UNIDADE 2. Cidade e campo: produção, circulação e consumo

A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, para garantir a troca de conhecimento entre os alunos.

Orientar os alunos a realizar a leitura da representação, para que estabeleçam relações e comparações entre ela e a paisagem do lugar onde vivem, destacando os elementos da paisagem que constituem cada uma delas.

Ampliar progressivamente com os alunos as escalas de análise, compreendendo que o lugar onde vivem está inserido em um município, que, por sua vez, está inserido no espaço brasileiro (na unidade da federação e na região) e no espaço mundial. Dessa forma, eles vão perceber que o lugar onde vivem apresenta semelhanças e diferenças com relação a outros locais no que se refere a aspectos naturais e sociais.

Rural e urbano: diferentes na paisagem, mas cada vez mais misturados

A paisagem é um conceito na Geografia contemporânea que se convencionou definir como “o visível do espaço geográfico”. Nesse sentido, ela não é o espaço integralmente, pois nele há conteúdos, funções e significados que não são visualmente identificáveis.

No Ensino Fundamental 2, o tema da paisagem é muito presente justamente por sua concretude e palpabilidade para a criança. E, embora a expressão se refira apenas às realidades geográficas, ela atua como um meio de acesso à compreensão de fenômenos sociais e naturais.

Esse raciocínio pode fazer sentido quando as referências são as paisagens urbanas e rurais. Visualmente bem distintas, suas imagens podem servir de caminho para a distinção dos modos de vida, dos hábitos culturais, dos processos econômicos, das condições ambientais, tudo muito importante no desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

FONTE: Rural e urbano: diferentes na paisagem, mas cada vez mais misturados. Nova Escola. Disponível em: http://fdnc.io/fps. Acesso em: 21 abr. 2021.

Compartilhar as respostas das atividades da seção Primeiros contatos.

Verificar os elementos da paisagem que foram identificados na imagem e, a partir disso, perguntar sobre atividades que podem ser realizadas pelas pessoas nos espaços urbanos e rurais, incluindo atividades de produção, circulação e consumo de mercadorias.

Comentar que, ao longo das próximas aulas, esses temas serão retomados.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão problema possibilita aos alunos identificar diferentes etapas de produção, circulação e consumo de mercadorias. Conversar com eles sobre essa questão e registrar suas respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na Conclusão do módulo.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que observem a representação das etapas de produção e consumo de um telefone celular e que identifiquem cada uma delas. Chamar a atenção para as setas e o seu significado, na medida em que sucedem cada etapa da produção.

Conversar com eles sobre os produtos consumidos no lugar onde vivem e como são reaproveitados. Comentar que, para a fabricação dos produtos que consumimos, são utilizados diversos recursos naturais e que a Agenda 2030 da ONU prevê que se incentive as empresas a adotar práticas sustentáveis na sua produção. É importante que o estudo dos recursos naturais seja feito ainda nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para que aprendam práticas relativas à responsabilidade coletiva e à formação cidadã e compreendam a importância do consumo e da produção responsáveis. A noção de recursos naturais remete ao aproveitamento dos elementos da natureza pelas sociedades humanas, possibilitando, portanto, saber como as pessoas produzem e transformam o espaço geográfico.

As atividades do capítulo 5 permitem aos alunos compreender o processo de produção e circulação de mercadorias e pessoas, avaliando o uso dos recursos naturais renováveis e não renováveis e as possíveis formas de consumo consciente que podem promover a preservação dos recursos naturais.

A BNCC neste capítulo

Unidades temáticas: Mundo do trabalho; Formas de representação e pensamento espacial.

Objetos de conhecimento: Produção, circulação e consumo; Sistema de orientação.

Habilidades: (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos; (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas.

Orientá-los na observação das fotografias e na leitura das legendas, verificando os diferentes locais de extração de madeira.

Após a realização das atividades, conversar sobre a importância dos recursos naturais para as pessoas: obtenção de matéria-prima para elaboração de produtos.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Os conhecimentos a respeito do processo de produção e circulação de mercadorias e pessoas, da transformação das matérias-primas em diferentes produtos permitem aos alunos apropriar-se de relações próprias do mundo do trabalho, conforme preconiza a competência geral da Educação Básica 6. Ao comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza, desenvolvendo princípios do raciocínio geográfico na produção do espaço, contribui-se com a competência específica de Ciências Humanas 3 e a competência específica de Geografia 3.

Fim do complemento.

Comentar com os alunos o significado dos termos “renovável” e “não renovável”, identificando que o renovável é o que pode ser reposto e não renovável é o que se esgota.

Solicitar aos alunos que leiam os textos em voz alta, avaliando a fluência em leitura oral, a capacidade de ler com precisão, velocidade e prosódia.

Perguntar a eles alguns exemplos do que consideram renovável e não renovável. Anotar, na lousa, as respostas e organizar uma roda de conversa sobre a importância da redução do consumo de produtos originados de recursos naturais não renováveis e o cuidado no aproveitamento dos recursos renováveis, propiciando reflexões sobre o tema consumo e produção responsáveis.

Orientar os alunos a descrever oralmente os elementos da paisagem representados nas fotografias e a dizer o que mais lhes chamou a atenção, observando que a água é um recurso natural renovável e a bauxita não é, pois demora milhões de anos para se formar.

Comentar que a bauxita é usada na produção de alumínio, um material leve e maleável, resistente à corrosão, que pode ser reciclado.

Recursos naturais

Toda matéria ou energia que a natureza coloca à disposição do homem são sempre recursos naturais. O homem depende desses recursos para sobreviver e ter qualidade de vida. O ar que se respira, a luz do sol, a água dos rios, a madeira das florestas e as reservas minerais são recursos naturais. Transformados em bens e serviços, os recursos naturais vão gerar conforto. O combustível que move carros e ônibus, a energia elétrica que permite usar um computador ou ver TV, o gás que aquece o banho, a comida, as roupas, a água que você bebe, tudo isso foi direta ou indiretamente retirado da natureza.

Recursos naturais são, portanto, todas as riquezas da biosfera que podem ser aproveitadas pelo homem. Alguns desses recursos podem ser renovados, outros não.

