UNIDADE 3. Produção de energia e qualidade ambiental

• A seção Primeiros contatos apresenta atividades preparatórias de levantamento de conhecimentos prévios que poderão ser trabalhadas em duplas ou grupos, para garantir a troca de conhecimento entre os alunos.
• As atividades propostas permitem que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios e sejam introduzidos à temática dos capítulos que serão estudados.
• Orientar os alunos na observação da representação, destacando os elementos da paisagem, as formas de produção de energia e os cuidados com a gestão do ambiente que foram retratados.
• Criar uma roda de conversa avaliando os conhecimentos prévios dos alunos com relação à importância e a responsabilidade das pessoas e de organismos públicos para a qualidade de vida em diferentes locais.
• Relacionar a paisagem retratada com a paisagem do lugar de vivência dos alunos. Ao fazer a leitura de uma paisagem, não basta descrevê-la: é preciso ter um olhar mais atento às relações e estabelecer comparações.

  A natureza da análise geográfica

  Ocorre que, na sua trajetória de vida, a sociedade constrói o espaço, subordinando cada vez mais a natureza às suas regras, devido aos avanços da tecnologia e pelas possibilidades de prevenção e planejamento, o que permite encurtar distâncias, alterar a qualidade dos solos, amainar as características do clima, reorientar o leito dos rios, aumentar a extensão dos territórios, drenando áreas e aterrando-as, considerando-se essas apenas algumas das alterações que o homem faz no curso da natureza.

  Esta lógica da natureza precisa ser considerada e deve ser objeto de análise da Geografia, muito embora seja fundamental que não esbarre em determinismos físicos. [...]

• Fazer uma leitura das atividades da seção Primeiros contatos.
• Verificar as respostas para a primeira atividade e aproveitar a oportunidade para verificar os conhecimentos prévios deles sobre energia solar e eólica.
• Avaliar as respostas sobre a qualidade ambiental e comentar que a energia solar e eólica são chamadas de “energias limpas”.

  Primeiros contatos

1. Na imagem foram representadas as formas de produção de energia eólica e solar. Elas contribuem com a qualidade ambiental, pois são fontes de energia que não poluem o ambiente e aproveitam recursos naturais renováveis, como o vento e a luz solar.

2. Os alunos podem citar aspectos como arborização, ruas e rio limpos, ciclovias, torres de energia eólica, placas solares, telhados verdes, entre outros.

3. Porque isso impacta nos modos de vida, na saúde física e mental de todos, além de promover a conservação dos recursos naturais.

   Se o espaço é construído pela sociedade, pelos homens, a partir de seu trabalho e de sua vida, a natureza torna-se um recurso de que ela (a sociedade) dispõe, algumas vezes condicionando o desenvolvimento, noutras facilitando.

   Fonte: CASTROGIOVANNI, Antonio (org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 96.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão problema permite aos alunos refletir sobre as diferentes formas de obtenção de energia. Conversar com eles sobre essa questão e registrar as suas respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na Conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• A demanda por energia elétrica vem crescendo a cada dia no mundo e no Brasil. Nesse sentido, importa desenvolver a questão energética com os alunos desde cedo, a fim de promover a reflexão sobre formas sustentáveis de produção e consumo da energia elétrica.
• Realizar um levantamento com os alunos sobre as atividades cotidianas domésticas e escolares que eles realizam em que há uso de eletricidade.
• Na sequência, solicitar a eles que indiquem se há o uso de eletricidade em locais públicos, como parques e ruas, e também em estabelecimentos relacionados às diferentes atividades de trabalho das pessoas. Perguntar: “Mas, afinal, como é produzida a energia elétrica e como ela chega aos consumidores?”.
• Orientar a leitura do texto realizando uma leitura dialogada, na qual cada aluno faz a leitura de uma parte do texto e comenta com os colegas o que compreendeu.
• Ao final, destacar na representação o caminho feito desde o local da produção de energia até os locais de consumo.

  As atividades do capítulo 9 possibilitam aos alunos compreender as formas de produção de energia a partir de fontes renováveis, identificando suas vantagens e desvantagens.

  A BNCC neste capítulo

  Unidade temática: Mundo do trabalho.

  Objeto de conhecimento: Trabalho e inovação tecnológica.

  Habilidade: (EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia utilizados na produção industrial, agrícola e extrativa e no cotidiano das populações.

• Organizar os alunos em grupos e solicitar a eles que façam a leitura do texto sobre as fontes de energia renováveis e não renováveis.
• Conversar sobre as informações descobertas na leitura e esclarecer dúvidas, verificando se compreenderam a diferença entre elas.
• Solicitar que reflitam sobre as vantagens e as desvantagens de cada fonte de energia que conhecem.

  Atividade complementar

  Comentar com os alunos a importância de saber aproveitar os recursos naturais sem desperdício.

  Organizar uma roda de conversa e solicitar a eles que exponham duas situações em que os recursos naturais sejam explorados e aproveitados sem a preocupação de preservá-los e de que forma poderiam ser mais bem aproveitados.

  Sugerir uma produção de escrita para o registro dos argumentos deles que deve ser anotada no caderno de Geografia, verificando se será necessário intervir e auxiliá-los.

  Boxe complementar:

  Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 7: Energia acessível e limpa

  Ler para os alunos o ODS 7: “Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos”. Comentar com eles que, em 2019, as fontes de energia renováveis responderam por 46,1% da participação na matriz energética.

  Criar com os alunos, divididos em grupo, um debate em que eles possam indicar as vantagens na utilização das fontes renováveis para a produção da energia elétrica, valorizando a comunicação oral dos alunos.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  O desenvolvimento desse debate a partir do ODS 7 permite aos alunos uma aproximação da competência específica de Geografia 7 no sentido de propor ações sobre questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

  Fim do complemento.

• Solicitar aos alunos que observem a representação, leiam o texto e expliquem, com suas palavras, como funciona uma usina hidrelétrica. Os alunos devem fazer uma inferência a partir do texto, utilizando as informações fornecidas para tirar suas conclusões.
• Comentar que, de acordo com o IBGE, a quase totalidade de domicílios do país (99,8%) tinha acesso à energia elétrica (fornecida pela rede geral ou por fonte alternativa), em 2019.

  Atividade complementar

  Sugerir aos alunos que acessem o jogo educativo no site da Fundação Energia e Saneamento denominado Oficina do K-10 – Como funcionam as usinas hidrelétricas? Disponível em: http://fdnc.io/ft1. Acesso em: 7 abr. 2021.

