MP030

O QUE EU JÁ SEI?

Avaliação diagnóstica

  1. Observe as imagens. Circule as palavras que correspondem às brincadeiras que as crianças estão realizando.
Imagem: Fotografia. Três crianças estão de pé e brincam de bola em uma área gramada sob o sol. Fim da imagem.
Imagem: Fotografia. Um menino de óculos sorri sentado em um balanço de madeira e corda em uma área verde.  Fim da imagem.
Imagem: Fotografia. Duas crianças agasalhadas sorriem enquanto descem no escorregador.  Fim da imagem.

Escorregador

Balanço

Bola

Pular corda

Gangorra

Amarelinha

PROFESSOR Respostas corretas: Escorregador; Balanço; Bola.
  1. Faça um desenho da sua brincadeira preferida e escreva o nome dela.

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos deverão escrever o nome da brincadeira representada no desenho. Fim da observação.

    _____

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações específicas

Avaliação diagnóstica

As atividades apresentadas na seção O que eu já sei? visam identificar os conhecimentos construídos pelos alunos nos anos anteriores, assim como os conhecimentos prévios e as hipóteses deles sobre os novos temas que serão estudados. Elas podem ser elaboradas no próprio livro, ou pode-se distribuir folhas avulsas para que os alunos as respondam separadamente.

Ao término da correção das atividades avaliativas diagnósticas, é importante verificar as aprendizagens consolidadas de cada aluno. A seguir, indicamos parâmetros para elaboração das rubricas de avaliação e propostas para intervenções, a fim de minimizar eventuais defasagens de aprendizagens.

Atividade 1. O aluno conseguiu interpretar as fotografias, relacionando as brincadeiras retratadas às respectivas palavras? Para os alunos que tiveram dificuldades, sugerir que observem novamente as imagens e descrevam o que veem nelas. Depois, pedir a eles que relembrem se já participaram de alguma dessas brincadeiras e que expliquem como brincar. Com isso, alguns elementos como objetos das brincadeiras, verbos etc. começarão a ser retomados. A partir disso, solicitar que releiam o enunciado, observem as imagens e tentem responder ao exercício.

MP031

  1. Para que utilizamos o relógio?

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem responder que o relógio serve para marcar as horas ou registrar a passagem do tempo. Fim da observação.
  1. Observe as fotos do Ano-Novo Chinês.
Imagem: Fotografia. Na rua, durante o dia, um grupo de pessoas vestidas com roupas vermelhas e amarelas desfilam segurando hastes presas ao longo do comprimento do corpo de um grande dragão vermelho que apresenta escamas em detalhes amarelos e chifres na mesma cor. À frente de todos segue uma pessoa de vermelho que segura uma longa haste com um círculo vermelho na extremidade e levantado para o alto. Fim da imagem.

LEGENDA: Comemoração do Ano-Novo Chinês em Tongjing, na China. Foto de 2021. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Durante a noite, há muitos pontos luminosos no solo e no horizonte há diversos fogos de artifício no céu. Fim da imagem.

LEGENDA: Comemoração do Ano-Novo Chinês em Dalian, na China. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a cor mais usada pelos chineses no Ano-Novo? Circule.

    Branco

    Amarelo

    Vermelho

    Verde

    PROFESSOR Resposta correta: Vermelho.
  1. Qual é a semelhança com a comemoração do Ano-Novo no Brasil?

    _____

    PROFESSOR Resposta: No Brasil, no Ano-Novo, também há queima de fogos de artifício.
  1. Em que momento do dia você costuma brincar? Marque com um X .

    ( ) Antes de ir para a escola.

    ( ) Depois de ir para a escola.

    PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. O calendário que mais utilizamos em nosso cotidiano tem:

    ( ) 10 meses.

    ( ) 12 meses.

    ( ) 8 meses.

    PROFESSOR Resposta correta: 12 meses.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 2. O aluno conseguiu transferir a lembrança da brincadeira preferida para o papel por meio de um desenho e escrever o nome dela? Para os alunos que tiveram dificuldades de realizar o desenho, pedir a eles que reflitam sobre as brincadeiras de que gostam e escolham a de que gostam mais. Em seguida, perguntar a eles como podem representar essa brincadeira em um desenho e, então, solicitar que desenvolvam o desenho. Além disso, no caso de defasagens com a escrita, sugerir que expliquem o que desenharam, auxiliá-los a definir um termo que denomine a brincadeira escolhida e disponibilizar cartões com letras do alfabeto para que tentem formar o nome da brincadeira (eles podem repetir uma mesma letra).

Atividade 3. O aluno apresentou ter conhecimentos prévios sobre o relógio? No caso dos alunos que tiveram dificuldades, mostrar um relógio analógico e pedir que observem os dois ponteiros (há relógios com três ponteiros, aquele que marca os segundos). Comentar que esses ponteiros sempre mudam de posição, pois o relógio acompanha a passagem do tempo. Depois de algumas horas, os ponteiros retornam para a mesma posição, porque os dias são divididos na mesma quantidade de horas. Em seguida, pode ser dito que a aula começa todo dia em um mesmo horário, e sabemos disso porque o relógio nos ajuda a marcar esse horário ou tempo. Por fim, retomar a questão.

Atividade 4. O aluno conseguiu interpretar as fotografias, identificando características do Ano-Novo Chinês e comparando o evento ao Ano-Novo no Brasil? Para os alunos que tiveram dificuldades no item “a”, auxiliá-los na leitura dos quadros com os nomes das cores e pedir que retomem a questão, identificando a cor predominante na primeira imagem. Para os que tiveram dificuldade no item “b”, solicitar que observem novamente a segunda fotografia, identifiquem o que vem na imagem e quais elementos estão presentes. Retomar a questão.

Atividade 5. O aluno conseguiu entender o conceito de antes e depois? No caso de alunos com defasagens, retomar a rotina diária deles e perguntar o que fazem em cada período do dia, identificando as atividades realizadas antes e depois de irem para a escola, dependendo do horário em que estudam. Depois, auxiliá-los a indicar o horário do dia em que podem brincar.

Atividade 6. O aluno conseguiu identificar que o ano é composto por 12 meses? Para os alunos que tiveram dificuldade, retomar os meses do ano. Pode-se perguntar, por exemplo, se sabem quando fazem aniversário. Anotar cada um dos meses citados e, se faltar algum, comentar quais são; depois, repetir o nome de cada um dos meses e solicitar que contem quantos são.

MP032

Comentários para o professor:

Organização das sequências didáticas

As sequências didáticas deste livro estão organizadas em quatro unidades, cada uma delas composta por dois módulos. Os módulos se alinham tematicamente e são organizados a partir de uma questão problema, desenvolvida em dois capítulos.

Imagem: Esquema. Unidade: Visando garantir uma aprendizagem significativa, todas as unidades são iniciadas com um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre os assuntos que serão abordados nos capítulos que as compõem. Módulo: Questão problema: Os módulos são compostos por dois capítulos relacionados com a mesma questão problema e tema central. Capítulo. Capítulo. Módulo: Questão problema: A questão problema corresponde a uma problematização que estrutura o módulo, estando relacionada com objetos de conhecimento e habilidades constantes na BNCC. Capítulo. Capítulo. Fim da imagem.

As atividades propostas em cada capítulo permitem que se realize a construção do conhecimento, a partir de observações, análises e estabelecimento de correlações.

Na Introdução ao módulo, são apresentados os conteúdos, conceitos e atividades desenvolvidos, os pré-requisitos pedagógicos para sua elaboração e os principais objetivos de aprendizagem enfocados nos dois capítulos que o compõem.

Na Conclusão do módulo, encontram-se orientações que favorecem um diagnóstico a partir da avaliação de processo de aprendizagem para o acompanhamento individual e coletivo dos alunos, bem como proposições de ações para minimizar defasagens nas aprendizagens.

MP033

Unidade 1. A passagem do tempo

Esta unidade permite aos alunos conhecer aspectos relacionados às diferentes formas de medir e registrar a passagem do tempo. Ao explorar noções temporais e distintas divisões do tempo, a unidade fornece algumas das bases fundamentais para a compreensão da noção de memória. O trabalho com as diferentes formas de registrar e organizar a passagem do tempo, como os relógios e os calendários, permitirá construir com os alunos noções como as de tempo, contagem, período, anterioridade e posterioridade, que lhes permitirão explorar e observar, a partir de diferentes fontes, as mudanças ocorridas nos lugares de viver.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção Módulos da unidade, composto pela ilustração de duas pastas dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Capítulos 1 e 2: exploram a divisão do tempo (anos, meses, dias, períodos e horas), as formas de registro dessas divisões, os diferentes tipos de relógio e de calendário e as noções de anterioridade e de posterioridade.

Capítulos 3 e 4: tratam das definições de memória e o reconhecimento das mudanças ocorridas nos lugares de viver, com base em fontes como depoimentos, entrevistas e fotografias.

Primeiros contatos

Imagem: Ícone referente à seção Primeiros contatos, composto pela ilustração de um olho dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

As páginas de abertura da unidade correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir da exploração de uma fotografia que retrata uma turma de alunos em sala de aula, possibilitando o levantamento de conhecimentos prévios dos alunos sobre as temáticas que serão trabalhadas nos módulos desta unidade, que tratam das formas de registrar a passagem do tempo e da memória.

Introdução ao módulo dos capítulos 1 e 2

Este módulo, formado pelos capítulos 1 e 2, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, tem como objetivo permitir aos alunos refletir sobre as atividades que desenvolvem em cada período do dia e sobre as formas de organizar e registrar a passagem do tempo (horas, dias, semanas, meses e anos) por meio de diferentes tipos de relógio e de calendário.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção Questão problema, composto pela ilustração de uma lâmpada acesa com um ponto de interrogação no interior dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Como é possível perceber a passagem do tempo?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção Atividades do módulo, composto pela ilustração de um lápis dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

As atividades propostas no módulo viabilizam o desenvolvimento da habilidade EF02HI06, ao possibilitar a identificação e a organização temporal dos fatos da vida cotidiana, usando diferentes noções temporais (antes, durante, ao mesmo tempo e depois), e da habilidade EF02HI07, ao abordar os diferentes marcadores temporais presentes na comunidade, como o relógio e o calendário.

