MP096

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 3 e 4

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 3 e 4. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Como podemos perceber a diversidade cultural dos diferentes povos?

Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre aspectos da riqueza cultural de diversos povos, considerando diferentes marcações da passagem do tempo.

Verificação da avaliação do processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

• Identificar diferentes formas de manifestações culturais no Brasil e no lugar de viver.

• Reconhecer que, no Brasil e em outros países, há desigualdades sociais e regionais entre os habitantes.

• Identificar formas de marcação do tempo dos romanos e dos chineses antigos.

• Listar fatos utilizados pelos povos antigos para marcar o início da contagem do tempo.

• Descrever calendários indígenas brasileiros.

• Identificar características de calendários africanos.

Para monitorar as aprendizagens por meio destes objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar os elementos relacionados à questão da desigualdade social no Brasil, bem como da diversidade cultural e das diversas formas de registro do tempo.

Com relação às temáticas desenvolvidas no capítulo 3, sugere-se selecionar textos, poemas, fotografias e vídeos que explicitem características de diferentes manifestações culturais brasileiras em distintas partes do território, assim como selecionar mapas e gráficos sobre contrastes sociais e regionais brasileiros (relacionados a alfabetização, rendimento médio mensal ou outros indicadores).

Com relação ao capítulo 4, sugere-se o trabalho com textos, imagens e calendários que permitem explorar novamente com os alunos as diferentes formas de contagem do tempo criadas pelos seres humanos, incluindo os calendários dos chineses e dos romanos antigos, bem como calendários dos povos indígenas brasileiros e dos povos africanos.

A página MP263 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

MP097

Unidade 2 Cidade e memória

Esta unidade permite aos alunos refletir sobre as cidades, suas características, seus marcos de memória e suas funções, bem como sobre os impactos do processo de urbanização.

As páginas de abertura da unidade correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir de uma fotografia que apresenta elementos da paisagem observados de uma rua do bairro do Pelourinho, localizado no município de Salvador, no estado da Bahia.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Capítulos 5 e 6: tratam das cidades com suas diferentes formas e funções em diferentes momentos da História, e suas relações com a memória coletiva.

Capítulos 7 e 8: exploram os impactos ambientais causados pelo crescimento desordenado das cidades, processo estudado por meio de diferentes fontes históricas.

Introdução ao módulo dos capítulos 5 e 6

Este módulo, formado pelos capítulos 5 e 6, permite aos alunos conhecer e refletir sobre a mudança nas formas e nas funções das cidades ao longo do tempo e sobre os marcos de referência coletiva relacionados à memória dos grupos sociais que vivem ou viveram no espaço urbano.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 5 permitem que os alunos comparem características de uma cidade espontânea às de uma planejada, reflitam sobre o crescimento urbano e as funções e hierarquias de cidades e interpretem gráficos e mapas temáticos, desenvolvendo as habilidades EF05GE03, EF05GE04, EF05GE08 e EF05GE09. São propostas atividades de compreensão de textos; leitura de mapa, gráficos e fotografias e elaboração de desenho de imaginação. Como pré-requisitos, os alunos devem distinguir elementos dos espaços urbano e rural e reconhecer distintas formas de representação das paisagens.

As atividades do capítulo 6 permitem também o trabalho com os marcos de memória, a partir dos quais os alunos devem identificar seu significado e os grupos sociais homenageados, bem como os grupos excluídos da memória coletiva, permitindo o trabalho com a habilidade EF05HI07. São desenvolvidas atividades de compreensão de textos e observação de imagens. Como pré-requisito, os alunos devem ser capazes de reconhecer monumentos e demais marcos de memória do local em que vivem.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

• Diferenciar características de cidades espontâneas e planejadas.

• Perceber transformações na paisagem em razão do crescimento urbano.

• Reconhecer diferentes funções e hierarquias urbanas.

• Identificar e selecionar informações sobre a história do município em que vive.

• Identificar a importância dos monumentos para a sociedade.

• Compreender por que alguns grupos sociais são excluídos ou pouco representados nos marcos de memória.

• Identificar marcos de memória de imigrantes italianos e portugueses.

MP098

UNIDADE 2. Cidade e memória

Imagem: Fotografia. Pessoas andando em uma rua íngreme de pedras. Atrás há construções lado a lado com paredes coloridas e detalhes brancos. Fim da imagem.

LEGENDA: Rua no Largo do Pelourinho, no município de Salvador, no estado da Bahia, em 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos com o objetivo de garantir a troca de conhecimento entre os alunos.

• As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.

Conhecer a cidade

O cidadão democrático, ativo, criativo e consciente de seus direitos políticos, sociais, culturais, individuais e territoriais precisa conhecer a cidade, compreendê-la em profundidade, decifrar seus símbolos, desenvolver um sentido ético e estético sobre ela, para que possa lutar e conquistar seus direitos cívicos e sociais e cumprir com seus deveres, individual e coletivamente. Como afirma Santos (1987, p.14), a cidadania se aprende. Sem essa aprendizagem, a cidade torna-se impalpável.

FONTE: CAVALCANTI, Lana de S. A geografia escolar e a cidade: ensaios sobre o ensino de geografia para a vida cotidiana. Campinas: Papirus, 2008. p. 87.

MP099

Boxe complementar:

Primeiros contatos

1. Como são as construções e o calçamento do local retratado na fotografia?

2. No município em que vocês vivem, existem construções e calçamento semelhantes a esses?

3. Quais fatores podem contribuir para a transformação de uma cidade?

PROFESSOR Respostas baseadas nas impressões pessoais dos alunos

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

• Conversar com os alunos sobre os elementos humanos e naturais da paisagem que observam na fotografia de uma rua do bairro do Pelourinho, localizado em Salvador, no estado da Bahia.

• Solicitar aos alunos que relatem sobre as atividades que as pessoas parecem estar realizando.

• Comentar sobre o calçamento de pedras e o estilo colonial das construções, identificado pelo formato das janelas e dos telhados.

• Solicitar que descrevam este calçamento, as construções e as atividades realizadas pelas pessoas e que reflitam acerca de agentes e eventos que ocasionam transformações nas cidades ao longo do tempo.

• Comentar que o conjunto arquitetônico de estilo colonial do Largo do Pelourinho é, desde 1985, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Explicar que, nesse bairro, estão localizadas instituições como o Museu da Cidade e a Fundação Casa de Jorge Amado, que são muito relevantes para a preservação da memória e da história da população local.

Para complementar

1. As ruas têm calçamento de pedras e as construções têm portas nos andares inferiores e diversas janelas.

2. A presença de construções e de calçamento do período colonial pode ser verificada em algumas cidades brasileiras na atualidade.

3. Os alunos podem comentar aspectos como o crescimento da população, a abertura de ruas e avenidas, a substituição de construções mais antigas por edificações novas, entre outros aspectos.

MP100

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 5 e 6

Quais são as mudanças relacionadas ao crescimento das cidades e aos seus marcos de memória?

CAPÍTULO 5. Crescimento das cidades brasileiras

A maioria das cidades brasileiras se originou da concentração de pessoas em pequenos povoados. Com o passar do tempo, alguns desses povoados atraíram mais pessoas e tiveram um crescimento desordenado.

As cidades que se formam sem um planejamento são chamadas de cidades espontâneas. Elas geralmente apresentam ruas com traçado irregular.

Existem cidades, porém, que foram criadas seguindo um planejamento. Esse planejamento inclui um plano urbanístico, ou seja, um projeto que indica como as ruas serão traçadas e onde serão construídas as moradias, as indústrias, os estabelecimentos comerciais, as praças, os parques e outros espaços públicos. Essas cidades são chamadas de cidades planejadas e, nelas, as ruas têm, geralmente, um traçado regular.

Teresina, Aracaju, Belo Horizonte, Goiânia, Brasília e Palmas são alguns exemplos de cidades brasileiras planejadas.

Imagem: Fotografia. Vista de cima de uma cidade com ruas, prédios, casas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de parte não planejada da cidade de Salvador, no estado da Bahia, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista de cima de uma cidade com ruas, prédios, casas e árvores. No centro há uma praça com árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista de parte da cidade planejada de Boa Vista, no estado de Roraima, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

• De acordo com as características de cada tipo de cidade apresentada no texto, você diria que a cidade do município onde você vive é espontânea ou planejada?

PROFESSOR Resposta: A pergunta tem por objetivo incentivar a reflexão dos alunos sobre as características da cidade do município onde vivem. Explorar os argumentos que eles derem para justificar se acham que a cidade é planejada ou não.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre transformações das cidades e seus marcos de memória. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que leiam o texto inicial de forma silenciosa, observem as fotografias e apontem diferenças e semelhanças entre uma cidade que surgiu de forma espontânea e uma cidade criada de forma planejada.

• Verificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre a forma de crescimento do núcleo urbano do município onde vivem.

As atividades do capítulo 5 têm como objetivo que os alunos compreendam a origem das cidades espontâneas e planejadas, e também reconheçam as transformações, as funções e a hierarquia urbana por meio de fotografias, mapas e gráficos.

A BNCC no capítulo 5

Unidades temáticas: Conexões e escalas; Formas de representação e pensamento espacial.

Objetos de conhecimento: Território, redes e urbanização; Mapas e imagens de satélite; Representação das cidades e do espaço urbano.

MP101

A cidade de Brasília

Brasília é uma cidade planejada e foi construída para ser a capital do Brasil. O arquiteto e urbanista Lúcio Costa fez o projeto da cidade, que ficou conhecido como Plano Piloto de Brasília. O paisagista Burle Marx elaborou o projeto das áreas verdes do Plano Piloto, e o arquiteto Oscar Niemeyer projetou vários edifícios. A cidade foi inaugurada em 1960.

Brasília: Plano Piloto

Imagem: Mapa. Brasília: Plano Piloto. À esquerda, uma ferrovia sobre uma zona industrial. Em seguida, a informação: BRASÍLIA ao lado do Memorial JK. Abaixo, o Parque da Cidade. No centro, a zona residencial com a Asa Norte e Asa Sul. No meio há Centro político e administrativo. Ao redor há Edifícios públicos e embaixadas e entre eles: Congresso Nacional; Supremo Tribunal Federal; Palácio do Planalto; Praça dos Três Poderes; Museu Nacional; Catedral Metropolitana. Na parte inferior, Parques e um Aeroporto. À direita, a Lago Paranoá e uma extensa Zona residencial. No meio do Lago há o Palácio da Alvorada. Ao redor do mapa, Zona não urbanizada e avenidas. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 2 km.  Fim da imagem.

Fonte: Jacques Charlier (org.). Atlas du 21 siècle 2013. Paris: Nathan, 2011. p. 156.

1. Quem foi o criador do projeto urbanístico de Brasília?

PROFESSOR Resposta: O arquiteto e urbanista Lúcio Costa.

2. Observando o mapa do Plano Piloto, que elementos evidenciam que Brasília foi uma cidade planejada?

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem citar a separação da cidade em zonas (residencial e industrial, por exemplo) e o traçado regular das Asas Sul e Norte.

3. Que tipos de construção predominam nas chamadas Asa Sul e Asa Norte de Brasília?

PROFESSOR Resposta: Construções residenciais.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidades: (EF05GE03) Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento; (EF05GE04) Reconhecer as características da cidade e analisar as interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana; (EF05GE08) Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes; (EF05GE09) Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e representações gráficas.

• Solicitar aos alunos que leiam o texto e identifiquem as pessoas envolvidas no planejamento de Brasília.

• Orientar os alunos a observar o mapa do Plano Piloto e a descrever suas características principais.

• Conversar sobre os elementos presentes no mapa que demonstram que houve um planejamento na cidade: organização por setores e forma simétrica das ruas e áreas, por exemplo.

Boxe complementar:

De olho nas competências

No capítulo 5, ao se trabalhar o tema das cidades e da urbanização, há uma aproximação à competência geral 1 por meio da valorização dos conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo social. O capítulo mobiliza também as competências específicas de Ciências Humanas 3 (que envolve analisar a intervenção humana e propor ideias de ações para a transformação espacial e social) e 5 (que inclui a comparação de eventos ocorridos em tempos distintos em um mesmo espaço), e as competências específicas de Geografia 1 e 5 (ao estimular o espírito investigativo na análise da interação entre sociedade e natureza, incluindo propostas para melhorias de problemas existentes).

Fim do complemento.

MP102

A cidade de Brasília foi projetada para abrigar em torno de 600 mil habitantes, mas sua população atual supera 3 milhões de habitantes.

Um grande número de pessoas, vindas de diferentes regiões do Brasil, migrou para Brasília durante sua construção. Muitos trabalhadores foram morar em alojamentos que, com o passar do tempo, formaram alguns núcleos urbanos. Com a chegada de mais migrantes, esses núcleos se expandiram ao redor do Plano Piloto, e outros se formaram. Taguatinga, Ceilândia e Samambaia são alguns desses núcleos urbanos, chamados hoje em dia de Regiões Administrativas e conhecidos também pelo nome de Cidades-Satélites.

4. Observe e compare as fotografias.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de duas avenidas com árvores nas laterais. Ao fundo, prédios e casas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista aérea de parte da Asa Norte em Brasília, no Distrito Federal, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de várias casas, árvores e ruas de terra.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista aérea de parte de Ceilândia, Região Administrativa do Distrito Federal, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

• A comparação entre a paisagem das áreas localizadas dentro do Plano Piloto e a das Cidades-Satélites revela diferenças entre áreas urbanas planejadas e áreas urbanas não planejadas. Quais diferenças podem ser observadas entre as paisagens retratadas nas fotografias de partes de Brasília e de Ceilândia?

PROFESSOR Resposta: Nos tipos de construção (em Ceilândia predominam casas; em Brasília, prédios), no arruamento (em Ceilândia as ruas são estreitas e não asfaltadas; em Brasília, pavimentadas e largas) e na arborização (em Ceilândia quase não há árvores; em Brasília as ruas são muito arborizadas).
MANUAL DO PROFESSOR

• Com os alunos em grupos, solicitar que façam a leitura do texto em voz alta, desenvolvendo a fluência em leitura oral e verificando velocidade, precisão e prosódia.

• Solicitar aos alunos que identifiquem as pessoas que contribuíram significativamente para a construção de Brasília, onde elas se instalaram e como as regiões administrativas, também chamadas “cidades-satélites”, se formaram.

• Orientar a observação das fotografias, destacando o alinhamento regular das ruas de Brasília. Na sequência, chamar a atenção para a organização espacial de Brasília e da região administrativa de Ceilândia.

• Explicar que, segundo o artigo 32 da Constituição Federal, o território do Distrito Federal é indivisível em municípios. Assim, Ceilândia e Taguatinga, por exemplo, são consideradas regiões administrativas do Distrito Federal.

• Consultar, se possível, o site do Governo de Brasília, disponível em: http://www.df.gov.br/ . Acesso em: 26 maio 2021.

• Para obter mais informações sobre o projeto de Brasília e a concepção do Plano Piloto, consultar: Museu Virtual Brasília. Disponível em: http://www.museuvirtualbrasilia.org.br/PT/plano_piloto.html . Acesso em: 26 maio 2021.

Para leitura dos alunos

Imagem: Capa de livro. No centro, o título e ao fundo, ilustração de uma menina correndo ao lado de uma construção. Nas laterais há duas fotos em preto e branco.  Fim da imagem.

Flor do cerrado: Brasília, de Ana Miranda. Companhia das Letrinhas.

A autora era menina e acompanhou a vida de seu pai, um engenheiro que trabalhou nas obras da nova capital. As dificuldades da vida num imenso canteiro de obras e as festividades de inauguração em 1960 são algumas das passagens retratadas e observadas por uma garota que assistiu a tudo bem de perto.

Capitais planejadas

Uma cidade planejada tem seu traçado criado no papel antes de ser rasgada no solo. A primeira capital do Brasil (Salvador, ainda no período colonial) foi desenhada em Lisboa para ser uma cidade-fortaleza-centro administrativo e sua construção foi levada a cabo por Luís Dias em 1549. Belo Horizonte, atual capital de Minas Gerais, foi a primeira cidade planejada do período republicano. Na época, final do século XIX, havia uma pressão considerável para a criação de uma cidade nova e moderna para o estado […].

MP103

Cartografando

Como você estudou, o urbanista Lúcio Costa projetou a cidade de Brasília.

As imagens a seguir são de algumas etapas do projeto que ele elaborou para essa cidade.

Imagem: Desenho. Á esquerda uma linha vertical sobre uma linha horizontal (1). À direita, esboço com linhas curvas (2).   Fim da imagem.

LEGENDA: Croquis feitos por Lúcio Costa em 1957 para a base do Plano Piloto de Brasília. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Desenho. Vista de cima de uma construção arqueada com linhas azuis em volta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Reprodução do projeto do Plano Piloto de Brasília feito por Lúcio Costa em 1957. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

• Agora é a sua vez de criar e representar o projeto de uma cidade planejada. Para isso, siga as orientações a seguir.

PROFESSOR Resposta: Os alunos devem idealizar e representar um projeto de cidade planejada considerando aspectos urbanísticos que favoreçam a qualidade de vida.

a) Reflita sobre os elementos que podem favorecer a qualidade de vida das pessoas, como os tipos de construção, os equipamentos públicos importantes, as formas de circulação mais adequadas, a presença de áreas verdes, entre outros. Faça uma lista desses elementos no caderno.

Imagem: Ícone: Desenho. Fim da imagem.

b) Em uma folha à parte, faça o desenho desse projeto incluindo esses elementos. Utilize lápis preto, lápis de cor, canetas coloridas e régua.

c) Ao final, lembre-se de criar uma legenda. Bom trabalho!

MANUAL DO PROFESSOR

A ideia de se criar novas cidades a partir do nada, seguindo diretrizes específicas desde o estilo dos edifícios até a ordenação de residências e serviços, era bastante compatível com noções de planejamento urbano típicas da segunda metade do século XIX e, em especial, início do século XX, segundo as quais a melhor forma de se eliminar ou, ao menos, minimizar a desordem típica das cidades que cresciam incontrolavelmente era reordenar o espaço urbano segundo atividades desempenhadas, facilitando a circulação (de coisas e pessoas), ao mesmo tempo em que afastava o grosso dos habitantes dos centros de poder e decisão. […]

O [urbanista que elaborou o projeto] vencedor [da nova capital] foi Lúcio Costa […], com o notório plano-piloto em forma de avião, que de uma ponta a outra media 14 quilômetros e cujo eixo central (eixo monumental) media cerca de 16 quilômetros.

FONTE: ARQUIVO Nacional. Brasília, capital planejada. Disponível em: http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/219-brasilia-capital-planejada.html . Acesso em: 26 maio 2021.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade possibilita aos alunos idealizar um projeto de planejamento urbano por meio de representação cartográfica e do uso adequado de legendas.

Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que observem o croqui e o projeto do plano piloto de Brasília idealizado por Lúcio Costa.

• Orientar a definição das principais características urbanísticas idealizadas para a nova capital e conversar sobre o formato da cidade, as áreas reservadas para cada setor (comercial, industrial, hospitalar e escolar, entre outros), a largura de ruas e avenidas, a valorização de parques e áreas verdes, entre outros aspectos.

• Criar uma roda de conversa para que apresentem seu projeto e justifiquem suas escolhas.

Para complementar

• Na realização da atividade, é importante que os alunos representem o formato da cidade que idealizaram e que os aspectos solicitados sejam contemplados na representação, tais como os tipos de construção, a disposição de praças, parques e vias de circulação e a definição de uma possível distribuição entre áreas comerciais, industriais, residenciais ou mistas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao se trabalhar a leitura do plano original de Brasília e a confecção de uma planta hipotética e de uma legenda com símbolos, está se desenvolvendo uma atividade com múltiplas linguagens, favorecendo o desenvolvimento da competência geral 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

MP104

Crescimento da população nas cidades brasileiras

No Brasil, nas últimas décadas, tem ocorrido um significativo deslocamento da população que vive no espaço rural para o espaço urbano. Esse processo é conhecido como êxodo rural.

Ao longo dos anos, a população urbana no Brasil tem aumentado e a população rural tem diminuído.

1. Leia e interprete os gráficos.

Brasil: distribuição da população urbana e rural (1980-2010)

Imagem: Gráfico em setores. Brasil: distribuição da população urbana e rural (1980-2010).  - 1980: Urbana: 68%; Rural: 32%;  - 1991: Urbana: 75%; Rural: 25%;  - 2000: Urbana: 81%; Rural: 19%;  - 2010: Urbana: 84%; Rural: 16%.   Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Sinopse do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011.

Brasil e regiões: população que vive em área urbana (2015)

Imagem: Gráfico em barras. Brasil e regiões: população que vive em área urbana (2015). No eixo vertical, as regiões e no eixo horizontal, as porcentagens.  BRASIL: 85%;  Sudeste: 93%;  Centro-Oeste: 90%;  Sul: 86%;  Norte: 75%;  Nordeste: 73%.   Fim da imagem.

Fonte: População urbana e rural. IBGE educa jovens. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/ jovens/conheca-o-brasil/populacao/18313-populacao-rural-e-urbana.html . Acesso em: 24 mar. 2021.

a) De acordo com o primeiro gráfico, o que ocorreu na distribuição da população urbana e rural no Brasil entre 1980 e 2010?

PROFESSOR Resposta: A população urbana aumentou 16%, e a população rural diminuiu 16%.

b) De acordo com o levantamento do IBGE realizado em 2015, em qual região brasileira a porcentagem de população que residia em cidades era maior? E em qual era menor?

