UNIDADE 4. Energia, patrimônio e cidadania

• A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos com o objetivo de possibilitar a troca de conhecimento entre os alunos.

• As atividades permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.

Patrimônio e cidadania

[...] O conhecimento adquirido e a apropriação dos bens culturais por parte da comunidade constituem fatores indispensáveis do processo de conservação integral ou preservação sustentável do patrimônio, pois fortalecem os sentimentos de identidade e pertencimento da população residente e, ainda, estimulam a luta pelos seus direitos, bem como o próprio exercício da cidadania.

Em termos práticos, a abordagem do tema pode ser iniciada na própria escola, valorizando-se a área e o edifício no qual ela se encontra instalada, a biblioteca, as áreas de entretenimento e outros espaços que possam figurar como bens coletivos.

Em seguida, pode-se sugerir que os alunos investiguem os bens culturais de suas respectivas famílias, de seus bairros, de sua cidade. [...] Contudo, deve-se ambicionar algo mais, como por exemplo, irradiar o saber referente ao patrimônio por meio de agentes comunitários, professores do ensino fundamental, médio e universitário, propalando o significado dos bens culturais e naturais entre as comunidades.

FONTE: PELEGRINI, Sandra C. A. Cultura e natureza: os desafios das práticas preservacionistas na esfera do patrimônio cultural e ambiental. Revista Brasileira de História, v. 26, n. 51, jun. 2006, p. 127-128. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/PVLJ6HmX7hxYDD9bkdFqYLD/ . Acesso em: 3 jun. 2021.

• Os alunos devem fazer a leitura e a interpretação de uma fotografia, analisando características de uma paisagem, que foi totalmente transformada para a construção de uma usina hidrelétrica, ensejando reflexões relacionadas à questão da preservação do patrimônio natural e ações de cidadania.

• Orientar os alunos na observação dessa fotografia. Sugerir que verifiquem os diferentes elementos que constituem a paisagem em seus diferentes planos de observação.

• Relacionar a paisagem retratada com a paisagem do lugar de vivência dos alunos. Ao fazer a leitura de uma paisagem, não basta descrevê-la: é preciso ter um olhar mais atento às relações e estabelecer comparações. Fazer uma leitura das atividades e sugerir aos alunos que respondam em duplas, trocando seus conhecimentos após a leitura e interpretação da fotografia.

• Conversar com os alunos sobre Sete Quedas, chamando a atenção para o fato de terem sido um dos maiores conjuntos de cachoeiras do mundo em volume de água, que foi submerso com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. O Parque Nacional das Sete Quedas fechou para os visitantes em 1982 e diversos municípios paranaenses, como Guaíra, deixaram de receber muitos visitantes, algo que movia a economia local.

• Comentar que o governo tomou a decisão de construir Itaipu e inundar as Sete Quedas devido à demanda por energia elétrica no país.

• Compartilhar e comentar as respostas dos alunos para as atividades.

Para complementar

2. Espera-se que os alunos reflitam sobre a necessidade de produção de energia e sobre os impactos decorrentes da construção de uma usina, bem como a perda do maior conjunto de cachoeiras do mundo.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão proposta no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre os impactos das formas de obtenção de energia no patrimônio cultural e natural nos diferentes locais. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• A demanda por energia elétrica vem crescendo a cada dia no mundo e no Brasil, mas todas as formas conhecidas de se produzir energia apresentam vantagens e desvantagens em termos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido, a questão do desafio energético importa ser desenvolvida com os alunos desde cedo, a fim de promover a reflexão sobre formas sustentáveis de produção e consumo da energia elétrica.

• Realizar um levantamento com os alunos sobre as atividades cotidianas domésticas e escolares que eles realizam em que há o uso de eletricidade. Na sequência, solicitar que indiquem se há o uso de eletricidade em locais públicos, como parques e ruas e também em estabelecimentos relacionados às diferentes atividades de trabalho das pessoas. Perguntar: Mas, afinal, como é produzida a energia elétrica e como ela chega aos consumidores?

• Orientar a leitura do texto e da representação, destacando o caminho feito desde o local da produção de energia até os de consumo.

• Destacar as formas pelas quais a energia elétrica chega às moradias, verificando os conhecimentos dos alunos em relação a esse aspecto.

Os conhecimentos trabalhados no capítulo 13 possibilitam aos alunos identificar e refletir sobre a produção de energia elétrica a partir dos recursos naturais renováveis e não renováveis, identificando as vantagens e desvantagens do uso de diferentes fontes energéticas.

A BNCC no capítulo 13

Unidade temática: Mundo do trabalho.

Objeto de conhecimento: Trabalho e inovação tecnológica.

Habilidade: ( EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia utilizados na produção industrial, agrícola e extrativa e no cotidiano das populações.

• Se possível, organizar os alunos em grupos e solicitar a eles que façam a leitura compartilhada do texto sobre as fontes de energia renováveis e não renováveis.

• Conversar sobre as informações descobertas na leitura e esclarecer possíveis dúvidas, verificando se compreenderam a diferença entre elas.

Boxe complementar:

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7. Energia limpa e acessível

Ler para os alunos o ODS 7 e as informações disponíveis no site das Nações Unidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://fdnc.io/fsZ. Acesso em: 4 jun. 2021.

Comentar com eles que, em 2020, as fontes de energia renováveis responderam por 48,4% da participação na matriz energética brasileira, segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2021. Criar um debate com os alunos organizados em grupos, avaliando cada um dos pontos levantados pelo ODS. Realizar ao final do debate uma produção de escrita, promovendo a elaboração de um texto coletivo com base nas conclusões dos grupos de alunos. Ao final, avalie esta produção em relação ao que foi debatido e proposto.

Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que observem a imagem, leiam o texto e expliquem, com suas palavras, como funciona uma usina hidrelétrica. Na atividade 3 foi sugerida para os alunos uma produção de escrita que está diretamente relacionada à compreensão dos textos que foram trabalhados. Verificar se a interpretação do texto contribuiu para o estabelecimento de relações pertinentes ao texto que foi produzido pelos alunos.

• Comentar que, de acordo com o IBGE, a quase totalidade de domicílios do país (99,8%) tinha acesso à energia elétrica (fornecida pela rede geral ou por fonte alternativa) em 2019. No entanto, existem municípios que têm menos da metade de seus domicílios com fornecimento de energia elétrica – esses municípios têm em comum o fato de terem menos de 10 mil habitantes.

Atividade complementar

Sugerir aos alunos que acessem o jogo educativo no site da Fundação Energia e Saneamento denominado Oficina do K-10 – Como funcionam as usinas hidrelétricas? Disponível em: http://fdnc.io/ft1. Acesso em: 7 abr. 2021. Fazer a leitura compartilhada do texto que aparece na tela descrevendo as etapas do processo de geração de energia hidrelétrica e as máquinas, a infraestrutura e os equipamentos envolvidos. Solicitar que relacionem os termos com as imagens correspondentes.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O trabalho envolvendo a identificação de diferentes recursos naturais e seu aproveitamento com o uso de diferentes tecnologias permite uma aproximação à competência geral 7, ao possibilitar que os alunos argumentem com base em fatos, dados e informações confiáveis.

Fim do complemento.

Energia limpa no Brasil

Toda energia renovável que não emite substâncias poluidoras é denominada energia limpa. Solar, eólica, geotérmica, maremotriz, de biomassa e hidráulica são as grandes apostas para a substituição da matriz energética das nações industrializadas. No entanto, os combustíveis fósseis ainda são os meios de geração de energia mais utilizados no mundo atualmente. Eles foram gerados há milhões de anos pela decomposição de animais e vegetais, e incluem o petróleo e seus derivados (gasolina, óleo diesel etc.), o gás natural, o xisto e o carvão mineral. [...]

[...] O problema com o modelo brasileiro é a grande dependência de uma única fonte. E, além disso, a segunda principal fonte de energia no país, acessada com frequência quando o nível de água nos reservatórios está baixo, é a termelétrica, fonte não limpa e dependente de recursos não renováveis.

É preciso maior diversificação na matriz energético do país. Mais especificamente, são necessários investimentos para acelerar o avanço das duas outras fontes de energia com maior potencial de crescimento no país: eólica e solar.

FONTE: FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Energia limpa no Brasil. FIEMG, 17 jul. 2019. Disponível em: https://www7.fiemg.com.br/noticias/detalhe/energia-limpa-e-matriz-energetica . Acesso em: 4 jun. 2021.

• Solicitar aos alunos que leiam o texto e comentem oralmente as desvantagens ambientais das usinas hidrelétricas.

• Verificar se compreendem que o represamento da água do rio faz com que uma extensa área seja alagada e o que havia na superfície fica submerso.

• Orientá-los a observar, na fotografia, algumas partes da usina, indicadas no perfil esquemático da página anterior: reservatório, local onde ficam os geradores e o rio.

• Compartilhar algumas informações sobre a usina de Itaipu, comentando que a decisão de construí-la foi tomada em 1973, com a assinatura do Tratado de Itaipu pelos governos do Brasil e do Paraguai. A Itaipu Binacional correspondeu a um marco para o setor elétrico dos dois países.

• Se possível, localizar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai em um mapa político da América do Sul para que os alunos possam compreender melhor porque Itaipu é binacional.

• Após compartilhar as respostas da atividades, comentar que, no Brasil, a energia hidráulica correspondia, segundo o Balanço Energético Nacional (BEN), a 65,2% do total da matriz elétrica do país em 2020, configurando um dos países do mundo que mais gera eletricidade a partir da utilização das águas dos rios.

• Realizar a leitura do texto inicial em voz alta, verificando a fluência em leitura oral dos alunos e destacando as vantagens na utilização da energia eólica.

• Orientar os alunos na leitura e interpretação do mapa, identificando as principais unidades da federação produtoras de energia eólica.

• Direcionar a atenção dos alunos para as informações da legenda do mapa.

