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Unidade 2. Cultura, patrimônio e marcos históricos
Esta unidade permite que os alunos reflitam sobre a importância do patrimônio histórico e cultural para a preservação de memórias e da história. Também possibilita repertoriar os alunos para o reconhecimento, a identificação e a leitura crítica de marcos históricos e de registros da memória presentes cotidianamente na sociedade brasileira e no munícipio em que eles vivem.
Módulos da unidade
Capítulos 5 e 6: exploram os conceitos de cultura material e imaterial e propõem a identificação de patrimônios históricos e culturais e dos motivos para que assim sejam considerados.
Capítulos 7 e 8: exploram os significados dos marcos históricos e dos registros da memória dos lugares de viver, apresentando monumentos e a história de algumas vias de cidades brasileiras.
Primeiros contatos
As páginas de abertura da unidade correspondem a atividades preparatórias realizadas pela exploração da fotografia de uma rua do município de Pirenópolis, em Goiás, que possibilitam realizar um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a importância do patrimônio histórico e cultural brasileiro.
Introdução ao módulo dos capítulos 5 e 6
Este módulo é formado pelos capítulos 5 e 6, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista! Os conteúdos trabalhados permitem abordar questões relacionadas com a identificação do patrimônio cultural material e imaterial e a compreensão da importância de sua preservação.
Questão problema
Por que é importante conhecer e preservar a cultura e o patrimônio dos lugares de viver?
Atividades do módulo
Ao promover a identificação de patrimônios históricos e repertoriar os alunos para uma leitura crítica a respeito do conjunto de bens materiais e imateriais presentes no munícipio em que vivem, as atividades favorecem o desenvolvimento da habilidade EF03HI04.
São desenvolvidas atividades de observação e interpretação de imagem e de leitura e compreensão de textos, que permitem aos alunos diferenciar cultura material e imaterial, identificar patrimônios e reconhecer a importância de sua preservação. Além disso, eles terão de investigar exemplos de patrimônio histórico no município em que vivem.
Como pré-requisito, é importante que os alunos compreendam o sentido de memória nos âmbitos pessoal e familiar, aspecto trabalhado no 2ᵒ ano, para ampliá-lo em relação à cidade e/ou município em que vivem.
Principais objetivos de aprendizagem
- Compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
- Listar exemplos de cultura material e da cultura imaterial.
- Explicar o que é patrimônio histórico.
- Identificar exemplos de patrimônio imaterial.
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UNIDADE 2. Cultura, patrimônio e marcos históricos
MANUAL DO PROFESSOR
A imagem de abertura da unidade tem como objetivo instigar os alunos e engajá-los no processo de aprendizagem que será desenvolvido ao longo dos próximos capítulos. Orientar a observação coletiva da fotografia, estimulando a participação e o interesse deles pelo tema. Questionar os alunos a respeito da arquitetura das casas; se as casas retratadas são parecidas ou não com as casas vizinhas à escola onde estudam; se a rua retratada se parece com as ruas do município em que vivem; se as casas da imagem foram construídas há muito ou pouco tempo e quem as construiu.
Como as atividades do quadro Primeiros contatos devem ser respondidas oralmente, registrar as respostas dos alunos, principalmente as que se referem ao calçamento, pois, mais adiante, esse conhecimento será aprofundado e os comentários iniciais dos alunos poderão ser retomados.
Entre memória e história
Memória, história: longe de serem sinônimos, tomamos consciência que tudo opõe uma à outra. A memória é a vida, sempre carregada por grupos vivos e, nesse sentido, ela está em permanente evolução, aberta à dialética da lembrança e do esquecimento, inconsciente de suas deformações sucessivas, vulnerável a todos os usos e manipulações, susceptível de longas latências e de repentinas revitalizações. A história é a reconstrução sempre problemática e incompleta do que não existe mais. A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado. Porque é afetiva e mágica, a memória não se acomoda a detalhes que a confortam; ela se alimenta de lembranças vagas, telescópicas, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censura ou projeções.
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Boxe complementar:
Primeiros contatos
- As construções, os postes de iluminação e o calçamento dessa rua foram construídos no tempo atual ou em outro tempo?
- Em sua opinião, é importante preservar construções como essas? Por quê?
Fim do complemento.
Atenção professor: Espera-se que os alunos percebam que as construções, os postes e o calçamento foram construídos em algum tempo no passado e conversem sobre a importância de preservá-los para que as próximas gerações conheçam o modo de vida das pessoas em outras épocas. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
A história, porque operação intelectual e laicizante, demanda análise e discurso crítico. [...] A memória emerge de um grupo que ela une, o que quer dizer [...] que há tantas memórias quantos grupos existem; que ela é, por natureza, múltipla e desacelerada, coletiva, plural e individualizada. A história, ao contrário, pertence a todos e a ninguém, o que lhe dá uma vocação para o universal. A memória se enraíza no concreto no espaço, no gesto, na imagem, no objeto. A história só se liga às continuidades temporais, às evoluções e às relações das coisas. A memória é um absoluto e a história só conhece o relativo.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História, São Paulo, v. 10, p. 9. dez. 1993.
As atividades propostas no quadro Primeiros contatos têm o objetivo de permitir uma preparação para o estudo da unidade e favorecem a sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a importância do patrimônio histórico e cultural para a preservação de memórias e da história, constituindo uma atividade preparatória para o trabalho da unidade 2.
Concluir o trabalho ampliando a sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos, por meio das seguintes questões mediadoras: Vocês conhecem alguma cidade histórica? Qual? No Brasil há muitas cidades históricas ou poucas? Quais as características de uma cidade histórica? Como sabemos que é uma cidade histórica? Tais questões serão retomadas e ampliadas ao longo dos capítulos desta unidade.
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DESAFIO À VISTA!
Capítulos 5 e 6
Por que é importante conhecer e preservar a cultura e o patrimônio dos lugares de viver?
CAPÍTULO 5. Cultura material e imaterial
Ao longo do tempo, os grupos sociais podem criar diferentes formas de expressão cultural relacionadas ao seu modo de vida.
Cultura material
Chama-se cultura tudo o que é feito pelos homens [e mulheres], ou resulta do trabalho deles e de seus pensamentos. Por exemplo, uma cadeira está na cara que é cultural porque foi feita por alguém. [...]
Uma casa qualquer, ainda que material, é claramente um produto cultural, porque é feita pelos homens [e mulheres]. A mesma coisa se pode dizer de um prato de sopa, de um picolé ou de um diário. Mas estas são coisas de cultura material, que se pode ver, medir, pesar.
Darcy Ribeiro. Noções de coisas. São Paulo: FTD, 2000. p. 34.
- Circule as imagens que representam exemplos de cultura material e, depois, conte aos colegas por que você as escolheu.
Resposta: Mesa; Talheres; Computador; Pá; Tênis. Porque correspondem a objetos construídos pelos seres humanos.
MANUAL DO PROFESSOR
A BNCC no capítulo 5
Unidade temática
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município.
Objeto de conhecimento
• Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive.
Habilidade
• EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Este capítulo aproxima-se da Competência Geral 3 ao incentivar os alunos a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais; e da Competência Específica 1 das Ciências Humanas, ao promover situações que possibilitem a compreensão de si e do outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. Também mobiliza a Competência Específica 4 de História, estimulando os alunos a identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Fim do complemento.
Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.
Realizar a leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos: a definição de cultura material (tudo o que resulta do trabalho dos seres humanos e pode ser pesado, medido); e os exemplos citados.
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Explorar fonte histórica material
Para conhecer melhor a cultura material dos povos antigos, podemos estudar objetos conservados em museus, como os dois objetos abaixo.
- Levante hipóteses sobre o que são esses objetos e de que materiais eles são feitos.
Atenção professor: Os alunos podem levantar diferentes hipóteses, que serão confirmadas ou ampliadas pelo texto da atividade seguinte. Fim da observação.
- Leia o texto a seguir sobre esses objetos e responda às questões.
Peças importantes
São grandes, com pouco mais de sessenta centímetros de altura [...]. Esses dois vasos são, evidentemente, peças de porcelana luxuosas produzidas por artistas-artesãos [...].
Neil MacGregor. A história do mundo em cem objetos. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. p. 461.
- Quais informações do texto confirmaram suas hipóteses?
_____
Respostas variáveis. Orientar os alunos a confrontar suas hipóteses iniciais com os dados do texto sobre o tipo desses objetos (vasos) e o material de que foram feitos (porcelana).
- Quais informações foram novas para você?
_____
Resposta: Por meio da leitura, os alunos podem identificar se os elementos que o texto acrescentou trouxeram informações novas para eles.
- Quais informações do texto confirmaram suas hipóteses?
MANUAL DO PROFESSOR
Fonte histórica material: vasos de porcelana
A primeira atividade dessa seção apresenta um problema a ser resolvido pelos alunos com base em seus conhecimentos prévios e no exercício de observação. Orientar os alunos para que eles assumam o papel de pesquisadores e possam levantar hipóteses sobre o uso material e a fabricação dos objetos representados.
Solicitar a leitura individual do texto “Peças importantes”. Orientar os alunos na atividade de compreensão de texto, em que eles devem localizar e retirar informações do texto para responder às questões. Eles devem identificar quais são os objetos e de que materiais são feitos, confrontando as informações com suas hipóteses iniciais.
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Diferentes moradias
Outro exemplo de cultura material são as diferentes moradias produzidas pelos seres humanos.
- Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.
Casas
Grande ou pequena, feita de barro, madeira ou tijolo, com vários quartos ou um cômodo apenas – como é a sua casa? Todas as pessoas que você conhece moram de maneira parecida? Será que seus avós ou bisavós, quando crianças, tinham uma casa semelhante à sua? E os nossos personagens favoritos de desenho animado, você saberia responder depressa como vivem?
Maria Alice Rezende de Carvalho. A evolução das casas. Revista Ciência Hoje das Crianças , ano 24, n. 224. p. 2.
- Que materiais de construção de moradias foram citados no texto?
Resposta: Barro, madeira e tijolo.
- Qual foto representa uma casa feita com cada um desses materiais?
_____
Resposta: Barro (B), madeira (A) e tijolo (C).
- Escolha uma personagem de desenho animado e responda às questões a seguir.
Atenção professor: Listar com os alunos as personagens de desenho animado que eles conhecem e que vivem em algum tipo de casa. Deixar que cada aluno escolha a personagem que prefere e descreva livremente a casa. Socializar as respostas individuais. Fim da observação.
- Como se chama essa personagem?
_____
Resposta pessoal.
- Como é a casa onde ela mora?
_____
Resposta pessoal.
- Como se chama essa personagem?
MANUAL DO PROFESSOR
Orientar os alunos na leitura em voz alta do texto, contribuindo para a fluência em leitura oral, essencial no processo de alfabetização, identificando com eles os diferentes tipos de casa citados: tamanho (grande ou pequena); material (barro, madeira e tijolo); quantidade de cômodos (vários ou apenas um). Incentivar os alunos a responder às perguntas que são propostas pela autora no texto “Casas”.
Solicitar que observem as imagens e identifiquem de que material cada casa é feita. Ao final, socializar as respostas.
Atividade complementar
Solicitar aos alunos que desenhem a personagem de desenho animado escolhida na atividade 4 e a casa dessa personagem. A atividade pode ser utilizada como instrumento de avaliação do desenvolvimento cognitivo e socioafetivo do grupo, permitindo ao professor uma compreensão maior de aspectos da realidade e do cotidiano dos alunos.
Convidar os alunos, se julgar pertinente, a apresentar o desenho aos demais colegas, explicando as características físicas da personagem e da casa.
Como são as casas indígenas
Entre os grupos indígenas há muitas formas de conceber e construir as casas, pois cada grupo tem um jeito diferente de pensar e de se relacionar com o ambiente onde vive. A casa é sempre parte da cultura de um povo.
