontes históricas foram trabalhados nos anos anteriores, mas, se algum aluno tiver dificuldade, sugere-se retomar cada fonte questionando por que determinadas fontes são chamadas de escritas, e o que significam oral, visual e material.
MP040
Comentários para o professor:
Organização das sequências didáticas
As sequências didáticas deste livro estão organizadas em quatro unidades, cada uma delas composta por dois módulos. Os módulos se alinham tematicamente e são organizados a partir de uma questão problema, desenvolvida em dois capítulos.
MP041
Unidade 1 Povos e culturas
Esta unidade permite que os alunos reflitam sobre aspectos relacionados à diversidade de modos de vida e de culturas de diferentes povos e em períodos distintos da História.
As páginas de abertura correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir de imagens que retratam a diversidade dos seres humanos: diferentes idades, gêneros e modos de vestir.
Módulos da unidade
Capítulos 1 e 2: abordam a organização social dos povos egípcios e chineses na Antiguidade e aspectos da população brasileira e mundial nos dias de hoje.
Capítulos 3 e 4: exploram a diversidade cultural e as desigualdades sociais existentes no Brasil e como a diversidade cultural pode ser estudada por meio das diferentes formas de contagem do tempo pelos povos.
Introdução ao módulo dos capítulos 1 e 2
Este módulo, formado pelos capítulos 1 e 2, permite aos alunos desenvolver atividades relacionadas à diversidade cultural, possibilitando a exploração de aspectos do tema Povos e culturas e o desenvolvimento de conhecimentos relacionados aos fluxos migratórios e suas consequências nos locais de destino.
Atividades do módulo
As atividades do capítulo 1 possibilitam o desenvolvimento das habilidades EF05HI01, ao discutir a relação dos povos antigos com o espaço geográfico; EF05HI02, ao apresentar os mecanismos de organização do poder político e sua relação com a formação do Estado; e EF05HI03, ao propor a análise do papel da religião na vida dos povos antigos. São desenvolvidas atividades de leitura de imagem, compreensão de textos e esquemas, produção de escrita e investigação. Como pré-requisito, os alunos devem reconhecer, na sociedade em que vivem, formas de organização política.
As atividades do capítulo 2 permitem a reflexão sobre dinâmicas populacionais no Brasil e no mundo ao abordarem aspectos como crescimento da população, estrutura etária e expectativa de vida, desenvolvendo a habilidade EF05GE01. As atividades também mobilizam a habilidade EF05GE02, ao tratarem das diferenças étnico-raciais e das desigualdades sociais entre grupos. São propostas atividades de compreensão de textos, leitura de mapa e gráficos e entrevista. Como pré-requisito, os alunos devem ser capazes de interpretar gráficos e reconhecer o que é um migrante.
Principais objetivos de aprendizagem
- Identificar a ligação de egípcios e chineses antigos com os rios, percebendo semelhanças.
- Descrever a forma de organização política dos egípcios antigos, relacionando-a com a ideia de Estado.
- Explicar a importância da religião para os povos antigos.
- Identificar o que é um país populoso e o que leva a população de um país a crescer.
- Reconhecer razões para a existência de fluxos migratórios e as consequências desses fluxos em uma localidade.
- Interpretar gráficos e mapas relacionados à demografia.
MP042
UNIDADE 1. Povos e culturas
LEGENDA: Fotomontagem representando a diversidade de pessoas existentes no mundo. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
- A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, com o objetivo de possibilitar a troca de conhecimento entre os alunos.
- As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.
A diversidade de culturas
No Brasil, há diversas tradições culturais; algumas mais popularizadas, outras pouco respeitadas. Como compreender os elementos comuns e as singularidades entre as culturas? [...] Nesse sentido, é muito importante que as questões relacionadas às tradições culturais sejam discutidas não só na sala de aula, mas em toda a comunidade escolar, na família e na sociedade como um todo, para que alunos, pais e a sociedade possam compreender e respeitar as tradições culturais em nossa sociedade. Compreender que nenhuma cultura é melhor ou pior que a outra, é apenas diferente, e essa diferença tem que ser respeitada, de maneira que todos possam aprender a lidar com a diversidade de culturas existentes, respeitando e procurando conviver com essa diversidade. […]
MP043
Boxe complementar:
Primeiros contatos
- As imagens retratam exemplos de diversidade em um conjunto de pessoas? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Sim, podem-se identificar diferenças étnicas, de faixa etária e culturais.
- No seu lugar de viver, você
observa
diversidade entre as pessoas? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Resposta baseada nos conhecimentos prévios dos alunos.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
A diversidade de culturas é vital para um saudável dinamismo cultural. Diversidade demanda respeito, pois a diversidade cultural é uma realidade presente em nosso país. Portanto, temos de ter uma atitude de respeito e de aceitação em relação às representações culturais. […]
Nesse sentido, compreende-se que não se faz educação de qualidade sem uma educação cidadã, uma educação que valorize a diversidade.
FONTE: GOMES, Manoel M. A diversidade de culturas no Brasil: como valorizá-las na prática educativa da sala de aula? Revista Educação Pública, v. 19, n. 30, 19 nov. 2019. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/30/a-diversidade-de-culturas-no-brasil-como-valoriza-las-na-pratica-educativa-da-sala-de-aula. Acesso em: 22 abr. 2021.
- Solicitar a cada um dos alunos que escolha uma das pessoas retratadas nas fotografias e descreva suas características.
- Orientar os alunos a observar se há diferentes idades, gêneros e modos de vestir representados nas fotografias.
- Perguntar se no local onde vivem é possível reconhecer pessoas que têm características e hábitos de vida diferentes e abrir uma conversa sobre como seriam essas características e hábitos em outros tempos.
Para complementar
- Espera-se que os alunos identifiquem diferenças étnicas, culturais, na faixa etária (crianças, jovens, adultos e idosos) e nas vestimentas, exemplos da diversidade humana. Ao longo da Unidade esse tema será retomado e ampliado.
- Resposta baseada na experiência pessoal dos alunos considerando a diversidade cultural no seu lugar de viver.
MP044
DESAFIO À VISTA!
Capítulos 1 e 2
Como os primeiros povos se formaram e como a população mundial e brasileira se mostra atualmente?
CAPÍTULO 1. A formação dos povos
Ao longo da história, muitos povos buscaram se fixar em locais em que tivessem acesso a elementos naturais importantes para a própria sobrevivência, como madeira e água. Por isso, muitos dos primeiros povos se instalaram às margens dos rios.
1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
Um elemento fundamental
[...] os rios tiveram um papel essencial para o estabelecimento dos primeiros povoados.
Os mares, as baías e os rios facilitaram e facilitam até os dias atuais o transporte de bens e pessoas, como também, no caso dos rios de água doce, o abastecimento de água e a fertilidade do solo para as plantações.
De itinerantes que eram os povos antigos, tornaram-se fixos em determinadas áreas onde pudessem sobreviver por longo tempo, onde existisse água potável e áreas férteis para plantar.
FONTE: Guadalupe Vivekananda Fabry. A importância dos rios na História. Folha do Litoral, 8 dez. 2018. Disponível em: https://folhadolitoral.com.br/instituto-historico-e-geografico-de-paranagua/a-import-ncia-dos-rios-na-hist-ria. Acesso em: 25 jan. 2021.
2. Localize e retire informações do texto para responder às questões.
- Que elemento natural teve papel essencial na formação dos primeiros povoados?
PROFESSOR
Resposta: A água disponível nos rios.
- De acordo com o texto, que atividades humanas são facilitadas pela proximidade em relação aos rios?
PROFESSOR
Resposta: O transporte de bens e de pessoas, o abastecimento de água e a fertilidade do solo para as plantações.3. Retome, no glossário, o significado da palavra itinerante. Crie uma frase que inclua essa palavra.
PROFESSOR
Resposta: A atividade permite aos alunos ampliar o vocabulário, incorporando o uso de um termo novo (itinerante) trabalhado no glossário.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Desafio à vista!
A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre a formação dos primeiros povos e sobre algumas características da população mundial e brasileira na atualidade. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.
Fim do complemento.
- Orientar a leitura do texto em voz alta, o que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.
- Em seguida, orientar a atividade de localização e retirada de informações do texto, uma das estratégias de compreensão de texto.
- Por fim, organizar a retomada do termo “itinerante” no glossário e sua aplicação na construção de uma frase. Essas atividades contribuem para a ampliação do vocabulário, importante no
processo
de alfabetização.
As atividades do capítulo 1 permitem aos alunos conhecer alguns processos de formação de povos e culturas, com destaque para o processo de fixação dos povos próximo aos rios, a formação política e a religiosidade.
A BNCC no capítulo 1
Unidade temática: Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social.
Objetos de conhecimento: O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados; As formas de organização social e política: a noção de Estado; O papel das religiões e da cultura para a formação dos povos antigos.
MP045
Os egípcios foram um dos povos antigos que se fixaram, há cerca de 6 mil anos, às margens de um rio, o Rio Nilo, no continente africano. Uma vez por ano, esse rio transbordava e inundava as terras próximas. Quando as águas baixavam, essas terras ficavam úmidas e férteis, ideais para o cultivo agrícola.
O Rio Nilo estava presente no cotidiano dos antigos egípcios de diversas formas.
Shaduf
Os antigos egípcios criaram um sistema de transporte de água chamado shaduf, que incluía uma série de canais construídos em diversas alturas para levar a água até locais distantes do rio, aumentando a área agrícola.
Navegação
Os antigos egípcios estão entre os primeiros povos a construir barcos diferenciados para cada tipo de uso. Os barcos usados para o lazer, como o representado na ilustração, eram muito diferentes daqueles construídos para as guerras.
4. Agora, você vai escrever um texto em formato narrativo. Imagine que você era um egípcio antigo, que utilizava em seu trabalho o shaduf ou os barcos. Conte uma situação cotidiana envolvendo esses artefatos e a relação deles com o Rio Nilo.
PROFESSOR
Atenção professor: Conversar com os alunos sobre a escolha de uma situação que envolva o elemento escolhido, seja a navegação, seja o uso do shaduf. Orientar a retomada das informações das páginas anteriores sobre usos do rio para o transporte e a irrigação. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Habilidades: (EF05HI01) Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado; (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e /ou de outras formas de ordenação social; (EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.
- Orientar coletivamente a observação das imagens e a leitura dos textos. Em seguida, orientar individualmente a produção de escrita, um dos eixos de trabalho indicados na Política Nacional de Alfabetização (PNA), que diz respeito tanto à habilidade de escrever palavras quanto à de produzir textos.
- No 5º ano, os alunos
devem
ser capazes de produzir pequenos textos, como a narrativa proposta. Para isso, ajude-os na retomada das informações que deverão utilizar, no rascunho da
ideia
inicial e na finalização do texto. Ao final, organizar uma socialização das produções individuais por meio da leitura em voz alta dos textos produzidos.
Boxe complementar:
De olho nas competências
O capítulo 1 tem por objetivo valorizar e utilizar alguns conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural, mobilizando a competência geral 1 ao possibilitar que os alunos entendam e expliquem alguns aspectos da realidade. Mobiliza também a competência específica de Ciências Humanas 3, ao permitir que os alunos identifiquem e expliquem a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade. A competência específica de História 1 também é contemplada neste capítulo, que trata de acontecimentos históricos e de relações de poder em diferentes espaços.
Fim do complemento.
MP046
Dos nomos à unificação
Após se fixarem em torno do Rio Nilo, os egípcios antigos criaram diversas formas de organizar um governo, como representado no esquema a seguir.
1. Quando solicitado, leia um dos textos em voz alta.
2. Por que os líderes dos nomos entraram em conflito?
PROFESSOR
Resposta: Pelo controle das terras mais férteis.3. Como se deu a unificação do Egito?
PROFESSOR
Resposta: O governante do Alto Egito conquistou o Baixo Egito, onde se concentravam as terras mais férteis.
4. Reconte para um adulto da sua convivência as mudanças ocorridas na organização do governo no Egito antigo.
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar os alunos na retomada dos conteúdos estudados para o reconto em casa. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a leitura em voz alta dos elementos do esquema, identificando com os alunos o que eram os nomos, quando teria ocorrido a fixação em nomos e como era a organização de cada um. Questioná-los sobre a razão de os chefes dos nomos entrarem em conflito e sobre o que ocorreu ao final desses embates.
- Orientar os alunos a, em casa, recontarem os conteúdos do esquema a um adulto da sua convivência.
Atividade complementar
Propor aos alunos que, com a ajuda de um adulto com o qual convivam, pesquisem em livros ou na internet sobre a personagem considerada a unificadora do Egito, registrando: nome da personagem, época em que teria vivido, principais feitos.
Organizar a socialização das descobertas individuais e explicar que não há comprovação da existência histórica dessa personagem – suas histórias foram transmitidas oralmente de geração a geração.
Como pesquisar na internet
Os sites de busca são ferramentas essenciais quando é necessário pesquisar sobre algum assunto para um trabalho escolar, coleta de informações para um projeto na empresa ou qualquer outra finalidade em particular. Contudo, esses sites não fazem milagres sozinhos.
Uma boa busca é o resultado do modo com que a pessoa realiza a sua pesquisa. Mesmo que você encontre sites com muitas informações que são aparentemente úteis, o trabalho de pesquisa não termina por aí. É necessário ler atentamente os conteúdos selecionados, além de analisar as informações apresentadas com base em critérios como autoria (o autor é um especialista na área?) e qualidade das fontes utilizadas. Em outras palavras, é preciso ser criterioso da mesma forma que teríamos com as fontes impressas. [...]
MP047
O faraó egípcio concentrava grande poder. Ele comandava os administradores públicos, chefiava o exército e era o líder máximo da religião egípcia.
Por isso, muitos pesquisadores consideram que a nova forma de organização política criada pelos antigos egípcios deu origem ao Estado.
O Estado Antigo era uma forma de organização política e administrativa, composta de pessoas que tinham a função de controlar determinado território com o apoio de forças militares.
LEGENDA: Relevo representando o faraó Ramsés II (à esquerda) em frente ao deus Amon (sentado) e à deusa Mut (à direita). FIM DA LEGENDA.
5. O faraó tinha muito ou pouco poder? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Muito, pois controlava a administração, o exército e a religião.6. O que era o Estado Antigo?
PROFESSOR
Resposta: Era uma forma de organização política e administrativa, composta de pessoas que tinham a função de controlar determinado território com o apoio de forças militares.Boxe complementar:
Você sabia?
Como você viu, alguns pesquisadores consideram que a forma de governo criada pelos antigos egípcios deu origem ao Estado.
Porém, outros estudiosos consideram que o governo egípcio tinha alguns elementos do Estado, mas não os principais. A organização por um conjunto de leis, por exemplo, só veio a fazer parte do Estado muito tempo depois, nos países da Europa.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Muitas vezes, há muitas informações desencontradas que podem gerar confusão. Por isso, a comparação entre diferentes fontes e o exercício do poder de análise tornam-se essenciais. Sempre que possível, procure consultar conteúdos diferentes e tenha clara a ideia de que nada é totalmente imparcial neste mundo. Até mesmo livros, enciclopédias e sites de grandes instituições carregam certos pontos de vista dos seus responsáveis.
FONTE: Como pesquisar na internet. Biblioteca virtu al. Governo do Estado de São Paulo.
- Conversar com os alunos sobre os poderes que o faraó concentrava: administração pública, chefia do exército e líder religioso.
- Fazer uma leitura coletiva do boxe Você sabia?, identificando com os alunos o que é o Estado e as diferentes visões sobre o seu surgimento.
MP048
A importância da religião
A religião tinha uma grande importância na vida dos egípcios antigos. Para eles, os deuses eram responsáveis pela criação do mundo e por tudo o que acontecia de bom ou de mau em sua vida cotidiana.
Os deuses geralmente eram relacionados a elementos da natureza ou a aspectos da vida dos egípcios, como as colheitas, a fecundidade, a família, a morte e outros.
1. Quando solicitado, leia o texto sobre um dos deuses egípcios.
Rá-Atum
Era considerado o deus Sol, responsável pela criação do mundo, pela claridade e pela iluminação.
LEGENDA: Rá-Atum representado em urna funerária de cerca de 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.
Set
Era o deus do caos, considerado o responsável pelas guerras e pela escuridão.
LEGENDA: Set em reconstituição gráfica de 2016. FIM DA LEGENDA.
Osíris
Esse deus teria sido o primeiro faraó, governante máximo do Egito. Após sua morte, tornou-se o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.
LEGENDA: Osíris representado em relevo de cerca de 3.300 anos, presente no Vale dos Reis. FIM DA LEGENDA.
Ísis
Era considerada a protetora dos egípcios. Suas lágrimas, derramadas pela morte do irmão Osíris, teriam dado origem ao Rio Nilo.
LEGENDA: Ísis representada em relevo de cerca de 2.300 anos, presente no templo de Philae. FIM DA LEGENDA.
2. Dos deuses citados acima, qual chamou mais a sua atenção? Por quê?
PROFESSOR
Resposta: Conversar com os alunos sobre os deuses citados e suas possíveis escolhas.3. A religião era importante na vida dos egípcios? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Sim, pois os egípcios acreditavam que os deuses eram os responsáveis pela criação do mundo e por tudo de bom ou de mau que acontecia na vida das pessoas, influenciando as colheitas, a morte e outros elementos do cotidiano.MANUAL DO PROFESSOR
- As atividades desta página e da seguinte permitem trabalhar a importância da religião para os povos antigos. A partir dessa temática, é possível conversar com os alunos sobre um dos elementos centrais da cidadania na atualidade: a liberdade religiosa. A fim de desenvolver o tema participação social e exercício da cidadania, é importante destacar que o Estado brasileiro é laico, isto é, não possui vínculo com nenhuma religião específica, o que garante às pessoas tanto o direito de expressar livremente sua religiosidade quanto o direito de não seguir nenhuma religião.
- No desenvolvimento das Unidades deste volume, serão indicadas outras abordagens do tema participação social e exercício da cidadania, relacionado a fatos atuais de relevância nacional e mundial.
- Organizar uma roda de conversa com os alunos sobre a religião dos egípcios. Comentar que a religião egípcia incluía vários deuses e que cada deus apresentava poderes específicos e comportamentos semelhantes aos dos humanos. Conversar com os alunos sobre a importância dos deuses para os egípcios, que acreditavam que eles influenciavam cada elemento da vida cotidiana.
O trabalho com fontes históricas
Para se pensar o ensino de História, é fundamental considerar a utilização de diferentes fontes e tipos de documento (escritos, iconográficos, materiais, imateriais) capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço e das relações sociais que os geraram.
