UNIDADE 3. As paisagens brasileiras

A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, para garantir a troca de conhecimento entre os alunos.

As atividades propostas permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.

Solicitar aos alunos que observem a representação e identifiquem na paisagem os elementos naturais e os elementos humanizados (antrópicos), ou seja, aqueles que foram feitos pelos seres humanos.

Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos com relação aos aspectos físico-naturais da paisagem, como relevo, hidrografia, clima e vegetação, além dos aspectos humanizados, como as atividades de trabalho e os modos de vida das pessoas.

A paisagem

A paisagem revela a realidade do espaço em um determinado momento do processo. O espaço é construído ao longo do tempo de vida das pessoas, considerando a forma como vivem, o tipo de relação que existe entre elas e que estabelecem com a natureza. Dessa forma, o lugar mostra, através da paisagem, a história da população que ali vive, os recursos naturais de que dispõe e a forma como se utiliza de tais recursos.

A paisagem é o resultado do processo de construção do espaço.

FONTE: CALLAI, Helena C. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio C. et al. (org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 5ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2006. p. 96-97.

Perguntar aos alunos se a paisagem representada tem semelhanças com o lugar onde vivem e solicitar a eles que descrevam oralmente como é a paisagem do lugar de vivência.

Orientar os alunos a comparar as diferenças entre as paisagens assinaladas com as letras A, B e C.

Perguntar sobre que tipo de atividades econômicas as pessoas podem realizar nos espaços urbanos e rurais e como essas atividades podem transformar as paisagens naturais.

Realizar uma roda de conversa avaliando por que algumas localidades estão mais propícias à ocupação humana do que outras, considerando características físico-naturais, localizações estratégicas, povoamento, questões culturais, entre outros fatores.

Primeiros contatos

1. Os alunos podem indicar que a paisagem A é uma paisagem urbana, que foi transformada pelas pessoas; a paisagem B é uma paisagem natural, coberta por vegetação, com serras e rios (não ocupada pelas pessoas); e a paisagem C é uma paisagem rural, também transformada pelas pessoas, mas não com tantas alterações como é comum nas cidades.

2. Atividade de levantamento de hipóteses. Os alunos podem responder que o relevo inibe a ocupação dessa área pelas pessoas, que a vegetação original foi mantida para favorecer a qualidade da água, entre outros motivos.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão problema possibilita aos alunos refletir sobre as principais características das paisagens brasileiras, analisando quais ações naturais e humanas têm levado à sua transformação ao longo do tempo. Conversar com eles sobre essa questão e registrar suas respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na Conclusão do módulo.

Fim do complemento.

Realizar a leitura do texto inicial em voz alta e verificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o relevo, suas principais formas e altitudes.

Solicitar a eles que elaborem as atividades a partir da observação do bloco-diagrama, que representa parte do relevo em visão oblíqua, e do perfil topográfico, que mostra a mesma parte do relevo em visão frontal.

As atividades do capítulo 9 permitem aos alunos conhecer algumas características das paisagens naturais brasileiras, com relação ao relevo e à hidrografia, identificando a interferência da ação humana na transformação da paisagem e suas consequências.

A BNCC neste capítulo

Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.

Objeto de conhecimento: Conservação e degradação da natureza.

Habilidade: (EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades propostas possibilitam aos alunos ler e interpretar um mapa físico do Brasil.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que observem o mapa físico do Brasil desta página e que verifiquem suas principais características, relacionando suas cores à legenda, que contém as diferentes altitudes do relevo brasileiro.

Orientá-los a identificar os pontos com maior altitude e os com menor altitude evidenciados pelas cores que se encontram no perfil de relevo que consta na legenda.

Identificar os picos mais altos do Brasil: Pico da Neblina, Pico 31 de Março e Pico da Bandeira. Se possível, acessar com os alunos as imagens do Atlas escolar virtual do IBGE, que exemplifica diferentes formas de representar o relevo e aprofunda o conceito de altimetria e das curvas de nível.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao abordar o relevo e a hidrografia do Brasil, os alunos são incentivados a valorizar conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico e explicar a realidade, contribuindo com a consciência socioambiental e a argumentação com base em fatos, dados e informações, conforme preconizam as competências gerais da Educação Básica 1 e 7, a competência específica de Ciências Humanas 6 e a competência específica de Geografia 6.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que observem a representação das principais formas de relevo existentes no Brasil. Se possível, organizá-los em grupos e pedir a cada um deles que leia as características de uma das formas de relevo representadas.

Explorar as formas de relevo que aparecem nas fotografias, destacando os principais elementos que formam cada uma das paisagens.

Relacionar as formas de relevo existentes no lugar de vivência dos alunos às fotografias das áreas de planalto, planície e depressão.

Comentar com os alunos que podemos encontrar morros, serras e chapadas em áreas de planaltos.

Pontos mais altos do Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou a altitude dos sete maiores pontos culminantes do país. Os dois pontos mais altos, os picos da Neblina e o 31 de Março, ficaram oficialmente 1,52 metro mais elevados. Segundo as medições feitas no final de 2015, o Pico da Neblina passou a ter 2.995,30 metros.

De acordo com a medição anterior, feita em 2004 e 2005, o principal ponto culminante do Brasil, localizado na Serra do Imeri, no Amazonas, tinha 2.993,78 metros.

O segundo mais alto pico brasileiro, o 31 de Março, situado na mesma serra, a menos de um quilômetro de distância do Pico da Neblina, passou de 2.972,66 na medição de 2004/2005 para 2.974,18 metros na medição atual.

Essa revisão da altitude não significa que o pico ficou mais alto, mas sim que as tecnologias e os modelos de medição estão mais avançados.

FONTE: ABALA, Vitor. IBGE revê altitude de sete picos brasileiros: o da Neblina fica mais alto. Agência Brasil, 29 fev. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fwq. Acesso em: 21 abr. 2021.

• Organizar uma roda de conversa e comentar sobre as influências das formas do relevo na vida das pessoas.

  Se achar conveniente, comentar sobre algumas destas informações:

  Planaltos são superfícies mais ou menos planas, delimitadas por escarpas, nas quais prevalecem os processos de erosão e desgaste. Situam-se, geralmente, em altitudes superiores a 300 metros;

  Planícies são formas de relevo mais ou menos planas e de origem sedimentar, pois nesses locais existe um acúmulo maior de sedimentos do que em outras formas de relevo; elas localizam-se em baixas altitudes, ou seja, são pouco elevadas em relação ao nível do mar (até 300 metros). As principais planícies são as costeiras (localizadas ao longo dos litorais) e as continentais (situadas próximo a rios no interior dos continentes, como a Planície Amazônica);

  Depressões são as áreas rebaixadas do relevo terrestre em relação ao nível do mar ou às áreas vizinhas. Podem ser absolutas (quando estão localizadas abaixo do nível do mar) ou relativas (localizadas acima do nível do mar).