A maneira como ela é usada, dividida e construída reflete o jeito que os moradores têm de organizar o mundo. Além disso, as construções variam muito de acordo com o modo de vida, o clima, o tipo de ambiente e os materiais de que os grupos dispõem para a construção.
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A forma de construir casas pode mudar ao longo do tempo. Conheça a seguir as mudanças nas casas de um povo indígena do estado do Mato Grosso.
As casas dos índios xavantes
As casas tradicionais são construídas de madeira e cobertas de palha até o chão [...]. A única entrada da casa está voltada para o centro da aldeia. [...]
Hoje em dia, no entanto, as casas xavantes estão mais parecidas com as dos sertanejos, ou seja, são quadradas, com telhado em forma de “V” invertido, ou redondas com telhado em forma de cone.
Casas. Povos Indígenas no Brasil Mirim . Disponível em: http://fdnc.io/e1f. Acesso em: 7 jan. 2021.
- Relacione cada tipo de casa xavante às suas respectivas características.
Coluna à esquerda:
Casas tradicionais
Casas atuais
Coluna à direita:
Quadradas ou redondas.
Cobertas de palha até o chão.
Telhado em forma de “V” invertido.
Única entrada voltada para a aldeia.
Respostas corretas: Casas tradicionais - Cobertas de palha até o chão. Única entrada voltada para a aldeia. Casas atuais - Quadradas ou redondas. Telhado em forma de “V” invertido.
- Em casa, reconte para um adulto de sua convivência como são as moradias tradicionais e atuais do povo xavante.
Atenção professor: Orientar os alunos na retomada das informações sobre o assunto para a realização do reconto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
As formas das casas variam segundo os costumes de cada grupo: podem ser circulares, retangulares, pentagonais, ovais... O formato das aldeias também muda de acordo com o povo. O contato com os não índios influenciou em muitas mudanças ocorridas tanto no formato de aldeias e casas, quanto no material utilizado para a construção em algumas sociedades indígenas.
[...] Se as aldeias estão próximas às cidades, as relações com os não índios são mais frequentes e as casas podem ser construídas de materiais comprados nos mercados, parecendo-se mais com as casas dos não índios, feitas de alvenaria, por exemplo.
Casas. Povos indígenas no Brasil Mirim . Instituto Socioambiental. Disponível em: http://fdnc.io/e1f. Acesso em: 1º jun. 2021.
Organizar a turma em duplas, orientando que cada aluno leia em voz alta um parágrafo do texto. Assim, um aluno lerá a descrição das habitações tradicionais xavantes, e o outro ficará responsável por ler a descrição das moradias atuais desse povo. Como este é um texto bastante descritivo, a leitura em voz alta contribui para a fixação das informações, facilitando a resolução das atividades.
Atividade complementar
Solicitar aos alunos que desenhem o modelo arquitetônico de habitação do povo xavante descrito na leitura feita pelo colega. Esta atividade contribuirá para que os alunos construam uma representação da arquitetura descrita no texto, empreendendo um exercício de reflexão e de decodificação de informações. Se possível, auxilie-os a pesquisar na internet imagens dessas moradias para que possam confrontar com suas interpretações das habitações xavantes. No site Povos Indígenas no Brasil Mirim, é possível encontrar algumas imagens de moradias indígenas.
Boxe complementar:
Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural
As atividades propostas permitem explorar alguns elementos da cultura material de povos indígenas presentes no cotidiano dessas populações, reforçando a importância do respeito à diversidade cultural brasileira.
Fim do complemento.
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Cultura imaterial
Além da cultura material, existe também a chamada cultura imaterial.
- Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta sobre a cultura imaterial.
Cultura imaterial
Há, também, para complicar, as coisas da cultura imaterial [...]. A fala, por exemplo, que se revela quando a gente conversa, e que existe independentemente de qualquer boca falante, é criação cultural. [...]
Além da fala, temos as crenças, as artes, que são criações culturais, porque inventadas pelos homens [e mulheres] e transmitidas uns aos outros através de gerações.
Darcy Ribeiro. Noções de coisas . São Paulo: FTD, 2000. p. 34.
- Localize e retire do texto as informações para responder ao que se pede.
- Cite três exemplos de cultura imaterial.
_____
Resposta: Fala, crenças e artes.
- Explique por que a cultura imaterial
permanece
viva ao longo do tempo.
_____
Resposta: Porque ela é transmitida de pessoa a pessoa por meio das gerações.
- Cite três exemplos de cultura imaterial.
- Que tipo de manifestação de cultura imaterial é representado na fotografia?
Resposta: O samba de coco.
- Investigue em livros ou na internet informações sobre a manifestação cultural imaterial representada na foto. Conte aos colegas as suas descobertas.
Atenção professor: Conversar com os alunos sobre fontes de pesquisa confiáveis sobre o samba de coco. Socializar as descobertas individuais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Nesta página, os alunos são convidados a ler, interpretar e analisar um novo trecho de um texto do antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), escrito especificamente para o leitor juvenil, empregando uma linguagem informativa e com humor.
Orientar a leitura em voz alta do texto, o que contribui para a fluência em leitura oral. Verificar se os alunos compreenderam o que é cultura imaterial, destacando que a fala, as crenças e as artes a integram.
Observar coletivamente a imagem, explorando com os alunos o local em que a cena se passa, a expressão cultural retratada, as vestimentas das pessoas e as suas ações. Questionar por que a prática retratada na imagem representa um exemplo de cultura imaterial.
Orientar a tarefa de casa, organizando a investigação proposta. Solicitar aos alunos que levantem informações sobre a origem do samba de coco e a região em que essa manifestação cultural é praticada atualmente. Reserve um tempo para que eles possam apresentar os resultados da pesquisa em uma roda de conversa. Espera-se, sobretudo, que os alunos consigam identificar a permanência dessa manifestação cultural na sociedade brasileira ao longo do tempo.
Samba de coco
Dança típica das regiões praieiras é conhecida em todo o Norte e Nordeste do Brasil. Alguns pesquisadores, no entanto, afirmam que ela nasceu nos engenhos, vindo depois para o litoral. A maioria dos folcloristas concorda, no entanto, que o coco teve origem no canto dos tiradores de coco, e que só depois se transformou em ritmo dançado. Há controvérsias, também, sobre qual o estado nordestino onde teria surgido, ficando Alagoas, Paraíba e Pernambuco como os prováveis donos do folguedo. O coco, de maneira geral, apresenta uma coreografia básica: os participantes formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, respondem o coco, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo. É comum também a presença do mestre “cantadô” que puxa os cantos já conhecidos dos participantes ou de improviso. [...]
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Outro exemplo de cultura imaterial são as cantigas de roda. Elas são um tipo de canção popular, geralmente de autoria desconhecida, e são transmitidas de geração a geração acompanhando brincadeiras de roda.
- Quando solicitado pelo professor, leia a cantiga em voz alta.
Ciranda, cirandinha
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia-volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso, [nome de uma criança]
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora
Da tradição popular.
Observação: Imagem meramente ilustrativa. Fim da observação.
- O professor vai dividir a turma em grupos para brincar de roda.
- Cada grupo vai fazer uma roda, dando as mãos.
- Depois, vão girar para a direita, cantando a canção “Ciranda, cirandinha”.
- A cada volta, uma criança será escolhida para entrar no centro da roda e dizer um verso.
- A brincadeira acaba quando todas as crianças tiverem sido escolhidas.
MANUAL DO PROFESSOR
Os instrumentos mais utilizados no coco são os de percussão: ganzá, bombos, zabumbas, caracaxás, pandeiros e cuícas. Para se formar uma roda de coco, no entanto, não é necessário todos estes instrumentos, bastando às vezes as palmas ritmadas dos seus participantes. [...] Hoje os dançadores não trocam umbigadas, dançam um sapateado forte como se estivessem pisoteando o solo ou em uma aposta de resistência. [...]
GASPAR, Lúcia. Coco (dança). Pesquisa Escolar , Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://fdnc.io/e1g. Acesso em: 7 jul. 2021.
Orientar a leitura em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral. Organizar a turma em grupos e orientar a brincadeira de roda. Perguntar se eles conhecem outras cantigas de brincadeira de roda e quem os ensinou a letra, de modo que percebam a importância da tradição oral em seu cotidiano.
As brincadeiras de roda estimulam o brincar e favorecem o desenvolvimento da linguagem oral. No Brasil, há uma diversidade de brincadeiras de roda, podendo variar consideravelmente em cada região. Na internet, é possível encontrar vídeos que demonstram a execução de diferentes brincadeiras de roda, incluindo de “Ciranda cirandinha”. Reservar, se possível, um momento para mostrar aos alunos vídeos de brincadeiras de roda que sejam tradicionais nas demais regiões brasileiras, possibilitando a eles que reflitam sobre as diferenças culturais dessa manifestação popular. Propor brincar de roda de acordo com as variações regionais.
Boxe complementar:
Para leitura do aluno
De roda em roda, de Teca Alencar de Brito, da editora Peirópolis.
O livro apresenta diversas cantigas de roda, permitindo ao leitor perceber que as brincadeiras se repetem, se recriam e se renovam e, como uma grande roda, giram pelo país, unindo todos nós, apontando heranças e influências vindas de muitos pontos do planeta. O livro traz ainda um glossário – ilustrado com fotos – dos instrumentos musicais presentes nos arranjos, e outro com os termos musicais utilizados.
Fim do complemento.
MP080
CAPÍTULO 6. Os patrimônios culturais
As produções culturais consideradas significativas pelas pessoas de determinadas localidades são chamadas de patrimônios culturais.
Patrimônio
Patrimônio é tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar: são os monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os folguedos e as comidas, os saberes, fazeres e falares.
Patrimônio cultural: o que é? Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas . Disponível em: http://fdnc.io/ckx. Acesso em: 7 jan. 2021.
Glossário:
Fim do glossário.
- Localize e retire as informações do texto para responder ao que se pede.
- O que é patrimônio?
_____
Resposta: Tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar.
- Cite três exemplos de patrimônio.
_____
Atenção professor: Os alunos deverão registrar três exemplos, entre: os monumentos e as obras de arte, as festas, as músicas e as danças, os folguedos e as comidas, os saberes, os fazeres e os falares, conforme o texto. Fim da observação.
- O que é patrimônio?
- Marque as alternativas que correspondem à importância da preservação dos patrimônios.
( ) Manter viva a memória de uma cidade ou país, ou seja, de uma comunidade.
( ) Deve ser preservado para as futuras gerações.
( ) Não cuidar dos patrimônios.
Respostas corretas: Manter viva a memória de uma cidade ou país, ou seja, de uma comunidade. Deve ser preservado para as futuras gerações.
MANUAL DO PROFESSOR
A BNCC no capítulo 6
Unidade temática
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município.
Objeto de conhecimento
• Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive.
Habilidade
• EF03HI04: Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Este capítulo aproxima-se da Competência Geral 3 ao incentivar os alunos a valorizar diversos patrimônios brasileiros enquanto manifestações artísticas e culturais. Aproxima-se, também, da Competência Específica 3 das Ciências Humanas ao identificar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, com ideias que contribuam para a transformação cultural de modo a participar das dinâmicas da vida social; bem como da Competência Específica 4 de História, estimulando os alunos a identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos.
Fim do complemento.
Fazer uma leitura dialogada do texto, por meio de questões mediadoras: Qual o sentido da palavra patrimônio? E qual é o significado de patrimônio cultural? Vocês conhecem algum patrimônio cultural? Espera-se que os alunos sejam capazes de responder às questões, concluindo que patrimônio é um conjunto de bens e, portanto, patrimônio cultural significa um conjunto de bens culturais de um povo. Os alunos devem ser capazes de mencionar alguns exemplos, como os já estudados até o momento: samba de coco, cantiga popular etc.