Os registros e vestígios das mais diversas naturezas (mobiliário, instrumentos de trabalho, música etc.) deixados pelos indivíduos carregam em si mesmos a experiência humana, as formas específicas de produção, consumo e circulação, tanto de objetos quanto de saberes. Nessa dimensão, o objeto histórico transforma-se em exercício, em laboratório da memória voltado para a produção de um saber próprio da história.
MP049
Explorar fonte histórica visual
Nas construções do Egito antigo, sobretudo nos templos religiosos, havia inúmeras representações dos deuses egípcios. Observe uma representação do deus Hapi, que simbolizava o Rio Nilo.
LEGENDA: Representação do deus Hapi de cerca de 3.300 anos, presente no Templo de Ramsés II. FIM DA LEGENDA.
- Na representação, o que o deus Hapi carrega nas mãos?
PROFESSOR
Resposta pessoal. As hipóteses serão ampliadas a seguir.
- Agora, leia um texto escrito pela historiadora Maura Regina Petruski sobre o deus Hapi.
A cabeça era adornada por plantas aquáticas, e nas mãos segurava uma bandeja com vários tipos de alimentos, entre os quais peixes, patos, espigas, frutas, incluindo alguns ramos de flores.
[...] esse deus era bastante popular entre os egípcios, e quando as cheias se aproximavam ele era ainda mais reverenciado, temporada em que os moradores espalhavam estátuas da divindade nas vilas e cidades [...].
FONTE: Maura Regina Petruski. Um rio... Nilo, um deus... Hapi, uma deusa... Anuket e um festival. Revista Mundo Antigo, Niterói, UFF, ano V, v. 5, n. 11, p. 28, dez. 2016.
- As informações do texto confirmaram suas hipóteses? Explique.
PROFESSOR
Resposta: É importante que os alunos percebam que Hapi era representado carregando uma bandeja com peixes, patos, espigas e frutas. A representação é uma reverência que os egípcios faziam a esse deus na época das cheias, pois consideravam que ele lhes garantia, por meio das cheias, os alimentos cotidianos.
- As informações do texto confirmaram suas hipóteses? Explique.
MANUAL DO PROFESSOR
A utilização de objetos materiais pode auxiliar o professor e os alunos a colocar em questão o significado das coisas do mundo, estimulando a produção do conhecimento histórico em âmbito escolar. Por meio dessa prática, docentes e discentes poderão desempenhar o papel de agentes do processo de ensino e aprendizagem, assumindo, ambos, uma “atitude historiadora” diante dos conteúdos propostos, no âmbito de um processo adequado ao Ensino Fundamental.
FONTE: BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 398.
Boxe complementar:
Fonte histórica visual
As atividades propostas nesta seção permitem explorar uma fonte histórica visual, uma das metodologias de trabalho essenciais para o desenvolvimento, pelos alunos, de uma atitude historiadora, foco central do ensino de História, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNC C).
Fim do complemento.
- Solicitar aos alunos que observem a imagem e identifiquem o deus representado por meio da leitura da legenda. Explorar com eles os elementos da imagem, deixando-os comentar suas hipóteses sobre o que o deus representado carrega nas mãos. Pedir que leiam o texto apresentado na atividade 2, orientando-os a comparar as informações do texto com o que observaram na imagem. Comentar que o deus Hapi era representado em forma humana usando uma coroa de flores de lótus (planta aquática considerada sagrada e associada à criação do mundo pelos egípcios). Suas mãos representavam a vida, e ele era associado à produção de alimentos.
MP050
Os chineses antigos
No continente asiático, também se desenvolveram diversos povos, como os antigos chineses.
Um dos locais de concentração dos primeiros chineses, há cerca de 5 mil anos, foi o entorno do Rio Amarelo. A fixação dos primeiros chineses nas áreas próximas ao Rio Amarelo tinha como motivo a facilidade para a obtenção de água para o consumo e para a agricultura.
Assim como entre os demais povos antigos, a religião tinha um importante papel para os chineses. Eles cultuavam deuses domésticos que protegiam cada cômodo da casa e também deuses que representavam os elementos da natureza, como terra, ar, fogo e água.
Observe a imagem a seguir e, depois, leia a legenda.
LEGENDA: Túmulo encontrado no sítio arqueológico de Shandong, na China, datado de 5 mil anos. FIM DA LEGENDA.
1. O que se pode observar no túmulo encontrado?
PROFESSOR
Atenção professor: Espera-se que os alunos identifiquem que no túmulo havia o esqueleto de uma pessoa enterrada e alguns objetos. Explicar a eles que alguns pesquisadores fizeram hipóteses de que esses itens seriam de uso cotidiano dessa pessoa. Fim da observação.2. Que informações sobre os chineses antigos podemos obter observando o material encontrado nesse sítio arqueológico?
PROFESSOR
Atenção professor: Espera-se que os alunos apontem que, entre os chineses antigos, havia a prática de enterrar os mortos e que, segundo as hipóteses de alguns pesquisadores, objetos de uso cotidiano eram enterrados com seus donos. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
- Fazer a leitura compartilhada do texto dessa página, destacando o tema: a religião dos antigos chineses. Chamar a atenção para a importância dos arqueólogos na pesquisa sobre o modo de vida dos povos antigos. Encaminhar a observação coletiva da imagem apresentada nas atividades 1 e 2, o levantamento de hipóteses e o confronto com as informações do texto.
Sítios arqueológicos
[...] o arqueólogo remove, cuidadosamente, às vezes com um pincel, as camadas de terra ou entulho que cobrem os artefatos e vestígios da ocupação humana encontrados em um sítio arqueológico. Às vezes, ele encontra camadas superpostas de vestígios diferentes que correspondem a diferentes períodos de ocupação. Os períodos mais antigos encontram-se nas camadas mais profundas. Esta superposição de camadas no solo, [...] e o seu estudo, é o que se chama, em Arqueologia, a Estratigrafia do sítio.
FONTE: HORTA, Maria L. P.; GRUNBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Q. Guia básico da educação patrimonial. Brasília: Museu Imperial/Deprom/Iphan/Mins, 1999. p. 30.
MP051
Boxe complementar:
Investigue
Você aprendeu que alguns povos antigos se fixaram em torno de rios. No Brasil, os rios também tiveram muita importância na história das pessoas.
LEGENDA: Vista do Rio Tibagi, no município de Jataizinho, no estado do Paraná, em 2020. FIM DA LEGENDA.
- Converse com um adulto e peça ajuda para investigar um rio da unidade da federação em que você vive que teve importância na história dos moradores. Obtenha e registre as informações solicitadas a seguir.
PROFESSOR
Resposta: Orientar a investigação proposta.
- Nome do rio.
- Municípios que atravessa.
- Ocorrência da atividade de pesca nesse rio atualmente e em outros tempos.
- Uso do rio para o transporte de pessoas e mercadorias, atualmente e em outros tempos.
- Uso da água do rio para o abastecimento da população.
- Uso da água do rio para a irrigação.
- Importância do rio na história das localidades que ele atravessa.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Investigue
- Orientar coletivamente a investigação proposta, seguindo os passos: listar com os alunos nomes de rios importantes na história dos moradores da unidade da federação em que vivem; identificar fontes de pesquisa possíveis: livros, jornais e revistas locais, internet; selecionar
previamente
sites confiáveis para a pesquisa dos alunos; combinar um tempo para a investigação; e, finalmente, definir uma data para a socialização das descobertas individuais.
Para leitura dos alunos
Egípcios: vida cotidiana, de John Guy. Melhoramentos.
O livro propicia ao leitor conhecer a cultura dos egípcios – uma das principais entre os povos antigos – e ainda apresenta, entre outros temas, detalhes sobre as pirâmides.
MP052
CAPÍTULO 2. Dinâmica populacional
Você conheceu dois povos que se fixaram em áreas dos continentes africano e asiático há milhares de anos. E atualmente, como a população mundial está distribuída?
1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
Em 2020, a população do planeta Terra estava próxima de 7,7 bilhões de pessoas, e as projeções feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU) indicavam que a população mundial chegaria a 8,5 bilhões até 2030.
População absoluta é o nome dado ao número total de habitantes de um país ou de uma região. Para conhecer essa informação, os governos dos países realizam uma pesquisa que registra o número e as características de sua população. Essa pesquisa chama-se censo ou recenseamento demográfico. Quando um país tem uma elevada população absoluta, dizemos que ele é populoso.
2. Leia e interprete o mapa.
Fonte: UNFPA. Situação da população mundial 2020. Brasília: UNFPA, 2020. p. 142-146.
- Em 2020, quais eram os cinco países que apresentavam uma população absoluta superior à brasileira?
PROFESSOR
Resposta: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Paquistão.MANUAL DO PROFESSOR
- Solicitar a leitura do texto inicial em voz alta, observando a fluência em leitura oral dos alunos. Acompanhar a fluência deles é importante para identificar as dificuldades individuais e poder oferecer o suporte necessário.
- Perguntar-lhes qual é o país do mundo com maior número de habitantes, solicitando que justifiquem a resposta e avaliando inicialmente a compreensão deles acerca do que leram.
- Orientar os alunos a ler e interpretar as informações contidas no mapa Mundo: países mais populosos (2020). Destacar que a população brasileira em 2020 era superior a 212 milhões de habitantes. Se possível, consultar com os alunos, na página do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados mais atualizados sobre a população do Brasil e da unidade federativa onde vocês vivem. A página se intitula Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação e está disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html. Acesso em: 23 abr. 2021.
- Comentar que os censos demográficos ou recenseamentos revelam informações como: condições econômicas da população, nível de escolaridade, situação do saneamento básico das moradias,
número
de habitantes nos espaços rural e urbano etc. A obtenção dessas informações é fundamental para subsidiar a elaboração de políticas públicas. Se possível, projetar o vídeo produzido pelo IBGE, A importância do censo – censo 2020, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=68gF0_5kwbw.
Acesso em: 23
abr.
2021.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A interpretação de representações cartográficas explora diferentes linguagens e contribui com o desenvolvimento do pensamento espacial e do princípio do raciocínio geográfico de localização, mobilizando a competência específica de Ciências Humanas 7 e as competências específicas de Geografia 3 e 4.
Fim do complemento.
As atividades do capítulo 2 permitem aos alunos conhecer aspectos da dinâmica da população mundial e brasileira, sua quantidade e crescimento, ler e interpretar mapas e gráficos populacionais e aprofundar conceitos relacionados à demografia. Destacam-se aspectos da estrutura etária e das migrações externas e internas ocorridas no Brasil nos últimos anos.
A BNCC no capítulo 2
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo.
Objetos de conhecimento: Dinâmica populacional; Diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais.
MP053
Ao longo da história, o total da população mundial vem mudando.
3. Leia e interprete o gráfico.
Mundo: crescimento da população (1950-2050)
Fonte: ONU. Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais. Divisão de População. Perspectivas da população mundial 2019. Nova York: ONU, 2019. v II, p. 5.
- Qual era a população mundial em 1950?
PROFESSOR
Resposta: Aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas.
- Considerando, no gráfico, o ano de 1950, quanto tempo depois a quantidade da população mundial triplicou?
PROFESSOR
Resposta: Cerca de 70 anos, atingindo aproximadamente 7,7 bilhões de habitantes no ano de 2020.
- De acordo com as projeções indicadas no gráfico, qual será a população mundial em 2050?
PROFESSOR
Resposta: Será de 9,7 bilhões de pessoas.4. Em sua opinião, quais são as possíveis consequências do rápido crescimento da população mundial? Após uma conversa com seus colegas sobre esta pergunta, escreva um texto explicando sua opinião sobre o crescimento atual da população mundial.
PROFESSOR
Resposta: Os alunos podem indicar que o acesso de todos à alimentação, à saúde, a boas condições sanitárias e à educação, entre outros direitos, pode ficar comprometido.MANUAL DO PROFESSOR
Habilidades: (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condições de infraestrutura; (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios.
- Orientar a leitura do gráfico, chamando a atenção para a projeção (representada pela linha tracejada) que ele apresenta. Explicar que as projeções são calculadas com base em pesquisas populacionais e na tendência de crescimento da população.
- Orientar os alunos na produção de escrita proposta na atividade 4, lembrando que eles devem criar um título para o texto.
MP054
5. Agora, leia o texto.
População mundial deve ter mais de 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos
A população mundial deve aumentar em 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, afirma um relatório das Nações Unidas […]. O total de habitantes do planeta deve passar dos atuais 7,7 bilhões para 9,7 bilhões em 2050.
A pesquisa […] afirma que a população mundial pode atingir o seu pico no final do século, com perto de 11 bilhões de pessoas.
[...] Entre 2019 e 2050, nove países representarão mais da metade do crescimento projetado da população mundial: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Indonésia, Egito e Estados Unidos.
Por volta de 2027, a Índia deve superar a China como o país mais populoso do mundo.
FONTE: ONU. População mundial deve ter mais 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos. ONU News: 17 jun. 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/06/1676601. Acesso em: 28 jan. 2021.
LEGENDA: Rua na cidade de Varanasi, na Índia, em 2020. FIM DA LEGENDA.
- Qual é o assunto tratado no texto?
PROFESSOR
Resposta: O texto trata do crescimento da população mundial nos próximos 30 anos.
- De acordo com o texto, quando a população mundial pode atingir seu pico, com cerca de 11 bilhões de pessoas?
PROFESSOR
Resposta: No final do século XXI.
- Qual será o país com a maior população em 2027?
PROFESSOR
Resposta: A Índia.MANUAL DO PROFESSOR
- Solicitar a leitura silenciosa do texto. Depois, perguntar o que compreenderam, verificando se há palavras ou expressões que eles desconhecem. Com isso, contribui-se para o desenvolvimento do vocabulário que os alunos já estão construindo, o que é essencial para a compreensão dos textos da área.
- Conversar com eles sobre as dificuldades vivenciadas em um país com grande população absoluta, como prover de forma satisfatória para toda a população o acesso a serviços públicos (saúde e educação, por exemplo) e infraestrutura (água encanada, esgoto, telecomunicações, eletricidade).
Boxe complementar:
De olho nas competências
Ao desenvolver a temática do crescimento da população, é possível mobilizar questões do mundo contemporâneo e refletir sobre as possíveis consequências do rápido aumento da população, contribuindo para o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 2.
Fim do complemento.
Para leitura dos alunos
Todas as pessoas contam, de Kristin Roskifte. Companhia das Letrinhas.
Nessa obra, os alunos aprendem alguns números sobre as populações e constatam, de forma divertida, que as pessoas apresentam semelhanças e diferenças.
Conceitos sobre população
- Crescimento natural ou vegetativo: refere-se ao crescimento da população em uma determinada localidade, sendo identificado pela contagem do número de pessoas que nasceram menos o número de pessoas que faleceram em um determinado período.
- População absoluta: número total de habitantes de uma determinada área (município, unidade da federação ou país).
- População relativa ou densidade demográfica: distribuição da população em relação à superfície que ocupa, ou seja, é a média de habitantes por quilômetro quadrado.
- Populoso: considera-se populosa uma área com elevada população absoluta.
MP055
O IBGE e o estudo da população brasileira
No Brasil, o censo demográfico é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O censo demográfico revela informações como o número de habitantes nas áreas rurais e urbanas do país, o nível de escolaridade de crianças, jovens e adultos, as condições econômicas das famílias, entre outras.
Além do censo demográfico, o IBGE realiza diversas outras pesquisas importantes, que orientam os governantes no planejamento de ações em favor da qualidade de vida das pessoas.
1. Leia e interprete os gráficos.
- Brasil: distribuição da população de homens e de mulheres (2019)
- Brasil: distribuição da população, segundo cor ou raça (2019)
FONTE: Fontes dos gráficos: IBGEeduca. População. Quantidade de homens e mulheres. Disponível em: http://fdnc.io/fsH; Cor ou raça. Disponível em: http://fdnc.io/ebQ. Acessos em: 28 jan. 2021.
- Quais informações sobre a população brasileira levantadas pelo IBGE foram representadas nos gráficos?
PROFESSOR
Resposta: A quantidade de homens e mulheres e a cor ou raça da população brasileira.
- De acordo com o gráfico A, em 2019 qual era a porcentagem de mulheres no Brasil? E a de homens?
PROFESSOR
Resposta: A porcentagem de mulheres era de 51,8% e a de homens, de 48,2%.
- De acordo com o gráfico B, nesse mesmo ano qual era a porcentagem de brancos no Brasil? E a de pardos?
PROFESSOR
Resposta: A porcentagem de brancos era de 42,7%, e a de pardos era de 46,8%.
- A que conclusões podemos chegar sobre a população brasileira com base nos dados representados nos gráficos?
PROFESSOR
Resposta: Espera-se que os alunos reconheçam que a população brasileira era formada majoritariamente por mulheres, pardos e brancos.MANUAL DO PROFESSOR
- Povoado: relaciona-se à população relativa – uma área é muito povoada quando apresenta alta densidade demográfica, e pouco povoada quando apresenta baixa densidade demográfica.
- Superpovoado: uma área é considerada superpovoada quando sua população ultrapassa um limite de ocupação e de crescimento, podendo comprometer a qualidade de vida das pessoas. O superpovoamento pode ocasionar, por exemplo, dificuldade no fornecimento de saneamento básico a toda a população.
- Realizar a leitura do texto em voz alta, servindo como modelo de leitor.
- Comentar com os alunos que, além dos censos demográficos realizados a cada dez anos, o IBGE também realiza levantamentos anuais de dados da população brasileira. Atualmente, esses levantamentos são realizados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) na qual se baseiam os dados representados nos gráficos da página.
- Solicitar aos alunos que observem os gráficos e interpretem os dados relacionados à população de homens e mulheres no Brasil e à população por cor ou raça.
- Explicar aos alunos que o recenseamento do IBGE sobre a população brasileira identifica os critérios de cor ou raça com base no princípio de autodeclaração, ou seja, a própria pessoa responde que se reconhece como branca, parda, preta, indígena ou amarela – nomenclaturas utilizadas pelo órgão.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Os gráficos expressam informações estatísticas em formatos visuais diversos, contribuindo para o desenvolvimento da competência geral 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4.
Fim do complemento.
MP056
A estrutura etária da população
Outro aspecto levantado pelo IBGE é a estrutura etária da população, que se refere à distribuição por idade da população de uma unidade da federação, uma região ou um país.
É importante conhecer a estrutura etária de uma população, pois as necessidades das pessoas em cada faixa etária são diferentes. Crianças e jovens, por exemplo, necessitam de diversos serviços relacionados à educação. As pessoas adultas precisam de políticas que facilitem a obtenção de emprego. Os idosos, por sua vez, necessitam de serviços de saúde especializados e de aposentadoria .