  Fazer a leitura compartilhada do texto que aparece na tela descrevendo as etapas do processo de geração de energia hidrelétrica e as máquinas, infraestrutura e equipamentos envolvidos. Solicitar que relacionem os termos com as imagens correspondentes.

  Energia limpa no Brasil

  Toda energia renovável que não emite substâncias poluidoras é denominada energia limpa. Solar, eólica, geotérmica, maremotriz, de biomassa e hidráulica são as grandes apostas para a substituição da matriz energética das nações industrializadas. No entanto, os combustíveis fósseis ainda são os meios de geração de energia mais utilizados no mundo atualmente. Eles foram gerados há milhões de anos pela decomposição de animais e vegetais, e incluem o petróleo e seus derivados (gasolina, óleo diesel etc.), o gás natural, o xisto e o carvão mineral. [...]

  [...] O problema com o modelo brasileiro é a grande dependência de uma única fonte. E, além disso, a segunda principal fonte de energia no país, acessada com frequência quando o nível de água nos reservatórios está baixo, é a termelétrica, fonte não limpa e dependente de recursos não renováveis.

• Solicitar aos alunos que leiam silenciosamente o texto e comentem sobre as vantagens e desvantagens ambientais das usinas hidrelétricas.
• Verificar se compreendem que o represamento da água do rio faz com que uma extensa área seja alagada, e o que havia na superfície fica submerso.
• Orientá-los a observar, na fotografia, algumas partes da usina, indicadas no perfil esquemático da página anterior: reservatório, local onde ficam os geradores e rio.
• Compartilhar algumas informações sobre a Usina Hidrelétrica de Itaipu, comentando que a decisão de construí-la foi tomada em 1973, com a assinatura do Tratado de Itaipu pelos governos do Brasil e do Paraguai. A Itaipu Binacional correspondeu a um marco para o setor elétrico dos dois países.
• Se possível, em um mapa político da América do Sul, localizar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai para que os alunos possam compreender melhor porque Itaipu é binacional.

  É preciso maior diversificação na matriz energética do país. Mais especificamente, são necessários investimentos para acelerar o avanço das duas outras fontes de energia com maior potencial de crescimento no país: eólica e solar.

  Fonte: FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Energia limpa no Brasil. FIEMG, 17 jul. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fxk. Acesso em: 7 abr. 2021.

• Solicitar a leitura do texto inicial, em voz alta, verificando a fluência em leitura oral dos alunos e destacando as vantagens na utilização da energia eólica.
• Orientar os alunos na leitura e na interpretação do mapa, chamando a atenção para o título e as principais unidades da federação produtoras de energia eólica.
• Comentar com os alunos sobre o potencial eólico do Brasil, que é favorecido em termos de ventos. O país se caracteriza por uma ocorrência de ventos duas vezes superior à média mundial e pela volatilidade de 5% (oscilação da velocidade), o que dá maior previsibilidade ao volume de energia a ser produzido. Além disso, como a velocidade costuma ser maior em períodos de estiagem, é possível operar as usinas eólicas em sistema complementar ao das usinas hidrelétricas, a fim de preservar a água dos reservatórios em períodos de poucas chuvas. (Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas da energia elétrica no Brasil. 3ª ed. Brasília: Aneel, 2008. p. 81).

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A leitura e a interpretação do mapa sobre a energia eólica contribuem para o desenvolvimento da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4, fazendo uso da linguagem cartográfica no trabalho com as informações geográficas, com ênfase nos princípios do raciocínio geográfico de localização e diferenciação (permitindo, ainda, desenvolver a competência específica de Geografia 3). A partir da leitura e da interpretação dos gráficos, os conhecimentos sobre a energia solar estão sendo construídos, atendendo dessa forma à competência específica de Ciências Humanas 7 e à competência específica de Geografia 4, fazendo uso da linguagem gráfica no trabalho com as informações geográficas.

  Fim do complemento.

  Para leitura do aluno

  Energia: fique por dentro, de Alice James. Ilustrações de R. Peter Allen. Tradução de Ilana Rehavia. São Paulo: Usborne, 2018.

  Um livro em que se vai desvendando, através de abas ilustradas que se abrem, o que é energia elétrica e como sua produção afeta nosso planeta. Mostra como vêm sendo desenvolvidas novas invenções para produzir energia no futuro.

  

• Solicitar a um aluno que leia o texto, observando sua fluência em leitura oral, sua capacidade de ler com precisão, velocidade e prosódia. Essa forma de leitura permite conhecer melhor e com detalhes as dificuldades de leitura dos alunos para oferecer-lhes a ajuda necessária.
• Orientar previamente os demais alunos para que escutem com atenção e indiquem as vantagens e as desvantagens na obtenção da energia solar.
• Orientá-los na observação da fotografia, comentando sobre a instalação dos painéis, necessários para a captação da energia solar, e do gráfico, destacando os principais locais de produção da energia solar.
• Comentar que o Brasil é o país com a maior taxa de irradiação solar do mundo e recebe uma insolação (número de horas de brilho do Sol) superior a 3 mil horas por ano – e que existem alguns incentivos para que essa capacidade seja mais bem aproveitada.

  Atividade complementar

  Mostrar aos alunos o mapa sobre potencial de geração solar fotovoltaica, na página 59 do Atlas brasileiro de energia solar, publicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Disponível em: http://fdnc.io/fxm. Acesso em: 4 abr. 2021.

  Solicitar que observem as regiões com maior potencial de geração de energia solar e, em seguida, organizem uma produção de escrita descrevendo as informações no mapa e as vantagens e as desvantagens da energia solar.

• Realizar a leitura do texto e esclarecer o significado de “biomassa”.
• Verificar se os alunos apresentam alguma dificuldade na compreensão do vocabulário e incentivar a pesquisa em dicionários impressos ou digitais.
• Solicitar aos alunos que observem, individualmente, a ilustração que representa uma usina de biomassa movida a cana-de-açúcar e relatem cada etapa desse processo.
• Orientá-los a comparar o funcionamento de uma usina hidrelétrica e o de uma usina termelétrica de biomassa. Espera-se que percebam que, assim como na usina hidrelétrica, na de biomassa há uma turbina e um gerador. Porém, na usina hidrelétrica, o que movimenta a turbina é a água, e, na usina termelétrica de biomassa, é o vapor, obtido da queima do bagaço da cana-de-açúcar, que faz movimentar a turbina.
• Comentar que, na geração de energia eólica, a turbina é movimentada pelo ar em alta velocidade. Esse movimento gera energia mecânica, que é transformada em energia elétrica por meio de um gerador.
• Conversar sobre o aspecto negativo da geração de energia por biomassa: gases e restos de cana-de-açúcar queimados poluem o ar, ainda que em baixa intensidade.
• Orientá-los na produção de escrita a partir da observação da representação sobre a produção de energia por biomassa, destacando e relacionando cada uma das etapas.