São desenvolvidas atividades de interpretação de textos e de imagens que estimulam a identificação dos momentos do dia em que ocorrem distintos fatos da vida cotidiana e o reconhecimento da rotina de crianças indígenas e dos diferentes tipos de relógio e de calendário, permitindo aos alunos explorar a organização do calendário em dias da semana e meses, conhecer um calendário indígena e elaborar seu próprio calendário com os acontecimentos de cada mês de um ano.

Como pré-requisito, é importante que os alunos sejam capazes de identificar, temporalmente, fatos da vida cotidiana, usando noções relacionadas ao tempo, como antes, durante, ao mesmo tempo e depois, desenvolvidas no ano.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção Principais objetivos de aprendizagem, composto pela ilustração de uma lupa com um sinal de exclamação dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

MP034

UNIDADE 1 - A passagem do tempo

Imagem: Fotografia. Interior de uma sala de aula nas cores branca e azul onde está um grande grupo de crianças uniformizadas sentadas em duplas nas carteiras dispostas enfileiras. Elas estão com estojos e cadernos sobre a mesa, as mochilas estão penduradas nas cadeiras e elas observam a lousa, onde a professora escreve. Na sala ainda há a mesa da professora, com muitos materiais na bancada e um armário com TNT vermelho com caixas dispostos na parte superior. Nas paredes estão colados cartazes, quadros, desenhos, numerais e letras do alfabeto. A telha é de cerâmica e as janelas são de madeira e estão abertas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Sala de aula em escola pública no município de Umburanas, no estado da Bahia. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Conversar com a turma sobre as pessoas retratadas (a professora e um grupo de alunos), o espaço onde estão (na escola) e o que estão fazendo (estudando, assistindo à aula). Por fim, relacionar esses elementos com a realidade vivida pelos alunos, explorando o período do dia em que estudam.

Perguntar a eles sobre o que fazem antes e depois da aula, relacionando a sequência de acontecimentos da rotina ao título da unidade.

Organizar uma roda de conversa com eles sobre a importância do estudo para as suas vidas. Valorizar todas as contribuições e incentivar a participação de todos.

A noção de tempo

A formação do conceito de tempo, assim como a de outros conceitos, é também uma aquisição pessoal. Cada um irá construí-lo de acordo com a sua vida social e cultural. Os significados que o indivíduo atribui a um vocábulo, objeto, acontecimento ou fenômeno vão depender de sua experiência, dos conhecimentos que ele adquiriu a partir de suas vivências nas relações socioculturais e da mediação do processo de ensino e aprendizagem. [...]

É preciso que as atividades escolares favoreçam a compreensão da noção de tempo em suas variadas dimensões, ou seja, o tempo natural cíclico, o tempo biológico, o tempo psicológico, o tempo cronológico etc. É necessário que o aluno perceba que há um tempo vivido que se relaciona com um tempo social e com um tempo bem mais complexo que é esse tempo histórico, das estruturas de longa, média ou curta duração, produto das ações e relações humanas, no qual coexistem as transformações e permanências e as perspectivas de futuro. [...]

MP035

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Que atividade as crianças estão fazendo na foto?
    PROFESSOR Resposta: Estudando na escola.
  1. Você costuma fazer essa mesma atividade pela manhã ou à tarde?
    PROFESSOR Atenção professor: Depende da realidade dos alunos. Fim da observação.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Constatamos então que o aluno necessita conhecer calendários, entender que eles são produtos da criação dos grupos humanos e podem variar conforme a diversidade cultural desses grupos. Necessita ainda aprender a medir o tempo, identificando as diferentes medidas (hora, dia, semana, mês e ano, década, século e milênio), aprender a utilizar as diferentes medidas de tempo em seu cotidiano, ser capaz de localizar períodos e acontecimentos nos séculos, e identificar os acontecimentos de um tempo próximo, vivido, assim como de um tempo histórico mais distante. [...]

SCALDAFERRI, Dilma Célia Mallard. Concepções de Tempo e Ensino de História. Revista História e Ensino , v. 14, ago. 2008. p. 56 e 58. Disponível em: http://fdnc.io/fLy. Acesso em: 18 jun. 2021.

Atividade complementar

Propor aos alunos um jogo de trilha. Em primeiro lugar, montar com eles uma trilha na lousa, inserindo casas que serão paradas de desafios. Definir com os alunos os desafios que serão incluídos, relacionados às atividades realizadas por eles nos distintos períodos do dia. Organizar a turma em grupos. Cada grupo deverá dar sequência à trilha, respondendo ao desafio. Se errar a vez passa para o próximo grupo. Vence o jogo o grupo que chegar primeiro à linha de chegada.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial e nacional

As atividades realizadas nos capítulos 1 e 2 permitem trabalhar o fato de relevância mundial e nacional diversidade cultural. No capítulo 1, os alunos são convidados a fazer a leitura dos textos “As crianças pataxós” e “Minhas atividades”, que permitem a comparação entre diferentes cotidianos e modos de viver. Na seção Tempo, Tempo ... do capítulo 2, é possível reconhecer alguns elementos do cotidiano de um povo indígena por meio da exploração do calendário usados pelos suyás, como a forte ligação com a natureza e as atividades da pesca e do cultivo da mandioca. Ao trabalhar com os textos e o calendário, recomenda-se destacar o fato de que cada uma dessas fontes tem relação com um povo indígena específico e que, assim como há semelhanças entre eles, existem também diferenças que os distinguem.

Fim do complemento.

MP036

DESAFIO À VISTA

Capítulos 1 e 2

Como é possível perceber a passagem do tempo?

CAPÍTULO 1. Tempo do dia a dia

As crianças podem realizar diversas atividades no tempo de um dia. A seguir, conheça as atividades das crianças do povo indígena pataxó, que vive nos estados da Bahia e de Minas Gerais.

As crianças pataxós

Na aldeia pataxó, nós levantamos bem cedinho. As crianças, quando são quatro e meia, já levantam para comer banana assada, peixe, mandioca. [...]

Depois de comer, as crianças vão para a escola [...].

À noite, à beira de uma fogueira ou em suas casas, os pais contam histórias para as crianças. [...]

Angthichay e outros. O povo pataxó e suas histórias . São Paulo: Global, 1999. p. 34. (Título adaptado.)

Imagem: Fotografia. Quatro crianças indígenas, de pele escura e cabelo preto, estão sentadas lado a lado na areia próximo de lenhas de uma fogueira apagada. Elas estão de sunga e tanga de palha e usam adereços coloridos no pescoço, nos braços e pernas. Fim da imagem.

LEGENDA: Crianças pataxós no município de Porto Seguro, no estado da Bahia. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Localize e retire as informações do texto para responder às questões a seguir.
    1. Que alimentos as crianças pataxós comem pela manhã?
      PROFESSOR Resposta: Banana assada, peixe e mandioca.
    1. O que as crianças pataxós fazem depois de comer?
      PROFESSOR Resposta: Elas vão à escola.
    1. O que as crianças pataxós fazem à noite?
      PROFESSOR Resposta: Elas ouvem histórias contadas por seus pais.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 1

Unidade temática

A comunidade e seus registros.

Objeto de conhecimento

• O tempo como medida.

Habilidades

• EF02HI06: identificar e organizar, temporalmente, fatos da vida cotidiana, usando noções relacionadas ao tempo (antes, durante, ao mesmo tempo e depois).

• EF02HI07: identificar e utilizar diferentes marcadores do tempo presentes na comunidade, como relógio e calendário.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo aproximam-se da Competência Específica 2 de História ao possibilitar que os alunos compreendam a historicidade no tempo e no espaço.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a pergunta da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.

Orientar os alunos na leitura do texto sobre as crianças pataxós. Comentar que o texto é uma descrição sobre o que as crianças do povo indígena pataxó costumam fazer todos os dias. Solicitar a eles que localizem e retirem as informações do texto. Essa atividade auxiliará no processo de alfabetização ao possibilitar o desenvolvimento de estratégias de compreensão de texto.

MP037

  1. Quais atividades você realiza antes e depois de almoçar? Preencha o quadro com as atividades apresentadas nos quadrinhos a seguir indicando se elas acontecem antes ou depois do almoço.

Tomar banho

Fazer lição de casa

Ir para a escola

Brincar

Quadro: equivalente textual a seguir.

Atividades antes de almoçar

_____.

PROFESSORAtenção professor: As respostas dependem da rotina dos alunos. Nessa atividade, eles identificarão e organizarão os fatos da vida cotidiana, usando noções relacionadas ao tempo (antes/depois). Fim da observação.

Almoço

Atividades depois de almoçar

_____.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Compare suas respostas com as de um colega e responda às questões.
    1. Vocês fazem alguma atividade semelhante antes de almoçar? Se sim, qual?
    1. E depois de almoçar, vocês fazem alguma atividade semelhante? Se sim, qual?
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem identificar semelhanças e diferenças entre si na rotina do dia a dia, nos espaços doméstico e escolar. Fim da observação.
Imagem: Ilustração. Um menino ensaboa o corpo durante o banho com o chuveiro ligado. A parede é azulejada.  Fim da imagem.

Observação: Imagem meramente ilustrativa. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

Retomar o texto da página anterior e dizer aos alunos que, assim como eles, as crianças pataxós também costumam fazer algumas atividades todos os dias. Solicitar que preencham o quadro apresentado e respondam às perguntas seguintes em dupla.

Relacionar os fatos da vida cotidiana citados por eles com o período do dia e o espaço em que são realizados.

Orientar os alunos a organizar sua rotina.

Pedir aos alunos para comparar suas atividades com as das crianças pataxós.

Atividade complementar

Fazer um levantamento de algumas brincadeiras tradicionais brasileiras: pega-pega, esconde-esconde, corre-cutia, passa anel, mãe-da-rua.