PROFESSOR Resposta: Era maior na Região Sudeste, onde 93% das pessoas moravam em cidades. O Nordeste era a região com a menor porcentagem de população urbana (73%).

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

2. Quais são as possíveis consequências da chegada de um grande número de pessoas, em um curto período de tempo, para residir em uma cidade?

• Compartilhem as reflexões do grupo com os demais colegas.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem citar que serviços (como saúde, educação e transporte) e infraestrutura podem ser sobrecarregados ou se tornar ineficientes, o valor dos imóveis e dos aluguéis pode aumentar, e alguns novos moradores podem ocupar áreas perigosas, como margens de rios e córregos ou encostas de morros.
MANUAL DO PROFESSOR

• Organizar os alunos em duplas para que observem as informações dos gráficos sobre a população urbana e rural no Brasil.

• Chamar a atenção dos alunos para o fato de os gráficos representarem dados em porcentagem.

• Solicitar que se atentem à mudança na proporção ao longo de cada década.

• Conduzir a observação dos dados recentes relacionados ao país e a cada região brasileira com relação ao percentual de pessoas que vivem nas cidades.

• Conversar com os alunos sobre as possíveis consequências de uma migração massiva de pessoas para uma cidade.

A leitura de gráficos

O gráfico possibilita leitura imediata: ele é visual, mostra os dados organizados de forma lógica, prendendo-se à essência. É uma linguagem universal que permite ver a informação. E a evolução nos níveis de leitura ajuda a: definir o problema; perceber a organização lógica de dados levantados; simplificar os dados sem destruí-los; pesquisar novos caminhos e interpretações possíveis; comunicar os resultados das investigações; propor soluções: mudanças, permanências, novas investigações?

FONTE: PASSINI, Elza Y. Aprendizagem significativa de gráficos no ensino de Geografia. In: ALMEIDA, Rosângela D. de. Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2007. p. 174.

MP105

Como representado nos gráficos da página anterior, a população urbana brasileira cresceu muito nas últimas décadas.

3. Quando solicitado, leia o texto em voz alta e realize as atividades na sequência.

O desenvolvimento da atividade industrial e a oferta de empregos na construção civil, no comércio e no setor de serviços, além de outros fatores, favoreceram o aumento da população urbana. Muitos moradores do campo passaram a se deslocar dos espaços rurais para as cidades, atraídos pela maior oferta de emprego em algumas cidades e devido a algumas dificuldades no campo, como:

• baixos salários e pouca garantia de trabalho;

• pouco acesso a serviços de saúde e educação;

• substituição do trabalho manual por máquinas, como tratores e colheitadeiras.

Esses fatores provocaram o êxodo rural, ou seja, a migração de um grande número de pessoas do campo para a cidade.

Imagem: Fotografia. Um homem está sentado em um trato azul. Ao fundo, plantas e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Trator sendo utilizado em horta orgânica no município de Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Duas colheitadeiras verdes sobre uma plantação extensa de soja.  Fim da imagem.

LEGENDA: Colheitadeiras em plantação de soja no município de Primavera do Leste, no estado de Mato Grosso, em 2020. FIM DA LEGENDA.

a) No Brasil, em quais atividades econômicas a oferta de emprego contribuiu para a migração de pessoas do campo para a cidade?

PROFESSOR Resposta: As atividades econômicas ligadas à indústria, à construção civil, ao comércio e ao setor de prestação de serviços.

b) Quais condições predominantes em várias localidades rurais do Brasil não favoreceram a permanência da população no campo?

PROFESSOR Resposta: Os baixos salários, a dificuldade de acesso a serviços de educação e saúde e a mecanização (substituição do trabalho manual por máquinas).

c) Considerando as principais causas do êxodo rural no Brasil, que medidas poderiam ser tomadas para que os moradores rurais permanecessem no campo?

PROFESSOR Resposta: Algumas medidas podem ser a melhoria nos serviços de educação e saúde nas áreas rurais e na remuneração do trabalhador rural.
MANUAL DO PROFESSOR

• Realizar a leitura em voz alta verificando a fluência oral dos alunos ; o monitoramento constante permite conhecer os possíveis problemas e oferecer a ajuda necessária.

• Solicitar aos alunos que indiquem as causas do aumento da população nas cidades e algumas das dificuldades enfrentadas pelas pessoas no espaço rural que as motivam a migrar para o espaço urbano.

• Conversar sobre os setores da economia que contribuíram para atrair os migrantes do espaço rural para as cidades.

• Comentar que a mecanização da agricultura tem ocasionado o desemprego estrutural, diminuindo a oferta de emprego nos espaços rurais.

• Orientar a reflexão sobre situações que poderiam favorecer a permanência de pessoas na área rural: melhoria de salários e ampliação de postos de trabalho, investimento em serviços de saúde e de educação, tratamento de água e esgoto.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A análise de gráficos e a reflexão sobre o êxodo rural contribuem para o desenvolvimento da competência geral 6, uma vez que promovem a valorização das diferentes vivências culturais e das relações do mundo do trabalho. E, também mobilizam a competência específica de História 5, que trata da análise de movimentos de populações, e a competência específica de Geografia 6, que prevê a construção de argumentos com base em informações geográficas.

Fim do complemento.

MP106

Cartografando

Algumas cidades brasileiras cresceram muito nas últimas décadas, apresentando comércio, serviços e indústrias diversificados. Atualmente, no Brasil, existem vários municípios com mais de 1 milhão de habitantes cujos moradores vivem em sua maioria nas cidades.

1. Leia e interprete o mapa.

Brasil: municípios com mais de 1 milhão de habitantes (2019)

Imagem: Mapa. Brasil: municípios com mais de 1 milhão de habitantes (2019).  - Capital federal: Brasília - 3.015.268 habitantes;  - Capital de estado com mais de 1 milhão de habitantes:  Manaus - 2.182.763 habitantes;  Belém - 1.492.745 habitantes;  São Luís - 1.101.884 habitantes;  Fortaleza - 2.669.342 habitantes;  Recife - 1.645.727 habitantes;  Maceió - 1.018.948 habitantes;  Salvador - 2.872.347 habitantes;  Goiânia - 1.516.113 habitantes;  Belo Horizonte - 2.512.070 habitantes;  Rio de Janeiro - 6.718.903 habitantes;  São Paulo - 12.252.023 habitantes;  Curitiba - 1.933.105 habitantes;  Porto Alegre - 1.483.771 habitantes.  - Município com mais de 1 milhão de habitantes:  São Gonçalo - 1.084.839 habitantes;  Guarulhos - 1.379.182 habitantes;  Campinas - 1.204.073 habitantes.  No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 310 km.  Fim da imagem.

Fonte: IBGE divulga as estimativas da população dos municípios para 2019. Agência IBGE notícias, 28 ago. 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25278-ibge-divulga-as-estimativas-da-populacao-dos-municipios-para-2019 . Acesso em: 24 mar. 2021.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades propostas possibilitam aos alunos ler e interpretar um mapa temático com legendas de símbolos pontuais e um gráfico de colunas relacionados aos municípios mais populosos do Brasil.

Fim do complemento.

• Realizar a leitura do texto inicial e orientar a observação do mapa.

• Enfatizar o fato de que os municípios mais populosos do Brasil são, na maioria, capitais de estado e se localizam próximos à área litorânea, onde teve início o processo de ocupação do território brasileiro.

Atividade complementar

Promover uma conversa sobre o desenvolvimento do espaço urbano do município onde vivem os os alunos. Para isso, convide um morador ou membro da comunidade escolar para conversar com a classe sobre o tema. Na sequência, promova uma atividade de levantamento de informações em suportes como: livros, revistas, jornais e artigos da internet. Por fim, organize uma roda de conversa com o objetivo de debater com os alunos as semelhanças e as diferenças entre as informações obtidas oralmente e as coletadas por meio da pesquisa realizada em outras fontes.

A importância da leitura do mapa

Uma vez que a Geografia é uma ciência que se preocupa com a organização do espaço, para ela o mapa é utilizado tanto para a investigação quanto para a constatação de seus dados. [...]

Ler mapas é um processo que começa com a decodificação, envolvendo algumas etapas metodológicas as quais devem ser respeitadas para que a leitura seja eficaz.

Inicia-se uma leitura pela observação do título. Temos que saber qual o espaço representado, seus limites, suas informações.

MP107

a) Qual é o título do mapa?

PROFESSOR Resposta: Brasil: municípios com mais de 1 milhão de habitantes (2019).

b) Em 2019, quais eram os três municípios mais populosos do Brasil?

PROFESSOR Resposta: São Paulo, no estado de São Paulo; Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro; Brasília, no Distrito Federal.

c) Quais eram os totais da população desses municípios?

PROFESSOR Resposta: São Paulo: 12.252.023; Rio de Janeiro: 6.718.903; Brasília: 3.015.268.

d) Em 2019, quais eram os três municípios brasileiros que possuíam mais de 1 milhão de habitantes e que não correspondem a capitais de estado? Em quais unidades federativas eles se localizam?

PROFESSOR Resposta: Guarulhos (SP), Campinas (SP) e São Gonçalo (RJ).

e) O município onde você vive está representado no mapa? Se sim, qual era a população que ele apresentava em 2019? Em caso negativo, explique por que ele não foi representado no mapa.

PROFESSOR Resposta: Os alunos devem indicar os dados populacionais se o município constar no mapa. Se não constar, significa que o município tem menos de 1 milhão de habitantes.

2. Leia e interprete o gráfico.

Brasil: municípios com mais de 500 mil habitantes, exceto capitais (2019)

Imagem: Gráfico em barras. Brasil: municípios com mais de 500 mil habitantes, exceto capitais (2019). No eixo vertical, os Municípios e no eixo horizontal, o Número de habitantes.  Guarulhos (SP): 1.379.182 habitantes;  Campinas (SP): 1.204.073 habitantes;  São Gonçalo (RJ): 1.084.839 habitantes;  Duque de Caxias (RJ): 919.596 habitantes;   São Bernardo do Campo (SP): 838.936 habitantes;  Nova Iguaçu (RJ): 821.128 habitantes;  São José dos Campos (SP): 721.944 habitantes;  Santo André (SP): 718.773 habitantes;  Ribeirão Preto (SP): 703.293 habitantes;  Jaboatão dos Guararapes (PE): 702.298 habitantes.   Fim da imagem.

Fonte: IBGE divulga as estimativas da população dos municípios para 2019. Agência IBGE notícias, 28 ago. 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25278-ibge-divulga-as-estimativas-da-populacao-dos-municipios-para-2019 . Acesso em: 24 mar. 2021.

a) Dê o nome dos três municípios brasileiros, exceto capitais, que tinham mais população em 2019.

PROFESSOR Resposta: Guarulhos (SP), Campinas (SP) e São Gonçalo (RJ).

b) Em sua opinião, quais são as vantagens e as desvantagens da vida em uma cidade populosa?

PROFESSOR Resposta: Os alunos devem indicar sua opinião sobre vantagens e desvantagens de viver em cidades populosas.
MANUAL DO PROFESSOR

Depois, é preciso observar a legenda ou a decodificação propriamente dita, relacionando os significantes e o significado dos signos relacionados na legenda. É preciso também fazer uma leitura dos significantes/significados espalhados no mapa e procurar refletir sobre aquela distribuição/organização. Observar também a escala gráfica ou numérica acusada no mapa para posterior cálculo das distâncias a fim de se estabelecer comparações ou interpretações.

FONTE: ALMEIDA, Rosângela D.; PASSINI, Elza Y. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2008. p. 15-17.

• Orientar os alunos na leitura do gráfico de colunas da atividade 2 relacionado aos municípios brasileiros (que não são capitais) mais populosos.

• Fazer uma roda de conversa sobre as vantagens e desvantagens de se viver em uma cidade populosa.

• Anotar as respostas dos alunos na lousa ou em um cartaz para deixar afixado no mural da sala de aula.

Para complementar

2. b) Os alunos podem citar como vantagem o acesso facilitado a diferentes tipos de comércio e serviços, equipamentos de lazer, entre outros; como desvantagem, problemas de mobilidade urbana e, muitas vezes, excesso de poluição do ar e das águas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A interpretação de mapa e gráfico contribui para o desenvolvimento do pensamento espacial de acordo com o que estabelece a competência específica de Geografia 4. Da mesma forma, a atividade, ao explorar diferentes linguagens para promover o raciocínio espaço-temporal, contribui para o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 7.

Fim do complemento.

MP108

As cidades: suas funções e a hierarquia urbana

Há cidades em que uma atividade humana se destaca em relação às demais, fazendo com que tenham uma função urbana predominante.

1. Observe as fotografias e, quando solicitado, leia os textos em voz alta.

Cidade político-administrativa

Brasília é uma cidade com função política e administrativa predominante, já que abriga a sede do governo federal.

Imagem: Ilustração. Mapa de uma cidade.  Fotografia. Construção extensa e sobre ela há dois semicírculos nas laterais. No centro há duas torres altas e em volta, um lago.  Fim da imagem.

LEGENDA: Edifício do Congresso Nacional em Brasília, no Distrito Federal, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Cidade portuária

A cidade de Paranaguá cresceu por causa da presença de um porto marítimo, onde navios carregam e descarregam mercadorias de várias regiões do Brasil.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de um navio atracado em um porto. Ao lado, ruas e construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do porto da cidade de Paranaguá, no estado do Paraná, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

• Realizar a leitura dos textos em voz alta de forma compartilhada entre os alunos, sempre avaliando a fluência em leitura oral. Atividades de leitura permitem que a fluência vá se tornando cada vez mais agradável e menos trabalhosa.

• Observar com os alunos a existência de cidades em que predominam algumas funções urbanas.

• Solicitar que indiquem os principais elementos da paisagem evidenciados em cada fotografia.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Os diferentes tipos de cidade, de acordo com suas funções predominantes, possibilitam desenvolver a competência específica de Geografia 3 pela aplicação do raciocínio geográfico de diferenciação na análise da ocupação humana.

Fim do complemento.

A fotografia como recurso didático nas aulas de Geografia

Algumas mudanças sociais ocorrem de modo muito rápido; por vezes, a rapidez torna difícil a compreensão dessas alterações em sua totalidade. Ao observar os espaços por onde transita, o indivíduo pode encontrar dificuldades para recordar como esses mesmos espaços se delimitavam num período histórico anterior ao que ele vive. […]

O uso da arte da fotografia é um auxílio ímpar sobre as diferentes maneiras pelas quais se pode olhar a paisagem (Myanaki, 2003). Por meio de fotografias, podem-se realizar trabalhos comparativos e acompanhar as alterações ocorridas na paisagem. Essas comparações podem ser feitas com o auxílio de distintas representações, como desenhos, pinturas, textos descritivos e imagens fílmicas. […]

MP109

Cidade religiosa

Aparecida é uma cidade com função predominantemente religiosa devido à importância de um santuário nela localizado, que recebe milhares de visitantes anualmente.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma construção grande com paredes marrons, uma torre com um relógio na lateral e uma abóboda no meio. Ao redor há construções e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da basílica da cidade de Aparecida, no estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Cidade industrial

Em Camaçari, uma grande quantidade de indústrias foi instalada nas últimas décadas. Hoje em dia, Camaçari tem função predominantemente industrial.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma usina com várias chaminés expelindo fumaça. Ao lado há ruas asfaltadas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Indústrias petroquímicas no município de Camaçari, no estado da Bahia, em 2017. FIM DA LEGENDA.

Cidade turística

O centro histórico da cidade de Tiradentes é constituído por construções e vários outros elementos do período colonial, atraindo um grande número de turistas.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de pessoas andando em uma rua de pedras. Nas laterais há casas pequenas com paredes brancas e telhados marrons. Ao fundo, uma igreja e árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do centro histórico da cidade de Tiradentes, no estado de Minas Gerais, em 2018. FIM DA LEGENDA.

2. Escolha duas cidades retratadas nas fotografias e identifique sua função urbana predominante.

PROFESSOR Resposta: Brasília: função político-administrativa; Paranaguá: função portuária; Aparecida: função religiosa; Camaçari: função industrial; Tiradentes: função turística.

3. A cidade do município onde você vive tem uma função urbana predominante? Caso tenha, escreva suas principais características.

PROFESSOR Resposta: Se não houver nenhuma atividade que se destaque, pedir a eles que levantem as diversas funções relevantes existentes na cidade.
MANUAL DO PROFESSOR

Ao utilizar a arte de fotografar no processo de ensino-aprendizagem, podem-se indicar as possibilidades de olhar o espaço geográfico e levar o aluno a desbravar o espaço além da sala de aula. Sendo assim a fotografia se mostra como ferramenta de análise e elemento auxiliar na construção do pensamento crítico.

FONTE: SANTOS, Karen M. et al. A fotografia como recurso didático. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/1/a-fotografia-como-recurso-didtico . Acesso em: 26 maio 2021.

• Elaborar um quadro na lousa com as principais características de cada função urbana predominante nos municípios exemplificados.

• Conversar sobre a função predominante do município onde vivem e sobre outras características locais, como os setores da economia existentes e a importância dessas atividades econômicas para a população do município.

• Comentar que há cidades que não possuem uma única função urbana predominante.

Atividade complementar

Orientar os alunos a, em grupos, consultar o site Cidades@, disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/ (acesso em: 26 maio 2021) e outros, como os portais eletrônicos das prefeituras municipais, para a criação de um painel com informações e imagens (fotografias ou desenhos) de outras cidades brasileiras com as funções predominantes: político-administrativa; portuária; religiosa; industrial e turística. Cada grupo deverá fazer uma apresentação oral e, em seguida, selecionar informações e incluí-las em um painel coletivo, que poderá ser digital.

MP110

Hierarquia urbana

Quando uma cidade cresce e se urbaniza, as atividades que nela acontecem diversificam-se e, assim, desenvolvem-se mais atividades comerciais, financeiras e educacionais, entre outras.

Em áreas muito urbanizadas, pode surgir uma metrópole. Uma metrópole é uma grande cidade que concentra atividades diversificadas e exerce forte influência sobre as atividades desenvolvidas nas cidades ao redor.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando as metrópoles crescem, aumenta a área de influência que elas exercem sobre as demais cidades. Algumas cidades tornam-se, então, subordinadas a outras, compondo uma hierarquia urbana. Leia abaixo os principais tipos de cidade que compõem a hierarquia urbana no Brasil de acordo com o IBGE.

Imagem: Ilustração. Quadros coloridos com textos:  Grande metrópole nacional: possui influência política e econômica em todo o país e também internacional.  Metrópole nacional: possui influência política e econômica em todo o país; concentra todos os tipos de função.  Metrópole: possui extensa área urbanizada, tem mais de 1 milhão de habitantes e centraliza a maior parte das atividades relacionadas ao comércio e aos serviços de sua região e/ou de seu país.  Capital regional: cidade de grandes dimensões que centraliza atividades econômicas e serviços da região do entorno.  Centro regional: cidade de médias dimensões que centraliza atividades econômicas e serviços da região do entorno.  Na parte inferior, casas e prédios coloridos ao lado de árvores.  Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: IBGE. Regiões de influência das cidades 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101728_folder.pdf . Acesso em: 25 mar. 2021.

1. A hierarquia urbana está relacionada com a população das cidades ou com a área de influência das cidades?

PROFESSOR Resposta: A hierarquia urbana está relacionada com a área de influência das cidades.

2. De acordo com o IBGE, existem três tipos principais de metrópoles. Quais são eles?

PROFESSOR Resposta: Grande metrópole nacional, metrópole nacional e metrópole. A principal diferença entre elas está no alcance de sua influência (a primeira tem influência em todo o país e no exterior, a segunda, no país, e a terceira, sobretudo, em sua região).
MANUAL DO PROFESSOR

• Realizar a leitura compartilhada do texto.

• Conversar sobre a formação de uma metrópole, mencionando as influências que esta pode exercer sobre as cidades menores e próximas a ela; por exemplo, oferecendo empregos, infraestrutura, lazer, serviços e comércio.

• Comentar que as relações de influência que determinadas cidades exercem sobre as outras são utilizadas para definir a composição de uma hierarquia urbana.

• Retomar as principais categorias: grande metrópole nacional; metrópole nacional; metrópole; capital regional e centro regional. Explicar que essa classificação considera, entre outras características: o grau de polarização (atração) que as cidades têm em âmbitos internacional, nacional ou regional; e a diversificação da rede de serviços, com especialidades médicas, de engenharia, universidades, sistema bancário, entre outros elementos.

Regiões de Influência das Cidades

A pesquisa Regiões de Influência das Cidades – REGIC define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associados. É nessa pesquisa em que se identificam, por exemplo, as metrópoles e capitais regionais brasileiras e qual o alcance espacial da influência delas.

A identificação da hierarquia urbana e das áreas de influência é realizada por meio da classificação dos centros urbanos que possuem determinados equipamentos e serviços e que atraem populações de outras localidades. A oferta diferenciada de bens e serviços entre as cidades faz com que populações se desloquem a centros urbanos bem equipados para adquirirem serviços de saúde e educação ou buscar um aeroporto, por exemplo.

MP111

Cartografando

1. Leia e interprete o mapa.

Imagem: Mapa. Brasil: hierarquia urbana (2018).  Grande metrópole nacional: São Paulo.  Metrópole nacional: Brasília, Rio de Janeiro.  Metrópole: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Goiânia, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre.  Capital regional: Rio Branco, Porto Velho, Boa Vista, Macapá, Cuiabá, São Luís, Palmas, Teresina, Natal, João Pessoa, Maceió, Aracaju, Campo Grande.  Centro regional: grande concentração nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul e pouca concentração na região Norte e Centro-Oeste. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 350 km. Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Regiões de influência das cidades 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p. 12. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101728.pdf . Acesso em: 24 mar. 2021.

a) Dê um exemplo de grande metrópole nacional.

