MP111

Orientações para o professor:

Unidade 3. Trabalhadores do campo e da cidade em diferentes tempos

Esta unidade permite aos alunos conhecer algumas mudanças ocorridas no mundo do trabalho e no modo de vida no campo e na cidade em diferentes tempos. Além disso, propõe também a análise de outras transformações, como as ocorridas nas formas de lazer nas cidades e as decorrentes das migrações ocorridas do campo para a cidade, e vice-versa.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Capítulos 9 e 10: exploram os diversos tipos de trabalho no campo e na cidade ao longo do tempo.

Capítulos 11 e 12: abordam os modos de vida dos habitantes do campo e da cidade ao longo do tempo.

Primeiros contatos

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

A atividade proposta no quadro Primeiros contatos tem o objetivo de realizar uma preparação para o estudo da unidade, possibilitando o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a distinção de campo e cidade a partir da interpretação de uma fonte iconográfica; as atividades favorecem a identificação visual das diferentes áreas de um mesmo município, incentivando os alunos a descrever suas características, o que será importante na caracterização dos trabalhadores ao longo da unidade.

Introdução ao módulo dos capítulos 9 e 10

Este módulo, composto dos capítulos 9 e 10, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, permite aos alunos conhecer os diversos tipos de trabalho no campo e na cidade, ao longo do tempo.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Que mudanças ocorreram nas formas de trabalho ao longo do tempo?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF03HI11 ao oportunizar a identificação das diferenças entre as formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, bem como suas transformações decorrentes do emprego de novas tecnologias.

São desenvolvidas atividades de leitura e interpretação de textos e de imagens, de pesquisa e de exploração de fontes orais (depoimentos), para que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados.

Como pré-requisito, é importante que os alunos compreendam a diferença entre campo e cidade e saibam identificar diferentes formas de trabalho, temas desenvolvidos no 2º ano.

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Principais objetivos de aprendizagem

MP112

UNIDADE 3. Trabalhadores do campo e da cidade em diferentes tempos

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma extensa área verde com uma estrutura de casas com plantação e um reservatório de água ao redor de uma região descampada e próxima à divisa de uma cidade. No horizonte, morros e o céu.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do município de Canoas, Rio Grande do Sul. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Propor aos alunos, como uma preparação para o estudo dos temas que serão trabalhados nos módulos a seguir, a análise do título da unidade com base em algumas questões que possibilitem levantar os conhecimentos prévios deles.

• Quem são os trabalhadores?

• Quais as características do campo e as da cidade?

• Como essas características influenciam o tipo de trabalho que é realizado em cada local?

Orientar na observação e na leitura compartilhada da imagem, identificando com os alunos elementos como: a separação da imagem em dois espaços diferentes; a presença de um local em sua maior parte verde e outro com muitas construções; uma linha (estrada) que separa esses espaços etc.

Solicitar aos alunos a leitura da legenda da imagem para identificar: local em que a fotografia foi tirada (município e estado); data.

Realizar, por fim, a leitura compartilhada das questões da seção Primeiros contatos e anotar as hipóteses levantadas e as respostas apresentadas pelos alunos sobre o município de Canoas e a realidade em que eles estão inseridos. É importante registrar os comentários feitos por eles para uma melhor percepção do processo de aprendizagem durante o desenvolvimento da unidade.

Relação do campo e da cidade

Uma das principais diferenças entre urbano e rural está, assim, nas práticas socioeconômicas. O espaço rural [...] engloba predominantemente atividades vinculadas ao setor primário (extrativismo, agricultura e pecuária), ao passo que o espaço urbano costuma reunir atividades vinculadas ao setor secundário (indústria e produção de energia) e terciário (comércio e serviços). [...]

Em termos de hierarquia econômica [...], originalmente, o campo exercia um papel preponderante sobre as cidades. Afinal, foi o desenvolvimento da agricultura e da pecuária que permitiu a formação das primeiras civilizações e o seu posterior desenvolvimento.

MP113

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Na fotografia há áreas de plantação? Como você concluiu isso?
    PROFESSOR Resposta: Sim, pela concentração de áreas verdes e pelos recortes em blocos.
  1. E áreas de moradia?
    PROFESSOR Resposta: Sim, pode-se perceber pela presença de construções como casas e prédios.
  1. Na localidade em que você vive existem áreas semelhantes a essa?
    PROFESSOR Atenção professor: Explorar com os alunos a presença de moradias e plantações nos arredores da localidade em que eles vivem. Fim da observação.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

No entanto, com o avanço da Revolução Industrial e as transformações técnicas por ela produzidas, o meio rural viu-se cada vez mais subordinado ao urbano, uma vez que as práticas agropecuárias e extrativistas passaram a depender cada vez mais das técnicas, tecnologias e conhecimentos produzidos nas cidades.