• Comentar com os alunos o potencial eólico brasileiro: o Brasil é favorecido em termos de ventos, que se caracterizam por uma presença duas vezes superior à média mundial e pela volatilidade de 5% (oscilação da velocidade), o que dá maior previsibilidade ao volume de energia a ser produzido. Além disso, como a velocidade costuma ser maior em períodos de estiagem, é possível operar as usinas eólicas em sistema complementar ao das usinas hidrelétricas, a fim de preservar a água dos reservatórios em períodos de poucas chuvas. Se possível, consultar o Atlas de Energia Elétrica do Brasil. Brasília: Aneel, 2008. p. 81. Disponível em: http://fdnc.io/5Ca. Acesso em: 4 jun. 2021.

Para leitura dos alunos

Energia: fique por dentro, de Alice James e Peter Allen. Usborne.

Um livro em que se vai desvendando o que é a energia e como sua produção afeta a natureza. Mostra como vêm sendo desenvolvidas invenções para produzir energia no futuro.

• Solicitar a um dos alunos que leia o texto em voz alta, orientando previamente os demais para que escutem com atenção e indiquem as vantagens e as desvantagens na obtenção da energia solar.

• Verificar a compreensão de textos pelos alunos a partir de uma leitura oral.

• Orientar os alunos na observação da fotografia, comentando a instalação dos painéis, necessários para a captação da energia solar.

• Orientar os alunos na leitura dos gráficos, destacando os principais locais de produção da energia solar.

• Comentar que o Brasil é o país com a maior taxa de irradiação solar do mundo.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Por meio da leitura e da interpretação de mapas e gráficos estão sendo desenvolvidas a competência específica de Ciências Humanas 7 e as competências específicas de Geografia 3 e 4, fazendo uso da linguagem cartográfica no trabalho com as informações geográficas, com ênfase nos princípios do raciocínio geográfico de localização e diferenciação.

Fim do complemento.

Atividade complementar

Mostrar aos alunos o mapa sobre potencial de geração solar fotovoltaica, na página 59 do Atlas Brasileiro de Energia Solar, publicado em 2017 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Disponível em: http://labren.ccst.inpe.br/atlas_2017.html . Acesso em: 4 abr. 2021.

Solicitar a eles que observem as regiões com maior potencial de geração de energia solar e, em seguida, organizem uma produção escrita descrevendo as informações do mapa e as vantagens e desvantagens da energia solar.

• Realizar a leitura compartilhada do texto e esclarecer o significado de biomassa.

• Solicitar aos alunos que observem, individualmente, a ilustração que representa o funcionamento de uma usina de biomassa movida a restos de cana-de-açúcar e relatem cada etapa desse processo. É importante verificar a compreensão de texto, no relato oral, e se os alunos estão interpretando e relacionando as informações do texto.

• Orientá-los a comparar o funcionamento de uma usina hidrelétrica e o de uma usina termelétrica de biomassa. Espera-se que percebam que, assim como na usina hidrelétrica, na de biomassa há uma turbina e um gerador. Porém, na hidrelétrica, o que movimenta a turbina é a água, e, na usina termelétrica de biomassa, é o vapor, obtido da queima do bagaço da cana-de-açúcar.

• Conversar sobre o aspecto negativo da geração de energia por biomassa, explicando que gases e restos de cana-de-açúcar queimados poluem o ar, ainda que em baixa intensidade.

• Orientar os alunos na produção de escrita do texto descritivo na atividade 12 com base na observação da representação para produção de energia por biomassa. Destacar e relacionar cada uma das etapas.

• Compartilhar a produção dos alunos em uma roda de conversa, na qual eles devem debater suas ideias e conclusões.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade de produção de texto sobre formas renováveis de produção de energia aproxima os alunos da competência específica da Geografia 6 na construção de argumentos com base em informações geográficas e na defesa de ideias que promovem a consciência socioambiental. E mobiliza também a competência específica da Ciências Humanas 6 e a competência geral 7, que tratam da construção de argumentos e pontos de vista, exercitando a responsabilidade, a consciência socioambiental e o protagonismo voltados ao bem comum.

Fim do complemento.

Biomassa

Qualquer matéria orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica é classificada como biomassa. De acordo com a sua origem, pode ser: florestal (madeira, principalmente), agrícola (soja, arroz e cana-de-açúcar, entre outras) e rejeitos urbanos e industriais (sólidos ou líquidos, como o lixo). Os derivados obtidos dependem tanto da matéria-prima utilizada (cujo potencial energético varia de tipo para tipo) quanto da tecnologia de processamento para obtenção dos energéticos.

Nas regiões menos desenvolvidas, a biomassa mais utilizada é a de origem florestal. [...]

FONTE: AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Atlas de energia elétrica do Brasil. 3ª ed. Brasília: Aneel, 2008. p. 81.

Você sabia?

• Solicitar aos alunos que, depois de lerem o texto como tarefa de casa a adultos de sua convivência, anotem quais novos conhecimentos surgiram dessa conversa.

• Retomar com os alunos os prejuízos que dejetos de lixo causam ao ambiente, como a poluição do solo, das águas e dos rios próximos, a contaminação de águas subterrâneas pela infiltração de substâncias tóxicas no solo, e a poluição do ar pela liberação de gases tóxicos. Além disso, esses dejetos oferecem risco de contaminação aos trabalhadores que frequentam o lixão e às pessoas que vivem nas proximidades.

• Valorizar a possibilidade de o lixo tornar-se fonte de energia por meio da queima dos detritos secos e da decomposição da matéria orgânica.

• Promover um debate sobre a importância da coleta seletiva de lixo, comentando que o material reciclável precisa ser separado do orgânico para que seja, em primeiro lugar, reciclado e, em segundo lugar, aproveitado para obtenção de energia.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação em Direitos Humanos

Essa é uma boa oportunidade para tratar do acesso ao saneamento básico, reconhecido por resolução da ONU de 2010, como Direito Humano essencial, indispensável à vida com dignidade. Avaliar com os alunos a situação do lugar de vivência com relação às possibilidades de coleta seletiva e reaproveitamento do lixo.

Fim do complemento.

• Retomar as fontes de energia renováveis vistas e mencionar, nesse momento, os recursos não renováveis, relacionando-os ao seu processo de formação muito lento.

• Comentar que, apesar das fontes de energia renováveis contribuírem significativamente para a conservação dos recursos naturais e para o equilíbrio climático, ainda, no mundo, a maioria dos países sustenta suas principais formas de produzir eletricidade a partir de fontes não renováveis.

• Promover a leitura do texto em voz alta, avaliando a fluência em leitura oral dos alunos, a habilidade de ler o texto com velocidade e clareza.

• Destacar o fato de que, apesar de o petróleo estar se esgotando, ainda é um dos recursos mais utilizados para a geração de energia no mundo.

• Solicitar aos alunos que observem as fotografias que representam a usina termelétrica a gás e a extração de petróleo.

• Destacar que a fonte de geração de energia utilizada nas usinas termelétricas pode ser a biomassa (recurso renovável) ou derivados do petróleo ou carvão mineral (recursos não renováveis).

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que individualmente realizem uma produção de escrita, relacionada ao que aprenderam sobre as fontes de energia não renováveis. Verificar se eles escreveram corretamente as palavras e produziram um texto adequado ao que foi proposto.

Fontes de energia não renováveis

As fontes de energia que pertencem a este grupo são finitas ou esgotáveis. Para a maioria delas, a reposição na natureza é muito lenta, pois resulta de um processo de milhões de anos sob condições específicas de temperatura e pressão. Quanto mais usamos as fontes de energia não renováveis, menos teremos no estoque total. São exemplos de fontes não renováveis de energia: petróleo, carvão mineral, gás natural e nuclear. […]

Como podemos usá-las sem que o estoque acabe rapidamente? Explorando racionalmente os recursos existentes; promovendo a eficiência no uso e investindo em ciência e tecnologia para o desenvolvimento de fontes renováveis (eólica, hidrelétrica, solar, entre outras) que possam substituir as não renováveis.

Atualmente, grande parte de energia consumida no mundo é proveniente de fontes não renováveis [...]. Os principais usos das fontes não renováveis são: 1- na geração de eletricidade, 2- como combustível nos transportes de cargas e de pessoas e 3- no aquecimento de casas.

Algumas fontes não renováveis de energia, como o petróleo e o carvão mineral, são responsáveis por grande parte da emissão (liberação) de gases de efeito estufa na atmosfera, visto que estas fontes são combustíveis (precisam ser queimadas para gerar energia) e liberam gases poluentes, que impactam a saúde e o meio ambiente.

FONTE: Empresa de Pesquisa Energética. Fontes de energia. Disponível em: http://fdnc.io/ft4. Acesso em: 4 jun. 2021.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A leitura e a interpretação do mapa permite aos alunos conhecer a distribuição das usinas termelétricas nas unidades da federação, sua concentração e dispersão.

Fim do complemento.

• Orientar os alunos na interpretação do mapa, solicitando que eles identifiquem: título, legenda, rosa dos ventos, escala e fonte.

• Direcionar a atenção para o fato de que a maioria das usinas termelétricas que utilizam combustíveis fósseis está localizada na Região Sudeste do país, no litoral e próximo ao curso do Rio Amazonas.

• Orientar os alunos a procurar informações sobre a existência de usinas termelétricas que utilizem carvão mineral, gás natural ou petróleo, próximas à unidade da federação onde vivem.

Boxe complementar:

De olho nas competências

No trabalho de leitura e interpretação do mapa, os alunos têm a possibilidade de se aproximar da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4, principalmente no que se refere ao trabalho com a linguagem cartográfica e ao desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal, além de propiciar o raciocínio geográfico que envolve as noções de localização e distribuição, favorecendo a aproximação com a competência específica da Geografia 3.

Fim do complemento.

• Solicitar a leitura individual e silenciosa do texto inicial.

• Escrever, na lousa, as informações obtidas sobre a energia nuclear.

• Orientar os alunos a indicar a fonte da energia nuclear, o tipo de recurso, as usinas em funcionamento no Brasil e a usina em construção.

• Promover a leitura compartilhada do texto em voz alta reproduzido na atividade 3 e perguntar aos alunos como a energia é gerada a partir do partir do urânio.

• Comparar a geração de energia das usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares. Em todas, há uma força, proveniente de algum recurso natural, que faz uma turbina girar e transformar a energia mecânica em elétrica.