2. Leia e interprete o gráfico.
Brasil e regiões: distribuição etária da população (2019)
Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua : características gerais dos domicílios e dos moradores. 2019. p. 8. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101707_informativo.pdf. Acesso em: 28 jan. 2021.
- De acordo com o gráfico, na população brasileira, qual era o grupo etário em maior porcentagem? E qual representava a
menor
porcentagem?
PROFESSOR
Resposta: A maior porcentagem era de adultos (49,3%) e a menor, de idosos (15,7%).
- Na região em que você vive, quais eram os grupos etários que apresentavam a maior e a
menor
porcentagem da população em 2019?
PROFESSOR
Resposta pessoal.3. Considerando o lugar em que você mora, que medidas poderiam ser tomadas pelos governantes para melhorar as condições de vida das pessoas da sua faixa etária?
PROFESSOR
Atenção professor: Espera-se que os alunos identifiquem algumas necessidades da própria faixa etária, considerando a realidade do lugar onde moram, como a presença de escolas e de áreas de lazer e as assistências médica e dentária adequadas. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
- Explicar aos alunos o que é estrutura etária (distribuição da população de uma unidade federativa, país ou região por grupos de idade).
- Conversar sobre a importância de se conhecer a estrutura etária da população para planejar ações de atendimento às necessidades de cada faixa de idade.
- Orientar a leitura e a interpretação do gráfico e compartilhar as respostas da atividade. Verificar se os alunos
reconhecem
no gráfico que os adultos compõem a maior parte da população brasileira, algo importante pois, muitas vezes, esse grupo etário é responsável pelos cuidados com as crianças, os jovens e os idosos.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Ao abordar a estrutura etária, é importante conversar com os alunos sobre as diferentes necessidades de cada grupo etário, destacando algumas ações e políticas públicas diferenciadas para cada um dos grupos. Solicitar a eles que indiquem ideias e ações que contribuam para a transformação das condições sociais de diferentes grupos etários, contribuindo com o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 3.
Fim do complemento.
Conhecer o país em números: a importância do censo demográfico
- Os levantamentos populacionais são realizados no país desde 1892. A partir da fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1938, que assumiu a responsabilidade pela condução da operação censitária, o censo demográfico vem sendo realizado decenalmente. [...]
Seus dados são utilizados para os mais diversos fins, servindo de referência para:
– o repasse de verbas federais para cada um dos municípios brasileiros, por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM);
MP057
O crescimento da população do Brasil
A população de um país cresce quando:
- o número de nascimentos é maior que o número de mortes, levando ao que chamamos de crescimento natural ;
- o
número
de pessoas que
entram
no país é maior que o
número
de pessoas que saem, gerando um fenômeno denominado saldo migratório positivo.
Apesar de a população brasileira continuar crescendo nos últimos anos, o ritmo de crescimento tem diminuído.
1. Leia e interprete o gráfico.
Brasil: crescimento da população (1890-2020)
FONTE: Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 68-69; BRASIL. Diário Oficial da União, 27 ago. 2020, ed. 165, seção 1, p. 71. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-pr-254-de-25-de-agosto-de-2020-274382852. Acesso em: 10 fev. 2021.
- De acordo com o gráfico, qual era a população brasileira em 1890?
PROFESSOR
Resposta: 14,3 milhões de habitantes.
- Quanto a população brasileira cresceu entre 2000 e 2010?
PROFESSOR
Resposta: A população brasileira cresceu aproximadamente 21 milhões de habitantes.
- Qual era a população do Brasil em 2020?
PROFESSOR
Resposta: 211,7 milhões de pessoas.2. Pesquisem no site do IBGE a população estimada do Brasil em tempo real. Lembrem-se de anotar a data e o horário de acesso. Depois, comparem as suas anotações com as dos outros colegas.
PROFESSOR
Resposta: No site do IBGE, é possível consultar a população do Brasil e de cada unidade da federação em tempo real, no link: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html. Acesso em: 13 maio 2021.MANUAL DO PROFESSOR
– mensurar os contingentes populacionais por idade e sexo, de forma a permitir a implementação das mais diversas políticas públicas, com destaque para aquelas relacionadas a saúde e educação e servir de referência para a produção das estimativas populacionais;
– o planejamento das pesquisas amostrais, sejam elas do IBGE, de outros órgãos produtores de estatísticas oficiais ou dos mais diversos institutos privados de pesquisa.
[...] Esses dados contribuem não apenas para ter um retrato do Brasil, mas também são importantes para avaliar e planejar políticas públicas.
FONTE: TEIXEIRA JR., Antonio E.; SILVA, Ulisses C. S. F. Conhecer o país em números: a importância do censo demográfico para o Brasil. ANPG, 15 abr. 2019. Disponível em: http://www.anpg.org.br/15/04/2019/conhecer-o-pais-em-numeros-a-importancia-do-censo-demografico-para-o-brasil/ . Acesso em: 23 abr. 2021.
- Realizar a leitura do texto em voz alta, esclarecendo dúvidas sobre os conceitos de crescimento natural e saldo migratório positivo.
- Sobre o gráfico, explicar que os dados representados se referem ao conjunto do país, havendo unidades da federação com maior e menor número de habitantes.
- Comentar que, provavelmente, nas próximas décadas, a população brasileira vai crescer em um ritmo mais lento.
Atividade complementar
- Propor aos alunos que ouçam o episódio 4 do podcast infantil Histórias de ninar para pequenos cientistas, no site Minas Faz Ciências, sobre o crescimento da população, disponível em:
https://minasfazciencia.com.br/podcasts/historias-de-ninar-para-pequenos-cientistas/. Acesso em: 3 jul. 2021. Em seguida, promover uma roda de conversa sobre as mudanças na forma de se analisar a questão demográfica e as descobertas em relação ao nascimento, ao envelhecimento, aos óbitos e às migrações.
Boxe complementar:
De olho nas competências
- Com relação ao gráfico sobre o crescimento da população brasileira, podem-se propor aos alunos outros questionamentos, como: qual era a população do Brasil quando a seleção brasileira de futebol foi campeã mundial em 1970, 1994 e 2002? Em 1950, aconteceu a primeira transmissão de TV no Brasil. Qual era a população do país naquele ano? Ao propor essas questões, os alunos estabelecem conexões entre diferentes temas, mobilizando a competência específica de Geografia 2.
Fim do complemento.
MP058
A expectativa de vida no Brasil
Uma importante mudança ocorrida nos últimos anos com relação à população brasileira foi o crescimento do número de adultos e de idosos. Essa mudança se relaciona com o aumento do tempo médio de vida das pessoas, que é chamado de expectativa de vida ao nascer.
3. Leia o texto e interprete o gráfico.
Expectativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 76,6 anos em 2019, diz IBGE
A expectativa de vida ao nascer dos brasileiros era de 76,6 anos em 2019, de acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) […].
Essa estimativa vem crescendo desde 1940. Naquele ano, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros hoje vivem, em média, 31,1 anos a mais do que em meados do século passado.
[...]
Entre os estados, a maior expectativa de vida foi registrada em Santa Catarina (79,9 anos) – 3,3 anos acima da média nacional de 76,6 anos. […]
No outro extremo, da população com menor expectativa de vida está o Maranhão, com 71,4 anos, seguido pelo Piauí, com 71,6 anos, e Rondônia, com 71,9 anos.
FONTE: Expectativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 76,6 anos em 2019, diz IBGE. G1, 26 nov. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2020/11/26/expectativa-de-vida-do-brasileiro-ao-nascer-foi-de-766-anos-em-2019-diz-ibge.ghtml. Acesso em: 28 jan. 2021.
Brasil: expectativa de vida (1940-2019)
- De acordo com o texto e o gráfico, qual era a expectativa de vida do brasileiro em 2019?
PROFESSOR
Resposta: 76,6 anos.
- Qual era a unidade da federação brasileira com a maior expectativa de vida? E a menor?
PROFESSOR
Resposta: Maior: Santa Catarina (79,9 anos). Menor: Maranhão (71,4 anos).
- Em sua opinião, quais fatores podem ter contribuído para o aumento da expectativa de vida da população brasileira?
PROFESSOR
Resposta: Os alunos devem comentar suas hipóteses sobre o aumento da expectativa de vida no Brasil.4. Por que é importante que os governos invistam na melhoria de serviços de saúde e em campanhas de hábitos de vida saudável?
PROFESSOR
Resposta: Comentar com os alunos que a melhoria dos serviços de saúde faz com que as pessoas adoeçam menos e se curem com mais frequência. O incentivo a hábitos saudáveis também contribui para o aumento da expectativa de vida.MANUAL DO PROFESSOR
- Comentar que outro importante dado analisado no estudo da dinâmica demográfica é a expectativa de vida ao nascer, ou seja, a média de idade que as pessoas de uma determinada população vivem.
- Solicitar a três alunos que façam a leitura da notícia em voz alta, atribuindo um parágrafo para cada um. Verificar então a fluência em leitura oral deles.
- Relembrar aos alunos que as notícias apresentam uma linguagem objetiva com o intuito de informar fatos e acontecimentos do dia a dia.
- Relatar que o número de idosos que vivem no Brasil vem aumentando, em razão de fatores como a melhoria no acesso a água tratada, esgoto, vacinas, serviços de saúde e campanhas de conscientização sobre os cuidados com o corpo.
- Comentar com os alunos que a melhoria das condições de vida pode ser alcançada por meio de participação social e exercício da cidadania, tema de relevância destacado neste volume. Para isso, como cidadãos, devemos fiscalizar a ação do poder público e exigir que políticas de saneamento básico e acesso à saúde sejam garantidas. Também é possível mobilizar as pessoas da comunidade divulgando informações sobre hábitos saudáveis, estimulando a prática de esportes em pequenos grupos e até mesmo convencendo familiares a mudarem hábitos alimentares. É importante que os alunos
percebam
que a mudança social também pode ser promovida a partir de pequenas práticas.
Boxe complementar:
Tema Contemporâneo Transversal: Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
Essa é uma oportunidade para incentivar os alunos a uma atitude respeitosa em relação aos idosos. Para isso, solicitar que observem nas proximidades da escola se há equipamentos para atividade física e espaços para jogos nas praças, se há transporte coletivo suficiente e com plataforma baixa para acesso, se há posto de saúde com atendimento preferencial e outros itens que podem ser observados no bairro.
Fim do complemento.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A valorização dos idosos é um aspecto importante do desenvolvimento de princípios éticos e inclusivos, como preconiza a competência geral 10.
Fim do complemento.
Direitos da pessoa idosa
O Brasil não é mais um país de jovens. Nas ruas, nas praças e em outros lugares públicos podemos encontrar senhores e senhoras que buscam novas formas de serem vistos e de se redescobrirem com a nova fase da vida. A ideia de um país jovem – o país do futuro – está perdendo espaço para a mais recente tendência mundial: o aumento do número de pessoas idosas e ativas na sociedade. Aos poucos, a pirâmide etária brasileira vai se invertendo, embalada pela queda da natalidade, desenvolvimentos tecnológicos, avanços da medicina e melhoria da qualidade de vida em geral. Ao final da primeira metade do século XXI, as pessoas idosas representarão cerca de 15% da população brasileira, segundo estimativas oficiais. […]
MP059
Migrações no Brasil
Você estudou alguns fenômenos que explicam diversas mudanças ocorridas na população brasileira. Agora, vai conhecer outro fenômeno importante: a migração.
Migração é o deslocamento de pessoas de um lugar para outro. Quando o deslocamento de pessoas ocorre dentro de um mesmo país, é chamado de migração interna ou nacional. Quando as pessoas se mudam de um país para outro, ocorre a migração externa ou internacional.
Migração interna no Brasil
As migrações internas e externas podem interferir no crescimento da população (quando entram muitos migrantes) ou na diminuição dela (quando saem muitos migrantes).
Para o estudo das migrações, é possível investigar a naturalidade das pessoas. A naturalidade se refere ao local de nascimento de uma pessoa, ou seja, o município e a unidade da federação em que ela nasceu. Com base nisso, a população pode ser dividida em naturais e não naturais.
Naturais: pessoas que vivem no mesmo município ou unidade da federação em que nasceram.
Não naturais: pessoas que vivem em um município ou unidade da federação diferente daquela em que nasceram.
1. No estudo das populações, qual é o significado de naturalidade? Escreva um pequeno texto e apresente para os colegas e o professor.
PROFESSOR
Resposta: A naturalidade diz respeito ao município e à unidade da federação em que uma pessoa nasceu.2. Em relação à naturalidade das pessoas, como podemos dividir a população?
PROFESSOR
Resposta: De acordo com o local de nascimento, a população pode ser dividida em natural e não natural.MANUAL DO PROFESSOR
Com a criação do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), um dos maiores avanços na perspectiva legal da população com mais de 60 anos, os direitos da pessoa idosa passaram a ser fortemente difundidos, ampliados e reivindicados com prioridade.
FONTE: Conhecendo os direitos da pessoa idosa. Secretaria da família e desenvolvimento social, Governo do estado do Paraná. Disponível em: http://fdnc.io/fsJ. Acesso em: 23 abr. 2021.
- Realizar a leitura do texto em voz alta, servindo como modelo de leitor.
- Esclarecer dúvidas sobre os conceitos de migração interna e externa.
- Verificar o desenvolvimento do vocabulário pelos alunos. Caso não saibam o significado das palavras do texto sobre as migrações, incentivar a consulta a dicionários impressos ou digitais.
- Explicar que, segundo o agrupamento feito pelo IBGE, existem dois grupos populacionais ligados à migração: o das pessoas que vivem no mesmo lugar onde nasceram, chamadas naturais, e o das pessoas que vivem em um lugar diferente daquele onde nasceram, denominadas não naturais.
- Assegurar-se de que os alunos tenham compreendido o significado de naturalidade. Para isso, solicitar a cada um que diga sua naturalidade em voz alta.
- Após a correção do texto produzido por cada aluno, é possível propor a reescrita daqueles que apresentarem algum problema.
MP060
Cartografando
O mapa abaixo representa a proporção de habitantes naturais e não naturais em cada unidade da federação brasileira.
Brasil: população natural e não natural por unidade da federação (2015)
Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios 2015: síntese de indicadores. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.
- Cite as duas unidades da federação em que a quantidade de pessoas naturais era muito maior do que a de não naturais.
PROFESSOR
Resposta: Exemplos: Rio Grande do Sul e Ceará.
- Em quais unidades da federação a proporção da população não natural era maior?
PROFESSOR
Resposta: No Distrito Federal, em Roraima e em Rondônia.
- Em 2015, qual era a proporção da população natural e não natural na unidade da federação em que você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
- Você faz parte da população natural ou da população não natural da unidade da federação em que você mora?
PROFESSOR
Resposta: Registrar em uma tabela na lousa o número de alunos naturais e não naturais da unidade da federação em que vocês estão, comparando com o dado representado no gráfico.
- Na opinião de vocês, quais são os motivos que podem levar as pessoas a migrar?
PROFESSOR
Atenção professor: Incentivar os alunos a formular hipóteses sobre os possíveis motivos das migrações. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Alfabetização cartográfica
As atividades possibilitam aos alunos interpretar um mapa temático sobre a população brasileira, representando a proporcionalidade de pessoas naturais e não naturais por unidade da federação.
Fim do complemento.
- Orientar os alunos na interpretação do mapa e na realização das atividades.
- Verificar se os alunos reconhecem que, em todas as unidades da federação brasileiras, a proporção da população natural é maior que o da população não natural. Este fato revela que a maioria da população brasileira vive no mesmo local em que nasceu.
- A partir das respostas dos alunos à atividade 4, elaborar uma tabela na lousa para registrar o número de alunos naturais e o número de alunos não naturais da unidade da federação onde vocês estão. Analisar os dados numéricos obtidos utilizando as noções de maioria e de minoria. O estudo de características dos alunos da sala permite que compreendam melhor como pode ser o estudo das características de uma população.
- Anotar as hipóteses de razões das migrações formuladas pelos alunos.
O estudo da população na Geografia escolar
O estudo da Geografia proporciona a aquisição e o aperfeiçoamento de determinados conceitos que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento do aluno não só como indivíduo no seu meio ambiente, mas também como cidadão em seu meio social. Portanto, ao propor um trabalho partindo da realidade do aluno dentro das problemáticas apresentadas da sociedade atual, o conteúdo População nos permite interferir em questões que fazem parte do dia a dia da escola. O estudo populacional, especificamente sob o olhar geográfico é, de fato, um aprendizado que possibilita aos alunos uma capacidade de interpretação crítica em relação às condições de vida das pessoas.
MP061
Por que as pessoas migram?
A migração de uma população está relacionada principalmente à qualidade de vida no lugar de nascimento. Grande parte das pessoas que migram procura por melhores condições de vida, como emprego e melhores serviços de saúde e de educação.
No Brasil, a desigualdade de condições de vida entre as localidades tem sido uma das principais causas dos fluxos migratórios. Há regiões do país, por exemplo, em que os serviços de saúde e de educação são de melhor qualidade do que em outras.
3. Leia e interprete o esquema.
Fonte: Antonio de Ponte Jardim e Leila Regina Ervatti. Migração interna na primeira década do século XXI: subsídios para projeções. In: Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI : subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. p. 106.
- De acordo com o esquema, em qual região brasileira havia maior
número
de pessoas que vieram de outras regiões?
PROFESSOR
Resposta: Na Região Sudeste.
- De qual região brasileira havia saído maior
número
de pessoas para morar em outras regiões?
PROFESSOR
Resposta: Da Região Nordeste.4. Que fatores contribuem para que as pessoas migrem para outras localidades?
PROFESSOR
Resposta: A busca por melhores condições de vida relacionadas a oportunidades de trabalho e aos serviços de saúde e de educação.MANUAL DO PROFESSOR
Dessa forma, o aluno estará aproveitando os conteúdos de Geografia para a sua formação, para ser um cidadão no sentido pleno da palavra, contribuindo para que ele esteja integrado criticamente na sociedade, participando ativamente de suas transformações. Assim, o estudo da população também vai repercutir na formação social do aluno, família e comunidade, gerando um debate acerca do conteúdo trabalhado com a realidade local. Isto permitirá ao aluno exteriorizar os conceitos que foram trabalhados durante as aulas.
FONTE: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Cadernos PDE, vol. II. Secretaria de Educação, Governo do estado do Paraná, 2014. p. 1 e 2. Disponível em: http://fdnc.io/fsK. Acesso em: 23 abr. 2021.
- Propor a leitura silenciosa do texto, que apresenta alguns dos motivos das migrações internas (geralmente de um estado para outro).
- Verificar a compreensão do texto pelos alunos e solicitar que comparem com as hipóteses levantadas anteriormente.
