MP003

Sumário

Seção introdutória: pressupostos teóricos e planejamento, p. MP004

1. A coleção e a Base Nacional Comum Curricular, p. MP004

O trabalho com competências na BNCC, p. MP004

A área de Ciências Humanas no Ensino Fundamental, p. MP005

O componente curricular Geografia, p. MP006

Temas contemporâneos, p. MP007

2. A coleção e o compromisso com a alfabetização, p. MP008

Fluência em leitura oral, p. MP008

Desenvolvimento de vocabulário, p. MP008

Compreensão de textos, p. MP008

Produção de escrita, p. MP008

3. Orientações para o planejamento didático-pedagógico, p. MP008

Exemplos de roteiros de aulas, p. MP009

4. Avaliações, p. MP011

As avaliações formativas, p. MP011

Rubricas de avaliação, p. MP012

5. Estrutura da coleção, p. MP013

Avaliação diagnóstica, p. MP013

Organização das sequências didáticas, p. MP013

Avaliação de resultado, p. MP013

6. Módulos de aprendizagem do 3 ano, p. MP013

Unidade 1: As paisagens, as pessoas e a natureza, p. MP014

Unidade 2: Os grupos sociais e os lugares de viver, p. MP016

Unidade 3: Consumo consciente e responsabilidade das pessoas, p. MP018

Unidade 4: O trabalho das pessoas e os impactos ambientais, p. MP020

Bibliografia comentada, p. MP022

Orientações específicas, p. MP030

Avaliação diagnóstica, p. MP030

Organização das sequências didáticas, p. MP032

Unidade 1: As paisagens, as pessoas e a natureza, p. MP033

Unidade 2: Os grupos sociais e os lugares de viver, p. MP079

Unidade 3: Consumo consciente e responsabilidade das pessoas, p. MP109

Unidade 4: O trabalho das pessoas e os impactos ambientais, p. MP143

Avaliação de resultado, p. MP178

MP004

Seção introdutória: pressupostos teóricos e planejamento

1. A coleção e a Base Nacional Comum Curricular

Esta coleção foi estruturada de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nesse documento normativo do Ministério da Educação, publicado em 2018, estão incluídas as aprendizagens essenciais que devem ser conduzidas ao longo da Educação Básica, visando fomentar a formação integral e o desenvolvimento pleno dos alunos.

O trabalho com competências na BNCC

De acordo com a BNCC, as aprendizagens essenciais a serem enfocadas na Educação Básica precisam ser mobilizadas a partir do desenvolvimento progressivo de competências.

O foco no desenvolvimento de competências segundo a BNCC remete a uma concepção de ensino que alia conceito e prática, ou seja, o “saber” e o “saber fazer”.

Boxe complementar:

“Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. [...]"

FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 8 e 13.

Fim do complemento.

Zabala e Arnau (2010, p. 50) destacam que é importante considerar as competências a serem desenvolvidas para que os alunos consigam lidar não apenas com os conhecimentos conceituais, mas também com os procedimentos e atitudes esperados.

A BNCC definiu dez competências gerais que devem ser mobilizadas pelos alunos ao longo da Educação Básica.

Boxe complementar:

Competências gerais da Educação Básica

  1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  1. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
  2. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
  3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
  4. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
  5. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
  6. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
  7. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
  8. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
  9. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

    FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 9-10.

Fim do complemento.

MP005

A área de Ciências Humanas no Ensino Fundamental

Esta coleção está inserida na área de Ciências Humanas, que tem grande relevância na formação integral dos alunos. No Ensino Fundamental, a área inclui os componentes curriculares História e Geografia.

A BNCC ampliou a importância das Ciências Humanas no Ensino Fundamental, dando destaque para o desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal. Tal raciocínio envolve a capacidade de compreender, interpretar e avaliar o significado das ações humanas em diferentes tempos e espaços.

Além disso, também destacou o trabalho com os procedimentos de investigação próprios da área, possibilitando que o aluno exerça uma percepção atenta e crítica da realidade social e formule proposições para a sua transformação.

Em toda a coleção, são apresentadas situações didáticas que mobilizam o raciocínio espaço-temporal e procedimentos de investigação envolvendo observação, coleta, análise e interpretação de dados.

A BNCC definiu sete competências específicas para a área de Ciências Humanas e sete para o componente curricular de Geografia a serem trabalhadas no Ensino Fundamental.

Boxe complementar:

Competências específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental

  1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.
  1. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.
  2. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.
  3. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
  4. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.
  5. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  6. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

    Competências específicas de Geografia para o Ensino Fundamental

  1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
  1. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.
  2. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
  3. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
  4. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
  5. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
  6. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

    FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 355 e 364.

Fim do complemento.

MP006

Ao longo de todos os volumes desta coleção, diversas situações didáticas permitem trabalhar com elementos presentes nas competências gerais da Educação Básica, nas competências específicas de Ciências Humanas e nas competências específicas de Geografia para o Ensino Fundamental. Tais situações são abordadas nas orientações específicas do Manual do Professor, no item De olho nas competências.

O componente curricular Geografia

A Geografia é uma ciência que estuda o conjunto dos elementos naturais e humanos da superfície terrestre. Busca compreender como as pessoas produzem o espaço, de que modo se apropriam dele e como o organizam. Estudar Geografia requer analisar a sociedade, a natureza, o trabalho e a tecnologia, bem como a dinâmica resultante da relação entre esses aspectos ao longo do tempo.

Nos Anos Iniciais, o componente curricular Geografia prioriza uma análise espacial a partir da realidade vivida, possibilitando ao aluno desenvolver a capacidade de observar, explicar, comparar e representar tanto as características do lugar em que vive quanto as de outras localidades. Nesse segmento, algumas questões norteadoras para a análise geográfica previstas na BNCC (2018, p. 365) são: Onde se localiza? Por que se localiza? Como se distribui? Quais são as características socioespaciais?

Alfabetização geográfica

Segundo a BNCC, no processo de alfabetização geográfica, os conceitos de espaço geográfico, paisagem, lugar, região, território e natureza são norteadores, pois permitem aos alunos compreender elementos da dinâmica espacial e, dessa forma, contribuem para um amplo entendimento da realidade. Além disso, esses conceitos possibilitam a reflexão sobre o processo de produção do espaço geográfico e sobre relações com sua vida cotidiana sendo desenvolvidos ao longo dos volumes da coleção.

Trabalhar com conceito de espaço geográfico implica compreender as relações que as pessoas estabelecem entre si, pois, dependendo da forma como elas se organizam, os espaços vão adquirindo formas diferenciadas. Assim, pressupõe analisar como as pessoas se apropriam da natureza e a transformam por meio do trabalho conforme seus valores, interesses e necessidades, em determinados momentos históricos, num processo contínuo de transformação.

Na Geografia, o conceito de paisagem refere-se à dimensão do espaço geográfico aprendida pelos sentidos.

A paisagem é formada por fatores de ordens social, cultural, natural e contém o passado e o presente. É na paisagem que podemos perceber as marcas históricas de uma sociedade.

Boxe complementar:

“Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos, odores, sons etc.”

FONTE: SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1998. p. 61.

Fim do complemento.

Já o conceito de lugar compreende a dimensão do espaço onde se realizam as ações cotidianas das pessoas, onde são construídos seus vínculos afetivos e subjetivos e seus laços de familiaridade. Assim, o lugar é onde estão fortemente estabelecidas referências, identidades e vivências pessoais.