Organizar os alunos em grupos e propor que cada um pesquise as regras de uma das brincadeiras. No dia combinado, levar a turma para o pátio ou a quadra da escola. Cada grupo deve brincar da brincadeira pesquisada e, depois, das outras investigadas pelos colegas.

MP038

De hora em hora

As atividades das pessoas podem ser registradas pela hora em que ocorrem, como se percebe no depoimento de Ayumã, uma criança do povo indígena kamaiurá, que vive no estado do Mato Grosso.

Minhas atividades

Eu moro na aldeia Morená, acordo [às] 5:00 horas da manhã e [às] 7:00 horas vou tomar banho. Depois vou para a casa do meu avô, por que lá já tem comida pronta. Fico ouvindo as histórias que meu avô conta para nós.

Ele conta mais as suas histórias das lutas, dos outros campeões que com ele lutaram.

Ayumã Kamaiurá. Aldeia Morená, em: Geografia indígena : Parque indígena do Xingu. Brasília: MEC/SEF/SEPF/Instituto Socioambiental, 1996. p. 38. (Título adaptado.)

Imagem: Fotografia. Na areia à beira-mar estão sete meninos com características indígenas, como pele parda, olhos puxados e cabelo liso curto e preto. Em primeiro plano, um deles está sentado e olha para trás e ao lado dele um jovem está de pé e olha para frente, onde dois outros garotos brincam juntos de pé, um terceiro observa e há outro sentado mexendo na areia e um de pé ao seu lado. Eles estão sem camisa, usam bermudas ou sungas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Crianças da etnia kamaiurá brincando no Parque Indígena do Xingu, no município de Gaúcha do Norte, no estado do Mato Grosso. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Ligue cada atividade de Ayumã ao horário em que ela acontece.

    Coluna A:

    Tomar banho

    Acordar

    Coluna B:

Imagem: Ilustração. Visor de um relógio digital que marca 05:00. Fim da imagem.
Imagem: Ilustração. Visor de um relógio digital que marca 07:00.  Fim da imagem.
PROFESSOR Respostas corretas: Tomar banho - 7:00; Acordar - 5:00

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. O que Ayumã aprende e com quem ele aprende?
    PROFESSOR Resposta: Aprende, com seu avô, as histórias das lutas.
  1. Em casa, reconte para um adulto da sua convivência a história de Ayumã.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada da história de Ayumã para que os alunos possam fazer o reconto em casa. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Ressaltar para os alunos a importância das atividades cotidianas como forma de sociabilidade. Solicitar que observem a imagem e identifiquem o local e o que as crianças representadas estão fazendo.

Fazer a leitura compartilhada do texto sobre o cotidiano de Ayumã, identificando com os alunos as atividades que ele realiza e os respectivos horários.

Orientar a realização das atividades propostas, socializando as respostas individuais.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

Este é um bom momento para conversar com os alunos sobre a importância de conhecer e respeitar a diversidade de culturas existentes no Brasil, especialmente as dos povos indígenas.

Fim do complemento.

As rotinas

As rotinas são dispositivos espaço-temporais e podem, quando ativamente discutidas, elaboradas e criadas por todos os interlocutores envolvidos na sua execução, facilitar a construção das categorias de tempo e espaço. A regularidade auxilia a construir as referências, mas ela não pode ser rígida, pois as relações de tempo e espaço não são a priori nem únicas, sendo preciso construir relações espaço-temporais diversas.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força : rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 240.

MP039

Tempo, tempo...

Agora você vai explorar as atividades que realiza em cada hora do dia.

  1. Usando lápis de cor, circule as horas em que você faz cada atividade de acordo com a legenda.

    Ilustração: Quadrado azul.Acordar

    Ilustração: Quadrado verde.Almoçar

    Ilustração: Quadrado amarelo.Tomar banho

    Ilustração: Quadrado roxo.Entrar na escola

    Ilustração: Quadrado rosa.Sair da escola

    Ilustração: Quadrado vermelho.Ir dormir

Imagem: Ilustração. Visor de 24 relógios digitais que marcam o intervalo do tempo de uma em uma hora, começando em 01:00, depois 02:00, 03:00, 04:00, 05:00, 06:00, 07:00, 08:00. 09:00, 10:00, 11:00, 12:00, 13:00, 14:00, 15:00, 16:00, 17:00, 18:00, 19:00, 20:00, 21:00, 22:00, 23:00 e 00:00.  Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Compare suas respostas com as de um colega. Há alguma atividade que vocês fazem no mesmo horário? Se sim, qual?
PROFESSOR Atenção professor: Provavelmente os alunos terão marcado os mesmos horários de entrada e saída da escola. As outras atividades poderão ou não ser realizadas em horários iguais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: simultaneidade, anterioridade e posterioridade

Informar aos alunos que depois que conheceram a rotina de Ayumã (criança do povo indígena kamaiurá) por meio do texto da página anterior, eles vão refletir sobre a própria rotina, conforme as orientações dessa seção.

Identificar e valorizar com os alunos as atividades cotidianas que eles realizem.

Fazer a leitura do enunciado e pedir aos alunos que peguem um lápis de cor azul e circulem o horário em que acordam. Destacar que, para isso, deverão selecionar o relógio que indica o horário correto. Seguir item por item, repetindo o procedimento para cada atividade da rotina indicada na legenda.

Após a realização da atividade 2 em duplas, solicitar a alguns alunos que relatem oralmente as respectivas rotinas.

Anotar na lousa, listando os horários de cada tarefa. Na sequência, orientá-los a identificar as semelhanças e as diferenças entre as suas rotinas. Provavelmente terão marcado os mesmos horários de entrada e saída da escola. As outras atividades poderão ou não ser realizadas em horários iguais.

Para concluir a atividade, retome com os alunos o diálogo sobre a importância da rotina na vida das pessoas.

A rotina como um ato de construção consciente e permanente

A rotina tem que considerar a vida cotidiana em sua complexidade e amplitude, o que significa levar em conta a interligação com o mundo, o prazer, a liberdade, a tomada de consciência, a fantasia, a imaginação e as diferentes maneiras dos sujeitos viverem em sociedade, caso contrário corre-se o risco de ser alienante. [...]

GARMS, Gilza Maria Zauhy; MARIN, Fatima Aparecida D. Gomes. Rotina ou rotinização: o que prevalece na prática das professoras da educação infantil? II Congresso Nacional de Formação de Professores; XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores , 2014. p. 1. Disponível em: http://fdnc.io/foL. Acesso em: 17 jun. 2021.

MP040

Relógios

Ao longo da história, as pessoas criaram diversos tipos de relógio.

  1. Quando o professor solicitar, leia, como souber, um dos textos em voz alta.

Relógio de Sol

As horas são marcadas pela sombra do Sol em uma superfície.

Imagem: Fotografia. Relógio de sol. No chão gramado, uma estrutura redonda que apresenta uma haste fina em relevo e posicionada de forma reta do centro a uma das extremidades da estrutura. Toda a superfície pega sol, com exceção da parte coberta pela espessura da haste, que forma uma linha sombreada sobre o relógio.   Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de relógio de Sol. FIM DA LEGENDA.

Clepsidra

O tempo é medido pela passagem da água de um recipiente para o outro.

Imagem: Fotografia. Clepsidra. Dois recipientes de cerâmica com pequenas alças e tampas. Um deles está sobre uma base retangular e o outro está posicionado mais abaixo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de clepsidra. FIM DA LEGENDA.

Ampulheta

O tempo é marcado pela passagem da areia da parte superior para a parte inferior.

Imagem: Fotografia. Ampulheta. Apresenta base em madeira e duas estruturas ovais de vidro em seu interior que são sobrepostas e interligadas por uma pequena passagem por meio da qual a areia escorre da parte superior para a inferior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de ampulheta. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Comentar com os alunos sobre a existência de vários tipos de relógio criados ao longo dos anos. Pedir a eles que observem as imagens e perguntar se já viram algum desses relógios e se sabem como funcionam.

Orientar a atividade de leitura em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral, um dos eixos do processo de alfabetização.

Atividade complementar

Propor aos alunos a construção de um relógio de Sol.

Para fazê-lo, providenciar uma vareta de cerca de 60 centímetros e uma pequena quantidade de pedras, que serão utilizadas para marcar a posição da sombra da vareta.

Procurar um local na escola com terra ou gramado, que fique exposto ao Sol a maior parte do dia, para espetar a vareta no chão. Caso a escola não disponha de um local assim, providenciar um recipiente com areia e fixar a vareta no centro do recipiente e posicioná-lo em local adequado.

Realizar a atividade logo que os alunos chegarem à escola, para que observem a localização da sombra inicial. Registrar a hora e marcar a posição da sombra da vareta com uma das pedras. Repetir a observação em vários momentos do dia, sempre marcando a posição da sombra da vareta com as pedras.

Observar com os alunos que a sombra da vareta se move no sentido horário.

Os relógios de Sol

Há milhares de anos as sombras de bastões são usadas como um instrumento de indicação da passagem do tempo durante o dia. Estes bastões são denominados “gnômons”, objetos que, ao incidir sobre ele a luz solar, ocasionam sombras sobre o solo, as quais se deslocam ao longo do dia devido à junção dos movimentos de rotação (movimento que a Terra realiza em torno de seu eixo imaginário) e translação da Terra (movimento em que a Terra gira ao redor do Sol).

Com o desenvolvimento da trigonometria pelos matemáticos gregos as marcações que indicavam as horas passaram a ser determinadas, não mais somente através da geometria, mas também aritmeticamente. Isto permitiu, ao longo dos séculos, o desenvolvimento dos mais sofisticados relógios de Sol.

MP041

  1. Ligue as colunas sobre os tipos de relógio estudados.

    Coluna à esquerda:

    Clepsidra

    Relógio de Sol

    Ampulheta

    Coluna à direita:

    Areia

    Sol

    Água

    PROFESSOR Respostas corretas: Clepsidra - Água; Relógio de Sol - Sol; Ampulheta - Areia.
  1. Qual desses três relógios antigos você achou mais interessante?