O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas
A Constituição Federal de 1988, ao introduzir uma listagem de categorias de patrimônio cultural, inclui o patrimônio intangível, caracterizado mais por processos do que por produtos, como formas de expressão, modos de criar, fazer viver, os quais, porém, se examinarmos mais de perto, pressupõem múltiplos suportes sensoriais, incluindo o corpo. Os constituintes talvez nem tivessem consciência de que, desse modo, estavam incluindo o corpo como partícipe do patrimônio cultural! O “saber-fazer”, por exemplo, não é um conhecimento abstrato, conceitual, imaterial, filosófico ou científico, mas um conhecimento corporificado. Os especialistas falam de uma memória-hábito ou memória corporificada [...]. É a memória que nos permite guiar um veículo ou andar de bicicleta como se fossem ações geneticamente previstas em nosso programa biológico. [...]
MP081
Um dos tipos de patrimônio que pode existir em uma localidade é o patrimônio cultural de valor arqueológico. Um exemplo desse patrimônio são os registros rupestres, feitos por seres humanos principalmente na superfície de rochas.
- O que foi representado nessas pinturas rupestres?
_____
Resposta: Seres humanos e animais.
- Na sua opinião, por que esses registros rupestres são considerados patrimônio?
_____
Atenção professor: Espera-se que os alunos reflitam sobre a importância desses registros para o conhecimento do modo de vida das pessoas que os produziram. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
[...] falar e cuidar de bens culturais não é falar de coisas ou práticas em que tenhamos identificado significados intrínsecos, próprios das coisas em si, obedientemente embutidos nelas, mas é falar de coisas (ou práticas) cujas propriedades, derivadas de sua natureza material, são seletivamente mobilizados pelas sociedades, grupos sociais, comunidades, para socializar, operar e fazer agir suas ideias, crenças, afetos, seus significados, expectativas, juízos, critérios, normas, etc.,etc. – e, em suma, seus valores. [...]
MENESES, Ulpiano T. B. de. O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas. I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural . Brasília: Iphan, 2009. p. 30-31. Disponível em: http://fdnc.io/e1h. Acesso em: 3 jun. 2021.
Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos o que é patrimônio arqueológico. Orientar coletivamente a observação das imagens e a leitura da legenda e, em seguida, realizar as seguintes questões aos alunos: O que está sendo retratado em cada cena? Quais as cores utilizadas no registro das cenas? Quem deve ter feito esses registros? Por que esses registros devem ter sido feitos? E qual é a importância de preservá-los?
Retomar os estudos realizados acerca das fontes históricas, relembrando aos alunos que há diferentes fontes que servem de referências para a pesquisa historiográfica. Perguntar como os seres humanos anotavam informações quando não existia a escrita. Problematizar os registros rupestres e levar os alunos a compreender que são formas gráficas desenvolvidas pelos seres humanos que viveram há milhares de anos para a comunicação e expressão. Esses registros representam diversos aspectos da vida dos nossos antepassados e dão pistas sobre essas populações.
MP082
Patrimônio histórico
Outro tipo de patrimônio cultural que pode estar presente nas localidades é o patrimônio histórico.
Patrimônio histórico
[...] é um bem cultural que simboliza a formação de um povo e carrega testemunhos de sua história. As relações entre passado e presente e as mudanças ocorridas em uma cidade ao longo do tempo [...] são representadas no centro histórico, nos [...] arquivos históricos, jardins, parques, praças e artefatos de época podem ser considerados patrimônios históricos por sua importância como documentos de uma época.
Paula Takada, Janaina Castro, Paula Nadal e Denise Pellegrini. É hora de valorizar nosso patrimônio cultural. Revista Nova Escola , 1º ago. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/e1i. Acesso em: 7 jan. 2021.
Glossário:
Fim do glossário.
- Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
- O que é patrimônio histórico?
_____
Resposta: É um bem cultural que simboliza formação de um povo.
- Por que patrimônios históricos são importantes?
_____
Resposta: São importantes porque carregam consigo os testemunhos da história de um povo.
- O que é patrimônio histórico?
- Liste os exemplos de patrimônio histórico citados no texto.
_____
Resposta: Arquivos históricos, jardins, parques, praças e objetos.
MANUAL DO PROFESSOR
Solicitar aos alunos, antes de iniciar o trabalho com os recursos didáticos desta página, que expliquem o significado de patrimônio cultural e mencionem o tipo de patrimônio estudado anteriormente. Espera-se que além de serem capazes de retomar e expressar oralmente o sentido de patrimônio cultural, os alunos também consigam mencionar o patrimônio arqueológico.
Realizar a leitura compartilhada do texto “Patrimônio histórico”. Solicitar aos alunos que grifem o significado de patrimônio histórico e circulem os exemplos que são apresentados no texto. O desenvolvimento dessas técnicas de leitura contribui para a localização e a identificação de informações, auxiliando os alunos na compreensão do texto e na construção das respostas das atividades.
Orientar a observação da imagem apresentada na página, explorando os elementos que a compõem: o calçamento de pedras, os tipos de construção, o que indica que as construções são de outro tempo, possibilitando aos alunos a comparação entre o tempo presente e o passado, bem como o levantamento de outras informações.
Participação popular e preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro
O Patrimônio Cultural é uma importante chave política e social de reconhecimento e proteção de elementos culturais das diversas formas de existir que constituem cada canto do Brasil e que dizem respeito às suas memórias e vínculos de identidade.
Tombamento e registro são apenas instrumentos políticos que o Estado criou para reconhecer e proteger alguns dos bens culturais que existem e constituem o nosso país.
Contudo, antes do reconhecimento estatal, é fundamental que as comunidades e os grupos sociais consigam olhar para si e descobrir quais referências, práticas, símbolos, rituais, ícones e relações culturais as definem como um grupo social diferente de outros.
MP083
A sociedade e os governantes têm a responsabilidade de preservar os patrimônios históricos das localidades. Mas isso nem sempre ocorre, como nos informa a reportagem a seguir.
Ponte dos Boiadeiros
Uma ponte caiu na tarde desta segunda-feira (31) em Três Corações (MG). A Ponte dos Boiadeiros, inaugurada em 1924, era considerada patrimônio histórico do município. Ela foi criada para que as boiadas passassem, evitando que fossem por dentro da cidade. [...]
“Esse é o nosso patrimônio mais antigo, iria completar cem anos daqui há quatro anos. Uma história que deveria ser preservada. [...]”, lamentou o artista plástico, Fernando Ortiz.
Ponte tombada pelo patrimônio histórico desaba em Três Corações. Portal G1 , 1º set. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/e1j. Acesso em: 7 jan. 2021.
- Registre informações sobre o patrimônio citado na reportagem na ficha a seguir.
Nome do patrimônio: _____
Resposta: Ponte dos Boiadeiros.
Local onde estava: _____
Resposta: No município de Três Corações, estado de Minas Gerais.
Qual era a sua função original: _____
Resposta: Facilitar a travessia das boiadas.
O que aconteceu com o patrimônio: _____
Resposta: Ele desabou.
- Por que o artista plástico lamentou o acontecimento?
_____
Resposta: Porque a ponte era o patrimônio mais antigo da cidade e, por isso, devia ser preservada.
MANUAL DO PROFESSOR
Olhar para si, sob essa perspectiva, significa também olhar para o outro, olhar para fora, reconhecer as diferenças socioculturais, compreender que é possível viver de formas distintas e conviver.
Ao tratar da valorização e proteção daquilo que é culturalmente significativo para cada grupo social e comunidade, o conceito de patrimônio cultural traz para a educação uma oportunidade transdisciplinar capaz de gerar pontes entre o mundo escolar e seu entorno.
Identificar as referências culturais e compreendê-las no espaço e no tempo pode ser um exercício coletivo que altera a visão e o entendimento sobre seu lugar e sua comunidade, fortalecendo assim os vínculos de identidade e pertencimento e estimulando a memória coletiva.
SIVIERO, Fernando. Patrimônio Cultural: para reconhecer e valorizar. Carta Capital , 31 ago. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/e1k. Acesso em: 10 jun. 2021.
Fazer a leitura do texto e conversar com os alunos sobre o gênero textual reportagem, destacando algumas de suas características: o título (“Ponte dos Boiadeiros”); a descrição do fato ocorrido identificando o local (uma ponte considerada patrimônio histórico desabou no município de Três Corações, MG) a data (2020); a pessoa entrevistada (Fernando Ortiz); publicação em mídia impressa ou digital (site do Portal G1). A decodificação estrutural da reportagem contribui para que os alunos localizem e recuperem mais facilmente as informações, realizando o processo de compreensão de texto.
Atividade complementar
Propor aos alunos, caso julgue oportuno, que pesquisem informações sobre um patrimônio histórico do bairro em que se localiza a escola e utilizem as informações levantadas para a elaboração de uma produção de escrita: uma reportagem jornalística que descreva a situação atual desse patrimônio.
MP084
Explorar fonte histórica material
A forma de calçamento das ruas também pode ser considerada patrimônio histórico, como a descrita no texto a seguir.
As ruas com pedras brutas
As ruas de nossas cidades antigamente eram calçadas com pedras brutas. [...]
O calçamento era necessário para evitar que as tropas com suas carroças, mulas e cavalos abarrotadas de ouro, diamantes, café e gêneros alimentícios, atolassem em dias de chuva ou levantassem poeira, em dias de estiagem, o que incomodava os moradores dos casarões e pedestres.
Por que as ruas calçadas com pedra são chamadas de “pé de moleque”. TV Minas , 14 maio 2020. Disponível em: http://fdnc.io/e1m. Acesso em: 27 jan. 2021. (Título adaptado.)
Glossário:
Fim do glossário.
- Segundo o texto, por que as ruas eram calçadas com pedras brutas?
_____
Resposta: Para evitar que as tropas, transportando ouro e mantimentos por meio de carroças, mulas e cavalos, atolassem em dias de chuva ou levantassem poeira em dias de estiagem.
- Investigue no seu município se há calçamentos de ruas que são patrimônio histórico.
_____
Resposta: No Brasil, há vários municípios que preservam o seu calçamento como patrimônio histórico. Os alunos deverão investigar se há alguma rua em seu município com esse tipo de calçamento.
MANUAL DO PROFESSOR
Fonte histórica material: calçamento das ruas
O conteúdo apresentado permite aos alunos perceber que técnicas e modelos de calçamento de rua também constituem o conjunto de bens que compõem o patrimônio histórico.
Retomar os registros feitos no quadro Primeiros contatos, na abertura da unidade, em que os alunos foram convidados a observar e levantar hipóteses sobre as construções e o calçamento de uma cidade histórica. Mostrar para eles os registros com suas reflexões iniciais – realizadas antes de serem apresentados aos conceitos e processos do campo patrimonial – para que confrontem com os conhecimentos que foram aprendidos com base no percurso formativo realizado nas aulas anteriores.
Fazer a leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos como algumas ruas brasileiras eram calçadas antigamente e as vantagens desse calçamento em relação às ruas de terras
Orientar na observação coletiva da fotografia da cidade de Paraty. Solicitar aos alunos que verifiquem se no bairro ou município onde moram existem construções com a mesma arquitetura e ruas com o mesmo tipo de calçamento observados na paisagem da cidade de Paraty.
Patrimônio arquitetônico, paisagístico e urbanístico
Os bens culturais construídos no passado da cidade não são, pois, uma permanência estática do espaço tempo. Um velho casarão ou uma velha rua se renovam a cada modificação do seu entorno, ganhando novas funções, novos significados, novos sentidos. Ao mesmo tempo que se modificam sob a dinâmica do entorno, não perdem as características que os distinguem como signos ativos. Sua existência como signos não é estática: não são um casarão e uma rua imóveis no tempo, símbolos estáticos do passado urbano. São espaços vivos por onde flui a continuidade entre o passado, o presente e o futuro.