O conceito de região se relaciona com uma dimensão espacial que é definida pelo agrupamento de áreas da superfície terrestre, considerando semelhanças entre seus aspectos físicos e/ou humanos. As regiões são, segundo Lencioni (1999, p. 27), unidades espaciais interligadas que fazem parte de um todo, situadas entre as esferas intermediárias entre o global e o local.

O conceito de território está relacionado com uma área, circunscrita por limites e fronteiras, onde há um exercício de poder. Para entendê-lo, é preciso considerar que todo processo de ocupação do espaço geográfico traz consigo uma dimensão política, que institui diferentes formas de controle sobre ele.

Por fim, a BNCC destaca a natureza e seus diferentes tempos como importantes objetos de análise da Geografia, pois marcam a memória da Terra e as transformações naturais que explicam as condições atuais do meio físico natural (BRASIL, 2018, p. 359).

Alfabetização cartográfica

No processo de ensino-aprendizagem de Geografia, a alfabetização cartográfica deve ocorrer paralelamente ao processo de alfabetização geográfica, valorizando o desenvolvimento de habilidades que conduzam a localização, a espacialização e a representação de objetos e fenômenos.

Nesta coleção, são desenvolvidas atividades para que o aluno compreenda e seja capaz de fazer a leitura e a elaboração de distintas representações do espaço geográfico. Para desenvolver a alfabetização cartográfica, é proposto um cuidadoso trabalho com interpretação de símbolos, fotografias, desenhos, maquetes, plantas cartográficas, mapas, imagens de satélite, gráficos e outros recursos visuais analógicos e digitais que facilitem a compreensão espacial de nossa realidade.

O processo de alfabetização cartográfica requer que se desenvolvam três tipos principais de relações espaciais: topológicas, projetivas e euclidianas.

MP007

Tabela: equivalente textual a seguir.

Relações espaciais

Topológicas

- trabalho com lateralidade (ao lado, atrás, em frente)

- trabalho com noções de direção e orientação

Projetivas

- trabalho com perspectivas de representação (visão frontal, oblíqua e vertical)

- bidimensional x tridimensional

Euclidianas

- trabalho com medidas e distâncias (noções de escala cartográfica)

- trabalho com proporções

Fonte: elaborado com base em ROMANO, Sonia Maria M. Alfabetização cartográfica: a construção do conceito de visão vertical e a formação de professores. In: CASTELLAR, Sonia (org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 157-158.

A BNCC indica como significativa a inserção de duas noções, inter-relacionadas, nas práticas de ensino e aprendizagem da Geografia: “pensamento espacial” e “raciocínio geográfico”.

A noção de pensamento espacial, embora não seja exclusiva da Geografia, tem muita relevância neste componente curricular e envolve o trabalho com o conceito de espaço, suas ferramentas de representações e os processos de raciocínio (RISETTE, 2017, p. 65-66).

Já o raciocínio geográfico está ligado a distintas abordagens de conhecimentos, fatos e fenômenos espaciais. Segundo a BNCC (2018, p. 358), alguns dos princípios do raciocínio geográfico que levam a compreender aspectos fundamentais da realidade são os de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. Desenvolver tais princípios do raciocínio geográfico é importante para que o aluno possa fazer uma leitura do mundo em que vive, em permanente transformação.

Na presente coleção, os princípios do raciocínio geográfico aparecem desenvolvidos em várias sequências e atividades tanto da alfabetização geográfica quanto da alfabetização cartográfica.

Temas contemporâneos

A BNCC valorizou a incorporação nos currículos de Temas Contemporâneos Transversais, que não pertencem a uma área do conhecimento específica, mas que atravessam várias delas. Eles permitem maior atribuição de sentido ao conhecimento adquirido, além de favorecer uma atuação mais participativa do aluno na sociedade.

Em 2019, o Ministério da Educação lançou o documento intitulado Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: uma proposta de práticas de implementação, que aprofundou o assunto, ressaltando a importância da abordagem de temas da contemporaneidade para a melhoria da aprendizagem e para uma formação voltada para a cidadania. Esse documento relaciona os seguintes temas: Educação ambiental; Educação para consumo; Trabalho; Educação financeira; Educação fiscal; Saúde; Educação alimentar e nutricional; Vida familiar e social; Educação para o trânsito; Educação em direitos humanos; Direitos da criança e do adolescente; Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; Diversidade cultural; Educação para a valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras; Ciência e tecnologia.

Nas orientações específicas do Manual do Professor, há sugestões de abordagem para atividades ou sequências didáticas que permitem trabalhar e aprofundar diversos Temas Contemporâneos Transversais.

Como vários desses temas se aproximam dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também se optou por desenvolvê-los na coleção.

Os ODS compreendem uma agenda mundial de orientação de políticas públicas que foi proposta durante a Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2015. Englobam 17 objetivos principais e 169 metas a eles relacionadas que devem ser atingidas por todos os países até 2030, ligadas às três esferas do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental. A descrição de todos os objetivos pode ser consultada no site das Nações Unidas.

A Agenda 2030, como também é denominada, vem promovendo a divulgação dos ODS dentro do contexto educacional formal de vários países do mundo, visando à implementação dessas metas comuns.

Além disso, no volume do 3ᵒ ano, foi priorizado o trabalho com o tema educação ambiental, ligado a fatos atuais de relevância nacional e mundial.

Em 2021, a Declaração de Berlim sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável, da Unesco, reafirmou a relevância do desenvolvimento de programas robustos de educação ambiental. No mesmo ano, no relatório denominado Learn for our planet, a organização enfatizou a importância do trabalho com o tema, recomendando que se torne um componente curricular básico nas escolas até 2025.

O Brasil, em consonância, também sustenta que a educação ambiental deva ser abordada como tema prioritário, incluindo-a como um dos Temas Contemporâneos Transversais da BNCC.

Neste sentido, este volume oferece, ao longo de todas as unidades, algumas possibilidades de articulação entre este tema e os conteúdos previstos.

MP008

2. A coleção e o compromisso com a alfabetização

A Política Nacional de Alfabetização (PNA), instituída em 2019, reforçou o caráter central da alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, valorizando-a como um compromisso de todos os componentes curriculares.

Na presente coleção, é dada ênfase a quatro componentes essenciais da alfabetização: o desenvolvimento da fluência em leitura oral, do vocabulário, da compreensão de textos e da produção de escrita.

Fluência em leitura oral

A fluência em leitura oral é, segundo a PNA, “a habilidade de ler um texto com velocidade, precisão e prosódia” (BRASIL, 2019, p. 33). Gradualmente, importa que o aluno entre em contato com modelos de leituras fluentes e adquira no seu processo de alfabetização, cada vez mais, cadência na leitura individual e coletiva em voz alta, respeitando a pontuação e aplicando entoação adequada.

Nesta coleção, sugere-se o desenvolvimento da fluência leitora a partir da seleção de alguns textos em que se requisita a leitura em voz alta, seja em sala de aula, seja em tarefas de casa. Em outros momentos, também são propostas leituras silenciosas (permitindo ao aluno a experiência individualizada) e leituras compartilhadas (em que o professor interfere durante a leitura e diversifica os leitores).

Desenvolvimento de vocabulário

Na alfabetização, é importante que ocorra a ampliação do vocabulário receptivo e expressivo do aluno a partir da leitura de textos escritos a fim de favorecer sua compreensão (BRASIL, 2019, p. 34).

O desenvolvimento do vocabulário pode ocorrer indireta ou diretamente. No primeiro caso, é acompanhado por questões mediadoras orais que permitem aos alunos inferir o significado do termo desconhecido por meio do contexto em que ele se insere. No segundo, o significado do termo desconhecido é dado por fontes externas ao texto (por glossário ou consulta a um dicionário).