• Conversar sobre as desvantagens da utilização da energia nuclear e seus perigos para o meio ambiente e para a saúde e a vida das pessoas, caso haja um uso inadequado.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A construção dos conhecimentos pelos alunos sobre os recursos naturais não renováveis e seu aproveitamento pelas pessoas com o uso de diferentes tecnologias permite uma aproximação à competência geral da Educação Básica 7, favorecendo a argumentação com base em fatos, dados e informações confiáveis e as reflexões sobre consumo responsável em âmbito local, regional e global. Esses aspectos se relacionam à competência específica de Ciências Humanas 6 no sentido de construir conhecimentos que promovam a consciência socioambiental.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade de leitura e interpretação do mapa permite aos alunos conhecer as principais reservas de urânio no Brasil.

Fim do complemento.

• Orientar a leitura e a interpretação do mapa e verificar com os alunos se há reservas de urânio na região ou na unidade federativa onde vivem.

• Destacar a atual área produtora de urânio no Brasil.

• Compartilhar as respostas dadas para as atividades e criar uma roda de conversa trazendo novas informações com relação ao lixo resultante da energia nuclear.

• Retomar com os alunos a importância da energia elétrica para a vida das pessoas, o fato de sua obtenção ser dispendiosa e trabalhosa, além de reduzir os recursos naturais do planeta e poder causar impactos ambientais.

• Realizar a leitura compartilhada do texto com dicas de economia de energia no cotidiano.

• Orientar os alunos na tarefa de casa, solicitando que conversem com adultos de sua convivência e compartilhem diferentes sugestões sobre a economia de energia elétrica em sua moradia.

• Socializar as sugestões que os alunos obtiveram da conversa com os adultos.

• Solicitar que façam uma produção de escrita e elaborem os cartazes que expliquem a importância e as formas de economia de energia na moradia.

• Compartilhar as produções com os demais colegas da classe.

• Destacar que a adoção de hábitos que poupam energia tem efeitos positivos para a sociedade, pois favorece a economia de recursos naturais e a redução dos impactos sociais causados pela geração de energia. Portanto, poupar energia elétrica é uma forma de promover mudanças na sociedade. Compartilhar essas informações com amigos e familiares e estimulá-los a mudar seus hábitos é uma forma de participação social e exercício da cidadania.

Atividade complementar

Organizar uma atividade de observação das diversas dependências da escola a fim de identificar possíveis desperdícios de energia elétrica nas diversas horas do dia. Verificar, na escola, se são utilizadas as lâmpadas econômicas e a luz natural, abrindo janelas; observar se é possível pintar os ambientes com cores claras; se costumam deixar luzes acesas desnecessariamente. Com base nos dados levantados, os alunos devem escolher uma forma de ação e idealizar uma campanha de economia de energia que envolva as mais diversas pessoas da comunidade escolar. Auxiliá-los na elaboração da campanha, que pode incluir sugestões de economia de energia por parte de toda a comunidade escolar: desligar aparelhos eletrônicos quando não estiverem sendo utilizados, apagar a luz do local onde não há pessoas, entre outras.

Consumo consciente de energia

Um pensamento comum entre as pessoas é que energia elétrica (EE) é algo que simplesmente sai da tomada e é infinita. Mas como essa não é a realidade, pelo menos dois princípios básicos precisam ser reafirmados. Primeiro, para se consumir EE, esta precisa estar sendo gerada em algum lugar e no mesmo instante. Segundo, toda a parafernália necessária para fazer essa energia chegar a uma tomada envolve muita engenharia e pelo menos uma fonte de energia, seja hidráulica, térmica, nuclear, eólica ou solar.

O consumo de EE é crescente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o que torna necessário e premente conscientizar os usuários a reduzi-lo para ajudar a equilibrar consumo e geração. [...]

FONTE: WATANABE, Edson. Por um consumo consciente de energia elétrica. Revista Rio Pesquisa, Rio de Janeiro, ano IX, n. 37, p. 47, dez. 2016.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade de leitura e interpretação do gráfico permite aos alunos identificar as principais formas de geração de energia elétrica e a participação das fontes de energia nas termelétricas no Brasil.

Fim do complemento.

• Orientar a leitura e interpretação do gráfico. Para a atividade 5 sobre a fonte de energia que poderia ser mais bem aproveitada no Brasil, tabular na lousa a opinião dos alunos para depois, em uma folha de papel quadriculado, orientá-los a criar um gráfico de colunas, que poderá ser exposto em sala de aula ou registrado no caderno de Geografia.

Para complementar

5. O Brasil é um país que recebe grande incidência de radiação solar e, sobretudo em áreas do litoral da região Nordeste, o vento costuma ser intenso.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação para o consumo

Essa é uma boa oportunidade para tratar da economia de energia elétrica no dia a dia. Comentar que além de podermos economizar energia na moradia, isso também pode ser feito nos locais de trabalho e em diversas atividades econômicas.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade relacionada à economia de energia no dia a dia aproxima os alunos da competência geral 10, que diz respeito a agir com autonomia e responsabilidade com base em princípios sustentáveis e solidários. Também permite desenvolver o espírito investigativo e criar soluções para problemas em relação à economia de energia desenvolvendo a competência geral 2, a competência específica de Ciências Humanas 1 e a competência específica de Geografia 1. Ao tratar de aspectos relacionados ao consumo responsável local, regional e global, a atividade se relaciona com a competência específica de Ciências Humanas 6, pois incentiva a construção de conhecimentos que promovam a consciência socioambiental.

Fim do complemento.

• Motivar a leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos: o que significa a sigla Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura); o que ela elaborou em 1972 (Convenção para a Proteção ao Patrimônio Mundial Cultural e Natural); quais bens poderiam ser considerados Patrimônio Cultural Mundial (elementos naturais ou criados pelas pessoas que tenham importância para toda a humanidade).

• Orientar também a observação da fotografia reproduzida, identificando com os alunos o local retratado (Palácio de Versalhes), o país (França) e o motivo da indicação como patrimônio mundial (representa a época da monarquia francesa).

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo aproxima-se da competência geral 3, ao valorizar os diversos patrimônios mundiais enquanto manifestações artísticas e culturais, das locais à mundiais. Aproxima-se também da competência específica das Ciências Humanas 3, ao identificar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, com ideias que contribuam para a transformação cultural de modo a participar das dinâmicas da vida social.

Fim do complemento.

As atividades propostas no capítulo 14 envolvem o trabalho com os conceitos de patrimônio material natural e imaterial da humanidade e exemplos de cada um deles.

A BNCC no capítulo 14

Unidade temática: Registros da história: linguagens e culturas.

Objeto de conhecimento: Os patrimônios materiais e imateriais da humanidade.

Habilidade: ( EF05HI10) Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade e analisar mudanças e permanências desses patrimônios ao longo do tempo.

• Guiar uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos os critérios para a definição de patrimônios culturais da humanidade. Orientar também a observação da fotografia, identificando com os alunos o local (centro histórico de São Petersburgo), o país (Rússia) e o motivo de ser patrimônio cultural da humanidade (representa a época da monarquia russa).

Atividade complementar

Propor aos alunos uma investigação em livros, enciclopédias e na internet sobre outros bens declarados Patrimônio Cultural da Humanidade em diferentes continentes: África, Ásia, Europa, América e Oceania. Socializar as descobertas individuais.

• Orientar uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos as características do patrimônio natural mundial: locais representativos ou excepcionais; florestas, geleiras, ilhas, cavernas, montanhas etc.; recifes de coral, florestas tropicais, manguezais etc.; Parques Nacionais.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação ambiental

Esse é um bom momento para conversar com os alunos sobre a importância da preservação dos patrimônios naturais mundiais, nacionais, estaduais e municipais.

Conversar sobre as características desses patrimônios que os tornam singulares para todos os povos e que, por isso, merecem ser preservados pela humanidade.

Fim do complemento.

Patrimônio natural

Conservar um bem natural ou preservá-lo? Essa não é simplesmente uma distinção semântica, ela nasceu no âmbito do debate entre ambientalistas norte-americanos no final do século XIX. Para os conservacionistas, a conservação ambiental representa manter uma área protegida, porém, utilizá-la sem colocar em risco sua dinâmica natural e atributos físicos. Já os preservacionistas são radicais. Eles entendem que áreas naturais protegidas devem ficar sem a presença humana para que apenas processos naturais influenciem sua dinâmica. [...]

O patrimônio natural pode ser definido como uma área natural apresentando características singulares que registram eventos do passado e a ocorrência de espécies endêmicas. Nesse caso a sua manutenção é relevante por permitir o reconhecimento da história natural e, também, para que se possa analisar as consequências que o estilo de vida hegemônico pode causar na dinâmica natural do planeta. Uma área natural protegida é um laboratório de pesquisa que possibilita estudar reações da dinâmica da natureza em si. Além disso, a singularidade que faz a área merecer sua elevação à condição de patrimônio pode apresentar beleza cênica ou, ainda, ser fundamental para o desenvolvimento de processos naturais, como ocorre com o mangue, responsável pela reprodução de microrganismos que servem de base da cadeia alimentar.

FONTE: ZANIARTO, Helena S.; RIBEIRO, Wagner C. Patrimônio cultural: a percepção da natureza como um bem não renovável. Revista Brasileira de História, v. 26, n. 51, p. 255-256, jun. 2006.

Boxe complementar:

Fonte histórica escrita

Orientar a leitura em voz alta dos textos, que permite aos alunos exercitar a fluência em leitura oral, essencial no processo de alfabetização. Em seguida, orientar a atividade de compreensão de texto, na qual os alunos vão localizar e retirar informações do texto.

Explorar algumas informações: tipo de texto (notícia); data: 2019; local (Ilhas Galápagos, no Equador); estatuto (Patrimônio Natural Mundial); o problema (vazamento de 2.270 litros de diesel); consequência (não afetou nenhuma espécie da fauna única do arquipélago de Galápagos); fonte (governo do Equador); animais que habitam o local (leões-marinhos, tartarugas, aves e répteis, como iguanas); a solução (durante a noite, a área poluída foi quase toda limpa).