PROFESSOR Resposta: São Paulo (SP).

b) Dê um exemplo de metrópole nacional.

PROFESSOR Resposta: Brasília (DF) ou Rio de Janeiro (RJ).

c) Dê um exemplo de metrópole.

PROFESSOR Resposta: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (S C), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Vitória (ES) ou Manaus (AM).

d) Dê um exemplo de capital regional.

PROFESSOR Resposta: Palmas (TO), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Rio Branco (A C), Macapá (AP).

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

2. Alguém que vive com você costuma se deslocar para outra cidade para trabalhar, fazer compras ou obter a prestação de algum tipo de serviço, como atendimento médico?

PROFESSOR Respostas baseadas na experiência pessoal do aluno.
MANUAL DO PROFESSOR

Conhecer os relacionamentos entre as cidades brasileiras com base na análise dos fluxos de bens, serviços e gestão é um importante instrumento para se realizar escolhas locacionais, tais como decidir a localização de uma universidade, de um hospital ou decidir a localização de uma filial de empresa.

FONTE: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística. Regiões de Influência das Cidades – REGIC. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/redes-geograficas/15798-regioes-de-influencia-das-cidades.html?=&t=o-que-e . Acesso em: 26 maio 2021.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade permite aos alunos ler e interpretar um mapa temático de hierarquia urbana no Brasil. A representação localiza as áreas de influência urbana por meio de símbolos pontuais e hierárquicos identificados na legenda.

Fim do complemento.

• Direcionar a leitura das informações contidas no mapa, começando pelo título e pela legenda.

• Alertar os alunos para o fato de que na legenda há uma progressão de tamanho do símbolo com o uso de diferentes cores, com o objetivo de relacionar o símbolo à hierarquia urbana.

• Solicitar aos alunos que identifiquem, na unidade federativa onde vivem, as cidades representadas e a categoria de hierarquia urbana à qual correspondem. Compartilhar as respostas das atividades.

Para complementar

2. Orientar, com base nas respostas, a reflexão dos alunos sobre a influência e a atratividade que algumas cidades exercem sobre outras por concentrarem estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Os textos e o mapa sobre a hierarquia entre cidades permitem uma aproximação à competência específica de Geografia 3 pela aplicação do raciocínio geográfico de conexão e ordem na análise da ocupação humana. A atividade que mobiliza recursos da linguagem cartográfica também favorece o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

MP112

CAPÍTULO 6. Cidade e marcos de memória

No capítulo anterior, você estudou a origem e alguns fatores que interferem no processo de crescimento das cidades brasileiras, refletindo sobre as funções e a hierarquia entre as áreas urbanas no Brasil.

Agora você vai ampliar o estudo sobre as cidades, conhecendo alguns dos seus marcos de memória e refletindo sobre seus significados para os diversos grupos sociais.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Monumentos e memória

Monumentos são criados mundo afora para preservar memórias e marcar acontecimentos. As histórias que eles contam vão desde as civilizações antigas, a exemplo das pirâmides do Egito, até as contemporâneas, como o Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Em Campo Grande [no Mato Grosso do Sul], além de indicar aspectos históricos, as construções revelam a cultura, a tradição e a identidade do povo campo-grandense – formadas pelos povos originários do Brasil, os indígenas, e os imigrantes paraguaios, bolivianos, japoneses, sírio-libaneses e europeus.

Arquiteta da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Cláudia la Picirelli de Arruda explica, em linhas gerais, que os monumentos são construídos para “homenagear pessoas importantes e fatos extraordinários. Cria-se monumentos para guardar lembranças. Eles têm referência simbólica e importância histórica em nossa sociedade. E fazem a relação entre espaço e tempo”, ensina.

FONTE: Bruno Chaves. Criados para preservar a história da cidade, monumentos revelam identidade de Campo Grande. Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, 26 ago. 2019. Disponível em: https://www.turismo.ms.gov.br/criados-para-preservar-a-historia-da-cidade-monumentos-revelam-identidade-de-campo-grande/ . Acesso em: 2 fev. 2021.

2. Localize e retire do texto informações para responder às questões.

a) Segundo o texto, para que são criados os monumentos?

PROFESSOR Resposta: Os monumentos são criados para preservar memórias e marcar acontecimentos.

b) Que elementos de Campo Grande os monumentos revelam?

PROFESSOR Resposta: Os monumentos revelam aspectos históricos, culturais e de tradição e a identidade dos habitantes de Campo Grande.

c) Quais são os povos que participaram da formação de Campo Grande?

PROFESSOR Resposta: Os indígenas e os imigrantes paraguaios, bolivianos, japoneses, sírio-libaneses e europeus.

d) Segundo Cláudia Arruda, qual é a importância dos monumentos?

PROFESSOR Resposta: Os monumentos são criados para guardar lembranças. Eles têm referência simbólica e importância histórica na sociedade.
MANUAL DO PROFESSOR

• Organizar a leitura em voz alta do texto, reforçando a importância desse procedimento para o desenvolvimento, pelos alunos, da fluência em leitura oral. Em seguida, orientá-los na atividade de localizar e retirar informações do texto, procedimento essencial para o processo de compreensão de textos.

• Incentivar os alunos a identificar as opiniões da entrevistada sobre: Para que são criados os monumentos? Que elementos de Campo Grande os monumentos revelam? Quais povos participaram da formação de Campo Grande? Qual é a importância dos monumentos?

• Orientar oralmente a exposição das ideias dos alunos, fazendo um registro de suas respostas para favorecer a compreensão do texto lido.

As atividades propostas neste capítulo 6 permitem trabalhar com alguns marcos de memória presentes nas cidades brasileiras, possibilitando a discussão sobre os grupos sociais mais representados e excluídos dos monumentos, bem como de outros marcos como nomes de ruas, associações culturais e festas.

A BNCC no capítulo 6

Unidade temática: Registros da história: linguagens e culturas.

Objetos de conhecimento: As tradições orais e a valorização da memória; O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.

MP113

Explorar fonte histórica material

Observe e interprete a fotografia, que retrata um dos monumentos de Campo Grande, município localizado no estado do Mato Grosso do Sul.

Imagem: Fotografia. Escultura de um homem com pano em volta da cintura. Ele está montado em um cavalo com o corpo inclinado para frente e segurando uma lança deitada.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cavaleiro Guaicuru, monumento de Anor Mendes localizado no município de Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul. Foto de 2015. FIM DA LEGENDA.

1. Que grupo social formador de Campo Grande foi representado no monumento retratado na fotografia?

PROFESSOR Resposta: Observando a fotografia, os alunos poderão levantar hipóteses que serão confrontadas no decorrer do trabalho.

2. Em sua opinião, que materiais foram utilizados pelo artista?

PROFESSOR Resposta: Socializar as hipóteses individuais, que serão ampliadas a seguir.

Para ampliar suas ideias, leia o texto e responda às questões.

Monumento do Cavaleiro Guaicuru

A estátua é uma obra de ferro, resina e pó de mármore, de quatro metros de altura, esculpida pelo artista Anor Mendes, em homenagem aos índios guerreiros da etnia guaicuru.

FONTE: Monumento do Cavaleiro Guaicuru é declarado patrimônio histórico do Estado. JD1 Notícias, 12 set. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fsQ. Acesso em: 2 fev. 2021.

3. As informações do texto confirmaram suas hipóteses? Explique.

PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a verificar se formularam hipóteses semelhantes ou diferentes das informações apresentadas no texto. Fim da observação.

4. Com a leitura do texto, suas hipóteses foram ampliadas? Se sim, de que maneira?

PROFESSOR Resposta: Socializar os comentários dos alunos sobre as informações que puderam obter com a leitura e que não podiam ser identificadas na fotografia.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidade: (EF05HI07) Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos marcos de memória e discutir a presença e/ou a ausência de diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação desses marcos de memória.

Boxe complementar:

Fonte histórica material

As atividades propostas nesta página permitem aos alunos explorar uma fonte histórica material: um monumento.

Fim do complemento.

• Orientar a observação coletiva da fotografia do monumento, identificando com os alunos algumas informações, tais como o nome do monumento, o autor, a data e o grupo social representado. Na sequência, conduzir a leitura do texto no qual os alunos podem obter mais informações sobre o monumento, tais como materiais usados na sua confecção, altura e grupo social homenageado.

• Informar, se considerar pertinente, que o povo Guaicuru habitava os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás e o Paraguai. Os integrantes dessa etnia ficaram conhecidos como indígenas cavaleiros e, além de cavalgar, se aperfeiçoaram na caça.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo mobiliza elementos da competência geral 9 ao promover o respeito às fontes de memória, por exemplo, indígena ou dos africanos no Brasil, valorizando a diversidade de grupos sociais e de culturas. O capítulo também se aproxima das competências específicas de História 5 e 6, ao favorecer a análise do movimento de diferentes populações no tempo e espaço e seus significados históricos.

Fim do complemento.

MP114

Quem escolhe os monumentos?

Ao longo do século XX, os monumentos em homenagem aos personagens considerados heróis pelos governantes da época predominaram nas cidades brasileiras.

Contudo, nos últimos anos, diversos grupos sociais denunciaram a exclusão de grande parte da população brasileira desses marcos de memória.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Excluídas

Campinas [no estado de São Paulo] é a segunda cidade do Brasil com o maior número de monumentos por habitante, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (RJ), mas apenas dois deles homenageiam figuras femininas.

Um levantamento do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Cultural do município (Condepac c) aponta que são cerca de 150 estátuas [...].

A pesquisadora do Centro de Memória da Unicamp, Maria Silvia Duarte, [...] explicou que a não valorização das mulheres em monumentos faz parte de uma visão conservadora que privilegia a presença de figuras masculinas em postos de poder. [...]

FONTE: Cecília Polycarpo. Monumentos de Campinas ignoram personagens femininas. ACidadeON, 18 ago. 2019. Disponível em: https://www.acidadeon.com/campinas/docon/especial/NOT,0,0,1441292,monumentos-de-campinas-ignoram-personagens-femininas.aspx. Acesso em: 2 fev. 2021.

2. Localize e retire do texto informações para responder às questões.

a) Qual é a cidade a que o texto se refere e a que estado ela pertence?

PROFESSOR Resposta: Campinas, no estado de São Paulo.

b) Qual é o total de monumentos (estátuas e marcos) existentes nessa cidade?

PROFESSOR Resposta: Cerca de 150.

c) Em quantos desses monumentos as mulheres estão representadas?

PROFESSOR Resposta: Dois.

d) Segundo a pesquisadora Maria Silvia Duarte, qual é o motivo da não valorização das mulheres nos monumentos?

PROFESSOR Resposta: A visão conservadora que privilegia a presença de figuras masculinas em postos de poder.

Boxe complementar:

Você sabia?

Na cidade de São Paulo, de um total de 140 estátuas, apenas 8 representam mulheres. Em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, em um total de 53 monumentos, não há nenhum representando mulheres.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

• Promover uma leitura em voz alta do texto – procedimento que favorece o desenvolvimento da fluência em leitura oral –, buscando identificar com os alunos o fato de alguns governantes terem excluído, consciente ou inconscientemente, determinados grupos dos monumentos; o local e a data em que foi feita a reportagem, o grupo excluído (mulheres) e as hipóteses da pesquisadora entrevistada sobre os motivos dessa exclusão.

• Orientar a atividade individual de localização e retirada das informações do texto sobre a ausência das mulheres nos monumentos, procedimento que facilita a compreensão de textos.

História oficial e monumentos

Normalmente, é a história oficial – ou seja, aquela que agrada aos que estão no poder – que se transforma em figuras de pedra, bronze ou ferro fundido.

Mas será que ainda hoje só há espaço para que a história dos grandes homens e de fatos extraordinários seja representada pelas estátuas? Não. Nem sempre é a história dos poderosos, dos grupos privilegiados da sociedade, que aparece nas estátuas. Muitas vezes, grupos historicamente excluídos conseguem representar seus heróis, seus símbolos, sua história.

MP115

Outro grupo pouco homenageado em muitas cidades brasileiras foi citado em reportagem de 2018 sobre a cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.

Monumentos de BH que homenageiam a cultura negra ainda são minoria

[...] três monumentos são os únicos de Belo Horizonte que resgatam e prestam homenagem à cultura afro-brasileira.

Um inventário, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, mapeou cerca de 150 monumentos, bustos e esculturas da capital. Entre eles, muitos italianos, espanhóis, portugueses e militares. Segundo Nila Rodrigues Barbosa, historiadora e pesquisadora de patrimônio cultural, esse apagamento de negros e negras da história está relacionado com o racismo [...].

FONTE: Larissa Costa. Monumentos de BH que homenageiam a cultura negra ainda são minoria. Brasil de Fato Minas Gerais, 4 jul. 2018. Disponível em: https://www.brasildefatomg.com.br/2018/07/04/monumentos-de-bh-que-homenageiam-a-cultura-negra-ainda-sao-minoria. Acesso em: 2 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de um parque com várias árvores. Ao redor há vários prédios e casas. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.

3. Que cultura era pouco representada nos monumentos de Belo Horizonte, em 2018?

PROFESSOR Resposta: A cultura afro-brasileira.

4. Segundo a entrevistada, esse apagamento dos negros e negras da história da cidade está relacionado a quê?

PROFESSOR Resposta: Segundo a entrevistada, esse apagamento está relacionado ao racismo.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

5. Com a ajuda de um adulto de sua convivência, investigue se no município onde você mora há muitos monumentos em homenagem às mulheres e aos afro-brasileiros. Conte aos colegas as suas descobertas.

PROFESSOR Resposta: Conversar com os alunos sobre possíveis fontes de pesquisa sobre o assunto, como jornais locais, órgãos da prefeitura e sites confiáveis, entre outros.
MANUAL DO PROFESSOR

No Rio de Janeiro, por exemplo, foi inaugurada, em 1986, uma cabeça dedicada a Zumbi dos Palmares, líder negro que lutou pela abolição da escravatura. Tem também estátua dedicada a pai-de-santo, estátua de sambista, estátua para operários… Isso mostra que os grupos foram conquistando espaço para homenagear seus representantes. Ainda bem!

FONTE: Pedra, bronze, História... Ciência Hoje das Crianças, n. 107. Disponível em: http://chc.org.br/pedra-bronze-historia-2/ . Acesso em: 8 abr. 2021.

• Fazer uma leitura dialogada do texto, propondo perguntas durante a leitura dos alunos. Essas perguntas devem permitir aos alunos identificar os elementos a seguir: o local e a data em que foi feita a reportagem: município de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, em 2018; o total de monumentos: 150; a quantidade de monumentos que homenageiam afro-brasileiros: 3; a opinião do entrevistado sobre isso.

• Orientar, também, a realização da investigação proposta, solicitando a ajuda de um adulto da convivência dos alunos. Em seguida, selecionar com os alunos fontes de pesquisa confiáveis: site da prefeitura, jornais locais impressos ou digitais, sites, livros e enciclopédias. Definir um tempo para a pesquisa e, ao final, organizar a socialização das descobertas individuais.

MP116

Memória indígena

Os indígenas, habitantes originários do território brasileiro e presentes atualmente em todas as regiões brasileiras, também foram pouco contemplados com monumentos nas cidades do país.

Contudo, eles aparecem com frequência em outros marcos da memória, como em nomes de ruas e de bairros de cidades. Guaratiba, Andaraí, Camorim e Maracanã, por exemplo, são palavras de origem indígena e nomes de bairros da cidade do Rio de Janeiro.

1. Quando solicitado, leia um dos textos sobre a origem de cada um desses nomes.

Guaratiba

Guaratiba tem origem na língua indígena tupi, por meio da união dos termos agwa’rá (guará) e tyba (ajuntamento), ou seja, ajuntamento de guarás, um tipo de ave.

Imagem: Pintura. Ave com penas rosa-claro, bico comprido e preto e pernas compridas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Guará, pintura de Albert Eckhout, produzida em 1640. FIM DA LEGENDA.

Andaraí

O nome vem da expressão indígena Andirá-y Açu, que significa Rio Grande dos Morcegos, nome que os indígenas davam ao atual Rio Joana.

Imagem: Fotografia. No centro, um rio e ao lado, uma avenida asfaltada com automóveis. Do outro lado, árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rio Joana, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Camorim

Derivado de camury, que na língua indígena tupi significa “mata com muitos mosquitos”.

Imagem: Fotografia. Morro coberto por vegetação.   Fim da imagem.

LEGENDA: Mata do Camorim, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Maracanã

Vem do tupi maraka’nã, nome dado a uma ave semelhante ao papagaio.

Imagem: Fotografia. Ave com penas verde e vermelho, bico pequeno e olhos escuros.   Fim da imagem.

LEGENDA: Periquitão-maracanã. FIM DA LEGENDA.

2. Qual é a origem do nome desses bairros do Rio de Janeiro?

PROFESSOR Resposta: Os nomes dos bairros citados são de origem indígena.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

3. Reconte para um adulto de sua convivência a história da origem de algumas ruas ou bairros do Rio de Janeiro.

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos na retomada das origens dos nomes dos bairros para que possam recontar ao adulto.
MANUAL DO PROFESSOR

• Organizar uma conversa sobre as origens dos nomes dos bairros da cidade do Rio de Janeiro (Guaratiba, Andaraí, Camorim e Maracanã), destacando a relação desses topônimos com os elementos da natureza e a importância desses elementos naturais para os povos indígenas que viveram nesses locais em outros tempos.

• Orientar, se considerar pertinente, os alunos a pesquisarem em livros, enciclopédias e na internet nomes de locais – ruas, avenidas, praças, parques, bairros – do município onde vivem que tenham origem indígena. Combinar um prazo para a apresentação dos resultados da pesquisa. No dia combinado, socializar as descobertas individuais.

Como trabalhar com memória nas aulas de História

O que faz o aluno entrar em contato com a memória é o desafio com significado social e individual proposto pelo professor. Voltamos ao passado para investigar algo do presente que nos interessa”, diz Maria Auxiliadora Schmidt, professora de Metodologia e Prática do Ensino de História da Universidade Federal do Paraná (UFPR). É importante estabelecer essas relações sem o juízo de que antes as pessoas eram atrasadas e que agora somos evoluídos, por exemplo. O ideal é entender os fatos como fruto de momentos distintos em que a sociedade se estrutura em outros moldes. Para isso, a turma vai usar diferentes ferramentas e aprender a fazer isso durante as atividades.

MP117

O território que atualmente corresponde ao município do Rio de Janeiro era habitado originalmente por indígenas. O nome de muitos bairros do município são marcos de memória que remetem à presença dos indígenas na história da cidade, como ocorre com o bairro de Paquetá.

4. Quando solicitado, leia o texto silenciosamente.

Paquetá

O nome Paquetá significa muitas pacas na língua indígena nheengatu. Esta era a língua falada pelos índios tupis na Baía de Guanabara por ocasião da chegada dos portugueses ao Rio de Janeiro. Há referências da existência de pacas em grande quantidade na ilha de acordo com o relato dos navegadores da época, confirmando o acerto do nome.

Paquetá foi ocupada pelos índios tamoios até o final do século XV. [...] Sua vegetação original era parte da Mata Atlântica, bastante reduzida nos dias de hoje.

FONTE: Ilha de Paquetá. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 30 jan. 2010. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/web/riotur/exibeconteudo?id=157598 . Acesso em: 2 fev. 2021.

5. Localize e retire informações do texto para responder às questões.

a) Qual é a origem do nome Paquetá?

PROFESSOR Resposta: Paquetá significa “muitas pacas” na língua indígena nheengatu.

b) Que povo habitava a ilha de Paquetá no século XV?

PROFESSOR Resposta: Os índios tamoios.

6. Observe a fotografia de um marco de memória de Paquetá e responda às questões.

Imagem: Fotografia. Busto de um homem com cocar na cabeça. Abaixo há placas prateadas com textos. Fim da imagem.

LEGENDA: Monumento em homenagem ao líder tamoio Guaixara na ilha de Paquetá, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

a) A que grupo social se refere esse marco de memória?

PROFESSOR Resposta: Refere-se aos indígenas tamoios.

b) Por que monumentos como esse são importantes?

PROFESSOR Resposta: Orientar os alunos a perceber que monumentos como esse são importantes porque registram a memória de fatos, indivíduos ou grupos que marcaram a cidade.

Boxe complementar:

Você sabia?

Guaixara liderou os tamoios na aliança com os franceses, que disputavam com os portugueses o controle das terras que, mais tarde, constituiriam o Rio de Janeiro.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Ao ensinar os alunos a ler uma fotografia de época, por exemplo, faça perguntas como: “Por que esse lugar está assim?”, “Será que isso quer dizer alguma coisa?” e “Como é essa situação hoje?”. Na sequência, indique a leitura de textos que contenham dois pontos de vista diferentes sobre um mesmo fato histórico ou tema para que tenham mais informação para fazer inferências sobre o período estudado.

FONTE: FERREIRA, Ana R. História e Geografia: uma visão crítica sobre o mundo. Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1675/historia-e-geografia-uma-visao-critica-sobre-o-mundo . Acesso em: 10 abr. 2021.

• Solicitar aos alunos que leiam silenciosamente o texto introdutório e o texto reproduzido na atividade 4.