Chamamos de recurso natural não renovável aquele que é finito ou que só pode ser renovado ao longo de um intervalo de tempo geológico muito longo.

Minerais são recursos naturais não renováveis. Recursos fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural, levam muito tempo (no mínimo alguns milhões de anos) para se formar, por isso se incluem entre os não renováveis.

Recurso renovável é aquele que não se esgota, que pode ser reciclado ou reproduzido num ritmo constante. O ar e os ventos, a luz do Sol, a água são recursos naturais renováveis. A flora e a fauna também são renováveis porque se reproduzem e voltam a ficar disponíveis. Disponíveis desde que sejam bem cuidados, claro. Cuidar dos recursos naturais implica usá-los de forma econômica e racional, para que os renováveis não se deteriorem por mau uso e os não renováveis não se esgotem rapidamente. Isso é consumo responsável.

FONTE: CONPET. Programa nacional da racionalização do uso dos derivados de petróleo e do gás natural. Disponível em: http://fdnc.io/frM. Acesso em: 21 abr. 2021.

Solicitar aos alunos que observem as imagens e em seguida respondam à atividade 1. Conversar com eles sobre a origem de alguns desses recursos e como eles podem ser reaproveitados. Por exemplo, o petróleo se origina da decomposição de matéria orgânica, coberta por sedimentos e grande massa de água. A partir dele pode-se produzir asfalto, tecidos, gasolina, plástico e outros. Já a prata é um metal com o qual se pode produzir talheres, instrumentos musicais e moedas, entre outros.

Orientar os alunos na leitura e na compreensão da afirmativa da atividade 2. Para a produção de escrita sobre os recursos naturais e a importância de serem bem aproveitados pelas pessoas, orientá-los na redação do texto (destacando características como clareza e precisão) e na elaboração de um desenho que represente a importância de usar de forma consciente os recursos naturais e promover o consumo e produção responsáveis.

Para complementar

2. a) Na produção de texto, o aluno deve indicar argumentos que demonstrem que, embora os recursos naturais sejam necessários para a fabricação de produtos, é importante que sua exploração seja feita de forma sustentável para não causar grandes danos e desequilíbrios ambientais.

Boxe complementar:

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12: Consumo e produção responsáveis

Para desenvolver o ODS 12, que prevê que se assegurem, cada vez mais, padrões de consumo e produção responsáveis para garantir um ambiente seguro para as futuras gerações, pode-se criar uma roda de conversa e anotar na lousa as principais hipóteses dos alunos com relação ao uso sustentável dos recursos naturais. Com os alunos em dupla e utilizando as anotações, orientar a criação de um texto e socializar suas produções.

Fim do complemento.

Explorar inicialmente com os alunos as imagens e os textos do infográfico, questionando: “O que vocês descobriram sobre o processo de produção e distribuição dos combustíveis?”

Depois, como tarefa de casa, orientar a pesquisa dos alunos sobre dois subprodutos do petróleo, indicando seus principais usos. Solicitar que compartilhem sua produção de escrita com os colegas. Verificar se a produção dos textos está adequada em relação ao que foi proposto.

Atividade complementar

Assistir com os alunos o vídeo Caminhos do petróleo, produzido pela Petrobrás, que explica as etapas de exploração do petróleo em nosso país e principais subprodutos desse recurso natural. Disponível em: http://fdnc.io/frP. Acesso em: 21 abr. 2021.

Para leitura do aluno

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

O poço do Visconde, de Monteiro Lobato. Rio de Janeiro: Editora Globinho, 2010.

Em 1937, quando Monteiro Lobato lançou esta obra, o escritor buscava sensibilizar as crianças e os jovens quanto à importância do petróleo e suas formas de exploração. O livro possibilita o aprendizado sobre recursos minerais de forma divertida.

Origem do petróleo

Das muitas teorias sobre o surgimento do petróleo, a mais aceita diz que ele se formou a partir da decomposição de matéria orgânica (principalmente algas), decomposição esta causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias. Esses seres teriam se acumulado no fundo dos mares e lagos e, com o passar de milhões de anos, o peso dos sedimentos sobre eles depositados teria promovido compactação e aquecimento, levando às transformações que deram origem ao petróleo. A temperatura mínima para deflagrar esse processo é 49 ºC, mas ela pode chegar a 177 ºC. Isso corresponde a profundidades de 1.500 e 6.400 metros, respectivamente. Se a matéria orgânica for levada a profundidades maiores, ou seja, submetida a temperaturas superiores a 177 ᵒC, transforma-se em gás ou grafita.

Esse processo de formação é, como se viu, extremamente lento, daí se considerar o petróleo um recurso não renovável.

A rocha onde o petróleo se forma é chamada de rocha geradora. Dela, ele migra para cima até ficar aprisionado na rocha reservatório (se não chegar até a superfície), de onde é extraído. As rochas geradoras mais comuns são folhelhos negros.

FONTE: BRANCO, Pércio de M. Petróleo. CPRM Divulga, 18 ago. 2014. Disponível em: http://fdnc.io/fwn. Acesso em: 21 abr. 2021.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade permite aos alunos determinar e reconhecer os principais recursos minerais e energéticos no Brasil a partir da leitura e da interpretação de um mapa temático.

Fim do complemento.

Orientar a leitura e a interpretação do mapa, chamando a atenção para a legenda e as informações contidas no mapa.

Destacar os recursos minerais que já foram mencionados nas atividades anteriores: ferro, alumínio, petróleo entre outros.

Questionar os alunos sobre quais são as maneiras de transportar os minerais até as indústrias a fim de que sejam transformados em objetos e demais produtos.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade de investigação sobre o processo de produção e exploração do petróleo permite a consulta e a curadoria de fontes de informações, contribuindo com a competência geral da Educação Básica 1. A leitura e a interpretação do mapa mobilizam a utilização da linguagem cartográfica, desenvolvendo o raciocínio espaço-temporal e o pensamento espacial, conforme preconizam a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que identifiquem o assunto do poema e o que ele propõe: dicas de como consumir com consciência, promovendo o consumo e a produção responsáveis.