- Na leitura e na interpretação do esquema sobre as migrações entre as regiões brasileiras, solicitar que comparem, em cada região, o
número
de pessoas que vieram de outras regiões com o
número
de pessoas que saíram para morar em outras regiões.
Boxe complementar:
De olho nas competências
- As atividades permitem o aprofundamento do estudo sobre o fluxo migratório na unidade da federação e na região onde vocês estão e visam proporcionar uma reflexão acerca da importância do acolhimento e da valorização da diversidade, o que possibilita o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 4. Ao mesmo tempo, o tema permite promover um debate sobre participação social e exercício da cidadania, estimulando os alunos a refletir sobre formas de garantir que as pessoas migrantes sejam respeitadas e
tenham
seus direitos assegurados.
Fim do complemento.
Para leitura dos alunos
Origens, de Alexandre de Castro Gomes, Eliane Potiguara, Luís Eduardo Matta, André Kondo e Sonia Rosa. Editora do Brasil.
Cinco escritores originários de lugares diferentes (Portugal, Japão, África, Líbano e Brasil) misturam ficção e realidade em narrativas sobre suas raízes e seus antepassados, abordando as conexões que unem as pessoas.
MP062
Migração externa no Brasil
No Brasil atual, existe um grande número de migrantes externos, também chamados de imigrantes. Esses migrantes externos vieram por distintas razões e trouxeram diferentes hábitos culturais, contribuindo para a diversidade da população brasileira.
5. Leia a tabela.
Tabela: equivalente textual a seguir.
Brasil: número de migrantes externos por país de nascimento (2018) |
|
---|---|
País de nascimento |
Número de migrantes externos |
Venezuela |
32.104 |
Haiti |
14.154 |
Colômbia |
9.447 |
Bolívia |
7.813 |
Uruguai |
5.532 |
Argentina |
4.696 |
China |
4.180 |
Peru |
2.931 |
Estados Unidos |
2.499 |
Portugal |
1.205 |
Fonte: Leonardo Cavalcanti, Tadeu de Oliveira e Marília de Macedo (org.). Imigração e refúgio no Brasil: relatório anual 2019. Brasília: Observatório das Migrações Internacionais, 2019. p. 82.
- De acordo com a tabela, cite os três países com o maior
número
de migrantes
externos
residentes no Brasil em 2018.
PROFESSOR
Resposta: Venezuela, Haiti e Colômbia.
- De qual continente veio a maior parte dos migrantes externos que residiam no Brasil naquele ano?
PROFESSOR
Resposta: Do continente americano.MANUAL DO PROFESSOR
- Solicitar a um aluno que realize a leitura do texto, avaliando a fluência em leitura oral e a habilidade de ler com precisão, velocidade e prosódia.
- Verificar se os alunos reconhecem que migração externa se relaciona com a mudança de pessoas do país de origem para outro país.
- Na leitura da tabela, comentar que os dois países com maior índice de procedência de imigrantes em 2018 – Venezuela e Haiti – são locais que enfrentam, nos últimos anos, uma grande instabilidade econômica e política.
- Organizar uma roda de conversa, perguntando aos alunos quais são os motivos que levaram diferentes povos a migrar de seus países para o Brasil. Comentar que, a partir de 1822, migrantes de diversos países vieram para o Brasil à procura de trabalho e melhores condições de vida. A vinda de migrantes
externos
foi incentivada pelo governo e, inicialmente, foi maior na Região Sul e, depois, no Sudeste (principalmente nas primeiras décadas do século XX). Mais recentemente, os fluxos de migrantes
externos
diminuíram numericamente. Em 2018, representavam 0,4% do total da população brasileira.
Atividade complementar
- Mostrar aos alunos os gráficos produzidos pelo IBGE, relacionados à imigração por nacionalidade nos períodos compreendidos entre 1884-1933 e 1945-1959, disponíveis em:
http://fdnc.io/fsL.e http://fdnc.io/fsM. Acessos em: 25
mar.
2021.
Em seguida, solicitar que identifiquem os fluxos que predominaram em cada um dos dois períodos.
Imigração no Brasil: ontem e hoje
Desde o tempo em que o Brasil foi colônia, a vinda de imigrantes foi um tema para o país, que já teve uma parcela expressiva da sua população composta por estrangeiros. Hoje, no entanto, o cenário é outro. Estamos falando de cerca de 700 mil imigrantes estimados entre os mais de 200 milhões de brasileiros.
[...]
Na sua versão atualizada, o fluxo de estrangeiros ganha novas dimensões, mas também recoloca reflexões antigas. O Brasil deseja e está pronto para receber essas pessoas? Como controlar sua entrada e regular sua permanência? Quais serão os efeitos, do ponto de vista social e cultural? [...]
MP063
Migrantes externos que não deixam seus países de origem por vontade própria recebem o nome de refugiados. Trata-se de pessoas que saem de seu país de origem devido a conflitos de naturezas diversas. Há pessoas que também solicitam refúgio em outros países em razão da ocorrência de alguns fenômenos naturais, como terremotos, alagamentos e secas prolongadas.
Diversos migrantes externos que têm chegado ao Brasil conseguem obter melhor qualidade de vida em relação à que tinham em seus países de origem. No entanto, as dificuldades e os desafios são muitos, como aprender um novo idioma, conseguir emprego e se adaptar a uma nova cultura.
6. Quando solicitado, relate o que você compreendeu sobre os refugiados.
PROFESSOR
Resposta: Refugiados são pessoas que deixam seu país de origem contra a sua vontade devido a conflitos de naturezas diversas ou em decorrência de fenômenos naturais.7. Os refugiados se deslocam de seus países por vontade própria? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Não, os refugiados se deslocam para garantir sua segurança.
8. Quais são os desafios enfrentados pelos refugiados e migrantes externos ao vir para o Brasil? Converse com os colegas sobre isso.
PROFESSOR
Atenção professor: Espera-se que os alunos apontem dificuldades como aprender outro idioma, conseguir emprego e se adaptar à nova forma de viver. Fim da observação.Boxe complementar:
Entreviste
- Na companhia de um adulto de sua convivência, entreviste uma pessoa que tenha nascido em outro país e que tenha migrado para o Brasil. Siga o roteiro, registrando as respostas no caderno. Se possível, crie outras perguntas para fazer ao seu entrevistado.
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar os alunos na realização da entrevista e no compartilhamento dos resultados. Fim da observação.- Qual é seu país de origem?
- Quais foram os motivos de você ter migrado?
- Cite um hábito e um costume comum em seu país de origem.
- Quais foram os principais desafios que enfrentou ao chegar ao Brasil?
- Você gostaria de voltar a morar no país onde nasceu? Por quê?
- Cite uma informação que você conhecia sobre o Brasil antes de migrar.
- Apresente o resultado de sua entrevista aos colegas.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Mais de 50% dos indivíduos que chegam ao país hoje têm entre 19 e 30 anos. Ou seja, estão em plena idade produtiva. A região Sudeste é de longe o destino mais procurado. A categoria “estudante” aparece com frequência entre as ocupações. Tal combinação sugere que estamos falando de indivíduos que terão a oportunidade de “fazer sua vida” no país. Ao mesmo tempo, é claro que estamos diante de um novo ciclo de negociações culturais em que as possibilidades de troca terão, como em outros momentos, grandes implicações na identidade brasileira.
FONTE: MIRAGLIA, Paula; ALMEIDA, Rodolfo; ZANLORENSSI, Gabriel. O fluxo de imigração ao Brasil desde a chegada dos portugueses. Nexo Jornal, 11 jun. 2018. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/06/11/O-fluxo-de-imigra%C3%A7%C3%A3o-ao-Brasil-desde-a-chegada-dos-portugueses. Acesso em: 23 abr. 2021.
- Realizar a leitura silenciosa do texto, solicitando em seguida que os alunos contraponham suas respostas às atividades com os levantamentos feitos anteriormente.
- Verificar se compreendem a situação específica dos refugiados, que são obrigados a deixar seu país de origem visando melhores condições de vida.
- Organizar a classe de modo que possam compartilhar seus conhecimentos sobre os principais desafios enfrentados pelos estrangeiros ao vir morar no Brasil.
Entreviste
- Orientar os alunos a compartilhar com um adulto de sua convivência a atividade de entrevista com um migrante externo.
- Se for possível, convidar um migrante externo para ser entrevistado pela classe, pessoalmente ou por chamada de vídeo. Nesse caso, compartilhar as perguntas criadas individualmente pelos alunos como tarefa de casa e acrescentá-las à entrevista que a classe fará em conjunto.
- A partir das entrevistas, promover uma reflexão com os alunos sobre como agir para garantir que pessoas em situação de refúgio sejam acolhidas e respeitadas. Este momento contribui para o desenvolvimento do tema participação social e exercício da cidadania. É importante que os alunos sejam estimulados a sugerir ações práticas que possam ser realizadas nos níveis individual e coletivo e executadas por órgãos governamentais ou pela sociedade civil organizada.
Atividade complementar
- Assistir com os alunos à reportagem De casa nova – caminhos da reportagem, da TV Brasil, disponível em:
https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2019/09/de-casa-nova. Acesso em: 2
jul.
2021. Com base nas histórias dos migrantes, solicitar aos alunos que apontem as principais dificuldades que esses migrantes vêm enfrentando e do que mais têm gostado em nosso país.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A atividade de entrevista favorece o desenvolvimento da competência geral 9 e da competência específica de Ciências Humanas 1, ao permitir o exercício da empatia e do diálogo e a compreensão de si e do outro, valorizando o respeito à diferença.
Fim do complemento.
MP064
RETOMANDO OS CONHECIMENTOS
Capítulos 1 e 2
Avaliação de processo de aprendizagem
Você conheceu o modo de vida dos povos egípcios e chineses antigos e estudou algumas características da população mundial e brasileira atual. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.
- O Brasil é considerado um país populoso.
- Considerando essa informação, podemos dizer que o
número
da população absoluta do país é alto ou baixo?
PROFESSOR
Resposta: O número é alto.
- Dê três exemplos de outros países populosos do mundo na atualidade.
PROFESSOR
Resposta: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Paquistão.
- Considerando essa informação, podemos dizer que o
número
da população absoluta do país é alto ou baixo?
- Leia o depoimento de alguns migrantes que, atualmente, vivem na cidade de São Paulo.
Migração e diversidade
[...] São muitas histórias que formam a população de São Paulo:
“Sou Ana Maria da Silva Adão, moro em São Paulo, nasci em Minas Gerais e sou neta de indígena.”
“Meu nome é Yenny Marlene Rodrigues Cruz, eu nasci no Peru, em Tacna. Eu cresci na Bolívia e agora estou morando no Brasil.”
“Meus quatro avós são poloneses, por coincidência ou não, eles vieram na década de 1930.”
O que essas pessoas têm em comum é a riqueza de histórias. [...]
FONTE: Filipe Gonçalves. Pesquisa da USP revela que moradores de SP têm DNA de 25 povos do mundo, a maior diversidade do país. G1, 25 jan. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/01/25/pesquisa-da-usp-revela-que-moradores-de-sp-tem-dna-de-25-povos-do-mundo-a-maior-diversidade-do-pais.ghtml. Acesso em: 9 abr. 2021.
- O que os depoimentos apresentados têm em comum?
PROFESSOR
Resposta: São depoimentos dados por pessoas que descendem de imigrantes ou indígenas ou que são migrantes.
- Quais dificuldades um migrante externo pode ter ao chegar ao novo destino?
PROFESSOR
Resposta: O imigrante precisa aprender um novo idioma, encontrar trabalho e se adaptar a costumes diferentes dos seus.
- O que os depoimentos apresentados têm em comum?
- Cite dois aspectos que levaram alguns povos antigos a se estabelecerem perto de rios.
PROFESSOR
Resposta: A facilidade de captação de água para o abastecimento da população e para a fertilização do solo.
MANUAL DO PROFESSOR
Avaliação de processo de aprendizagem
As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 1 e 2.
Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades
- Explicar o que é um país populoso, indicando exemplos.
Espera-se que os alunos reconheçam que um país populoso tem uma população absoluta alta e citem exemplos.
- Identificar características comuns aos migrantes e desafios que podem enfrentar ao chegar a um novo destino.
Os alunos devem ler depoimentos e fazer inferências relativas às informações ali presentes, correlacionando-as com conhecimentos desenvolvidos no módulo. Espera-se que indiquem características comuns dos migrantes e dificuldades que os imigrantes podem enfrentar ao chegar em um novo país.
- Identificar a importância dos rios para alguns povos antigos.
Para esta atividade, os alunos precisam retomar os motivos da fixação dos povos antigos perto dos rios.
- Explicar a relação entre a atividade agrícola e os rios para os chineses antigos.
A atividade exige que os alunos observem e interpretem imagens e legenda, identificando as atividades agrícolas representadas.
- Explicar a importância da religião para os egípcios e os chineses antigos.
A resolução da atividade solicita uma reflexão sobre a importância da religião para os egípcios e os chineses antigos.
- Descrever as características do Estado e explicitar teorias sobre o seu surgimento.
A resolução da atividade requer a identificação do conceito de Estado e do contexto de seu surgimento.
MP065
- Analise as imagens de plantações de alimentos que também ocorriam ao norte e ao sul de um rio importante para os chineses antigos.
LEGENDA: Acima, cultivo de arroz, e, abaixo, cultivo de trigo na China. Fotos de 2020 e 2018. FIM DA LEGENDA.
- Quais são as atividades agrícolas representadas pelas imagens?
PROFESSOR
Resposta: Cultivo de arroz e cultivo de trigo.
- Qual era o nome do rio importante para os chineses antigos?
PROFESSOR
Resposta: Rio Amarelo.
- Explique com suas palavras por que a religião era importante para o povo egípcio e para o povo chinês antigo.
PROFESSOR
Resposta: Os deuses determinavam o cotidiano e o destino das pessoas para ambos os povos.
- Sobre o Estado, responda às perguntas a seguir.
- O que é?
PROFESSOR
Resposta: Uma organização política com poder centralizado e um corpo de funcionários que administram um território.
- Onde e como ele teria surgido?
PROFESSOR
Resposta: Há duas hipóteses: no Egito antigo ou na Europa, muito tempo depois.Autoavaliação
Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Responda às perguntas a seguir no caderno utilizando as palavras: “sim”, “em parte” ou “não”.
Tabela: equivalente textual a seguir.
Sobre as aprendizagens
a) Identifico o que é um país populoso e as razões do crescimento da população de um país?
b) Identifico motivos para a existência de fluxos migratórios e as consequências que esses fluxos podem ter em uma localidade?
c) Sei interpretar gráficos e mapas relacionados a características e à composição da população brasileira?
d) Identifico a importância dos rios para alguns povos antigos?
e) Descrevo as mudanças na organização política do Egito antigo, relacionando-a com o surgimento do Estado?
- O que é?
MANUAL DO PROFESSOR
Autoavaliação
A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.
MP066
Comentários para o professor
Conclusão do módulo dos capítulos 1 e 2
A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 1 e 2. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Como os primeiros povos se formaram e como a população mundial e brasileira se mostra atualmente?
Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre a diversidade de modos de vida e de culturas em diferentes povos e em períodos distintos da História e sobre aspectos da população mundial e brasileira atualmente.
Verificação da avaliação do processo de aprendizagem
Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.
Superando defasagens
Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.
- Identificar a ligação dos egípcios e chineses antigos com os rios, percebendo semelhanças.
- Descrever a forma de organização política dos egípcios antigos, relacionando-a com a ideia de Estado.
- Explicar a importância da religião para os povos antigos.
- Identificar o que é um país populoso e o que leva a população de um país a crescer.
- Reconhecer razões para a existência de fluxos migratórios e as consequências desses fluxos em uma localidade.
- Interpretar gráficos e mapas relacionados à demografia.
Para monitorar as aprendizagens por meio destes objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar os elementos relacionados ao estudo da formação dos povos e dados demográficos.
Em relação às temáticas trabalhadas no capítulo 1, vale rever com os alunos imagens e textos que apontem para a importância dos rios para os povos antigos, bem como as características das primeiras formas da organização política e a importância da religião para esses povos.
Em relação às temáticas trabalhadas no capítulo 2, sugere-se retomar com os alunos, com base nas atividades de compreensão de textos, elementos relacionados à dinâmica demográfica (crescimento da população, expectativa de vida, naturalidade e fluxos migratórios). Vale propor novas atividades de análise de tabelas, gráficos e mapas, permitindo a eles identificar importantes conceitos e temáticas relacionados à demografia.
A página MP263 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.
MP067
Introdução do módulo dos capítulos 3 e 4
Este módulo, formado pelos capítulos 3 e 4, permite aos alunos conhecer e refletir sobre a diversidade cultural, com destaque para as diferentes formas de contagem do tempo.
Atividades do módulo
As atividades do capítulo 3 possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF05GE02, ao favorecer a análise das características do Brasil como um país com desigualdades sociais e diversas riquezas culturais. São propostas atividades de interpretação de pintura, compreensão de textos, investigação em grupos, leitura de fotografias, mapas e gráficos e produção de escrita. Como pré-requisito, os alunos devem ser capazes de estabelecer semelhanças e diferenças entre as populações de diversas regiões brasileiras.
As atividades do capítulo 4 mobilizam a habilidade EF05HI08, ao explorarem formas de marcação do tempo em sociedades distintas. São desenvolvidas atividades de leitura e interpretação de quadrinhos e tabelas, compreensão de texto e observação e interpretação de calendários. Como pré-requisito, os alunos devem conhecer o calendário mais usado em nosso cotidiano para comparar com calendários de outros tempos e espaços.
Principais objetivos de aprendizagem
- Identificar diferentes formas de manifestações culturais no Brasil e no lugar de viver.
- Reconhecer que, no Brasil e em outros países, há desigualdades sociais e regionais entre os habitantes.
- Identificar formas de marcação do tempo dos romanos e dos chineses antigos.
- Listar fatos utilizados pelos povos antigos para marcar o início da contagem do tempo.
- Descrever calendários indígenas brasileiros.
- Identificar características de calendários africanos.
MP068
DESAFIO À VISTA!
Capítulos 3 e 4
Como podemos perceber a diversidade cultural dos diferentes povos?
CAPÍTULO 3. Diversidade cultural
O Brasil é um país com grande extensão territorial e diversidade cultural. Isso significa que em nosso país há muitos grupos étnico-culturais com diversas características, hábitos alimentares, línguas e formas de falar próprias.
A diversidade cultural brasileira é marcada pela influência de vários povos, principalmente de indígenas, africanos, europeus e asiáticos.
Essa diversidade pode ser constatada na multiplicidade de festas, danças e outras manifestações culturais que ocorrem no Brasil e nas diferentes características que cada uma dessas festas pode apresentar em cada localidade.