• Realizar uma leitura dialogada do texto Paquetá, perguntando aos alunos: Onde fica a Ilha de Paquetá? Qual é o significado da palavra Paquetá? Que povo vivia nesse local antes da chegada dos portugueses? Que animal existia na região?

• Encaminhar a observação, pelos alunos, da fotografia reproduzida na atividade e solicitar que identifiquem o tipo de monumento, o ano em que foi inaugurado, o povo homenageado, os artefatos indígenas representados e a importância desse monumento para a preservação da memória dos povos indígenas que habitavam esse local.

MP118

Boxe complementar:

Investigue

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

1. Com a ajuda de um adulto, investigue sobre a memória de povos indígenas que habitam ou habitaram a unidade da federação em que você vive. Pesquise em livros, enciclopédias, jornais, revistas ou na internet informações para responder no caderno às seguintes questões:

a) Que povos indígenas habitavam a unidade da federação em que você vive há cerca de quinhentos anos e que povos indígenas a habitam atualmente?

b) Sobre as aldeias indígenas atuais, procure descobrir: localização, quantidade aproximada de moradores, atividades econômicas e tipos de moradias.

c) Na cidade ou unidade da federação em que você vive há monumentos que homenageiam indígenas? Se sim, quais e onde estão localizados?

d) Há museus especializados no estudo dos povos indígenas ou que possuem setores sobre esses povos?

e) Há bairros, ruas, avenidas ou praças com nomes de origem indígena? Se sim, quais?

Imagem: Ilustração. Folha pautada com o texto:  a) Que povos indígenas habitavam a unidade da federação em que você vive há cerca de quinhentos anos e que povos indígenas a habitam atualmente?  b) Sobre as aldeias indígenas atuais, procure descobrir: localização, quantidade aproximada de moradores, atividades econômicas e tipos de moradias.  c) Na cidade ou unidade da federação em que você vive há monumentos que homenageiam indígenas? Se sim, quais e onde estão localizados?  d) Há museus especializados no estudo dos povos indígenas ou que possuem setores sobre esses povos?  e) Há bairros, ruas, avenidas ou praças com nomes de origem indígena? Se sim, quais?  Fim da imagem.

2. Elabore um texto com as informações obtidas na pesquisa. Dê um título a ele.

PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada das informações e a produção do texto. Fim da observação.

Imagem: Fotografia. À esquerda, construção com paredes de barro e telhado de palha. À direita, construção grande com paredes amarelas e janelas grandes. No centro há um caminho de pedras, plantas e fotografias de crianças indígenas. Ao fundo, árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: O Museu do Índio, fundado em 1953, se tornou uma importante instituição de pesquisa sobre culturas indígenas. Ele está localizado na cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Foto de 2015. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Investigue

• Fazer um levantamento inicial dos conhecimentos prévios dos alunos sobre os povos indígenas que habitam ou habitaram a unidade da federação onde eles vivem. Em seguida, orientar coletivamente a investigação proposta, identificando fontes de pesquisa confiáveis e combinando um prazo para a apresentação dos resultados.

• Lembrar os alunos que eles devem identificar os povos indígenas que viveram e vivem atualmente nessa unidade da federação, identificar marcos da memória desses povos: monumentos, nomes de ruas, avenidas, praças, bairros etc., museus especializados na memória indígena e aldeias atuais e suas características.

• Orientar individualmente a produção de escrita, retomando os registros da pesquisa para, com base neles, escrever um texto.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural

As atividades propostas nesta página e na seguinte permitem explorar alguns elementos da cultura indígena e afro-brasileira presentes nos marcos de memória das cidades, reforçando a importância do respeito à diversidade cultural brasileira.

Fim do complemento.

Monumentos a indígenas e afro-brasileiros

Dos mais de 360 monumentos que homenageiam personalidades e fatos históricos na cidade de São Paulo, menos de 3% representam pessoas negras e indígenas. Levantamento realizado pelo Instituto Pólis avaliou 367 monumentos oficiais da capital paulista, com o objetivo de identificar como essa população é representada na história visual da cidade.

MP119

Memória negra

Nos últimos anos, algumas cidades construíram monumentos relacionados à memória da cultura negra, como o citado no texto abaixo.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Monumento Zumbi

O monumento Zumbi, representante da resistência negra contra a escravidão no Brasil, tem 2,20 metros de altura e pesa 300 quilos. Localizado na Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador, a escultura é assinada pela artista plástica Márcia Magno.

Zumbi, também conhecido como Zumbi dos Palmares, foi um líder quilombola brasileiro, o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial.

FONTE: Monumento Zumbi dos Palmares. Prefeitura Municipal de Salvador. Disponível em: http://pelourinhodiaenoite.salvador.ba.gov.br/index.php/59-onde-visitar/monumentos-largos-pracas/1410-monumento-zumbi-dos-palmares . Acesso em: 2 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Escultura de homem sem camisa com calça. Ele está segurando uma lança e com o pé esquerdo apoiado na perna direita. Ao fundo, pessoas, construções e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares no município de Salvador, no estado da Bahia. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

2. Localize e retire informações do texto para elaborar e preencher no caderno a ficha a seguir.

• Local onde está o monumento.

PROFESSOR Resposta: Centro Histórico de Salvador, no estado da Bahia.

• Pessoa homenageada.

PROFESSOR Resposta: Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

• Importância dessa pessoa para a história do Brasil.

PROFESSOR Resposta: Zumbi lutou contra a escravidão no Brasil.
MANUAL DO PROFESSOR

Das 367 obras, 200 retratam figuras humanas, mas apenas cinco são de pessoas negras, sendo quatro figuras masculinas e uma feminina. Em relação a representações de indígenas, quatro estátuas trazem a temática, todas de figuras masculinas. Monumentos em homenagens a homens brancos somam 137 obras.

FONTE: BOEHM, Camila. Monumentos em São Paulo inviabilizam história de negros e indígenas. Agência Brasil, 13 dez. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-12/monumentos-em-sao-paulo-invisibilizam-historia-de-negros-e-indigenas . Acesso em: 10 abr. 2021.

• Orientar os alunos durante a leitura em voz alta, solicitada na atividade 1; prática que pode contribuir para a fluência em leitura oral, eixo importante do processo de alfabetização.

• Após a leitura, orientar os alunos a localizar e retirar informações do texto, uma das estratégias de compreensão do texto.

Para leitura dos alunos

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustração de animais em um navio.   Fim da imagem.

Diversidade, de Tatiana Belinky. FTD.

Por meio de versos, a autora desse livro nos apresenta a importância do respeito às diferenças entre as pessoas, no aspecto físico, no comportamento, na personalidade, na cor do cabelo ou no temperamento. E lembra que as diferenças não tornam as pessoas melhores ou piores.

MP120

Marcos da MEMÓRIA NEGRA no Rio de Janeiro

Imagem: Ilustração de instrumentos musicais.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ao fundo, representações de instrumentos musicais usados no samba. FIM DA LEGENDA.

A presença dos africanos e de seus descendentes é marcante em muitos municípios brasileiros, como o Rio de Janeiro, com destaque para a chamada Pequena África, uma região que abrange a zona portuária e os bairros da Saúde, da Gamboa e do Santo Cristo.

Conheça agora um pouco da história dos locais destacados nos boxes.

1. Quando o professor solicitar, leia em voz alta um dos trechos do texto.

Comunidade Pedra do Sal

Uma das mais antigas comunidades afrodescendentes da cidade do Rio de Janeiro. Os pesquisadores acreditam que o samba, ritmo musical possivelmente criado pelos afrodescendentes no Brasil, tenha nascido nesse local.

Imagem: Fotografia. Pessoas sentadas em volta de uma mesa e segurando instrumentos musicais. Ao redor, várias pessoas observam em pé. Ao fundo, pinturas em uma parede.  Fim da imagem.

LEGENDA: Roda de samba na comunidade Pedra do Sal, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Foto de 2016. FIM DA LEGENDA.

Largo João da Baiana

O largo recebeu esse nome em homenagem ao músico João da Baiana (1887-1974), que, segundo alguns pesquisadores, introduziu no samba o pandeiro, instrumento musical de percussão.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Cinco homens com terno branco estão tocando instrumentos musicais.  Fim da imagem.

LEGENDA: João da Baiana (no pandeiro) se apresenta ao lado de Pixinguinha (no saxofone), Donga (prato) e outros no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Foto da década de 1950. FIM DA LEGENDA.

Fonte: Simone Vassallo. A “Pequena África” no Rio de Janeiro. Observatório do Patrimônio Cultural do Sudeste. Disponível em: http://observatoriodopatrimonio.com.br/site/index.php/itens-de-patrimonio/pequena-africa . Acesso em: 31 dez. 2020.

MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar os alunos a identificar cada um dos marcos de memória negra no Rio de Janeiro: Comunidade Pedra do Sal, Largo João da Baiana, Casa do Maranhão, Docas André Rebouças e Cais do Valongo.

• Ressaltar a importância da preservação da memória e das tradições culturais africanas para a história da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil.

• Informar que a Comunidade Pedra do Sal recebeu esse nome por ser o local onde os africanos escravizados descarregavam o sal importado de Portugal. Foi a partir desse local que se desenvolveu a região conhecida como Pequena África, que reúne diversos marcos de memória da história dos afro-brasileiros ao longo do tempo.

• Sobre o Largo João da Baiana, comentar com os alunos que é o mais antigo marco de memória do samba carioca. Foi lá que tiveram início as rodas de capoeira e de chorinho. Artistas como Donga, Pixinguinha e João da Baiana são dessa região. Na fotografia reproduzida na página, Pixinguinha está tocando saxofone e João da Baiana toca pandeiro com seus companheiros.

A pequena África

Lugar de luta e resistência que marcou a história da cidade e, principalmente, dos negros, a área que abrange desde a Zona Portuária até a Cidade Nova, conhecida como Pequena África, hoje é lugar de encontros de turistas e moradores que buscam diversão no Rio de Janeiro. Apesar das iniciativas de revitalização do local, ainda são poucas as ações para resgatar a memória do povo que fundou a região, que tem como principal referência o Cais do Valongo, declarado recentemente Patrimônio Histórico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). [...]

MP121

Casa do Maranhão

Casa de cultura criada pela comunidade de afrodescendentes maranhenses que foram viver no Rio de Janeiro. A casa organiza festas e reuniões tradicionais culturais maranhenses.

Imagem: Fotografia. Construção extensa com parede amarela e detalhes brancos. Na frente há carros parados.  Fim da imagem.

LEGENDA: Casa do Maranhão, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. FIM DA LEGENDA.

Docas André Rebouças

As docas, espaço abrigado do Porto do Rio de Janeiro para guardar embarcações e carregar e descarregar mercadorias, receberam esse nome em homenagem ao engenheiro André Rebouças (1838-1898). Ele lutou pela libertação dos escravizados e foi um dos criadores da Sociedade Brasileira contra a Escravidão, em 1880.

Imagem: Pintura. Homem negro com cabelo curto, bigode, terno e gravata.  Fim da imagem.

LEGENDA: Retrato de André Rebouças, pintura de Rodolfo Bernardelli, 1877. FIM DA LEGENDA.

Cais do Valongo

Cais localizado na zona portuária do Rio de Janeiro por onde, segundo alguns historiadores, teriam chegado entre 500 mil e 700 mil africanos escravizados ao Brasil entre 1774 e 1831.

Imagem: Pintura. No centro há homens brancos e negros dentro de dois barcos. Ao lado há uma construção de madeira e dois homens brancos estão sentados. Ao lado deles há um menino negro em pé e dois soldados uniformizados observando. Do outro lado há um homem branco em pé e dois homens negros atrás dele. Ao fundo, barcos e navios no mar.   Fim da imagem.

LEGENDA: Desembarque, gravura de Johann Moritz Rugendas, 1835. A gravura representa a chegada de africanos escravizados ao Cais do Valongo. FIM DA LEGENDA.

2. Os locais destacados nos quadros podem ser considerados marcos de memória? Explique.

PROFESSOR Resposta: Sim, pois seus nomes relembram personagens e eventos da história do Rio de Janeiro, como a presença dos afrodescendentes na formação da cidade.
MANUAL DO PROFESSOR

A moderna cultura carioca é altamente tributária do cotidiano dos negros, no que chamamos de Pequena África do Rio de Janeiro. A história do samba é muito tributária dessa experiência sociocultural subalternizada, de negros e brancos, mas especialmente de negros na região portuária e das suas festas, das suas tradições culturais e religiosas. Sua importância histórica para a região é porque dali saiu o que hoje a gente chama de moderna cultura carioca. O samba, por exemplo, obteve influência nas casas das tias baianas e nas festas que lá ocorriam.

FONTE: ALMEIDA, Elisângela. Pequena África: lugar de luta contra a escravidão no Porto. Jornal da PUC , 10 set. 2017. Disponível em: http://jornaldapuc.vrc.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5334&sid=24. Acesso em: 10 abr. 2021.

• Informar aos alunos que a Casa do Maranhão preserva as tradições culturais da comunidade maranhense no Rio de Janeiro, como o Tambor de Mina, o Tambor de Criola e o Bumba meu boi.

• Acrescentar que a Unesco concedeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade ao Cais do Valongo e que o Sítio Arqueológico Cais do Valongo é o mais importante vestígio material, fora do continente africano, sobre o tráfico de pessoas escravizadas.

MP122

Marcos da memória dos imigrantes

As cidades podem ter marcos da memória relacionados aos grupos de imigrantes que vieram para o Brasil, como no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, no Paraná.

1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Imigração italiana

Festejar com alegria [...] a construção de Santa Felicidade, bairro criado em 1878 por famílias europeias, vindas da região do Vêneto, norte da Itália. [...]

Serão três dias de festejos com muita comida italiana, músicas típicas, apresentações de danças folclóricas [...].

A dupla frango e polenta, tradicional na gastronomia do bairro italiano, marcará presença, mas também haverá outras iguarias preparadas seguindo as receitas dos nonos e das nonas : lambari frito, pão com bife, queijos, salames [...]. Para quem prefere os doces, as opções também serão fartas com cucas, caçarolas italianas, tortas e doces preparados no capricho. [...]

A herança da imigração italiana em Santa Felicidade está na arquitetura [...] visível nos casarões preservados; na gastronomia, com restaurantes típicos [...]; na venda de artesanato e, é claro, na maneira de falar dos moradores.

FONTE: Três dias de festa para comemorar os 141 anos da imigração italiana. Prefeitura Municipal de Curitiba, 18 nov. 2019. Disponível em: https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/tres-dias-de-festa-para-comemorar-os-141-anos-da-imigracao-italiana/53741. Acesso em: 2 fev. 2021.

2. Observe as fotografias de alguns alimentos e responda à questão a seguir.

Imagem: Fotografia. Pedaços de frango e polenta dentro de uma panela.   Fim da imagem.

LEGENDA: Frango com polenta. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Torta com recheio enrolada sobre um papel.   Fim da imagem.

LEGENDA: Strudel. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Fatia de caçarola sobre um prato.   Fim da imagem.

LEGENDA: Caçarola italiana. FIM DA LEGENDA.

• Qual dos alimentos retratados nessas fotografias não é um marco da memória italiana no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba?

PROFESSOR Resposta: O strudel.

3. Além da gastronomia, quais são os outros marcos da memória italiana no bairro de Santa Felicidade?

PROFESSOR Resposta: A comemoração da construção do bairro, a arquitetura, o artesanato e a maneira de falar dos moradores.
MANUAL DO PROFESSOR

• Fazer uma leitura compartilhada do texto Imigração italiana, na atividade 1, identificando com os alunos o que estava sendo festejado, de onde vieram os fundadores do bairro, os elementos da festa, a alimentação tradicional do bairro, outras iguarias que serão servidas e os elementos da animação. Destacar também outros elementos culturais que mostrem a influência italiana no bairro.

• Orientar a realização das atividades, em que os alunos devem observar as fotografias e as respectivas legendas, identificando os alimentos retratados e localizar no texto quais desses elementos são de origem italiana e qual não é.

Atividade complementar

Propor aos alunos a investigação em livros e na internet de alimentos doces e salgados consumidos tradicionalmente no local em que vivem: nomes dos alimentos, fotografias, ingredientes e modos de fazer. Solicitar que investiguem também a que grupos sociais do município esses alimentos estão relacionados.

MP123

Os portugueses também tiveram forte presença nas cidades brasileiras ao longo do tempo. Nessas cidades, eles criaram associações que reuniam elementos da cultura e da história das suas regiões de origem em Portugal. Por isso, tais associações ficaram conhecidas como casas regionais.

Casas regionais portuguesas

As casas regionais, instituições de caráter local, ligadas às tradições e costumes das regiões de onde seus fundadores advêm, são criadas para estabelecer o elo de memória com a tradição e os costumes da terra natal constituindo verdadeiros lugares de memória [...].

Nas casas regionais, os imigrantes e seus descendentes procuravam manter os costumes e tradições de suas terras natais através de celebrações festivas [...].

FONTE: Antônio Henrique Seixas de Oliveira. Associações e casas regionais portuguesas na cidade do Rio de Janeiro – lugares de memória. 3 Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades. Salvador, n. 3, v. 6, out. 2014. p. 51, 62.

Imagem: Fotografia. Construção de dois andares com paredes verdes e janelas brancas. Ao redor há carros e ao fundo, prédios e árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Sede atual da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 2018. A Casa dos Poveiros foi criada em 1930 por imigrantes vindos da região portuguesa de Póvoa de Varzim. FIM DA LEGENDA.

4. Para ampliar seu vocabulário, retire do glossário e registre o significado do termo memória.

PROFESSOR Resposta: Lembranças de uma pessoa que podem estar ligadas às lembranças de uma comunidade.

5. As casas regionais portuguesas são uma forma de manter a memória?

PROFESSOR Resposta: Sim, pois nelas os portugueses tentam manter tradições e costumes de seu povo.
MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar a interpretação do texto, identificando com os alunos o tema, a função das casas regionais e sua relação com a preservação da memória dos imigrantes.

• Solicitar aos alunos que observem a imagem e identifiquem elementos como a localização do prédio: município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro; a instituição que ele abriga: sede atual da Casa dos Poveiros; e o ano em que ela foi fundada: 1930. Propor que relacionem as informações do texto com a imagem.

• Conduzir a atividade de desenvolvimento de vocabulário, em que o aluno deve identificar o significado da palavra memória no glossário e depois aplicar a palavra na situação das casas regionais portuguesas.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

As atividades propostas nas páginas 80 a 87 permitem aproximar os alunos de alguns marcos de memória das cidades – monumentos, nomes de ruas, festas tradicionais, alimentos típicos, entre outros – de alguns grupos – indígenas, afro-brasileiros e imigrantes – que tiveram e continuam tendo participação marcante nas matrizes históricas e culturais brasileiras.

Fim do complemento.

MP124

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 5 e 6

Avaliação de processo de aprendizagem

Você estudou o crescimento das cidades brasileiras, suas principais funções e hierarquias, e os grupos sociais que participaram de sua história. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.

1. Observe as fotografias da cidade de Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso, em 1970 e 2015.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma estrada asfaltada. Ao lado há uma construção grande com uma piscina e poucas construções. Ao fundo, terreno plano e vegetação.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista aérea do município de Cuiabá, no estado do Mato Grosso, em 1975. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma estrada asfaltada. Ao lado há uma construção grande com uma piscina e muitas construções e árvores. Ao fundo, mais construções.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista aérea do município de Cuiabá, no estado do Mato Grosso, em 2015. FIM DA LEGENDA.

• Quais mudanças na paisagem da cidade de Cuiabá podem ser observadas?

PROFESSOR Resposta: Aumento no número de construções, plantio de árvores e alteração no arruamento, por exemplo.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

2. Pesquisem informações sobre o município em que vocês vivem para responder às perguntas a seguir. Consultem jornais, livros ou a internet e registrem suas descobertas.

PROFESSOR Resposta: As respostas variam de acordo com o município estudado.

a) Nome do município.

b) A cidade do município originou-se de maneira espontânea ou planejada?

c) A cidade apresenta uma função urbana principal? Se sim, qual?

d) A cidade costuma atrair pessoas que vivem em outros municípios? Se sim, para realizar quais atividades?

e) Quais grupos sociais viveram no seu município em diferentes tempos: indígenas, africanos e afrodescendentes, europeus, asiáticos, latino-americanos e/ou migrantes de outras unidades federativas do Brasil?

MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 5 e 6.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Reconhecer transformações nas paisagens de cidades com o crescimento da urbanização.

Espera-se que os alunos comparem duas fotografias de uma mesma localidade, identificando elementos da paisagem que mudaram ao longo do tempo.

2. Identificar características relacionadas à função urbana e à história de formação da cidade do município onde vive.

A atividade requer que os alunos elaborem uma pesquisa sobre a cidade do município onde vivem. É importante orientar a consulta de fontes de informação, incluindo o site oficial da prefeitura municipal. Ainda que a atividade seja realizada em grupos, é interessante avaliar os alunos individualmente, de acordo com critérios relacionados às contribuições para o trabalho coletivo, ao respeito aos colegas e à proatividade na execução das propostas elaboradas.

3. Compreender por que alguns grupos sociais são excluídos ou pouco representados nos marcos de memória.

A atividade exige dos alunos identificar cada grupo social citado e explicar os motivos da exclusão desses grupos sociais dos monumentos.

4. Identificar marcos de memória de imigrantes italianos e portugueses.

A atividade exige que os alunos identifiquem marcos de memória e que os classifiquem, definindo quais são referentes aos italianos e quais são referentes aos portugueses.

