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3º ANO – Ginásticas
TEMA 1 – Ginástica geral: rodante e ponte
Tabela: equivalente textual a seguir.
Prepare-se para as aulas |
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Objetivos |
Fruir e identificar as acrobacias realizadas no 1º e 2º anos: rolamentos, roda, parada de cabeça e parada de mãos. Conhecer e experimentar as acrobacias: rodante e ponte. |
Habilidades da BNCC |
EF35EF07 e EF35EF08 |
Número de aulas |
8 |
Materiais |
Colchões (ou colchonetes ou tatames de EVA), bambolês, câmera fotográfica (ou celular com câmera), imagens de acrobacias (ou fotos produzidas pelos alunos), papel sulfite, lápis de cor (ou canetas hidrocor) e cola plástica atóxica. |
Sequência de atividades |
Relembre com os alunos as acrobacias básicas da ginástica e incentive-os a realizar esses movimentos. A seguir, nas próximas aulas, realize as atividades propostas na seção “Experimentação e Fruição”. |
Avaliação |
Verifique se os alunos identificaram as acrobacias representadas no álbum de imagens confeccionado por eles. |
Para começar
Em uma roda de conversa, relembre com os alunos as acrobacias básicas da ginástica: os rolamentos (para a frente e para trás), a roda, a parada de cabeça e a parada de mãos. Essas acrobacias foram apresentadas no livro do 1º e 2ᵒ anos.
Realize uma revisão dessas práticas, incentivando os alunos a explicar e a realizar esses movimentos acrobáticos.
Observe se eles executam as acrobacias corretamente e auxilie os que não se lembram delas ou têm dificuldade em realizá-las. A retomada é importante porque esses movimentos serão necessários para as acrobacias que aprenderão no 3ᵒ ano.
A seguir, propomos uma atividade em que os alunos poderão colocar em prática a revisão que fizeram por meio de uma brincadeira.
Circuito das acrobacias
Objetivo: Praticar as acrobacias básicas da ginástica: os rolamentos para a frente e para trás, a roda, a parada de cabeça e a parada de mãos.
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Material: colchonetes, tatames de EVA ou colchões de ginástica
Procedimentos
Espalhe vários colchonetes pelo espaço destinado à realização da atividade. Em seguida, estimule os alunos a praticar as acrobacias: rolamentos, rodas, parada de cabeça e parada de mãos.
Terminada essa etapa, escolha dois alunos para serem pegadores (ou solicite voluntários que desempenhem essa função).
Os pegadores devem escolher uma das acrobacias praticadas e falar bem alto sua escolha para o grupo. Por exemplo: Roda!
Para não serem pegos, os alunos devem fugir dos pegadores ou realizar uma roda nos colchonetes. Os que não conseguirem fazer a acrobacia combinada poderão ser pegos, tornando-se, assim, pegadores e liberando quem os pegou para fugir por meio de corrida ou de acrobacias.
Realize a brincadeira até que os alunos tenham feito todas as acrobacias básicas.
Ao final dessa atividade, reúna os alunos em roda e converse com eles sobre duas novas acrobacias: o rodante e a ponte.
Pergunte se alguém conhece essas acrobacias (ou uma delas). Caso algum aluno as conheça, peça-lhe que mostre esses movimentos aos colegas. Se ninguém tiver conhecimento delas, apresente-as aos alunos.
Depois, mostre a eles a relação entre essas novas acrobacias e as anteriores, ressaltando a importância de combiná-las entre si, pois é dessa forma que se constrói a base das coreografias da ginástica geral.
Análise e Compreensão
O rodante e a ponte
Com o decorrer do tempo e as transformações das práticas corporais, a ginástica tornou-se mais institucionalizada a partir da implantação dos métodos ginásticos europeus, por meio dos quais foram selecionadas e padronizadas algumas acrobacias. Cabe ressaltar que no circo, por exemplo, também são feitas acrobacias, mas, nesse caso, não são estabelecidos padrões sistematizados para sua prática, ou seja, apesar de se utilizar da técnica na execução do movimento, as suas variações e combinações permitem um maior uso da criatividade e inovações.
Como vamos tratar das acrobacias na ginástica geral, é importante sempre respeitar os limites individuais, estabelecer desafios para que os alunos superem suas dificuldades e estimular a criatividade na realização das práticas.