Fim do complemento.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, sugerimos assistir com os alunos ao vídeo Parque Nacional de Galápagos preserva biodiversidade exuberante, que pode ser acessado gratuitamente no link disponível em: https://globoplay.globo.com/v/1374301/ . Acesso em: 4 jun. 2021. A reportagem apresenta diversos animais que vivem na terra ou na água e seus hábitos de alimentação.

• Promover a leitura compartilhada do texto introdutório, destacando o reconhecimento pela Unesco dos elementos do patrimônio imaterial da humanidade.

• Orientar os alunos a realizar a leitura silenciosa do texto Patrimônio cultural imaterial.

• Solicitar que compartilhem suas interpretações do texto, propondo uma discussão coletiva em torno da definição de patrimônio cultural imaterial.

• Levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre danças, festas populares, línguas e outras manifestações que foram transmitidas oralmente. Solicitar que observem a imagem e leiam a legenda, identificando o número de personagens, suas vestimentas, suas ações e o cenário, a manifestação artística representada, o país no qual ela tem origem e a datação.

Atividade complementar

Se considerar pertinente, propor aos alunos que pesquisem os critérios utilizados pela Unesco para incluir os elementos culturais ou naturais no patrimônio mundial. Orientá-los a consultar os sites da Unesco e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Combinar com os alunos a data e a forma de apresentação do resultado da pesquisa.

Patrimônio imaterial: como proteger

O patrimônio oral e imaterial da humanidade é uma distinção criada em 1997 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – Unesco – para a proteção e o reconhecimento do patrimônio cultural imaterial, ou seja, as manifestações da cultura popular e os locais de expressão popular.

A Unesco reconheceu que os processos de globalização e de transformação social, ao mesmo tempo em que criam condições propícias para um diálogo renovado entre as comunidades, geram, como fenômeno da intolerância, graves riscos de deterioração, desaparecimento e destruição do patrimônio cultural imaterial, devido à falta de meios para protegê-los.

Além das gravações, registros e arquivos, a Unesco considera que uma das formas mais eficazes de preservar o patrimônio intangível é garantir que os portadores desse patrimônio possam continuar produzindo-o e transmitindo-o. Assim, a organização desenvolve o programa “Tesouros Humanos Vivos”, que estimula os países a criarem um sistema permanente de identificação de pessoas (artistas, artesãos, etc.) que têm a responsabilidade da manutenção do seu patrimônio cultural imaterial.

FONTE: PEREIRA, Elizabeth da S. Patrimônio Cultural Imaterial: uma reflexão sobre o registro do bem cultural como forma de preservação. (Trabalho de conclusão de curso). São Paulo: Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2012. p. 12-13. Disponível em: http://celacc.eca.usp.br/sites/default/files/media/tcc/448-1262-1-PB.pdf . Acesso em: 6 jun. 2021.

• Propor a leitura em voz alta da letra da canção, que permite o exercício da fluência em leitura oral. Orientar os alunos na identificação dos elementos citados: tipo: Patrimônio Cultural Imaterial Mundial; local: região do Alentejo, em Portugal; o que é: canto popular transmitido de geração em geração.

• Orientar, também, a escolha coletiva da melodia para a canção e o trabalho de ensaio nos grupos, bem como a apresentação coletiva.

Atividade complementar

Propor aos alunos a criação de uma canção sobre o local em que vivem. Primeiro, eles devem listar as características do local que merecem ser retratadas. Depois, devem criar a letra da canção incluindo tais características. Por fim, devem escolher uma melodia para a canção. Se julgar oportuno, organizar com os alunos uma apresentação da canção para outros colegas ou para os adultos com os quais convivem.

• Fazer a leitura compartilhada do texto introdutório da página, explorando com os alunos as informações apresentadas na linha do tempo.

• Direcionar a atenção dos alunos para as legendas cujas cores indicam os tipos de patrimônio apresentados nas imagens e nos textos descritivos.

• Conversar com os alunos sobre as características de uma cidade definida como histórica: podem abrigar construções como casas, igrejas, monumentos que preservam a memória, a cultura, os costumes e a identidade de um povo.

Benefícios e reconhecimento

[...] Iphan em parceria com a Unesco, apresentam referências para a produção de projetos de sinalização dos sítios do Patrimônio Mundial no Brasil. O objetivo da publicação é estimular gestores e comunidades locais a adotarem a identidade visual do Patrimônio Mundial na sinalização dos sítios culturais, naturais e mistos do país, valorizando assim a sua condição especial de detentores do título internacional concedido pela Unesco, cujos benefícios ainda são pouco explorados pelos brasileiros.

Este instrumento apresenta todas as informações necessárias para a produção de projetos de sinalização turística e cultural, entre elas, orientações para aplicação do emblema do Patrimônio Mundial da Unesco, modelos de diferentes peças de comunicação visual e materiais mais adequados. A expectativa é que a adoção, nos sítios brasileiros, de uma identidade visual comum ao Patrimônio Mundial, reconhecida internacionalmente, contribua para a sua promoção e proteção.

Criar uma sinalização própria e coerente para o Patrimônio Mundial significa também favorecer a visibilidade desses sítios de valor excepcional para a humanidade, divulgando sua beleza natural e/ou riqueza cultural, e impulsionando a educação patrimonial e o turismo cultural. Além de facilitar o acesso e a interpretação dos monumentos e dos conjuntos históricos e naturais, esperamos que essas orientações contribuam para estimular nos cidadãos brasileiros o reconhecimento e o sentido de orgulho pelo Patrimônio de sua cidade.

Espera-se que a criação desta nova sinalização fortaleça a rede patrimonial do país, tornando-se um primeiro passo para estimular a criação de rotas patrimoniais, e incentivando ainda mais a sua visitação.

FONTE: BRASIL. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Sinalização do Patrimônio Mundial no Brasil: orientações técnicas para aplicação. Brasília: IPHAN, 2013. p. 3. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/manual_sinalizacao_patrimonio_mundial.pdf . Acesso em: 3 jun. 2021.

• Destacar com os alunos a ausência de bens declarados Patrimônio Cultural Imaterial Mundial no período de 1980 a 2000, e relacionar esse fato à ausência dessa categoria de patrimônio na classificação da Unesco no período.

• Encaminhar a realização das atividades propostas nesta página.

• Organizar uma apresentação das informações coletadas na investigação proposta na atividade 2, definindo a data e os recursos necessários. Sugerir aos alunos que registrem a apresentação em vídeo ou fotografias.

• Entre os sites que podem ser indicados está o do Patrimônio Mundial no Brasil da Unesco, que pode ser acessado gratuitamente no link: Patrimônio Mundial no Brasil. Disponível em: https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/world-heritage-brazil . Acesso em: 7 jun. 2021.

• Classificar com os alunos os bens apresentados na legenda, de acordo com o tipo de patrimônio: verde (Patrimônio Natural Mundial); amarelo (Patrimônio Cultural Mundial); azul (Patrimônio Cultural Imaterial Mundial). Os exemplos de bens do Patrimônio Natural são: Complexo de áreas protegidas do Pantanal, Complexo de áreas protegidas da Amazônia Central, Áreas protegidas do Cerrado, Ilhas atlânticas brasileiras, Paraty e Ilha Grande. Os exemplos de bem do Patrimônio Cultural são Centro histórico de Goiás, Praça de São Francisco, Rio de Janeiro, Conjunto moderno da Pampulha, sítio arqueológico do Cais do Valongo e Complexo Cultural do Bumba Meu Boi. Os exemplos de bens do Patrimônio Cultural imaterial são: Expressões orais e gráficas do povo indígena wajãpi, Samba de roda do Recôncavo Baiano, Yaokwa, Frevo, Círio de Nazaré e Roda de capoeira.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural

Explorar com os alunos as características dos bens brasileiros declarados Patrimônio Cultural Mundial e Patrimônio Cultural Imaterial, identificando-os como exemplos da diversidade cultural brasileira. Conversar com os alunos sobre a importância de preservar tal diversidade.

Fim do complemento.

Sítios naturais e memória

Os sítios naturais [...], uma vez integrados à Lista da Unesco, passam a ser divulgados com a ênfase nas suas singularidades. Pode-se dizer que, assim como os monumentos históricos servem para alimentar a memória coletiva ou oficial, bens naturais tombados constituem um sentimento coletivo internacional. Um bem natural nacional, por exemplo, passa ser fiscalizado por agentes de outros países sob a égide da necessidade de conservação. No Brasil, por exemplo, isto acontece na Amazônia, constantemente vigiada por organizações internacionais, e os remanescentes de Mata Atlântica, ambos tombados como patrimônios naturais da humanidade.

As produções sobre as relações entre humanos e natureza na interface do patrimônio tendem a enveredar pelo campo da memória, dos sentimentos, dos mitos, dos rituais que presentificam valores ancestrais ainda desconhecidos. Estas manifestações [...] se referem ao campo do imaterial e do intangível e, da mesma forma que se estabeleceram patrimônios culturais imateriais, surgiu recentemente a iniciativa de também pensar esta temática relacionada à Natureza.

FONTE: KARPINSKI, Cezar. Informação, memória e patrimônio natural. In: XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, p. 13, 2016, Bahia. Disponível em: http://repositorios.questoesemrede.uff.br/repositorios/bitstream/handle/123456789/3525/2016_GT10-CO_43.pdf?sequence=1 . Acesso em: 3 jun. 2021.

• Orientar os alunos na escolha de um bem declarado patrimônio mundial para a realização da investigação proposta.

• Disponibilizar referências para a pesquisa, como livros, sites, jornais, revistas etc.

• Auxiliar os alunos na seleção das informações mais importantes do conteúdo pesquisado. Organizar uma roda de conversa para que os alunos relatem suas descobertas.

Boxe complementar:

Noções temporais

As atividades propostas permitem trabalhar com os alunos algumas mudanças e permanências ocorridas em um bem brasileiro declarado patrimônio cultural mundial pela Unesco.

Fim do complemento.

• Orientar os alunos na leitura em voz alta de um dos textos da seção, prática que promove o aprimoramento da fluência em leitura oral.