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Ao fazer a escolha pessoal, os alunos exercitam a autonomia, tomando decisões baseadas nas informações disponíveis. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Por que você achou esse relógio interessante?
    PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a argumentar sobre a escolha por um dos relógios antigos. Fim da observação.

    Atualmente, as pessoas utilizam diversos objetos para consultar as horas.

Imagem: Fotografia. Um relógio analógico de parede que marca 8h. Fim da imagem.

LEGENDA: Relógio de parede. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um relógio analógico de pulso que marca 10h10. Fim da imagem.

LEGENDA: Relógio de pulso. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um relógio digital preto com visor amarelo que marca 07h30 e também apresenta estações de rádio no display. Fim da imagem.

LEGENDA: Rádio relógio. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Visor de um aparelho celular touchscreen que marca 11h37. Fim da imagem.

LEGENDA: Telefone celular. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais dos objetos acima você mais utiliza em seu dia a dia para saber as horas?

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem identificar diferentes marcadores do tempo utilizados no ambiente doméstico e no da comunidade e selecionar os mais utilizados. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Se em torno dos gnômons forem desenhadas marcações simbolizando as unidades de tempo (minutos, horas etc.) pode-se, com relativa precisão, acompanhar a passagem do tempo.

AZEVEDO, Samara da Silva Morett; PESSANHA, Márlon Caetano Ramos; SCHRAMM, Delson Ubiratan da Silva; SOUZA, Marcelo de Oliveira. Relógio de sol com interação humana: uma poderosa ferramenta educacional. Revista Brasileira de Ensino de Física , v. 35, n. 2, 2013. Disponível em: http://fdnc.io/fLz. Acesso em: 17 jun. 2021.

Retomar com os alunos as informações sobre os materiais utilizados em cada tipo de relógio, como areia ou água, bem como de que maneira funcionava o relógio de Sol. A partir dessas informações, solicitar a realização das atividades 2, 3 e 4, incentivando os alunos a justificar a escolha do relógio antigo que acharam mais interessante.

Na sequência, orientar a reflexão proposta por meio de perguntas como: As pessoas utilizam relógios para consultar as horas? De quais tipos? Quais outros objetos são utilizados para consultar as horas atualmente?

Listar na lousa os nomes dos objetos retratados nas imagens. A partir disso, identificar com os alunos qual é o objeto mais utilizado por eles para consultar as horas.

Propor uma análise desse resultado por meio da pergunta: Em sua opinião, por que esse foi o objeto para consultar as horas mais comum nas respostas?

MP042

CAPÍTULO 2. Calendários

Além dos relógios, as pessoas criaram outras formas de organizar a passagem do tempo, como a citada na história da personagem João.

A semana

— Mamãe, o que é semana? – João sempre perguntava.

— Semana são sete dias – ela sempre explicava.

Mas João se confundia.

Mas João se atrapalhava.

— Ontem, domingo, amanhã, aniversário, Natal...

Nos dedos João contava:

— Falta Páscoa e Carnaval...

— Nada disso, meu querido. São sete, tudo seguido...

Ana Maria Machado. Um dia desses . São Paulo, Ática, 2010. p. 3-4.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. A mãe do João explicou que a semana tem quantos dias seguidos?
    PROFESSOR Resposta: Sete dias.
  1. Observe os dias da semana. Pinte os quadrinhos dos dias da semana em que você não tem aula.

Quadrinhos:

Domingo

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

Fim dos quadrinhos.

PROFESSOR Atenção professor: A resposta pode variar de acordo com a realidade local, mas, em muitas localidades, não há aulas no sábado e no domingo. Fim da observação.
  1. Vamos exercitar o vocabulário? O que significa a palavra “Carnaval” citada no texto? Marque com um X a alternativa correta.

    ( ) Festa familiar em dezembro.

    ( ) Comemoração com música e dança que ocorre em fevereiro ou em março.

    ( ) Comemoração das crianças em outubro.

    PROFESSOR Resposta correta: Comemoração com música e dança que ocorre em fevereiro ou em março.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 2

Unidade temática

A comunidade e seus registros.

Objeto de conhecimento

• O tempo como medida.

Habilidade

• EF02HI07: identificar e utilizar diferentes marcadores do tempo presentes na comunidade, como relógio e calendário.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo aproximam-se da Competência Específica 2 de História ao possibilitar que os alunos compreendam a historicidade no tempo e no espaço.

Fim do complemento.

Fazer uma leitura dialogada do texto com os alunos, auxiliando no entendimento por meio de perguntas, como: Quem são as duas personagens que fazem parte do texto? Qual é o dia da semana que João cita? E de quais eventos ele se lembra?

Em seguida, solicitar a eles que localizem e retirem do texto a quantidade de dias que compõem uma semana. Isso os ajudará no processo de aprendizado de compreensão de texto.

Perguntar aos alunos se sabem em que dia da semana estão e lembrá-los que nesse dia da semana eles vão à escola. Depois, pedir que tentem se lembrar em quais dias da semana eles não costumam ter aulas.

Perguntar aos alunos se lembram o que é Carnaval e se fazem alguma coisa durante esse evento. Depois, orientá-los a responder à atividade 3, que poderá ajudá-los no desenvolvimento do vocabulário.

MP043

As semanas compõem os meses, que compõem os anos, e tudo isso é incluído no calendário. O tipo de calendário representado a seguir é um dos mais utilizados em nosso cotidiano.

Imagem: Ilustração. Uma folha de calendário referente ao ano de 2023 e composto por doze meses. O primeiro mês é janeiro, começa com o dia primeiro em um domingo e termina no dia 31, uma terça-feira. O segundo mês é fevereiro, que começa em uma quarta-feira e termina no dia 28, uma terça. O terceiro mês é março, que começa em uma quarta-feira e termina dia 31, uma sexta. O quarto mês é abril, que começa em um sábado e termina dia 30, um domingo. O quinto mês é maio, que começa em uma segunda-feira e termina dia 31, uma quarta. O sexto mês é junho, que começa em uma quinta-feira e termina dia 30, uma sexta. O sétimo mês é julho, que começa em um sábado e termina dia 31, uma terça. O oitavo mês é agosto, que começa em uma terça-feira e termina dia 31, uma quinta. O nono mês é setembro, que começa em uma sexta-feira e termina dia 30, um sábado. O décimo mês é outubro, que começa em um domingo e termina dia 31, uma terça. O décimo primeiro mês é novembro, que começa em uma quarta-feira e termina dia 30, uma quinta. O último mês, décimo segundo, é dezembro, que começa em uma sexta-feira e termina dia 31, um domingo.  Fim da imagem.
  1. Sobre o calendário, responda às perguntas a seguir.
    1. Esse calendário é de que ano? _____
      PROFESSOR Resposta: 2023.
    1. Qual é o primeiro mês do ano? _____
      PROFESSOR Resposta: O primeiro mês é janeiro.
    1. Qual é o último mês do ano? _____
      PROFESSOR Resposta: O último mês é dezembro.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Todos os meses do ano têm a mesma quantidade de dias?
    PROFESSOR Resposta: Não, há meses com 30, 31 e 28 dias. Informar que, de quatro em quatro anos, fevereiro tem 29 dias.
  1. Observe novamente o calendário e encontre nele o dia do seu aniversário. Em que dia da semana ele foi ou será comemorado em 2023? Pinte-o a seguir.

Domingo

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem localizar no calendário o mês e o dia da semana em que o aniversário deles é comemorado. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Comentar com os alunos que existem diferentes tipos de calendário que representam distintas formas de marcar a passagem do tempo, mas também expressam a cultura de um povo e de uma época.

Durante a leitura do calendário de 2023, informar aos alunos que o mês de fevereiro pode ter 28 dias ou 29 dias, como é o caso dos anos bissextos, que ocorrem a cada quatro anos (assim chamados porque têm 366 dias, ou seja, dois números seis no final).

Propor aos alunos que organizem coletivamente um calendário que registre as atividades comemorativas da escola e as datas de aniversário dos colegas da turma.

Também é possível incentivá-los a organizar um calendário pessoal com datas importantes para eles e seus familiares.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

O calendário, de Mirna Pinsky, da editora Atual.

Trata-se de uma ficção que permite explorar os calendários. Nela, um ratinho rói o calendário de parede da casa de Rafael. Depois, o ratinho se arrepende e quer colocar os “dias roídos” de volta. Ocorre uma grande confusão e o fim é inusitado.

Fim do complemento.

O calendário como expressão cultural dos povos

Ao olhar para o céu, o ciclo mais fácil de observar é o da Lua, o que leva a privilegiar o mês, pois que a lunação – duração da revolução sinóptica, isto é, o tempo que separa duas voltas da Lua em conjunção com o Sol – dura em média cerca de vinte e nove dias e meio. Por outro lado, se é mais sensível ao ciclo estacional da vegetação e aos aspectos climáticos, o ritmo que se impõe é o do ano. O indicador celeste é então o Sol, pois que o ano é o tempo de uma revolução da Terra em torno do Sol. Esta revolução dura em média 365,24220 dias.

LE GOFF, Jacques. História e memória . Campinas: Unicamp, 1990. p. 495.

MP044

Tempo, tempo...

As pessoas podem realizar diversas atividades em cada mês do ano.

Observe o calendário do povo indígena suyá, que vive no estado do Mato Grosso.

Imagem: Ilustração. Calendário Suyá. Um círculo dividido em 12 partes com linhas paralelas que partem do centro, sendo que cada parte diz respeito a um mês do calendário. Janeiro: Colheita do milho. Há um pé de milho e uma espiga colhida. Fevereiro: Rio Cheio. Há um peixe na água. Março: Colheita do abacaxi. Há um abacaxi e uma coroa na terra. Abril: Pescaria. Há peixes na brasa. Maio: Derrubada. Há uma árvore cortada por machado. Junho: Tempo de gaivota. Há uma ave branca voando. Julho: Tartaruga bota ovo. Há uma tartaruga perto de seus ovos. Agosto: Mês de festa. Há a representação do símbolo da festa próximo à fogueira. Setembro: Plantio de mandioca. Há mudas na terra. Outubro: Pequi. Pé carregado de frutas e algumas no chão. Novembro: Verão. Sol personificado. Dezembro: Colheita da melancia. Há representação da plantação da fruta e uma flor. Fim da imagem.