O rodante e a ponte são acrobacias básicas importantes para a aprendizagem de outras mais complexas e com alto grau de dificuldade.
Segundo Brochado (2005) 1 , o rodante é um exercício de ligação, é o impulso que possibilita melhor desempenho nos saltos para trás. Basicamente, é uma roda com um quarto de giro, unindo as pernas ao passar pelo apoio invertido, aterrissando sobre ambos os pés, de frente para o ponto de partida.
Nota de rodapé: 1. BROCHADO, F. A.; BROCHADO, M. M. V. Fundamentos de ginástica artística e de trampolins. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Fim da nota.
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O objetivo do movimento é desenvolver principalmente o equilíbrio dinâmico, ou seja, o do corpo em movimento, e ter consciência da passagem pela posição invertida com união de pernas.
O rodante é um movimento que requer bastante impulso. Para facilitar a aprendizagem, o praticante deve saber executar a roda.
LEGENDA: Rodante. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ponte. FIM DA LEGENDA.
A ponte é uma extensão dos membros superiores, feita com o apoio das mãos no chão. Ela é utilizada como um exercício de ligação entre as acrobacias, como um aprendizado para o flic-flac 2 e, posteriormente, para a introdução dos mortais 3 .
Geralmente, os alunos costumam se empolgar com a realização de acrobacias, mas é preciso atenção e cuidado para que não se aventurem antes de estarem preparados. Apoie-os sempre durante as acrobacias até perceber que eles tenham consciência dos movimentos, garantindo que estes estejam bem assimilados.
Experimentação e Fruição
1.Passagem pela ponte
Objetivo: Aprender a realizar uma ponte.
Material: colchonetes
Procedimentos
Reúna os alunos e solicite que realizem uma ponte, passando-lhes a seguinte orientação: deitem-se na posição decúbito dorsal (de barriga para cima, com as pernas e os braços esticados), depois flexionem os dois joelhos, apoiem os pés no colchonete e as mãos ao lado das orelhas. Em seguida, realizem o movimento do quadril para cima, estendendo os braços e as pernas.
Depois que todos realizarem o movimento, organize duplas e oriente uma passagem por debaixo da ponte. Um dos alunos da dupla realiza a ponte e o outro passa por debaixo dela, rastejando. Depois, solicite a eles que invertam as posições.
Nota de rodapé: 2. Reversão para trás, feita de forma rápida, com fase de voo. Parte-se da posição em pé e flexiona-se o tronco para trás, apoiando as mãos no chão e arqueando o corpo com as pernas unidas. Fim da nota.
Nota de rodapé: 3. Movimentos em que, após um impulso, realiza-se uma rotação no ar sem o apoio das mãos no chão. Fim da nota.
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Em seguida, peça-lhes que formem trios. Nessa situação, dois alunos realizam pontes e um deles passa por debaixo delas. Aumente progressivamente o número de alunos que formam pontes. Lembre-os sempre de que, por questões de segurança, somente um de cada vez passa por debaixo delas.
2. Rodante no bambolê
PROFESSOR
Objetivo: Aprender a realizar um rodante.
Material: bambolês
Procedimentos
Espalhe bambolês ou desenhe círculos com giz pelo espaço destinado à atividade, deixando uma distância de aproximadamente 2 metros entre eles. O ideal é que haja um deles para cada aluno.
Solicite-lhes que fiquem de frente para o bambolê. Quando posicionados, realize com eles uma brincadeira de estátua com alguns comandos específicos. Por exemplo: colocar uma mão dentro do bambolê; colocar as duas mãos dentro dele; um dos pés; os dois pés; uma mão e um pé; a barriga; os cotovelos; e assim por diante.
Em seguida, oriente-os a realizar um rodante com o apoio das mãos dentro do bambolê.
LEGENDA: Rodantes feitos com bambolês. FIM DA LEGENDA.
Depois de determinado tempo, proponha o seguinte desafio aos alunos: ao final do rodante, eles devem apoiar os dois pés no chão ao mesmo tempo.
Discussão
Converse com os alunos sobre acrobacias.