MP085
Há cerca de cento e cinquenta anos, algumas ruas de cidades brasileiras foram calçadas com blocos de pedra de seis faces, chamados paralelepípedos. Conheça, a seguir, o caso do município de São José do Rio Pardo, no estado de São Paulo.
Ruas de paralelepípedos
Uma lei proíbe que essas ruas [de paralelepípedos] sejam pavimentadas, mas alguns moradores gostariam que as ruas recebessem asfalto [...].
“Eu sou completamente a favor, tem que pavimentar porque é muita buraqueira. Logo o carro está todo arrebentado”, disse o comerciante Ceir [...].
“[...] Pelo nosso patrimônio histórico eu sou contra a pavimentação. Deveria ser consertado de uma maneira que fosse preservada a história da cidade”, destacou [...] Leopoldo [...].
EPTV 2. Projeto de lei para pavimentar ruas com paralelepípedos gera polêmica em São José do Rio Pardo. Portal G1 – São Carlos e Araraquara , 6 nov. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/e1n. Acesso em: 27 jan. 2021.
- Sobre o texto, responda às questões a seguir.
- Que argumento é utilizado pelo entrevistado a favor da pavimentação com o asfalto?
_____
Resposta: O entrevistado argumenta que é preciso resolver o problema dos buracos, que arrebentam os carros.
- E que argumento é utilizado pelo entrevistado que é contra essa pavimentação?
_____
Resposta: O outro entrevistado argumenta para manter os paralelepípedos, pois estes fazem parte do patrimônio e da história da cidade.
- Que argumento é utilizado pelo entrevistado a favor da pavimentação com o asfalto?
MANUAL DO PROFESSOR
Não devem ser vistos tratados e compreendidos como sobrevivências, transformados em simulacros de um momento urbano superado, em monumentos fúnebres de um espaço e de um tempo desaparecido. São bens culturais vivos e pulsantes no processo de desenvolvimento urbano em movimento. São signos ativos como todos os demais que compõem o repertório urbano. [...]
FREIRE, Júlio de Lamonica. Por uma poética popular da Arquitetura . Cuiabá: EdUFMT, 1997. p. 133.
Orientar os alunos a ler silenciosamente o texto desta página, com o intuito de trabalhar a compreensão de texto, um dos componentes de trabalho indicados na Política Nacional de Alfabetização (PNA). Solicitar, na sequência, que expressem oralmente a ideia central apresentada nele. Nesse exercício, avaliar se os alunos foram capazes de ressaltar a ideia central, que se refere ao calçamento de ruas com paralelepípedo, demonstrando também compreensão global do texto. Verificar se os alunos conseguem reconhecer que o texto apresenta, também, um embate entre os moradores que são a favor da substituição desse tipo de calçamento e os que são contrários à substituição, destacando os argumentos apresentados por cada entrevistado.
Atividade complementar
Propor aos alunos a produção coletiva de uma carta reivindicatória, promovendo um espaço para que exercitem a atuação na vida pública e desenvolvam habilidades que estimulem a prática cidadã e a produção de escrita. Os alunos devem produzir uma carta endereçada ao poder público local reivindicando a manutenção e a preservação de um patrimônio histórico do município em que vivem. Para a construção de repertório, apresentar modelos de cartas de reivindicação, identificando as partes desse tipo de texto (cabeçalho, apresentação dos alunos, descrição do problema, propostas de encaminhamento, conclusão e assinatura). Se possível, efetivar o envio da carta ao destinatário.
MP086
Patrimônio imaterial
As manifestações culturais imateriais também podem ser consideradas patrimônio de determinado local.
Diversas origens
As “Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Antiga Pelotas”, no Rio Grande do Sul, foram declaradas nesta terça-feira (15) patrimônio imaterial do Brasil [...] Dentre os doces, divididos entre finos e coloniais, estão a marmelada, o quindim, a pessegada, o camafeu e o figo em calda. [...]
De origem majoritariamente portuguesa, os doces também têm influência da imigração de africanos, alemães, franceses e espanhóis.
Anderson Hartman. Doces de Pelotas (RS) são declarados patrimônio imaterial brasileiro. Gazeta do Povo , 16 maio 2018. Disponível em: http://fdnc.io/e1o. Acesso em: 8 jan. 2021.
- Localize e retire as informações do texto para responder às questões a seguir.
- O que foi declarado patrimônio imaterial do Brasil?
_____
Resposta: As Tradições Doceiras da região de Pelotas e antiga Pelotas.
- Que grupos influenciaram a criação desse patrimônio imaterial?
_____
Resposta: Portugueses, africanos, alemães, franceses e espanhóis.
- O que foi declarado patrimônio imaterial do Brasil?
- Qual das fotos abaixo não representa um doce tradicional de Pelotas, no Rio Grande do Sul? Marque-a com um X .
( )
( )
( )
( )
Resposta correta: Cocada.
MANUAL DO PROFESSOR
Retomar com os alunos as noções de cultura material e imaterial, solicitando que citem exemplos representativos de cada um. Estabelecer na lousa uma relação de continência entre os termos cultura material/patrimônio material e cultura imaterial/patrimônio imaterial. Com base no desenho, os alunos devem concluir que todo patrimônio material está contido no conjunto representado pela cultura material, e, por sua vez, que todo patrimônio imaterial está contido no conjunto da cultura imaterial.
Apresentar, em seguida, os doces tradicionais citados na reportagem. Incentivar os alunos, após a leitura do texto, a relacionar as informações da reportagem com a preservação da memória e a noção de patrimônio imaterial. Socializar a compreensão que os alunos tiveram do texto.
Atividade complementar
Propor aos alunos que, em grupos, pesquisem e selecionem livros que tratem de manifestações da cultura imaterial. Na sequência, deverão listar as manifestações identificadas e registrar no caderno informações sobre elas. Alguns dados que podem ser levantados: origem, influências, onde ocorrem etc.
Organizar uma roda de conversa para que os alunos possam socializar suas descobertas.
Boxe complementar:
Tema contemporâneo transversal: educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
As atividades propostas nos capítulos desta unidade permitem aproximar os alunos de manifestações culturais imateriais influenciadas por diversos grupos – como africanos, alemães, franceses, portugueses e espanhóis – que tiveram e continuam tendo participação nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
Fim do complemento.
Catira ou cateretê
A catira ou cateretê é uma dança genuinamente brasileira. É conhecida desde os tempos coloniais. O padre José de Anchieta, entre os anos de 1563 e 1597, a incluiu na festa de São Gonçalo, de São João e de Nossa Senhora da Conceição, da qual era devoto. Teria Anchieta composto versos em seu ritmo e considerada própria para tais festejos, já que era dançada apenas por homens (MAIA, 2005).
MP087
Em cada localidade, diversas manifestações culturais podem ser consideradas patrimônio imaterial pela comunidade e pelos governantes.
Catira: patrimônio imaterial de Uberaba (MG)
A dança do catira é uma manifestação cultural presente no Brasil desde o período colonial. [...] Conforme o decreto [do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba], a tradição da cantoria, da dança e da poética permanece viva em Uberaba, passando de geração para geração, tanto na zona rural quanto na urbana.
Dança do catira e feira de arte são declaradas patrimônio cultural imaterial de Uberaba. Portal G1 Triângulo e Alto Parnaíba , 17 out. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/e1p. Acesso em: 7 jan. 2021.
- A catira é uma:
( ) receita tradicional.
( ) dança.
( ) pintura corporal.
Resposta correta: dança.
- Por que a catira foi declarada patrimônio imaterial?
_____
Resposta: Porque a tradição da cantoria, da dança e da poética permanece viva em Uberaba, transmitida de geração a geração.
- Em casa, releia o texto em voz alta para um adulto de sua convivência.
Atenção professor: Incentivar o aluno a ler em voz alta, em casa, para exercitar a leitura em outras situações. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
A Catira é praticada largamente pelos interiores do Brasil, destacando-se os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins e principalmente, o Estado de Goiás (TEIXEIRA, 2010). Está sempre presente nas Folias de Reis, nas Festas do Divino, bem como em outras ocasiões onde é requisitada (MAIA, 2005). Essa dança se desenvolve por meio de um ritmo de sapateado brasileiro semelhante a um ‘bate-pé’ ao som de palmas e violas. Pode ser exercitado somente por um grupo de homens ou também por um grupo de mulheres (TEIXEIRA, 2010).
CAMPIOLI, Carlos G. M. et al . Catira ou cateretê: dança do folclore brasileiro. IX Mostra de Extensão e Cultura da UFG . p. 1, abr. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/e1q. Acesso em: 6 jun. 2021.
Realizar uma leitura compartilhada do texto e identificar com os alunos qual é a manifestação cultural apresentada e por que ela foi declarada patrimônio imaterial, trabalhando a compreensão de texto. Abordar com os alunos especificamente as duas principais noções do fazer historiográfico: tempo e espaço. A catira, como prática cultural, estende-se em um período de longa duração (do período colonial aos dias atuais), e vem sendo executada especialmente nos estados das regiões sudeste e centro-oeste, como no município de Uberaba, no estado de Minas Gerais. Levar, se possível, um mapa político do Brasil para a sala de aula, de modo que seja possível mostrar aos alunos a região em que a catira é praticada.
MP088
RETOMANDO OS CONHECIMENTOS
Capítulos 5 e 6
Avaliação de processo de aprendizagem
Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.
- Observe as imagens a seguir e classifique-as com a
letra
que indica o tipo de patrimônio que cada uma representa.
A. Patrimônio arquitetônico
B. Patrimônio arqueológico
C. Patrimônio imaterial
Resposta: C.
Resposta: B.
Resposta: A.
- Por que é importante preservar os patrimônios representados nas imagens da questão anterior?
_____
Atenção professor: Os alunos deverão mencionar que os três tipos de patrimônio representam a história e a cultura dos moradores de determinada localidade. Fim da observação.
- Por que, em alguns municípios, as ruas de paralelepípedo não podem ser pavimentadas com asfalto? Explique.
_____
Resposta: Porque são consideradas patrimônio histórico e cultural da cidade. Esses patrimônios são protegidos por leis que proíbem a pavimentação dessas ruas com asfalto.
MANUAL DO PROFESSOR
Intencionalidade pedagógica das atividades
Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
O aluno deverá observar as fotografias para identificar e classificar o tipo de patrimônio retratado em cada uma delas.
Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
Ao solicitar que o aluno explique por que o patrimônio material (arquitetônico e arqueológico) e o patrimônio imaterial (dança) devem ser preservados, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.
Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: explicar o que é patrimônio histórico.
Espera-se que o aluno explique que existem leis que protegem e preservam bens considerados patrimônios históricos e culturais.
MP089
- Insira os títulos cultura material ou cultura imaterial de acordo com o conteúdo das fichas.
Título:
São criações culturais inventadas pelos seres humanos que não podem ser tocadas e pesadas.
Resposta: Cultura imaterial.
Título: _____
São coisas construídas pelos seres humanos e que se podem ser vistas, tocadas e pesadas.
Resposta: Cultura material.
- Observe a foto e responda: a imagem retrata um exemplo de cultura material ou imaterial? Por quê?
_____
Resposta: Material, pois as construções podem ser vistas, tocadas e pesadas.
Autoavaliação
Atenção professor: Orientar os alunos na avaliação do próprio aprendizado. Fim da observação.
Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.
Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.
- Identifiquei os patrimônios históricos e culturais?
- Reconheci a importância de valorizar e preservar os patrimônios culturais?
- Diferenciei os elementos da cultura material e imaterial?