Escrever na lousa algumas ações sugeridas para que ocorra o consumo consciente: pensar antes de comprar, preferir produtos duráveis, evitar os descartáveis, valorizar empresas responsáveis, evitar excessos de embalagem e pensar na reciclagem.

Chamar a atenção dos alunos para a última estrofe do poema, “Pra mudar, basta coragem”. Conversar com eles sobre o que ela pode significar.

Auxiliar os alunos a registrar um exemplo de consumo responsável que acharam mais significativo no poema e justificar sua escolha.

Conversar com eles sobre a importância de ser um consumidor consciente, explicando as vantagens dessa atitude para o ambiente e para a vida das pessoas.

Comentar que toda forma de consumo tem consequências positivas ou negativas na vida das pessoas, na economia e no ambiente. Por isso, é importante ter consciência dessas consequências quando compramos e descartamos algo.

O que é consumo consciente?

A humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Não é preciso dizer que esta situação certamente ameaçará a vida no planeta, inclusive da própria humanidade.

A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo.

Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em você mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de escolha para construir um mundo melhor.

Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

O consumo consciente é uma questão de hábito: pequenas mudanças em nosso dia a dia têm grande impacto no futuro. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

FONTE: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. O que é consumo consciente? Disponível em: http://fdnc.io/frR. Acesso em: 21 abr. 2021.

Realizar a leitura das frases sobre consumo consciente em voz alta.

Organizar os alunos em grupos para uma produção de escrita, com outras frases e dicas sobre o consumo consciente. Para a elaboração das frases, elas podem ser escritas em diversos meios: folhetos, cartazes, mensagens por celular e outros.

Orientá-los a utilizar a menor quantidade possível de papel na atividade. Se possível, reutilizar papel e dar preferência ao uso de recursos tecnológicos.

Para complementar

2. c) Os alunos podem responder, por exemplo, que as frases poderiam circular por e-mail, por redes sociais, por telefone ou por mensagens de texto ou de voz via smartphones. Essas frases também podem ser divulgadas por meio de cartazes e de comunicados a toda a comunidade escolar, como jornais e circulares.

3. Espera-se que eles identifiquem que consumidores conscientes utilizam mais recursos renováveis que não renováveis e fazem uso de práticas de consumo que reduzem os danos ao ambiente.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O estudo do consumo consciente promove a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta, conforme preconiza a competência geral da Educação Básica 7. O incentivo ao uso de recursos tecnológicos para a apresentação do trabalho favorece o desenvolvimento da competência geral da Educação Básica 5 e fortalece o trabalho com o tema consumo e produção responsáveis.

Fim do complemento.

Orientar os alunos na leitura e na interpretação das informações do gráfico sobre os tipos de transporte de mercadoria no Brasil. Solicitar que identifiquem o tipo de transporte mais utilizado em nosso país e o menos utilizado: rodoviário e aquaviário, respectivamente. Observar que, em geral, os meios de transporte fazem uso de combustíveis poluentes, o que representa um desafio para a produção e o consumo responsáveis.

Organizar uma roda de conversa sobre o tema “Transporte seguro”, possibilitando a reflexão sobre o que é necessário para que o transporte de mercadorias aconteça sem danificar os produtos transportados e garantindo a segurança das pessoas embarcadas no veículo.

Orientar que considerem diferentes tipos de transporte, devido ao fato de que cada um tem características distintas e trafega por diferentes vias.

Auxiliar os alunos na realização de uma pesquisa sobre os principais meios de transporte utilizados para a entrega de mercadorias no lugar onde vivem.

As atividades do capítulo 6 permitem aos alunos identificar os principais meios de transporte no Brasil, além de refletir sobre os desafios da locomoção de pessoas no espaço urbano e sobre a importância da sinalização de trânsito.

A BNCC neste capítulo

Unidades temáticas: Mundo do trabalho; Formas de representação e pensamento espacial.

Objetos de conhecimento: Produção, circulação e consumo; Sistema de orientação.

Habilidades: (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção(transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos; (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas.

Realizar a leitura compartilhada do texto inicial e da notícia, verificando o desenvolvimento do vocabulário dos alunos. Se necessário, orientar a consultar o glossário.

Orientar os alunos na interpretação do texto, identificando o assunto principal (o estado geral das rodovias brasileiras) e as observações sobre os principais tipos de problema identificados.

Solicitar que descrevam os elementos da paisagem retratados na fotografia e comparem essa observação com as informações contidas na notícia.

Atividade complementar

Orientar os alunos na realização de uma pesquisa sobre as principais estradas e rodovias utilizadas por adultos de sua convivência no município onde vivem. Os alunos devem fazer anotações indicando o nome ou o número da estrada ou rodovia e as condições relacionadas a sinalização, conservação, pavimentação, valor de pedágio, postos de serviços, entre outros.

Solicitar aos alunos que observem o infográfico e destaquem os principais elementos representados. Certifique-se de que eles compreenderam os processos relacionados ao cultivo do trigo, à fabricação da farinha e à produção do pão.

Orientar os alunos a descrever oralmente cada etapa, indicando a situação representada, o local, as pessoas envolvidas e os equipamentos utilizados.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Trabalho, ciência e tecnologia

A representação permite aos alunos refletir sobre a aplicação da tecnologia em cada etapa do cultivo do trigo à produção do pão. Solicitar aos alunos que recontem em voz alta esse processo desde a obtenção da matéria-prima até o consumo de pão pelas pessoas.

Fim do complemento.

Para leitura do aluno

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

Do campo à mesa: O caminho dos alimentos, de Teddy Chu. São Paulo: Moderna, 2012.

É uma longa viagem que fazem os alimentos desde o plantio e a colheita nas plantações e a criação e o cuidado com os animais, transportados para a cidade, distribuídos nas centrais de abastecimento até chegar aos consumidores e daí à mesa de refeição.

Mas, afinal, o que é um infográfico?