Solicite que identifiquem as acrobacias feitas durante a aula. Procure estabelecer relações entre elas e a realização de uma série de movimentos em sequência, com começo, meio e fim.
Os alunos podem combinar os elementos básicos da ginástica (deslocamentos, equilíbrios, saltos, giros e acrobacias): primeiro, avião; depois, rolamento para a frente, parada de cabeça, rodante e ponte. Essas combinações permitem que eles ampliem seu repertório motor e compreendam a elaboração das apresentações da ginástica geral.
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Converse com eles sobre a importância de se iniciar a aprendizagem com as acrobacias mais simples e, conforme o desenvolvimento de cada um, aumentar gradativamente a complexidade dos movimentos. Por exemplo, os alunos fazem a ponte e, na sequência, esticam uma das pernas e impulsionam o corpo para a frente, ficando em pé.
LEGENDA: Realização da ponte com saída em pé. FIM DA LEGENDA.
Boxe complementar:
Para saber mais
- DARIDO, S. C. (org.). Educação Física escolar: compartilhando experiências. São Paulo: Phorte, 2011.
O livro fornece sugestões de atividades, textos e discussões sobre a aplicação da ginástica na escola.
Fim do complemento.
Avaliação e Registro
PROFESSOR
Materiais: câmera fotográfica digital ou celular com câmera, imagens de acrobacias ou fotos produzidas pelos alunos, folhas de papel sulfite, lápis de cor e/ou canetas do tipo hidrocor e cola plástica atóxica
Procedimentos
Oriente os alunos a produzir fotos de seus colegas durante a realização de determinadas acrobacias e também a ser fotografados por eles. A impressão dessas fotos pode ser feita na escola, em casa ou em locais que prestam esse serviço. Outra possibilidade é pedir a eles que pesquisem imagens de acrobacias em casa (na internet ou em revistas) e as levem para a aula.
A tarefa consiste em identificar as acrobacias mostradas em cada fotografia. Cada foto deve ser colada em uma folha de sulfite e, abaixo da imagem, deve ser escrito o nome da acrobacia: rolamento para a frente, rolamento para trás, roda, parada de cabeça, parada de mãos, ponte e rodante.
Cada álbum precisa ter, no mínimo, sete páginas (uma para cada tipo de acrobacia) e, de preferência, uma capa.
Ao final dessa avaliação, todos devem compartilhar seus álbuns com a classe e levá-los para casa a fim de mostrá-los também aos familiares.
Sugerimos ainda a criação de um projeto com a disciplina de Arte para a construção de um “aparelho de TV” feito de papelão em que as imagens/fotos sejam expostas/reproduzidas.
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TEMA 2 – Ginástica geral e pequenos aparelhos
Tabela: equivalente textual a seguir.
Prepare-se para as aulas |
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Objetivos |
Conhecer e experimentar de forma individual e coletiva as possibilidades de movimentos com os aparelhos tradicionais da ginástica. Construir aparelhos com materiais alternativos. Executar combinações dos elementos básicos da ginástica manipulando os aparelhos tradicionais ou alternativos. Realizar sequência de movimentos com limitações diversas. |
Habilidades da BNCC |
EF35EF07 e EF35EF08 |
Número de aulas |
10 |
Materiais |
Aparelhos tradicionais da ginástica, dispositivo eletrônico para reprodução de músicas, palitos de madeira, fitas de papel crepom (ou de cetim), potes de iogurte, areia, fita adesiva, cordas, bolas, arcos, fitas e maças. |
Sequência de atividades |
Apresente pequenos aparelhos aos alunos e pergunte-lhes se os conhecem e em que situações são usados. A seguir, nas próximas aulas, realize as atividades propostas na seção “Experimentação e Fruição”. |
Sensibilização |
Após as atividades anteriores, realize as propostas da seção “Construção de valores”. |
Avaliação |
Monte registros em vídeos, apresente-os e peça que os alunos façam uma autoavaliação da participação na construção e apresentação da coreografia realizada. |
Para começar
Disponha os alunos em um grande círculo e apresente os seguintes aparelhos: a bola, o arco, a corda, a fita e as maças. Pergunte-lhes se os conhecem e em que situações são usados.