• Auxiliar os alunos na interpretação do texto, perguntando: Que patrimônio cultural é abordado no texto? Em que munícipio e estado ele se localiza? Em que ano ele foi reconhecido como patrimônio cultural mundial? Quais eram as condições desse local no ano em que foi tombado?

• Orientá-los a ler silenciosamente o texto reproduzido nesta página. Interpretar o texto com os alunos, fazendo algumas perguntas: Quem fundou a cidade de São Luís? Quando isso aconteceu? Quem a ocupou antes do domínio português? Qual era o estado de conservação do centro histórico de São Luís em 1997?

• Solicitar que observem a imagem e a relacionem com as informações do texto. Em seguida, pedir que registrem a resposta da atividade 1 proposta.

São Luís como patrimônio mundial

[...] Na cidade de São Luís, as campanhas visando à inclusão de Centro Histórico de São Luís na lista de bens considerados como Patrimônio da Humanidade iniciaram-se em 1996, e destacavam o passado como símbolo de uma memória capaz de sustentar a identidade local. Os bens culturais que estariam na salvaguarda do poder público estadual refletem a opção pela monumentalidade, a exemplo do que ocorreu no âmbito nacional. [...]

O Centro Histórico foi em grande parte recuperado; as ruas foram calçadas, muitos casarões reformados, prédios públicos refuncionalizados.

Embora as diretrizes do Programa de Revitalização incluam aspectos importantes no que concerne à promoção do desenvolvimento socioeconômico local, na sua aplicabilidade, a eficácia não foi alcançada.

[...] Na área revitalizada, coexistem ainda imóveis abandonados pelos antigos moradores e que poderiam ser revitalizados por meio de ações de cunho social, turístico e cultural com repercussões positivas na revalorização do espaço urbano.

FONTE: ARAGÃO, Ivan; CARVALHO, Karoliny D. Turismo, cultura e memória: um estudo sobre dois patrimônios culturais da humanidade no Brasil. Turismo em análise, v. 24, n. 3, dez. 2013. Disponível em: http://fdnc.io/ft8. Acesso em: 4 jun. 2021.

• Orientar a atividade de compreensão de texto em que os alunos devem interpretar e relacionar as informações dos dois textos, identificando mudanças e permanências.

• Solicitar aos alunos que leiam a reportagem silenciosamente. Interpretar o texto com eles propondo a questão: Como a comunidade pode participar de iniciativas que visam a preservação do patrimônio tombado?

• Comentar os problemas relacionados à preservação do centro histórico de São Luís. Em seguida, solicitar aos alunos que sugiram formas de preservação do patrimônio cultural. Se considerar pertinente, comentar que a proteção do patrimônio cultural deve ser de responsabilidade dos governantes e da comunidade. Orientar o registro das respostas às atividades propostas.

Atividade complementar

Explorar o termo cantaria, que permite aos alunos ampliar o vocabulário, eixo central do processo de alfabetização. Solicitar-lhes que localizem o termo no texto e, depois, leiam o glossário. Em seguida, propor que pesquisem em livros ou na internet exemplos de cantaria. Por fim, propor que escrevam uma frase incluindo o termo cantaria.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 13 e 14.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Identificar características de distintas fontes de energia renováveis e não renováveis.

Espera-se que os alunos correlacionem informações associando cada texto a uma fonte de energia ou recurso mineral energético correto.

2. Propor ação de intervenção para economia de energia no espaço escolar.

Espera-se que os alunos reflitam em pares sobre um problema da contemporaneidade no lugar de viver e proponham ações de intervenção para sua melhoria. Antes da realização da atividade, promover uma atividade de observação das dependências da escola e do uso da energia. Com base nos dados levantados, os alunos devem escolher uma forma de ação para economia de energia e elaborar sua produção escrita. Na correção, podem-se considerar critérios na análise da produção textual como clareza, forma, correção gramatical e pertinência ao que foi solicitado.

3. Reconhecer critérios para classificação de um patrimônio cultural e natural mundial.

Espera-se que os alunos observem e interpretem as fotografias, identificando elementos que permitem classificar os locais retratados como patrimônio mundial natural ou cultural.

Para complementar

2. Os alunos podem sugerir uso de lâmpadas econômicas, maior entrada de luz natural nos ambientes, pintar as paredes com cores claras; afixar cartazes para que as pessoas não deixem luzes acesas desnecessariamente.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão problema no Desafio à vista! permite refletir sobre o tema que norteia esse módulo, propiciando a elaboração de hipóteses sobre formas de conquistar direitos e exercer a cidadania, considerando distintas maneiras de organização social e política ao longo do tempo. Conversar com os alunos sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• Orientar a leitura do texto em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral. Conversar com os alunos sobre as características da cidadania em Atenas durante a Antiguidade. Organizar a localização e o registro de informações do texto, uma das estratégias de compreensão de texto.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo aproxima-se da competência geral 9, ao exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito aos outros e aos Direitos Humanos, ao propiciar a elaboração de um trabalho em grupo e a organização de uma apresentação, sobre os diversos momentos do século XX em que ocorreram conquistas de direitos de cidadania. Aproxima-se também da competência específica de História 1, ao compreender acontecimentos históricos, relações de poder, ao refletir sobre o direito à cidadania na Grécia antiga e sobre os excluídos desse direito.

Fim do complemento.

As atividades propostas no capítulo 15 envolvem o trabalho com as mudanças no conceito de cidadania ao longo da História, com destaque para a luta por direitos no mundo e no Brasil.

A BNCC no capítulo 15

Unidade temática: Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social.

Objeto de conhecimento: Cidadania, diversidade cultural e respeito às diferenças sociais, culturais e históricas.

Habilidades: ( EF05HI04) Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos; (EF05HI05) Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.

• Orientar uma leitura coletiva do texto, identificando com os alunos: o momento da Revolução Francesa; a elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; por que esse documento é importante; que direitos não são mencionados; em que direitos o documento se concentra.

• Orientar também a leitura do boxe Você sabia?, destacando com os alunos a exclusão das mulheres na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, e a luta delas para obter tais direitos.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação em Direitos Humanos

Este é um momento propício para conversar com os alunos sobre a importância do respeito aos Direitos Humanos, garantidos a todos os seres humanos.

Fim do complemento.

• As atividades propostas nesta dupla de páginas e nas seguintes permitem trabalhar as mudanças na noção de cidadania ao longo do tempo, incluindo a cidadania na Grécia antiga, durante a Revolução Francesa e em movimentos do século XIX e XX de luta contra a discriminação das mulheres e a discriminação racial. É possível trabalhar, também, a cidadania no Brasil, desenvolvendo a passagem do voto de cabresto ao voto secreto e a conquista do voto feminino. O estudo desses assuntos permite desenvolver o tema participação social e exercício da cidadania ao promover a reflexão sobre a importância do direito de voto.

• Orientar a leitura em voz alta dos textos da linha do tempo, ação que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral dos alunos.

• Para a atividade 2, solicitar aos alunos que formem os grupos de trabalho, escolham um nome para o telejornal, elaborem um roteiro, definam os papéis, produzam o cenário, escolham o figurino, selecionem os recursos digitais a serem utilizados e elaborem o texto a ser apresentado.

• Se considerar pertinente, ampliar as informações, sugerindo aos alunos que pesquisem e consultem o texto dos seguintes documentos: Declaração Universal dos Direitos Humanos ; Convenção da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial ; Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a mulher e Convenção sobre os Direitos da Criança.

Boxe complementar:

Fonte histórica escrita

A atividade permite explorar com os alunos o tipo de texto (documento) e sua classificação como fonte histórica escrita.

Fim do complemento.

• Encaminhar a leitura compartilhada do texto identificando com os alunos: nome do documento; data em que foi aprovado; qual é o artigo do documento reproduzido; que direitos são reconhecidos; que grupo é detentor desses direitos; qual é a responsabilidade dos Estados partes.

• Com base nesse levantamento será possível aos alunos realizar as atividades propostas.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Direitos da criança e do adolescente

Este é um bom momento para conversar com os alunos sobre a importância do respeito aos Direitos das crianças e dos adolescentes, como o direito de brincar.

Fim do complemento.

Para leitura dos alunos

Eu tenho o direito de ser criança, de Aurélia Fronty e Alain Serres. Pequena Zahar.

Neste livro, os autores abordam a Convenção dos Direitos da Criança, como o direito à educação, à saúde, à proteção e à igualdade racial e de gênero, assinada em 1989 por 183 países.

• Organizar uma leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos: como funcionava o voto aberto; por que este tipo de voto era conhecido popularmente como “voto de cabresto”.

• Orientar coletivamente a observação da imagem, em que os alunos poderão identificar os seguintes elementos: político puxando um animal; eleitor representado como o animal com o cabresto; político puxando o cabresto, conduzindo o eleitor até a urna.

• Conversar com os alunos sobre o tipo de imagem, que pode ser classificada como charge ou cartum. Reforçar que tal imagem geralmente é caracterizada por uma situação satírica com o intuito de criticar uma realidade.

Atividade complementar

Propor aos alunos que pesquisem em jornais ou na internet outras charges. Devem selecionar uma dessas charges, reproduzir por impressão ou salvar em arquivo. Em seguida, devem escrever um pequeno texto que contenha informações, como autor, local de publicação, data e elementos representados. Socializar as descobertas individuais.

Eleições no início da República

[...] A Constituição de 1891 garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse limitações para o exercício pleno da cidadania, pois representava os interesses das elites agrárias do país. Ela implantou o voto dito universal, mas excluiu as mulheres, os analfabetos e militares de baixa patente, e instituiu o presidencialismo e o voto aberto. [...]

A maioria dos brasileiros continuava trabalhando no campo e era submetida aos fazendeiros, os coronéis. Voto de cabresto, domínio das oligarquias estaduais e a política do café com leite caracterizaram este período da história brasileira. Nas palavras de Vitor Nunes Leal, “inventavam-se nomes, eram ressuscitados os mortos e os ausentes compareciam; na feitura das atas, a pena todo-poderosa dos mesários realizava milagres portentosos”.