É um texto da atualidade, que envolve vários elementos, como dados numéricos, imagens e escrita. As informações são compactas e precisas, em uma união da linguagem visual com a verbal. Por ser composto de elementos de variadas formas de linguagem, pode ser considerado um texto multimodal. E a BNCC traz essa proposta de utilizar textos multimodais. [...]

Pode ser considerado um texto jornalístico, pelo predomínio de sua função informativa e pelos canais onde geralmente é veiculado: jornais, sites e revistas.

Mas ele também apresenta características de texto instrucional, informativo, pois pode explicar e dar orientações precisas para a realização de uma atividade, como se prevenir de alguma doença.

Textos como os infográficos têm tudo a ver com a nova geração de leitores, que esperam e querem entender tudo de maneira clara, objetiva e rápida.

FONTE: MANSANI, Mara. Como trabalhar leitura e escrita de infográficos na alfabetização. Nova Escola. Disponível em: http://fdnc.io/6AE. Acesso em: 21 abr. 2021.

Comentar com os alunos que, na safra de 2018-2019, foram produzidos no Brasil aproximadamente 5 milhões de toneladas de trigo. No entanto, para atender ao consumo interno, foram importados cerca de 7 milhões de toneladas de trigo no mesmo período.

Solicitar aos alunos que observem que a farinha de trigo passa por um processo de moagem antes de ser utilizada para fazer o pão ou outros alimentos.

Orientá-los para que indiquem outros exemplos de alimentos produzidos a partir do trigo (como bolo, pizza, torta etc.).

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades possibilitam aos alunos indicar as direções cardeais em uma planta cartográfica, adotando como referência a rosa dos ventos.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que façam uma observação geral da planta cartográfica e identifiquem suas principais características, como o título, a orientação, a escala e a legenda.

Destacar os pontos marcados em verde na planta cartográfica para que os alunos identifiquem os locais de entrega da farinha de trigo.

Com base na legenda, solicitar aos alunos que elaborem outros símbolos para representar os elementos representados na planta cartográfica. Compartilhar os símbolos produzidos, indicando que existem diferentes possibilidades de se representar elementos da paisagem. Comentar que os símbolos utilizados em mapas e plantas cartográficas que se assemelham ao objeto real são denominados pictogramas.

Atividade complementar

É importante que os alunos saibam se orientar no lugar onde vivem e tenham a possibilidade de utilizar algumas referências para indicar diferentes direções. Os alunos poderão utilizar a planta cartográfica do município onde vivem e trabalhar as direções cardeais para determinar a posição do bairro da escola em relação ao bairro onde moram. Para essa atividade, desenhe a rosa dos ventos e posicione sobre a planta do município para determinação das direções cardeais.

A cartografia e a elaboração de mapas

A cartografia é o conjunto de estudos e operações lógico-matemáticas, técnicas e artísticas que, a partir de observações diretas e da investigação de documentos e dados, intervém na construção de mapas, cartas, plantas e outras formas de representação, bem como no seu emprego pelo homem. Assim, a cartografia é uma ciência, uma arte e uma técnica.

A figura cartográfica (mapa, carta ou planta) é uma representação que, no uso cotidiano, é utilizada desde a localização de cursos d’água, de caças, de grutas pelo homem das cavernas a turistas em viagens e compradores/vendedores de imóveis.

Como uso científico, para a Geografia e outras ciências, a cartografia oferece a compreensão espacial do fenômeno. Tanto para o uso cotidiano como para o científico, a figura cartográfica tem, a princípio, uma função prática.

Ela serve como instrumento de conhecimento, domínio e controle de um território. A confecção de um mapa envolve, desde o início, o conhecimento físico (natureza) e social do território representado. As distâncias e localizações dos fatos geográficos devem ser estabelecidas com precisão. A posição em que se encontram devem ser corretamente fixadas, tendo em conta os pontos cardeais e os colaterais. As distâncias verdadeiras precisam ser reduzidas de acordo com uma escala adequada. A construção do mapa deve iniciar ainda na educação infantil através da alfabetização cartográfica.

FONTE: CASTROGIOVANNI, Antonio C. Apreensão e compreensão do espaço geográfico. In: CASTROGIOVANNI, Antonio C. et al. (org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 5ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2006. p. 96-97.

Solicitar aos alunos que leiam cada um dos itens das atividades. Se julgar pertinente, sugerir a eles que realizem as atividades em duplas.

Orientá-los a observar a direção que o caminhão deve tomar para passar em todos os locais de entrega de farinha e a utilizar a rosa dos ventos adequadamente, localizando as direções indicadas.

Em uma roda de conversa, pedir aos alunos que relatem seus registros, justificando as escolhas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A leitura e a interpretação da planta cartográfica e a determinação das direções cardeais mobilizam o uso da linguagem cartográfica e contribuem para o desenvolvimento do pensamento espacial, aproximando os alunos da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que leiam o poema em voz alta. Conversar com eles sobre o eu lírico do poema, o sentimento gerado nele, o motivo desse sentimento e sua reação diante de tal sentimento.

Comentar com os alunos que engarrafamentos, também chamados congestionamentos, são situações muito comuns em muitas cidades. Solicitar que relatem se isso ocorre no lugar onde vivem e como reagem as pessoas que passam por essa situação.

Fazer uma reflexão coletiva sobre as principais razões que podem ocasionar os engarrafamentos nas cidades, em quais tipos de cidades eles são mais frequentes e como podem impactar o ambiente, contribuindo para que os alunos reflitam sobre como as maneiras de locomoção podem promover ou não a produção e o consumo responsáveis.

Orientar os alunos na reflexão sobre as vantagens e desvantagens do uso do transporte particular e do transporte público em uma cidade.

Conversar com eles sobre os meios de transporte utilizados pelas pessoas que vivem nas cidades, como ônibus, metrô, carro, bicicleta e outros.