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  Ao explorar diferentes formas de relevo existentes no lugar de vivência dos alunos, desenvolvem-se os princípios do raciocínio geográfico de analogia e diferenciação, conforme preconiza a competência específica de Geografia 3.

  Fim do complemento.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade possibilita aos alunos observar e interpretar um mapa das unidades de relevo do Brasil.

Fim do complemento.

Ler o texto em voz alta e explicar que o projeto Radambrasil foi iniciado em 1970 com o objetivo de coletar dados sobre recursos minerais, solos, vegetação, uso da terra e cartografia da Amazônia e de áreas adjacentes. O uso de imagens de radar nesse projeto possibilitou conhecer melhor as formas do relevo dessa área, pois a formação de nuvens e a cobertura vegetal não dificultavam a coleta de dados.

Solicitar que reconheçam as principais formas de relevo do Brasil: as planícies, os planaltos e as depressões a partir das cores da legenda do mapa.

Orientar os alunos a localizar no mapa a unidade da federação onde vivem e a forma de relevo predominante nela.

Solicitar que indiquem a forma de relevo na qual se encontram os picos mais altos do Brasil e a forma de relevo na qual se encontram os locais de menor altitude.

Comentar que na Região Norte estão os picos mais altos do Brasil, mas também algumas das regiões de menor altitude, como as próximas aos leitos dos rios.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao analisar o mapa sobre as unidades de relevo brasileiras, os alunos desenvolvem os princípios do raciocínio geográfico de extensão e diferenciação, aproximando-se da competência geral da Educação Básica 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e das competências específicas de Geografia 3 e 4.

Fim do complemento.

Planaltos, planícies e depressões do Brasil

O relevo brasileiro é constituído, principalmente, por planaltos, planícies e depressões. Os planaltos são terrenos mais antigos relativamente planos, situados em altitudes mais elevadas. Destacam-se o Planalto Central Brasileiro, Centro Sul de Minas, Planalto da Amazônia Oriental e os planaltos da Bacia do Parnaíba e da Bacia do Paraná.

As planícies são áreas essencialmente planas formadas a partir da deposição de sedimentos provenientes de áreas mais elevadas. São as formas de relevo mais recentes no tempo geológico, e no Brasil podemos destacar as planícies do Pantanal, do Rio Amazonas e as localizadas ao longo do litoral brasileiro.

Já as depressões são uma parte do relevo existente em altitudes mais baixas que as altitudes das áreas adjacentes, inclusive aquelas que se encontram abaixo do nível do mar. Um exemplo é a depressão amazônica.

FONTE: IBGE. Relevo do Brasil. IBGEeduca. Disponível em: http://fdnc.io/frw. Acesso em: 21 abr. 2021.

Solicitar aos alunos a leitura dos textos em voz alta, verificando a fluência em leitura oral, a capacidade de ler com precisão, velocidade e prosódia.

Destacar aspectos dos rios de planalto e dos rios de planície, solicitando aos alunos que observem as duas fotografias e identifiquem semelhanças e diferenças entre elas. Ler as legendas das fotografias e localizar, se possível, os municípios citados em um mapa político.

Conversar com eles sobre algumas formas de aproveitamento das águas de um rio pelas pessoas, destacando o transporte, a irrigação, a geração de energia, a pesca, a recreação e o uso doméstico, considerando os rios de planalto e os rios de planície. Observar que muitos dos usos que damos aos rios causam impactos ambientais negativos para a saúde e o ambiente, contrariando os princípios de consumo e produção responsáveis.

Fazer um levantamento com os alunos sobre os tipos de rios que existem no lugar onde vivem, salientando que um mesmo rio pode ter característica de rio de planalto e de rio de planície.

Para complementar

2. Orientar os alunos na produção de escrita sobre um rio do lugar de vivência, destacando a importância do título e da adequação ao que foi proposto. Pode-se selecionar informações de rios do município onde vivem os alunos consultando o site da Agência Nacional de Águas, por exemplo.

Solicitar aos alunos que observem o bloco-diagrama, que representa um rio principal e seus afluentes. Comentar a relação dos rios com o relevo: ao longo do tempo, as águas dos rios podem, por exemplo, causar o desgaste de rochas em algumas áreas, levando à deposição de materiais transportados em outras áreas.

Orientar os alunos a perceber que as águas dos rios correm sempre dos locais de maior altitude para os de menor altitude.

Solicitar que identifiquem o ponto mais alto do rio principal, a nascente, e o ponto mais baixo, a foz. Eles também devem indicar os afluentes do rio principal, localizando os que percorrem uma área de planície e os que passam por uma área de planalto.

Propor que descrevam as características da paisagem ao longo do curso do rio da nascente à foz.

Para complementar

6. Os alunos podem descrever que o rio se forma em um local de maior altitude (uma serra), onde se encontra sua nascente, e corre para os locais de menor altitude, passando por uma área de planície, onde ganha um traçado mais curvilíneo, até desaguar no mar. Ao longo do seu curso, recebe água de outros rios (afluentes).

Curso dos rios

[...] O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de materiais é muito intenso. A força das águas escava vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito resistentes, o rio circula por elas, formando quedas de água, gargantas ou desfiladeiros.

No curso médio do rio, a inclinação diminui e as águas perdem força e a sua capacidade de transporte diminui e começa a depositar os materiais mais pesados que já não consegue transportar. Os vales têm a forma de V aberto. Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes planícies sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros.

O curso inferior do rio corresponde às zonas mais próximas de sua foz. A inclinação do terreno torna-se quase nula, há pouca erosão e quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos depositados. A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de aluviões que dificultam a saída da água.

No primeiro caso, recebe o nome de estuário e, no segundo, formam-se os deltas.

FONTE: PARANÁ. Secretaria da Educação. Hidrografia: esquema de um rio. Dia a Dia da Educação. Disponível em: http://fdnc.io/frx. Acesso em: 21 abr. 2021.

Após a leitura da letra da canção, avaliar a compreensão dos alunos, verificando se as informações dadas são claras e coerentes.

Se julgar conveniente, ouvir com os alunos a canção que foi gravada com a participação do músico Dominguinhos. Ela pode ser ouvida no canal da autora. Disponível em: http://fdnc.io/fwr. Acesso em: 21 abr. 2021.

Solicitar aos alunos que identifiquem as características do rio descritas na letra da canção e que façam uma produção de escrita sobre um rio do município onde vivem, descrevendo suas características. Avaliar se eles escreveram corretamente os conceitos.

Compartilhar os textos no mural da sala de aula ou em um mural virtual em que os leitores possam deixar comentários sobre as produções.

Boxe complementar:

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6: Água potável e saneamento

Visando “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”, meta prevista no ODS 6, organizar um debate com os alunos sobre as possíveis formas de conservar a qualidade das águas de um rio do lugar de viver.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao trabalhar a leitura de uma canção, explora-se a linguagem artística na construção do conhecimento, promovendo o desenvolvimento da competência geral da Educação Básica 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

Organizar os alunos em duplas e solicitar que observem o mapa. Destacar as características das bacias hidrográficas, identificando a maior e a menor, a quantidade de rios e a direção que estes percorrem no relevo.