A exposição à leitura constante e diversificada, proposta nesta coleção, contribui para o contínuo desenvolvimento vocabular dos alunos.

Compreensão de textos

Segundo o PNA (BRASIL, 219, p. 34), a compreensão de textos é o propósito da leitura e envolve diversas estratégias, inclusive concomitantes ao desenvolvimento da fluência da leitura e da ampliação do vocabulário.

Entre os processos gerais de compreensão da leitura, quatro foram delineados pelo estudo desenvolvido pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA), uma entidade internacional que reúne instituições de pesquisa, acadêmicos e analistas de vários países, estabelecendo reflexões e avaliações que visam melhorar a educação mundial. O Progress in International Reading Literacy Study compreende um estudo internacional de progresso em leitura que busca averiguar em que medida o leitor é capaz de atribuir significado ao que lê. Os processos gerais de compreensão de leitura avaliados são: i) localizar e retirar informação explícita, ii) fazer inferências diretas, iii) interpretar e relacionar ideias e informação, iv) analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais.

Nesta coleção, apresentamos textos variados – informativos, notícias, poemas, reportagens, narrativas ficcionais, entre outros –, e, para cada um deles, sugerimos atividades diferenciadas que permitem desenvolver gradativamente a compreensão textual a partir desses quatro processos. São propostas atividades que incluem localizar, identificar, selecionar e registrar informações relevantes do texto; explicar o sentido mais geral de um parágrafo ou conjunto de parágrafos; estabelecer relações entre as informações do texto e outras já estudadas, aplicando conceitos, entre outras.

Produção de escrita

A produção de escrita diz respeito à habilidade de escrever palavras e produzir textos acompanhando o processo de alfabetização e literacia, auxiliando tanto na consciência fonêmica e na instrução fônica dos alunos menores quanto na compreensão dos diversos tipos e gêneros textuais pelos alunos maiores (BRASIL, 2019, p. 34).

Na coleção, são desenvolvidas estratégias para que o aluno gradativamente aprimore sua produção textual. São apresentadas situações didáticas que permitem ao professor favorecer a produção de escrita, envolvendo a reflexão sobre o público receptor da produção, as finalidades comunicativas de cada tipo de texto e as estruturas específicas de cada gênero, entre outras.

3. Orientações para o planejamento didático-pedagógico

Em toda prática didático-pedagógica, o planejamento é uma ação necessária para embasar e guiar as atividades docentes. Quanto mais minucioso, maior chance de o trabalho em sala de aula ser exitoso. Mesmo que, por inúmeras razões, o percurso previsto precise sofrer ajustes, podem-se reavaliar as estratégias pedagógicas mantendo-se as referências consideradas fundamentais.

O planejamento envolve diversas ações estruturadas que visam garantir a qualidade da aprendizagem dos alunos. Entre essas ações, inclui-se a definição dos objetivos de aprendizagem esperados em cada etapa do trabalho.

MP009

Boxe complementar:

“Os objetivos de aprendizagem são declarações claras e válidas do que os professores pretendem que os seus alunos aprendam e sejam capazes de fazer no final de uma sequência de aprendizagem. Têm claramente a função de orientação do ensino, da aprendizagem e da avaliação. [...]

Para que cumpram a sua função de orientação de professores e alunos durante o ensino e a aprendizagem, os objetivos têm de ser para além de específicos, mensuráveis, desafiadores, mas realistas e atingíveis, ter metas temporais, isto é, serem atingíveis num curto período de tempo e ainda partilhados com os alunos, assegurando-se o professor de que estes os compreendem [...].”

FONTE: SILVA, Maria Helena Santos; LOPES, José Pinto. Três estratégias básicas para a melhoria da aprendizagem: objetivos de aprendizagem, avaliação formativa e feedback. Revista Eletrónica de Educação e Psicologia, v. 7, p. 13-31, 2016. Disponível em: http://fdnc.io/foK. Acesso em: 26 mar. 2021.

Fim do complemento.

Os objetivos de aprendizagem auxiliam os professores a planejar e monitorar a aprendizagem e a fazer análises sobre o desempenho dos alunos.

Cada objetivo de aprendizagem é composto por um ou mais verbos – que indicam o processo cognitivo que está sendo desenvolvido – e uma descrição sucinta do conhecimento que se espera que o aluno construa para mobilizar esse processo cognitivo.

São muitas as diretrizes a serem consideradas em um planejamento. Entre elas, destacamos:

  1. Quem são os alunos? É relevante considerar as principais características individuais e do grupo com o qual o trabalho será realizado e garantir que seja respeitado o princípio de equidade na condução das atividades. A elaboração de avaliações diagnósticas auxilia na identificação dessas características e na personalização do ensino.
  2. Quais são os objetivos de aprendizagem esperados? Importa indicar quais temáticas, conteúdos 1 , competências e habilidades serão trabalhados junto aos alunos no semestre, trimestre, bimestre ou projeto específico, explicitando os objetivos de aprendizagem esperados.
  3. Como os alunos serão avaliados? Deve-se definir como o aluno será avaliado e em que momento, indicando os tipos de avaliações que serão utilizadas e as evidências de aprendizagem. Elas devem estar em consonância com competências, habilidades e objetivos de aprendizagem selecionados.
  4. Quais serão as atividades e os produtos elaborados? Importa definir quais serão as experiências de aprendizagem, sequências didáticas, tipos de atividades e, em alguns casos, o “produto final” a ser apresentado (desenho, texto coletivo, maquete, apresentação oral ou audiovisual, entre outros), considerando seu tempo de execução. A escolha deve estar diretamente relacionada com competências, habilidades e objetivos de aprendizagem selecionados.
  5. Quais materiais, equipamentos e espaços serão utilizados? Além do livro didático, é necessário fazer o levantamento dos materiais que precisarão ser providenciados. Muitas vezes, será necessário se comunicar ou reservar antecipadamente dependências e equipamentos tecnológicos que serão utilizados no espaço escolar. Pensar sobre a organização do espaço da sala de aula e do mobiliário também é importante quando houver atividades em pares ou em grupos.

    Em um planejamento, importa, primeiramente, olhar o “ponto de chegada” para depois voltar-se para o “ponto de partida”, algo que constitui a ideia de planejamento reverso , desenvolvida por Wiggins e McTighe (2019, p. 18). Primeiro se determinam os resultados desejados, depois, as evidências aceitáveis, para, ao final, planejar as experiências de aprendizagem e ensino.

    Na montagem do planejamento, vale considerar a implementação de metodologias ativas , que se relacionam com atividades e projetos que atribuem sentido e propósito ao exercício do aprender e que considerem os alunos protagonistas da construção do conhecimento, favorecendo o desenvolvimento de autonomia, empatia, múltiplos letramentos e trabalho colaborativo.

    Para isso, ao longo do planejamento e da definição das etapas do projeto, é preciso definir as estratégias pedagógicas a partir de algumas perguntas, como destaca Thadei (2018, p. 97): quais são as estratégias didáticas para que o professor se coloque como mediador e o aluno, como protagonista? Como auxiliar os alunos a gerir o tempo de execução das atividades e o espaço? Como a sequência didática vai ser estruturada para que o aluno mobilize várias competências de forma autônoma e colaborativa? Quais etapas do trabalho vão exigir performances individuais e quais vão exigir performances coletivas de resolução de problemas, comunicação e/ou criação de produtos finais?

    Exemplos de roteiros de aulas

    Ao realizar o planejamento das aulas ao longo do ano letivo, importa considerar o que será necessário para a realização das sequências didáticas, quais tipos de atividade serão conduzidas e o tempo previsto para cada uma delas (considerando a disponibilidade semanal para o componente).