Fazer uma lista, na lousa, com exemplos de meio de transporte coletivo e individual.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao refletir sobre os desafios da locomoção de pessoas no espaço urbano, os alunos são incentivados a agir coletivamente com autonomia e responsabilidade, tomando decisões com base em princípios éticos, inclusivos, sustentáveis e solidários, além de estabelecer conexões entre diferentes temas da Geografia para compreender como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza, aplicando o princípio do raciocínio geográfico de conexão, conforme preconizam a competência geral da Educação Básica 10 e as competências específicas de Geografia 2 e 3.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que observem as duas imagens e indiquem semelhanças e diferenças entre elas. Orientá-los a contar o número de automóveis e de ônibus representados nas imagens, inferindo a quantidade de pessoas que podem ser transportadas em cada situação.

Conversar com eles sobre a importância de utilizar o transporte coletivo, indicando, entre outros fatores, o transporte de maior número de pessoas, as melhorias no trânsito e a diminuição da poluição do ar. Enfatizar que a opção pelo transporte coletivo é coerente com a adoção de métodos de produção e consumo responsáveis.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação para o trânsito

Esta é uma boa oportunidade para tratar da temática da educação para o trânsito com o objetivo de estimular nos alunos o desenvolvimento da consciência crítica a respeito da locomoção em áreas urbanas, suas vantagens e desvantagens. Fazer um levantamento com os alunos dos meios de transportes que utilizem para vir à escola e que utilizam em seus passeios. Criar na lousa um gráfico de barras com os dados e avaliar, com os alunos, a situação do transporte mais utilizado em relação à poluição do ar atmosférico.

Fim do complemento.

Os benefícios do transporte coletivo

O transporte público é um serviço fundamental para permitir o acesso às necessidades básicas do cidadão moderno, que precisa deslocar-se de um ponto a outro. Para que a cidade funcione bem é preciso que o transporte seja eficiente. Quanto menor o tempo de deslocamento, mais liberdade uma pessoa terá para realizar outras atividades, produtivas ou não. Além disso, quanto mais agradável o meio de transporte, maiores os benefícios diretos para o cidadão ao longo do percurso realizado.

FONTE: BERTUCCI, Jonas de O. Os benefícios do transporte coletivo. Boletim Regional, Urbano e Ambiental, Rio de Janeiro: Ipea, n. 5, p. 78, jun. 2021.

Orientar os alunos na leitura e na interpretação das informações do quadro. Solicitar que calculem o número de pessoas representadas no quadro e a quantidade de veículos necessários para transportá-las.

Comentar algumas vantagens do uso da bicicleta. Por exemplo: baixo custo de manutenção, não emissão de gases poluidores e nocivos à saúde, possibilidade de praticar uma atividade física com benefícios à saúde. Destacar também os fatores que dificultam o uso de bicicletas nas cidades, como a falta de ciclovias e ciclofaixas.

Ressaltar que os ônibus também são uma boa alternativa e contribuem para a redução de congestionamentos.

Comentar com eles que em algumas cidades do mundo existem ônibus movidos a hidrogênio, que não poluem e não fazem barulho. Pelo escapamento desses veículos é liberado apenas vapor de água. Investimentos em transportes não poluentes correspondem a uma boa direção para enfrentar o desafio da mobilidade urbana nas cidades. Atualmente, muitos ônibus e carros elétricos já circulam em diversas cidades do mundo e do Brasil, atenuando a emissão de gases poluentes no ar.

O que é mobilidade urbana sustentável?

Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo. A opção pelo automóvel – que parecia ser a resposta eficiente do século 20 à necessidade de circulação – levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação do espaço público. No Brasil, a frota de automóveis e motocicletas teve crescimento de até 400% nos últimos dez anos.[...]

FONTE: MOBILIZE BRASIL. O que é mobilidade urbana sustentável. Disponível em: http://fdnc.io/fwo. Acesso em: 21 abr. 2021.

• Solicitar aos alunos que observem o quadro e leiam em voz alta as informações contidas nele. Verificar a fluência em leitura oral dos alunos.
• Orientá-los a prestar atenção ao ritmo e à precisão da leitura, de maneira a torná-la progressivamente mais agradável.
• Comentar a importância de ler e interpretar corretamente a sinalização de trânsito que serve para organizar o fluxo de veículos e pedestres.
• Para desenvolver essa temática, propor aos alunos que façam uma caminhada nos arredores do lugar de vivência, na companhia de um adulto. Solicitar a eles que observem: a quantidade de veículos circulando nas vias públicas; se são particulares ou públicos; as condições das calçadas e dos passeios públicos; a presença de sinais luminosos nos cruzamentos e de placas de regulamentação e advertência; situações de desrespeito às leis de trânsito.
• Depois, em sala de aula, listar na lousa as situações favoráveis e desfavoráveis que presenciaram em relação à mobilidade de pessoas e veículos. Caso tenham identificado situações de desrespeito a pedestres e motoristas, pode-se elaborar uma carta ou e-mail para ser encaminhado para o setor de trânsito da prefeitura municipal informando os problemas detectados.
• Solicitar que elaborem cartazes de conscientização sobre os meios de transporte nas cidades, suas vantagens e desvantagens.
• Comentar que os cartazes deverão conter ilustrações sobre o uso de ônibus, bicicleta, metrô e carro e informações sobre o espaço que ocupam, o número de pessoas que transportam e a poluição que geram.
• Expor os cartazes solicitando aos alunos que indiquem seus significados e sua importância para a orientação de pedestres e veículos e afixá-los na sala de aula.
• Observar a produção de escrita dos cartazes, verificar se os alunos escreveram corretamente as palavras e se produziram os textos adequados em relação ao que foi proposto.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 5 e 6.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

Representar as etapas de produção, desde a obtenção de matérias-primas até o consumo do produto final.

Durante a atividade, pode-se dispor de tempo para que os alunos pesquisem na internet, em livros ou em jornais os produtos que serão representados. A atividade prevê que eles selecionem informações sobre produtos extraídos ou fabricados no município onde vivem, identificando aspectos relacionados a sua produção, circulação e consumo. Além de apresentar os resultados da pesquisa na forma de produção escrita, espera-se que eles elaborem uma representação que demonstre as etapas de fabricação do produto selecionado. Na correção, pode-se considerar a curadoria e uso de fontes confiáveis para a elaboração da pesquisa, pela validade das informações trazidas e pela capacidade de indicar etapas do ciclo de produção de um produto com base na representação pictórica ou esquemática.