1. Observe a pintura.
LEGENDA: Carnaval, pintura de Fulvio Pennacchi, de 1982. FIM DA LEGENDA.
- Qual é a festa representada na pintura?
PROFESSOR
Resposta: O Carnaval.
- Essa festa é realizada da mesma maneira em todo o território brasileiro?
PROFESSOR
Resposta: Não, ela é comemorada de forma diferente em cada localidade do Brasil.
- Descreva como é essa festa no lugar em que você vive, apontando as semelhanças e as diferenças entre ela e a representação feita pelo artista. Quando o professor solicitar, leia seu texto para ele e para os colegas.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Desafio à vista!
A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia este módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre aspectos da riqueza cultural de diversos povos, considerando diferentes marcações da passagem do tempo. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.
Fim do complemento.
- Fazer uma leitura compartilhada do texto sobre diversidade cultural.
- Solicitar que observem a obra de Fulvio Pennacchi, identifiquem a manifestação cultural representada e realizem as atividades.
- Compartilhar informações sobre a origem do Carnaval no site da Biblioteca Nacional. Disponível em: http://bndigital.bn.gov.br/carnaval/. Acesso em: 18 abr. 2021.
- Comentar que as manifestações culturais remetem às formas de produzir, falar, cantar, dançar, festejar e se alimentar das pessoas.
- Identificar as representações sociais dos alunos quanto às manifestações culturais presentes no lugar de viver, perguntando quais eles conhecem e costumam compartilhar ou reproduzir.
- Solicitar que leiam os textos produzidos na atividade, avaliar a descrição feita por eles e verificar a adequação do texto em relação ao que foi proposto.
As atividades do capítulo 3 permitem aos alunos compreender como a diversidade cultural influencia a formação da população, analisando suas características culturais. Também possibilitam refletir sobre as desigualdades sociais no Brasil, com base em indicadores como taxa de analfabetismo e rendimento médio salarial, entre outros.
A BNCC no capítulo 3
Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo.
Objeto de conhecimento: Diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais.
Habilidade: (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios.
MP069
Leia agora um diálogo sobre diversidade cultural entre uma menina chamada Maria Eduarda e sua tia.
Diferentes culturas
— Bom dia, tia. Então vamos falar sobre as diferentes culturas? Tem cada coisa esquisita nesse mundo, né? Morar no gelo como os esquimós [que se autodenominam inuítes] não deve ser fácil. Neve por todos os lados, tudo branco, gelo, gelo e mais gelo. Só de pensar me dá frio. [...] Você disse que os esquimós têm várias palavras para a neve; como assim?
— Calma, garota! Uma coisa de cada vez. Primeiro quero que me diga o que entende por cultura.
— Pelo que entendi na escola, cultura é o modo de cada povo viver – cada povo tem seus hábitos, suas crenças, seus costumes. É isso?
[...]
— Vamos voltar às suas perguntas. Você perguntou sobre as várias palavras que os esquimós usam para neve. Preciso esclarecer uma coisa: cada povo classifica a realidade de acordo com a percepção da mesma, ou seja, certamente a percepção da realidade dos esquimós está relacionada com esse mundo de gelo onde vivem, que é bem diferente do viver em um país ensolarado como o nosso. Os esquimós têm várias palavras para designar a neve de acordo com o estado dela: fofa, densa, abundante entre outras. [...]
— Temos então que olhar para elas [as culturas] com a lente da cultura delas, certo? E vamos mudando as lentes conforme olhamos as culturas dos povos, assim não vamos achar nada estranho, apenas diferente.
FONTE: Regina Ramos. Diálogos com Maria Eduarda: filosofia para jovens. 1ª ed. Santos/São Paulo: Agbook, 2014. p. 155, 156, 161 e 162.
2. Para vocês, o que significa afirmar que devemos mudar as lentes à medida que olhamos a cultura dos povos?
- Quando solicitado, apresentem suas conclusões para os colegas.
PROFESSOR
Resposta: Espera-se que os alunos percebam que cada povo tem seu modo de vida e sua própria cultura e que o entendimento de cada elemento da realidade tem relação com a cultura.LEGENDA: Vista de paisagem no Alasca coberta pela neve, no norte do continente americano, em 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
- Dividir os alunos em duplas para que façam uma leitura do diálogo do texto da página em voz alta, com cada pessoa assumindo um personagem.
- Comentar que os povos inuítes, citados no texto como esquimós, vivem em áreas geladas do planeta, concentrando-se na região do Alaska (Estados Unidos), norte do Canadá e Groenlândia (Dinamarca), áreas com características muito distintas das que existem no Brasil.
- Solicitar a apresentação das respostas sugeridas para a frase “Mudar as lentes à medida que olhamos a cultura dos povos”.
MP070
Em cada localidade do Brasil, podemos encontrar manifestações culturais diferentes, como festas, danças e alimentos típicos. Conheça algumas manifestações culturais brasileiras no texto a seguir.
3. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
Pluralidade cultural
O nosso país é exemplo
Da grande diversidade
Por sua rica cultura
Sinal de brasilidade
Com todas as diferenças
Mostra a sua pluralidade.
Terra dos muitos sotaques
Cores e manifestações
E com as várias etnias
Preservando as tradições
As diferenças existem
Entre as várias regiões.
Nordestino fala oxente
Que é próprio da região
O mineiro fala uai...
Com muita satisfação
O gaúcho já fala tchê
E numa forte expressão.
[...]
O Brasil é um grande palco
De bela apresentação
Do frevo, samba e forró
Carnaval e folião
Ciranda e coco de roda
Xote, xaxado e baião.
[...]
Tem a festa do divino
Que é muito popular
Tem a folia de reis
Maracatu pra dançar
Além da bela catira
E o belo boi-bumbá.
A nossa cultura é rica
Pois tem forte tradição
Na música e na poesia
E também na religião
Carnaval e futebol
É verdadeira paixão.
[...]
MANUAL DO PROFESSOR
- Fazer uma leitura em voz alta do texto inicial, que se trata de um cordel intitulado Pluralidade cultural.
- Indicar que o cordel é uma forma de expressão literária popular característica da Região Nordeste e que possui uma estrutura narrativa em versos; costuma ser impressa em folhetos de papel-jornal ilustrados com xilogravuras.
- Solicitar aos alunos que leiam o texto em voz alta, verificando a fluência em leitura oral, avaliar o progresso dos alunos quanto à precisão e à velocidade da leitura.
Boxe complementar:
De olho nas competências
- Ao observar e reconhecer no capítulo diferentes manifestações culturais e artísticas, recorrendo a conhecimentos prévios e suas vivências e valorização da diversidade de indivíduos, promove-se o desenvolvimento da competência geral 3 e da competência específica de Ciências Humanas 4. Também permitem desenvolver a competência específica de Ciências Humanas 1, pois instigam os alunos a reconhecer que a diversidade cultural e a multiplicidade de vivências e costumes podem enriquecer a formação intelectual e ética das pessoas.
Fim do complemento.
Literatura de cordel
A literatura de cordel é uma expressão literária popular característica do interior do Nordeste [...]. Caracteriza-se essencialmente por sua estrutura narrativa, a composição em versos, a impressão em pequenos folhetos de papel-jornal ilustrados com xilogravuras, e o objetivo de ser declamada nas feiras públicas. Esses folhetos normalmente são expostos em cordas, por isso a denominação “literatura de cordel”. [...]
MP071
Famosas festas juninas
É uma grande tradição
No nordeste brasileiro
É a maior animação
Fogueira e milho assado
Quadrilha, forró e quentão.
[...]
Esse é o país da alegria
É cheio de sonoridade
Tem ritmo de todo jeito
Forte musicalidade
Sendo um misto de beleza
É sua própria identidade.
Terra dos vários sabores
Com culinária aprovada
Pamonha e acarajé
Pé de moleque, feijoada
Baião de dois, tapioca
Carne de sol, galinhada.
Tem pato no tucupi
E também no tacacá
Tem churrasco com fartura
E o gostoso mungunzá
O chimarrão lá no sul
E na Bahia o vatapá.
[...]
Esse é um breve relato
Da nossa pluralidade
O Brasil é um país
Que tem sua identidade
Mostra em todos os ritmos
A sua originalidade.
FONTE: Juarês Alencar Pereira. Pluralidade cultural. Disponível em: https://juaresdocordel.blogspot.com/2014/04/pluralidade-cultural.html. Acesso em: 28 jan. 2021.
4. Quais manifestações culturais citadas no texto podem ser observadas no seu lugar de viver?
PROFESSOR
Atenção professor: Solicitar aos alunos que indiquem os elementos culturais mencionados no cordel que também estão presentes na localidade em que moram. Fim da observação.5. No seu lugar de viver, existem manifestações culturais que não foram citadas no texto? Se sim, quais são elas?
PROFESSOR
Atenção professor: Comentar com os alunos as manifestações culturais citadas por eles e, se possível, dar outros exemplos. Fim da observação.
6. Comente com os colegas e o professor o que você aprendeu, após a realização dessas atividades, sobre pluralidade cultural.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
As origens do cordel podem ser traçadas até as tradições medievais da literatura europeia. [...] Contudo, [...] as histórias ibéricas foram transplantadas já possuindo contribuições orientais e africanas, e receberam aqui um novo influxo das culturas africanas e indígenas, em especial através da influência do conto folclórico. Os primeiros folhetos de cordel coletados no Brasil datam de 1890, mas é quase certo que as manifestações do cordel já se façam presentes na metade do século XIX. [...] A formação do público do cordel no Nordeste está ligada ao nascimento das feiras de agricultores. A falta de um uso sistemático de meios de comunicação impressos deu força a uma tradição de comunicação oral, e durante muito tempo foram os cordelistas que forneceram informação e divertimento para a população do meio rural nordestino.
FONTE: Literatura de cordel. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo9658/literatura-de-cordel. Acesso em: 15 maio 2021.
- Organizar os alunos em grupos para que identifiquem no cordel exemplos de diversidade cultural no Brasil e respondam: Como é o modo de falar das pessoas de diferentes locais? Quais são os ritmos musicais e festejos citados? Quais são as receitas e os tipos de alimento característicos de diversas localidades brasileiras citadas?
- Perguntar a eles por que o Brasil é considerado um país plural, estimulando a reflexão de que o país é marcado pela diversidade cultural, com variadas tradições, população de origens e etnias diferentes, costumes e culturas diversas.
- Avaliar as respostas orais sobre a compreensão do texto, se a interpretação solicitada do texto foi reproduzida de maneira correta.
- Verificar as representações sociais dos alunos com relação às manifestações culturais no lugar em que vivem.
Atividade complementar
Orientar os alunos a elaborar pequenos cartazes com informações contidas no texto ou outras referentes à diversidade cultural do Brasil. Solicitar que completem a frase: “Meu país é plural porque...” e escolher um lugar da escola para a exposição dos cartazes.
MP072
Festas e danças populares no Brasil
- Em qualquer lugar do nosso país, as festas e as danças populares são resultado da influência de diferentes povos, sejam indígenas, africanos, europeus, ou mesmo de migrantes vindos de outras regiões do Brasil. Que tal conhecer algumas festas e danças populares?
FONTE: Representação esquemática, fora de proporção e escala, para fins didáticos.
MANUAL DO PROFESSOR
- As atividades promovem a reflexão sobre a diversidade cultural brasileira, por meio do conhecimento de diferentes festas e danças populares que as pessoas praticam em diferentes localidades do país.
- Comentar com os alunos que elas são tradições que marcam profundamente as relações das pessoas entre si e com o lugar onde são praticadas. Muitas são acompanhadas com outros tipos de manifestações culturais, como a culinária, a música, a arte cênica, procissões e brincadeiras.
- Solicitar aos alunos que observem os textos e as imagens que compõem o infográfico sobre festas e danças populares, praticadas em diferentes regiões brasileiras.
- Indicar que algumas dessas manifestações culturais não são restritas a uma única região do país, mas se destacam na região mencionada.
Boxe complementar:
Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural
Retomar com os alunos a influência indígena, africana, europeia e asiática na formação cultural do Brasil e em diferentes manifestações culturais. Solicitar a eles que, durante a pesquisa sobre festas e danças, também reconheçam essas influências. Promover o compartilhamento das investigações realizadas, para que percebam que a valorização das diferentes expressões culturais é uma maneira de preservá-las.
Fim do complemento.
Para leitura dos alunos
Etnias e cultura, de Nereide Schilaro Santa Rosa. Moderna.
O livro aborda, por meio de manifestações artísticas, a influência de grupos nômades, indígenas, africanos e europeus na formação da população brasileira.
MP073
1. Você já ouviu falar dessas festas e danças populares?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
2. Alguma delas é realizada no lugar onde você vive? Se sim, qual?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
3. Pesquisem outras informações sobre as festas e as danças populares representadas e produzam um texto coletivo sobre elas.
PROFESSOR
Resposta: Orientar a pesquisa e a produção textual dos alunos.MANUAL DO PROFESSOR
- Dividir os alunos em grupos e pedir a eles que se organizem autonomamente, de forma que todos possam ler textos do infográfico e das legendas das fotografias.
- Escolher com os alunos a festa ou dança sobre a qual cada grupo deve realizar uma pesquisa mais aprofundada.
- Solicitar que consultem diferentes fontes de informação. Pode-se sugerir o uso dos textos da Fundação Joaquim Nabuco, órgão do governo federal que é referência no estudo da cultura popular brasileira. Disponível em https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/. Acesso em: 3 jun. 2021.
- Orientar os alunos a elaborar uma versão preliminar do texto coletivo, que deverá ser revisada por um ou mais grupos da sala. Depois de revistos pelos colegas, os textos devem ser reescritos e afixados em um mural da sala de aula ou escola.
- Se possível, propor a criação de um
blog
coletivo ou revista digital e publicá-los em ambientes virtuais.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A atividade de pesquisa contribui para o desenvolvimento da competência geral 1, na medida em que promove a consulta e a curadoria de fontes de informações, e da competência geral 3, pois valoriza diferentes formas de manifestações artísticas e culturais. Por ser desenvolvida em pequenos grupos e prever a revisão coletiva dos textos, também favorece o desenvolvimento das competências gerais 8 e 10, com base na autocrítica, no reconhecimento de suas emoções, no exercício da escuta e do diálogo e na tomada de decisões em conjunto.
Fim do complemento.
MP074
Brasil: país de contrastes
Vimos que o Brasil é um país populoso e que possui grande diversidade cultural.
No entanto, há pessoas em nosso país que têm melhores condições de vida que outras, tendo mais acesso a moradias dignas, a oportunidades de trabalho e a serviços de saúde e de educação, por exemplo.
A desigualdade social em um país ou uma região pode ser constatada de muitas maneiras. Um dos fatores que a revelam é a diferença no acesso a um bom serviço de educação, que pode ser verificado pela porcentagem de pessoas alfabetizadas na população.
1. Leia e interprete o mapa.
Brasil: taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais de idade (2019)
Fonte: IBGE. Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por sexo e grupo de idade. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua anual. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/7113. Acesso em: 28 jan. 2020.
MANUAL DO PROFESSOR
- Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre questões relacionadas às desigualdades sociais no país e ao modo que elas se manifestam.
- Orientar a leitura compartilhada do texto inicial.
- Solicitar aos alunos que observem o mapa que representa dados das taxas de analfabetismo no Brasil considerando pessoas com mais de 15 anos de idade.
Boxe complementar:
-
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4. Educação de qualidade
As atividades permitem desenvolver o ODS 4, que prevê assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Ainda que em muitas localidades no Brasil a rede de ensino seja precária, outras localidades contam com um ensino público de qualidade. Vale realizar com os alunos pesquisas sobre municípios da unidade federativa em que vivem que tenham bons indicadores na área da educação, compartilhando experiências positivas que possam ser replicadas.
Fim do complemento.
Gráficos e mapas: para que servem?
Para muita gente, gráficos e mapas não passam de meras ilustrações [...]. A importância deles, no entanto, é bem maior.
Devemos, entretanto, conscientizar-nos de que, sendo meios de comunicação, eles precisam desempenhar uma tríplice função: registrar os dados, tratar esses dados para descobrir como se organizam e, depois, comunicar o conteúdo da informação revelada.
Assim, gráficos e mapas passam a ser úteis, constituindo instrumentos de reflexão e de descoberta do real conteúdo da informação. Eles devem dirigir o discurso e não ilustrá-lo. Devem revelar o que há a dizer e que decisão tomar diante dos resultados descobertos.
[...]
MP075
- Quais eram as unidades da federação que apresentavam as maiores taxas de analfabetismo no Brasil em 2019?
PROFESSOR
Resposta: Maranhão, Piauí, Paraíba e Alagoas.
- Quais eram as unidades da federação que apresentavam as
menores
taxas de analfabetismo em 2019?
PROFESSOR
Resposta: Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Paraná, Roraima, Mato Grosso do Sul e Goiás.
- Em 2019, qual era a taxa de analfabetismo na unidade da federação em que você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
2. De acordo com o mapa, é possível afirmar que há igualdade de acesso à educação no Brasil? Explique.
PROFESSOR
Atenção professor: Espera-se que os alunos afirmem que o acesso à educação é desigual, relacionando a taxa de analfabetismo nas diferentes regiões brasileiras. Fim da observação.3. Leia e interprete o gráfico.
Brasil: escolaridade média da população de 18 a 29 anos por localidade (2017)
Fonte: Priscila Cruz e Luciano Monteiro (org.). Anuário brasileiro da educação básica 2019. 8ª ed. São Paulo: Todos pela Educação/Moderna, 2019. p. 77.
- De acordo com o gráfico, qual era a escolaridade média da população de 18 a 29 anos que vivia em espaços urbanos no Brasil? E em espaços rurais?
PROFESSOR
Resposta: A escolaridade média das pessoas que viviam em espaços urbanos era de 11,6 anos e, nos espaços rurais, era de 9,6 anos.
- Em sua opinião, qual pode ser a causa dessa diferença na escolaridade entre os espaços urbano e rural?
PROFESSOR
Resposta: Pode-se indicar que nas cidades a oferta de serviços educacionais é maior.4. Reflitam sobre a desigualdade no acesso à educação no Brasil e elaborem, escrevendo um texto, duas propostas para a redução dessa desigualdade.
- Quando solicitado, apresentem suas propostas para os colegas.
PROFESSOR
Resposta: As propostas de melhoria no acesso à educação devem partir dos conhecimentos prévios e das experiências pessoais dos alunos.5. A alfabetização é um direito de todos os cidadãos brasileiros.
- Expliquem por que é importante que o direito de saber ler e escrever seja garantido a todos. Compartilhem suas ideias com os colegas.