Nota de rodapé: 1. Conteúdos de aprendizagem: “Tópicos, temas, crenças, comportamentos, conceitos e fatos – frequentemente agrupados em cada disciplina ou área de aprendizagem sob o rótulo conhecimento, habilidades, valores e atitudes – que se espera sejam aprendidos, formando a base do ensino e da aprendizagem.” (Unesco, 2019, p. 29.). Fim da nota.

MP010

As orientações de como conduzir cada uma das atividades estão descritas de forma detalhada em cada uma das páginas deste Manual do Professor. Apresentamos a seguir a sugestão de dois roteiros de aulas, que podem servir de modelo para a montagem de outras aulas ao longo do ano letivo.

Tabela: equivalente textual a seguir.

ROTEIRO DE AULA

Capítulo: 5. As pessoas e as atividades de lazer e esportivas.

Conteúdo da aula: Atividades de lazer e esportivas.

Organização espacial: Planejar a disposição de carteiras na sala de aula de forma que se possibilite aos alunos momentos de produção individual e coletivas (onde todos possam se ver).

Materiais a serem providenciados pelo professor: Cartolina ou documento digital (para registro do Desafio à vista!), Folhas de papel e lápis coloridos.

Materiais necessários aos alunos: Livro didático, caderno de Geografia e estojo escolar.

Semana

Atividades

Tipo

Páginas

Orientações

Tempo estimado

13

Desafio à vista!

Oral coletiva

54

Leitura e registros das respostas da questão problema em cartolina ou em documento digital.

5 minutos

Leitura de texto e observação da representação

Oral coletiva

54 e 55

Leitura do texto inicial e observação dos elementos da paisagem mostrados na representação.

10 minutos

Registro das atividades e elaboração de desenho de memória (atividades 1, 2 e 3)

Registro individual

55

Elaboração das atividades e do desenho de memória em folha de papel avulsa.

Compartilhar as respostas das atividades.

20 minutos

Leitura de fotografias e registro das atividades (atividade 4)

Registro individual

56

Leitura de fotografias de diferentes espaços destinados à pratica de lazer.

Compartilhar as respostas das atividades.

15 minutos

Tabela: equivalente textual a seguir.

ROTEIRO DE AULA

Capítulo: 10. A coleta de lixo.

Conteúdo da aula: O descarte de lixo.

Organização espacial: Planejar a disposição de carteiras na sala de aula de forma que se possibilite aos alunos momentos de produção individual e coletivas (onde todos possam se ver).

Materiais a serem providenciados pelo professor: Caixas encapadas ou pintadas na cor vermelha, azul, amarela e verde e objetos feitos de plástico, papel, vidro e metal.

Materiais necessários aos alunos: Livro didático, caderno de Geografia e estojo escolar.

Semana

Atividades

Tipo

Páginas

Orientações

Tempo estimado

24

Leitura e compreensão de poema

Oral individual

89

Leitura do poema e conversa sobre a responsabilidade coletiva com o descarte de lixo. Avaliar a compreensão do texto pelos alunos.

10 minutos

Registro da atividade (atividade 1)

Registro individual

89

Registro e compartilhamento das respostas da atividade.

10 minutos

Cartografando – Leitura e interpretação de planta cartográfica

Oral coletiva

90

Observação da planta cartográfica e de sua legenda, que retrata situações descritas no poema lido anteriormente.

5 minutos

Cartografando – Registro das atividades (atividades 1 e 2)

Registro individual e oral coletiva

91

Elaboração das atividades e socialização das respostas.

Propor aos alunos a coleta seletiva de lixo, por meio de uma simulação com as caixas encapadas ou pintadas na cor vermelha, azul, amarela e verde e com os objetos feitos de plástico, papel, vidro e metal.

25 minutos

MP011

4. Avaliações

As avaliações são uma etapa importante no processo pedagógico e no planejamento. Elas oferecem a oportunidade de diagnosticar as aprendizagens, fazer mensurações e, com isso, identificar eventuais defasagens ou necessidade de reorganizar o próprio planejamento e priorizar determinadas aprendizagens.

As avaliações formativas

Na elaboração de uma avaliação, é muito importante que o foco esteja nas aprendizagens dos alunos e que ela contribua para o êxito dessas aprendizagens. Nesse sentido, a avaliação é parte de um processo de formação acadêmica.

Segundo Hadji (2001), uma avaliação formativa deve ser entendida como integrante do processo educativo, ou seja, como uma prática de avaliação permanente que possibilita promover aprendizagens e a construção do saber.

Boxe complementar:

“Assim, a ideia de avaliação formativa corresponde ao modelo ideal de uma avaliação:

  • colocando-se deliberadamente a serviço do fim que lhe dá sentido: tornar-se um elemento, um momento determinante da ação educativa;
  • propondo-se tanto a contribuir para uma evolução do aluno quanto a dizer o que, atualmente, ele é;
  • inscrevendo-se na continuidade da ação pedagógica, ao invés de ser simplesmente uma operação externa de controle, cujo agente poderia ser totalmente estrangeiro à atividade pedagógica.”

    FONTE: HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 21.

Fim do complemento.

Desse modo, a avaliação formativa se revela um referencial para o educador observar e interpretar continuamente as aprendizagens, comunicar seus resultados aos alunos e, se necessário, remediar dificuldades. Perrenoud (1999, p. 78) afirma que a avaliação formativa engloba toda prática de avaliação contínua que contribui para melhorar as aprendizagens que estão em andamento, em qualquer situação e contexto.

De acordo com a BNCC (BRASIL, 2018, p. 17), é importante “construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos”.

Para favorecer o desenvolvimento das aprendizagens, as avaliações formativas podem ter uma gama ampla de formatos e de intencionalidades. Nesta coleção, são indicados três tipos principais de avaliações: diagnósticas, de processo de aprendizagem e de resultado.

Avaliação diagnóstica

As avaliações diagnósticas podem estar presentes nos momentos de introdução de sequências didáticas, projetos e procedimentos de trabalho. Podem incluir atividades que sirvam para diagnosticar conhecimentos prévios e representações sociais dos alunos em relação a conteúdos a serem estudados ou esperados para a etapa de aprendizagem que se inicia.

A partir dos resultados coletados, podem ser definidas estratégias e ações pedagógicas, favorecendo ações de planejamento e replanejamento que visem contribuir para o aprendizado.

Boxe complementar:

“Avaliação diagnóstica: Avaliação que visa a identificar os pontos fortes e fracos de um aluno, com vistas a tomar as ações necessárias para potencializar a aprendizagem. Também usada antes do processo de ensino e aprendizagem, a fim de aferir o nível de prontidão ou de desempenho do aluno.”

FONTE: UNESCO. Bureau Internacional de Educação. Glossário de terminologia curricular. p. 21. Disponível em: http://fdnc.io/fo2. Acesso em: 20 mar. 2021.

Fim do complemento.

A avaliação diagnóstica sugerida nesta coleção encontra-se no início do livro do aluno, antes da primeira unidade, na seção O que eu já sei?

Avaliação de processo de aprendizagem

As avaliações de processo de aprendizagem propiciam que o aluno seja acompanhado atentamente ao longo de seu percurso formativo. Podem ser aplicadas em diversos momentos do processo pedagógico, de forma individual, em pares ou mesmo em grupos, avaliando-se os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.

Boxe complementar:

“Avaliação da aprendizagem: Avaliação do desempenho do aluno, cujo propósito principal maior é fornecer informações, em determinado momento no tempo, sobre o que foi aprendido.”