5. Identificar a importância dos monumentos para a sociedade.

A atividade exige dos alunos a identificação de um monumento e de locais de memória relacionados à cultura afro-brasileira.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade de comparação de fotografias para a identificação da transformação de uma paisagem em dois tempos propicia o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 5 e da competência específica de Geografia 3 graças ao desenvolvimento do raciocínio geográfico de diferenciação.

Fim do complemento.

MP125

3. Segundo os pesquisadores, quais são os motivos da pequena presença de monumentos dos grupos sociais a seguir?

a) Mulheres.

PROFESSOR Resposta: A não homenagem às mulheres faz parte de uma visão conservadora que privilegia a presença de pessoas do sexo masculino em cargos de poder.

b) Afro-brasileiros.

PROFESSOR Resposta: A ausência de afro-brasileiros homenageados está relacionada ao racismo.

4. Registre dois marcos da memória dos imigrantes italianos e dois marcos dos imigrantes portugueses.

PROFESSOR Resposta: Alimentos, arquitetura e formas de falar (italianos), casas regionais e clubes esportivos (no caso dos portugueses).

5. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia. Escultura da cabeça de um homem com chapéu, olhos grandes, nariz largo e lábios grossos. Fim da imagem.

LEGENDA: Monumento em homenagem a Zumbi, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Foto de 2016. FIM DA LEGENDA.

a) Quem está sendo homenageado no monumento retratado na fotografia?

PROFESSOR Resposta: Zumbi.

b) A que grupo social ele pertence?

PROFESSOR Resposta: Ao grupo dos afro-brasileiros.

c) Cite dois locais de memória desse grupo social na cidade do Rio de Janeiro.

PROFESSOR Resposta: Pedra do Sal, Cais do Valongo, Casa do Maranhão, Largo João da Baiana.

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Responda às perguntas a seguir no caderno utilizando as palavras: “sim”, “em parte” ou “não”.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Sobre as aprendizagens

a) Diferencio características de cidades espontâneas e cidades planejadas?

b) Percebo transformações na paisagem causadas pelo crescimento urbano?

c) Reconheço diferentes funções e hierarquias urbanas?

d) Identifico a importância dos monumentos para a sociedade?

e) Compreendo por que alguns grupos sociais são excluídos ou pouco representados nos marcos de memória?

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades.

Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP126

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 5 e 6

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 5 e 6. Nesse sentido, cabe retomar as respostas dos alunos para a questão problema presente no Desafio à vista!: Quais são as mudanças relacionadas ao crescimento das cidades e aos seus marcos de memória?

Sugere-se mostrar para os alunos o registro das respostas para a questão problema do módulo e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram aprendidos sobre as transformações urbanas diante do aumento da urbanização e de seus marcos de memória.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Por meio das atividades que foram propostas na avaliação de processo de aprendizagem, é possível realizar o acompanhamento dos alunos dentro da experiência constante e contínua de avaliação formativa. Sugere-se elaborar rubricas e estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, considerando os objetivos de aprendizagem e a intencionalidade pedagógica de cada uma delas.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

• Diferenciar características de cidades espontâneas e planejadas.

• Perceber transformações na paisagem em razão do crescimento urbano.

• Reconhecer diferentes funções e hierarquias urbanas.

• Identificar e selecionar informações sobre a história do município em que vive.

• Identificar a importância dos monumentos para a sociedade.

• Compreender por que alguns grupos sociais são excluídos ou pouco representados nos marcos de memória.

• Identificar marcos de memória de imigrantes italianos e portugueses.

Para monitorar as aprendizagens por meio destes objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno. Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar os elementos relacionados ao crescimento urbano e aos marcos de memória do município em que vivem.

Com relação às temáticas do capítulo 5, é possível rever com aqueles com defasagens elementos relacionados à classificação das cidades de acordo com seu crescimento (espontâneas ou planejadas) e suas diferentes funções e hierarquias, assim como avaliar transformações do espaço urbano ao longo do tempo, seja a partir de fotografias, seja com base em imagens de satélite.

Com relação ao capítulo 6, pode-se consultar outras fontes de informação escritas, visuais ou orais e propor novas atividades para os alunos com defasagens, visando trabalhar com a ideia de marco da memória, problematizar por que alguns grupos sociais são excluídos ou pouco abordados nos monumentos das cidades brasileiras e, por fim, explorar os grupos sociais que são homenageados, como os imigrantes.

A página MP263 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

MP127

Introdução ao módulo dos capítulos 7 e 8

Este módulo, formado pelos capítulos 7 e 8, permite aos alunos conhecer e refletir sobre alguns impactos ambientais possíveis de ocorrer no espaço urbano e as fontes históricas que permitem analisá-los.

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades do capítulo 7 permitem aos alunos identificar possíveis impactos do crescimento urbano e os problemas relacionados ao saneamento básico, favorecendo a proposição de soluções para melhoria da qualidade ambiental e possibilitando o desenvolvimento das habilidades EF05GE03, EF05GE08, EF05GE10 e EF05GE11. São propostas atividades de compreensão de textos, análise de imagens e leitura de mapa, representações, gráficos e fotografias. Como pré-requisito, os alunos devem ter desenvolvido noções relacionadas aos impactos de ações humanas no ambiente.

As atividades do capítulo 8 contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF05HI09 ao permitir um debate sobre um tema que impacta a vida cotidiana no tempo presente: as mudanças e permanências relacionadas aos dejetos domésticos no Brasil. As atividades de debate e de produção escrita mobilizam, por sua vez, a comparação de diferentes pontos de vista sobre um tema importante no mundo atual. São propostas atividades de compreensão de textos; interpretação de cartum e linha do tempo, leitura de depoimento. Como pré-requisito, espera-se que os alunos reconheçam os problemas ambientais que afetam o município em que vivem.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

• Reconhecer problemas socioambientais causados pelas atividades de trabalho e pelo crescimento urbano.

• Avaliar como o saneamento básico interfere na qualidade ambiental.

• Identificar diferentes formas de poluição dos rios e oceanos.

• Reconhecer problemas ambientais no entorno da escola, propondo soluções para minimizá-los.

• Reconhecer a importância das fontes históricas no estudo dos problemas ambientais.

• Comparar diferentes pontos de vista sobre as soluções para a poluição do ar nas cidades.

• Compreender as formas de coleta e tratamento do esgoto em diferentes tempos.

MP128

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 7 e 8

Quais impactos ambientais podem ser identificados nas cidades e quais fontes históricas permitem estudá-los?

CAPÍTULO 7. Cidades e ambiente

Você já estudou que, no século XX, as cidades brasileiras cresceram muito, aumentando, portanto, a necessidade de hospitais, escolas, postos de saúde, estabelecimentos comerciais, espaços de lazer e diversos outros serviços importantes para a população.

O acesso aos serviços de fornecimento de água tratada e coleta de esgoto, bem como aos serviços de transporte e iluminação, por exemplo, também precisou ser ampliado.

1. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia em preto e branco. No centro há barcos grandes em um rio. Ao lado há duas pontes e nas laterais, construções e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Recife, no estado de Pernambuco, por volta de 1910. FIM DA LEGENDA.

• O que você observa na paisagem de parte da cidade de Recife retratada nesta fotografia?

PROFESSOR Resposta: Podem ser observados duas pontes, um rio, árvores, barcos grandes e casas ao fundo.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre a utilização de fontes históricas para identificação dos impactos ambientais urbanos. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• Orientar os alunos a ler o texto e observar as fotografias de parte da cidade de Recife, no estado de Pernambuco, realizadas em dois tempos distintos, em 1910 e em 2013.

• Solicitar que descrevam os elementos que se destacam nas paisagens e as permanências e transformações que podem ser evidenciadas.

• Compartilhar as respostas dos alunos para as atividades.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Neste capítulo, o objetivo das atividades está diretamente relacionado à qualidade ambiental e aos impactos ambientais que atingem os mais diferentes locais. Esse tema se aproxima da competência geral 7 no sentido de promover a consciência socioambiental, e da competência específica de Ciências Humanas 6 ao exercitar a responsabilidade e o protagonismo voltados ao bem comum. As atividades também contribuem para o desenvolvimento da competência específica da Geografia 6 ao promoverem a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade.

Fim do complemento.

O trabalho desenvolvido no capítulo 7 tem como objetivo permitir aos alunos analisar consequências ambientais do crescimento urbano desordenado e refletir sobre a importância do saneamento básico na qualidade de vida das pessoas.

A BNCC no capítulo 7

Unidades temáticas: Conexões e escalas; Formas de representação e pensamento espacial; Natureza, ambientes e qualidade de vida.

Objetos de conhecimentos: Território, redes e urbanização; Mapas e imagens de satélite; Qualidade ambiental; Diferentes tipos de poluição.

MP129

2. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia. No centro há duas pontes sobre um rio. Nas laterais há ruas, prédios, casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da cidade de Recife, no estado de Pernambuco, em 2013. FIM DA LEGENDA.

• O que você observa na paisagem da mesma parte de Recife retratada nesta fotografia?

PROFESSOR Resposta: Podemos observar duas pontes, um rio, construções (prédios baixos e alguns muito altos), ônibus, automóveis e árvores.

3. Na comparação dessas fotografias, quais elementos da paisagem indicam que a cidade de Recife cresceu entre 1910 e 2013? Explique.

PROFESSOR Resposta: Os alunos devem indicar o que número de construções cresceu muito nesse período.

4. O que geralmente ocorre quando uma cidade passa por um processo de crescimento?

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem indicar mudanças na organização espacial e na infraestrutura urbana.

5. O que a concentração de um grande número de habitantes em uma cidade costuma trazer como consequência para o ambiente?

PROFESSOR Resposta: A deficiência no serviço de coleta e tratamento do lixo e do esgoto acarreta a poluição dos rios e do solo, por exemplo.

Imagem: Ícone: Converse com seu colega. Fim da imagem.

6. Converse com um colega sobre os problemas ambientais que podem existir no lugar onde vocês vivem. Em seguida, escrevam um texto para relatar o que vocês concluíram. Não se esqueçam de criar um título para o texto.

PROFESSOR Resposta: Verificar as hipóteses dos alunos e comentar possíveis problemas ambientais no lugar onde vocês estão, como a poluição atmosférica, dos rios e do mar.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidades: (EF05GE03) Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento; (EF05GE08) Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes; (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e algumas formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos (esgotos, efluentes industriais, marés negras etc.); (EF05GE11) Identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem no entorno da escola e da residência (lixões, indústrias poluentes, destruição do patrimônio histórico etc.), propondo soluções (inclusive tecnológicas) para esses problemas.

• Orientar os alunos em uma produção de escrita, após uma conversa com os colegas. Avaliar se os alunos escreveram corretamente e produziram um texto adequado ao que foi proposto na atividade 6.

Para complementar

3. Solicitar aos alunos que prestem atenção especialmente ao último plano das fotos para que notem a quantidade de edifícios que surgem na paisagem mais recente de Recife, evidenciando o crescimento urbano.

4. Os alunos podem indicar que quando uma cidade passa por um processo de crescimento populacional, crescem também as demandas por hospitais, escolas, postos de saúde, estabelecimentos comerciais, espaços de lazer e serviços em geral, como por exemplo o fornecimento de água tratada, a coleta de esgoto, o transporte e a iluminação.

Para leitura dos alunos

Imagem: Capa de livro. No centro, o título e ao fundo, ilustração de casas e árvores. Fim da imagem.

A cidade muda, de Eduardo Amos. Moderna.

Juca tinha uma rua preferida na cidade em que morava, a da casa onde tinha nascido. Seu bairro era tranquilo e Juca descreve a redondeza. Porém, Juca começa a notar algumas mudanças, e as transformações da cidade se revelam.

MP130

O saneamento básico

Saneamento básico é o conjunto de serviços fornecidos à população para melhoria das condições de higiene, prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Esses serviços consistem na coleta do lixo, no abastecimento de água, no tratamento do esgoto e na limpeza das ruas e de outros espaços públicos.

O saneamento básico é de extrema importância, mas, no Brasil, nem todas as pessoas têm acesso a esses serviços.

Cuidados com o lixo

Um dos serviços essenciais do saneamento básico é a coleta e o destino adequado dos resíduos sólidos. Os resíduos sólidos são os materiais descartados resultantes das atividades humanas. Esses resíduos podem ser residenciais, comerciais ou industriais.

No Brasil, os resíduos sólidos coletados podem ser depositados em aterros sanitários, aterros controlados ou lixões.

1. Leia e interprete o gráfico.

Brasil: destino final dos resíduos sólidos coletados (2018)

Imagem: Gráfico em barras. Brasil: destino final dos resíduos sólidos coletados (2018). No eixo vertical, o destino final e no eixo horizontal, a Quantidade (toneladas).  Aterro sanitário: 43.300.315 toneladas;  Aterro controlado: 16.727.950 toneladas; Lixão: 12.720.250 toneladas.   Fim da imagem.

Fonte: Abrelpe. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2018/2019 . São Paulo: Abrelpe, 2019. p. 16.

a) De acordo com o gráfico, qual era o principal destino dos resíduos sólidos coletados no Brasil?

PROFESSOR Resposta: Os aterros sanitários.

b) Desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos proibiu que os municípios descartassem os resíduos sólidos em lixões. De acordo com o gráfico, essa legislação foi cumprida em 2018? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não, já que, nesse ano, 12.720.250 toneladas de resíduos sólidos tiveram como destino os lixões.

2. Escreva um texto relatando as consequências do despejo de resíduos sólidos em lixões para o ambiente e a saúde das pessoas.

PROFESSOR Resposta: Verificar o conhecimento prévio e/ou as hipóteses dos alunos sobre o tema e explicar que essa prática pode causar a poluição do solo, do ar e das águas subterrâneas, além de contribuir para a disseminação de doenças.
MANUAL DO PROFESSOR

• Comentar com os alunos que a qualidade ambiental se refere a um conjunto de condições do ambiente que afetam as pessoas e os outros seres vivos. Para viver bem, é importante ter acesso a um ambiente limpo e saudável, com a disponibilidade de vários tipos de serviços, sobretudo os ligados ao saneamento básico.

• Solicitar aos alunos que realizem a leitura do texto de forma silenciosa e que expliquem o que entenderam sobre saneamento básico. Essa é mais uma oportunidade para o trabalho com a compreensão de texto.

• Observar e interpretar o gráfico sobre o destino dos resíduos sólidos nas cidades brasileiras.

• Verificar se compreenderam os três principais tipos de destino de resíduos sólidos: aterros sanitários, aterros controlados e lixões.

• Ressaltar a importância da impermeabilização do solo feita nos aterros sanitários, verificando se compreendem que ela garante que o líquido e as substâncias tóxicas presentes nos materiais descartados no lixo não penetrem no solo e nos lençóis subterrâneos de água.

• Compartilhar as respostas das atividades e promover um debate com os alunos sobre as razões da proibição do descarte de resíduos sólidos em lixões, como indicado na Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010).

• Conversar com os alunos sobre a existência ou não de lixões no lugar onde vivem. Se não souberem informar, auxiliá-los em uma pesquisa na biblioteca da escola ou do bairro ou na internet, ou ainda com adultos de sua convivência.

Resíduos sólidos e coleta seletiva de lixo

Coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos que foram previamente separados segundo a sua constituição ou composição. [...]

[...] a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que a coleta seletiva nos municípios brasileiros deve permitir, no mínimo, a segregação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos. Os resíduos recicláveis secos são compostos, principalmente, por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, tetrapak, diferentes tipos de plásticos e vidro. Já os rejeitos, que são os resíduos não recicláveis, são compostos principalmente por resíduos de banheiros (fraldas, absorventes, cotonetes...) e outros resíduos de limpeza. [...]

MP131

Grande parte dos resíduos sólidos pode ser reaproveitada ou encaminhada para a reciclagem por meio da coleta seletiva. No Brasil, aproximadamente 73% dos municípios possuem algum tipo de iniciativa de coleta seletiva, geralmente concentrada em sua área urbana.

3. Leia e interprete os gráficos.

Brasil e regiões: municípios com iniciativa de coleta seletiva (2019)

Imagem: Gráficos em setores. Brasil e regiões: municípios com iniciativa de coleta seletiva (2019).  BRASIL:  Municípios com iniciativa de coleta seletiva: 73,1%;  Municípios sem iniciativa de coleta seletiva: 26,9%;  Nordeste:  Municípios com iniciativa de coleta seletiva: 54,5%;  Municípios sem iniciativa de coleta seletiva: 45,5%;  Centro-Oeste:  Municípios com iniciativa de coleta seletiva: 48,6%;  Municípios sem iniciativa de coleta seletiva: 51,4%;  Sudeste:  Municípios com iniciativa de coleta seletiva: 89,7%;  Municípios sem iniciativa de coleta seletiva: 10,3%;  Sul:  Municípios com iniciativa de coleta seletiva: 90,9%;  Municípios sem iniciativa de coleta seletiva: 9,1%;  Norte:  Municípios com iniciativa de coleta seletiva: 63,6%;  Municípios sem iniciativa de coleta seletiva: 36,4%.   Fim da imagem.

Fonte: Abrelpe. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2018/2019 . São Paulo: Abrelpe, 2019. p. 15.

a) De acordo com os gráficos, qual era a porcentagem de municípios que apresentavam iniciativas de coleta seletiva no Brasil em 2019?

PROFESSOR Resposta: 73,1% dos municípios tinham iniciativas de coleta seletiva em 2019.

b) De acordo com os gráficos, quais foram as duas regiões brasileiras com menor porcentagem de municípios com iniciativas de coleta seletiva?

PROFESSOR Resposta: Regiões Centro-Oeste e Nordeste.

4. No lugar onde você vive existe coleta seletiva? Se sim, como ela é realizada?

PROFESSOR Resposta: A resposta deve ter como referência o município onde o aluno vive.

5. Por que os serviços de coleta seletiva e de descarte de resíduos sólidos em locais adequados são importantes?

PROFESSOR Resposta: Esses serviços são importantes para a higiene e a saúde da população e para a preservação do ambiente, já que a reciclagem permite uma redução na retirada de recursos naturais.
MANUAL DO PROFESSOR

[...] os resíduos orgânicos [...] consistem em restos de alimentos e resíduos de jardim (folhas secas, podas...). É importante que os resíduos orgânicos não sejam misturados com outros tipos de resíduos, para que não prejudiquem a reciclagem dos resíduos secos e para que os resíduos orgânicos possam ser reciclados e transformados em adubo de forma segura em processos simples como a compostagem. [...]

FONTE: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Coleta seletiva. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/catadores-de-materiais-reciclaveis/reciclagem-e-reaproveitamento.html . Acesso em: 4 abr. 2021.

• Solicitar aos alunos que relatem as possíveis consequências para o ambiente e para a saúde das pessoas do despejo de resíduos sólidos em lixões.

• Organizá-los em grupos para a leitura e a interpretação dos gráficos sobre iniciativas de coleta seletiva de lixo em municípios das diferentes regiões brasileiras.

• Solicitar aos alunos que identifiquem as regiões em que a porcentagem de municípios com algum tipo de iniciativa de coleta seletiva estão acima ou abaixo da média nacional, que é de 73%.

• Comentar a importância da coleta seletiva como forma de contribuir para a diminuição do volume do lixo, para a economia de energia e de recursos naturais utilizados na fabricação de produtos e para a geração de renda a inúmeras famílias brasileiras.

• Após a leitura e a interpretação dos gráficos, há a possibilidade de desenvolver mais um momento de conversa com os alunos em duplas ou grupos para que oralmente expliquem a importância do descarte adequado do lixo.

• Destacar que a responsabilidade pelo lixo é coletiva e, por esse motivo, a gestão dos resíduos sólidos envolve a ação de vários agentes da sociedade.Na escala individual, devemos reduzir o consumo, dar destinação correta ao lixo e exigir que o poder público garanta a coleta seletiva. As empresas, por outro lado, precisam participar oferecendo-se para recolher e reciclar os resíduos que geram, sobretudo embalagens. Considerar as consequências do consumo e da geração de resíduos no momento de comprar novos produtos é uma forma de participação social e de exercício da cidadania.

Para complementar

4. Verificar se os alunos observam, por exemplo, a presença de lixeiras específicas para cada material na escola e/ou nos espaços públicos do município em que vocês estão e perguntar se na residência de cada aluno ocorre a separação entre o lixo orgânico e o lixo reciclável.

MP132

6. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

Lixo eletrônico, o que é e como se livrar dele

Todos os dias novos aparelhos são lançados no mercado. Videogames, celulares, televisões, tudo de última geração.

Mas você já se perguntou o que é feito com os equipamentos antigos? E mais, como eles são jogados fora?

Os aparelhos tecnológicos jogados fora são chamados de lixo eletrônico. Segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), cerca de 40 milhões de toneladas desse tipo de lixo são gerados por ano no mundo. Muita coisa, né?

O problema é que todo esse material (monitores, telefones, baterias, TVs, câmeras fotográficas etc.) contém substâncias químicas que podem causar um “problemão” para o meio ambiente.

Acontece que, quando descartado de forma incorreta, as substâncias, como chumbo, cádmio, mercúrio, berílio etc., presentes nos equipamentos podem contaminar os solos e a água.

Mas tem mais! Além de contaminar o meio ambiente, o lixo eletrônico pode provocar doenças graves, principalmente para quem lida com ele todos os dias.

O que fazer com os eletrônicos?