  Biomassa

  Qualquer matéria orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica é classificada como biomassa. De acordo com a sua origem, pode ser: florestal (madeira, principalmente), agrícola (soja, arroz e cana-de-açúcar, entre outras) e rejeitos urbanos e industriais (sólidos ou líquidos, como o lixo). Os derivados obtidos dependem tanto da matéria-prima utilizada (cujo potencial energético varia de tipo para tipo) quanto da tecnologia de processamento para obtenção dos energéticos.

  Nas regiões menos desenvolvidas, a biomassa mais utilizada é a de origem florestal. [...]

  Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Atlas de energia elétrica do Brasil. 3ª ed. Brasília: Aneel, 2008. p. 81.

• Realizar a leitura compartilhada do texto da seção Você sabia?.
• Destacar a possibilidade de o lixo tornar-se fonte de energia por meio da queima dos detritos secos e da decomposição da matéria orgânica.
• Organizar os alunos em grupos e debater a importância da coleta seletiva de lixo, comentando que o material reciclável precisa ser separado do orgânico para que seja, em primeiro lugar, reciclado e, em segundo lugar, aproveitado para obtenção de energia.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A atividade de debate sugerida acima aproxima os alunos da competência específica de Geografia 6 na construção de argumentos com base em informações geográficas na defesa de ideias que promovem a consciência socioambiental. E também atende à competência específica de Ciências Humanas 6, que trata da construção de argumentos exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados ao bem comum.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Educação em direitos humanos

  Esta é uma oportunidade para tratar do direito ao saneamento básico. Comentar que em 2016 uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu o saneamento básico como um direito humano, que inclui a questão do tratamento adequado do lixo.

  Avaliar com os alunos a situação do lugar de vivência com relação às possibilidades de reaproveitamento do lixo.

  Fim do complemento.

• Retomar as fontes de energia renováveis vistas até o momento: hídrica, eólica, solar e biomassa. Conversar sobre o termo “não renovável”, que se refere a fontes de energia cujo processo de formação foi muito lento.
• Realizar a leitura do texto, destacando o fato de que, apesar de o petróleo estar se esgotando, ainda é um dos recursos mais utilizados para a geração de energia no mundo.
• Solicitar aos alunos que observem as fotografias que representam a extração de gás e de petróleo e comentar com eles a localização das plataformas de extração do petróleo, localizando-as em um mapa político do Brasil.
• Destacar que a fonte de geração de energia utilizada nas usinas termelétricas pode ser a biomassa (recurso renovável) ou derivados do petróleo ou carvão mineral (recursos não renováveis).

  As atividades do capítulo 10 possibilitam aos alunos compreender as formas de produção de energia a partir de fontes não renováveis, identificando suas vantagens e desvantagens.

  A BNCC neste capítulo

  Unidade temática: Mundo do trabalho.

  Objeto de conhecimento: Trabalho e inovação tecnológica.

  Habilidade: (EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia utilizados na produção industrial, agrícola e extrativa e no cotidiano das populações.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A leitura e interpretação do mapa possibilitam aos alunos conhecer a distribuição das usinas termelétricas nas unidades da federação, identificando áreas de concentração e de dispersão.

Fim do complemento.

• Orientar os alunos na interpretação do mapa, identificando: título, legenda, rosa dos ventos, escala e fonte.
• Chamar a atenção para o fato de que a maioria das usinas termelétricas que utilizam combustíveis fósseis está localizada na Região Sudeste do país, no litoral e próximo ao curso do Rio Amazonas.
• Orientar os alunos a procurar informações sobre a existência de usinas termelétricas que utilizem carvão mineral, gás natural ou petróleo, próximas à unidade da federação onde vivem.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  No trabalho de leitura e interpretação do mapa que trata da distribuição das usinas termelétricas, os alunos têm a possibilidade de se aproximar da competência específica de Ciências Humanas 7 e da competência específica de Geografia 4 pela interpretação da linguagem cartográfica, desenvolvendo o raciocínio espaço-temporal e e a aplicação dos princípios de localização e distribuição, favorecendo ainda a aproximação com a competência específica de Geografia 3.

  Fim do complemento.

• Solicitar a leitura individual e silenciosa do texto inicial e escrever na lousa as informações obtidas sobre energia nuclear.
• Orientar os alunos para que indiquem a fonte da energia nuclear, o tipo de recurso, as usinas em funcionamento no Brasil e a usina em construção.
• Perguntar a eles como a energia é gerada a partir do urânio.
• Comparar a geração de energia das usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares. Em todas, há uma força, proveniente de algum recurso natural, que faz uma turbina girar e transformar a energia mecânica em elétrica.
• Promover um debate sobre as desvantagens da utilização da energia nuclear e seus perigos para o meio ambiente e para a saúde das pessoas, caso haja uso inadequado.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A construção dos conhecimentos pelos alunos sobre os recursos naturais não renováveis e seu aproveitamento pelas pessoas com o uso de diferentes tecnologias permite uma aproximação da competência geral da Educação Básica 7, favorecendo a argumentação com base em fatos, dados e informações confiáveis e as reflexões sobre consumo responsável em âmbito, local, regional e global. Esses aspectos se relacionam à competência específica de Ciências Humanas 6 no sentido de construir conhecimentos que promovam a consciência socioambiental.

  Fim do complemento.

  Fontes de energia não renováveis

  As fontes de energia que pertencem a esse grupo são finitas ou esgotáveis. Para a maioria delas, a reposição na natureza é muito lenta, pois resulta de um processo de milhões de anos sob condições específicas de temperatura e pressão. Quanto mais usamos as fontes de energia não renováveis, menos teremos no estoque total. São exemplos de fontes não renováveis de energia: petróleo, carvão mineral, gás natural e nuclear. […]

  Como podemos usá-las sem que o estoque acabe rapidamente? Explorando racionalmente os recursos existentes; promovendo a eficiência no uso e investindo em ciência e tecnologia para o desenvolvimento de fontes renováveis (eólica, hidrelétrica, solar, entre outras) que possam substituir as não renováveis.