Refletir sobre ações cotidianas que podem comprometer o ambiente ou a qualidade de vida das pessoas.

Propor aos alunos o teste sobre consumo responsável e consciente considerando seus hábitos cotidianos. Eles devem obter o resultado do teste elaborando cálculo matemático de soma e, depois, refletir sobre práticas de consumo por meio de uma produção de escrita. Na correção, podem-se considerar critérios como a qualidade da produção textual, observando aspectos como clareza, correção gramatical e argumentação.

Autoavaliação

A autoavaliação é uma atividade individual e permite aos alunos revisitar o processo de suas aprendizagens e a postura de estudante, refletindo sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade, não é necessário atribuir uma pontuação ou conceito aos alunos. As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não foram aparentemente consolidados.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades de coleta de informações e o teste sobre consumo consciente exercitam a curiosidade intelectual, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a investigação e a criatividade para investigar causas e testar hipóteses, conforme preconiza a competência geral da Educação Básica 2.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão problema possibilita aos alunos identificar a importância dos meios de comunicação na integração entre campo e cidade. Conversar com eles sobre essa questão e registrar suas respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na Conclusão do módulo.

Fim do complemento.

Realizar a leitura dos textos verificando a fluência em leitura oral dos alunos e a compreensão de que o espaço urbano e o espaço rural se relacionam entre si. Importante que eles reconheçam que os municípios são formados, de modo geral, por um espaço urbano e um espaço rural. No espaço urbano está a cidade, onde se localiza a prefeitura (sede do município), enquanto no espaço rural situam-se, geralmente, as fazendas, os sítios e as chácaras.

As atividades do capítulo 7 permitem aos alunos identificar as relações de interdependência entre o espaço urbano e o espaço rural, avaliando locais de produção e consumo de produtos e o deslocamento populacional entre esses espaços, enfatizando o fenômeno do êxodo rural.

A BNCC neste capítulo

Unidades temáticas: Conexões e escalas; Mundo do trabalho.

Objetos de conhecimento: Relação campo e cidade; Produção, circulação e consumo.

Habilidades: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas; (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos.

Destacar a relação de complementaridade entre o espaço urbano e o espaço rural, citando alguns exemplos, e sugerir aos alunos uma produção de escrita em que elaborem um pequeno texto coletivo sobre a interdependência entre o espaço rural e o espaço urbano dos municípios, destacando: matérias-primas do espaço rural que vão para o espaço urbano; produtos que saem do espaço urbano e são transportados para o espaço rural; as atividades comerciais e de turismo características de cada um desses espaços; e os modos de vida e trabalho das pessoas que vivem nesses espaços.

Socializar os textos produzidos pelos alunos e sugerir reescritas quando necessário.

Para complementar

1. No exemplo 1, tomates são produzidos no espaço rural e serão consumidos pelos habitantes do espaço urbano. No exemplo 2, o trator, produzido industrialmente, é comercializado no espaço urbano e será utilizado no campo.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A interdependência entre o campo e a cidade pressupõe a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza, permitindo comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados e reconhecer a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza, conforme preconizam a competência geral da Educação Básica 9, a competência específica de Ciências Humanas 5 e a competência específica de Geografia 2.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos a leitura do texto em voz alta, cuidando da fluência em leitura oral. Pedir que observem as imagens e identifiquem as etapas, os locais (espaço rural ou urbano), as pessoas, as atividades e os materiais envolvidos na produção de um livro.

Conversar com eles sobre a importância do manejo florestal, em que se utilizam técnicas com o intuito de causar o menor impacto ambiental possível. Verificar se no lugar de vivência dos alunos há áreas de cultivo de eucaliptos.

Comentar a existência de madeiras certificadas que são extraídas de florestas naturais e plantadas, mas conservando os recursos hídricos, o solo e a biodiversidade. Demonstrar que a opção pelas madeiras certificadas é uma forma de empresas e consumidores adotarem práticas de produção e consumo responsáveis.

A paisagem e a construção do espaço

[...] A produção do espaço é resultado das ações dos homens agindo sobre o próprio espaço através dos objetos naturais e artificiais. Cada tipo de paisagem é a reprodução de níveis diferentes de forças produtivas, materiais e imateriais, pois o conhecimento também faz parte do rol das forças produtivas. A paisagem artificial é a paisagem transformada pelo homem; já, grosseiramente, podemos dizer que a paisagem natural é aquela ainda não mudada pelo esforço humano. Se no passado havia a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente já não existe. Se um lugar não é fisicamente tocado pela força do homem, ele é, todavia, objeto de preocupações e de intenções econômicas ou políticas. Tudo hoje se situa no campo de interesse da história, sendo, desse modo, social.

FONTE: SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2008. p. 70-71.

Identificar onde costuma ocorrer cada fase da produção do livro e a ligação entre os espaços urbano e rural.

Orientar os alunos na resolução das atividades e compartilhar as respostas delas.

Atividade complementar

Com os alunos em grupos, solicitar que observem os materiais que utilizam em sala de aula (livros, cadernos, lápis ou outros).

Chamar a atenção deles para as matérias-primas utilizadas, o tipo de indústria e o possível local de origem do produto escolhido pelos alunos.

Em uma roda de conversa, solicitar que compartilhem com os colegas as informações obtidas e que falem sobre algumas das etapas de produção desses produtos, identificando a integração entre campo e cidade.

Conversar com eles sobre como pode ter sido feito o transporte desses produtos desde a obtenção da matéria-prima até a escola.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Conhecer as matérias-primas utilizadas na confecção de objetos, móveis e utensílios estimula os alunos a construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental, aproximando-se da competência específica de Geografia 6.

Fim do complemento.

Orientar os alunos na leitura e na interpretação da tabela sobre a distribuição da população brasileira nos espaços urbano e rural. Solicitar que verifiquem o que ocorreu com a população rural no período de 1970 a 2010, chamando a atenção para o ano em que a população urbana se tornou maior que a rural no Brasil.