Atualmente, o urbano e o rural formam uma relação socioeconômica e até cultural bastante ampla, muitas vezes se apresentando de forma não coesa e profundamente marcada pelo avanço das técnicas e pelas transformações produzidas a partir dessa conjuntura. [...]

PENA, Rodolfo F. Alves. Espaço urbano e rural. Brasil Escola . Disponível em: http://fdnc.io/e1D. Acesso em: 3 jun. 2021.

Atividade complementar

Pedir aos alunos que desenhem duas cenas: uma representando um trabalhador do campo e outra, um trabalhador da cidade. Dessa forma, podem praticar a expressão pela linguagem visual ao mesmo tempo em que registram seus conhecimentos prévios ou hipóteses que poderão ser verificadas ao longo dos módulos.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial e nacional

Para preparar os alunos para a reflexão sobre a expansão urbana, esta unidade foca os tipos de trabalho e tecnologia que se desenvolvem no campo e na cidade (capítulos 9 e 10). A unidade aborda ainda a maneira como campo e cidade se transformaram ao longo do tempo (capítulos 11 e 12).

Fim do complemento.

MP114

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 9 e 10

Que mudanças ocorreram nas formas de trabalho ao longo do tempo?

CAPÍTULO 9. Trabalhadores do campo

Atualmente, há vários trabalhadores que exercem sua profissão no campo, como a personagem da letra da canção a seguir.

  1. Quando o professor solicitar, leia a letra da canção em voz alta.

    Noite enluarada

    Preparei a terra, plantei a semente

    E na hora certa a chuva chegou

    Eu levanto cedo, pego a enxada

    Gosto que me chamem de agricultor

    [...]

    E quando vai amanhecendo o dia

    Os passarinhos começam a cantar

    Vou logo me levantando

    Tomo meu café e vou trabalhar

    Noite enluarada , de Clidenor Moreira.

Imagem: Ilustração. Durante à noite, em uma estrada de terra próximo a uma pequena casa, dois senhores sentados em banquetas tocam violão ao redor de uma fogueira.  Fim da imagem.

Observação: Imagem com finalidade meramente ilustrativa. Fim da observação.

  1. Preencha a ficha com as informações sobre a personagem da canção.

Profissão: _____

PROFESSOR Resposta: Agricultor.

Instrumento de trabalho: _____

PROFESSOR Resposta: Enxada.

Quando ele se levanta para trabalhar: _____

PROFESSOR Resposta: Quando amanhece o dia.

Duas tarefas do trabalho dele: _____

PROFESSOR Resposta: Preparar a terra e plantar a semente.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 9

Unidade temática

A noção de espaço público e privado.

Objeto de conhecimento

• A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer.

Habilidade

• EF03HI11: identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo permite valorizar a diversidade de vivências e saberes e entender as experiências e as relações do mundo do trabalho e os tipos de trabalho no campo, aproximando-se da Competência Geral 6. Além disso, aproxima-se da Competência Específica 3 das Ciências Humanas ao identificar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, promovendo a compreensão e a percepção das mudanças e das permanências.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema para que possam ser retomados na conclusão do módulo.

Orientar os alunos a ler em voz alta a letra da canção, o que contribuirá para a fluência em leitura oral.

Auxiliar na realização da atividade de compreensão de texto, em que eles devem localizar e retirar informações da letra da canção para completar a ficha, identificando a personagem e o trabalho que ela desenvolve.

MP115

Observe as fotos de algumas profissões do campo.

Imagem: Fotografia. Um homem de camisa, calça e chapéu montado a cavalo acompanhada o gado no pasto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vaqueiro. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem descalço com calça, camiseta e chinelo coleta fruto trepado no caule de uma árvore.   Fim da imagem.

LEGENDA: Coletor de frutos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem uniformizado e com luvas está de pé ao lado de uma plataforma e manipula a mama de uma vaga com equipamentos de ordenha ligado a tubos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalhador de agroindústria de leite. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem de bermuda, camiseta e boné está de pé parado em um espaçoso galinheiro onde estão muitas aves espalhadas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Avicultor. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem segura um balde ao lado de um reservatório de água com peixes. Ao fundo, muitas árvores.   Fim da imagem.