• Retomar com os alunos a importância da energia elétrica para a vida das pessoas, o fato de sua obtenção ser dispendiosa e trabalhosa, além de reduzir os recursos naturais do planeta e poder causar impactos ambientais.
• Realizar a leitura do texto com dicas de economia de energia no cotidiano observando a fluência em leitura oral dos alunos, e a necessidade de mais treino para essa habilidade, verificando o ritmo e a precisão da leitura, de maneira a torná-la cada vez mais agradável.
• Comentar com os alunos que a chave seletora verão/inverno no chuveiro nunca deve ser modificada com ele ligado, pois o choque pode ser fatal. Explicar também que essa tarefa deve ser feita por um adulto.
• Destacar que a adoção de hábitos que poupam energia tem efeitos positivos para a sociedade, pois favorece a economia de recursos naturais e a redução dos impactos sociais causados pela geração de energia. Portanto, poupar energia elétrica é uma forma de promover mudanças na sociedade. Compartilhar essas informações com amigos e familiares e estimulá-los a mudarem hábitos é uma forma de participação social e exercício da cidadania, tema de relevância atual mundial.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Educação para o consumo

  Essa é uma boa oportunidade para tratar da economia de energia elétrica no dia a dia. Orientar os alunos na criação das frases e desenhos para a produção de cartazes que serão colocados na escola. Essa produção poderá ser feita também em meios digitas.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  A atividade relacionada à economia de energia no dia a dia atende à competência geral da Educação Básica 10 no sentido de agir com responsabilidade baseada em princípios sustentáveis e solidários. Também permite desenvolver o espírito investigativo e criar soluções para problemas em relação à economia de energia, contribuindo para o desenvolvimento da competência geral da Educação Básica 2, da competência específica de Ciências Humanas 1 e da competência específica de Geografia 1.

  Fim do complemento.

  Atualmente, grande parte da energia consumida no mundo é proveniente de fontes não renováveis, porque as características dessas fontes são bem conhecidas, possuem um rendimento energético elevado (poucas perdas de energia no processo de transformação), preços atrativos, geram muitos empregos e possuem infraestrutura construída para geração e distribuição (usinas, dutos, ferrovias e rodovias). Os principais usos das fontes não renováveis são: 1 – na geração de eletricidade, 2 – como combustível nos transportes de cargas e de pessoas e 3 – no aquecimento de casas.

  Algumas fontes não renováveis de energia, como o petróleo e o carvão mineral, são responsáveis por grande parte da emissão (liberação) de gases de efeito estufa na atmosfera, visto que essas fontes são combustíveis (precisam ser queimadas para gerar energia) e liberam gases poluentes, que impactam a saúde e o meio ambiente.

  Fonte: Empresa de Pesquisa Energética. Fontes de energia. Disponível em: http://fdnc.io/ft4. Acesso em: 4 abr. 2021.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

A atividade de leitura e interpretação do mapa permite aos alunos conhecer as principais reservas de urânio no Brasil. Já a leitura e a interpretação de gráficos de setores possibilitam a eles conhecer as principais formas de geração de energia elétrica e a participação das fontes de energia.

Fim do complemento.

• Orientar os alunos na leitura e na interpretação do mapa chamando inicialmente a atenção para o título do mapa e a legenda.
• Verificar com os alunos se há reservas de urânio na região ou na unidade da federação onde vivem.
• Chamar a atenção dos alunos para a atual área produtora de urânio no Brasil.
• Orientar os alunos para que façam as atividades em duplas.
• Compartilhar as respostas dadas para as atividades e criar uma roda de conversa trazendo novas informações com relação ao lixo resultante da energia nuclear.
• Orientá-los na produção de escrita de um texto coletivo a partir desse tema. Os alunos poderão desenvolver o texto coletivamente no caderno de Geografia ou em folha avulsa.

  Consumo consciente de energia

  Um pensamento comum entre as pessoas é que energia elétrica (EE) é algo que simplesmente sai da tomada e é infinita. Mas como essa não é a realidade, pelo menos dois princípios básicos precisam ser reafirmados. Primeiro, para se consumir EE, esta precisa estar sendo gerada em algum lugar e no mesmo instante. Segundo, toda a parafernália necessária para fazer essa energia chegar a uma tomada envolve muita engenharia e pelo menos uma fonte de energia, seja hidráulica, térmica, nuclear, eólica ou solar.

• Para a atividade sobre a fonte de energia que poderia ser mais bem aproveitada no Brasil, tabular na lousa a opinião dos alunos para depois, em uma folha de papel quadriculado, orientá-los a criar um gráfico de barras que poderá ser exposto em sala de aula ou colocado no caderno de Geografia.
• Conversar com os alunos sobre a fonte de energia mais utilizada no município onde vivem, destacando suas vantagens e desvantagens.
• Solicitar a eles que anotem no caderno de Geografia suas conclusões com relação à produção de energia no lugar em que vivem.

  Para complementar

  3. Aproveitar para ressaltar as vantagens das fontes de energia renováveis que geram menos impacto ambiental, como a energia solar e a eólica. O Brasil é um país que recebe grande incidência de radiação solar e, sobretudo em áreas do litoral da Região Nordeste e da Região Sul, o vento costuma ser intenso.

  O consumo de EE é crescente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o que torna necessário e premente conscientizar os usuários a reduzi-lo para ajudar a equilibrar consumo e geração. Esse equilíbrio com redução é fundamental para que possamos viver em um mundo que reduza a demanda por geração de energia e investimentos, que são escassos, com menos poluição e menos impacto ambiental. [...]

  Fonte: WATANABE, Edson. Por um consumo consciente de energia elétrica. Revista Rio Pesquisa, Rio de Janeiro, ano IX, n. 37, dez. 2016.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 9 e 10.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Identificar características de distintas fontes de energia renováveis e não renováveis.

   Espera-se que os alunos correlacionem informações associando cada texto a uma fonte de energia ou recurso mineral energético correto.

2. Identificar os setores econômicos que mais fazem uso da energia elétrica no Brasil.

   Espera-se que os alunos tenham a proficiência de ler e interpretar um gráfico de setores sobre setores econômicos com mais gasto energético.