Para que tudo isso não aconteça é preciso descartar os eletrônicos em locais apropriados. Diversas empresas e cooperativas, inclusive, estão atuando nessa área. Procure uma na sua cidade. Já os celulares e suas baterias podem ser entregues nas empresas de telefonia celular.

Você pode ainda praticar uma boa ação. Trocou de aparelho, mas o antigo ainda está em boa condição? Que tal doar para alguma entidade social que atua na área de inclusão digital ?

FONTE: Tuany Alves. Lixo eletrônico, o que é e como se livrar dele. Minas faz Ciência, 24 out. 2019 . Disponível em: https://minasfazciencia.com.br/infantil/2019/10/24/lixo-eletronico/ . Acesso em: 2 abr. 2021.

Imagem: Ilustração. Um celular amarelo, um controle remoto cinza, uma pilha, um conector USB, uma televisão, um notebook, uma bateria e uma câmera fotográfica. Fim da imagem.

a) Procure esclarecer suas dúvidas sobre o vocabulário do texto.

PROFESSOR Resposta: Verificar a compreensão de vocabulário dos alunos.

b) De acordo com o texto, por que é importante descartar corretamente o lixo eletrônico?

PROFESSOR Resposta: Porque ele pode conter substâncias que causam a contaminação do solo e da água, além de provocar doenças graves nas pessoas.

c) Para não prejudicar o ambiente, que destino as pessoas devem dar ao lixo eletrônico?

PROFESSOR Resposta: O lixo eletrônico deve ser encaminhado para cooperativas e empresas que dão destino correto a esses materiais. Se os aparelhos ainda estiverem em funcionamento, eles podem ser doados para entidades que promovem ações de inclusão digital.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

7. Pesquise em jornais ou na internet se no município onde você vive são realizadas ações de inclusão digital. Compartilhe as informações obtidas com os colegas.

PROFESSOR Resposta: Se possível, pesquise previamente sobre a existência ou não de ações de inclusão digital no município onde vocês estão para poder comentá-las com os alunos.
MANUAL DO PROFESSOR

• Realizar a leitura em voz alta e observar a fluência em leitura oral, a velocidade e precisão já desenvolvida pelos alunos.

• Verificar a compreensão de vocabulário, perguntando aos alunos se sabem o significado de todas as palavras do texto e orientá-los a consultar o glossário e também um dicionário impresso ou digital.

• Orientar os alunos a conversar com um adulto da convivência deles sobre diferentes atitudes que podem contribuir para o descarte adequado do lixo eletrônico. Em uma roda de conversa, organizar a socialização das ideias que os adultos relataram e que podem ser colocadas em prática.

Para complementar

6. a) Solicitar aos alunos que comentem as palavras cujo significado desconhecem ou apresentam dúvida. É possível também ler o texto com eles e questioná-los sobre o significado de palavras mais complexas e técnicas, como as que se referem aos tipos de aparelhos e às substâncias químicas citadas (chumbo, cádmio, mercúrio e berílio).

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação para o consumo

Essa é uma boa oportunidade para desenvolver a reflexão dos alunos sobre o consumo consciente, que envolve evitar a compra de produtos supérfluos, de bens produzidos por meio da exploração do trabalho de pessoas ou com embalagens não recicláveis.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O tema do lixo eletrônico permite uma aproximação com a competência geral 5, relacionada com a utilização reflexiva e crítica das tecnologias de informação e comunicação (TICs). A atividade sobre a poluição dos recursos hídricos do lugar de vivência dos alunos contribui para o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 6, no sentido de promover a consciência socioambiental e exercitar o protagonismo voltado para o bem comum.

Fim do complemento.

MP133

O tratamento da água e do esgoto

O abastecimento de água tratada é um dos serviços ligados ao saneamento básico.

No Brasil, a captação da água é realizada, principalmente, a partir dos rios, represas artificiais e depósitos subterrâneos .

Algumas situações vêm comprometendo a qualidade e a captação da água em diversas localidades brasileiras. Veja alguns exemplos.

O despejo de esgoto não tratado nos rios e nas represas polui a água.

Imagem: Fotografia. Dois canos despejando água no esgoto. Na frente há lixo flutuando e ao lado, plantas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Despejo de esgoto no Rio Camarajipe, na cidade de Salvador, no estado da Bahia, em 2020. FIM DA LEGENDA.

O acúmulo de lixo nos cursos dos rios também causa poluição da água.

Imagem: Fotografia. Muitas garrafas flutuando sobre um rio com água marrom. Ao fundo, plantas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lixo acumulado no Rio Tietê, no município de Salto, no estado de São Paulo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

O uso excessivo de agrotóxicos nas plantações contamina o solo e os rios e pode atingir as águas subterrâneas.

Imagem: Fotografia. Uma pessoa com máscara, avental, luvas e botas está segurando um borrifador e aplicando agrotóxico sobre uma plantação.  Fim da imagem.

LEGENDA: Aplicação de agrotóxico em plantação no município de Ribeirão Branco, no estado de São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

8. No lugar onde você vive, ocorre alguma das situações retratadas nas fotografias? Explique.

PROFESSOR Resposta: Comentar as possíveis situações observadas pelos alunos na localidade onde vocês estão, como a presença de rios poluídos por água de esgoto, lixo sólido ou agrotóxicos utilizados na agricultura.
MANUAL DO PROFESSOR

• Realizar a leitura do texto de forma compartilhada.

• Solicitar aos alunos que elenquem algumas situações que prejudiquem o abastecimento de água para a população.

• Direcionar a observação das fotografias, solicitando que identifiquem em cada uma delas a situação prejudicial ao ambiente e à vida das pessoas.

• Coletar relatos de situações que comprometam os recursos hídricos similares às das fotografias nos lugares de vivência deles.

• Conversar sobre algumas soluções possíveis de melhoria da situação para cada local; por exemplo: proteção de nascentes, uso de defensivos agrícolas orgânicos e naturais, preservação das matas e controle do desmatamento, tratamento da água e do esgoto.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos, como tarefa de casa, que conversem com adultos da convivência deles sobre o que estão estudando e relacionem notícias de revistas e jornais da internet sobre a poluição de recursos hídricos no município onde vivem.

Selecionar algumas dessas reportagens para solucionar eventuais dúvidas de vocabulário e montar com os alunos um mural informativo que pode ser afixado em classe ou no corredor da escola.

Imagem: Capa de livro. No centro, o título e ao fundo, ilustração de um menino sorrindo e segurando uma garrafa com um papel dentro. Ao lado, um cachorro observa.  Fim da imagem.

Para leitura dos alunos

Reciclagem: a aventura de uma garrafa, de Mick Manning, Brita Granström. Ática.

Uma garrafa é lançada ao mar. Dali, ela pode ter diferentes trajetórias e, por meio delas, os leitores podem propor hipóteses sobre os possíveis destinos da garrafa, entre a poluição ambiental e o processo de reciclagem.

MP134

O despejo de esgoto, o acúmulo de lixo e os agrotóxicos poluem a água dos rios.

A água descartada após o uso em residências, indústrias e estabelecimentos comerciais, por exemplo, é chamada de esgoto. Nas cidades, há muita produção de esgoto.

Todo o esgoto deve ser coletado e tratado antes de a água ser devolvida aos rios. O tratamento do esgoto tem como objetivo principal a redução da carga poluidora, bem como a remoção do material sólido, devolvendo para o ambiente uma água de melhor qualidade.

Observe a representação do processo de captação e tratamento da água e do esgoto.

Tratamento da água e do esgoto

Imagem: Ilustração. Tratamento da água e do esgoto.  Etapa 1 – Captação da água.  Ilustração. Uma tubulação dentro de um rio. Ao lado há plantas e árvores.  Etapa 2 – Tratamento da água.  Ilustração. Um reservatório gigante ao lado de construções.  Etapa 3 – Distribuição da água.  Ilustração. Duas casas com caixas d´água no telhado. Ao lado, árvores.  Etapa 4 - Coleta e tratamento do esgoto.  Ilustração. Dois círculos grandes no chão com água. Ao lado há construções.  Etapa 5 - Lançamento do esgoto tratado no rio.  Ilustração. Dois canos jorrando água em um rio com peixes. Ao lado, árvores.  Fim da imagem.

Fonte: elaborado com base em Sanepar. Projeto sustentabilidade: da escola ao rio. Curitiba: Sanepar, 2014. p. 11.

Observação: Representação esquemática sem escala e proporção para fins didáticos. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

• Fazer a leitura do texto e solicitar aos alunos que observem as informações da representação sobre a captação da água.

• Esclarecer dúvidas relacionadas aos termos do vocabulário que foram utilizados na representação, explorando coletivamente com os alunos cada uma das etapas de captação da água à devolução ao ambiente.

• Realizar a leitura compartilhada de cada uma das etapas de captação da água à devolução ao manancial.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A proposta apresentada permite aproximar os alunos da competência específica de Ciências Humanas 7, ao utilizar a linguagem gráfica e iconográfica de informação e comunicação. O infográfico é utilizado com frequência na mídia impressa e digital, conjugando elementos gráficos, escritos e visuais (ilustrações, fotografias, gráficos e tabelas, entre outros) com a função de informar o leitor.

Fim do complemento.

Para leitura dos alunos

Imagem: Capa de livro. Na parte inferior, o título e na parte superior, ilustração da Turma da Mônica andando ao lado de um rio.  Fim da imagem.

Uso racional da água e o saneamento básico, de Mauricio De Sousa e Honda. Instituto Trata Brasil/Mauricio de Sousa Produções/Sabesp.

O pai de Cebolinha leva a turminha para conhecer a nascente muito limpa do rio que corta o bairro onde eles vivem, mas não compreendem como o rio, na cidade, é tão sujo. Eles então percebem a importância de se jogar lixo no lixo, de não descartar esgotos nos afluentes e a importância de cuidar da água.

Saneamento básico e esgotamento sanitário no Brasil

O conjunto de medidas de saneamento básico tem como objetivo preservar ou modificar as condições do meio ambiente para promover a saúde. Ações como abastecimento de água, rede de esgotos, coleta de lixo, controle de animais e de insetos atuam diretamente na prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida.

O Brasil se comprometeu a universalizar o saneamento básico até 2030 quando assinou, em 2015, os 17 Objetivos para Transformar Nosso Mundo criados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, pode não alcançar a meta. Apesar de 85,9% dos 5.570 municípios brasileiros afirmarem ter sistema público de saneamento em 2019, essa cobertura não é ampla, segundo o Sistema Nacional de Informações da Saúde (Snis).

MP135

9. Quais foram os exemplos citados de ações humanas que podem comprometer a água dos rios?

PROFESSOR Resposta: O despejo de esgoto e de lixo diretamente nos rios e o uso de agrotóxicos em plantações.

10. Qual é o objetivo do tratamento da água?

PROFESSOR Resposta: O objetivo é eliminar da água os microrganismos que podem prejudicar a saúde humana.

11. Qual é o principal objetivo do tratamento do esgoto?

PROFESSOR Resposta: Reduzir a carga poluidora, de modo que se devolva para o ambiente uma água de melhor qualidade.

12. Como o tratamento da água e do esgoto se relaciona com a preservação do ambiente e com a qualidade de vida das pessoas? Explique.

PROFESSOR Resposta: O tratamento da água visa tornar a água dos rios apta ao consumo humano, eliminando substâncias que podem fazer mal às pessoas. Já o tratamento do esgoto evita a poluição dos rios e do solo e a disseminação de doenças.

13. Leia e interprete o gráfico.

Brasil: porcentagem de esgoto tratado por região (2018)

Imagem: Gráfico de colunas. Brasil: porcentagem de esgoto tratado por região (2018). No eixo vertical, a porcentagem de esgoto tratado e no eixo horizontal, as regiões.  Centro-Oeste: 53,9%;  Sudeste: 50,1%;  Sul: 45,4%;  Nordeste: 36,2%;  Norte: 21,7%.   Fim da imagem.

Fonte: Trata Brasil. Esgoto. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/principais-estatisticas/no-brasil/esgoto . Acesso em: 2 abr. 2021.

a) De acordo com o gráfico, em qual região brasileira a porcentagem de tratamento de esgoto era maior em 2018?

PROFESSOR Resposta: Na Região Centro-Oeste.

b) Em qual região a porcentagem de tratamento de esgoto era menor?

PROFESSOR Resposta: Na Região Norte.

c) Na região onde você vive, qual era a porcentagem de esgoto tratado em 2018?

PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal. Comparar a porcentagem da região onde vocês moram com a porcentagem das demais regiões brasileiras.

d) Considerando a porcentagem de tratamento de esgoto nas regiões brasileiras, como você classificaria a qualidade desse serviço no Brasil?

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos identifiquem que o tratamento de esgoto no Brasil é muito deficitário. Além de esse serviço não atender, de maneira geral, nem 60% da população de nenhuma região brasileira, a desigualdade entre as regiões é muito elevada (no Centro-Oeste, por exemplo, atinge 53,9%, e na Região Norte, 21,7%). Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 68,3% das residências brasileiras estão conectadas à rede de esgotamento sanitário, mas apenas 46% do esgoto coletado são devidamente tratados. A ausência de saneamento gera uma série de consequências graves para a sociedade, agravando a incidência de enfermidades e elevando os custos para o sistema de saúde pública.

FONTE: SUMMIT Saúde Brasil 2021. 4 problemas gerados pelo saneamento básico inadequado no Brasil. 2 jul. 2020. Disponível em: https://summitsaude.estadao.com.br/desafios-no-brasil/4-problemas-gerados-pelo-saneamento-basico-inadequado-no-brasil/ . Acesso em: 26 maio 2021.

• Orientar os alunos a registrar individualmente as respostas das atividades para, posteriormente, compartilhá-las com os colegas.

• Retomar as principais razões que contribuem para que a maior parte do esgoto (águas residuais) seja descartada sem tratamento, enfatizando que, além dos altos custos de implantação de sistema de coleta de esgoto, da falta de ação de governantes e da ausência de políticas públicas, a desinformação das pessoas sobre o assunto contribui significativamente para que o reúso das águas residuais ocorra.

• Realizar a leitura e interpretação do gráfico, realizando uma avaliação das diferentes regiões brasileiras no que refere à situação do tratamento dos esgotos.

Boxe complementar:

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6. Água Potável e Saneamento

As temáticas trabalhadas permitem desenvolver o ODS 6 que se relaciona com a garantia e a disponibilidade e o manejo sustentável da água e do saneamento para todos. Sugere-se promover uma roda de conversa para identificar com os alunos os inúmeros danos que o acesso a uma água não potável pode ocasionar para a qualidade de vida das pessoas.

Fim do complemento.

MP136

Cartografando

O acesso ao abastecimento de água e à coleta e tratamento de esgoto é um direito das pessoas, pois garante a saúde e a qualidade de vida da população. No entanto, esses serviços não são oferecidos a todos.

Leia e interprete os gráficos.

A) Brasil: formas de abastecimento de água nos domicílios (2019)

Imagem: Gráfico A em setores. Brasil: formas de abastecimento de água nos domicílios (2019).  Rede geral de distribuição: 85,6%;  Poço profundo ou artesiano: 7,1%;  Poço raso, freático ou cacimba: 3,2%;  Fonte ou nascente: 2,1%;  Outra fonte de abastecimento: 2%.   Fim da imagem.

B) Brasil: frequência de abastecimento de água nos domicílios (2019)

Imagem: Gráfico B em setores. Brasil: frequência de abastecimento de água nos domicílios (2019).  Diária: 90%;  De 4 a 6 dias na semana: 5,1%;  De 1 a 3 dias na semana: 4,9%.   Fim da imagem.

FONTE: Fontes: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua anual. Domicílios e moradores, por fonte principal de abastecimento de água. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6731 ; Domicílios e moradores com rede geral de distribuição de água, como principal forma de abastecimento, por disponibilidade da rede geral. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6732 . Acessos em: 24 mar. 2021.

1. De acordo com o gráfico A, qual era a principal forma de abastecimento de água nos domicílios brasileiros?

PROFESSOR Resposta: A rede geral de distribuição.

2. Segundo o gráfico B, a cada 100 brasileiros, quantos tinham acesso diário a água em 2019?

PROFESSOR Resposta: 90 brasileiros.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades permitem aos alunos, por meio da leitura dos gráficos e mapa, conhecer e avaliar a situação da distribuição da água e da coleta de esgoto em diferentes locais do Brasil.

Fim do complemento.

• Comentar com os alunos que, embora o tratamento de água e de esgoto seja um direito das pessoas, esse serviço nem sempre é feito de maneira satisfatória nos municípios brasileiros.

• Orientá-los na leitura e na interpretação dos gráficos e do mapa solicitando que indiquem o assunto, os locais e o órgão que realizou a pesquisa das informações (no caso, a Agência Nacional de Águas, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pela implementação da gestão dos recursos hídricos no Brasil). Antes de solicitar a realização das atividades, comentar o significado de cada cor na legenda dos gráficos.

• Explicar para os alunos que o poço profundo ou artesiano permite a captação de água subterrânea a grandes profundidades, enquanto o poço raso (também chamado de freático ou cacimba) permite a captação de águas mais superficiais. Comentar que nos poços rasos a presença de água é mais dependente das condições climáticas e que a água captada está mais sujeita à contaminação pelas atividades humanas.

Esgoto e problemas enfrentados

Quando os esgotos não são coletados em redes ou adequadamente tratados nas estações de tratamento (ETEs), ficando expostos ou lançados em estado bruto nos cursos de água, podem gerar uma série de problemas, entre os quais, os seguintes. Doenças. [...] disenterias, leptospirose, dengue, varíola, amebíase, bouba, tétano, difteria, ascaridíase e outras. [...] Odores. Quando esgotos domésticos ficam retidos por algum tempo, geram odores desagradáveis, por conta de gases como o sulfídrico e outros. [...]

MP137

Agora conheça algumas informações sobre a coleta de esgoto no Brasil.

Leia e interprete o mapa e o gráfico.

PROFESSOR Atenção professor: Esclarecer para os alunos que a fossa é um sistema geralmente instalado em cada domicílio para a separação entre os resíduos sólidos e líquidos do esgoto, não ocorrendo o tratamento do esgoto. Fim da observação.
Imagem: Mapa. Brasil: domicílios com coleta de esgoto por rede geral ou fossa por região (2019).  Norte: 27%;  Nordeste: 46%;  Centro-Oeste: 60%;  Sudeste: 89%;  Sul: 69%.   Fim da imagem.

Brasil: tipo de esgotamento sanitário nos domicílios (2019)

Imagem: Gráfico em setores. Brasil: tipo de esgotamento sanitário nos domicílios (2019).  Rede ou fossa ligada à rede geral de esgoto: 68%;  Fossa não ligada à rede geral de esgoto: 19%;  Outro: 13%.   Fim da imagem.

FONTE: Fonte do mapa e do gráfico: IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua anual. Domicílios e moradores com banheiro, sanitário ou buraco para dejeções, por tipo de esgotamento sanitário. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/7192 . Acesso em: 24 mar. 2021.

3. De acordo com o mapa, em qual região brasileira o acesso à rede de esgoto era maior em 2019?

PROFESSOR Resposta: Na Região Sudeste.

4. Na região onde você vive, qual era a porcentagem de domicílios com acesso a uma rede de coleta de esgoto?

PROFESSOR Resposta: Resposta pessoal. Comparar a porcentagem da região onde vocês moram com a porcentagem das demais regiões brasileiras.

5. De acordo com o gráfico, a cada 100 domicílios, quantos estavam ligados a uma rede de coleta de esgoto?

PROFESSOR Resposta: 68 domicílios.
MANUAL DO PROFESSOR

[...] Consumo O2. Ao, serem lançados sem tratamento nos cursos de água, uma característica marcante dos esgotos, sejam domésticos ou de outro tipo, é o consumo de oxigênio da água desses mananciais, causando prejuízos aos peixes e elevando o custo do tratamento da água para consumo.

FONTE: MAPA mental dos problemas do esgoto. Disponível em: http://ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/mma13.htm . Acesso em: 26 maio 2021.

• Fazer a leitura e interpretação do mapa e do gráfico com os alunos em duplas.

• Chamar a atenção para as porcentagens relacionadas ao esgotamento sanitário.

• Solicitar aos alunos que comentem a situação da coleta e do tratamento de esgoto na região em que vivem.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O trabalho com a leitura e a interpretação de mapa e gráficos aproxima-se da competência específica de Ciências Humanas 7 e das competências específicas de Geografia 3 e 4 ao promover o princípio do raciocínio geográfico de diferenciação entre regiões e o desenvolvimento do pensamento espacial por meio da linguagem cartográfica.

Fim do complemento.

MP138

1. Quando solicitado, leia a notícia em voz alta.

Quais são os riscos da falta de saneamento básico?

Abastecimento de água, rede de esgotos, medidas educativas, controle de animais e de insetos, prevenção de doenças, melhoria da qualidade de vida, coleta de lixo. Tudo isso faz parte do saneamento básico, um conjunto de medidas que têm como objetivo preservar ou modificar as condições do meio ambiente para prevenir doenças e promover a saúde.

As consequências da falta de saneamento básico são graves. Ingerir água contaminada, por exemplo, pode causar doenças [...].

Outra consequência da falta de saneamento básico é o impacto no meio ambiente. Despejar esgotos não tratados pode poluir o solo, lençóis freáticos e reservas de água, levando à morte de animais e reduzindo a quantidade de água potável disponível. Os prejuízos podem se estender para a agricultura, comércio, indústria, turismo e outros setores da economia.