Fonte: Geografia indígena: Parque indígena do Xingu. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1996. p. 55.

  1. Escolha três dos meses do calendário suyá e preencha o quadro com informações sobre eles.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Nome do mês

    Atividade feita pelos suyás

    _____

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem escolher três dos seguintes meses e identificar as respectivas atividades: em janeiro se faz a colheita do milho; em março é realizada a colheita do abacaxi; em abril ocorre a pescaria; em agosto é realizada uma festa; em setembro é feito o plantio da mandioca; em dezembro é feita a colheita da melancia. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

A seção tem como objetivo conhecer e comparar formas de registrar a passagem do tempo, por meio de calendários. Incentivar os alunos a identificar no calendário suyá os meses marcados pelo trabalho e por uma festa. Auxiliá-los também a identificar os demais elementos representados, como o início do verão em novembro e a cheia do rio em fevereiro. Questioná-los sobre os motivos de os suyás adotarem um calendário diferente em relação ao que costumamos utilizar em nosso cotidiano.

Anotar na lousa os motivos mencionados pelos alunos. Solicitar a eles que registrem no caderno as anotações da lousa.

Orientar a realização da atividade de observar a imagem, ler as informações e escolher alguns meses para preencher o quadro com as respectivas atividades feitas pelos suyás. Pedir que socializem as respostas individuais.

Relembrar aos alunos que cada povo tem uma cultura e, portanto, calendários e atividades cotidianas próprias. Além disso, comentar que muitos povos desenvolveram seus calendários com base nas mudanças que ocorrem na natureza e nas atividades realizadas em cada época do ano.

Calendários indígenas

Os pesquisadores indígenas apresentaram seus calendários anuais reunindo aspectos ecológicos, socioeconômicos, rituais, bem como as constelações astronômicas que servem de referência. Foi interessante poder comparar os ciclos das sete regiões que representam, tão diversas socioambientalmente mas com tantos conhecimentos e práticas compartilhados por povos que convivem aí há muitas gerações; povos e regiões para quem as constelações astronômicas — a partir das quais são nomeadas as estações chuvosas, de repiquete dos rios — são comuns, destacando-se jararaca ou cobra-grande (boiuassu), camarão, jacundá e jirau-de-peixe [...].

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. São os mais velhos que ensinam como viver em nosso território. Disponível em: http://fdnc.io/fLA. Acesso em: 17 jun. 2021.

MP045

  1. E você, o que faz em cada mês do ano?
    1. Faça como os indígenas suyás: elabore um calendário com desenhos representando atividades que você realiza em cada mês do ano.
    1. Escreva nos quadrinhos o nome de cada atividade.
Imagem: Ilustração. Um círculo que apresenta linhas em seu interior que o divide em doze fatias iguais referentes a cada mês do ano. Começando com janeiro e seguindo sentido horário com fevereiro e os demais até dezembro. Cada mês é ligado a um pequeno quadro vazio com espaço para resposta.  Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos no preenchimento do calendário com as atividades marcantes que vivenciam a cada mês. Por exemplo, o mês de férias da escola, início das aulas, mês de aniversário, entre outros. Fim da observação.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Agora, compare o seu calendário com o calendário dos indígenas suyás.
    1. Cite uma semelhança entre eles.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos poderão citar o nome dos meses. Fim da observação.
    1. Cite uma diferença entre eles.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar diferenças nas atividades realizadas durante os meses do ano. Fim da observação.
    1. O seu calendário e o dos suyás têm muitas diferenças? Por quê?
PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos percebam que as diferenças nos calendários refletem os diferentes modos de vida de indígenas e de não indígenas. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar os alunos a comparar o calendário produzido por eles com o calendário indígena suyá, reforçando quais atividades foram representadas em cada mês do ano e as possíveis semelhanças e diferenças.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho com calendários indígenas, assistir com os alunos ao vídeo “Ciclos anuais dos povos indígenas do Rio Tiquié – Calendário Indígena”, disponível gratuitamente no link: http://fdnc.io/foN. Acesso em: 7 jul. 2021.

O vídeo aborda algumas características da forma de organizar os calendários na ligação com as estações do ano e demais elementos naturais.

História em movimento

O dia com o qual começa um novo calendário funciona como um acelerador histórico. No fundo, é o mesmo dia que retorna sempre sob a forma dos dias feriados, que são os dias da reminiscência. Assim, os calendários não marcam o tempo do mesmo modo que os relógios. Eles são monumentos de uma consciência histórica da qual não parece mais haver na Europa, há cem anos, o mínimo vestígio.

BENJAMIN, Walter. Teses sobre o conceito da história, 1940. In : LÖWY, Michel. Walter Benjamin: aviso de incêndio : uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. São Paulo: Boitempo, 2005. p. 123.

MP046

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 1 e 2

Avaliação de processo de aprendizagem

Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.

  1. Observe a imagem e faça o que se pede.
Imagem: Fotografia. Na cozinha, uma menina está sentada à mesa posta com um prato de comida com arroz, feijão, sala e carne. Ela olha a comida sorridente e segura um garfo e faca.  Fim da imagem.

LEGENDA: Criança no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. O que a criança está fazendo? Circule.

    Indo para a escola

    Almoçando

    Dormindo

    PROFESSOR Resposta correta: Almoçando.
  1. Você vai para a escola antes ou depois dessa atividade? Marque com um X .

    ( ) Antes.

    ( ) Depois.

    PROFESSOR Atenção professor: A resposta depende do período em que os alunos vão para a escola. Fim da observação.
  1. Leia as informações sobre um menino chamado Paulo e, a seguir, faça o que se pede.

    Às 6 horas, Paulo acorda e vai tomar café.
    Às 7 horas, ele começa a aula e às 11 horas Paulo sai da escola.

    1. Circule os horários das atividades de Paulo conforme a legenda.

      Ilustração. Quadrado azul.Paulo acorda

      Ilustração. Quadrado verde.Começo da aula

      Ilustração. Quadrado amarelo.Sai da escola

Imagem: Ilustração. Visor de um relógio digital que marca 11:00. Ilustração. Visor de um relógio digital que marca 06:00. Ilustração. Visor de um relógio digital que marca 07:00.   Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem circular de azul o horário das 6h, de verde o horário das 7h e de amarelo, o das 11h. Fim da observação.
  1. Paulo sai da escola antes ou depois de acordar?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Depois.
MANUAL DO PROFESSOR

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: ordenar as atividades diárias realizadas antes e depois do almoço.

O aluno deverá observar e interpretar uma fotografia, identificando que a criança está almoçando, e refletir sobre a ordem das atividades de sua rotina.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar, no relógio, as horas de realização das atividades.

Ao solicitar que o aluno leia e interprete um texto, identificando os horários das atividades da rotina de Paulo, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

MP047

  1. Marque com um X as alternativas que correspondem às características do calendário mais utilizado no país.

    ( ) Todos os meses têm 30 dias.

    ( ) Alguns meses têm 30 dias.

    ( ) Todos os meses têm 31 dias.

    ( ) Alguns meses têm 31 dias.

    ( ) Um dos meses tem 28 ou 29 dias.

    ( ) Todos os meses têm 28 ou 29 dias.

    PROFESSOR Respostas corretas: Alguns meses têm 30 dias. Alguns meses têm 31 dias. Um dos meses tem 28 ou 29 dias.
  1. Ligue as frases correspondentes aos tipos de calendário.

    Coluna à esquerda:

    Utiliza elementos da natureza e atividades humanas como marcação da passagem do tempo.

    Utiliza os nomes dos meses e dos dias da semana.

    Coluna à direita:

    Calendário que mais utilizamos no cotidiano.

    Calendário do povo suyá.

    PROFESSOR Respostas corretas: Utiliza elementos da natureza e atividades humanas como marcação da passagem do tempo - Calendário do povo suyá; Utiliza os nomes dos meses e dos dias da semana - Calendário que mais utilizamos no cotidiano.

    Autoavaliação

    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na avaliação do próprio aprendizado. Fim da observação.

    Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

    Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Identifiquei elementos dos marcadores da passagem do tempo, como o relógio e o calendário?
  1. Identifiquei as características dos calendários indígenas?
  1. Ordenei as atividades que eu faço antes e depois do almoço?
  1. Reconheci as atividades das crianças indígenas?
  1. Li os textos apresentados?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: identificar os dias da semana e os meses do ano do calendário mais usado.

Espera-se que o aluno leia e compreenda algumas frases, classificando-as em relação à quantidade de dias dos meses do calendário gregoriano.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: descrever o calendário do povo indígena suyá.

Ao solicitar que o aluno compare o calendário suyá com o gregoriano, identificando algumas diferenças, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos.

As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP048

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 1 e 2

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 1 e 2. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Como é possível perceber a passagem do tempo?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão problema e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram construídos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção Verificação da avaliação de processo de aprendizagem, composto pela ilustração de um sinal de correto dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 1 e 2.

A realização dessas atividades favorece o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP153 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção Superando defasagens, composto pela ilustração da silhueta de uma pessoa correndo dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP049

Introdução ao módulo dos capítulos 3 e 4

Este módulo, formado pelos capítulos 3 e 4, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, tem como objetivo desenvolver atividades relacionadas à definição de memória e suas formas de registro, com destaque para as memórias das mudanças ocorridas nos lugares de viver.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Como é possível conhecer as memórias dos lugares?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades deste módulo possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF02HI03, relacionada à seleção de situações que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.

São desenvolvidas atividades de compreensão de textos, leitura de imagens, realização de entrevistas e pesquisa de fontes visuais. Essas propostas permitem aos alunos explorar os conceitos de memória e a memória dos lugares, identificando as mudanças e permanências ao longo do tempo, assim como explorar as memórias de seus próprios lugares de viver, recuperando as características deles em diferentes tempos.