3. Propor ação de intervenção para economia de energia no espaço escolar.

   Espera-se que os alunos reflitam sobre o consumo de energia elétrica na escola e que proponham ações de intervenção. Antes de realizar a atividade, proponha a observação das dependências da escola, visando identificar se são utilizadas lâmpadas econômicas, se há entrada de luz natural nos ambientes, se as dependências são pintadas com cores claras e se as pessoas costumam deixar luzes acesas desnecessariamente. A partir de constatações como essas, os alunos devem escolher ações para economia de energia e elaborar sua produção de escrita.

Autoavaliação

A autoavaliação é uma atividade individual e permite aos alunos revisitar o processo de aprendizagem e a postura de estudante, refletindo sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade, não é necessário atribuir uma pontuação ou conceito aos alunos. As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não foram aparentemente consolidados.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades de observação nas dependências escolares e as ações com o objetivo de melhorar a forma de utilização da energia elétrica na escola possibilitam aos alunos mais uma aproximação da competência geral da Educação Básica 10 e da competência específica de Ciências Humanas 6, exercitando a responsabilidade voltada ao bem comum.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Desafio à vista!

A questão problema permite aos alunos refletir sobre diferentes impactos ambientais que podem interferir na qualidade ambiental. Conversar com eles sobre essa questão e registrar as respostas, guardando esses registros para que sejam retomados na Conclusão do módulo.

Fim do complemento.

• Auxiliar os alunos na leitura e na interpretação do infográfico.
• Iniciar a leitura percorrendo o rio, partindo do trecho em que ele não se encontra poluído.
• Solicitar aos alunos que leiam os textos em duplas.

  As atividades desenvolvidas no capítulo 11 permitem aos alunos refletir sobre os impactos causados ao ambiente em função de um saneamento básico inadequado e identificar diversas formas de descarte de resíduos sólidos, incitando buscas por boas soluções em relação à destinação final do lixo.

  A BNCC neste capítulo

  Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.

  Objetos de conhecimento: Qualidade ambiental; Diferentes tipos de poluição; Gestão pública da qualidade de vida

• Criar uma roda de conversa para debater os principais problemas que foram representados no infográfico e compartilhar as respostas das atividades.
• Relacionar na lousa os principais problemas de saneamento básico que os alunos identificaram em seu lugar de viver.
• Destacar na conversa algumas possíveis iniciativas que poderiam ser tomadas pelas pessoas e pelos órgãos públicos.
• Compartilhar as respostas das atividades.

  Boxe complementar:

  Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6: Água potável e saneamento

  Ler para os alunos o ODS de número 6: “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”. Comentar que, em 2020, mais de um bilhão de pessoas no mundo não tinham acesso a banheiro, situação que atingia principalmente moradores de países com menos recursos e menos desenvolvimento. Tal falta de saneamento reflete em cerca de um milhão de mortes por ano decorrentes de doenças relacionadas ao contato com fezes humanas ou esgoto despejado ao ar livre.

  Realizar uma roda de conversa sobre a importância dos investimentos no saneamento básico. Pode-se elaborar uma produção escrita em forma de e-mail ou carta a ser encaminhada para um governante do lugar onde vivem.

  Fim do complemento.

  Habilidades: (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e algumas formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos (esgotos, fluentes industriais, marés negras etc.); (EF05GE11) Identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem no entorno da escola e da residência (lixões, indústrias poluentes, destruição do patrimônio histórico etc.), propondo soluções (inclusive tecnológicas) para esses problemas; (EF05GE12) Identificar órgãos do poder público e canais de participação social responsáveis por buscar soluções para a melhoria da qualidade de vida (em áreas como meio ambiente, mobilidade, moradia e direito à cidade) e discutir as propostas implementadas por esses órgãos que afetam a comunidade em que vive.

• Solicitar aos alunos que realizem a leitura silenciosa do texto e que expliquem oralmente o que entenderam sobre saneamento básico.
• Verificar a compreensão do vocabulário, perguntar se sabem o significado de todas as palavras do texto e o que consideram como boas condições de higiene para o ambiente onde vivem.
• Observar e interpretar o gráfico sobre o destino dos resíduos sólidos coletados nas cidades brasileiras, solicitando a leitura do título para identificar o assunto.
• Verificar se houve identificação dos três principais tipos de destino de resíduos sólidos, auxiliando-os a diferenciar os processos envolvidos no destino dado ao lixo nos aterros sanitários, nos aterros controlados e nos lixões.
• Ressaltar a importância da impermeabilização do solo feita nos aterros sanitários, verificando se compreendem que ela garante que o líquido e as substâncias tóxicas presentes nos materiais descartados no lixo não penetrem o solo e os lençóis subterrâneos de água poluindo-os.
• Compartilhar as respostas das atividades e promover um debate com os alunos sobre as razões da proibição do descarte de resíduos sólidos em lixões, como indicado na Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010).
• Conversar sobre a existência ou não de lixões no lugar onde vivem. Se não souberem informar, auxiliá-los a pesquisar na biblioteca da escola ou do bairro, ou também por meios digitais ou ainda com adultos de sua convivência.

  Resíduos sólidos e coleta seletiva de lixo

  Coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos que foram previamente separados segundo a sua constituição ou composição. [...] A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que a coleta seletiva nos municípios brasileiros deve permitir, no mínimo, a segregação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos. Os resíduos recicláveis secos são compostos, principalmente, por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, tetrapak, diferentes tipos de plásticos e vidro. Já os rejeitos, que são os resíduos não recicláveis, são compostos principalmente por resíduos de banheiros (fraldas, absorventes, cotonetes...) e outros resíduos de limpeza.

• Solicitar aos alunos que relatem as possíveis consequências do despejo de resíduos sólidos em lixões para o ambiente e para a saúde das pessoas.
• Organizá-los em grupos para a leitura e a interpretação do gráfico sobre a ausência de coleta seletiva de lixo nas cidades das diferentes regiões brasileiras.
• Pedir aos alunos que identifiquem as regiões que estão acima ou abaixo da média nacional, que é de 30%.
• Comentar a importância da coleta seletiva nas cidades como forma de contribuir para a diminuição do volume do lixo, para a economia de energia e de recursos naturais utilizados na fabricação de produtos e para a geração de renda a inúmeras famílias brasileiras.
• Destacar que a responsabilidade pelo lixo é coletiva e, por esse motivo, a gestão dos resíduos sólidos envolve a ação de vários agentes da sociedade. Na escala individual, devemos reduzir o consumo, dar destinação correta ao lixo e exigir que o poder público garanta a coleta seletiva. As empresas, por outro lado, precisam participar oferecendo-se para recolher e reciclar os resíduos que geram, sobretudo embalagens. Considerar as consequências do consumo e da geração de resíduos no momento de comprar novos objetos é uma forma de participação social e de exercício da cidadania.