Por todas essas razões, o saneamento básico é um dos maiores desafios do mundo hoje. O que está em jogo são os bens mais valiosos do planeta: a saúde das pessoas, a conservação do meio ambiente e o funcionamento da economia mundial.

FONTE: Quais são os riscos da falta de saneamento básico? Dinâmica Ambiental, 2 jul. 2015. Disponível em: https://www.dinamicambiental.com.br/blog/meio-ambiente/sao-riscos-falta-saneamento-basico/ . Acesso em: 24 mar. 2021.

Imagem: Fotografia. Poça d’água com lixo ao lado de uma calçada. Ao fundo, carros e árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Rua sem saneamento básico no município de Recife, no estado de Pernambuco, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

a) Você compreendeu o significado das palavras do glossário? Comente com o professor e os colegas.

PROFESSOR Resposta: Verificar se os alunos compreenderam os significados de lençol freático e água potável.

b) De acordo com a notícia, quais serviços e ações fazem parte do saneamento básico?

PROFESSOR Resposta: Abastecimento de água, presença de rede de esgoto, medidas educativas, controle de animais e de insetos, prevenção de doenças, melhoria da qualidade de vida e coleta de lixo.

c) Quais impactos podem ser provocados pela falta de saneamento básico?

PROFESSOR Resposta: A ingestão de água contaminada, a poluição do solo, dos lençóis freáticos e das reservas de água (reduzindo a quantidade de água potável disponível), além de prejuízos às atividades econômicas.

2. No lugar onde você vive, o saneamento básico atende às necessidades das pessoas? Justifique sua resposta com exemplos.

PROFESSOR Resposta: Questionar os alunos se eles já observaram ou tiveram notícia de falta de saneamento básico no município em que vocês estão.
MANUAL DO PROFESSOR

• Fazer uma leitura em voz alta do texto, observando a fluência em leitura oral, e monitorar o progresso dos alunos em sua velocidade e clareza das palavras.

• Verificar a compreensão dos alunos para o glossário e a compreensão do vocabulário do texto.

• Solicitar que respondam às atividades, compartilhando suas respostas.

• Criar uma roda de conversa a respeito do tema do texto, anotar na lousa as opiniões dos alunos. Após a conversa, avaliar com os alunos quais são os aspectos favoráveis e desfavoráveis do lugar de vivência de vocês com relação ao saneamento básico.

Poluição dos mares e oceanos

Pesca predatória, excesso de nutrientes, poluentes orgânicos persistentes, introdução de espécies exóticas, contaminação por esgotos domésticos (bactérias, vírus e parasitas), alterações nos fluxos de sedimento, vazamento de óleo, entre outras interferências constantes, afetam a vida marinha. São plásticos, fertilizantes, medicamentos, fezes, óleos, lixo de todo tipo, que, descartados incorretamente, chegam às águas do mar – que também sofrem os efeitos das mudanças climáticas, como elevação da temperatura, acidificação e perda de oxigênio.

MP139

Poluição dos mares e dos oceanos

Além da poluição de rios, lagos, represas e águas subterrâneas, outro problema ambiental comum em muitas cidades na atualidade é a poluição dos mares e oceanos. Muitas pessoas que vivem em cidades litorâneas são afetadas pela chamada maré negra, nome dado à mancha de óleo decorrente do derramamento de petróleo no mar. O derramamento de petróleo é causado pelo rompimento de oleodutos, por naufrágios, quebra de navios petroleiros ou por vazamentos ocorridos durante a exploração desse recurso natural em alto-mar.

A maré negra causa a poluição das águas e a morte de seres vivos marinhos e terrestres. Seu impacto ambiental pode durar muitos anos.

A maré negra

[...] O petróleo vaza e se espalha no mar. [...]

[...] As aves marinhas deixam de reter o ar nas penas e morrem afogadas ao mergulhar.

[...] Substâncias tóxicas do óleo acumulam-se nos tecidos de peixes, tartarugas e mamíferos.

[...] Os costões rochosos, revestidos de óleo, perdem boa parte da sua fauna.

[...] O manguezal pode nunca mais voltar ao normal. Como as raízes do mangue não são subterrâneas, as plantas morrem asfixiadas.

FONTE: Claudio Angelo. Os mares também morrem. Superinteressante, 31 out. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/os-mares-tambem-morrem/ . Acesso em: 24 mar. 2021.

Imagem: Fotografia. Manchas pretas na areia marrom. Ao lado, o mar e ao fundo, construções. Fim da imagem.

LEGENDA: Manchas de óleo em praia no município de Salvador, no estado da Bahia, em 2019. FIM DA LEGENDA.

1. De acordo com a reportagem, cite duas consequências da chamada maré negra para o ambiente marinho.

PROFESSOR Resposta: A morte de animais (aves morrem afogadas ao mergulhar, por exemplo) e alterações nos manguezais.

2. Em uma folha avulsa, escreva um texto sobre como as pessoas podem ser afetadas por uma maré negra.

PROFESSOR Resposta: Os alunos podem dizer que a maré negra pode inviabilizar o banho de mar e o acesso às praias e afetar a saúde das pessoas pelo contato com o óleo.
MANUAL DO PROFESSOR

Uma forma de conhecer a saúde do bioma marinho é por meio do Índice de Saúde do Oceano (Ocean Health Index), baseado em 10 variáveis: armazenamento de carbono, provisão de alimentos (pesca artesanal e aquicultura), proteção costeira, subsistência e economias costeiras, identidade local, produtos naturais, oportunidade de pesca artesanal, turismo e recreação, águas limpas e biodiversidade. Cada variável recebe uma pontuação de 0 a 100.

FONTE: BIAZON, Tássia. Oceanos: contrastante império de riqueza e poluição. ComCiência, 10 mar. 2016. Disponível em: https://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=121&id=1472 . Acesso em: 26 maio 2021.

• Solicitar aos alunos que leiam individualmente o texto inicial e, em seguida, identifiquem o problema da maré negra que atinge mares e oceanos e causa a poluição das águas e, consequentemente, a morte de animais marinhos e terrestres e a poluição de praias.

• Conversar sobre as consequências da maré negra para o ambiente marinho e para as pessoas.

• Orientá-los a ler em duplas o texto sobre as principais consequências do derramamento de óleo no mar e a anotar dúvidas de vocabulário.

• Comentar que existem dois principais procedimentos para lidar com áreas atingidas pelo derramamento de petróleo. O primeiro consiste em cercar com boias a mancha de óleo no mar, evitando que o vazamento se espalhe. O outro se refere ao recolhimento do óleo, separando-o da água do mar e da areia.

• Contar aos alunos que um dos mais graves acidentes de derramamento de óleo no Brasil ocorreu na Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, em 2000, em virtude do rompimento de um duto, lançando ao mar 1,3 milhão de litros de petróleo.

Boxe complementar:

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14. Vida na Água

A temática da maré negra permite desenvolver o ODS 14 que se relaciona com a conservação e o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Sugere-se fazer um levantamento de situações de derramamento de óleo e poluição de praias brasileiras que ocasionaram as marés negras, evidenciando suas causas, formas de limpeza e impactos socioambientais provocados.

Fim do complemento.

MP140

Boxe complementar:

Você sabia?

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

Leia o texto em voz alta para um adulto de sua convivência e ouça sua opinião.

ONU lança campanha contra poluição dos oceanos provocada por consumo de plástico

Por ano, mais de 8 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos. É como se, a cada minuto, a carga de um caminhão de lixo cheio de plástico fosse despejada no mar. As maiores fontes desse lixo marinho são os plásticos descartáveis. [...]

Para reverter esse cenário, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente lançou a campanha #MaresLimpos, uma iniciativa global para cobrar do poder público e do setor privado medidas concretas contra a poluição das águas. O organismo internacional quer que compromissos sejam acordados e implementados até 2022. [...]

Cerca de 90% de todo o lixo flutuando nos oceanos é plástico. Algumas estimativas apontam que, se não for diminuído o ritmo com que se descartam itens como garrafas plásticas, sacolas e copos depois de um único uso, até 2050, os oceanos terão mais plásticos que peixes e 99% das aves marinhas terão ingerido o material.

FONTE: ONU lança campanha contra poluição dos oceanos provocada por consumo de plástico. Nações Unidas Brasil, 24 fev. 2017. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/75842-onu-lanca-campanha-contra-poluicao-dos-oceanos-provocada-por-consumo-de-plastico . Acesso em: 24 mar. 2021.

Imagem: Fotografia. Muito lixo na margem de um lago. Ao fundo, construções.   Fim da imagem.

LEGENDA: Acúmulo de lixo na Baía de Guanabara, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Você sabia?

• Organizar os alunos em duplas para a leitura do texto.

• Orientar os alunos a observar a fotografia a fim de identificar os diversos objetos que foram descartados e os materiais dos quais esses objetos são feitos.

• Desenhar na lousa um quadro com a informação que mais chamou a atenção de cada dupla, justificando essa escolha.

• Orientar os alunos a fazer uma leitura em voz alta para os adultos da convivência deles, como tarefa de casa.

• Ao solicitar que coletem outras informações sobre algum conteúdo mencionado no texto, pela consulta a livros ou à internet, por exemplo, pode-se ampliar a compreensão dos seguintes temas: a quantidade de lixo plástico que chega aos oceanos por ano, as principais fontes de plásticos que vão parar nos mares, motivo da criação da campanha Mares Limpos, da Organização das Nações Unidas (ONU).

Imagem: Capa de livro. Na parte inferior, o título e na parte superior, ilustração de uma garrafa caída no chão, espalhando água sobre um terreno seco.  Fim da imagem.

Para leitura dos alunos

Água: precisamos falar sobre isso, de Sérgio Túlio Caldas. Moderna.

Nessa obra são trazidas muitas informações, por meio de textos, infográficos, fotografia e mapas, sobre a questão da distribuição, consumo e desafios da conservação dos recursos hídricos no Brasil e no mundo.

MP141

A poluição dos mares e dos oceanos também está relacionada ao descarte inadequado de plástico.

A maior parte dos resíduos plásticos encontrados nos mares e oceanos é descartada pelas pessoas. Microplásticos também podem chegar às águas oceânicas pelas redes de esgoto e pela perda de pellets plásticos transportados em navios em alto-mar.

O mapa a seguir representa informações sobre alguns países geradores de resíduos plásticos mal geridos, isto é, que chegam de modo inadequado aos oceanos.

Imagem: Fotografia. Duas mãos segurando várias pedras pequenas e brilhantes. Abaixo há mais pedras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Os pellets são fragmentos de resinas plásticas usados pela indústria para produzir diferentes tipos de plástico. FIM DA LEGENDA.

Países selecionados: quantidade de resíduos plásticos mal geridos (2010)

Imagem: Mapa. Países selecionados: quantidade de resíduos plásticos mal geridos (2010). Mapa-múndi e sobre alguns países há o desenho de um saco de lixo (Resíduos plásticos mal geridos (ton/ano) em 2010) sobre uma balança (Colocação no ranking mundial).  CHINA:  Ranking mundial: 1º; Resíduos plásticos: 8.819.717 ton/ano;  INDONÉSIA:  Ranking mundial: 2º; Resíduos plásticos: 3.216.856 ton/ano;  FILIPINAS:  Ranking mundial: 3º; Resíduos plásticos: 1.883.659 ton/ano;  VIETNÃ:  Ranking mundial: 4º; Resíduos plásticos: 1.883.819 ton/ano;  SRI LANKA:  Ranking mundial: 5º; Resíduos plásticos: 1.591.179 ton/ano;  BRASIL:  Ranking mundial: 16º; Resíduos plásticos: 471.404 ton/ano.  No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala de 0 a 2.070 km.  Fim da imagem.

Fonte: Alexandre Turra e outros. Lixo nos mares : do entendimento à solução. São Paulo: IOA/USP, 2020.

3. Qual é a origem da maioria dos resíduos plásticos encontrados nos mares e oceanos?

PROFESSOR Resposta: Eles têm origem principalmente no descarte inadequado de resíduos plásticos pelas pessoas, pelas redes de esgoto e pelo transporte de pellets plásticos em alto-mar.

4. De acordo com o mapa, quais eram os cinco países que mais geravam resíduos plásticos que chegavam de modo inadequado aos oceanos em 2010?

PROFESSOR Resposta: China, Indonésia, Vietnã, Filipinas e Sri Lanka.
MANUAL DO PROFESSOR

• Orientar a leitura do texto e conversar sobre a poluição que os microplásticos podem provocar nos oceanos e mares.

• Solicitar que realizem a leitura e a interpretação do mapa, avaliando a situação dos países que apresentavam, em 2010, os maiores índices de resíduos plásticos mal geridos.

• Criar uma roda de conversa, comentando as atitudes que eles e as pessoas em geral poderiam tomar para melhorar a situação ambiental dos mares e oceanos.

MP142

CAPÍTULO 8. Ambientes e fontes históricas

Você estudou que os moradores das cidades brasileiras atuais enfrentam diversos problemas ambientais. Agora você vai explorar diferentes fontes históricas que podem ser utilizadas para o estudo desses problemas.

Algumas fontes históricas materiais, como construções e objetos, indicam como as pessoas lidavam com os dejetos domésticos em outros tempos.

Há cerca de 300 anos, as pessoas costumavam utilizar penicos como o retratado na fotografia para coletar os dejetos, que depois eram jogados nas ruas ou diretamente nos rios e no mar por pessoas escravizadas.

Imagem: Fotografia. Penico prateado com uma alça na lateral.   Fim da imagem.

LEGENDA: Penico de estanho, de cerca de 1780. FIM DA LEGENDA.

Apenas nas casas das pessoas com melhores condições financeiras havia latrinas, como a retratada na fotografia abaixo.

Imagem: Fotografia. Uma parede com dois suportes na parte inferior. Acima deles há uma superfície plana com um buraco no meio.   Fim da imagem.

LEGENDA: Latrinas em antiga residência do século XVIII, atual Casa dos Contos, na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. Foto de 2014. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

1. As latrinas retratadas na fotografia são semelhantes aos vasos sanitários da maioria das moradias na atualidade? Explique.

PROFESSOR Resposta: Não, pois eram apenas buracos dispostos lado a lado, sem privacidade e sem tampa.
MANUAL DO PROFESSOR

• Destacar o uso de utensílios, como os penicos, que eram usados para descarte manual de dejetos pelas pessoas escravizadas há cerca de 300 anos. Comentar com os alunos que o tratamento dado aos dejetos gerava frequentes queixas dos moradores. Nas cidades, era comum o despejo dos penicos cheios do alto dos sobrados, atingindo, muitas vezes, os pedestres.

• As atividades propostas no capítulo 8 permitem aos alunos explorar diversas fontes históricas, incluindo fontes orais, e identificar diferentes visões a respeito de um tema que impacta a vida cotidiana nas grandes cidades brasileiras atuais: a questão ambiental.

A BNCC no capítulo 8

Unidade temática: Registros da história: linguagens e culturas.

Objetos de conhecimento: As tradições orais e a valorização da memória; O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.

MP143

Há cerca de 150 anos, na maioria das cidades brasileiras, o esgoto era despejado nas ruas, nos rios e no mar. Poucas cidades iniciaram nessa época a construção de redes de coleta de esgoto, mas elas eram restritas ao centro das cidades, e os moradores dos bairros mais afastados continuaram sem acesso à rede de coleta de esgoto.

Os cartuns, como o reproduzido abaixo, são um tipo de desenho humorístico que pode ser utilizado como fonte histórica visual.

2. Observe e interprete o cartum.

Imagem: Desenho em preto e branco. No centro, um menino com bermuda está de costas e sobre uma plataforma no mar. Ao seu lado, um homem com roupa de banho listrada está apontando para frente. Ao lado há várias pessoas na água. As mulheres estão com vestidos, os homens com roupas e as crianças com bermudas. Fim da imagem.

LEGENDA: Cartum representando pessoas tomando banho de mar no Rio de Janeiro, em 1874. FIM DA LEGENDA.

a) Que tipo de roupa as pessoas representadas no cartum estão utilizando para tomar banho de mar?

PROFESSOR Resposta: Os adultos foram representados usando trajes de banho que cobriam a maior parte do corpo. Os únicos sem camisa e com calções são os meninos.

b) Levando em conta o destino do esgoto na maioria das cidades brasileiras nessa época, que tipos de problema as pessoas representadas poderiam sofrer?

PROFESSOR Resposta: As pessoas podiam ser contaminadas por doenças transmitidas por água suja.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

3. O professor vai dividir a turma em grupos para investigar doenças que podem ser transmitidas por dejetos humanos jogados diretamente na água dos rios e dos mares. No dia combinado, produzam cartazes, cartuns ou utilizem meios digitais para comunicar as informações coletadas aos colegas.

PROFESSOR Resposta: Orientar a investigação, listando com os alunos as fontes de pesquisa que poderão ser utilizadas e combinando um tempo para a apresentação de cada grupo. Auxiliar também na organização dos grupos para a apresentação.
MANUAL DO PROFESSOR

Habilidade: (EF05HI09) Comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes fontes, incluindo orais.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A sequência de atividades deste capítulo procura contribuir para o desenvolvimento da competência geral 7 ao solicitar que os alunos argumentem com base em fatos e informações para defenderem suas ideias e pontos de vista, promovendo a consciência socioambiental. As atividades também colaboram para o desenvolvimento da competência específica de História 6 ao tratarem de conceitos que norteiam a produção historiográfica por meio de fontes históricas.

Fim do complemento

• A análise do cartum permite aos alunos refletir sobre a importância deste tipo de fonte histórica.

• Orientar coletivamente a observação do cartum, identificando com os alunos: as ações realizadas pelas personagens; os locais onde ocorrem essas ações; as possíveis consequências dessas ações para o ambiente e a saúde dos seres humanos.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Saúde, vida familiar e social

Este é um bom momento para uma roda de conversa com os alunos sobre hábitos de higiene e sua importância para a preservação da saúde pessoal e dos familiares.

Fim do complemento.

MP144

Mudou ou não mudou?

Há cerca de 100 anos, redes de esgoto passaram a ser construídas em algumas cidades brasileiras. Porém, a maioria dos brasileiros vivia em localidades nas quais os dejetos continuavam sendo despejados diretamente nas ruas, nos rios e no mar, o que facilitava a transmissão de doenças.

Imagem: Fotografia em sépia. Casas sobre uma descida. Ao lado há muitas plantas e ao fundo, casas e o mar.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rua sem rede de esgoto na cidade de Salvador, no estado da Bahia, no final do século XIX. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em sépia. Crianças em uma descida e ao lado há casas simples e um muro de telhas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rua sem rede de esgoto na cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 1912. FIM DA LEGENDA.

• Há cerca de 100 anos, qual era o destino dos dejetos domésticos na maioria das localidades do Brasil? O que isso causava?

PROFESSOR Resposta: Na maioria das localidades brasileiras, os dejetos domésticos eram jogados diretamente nas ruas, nos rios e no mar, o que potencializava a transmissão de doenças.
MANUAL DO PROFESSOR

• Fazer a leitura coletiva do texto introdutório.

• Observar e interpretar as imagens com os alunos explorando alguns elementos, como as características das ruas das cidades representadas, o período, o fato de os bairros serem provavelmente afastados da região central, a presença de ruas de terra e de casas de alvenaria e de madeira. Mencionar a provável convivência das pessoas com os dejetos, a presença de áreas elevadas, que facilitavam o escoamento de dejetos domésticos para os cursos d’água. Associar esses aspectos à ausência de rede de esgoto, enfatizando os problemas de saúde pública ocasionados pela falta desse serviço.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação em Direitos Humanos

Conversar com os alunos sobre a existência de leis que garantem a todos os brasileiros o direito ao acesso a uma rede adequada de coleta e tratamento de esgoto. Informar que, contudo, essas leis nem sempre são respeitadas pelos governantes e que, em 2018, 4 em cada 10 brasileiros não tinham acesso a uma rede adequada de esgoto. Incentivar a reflexão sobre medidas que poderiam ser tomadas para resolver esse problema.

Fim do complemento.

A história oral na sala de aula

Seja por seu papel valioso como fonte e como processo de construção de conhecimento, seja pela riqueza inerentes à experiência de ouvir e de registrar histórias, a prática da história oral poder ser transpostas para o ambiente educacional de maneira promissora e instigante. Sob variadas formas, ela pode ser utilizada em sala de aula como instrumento pedagógico interdisciplinar, que permite a estudantes (e a professores também) aprenderem com relatos oferecidos em primeira mão, com testemunhos originais que reforçam sentimentos de pertencimento, integração e responsabilidade histórica. Felizmente, parece estar ficando para trás o tempo em que as instituições públicas e privadas demonstravam pouca atenção com a preservação, o registro e a valorização da memória. [...]

MP145

Explorar fonte histórica oral

Depoimentos de pessoas, como os dos moradores do município de Japeri, no estado do Rio de Janeiro, podem ser utilizados como fontes históricas orais para o estudo dos problemas ambientais.

Moradores do município de Japeri

Catlein Santos, estudante e moradora de Japeri, onde não existe tratamento de esgoto, lembra que na época da mãe dela o Rio Douro não era cheio de lixo. Atualmente, o esgoto produzido nas casas dos moradores é lançado diretamente no leito do rio.

“Minha mãe falava que esse rio aqui não tinha esgoto e não tinha esse negócio de garrafa jogada e poluição que tem agora”, lembrou Catlein.

Hercules Trigoli, também morador de Japeri, conta como funciona o sistema de esgoto local.