Comentar que a diminuição da população rural está ligada à mudança de parte dessa população para o espaço urbano em busca, principalmente, de oportunidades de trabalho e melhores condições de vida.

Auxiliar os alunos na pesquisa sobre a atual situação da população rural e urbana.

Orientar que compartilhem os resultados da pesquisa com os colegas.

População urbana e rural no Brasil

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28% dos brasileiros vivem em áreas rurais. A Grande Região com maior percentual de população urbana é o Sudeste, com 93,14% das pessoas vivendo em áreas urbanas. A Região Nordeste é a que conta com o maior percentual de habitantes vivendo em áreas rurais, 26,88%. Nas décadas de 1970 e 1980 o Brasil sofreu um intenso processo de êxodo rural. A mecanização da produção agrícola expulsou trabalhadores do campo que se deslocaram para as cidades em busca de oportunidades de trabalho. Hoje, o deslocamento do campo para a cidade continua, porém, em percentuais menores.

O intenso processo de urbanização no Brasil gerou o fenômeno da metropolização (ocupação urbana que ultrapassa os limites das cidades) e, consequentemente, o desenvolvimento de grandes centros metropolitanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Manaus, entre outros.

FONTE: IBGE. População rural e urbana. IBGEeduca. Disponível em: http://fdnc.io/fnP. Acesso em: 21 abr. 2021.

Solicitar aos alunos que, antes da leitura do texto da seção Você sabia?, observem as fotografias e descrevam seus elementos principais, identificando o local, a atividade realizada e as pessoas envolvidas.

Realizar a leitura coletiva do texto e verificar se os alunos compreenderam os dois principais motivos do êxodo rural e se identificam algum outro.

Organizar uma roda de conversa sobre a situação da maioria dos moradores do campo que vão para a cidade, os motivos de sua mudança e os problemas que enfrentam no espaço urbano.

Comentar que as realidades dos espaços rurais brasileiros são distintas nas diversas localidades do país e que em alguns locais existem outros fatores que favorecem a migração de pessoas para os espaços urbanos. Nem sempre esses migrantes vivenciam condições de vida precárias na cidade, mas essa situação ocorre com muitas famílias.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Os conhecimentos sobre as diferenças de condições de vida das populações rural e urbana incentivam os alunos na construção de uma sociedade justa e democrática e no exercício do respeito às diferenças e dos direitos humanos, conforme preconizam a competência geral da Educação Básica 1 e a competência específica de Ciências Humanas 1.

Fim do complemento.

Orientar os alunos a observar a representação do espaço urbano e do espaço rural, relatando o que mais lhes chamou a atenção. Destacar que a situação representada é fictícia, e as inúmeras atividades que podem ser observadas estão concentradas num espaço reduzido. O intuito é favorecer a reflexão de como os diferentes meios de transporte e de comunicação podem ser utilizados no espaço rural e no espaço urbano.

Solicitar que indiquem a visão em que representação foi produzida (visão oblíqua). Perguntar quais foram os meios de transporte e de comunicação representados no espaço urbano e no espaço rural.

Para leitura do aluno

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

O caminhão, de Lúcia Hiratsuka. São Paulo: Cortez, 2017.

A mãe e duas filhas à espera do caminhão, olhando pela janela. Histórias dos lugares, das paisagens por onde passa o caminhão, esse trajeto que encontra gentes, animais, construções, ventos e chuvas… E o que traz esse caminhão? De onde ele vem? Pode-se seguir... ou esperar com a família o dia em que chega o caminhão.

As atividades desenvolvidas no capítulo 8 permitem aos alunos refletir sobre os diferentes meios de transportes e de comunicação podem conectar o espaço urbano e espaço rural.

A BNCC neste capítulo

Unidades temáticas: Conexões e escalas; Formas de representação e pensamento espacial.

Objetos de conhecimento: Relação campo e cidade; Sistemas de orientação.

Habilidades: (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas; (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas.

Conversar sobre os meios de transporte que um morador do espaço rural pode utilizar para se locomover até o espaço urbano.

Propor que pensem como um morador do espaço rural pode adquirir um produto no espaço urbano sem sair do lugar onde vive.

Solicitar que citem os meios de transporte e de comunicação mais utilizados no lugar onde vivem.

Atividade complementar

Dividir os alunos em grupos e disponibilizar os gráficos relacionados à pesquisa sobre a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil em 2018, disponível no site do IBGE: http://fdnc.io/fwp. Acesso em: 21 abr. 2021.

Solicitar que parte dos alunos observe os dados relacionados ao uso dos meios de comunicação pelas pessoas que habitam espaços rurais e que outra parte observe os dados relacionados às populações que vivem em espaços urbanos. Solicitar aos alunos que identifiquem os principais meios de comunicação utilizados, razões da preferência ou principais problemas no uso. Ao final, os grupos que analisaram os dados referentes à população rural devem reportar para os que se ativeram à população urbana suas conclusões e vice-versa.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao trabalhar com a temática do transporte e da comunicação nos espaços rurais e urbanos, os alunos são incentivados a utilizar diferentes linguagens (cartográfica e iconográfica) para partilhar informações em diferentes contextos, desenvolvendo o raciocínio espaço-temporal para entender a interação sociedade/natureza e o princípio do raciocínio geográfico de conexão entre distintas localidades, conforme preconizam a competência geral da Educação Básica 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e as competências específicas de Geografia 1 e 3.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade possibilita aos alunos ler e interpretar gráficos de barras.

Fim do complemento.

Orientar os alunos na leitura e na interpretação das informações e compartilhar a resposta das atividades. Com base nas respostas do item c, pode-se solicitar aos alunos que elaborem gráficos que indiquem os meios de comunicação e de transporte mais utilizados pela turma, conforme o exemplo.

Solicitar que pintem para cada item a quantidade de retângulos correspondentes e elaborem a legenda indicando uma cor diferente para cada objeto quantificado.

Para complementar

c) Professor, fazer um levantamento dos meios de comunicação e de transporte mais utilizados pelos alunos da sala para que eles possam fazer o registro dos mais utilizados.