Mostrar aos alunos um mapa físico do Brasil e compará-lo com o das regiões hidrográficas.

Retomar que os rios seguem as formas de relevo, começando o curso em locais mais altos e percorrendo as áreas mais baixas até encontrar outro rio ou o mar.

Informá-los que alguns rios brasileiros percorrem caminhos em direção a outros países e outros apenas circulam em território brasileiro. O Rio Amazonas, o maior do Brasil, tem suas nascentes em outro país: na Montanha Nevada, que tem 5.600 metros de altura, no sul do Peru.

Conversar sobre as formas de relevo e os rios presentes no lugar onde vivem os alunos e como isso interfere na vida das pessoas.

Rio São Francisco

O Rio São Francisco [...] nasce na serra da Canastra, no município de Piumi, oeste de Minas Gerais, e desemboca na Praia do Peba, no estado de Alagoas (margem esquerda), e na Praia do Cabeço, no estado de Sergipe (margem direita). [...]

É considerado o terceiro maior rio do Brasil, possui 3.163 quilômetros de extensão e sua bacia possui 640.000 quilômetros quadrados de área [...].

[...] A fonte de vida e de riqueza de suas águas possibilita o múltiplo uso do seu potencial hídrico, para abastecimento humano, agricultura irrigada, geração de energia, navegação, piscicultura, lazer e turismo.

[...] Há alguns anos, vários problemas de natureza social e econômica vêm afetando o percurso natural do rio, como o assoreamento, o desmatamento de suas várzeas, a poluição, a pesca predatória, as queimadas, o garimpo e a irrigação.

Quinhentos anos depois de seu descobrimento, o Rio São Francisco é, ainda hoje, o principal recurso natural que impulsiona o desenvolvimento regional, gerando energia elétrica para abastecer todo o Nordeste e parte do estado de Minas Gerais, através das hidrelétricas de Paulo Afonso, Xingó, Itaparica, Sobradinho e Três Marias.

FONTE: MACHADO, Regina Coeli Vieira. Rio São Francisco. Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: http://fdnc.io/fws. Acesso em: 13 jul. 2021.

Fazer a leitura do texto da seção Você sabia? e conversar com os alunos sobre as transformações que as pessoas podem provocar nas formas de relevo e nos rios. Solicitar que observem as fotografias e leiam as legendas, identificando as interferências humanas nas paisagens e por que elas foram feitas.

Verificar se os alunos reconhecem que essas transformações costumam favorecer a locomoção das pessoas e promover a geração de energia elétrica. No entanto, também costumam provocar impactos ambientais, como assoreamento dos rios (depósito de sedimentos no fundo de seus leitos), deslizamentos de terras, inundação de extensas áreas e de territórios de comunidades ribeirinhas, destruição da fauna e da flora.

Orientar os alunos a pesquisar informações sobre as mudanças no relevo e nos rios no município onde vivem, com a abertura de avenidas e a construção de grandes empreendimentos.

Para leitura do aluno

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

Saudades do rio mar, de Cristina Porto. São Paulo: FTD, 2002.

Enquanto viaja ao longo do Rio São Francisco desde Minas Gerais até Pernambuco, a personagem se depara com um Brasil que muitos ignoram e nos relata impressões sobre as pessoas que conhece e as paisagens marcantes que percorre.

Explicar aos alunos que tempo atmosférico e clima são fenômenos distintos. A definição das características de cada tipo de clima depende do estudo e do registro da sucessão de condições de tempo atmosférico em determinada área durante muitos anos.

Se possível, solicitar que consultem a previsão do tempo em um telejornal ou na internet, no dia anterior à aula, para observarem exemplos de condições de tempo atmosférico.

Realizar a observação e a leitura do mapa e identificar os tipos de clima existentes no Brasil. Solicitar aos alunos que localizem no mapa o clima predominante em diferentes unidades da federação.As atividades do capítulo 10 permitem aos alunos identificar e interpretar características dos diferentes tipos de clima no Brasil e das principais formações vegetais brasileiras, avaliando suas formas de degradação.

A BNCC neste capítulo

Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.

Objeto de conhecimento: Conservação e degradação da natureza.

Habilidade: (EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas.

Solicitar aos alunos que leiam as informações sobre um tipo de clima, suas características e localização. Em uma roda de conversa, solicitar que relatem as informações que obtiveram na leitura.

Auxiliá-los a identificar o tipo de clima predominante na unidade da federação onde vivem.

Orientar leitura em voz alta das legendas das fotografias, avaliando a fluência em leitura oral.

Orientá-los a relacionar os principais tipos de clima com os relatos das legendas das fotografias da atividade 2, que indicam características de diferentes climas do Brasil em distintos municípios brasileiros.

Solicitar aos alunos que localizem as capitais e o município de Petrolina no mapa da página anterior.

Perguntar a eles se conhecem relatos de pessoas que vivem em localidades com climas diferentes de seu lugar de viver.

Atividade complementar

Organizar os alunos em grupos. Cada grupo deve pesquisar diferentes formas de morar e modos de se alimentar que possam estar relacionados com as características dos climas brasileiros.

Solicitar aos grupos que apresentem suas descobertas na forma de painel ou seminário.

O conteúdo desenvolvido permite aos alunos conhecer as principais formações vegetais do Brasil e refletir sobre as causas do intenso processo de devastação ao longo do tempo.

Realizar a leitura silenciosa do texto; em seguida, verificar a compreensão de texto dos alunos, solicitando que expliquem o que acabaram de ler.

Comentar que fatores como luz, temperatura, chuva e tipos de solo e de relevo influenciam o tipo de vegetação que se desenvolve em determinado local.

Conversar sobre os mapas de vegetação nativa reproduzidos na atividade 1. Comparar os mapas e identificar os tipos de vegetação mais devastados. Localizar, nos mapas, a unidade da federação onde vivem os alunos e identificar a formação vegetal original e se está muito alterada atualmente. Reforçar que a alteração de áreas de vegetação nativa poderia ser mitigada caso fossem adotados modelos de consumo e produção responsáveis. A implantação da Agenda 2030 da ONU prevê, em relação ao ODS 12, que seja garantido às pessoas de todos os lugares acesso a informação relevante e conscientização para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em harmonia com a natureza.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao comparar dois mapas da vegetação brasileira, os alunos têm a possibilidade de explorar a linguagem cartográfica para a construção do conhecimento e confrontar eventos ocorridos em tempos diferentes, aproximando-se da competência geral da Educação Básica 4, das competências específicas de Ciências Humanas 5 e 7 e da competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

Importância da biodiversidade

[...] Estima-se que até 100 milhões de diferentes espécies vivas dividam este mundo com você (ainda que menos de 2 milhões sejam conhecidas): a biodiversidade abrange toda a variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles. É responsável pela estabilidade dos ecossistemas, pelos processos naturais e produtos fornecidos por eles e pelas espécies que modificam a biosfera. [...]