LEGENDA: Piscicultor. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem uniformizado com corpo totalmente coberto com uma transparência na região dos olhos e luvas manipula uma estrutura com mutas abelhas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Apicultor. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem uniformizado com roupa azul e capacete colhe laranjas do pé.   Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalhador em colheita de laranja. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Em uma estrada de terra, um homem de camisa e chapéu dirige um trator em meio a uma colheita.  Fim da imagem.

LEGENDA: Operador de máquina na agricultura. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um senhor de camiseta e chapéu está em meio a um pé de milho segurando um computador.  Fim da imagem.

LEGENDA: Engenheiro agrônomo. FIM DA LEGENDA.

  1. Em casa, pergunte a um adulto: essas profissões estão presentes na localidade em que você vive? Se sim, quais delas?

    _____

PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem investigar quais desses tipos de trabalhador estão presentes em sua localidade. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Explorar com os alunos as fotografias que retratam algumas profissões ligadas ao campo. Solicitar a eles que descrevam o que os trabalhadores estão fazendo, identificando com o que cada profissional trabalha.

Orientar a atividade em que os alunos devem descobrir, com a ajuda de um adulto do convívio deles, se há profissionais como os representados nas imagens na localidade em que vivem. Os alunos também podem questioná-los se eles conhecem um trabalhador que atua em alguma dessas profissões.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: trabalho

As atividades dos capítulos 9 e 10 permitem abordar as diferentes formas de trabalho no campo e na cidade.

Se considerar conveniente, solicitar aos alunos que reflitam se já sonham com algum tipo de profissão para exercer quando forem adultos. Se houver alunos com respostas afirmativas, pedir a eles que compartilhem com os colegas e que expliquem se há algum motivo para essa escolha.

Fim do complemento.

MP116

Mudanças na pecuária

As atividades realizadas pelos trabalhadores do campo passaram por muitas mudanças nos últimos anos. Os vaqueiros, por exemplo, tinham uma rotina muito específica há cerca de cem anos.

Imagem: 1. Ilustração. Em uma área rural, um senhor de camisa, calça e chapéu está sentado em uma banqueta de madeira enquanto faz a ordenha em uma vaca. Ao lado, o bezerro está amarrado em um toco de madeira. O espaço tem uma cerca de madeira e arame e pouca vegetação.  2. Ilustração. Em uma estrada de terra com arbustos, um homem de camisa, calça e chapéu a cavalo observa o gado. 3. Ilustração. No pasto, próximo a um gradil de madeira, um homem de camisa, calça e chapéu a cavalo acompanha os bezerros.   Fim da imagem.

Observação: Imagens com finalidade meramente ilustrativa. Fim da observação.

  1. Indique com números de 1 a 3 a frase que melhor descreve a atividade do vaqueiro representada em cada imagem.

    ( ) Conduzir os bezerros para o curral.

    PROFESSOR Resposta: 3.

    ( ) Tirar o leite das vacas.

    PROFESSOR Resposta: 1.

    ( ) Vigiar o gado no pasto.

    PROFESSOR Resposta: 2.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar na observação e na interpretação das três imagens, dizendo aos alunos que elas estão relacionadas a um trabalhador específico, o vaqueiro. Pedir a eles que expliquem o que estão vendo nas imagens, descrevendo cada um dos momentos de trabalho, como: o local, as diferentes etapas do trabalho ao longo do dia e os instrumentos utilizados. Após o levantamento das descrições e das hipóteses, orientar a responder à atividade proposta.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade proposta aproxima-se da Competência Geral 4, ao possibilitar que os alunos observem imagens gráficas, auxiliando no aprendizado da análise e interpretação de diferentes linguagens.

Fim do complemento.

A profissão do vaqueiro

Atividades de trato, manejo e condução de alguns animais, como o boi, são de responsabilidade do vaqueiro e no Piauí a profissão centenária é passada de pai para filho. Essa é a história de Raimundo Filho, morador do município de Elesbão Veloso, distante 165 km de Teresina [...]. Ele seguiu os passos do pai na escolha profissional.

Raimundo Filho contou que desde a infância viu o pai trabalhar como vaqueiro e que por admiração à profissão, decidiu trilhar o mesmo caminho. Além de amar, ele possui na vaquejada a principal fonte de renda da família.