Como alguns deles são comuns na escola e no universo infantil, possivelmente eles vão reconhecê-los. Caso alguém não conheça um ou outro, incentive-o a segurá-lo e a ter um primeiro contato com o aparelho. Se a escola não tiver esses objetos, leve para a aula fotografias deles em tamanho grande, as quais podem ser obtidas na internet.
Em seguida, proponha algumas perguntas para motivar o debate com os alunos: “Quem já brincou com algum desses aparelhos? Quando? Em que situação?”, ”Quais são as possibilidades de movimentos com a bola, o arco e a corda?”.
Esses aparelhos podem ser encontrados em diversas manifestações da cultura corporal de movimento, como no circo, nos jogos e brincadeiras, nas danças e nas ginásticas esportivas. A exploração de materiais possibilita a vivência de técnicas de manipulação importantes para a formação de uma base de experiências motoras.
A finalidade dessa conversa inicial é proporcionar aos alunos uma compreensão da manipulação de pequenos aparelhos durante a execução dos elementos básicos da ginástica e, dessa forma, combinar esses movimentos para a construção coreográfica da ginástica geral.
Análise e Compreensão
Manipulação de aparelhos
A ginástica geral permite a utilização nas suas práticas de qualquer manifestação da cultura corporal de movimento devidamente adequada à sua construção e é muito comum a utilização de implementos utilizados em algumas ginásticas esportivas, ginásticas de condicionamento físico, apresentações circenses, danças, esportes, entre outras.
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Qualquer material pode ser utilizado, porém é importante observar a segurança durante a manipulação e as possibilidades de movimentos com esse material e, também, as combinações dos elementos básicos da ginástica com esses movimentos.
A disponibilização de aparelhos, sejam eles tradicionais ou alternativos para o aluno identificar sua estrutura, experimentar os movimentos possíveis, executar movimentos combinados por meio da criatividade individual ou em grupos, é importante para a compreensão da ginástica geral.
Neste tema, iremos apresentar a utilização de aparelhos tradicionais da ginástica, mas nada impede que ela seja realizada com outros materiais, como, por exemplo, bolinhas de malabares, pinos de boliche, balangandãs, bolas de meia, caixas de papelão, entre outros.
Observe, no quadro a seguir, a estrutura dos aparelhos escolhidos e os movimentos básicos que podem ser feitos com eles.
Bola.
Estrutura do aparelho
Bola de borracha de cor opaca ou brilhante que pesa entre 300 e 400 g.
Movimentos básicos
Balancear, quicar, circundar, equilibrar, lançar, rolar, prensar; movimentos de rotação, em oito e com batidas.
Arco.
Estrutura do aparelho
Arco cujo raio aproximado é de 40 cm. Ele é feito de plástico resistente.
Movimentos básicos
Balancear, quicar, circundar, equilibrar, lançar, rolar, prensar; movimentos de rotação, em oito e com batidas; passar por dentro do arco e saltar sobre ele.
Corda.
Estrutura do aparelho
A corda deve medir quase o dobro do tamanho do praticante. Sua espessura é de 12 mm. Ela é feita de algodão e tem um nó em cada extremidade.
Movimentos básicos
Balancear, quicar, circundar, lançar, dobrar, prensar; movimentos de rotação, em oito e com batidas; envolver no corpo, espirais, formar figuras, serpentinas, saltos, pequenos saltos e solturas.
Maças.
Estrutura do aparelho
Cada par de maças é feito de madeira ou plástico resistente. As maças possuem cabeça, pescoço e corpo.
Movimentos básicos
Balancear, quicar, circundar, lançar, prensar; movimentos de rotação, em oito e com batidas; equilibrar e realizar movimento assimétrico.
Fita.
Estrutura do aparelho
A fita é composta de um estilete (parte mais rígida) de 35 cm de comprimento e da fita sintética ou de seda, que mede 7 cm de largura e de 5 m a 6 m de comprimento.
Movimentos básicos
Balancear, circundar, lançar, dobrar, movimento em oito, envolver no corpo, espirais, formar figuras, serpentinas e solturas.
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Alguns movimentos são básicos para todos os aparelhos; porém, outros dependem de suas características estruturais. Com a bola, por exemplo, são realizados muitos movimentos de quicar e rolar; com a corda, saltos de diferentes alturas.