FONTE: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Biodiversidade brasileira. Disponível em: http://fdnc.io/fry. Acesso em: 21 abr. 2021.

Solicitar aos alunos a leitura dos textos em voz alta para cada tipo de vegetação, cuidando da fluência em leitura oral e da compreensão do vocabulário.

Orientar a identificação das características de cada formação vegetal nas fotografias. Pedir que respondam às atividades indicando algumas razões da devastação da Floresta Amazônica, do Cerrado e da Caatinga.

Conversar com eles a respeito da importância da biodiversidade, explicando que a variedade das espécies vegetais e animais contribui para o equilíbrio do ambiente e também é fonte de pesquisa para o desenvolvimento de remédios e de outros produtos que concorrem para a melhora da qualidade de vida.

Para leitura do aluno

Nina no Cerrado, de Nina Nazario. São Paulo: Oficina de Textos, 2006.

O livro aborda características do Cerrado por meio de versos de cordel, ilustrações e fotos de animais e paisagens que colaboram para entender todo o processo de transformação desse tipo de vegetação, passando pelas épocas de chuva, de seca e incêndio, até o reinício do ciclo natural.

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

Solicitar aos alunos que leiam os textos em voz alta e que comentem o que observaram nas fotografias, destacando as principais características de cada tipo de vegetação.

Conversar com eles sobre as principais causas da devastação da Mata Atlântica e da Vegetação Litorânea: a ocupação que ocorreu pelo litoral e a exploração de recursos naturais.

Destacar a proximidade do litoral, no qual teve início o processo de colonização e, portanto, o desmatamento para a extração de madeira, a atividade agropecuária e a expansão da urbanização.

Comentar que a Mata dos Pinhais está quase extinta porque o pinheiro-brasileiro foi intensamente explorado para a construção de moradias, a fabricação de móveis e a agropecuária. Estima-se que exista cerca de 2% de sua área original. O pinheiro-brasileiro pode atingir mais de 30 metros de altura. A Mata dos Pinhais é uma mata aberta, o que facilitou a circulação de pessoas para sua retirada. Originalmente era encontrada em grande extensão nos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e em lugares de altitudes mais elevadas do estado de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Observar que a produção de alimentos requer uma gama variada de recursos naturais, dessa forma, é importante que seu consumo e produção sejam responsáveis. Para isso, além da adoção de boas práticas na produção, é fundamental que os consumidores evitem o desperdício de alimentos. O ODS 12 da ONU prevê que, até 2030, deva ser reduzido pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, tanto na esfera do consumidor como ao longo das cadeias de produção e abastecimento.

Atividade complementar

Assistir com os alunos ao vídeo ABC do meio ambiente: o que é biodiversidade?, produzido pela TV Escola, e conversar com eles sobre o que é biodiversidade e qual é a importância de sua preservação. Disponível em: http://fdnc.io/frz. Acesso em: 21 abr. 2021.

A fotografia nas aulas de Geografia

[...] A fotografia pode ser um recurso que oferece integração entre representação, informação, análise e compreensão da paisagem, abordada nas diversas temáticas geográficas, além de apresentar resultados significativos. [...] O professor pode lançar mão do recurso fotográfico como instrumento problematizador, inserindo nessa visualidade diversas indagações (Onde? Como? Por quê? Quais fatos? Que pessoas? Que sociedade? Que paisagem?).

FONTE: GOMES, Sirlei F.; MANSANO, Cleres do N. O uso de imagens como prática mediadora no processo de ensino--aprendizagem de Geografia. In: PARANÁ. Secretaria da Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense , 2009. p. 10 (Cadernos PDE, v. 1).

Comentar que os Campos envolvem um tipo de vegetação que tem sido devastada principalmente pela atividade agropecuária, assim como o Pantanal, que vem sendo destruído nos últimos anos por muitas queimadas para a ampliação de pastagens. Informar que a escolha de alimentos que não sejam oriundos de áreas de desmatamento irregular é uma forma de promover o consumo e a produção responsáveis.

Solicitar aos alunos que comparem as informações dos textos com o mapa de vegetação original do Brasil.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação ambiental

Esta é uma oportunidade para tratar da preservação do ambiente e refletir sobre o uso racional dos recursos naturais do planeta. Pode-se solicitar aos alunos que realizem uma pesquisa de imagens de animais e plantas que vivem em cada uma das principais formações vegetais brasileiras citadas. Fazer um mural digital ou em sala de aula com as imagens obtidas.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao trabalhar as principais causas da devastação das diferentes formações vegetais brasileiras, são mobilizados conhecimentos geográficos para entender a interação entre sociedade e natureza e desenvolver a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade, incentivando os alunos a agir com responsabilidade diante das questões socioambientais, conforme preconizam as competências específicas de Geografia 1, 6 e 7.

Fim do complemento.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 9 e 10.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

Reconhecer principais formas de relevo do Brasil, caracterizando-as.

Requer que os alunos identifiquem e caracterizem, por meio de bloco-diagrama, as três principais formas do relevo brasileiro.

Correlacionar os tipos de clima e as formações vegetais brasileiras.

Exige dos alunos a comparação de dois mapas físicos do Brasil, a fim de identificar quais formações vegetais predominam em diferentes zonas climáticas.

Investigar transformações nos rios e na vegetação nativa no lugar de viver.

Exige que os alunos pesquisem informações e realizem uma apresentação em formato de telejornal sobre transformação dos rios e da vegetação no seu lugar de viver. Solicitar que elaborem o texto do roteiro do telejornal. Na correção, podem-se considerar a pesquisa em diferentes fontes, a fluência na oralidade durante a apresentação e o uso pertinente das imagens.

Para complementar

2. Espera-se que os alunos comentem que o clima tropical é marcado por verões chuvosos e quentes e invernos com poucas chuvas e mais frios. Já o clima subtropical úmido apresenta verão quente e inverno rigoroso, com temperaturas baixas, geadas frequentes e, ocasionalmente, neve nas áreas de serra; as chuvas são bem distribuídas durante o ano inteiro. Por fim, no clima equatorial úmido, as temperaturas são elevadas e as chuvas são bem distribuídas durante o ano todo.

Autoavaliação

A autoavaliação é uma atividade individual. Ela permite aos alunos revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, refletindo sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade, não é necessário atribuir uma pontuação ou conceito ao aluno. As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não foram aparentemente consolidados.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade de pesquisa promove a consulta e curadoria de fontes informações e o exercício da escuta, diálogo, flexibilidade e tomada de decisões conjuntas, favorecendo o desenvolvimento das competências gerais da Educação Básica 1 e 10.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão problema possibilita aos alunos refletir sobre como as paisagens podem ser transformadas pelas atividades de trabalho das pessoas. Conversar com eles sobre essa questão e registrar suas respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na Conclusão do módulo.

Fim do complemento.

Solicitar aos alunos que observem as fotografias e que descrevam as características das duas paisagens. Conversar com eles sobre como as pessoas transformam o espaço geográfico ao ocupá-lo e perguntar sobre qual paisagem representa o espaço rural e qual representa o espaço urbano.