  [...] Os resíduos orgânicos consistem em restos de alimentos e resíduos de jardim (folhas secas, podas...).

  É importante que os resíduos orgânicos não sejam misturados com outros tipos de resíduos, para que não prejudiquem a reciclagem dos resíduos secos e para que os resíduos orgânicos possam ser reciclados e transformados em adubo de forma segura em processos simples como a compostagem. [...]

  Fonte: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Coleta seletiva. Disponível em: http://fdnc.io/fxq. Acesso em: 4 abr. 2021.

• O jogo, desenvolvido de forma lúdica, tem como objetivo retomar os conhecimentos construídos sobre o tema do saneamento básico. É importante que os alunos desenvolvam, a partir da observação das pessoas e das paisagens, um olhar crítico e participativo.
• Fazer uma leitura compartilhada das informações textuais do jogo, esclarecendo as dúvidas dos alunos.
• Propor a eles que joguem em duplas ou em trios.
• Atentar para a leitura que os alunos farão das frases e sua compreensão, cuidando da fluência em leitura oral, verificando a capacidade de ler com precisão, velocidade e prosódia.

  O jogo como recurso didático-pedagógico no ensino da Geografia

  Quando falamos em jogos, temos de levar em consideração o nível de conhecimento, a dinâmica de funcionamento e o grau de utilidade que esse jogo irá proporcionar aos alunos e não apenas aplicá-los como uma espécie de passatempo para distrair os alunos.

  O jogo vem como um estímulo tanto para melhor compreensão do conteúdo quanto para o crescimento e o desenvolvimento intelectual do aluno – fundamental para atingir a responsabilidade e a maturidade. É uma forma de aproximar o conteúdo dos alunos, motivando-os a estudar de forma mais atrativa.

  Não defendemos o jogo pelo jogo, pois parece uma situação pouco estruturada e sem perspectivas relevantes quanto ao processo de desenvolvimento dos indivíduos.

• Conversar com os alunos ao término do jogo de percurso.
• Solicitar que apresentem atitudes que poderiam tomar com relação ao lugar de vivência.
• Orientá-los a anotar suas conclusões no caderno de Geografia.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  As atividades sobre o saneamento básico de forma geral e no lugar de vivência dos alunos possibilitam uma aproximação da competência específica de Ciências Humanas 3 ao identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade. As atividades de inserção de jogos no contexto escolar também permitem aos alunos desenvolver autoconhecimento, reconhecendo suas emoções e dos outros com autocrítica e capacidade de lidar com elas, aproximando da competência geral da Educação Básica 8.

  Fim do complemento.

  Para leitura do aluno

  

  Reciclagem, a aventura de uma garrafa, de Mick Manning, Brita Granstrom e Ruth Salles. São Paulo: Ática, 2005.

  Acompanhando a trajetória de uma garrafa lançada ao mar, fica mais fácil para as crianças entenderem melhor o que é poluição ambiental e o processo de reciclagem. Então elas levantam hipóteses sobre os destinos da garrafa.

  Estamos pensando no seu uso como recurso pedagógico, pois, no jogar, o aluno articula tanto a teoria quanto a prática, fazendo com que ele estude sem perceber, tornando o processo de ensino aprendizagem mais interessante e atrativo.

  Por meio do jogo, liberam-se tensões, desenvolvem-se habilidades, criatividade, espontaneidade, o indivíduo acaba jogando não como uma obrigação, mas como algo livre. Surge, pois, o prazer. É esse aspecto que o professor de Geografia não deve ignorar ou desaproveitar. Empregando o jogo ao conteúdo adequado, os alunos poderão trabalhar em situações altamente motivadoras, principalmente quando aplicado a conteúdos de difícil assimilação. [...]

  Fonte: VERRI, Juliana Bertolino; ENDILICH, Ângela Maria. A utilização de jogos aplicados no ensino de Geografia. Revista Percurso, Maringá, v. 1, n. 1, p. 67, 2009.

• Realizar a leitura da notícia em voz alta e esclarecer dúvidas relacionadas ao vocabulário, orientando-os na consulta do glossário.
• Solicitar aos alunos que oralmente comentem o que não conseguiram compreender.
• Orientá-los a conversar com um adulto de sua convivência sobre diferentes atitudes que podem contribuir para o descarte adequado do lixo eletrônico.
• Solicitar a eles que registrem no caderno de Geografia as suas descobertas. Em uma roda de conversa, organizar a socialização das ideias que os adultos relataram e que podem ser praticadas no dia a dia.

  Boxe complementar:

  Tema Contemporâneo Transversal: Educação para o consumo

  Esta é uma boa oportunidade para desenvolver a reflexão dos alunos sobre a questão do consumo consciente, evitando a compra de produtos supérfluos, de produtos produzidos por meio da exploração do trabalho de pessoas ou de produtos com embalagens não recicláveis. Ser um consumidor consciente é uma forma de promover mudanças positivas na sociedade, proporcionando a participação social e o exercício da cidadania.

  Fim do complemento.

• Realizar a leitura do texto e solicitar aos alunos que citem algumas situações que prejudicam o abastecimento de água para a população.
• Orientá-los na observação das fotografias, solicitando que identifiquem em cada uma delas a situação prejudicial ao ambiente e à vida das pessoas.
• Fazer um levantamento com os alunos identificando os possíveis relatos de situações que comprometam os recursos hídricos similares às das fotografias nos lugares de vivência deles.
• Conversar sobre algumas soluções possíveis de melhoria da situação para cada local; por exemplo: proteção de nascentes, uso de defensivos agrícolas orgânicos e naturais, preservação das matas e controle do desmatamento, tratamento da água e do esgoto.

  Atividade complementar

  Solicitar aos alunos que pesquisem e tragam para a sala de aula notícias de revistas e jornais de meios digitais sobre a poluição de recursos hídricos no município onde vivem. Selecionar algumas dessas reportagens, tirar dúvidas de vocabulário e montar com os alunos um mural informativo que pode ser afixado na sala de aula ou no corredor da escola.

  A BNCC neste capítulo

  Unidade temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida.

  Objetos de conhecimento: Qualidade ambiental; Diferentes tipos de poluição.