Discussão
Reúna os alunos em círculo e converse com eles sobre as características de cada aparelho: “Do que é feita a bola?”, “Quais movimentos um ginasta pode fazer com ela?”, “Do que é feita a corda?”, “Quais movimentos podem ser realizados com ela?”, “Do que é feito o arco?”, “Quais movimentos podem ser executados com ele?”, “Do que é composta a fita?”, “Quais movimentos um atleta pode fazer com ela?”, “Do que são feitas as maças?”, “Quais movimentos podem ser realizados com elas?”.
É importante que os alunos percebam as diferenças entre a estrutura dos aparelhos, as possibilidades de movimentos e que estabeleçam relações com outros tipos de materiais.
Experimentação e Fruição
No decorrer das atividades, procure promover correlações da manipulação de pequenos aparelhos combinada com os elementos corporais básicos da ginástica, como quicar a bola e realizar um avião, andar de costas e girar a fita à frente do corpo, correr e fazer cobrinhas com a fita, dar saltos para a frente, para trás e lateralmente com a corda, entre tantas outras possibilidades.
1. Estátua
PROFESSOR
Objetivos: Identificar as características dos seguintes aparelhos: corda, arco, bola, fita e maças. Realizar movimentos básicos com eles.
Materiais: aparelhos tradicionais da ginástica (os que estiverem disponíveis na escola) e dispositivo eletrônico para reprodução de músicas (reprodutor de CD ou DVD ; computador)
Procedimentos
Selecione músicas com ritmos diferentes para utilizar durante as atividades.
Organize a sala em três grupos e dê a cada um deles um dos aparelhos. Depois, solicite aos alunos que andem livremente pelo espaço destinado à atividade, conforme o ritmo da música, manipulando os aparelhos. Quando a música pausar, todos devem sentar no chão e virar uma estátua.
Na sequência, um dos grupos é escolhido para ficar em pé durante a pausa da música e realizar um movimento com o aparelho.
Ao retomar a música, todos ficam em pé novamente e voltam a andar livremente.
Repita a atividade algumas vezes e troque os aparelhos entre os grupos.
Depois que todos tiverem realizado a vivência da estátua, direcione os movimentos.
Independentemente do aparelho manipulado, quando a música parar, todos devem fazer os seguintes movimentos: balancear segurando o aparelho com as duas mãos e, depois, com a mão direita e, em seguida, com a esquerda; circundar segurando-o com as duas mãos e, na sequência, com a mão direita e, depois, com a esquerda; lançar e pegar o aparelho com as duas mãos e, em seguida, com uma das mãos.
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Ao término desses movimentos, peça aos alunos que troquem os aparelhos entre os grupos e repitam os comandos.
Lembre-se de que a música é muito importante para estabelecer o ritmo dos movimentos.
Discussão
Reúna-se com os alunos para conversar sobre a atividade realizada em grupo. Fazer perguntas é uma ótima estratégia para incentivar o debate: “Quais movimentos vocês realizaram com os aparelhos?”, “De qual movimento vocês mais gostaram? Por quê?”, “Quais são as principais diferenças entre os aparelhos?”, “Em qual deles é possível passar por dentro?”, “Em sua opinião, qual aparelho é mais fácil de lançar e pegar? Por quê?”.
Lembre-se sempre de enriquecer a discussão final após as vivências e estimular a conversa. Incentive a expressão dos alunos em relação às atividades realizadas. Sempre que possível, use os comentários e os exemplos citados por eles.
2. A fita
Objetivos: Conhecer e experimentar os movimentos da fita. Construir uma fita.
Materiais: palito de madeira usado em churrasco ou de algodão-doce, fita de papel crepom ou de cetim e fita adesiva
LEGENDA: Fita adaptada de ginástica rítmica. FIM DA LEGENDA.
Procedimentos
Use a fita adesiva para prender uma das extremidades do palito de churrasco na ponta da fita de cetim.
Observe se o palito de churrasco tem ponta fina. Se sim, retire ou corte a ponta para evitar ferimentos durante a sua utilização.
Quando a fita estiver pronta, oriente os alunos a manuseá-la com cuidado por ela ser frágil. Ressalte, contudo, que essa fragilidade não impede a realização de alguns movimentos característicos.