PROFESSOR
Resposta: Os alunos devem expor seus posicionamentos com relação ao direito à alfabetização.
- Quando solicitado, apresentem suas propostas para os colegas.
MANUAL DO PROFESSOR
Diante de um gráfico ou mapa, o leitor pode se interessar por um aspecto particular ou pode desejar ter conhecimento global do assunto que está sendo representado.
Para tanto, ele inicia a leitura identificando de que trata o gráfico ou mapa. Isso está declarado, num primeiro momento, no título, que deve dizer “o quê”, “o onde” e “o quando” a respeito do tema, completando-se depois com outros dizeres que estarão sobre o gráfico ou mapa, principalmente com a respectiva legenda, que explica o significado dos signos.
De posse dessa identificação, o leitor entra direto no âmago da representação gráfica, que deverá ser eficaz para poder lhe revelar o conteúdo da informação que ela encerra. [...]
FONTE: MARTINELLI, Marcello. Gráficos e mapas: construa-os você mesmo. São Paulo: Moderna, 1998. p. 12-14.
- Solicitar aos alunos que interpretem o gráfico relacionado à escolaridade média de pessoas entre 18 e 29 anos residentes em espaços urbanos e rurais, indicando que esses dados têm como referência os anos de estudo frequentando a escola ou outro canal de educação formal.
- Verificar se reconhecem que nos espaços rurais a escolaridade média é menor que nos espaços urbanos.
- Comentar que fatores como distância da escola e a inserção mais cedo no mundo do trabalho podem impedir muitos jovens de concluir seus estudos nos ensinos fundamental e médio.
- Compartilhar as respostas das atividades e realizar uma roda de conversa sobre a importância do direito à alfabetização.
- Orientar os alunos na produção de escrita.
- Comentar sobre desigualdades no território brasileiro com relação às taxas de analfabetismo, apontando que, em alguns espaços rurais e urbanos do Brasil, muitas pessoas enfrentam dificuldade para
terem
acesso ao estudo formal.
Para complementar
- Espera-se que os alunos identifiquem medidas como a construção de escolas e de universidades em áreas rurais e a melhora no serviço de transporte entre diferentes áreas dos municípios, para que a população rural possa ter o mesmo acesso à educação que os moradores das cidades.
- Os alunos podem indicar que a alfabetização permite que todos participem da vida social na medida em que é condição para a efetivação da escolaridade, o uso de meios de comunicação, a participação em esferas da vida política e o acesso a mais oportunidades de trabalho, entre outros fatores.
MP076
A desigualdade de rendimento salarial
A maioria das pessoas trabalha e recebe um salário mensal que contribui para o pagamento das suas despesas. Esse salário pode variar em razão do local em que a pessoa trabalha e do tipo de atividade que ela realiza.
De acordo com a legislação brasileira, um trabalhador com registro em carteira não pode receber menos que um salário mínimo. No entanto, muitas pessoas realizam trabalhos informais, isto é, que não são registrados por lei, perdendo uma série de direitos, como o recebimento de salário mínimo, de férias, entre outros.
Além da diferença no acesso aos direitos trabalhistas, há outros fatores que interferem no rendimento de cada trabalhador.
LEGENDA: Carteira de trabalho emitida pelo governo federal e necessária para que uma pessoa possa ser registrada por seu empregador. FIM DA LEGENDA.
- Leia e interprete o gráfico.
Brasil: rendimento médio mensal de homens e mulheres (2019)
Fonte: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua : rendimento de todas as fontes. 2019. p. 1. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101709_informativo.pdf. Acesso em: 28 jan. 2021.
- De acordo com o gráfico, qual era o rendimento médio mensal dos residentes no Brasil em 2019?
PROFESSOR
Resposta: O rendimento médio mensal era de 2.308 reais.
- Qual era a diferença de rendimento médio mensal entre homens e mulheres?
PROFESSOR
Resposta: Os homens ganhavam 570 reais a mais que as mulheres.
- Em sua opinião, por que existe essa diferença no rendimento médio mensal entre homens e mulheres? Você concorda com essa situação?
PROFESSOR
Resposta: Espera-se que os alunos reflitam sobre a situação, identificando que, de maneira geral, as mulheres têm menor aceitação em cargos de chefia, para os quais a remuneração é mais elevada. Trata-se de um valor relacionado à história e à cultura da sociedade.MANUAL DO PROFESSOR
- Fazer a leitura em voz alta, observando a fluência em leitura oral.
- Verificar a compreensão de texto pelos alunos sobre a questão da remuneração do trabalhador formal e informal.
- Comentar que um salário mínimo corresponde ao menor valor necessário a uma pessoa para garantir sua sobrevivência. No Brasil, esse valor é estabelecido por lei e é reavaliado anualmente, tendo como referência o custo de vida da população (valor médio dos preços dos principais alimentos, custo de moradia e serviços públicos, entre outros).
- Solicitar aos alunos que realizem as atividades a partir da leitura do gráfico que representa a disparidade de remuneração entre homens e mulheres.
- Comentar que a desigualdade de rendimento entre homens e mulheres também ocorre em outros países do mundo, e não somente no Brasil.
Para leitura dos alunos
Prisioneiros da Geografia para jovens leitores – Nosso mundo explicado em 12 mapas, de Tim Marshall, Grace Eastone e Jessica Smith. Pequena Zahar.
Com base na leitura de mapas, são abordados assuntos que intrigam as mentes curiosas, como desenvolvimento e desigualdades, superpotências e países pobres.
Identidade cultural
[…] Nossa identidade cultural está diretamente ligada ao que somos e como vemos o mundo. Ela começa a ser moldada quando nascemos e é construída até o momento em que morremos. Os valores e as normas que estão ligados a uma cultura dentro de uma sociedade ou comunidade comum podem variar e até mesmo serem contraditórios: alguns grupos de indivíduos podem basear suas experiências de vida em sua religiosidade, enquanto outros se baseiam em uma visão puramente científica do mundo. As pessoas participam de várias identidades simultaneamente, em combinações às vezes conflitantes […].
MP077
No Brasil e em muitos países, é possível observar diferenças entre o rendimento médio dos homens e das mulheres.
7. Quando solicitado, leia a notícia em voz alta.
Participação das mulheres no mercado de trabalho
Apesar de terem conquistado mais espaço, as mulheres ainda têm menos espaço no mercado de trabalho e possuem uma participação maior no serviço familiar não remunerado na comparação com os homens.
É o que apontam dados divulgados [...] pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A pesquisa mostra ainda que, entre as mulheres, a taxa de desemprego é maior. [...]
Os dados da OIT indicam que, proporcionalmente, há mais mulheres com dificuldade de encontrar trabalho do que homens – e essa tendência vem piorando. [...]
FONTE: Karina Trevizan. Participação das mulheres no mercado de trabalho segue menor que a dos homens, diz OIT. G1, 7 mar. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/participacao-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho-segue-menor-que-a-dos-homens-diz-oit.ghtml. Acesso em: 28 jan. 2021.
LEGENDA: Mulheres trabalhando em uma fábrica de computadores no município de Manaus, no estado do Amazonas, em 2016. FIM DA LEGENDA.
8. Segundo a notícia, qual é a situação das mulheres no mercado de trabalho?
PROFESSOR
Resposta: A notícia indica que, apesar de terem conquistado mais espaço no mercado de trabalho, as mulheres possuem uma participação menor que a dos homens.MANUAL DO PROFESSOR
Acredita-se, no entanto, que, em vez de falar de identidade como coisa acabada, deveríamos falar de uma identificação, de um processo; essa identidade nunca é plena dentro dos indivíduos; ao contrário, ela precisa ser “preenchida” e desenvolvida. Nossa identidade não é nem genética nem hereditária; ao contrário, é formada e transformada no interior de uma representação. A nação torna-se, nesse processo formador de identidade, uma comunidade simbólica em um sistema de representação cultural. E a cultura nacional é um discurso ou modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto as ações quanto as concepções que temos de nós mesmos.
FONTE: SILVA, Isis S. T. B.; SILVA JR., Josué B. A construção da identidade vista na escola: desafios e perspectivas. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/16/2/a-construo-da-identidade-vista-na-escola-desafios-e-perspectivas. Acesso em: 17 jun. 2021.
- Fazer uma leitura em voz alta da notícia, gênero textual que tem linguagem mais objetiva e procura reportar fatos e acontecimentos do dia a dia.
- Em seguida, verificar a compreensão de texto e socializar a resposta da atividade.
- Conversar com os alunos a respeito da diferença de renda entre homens e mulheres que exercem a mesma função.
- Comentar que o acesso igualitário a oportunidades para homens e mulheres consta como direito na Constituição Federal, principal conjunto de leis que trata dos direitos e deveres dos cidadãos brasileiros.
Boxe complementar:
- Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5. Igualdade de gênero
- As atividades permitem desenvolver o ODS 5, que prevê alcançar a igualdade de gênero e empoderar mulheres e meninas. Sugere-se a realização de uma roda de conversa com os alunos debatendo a importância de que homens e mulheres
recebam
um salário semelhante ao desempenhar a mesma função. Podem-se apresentar aos alunos alguns exemplos de remuneração díspares entre homens e mulheres para o mesmo cargo, a exemplo dos indicados na notícia da Agência Brasil, em março de 2020. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-03/apos-7-anos-em-queda-diferenca-salarial-de-homens-e-mulheres. Acesso em: 24 maio 2021.
Fim do complemento.
MP078
Cartografando
Leia e interprete o mapa.
Brasil: rendimento médio de homens e mulheres (2020)
Fonte: IBGE. Rendimento médio nominal, habitualmente recebido por mês e efetivamente recebido no mês de referência, do trabalho principal e de todos os trabalhos, por sexo. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua trimestral. Disponível em: http://fdnc.io/fsP. Acesso em: 28 jan. 2021.
- Qual é o título do mapa?
PROFESSOR
Resposta: Brasil: rendimento médio de homens e mulheres (2020).
- O que o mapa representa com relação à desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil?
PROFESSOR
Resposta: Os homens tinham um rendimento médio salarial mais alto que o das mulheres.
- De acordo com o mapa, o rendimento médio salarial de homens e de mulheres variava em 2020 entre as unidades da federação? Dê um exemplo.
PROFESSOR
Resposta: Sim. Nesse ano, por exemplo, enquanto no Pará a média salarial das mulheres era de aproximadamente R$ 1.507,00, no Distrito Federal era de R$ 3.449,00.
- Compare a média de rendimentos de homens e de mulheres na unidade da federação em que você vive.
PROFESSOR
Resposta: Deve-se registrar o quanto homens e mulheres recebiam em média naquele ano e indicar a diferença entre os valores.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Alfabetização cartográfica
As atividades possibilitam aos alunos ler e interpretar informações relativas ao rendimento médio de homens e mulheres, no Brasil, em mapa temático com gráficos de colunas.
Fim do complemento.
- Orientar os alunos na leitura e na interpretação das informações representadas no mapa.
- Solicitar que observem que o tamanho da
coluna
representa o rendimento médio da população da unidade da federação e a cor representa a proporção de homens e mulheres com esse rendimento. Desse modo, é possível observar o rendimento médio da população por sexo e por unidade da federação.
Boxe complementar:
De olho nas competências
- Na leitura de mapas quantitativos, potentes instrumentos gráficos de difusão da informação geográfica, desenvolve-se um trabalho com uma linguagem singular que mobiliza a competência geral 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4. Na comparação entre dados de localidades distintas, mobiliza-se a competência específica de Geografia 3, com o desenvolvimento dos princípios do raciocínio geográfico de analogia e diferenciação.
Fim do complemento.
Cartografia temática
A cartografia temática usa os mapas como base técnica para representar informações diversas de qualquer natureza, como fenômenos culturais, humanos [...] e econômicos [...]. Também pode contemplar aspectos físicos, como a média anual de temperatura ou precipitação sobre uma área e seu tipo de solo.
Mais do que descrever fenômenos, o mapa temático abre espaço para a análise. Com eles, é possível refinar as habilidades de leitura e interpretação, de modo a permitir que os estudantes os usem como ferramentas de consulta e comunicação, importantes em diversos campos da ciência e na vida prática.
FONTE: SALLA, Fernanda. Mapas temáticos para avançar na interpretação. Nova Escola, 1º set. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/fsN. Acesso em: 3 jun. 2021.
MP079
Outro aspecto que revela a desigualdade social no Brasil é o rendimento mensal por domicílio.
Leia e interprete o mapa.
Brasil: rendimento mensal domiciliar por pessoa (2019)
Fonte: IBGE. IBGE divulga o rendimento domiciliar per capita 2019. Agência IBGE Notícias, 28 fev. 2020. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/26956-ibge-divulga-o-rendimento-domiciliar-per-capita-2019. Acesso em: 28 jan. 2021.
- O que o mapa representa com relação à desigualdade social no Brasil? Dê um exemplo para justificar sua resposta. Quando solicitado, apresente-a para os colegas.
PROFESSOR
Resposta: Ele representa que há desigualdade de rendimentos entre os domicílios das unidades da federação brasileiras. Enquanto a média do rendimento em um domicílio dos estados de MA, AL e PA era de R$ 635,59 a R$ 1.045,93, no DF era de R$ 2.276,65 a R$ 2.685,76.
- Localize no mapa a unidade da federação em que você vive. Nela, em 2019 qual era o rendimento mensal por pessoa nos domicílios?
PROFESSOR
Resposta: As respostas devem considerar os dados quantitativos da unidade da federação onde os alunos vivem.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Alfabetização cartográfica
As atividades possibilitam aos alunos ler e interpretar informações relativas ao rendimento mensal domiciliar per capita em mapa temático, evidenciando desigualdades regionais no território brasileiro.
Fim do complemento.
- Orientar os alunos na leitura e na interpretação das informações representadas, iniciando pela leitura do título e da legenda.
- Explicar que o rendimento mensal domiciliar por pessoa auxilia na medição do grau de desenvolvimento econômico de uma localidade.
- Auxiliar os alunos a verificar em quais unidades da federação encontram-se os maiores rendimentos mensais.
MP080
Ações que transformam
Em diversos países do mundo, muitas pessoas enfrentam situações difíceis e algumas delas se mobilizam para transformar a realidade.
Conheça a história de duas meninas que mudaram a realidade de muitas crianças no lugar em que viviam.
1. Quando solicitado, leia os textos em voz alta.
Thandiwe Chama
Aos 8 anos de idade Thandiwe Chama viu sua escola [localizada na Zâmbia, país do continente africano] ser fechada em consequência da falta de professores. Thandiwe não aceitou a situação e liderou um grupo de 60 crianças em uma caminhada para encontrar outra escola. O resultado foi que todas as crianças foram levadas para a Escola Cecup Jack. Até hoje, Thandiwe continua lutando pelo direito à educação para todas as crianças. [...]
LEGENDA: Thandiwe Chama com o troféu do Prêmio Internacional da Paz das Crianças, que recebeu em 2007. Na fotografia, Thandiwe está em frente à sua casa em um bairro na cidade de Lusaka, capital da Zâmbia. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Thandiwe Chama continuou sua luta em favor da educação e, em 2015, participou do Fórum Econômico e Social da Juventude, organizado pela Organização das Nações Unidas na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
- Antes de iniciar a leitura dos textos, perguntar para os alunos se eles conhecem o exemplo de alguma criança que tenha contribuído para melhorar a vida de pessoas do seu lugar de viver. Verificar os conhecimentos dos alunos, perguntando se é possível que crianças mudem a realidade.
- Fazer a leitura do texto em voz alta com os alunos divididos em grupos. Essa é mais uma oportunidade de avaliar a fluência em leitura oral dos alunos.
Trabalho em grupo
O trabalho em grupo é uma técnica eficaz para atingir certos tipos de objetivos de aprendizagem intelectual e social. É excelente para o aprendizado conceitual, para a resolução criativa de problemas e para o desenvolvimento de proficiência em linguagem acadêmica.
Socialmente, melhora as relações intergrupais, aumentando a confiança e a cordialidade. [...] Mais importante ainda, o trabalho em grupo torna mais acessíveis as tarefas de aprendizagem para um número maior de alunos em salas de aula com grande diversidade de competências acadêmicas e proficiência linguística.
MP081
Isadora Faber
Isadora Faber é uma menina brasileira de 16 anos que criou a página “Diário de Classe” [...], quando tinha apenas 13 anos. Por meio da página, Isadora começou a denunciar os problemas de sua escola, em Florianópolis: fios soltos e desencapados, portas quebradas, ventiladores que não funcionavam, entre outros. […] a iniciativa acabou inspirando a criação de outros diários de classes pelo Brasil. Hoje, Isadora lidera movimentos em prol da qualidade da educação pública no Brasil.
FONTE: PLAN INTERNATIONAL BRASIL. Conheça dez mulheres que estão transformando o mundo. Plan International, 26 set. 2016. Disponível em: https://plan.org.br/conheca-10-mulheres-que-estao-transformando-o-mundo/. Acesso em: 10 nov. 2020.
LEGENDA: Isadora Faber no dia em que fez uma palestra na 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, no estado de Santa Catarina, em 2013. FIM DA LEGENDA.
2. Qual situação levou Thandiwe Chama a se mobilizar?
PROFESSOR
Resposta: Ela vivenciava o fechamento de sua escola por falta de professores.
3. Qual situação levou Isadora Faber a se mobilizar?
PROFESSOR
Resposta: Ela presenciava a precariedade da infraestrutura em sua escola.
4. Que mudanças as ações de Thandiwe e de Isadora proporcionaram?
PROFESSOR
Resposta: Thandiwe e seus colegas foram deslocados para outra escola. O diário de classe produzido por Isadora contribuiu para maior conscientização da população com relação à melhoria da educação pública.
5. Proponham, escrevendo um texto para ser entregue ao professor, uma ação que vocês poderiam realizar para transformar a realidade de outras crianças no seu lugar de viver. Compartilhem suas conclusões com os demais colegas.
PROFESSOR
Resposta: Incentivar os grupos a diagnosticar as dificuldades enfrentadas por crianças onde vocês vivem e refletir sobre soluções.MANUAL DO PROFESSOR
O trabalho em grupo produtivo aumenta e aprofunda a oportunidade de aprender conteúdos e desenvolver a linguagem e, portanto, tem o potencial para formar salas de aula equitativas.
FONTE: COHEN, Elizabeth; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo: estratégias para salas de aula heterogêneas. Porto Alegre: Penso, 2017. p. 7.
- Solicitar aos alunos que registrem as respostas das atividades 2, 3 e 4 e que depois compartilhem ideias de ações para melhorar a vida de crianças no município, estado ou região onde vivem.