Como pré-requisito, é importante que os alunos consigam identificar algumas permanências e mudanças dos lugares ao longo do tempo, habilidade trabalhada inicialmente no 1 º ano com o tema jogos e brincadeiras.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP050

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 3 e 4

Como é possível conhecer as memórias dos lugares?

CAPÍTULO 3. Memórias dos lugares

As pessoas podem ter diferentes opiniões sobre o que é memória. Veja um exemplo disso no texto a seguir, em que a personagem Guilherme pergunta a algumas pessoas sobre o que é memória.

O que é memória?

Ele procurou o sr. Cervantes, que lhe contava histórias arrepiantes.

— O que é uma memória? – perguntou.

— Algo bem antigo, meu caro, algo bem antigo.

Ele procurou o sr. Valdemar, que adorava remar.

— O que é uma memória? – perguntou.

— Algo que o faz chorar, meu menino, algo que o faz chorar.

Ele procurou a sra. Mandala, que andava com uma bengala.

— O que é uma memória? – perguntou.

— Algo que o faz rir, meu querido, algo que o faz rir.

Mem Fox. Guilherme Augusto Araújo Fernandes . São Paulo: Brinque-Book, 1995. p. 12-15. (Título adaptado.)

Imagem: Ilustração. Em uma área aberta, próximo de árvores e do mar, um senhor de cabelo e barba grisalhos que usa colete está de pé, segura um remo e fala com um menino com o dedo indicador levantado. O menino, de camiseta listrada, shorts e tênis, observa e ao fundo um cachorro descansa. Enquanto olha o senhor, o menino lembra dele chorando. Na mesma área à beira-mar, o menino também escuta uma senhora grisalha com cabelo preso em coque, usa óculos e que fala com o dedo indicador levantado. Enquanto a observa, o menino pensa nele mesmo sorridente com um dos braços levantados. Em outra ocasião, o menino ouve um senhor de barba. Fim da imagem.

Observação: Imagem meramente ilustrativa. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 3

Unidade temática

A comunidade e seus registros.

Objeto de conhecimento

• A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas.

Habilidade

• EF02HI03: selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo permitem aos alunos se aproximar da Competência Específica 1 das Ciências Humanas, ao possibilitar a compreensão de si e do outro, respeitando as diferenças.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a pergunta da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.

Realizar a leitura dialogada do texto por meio de perguntas como: Quais são as personagens do texto? Qual é a resposta de cada personagem à pergunta sobre o que é memória?

MP051

  1. Ligue cada personagem do texto à opinião dela sobre o que é memória.

    Coluna à esquerda:

    Cervantes

    Valdemar

    Mandala

    Coluna à direita:

    Algo que faz rir.

    Algo bem antigo.

    Algo que faz chorar.

    PROFESSOR Resposta correta: Cervantes - Algo bem antigo. Valdemar - Algo que faz chorar. Mandala - Algo que faz rir.
  1. Faça como Guilherme: pergunte a dois adultos que trabalham na escola “o que é memória?”. Depois, preencha o quadro a seguir com o nome e a resposta de cada um.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar as entrevistas e o registro das informações. Fim da observação.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Nome

    O que é memória?

    _____

    _____

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Os adultos que você consultou têm opiniões semelhantes às opiniões das personagens do texto? Explique.
    PROFESSOR Resposta variável.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Com base na leitura do texto e nas conversas, o que você acha que é memória?
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos relacionem memória com algo que é lembrado. Esse conceito será ampliado ao longo deste e dos demais volumes da coleção. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Conte aos colegas e ao professor suas ideias sobre memória e ouça as deles.
    • Os colegas apresentaram ideias semelhantes às suas? Se sim, quais?
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos apresentem algumas semelhanças em suas respostas, devido aos textos e entrevistas comuns. Fim da observação.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    1. Que tal exercitar seu vocabulário? Localize no texto a palavra “arrepiantes”. O que você acha que ela significa? Conte aos colegas.
      PROFESSOR Atenção professor: Socializar as respostas. Se julgar pertinente, informe que essa palavra significa “assustadoras”. Fim da observação.
    1. Em casa, reconte para um adulto da sua convivência as opiniões sobre memória das personagens do texto.
      PROFESSOR Atenção professor: Retomar as opiniões do texto para que os alunos possam fazer o reconto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Pedir aos alunos que retomem o texto “O que é memória?”, da página anterior, e localizem as informações sobre a opinião das personagens em relação ao que é memória. Essa atividade contribuirá para o desenvolvimento de estratégias de compreensão de texto.

Solicitar a eles que entrevistem dois funcionários da escola e registrem os nomes das pessoas e o que elas entendem por memória.

Orientar os alunos a relacionar as informações do texto lido e da conversa com os adultos para formular sua opinião sobre o que é memória. Organizar uma roda de conversa para que eles compartilhem suas ideias sobre memória e verifiquem as semelhanças e diferenças entre elas.

Encaminhar a realização da atividade que explora o desenvolvimento de vocabulário, um dos eixos do processo de alfabetização, explorando as hipóteses dos alunos sobre o significado do termo destacado.

Orientar também a tarefa de casa em que os alunos devem fazer o reconto das informações do texto para adultos da convivência deles, o que contribui para a fluência em leitura oral.

MP052

As pessoas podem ter diferentes memórias sobre as mudanças que acontecem nos lugares.

  1. Com o auxílio do professor, leia o poema.

    Memória

    Há pouco tempo,

    aqui havia uma padaria.

    Pronto – não há mais.


    Há pouco tempo,

    aqui havia uma casa,

    cheia de cantos, recantos,

    corredores impregnados

    de infância e encanto.

    Pronto – não há mais.


    Uma farmácia,

    uma quitanda.

    Pronto – não há mais. [...]

    Roseana Murray. Paisagens . Belo Horizonte: Lê, 1996. p. 41.

    Glossário:

Impregnado: cheio, repleto.

Fim do glossário.

Imagem: Ilustração. Destaque de uma via estreita e curva onde há pequenas construções e estabelecimentos abertos com toldos, como uma quitanda, uma farmácia e, mais ao fundo, uma padaria.  Fim da imagem.

Observação: Imagem meramente ilustrativa. Fim da observação.

  1. Circule as construções que existiam na rua descrita no poema e não existem mais.

    Farmácia

    Mercado

    Casa

    Quitanda

    Padaria

    PROFESSOR Respostas corretas: Farmácia; Casa; Quitanda; Padaria.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Em sua opinião, como podemos descobrir informações sobre construções que não existem mais? Explique.
PROFESSOR Atenção professor: Organizar as hipóteses dos alunos, que serão ampliadas ao longo dos próximos capítulos. Fim da observação.
PROFESSOR Atenção professor: Conduzir a conversa evidenciando o valor dos relatos de pessoas mais velhas, das reportagens e das fotografias antigas como fontes de informação sobre as mudanças nas paisagens. A seguir, esses tipos de fonte histórica serão mais explorados. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Comentar com os alunos que é necessário trabalhar com diferentes fontes históricas para reconstituir, ainda que de forma parcial, a memória dos lugares.

Orientar na leitura e na compreensão do poema, em que os alunos devem identificar o tema principal: o desaparecimento de construções em uma rua ao longo do tempo. Em seguida, explorar com eles os possíveis motivos de essas construções não existirem mais e as fontes históricas que podem ser consultadas para descobrir informações sobre as transformações que ocorrem nos lugares.

Possibilidades e limites da história oral

[...] Grosso modo, os depoimentos combinam dois tipos de conteúdo. De um lado, eles podem fornecer uma grande quantidade de informações factuais válidas, por exemplo, sobre onde a pessoa viveu, suas estruturas familiares, tipos de trabalho, etc. [...]; mas ao lado disso, eles também sustentam a igualmente reveladora marca da moduladora força da memória, e também da consciência coletiva e individual [...].

THOMPSON, Paul. História oral e contemporaneidade. História Oral , v. 5, n. 2, 2002. p. 22.

MP053

As ruas das cidades brasileiras passaram por muitas mudanças ao longo do tempo, como a rua das Calçadas, na cidade de Recife, no estado de Pernambuco.

Rua das Calçadas

[Hoje] são poucas as famílias que lá residem e não existem mais quintais e hortas como antigamente [em 1930].

A rua das Calçadas se transformou em uma área movimentada de comércio na cidade. [...]

Na área também se jogava futebol, se empinava papagaio [...].

Lúcia Gaspar. São José (Recife, bairro). Pesquisa Escolar On-line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 29 jun. 2004.

Imagem: Fotografia em plano aberto. Destaque de uma via feita em pedras em que há também o trilho ferroviário. O chão está úmido e muitas pessoas caminham de guarda-chuva na rua, onde há algumas barracas de vendedores ambulantes e lojas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rua das Calçadas, no município de Recife, no estado de Pernambuco. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire as informações do texto para ligar as colunas sobre a rua das Calçadas.

    Coluna à esquerda:

    Em 1930

    Atualmente

    Coluna à direita:

    Jogar futebol e empinar pipa.

    Poucas famílias residentes.

    Quintais e hortas.

    PROFESSOR Resposta correta: Em 1930 - Jogar futebol e empinar pipa. Quintais e hortas. Atualmente - Poucas famílias residentes.
  1. Marque com um X a alternativa correta. Entre 1930 e atualmente, a rua das Calçadas:

    ( ) não mudou.

    ( ) mudou pouco.

    ( ) mudou muito.

    PROFESSOR Resposta correta: mudou muito.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Que tal exercitar seu vocabulário? Localize no texto a palavra “hortas”. O que você acha que ela significa? Conte aos colegas.
    PROFESSOR Atenção professor: Socializar as respostas individuais e, se necessário, informar que são pequenas plantações. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Solicitar aos alunos que observem a fotografia da rua das Calçadas e a respectiva legenda e as relacionem ao texto. Comentar que Recife é uma cidade que faz parte do estado de Pernambuco.