Há diversos aspectos a serem considerados ao se pensar na política da República Velha: A exclusão de mulheres e analfabetos do eleitorado evidencia que a participação popular não estava nos planos da oligarquia rural que comandava o país; a maioria da população permaneceu excluída não só das decisões políticas como também do acesso a condições mínimas de vida e continuou explorada economicamente pelas classes dominantes [...].

FONTE: BORGES, Maria A. do C.; VIANNA, Marly. O cabresto no voto, o eleitor na República Velha. Revista de trabalhos acadêmicos, Campus Niterói, América do Norte, n. 1, set. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/ftb. Acesso em: 21 jun. 2021.

• Encaminhar a leitura compartilhada do texto, interpretando e identificando com os alunos: o período; o que são Assembleia Constituinte e Constituição; quais são as principais mudanças – o voto secreto, a idade mínima do eleitor (18 anos), oito horas de trabalho por dia, descanso semanal pago, direito à assistência médica e à educação, férias anuais.

• Após essa exploração, orientar individualmente a realização das atividades propostas. Ao final, socializar as respostas.

Para leitura dos alunos

Entre neste livro: a Constituição para crianças, de Liliana Iacocca e Michele Iacocca. Ática.

Esse livro narra os motivos pelos quais um país precisa de regras, ou seja, um código de leis para funcionar. Ele apresenta a história das Constituições brasileiras, os contextos em que foram elaboradas essas mudanças no Estado e os impactos provocados na vida das pessoas.

• Orientar a leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos: o que determinava a legislação de 1891 sobre o direito de voto; porque, na prática, as mulheres não tinham direito de voto.

• Em seguida, orientar a leitura em voz alta do texto Quem lutava pelo voto feminino?, reproduzido nesta página, e identificar: a que grupos sociais pertenciam as mulheres que lutavam pelo direito de voto; quais direitos elas tinham e quais elas não tinham. Com base nessa conversa, orientar a realização das atividades propostas.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, sugerimos assistir com os alunos ao vídeo 70 anos de voto feminino, que pode ser acessado gratuitamente no link disponível em: http://fdnc.io/ftc. Acesso em: 7 jun. 2021. O vídeo apresenta diversas imagens e entrevistas sobre as lutas das mulheres pelo voto desde a década de 1910 até os dias atuais.

A participação política feminina

O acesso das mulheres à representação política e, particularmente, aos espaços legislativos vem sendo objeto de inúmeros estudos acadêmicos a partir do início da década de 1990. Três aspectos articulados parecem ter contribuído particularmente para isso: a) a legitimidade que o feminismo como movimento e suas demandas adquiriram nas últimas décadas; b) como consequência, o contraste entre o grau de conquistas ou de participação das mulheres em esferas da vida social, como na educação e no trabalho, e a sua pequena inserção nas instâncias decisórias do poder e c) a disseminação de novas estratégias, voltadas para romper esse quadro, particularmente as experiências de cotas para a competição legislativa. [...]

[...] Para compreendermos o que ocorre com a participação das mulheres nos partidos e nas rotas de ingresso aos cargos eletivos de representação política, faz-se necessário considerar, simultaneamente, sua dimensão histórica, ou seja, a exclusão das mulheres no advento da condição de cidadãs e da ordem política moderna; as manifestações culturais – atitudes e práticas preconceituosas ou explicitamente discriminatórias que envolvem as relações de gênero em geral e que se reproduzem, também, no interior dos partidos políticos –; as características socioeconômicas mais gerais dos países, assim como as dimensões institucionais do sistema político, incluindo-se as características do sistema partidário.

FONTE: ARAÚJO, Clara. Partidos políticos e gênero: mediações nas rotas de ingresso das mulheres na representação política. Revista de Sociologia e Política, n. 24, p. 193-194, jun. 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsocp/a/tGtdSWCqjLRJX4cSsLDHfdB/ . Acesso em: 3 jun. 2021.

• Explorar com os alunos algumas mudanças que ocorreram no sistema de votação no Brasil, promovidas pelas lutas das mulheres.

Investigue

• Orientar a realização da investigação proposta, explicando: as funções de cada cargo citado; quais dessas funções são exercidas no município ou em Brasília, como é possível identificar as mulheres que exercem esses cargos, bem como a proporção que elas representam em relação aos homens. Socializar as descobertas individuais.

Atividade complementar

Organizar uma entrevista coletiva da turma com uma mulher que exerça um cargo público eletivo (prefeita, vereadora, governadora, deputada estadual, deputada federal, senadora ou presidente).

Combinar com os alunos um roteiro de perguntas, bem como a postura adequada durante a entrevista. Se possível, registrar a atividade por meio de filmagem e divulgar o resultado da entrevista para a comunidade escolar.

• Realizar a leitura do texto em voz alta e de forma compartilhada.

• Solicitar aos alunos que comentem o que entenderam sobre a noção de cidadania, dando exemplos de direitos e deveres. Avaliar a compreensão de textos, verificando sua reprodução de forma correta.

• Comentar que existem vários tipos de direitos – civil, político e social.

• Solicitar que leiam individualmente a tirinha reproduzida, comentem o que entenderam e respondam aos itens propostos.

Para complementar

1. c) Os alunos podem mencionar um direito já citado, como educação, moradia, saúde, segurança, lazer, alimentação e transporte, ou outro, como direito ao voto. Podem indicar um dever já citado (como respeitar leis, preservar o ambiente e proteger o patrimônio) ou mencionar outro, como o pagamento de impostos.

As atividades do capítulo 16 permitem aos alunos conhecer e valorizar estratégias de participação da sociedade civil nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Também possibilitam aos alunos o reconhecimento do direito à cidade como elemento do exercício da cidadania e do desenvolvimento sustentável, a partir do debate de temas sobre a mobilidade urbana e a circulação nas grandes cidades, ampliando o trabalho com o desenvolvimento do tema da participação social e do exercício da cidadania.

A BNCC no capítulo 16

Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.

Objeto de conhecimento: Gestão pública da qualidade de vida.

Habilidade: ( EF05GE12) Identificar órgãos do poder público e canais de participação social responsáveis por buscar soluções para a melhoria da qualidade de vida (em áreas como meio ambiente, mobilidade, moradia e direito à cidade) e discutir as propostas implementadas por esses órgãos que afetam a comunidade em que vive.

• Solicitar aos alunos que relatem o que sabem sobre a Constituição Federal: o que é, qual é a sua função, quando foi criada e quem a elaborou.

• Realizar a leitura compartilhada do texto inicial e organizar os alunos para que leiam as características dos Três Poderes.

• Orientá-los a relatar as informações obtidas com a leitura.

• Escrever, no centro da lousa, “Constituição Brasileira de 1988” e, em seguida, fazer um esquema com as informações básicas dos Três Poderes.

• Verificar as anotações que os alunos redigiram com base no esquema construído na lousa.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que acessem o site do Plenarinho (disponível em: https://plenarinho.leg.br/index.php/2017/09/os-tres-poderes/; acesso em: 7 jun. 2021) e leiam o texto sobre os Três Poderes, que trata das atribuições e do funcionamento da Câmara Mirim. Orientá-los a elaborar uma proposta de Projeto de Lei para enviar à Câmara dos Deputados, seguindo as orientações dadas no site. Comentar que a Câmara Mirim acontece na Câmara dos Deputados, em Brasília, anualmente. Os autores das três melhores propostas são convidados do Plenarinho para defendê-las na Câmara.

• Realizar a leitura do texto inicial em voz alta avaliando e verificando os conhecimentos prévios dos alunos relacionados aos direitos civis, políticos e sociais.

• Escolher três alunos para realizar a leitura compartilhada em voz alta do texto ficcional reproduzido na atividade, representando os papéis das personagens: Danilo, Henrique e Júlia.

• Avaliar a fluência em leitura oral, verificando os problemas de leitura de cada um e assim oferecer-lhes a ajuda necessária.

• Verificar também a compreensão dos alunos para o glossário e o vocabulário do texto.

• Solicitar que relacionem o conteúdo do texto às informações que já tinham sobre esses direitos.

• Conversar sobre como a população pode participar da vida política do país ou do lugar onde vive e registrar, na lousa, algumas ideias.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Conhecer diferentes direitos e deveres, assim como os alicerces legais que sustentam a organização jurídico-política brasileira, permite uma aproximação à competência geral 6, no sentido de propiciar a realização de reflexões que levem a escolhas pessoais alinhadas ao exercício da cidadania, com consciência crítica e responsabilidade.

Fim do complemento.

Organização dos Poderes

Pelo disposto na Constituição, os poderes são divididos em Legislativo, Executivo e Judiciário. [...] Cabem ao Poder Executivo a concepção e implantação de programas e projetos que traduzam, de forma ordenada, as metas e objetivos sociais, econômicos e institucionais emanados da Constituição e de leis específicas, em estreita articulação com os demais Poderes e com outros níveis de governo, sendo ele também o responsável pela correta aplicação dos meios e recursos mobilizados. [...]

O Poder Legislativo é um órgão colegiado que estabelece as Leis do Estado, sendo que ao processo legislativo é designada a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, decretos legislativos, resoluções e leis delegadas. [...]

No exercício da função jurisdicional, o Poder Judiciário distribui a justiça dirimindo os conflitos intersubjetivos com a imposição da lei. [...]

FONTE: PARANÁ. Casa Civil. Organização dos poderes. Disponível em: http://www.casacivil.pr.gov.br/Pagina/Organizacao-dos-Poderes# . Acesso em: 5 maio 2021.

• Solicitar a um dos alunos que leia a notícia em voz alta e aponte a maneira como os moradores participaram da ação comunitária.

• Comentar que foi realizada uma ação dos moradores em parceria com o Poder Executivo. Esse tipo de ação é importante pois considera o princípio de coparticipação da gestão da cidade e seus espaços públicos.

• Ressaltar que, embora neste caso tenha havido uma parceria entre o poder público e a sociedade civil, há situações em que grupos de pessoas buscam auxílio da iniciativa privada para solucionar problemas sociais, por exemplo, organizando campanhas de doação. Estas também são formas de participação social e de exercício da cidadania.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades permitem uma aproximação à competência geral 6, na medida que levam a reflexões alinhadas com o exercício da cidadania, assim como da competência específica de Ciências Humanas 6 e da competência específica de Geografia 7, favorecendo a construção de argumentos que levem ao exercício da responsabilidade em prol da construção de uma sociedade mais ética, justa e democrática.