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
O aluno deverá ler cada uma das frases, buscando identificar as definições corretas de cultural material e imaterial.
Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
Ao solicitar que o aluno analise uma imagem e identifique o que ela retrata como exemplo de cultura material, utilizando argumentos para justificar a escolha, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.
Autoavaliação
A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não cabe atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.
MP090
Comentários para o professor:
Conclusão do módulo – capítulos 5 e 6
A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 5 e 6. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados pelo professor durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Por que é importante conhecer e preservar a cultura e o patrimônio dos lugares de viver?
Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.
Verificação da avaliação de processo de aprendizagem
As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 5 e 6.
A realização dessas atividades favorece um acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.
A página MP185 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.
Superando defasagens
Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.
- Compreender a diferença entre cultura material e imaterial.
- Listar exemplos de cultura material e da cultura imaterial.
- Explicar o que é patrimônio histórico.
- Identificar exemplos de patrimônio imaterial.
Para monitorar as aprendizagens por meio desses objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno.
Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar com os alunos as definições de cultura material e imaterial e os tipos de patrimônio que foram estudados. Pode-se propor novas atividades de análise de textos e de classificação de imagens que permitam identificar importantes conceitos e temáticas trabalhados.
MP091
Introdução ao módulo dos capítulos 7 e 8
Este módulo, formado pelos capítulos 7 e 8, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, tem como objetivo abordar os marcos históricos e os registros da memória nos lugares de viver, possibilitando o desenvolvimento da habilidade EF03HI06. O trabalho com essa habilidade pretende repertoriar os alunos para o reconhecimento, a identificação e a leitura crítica de marcos históricos e de memória presentes na sociedade brasileira e no munícipio em que eles vivem.
Questão problema
Quais são os significados dos marcos históricos nos lugares de viver?
Atividades do módulo
As atividades possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF03HI05 ao oportunizar o reconhecimento de marcos históricos e dos locais de memória no cotidiano, bem como o da habilidade EF03HI06, ao viabilizar a identificação de registros de memórias e análise sobre os critérios para esses registros.
Como pré-requisito, é importante que os alunos tenham percepção de pertencimento e memória, aspectos desenvolvidos no 2ᵒ ano.
Principais objetivos de aprendizagem
- Identificar o que são marcos históricos.
- Conhecer a história de algumas vias das cidades brasileiras.
- Compreender o que são monumentos.
MP092
DESAFIO À VISTA!
Capítulos 7 e 8
Quais são os significados dos marcos históricos nos lugares de viver?
CAPÍTULO 7. Marcos históricos
Entre os locais considerados importantes pelos moradores de uma cidade, incluem-se os marcos históricos. Alguns desses marcos podem ser nomes de vias públicas, como a Ladeira Porto Geral, no município de São Paulo.
Ladeira Porto Geral
A designação “Porto Geral”, por sua vez, deve-se ao fato de que [...] nele é que atracava o maior número de canoas recheadas de mercadorias vindas dos sítios e das roças ribeirinhas e das olarias de São Bernardo. Nesse sentido, o povo passou a chamá-lo de Porto Geral, pois ele era o principal da cidade. O “Porto Geral” se tornara, pois, um centro de grande atividade comercial, apresentando-se sempre cheio de tropas e mercadores.
História das ruas da cidade de São Paulo. Dicionário de ruas . Disponível em: http://fdnc.io/e1r. Acesso em: 7 jan. 2021.
Glossário.
Ribeirinho: localizado próximo a um rio.
Olaria: local onde se fabricam tijolos, telhas e outros objetos feitos de barro ou argila.
Fim do glossário.
- Por que a via citada no texto recebeu o nome Ladeira Porto Geral?
_____
Resposta: Porque havia no local um porto, onde atracava o maior número de canoas recheadas de mercadorias, tornando-o o principal porto da cidade.
- Elabore uma pequena produção escrita, utilizando as palavras “olaria” e “ribeirinho”.
_____
Atenção professor: Os alunos deverão utilizar em seu texto as palavras com os significados do glossário. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
A BNCC no capítulo 7
Unidade temática
O lugar em que vive.
Objeto de conhecimento
• A produção dos marcos da memória: os lugares de memória (ruas, praças, escolas, monumentos, museus etc.)
Habilidade
• EF03HI06: Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Este capítulo procura se aproximar da Competência Geral 7, ao propor a argumentação com base em fatos e informações para formular e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, posicionando-se eticamente. Aproxima-se, também, da Competência Específica 3 das Ciências Humanas ao identificar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, com ideias que contribuam para a transformação cultural de modo a promover a participação nas dinâmicas da vida social; bem como da Competência Específica 4 de História, estimulando os alunos a identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos.
Fim do complemento.
Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.
Boxe complementar:
Fato de relevância mundial e nacional
Neste capítulo, a questão da expansão urbana pode ser desenvolvida por meio de relações com as discussões sobre o direito à memória nas cidades.
Durante as atividades propostas, enfatize esse aspecto do respeito e do desrespeito ao direito à memória das cidades.
Fim do complemento.
MP093
Algumas vias públicas permanecem com o mesmo nome ao longo do tempo. Outras mudam de nome várias vezes.
Acompanhe a história de uma via do município do Rio de Janeiro.
- 1567 – Rua aberta com o nome de “Desvio do Mar”, pois permitia às pessoas desviar do mar.
- 1870 – A via mudou de nome para “Rua do Ouvidor”, em homenagem a um morador que era funcionário da Justiça, exercendo o cargo de ouvidor.
- 1897 – O governo mudou o nome da via para “Rua Moreira César”, em homenagem a um militar brasileiro.
- 1910 – Por pressão da população, a via voltou a ser chamada de “Rua do Ouvidor”, nome que persiste até hoje.
- O nome “Rua Moreira César” veio antes ou depois do nome “Desvio do Mar”?
_____
Resposta: Depois.
- Por que, em 1910, a via voltou a ser chamada de “Rua do Ouvidor”?
_____
Resposta: Por pressão da população.
- Em casa, reconte a história da Rua do Ouvidor para um adulto de sua convivência.
Atenção professor: A atividade possibilita que os alunos exercitem a oralidade. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Os recursos didáticos desta página permitem exercitar habilidades relacionadas ao campo da pesquisa e do estudo em História. Fazer uma leitura compartilhada do texto com os alunos, evidenciando que ele aborda as mudanças que ocorreram no nome na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, ao longo do tempo. Organizar o trabalho de interpretação por meio de perguntas mediadoras: Qual foi o primeiro nome dessa rua? Por que ela recebeu esse nome? Em 1897, que nome essa rua recebeu? As pessoas gostaram dessa mudança? Por que a rua voltou a chamar “Rua do Ouvidor”?
Orientar a tarefa de casa de reconto, em que os alunos devem recontar para um adulto da convivência deles as informações do texto lido em classe.
Atividade complementar
Propor aos alunos que elaborem um dicionário de logradouros locais. De modo colaborativo, eles deverão listar nomes de vias públicas que são consideradas marcos históricos do bairro ou do município em que vivem. Explicar aos alunos o que é um dicionário e como ele pode ser usado. Dividir a turma em grupos e distribuir de três a cinco logradouros selecionados pelo professor para que os grupos produzam verbetes explicativos descrevendo a origem de cada nome.
MP094
Em diferentes municípios podem existir ruas com o mesmo nome.
- Qual é o nome das ruas representadas nas fotografias?
_____
Resposta: Monteiro Lobato.
- Por que você acha que todas essas ruas receberam o mesmo nome?
_____
Resposta: Para homenagear Monteiro Lobato.
Boxe complementar:
Você sabia?
Monteiro Lobato foi um importante escritor brasileiro. Nascido no município de Taubaté, no estado de São Paulo, em 1882, ele escreveu livros infantis que ficaram muito conhecidos. O escritor faleceu em 1948.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Solicitar aos alunos que observem as fotos e as respectivas legendas e propor as seguintes questões: Por que as ruas são de municípios diferentes, mas têm o mesmo nome? Por que deram esse nome para essas ruas? Registrar na lousa as hipóteses dos alunos. Levar para a sala de aula um mapa político do Brasil, de modo que os alunos possam identificar os estados.
Problematizar com os alunos a iniciativa de as pessoas nomearem ruas para homenagear outras pessoas.
Conversar sobre os critérios adotados para dar nomes às ruas, salientando a preservação da memória histórica de uma determinada localidade e a importância do nome para a comunidade local ou nacional.
Atividade complementar
Este é um bom momento para realizar uma atividade integrada com Língua Portuguesa, em torno da obra infantil de Monteiro Lobato.
Fazer uma leitura compartilhada do quadro Você sabia? sobre a vida de Monteiro Lobato, propondo aos alunos um trabalho sobre os livros infantis desse autor. Auxiliar na localização, na biblioteca da escola ou em bibliotecas públicas do seu município, de um desses livros.
Dividir a classe em grupos, atribuindo um capítulo do livro para cada grupo ler. Depois, o grupo deve apresentar o capítulo lido aos colegas, fazendo um pequeno resumo da história.
Organizar uma conversa coletiva avaliando a importância da obra lida e do autor, relacionando-a com as homenagens a ele nos nomes de ruas de diferentes municípios brasileiros.
Ruas e memória
[...] o tempo pode diluir o significado das homenagens e torná-las pouco mais do que uma placa na rua. Para que não se perca o sentido que moveu a nomeação, é imprescindível o acompanhamento permanente de outros processos de informação e educação, como o ensino de história e as festas cívicas [...].
[...]
MP095
- Orientados por seu professor, você e os colegas vão pesquisar em jornais locais, livros e na internet informações sobre uma via pública do município em que vivem. Registrem-nas a seguir.
Atenção professor: Listar com os alunos fontes de pesquisa confiáveis e combinar um prazo. No dia combinado, socializar as respostas individuais. Fim da observação.
- Tipo da via pública:
( ) rua
( ) avenida
( ) outra
- Nome atual da via pública: _____
- Origem do nome:
( ) personagem histórico
( ) ex-morador do bairro
( ) esportista ou artista
( ) outro
- A via teve outros nomes anteriormente?
( ) Sim. Quais? _____
( ) Não.
- Tipo de calçamento da via pública:
Quadro: equivalente textual a seguir.
Quando a via foi inaugurada
Atualmente
( ) terra
( ) pedras brutas
( ) paralelepípedo
( ) asfalto
( ) terra
( ) pedras brutas
( ) paralelepípedo
( ) asfalto
- Com base na investigação, responda: a via pública pesquisada mudou muito desde que foi inaugurada? Por quê? _____
- Tipo da via pública:
Atenção professor: Os alunos poderão citar as várias opções investigadas, entre a inauguração da via pública e o momento atual: mudança de nome, do tipo de calçamento, entre outras que tenham surgido no decorrer da investigação. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Se é possível identificar atitudes universais nessa estratégia de nomear ruas, é necessário perceber seu entrelaçamento com as experiências locais. A perpetuação da história oficial pode ser verificada na denominação das vias públicas de todo o Brasil, mas as cidades, onde o batismo efetivamente ocorre, costumam imprimir, por conta de sua própria história, contornos específicos a esse processo. Analisar a organização dos nomes de rua de uma cidade é aferir dimensões significativas de sua relação com a história.
DIAS, Reginaldo B. A História além das placas: os nomes de ruas de Maringá (PR) e a memória histórica. História & Ensino . Londrina, v. 6, p. 103-105, out. 2000. Disponível em: http://fdnc.io/e1s. Acesso em: 10 jun. 2021.
Orientar os alunos na escolha da via pública que será pesquisada. Disponibilizar referências para a pesquisa, como livros, sites, jornais e revistas.
Auxiliar na seleção das informações mais importantes do conteúdo pesquisado para fazer as atividades. Propor que pesquisem imagens retratando a via pública em diferentes períodos, para facilitar a comparação e a identificação das mudanças e permanências ao longo do tempo.