Orientar a atividade em que devem localizar e retirar do texto as informações solicitadas para relacionar as características da rua citada com as respectivas épocas históricas. Além disso, solicitar que encontrem no texto o termo “hortas”, pedindo que tentem explicar o seu significado a partir do contexto. As atividades auxiliarão no processo de alfabetização ao trabalhar com estratégias de compreensão de texto e com desenvolvimento de vocabulário.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma atividade de campo em que eles visitem uma rua antiga da localidade em que vivem. Combinar com eles um roteiro de visita e formas de registro escrito ou por meio de imagens, como desenhos e fotografias. Solicitar autorização para a visita junto à direção escolar e aos familiares.

Ao final da visita, organizar uma roda de conversa para que os alunos apresentem aos demais colegas os registros que foram feitos e o que descobriram sobre a história do local visitado.

O indivíduo na memória

No campo da memória, o indivíduo relembra seu passado seguindo a perspectiva colocada em pauta pelo pesquisador. Ele é influenciado, ainda, pelos objetivos da pesquisa, pelo tempo da narrativa, que é diverso do tempo histórico, e pelas questões sociais e individuais que circundam o trabalho da memória. [...] O entrevistado seleciona os acontecimentos, criando uma coerência inexistente, mas que busca dar sentido à sua vida [...].

DAVID, Priscila. História oral: metodologia do diálogo. Patrimônio e Memória , v. 9, n. 1, jan.-jun., 2013. p. 159. Disponível em: http://fdnc.io/fLB. Acesso em: 18 jun. 2021.

MP054

Explorar fonte histórica oral

Uma das formas de as pessoas obterem informações sobre como eram as ruas e as avenidas em outros tempos é lendo ou ouvindo depoimentos de antigos moradores.

  1. Leia um trecho do depoimento do senhor Ariosto, que nasceu na cidade de São Paulo em 1900. Depois, responda ao que se pede.

    Mudança nas avenidas e nas ruas

    A Avenida Paulista era bonita, calçamento de paralelepípedos, palacetes. As outras ruas eram semicalçadas, cobertas de árvores, de mata. [...] Minha rua tinha poucas casas, uma aqui, outra a quinhentos metros. Naquela época faziam casas bem grandes, pé-direito alto, a nossa tinha quintal com pé de laranja, mexerica, ameixa e abacate. [...]

    Ecléa Bosi. Memória e sociedade : lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 154. (Título adaptado).

    Glossário:

Pé-direito: altura entre o piso e o teto de uma construção.

Fim do glossário.

  1. De acordo com o depoimento do senhor Ariosto, o calçamento da Avenida Paulista era de:
Imagem: Fotografia. Vista superior do destaque de uma via asfaltada. Fim da imagem.

( ) asfalto.

Imagem: Fotografia. Vista superior do destaque de uma via com paralelepípedo.  Fim da imagem.

( ) paralelepípedo.

PROFESSOR Resposta correta: paralelepípedo.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Como eram feitas as casas na época descrita no texto?
PROFESSOR Resposta: Na rua onde o senhor Ariosto morava, as casas eram bem grandes, com pé-direito alto, isto é, a altura entre o piso e o teto era elevada.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica oral: depoimento

A atividade proposta na seção permite aos alunos explorar uma fonte histórica oral, um depoimento, relacionando-o com as memórias dos lugares.

Enfatizar para os alunos que, apesar de apresentado por escrito, esse depoimento é considerado fonte histórica oral, pois foi obtido originalmente por meio da oralidade.

Explorar no depoimento as descrições da Avenida Paulista, da rua e da casa onde morava o senhor Ariosto e pedir que retomem o texto para localizar e retirar as informações solicitadas nas questões.

Informar que, na página seguinte, eles analisarão outras fontes históricas (fotografias) para ampliar as informações obtidas por meio do depoimento do senhor Ariosto.

Imagens fotográficas: história e memória

[...] Mesmo estando de forma inexorável ligada à cena registrada, a fotografia não pode ser concebida como mimese do real. Este equívoco muitas vezes toma de assalto o historiador desavisado. Nesse sentido, é importante pensar que as fotografias não são nunca testemunhos da história, pois são elas mesmas históricas (BURKE, 2001).

A fotografia congela uma imagem, imortalizada como cena que será objeto de investigação para o historiador. No caso das vistas urbanas, a imagem fotográfica permite observar as transformações ocorridas num determinado espaço através do tempo.

MP055

A observação de fotografias também permite que as pessoas conheçam aspectos das ruas em outros tempos. Observe duas fotografias da Avenida Paulista produzidas em diferentes épocas.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Plano aberto de uma extensa avenida rodeada por muitas árvores e alguns casarões assobradados.  Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Paulista, no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto de 1902. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma extensa via asfaltada que apresenta ciclovia ao centro e é rodeada por altos edifícios, alguns deles com antenas compridas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Paulista, no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto de 2021. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Como era a paisagem da Avenida Paulista em 1902?
    PROFESSOR Resposta: A Avenida Paulista tinha muitas árvores e casarões.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Compare as duas fotos e explique o que mudou na paisagem da Avenida Paulista entre 1902 e 2021.
    PROFESSOR Resposta: A vegetação diminuiu, os prédios foram substituídos por outros mais altos e a avenida, alargada, mudou de calçamento.
  1. Quanto tempo se passou entre a produção das duas fotografias?

    _____

PROFESSOR Resposta: 119 anos.
MANUAL DO PROFESSOR

O espaço é construído pelo olhar fotográfico através do enquadramento, que seleciona os limites contidos em um espaço maior existente. Para o historiador o quadro fotográfico interessa como possibilidade de alcançar um extraquadro (COSTA, 2001), composto de elementos espaciais excluídos da imagem fotográfica. Esta contiguidade com a cena que deu origem à fotografia aponta ao historiador do urbano a perspectiva de partir de um recorte preciso e chegar a uma configuração maior que, à primeira vista, não fazia parte da imagem, mas que pode ser projetada para além dela.

POSSAMAI, Zita Rosane. Fotografia, história e vistas urbanas. História , v. 27, n. 2, 2008. p. 255-256. Disponível em: http://fdnc.io/fLC. Acesso em: 18 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que observem as fotografias apresentadas na página e comparem a paisagem da Avenida Paulista em dois tempos diferentes.

Orientar a descrever as semelhanças e as diferenças identificadas e, em seguida, anotar as respostas na lousa.

Retomar as informações obtidas por meio da leitura do depoimento do senhor Ariosto sobre a Avenida Paulista e relacioná-las com as informações obtidas por meio da observação das fotografias.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, acesse com os alunos o site “IBGE cidades”, disponível no link: http://fdnc.io/fLD. Acesso em: 8 jul. 2021.

Nesse endereço, os alunos podem pesquisar o próprio município, e encontrarão diversos dados, como um texto com um breve histórico e uma seleção de fotografias que mostram o município em diferentes épocas.

A sugestão é comparar essas fotografias antigas com outras atuais referentes aos mesmos locais.

MP056

CAPÍTULO 4. Memórias do seu lugar de viver

As pessoas podem ter diferentes lembranças do lugar em que vivem.

A seguir, leia o trecho de uma entrevista com Cynthia, moradora de um bairro da cidade de Recife, no estado de Pernambuco.

PROFESSOR Atenção professor: Se julgar pertinente, dividir os alunos em duplas, em que um pode fazer o papel do entrevistador e o outro o papel de Cynthia. Fim da observação.

Memórias do bairro da Várzea

Pergunta: Quais são as suas principais lembranças da infância na Várzea?

Cynthia: A praça na frente da minha casa é a primeira coisa que eu lembro da minha infância. Ela se chama Praça Anexa João Francisco Lisboa, mas gosto de chamar de Praça do Bom Gosto (nome antigo da rua). Tenho várias memórias dali. Passei minha vida toda brincando naquela praça, conhecendo pessoas, vivendo histórias. [...]

Pergunta: Se você pudesse mudar alguma coisa no bairro da Várzea, o que seria?

Cynthia: Por ser o local da minha infância, me preocupo muito com a praça em frente à minha casa. Se pudesse mudar alguma coisa, gostaria que ela fosse melhor iluminada e cuidada.

As memórias afetivas dos moradores da Várzea. Diário de Pernambuco , 17 ago. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fLE. Acesso em: 22 jan. 2021.

Imagem: Ilustração. Destaque de uma praça com árvores e um coreto ao centro por onde passam alguns pedestres, duas crianças brincam e uma pessoa lê o jornal sentada em um banco.  Ao redor do espaço, há postes de iluminação.  Fim da imagem.

Observação: Imagem meramente ilustrativa. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 4

Unidade temática

A comunidade e seus registros.

Objeto de conhecimento

• A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas.

Habilidade

• EF02HI03: selecionar situações cotidianas que remetam à percepção de mudança, pertencimento e memória.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo permitem aos alunos se aproximar da Competência Específica 1 das Ciências Humanas, ao possibilitar a compreensão de si e do outro, respeitando as diferenças.

Fim do complemento.

Lembranças de infância e história dos bairros

Escutando muitos depoimentos, nós percebemos que os bairros têm não só uma fisionomia como uma biografia. O bairro tem sua infância, juventude, velhice. Esta, como a das árvores, é a quadra mais bela, uma vez que sua memória se constituiu. Nas histórias de vida podemos acompanhar as transformações do espaço urbano; a relva que cresce livre, a ponte lançada sobre o córrego, a divisão dos terrenos, a primeira venda, o primeiro bazar. As casas crescem do chão e vão mudando: canteiros, cercas, muros, escadas, cores novas, a terra vermelha e depois o verde umbroso. Arbustos e depois árvores, calçadas, esquinas... uma casa pintada de azul que irradia a luz da manhã, os terrenos baldios, as ruas sem saída que terminam em praças ermas inacabadas por dezenas de anos.

MP057

  1. Qual é o nome do bairro de Cynthia?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Bairro da Várzea.
  1. Circule o lugar mais lembrado por Cynthia.