MP117

Atualmente, alguns criadores de gado mantêm as formas de trabalho de cerca de cem anos atrás. Mas em muitas localidades, o trabalho de criação de animais e de retirada de leite tem passado por algumas mudanças.

Robôs tiram o leite

As vacas [...] se aproximam sozinhas da sala de ordenha atraídas pela ração no cocho . Em seguida um braço robótico inicia o trabalho. Em questão de segundos ele [...] começa a retirada do leite com destino direto ao tanque.

Tudo ocorre sem interferência humana, de forma espontânea. A ordenha ocorre 24h por dia. Um chip acoplado no pescoço traz informações precisas de cada animal: quantidade de leite produzido por dia, vezes que ruminou, temperatura, entre outras.

Robôs tiram o leite. A Hora , 8 jun. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/e1E. Acesso em: 12 jan. 2021.

Glossário:

Cocho: local para fornecimento de comida ou de água para animais.

Chip: dispositivo eletrônico de tamanho reduzido.

Acoplado: fixado; inserido.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma vaca com um colar com numeração 14 e dispositivo eletrônico no pescoço. Fim da imagem.

LEGENDA: Vaca utilizando um colar com chip para controle eletrônico da produção. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Segundo a reportagem, como é feita a retirada do leite das vacas?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Por meio de um braço robótico (por um robô).
  1. Liste as informações que o chip fornece sobre cada animal.

    _____

    PROFESSOR Resposta: A quantidade de leite produzida por dia, a quantidade de vezes que o animal ruminou, a temperatura corporal do animal, entre outras informações.
  1. Retome no glossário o significado de “cocho”. Depois, escreva uma frase utilizando essa palavra.

    _____

    PROFESSOR Resposta: A atividade tem como objetivo ampliar o vocabulário dos alunos, estimulando-os a utilizar as palavras e seus significados adequadamente.
MANUAL DO PROFESSOR

Utilizando vestimentas de couro específicas para se proteger do sol e da vegetação seca típica do sertão nordestino a rotina desses profissionais começa antes do amanhecer do dia.

[...] segundo Raimundo Filho, às vezes, a força e coragem que a profissão exige não são o suficiente, pois, às vezes, eles são vencidos por animais ferozes. [...]

Ainda que com dificuldades, os vaqueiros enfrentam os desafios e encontram na profissão inspiração para o aboio, canto típico utilizado na condução de gado, e para versos e poemas improvisados na forma do repente nordestino.

Profissão centenária de vaqueiro é passada de pai para filho no Piauí. Portal G1 , 28 abr. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/e1F. Acesso em: 3 jun. 2021.

Fazer uma leitura dialogada do texto, comentando cada uma das frases. Orientar os alunos na atividade com foco no desenvolvimento de vocabulário, aprimorando o processo de alfabetização. Solicitar a eles que localizem no texto os termos “cocho”, “ chip ” e “acoplado” e que expliquem o significado dessas palavras a partir do contexto. Pode-se compartilhar o que entenderam dos vocábulos e, em seguida, fazer a leitura de cada termo no glossário. Desse modo, será possível que façam um trabalho de comparação entre o que entenderam inicialmente e o que é definido como significado dessas palavras.

Orientar nas atividades em que devem localizar e retirar do texto as informações sobre o trabalho automatizado na ordenha das vacas e o controle de dados de cada animal.

Destacar, por fim, que antigamente o trabalho com o gado era realizado exclusivamente pela mão de obra humana e, atualmente, a automatização convive com formas tradicionais de trabalho para que os alunos percebam mudanças e permanências ao longo do tempo.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho com os alunos, é possível acessar com eles o vídeo “Robôs fazem a ordenha de vacas sozinhos em Chapecó”, disponível no link: http://fdnc.io/e1G. Acesso em: 3 jun. 2021. Nesse vídeo, a partir da exposição de um caso de produtores de leite que introduziram robôs para a ordenha de vacas, os alunos poderão entender melhor como ocorre esse processo.

MP118

Mudanças na agricultura

A atividade agrícola também passou por muitas mudanças nos últimos duzentos anos.

Observe algumas transformações ocorridas, por exemplo, no trabalho de cultivo e de descaroçamento do algodão.

Como era há duzentos anos

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Geralmente, os meeiros e os parceiros plantavam e colhiam o algodão manualmente. Esses trabalhadores recebiam como pagamento cerca de metade da produção, entregando a outra parte ao dono das terras.