Caso julgue oportuno, a atividade pode ser utilizada para aferição do desenvolvimento das aprendizagens pelos alunos, pois mobiliza diferentes habilidades trabalhadas ao longo da unidade, tais como: pesquisa, seleção de informações, relação de conceitos e processos, recuperação de informação e prática de escrita.
MP096
Tempo, tempo...
As cidades podem ter diversos marcos que fazem parte da história dos seus moradores, como as antigas estações ferroviárias.
- Preencha a ficha com informações sobre o prédio da foto.
Ano de construção: _____
Resposta: 1912.
Qual era a função dele: _____
Resposta: Estação ferroviária.
Onde ele está localizado: _____
Resposta: Na cidade de Crateús, estado do Ceará.
- Imagine que você foi a essa estação ferroviária se despedir de algum parente ou amigo que viajou de trem. Elabore uma produção escrita contando como foi essa despedida, incluindo personagens reais ou fictícias. Dê um título ao texto.
Título: _____
Atenção professor: Orientar a criação do texto, retomando com os alunos as informações sobre as estações ferroviárias. Retomar também com eles alguns elementos que constam em uma narrativa, como a sequência da história, as personagens, entre outros. Instigar a criatividade de imaginar a si mesmo como personagem na situação narrada. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Noções temporais: anterioridade e posterioridade
Ao abordar o papel de uma estação ferroviária por meio da perspectiva patrimonial, a seção permite explorar com os alunos a importância das ferrovias na constituição da história, da memória e da identidade de alguns municípios brasileiros. A história das linhas férreas, no Brasil, está atrelada ao início do processo de industrialização e do desenvolvimento da indústria cafeeira, sendo marcante para os hábitos do cotidiano no período. Diversos municípios têm a origem relacionada às estações ou linhas férreas.
Estabelecer vínculos entre marcos históricos e história local, ressaltando a necessidade de preservação e divulgação da memória da localidade.
Encaminhar a observação da imagem, identificando com os alunos: local, tipo de construção, data da construção.
Conversar com os alunos sobre os possíveis motivos de a estação ferroviária de Crateús ter sido preservada após o fim da circulação de trens de passageiros: ela passou a ter outra função e/ou ela foi considerada pela comunidade local como patrimônio histórico, devendo, portanto, ser preservada.
Orientar na atividade de compreensão de texto, em que os alunos devem localizar e retirar informações da legenda da imagem, e na atividade de produção de escrita, conversando com eles sobre as informações que devem constar e a forma de organizar o texto.
Preservação e desenvolvimento
[...] o centro histórico de uma cidade é por definição um lugar central relativamente à restante área construída, sendo definido pelo seu “poder de atração sobre os habitantes e turistas, como foco polarizador da vida económica e social” [...]. Este núcleo corresponde assim ao centro funcional tradicional das cidades, o qual apesar de ter perdido alguma atratividade, tendo-se tornado menos acessível que outras áreas novas, “permanecerá sempre como a parte antiga da cidade, e isso explica que o elemento mais marcante de um centro histórico na atualidade seja a sua imagem simbólica” [...].
MP097
- Leia a reportagem a seguir e, depois, faça desenhos representando as formas de transporte em Crateús em cada época.
Diário do Nordeste
12 de dezembro de 2012
Estação ferroviária de Crateús
E m Crateús, “quando o trem chegou [...] veio impulsionar o comércio, a exportação de produtos, o transporte de gado e outros animais através dos vagões do trem cargueiro [...] e passamos a contar com um transporte regular de passageiros [...] todo mundo demonstrava gosto pelas viagens através da ferrovia”, relembra o historiador Flávio Machado.
O historiador recorda que antes da ferrovia a vida na pequena cidade era bem diferente. Tudo muito lento e as viagens eram realizadas com extrema dificuldade. “Os transportes eram feitos em lombos de animais e muitas vezes duravam meses, dependendo das distâncias.”
Silvana Claudino. Estação ferroviária de Crateús festeja centenário. Diário do Nordeste, 12 dez. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/e1t. Acesso em: 11 jan. 2020.
Antes
_____
Atenção professor: Espera-se que os alunos representem o transporte realizado em lombos de animais. Fim da observação.
1912
Inauguração da estação ferroviária em Crateús
Depois
_____
Atenção professor: Espera-se que seja representado o uso de transporte ferroviário. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
De fato, “numa cidade, qualquer que seja a sua dimensão, há sempre uma área mais sensível e que melhor traduz o próprio valor da cidade” [...], o centro histórico, a área “em que as funções se sobrepõem e sobretudo o lugar em que se desenrolam as atividades vistas como sendo particularmente importantes, aquelas que se situam ao nível hierárquico mais elevado”, para além de ser “o lugar simbólico por excelência, o da história e da memória coletiva” [...]. Este simbolismo das áreas históricas justifica-se pelo fato de o que resta das cidades pré-industriais [...] é “preponderante não só como suporte de tudo o resto, como sinal de identificações dos lugares e referência da imaginação coletiva, mas também como aglomerado dos bens culturais” [...].
SEBASTIÃO, Ana S. C. Centros históricos : evolução de paradigmas e desafios futuros. Relatório de estágio de mestrado. Gestão do Território e Urbanismo. Universidade de Lisboa. Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, 2010, p. 20-21. Disponível em: http://fdnc.io/e1u. Acesso em: 11 jun. 2021.
Incentivar os alunos a estabelecer relações entre o marco histórico, a estação ferroviária e as atividades cotidianas existentes na cidade no período abordado pelo historiador.
Solicitar que identifiquem a importância da conservação da ferrovia para a preservação da memória da cidade de Crateús.
Orientar os alunos a realizar a atividade proposta, ressaltando a importância do desenho como instrumento de preservação da memória de um determinado espaço e de uma determinada época. A atividade também possibilita trabalhar com as noções de anterioridade/posterioridade, a partir de uma dada referência, permitindo aos alunos selecionar os acontecimentos históricos no cotidiano dos moradores.
Apresentar, se for possível, um mapa aos alunos, localizando a cidade de Crateús e/ou acessar o site do município, para obter mais informações sobre ele.
MP098
Os monumentos como marcos históricos
Outros marcos históricos são os monumentos, que podem ser definidos como bens que representam personagens ou fatos considerados significativos para a comunidade. Porém, esses monumentos podem gerar polêmicas entre moradores, como citado na reportagem a seguir.
Atenção professor: Devido ao momento de alfabetização, seguimos a grafia atual para o nome do jornal. Fim da observação.
Correio Brasiliense
26 de dezembro de 2017
Monumento do Periquito poderá ser transferido de local
LEGENDA: Monumento do Periquito, no município de Gama, no Distrito Federal. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.
O monumento do Periquito, instalado na entrada do Gama, [...] poderá ser transferido para outro local. [...] Mais do que um monumento [...], a obra reverencia o time de futebol local, a Sociedade Esportiva do Gama [...].
A fim de resolver se a transferência do monumento será feita, a Administração Regional do Gama está em contato com a família do arquiteto Ariomar [da Luz Nogueira, autor do monumento] para analisar a possibilidade. Caso os familiares concordem, será realizada uma consulta pública para que a comunidade gamense decida se o Periquito permanece ou não pousado onde está, desde o ano da sua inauguração.
Sarah Peres. Monumento do Periquito, no Gama, poderá ser transferido de local. Correio Brasiliense, 26 dez. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/e1v. Acesso em: 11 jan. 2021.
- Qual é o nome do monumento e o que ele homenageia?
_____
Resposta: Monumento do Periquito, e homenageia o time de futebol local.
- Quem decidiria se o monumento seria transferido ou não do local onde estava?
_____
Resposta: Os familiares do autor do monumento e a comunidade do Gama.
MANUAL DO PROFESSOR
Fazer uma leitura dialogada do texto, propondo perguntas durante a leitura dos alunos. Essas perguntas devem permiti-los identificar os elementos a seguir: o local e a data em que foi feita a reportagem (município de Gama, no Distrito Federal, em 2017); o nome do monumento (monumento do Periquito); o que ele homenageia (Sociedade Esportiva do Gama); o que pode acontecer com o monumento (ser transferido de local) e quem vai decidir (familiares do autor e a população do município).
Orientar individualmente nas atividades em que os alunos devem localizar e retirar informações do texto sobre o monumento do Periquito, procedimento que facilita a compreensão de texto.
História e memória
A questão da memória impõe-se por ser a base da identidade, e é pela memória que se chega à história local. Além da memória das pessoas, escrita ou recuperada pela oralidade, existem “lugares da memória”, expressos por monumentos, praças, edifícios públicos ou privados, mas preservados como patrimônio histórico. Os vestígios do passado de todo e qualquer lugar, de pessoas e de coisas, de paisagens naturais ou construídas tornam-se objeto de estudo.
[...]
MP099
Explorar fonte histórica oral
Leia as opiniões de moradores da região administrativa do Gama, no Distrito Federal, sobre a mudança de local do monumento do Periquito.
Douglas
O monumento é para o Gama o que o Pão de Açúcar é para o Rio de Janeiro. Ele deve permanecer ali. [...]
Douglas Alves da Silva, 20 anos, vendedor.
Marilda
[...] o monumento ficou muito escondido. Acho que poderia ser colocado na saída norte da cidade. É o único lugar disponível para que ficasse visível.
Marilda Soares, 77 anos, aposentada.
Sebastião
Lembro-me da satisfação do povo com a inauguração da escultura e o que representava para a cidade. O periquito deve continuar na entrada do Gama, pois sempre esteve lá. [...]
Sebastião de Souza, 80 anos, aposentado.
Oriencio
Se não está mais exercendo a sua função, que é de identificar a cidade, precisa ser transferido. Poderia ir para o viaduto que tem escrito “Bem-vindo ao Gama”.
Oriencio Marcelino de Souza Filho, 46 anos, servidor público.
Sarah Peres. Monumento do Periquito, no Gama, poderá ser transferido de local. Correio Brasiliense , 26 dez. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/e1v. Acesso em: 11 jan. 2021.
- Quais são os argumentos dos moradores que defendiam que o monumento
fosse
mantido onde estava?
Resposta: “O monumento é para o Gama o que o Pão de Açúcar é para o Rio de Janeiro”; “Lembro-me da satisfação do povo com a inauguração da escultura e o que representava para a cidade”.
- Quais são os argumentos dos moradores que defendiam que o monumento fosse transferido para outro local?
Resposta: “Se não está mais exercendo a sua função, que é de identificar a cidade, precisa ser transferido” e “o monumento ficou muito escondido. Acho que poderia ser colocado na saída norte da cidade”.
MANUAL DO PROFESSOR
A memória, entretanto, não pode ser confundida com a história, como advertem vários historiadores. As memórias precisam ser evocadas e recuperadas e merecem ser confrontadas. As dos velhos e de pessoas que ainda estão no setor produtivo ou as de homens e mulheres nem sempre coincidem, mesmo quando se referem ao mesmo acontecimento. Mas nenhuma memória, individual ou coletiva, constitui a história. A história “consiste na escolha e construção de um objeto, operação que pode dar-se a partir de evocações de lembranças” (Le Goff, 1988, p. 109), e exige, na análise das memórias, um rigor metodológico na crítica e na confrontação com outros registros e testemunhos.
BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de História : fundamento e métodos. São Paulo: Cortez, 2008. p. 169-170.
Fonte histórica oral: depoimentos
A atividade proposta permite aos alunos interpretar quatro depoimentos, compreendendo as opiniões dos moradores do município de Gama sobre a transferência de local de um monumento que é significativo para a comunidade.