    Loja

    Escola

    Praça

    Casa

    PROFESSOR Resposta correta: Praça.
  1. Cite uma atividade que Cynthia realizava nesse lugar.

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar: brincar, conhecer pessoas ou viver histórias. Fim da observação.
  1. De acordo com Cynthia, esse lugar manteve o mesmo nome ao longo do tempo?

    ( ) Sim.

    ( ) Não.

    PROFESSOR Resposta correta: Não.
  1. Complete as placas com os nomes da praça citados por Cynthia.

    Nome antigo

Imagem: Ilustração. Destaque de um coreto rodeado por árvores e postes. Ao fundo, edifícios. Há uma placa para ser preenchida com um nome onde está a inscrição “Praça”. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: do Bom Gosto.

Nome atual

Imagem: Ilustração. Destaque de um coreto rodeado por árvores e postes. Ao fundo, edifícios. Há uma placa para ser preenchida com um nome onde está a inscrição “Praça”. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Anexa João Francisco Lisboa.
  1. Em casa, reconte para um adulto a história da praça de Cynthia.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada das informações do texto para garantir o reconto em casa. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

[...] As histórias de vida muitas vezes decorrem em sobrados da pequena classe média, que não merecem tombamento, porque lá não morou barão algum, mas foram adquiridos com prestações custosas, privações sem fim, que resultaram nessas casas adoráveis que conhecemos: a máquina de costura a um canto da sala, a TV redimida por uma toalha de crochê, os gerânios... Salas onde a gente ficaria um século escutando, onde as meias-paredes filtram conversas, exercícios de piano, a água correndo, a canção dominical (se faz sol).

BOSI, Ecléa. Memória da cidade: lembranças paulistanas. Revista Estudos Avançados , v. 47, n. 17, 2003. p. 204. Disponível em: http://fdnc.io/fLF. Acesso em: 18 jun. 2021.

Orientar os alunos a identificar no texto “Memórias do bairro da Várzea”: o nome do bairro onde Cynthia mora; o lugar mais lembrado por Cynthia; uma atividade que ela realizava nesse lugar; se o nome da praça mudou ao longo do tempo; o nome antigo e o nome atual da praça. Essa atividade auxiliará no desenvolvimento de estratégias de compreensão de texto.

Depois desse levantamento de informações, orientar os alunos a registrar as respostas às atividades.

Encaminhar também a tarefa de casa em que os alunos devem fazer o reconto das informações do texto para adultos da convivência deles, o que contribui para o processo de alfabetização.

MP058

Investigue

  1. Agora você vai investigar algumas mudanças ocorridas no seu lugar de viver. Para isso, vai conversar com um morador com mais de sessenta anos e registrar as respostas dele na ficha a seguir.
Imagem: Ilustração. Um caderno azul espiralado ao lado de um toco de lápis de escrever com borracha.  Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Listar com os alunos as pessoas que poderiam ser entrevistadas e combinar uma data. Socializar as respostas individuais. Fim da observação.
  1. Qual é o seu nome? _____
  1. Há quanto tempo o senhor ou a senhora mora nesse local?

    _____

  1. Em que aspectos o senhor ou a senhora observou mudanças?

    ( ) No calçamento.

    ( ) Na iluminação.

    ( ) Nos tipos de construção.

    ( ) Outro: _____

  1. Algo permanece igual desde a época em que o senhor ou a
  1. senhora passou a viver nesse local? Se sim, o quê?

    _____

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Você e os colegas vão pesquisar em revistas, jornais e livros sobre a história do seu lugar de viver. Busquem as seguintes informações
Imagem: Ilustração. Uma pilha de jornais impressos. Fim da imagem.
  1. Depoimentos de moradores sobre o lugar em que vocês vivem.
    PROFESSOR Resposta: Identificar com os alunos as fontes dos depoimentos, fotografias e notícias.
  1. Fotografias desse lugar em diferentes tempos.
  1. Notícias de acontecimentos que ocorreram nesse lugar.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar os alunos na realização das etapas necessárias para a entrevista: identificar a pessoa com o perfil adequado, consultá-la sobre a disponibilidade para responder às perguntas, marcar dia e horário para realizar a entrevista (não se atrasar), não interromper a pessoa enquanto ela estiver falando e agradecer no final.

Se possível, pedir que gravem a conversa em áudio ou vídeo e fazer a análise do material posteriormente com eles.

Orientar no registro dos resultados da entrevista.

Organizar a formação dos grupos e encaminhar a realização da pesquisa proposta na atividade 2, sugerindo aos alunos as fontes que podem ser consultadas sobre a história do lugar em que vivem.

Ao final, os grupos poderão confeccionar cartazes para apresentar o resultado da pesquisa aos colegas e contribuir para o conjunto de informações sobre a história do lugar.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso

A entrevista com um morador do lugar de viver dos alunos constitui uma oportunidade para reconhecer a importância dos idosos como preservadores da memória dos lugares.

Fim do complemento.

Noções para uma entrevista

[...] O pesquisador deve interpretar e analisar a entrevista como fonte, uma fonte oral . Para facilitar esse trabalho, orienta-se a transcrição das entrevistas. Estando na forma de texto, deve-se analisar a fonte oral como qualquer documento, fazendo perguntas e verificando como se pode usufruir dessa fonte, tirando dela as evidências e os elementos que contribuirão para resolver o problema de pesquisa.

SILVEIRA, Éder da Silva. História oral e memória: pensando um perfil de historiador etnográfico. Métis: História & Cultura , v. 6, n. 12, jul.-dez., 2007. p. 39. Disponível em: http://fdnc.io/foV. Acesso em: 18 jun. 2021.

MP059

  1. Agora você vai registrar duas informações sobre a história do seu lugar de viver.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a seleção das informações e a forma de registrar em desenho. Fim da observação.
    1. Faça desenhos ou cole fotografias representando cada informação nos espaços a seguir.
    1. Escreva uma legenda para cada imagem explicando o que ela representa.
Imagem: Ilustração. Um lápis de cor.  Fim da imagem.

Informação 1

_____

Informação 2

_____

MANUAL DO PROFESSOR

Apresentar aos alunos a proposta de representar duas informações sobre a história do lugar em que vivem por meio da confecção de desenhos ou da colagem de fotografias. Auxiliar na seleção das informações que serão registradas.

Ressaltar a importância do desenho como instrumento de preservação da memória de determinado espaço e de determinado tempo.

Orientar os alunos na composição das legendas para os desenhos ou fotografias, conforme indicado.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma atividade de campo, em que visitem um dos locais pesquisados sobre a história do local em que vivem. Organizar a criação de um roteiro, definindo os locais a serem visitados e ações a serem realizadas (desenho, fotografia etc.). Solicitar à direção escolar e aos familiares autorização para a saída.

Após a visita, organizar a socialização das descobertas individuais e um registro por meio da produção de um texto coletivo.

O desenho como registro histórico

[...] A História, tal como o Desenho, é registro. [...] ambos são canais de transmissão relacionados, partindo dessa união, uma série de procedimentos que incidem na forma multidisciplinar com a qual o Desenho e a História, quando unidos, são reinterpretados. [...] Consideramos que através de releituras mais críticas, o Desenho pode revelar versões de interpretação da História pouco conhecidas. [...]

OLIVEIRA, Lysie dos Reis; TRINCHÃO, Gláucia Maria Costa. A história contada a partir do desenho. Anais do Graphica 98 . p. 156. Disponível em: http://fdnc.io/fLG. Acesso em: 18 jun. 2021.

MP060

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 3 e 4

Avaliação de processo de aprendizagem

Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.

  1. Leia o depoimento de dona Alice, que nasceu há cerca de cem anos, e depois marque com um X a alternativa correta.

    Quando mudei para o Cambuci, minha rua tinha duas ou três casinhas, o resto era uma chácara. Ali se construiu a fábrica de elevadores [...]. Depois foram vindo outras casas, e depois as fábricas. [...]

    Ecléa Bosi. Memória e sociedade : lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das letras, 1999. p. 114.

    1. O depoimento de dona Alice é parte das memórias dela?

      ( ) Sim.

      ( ) Não.

      PROFESSOR Resposta correta: Sim.
    1. Como era a rua onde dona Alice morava antes da construção da fábrica de elevadores? Como a rua ficou depois da construção dessa fábrica? Complete o quadro.

      Quadro: equivalente textual a seguir.

      Antes

      _____

      PROFESSORResposta: A rua tinha duas ou três casinhas, o resto era uma chácara.

      Construção da fábrica de elevadores

      Depois

      _____

      PROFESSORResposta: Foram construídas outras casas e fábricas.
  1. Com base na investigação feita em classe, cite duas mudanças ocorridas no seu lugar de viver.

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem citar duas mudanças identificadas durante o trabalho de investigação. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: explicar o que é memória.

O aluno deverá ler e compreender um texto, relacionando-o com a recuperação da memória dos lugares.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: descrever as mudanças no seu lugar de viver ao longo do tempo.

Ao solicitar que o aluno relembre a investigação feita em sala de aula com base nos depoimentos e dados coletados sobre as mudanças ocorridas no lugar de viver, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

MP061

  1. Observe as imagens de um mesmo lugar em dois tempos.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Em plano aberto, destaque de uma via extensa rodeada por amplas construções assobradas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Ana Costa no município de Santos, no estado de São Paulo. Foto de 1940. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Em plano aberto, destaque de muitos edifícios altos que rodeiam uma extensa avenida. No horizonte, o mar. Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida Ana Costa no município de Santos, no estado de São Paulo. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Identifiquei as mudanças que ocorreram no meu lugar de viver por meio do depoimento?
  1. Compreendi o que ocorreu antes e depois das mudanças nas ruas e praças?
  1. Reconheci as mudanças que aconteceram em meu lugar de viver?
  1. Compreendi a importância das fotografias como fontes históricas?
  1. Compreendi os textos que li?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: descrever as mudanças nas ruas e avenidas ao longo do tempo.

Espera-se que os alunos observem, interpretem e comparem duas fotografias de um mesmo local em épocas distintas, avaliando as mudanças retratadas.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos.

As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.