  Habilidades: (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e algumas formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos (esgotos, fluentes industriais, marés negras etc.); (EF05GE11) Identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem no entorno da escola e da residência (lixões, indústrias poluentes, destruição do patrimônio histórico etc.), propondo soluções (inclusive tecnológicas) para esses problemas.

  As atividades desenvolvidas no capítulo 12 permitem aos alunos conhecer e refletir sobre a importância da água, dos esgotos tratados e a situação de poluição dos mares e oceanos com suas consequências para o ambiente e a saúde das pessoas.

• Solicitar aos alunos que observem as informações da representação sobre a captação da água.
• Esclarecer dúvidas relacionadas ao vocabulário que foi utilizado na representação.
• Realizar a leitura compartilhada de cada uma das etapas da captação da água até a devolução ao manancial. É importante explorar a compreensão da finalidade de cada uma das etapas.

  Saneamento básico e esgotamento sanitário no Brasil

  O conjunto de medidas de saneamento básico tem como objetivo preservar ou modificar as condições do meio ambiente para promover a saúde. Ações como abastecimento de água, rede de esgotos, coleta de lixo e controle de animais e de insetos atuam diretamente na prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida.

  O Brasil se comprometeu a universalizar o saneamento básico até 2030 quando assinou, em 2015, os 17 Objetivos para Transformar Nosso Mundo criados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, pode não alcançar a meta. Apesar de 85,9% dos 5.570 municípios brasileiros afirmarem ter sistema público de saneamento em 2019, essa cobertura não é ampla, segundo o Sistema Nacional de Informações da Saúde (Snis).

• Orientar os alunos a registrar individualmente as respostas das atividades para posteriormente compartilhá-las com os colegas.
• Retomar as principais razões que contribuem para que a maior parte das águas residuais seja descartada sem tratamento, enfatizando que, além dos altos custos de implantação de sistema de coleta de esgoto, da falta de ação de governantes e da falta de políticas públicas, a falta de informação das pessoas sobre o assunto contribui significativamente para que o reuso das águas residuais ocorra.
• Realizar a leitura e interpretação do gráfico, realizando uma avaliação com relação às diferentes regiões brasileiras e à situação do tratamento dos esgotos.

  De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 68,3% das residências brasileiras estão conectadas à rede de esgotamento sanitário, mas apenas 46% do esgoto coletado são devidamente tratados. A ausência de saneamento gera uma série de consequências graves para a sociedade, agravando a incidência de enfermidades e elevando os custos para o sistema de saúde pública.

  Fonte: SUNMIT SAÚDE BRASIL 2021. Quatro problemas gerados pelo saneamento básico inadequado no Brasil. Estadão, 2 jul. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fxs.. Acesso em: 4 abr. 2021.

Boxe complementar:

Alfabetização cartográfica

As atividades permitem aos alunos, por meio da leitura dos gráficos de setor e do mapa, conhecer e avaliar a distribuição da água e a coleta de esgoto no Brasil.

Fim do complemento.

• Comentar com os alunos que, embora o tratamento de água e esgoto seja um direito das pessoas, ele nem sempre é feito de maneira satisfatória nos municípios brasileiros.
• Orientá-los na leitura e na interpretação do mapa e dos gráficos, solicitando que indiquem o assunto, os locais e o órgão que realizou a pesquisa das informações (no caso, a Agência Nacional de Águas, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pela implementação da gestão dos recursos hídricos no Brasil). Antes de solicitar a realização das atividades, comentar o significado de cada cor na legenda dos gráficos.

  Para leitura do aluno

  

  Uso racional da água e saneamento básico, de Mauricio de Sousa e Honda. São Paulo: Instituto Trata Brasil; Mauricio de Sousa Produções; Sabesp, 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fxu. Acesso em: 7 abr. 2021.

  O pai do Cebolinha leva a turminha para conhecer a nascente muito limpa do rio que corta o bairro onde eles vivem, mas não compreendem como o rio, na cidade, é tão sujo. Percebem a necessidade de jogar o lixo no lixo, de não descartar esgotos nos afluentes e a importância de cuidar da água.

  Problemas de esgoto

  O esgoto é formado, basicamente, de 99,9 % de água, 0,1% de sólidos e inúmeros organismos vivos, tais como bactérias, vírus, vermes e protozoários, os quais são liberados junto com os dejetos humanos. Mesmo assim, a decomposição do esgoto é um processo que demanda vários dias e, portanto, um processo relativamente caro, com investimento de 0,04% do PIB nacional do Governo Federal.

  O tratamento do esgoto doméstico também é muito importante para a preservação do meio ambiente. O esgoto contamina rios, lagos, represas e mares porque possuem excesso de sedimentos e micro-organismos que podem causar doenças, como a esquistossomose, leptospirose, cólera e piodermites.

  Sendo assim, pode transformar áreas próximas, desequilibrando o ecossistema da região. Rios e praias sofrem processo de assoreamento, que nada mais é do que o aumento de sedimentos (sólidos) em sua base, provocando aumento do nível da água e, consequentemente, enchentes.

• Com os alunos em duplas fazer a leitura e a interpretação do mapa e do gráfico.
• Chamar a atenção para o título do mapa, avaliando a situação de cada região do Brasil. Na leitura do gráfico destacar as porcentagens de coleta de esgoto sanitário.
• Comentar com os alunos que o esgoto pode ser coletado (retirado das construções por um sistema de tubulações), mas não ser tratado. Explicar que fossa é uma cavidade feita no solo para os dejetos serem despejados; é, portanto, um destino poluente dos lençóis subterrâneos de água.
• Solicitar aos alunos que comentem a situação da coleta e do tratamento de esgoto na região em que vivem.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  O trabalho com a leitura e a interpretação de mapas e gráficos atende à competência específica de Ciências Humanas 7 e a competência específica de Geografia 4 no desenvolvimento do pensamento espacial por meio da linguagem cartográfica. A competência específica de Geografia 3 também é mobilizada ao promover o princípio do raciocínio geográfico de diferenciação entre regiões.

  Fim do complemento.

  O esgoto também pode contaminar mananciais e locais que servem como fonte de água potável para a população. Os mais prejudicados são os peixes, espécies inteiras podem ser extintas do local onde o esgoto doméstico é jogado. Além deles, as vegetações aquáticas e ribeirinhas podem acabar morrendo. O mau cheiro também é uma consequência perigosa do esgoto doméstico jogado na natureza.