Solicitar que identifiquem semelhanças e diferenças entre as duas paisagens, tanto nos aspectos físicos como no tipo de trabalho exercido pelas pessoas.

As atividades do capítulo 11 permitem aos alunos identificar elementos dos espaços rural e urbano, distinguir os três principais setores da economia, além de conhecer o trabalho das pessoas na agricultura, na pecuária e no extrativismo e a ocupação dos espaços rurais brasileiros por essas atividades.

A BNCC neste capítulo

Unidade temática: Mundo do trabalho.

Objetos de conhecimento: Trabalho no campo e na cidade; Produção, circulação e consumo.

Habilidades: (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade; (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos.

• Na atividade 2, solicitar que identifiquem o que predomina nas paisagens urbanas e rurais e orientá-los a justificar por que cada elemento é predominantemente rural ou urbano. Mencionar outras características comuns em espaços rurais, além dos aspectos representados em relação às paisagens rurais, como pastagens, plantações e casas afastadas umas das outras. Do mesmo modo, mencionar outras características comuns em espaços urbanos, além dos aspectos representados em relação às paisagens urbanas, como concentração de casas, muitas construções e ruas asfaltadas.
• Ressaltar que alguns desses elementos podem ocorrer tanto no espaço rural quanto no espaço urbano. Pode haver poucas construções no campo e também em certas áreas da cidade, por exemplo. Ruas asfaltadas podem existir na cidade e no campo.
• Solicitar que citem outros elementos da paisagem que podem ser observados no espaço urbano e no espaço rural do município representados nas fotografias.

Solicitar aos alunos que realizem a leitura do texto em voz alta, verificando a fluência em leitura oral, o ritmo e a precisão da leitura.

Comentar os tipos de trabalho realizados pelas pessoas e registrá-los na lousa. Mencionar o nome de algumas profissões, incentivando os alunos a descrever tipos de trabalho. Orientá-los a identificar o setor econômico ao qual estão vinculados os tipos de trabalho registrados na lousa.

Conversar com eles sobre os tipos de trabalho das pessoas do lugar em que vivem e os respectivos setores econômicos.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O estudo das características produtivas do setor primário da economia permite aos alunos exercitar a curiosidade intelectual e entender a intervenção do ser humano na natureza, utilizando os conhecimentos geográficos para compreender a interação sociedade/natureza, conforme preconizam a competência geral da Educação Básica 4, a competência específica de Ciências Humanas 3 e a competência específica de Geografia 1.

Fim do complemento.

Trabalho e espaço geográfico

O trabalho sempre foi um importante fator na produção do espaço na medida em que os homens constroem o seu lugar de trabalho, ao mesmo tempo, em cooperação e competição, com base no uso coletivo do conjunto de elementos que encontram no cotidiano das suas relações socioespaciais. A geografia do trabalho é, na verdade, o estudo do trabalho como fundamento da vida social, pela sua espacialidade, isto é, pela dimensão espacial do trabalho.

Além de criar os lugares onde se concentram as atividades humanas, o trabalho utiliza-se do conjunto das infraestruturas existentes, implantadas pela sua própria dinâmica. […]

Trabalho e espaço geográfico são, pois, duas dimensões da totalidade social em que os homens, ao longo da história, estabelecem um conjunto complexo de relações sociais que garantem as suas condições de vida.

FONTE: CASTILHO, Cláudio Jorge M. de. Primeiros apontamentos a uma geografia do trabalho. Revista de Geografia, v. 25, n. 1, jan./abr. 2008. p. 70-71.

Auxiliar os alunos a correlacionar as profissões listadas com os diferentes setores da economia.

Destacar que os profissionais que atuam no setor secundário trabalham em todos os tipos de indústrias: de aço, de automóveis, de alimentos, de móveis, entre outras. No setor terciário, além dos comerciantes, há os prestadores de serviços, como professores, advogados, arquitetos, entre outros.

Comentar que, embora na área rural haja predomínio de atividades ligadas ao setor primário, existem profissionais ligados aos demais setores que atuam também nesses espaços, como vendedor, médico, professor, funcionários de fábricas, entre outros.

Sobre a seção Entreviste, orientar os alunos, como tarefa de casa, a conversar com um adulto de sua convivência e relatar o objetivo da entrevista que deverá realizar. Se a escola se localizar em área urbana, é importante que os alunos entrevistem um trabalhador rural do município em que vivem ou alguém que tenha ou teve família no campo. Se a escola ficar em área rural, inverter a proposta.

Solicitar aos alunos que perguntem ao entrevistado o local em que trabalha, a atividade que realiza, há quanto tempo a realiza, se já teve outras profissões e o que acha de seu trabalho.

Incentivá-los a socializar com os colegas os registros das entrevistas, comparando semelhanças e diferenças entre as informações obtidas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade de entrevista favorece o exercício da empatia e do diálogo e a compreensão de si e do outro, valorizando o respeito à diferença, de acordo com a competência geral da Educação Básica 9 e a competência específica de Ciências Humanas 1.

Fim do complemento.

Perguntar aos alunos o que eles sabem a respeito dos tipos de propriedade rural no Brasil e anotar as respostas. Organizá-los em grupos e solicitar que alguns leiam o texto em voz alta. Em seguida, cada grupo deve explicar aos integrantes dos outros grupos as informações que compreenderam do texto.

Orientar os alunos a identificar semelhanças e diferenças entre os dois tipos de propriedade rural.

Destacar que em grandes propriedades costuma-se produzir um único tipo de produto que, geralmente, é destinado à exportação.

Pequenas propriedades e produção de alimentos

[...] O Censo Agropecuário de 2017, levantamento feito em mais de 5 milhões de propriedades rurais de todo o Brasil, aponta que 77% dos estabelecimentos agrícolas do país foram classificados como da agricultura familiar. Em extensão de área, a agricultura familiar ocupava no período da pesquisa 80,9 milhões de hectares, o que representa 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. De acordo com o levantamento, a agricultura familiar empregava mais de 10 milhões de pessoas em setembro de 2017, o que representa 67% do total de pessoas ocupadas na agropecuária. A agricultura familiar também foi responsável por 23% do valor total da produção dos estabelecimentos agropecuários. Conforme o Censo, os agricultores familiares têm participação significativa na produção dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros.

Nas culturas permanentes, o segmento responde por 48% do valor da produção de café e banana; nas culturas temporárias, são responsáveis por 80% do valor de produção da mandioca, 69% do abacaxi e 42% da produção do feijão.

FONTE: BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agricultura familiar. Disponível em: http://fdnc.io/fr6. Acesso em: 21 abr. 2021.

Comentar com os alunos que a produção realizada em pequenas propriedades é muito variada, realizada muitas vezes pela própria família que vive na propriedade e abastece grande parte do mercado interno brasileiro.

Sobre a seção Investigue, orientar os alunos a levar para a sala de aula reproduções de notícias sobre as atividades na agricultura para a realização de uma atividade de compreensão de textos.