“O rio é repleto de canos que descem direto das casas. Você aperta a descarga e vai para o rio”, contou Trigoli.

FONTE: Chico Regueira e Raoni Alves. Nove cidades da Região Metropolitana do RJ não têm nenhum tratamento de esgoto. G1, 16 jul. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/07/16/nove-cidades-da-regiao-metropolitana-do-rj-nao-tem-nenhum-tratamento-de-esgoto.ghtml . Acesso em: 2 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. No centro, um rio com plantas nas laterais. À esquerda, casas e árvores e à direita, um ônibus em uma rua asfaltada. Fim da imagem.

LEGENDA: Rio Sarandi, no município de Japeri, no estado do Rio de Janeiro, em 2018. Apesar de atravessar o mesmo município que o Rio Douro, não apresenta lixo no trecho fotografado. FIM DA LEGENDA.

1. Segundo Catlein Santos, como era o Rio Douro na época em que a mãe dela era jovem? E atualmente?

PROFESSOR Resposta: O rio não recebia lixo e esgoto não tratado. Atualmente, o esgoto produzido nas casas dos moradores é lançado diretamente no leito do rio.

2. Como funciona o sistema de esgoto em Japeri na atualidade, segundo o morador Hercules Trigoli?

PROFESSOR Resposta: Há canos que levam a água suja diretamente dos vasos até o rio.
MANUAL DO PROFESSOR

O uso programado da história oral – indo além de um exercício episódico com entrevistas nas aulas de História – pode servir a diferentes disciplinas, inclusive a projetos interdisciplinares; pode ajudar os estudantes a descobrirem mais sobre assuntos específicos e, ao mesmo tempo, a treinarem habilidades amplas; pode contribuir para o aperfeiçoamento do raciocínio e do senso crítico, para estimular a curiosidade e a iniciativa, para refinar a sensibilidade e a perspicácia no trato com o outro.

FONTE: SANTHIAGO, Ricardo; MAGALHÃES, Valéria B. de. História oral da sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. p. 32-33.

Boxe complementar:

Fonte histórica oral

A atividade proposta permite aos alunos explorar uma fonte histórica oral – os depoimentos – que trazem outra visão sobre os impactos sociais e ambientais causados pela ausência de políticas públicas voltadas à implementação de projetos de saneamento básico.

Fim do complemento.

• Explorar com os alunos as informações dos dois depoimentos. Para isso, propor as seguintes questões: Catlein e Hercules moram em qual município e estado? Como era o rio quando a mãe de Catlein era jovem? E como ele é atualmente? Quais são as condições da rede de esgoto no município? Que soluções vocês dariam para os problemas apontados nos depoimentos?

MP146

Diferentes pontos de vista

Um dos problemas ambientais enfrentados pelos moradores das cidades é a poluição do ar devido, entre outros fatores, aos gases poluentes expelidos pelos escapamentos de veículos coletivos e individuais.

Para diminuir a poluição do ar, o Código de Trânsito Brasileiro (CT B), aprovado pelo Congresso Nacional em 1997 e que continua vigente no Brasil atual, determina algumas medidas destacadas abaixo.

Código de Trânsito Brasileiro

Artigo 104. Os veículos em circulação terão suas condições de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória [...].

Parágrafo 5º. Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão de gases poluentes e ruído.

FONTE: Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503compilado.htm. Acesso em: 2 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de vários automóveis enfileirados em uma avenida. Ao fundo, prédios, árvores e casas. Fim da imagem.

LEGENDA: Trânsito intenso de veículos na cidade de Salvador, no estado da Bahia, em 2020. FIM DA LEGENDA.

1. Que medida o Código de Trânsito Brasileiro, de 1997, determinou para controlar a emissão de gases poluentes pelos veículos?

PROFESSOR Resposta: A inspeção obrigatória dos veículos para controle de emissão de gases poluentes.

2. De acordo com esse Código, o que ocorre com os veículos reprovados?

PROFESSOR Resposta: Eles podem ser apreendidos.

Anos depois, em 2016, uma lei liberou alguns tipos de veículos da inspeção veicular ambiental por um determinado prazo, mas não alterou o artigo 104 do Código de Trânsito Brasileiro.

Em 2017, foi publicada uma regulamentação do artigo 104, mas, no ano seguinte, a regulamentação foi suspensa. Dessa forma, a lei que determina a obrigatoriedade da inspeção veicular continua em vigor, mas ela não é posta em prática por falta de regulamentação.

As dificuldades na aplicação da inspeção veicular prevista na lei refletem a polêmica existente na sociedade brasileira sobre o assunto, como podemos perceber nas opiniões reproduzidas na página seguinte.

MANUAL DO PROFESSOR

• Fazer uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos o problema abordado (emissão de poluentes no ar das cidades brasileiras), a medida indicada no Código Brasileiro de Trânsito (determinar a inspeção veicular regular para efeitos de emissão de poluentes), a penalidade a ser aplicada (apreensão dos veículos), bem como as dificuldades de implementação dessa lei.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas possibilitam aos alunos desenvolver a argumentação, essencial em diversas competências da BNCC, como a competência geral 7, a competência específica de Ciências Humanas 6 e a competência específica de História 3.

Fim do complemento.

Argumentar

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. (Competência geral 7)

Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (Competência específica das Ciências Humanas 6)

MP147

3. Quando solicitado, leia um dos textos em voz alta.

Texto 1

Do ponto de vista ambiental, sou favorável à inspeção veicular ambiental. Várias metrópoles do mundo adotaram essa medida para tentar controlar a emissão de gases poluentes e tiveram ótimos resultados. [...]

A concepção geral é ótima e importante. Deve continuar. Mas o procedimento está errado. Acredito que também seria interessante considerar o tipo de combustível que cada automóvel consome. A poluição gerada pelos veículos realmente é um dos principais problemas para a saúde de quem mora nas grandes cidades. [...]

Texto 2

Sou contra a inspeção veicular porque ela é feita nos carros mais novos, que já têm muita tecnologia. Penso que o desenvolvimento tecnológico e as normas de fabricação já garantem uma melhora nas emissões. Os modelos mais velhos, que são os que mais poluem, ficam fora dessa obrigatoriedade.

A fiscalização deveria ser restrita a carros fabricados há muitos anos. [...]

Não achei que a qualidade do ar melhorou após a medida e reparo que as pessoas continuam sofrendo por causa da poluição.

FONTE: Revista Carro Hoje, ano 1, n. 19, p. 5, 2012.

4. Interprete e relacione as ideias e as informações dos dois textos para responder às questões.

a) Qual texto apresenta argumentos favoráveis à inspeção veicular? Cite dois argumentos utilizados para defender esse ponto de vista.

PROFESSOR Resposta: O texto 1. Argumentos favoráveis: os países que adotaram a inspeção veicular tiveram bons resultados; a redução da poluição diminuiria os problemas de saúde dos moradores de grandes cidades.

b) Qual texto apresenta argumentos contrários à inspeção veicular? Cite dois argumentos utilizados para defender essa opinião.

PROFESSOR Resposta: O texto 2. Argumentos contrários: a qualidade do ar não melhorou; a fiscalização deveria ser feita apenas nos carros mais antigos.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

5. Seu professor vai dividir a classe em dois grupos para a realização de um debate sobre a inspeção veicular como medida de diminuição da poluição do ar nas cidades.

PROFESSOR Resposta: Orientar a retomada dos argumentos e a organização do debate.

Grupo 1

Favorável à inspeção veicular

Imagem: Ilustração. Papel azul com a informação: Grupo 1 – Favorável à inspeção veicular.   Fim da imagem.

Grupo 2

Contrário à inspeção veicular

Imagem: Ilustração. Papel amarelo com a informação: Grupo 2 – Contrário à inspeção veicular.   Fim da imagem.

6. Escreva um texto sobre o assunto estudado. Inclua: um título, uma introdução explicando o que é a inspeção veicular, os argumentos favoráveis e contrários e uma conclusão com sua opinião.

PROFESSOR Resposta: Orientar a retomada das informações sobre o assunto e a organização do texto, incluindo introdução, desenvolvimento e conclusão.
MANUAL DO PROFESSOR

Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. (Competência específica de História 3)

FONTE: BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 9, 357 e 402.

• Organizar a leitura em voz alta, avaliando a fluência em leitura oral, no que se refere a decodificação, velocidade e clareza. Orientar a atividade de interpretar e relacionar as ideias dos textos, que constitui um procedimento mais complexo dentro das ações de compreensão de texto.

• Explorar as informações dos textos, destacando a medida proposta para a redução da emissão de gases poluentes no ar. Após a compreensão dos textos pelos alunos, solicitar que respondam e registrem as respostas das atividades.

• Conduzir os alunos para a realização do debate acerca das duas opiniões. Para isso, definir os grupos, estabelecer as regras, elaborar um protocolo ético para os debatedores e definir formas de registro.

• Comentar com os alunos que no debate deverá haver um moderador (que abrirá a seção), os debatedores (que defenderão as opiniões diferentes, podendo haver um, dois ou três defensores de cada opinião) e a plateia, que poderá participar do debate dirigindo perguntas aos debatedores oralmente ou por escrito, conforme as regras.

• Orientar a produção de escrita proposta, retomando com os alunos os argumentos favoráveis e contrários à inspeção ambiental. Depois, deixar que reflitam sobre a própria opinião. Por fim, orientar a forma de composição do texto solicitado.

Para complementar

5. O problema da poluição nas cidades – em especial da poluição atmosférica – está inserido no contexto da questão da cidadania. Nesse sentido, é importante envolver os alunos nos debates de possíveis soluções para esse problema, fomentando formas de participação social e de exercício da cidadania. Orientar a leitura dos dois textos sobre o assunto e, principalmente, do debate proposto.

Destacar a importância da utilização de argumentos sólidos. Por fim, questionar como esse debate pode contribuir para os direitos de cidadania.

MP148

Tempo, tempo...

Os moradores de algumas cidades brasileiras vivenciaram intensamente o problema da poluição do ar. Conheça na linha do tempo a história da cidade de Cubatão, no estado de São Paulo.

1955

A instalação de uma refinaria de petróleo atraiu muitas indústrias para Cubatão.

Imagem: Linha do tempo com imagens e textos.  1950;  1955 - A instalação de uma refinaria de petróleo atraiu muitas indústrias para Cubatão.  Fotografia em preto e branco. Uma usina com torres altas.  LEGENDA: Refinaria Presidente Bernardes, no município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 1957. FIM DA LEGENDA.  1960;  1970;  1975 - O grande número de indústrias que formavam o polo industrial de Cubatão causava intensa poluição do ar, o que prejudicava a vegetação, os animais silvestres e a saúde dos moradores locais, que desenvolviam problemas respiratórios.   Fim da imagem.

LEGENDA: Refinaria Presidente Bernardes, no município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 1957. FIM DA LEGENDA.

1950

1960

1970

1975

O grande número de indústrias que formavam o polo industrial de Cubatão causava intensa poluição do ar, o que prejudicava a vegetação, os animais silvestres e a saúde dos moradores locais, que desenvolviam problemas respiratórios.

1980

1980

Cubatão foi declarada a cidade mais poluída do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Imagem: 1980 - Cubatão foi declarada a cidade mais poluída do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU).  Fotografia. Crianças andando em uma rua. Ao fundo, casas, postes e chaminés de usinas expelindo fumaça.  LEGENDA: Vista da Vila Parisi, no município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 1982. FIM DA LEGENDA.    Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Vila Parisi, no município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 1982. FIM DA LEGENDA.

1982

A condição de poluição do ar em Cubatão era tão grave que a cidade passou a ser conhecida como “Vale da Morte”.

Imagem: 1982 - A condição de poluição do ar em Cubatão era tão grave que a cidade passou a ser conhecida como “Vale da Morte”.  Fotografia em preto e branco. Uma fábrica com chaminé expelindo fumaça. Ao redor há casas, árvores e postes.  LEGENDA: Emissão de poluentes no ar por indústrias no município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 1984. FIM DA LEGENDA.   Fim da imagem.

LEGENDA: Emissão de poluentes no ar por indústrias no município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 1984. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Noções temporais

A análise da linha do tempo permite aos alunos identificar mudanças e permanências na relação entre sociedade e ambiente em uma cidade brasileira, favorecendo o estabelecimento de noções temporais.

Fim do complemento.

• Orientar coletivamente a observação da linha do tempo. Problematizar a análise, perguntando aos alunos: Qual é a relação entre industrialização, poluição do ambiente e poluição do ar? Qual é a responsabilidade dos governantes? Após a exploração, solicitar aos alunos que registrem as respostas no caderno para serem consultadas posteriormente.

• Ler com os alunos os textos dos boxes da linha do tempo, explorando as informações. Ampliar a discussão sobre o tema, perguntando: Como os governos podem evitar situações como a da cidade de Cubatão? Que medidas podem ser tomadas pelas indústrias para evitar a poluição do ambiente? Como a população local pode intervir?

• Solicitar que confrontem as informações da linha do tempo que abrangem o período entre 1950 e 1980 e às relativas ao período de 1990 a 2020.

MP149

1990

1990

A comunidade, o governo e as indústrias se uniram para reduzir a poluição do ar por meio de medidas como a instalação de filtros nas chaminés das fábricas.

1992

A cidade reduziu em cerca de 90% a poluição do ar e recebeu da ONU o título de Cidade Símbolo da Recuperação Ambiental.

Imagem: 1990 - A comunidade, o governo e as indústrias se uniram para reduzir a poluição do ar por meio de medidas como a instalação de filtros nas chaminés das fábricas.  1992 - A cidade reduziu em cerca de 90% a poluição do ar e recebeu da ONU o título de Cidade Símbolo da Recuperação Ambiental.  Cartaz. Na parte superior, ilustração de uma cidade com várias árvores. Na parte inferior, a informação: Cubatão +20.  LEGENDA: Cartaz da campanha Cubatão +20: Cidade Símbolo Mundial de Recuperação Ambiental, de 1992. FIM DA LEGENDA.   Fim da imagem.

LEGENDA: Cartaz da campanha Cubatão +20: Cidade Símbolo Mundial de Recuperação Ambiental, de 1992. FIM DA LEGENDA.

2000

2010

2014

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que a condição da poluição do ar em Cubatão estava próxima dos limites aceitáveis.

Imagem: 2000;  2010;  2014 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que a condição da poluição do ar em Cubatão estava próxima dos limites aceitáveis.  Fotografia. Vista aérea de uma via extensa. Nas laterais há construções e muitas árvores. LEGENDA: Vista do município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA. 2020.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de Cubatão, no estado de São Paulo. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

2020

1. O recebimento do título de Cidade Símbolo da Recuperação Ambiental foi antes ou depois de Cubatão ser declarada a cidade mais poluída do mundo?

PROFESSOR Resposta: Depois.

2. Ocorreram mudanças na situação da poluição em Cubatão entre 1980 e 1990? Se sim, quais?

PROFESSOR Resposta: Sim. Em 1980, Cubatão foi declarada a cidade mais poluída do mundo; em 1990, a comunidade, o governo e as indústrias se uniram para reduzir a poluição do ar por meio de medidas como a instalação de filtros nas chaminés das fábricas.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade complementar

Se considerar pertinente, convidar os alunos a elaborarem uma linha do tempo pessoal, com os acontecimentos ocorridos na vida deles. Caso tenha acesso à internet em sua escola, pesquisar outros modelos de linha do tempo. Lembrar aos alunos que os intervalos entre uma data e outra devem ter a mesma medida e que a linha deve começar no ano de nascimento de cada um deles e terminar no tempo presente. Solicitar que apresentem à turma sua linha do tempo, localizando o ano de nascimento e os acontecimentos, como visitas a parentes, eventos ou passeios com a escola e viagens, entre outros.

Após a produção da linha, lançar um desafio: Para cada data (mês ou ano) destacada na sua linha, pesquise um acontecimento histórico da sua cidade, estado ou país, como alguma comemoração no mês em que você nasceu. Solicitar aos alunos que adicionem as informações pesquisadas à linha do tempo. A atividade proporciona o desenvolvimento de noções de duração e simultaneidade, conceitos relacionados a aspectos de habilidades historiográficas.

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título e na parte inferior, ilustrações de crianças.  Fim da imagem.

Para leitura dos alunos

Seis razões para diminuir o lixo do mundo, de Nilson J. Machado e Silmara R. Casadei. Escritinha.

O livro aborda a história do descarte de lixo, desde a criação do primeiro depósito de lixo do mundo, passando pelos serviços de coleta, até o surgimento dos primeiros incineradores.

MP150

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 7 e 8

Avaliação de processo de aprendizagem

Você estudou alguns problemas enfrentados por moradores das cidades brasileiras e as fontes históricas utilizadas para estudá-los. Agora, vamos avaliar os conhecimentos que foram construídos? Para isso, responda às atividades a seguir em uma folha avulsa e entregue-a ao professor.

1. Observe a fotografia.

Imagem: Fotografia. Esgoto com água amarelada e muito lixo. Nas laterais há plantas e casas. Fim da imagem.

LEGENDA: Esgoto a céu aberto no município de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2021. FIM DA LEGENDA.

a) Essa fotografia representa uma fonte histórica escrita, oral, material, iconográfica ou visual?

PROFESSOR Resposta: Iconográfica ou visual.

b) Explique a importância dessa fonte histórica para o estudo dos problemas ambientais.

PROFESSOR Resposta: Essa fonte revela a presença de esgoto a céu aberto no local retratado, o que prejudica o ambiente.

2. Cite um argumento favorável e um argumento contrário à inspeção veicular.

PROFESSOR Resposta: Argumento favorável: a inspeção contribui para a diminuição da poluição do ar. Argumento contrário: a fiscalização deveria ser feita apenas nos carros mais antigos.

3. Sobre as formas de coleta e destino dos dejetos domésticos, responda às perguntas.

a) Quais utensílios eram utilizados na coleta de dejetos domésticos há cerca de 300 anos?

PROFESSOR Resposta: Eram utilizados penicos e urinóis.

b) Qual era o principal destino do esgoto domiciliar há cerca de 300 anos?

PROFESSOR Resposta: Era jogado nas ruas ou diretamente nos rios e no mar.

c) Qual é o principal destino do esgoto domiciliar atualmente?

PROFESSOR Resposta: Atualmente, há redes de esgoto, mas em muitas localidades a população não tem acesso a esse serviço.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 7 e 8.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Reconhecer a importância das fontes históricas iconográficas ou visuais e orais no estudo dos problemas ambientais.

A atividade permite aos alunos identificar o tipo de fonte histórica reproduzido, as informações sobre a questão do ambiente que é possível obter dessa fonte e a importância que as fontes têm para os estudos históricos.

2. Comparar diferentes pontos de vista sobre as soluções para a poluição do ar nas cidades.

A atividade exige que os alunos citem um argumento favorável e um argumento contrário relacionados à inspeção veicular como forma de contenção da poluição do ar nas cidades.

3. Identificar as formas de coleta e o destino do esgoto em diferentes tempos.

A atividade permite aos alunos identificar as formas de coleta e o destino dos dejetos domésticos há cerca de 300 anos e atualmente, registrando as mudanças e permanências em diferentes tempos.

4. Realizar investigação sobre a qualidade do saneamento básico no espaço da escola e seu entorno.

Espera-se que os alunos realizem uma investigação por meio da observação direta e da consulta a fontes secundárias sobre situações envolvendo acesso à água, coleta de esgoto e destino do lixo no espaço escolar e no seu entorno. Sugere-se preceder a atividade com uma visita guiada coletiva aos espaços da escola, prevendo conversas com funcionários ou mesmo com alunos.

MP151

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

4. Vocês estudaram a importância do saneamento básico para o ambiente e para a qualidade de vida das pessoas. Agora, você e seus colegas vão investigar a situação do saneamento básico na escola onde vocês estudam e no seu entorno. Para isso, respondam às seguintes perguntas.

PROFESSOR Atenção professor: Auxiliar os alunos no levantamento de informações relacionadas ao saneamento básico da escola onde estudam. Pode-se consultar algum representante da escola para fornecer mais detalhes sobre alguns dos dados a serem pesquisados. Fim da observação.

a) Há abastecimento constante de água adequada para o consumo na escola ou ocorre falta dela em alguns períodos?

b) Há banheiros em quantidade suficiente para todos os alunos? Os banheiros são abastecidos com água tratada?

c) coleta de esgoto ligada à rede geral de tratamento?

d) Há lixeiras para a coleta de lixo reciclável? Elas estão bem localizadas e em quantidade suficiente?

e) O lixo produzido na escola é recolhido com regularidade? Há lixo despejado na rua da escola?

f) Nos arredores da escola, há algum rio ou córrego poluído pelo despejo de esgoto ou resíduos sólidos?

g) Qual ação poderia ser realizada para a melhoria do saneamento básico na escola ou em seu entorno?

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado. Responda às perguntas a seguir no caderno utilizando as palavras: “sim”, “em parte” ou “não”.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Sobre as aprendizagens

a) Reconheço a importância das fontes históricas visuais para o registro dos problemas ambientais?

b) Compreendo as formas de coleta e tratamento de esgoto em diferentes tempos?

c) Reconheço problemas socioambientais causados pelas atividades econômicas e pelo crescimento urbano?

d) Identifico que os serviços ligados ao saneamento básico interferem na qualidade ambiental?

e) Indico problemas ambientais que existem no entorno da escola, propondo soluções para minimizá-los?

MANUAL DO PROFESSOR

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades.

Nesse tipo de atividade, não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.