Fim do complemento.

Atividade complementar

Selecionar outras notícias publicadas na imprensa que relatem ações realizadas em outras localidades do Brasil por órgãos do Executivo que contaram com o protagonismo dos moradores locais.

Realizar uma leitura compartilhada dessas notícias e solicitar aos alunos que identifiquem a qual tipo de direito do cidadão estão relacionadas.

• Solicitar aos alunos que primeiramente observem a fotografia antes de ler a legenda.

• Perguntar de que visão essa fotografia foi feita e verificar se os alunos relatam que foi feita da perspectiva vertical, provavelmente de um drone ou avião.

• Solicitar que comentem qual animal está representado e com quais objetos, possivelmente, este grande mosaico foi feito.

• Promover uma leitura do texto em voz alta, esclarecendo eventuais dúvidas sobre o significado de palavras e expressões.

• Compartilhar as respostas das atividades.

Boxe complementar:

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14. Vida na água

Esse é um bom momento para conversar com os alunos sobre o ODS 14, que prevê debates relacionados à conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

Solicitar aos alunos que pesquisem sobre o tempo de decomposição dos principais tipos de lixo encontrados nas praias. Realizar uma roda de conversa sobre formas possíveis de minimizar a produção desse tipo de lixo e seu descarte incorreto.

Fim do complemento.

Como exercemos a cidadania?

Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.

Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socioeconômicas de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados.

FONTE: PARANÁ (Governo). Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos. O que é ser cidadão. Departamento de Direitos Humanos e Cidadania. Disponível em: http://fdnc.io/fte. Acesso em: 3 jun. 2021.

• Solicitar aos alunos que leiam o texto inicial silenciosamente e relatem a definição de Lei de Iniciativa Popular e a de Consulta Pública, identificando semelhanças entre elas: as duas são ações de participação popular e regidas por órgãos do poder Legislativo e se relacionam com o tema participação social e exercício da cidadania.

• Realizar em voz alta a leitura da notícia.

• Solicitar aos alunos que relatem sua opinião sobre crianças e jovens terem na escola palestras e mais informações sobre atividades que pessoas relacionadas ao poder legislativo fazem.

• Retomar com eles a importância de se elaborar regras e leis quando convivemos em uma mesma localidade com outras pessoas.

• Compartilhar as respostas das atividades.

• Realizar uma roda de conversa com os alunos sobre ações cidadãs das quais já tenham participado ou que tenham presenciado, e que tenham sido realizadas em parceria com governantes. Ressaltar ações cidadãs que contribuíram para a preservação do ambiente e qualidade de vida das pessoas.

Atividade complementar

Orientar os alunos a pesquisar alguns projetos de Lei de Iniciativa Popular que foram aprovados pelo governo. A Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar n. 135, de 2010) é o exemplo mais conhecido. Outros exemplos são a Lei de Combate à Compra de Votos (Lei n. 9.840, de 1999) e a Lei do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (Lei n. 11.124, de 2005).

Conversar com os alunos sobre as leis que eles gostariam que fossem aprovadas no país ou no lugar onde vivem e escrever um texto coletivo apresentando o problema observado, a lei que poderia amenizar ou resolver tal questão e sua importância para a sociedade e perspectivas futuras. Para saber como elaborar e encaminhar um projeto de Lei de Iniciativa Popular, acessar o site da Câmara dos Deputados, disponível em: http://fdnc.io/en9. Acesso em: 7 jun. 2021.

Para leitura dos alunos

Cidadania é quando..., de Nilson José Machado. Escritinha.

Este livro explora ideias de participação, responsabilidade e cidadania em situações do cotidiano – na rua, em casa, no trânsito, no futebol, cuidando da água, economizando energia.

• Realizar a leitura compartilhada do texto e conversar com os alunos sobre o que caracteriza o direito à cidade, comentando sua importância.

• Comentar que o direito à cidade se tornou uma importante reivindicação no Brasil, nos últimos anos, reunindo demandas de grupos sociais muito diversos, como o direito à moradia, ao transporte público de qualidade e à mobilidade urbana, à defesa de espaços públicos e à liberdade de expressão.

• Perguntar aos alunos se esses direitos são atendidos no lugar onde vivem.

• Solicitar que observem atentamente a fotografia identificando a situação retratada e os elementos que se destacam na paisagem, relacionando a situação com o tema do direito à cidade.

• Orientar os alunos a conversar com adultos de sua convivência sobre o tema estudado e apresentar para a classe um direito à cidade que não é cumprido em seu lugar de viver.

• Compartilhar as respostas das atividades.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O trabalho com o tema do direito à cidade permite mais uma aproximação às diversas competências, com destaque para a competência geral 9 e para a competência específica de Ciências Humanas 1, que preveem o exercício da empatia e do diálogo na promoção dos Direitos Humanos e valorização dos diferentes indivíduos e grupos sociais.

Fim do complemento.

Mobilidade urbana, direito à cidade e qualidade de vida

A mobilidade urbana constitui-se em um tema fundamental quando se discute desenvolvimento urbano e qualidade de vida da população. As condições de deslocamentos das pessoas e das mercadorias nos centros urbanos impactam toda a sociedade pela geração de externalidades negativas, como acidentes, poluição e congestionamentos, afetando especialmente a vida dos mais pobres, que geralmente moram em regiões mais distantes das oportunidades urbanas. […]

Nos últimos anos, houve avanços institucionais e também legislativos no país no sentido de inverter a lógica individualista e a pouca integração existente entre o planejamento urbano e a mobilidade das pessoas.

O Estatuto da Cidade já trouxe instrumentos interessantes para promover o crescimento urbano mais equilibrado, com reflexos positivos sobre os deslocamentos da população e, mais recentemente, a promulgação da Lei da Mobilidade apresentou vários princípios importantes de um sistema de mobilidade mais sustentável e com foco nas pessoas, e não nos veículos, ao contrário do que sempre ocorreu no passado.

FONTE: CARVALHO, Carlos H. R. de. Mobilidade urbana: avanços, desafios e perspectivas. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9186/1/Mobilidade%20urbana.pdf . Acesso em: 5 abr. 2021.

• Conduzir a leitura do texto em voz alta com os alunos em grupo e avaliar a fluência em leitura oral quanto à velocidade e à precisão.

• Solicitar aos alunos que comentem a notícia reproduzida na atividade 2 e destaquem as vantagens da utilização da bicicleta, como seu baixo custo e praticidade, e o fato de ser um meio de transporte não poluente.

• Lembrar aos alunos que o processo de urbanização altera continuamente o espaço urbano, criando, muitas vezes, bairros residenciais cada vez mais distantes dos locais de trabalho e de lazer, além de expulsar a população com menor renda para a periferia dos grandes centros. Assim, o investimento no transporte coletivo torna-se cada vez mais necessário para interligar as áreas centrais das cidades às demais localidades.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos identificar dados sobre a extensão de vias adequadas ao trânsito de bicicletas nas capitais brasileiras por meio da interpretação de um gráfico de colunas.

Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que leiam os dados contidos no gráfico.

• Comentar que Macapá, capital do Amapá, e Manaus, capital do Amazonas, apresentam um relevo predominantemente plano e têm uma rede cicloviária de baixa extensão. Já Curitiba, capital do Paraná, por exemplo, tem uma extensão significativa de acesso às bicicletas, considerando o tamanho da cidade e a população. Além disso, tem um sistema de transporte público diversificado e bairros conectados uns com os outros por ciclovias ou ciclofaixas, promovendo a bicicleta como meio de transporte, e não apenas como ferramenta de exercício e recreação. São Paulo, a capital com maior extensão da rede cicloviária em 2020, expandiu essa rede graças a políticas municipais de mobilidade, sobretudo a partir de 2014.

• Solicitar que realizem as atividades individualmente ou em duplas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Os gráficos expressam informações estatísticas em formatos visuais diversos que permitem desenvolver a competência geral 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

Para leitura dos alunos

Siga a seta!, de Isabel Minhós Martins. Companhia das Letrinhas.

A cidade está organizada por meio de setas e espaços demarcados. A rotina também é organizada de modo que quase não há brechas para imprevistos. É aí que o personagem desta narrativa vai interferir no rumo de diversos caminhos ao bagunçar essa ordem estabelecida.

• Solicitar aos alunos que leiam o texto em voz alta e observem a imagem de uma das peças publicitárias realizadas para a Campanha Maio Amarelo, de prevenção de acidentes no trânsito.

• Verificar a fluência em leitura oral e também a compreensão do vocabulário.

• Compartilhar as respostas das atividades realizadas.

• Conversar com os alunos sobre a importância de campanhas em favor da melhoria do espaço público no lugar onde vivem, explicando que essa é uma forma de exercício da cidadania, além de estimular a conscientização das pessoas e trazer melhoria para a qualidade de vida delas.

• Se possível, mostrar para os alunos outras peças e os vídeos produzidos para a Campanha Maio Amarelo de 2019, disponíveis gratuitamente em: http://fdnc.io/ftg. Acesso em: 7 jun. 2021.

Os vídeos da campanha são conselhos de crianças para os adultos sobre a prevenção de acidentes de trânsito, invertendo a ideia de que sempre a pessoa que tem mais experiência de vida tem mais sabedoria. Já a campanha de 2018, que tinha o mote “Nós somos o trânsito”, procurou sensibilizar a população com suas peças publicitárias sobre a urgente necessidade da redução do número de mortes e feridos graves no trânsito. Seu conteúdo pode ser obtido em: http://fdnc.io/fth. Acesso em: 15 jun. 2021.

• Realizar uma roda de conversa sobre ações positivas que podem ser realizadas no trânsito pelas pessoas.

• Ressaltar que a situação de segurança ou insegurança no trânsito é o resultado da soma de ações individuais. Assim, respeitar as regras estabelecidas e incentivar colegas e familiares a fazer o mesmo também é uma forma de participação social e de exercício da cidadania.

Boxe complementar:

Trabalho de campo

A atividade permite aos alunos observar o movimento de veículos e pessoas nos arredores da escola e propor exemplo de sinalização para melhorar a segurança e a convivência das pessoas no trânsito.