  Fonte: SANESUL – Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul. Importância do tratamento de esgoto. Disponível em: http://fdnc.io/fxx. Acesso em: 7 abr. 2021.

• Fazer a leitura da notícia em voz alta como modelo de leitor.
• Cuidar da compreensão do vocabulário pelos alunos.
• Compartilhar as respostas dos alunos para os itens a e b da atividade 7.
• Orientá-los na produção de escrita coletiva de um texto para ser colocado no caderno de Geografia ou uma folha avulsa para sua correção.
• Sugerir aos alunos que apresentem esse texto para adultos de sua convivência e, com base nessa conversa, avaliem os diferentes aspectos do saneamento básico no lugar de vivência. A partir da apresentação dessas informações, avaliar com os alunos aspectos favoráveis e desfavoráveis do saneamento básico no lugar de vivência.

  Poluição dos mares e oceanos

  Pesca predatória, excesso de nutrientes, poluentes orgânicos persistentes, introdução de espécies exóticas, contaminação por esgotos domésticos (bactérias, vírus e parasitas), alterações nos fluxos de sedimento, vazamento de óleo, entre outras interferências constantes, afetam a vida marinha. São plásticos, fertilizantes, medicamentos, fezes, óleos, lixo de todo tipo, que, descartados incorretamente, chegam às águas do mar – que também sofrem os efeitos das mudanças climáticas, como elevação da temperatura, acidificação e perda de oxigênio.

• Solicitar aos alunos que leiam individualmente o texto inicial e, em seguida, identifiquem o problema da maré negra que atinge mares e oceanos e causa a poluição das águas e das praias e, consequentemente, morte de animais marinhos e terrestres.
• Orientar para que leiam em duplas a notícia reproduzida na atividade sobre as principais consequências do derramamento de óleo no mar e que anotem dúvidas de vocabulário.
• Organizar as anotações das duplas e esclarecer as dúvidas.
• Conversar sobre as consequências da maré negra para o ambiente marinho e para as pessoas.
• Comentar que existem dois principais procedimentos para lidar com áreas atingidas pelo derramamento de petróleo. O primeiro consiste em cercar com boias a mancha de óleo no mar, evitando que o vazamento se espalhe. O outro se refere ao recolhimento do óleo, separando-o da água do mar e da areia. Contar aos alunos que um dos mais graves acidentes de derramamento de óleo no Brasil ocorreu na Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, em 2000, em virtude do rompimento de um duto, lançando ao mar 1,3 milhão de litros de petróleo.

  Uma forma de conhecer a saúde do bioma marinho é por meio do Índice de Saúde do Oceano (Ocean Health Index), baseado em 10 variáveis: armazenamento de carbono, provisão de alimentos (pesca artesanal e aquicultura), proteção costeira, subsistência e economias costeiras, identidade local, produtos naturais, oportunidade de pesca artesanal, turismo e recreação, águas limpas e biodiversidade. Cada variável recebe uma pontuação de 0 a 100.

  Fonte: BIAZON, Tássia. Oceanos: contrastante império de riqueza e poluição. ComCiência, 10 mar. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fxB. Acesso em: 4 abr. 2021.

• Com os alunos em grupos, orientá-los na leitura do texto e conversar sobre a poluição que os microplásticos podem provocar nos oceanos e mares.
• Anotar os comentários dos alunos na lousa.
• Orientá-los na realização da leitura e da interpretação do mapa e na avaliação da situação dos países que apresentavam em 2010 os maiores índices de poluição dos oceanos.
• Criar uma roda de conversa, comentando as frases dos alunos durante o desenvolvimento da atividade e abrir espaço para que eles criem as frases sobre as atitudes que eles e as pessoas poderiam tomar para melhorar a situação ambiental dos mares e oceanos.

  Para leitura do aluno

  Água: precisamos falar sobre isso, de Sérgio Túlio Caldas. São Paulo: Moderna, 2018.

  Nessa obra, são trazidas muitas informações em textos, infográficos, fotografias e mapas sobre a questão da distribuição, do consumo e dos desafios da conservação dos recursos hídricos no Brasil e no mundo.

  

• Solicitar aos alunos que primeiro observem a fotografia e tentem identificar os diversos objetos que foram descartados e de quais materiais são feitos.
• Pedir a eles que comentem o que mais chamou a atenção na fotografia.
• Organizar os alunos em duplas para a leitura em voz alta do Você sabia?, verificando sua fluência em leitura oral.
• Desenhar na lousa um quadro com a informação que mais chamou a atenção de cada dupla, justificando essa escolha.
• Solicitar aos alunos que se aprofundem em algum conteúdo citado no texto pela consulta a livros ou a páginas, portais e plataformas disponíveis em meios digitais: “Quantidade de lixo plástico que chega aos oceanos por ano”, “Fontes principais de plásticos que chegam aos mares”, “Motivo da criação da campanha ‘Mares Limpos’, da Organização das Nações Unidas (ONU)”, “Situação dos oceanos se algo não for feito até 2050”, “A fabricação de cosméticos e sua relação com a poluição dos oceanos”.

Avaliação de processo de aprendizagem

As atividades desta seção possibilitam retomar os conhecimentos trabalhados nos capítulos 11 e 12.

Objetivos de aprendizagem e intencionalidade pedagógica das atividades

1. Reconhecer impactos na qualidade ambiental a partir da implantação de serviços ligados ao saneamento básico.

   Espera-se que os alunos comparem as informações de dois infográficos e identifique três mudanças positivas apresentadas relacionadas à qualidade ambiental. Os infográficos são textos multimodais que articulam linguagem visual e verbal. Por isso, compreende um recurso válido de ser explorado no processo contínuo de desenvolvimento da alfabetização.

2. Indicar benefícios dos serviços relacionados ao saneamento básico para a qualidade de vida das pessoas.

   Espera-se que os alunos apresentem argumentos relacionados aos benefícios do saneamento básico para a qualidade de vida da população.

Autoavaliação

A autoavaliação é uma atividade individual. Ela permite aos alunos revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, contribuindo com a reflexão sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade, não é necessário atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos. As respostas servem para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não foram aparentemente consolidados.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A leitura do infográfico que apresenta uma situação ideal de saneamento básico e mitigação de impactos ambientais em determinado local e as atividades desenvolvidas pelos alunos atendem à competência geral da Educação Básica 7, favorecendo a formulação de ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global.

Fim do complemento.