- Relembrar temas, como a questão da alfabetização e do rendimento médio mensal, o acesso a serviços de saúde, saneamento básico, moradia digna, serviços e equipamentos de telecomunicação, entre outros.
- Compartilhar as ideias dos grupos entre todos os alunos.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A elaboração de atividades em grupos favorece o desenvolvimento da competência geral 10, valorizando o exercício da escuta, do diálogo, da flexibilidade e da tomada de decisões em conjunto. A atividade de indicar ações que poderiam melhorar a vida de crianças no lugar de viver permite desenvolver a competência geral 2, a competência específica de Ciências Humanas 3 e a competência específica de Geografia 5.
Fim do complemento.
MP082
CAPÍTULO 4. Registro do tempo e diversidade cultural
Você estudou alguns aspectos da diversidade cultural existente no Brasil. Agora, você vai explorar outro aspecto relacionado à diversidade cultural existente entre povos do mundo inteiro: as diferentes formas de registro do tempo dos povos antigos e atuais.
1. Leia e interprete a tirinha.
LEGENDA: Armandinho, tirinha de Alexandre Beck, de 2015. FIM DA LEGENDA.
2. Localize e retire as informações da tirinha para responder às questões.
- A pessoa responsável por Armandinho marcou o tempo e organizou as atividades
dele
de acordo com os meses, as horas ou os anos?
PROFESSOR
Resposta: As horas.
- Em sua opinião, qual é o significado do último quadrinho dessa tirinha?
PROFESSOR
Resposta: Este é um bom momento para os alunos refletirem sobre o excesso de atividades que algumas crianças têm em seu dia a dia e que as impede de ter tempo para brincar.3. Crie uma tirinha incluindo uma situação engraçada com você e outras pessoas com quem você convive.
PROFESSOR
Resposta: Orientar os alunos na elaboração da tirinha.4. Mostre sua tirinha ao colega e veja a dele.
- Vocês trataram de alguma atividade semelhante? Se sim, qual?
- Vocês representaram alguma atividade realizada no mesmo horário? Se sim, qual?
PROFESSOR
Resposta: Conversar com os alunos sobre as atividades que eles realizam ao longo do dia e os horários em que ocorrem.
Boxe complementar:
Você sabia?
A tira, ou tirinha, é definida como uma pequena sucessão de quadrinhos, em geral três a cinco, dispostos normalmente em formato horizontal. As tirinhas costumam incluir uma situação cômica para fazer uma crítica a determinadas situações do cotidiano.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a leitura e interpretação da tirinha, bem como a atividade de compreensão de texto, por meio de localização e retirada de informações.
- Fazer uma leitura coletiva do texto da seção Você sabia?, que permite ampliar o conhecimento do aluno sobre o gênero textual tirinha, identificando os elementos que o compõem, onde costuma ser publicada e a ligação com as situações cômicas cotidianas.
A atividades propostas no capítulo 4 permitem aos alunos refletir sobre a diversidade de formas de marcação da passagem de tempo entre os povos em diferentes tempos e espaços, contribuindo para o conhecimento e valorização da diversidade cultural.
A BNCC no capítulo 4
Unidade temática: Registros da história: linguagens e culturas.
Objetos de conhecimento: As tradições orais e a valorização da memória; O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.
Habilidade: (EF05HI08) Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos africanos.
MP083
No cotidiano, o tempo de um dia costuma ser dividido em vinte e quatro horas.
Contudo, a organização do tempo de um dia era diferente em outros povos e em outros tempos. Alguns não utilizavam horas; outros utilizavam horas, mas de forma diferente da nossa.
Leia o texto sobre os romanos antigos, que há cerca de 2.500 anos viveram no território que atualmente corresponde à Itália.
As horas do dia e da noite entre os romanos antigos
Os romanos consideravam que o dia e a noite tinham, no seu conjunto, 24 horas, correspondendo cada um destes períodos a 12 horas [...]. O dia dividia-se, portanto, em 12 horas, sendo a sexta hora sempre o meio-dia e a primeira às seis da manhã. [...] A primeira hora romana coincidia com o nascer do sol e a duodécima deveria coincidir com o pôr do sol [...].
A noite abrangia as restantes 12 horas, divididas em 4 vigílias, contando cada uma três horas [...].
FONTE: Maria do Rosário Laureano Santos. Os contornos do tempo: calendários na Roma Antiga. Cultura: Revista de História e Teoria das Ideias, v. 23, p. 119-129, 2006. Disponível em: https://journals.openedition.org/cultura/1358. Acesso em: 3 fev. 2021.
5. Observe as imagens e identifique qual representa cada hora: a primeira, a sexta e a duodécima.
PROFESSOR
Resposta: A: duodécima hora; B: primeira hora; C: sexta hora.LEGENDA: Fim do dia. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Amanhecer. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Meio do dia. FIM DA LEGENDA.
6. Os romanos antigos dividiam as horas da noite da mesma forma que nossa sociedade? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Não. Segundo o texto, eles dividiam o período da noite em quatro vigílias de três horas cada uma.MANUAL DO PROFESSOR
- Explorar com os alunos o termo destacado no glossário (duodécim a) e seu significado, o que permite aos alunos ampliarem o vocabulário, outro elemento importante do processo de alfabetização.
- Conversar com os alunos sobre as semelhanças e as diferenças entre a divisão do tempo feita pelos romanos com a feita pela nossa cultura atual.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Este capítulo procura aproximar os alunos da competência geral 3, no aspecto de valorizar e fruir as diversas manifestações culturais; da competência específica das Ciências Humanas 1, quanto a compreender a si e ao outro como identidades diferentes, a fim de exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural; e da competência específica de História 4, no sentido de identificar interpretações que expressem visões de diferentes culturas. As atividades propostas, reforçando a diversidade de calendários produzidos pelos diferentes povos, permitem trabalhar alguns dos elementos presentes na competência 4 da área de Ciências Humanas, como interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes e suas culturas.
Fim do complemento.
MP084
Calendários dos chineses antigos
Além de criar formas de marcar o tempo de um dia, alguns povos também criaram formas de marcar a passagem de um ano.
Vários desses povos dividiram o ano em meses e registraram em um calendário as mudanças ocorridas na natureza e as atividades humanas que costumavam realizar em cada mês.
Um dos calendários mais antigos de que se tem notícia foi criado pelos chineses há cerca de 4.600 anos.
1. Leia e interprete o quadro.
Tabela: equivalente textual a seguir.
Número do mês |
Períodos |
---|---|
1 |
Chuvas de primavera |
Despertar dos insetos |
|
2 |
Continuação da primavera |
Brilho e limpidez |
|
3 |
Chuva do painço |
Início do verão |
|
4 |
Formação do painço |
Painço em espiga |
|
5 |
Continuação do verão |
Calor moderado |
|
6 |
Grande calor |
Início do outono |
|
7 |
Fim do calor |
Orvalho branco |
|
8 |
Continuação do outono |
Orvalho frio |
|
9 |
Primeira geada |
Início do inverno |
|
10 |
Neve leve |
Neve pesada |
|
11 |
Continuação do inverno |
Frio moderado |
|
12 |
Grande frio |
Início da primavera |
Fonte: Richard Wester. Feng shui para iniciantes. São Paulo: Universo dos Livros, 2009. p. 95.
MANUAL DO PROFESSOR
- Solicitar a um aluno que leia em voz alta o título do texto introdutório e que o relacione com os temas abordados ao longo dos capítulos, explorando algumas características da relação do ser humano com a natureza e os marcadores temporais.
- Explorar com os alunos os fenômenos naturais, como geada, orvalho, neve e chuva, entre outros, que marcam a organização do calendário chinês.
- Informar aos alunos que no Brasil, cujo território está localizado quase inteiramente no hemisfério sul, as estações do ano ocorrem em meses diferentes dos meses em que elas ocorrem na China, cujo território está localizado no hemisfério norte.
Localizar informações no texto
A capacidade de localizar informações explícitas no texto é fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, já no processo de alfabetização. Muitos consideram essa capacidade a mais simples de todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais complexo ou extenso, o processo de localização da informação solicitada – e a decorrente atribuição de sentido – poderá ser igualmente mais complexo.
FONTE: BRÄKLING, Kátia L. Informação explícita no texto. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale). UFMG. Disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/informacao-explicita-no-texto. Acesso em: 7 abr. 2021.
MP085
2. Localize e retire do quadro informações que permitem identificar o número dos meses em que, de acordo com os chineses, ocorria:
- calor moderado;
PROFESSOR
Resposta: Mês 5.
- grande calor;
PROFESSOR
Resposta: Mês 6.
- fim do calor.
PROFESSOR
Resposta: Mês 7.3. Por que os chineses tinham interesse em saber o mês em que acontecia a formação do painço?
PROFESSOR
Atenção professor: Espera-se que os alunos respondam que isso era importante para a prática da agricultura e para a alimentação dos chineses. Fim da observação.4. Os antigos chineses organizavam os anos em ciclos de doze anos. Esses ciclos são utilizados por eles até os dias de hoje para marcar os eventos culturais do país. Observe a imagem que representa os doze anos de um ciclo do calendário chinês atual.
Fonte: Alana Sousa. A lenda por trás dos doze animais do zodíaco chinês. Aventuras na História, 29 mar. 2019. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-lenda-por-tras-dos-doze-animais-do-zodiaco-chines.phtml. Acesso em: 3 fev. 2021.
- Identifique no calendário o ano em que você nasceu. Esse ano corresponde a que animal do calendário chinês?
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar os alunos a localizar o ano em que nasceram no centro do círculo para que possam descobrir o animal correspondente. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
- As atividades propostas permitem explorar com os alunos a compreensão de texto, em que eles precisam localizar e retirar do texto as informações solicitadas.
- Relacionar o calendário chinês aos fenômenos da natureza, associando-o à prática da agricultura.
- Explorar o calendário chinês com os alunos: a divisão, os animais e os anos correspondentes ao ciclo de cada animal.
- Auxiliar os alunos na realização da atividade 4, que propõe que eles localizem o ano de seu nascimento no calendário e identifiquem o ciclo do animal correspondente.
MP086
Diversos povos, diversos calendários
Alguns povos selecionaram um acontecimento da própria história considerado importante para marcar o início da contagem do tempo e produzir seus calendários. Conheça alguns exemplos a seguir.
1. Quando solicitado, leia um dos textos em voz alta.
Hebreus
Os hebreus, que se originaram na Ásia por volta de 3.800 anos atrás, elaboraram um calendário que tem início no momento em que teria ocorrido a criação do mundo por Deus, de acordo com sua crença.
Romanos
Os romanos, que viveram na Europa por volta de 2.700 anos atrás, produziram um calendário que tem início no ano em que teria ocorrido a fundação da cidade de Roma.
LEGENDA: Ruínas de construções romanas do século VII a.C. FIM DA LEGENDA.
Islâmicos
Parte dos árabes que viveram na Ásia por volta de 1.400 anos atrás criaram uma religião chamada islamismo. Eles elaboraram um calendário que tem início no momento da saída de Maomé, o fundador da religião islâmica, no ano de 622, da cidade de Meca rumo à cidade de Medina, ambas na Península Arábica .
LEGENDA: Mesquita de Quba, construída em 622 na cidade de Medina, na Arábia Saudita. FIM DA LEGENDA.
Cristãos
Os cristãos, seguidores do cristianismo, produziram um calendário que se inicia no ano em que Jesus Cristo teria nascido. Esse calendário é um dos mais utilizados no mundo atual.
2. Reconte para um adulto de sua convivência a forma de iniciar a contagem do tempo de um dos povos antigos.
PROFESSOR
Resposta: Orientar os alunos na retomada dos conteúdos para recontar ao adulto em casa.MANUAL DO PROFESSOR
- Organizar a leitura em voz alta dos textos referentes a cada povo, contribuindo para o processo de desenvolvimento da fluência em leitura oral.
- Solicitar aos alunos que leiam os textos que descrevem a forma de organização da contagem do tempo, que deu origem aos calendários de diferentes povos.
- Encaminhar algumas questões para reflexão: Há alguma semelhança entre as formas de organizar o tempo dos diferentes povos apresentados? O marco inicial dos calendários desses povos ocorreu ao mesmo tempo ou em tempos diferentes?
Fluência em leitura oral
A fluência pode ser entendida como um conjunto de habilidades que permitem uma leitura sem embaraço, sem dificuldades em relação ao texto. Envolve questões tanto ligadas à composição do texto quanto à competência do leitor, isto é, uma boa interação entre esses elementos é que pode garantir que a leitura seja fluente. Do ponto de vista do leitor, é fundamental que ele tenha desenvolvido uma série de habilidades, que vão desde o reconhecimento das letras (no caso de muitas culturas, como a nossa, do alfabeto) até o reconhecimento de discursos e o entrecruzamento de unidades maiores de textos. Para muitos pesquisadores, o reconhecimento das letras nem é o primeiro passo, pois, bem antes disso, as pessoas (crianças ou não) identificam a função dos textos, seus suportes e sua importância em dada cultura. Leitores capazes de ler fluentemente reconhecem letras, palavras, frases, textos; localizam informações menos ou mais explícitas; fazem inferências de alcances e níveis de complexidade variados, além de outras tantas habilidades. [...]
MP087
Tempo, tempo...
- Elabore em seu
caderno
um quadro com informações sobre os diversos povos e seus calendários. Organize o quadro da seguinte maneira.
PROFESSOR
Resposta: Hebreus, momento de criação do mundo; romanos, fundação de Roma; islâmicos, partida de Maomé de Meca para Medina; cristãos, nascimento de Jesus Cristo.Tabela: equivalente textual a seguir.
Nome do povo
Evento que marca o início do calendário
- Leia o texto e, depois, responda às questões.
A linha do tempo
A linha do tempo [...] serve para localizar os inúmeros fatos históricos no tempo, para avaliar a duração de cada um deles e também para situá-los uns em relação aos outros. Fica mais fácil perceber, por exemplo, que os fatos históricos não se sucedem apenas uns após os outros no tempo, eles também ocorrem simultaneamente, isto é, ao mesmo tempo.
FONTE: Maria Inez Turazzi e Carmen Teresa Gabriel. Tempo e história. São Paulo: Moderna, 2000. p. 61.
- Liste as três funções de uma linha do tempo.
PROFESSOR
Resposta: Serve para localizar os inúmeros fatos históricos no tempo, avaliar a duração de cada um deles e situá-los uns em relação aos outros.
- O que significa a palavra simultaneamente? Dê um exemplo de fatos da sua vida que ocorreram simultaneamente a outros.
PROFESSOR
Resposta: Significa que há fatos que acontecem ao mesmo tempo.
- Liste as três funções de uma linha do tempo.
- Copie em seu caderno a linha do tempo abaixo.
- Identifique no texto da página anterior a época aproximada de surgimento da religião islâmica, dos povos hebreus e dos povos romanos.
PROFESSOR
Resposta: Religião islâmica há 1.400 anos; hebreus há 3.800 anos; romanos há 2.700 anos.
- Indique por setas cada época da linha do tempo e escreva o nome do povo que surgiu no respectivo período.
PROFESSOR
Resposta: Orientar coletivamente a atividade.4. Os romanos surgiram antes ou depois dos hebreus?
PROFESSOR
Resposta: Os romanos surgiram depois dos hebreus.MANUAL DO PROFESSOR
Na alfabetização, a fluência depende de ler reconhecendo mais rápido as palavras e automatizar algumas estruturas (de frases, de textos), para que não haja atropelos no ato de ler. Assim, quanto maior for a familiaridade de uma criança com determinado gênero textual, e quanto mais cedo ela puder deixar de se preocupar com a decodificação, para pensar no sentido do que lê, maior sua possibilidade de desenvolver fluência de leitura.
FONTE: RIBEIRO, Ana E. Fluência oral. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale). UFMG. Disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/fluencia-de-leitura. Acesso em: 7 abr. 2021.
Boxe complementar:
Noções temporais
As atividades propostas permitem trabalhar com os elementos que constituem uma linha do tempo, com destaque para a questão da ordenação.
Fim do complemento.
- Fazer uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos as funções da linha do tempo e o significado de simultaneidade.
- Orientar, também, a inserção, na linha de tempo, dos eventos relacionados aos povos estudados e a identificação da situação de anterioridade e posterioridade do surgimento desses povos.
Atividade complementar
Se julgar pertinente, organizar a turma em grupos e propor a cada grupo que pesquise em livros ou na internet um dos povos citados, incluindo: as características naturais do local onde viviam; as principais atividades econômicas que desenvolviam; os grupos sociais que formavam cada povo; as principais criações culturais. Combinar uma data para que cada grupo apresente o resultado da pesquisa por meio de cartazes com fotografias, desenhos e textos. A apresentação também pode ser feita em meios digitais.
MP088
Do calendário juliano ao calendário gregoriano
Em Roma, no ano de 45 a.C., foi desenvolvido um calendário que recebeu o nome de juliano em homenagem a Júlio César, que governava a cidade na época. Esse calendário – que possuía 12 meses e um total de 355 dias – foi escrito em língua latina e os nomes da maioria dos meses, como Januarius, Februarius e Maius, deram origem aos nomes dos nossos meses atuais.
Outro governante romano, Otávio Augusto, promoveu algumas alterações no calendário juliano, como a quantidade de dias de cada mês. Em sua homenagem, o nome do sexto mês do calendário foi alterado de Sextilis para Augustus.
Em 1582, o papa Gregório XIII aperfeiçoou o calendário juliano. Esse novo calendário foi chamado de gregoriano em sua homenagem e é um dos mais utilizados no mundo atual, inclusive no Brasil.
- Leia e interprete o calendário.
LEGENDA: Calendário de 2023, seguindo o modelo gregoriano de meses e dias. FIM DA LEGENDA.
- Compare o número de meses e a quantidade total de dias dos calendários juliano e gregoriano, identificando uma semelhança e uma diferença.
PROFESSOR
Resposta: Semelhança: os dois têm 12 meses; diferença: o juliano tem um total de 355 dias e o gregoriano, 365 dias.MANUAL DO PROFESSOR
- Fazer uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos as características do calendário criado por:
- Júlio César;
- Otávio Augusto;
- Gregório
XIII.
- Em seguida, orientar os alunos na leitura e interpretação do calendário, com a identificação de meses, semanas e dias.
MP089
Explorar fonte histórica visual
No mundo, alguns povos dividiram o ano em meses e relacionaram cada mês a uma característica natural ou a uma atividade humana.
- Observe e interprete a imagem.
LEGENDA: Calendário publicado no livro O rústico, de Pietro de Crescenzi, cerca de 1460. FIM DA LEGENDA.
- De acordo com a imagem, relacione as atividades a seguir aos meses em que elas ocorriam.
- Semear a terra.