Assim que cada aluno estiver com a fita, sugira alguns movimentos: balançar a fita, girá-la acima da cabeça e, depois, na frente do corpo. Lançar a fita para o alto e pegá-la antes que ela caia no chão. Saltitar balançando a fita.
Em outro momento da aula, oriente os alunos a realizar novos movimentos, que devem ser feitos de maneira espontânea e voluntária. Dê um tempo adequado para esse momento criativo e de descontração.
Em seguida, estimule-os a falar sobre esse material: “A fita é leve? É bonita?”, “O que vocês acharam de realizar movimentos com ela? Fácil? Divertido?”.
A fita é um aparelho muito lúdico devido à leveza dos movimentos proporcionados por ela e às suas cores.
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3. Movimentos da fita
PROFESSOR
Objetivo: Realizar os movimentos característicos da fita.
Material: fita construída para a atividade anterior
Procedimentos
Forme um grande círculo com os alunos. Certifique-se de que cada um deles esteja com sua fita. Nessa conversa, oriente-os a realizar alguns dos seguintes movimentos: balançar a fita de um lado para o outro, da direita para a esquerda e vice-versa. Girá-la na frente do corpo, do lado esquerdo e, depois, do lado direito. Girar a fita acima da cabeça, em volta do corpo e no chão. Girá-la alternando do lado direito para o esquerdo do corpo e vice-versa. Realizar um “oito” na frente do corpo e, depois, uma “cobrinha”, iniciando esse movimento acima da cabeça e finalizando-o no chão. Fazer novamente uma “cobrinha”, dessa vez iniciando-a do lado direito do corpo e finalizando-a em seu lado esquerdo e vice-versa.
Ressalte que a fita é um aparelho que não pode ficar parado em nenhum momento; ela deve permanecer em movimento durante toda a apresentação.
Discussão
Compare os movimentos da fita com os realizados com a bola, a corda e o arco: “Qual é a diferença entre os movimentos feitos com a fita e com a bola?” (A fita é mais leve, a bola quica e rola.), “E entre a fita e o arco?” (O arco é mais pesado e pode-se passar por dentro dele.), “E entre a fita e a corda?” (Com a corda, realizam-se os saltos e pequenos saltos seguidos; com a fita, fica mais difícil realizar esses movimentos, pois ela é muito leve.)
4. As maças
PROFESSOR
Objetivos: Conhecer e experimentar os movimentos das maças. Construir as maças.
Materiais: dois palitos de madeira de churrasco, dois potes de iogurte iguais (tipo garrafinha), fita-crepe e areia
Modo de fazer
Adicione um pouco de areia em cada pote. Depois, introduza os palitos de churrasco na boca deles e fixe-os com fita-crepe de modo que fiquem bem firmes.
Procedimentos
Apresente as maças aos alunos e peça que as peguem para sentir sua forma, textura e peso. Outra possibilidade é levar para a aula fotografias desses aparelhos.
Depois desse momento inicial, proponha a construção de maças adaptadas para a ginástica rítmica e oriente a turma nesse processo.
LEGENDA: Maça adaptada de ginástica rítmica. FIM DA LEGENDA.
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Quando elas estiverem prontas, solicite aos alunos que se espalhem pelo espaço destinado à atividade de modo que não se encostem nos colegas ao abrirem os braços. Eles devem segurar as maças pelas pontas (palito de churrasco), uma em cada mão.
Em seguida, oriente-os a balancear os braços estendidos para a frente e para trás; a realizar pequenas batidas com as maças perto dos pés, atrás do corpo e acima da cabeça; a equilibrá-las na mão, no pé, na cabeça e no braço; a lançar uma delas para o alto e recuperá-la antes de cair no chão; a lançar as duas ao mesmo tempo etc.
Estimule os alunos a realizar um movimento chamado molinete, em que eles giram as maças usando os punhos.
Ao final dessa atividade, organize-os em duplas e oriente-os a lançar uma maça para o colega ao mesmo tempo que tenta pegar a que lhe foi enviada por ele.
5. Coreografias com pequenos aparelhos
PROFESSOR
Objetivos: Experimentar de forma coletiva combinações dos elementos básicos da ginástica e a manipulação de pequenos aparelhos. Planejar uma coreografia em grupo, utilizando os aparelhos tradicionais ou alternativos da ginástica.