Imagem: Ilustração. Em meio a uma extensa plantação de algodão, os trabalhadores rurais fazem a colheita e armazenam em cestos.    Fim da imagem.
Imagem: Ilustração. Destaque das mãos de duas pessoas que manipulam uma estrutura de madeira com manivela e dois rolos que separam o algodão dos caroços. Fim da imagem.

Observação: Imagens com finalidade meramente ilustrativa. Fim da observação.

O algodão colhido era passado pelo descaroçador por outros trabalhadores que giravam as manivelas para tirar os caroços.

  1. Em casa, reconte para um adulto de sua convivência como era o plantio e a colheita do algodão há cerca de duzentos anos.
PROFESSOR Atenção professor: Esse é um momento para os alunos expressarem a sua oralidade. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Organizar os alunos para a leitura em voz alta do texto, o que contribuirá para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

Solicitar que expliquem o que entenderam da leitura sobre como era feito o trabalho de cultivo e descaroçamento do algodão. Para ajudar na compreensão do texto, propor as questões a seguir. Quem colhia o algodão manualmente? Qual era o pagamento recebido pelos trabalhadores? Como ocorria o processo de descaroçamento do algodão?

Orientar na tarefa de casa de reconto, em que os alunos devem recontar para um adulto como ocorria no passado o cultivo do algodão e seu descaroçamento. Essa atividade vai auxiliar no processo de alfabetização dos alunos, além de ajudar no desenvolvimento da compreensão e da interpretação de texto.

A introdução da máquina no setor agropecuário

A literatura mostra que o termo “Automação” remonta a 3500 e 3200 a.C., quando o homem começou a utilizar a roda. No entanto, o conceito só se tornou familiar a partir da Revolução Industrial no século XVIII.

Na agricultura brasileira ainda é bem mais recente. É a partir do século XX que os processos passam a ser automatizados, ocupando papel fundamental no desenvolvimento agrícola do país.

Nas últimas décadas, o desempenho da agropecuária brasileira inseriu o país em posição de liderança na agricultura tropical e evidenciou a importância do seu papel no cenário de segurança alimentar internacional.

MP119

Como é atualmente

Os trabalhadores que plantam e colhem o algodão, em geral, recebem um pagamento em dinheiro. Em algumas fazendas, a colheita é feita manualmente; em outras, é feita com o uso de máquinas.

Imagem: Fotografia. Uma mulher com roupas largas e lenço na cabeça está em meio a uma plantação de algodão.  Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita manual de algodão, no município de São Desidério, no estado da Bahia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma extensa linha de maquinários robustos em meio a vasta plantação de algodão.  Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita mecanizada de algodão, no município de Correntina, no estado da Bahia. FIM DA LEGENDA.

Atualmente, o descaroçamento do algodão também é feito por trabalhadores assalariados, que controlam máquinas movidas por motores.

  1. Compare as atividades que os trabalhadores desenvolviam há duzentos anos com as que são desenvolvidas atualmente.
    1. Identifique uma mudança. _____
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar o uso de máquinas movidas por motores na colheita e no descaroçamento do algodão. Fim da observação.
    1. Identifique uma permanência. _____
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar a permanência do plantio e da colheita manual do algodão. Fim da observação.
  1. Ligue o tipo de trabalhador ao pagamento que ele recebe por seu trabalho.

Coluna à esquerda:

Meeiro ou parceiro

Assalariado

Coluna à direita:

Recebe dinheiro como pagamento.

Recebe parte da produção como pagamento.

PROFESSOR Respostas corretas: Meeiro ou parceiro - Recebe parte da produção como pagamento. Assalariado - Recebe dinheiro como pagamento.
MANUAL DO PROFESSOR

Nesse período o mundo sofreu grandes mudanças e a automação protagonizou muitas transformações. A automação industrial e a comercial avançaram em ritmos acelerados para se manterem competitivas num mundo globalizado. O desenvolvimento da agricultura brasileira ocorreu de forma paralela, mas em seus espaços rurais regidas por tecnologias distintas, criadas e adaptadas às características das necessidades locais.

Alguns setores, como o agroquímico e o de máquinas agrícolas sofreram fortes influências da automação e, por sua vez, influenciaram o setor agrícola, predominantemente o exportador.

EMBRAPA. Automação e agricultura de precisão. Disponível em: http://fdnc.io/8Xu. Acesso em: 4 jun. 2021.