PROFESSOR
Resposta: Setembro.
-
Corte
dos cereais com foice.
PROFESSOR
Resposta: Junho e julho.
- Tosquia de ovelhas.
PROFESSOR
Resposta: Abril.
- Limpeza do terreno para o plantio.
PROFESSOR
Resposta: Março.
- Semear a terra.
- Quais hipóteses podemos formular sobre o modo de vida do povo que produziu essa imagem?
PROFESSOR
Resposta: Em cada época do ano ocorriam atividades específicas, demarcando as diferentes etapas do trabalho agrícola.
- Qual é a importância dessa fonte histórica para o estudo do povo que a produziu?
PROFESSOR
Resposta: Essa é uma fonte histórica visual cuja análise permite compreender algumas características do povo em questão, como a importância das atividades agrícolas em seu cotidiano.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Fonte histórica visual
A atividade proposta permite dar continuidade ao trabalho com os alunos sobre a iconografia como fonte histórica.
Fim do complemento.
- Informar aos alunos que as iluminuras eram conjuntos de elementos decorativos aplicados aos textos, principalmente os manuscritos.
- Orientar a realização da atividade de observação da iluminura e a realização das atividades propostas.
Iluminuras
As iluminuras surgem aplicadas às letras capitulares no início de cada capítulo. Sua elaboração é considerada um trabalho de exímio artífice, devido a seu refinamento e detalhismo. Esse trabalho era destinado aos monges “iluminadores”, os quais iluminavam (pintavam) os manuscritos desde sua concepção até a aplicação da cor, muitas vezes realizada em ouro ou prata. O trabalho dos “iluminadores” era diferente dos “copistas”; esses últimos dedicavam-se exclusivamente ao trabalho de cópia dos textos.
FONTE: O que são iluminuras? Biblioteca da PUCRS. Disponível em: https://biblioteca.pucrs.br/curiosidades-literarias/o-que-sao-iluminuras/. Acesso em: 7 abr. 2021.
MP090
Calendários maias
Os povos que viveram no continente americano em diferentes tempos também criaram calendários.
Alguns povos que viveram há milhares de anos no atual território do México, como os olmecas e os zapotecas, criaram os primeiros calendários de que se tem notícia na América.
Esses calendários foram aperfeiçoados pelos maias, que viveram há cerca de 3 mil anos.
1. Interprete e relacione os dois textos para responder à questão.
Calendário 1
Nesse calendário, havia 13 partes de 20 dias, formando um total de 260 dias.
Calendário 2
Era composto de 18 partes de 20 dias, totalizando 360 dias. E, no final do ano, eram acrescentados cinco dias.
LEGENDA: Construção maia para observação dos astros, conhecimento utilizado na elaboração de calendários, construído em 906 no atual território do México. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.
- Cite uma diferença entre os dois calendários maias.
PROFESSOR
Resposta: Os alunos podem citar a quantidade de partes (13 no calendário 1 e 18 no calendário 2) e o total de dias no ano (260 no calendário 1 e 365 no calendário 2).2. Que tipo de conhecimento os maias utilizavam na elaboração de calendários?
PROFESSOR
Resposta: A observação dos astros.
MANUAL DO PROFESSOR
- Localizar com os alunos o território ocupado pelos maias em outros tempos, que atualmente pertence a México, Honduras, El Salvador, Guatemala e Belize.
- Se considerar pertinente, realizar esta atividade comparando um mapa histórico com um mapa atual para localizar com os alunos as áreas ocupadas pelos maias no passado e no presente.
- Acompanhar a atividade de compreensão de texto sobre calendários maias e a realização das atividades propostas.
Leitura e compreensão de textos
A produção de um texto sempre implica a retomada de muitos outros e depende do olhar do leitor para que se criem e recriem significações, já que este último é corresponsável por sua construção. A intertextualidade se dá, pois, tanto na produção como na recepção da grande rede cultural, de que todos participam. Escrita e leitura são faces da mesma moeda. O leitor também participa dessa ampla rede dialógica ao trazer para o texto que está lendo sua bagagem de leituras de outros textos, de variadas linguagens e diferentes gêneros. [...]
Na sua atividade pedagógica, em todos os níveis da formação escolar, o professor tem na intertextualidade um amplo campo para a valorização do processo de formação de leitores, de aproveitamento do capital cultural de seus alunos, por meio da explicitação da leitura como atividade criativa.
MP091
Calendários africanos
Os povos africanos também produziram diversos tipos de calendário. Os antigos egípcios, por exemplo, dividiam o ano em 37 partes, 36 com 10 dias cada um e uma parte com cinco dias.
Já os iorubás, que vivem nos atuais Nigéria, Benin, Togo e Serra Leoa, têm um calendário com 91 partes de 4 dias.
1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.
Calendário etíope
A Etiópia é um país no extremo leste africano, localizado na região conhecida como Chifre Africano. A nação também tem um calendário próprio, que começa no dia 11 de setembro do calendário gregoriano. O calendário etíope [...] tem doze meses de 30 dias e um mês com apenas seis dias. Outra curiosidade é que a primeira hora do dia, de acordo com o horário etíope, é o nascer do sol.
FONTE: Lucas Alencar. Oito tipos de calendários usados pelo mundo. Revista Galileu, 12 jan. 2016. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/01/oito-tipos-de-calendarios-usados-pelo-mundo.html. Acesso em: 31 jan. 2021.
LEGENDA: Vista de Adis Abeba, capital da Etiópia. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.
2. Localize e retire do texto informações para responder às questões.
- Quantos meses tem o calendário etíope e quantos dias há em cada mês?
PROFESSOR
Resposta: Tem doze meses de 30 dias e um mês com apenas seis dias.
- A primeira hora do dia dos etíopes é a mesma que a nossa? Explique.
PROFESSOR
Resposta: Não. A primeira hora do dia dos etíopes ocorre no nascer do Sol.MANUAL DO PROFESSOR
No processo de alfabetização, e mais do que neste último, no processo de letramento, tendo em vista uma aprendizagem significativa, a intertextualidade é ferramenta importante, porque revela as vozes e falas que habitam todo texto. A atividade pedagógica, norteada por essa finalidade dialógica, valoriza o conhecimento prévio do aluno que está sendo alfabetizado/letrado, facultando a abertura não só para a apropriação de novos conhecimentos, mas também para a ativação de outros que, muitas vezes, o aluno ignora já possuir.
FONTE: CURY, Maria Z. F. Intertextualidade. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale). UFMG. Disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/intertextualidade. Acesso em: 7 abr. 2021.
- Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos as características do calendário egípcio e do iorubá.
- Em seguida, orientar a leitura individual em voz alta do texto sobre o calendário etíope, que contribui para a fluência em leitura oral.
Boxe complementar:
Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural
A atividade proposta permite explorar com os alunos algumas características dos povos africanos, com foco nos diferentes tipos de calendários existentes entre eles, reforçando a diversidade cultural presente nesse continente e valorizando a cultura africana.
Fim do complemento.
MP092
PROFESSOR
Atenção professor: Nesta coleção, os nomes de povos indígenas foram grafados de acordo com a norma ortográfica vigente, respeitando o processo de alfabetização dos alunos. Fim da observação.Calendários dos indígenas brasileiros
Cada povo indígena criou seu próprio calendário, incluindo elementos naturais e atividades humanas, como o calendário do povo waiãpi, que vive nos estados brasileiros do Amapá e do Pará e também na Guiana Francesa.
Calendário waiãpi
O calendário [dos waiãpis] é redondo e só com palavras, com nomes de animais e de frutas marcando o tempo [...].
Marcamos o tempo do verão como o tempo que é bom para pescar e para andar no mato. [...]
Nós só marcamos na cabeça, ou sabemos pelo rio. Quando o rio abaixa é porque está começando o verão.
[Os waiãpis] sabem também quando está acabando o verão. Quando a tarde está acabando aparecem nuvens. Então cai chuva e fica frio.
FONTE: Tapenaiky, Makaratu e Parará. Calendário Waiãpi. Livro do artesanato waiãpi. Centro de Trabalho Indigenista. Brasília: MEC/SEF, 1999. p. 14-15.
LEGENDA: Calendário waiãpi, desenho publicado no Livro do artesanato waiãpi. Brasília: MEC/SEF, 1999. p. 15. FIM DA LEGENDA.
1. Que fenômeno natural indica o início do verão para o povo waiãpi?
PROFESSOR
Resposta: Esse povo reconhece o início do verão quando as águas do rio abaixam.2. Que mudança na natureza indica o fim do verão para esse povo indígena?
PROFESSOR
Resposta: Esse povo identifica o fim do verão quando, no final da tarde, chove e esfria.3. Quais atividades o povo indígena waiãpi costuma fazer no verão?
PROFESSOR
Resposta: Pescar e andar no mato.MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar os alunos a observar a imagem da reprodução do calendário indígena waiãpi e destacar suas características, que foram apresentadas no texto, perguntando: Qual é o formato do calendário? A quais elementos se referem as palavras encontradas no calendário? Como é representado o verão? Qual é a relação entre o rio e o verão?
- Socializar as respostas dos alunos às questões propostas.
- No texto destas páginas, como em todos os demais da coleção, os nomes dos povos indígenas foram grafados de acordo com a norma ortográfica oficial, respeitando o processo de alfabetização dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essa decisão é respaldada também por antropólogos como Julio Cezar Melatti, especialista em etnologia indígena, que critica uma norma de 1953 que propunha o uso permanente de maiúscula e singular nos nomes indígenas: “Não vejo o que justifique essa norma, uma vez que em textos em português não se costuma iniciar com letra maiúscula nomes de nacionalidades (franceses, venezuelanos etc.)”. (apud Manual de redação oficial da Funai, 2016. p. 21, disponível em: http://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/cogedi/pdf/Outras_Publicacoes/Manual_de_Redacao_Oficial_da_Funai/Manual%20de%20Redacao%20Oficial%20da%20Funai.pdf. Acesso em: 20 jul. 2020).
MP093
Os suyás, que vivem no estado do Mato Grosso, também têm seus próprios calendários.
4. Quando solicitado, leia o texto relativo a um dos meses em voz alta.
Calendário suyá
Janeiro [...] As plantas crescidas na roça ficam no ponto de colher, como o milho, que as mulheres colhem para fazer cozido, mingau, beiju torrado ou assado. É o mês que chove muito.
Fevereiro, mês que tem muita chuva ainda. Mês que dá mais mosquito. [...]
Março, os homens começam a preparar as foices e machados para dar início à roçada.
Abril, as orquídeas estão em flores. Os rios começam baixar e a chuva já começa a parar.
Maio, as praias estão bem grandes, tem muitas gaivotas e os peixes são fáceis de serem pescados.
Junho, tem muita arara comendo os cocos, que nesse mês dá muito.
Julho, [...] mês de brincar nas praias e de comer muito ovo de tracajá .
Agosto é mês de plantar a roça. […]
Setembro, plantio da mandioca.
Outubro, época de pequi.
Novembro, mês que as plantas já estão brotando.
Dezembro, mês que dá muita melancia.
FONTE: Thiayu Suyá. Calendário Suyá. Geografia indígena: Parque Indígena do Xingu/Instituto Socioambiental. Brasília: MEC/SEF/DPEF, 1988. p. 57.
5. Com base no texto, faça desenhos representando os acontecimentos que costumam ocorrer na vida dos suyás nos meses destacados abaixo.
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar os alunos na produção dos desenhos. Fim da observação.Tabela: equivalente textual a seguir.
Janeiro |
Fevereiro |
Março |
Abril |
Maio |
Junho |
Julho |
Agosto |
Setembro |
Outubro |
Novembro |
Dezembro |
- Meses destacados: Janeiro; Junho; Dezembro.
6. E você, que atividades costuma fazer em cada mês do ano?
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar na seleção dos meses e na realização da atividade. Fim da observação.
- Escolha três meses do ano.
- Registre os nomes desses meses em folhas de papel branco.
- Faça desenhos representando atividades que você realiza em cada mês.
MANUAL DO PROFESSOR
- Orientar a leitura individual em voz alta dos textos dos meses e identificar com os alunos os principais acontecimentos do ano que estão representados no calendário suyá.
- Conversar com os alunos a respeito do calendário apresentado, identificando o nome do povo que criou o calendário, os fenômenos da natureza relacionados aos meses do ano e as atividades humanas relacionadas aos meses do ano. Solicitar aos alunos que anotem no caderno os acontecimentos identificados.
MP094
RETOMANDO OS CONHECIMENTOS
Capítulos 3 e 4
Avaliação de processo de aprendizagem
Você aprendeu sobre a diversidade cultural, com destaque para as diferentes formas de contagem do tempo. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.
- Para conhecer melhor algumas informações sobre as manifestações culturais do lugar em que vocês vivem, a turma será organizada em grupos. Sigam as orientações a seguir.
PROFESSOR
Atenção professor: Orientar os grupos na realização da pesquisa. Fim da observação.- Cada grupo vai trabalhar com um tema escolhido pelo professor. O tema de cada grupo será um dos indicados a seguir.
- Pesquisem em livros, jornais ou na internet informações sobre as manifestações culturais no lugar em que vocês vivem.
- Anotem as principais informações pesquisadas e escolham fotografias, ilustrações e vídeos que as representem.
- Organizem uma apresentação do material produzido utilizando cartazes com textos e imagens. Se preferirem, a apresentação também pode ser feita com recursos digitais.
- No Brasil e em diversos países do mundo, muitas pessoas enfrentam situações de desigualdade. Algumas dessas pessoas se mobilizam para transformar a realidade do lugar onde vivem. Escreva um texto sobre uma ação que poderia ser realizada para transformar a realidade de pessoas no seu lugar de viver.
PROFESSOR
Atenção professor: Os alunos devem diagnosticar problemas a partir de sua realidade e pensar soluções. Fim da observação.
- Leia as frases abaixo e copie aquelas que identificam as formas de marcação do tempo pelos romanos antigos.
PROFESSOR
Resposta: As frases corretas são as indicadas pelas letras a, d, e.- A hora sexta marcava o meio-dia.
- A hora sexta marcava o início do dia.
MANUAL DO PROFESSOR
Avaliação de processo de aprendizagem
As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 3 e 4.
Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades
- Investigar manifestações culturais do lugar de viver.
Espera-se que os alunos pesquisem e realizem uma apresentação sobre manifestação cultural no lugar de viver. Vale estabelecer uma pontuação ou atribuição de conceito individual a partir de critérios relacionados às contribuições para o trabalho coletivo, pesquisa de material e respeito com os colegas. Em relação ao produto final, pode-se estabelecer uma pontuação ou atribuição de conceito relacionado a pertinência, fluência na oralidade e qualidade estética.
- Propor ação que contribua para minimizar situações de desigualdade social no lugar de viver.
Espera-se que os alunos elaborem um texto elencando possíveis ações que poderiam mudar a realidade de pessoas de seu lugar de viver. Vale estabelecer uma pontuação ou atribuição de conceito considerando-se critérios como a pertinência ou a viabilidade das propostas e a qualidade da produção textual.
- Classificar as formas de contagem dos romanos antigos.
Os alunos devem ler e interpretar frases, identificando os elementos relacionados à contagem do tempo. Com base nesses elementos, vão identificar quais frases se relacionam à forma de marcação do tempo de um dia dos romanos antigos.
- Identificar as formas de marcação do tempo pelos chineses.
Nessa atividade os alunos devem classificar as formas de marcação do tempo pelos chineses antigos relacionadas aos meses do ano e aos ciclos anuais.
- Identificar fatos utilizados para marcar o início de diferentes calendários.
Os alunos devem selecionar e classificar os nomes dos povos antigos e os fatos, reais ou imaginários, que utilizam para dar início à contagem do tempo.
- Comparar o calendário indígena suyá com o calendário gregoriano.
A atividade solicita aos alunos que comparem dois calendários – o do povo suyá e o gregoriano – identificando semelhanças e diferenças.
MP095
- A hora prima ou primeira hora marcava o fim do dia.
- A hora prima ou primeira hora marcava o início do dia.
- A hora duodécima marcava o fim do dia, ou seja, o pôr do sol.
- Identifique uma forma de marcação do tempo do povo chinês, relacionada:
- ao registro dos meses.
PROFESSOR
Atenção professor: Os alunos podem registrar o calendário com os meses relacionados às mudanças da natureza. Fim da observação.
- ao ciclo dos anos.
PROFESSOR
Atenção professor: Os alunos podem citar o ciclo de doze anos relacionados aos animais. Fim da observação.
- ao registro dos meses.
- Elabore um quadro seguindo o
modelo
abaixo para informar os fatos utilizados pelos povos antigos – cristãos, hebreus, romanos e islâmicos – para marcar o início da contagem do tempo.
PROFESSOR
Resposta: Cristãos: início no ano em que Jesus Cristo teria nascido. Hebreus: momento da criação do mundo por Deus.PROFESSOR
Resposta: Romanos: fundação de Roma. Islâmicos: partida de Maomé de Meca para Medina.Tabela: equivalente textual a seguir.
Povo
Fato
- Compare o calendário do povo indígena suyá com o calendário gregoriano, identificando:
- uma semelhança.
PROFESSOR
Resposta: Os dois calendários têm 12 meses com os mesmos nomes.
- uma diferença.
PROFESSOR
Resposta: O calendário suyá apresenta mudanças na natureza e nas atividades humanas e o gregoriano apenas dias da semana e dias do mês.Autoavaliação
Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Responda às perguntas a seguir no caderno utilizando as palavras: “sim”, “em parte” ou “não”.
Tabela: equivalente textual a seguir.
Sobre as aprendizagens
a) Reconheço que no Brasil e em meu lugar de viver existem diferentes manifestações culturais?
b) Reconheço que no Brasil e em outros países existem desigualdades sociais entre os habitantes?
c) Identifico as formas de marcação da passagem do tempo dos romanos e dos chineses antigos?
d) Listo os fatos utilizados pelos povos antigos para marcar o início da contagem do tempo?
e) Identifico e retiro informações dos calendários indígenas estudados?
- uma semelhança.
MANUAL DO PROFESSOR
Autoavaliação
A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.
Boxe complementar:
De olho nas competências
A elaboração de atividades em grupos favorece o desenvolvimento da competência geral 10, ao valorizar o exercício da escuta, do diálogo, da flexibilidade e da tomada de decisões em conjunto. A pesquisa sobre manifestações culturais do lugar de viver permite desenvolver a competência geral 6 e a competência específica de Ciências Humanas 1, ao valorizar a riqueza cultural do Brasil. A atividade que pede a indicação de ações que poderiam melhorar a vida de pessoas no lugar de viver permite desenvolver a competência geral 2 e a competência específica de Ciências Humanas 3.
Fim do complemento.