FONTE: UNESCO. Bureau Internacional de Educação. Glossário de terminologia curricular. p. 20. Disponível em: http://fdnc.io/fo2. Acesso em: 20 mar. 2021.

Fim do complemento.

As avaliações de processo de aprendizagem correspondem a atividades diversificadas que visam diagnosticar, além do desenvolvimento cognitivo, elementos como participação e comprometimento no decorrer do ano letivo. Muitas vezes, seguem acompanhadas de atividades de autoavaliação para que os alunos indiquem sua percepção quanto às aprendizagens e às posturas em relação aos outros nas aulas.

A autoavaliação é uma prática de autorregulação (VICKERY, 2016, p. 113). Ela permite ao aluno refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem em relação a conteúdos, procedimentos e atitudes, favorecendo a metacognição, ou seja, a consciência das etapas e das estratégias utilizadas para a construção do conhecimento. Ela possibilita também a reflexão sobre êxitos e dificuldades do aprendizado, contribuindo, ao mesmo tempo, para o desenvolvimento pessoal e acadêmico do aluno e a identificação de eventuais defasagens pelo professor.

MP012

Na presente coleção, as avaliações de processo encontram-se sugeridas ao final de cada módulo, na seção Retomando os conhecimentos, e incluem atividades de autoavaliação que permitem que o aluno reflita sobre sua aprendizagem.

Avaliação de resultados

As avaliações de resultados visam verificar as aprendizagens dos alunos ao final de uma ou mais sequências didáticas.

Boxe complementar:

“Avaliação de resultados da aprendizagem: Avaliação do desempenho de um indivíduo em relação aos objetivos estabelecidos de aprendizagem por meio de diversos métodos (provas/ exames escritos, orais ou práticos, além de projetos e portfólios), durante ou ao término de um programa educacional ou de parte definida desse programa.”

FONTE: UNESCO. Bureau Internacional de Educação. Glossário de terminologia curricular. p. 21. Disponível em: http://fdnc.io/fo2. Acesso em: 20 mar. 2021.

Fim do complemento.

As avaliações de resultados podem ser acompanhadas de notas ou conceitos, desde que por meio deles seja possível identificar a apropriação dos elementos didático-pedagógicos previstos inicialmente. Nesta coleção, as avaliações de resultados relacionadas com os conteúdos trabalhados no decorrer do ano estão na seção O que eu aprendi?

Rubricas de avaliação

Considerando que um dos focos principais da avaliação formativa é promover o êxito nas aprendizagens dos alunos, importa sugerir o uso das rubricas nos processos avaliativos. As rubricas são referências que publicizam os critérios que vão servir para diagnosticar as aprendizagens a partir de uma escala de desempenho em relação à aprendizagem esperada.

Boxe complementar:

“Rubrica em avaliação: instrumento de correção que contém critérios de desempenho e uma escala de desempenho que descreve e define todos os pontos de escore, funciona como um gabarito. Rubricas são diretivas específicas, com critérios para avaliar a qualidade do trabalho do aluno, usualmente em uma escala de pontos. […]

Normalmente, uma rubrica é composta de dois componentes – critérios e níveis de desempenho. Para cada critério, o avaliador que aplica a rubrica/gabarito pode determinar o grau com que o aluno satisfez o critério, ou seja, o nível de desempenho. Às vezes, rubricas podem incluir elementos descritores que explicam claramente o que se espera dos alunos em cada nível de desempenho para cada critério. […]”

FONTE: UNESCO. Bureau Internacional de Educação. Glossário de terminologia curricular. Brasília: Unesco, 2016. p. 78. Disponível em: http://fdnc.io/fo2. Acesso em: 20 mar. 2021.

Fim do complemento.

O uso das rubricas em processos avaliativos possibilita um feedback formativo ao aluno. Ao ter clareza dos critérios avaliados em sua produção, ele pode compreender seus erros e acertos como uma significativa fonte de aprendizado.

Existem diferentes formas de montar rubricas de avaliação, algumas mais genéricas e outras mais detalhadas. Mas, para a construção de uma rubrica, é importante que sejam evidenciados os critérios que estão sendo utilizados e os níveis de desempenho relacionados com cada critério. Tais critérios podem estar voltados diretamente aos objetivos de aprendizagem esperados para cada atividade.

O modelo a seguir sugere uma estrutura básica de rubricas de avaliação.

Tabela: equivalente textual a seguir.

QUADRO DE RUBRICAS

Nível de desempenho

(Critérios) Objetivos de aprendizagem

Avançado

Adequado

Básico

Iniciante

1

O aluno respondeu corretamente a atividade, bem como produziu as evidências de aprendizagem indicadas, ampliando as respostas e correlacionando-as com outros conteúdos.

O aluno respondeu corretamente a atividade, bem como produziu as evidências de aprendizagem esperadas.

O aluno respondeu a atividade demonstrando algumas fragilidades, produzindo parte das evidências de aprendizagem esperadas.

O aluno respondeu a atividade demonstrando muitas fragilidades, não produzindo as evidências de aprendizagem esperadas.

2

Descrição do nível de desempenho

Descrição do nível de desempenho

Descrição do nível de desempenho

Descrição do nível de desempenho

MP013

5. Estrutura da coleção

Esta coleção se pauta no desenvolvimento de aprendizagens significativas. Prevê-se o desenvolvimento da alfabetização geográfica e cartográfica a partir de práticas e atividades que permitem que eles construam explicações sobre sua realidade social e analisem, de forma reflexiva, seus lugares de vivência.

Avaliação diagnóstica

No início de cada livro, na seção O que eu já sei?, sugere-se um momento para que sejam avaliados os conhecimentos prévios dos alunos em relação aos conhecimentos esperados para o ano que se inicia. A partir dos resultados coletados, podem-se definir estratégias que permitam repensar o planejamento e propor o aprofundamento de alguns conteúdos e estratégias de superação de eventuais defasagens.

Nos livros do 2ᵒ ao 5ᵒ ano, as atividades foram idealizadas retomando objetos de conhecimento de Geografia previstos pela BNCC para o ano anterior. Já a avaliação diagnóstica do livro do ano considera alguns objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados com diversos campos de experiências, com ênfase nos de “espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”.

Organização das sequências didáticas

As unidades

O livro do aluno tem 16 capítulos organizados em 4 unidades temáticas. Cada unidade inicia em uma dupla de páginas com uma ou mais imagens e o boxe Primeiros contatos, com questionamentos que permitem a mobilização dos conhecimentos prévios dos alunos a partir de temáticas a serem desenvolvidas nos capítulos seguintes. Essa mobilização se realiza pela leitura e pela interpretação de diferentes fontes iconográficas, como fotografias, pinturas e ilustrações.

Os módulos

Os quatro capítulos que compõem uma unidade organizam-se em dois módulos que se alinham tematicamente e encaminham sequências didáticas de dois capítulos.

No Manual do Professor, a Introdução do módulo explicita os objetivos pedagógicos e os principais conteúdos, conceitos e práticas propostos para cada módulo, evidenciando os pré-requisitos pedagógicos para sua realização.

No livro do aluno, cada módulo é composto por uma questão problema (Desafio à vista!), dois capítulos e uma proposta de avaliação de processo de aprendizagem com base em atividades que permitem verificar a apreensão dos conhecimentos desenvolvidos nos dois capítulos do módulo (Retomando os conhecimentos).

MP014

UNIDADE 1: As paisagens, as pessoas e a natureza

Módulo: capítulos 1 e 2

Unidade temática

Formas de representação e pensamento espacial

Objeto de conhecimento

Representações cartográficas

Habilidades

(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica; (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas geográficas.