Promover a leitura coletiva do texto introdutório da seção e dos depoimentos apresentados. Interpretar os textos com os alunos, relacionando elementos da leitura com as questões a seguir: Qual foi a intenção de Douglas ao comparar o monumento ao Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro? De acordo com Sebastião, como foi a inauguração da escultura? Para Marilda, o monumento deveria ficar em que lugar da cidade? Por quê? Para Oriencio, qual é a função desse monumento?
Conversar com os alunos sobre a participação da população do município de Gama na definição do monumento como um marco da história e um registro da memória e da identidade da cidade.
Orientar a atividade em que os alunos deverão interpretar e relacionar os depoimentos, identificando os argumentos contrários e favoráveis à transferência de local da estátua.
MP100
Monumentos e homenagens
Em muitas cidades há monumentos homenageando pessoas consideradas importantes para a comunidade.
- Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.
Estátua de Carlos Drummond de Andrade
Monumento de bronze símbolo da cidade do Rio de Janeiro, a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade deve ganhar novos óculos. [...]
Já roubada nove vezes, a peça será recolocada durante cerimônia nesta terça-feira, 26, a partir das 11 horas. [...]
Mais que homenagear o contista e cronista brasileiro, a ação tem como intuito alertar as pessoas, turistas ou não, para o cuidado com o patrimônio público.
Estátua de Carlos Drummond de Andrade ganha óculos pela décima vez. O Povo Online , 25 jan. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/e1w. Acesso em: 11 jan. 2021.
- De acordo com a notícia, o monumento em homenagem a Drummond tem sido adequadamente preservado? Explique.
_____
Resposta: Não, pois uma peça que faz parte do monumento (os óculos) já foi roubada nove vezes.
- Em sua opinião, o que poderia ser feito para mudar essa situação?
_____
Atenção professor: Espera-se que os alunos proponham soluções como a conscientização da população, maior vigilância sobre o monumento, entre outras. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Observar a imagem coletivamente e solicitar aos alunos que identifiquem a localização do monumento.
Fazer a leitura compartilhada da notícia e problematizar o fato de o monumento a Carlos Drummond de Andrade ter sido vandalizado. Enfatizar a necessidade da participação dos moradores da localidade para a preservação dos marcos históricos. Anotar na lousa a opinião dos alunos.
As atividades permitem aos alunos refletir sobre uma fonte material (um monumento em homenagem a Carlos Drummond de Andrade), relacionando-a com as noções de marco histórico e de registro da memória das cidades. Orientar a ação dos alunos de localizar e retirar informações do texto, um dos procedimentos ligados à compreensão de texto.
Preservação e bem-estar social
A depredação dos bens patrimoniais e culturais é uma questão preocupante, e não pode continuar acontecendo sob as vistas da sociedade, sem que nada seja feito. Apesar de a legislação brasileira ser bastante ampla e de boa qualidade, ainda não se efetiva na prática [...].
Portanto, para a preservação do patrimônio cultural será necessário ações concretas de proteção, de forma que é fundamental que cada indivíduo tenha ciência da importância do seu patrimônio e como protegê-lo. Além de ter conhecimento sobre os mecanismos administrativos e legais a serem utilizados para este fim.
MP101
Boxe complementar:
Investigue
Atenção professor: Orientar a investigação proposta, listando com os alunos monumentos significativos. Em seguida, dividir a turma em grupos e deixar que cada grupo escolha o monumento que vai investigar, conversando sobre as fontes de pesquisa confiáveis e definindo um prazo. No dia combinado, socializar as respostas individuais. Fim da observação.
- Com a ajuda do professor, você e os colegas vão escolher um monumento do município em que vivem. Consultem informações sobre esse monumento e registrem-nas a seguir.
- Nome do monumento: _____
- Ano em que foi construído: _____
- Nome do artista que o criou: _____
- Local onde está o monumento:
( ) praça
( ) canteiro de rua ou avenida
( ) outro
- Personagem que foi representada:
( ) escritor
( ) esportista
( ) político
( ) outro
- Material de que é feito o monumento:
( ) bronze
( ) ferro
( ) concreto
( ) outro
- Agora, converse com um adulto de sua convivência sobre as questões a seguir e registre as respostas obtidas.
- Qual é o seu nome? _____
- Qual é a sua idade? _____
- Há quantos anos mora no município? _____
- Na sua opinião, o monumento pesquisado é significativo para a população do município? Por quê?
_____
- Conte aos colegas as suas descobertas sobre o monumento pesquisado e ouça as deles. Na sequência, o professor vai organizar um levantamento das opiniões dos adultos entrevistados por todos os alunos e compartilhá-las com a turma.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
É através de trabalhos de pesquisa e de educação patrimonial que a comunidade terá acesso ao conhecimento do seu passado, para que a partir de então aprenda a valorizar e respeitar o seu passado, bem como as expressões materiais que dele se origina.
O principal objetivo da preservação do patrimônio cultural é a melhoria da qualidade de vida da comunidade, que implica seu bem-estar material [...] e na garantia do exercício da memória e da cidadania.
O patrimônio cultural pertence à comunidade que produziu os bens culturais que o compõem. Não se pode pensar em proteção de bens culturais, senão no interesse da própria comunidade. [...]
MEDEIROS, Mércia C. de; SURYA, Leandro. A importância da educação patrimonial para a preservação do patrimônio . ANPUH – XXV Simpósio Nacional de História. Fortaleza, 2009. p. 8. Disponível em: http://fdnc.io/e1x. Acesso em: 11 jun. 2021.
Realizar um levantamento inicial dos conhecimentos prévios dos alunos sobre os monumentos que existem no município em que vivem e sobre os fatos mais marcantes da história local.
Orientar coletivamente a realização da pesquisa proposta na seção Investigue. Organizar os alunos em grupos e identificar com eles os monumentos mais significativos do município, auxiliando-os na escolha de qual será investigado.
Disponibilizar fontes de pesquisa confiáveis, como livros, sites, jornais, revistas etc., combinando um prazo para a apresentação dos resultados.
Lembrar aos alunos que eles devem identificar o nome do monumento, o ano em que foi construído, o artista, o local, o que está representado nele e o material de que é feito.
Orientar os alunos a selecionar as informações mais importantes do conteúdo pesquisado e a realizar a entrevista com um adulto.
Organizar uma roda de conversa para que todos relatem suas descobertas.
Atividade complementar
Propor aos alunos uma atividade de campo, com a visita a um local considerado um marco histórico presente na localidade em que vivem.
Providenciar autorização da escola e dos familiares para essa saída. Depois, elaborar uma lista dos locais significativos para a história do município (vias públicas, monumentos, praças ou construções). Organizar com os alunos um roteiro para a visita.
No dia combinado, mediar a visita com questões que orientem os alunos na observação. Depois da visita, socializar as descobertas individuais.
MP102
CAPÍTULO 8. Lembranças das praças
As praças também são consideradas marcos históricos para os moradores de muitos municípios brasileiros.
Um local especial
Praça, pracinha, local de convivência, ponto de encontro. São tantos nomes e histórias em torno desses espaços públicos [...]. Para os mais novos, é um local de brincadeiras, jogos de futebol e de reunião da galera da quadra. Aos mais velhos, esses espaços trazem muitas memórias e carregam grandes encontros e amizades pelo caminho.
Cibele Moreira. Mais do que uma praça: espaços são palcos de grandes memórias de gerações. Correio Brasiliense , 2 jan. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/e1y. Acesso em: 11 jan. 2021.
- Segundo o texto, quais os nomes que esse tipo de local recebe?
_____
Resposta: Praça, pracinha, local de convivência e ponto de encontro.
- Observe as fotos e responda às questões.
- Que atividade é realizada na praça da
foto
A?
_____
Resposta: Brincadeiras de crianças.
- Que atividade é realizada na praça da
foto
B?
_____
Resposta: Conversas entre adultos.
MANUAL DO PROFESSOR
A BNCC no capítulo 8
Unidade temática
O lugar em que vive.
Objeto de conhecimento
• A produção dos marcos da memória: os lugares de memória (ruas, praças, escolas, monumentos, museus etc.).
Habilidade
• EF03HI05: Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados.
Boxe complementar:
De olho nas competências
Este capítulo procura se aproximar da Competência Geral 1, ao propor a valorização e o uso dos conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo para entender e explicar a realidade. Aproxima-se, também, da Competência Específica 4 de História, estimulando os alunos a identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos.
Fim do complemento.
Encaminhar a leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos as atividades que são possíveis de realizar em uma praça, tanto para as pessoas mais jovens, como para as mais velhas. Perguntar a eles se frequentam alguma praça próxima ao local onde residem e que atividades costumam praticar, garantindo que todos participem, dando o seu relato.
Refletir com os alunos sobre a importância da praça na vida cotidiana dos moradores, indicando as noções de pertencimento. Ressaltar os vínculos entre a praça e a preservação da memória, sobretudo da comunidade local.
Auxiliar os alunos na realização das atividades propostas nesta página e na identificação das cenas retratadas nas imagens.
MP103
As pessoas podem realizar outras atividades nas praças, como citado na reportagem a seguir.
Praça da Liberdade
A Praça da Liberdade atrai pessoas de todas as idades. A pequena Manuela Carvalhães, de 1 ano, sente-se em casa perto das palmeiras imperiais. “Moro aqui perto e, quando sobra um tempinho, sempre trago a minha filha para se divertir, porque, além de bonito e reunir muitas crianças, este é um local de socialização”, salientou Patrícia, grávida de 7 meses. Próximo aos pequenos, o aposentado Nivaldo Luz, de 88 anos, que todos os dias vai à praça para ler jornal, diz que a área verde proporciona muitos momentos de descontração. “Adoro observar as pessoas e relaxar a mente e o corpo”, frisou. [...]
Prefeitura de Belo Horizonte. Praça da Liberdade, de centro do poder mineiro a ponto de convivência. Sem choro . Disponível em: http://fdnc.io/e1z. Acesso em: 27 jan. 2021.
- Preencha a ficha a seguir.
Nome da praça: _____
Resposta: Praça da Liberdade.
Município em que ela se localiza: _____
Resposta: Belo Horizonte.
- Identifique o motivo de cada pessoa para gostar da Praça da Liberdade.
- Patrícia:
_____
Resposta: Porque é bonita e reúne muitas crianças.
- Nivaldo:
_____
Resposta: Porque adora observar as pessoas e relaxar o corpo e a mente.
- Patrícia:
_____
MANUAL DO PROFESSOR
Realizar a leitura coletiva do texto, conversando com os alunos sobre a importância da Praça da Liberdade como local de socialização e marco histórico do município de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Identificar com eles as atividades descritas pelos frequentadores do local.
Propor aos alunos que observem a imagem da Praça da Liberdade e identifiquem seus elementos: as pessoas e as atividades que realizam, a vegetação, o entorno e a data em que a fotografia foi tirada. Anotar na lousa as observações dos alunos.
Comentar com eles que a Praça da Liberdade é um espaço ocupado e alterado continuamente pela ação humana.
Orientar os alunos a localizar e retirar do texto informações para fazer as atividades, realizando a compreensão do texto.
Boxe complementar:
Fato de relevância mundial e nacional
Neste capítulo, os alunos vão explorar os espaços de sociabilização no meio urbano por meio do estudo do papel das praças, questão que pode ser associada ao tema de relevância mundial e nacional da expansão urbana e a um dos marcos do “Direito à cidade”: o direito ao lazer.
Fim do complemento.
Boxe complementar:
Tema contemporâneo transversal: educação em direitos humanos
As atividades propostas nestas páginas permitem explorar a importância de áreas públicas – como praças e parques – que possibilitam atividades de lazer aos moradores das cidades.
Informar aos alunos que o “Direito à cidade”, garantido pelas leis brasileiras desde 2001 (Estatuto da Cidade), inclui o direito a áreas de lazer.