Gráficos: fazer e entender

A criança observa o gráfico e distingue sua forma e conteúdo, extraindo a informação. Em estágios sucessivos de “melhoramento” mediante a elaboração e leitura de gráficos, o aluno passa a perceber a relação entre as informações, antes isoladas, até chegar à síntese. Ao analisar os dados e fazer a síntese, a criança pode perceber a Geografia presente nos dados. [...]

É importante que os professores ofereçam situações reais para que as crianças observem, coletem, dados concretos do espaço de vivência e elaborem gráficos. Essa linguagem é importante para cidadãos do mundo, porque é universal; expõe a essência da informação, desenvolve o pensamento lógico; uma importante ferramenta para a investigação e apresentação dos resultados de uma pesquisa.

FONTE: PASSINI, Elsa Y. Gráficos: fazer e entender. In: PONTUSCHKA, Nídia N.; OLIVEIRA, Ariovaldo U. de (org.) Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002. p. 209.

Realizar a leitura da notícia e esclarecer dúvidas do vocabulário, importante para a compreensão do texto.

Conversar com os alunos sobre as informações do texto: o tipo de tecnologia mencionado, as vantagens, quem se beneficiou com ela e o que mudou na vida das pessoas que passaram a usá-la. As atividades propostas permitem ao aluno realizar a compreensão de textos.

Orientar os alunos na observação da fotografia a fim de que identifiquem o objeto tecnológico presente nela e como esse objeto pode favorecer as pessoas e as atividades nos espaços rurais.

Anotar na lousa as principais colocações dos alunos com relação à importância da telefonia móvel e da internet para as pessoas que vivem no espaço rural.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O trabalho com gráficos estimula o desenvolvimento do pensamento espacial e do raciocínio espaço-temporal, incentivando os alunos no uso da linguagem cartográfica, conforme preconizam a competência específica da Geografia 3 e a competência específica de Ciências Humanas 7. A discussão a respeito do uso da internet no espaço rural permite aos alunos refletir sobre o uso das Tecnologias de Informação de Comunicação (TIC), de acordo com a competência geral da Educação Básica 5.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade permite aos alunos realizar a leitura de uma planta cartográfica, localizando alguns elementos da paisagem do espaço urbano e do espaço rural, a partir das direções cardeais e colaterais.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que façam a leitura da legenda da planta cartográfica e identifiquem quais elementos da paisagem estão localizados no espaço urbano e no espaço rural do município representado.

Escrever na lousa o nome dos elementos da paisagem do espaço rural e perguntar se eles poderiam estar localizados no espaço urbano de um município.

Fazer a mesma reflexão com relação aos elementos do espaço urbano questionando se poderiam estar localizados no espaço rural do município.

A relação cidade-campo

A relação cidade-campo é uma temática complexa, polêmica, instigante e muito relevante na ciência geográfica, uma vez que a distinção e delimitação entre a cidade e o campo tornaram-se uma tarefa mais difícil a partir da acentuação das articulações entre esses espaços. As inúmeras transformações socioespaciais observadas no campo e na cidade são advindas da internacionalização do capital, que engendrou mudanças substanciais na economia brasileira, podendo-se destacar a maior integração socioeconômica entre as regiões do país. A diversificação dos serviços, impulsionada por uma infraestrutura de transportes e comunicações mais moderna e dinâmica nas cidades e a modernização do campo, que mesmo não tendo ocorrido de forma homogênea, reestruturou-o, intensificaram os fluxos entre esses espaços.

FONTE: ARAÚJO, Flávia Aparecida V. de; SOARES, Beatriz R. Relação cidade-campo: desafios e perspectivas. Campo-território, v. 4, n. 7, p. 201-229, fev. 2009.

Chamar a atenção dos alunos para a rosa dos ventos indicada na planta cartográfica.

Localizar as diferentes direções, retomando os conhecimentos construídos com relação aos pontos cardeais e colaterais.

Comentar com os alunos que, ao longo do tempo, astros e instrumentos, como a bússola, serviram para ajudar as pessoas a se orientar e determinar os pontos cardeais e colaterais. A bússola é um instrumento que possui uma agulha imantada que se move a partir da atração do polo magnético terrestre e aponta sempre para a direção norte. Ela é construída tendo como referência a rosa dos ventos, que auxilia o usuário a determinar os demais pontos cardeais e colaterais. Atualmente, o uso de tecnologias como o GPS (Global Positioning System) auxilia na orientação e localização das pessoas com maior precisão.

Orientar os alunos na realização das atividades e compartilhar suas respostas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos da paisagem no campo e na cidade, os alunos utilizam a linguagem cartográfica e desenvolvem o pensamento espacial e o raciocínio geográfico, conforme preconizam a competência especifica de Ciências Humanas 7 e as competências específicas de Geografia 3 e 4.

Fim do complemento.

Para leitura do aluno

Máquinas do tempo, de Cassiana Pizaia, Rima Awada e Rosi Villas Boas. São Paulo: Editora do Brasil, 2017.

Tecnologias do passado e do presente parecem irreconciliáveis. Um menino, com seu tablet e seu celular, e seu avô, com seu jornal e fitas de vídeo, conseguem estabelecer um diálogo com base no afeto que nutrem um pelo outro.

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 7 e 8.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

Reconhecer a interdependência entre campo e cidade.

Espera-se que os alunos observem as fotografias e identifiquem qual mercadoria está sendo produzida, em qual tipo de espaço (urbano/rural) e onde ela está sendo vendida ou utilizada.

Reconhecer diferentes formas de integração entre os espaços rurais e urbanos, considerando os meios de transporte e comunicação.

Espera-se que os alunos elaborarem uma carta enigmática utilizando as palavras e as figuras, resultando em um enigma, estratégia lúdica de desenvolvimento de linguagem. Na correção, pode-se considerar a utilização pertinente de todas as palavras indicadas a partir de símbolos e a coerência na construção da carta enigmática.

Autoavaliação

A autoavaliação é uma atividade individual e permite aos alunos revisitar o processo de suas aprendizagens e a postura de estudante, refletindo sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade, não é necessário atribuir uma pontuação ou conceito aos alunos. As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não foram aparentemente consolidados.