Questão problema

Quais são as diversas formas de representar as paisagens?

Capítulo 1

Representando as paisagens

Conteúdos

Páginas

Representar paisagem por pintura e fotografia

12, 13

Representar paisagem por desenho e planta cartográfica

14, 15

Representar paisagem por croqui e mapa mental

16, 17

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer que as paisagens podem ser representadas de várias maneiras, diferenciando formas de representação.

- Reconhecer diferentes elementos em uma paisagem.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar diferentes pontos de vista a partir de representações.

- Interpretar e elaborar legendas com símbolos.

Capítulo 2

A paisagem: encontrando diversos locais

Conteúdos

Páginas

Pontos de referência

18, 19

Elementos da paisagem nos arredores da escola

20, 21, 22

Diversos trajetos

23, 24, 25

Maquete e planta cartográfica

26, 27, 28, 29

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer que os elementos da paisagem podem ser utilizados como pontos de referência.

- Observar elementos da paisagem e pontos de referência nos arredores da escola.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar trajetos, a partir de pontos de referência, desenvolvendo noções de orientação e lateralidade.

- Diferenciar representações bidimensionais (plantas cartográficas) e tridimensionais (maquetes).

- Elaborar planta e maquete dos arredores da escola.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 1 E 2

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

1

O que eu já sei?

Avaliação diagnóstica sobre conhecimentos esperados para o ano (atividades diversificadas individuais)

8 e 9

2

Primeiros contatos/ Capítulo 1

Levantamento de conhecimentos prévios; Representar paisagem por meio de pintura, fotografia, desenho, planta cartográfica, croqui e mapa mental (leitura de imagem e representações e elaboração de símbolos)

10 a 17

3

Capítulo 2

Pontos de referência; Elementos da paisagem nos arredores da escola (leitura de representação, exercícios de aplicação de noções de lateralidade e trabalho de campo nos arredores da escola)

18 a 22

4 e 5

Capítulo 2

Diversos trajetos; Maquete e planta cartográfica (jogo de percurso e elaboração de maquete e planta cartográfica)

23 a 29

6

Retomando os conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

30 e 31

MP015

Módulo: capítulos 3 e 4

Unidade temática

Conexões e escalas

Objeto de conhecimento

Paisagens naturais e antrópicas em transformação

Habilidade

(EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.

Questão problema

Quais são as características das paisagens naturais e como elas são transformadas pelas pessoas?

Capítulo 3

As paisagens: o relevo e os rios

Conteúdos

Páginas

Paisagem natural e paisagem humanizada

32, 33

Diferentes altitudes e formas do relevo

34, 35, 36, 37

Características e usos dos rios

38, 39, 40, 41

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Diferenciar paisagens naturais e humanizadas.

- Identificar diferentes altitudes, formas de relevo e tipos de rios.

- Investigar características e usos de um rio.

- Reconhecer exemplos de transformações nos relevos e nos rios feitas pelas pessoas.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar os planos e os elementos da paisagem em uma fotografia.

- Representar uma paisagem com diferentes formas de relevo a partir de modelagem.

- Representar a paisagem de um rio do seu lugar de viver a partir de desenho de observação.

Capítulo 4

As paisagens: a vegetação e o tempo atmosférico

Conteúdos

Páginas

A vegetação

42, 43, 44

Desmatamento da vegetação nativa do lugar de viver

45

Tempo atmosférico

46, 47, 48, 49

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar diferentes tipos de formações vegetais e tempos atmosféricos que podem formar uma paisagem.

- Reconhecer exemplos de ações feitas pelas pessoas que promovem o desmatamento em diversas localidades e no seu lugar de viver.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Interpretar diferentes símbolos relacionados ao tempo atmosférico.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 3 E 4

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

7 e 8

Capítulo 3

Paisagem natural e humanizada; Diferentes altitudes e formas de relevo (compreensão de textos, leitura de fotografias e de imagens e modelagem do relevo)

32 a 37

9

Capítulo 3

Características e usos dos rios (compreensão de textos, leitura de fotografias e de imagens e trabalho de campo de observação de rio do lugar de viver)

38 a 41

10

Capítulo 4

Vegetação e desmatamento (compreensão e produção de textos, leitura de fotografias e investigação)

42 a 45

11

Capítulo 4

Tempo atmosférico (compreensão de textos, leitura de fotografias, de infográfico e de quadrinhos e interpretação de símbolos)

46 a 49

12

Retomando os conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

50 e 51

MP016

UNIDADE 2: Os grupos sociais e os lugares de viver

Módulo: capítulos 5 e 6

Unidade temática

O sujeito e seu lugar no mundo

Objeto de conhecimento

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

Habilidade

(EF03GE01) Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo.

Questão problema

Quais atividades culturais podem ocorrer em diferentes lugares de viver?

Capítulo 5

As pessoas e as atividades de lazer e esportivas

Conteúdos

Páginas

Atividades de lazer e esportivas

54, 55, 56

Atividades de lazer e esportivas no lugar de viver

57

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar diferentes atividades culturais realizadas no campo e na cidade.

- Identificar e comparar diferentes tipos de atividades esportivas e de lazer realizadas em diversos locais e no lugar de viver.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Representar atividades de esporte e lazer do lugar de viver a partir de desenho de memória.

Capítulo 6

As pessoas e as atividades artísticas

Conteúdos

Páginas

Atividades artísticas

58, 59, 60, 61

Atividades culturais em espaço público

62, 63

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar e comparar diferentes tipos de atividades artísticas realizadas em diversos locais e no lugar de viver.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Indicar trajeto em uma representação de espaço público, desenvolvendo noções de orientação e lateralidade.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 5 E 6

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

13

Primeiros contatos/Capítulo 5

Levantamento de conhecimentos prévios; Atividades de lazer e esportivas; Atividades de lazer e esportivas no lugar de viver (leitura de imagem, compreensão de textos, leitura de fotografias e desenho e entrevistas)

52 a 57

14

Capítulo 6

Atividades artísticas; Atividades culturais em espaços públicos (compreensão de textos e leitura de desenho e de fotografias)

58 a 63

15

Retomando os conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

64 e 65

MP017

Módulo: capítulos 7 e 8

Unidade temática

O sujeito e seu lugar no mundo

Objeto de conhecimento

A cidade e o campo: aproximações e diferenças

Habilidades

(EF03GE02) Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens; (EF03GE03) Reconhecer os diferentes modos de vida de povos e comunidades tradicionais em distintos lugares.

Questão problema

Quais influências culturais de diferentes povos estão presentes em seu lugar de viver?

Capítulo 7

As influências culturais das comunidades tradicionais

Conteúdos

Páginas

Povos e comunidades tradicionais

66, 67

Influências culturais dos povos indígenas

68, 69

Diversidade cultural povos indígenas

70, 71

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer a diversidade cultural de vários tipos de comunidades tradicionais e povos indígenas brasileiros.

- Identificar influências culturais de povos indígenas na cultura brasileira e no lugar de viver.

Capítulo 8

Influências culturais: povos africanos, europeus e asiáticos

Conteúdos

Páginas

Influências culturais dos povos africanos

72, 73

Influências culturais dos povos europeus e asiáticos

74, 75

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar influências dos povos africanos, europeus e asiáticos na cultura brasileira e no lugar de viver.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 7 E 8

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

16

Capítulo 7

Povos e comunidades tradicionais; Influências culturais dos povos indígenas (compreensão de textos, leitura de fotografia e de imagens)

66 a 70

17

Capítulo 7

Diversidade cultural dos povos indígenas (investigação e apresentação)

71

18

Capítulo 8

Influências culturais dos povos africanos, europeus e asiáticos (compreensão de textos e leitura de fotografias e de imagens)

72 a 75

19

Retomando os conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

76 e 77

20

O que eu aprendi?