Perguntar aos alunos se, no lugar onde vivem, esse direito está sendo cumprido na prática, com existência de parques e praças bem conservados e acessíveis a todos os moradores. Em caso negativo, discutir sobre formas de cobrar das autoridades responsáveis o cumprimento desse direito de todo cidadão brasileiro.
Fim do complemento.
MP104
Atenção professor: No Manual do Professor, apresentamos mais informações sobre a Inconfidência Mineira. Fim da observação.
Praça Tiradentes, em Ouro Preto
Algumas praças concentram diversos marcos históricos, como a Praça Tiradentes, no município de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. Essa praça abriga construções e monumentos relacionados à Inconfidência Mineira, revolta de 1789 que defendia a independência em relação a Portugal, país que, na época, controlava o Brasil.
MANUAL DO PROFESSOR
Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório do infográfico, identificando o local da praça (município de Ouro Preto, em Minas Gerais) e seu nome (Praça Tiradentes). Explicar brevemente aos alunos o que foi a Inconfidência Mineira e quem foi Tiradentes.
Identificar, em seguida, cada um dos monumentos e construções apresentados, fazendo a leitura dos quadros: monumento em homenagem a Tiradentes, fachadas das construções, calçamento, Museu da Inconfidência, Câmara dos Vereadores, Cadeia de Ouro Preto e chafariz.
Ressaltar a importância da preservação dessa praça como um marco histórico da Inconfidência Mineira e um marco da memória coletiva para a história do estado de Minas Gerais e do Brasil.
Inconfidência Mineira
O estopim do movimento foi a chegada do novo governador da capitania das Minas Gerais, o Visconde de Barbacena, em julho de 1788, com instruções detalhadas da metrópole para implementar uma ampla e profunda reforma em todo o sistema tributário. Barbacena insistiu na imposição da derrama no início de 1789, e anulou todos os contratos anteriores.
O historiador Maxwell interpreta a insistência do governo metropolitano em exigir a cobrança da derrama como cuidado e interesse em manter pleno domínio sobre seus territórios ultramarinos. Afinal, a colônia era a melhor moeda de troca que Portugal possuía para apresentar diante dos conflitos emergentes no cenário europeu. [...]
MP105
- Selecione e registre o nome de um elemento destacado no infográfico.
_____
Atenção professor: Entre as respostas possíveis, estão: Museu dos Inconfidentes (antiga câmara e cadeia); chafariz; calçamento antigo; fachadas de casas de cerca de cem anos; monumento a uma personagem histórica. Fim da observação.
- Por que ele pode ser considerado um marco histórico?
_____
Atenção professor: Os alunos encontrarão informações históricas nos quadros do infográfico, mas é importante que percebam que o elemento escolhido faz parte de um conjunto que preserva uma identidade cultural para Ouro Preto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Os líderes da Conjuração, diante das ações do novo governador, conspiravam, mais uma vez, para formalizar os planos de um levante armado contra a Coroa portuguesa. Traçavam vários objetivos: transformar a capitania das Minas Gerais em uma República, com capital em São João d'El Rei; fazer de Vila Rica uma cidade universitária; instalar um parlamento em cada cidade, subordinado ao parlamento da capital; implantar manufaturas, bem como explorar depósitos de ferro e de minério; construir uma fábrica de pólvora. Além disso, admitiam o recolhimento dos dízimos pelos padres das paróquias, desde que mantivessem professores, hospitais e casas de caridade, o que para Maxwell já sugere a ideia de uma separação entre Igreja e Estado.
Conjuração Mineira: a conspiração. MultiRio . Disponível em: http://fdnc.io/e1A. Acesso em: 11 jun. 2021.
Comentar com os alunos que a Praça Tiradentes está localizada no ponto central de Ouro Preto, sendo um dos principais atrativos turísticos da cidade, local das festividades e um ponto de referência que marca a paisagem urbana e facilita a orientação dos moradores.
Orientar a atividade de compreensão de texto, em que os alunos devem localizar e retirar informações do infográfico para responder à primeira questão. Auxiliar também na percepção de que a Praça Tiradentes é um marco histórico, pois preserva a identidade cultural da cidade.
MP106
Memórias de uma praça
As praças podem gerar lembranças diversas nas pessoas que as frequentaram. É o caso da Praça Conselheiro Antônio Prado, conhecida como Praça Central, inaugurada em 1887, no município de Pirassununga, no estado de São Paulo.
- Quando o professor solicitar, leia um dos textos em voz alta.
A Praça Central
Antigamente existia um movimento grande na praça dia e noite. A juventude [de] antigamente passeava era na praça. Era um lugar muito agradável.
Vitor Raymundo
Ela [minha neta] vai com os pais dela ver a banda, a feira de artesanato.
Maria Elisabete Fluete
Saudade. Era o único lugar [a] que íamos para passear, mas era muito gostoso.
Vilma Leitão
[A praça central é] um ponto de referência onde vejo meus amigos.
José Antônio Marucci
As ruas do entorno ainda possuem paralelepípedo porque é tombado, é histórico.
João F. Prado
Eu acho um ambiente muito bonito, arborizado [...]. Acho muito legal e de grande valor para as crianças.
Eloíza Andrade
Gustavo Ferreira Prado. A cidade e seus patrimônios: um estudo das experiências, memórias e representações da praça central e do seu entorno em Pirassununga. Dissertação de Mestrado. Rio Claro: Unesp, 2019. p. 95-100.
MANUAL DO PROFESSOR
Orientar os alunos na leitura em voz alta dos textos dos quadros, que possibilita o desenvolvimento da fluência em leitura oral.
Conversar com os alunos sobre cada um dos depoimentos, identificando: como era a praça antigamente (movimentada, agradável, frequentada por jovens, local de passeio); como é a praça e o entorno atualmente (ambiente bonito, arborizado, ponto de encontro, ruas de paralelepípedo); quem a frequenta e que atividades realizam (crianças e adultos vão à praça para ver a banda, visitar a feira de artesanato e encontrar os amigos).
História local
[...] Essa perspectiva permite dar aos conteúdos de ensino um tratamento temático, na direção de recuperar o sentido das experiências pessoais e coletivas que dizem respeito aos temas e assim, contribuir para a formação de identidades individuais e coletivas. Na perspectiva assumida, a história local é entendida como uma estratégia de ensino [...].
MP107
- Localize e retire dos depoimentos as informações para responder às questões.
- Qual é a principal lembrança das pessoas sobre a praça em outros tempos?
_____
Resposta: O que eles mais lembram é dos passeios que faziam no local.
- Quais são os elementos destacados nos depoimentos sobre a praça atualmente?
_____
- Qual é a principal lembrança das pessoas sobre a praça em outros tempos?
Resposta: Banda, feira de artesanato, reunião de amigos, ambiente arborizado e bom para as crianças.
MANUAL DO PROFESSOR
Trata-se de uma forma de abordar a aprendizagem, a construção e a compreensão do conhecimento histórico, a partir de proposições que tenham a ver com os interesses dos alunos, suas aproximações cognitivas e afetivas, sua vivência cultural, com as possibilidades de desenvolver atividades vinculadas diretamente com a vida cotidiana, entendida como expressão concreta de problemas mais amplos.
SCHMIDT, Maria A.; BRAGA, Tânia M. F. G. Construindo narrativas históricas a partir de documentos de arquivos familiares: um experimento social com crianças brasileiras. XXIII Simpósio Nacional de História . Londrina, 2005. p. 2-3. Disponível em: http://fdnc.io/e1B. Acesso em: 11 jun. 2021.
Propor aos alunos que observem a imagem da Praça Conselheiro Antônio Prado e identifiquem seus elementos: as pessoas e as atividades que realizam, a vegetação, o mobiliário urbano e o coreto.
Conversar com os alunos sobre as características que são comuns às praças, como os jardins que traçam caminhos, os espaços destinados à recreação, os bancos que proporcionam o lazer contemplativo, o coreto para as apresentações musicais, todos esses elementos reunidos em um ambiente que convida à convivência, ao passeio e ao lazer.
Orientar os alunos a localizar e retirar do texto informações para fazer as atividades, realizando a compreensão do texto.
MP108
RETOMANDO OS CONHECIMENTOS
Capítulos 7 e 8
Avaliação de processo de aprendizagem
Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.
- Um dos marcos históricos que você estudou foram os monumentos. Sobre eles, faça o que se pede.
- O que são monumentos?
_____
Resposta: São bens que representam personagens ou fatos considerados significativos para a comunidade.
- O que são monumentos?
- Observe a imagem do monumento abaixo. Que grupo social é homenageado por ele?
( ) Italianos.
( ) Espanhóis.
( ) Indígenas.
( ) Afrodescendentes.
Resposta correta: Indígenas.
- Classifique as frases em P, para as que se
referem
ao monumento do Periquito, e em D, para as que se relacionam ao monumento a Drummond.
( ) Está localizado no município do Rio de Janeiro.
Resposta: D.
( ) Homenageia um time de futebol local.
Resposta: P.
( ) Homenageia o escritor Carlos Drummond de Andrade.
Resposta: D.
( ) Está localizado no distrito do Gama.
Resposta: P.
( ) Poderia ser mudado de lugar.
Resposta: P.
( ) Sofria vandalismo.
Resposta: D.
MANUAL DO PROFESSOR
Intencionalidade pedagógica das atividades
Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar o que são marcos históricos.
Espera-se que o aluno explique o que são monumentos, relacionando-os aos marcos históricos de uma comunidade, e identifique o grupo social representado em um monumento.
Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: compreender o que são monumentos.
Ao solicitar que o aluno identifique e classifique frases relativas a dois monumentos diferentes, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.
MP109
- Você investigou um monumento do município em que vive. Agora registre as informações sobre ele.
- Nome:
_____
Resposta: Dependerá da investigação dos alunos.
- Na sua opinião, o monumento é significativo para a população do município? Explique.
_____
Resposta: Depende da investigação, mas os alunos deverão explicar se o monumento é significativo ou não para a comunidade.
- Os nomes das ruas podem mudar ao longo do tempo? Justifique sua resposta.
_____
Resposta: Sim, por exemplo, a Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, que teve vários nomes.
Autoavaliação
Atenção professor: Orientar os alunos na avaliação do próprio aprendizado. Fim da observação.
Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.
Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.
- Compreendi o que são marcos históricos?
- Interpretei e relacionei alguns monumentos representados nas imagens e seus significados?
- Identifiquei os registros de memória da cidade?
- Respeitei as opiniões dos colegas?
- Procurei ajudar todos os meus colegas?
- Nome:
_____
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: compreender o que são monumentos.
O aluno deverá retomar as informações da investigação realizada na página 71 e explicar por que o monumento selecionado é importante para a comunidade do município em que ele vive.
Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: conhecer a história de algumas vias das cidades brasileiras.
Espera-se que o aluno reconheça mudanças que podem ocorrer nas vias públicas e cite exemplos de ruas que mudaram de nome ao longo do tempo.
Autoavaliação
A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não cabe atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.
MP110
Comentários para o professor:
Conclusão do módulo – capítulos 7 e 8
A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 7 e 8. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Quais são os significados dos marcos históricos nos lugares de viver?
Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.
Verificação da avaliação de processo de aprendizagem
As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 7 e 8.
A realização dessas atividades favorece um acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.
A página MP185 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.
Superando defasagens
Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.
- Identificar o que são marcos históricos.
- Conhecer a história de algumas vias das cidades brasileiras.
- Compreender o que são monumentos.
Para monitorar as aprendizagens por meio desses objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referentes à progressão de cada aluno.
Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar com os alunos as definições de marcos históricos e locais de memória no cotidiano. Pode-se propor novas atividades de análise de textos e de classificação de imagens que permitam identificar importantes conceitos e temáticas trabalhados.