Ressaltar que devem anotar a fonte da notícia: o nome do veículo em que ela foi divulgada; jornais, telejornais, rádio, internet e revistas, quem a escreveu ou falou sobre ela e a data da publicação.

Organizar uma roda de conversa para que os alunos relatem as informações obtidas e comparem as notícias.

Elaborar um painel com as notícias obtidas pelos alunos, escrevendo um título e as respectivas fontes.

Atividade complementar

Disponibilizar para os alunos a tabela com os indicadores dos principais produtos da agricultura brasileira, considerando a Produção Agrícola Municipal, levantada pelo IBGE.

Solicitar que verifiquem na tabela quais produtos agrícolas ocupam as maiores extensões de terras no Brasil e que pesquisem em livros e na internet para quais usos são principalmente destinados esses produtos (consumo direto, combustíveis, fabricação de ração, matéria-prima para indústria, entre outros).

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao compararem grandes e pequenas propriedades rurais, os alunos desenvolvem o princípio do raciocínio geográfico de diferenciação, aproximando-se da competência específica de Geografia 3. Já a atividade da seção Investigue promove a consulta a fontes e informações e sua curadoria, contribuindo para o desenvolvimento da competência geral da Educação Básica 1.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade possibilita aos alunos conhecer os principais produtos agrícolas cultivados no Brasil a partir da interpretação de um mapa temático.

Fim do complemento.

Informar aos alunos que o mapa mostra as produções mais significativas; portanto, é possível que alguns alimentos produzidos na unidade da federação onde eles vivem não estejam representados.

Solicitar que observem o mapa e a legenda e, depois, que localizem a unidade da federação em que vivem, verificando os principais produtos agrícolas cultivados. Perguntar: “Algum alimento produzido no lugar de vivência não está representado no mapa? Se sim, qual?”.

Apresentar curiosidades sobre a origem e o processo de produção de alguns alimentos. O arroz, alimento originário da Ásia, é o cereal mais consumido no Brasil. Há produção do arroz de várzea, plantado em terrenos alagados, como no Rio Grande do Sul (maior produtor nacional), e do arroz de sequeiro, plantado com irrigação. O café é originário da Etiópia e foi introduzido no Brasil em 1727, inicialmente no Pará. A cana-de-açúcar é nativa da Ásia, foi introduzida no Brasil desde o período colonial. O milho é nativo do continente americano e é produzido em todo o Brasil. O feijão, cultivado em todo o país, não precisa de solo específico e apresenta um ciclo de cultivo curto; é produzido, muitas vezes, em associação e rotação com outras culturas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao trabalhar a leitura de mapas, instrumentos gráficos de difusão da informação geográfica, os alunos mobilizam o uso de uma linguagem singular e desenvolvem princípios do raciocínio geográfico, aproximando-se da competência geral da Educação Básica 4, da competência específica de Ciências Humanas 7 e das competências específicas de Geografia 3 e 4.

Fim do complemento.

A agropecuária brasileira

A agropecuária, por motivos históricos socioeconômicos e geográficos, mantém-se como atividade de relevância no cenário nacional, mas também apresenta desdobramentos significativos no âmbito do comércio internacional. Tendo-se como foco o mercado interno, é possível destacar o setor agropecuário como um setor pujante, abastecedor de uma grande população, e, por outro lado, como relevante fonte de ocupação de mão de obra.

Assinala-se a grande diversidade da agricultura e pecuária nacionais, que são a base para muitas cadeias produtivas de elevado peso no agronegócio. No âmbito externo, o Brasil é um dos principais países no comércio internacional de produtos agropecuários como a soja, o café e carnes. A tradicional participação brasileira no mercado mundial tem contribuído positivamente com o resultado da balança comercial.

FONTE: IBGE. Agropecuária. Brasil em síntese. Disponível em: http://fdnc.io/2P. Acesso em: 21 abr. 2021.

Fazer uma leitura do texto inicial, explicando aos alunos as características básicas da atividade pecuária e, em seguida, perguntar se conhecem exemplos dessa atividade.

Solicitar que leiam as informações a respeito dos animais de grande, médio e pequeno portes e que comentem a importância da pecuária como atividade econômica.

Assegurar que reconheçam que a atividade pecuária está voltada à produção de alimentos e matérias-primas.

Atividade complementar

Disponibilizar para a consulta dos alunos os resultados definitivos da produção agropecuária brasileira relacionados ao Censo Agropecuário realizado em 2017 pelo IBGE.

Fazer uma roda de conversa e solicitar aos alunos que comentem, para cada um dos produtos, se costumam ser consumidos em seu dia a dia.

Boxe complementar:

Tema Contemporâneo Transversal: Educação alimentar e nutricional

Conversar com os alunos sobre alimentação saudável. Mostrar para eles imagens de pratos nutritivos e saudáveis para o café da manhã, almoço e jantar. Comentar a importância de cuidarmos da nossa saúde, consumindo frutas, verduras e legumes, além de alimentos ricos em proteínas, valorizando uma alimentação diversificada e balanceada.

Fim do complemento.

Realizar o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o extrativismo e sua relação com as outras atividades do setor primário da economia.

Organizar os alunos em três grupos e solicitar a cada um deles que leia as informações a respeito de um dos tipos de extrativismo: animal, vegetal e mineral.

Chamar a atenção para os problemas que o extrativismo pode provocar quando praticado de forma indiscriminada e predatória, como a extinção de espécies animais e vegetais e o comprometimento da qualidade da água e do solo.

Comentar que, em muitas localidades do Brasil, o extrativismo é feito de forma sustentável, sem a superexploração dos recursos naturais. Assim, além de atribuir renda a inúmeras famílias brasileiras, contribui para a preservação do meio ambiente.

Para leitura do aluno

Meninos do mangue, de Roger Mello. Companhia das Letrinhas, 2001.

Conta a história da Sorte e da Preguiça que foram pescar siri no mangue e fizeram uma aposta: ganharia quem pescasse o siri com mais patas. A Sorte vence, então a Preguiça tem que contar oito histórias, uma para cada pata do siri que a outra tinha pescado. Presentes em toda a costa do Brasil, os mangues são ambientes onde vivem muitos animais e muita gente sobrevive desta riqueza biológica. No final do volume, um apêndice discute a importância ecológica, social e cultural dos mangues brasileiros.

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

Extrativismo e sustentabilidade na Amazônia

O modo de produção extrativista tem contribuído para a preservação de vastas áreas naturais de floresta no Brasil e no mundo. Na Amazônia, o extrativismo de produtos da biodiversidade beneficia direta e indiretamente centenas de milhares de famílias, além de contribuir para a manutenção e conservação de sistemas ecológicos e serviços ambientais. O extrativismo pode ser considerado um componente vital à economia regional da Amazônia, pois promove o autossustento de famílias, movimenta mercados locais e regionais e causa baixo impacto em ecossistemas hídricos e florestais. […]

Detentores de conhecimentos e práticas tradicionais de sistemas de manejo agroextrativista, os extrativistas asseguram uma contínua adaptação da biodiversidade a novos contextos e processos de produção.