Orientar a leitura em voz alta do texto sobre como atualmente ocorre o cultivo e descaroçamento do algodão, o que contribuirá para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

Solicitar aos alunos que expliquem o que entenderam da leitura. Para ajudar na compreensão, é possível fazer algumas perguntas. Como é feito o pagamento dos trabalhadores? É diferente do que acontecia no passado? Como é feita a colheita hoje em dia, de forma manual ou com máquinas? Quais as diferenças apresentadas nesse texto?

Em seguida, pedir a eles que observem as imagens e, com base no que viram nas fotografias e em suas respectivas legendas, explicar se elas se relacionam com o texto lido.

Solicitar aos alunos que respondam às questões propostas, em que devem identificar as mudanças e as permanências do processo de cultivo do algodão.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que façam pesquisas em livros, revistas ou na internet sobre outros tipos de maquinários presentes em plantações, como as de cana-de-açúcar e de soja. Ao final, compartilhar o que descobriram com os colegas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade proposta aproxima-se da Competência Específica 1 de História, ao comparar o trabalho de cultivo do algodão no passado e no presente, possibilitando que os alunos observem mudanças e permanências.

Fim do complemento.

MP120

CAPÍTULO 10. Trabalhadores da cidade

Há cerca de cem anos, havia diversos trabalhadores nas cidades brasileiras, como comerciários, vendedores ambulantes, alfaiates, sapateiros, ferreiros, marceneiros e pedreiros.

Com o desenvolvimento da indústria, começou a crescer o número de trabalhadores nas fábricas, chamados de operários.

Imagem: Cartaz. Apresenta borda com arabescos e na parte superior está escrito “FABRICA PROENÇA”. Ao centro, um homem descalço, com calça, camisa e chapéu está de pé ao lado de um cenário com estrada de terra e outro com uma grande fábrica com chaminés e tijolos. No topo está escrito, “FABRICA DE SABÃO PROENÇA”.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cartaz de propaganda de uma fábrica no município de Fortaleza, no estado do Ceará, 1908. FIM DA LEGENDA.

  1. Elabore uma pequena produção de escrita, imaginando como era o trabalho na fábrica. Utilize informações do cartaz: nome da fábrica, data, local e os produtos fabricados.

    _____

    PROFESSOR Resposta: É na elaboração e produção de escrita que os alunos têm a possibilidade de se expressar, vivenciando seu momento autoral ao produzir um texto. Esse é um momento importante no processo de aprendizagem do estudante.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 10

Unidade temática

A noção de espaço público e privado.

Objeto de conhecimento

• A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer.

Habilidade

• EF03HI11: identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo permite valorizar a diversidade de vivências e saberes, entender as experiências e as relações do mundo do trabalho e conhecer os tipos de trabalho na cidade, aproximando-se da Competência Geral 6. Além disso, aproxima-se da Competência Específica 3 das Ciências Humanas, ao identificar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, promovendo a compreensão e a percepção das mudanças e das permanências.

Fim do complemento.

Perguntar aos alunos se eles sabem em que os profissionais citados (comerciários, vendedores ambulantes, alfaiates, sapateiros, ferreiros, marceneiros e pedreiros) trabalham e peça a eles que expliquem o que cada profissional faz. Se não souberem, apresentar cada profissão, dizendo que todas elas ainda existem, apesar de algumas terem perdido espaço, como os alfaiates.

Explicar aos alunos sobre quem trabalha nas fábricas, os operários. Apontar que eles são trabalhadores que surgiram apenas quando passaram a existir as fábricas, que se consolidaram no século XIX. Essa informação é importante para que os alunos percebam a existência de mudanças históricas.

Explorar o cartaz com os alunos, começando pela leitura da legenda, identificando o local e o ano em que esse cartaz circulou. Pedir que retirem informações da imagem, solicitando que expliquem o que observam e mostrem onde estão as seguintes informações: nome da fábrica; endereço; cidade; produtos fabricados. Auxiliar os alunos em relação ao que está sendo retratado no cartaz: uma importante avenida, a Caio Prado; e a fábrica de sabão.

Orientar os alunos na produção de escrita. Essa atividade permitirá a eles trabalhar a interpretação e a relação de duas linguagens, visual e escrita, auxiliando no processo da alfabetização com o ato da escrita. Além disso, auxiliará no desenvolvimento da imaginação e na habilidade de contar uma história com coesão e coerência.

MP121

Há cerca de cem anos, a rotina de trabalho dos operários era pesada. Os horários de acordar e de entrar no trabalho eram determinados pelos apitos das fábricas, como descrito no texto a seguir.