Avaliação de resultados das unidades 1 e 2 (atividades diversificadas individuais)

138 e 139

MP018

UNIDADE 3: Consumo consciente e responsabilidade das pessoas

Módulo: capítulos 9 e 10

Unidades temáticas

Formas de representação e pensamento espacial

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Objetos de conhecimento

Representações cartográficas

Produção, circulação e consumo

Habilidades

(EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas; (EF03GE08) Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reuso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno.

Questão problema

Quais são os serviços públicos que contribuem para a boa qualidade de vida da população?

Capítulo 9

As pessoas e os serviços públicos

Conteúdos

Páginas

Serviços públicos e qualidade de vida

80, 81, 82, 83

Os servidores públicos

84, 85

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar diferentes tipos de serviços públicos importantes para garantir a qualidade de vida das pessoas.

- Listar serviços públicos de qualidade e deficitários no lugar de viver.

- Reconhecer a importância do trabalho dos servidores públicos.

Alfabetização cartográfica

Objetivo de aprendizagem

- Criar símbolos para representar serviços públicos do lugar de viver.

Capítulo 10

A coleta de lixo

Conteúdos

Páginas

Principais tipos e destinos do lixo

86, 87

Lixo no entorno da escola

88

As pessoas e o descarte do lixo

89, 90, 91

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Refletir sobre o uso consciente e o reaproveitamento da água em diferentes locais e no lugar de viver.

- Identificar principais usos da água em diversas atividades, refletindo sobre ações que garantam sua qualidade e conservação.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Interpretar gráfico de barras sobre usos da água em diversas atividades.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 9 E 10

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

21

Primeiros contatos/Capítulo 9

Levantamento de conhecimentos prévios; Serviços públicos e qualidade de vida (leitura de imagem, compreensão de textos, leitura de infográfico e de fotografia e elaboração de símbolos)

78 a 83

22

Capítulo 9 e 10

Os servidores públicos; Principais tipos e destinos do lixo (compreensão de textos, leitura de banner e de infográfico e entrevista)

84 a 87

23

Capítulo 10

Lixo no entorno da escola (trabalho de campo e elaboração de representação do entorno da escola)

88

24

Capítulo 10

As pessoas e o descarte de lixo (compreensão de texto e leitura de planta cartográfica)

89 a 91

25

Retomando os conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

92 e 93

MP019

Módulo: capítulos 11 e 12

Unidade temática

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Objeto de conhecimento

Impactos das atividades humanas

Habilidades

(EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos; (EF03GE10) Identificar os cuidados necessários para utilização da água na agricultura e na geração de energia de modo a garantir a manutenção do provimento de água potável.

Questão problema

Quais são as ações que contribuem para o consumo consciente da água?

Capítulo 11

A água no dia a dia das pessoas

Conteúdos

Páginas

Uso da água no cotidiano

94

Tratamento da água

95, 96, 97

Tratamento do esgoto

98, 99

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer a importância da água nas atividades diárias das pessoas.

- Reconhecer a importância do tratamento da água e do esgoto suas consequências à saúde das pessoas.

- Descrever as etapas do tratamento de água e do esgoto.

- Investigar e avaliar o tratamento de água e esgoto no lugar de viver.

Capítulo 12

Uso consciente da água

Conteúdos

Páginas

Uso consciente da água

100, 101

Usos da água em diferentes atividades e cuidados necessários

102, 103, 104, 105

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Refletir e propor ações sobre o uso consciente e o reaproveitamento da água em diferentes locais e no lugar de viver.

- Identificar principais usos da água em diversas atividades, refletindo sobre ações que garantam sua qualidade e conservação.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Interpretar gráfico de barras sobre usos da água em diversas atividades.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 11 E 12

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

26

Capítulo 11

Uso da água no cotidiano; Tratamento da água (compreensão de textos e leitura de fotografias e de infográfico)

94 a 97

27

Capítulo 11 e 12

Tratamento do esgoto; Uso consciente da água (compreensão de textos, leitura de imagens e de fotografias e investigação)

98 a 101

28

Capítulo 12

Usos da água em diferentes atividades e cuidados necessários (compreensão de textos e leitura de imagens, de fotografias e de gráfico)

102 a 105

29

Retomando os conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

106 e 107

MP020

UNIDADE 4: O trabalho das pessoas e os impactos ambientais

Módulo: capítulos 13 e 14

Unidades temáticas

Mundo do trabalho

Formas de representação e pensamento espacial

Objetos de conhecimento

Matéria-prima e indústria

Representações cartográficas

Habilidades

(EF03GE05) Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as atividades de trabalho em diferentes lugares; (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

Questão problema

Como é o trabalho das pessoas na agricultura, na pecuária e no extrativismo?

Capítulo 13

A produção na agricultura e na pecuária

Conteúdos

Páginas

Cuidados na produção agrícola

110, 111

Formas de produção agrícola

112, 113

Trabalhadores do campo e suas tarefas

114

Formas de produção na pecuária

115

Produtos da agricultura e da pecuária

116, 117, 118, 119

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer diferentes formas de produção e atividades de trabalho na agropecuária.

- Identificar principais produtos da agricultura e da pecuária.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Representar, por meio de desenho, formas de produção agrícola.

- Comparar visões de representações de paisagem rural.

- Completar legenda em uma planta cartográfica.

- Representar paisagem relacionada à produção agropecuária a partir de desenho de observação ou de memória.

Capítulo 14

Diferentes formas de extrativismo

Conteúdos

Páginas

Principais formas de extrativismo

120, 121

Produtos do extrativismo mineral

122, 123

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer diferentes formas de produção e atividades de trabalho no extrativismo.

- Identificar diversos produtos do extrativismo mineral.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 13 E 14

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

30

Primeiros contatos/
Capítulo 13

Levantamento de conhecimentos prévios; Cuidados na produção agrícola; Formas de produção agrícola; Trabalhadores do campo e suas tarefas (leitura de imagem, compreensão de textos, produção de escrita e elaboração de desenhos)

108 a 114

31 e 32

Capítulo 13

Formas de produção na pecuária; Produtos da agricultura e da pecuária (compreensão de textos, leitura de imagens e de símbolos, elaboração de desenho e de símbolos)

115 a 119

33

Capítulo 14

Principais formas de extrativismo; produtos do extrativismo mineral (compreensão de textos e leitura de fotografias)

120 a 123

34

Retomando os
conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

124 e 125

MP021

Módulo: capítulos 15 e 16

Unidade temática

Natureza, ambientes e qualidade de vida

Objeto de conhecimento

Impactos das atividades humanas

Habilidades

(EF03GE10) Identificar os cuidados necessários para utilização da água na agricultura e na geração de energia de modo a garantir a manutenção do provimento de água potável; (EF03GE11) Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas.

Questão problema

Quais são os principais impactos sociais e ambientais provocados pelas atividades econômicas no campo e na cidade?

Capítulo 15

Campo: impactos sociais e ambientais

Conteúdos

Páginas

Relação entre as atividades do campo e da cidade

126

Impactos sociais e ambientais no campo

127, 128, 129

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer a interdependência entre as atividades econômicas realizadas no campo e na cidade.

- Reconhecer exemplos de impactos sociais e ambientais provocados pelas atividades das pessoas no campo.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Identificar planos de imagem em uma fotografia, indicando atividades econômicas do campo realizadas em cada um desses planos.