As queimadas, o desmatamento para a extração de madeira ilegal, os avanços da pecuária e da agricultura de larga escala, a mineração, as sobreposições fundiárias, a abertura de estradas e a construção de grandes barragens ameaçam a conservação sociobiológica do bioma Amazônia e as tentativas de planejamento coordenado e sustentável para a região. Tais desafios indicam a necessidade de políticas públicas direcionadas a práticas produtivas que façam convergir estrategicamente adaptabilidade socioambiental, viabilidade econômica e conservação da integridade do bioma.

FONTE: SIMONI, Jane. A revitalização do extrativismo: práticas de economia solidária e sustentabilidade. Ipea Mercado de Trabalho, n. 42, fev. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/fu5. Acesso em: 21 abr. 2021.

Solicitar aos alunos que observem as imagens e indiquem o tipo de extrativismo representado, qual produto está sendo extraído ou coletado e o usos desses produtos pelas pessoas.

Sobre a seção Investigue, perguntar aos alunos se eles reconhecem as sementes representadas na imagem e se já as consumiram diretamente ou em alguma receita.

Comentar que castanha-do-pará, nozes, castanha-de-caju e amêndoas são exemplos de sementes ricas em óleo (oleaginosas) que podem ser consumidas in natura ou torradas.

Solicitar aos alunos que conversem com adultos de sua convivência sobre receitas que levem algum tipo de semente e, em seguida, que escrevam um texto com a receita. A partir da produção de escrita, propor aos alunos a organização de um livro de receitas ou a construção de uma página coletiva na internet reunindo essas receitas.

Atividade complementar

Comentar com os alunos que existem algumas áreas do território brasileiro em que a atividade de extração pode ocorrer, desde que de forma planejada e sustentável. Essas áreas são as chamadas Reservas Extrativistas, um tipo de unidade de conservação de uso sustentável.

Assistir com os alunos ao vídeo Reservas extrativistas no site do Instituto Chico Mendes (ICMbio), órgão do governo federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://fdnc.io/fra. Acesso em: 8 jun. 2021. Fazer uma roda de conversa, elencando as vantagens da extração de recursos da natureza de forma sustentável.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A seção Investigue permite aos alunos valorizar manifestações culturais do lugar de viver relacionadas à culinária, contemplando a competência geral da Educação Básica 3.

Fim do complemento.

Comentar que o desenvolvimento industrial no Brasil se intensificou a partir de 1930, com a introdução de uma série de medidas governamentais que incentivavam o setor.

Indicar que, nas indústrias, os recursos naturais são transformados em ferramentas, máquinas, utensílios e outros objetos.

Solicitar aos alunos que relatem o que sabem sobre os tipos de indústria que conhecem. Se julgar conveniente, organizar os alunos em três grupos e solicitar a cada um deles que leia as informações a respeito de um tipo de indústria: de base, de bens intermediários e de bens de consumo.

Solicitar que citem exemplos de objetos encontrados em sua moradia ou na escola produzidos em uma indústria de bens de consumo.

As atividades do capítulo 12 possibilitam aos alunos identificar os principais tipos de indústrias e os materiais utilizados no setor industrial, além de conhecer as principais características das atividades de comércio e de prestação de serviços.

A BNCC neste capítulo

Unidade temática: Mundo do trabalho.

Objetos de conhecimento: Trabalho no campo e na cidade; Produção, circulação e consumo.

Habilidades: (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade; (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos.

Solicitar aos alunos que leiam o texto e observem as imagens. Além dos exemplos da página, automóveis, eletrodomésticos, móveis e outros produtos também são oriundos da indústria de bens de consumo.

Orientá-los a indicar outros produtos que tenham como matéria-prima o leite, o algodão e o couro.

Escrever na lousa outras matérias-primas e solicitar aos alunos que deem exemplos de produtos derivados delas: petróleo – pote plástico, óleos minerais, gasolina; madeira – cadeira, lápis, papel; bauxita – janelas e portas de alumínio; látex – borracha, luvas e canos de borracha.

Solicitar que indiquem semelhanças e diferenças entre as indústrias de bens de consumo citadas e que verifiquem que cada uma lida com matérias-primas, máquinas e condições de trabalho específicas. Conversar sobre os tipos de indústria que existem no lugar em que vivem.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao tratar das características produtivas do setor secundário e terciário da economia, os alunos exercitam a curiosidade intelectual e compreendem a intervenção do ser humano na natureza, mobilizando conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza, conforme preconizam a competência geral da Educação Básica 4, a competência específica de Ciências Humanas 3 e a competência específica de Geografia 1.

Fim do complemento.

Realizar a leitura do texto sobre as agroindústrias em voz alta.

Solicitar aos alunos que descrevam os elementos retratados nas fotografias.

Conversar com eles sobre a eventual existência de agroindústrias no município onde vivem, sejam de grande, médio ou pequeno porte.

Solicitar que pesquisem o tipo de agroindústria, os produtos processados, o número de trabalhadores e o tipo de trabalho que eles realizam. Eles podem consultar livros, revistas e internet. Indica-se também consulta à Prefeitura Municipal e aos moradores do lugar de viver.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao abordar as agroindústrias no lugar de vivência dos alunos, exercita-se a curiosidade intelectual e a investigação das relações entre sociedade e natureza, aproximando-se da competência geral da Educação Básica 2 e da competência específica de Geografia 1.

Fim do complemento.

A agroindústria na economia brasileira

A agroindústria tem participação de aproximadamente 5,9% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, no beneficiamento, na transformação dos produtos e no processamento de matérias-primas provenientes da agropecuária, promovendo dessa forma maior integração do meio rural com a economia de mercado. A pesquisa agropecuária tem contribuído para a melhoria da qualidade dos produtos agroindustriais, oferecendo soluções tecnológicas inovadoras e de grande impacto, como a biofortificação de alimentos, processo utilizado para aumentar o conteúdo nutricional de micronutrientes, como vitaminas e minerais específicos, por meio de técnicas de melhoramento convencional de plantas ou da biotecnologia.

Outro exemplo é o desenvolvimento das miniusinas para descaroçar o algodão em caroço na própria unidade produtiva e das minifábricas de castanha-de-caju, para a obtenção de amêndoas inteiras e alvas em maior proporção e com melhor qualidade.

FONTE: EMBRAPA. Agroindústria. Ciência que transforma. Disponível em: http://fdnc.io/fwt. Acesso em: 21 abr. 2021.

Antes de realizar a leitura compartilhada do texto, estimular os alunos a falar o que sabem a respeito do comércio e da prestação de serviços. Atualmente, boa parte das pessoas que vivem e trabalham nas cidades ganha remuneração de empregos diretos e indiretos relacionados às atividades de comércio e de prestação de serviço.

Solicitar que observem as fotografias e descrevam a atividade que está sendo exercida e os produtos retratados.