O controle do apito

O trabalho na fábrica não era fácil. Longas jornadas de trabalho. Às quatro horas da manhã, soava o primeiro apito. [...] Em intervalos cada vez mais curtos, os apitos iam se repetindo, controlando o tempo de cada um. [...]

[...] Antes das cinco horas, [os operários] estavam na portaria da fábrica para mais um turno de trabalho. Ninguém podia chegar atrasado, aquele que o fizesse tinha desconto no salário. [...]

Isabel Cristina Caetano Dessotti. A educação operária no final do século XIX e início do XX em Sorocaba sob o olhar da imprensa : o escrito e o silenciado. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas, 2017. p. 85.

Imagem: Fotografia em preto e branco. No interior de um grande galpão, diversas mulheres trabalham sentadas diante de mesas de com máquinas de costura e muitas roupas. Elas usam coque e longos vestidos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Interior de fábrica no município de Salto, no estado de São Paulo. Foto de 1920. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações sobre o horário dos trabalhadores.
    1. A que horas os operários acordavam?

      _____

      PROFESSOR Resposta: Às quatro horas da manhã.
    1. Em que horário iniciava o trabalho nas fábricas?

      _____

      PROFESSOR Resposta: Às cinco horas da manhã.
  1. Marque com um X o que o termo “apito” significa no texto.

    ( ) Um brinquedo de criança.

    ( ) Um alarme para acordar as pessoas.

    PROFESSOR Resposta correta: Um alarme para acordar as pessoas.
  1. O que ocorria se o operário chegasse atrasado?

    _____

PROFESSOR Resposta: Ele recebia um desconto no salário.
MANUAL DO PROFESSOR

Explicar que os operários seguiam determinada rotina de horários, assim como os alunos que têm um horário para ir para a escola, para cada aula, para o almoço etc.

Ler o texto com os alunos e fazer as perguntas a seguir. Como era o trabalho? Quando soava o primeiro apito? Onde os operários se encontravam antes das 5 horas da manhã? Por que os apitos soavam?

Pedir aos alunos que interpretem a fotografia do interior de uma fábrica, solicitando que eles apontem a cidade em que foi tirada e a data e que descrevam o que eles observam (operárias trabalhando com tecido).

Orientar nas atividades de compreensão de texto em que os alunos deverão localizar e retirar informações do texto para responder às questões. Socializar as respostas individuais.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades destas páginas permitem exercitar a imaginação, interpretar diferentes linguagens e valorizar a diversidade de saberes e vivências que possibilitam o entendimento das relações do mundo do trabalho, aproximando-se das Competências Gerais 2, 4 e 6. Além disso, aproxima-se da Competência Específica 1 de História ao trabalhar com acontecimentos históricos relacionados às permanências e mudanças.

Fim do complemento.

MP122

Profissões de outros tempos

Algumas profissões que eram exercidas no Brasil em outros tempos deixaram de existir ou diminuíram muito a quantidade de trabalhadores.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Sete homens uniformizados com camisa e calça posam para foto enfileirados lado a lado diante da fachada de um prédio.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lanterninhas de cinema. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Dois homens de terno e chapéu coco estão sentados cada um em uma charrete com dois cavalos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Cocheiros. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Um homem uniformizado com calça, camisa e boina está diante de um poste e manipula uma haste ligada à lamparina.   Fim da imagem.

LEGENDA: Acendedor de lampiões. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Em uma via, um senhor de boina e óculos está de pé ao lado de um carrinho de madeira. Ele segura um instrumento próximo de uma superfície redonda.   Fim da imagem.

LEGENDA: Amolador. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Um homem de terno, calça e sapato está de pé diante de uma máquina fotográfica sobre um tripé. Ele está com o rosto coberto por um pano ligado à máquina e diante de um menino que posa de sapato, camisa e calça à sua frente. Um chapéu está pendurado no equipamento  Fim da imagem.

LEGENDA: Fotógrafo lambe-lambe. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: As imagens foram feitas entre 1900 e 1964. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar os alunos no trabalho com as linguagens visual, escrita e verbal. Solicitar que observem as fotografias e leiam as legendas que informam a denominação de cada profissão. Em seguida, pedir que expliquem ou levantem hipóteses sobre o que cada profissional faz. Esclarecer as profissões que eles não conseguirem compreender. É importante dizer que muitas dessas profissões sofreram mudanças ao longo do tempo, apontando que algumas não existem mais.