Materiais: cordas, bolas, arcos, fitas, maças e dispositivo eletrônico para reprodução de músicas (reprodutor de CD ou DVD ; computador)
Procedimentos
Converse com os alunos sobre a composição coreográfica como uma das características primordiais da ginástica geral. Aproveite essa conversa para fazer um levantamento do conhecimento prévio deles sobre a criação de coreografias: “Vocês já participaram de alguma coreografia?”. Se houver respostas afirmativas, investigue: “Quando participaram da coreografia?”, “Como foi a montagem da coreografia?”, “Utilizaram algum tipo de material na coreografia?”. Fomente os relatos de experiências e estimule-os a demonstrar alguns movimentos e até mesmo cantar as músicas.
Em seguida, diga aos alunos que eles vão construir e apresentar uma coreografia com os aparelhos tradicionais da ginástica, com os materiais que construíram ou com qualquer outro pequeno material que tenham interesse em utilizar de acordo com as decisões coletivas.
Organize-os em grupos. Solicite a cada grupo que pesquise uma música que deve ser tocada por no mínimo 30 segundos e no máximo 1 minuto.
Os grupos devem escolher um aparelho do mesmo tipo para a sua apresentação, ou seja, cada participante precisa ficar com um deles. Cabe ao grupo a elaboração da coreografia que será executada na apresentação. Estabeleça um período para a criação e o treinamento das coreografias. Auxilie na organização do uso dos aparelhos da ginástica, dispositivo eletrônico para reprodução de músicas, sugestões e ideias. Determine o dia da apresentação dos grupos.
Se considerar oportuno, organize um festival na escola para as apresentações dos grupos de várias turmas. Esse evento pode ser aberto à comunidade, além de contar com a presença dos pais ou responsáveis.
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Construção de valores
Mesmos movimentos, sensações diferentes
PROFESSOR
Objetivo: Realizar uma sequência de movimentos com limitações diversas.
Material: aparelhos tradicionais da ginástica ou alternativos
Procedimentos
Elabore com os alunos uma sequência de movimentos com os aparelhos. Por exemplo: girar as maças ao lado do corpo, depois bater duas vezes com elas no chão, realizar três passos para a frente com os braços estendidos segurando as maças, um salto e um avião.
Organize os alunos em grupos. Solicite a eles que realizem algumas vezes uma sequência de movimentos com os aparelhos, a qual pode ser sugerida por você ou criada por eles.
Em seguida, determine uma nova situação para cada grupo: a) olhos vendados; b) orelhas tampadas; c) sentados em cadeiras ou no chão; d) sem limitação; e) para observação.
Não finalize a atividade até que cada grupo tenha vivenciado todas essas situações.
Discussão
Procure saber com os alunos, em um primeiro momento, se os grupos conseguiram realizar a sequência. Aproveite as respostas para introduzir novas questões: “Quais foram as dificuldades encontradas em cada situação?”, “Foi preciso modificar algum movimento para finalizar a sequência?”.
Cada limitação imposta aos grupos exigiu dos alunos o aprimoramento de algum sentido ou a adaptação da sequência. Por exemplo: os que foram vendados precisaram estar mais atentos à música e ao ritmo; os que tiveram as orelhas tampadas deviam se concentrar na vibração da música e no estímulo visual; aqueles que atuaram com limitações físicas tiveram de realizar adaptações na sequência.
Boxe complementar:
Para saber mais
- GAIO, R. C. Ginástica rítmica popular: uma proposta educacional. Jundiaí: Fontoura, 2009.
Esse livro traz muitas sugestões de movimentos com materiais.
- Ginástica rítmica. Rede Nacional do Esporte. Disponível em: http://fdnc.io/dLd. Acesso em: 11 fev. 2021.
Fim do complemento.
Avaliação e Registro
Aproveite a vivência “Coreografia com os pequenos aparelhos” e registre em vídeo as produções dos alunos. Realize uma sessão para assistir a todas as coreografias e fomente uma discussão sobre o que acharam da experiência, do que mais gostaram. Peça para fazerem uma autoavaliação da participação na construção e apresentação da coreografia.