Capítulo 16

Cidade: impactos sociais e ambientais

Conteúdos

Páginas

Impactos sociais e ambientais na cidade

130, 131, 132

Problema social ou ambiental no município

133

Construções sustentáveis

134, 135

Alfabetização geográfica

Objetivos de aprendizagem

- Reconhecer exemplos de impactos sociais e ambientais provocados pelas atividades das pessoas nas cidades e pelo crescimento urbano acelerado.

- Identificar problemas ambientais existentes no lugar de viver, propondo soluções para minimizá-los.

- Identificar materiais e soluções utilizadas em construções que minimizam os impactos ambientais.

Alfabetização cartográfica

Objetivos de aprendizagem

- Representar solução para problema ambiental urbano a partir de desenho de imaginação.

- Representar uma construção que cause pouco impacto ambiental a partir de desenho de imaginação.

PLANEJAMENTO PARA O MÓDULO DOS CAPÍTULOS 15 E 16

Semana

Seção/capítulo

Conteúdos/atividades

Páginas

35

Capítulo 15

Relação entre as atividades do campo e da cidade; Impactos sociais e ambientais no campo (compreensão de textos e leitura de imagens)

126 a 129

36

Capítulo 16

Impactos sociais e ambientais na cidade (compreensão de textos, leitura de fotografias)

130 a 132

37

Capítulo 16

Problema social ou ambiental no município; Construções sustentáveis (compreensão de textos, leitura de fotografias e de imagem e elaboração de desenhos de imaginação)

133 a 135

38 e 39

Retomando os conhecimentos

Avaliação de processo de aprendizagem do módulo (atividades diversificadas e autoavaliação)

136 e 137

40

O que eu aprendi?

Avaliação de resultado das unidades 3 e 4 (atividades diversificadas individuais)

140 e 141

MP022

Bibliografia comentada

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.

Documento normativo que define as competências, as habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica, em vistas de favorecer parâmetros de qualidade educacionais.

BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC : propostas de práticas de implementação. Brasília: MEC, 2019.

Os temas contemporâneos, apresentados inicialmente na Base Nacional Comum Curricular, são retomados neste documento e reorganizados em torno de seis eixos principais e são apresentadas sugestões de sua implementação no Ensino Fundamental.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília: MEC; Sealf, 2019.

O documento oficial aborda um tema – a alfabetização – fundamental para o trabalho com alunos do ao 5ᵒ anos, reforçando a importância de um compromisso de todos os componentes curriculares no processo de alfabetização.

EQUIPA DOS ESTUDOS INTERNACIONAIS. PIRLS 2016 – ePIRLS 2016. Literacia de leitura e literacia de leitura online. Unidades de Avaliação. Lisboa: IEA, 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fo3. Acesso em: 26 mar. 2021.

O documento compila e classifica unidades de avaliação de leitura utilizadas em questões de avaliações internacionais de desempenho das quais Portugal participa.

HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.

Na obra, o autor procura desmistificar a avaliação tradicional e propor novas possibilidades voltadas para a avaliação formativa. Ela é dividida em duas partes principais. Na primeira, intitulada “Compreender”, o autor apresenta a fundamentação teórica. Na segunda, intitulada “Agir”, ele apresenta sugestões concretas de como avaliar de forma produtiva para a aprendizagem.

LENCIONI, Sandra. Região e Geografia. São Paulo: Edusp, 1999.

A obra apresenta a região como objeto de estudo da Geografia e aborda esse conceito em diferentes perspectivas teóricas.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação : da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.

Livro em que o autor discute diversos aspectos da avaliação, problematizando desde a arbitrariedade de normas e procedimentos até as relações entre escola, família e alunos.

RISETTE, Márcia Cristina Urze. Pensamento espacial e raciocínio geográfico: uma proposta de indicadores para a alfabetização científica na educação geográfica. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação/USP, 2017. Disponível em: http://fdnc.io/ftG. Acesso em: 26 mar. 2021.

Nessa dissertação, a autora tem por objetivo propor indicadores de alfabetização científica para a educação geográfica. Para isso, faz reflexões e aproximações entre as noções de pensamento espacial, alfabetização geográfica, raciocínio geográfico e alfabetização científica.

ROMANO, Sonia Maria M. Alfabetização cartográfica: a construção do conceito de visão vertical e a formação de professores. In: CASTELLAR, Sonia (org.). Educação geográfica : teorias e práticas docentes. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2006.

Nesse texto, a autora enfatiza a importância da noção de visão vertical no contexto da formação de professores para a alfabetização cartográfica.

RUSSELL, Michael K.; AIRASIAN, Peter W. Avaliação em sala de aula: conceitos e aplicações. ed. Porto Alegre: Penso, 2013.

Obra em que os autores se debruçam no estudo das avaliações e, entre outras contribuições, destacam a relevância de se considerar as deficiências e as necessidades dos alunos na aplicação das atividades avaliativas.

SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1998.

Nesse livro, o autor aborda categorias de análise tradicionais da geografia e promove uma discussão metodológica baseada na necessidade de se considerar buscar categorias adequadas para o estudo das realidades do presente.

SILVA, Maria Helena Santos; LOPES, José Pinto. Três estratégias básicas para a melhoria da aprendizagem: objetivos de aprendizagem, avaliação formativa e feedback. Revista Eletrónica de Educação e Psicologia, v. 7, p. 13-31, 2016. Disponível em: http://fdnc.io/foK. Acesso em: 26 mar. 2021.

Nesse artigo, os autores abordam os objetivos de aprendizagem, a avaliação formativa e o feedback como estratégias de elevado impacto na aprendizagem de conteúdos.

THADEI, Jordana. Mediação e educação na atualidade: um diálogo com formadores de professores. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora : uma abordagem téorico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

O artigo da autora, assim como os demais presentes nesta obra, permite refletir como as chamadas metodologias ativas (que incorporam o aluno como protagonista na construção do conhecimento), aliadas à utilização de novas tecnologias digitais, podem se tornar instrumentos potentes para uma transformação do processo de ensino-aprendizagem.

UNESCO. Bureau Internacional de Educação. Glossário de terminologia curricular. Disponível em: http://fdnc.io/fo2. Acesso em: 20 mar. 2021.

Versão em português do glossário produzido originalmente pelo Bureau Internacional de Educação da Unesco, com definições de inúmeros termos que estimulam a reflexão de profissionais da educação, em especial aqueles envolvidos em iniciativas de desenvolvimento curricular.

VICKERY, Anitra. Aprendizagem ativa nos anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: Penso, 2016.

Nessa obra, a autora traz elementos teóricos e práticos relacionados à aprendizagem ativa, na qual o aluno é visto como protagonista do seu próprio aprendizado. Reúne pesquisas e estudos de caso que permitem explorar estratégias de ensino que favorecem a aprendizagem de alta qualidade.

WIGGINS, Grant; MCTIGHE, Jay. Planejamento para a compreensão: alinhando currículo, avaliação e ensino por meio da prática do planejamento reverso. Porto Alegre: Penso, 2019.

Com base no conceito de compreensão, os autores articulam currículo, avaliação e ensino para apresentar a lógica do planejamento reverso, com vistas a enriquecer o aprendizado dos alunos.

ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. São Paulo: Artmed, 2010.

Os autores exploram diversas facetas do ensino por competências, tratando de algumas metodologias inovadoras, como a formação de “competências para a vida”, as condições necessárias a um ensino por competências, a “metodologia de projetos”, os “centros de interesse”, o método de “pesquisa do meio”, a “aprendizagem baseada em problemas” e as simulações.