Fim do complemento.

• Orientar os alunos a observar a circulação de pessoas e de veículos e a existência de sinalização adequada nos arredores da escola.

• Organizá-los em grupos e distribuir um tema para cada um, cuidando para que cada tema seja abordado por pelo menos dois grupos, para que possa haver comparação de informações.

• Combinar o roteiro de observação, definindo um trajeto de ruas ao redor da escola e os pontos de parada e observação. Mostrar aos alunos um mapa dos arredores da escola e marcar esse trajeto.

• Cuidar para que os alunos observem, acompanhados de adultos da escola, seu tema por um período determinado e anotem as informações.

• Na volta do trabalho de campo, socializar as informações em uma roda de conversa e anotar, na lousa, as observações realizadas, estabelecendo semelhanças e diferenças entre os registros.

• Fazer um levantamento das placas de sinalização que poderiam ser instaladas para melhorar a locomoção ou a segurança de pedestres ou ciclistas nos arredores da escola.

• Solicitar que comentem a poluição visual observada e sugiram medidas para que ela seja amenizada.

• Solicitar uma produção de escrita coletiva, a fim de elaborar uma carta com essa proposta e encaminhar ao órgão responsável por administrar a sinalização de trânsito no município onde vivem.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação para o trânsito

Para ampliar a temática trabalhada, pode-se orientar os alunos a conversar com um adulto de sua convivência sobre aspectos que seriam positivos para a melhora da mobilidade urbana e do trânsito no lugar de vivência. Avaliar as sugestões feitas e verificar a possibilidade de serem encaminhadas às autoridades responsáveis.

Fim do complemento.

O trabalho de campo

O trabalho em campo possibilita ao aluno vivenciar o teórico de forma concreta, cabendo ao professor ter consciência da necessidade de adequá-lo ao nível de seus alunos.

Um trabalho em campo apresenta três fases diferentes: o planejamento, o trabalho em si e o retorno. […]

É imprescindível explicar para turma a importância do trabalho em campo, como recurso pedagógico e oportunidade para sair dos muros da escola. Após a escolha do tema e do lugar, os principais objetivos do trabalho precisam ser definidos, listados e explicitados para os alunos. A fim de distribuir as tarefas, a turma é dividida em grupos, responsabilizando cada grupo pela obtenção de informações pertinentes e pela sistematização destas para seu repasse ao grupo, quando do retorno à escola.

FONTE: LESANN, Janine. Geografia no Ensino Fundamental I . Belo Horizonte: Fino Traço, 2011. p. 113.

• Solicitar aos alunos que observem e descrevam as fotografias.

• Perguntar se alguém já presenciou situações similares relacionadas à má conservação das calçadas e à presença de obstáculos nos passeios públicos no lugar de viver.

• Retomar as ideias que embasam o direito à cidade debatidas no início do capítulo.

• Comentar que a cidade é um espaço produzido coletivamente e que sempre devem ser promovidas ações para que ela seja um espaço democrático, onde todos tenham o direito de habitar com dignidade e de desfrutar de suas infraestruturas de forma igualitária.

Atividade complementar

Escolher um local próximo à escola para fazer uma avaliação das condições das calçadas. Fotografar as que estejam em mau estado de conservação e/ou que coloquem em risco a segurança dos pedestres. Pedir aos alunos que verifiquem quem são os responsáveis pela manutenção das calçadas em seu lugar de vivência: os proprietários das residências ou a prefeitura municipal. Os alunos poderão solicitar providências às autoridades de seu lugar de vivência para os problemas que constatarem.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade de trabalho de campo permite exercitar a curiosidade intelectual, aproximando os alunos da competência geral 2, da competência específica de Ciências Humanas 3 e da competência específica de Geografia 1. A elaboração de atividades em grupos também favorece o desenvolvimento das competências gerais 8 e 10, pois valoriza o exercício de escuta, diálogo, flexibilidade e tomada de decisões conjuntas. O trabalho com sinalização de trânsito permite a reflexão com diferentes linguagens e desenvolve a competência geral 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4. Ao confrontar a situação de má conservação de calçadas, se favorece o desenvolvimento da competência específica de Geografia 3 (raciocínio espacial de analogia).

Fim do complemento.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 15 e 16.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Identificar atitudes cidadãs que contribuam para a qualidade de vida das pessoas e para a efetivação do direito à cidade.

Espera-se que os alunos localizem e retirem informações contidas em um texto relacionadas à cidadania, ao interesse público e ao direito à cidade.

2. Identificar o exercício da política no cotidiano das pessoas durante a década de 1930.

Espera-se que os alunos localizem e selecionem informações referentes ao sistema de voto na década de 1930, discutindo a importância do voto secreto.

3. Identificar o exercício da política no cotidiano das pessoas nos dias de hoje.

Espera-se que os alunos observem e interpretem as fotografias, identificando as diferentes situações retratadas: uma reunião de moradores e uma reunião de vereadores na Câmara Municipal. Com base nisso, os alunos devem refletir sobre o fato de que a participação política está presente no cotidiano das pessoas em diferentes níveis. Ou seja, está presente nas duas situações retratadas.

4. Descrever algumas etapas da conquista do voto feminino no Brasil.

Espera-se que os alunos leiam, interpretem e classifiquem as frases relativas ao direito das mulheres ao voto, ordenando-as de acordo com a cronologia da conquista do voto feminino.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitarem seu processo de aprendizagens e sua postura de estudante, permitindo que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou atribuição de conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

Avaliação de resultado

Esta avaliação pode ser aplicada ao término do módulo de trabalho e ao final do bimestre, do semestre ou do ano. Fica ao critério do professor aplicá-la integralmente ou selecionar algumas atividades a partir do que foi priorizado ao longo dos estudos. Sugere-se estabelecer pontuações ou conceitos distintos para atividades valorizando as temáticas e os procedimentos que tiveram maior ênfase pedagógica ao longo do curso. Vale considerar a possibilidade de elaborar rubricas visando sistematizar os critérios de correção e minimizar elementos de subjetividade, favorecendo uma devolutiva mais clara e transparente de seus resultados.

Solicitar aos alunos que respondam em uma folha avulsa, sem a cópia do enunciado e numerando as respectivas atividades antes de suas respostas.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 1 a 8

1. Reconhecer o que é um país populoso.

2. Reconhecer mudança na demografia brasileira relacionada ao aumento do número de idosos.

3. a) Identificar razões para a existência de fluxos migratórios.

b) Identificar as dificuldades que os migrantes podem enfrentar ao chegar ao novo local de destino.

4. Reconhecer que a cultura brasileira é plural e que existem no Brasil diferentes manifestações culturais.

5. Identificar a importância do Rio Nilo para os egípcios antigos.

6. Argumentar sobre a importância da religião para os egípcios e os chineses antigos.

7. Identificar formas de marcação do tempo pelos romanos e pelos chineses antigos.

8. Reconhecer a principal característica dos calendários dos povos indígenas waiãpis e suyás.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 9 a 13

9. Identificar a importância dos monumentos para a sociedade.

10. Listar marcos da memória relacionados às culturas indígena, africana e de imigrantes italianos e portugueses.

11. Identificar os motivos da exclusão ou da pequena representatividade nos marcos da memória de dois grupos sociais.

12. Explicar o que é saneamento básico, reconhecendo sua importância para a saúde das pessoas e para a conservação ambiental.

13. Identificar o destino dos dejetos há cerca de trezentos anos.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 14 a 21

14. Reconhecer exemplos de aplicação de novas tecnologias em diversas atividades econômicas indicando vantagens e desvantagens sociais e ambientais na sua utilização.

15. Listar mudanças ocorridas na Inglaterra no século XVIII que impactaram o mundo do trabalho.

16. Identificar a jornada de trabalho dos brasileiros em três momentos da História.

17. Listar exemplos da presença da automação no cotidiano das pessoas nos dias de hoje.

18. Identificar materiais utilizados pelos povos indígenas na pintura corporal.

19. Diferenciar tipos de linguagem (corporal, visual, oral, escrita e mista).

20. Indicar mudanças nos meios de transporte ocorridas ao longo do tempo.

21. Identificar diferentes meios de comunicação que podem ser acessados remotamente pela internet.

Para complementar

14. Agricultura: adubos químicos nas plantações (aumento da produtividade e garantia da safra, mas risco de contaminação do solo e da água); pecuária: ordenha mecânica (maior produção de leite, mas aumento do desemprego); indústria: robôs nas linhas de produção (maior produtividade, mas aumento do desemprego); comércio: compras mais ágeis pela internet (facilitam a compra, mas geram redução no número de trabalhadores); serviços: uso de aplicativos para a realização de serviços que eram feitos de forma presencial (facilita tarefas, mas reduz o número de trabalhadores).

20. Outros exemplos: transporte terrestre: caminhões ou trens; transporte aquaviário: barcos.

Objetivos de aprendizagem para as atividades 22 a 29

22. Identificar vantagens e desvantagens em diferentes formas de produção de energia.

23. Reconhecer a importância de economizar energia elétrica e realizar o consumo consciente.

24. Reconhecer que a cidadania se relaciona com ações que favorecem a coletividade e que podem ser realizadas pelas pessoas juntamente com o poder público.

25. Reconhecer os critérios para a classificação de um patrimônio em cultural, natural ou imaterial.

26. Identificar a importância da conquista do voto secreto e dos direitos trabalhistas na Constituição de 1934.

27. Identificar formas de exercício da política no cotidiano das pessoas.

28. Explicar o que era o voto aberto e as consequências desse sistema.

29. Explicar os princípios básicos da noção de cidadania.

Para complementar

22. Solar: energia limpa e renovável, mas de alto custo inicial; eólica: não polui o ambiente e é eficiente, mas só pode ser obtida em locais onde há muito vento; hidráulica: fonte de energia renovável, mas o alagamento de áreas prejudica o ambiente natural e a ocupação humana; nuclear: alta eficiência energética, mas há risco de liberação de radiação; termelétrica: alta eficiência energética, mas sua produção pode acarretar a liberação de grande quantidade de poluentes no ar.