Perguntar aos alunos se os produtos citados são provenientes do espaço rural ou do urbano. Comentar que os produtos vendidos podem ser obtidos por meio de diversas atividades econômicas: agricultura, pecuária, extrativismo e indústria.

Registrar na lousa os tipos de estabelecimentos comerciais que predominam no lugar em que os alunos vivem.

Realizar a leitura compartilhada do texto e conversar com os alunos sobre a noção de prestação de serviços. Comentar que a prestação de serviços se caracteriza pela execução de um afazer. Assim, é uma atividade que não está relacionada à venda de nenhum bem ou mercadoria.

Solicitar que observem cada fotografia, leiam suas legendas e, na sequência, identifiquem o nome do profissional e o estabelecimento de prestação de serviço retratados.

Perguntar aos alunos quais são os tipos de serviços prestados no lugar em que vivem. Certifique-se de que relatem exemplos dos mais e dos menos comuns.

Solicitar que justifiquem a necessidade de algum tipo de atividade ou de profissional do setor de prestação de serviços no lugar em que vivem.

Para leitura do aluno

Faço, separo, transformo..., de Marcelo Capucci e Marcos Linhares. Brasília: Thesaurus, 2015.

Um professor, profissional do setor terciário, e um aluno conseguem contagiar as pessoas, valorizando o trabalho de profissionais "invisíveis”, como catadores e garis, e conscientizando para o fato de que cada um de nós é responsável por cuidar do meio ambiente e da vida no planeta.

CRÉDITO: REPRODUÇÃO

Solicitar aos alunos que leiam os anúncios em voz alta, verificando a fluência em leitura oral. Monitorar o progresso dos alunos e verificar o tipo de ajuda que poderá ser oferecida.

Orientar os alunos em uma produção de escrita de um anúncio de vaga de emprego no setor de comércio ou de prestação de serviços. Comentar que o texto deve ser curto, claro e objetivo; pode haver imagens para chamar a atenção do público; deve haver um título claro e direto especificando o tipo de profissional de que se precisa, se é necessário ou não experiência anterior; deve haver informações sobre a vaga, como funções, local de trabalho, horário e empresa; o anúncio deve conter ainda informações de contato e local para se candidatar pessoalmente, por telefone ou pela internet.

Socializar os anúncios e, se possível, montar um painel em sala de aula.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A proposta de criar anúncios de emprego tendo como base a realidade do lugar de vivência dos alunos permite o trabalho de construção do conhecimento com base em diferentes linguagens e gêneros textuais, conforme preconizam a competência geral da Educação Básica 4, a competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4.

Fim do complemento.

Fazer uma leitura compartilhada do infográfico e comentar que o artesanato é uma atividade econômica que garante o sustento de muitas famílias no Brasil. Muitas vezes, os produtos artesanais são feitos de matérias-primas encontradas na localidade onde vive o artesão.

Perguntar aos alunos se possuem em suas moradias objetos feitos artesanalmente, indicando que tipo de objetos são esses.

Solicitar que observem as fotografias e leiam as legendas.

Atividade complementar

Explorar com os alunos os diferentes tipos de artesanato que são produzidos no estado de Pernambuco, onde muitas pessoas reproduzem entre geração seus saberes a partir das práticas artesanais.

Por meio do site Artesanato de Pernambuco: conheça nossos mestres (disponível em: http://fdnc.io/fwu. Acesso em: 8 jun. 2021), do Governo do estado de Pernambuco, solicitar a cada aluno que escolha um mestre, leia sua biografia e depois conte aos colegas o que ele faz, que material utiliza e como aprendeu seu ofício.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Ao refletir sobre a produção do artesanato no município onde vivem, os alunos reconhecem diferentes manifestações culturais da localidade, favorecendo o desenvolvimento da competência geral da Educação Básica 3 e da competência específica de Ciências Humanas 4.

Fim do complemento.

O que é artesanato

Artesanato é toda produção resultante da transformação de matérias-primas em estado natural ou manufaturada, através do emprego de técnicas de produção artesanal, que expresse criatividade, identidade cultural, habilidade e qualidade.

Quem é artesão profissional?

Artesão é toda pessoa física que, de forma individual ou coletiva, faz uso de uma ou mais técnicas no exercício de um ofício predominantemente manual, por meio do domínio integral de processos, transformando matéria-prima em produto acabado que expresse identidades culturais brasileiras.

Além disso, o artesão poderá utilizar artefatos, ferramentas, máquinas e utensílios para auxílio limitado, desde que seu manuseio exija ação permanente do artesão para executar o trabalho; e moldes e matrizes, não comercializáveis, desde que tenham sido criados e confeccionados pelo próprio artesão para o seu uso exclusivo.

FONTE: GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Secretaria de Estado da Retomada. Dúvidas frequentes sobre artesanato. Disponível em: http://fdnc.io/fwv. Acesso em: 8 jun. 2021.

Perguntar aos alunos se no lugar onde vivem existem pessoas que vivem do artesanato. Verificar a matéria-prima que esses artesãos utilizam para confeccionar os objetos (barro, cerâmica, renda, madeira, palha, pedras, vidros, entre outros materiais).

Solicitar aos alunos que tentem obter mais informações sobre o trabalho dos artesãos do município, como costumam fabricar os objetos, onde costumam vendê-los, se há apoio da prefeitura municipal.

Se possível, convidar um artesão para vir conversar com os alunos.

Atividade complementar

Propor aos alunos que elaborem em grupos uma encenação sobre diferentes atividades de trabalho em que devam construir artesanalmente máscaras ou peças do figurino.

Essas peças podem ser confeccionadas com técnica de papietagem, que consiste em colar papel sobre papel. Para isso, os papéis devem ser picados em pequenos pedaços e colados sobre papelões, plásticos ou madeira.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 11 e 12.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

Diferenciar os três setores da economia.

Requer que os alunos identifiquem, por meio do esquema, exemplos de atividades econômicas que compõem cada um dos três setores da economia, indicando em quais espaços cada um prevalece.

Reconhecer profissionais que trabalham em diferentes setores da economia.

Espera-se que os alunos identifiquem os profissionais cuja atividade de trabalho está relacionada a cada setor da economia.

Reconhecer atividades econômicas que transformam as paisagens naturais.

Requer que os alunos identifiquem em fotografias quais tipos de atividades econômicas estão sendo realizadas e os impactos ambientais relacionados a elas. Prevê-se a elaboração de um texto sobre formas de minimizar impactos ambientais.

Para complementar

3. d) Os alunos podem indicar que se reutilizem áreas já desmatadas para a agricultura e a pecuária, que se faça o reaproveitamento de recursos minerais para evitar a abertura de novas áreas de mineração, que se reciclem produtos da indústria que são consumidos pelas pessoas, entre outras ações.

Autoavaliação

A autoavaliação é uma atividade individual. Ela permite aos alunos revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, refletindo sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade, não é necessário atribuir uma pontuação ou conceito aos alunos. As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não foram aparentemente consolidados.