A extinção de profissões

Com as novas tecnologias, algumas tarefas que antes levavam dias ou horas para serem realizadas agora são concluídas em poucos segundos.

Pagar suas compras de supermercado, por exemplo, que antes exigia uma espera que poderia ser longa dependendo da fila, ficou mais fácil através do modelo de self-checkout . Você compra, escaneia, coloca na sacola e vai embora.

Mas para todo bônus há um ônus – enquanto as novidades surgem para facilitar a vida de alguns, elas podem tirar o emprego de outros. [...]

MP123

Imagem: Fotografia em preto e branco. Um homem uniformizado com camisa, calça, sapato e boina puxa um carrinho acoplado a uma caixa com a inscrição “LEITERIA PARIZIENSE” em uma rua de paralelepípedos.   Fim da imagem.

LEGENDA: Leiteiro. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Uma mulher de camisa xadrez está sentada diante de uma máquina de escrever sobre uma mesa.  Fim da imagem.

LEGENDA: Datilógrafa. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Destaque de um bonde lotado. Na parte frontal, separado, está o condutor. Na segunda, os passageiros, em sua maioria homens, posam para foto nas janelas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Motorneiro. FIM DA LEGENDA.

  1. Relacione o nome do profissional com as atividades que cada um desenvolvia.

Coluna à esquerda:

Fotógrafo lambe-lambe

Acendedor de lampião

Leiteiro

Amolador

Cocheiro

Lanterninha de cinema

Datilógrafa

Motorneiro

Coluna à direita:

Conduzia um coche, veículo puxado a cavalo, para transportar passageiros.

Acompanhava as pessoas a seus lugares na sala escura do cinema.

Datilografava textos e documentos em uma máquina de escrever.

Conduzia os bondes.

Fotografava as pessoas nos espaços públicos, como praças e jardins.

Entregava o leite nas casas das pessoas todos os dias.

Afiava as tesouras e as facas dos moradores das cidades.

Acendia e apagava os lampiões que iluminavam a cidade.

PROFESSOR Respostas corretas: Fotógrafo lambe-lambe - Fotografava as pessoas nos espaços públicos, como praças e jardins. Acendedor de lampião - Acendia e apagava os lampiões que iluminavam a cidade. Leiteiro - Entregava o leite nas casas das pessoas todos os dias. Amolador - Afiava as tesouras e as facas dos moradores das cidades. Cocheiro - Conduzia um coche, veículo puxado a cavalo, para transportar passageiros. Lanterninha de cinema - Acompanhava as pessoas a seus lugares na sala escura do cinema. Datilógrafa - Datilografava textos e documentos em uma máquina de escrever. Motorneiro - Conduzia os bondes.
MANUAL DO PROFESSOR

Importante ressaltar que a maioria dos especialistas afirma que à medida em que vagas são extintas em empregos “desatualizados”, outras vagas são criadas em áreas que usam novas tecnologias e que podem absorver os profissionais – desde que estes estejam dispostos a se atualizarem.

De acordo com os pesquisadores, se houver uma alternativa tecnológica para o trabalho humano, não haverá discussão; ela será escolhida de forma a aumentar a produtividade.

Neste cenário de transformações digitais constantes, a expectativa é que cerca de 2,1 milhões de trabalhadores concentrados em cinco áreas principais possam ver seus empregos desaparecerem nos próximos anos.

D’ÁVILA, Mariana Zonta. Estudo lista 5 profissões que podem desaparecer nos próximos anos. Infomoney , 4 set. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/e1H. Acesso em: 5 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que desenvolvam a atividade em que devem relacionar as atribuições de cada trabalhador ao nome da profissão.

Atividade complementar

Orientar os alunos a investigar em livros, jornais e na internet informações sobre profissões que não existem mais. Pedir para que compartilhem com os colegas o que encontraram.

MP124

Tempo, tempo...

As pessoas podem estudar as mudanças que ocorreram no trabalho, no campo e na cidade, por meio de diferentes fontes históricas, como fotografias, documentos escritos, depoimentos e entrevistas.

Por meio de uma entrevista, podemos saber, por exemplo, como foram as mudanças no trabalho das costureiras, como nos conta Júlia a seguir.

Há sessenta anos

Pergunta – Depois que terminou o curso [de corte e costura, você] procurou emprego?

Resposta – Foi e consegui, só que eu pensei que fosse igual ao curso, depois chegou lá, eu vi que era diferente. Pensei que eu fosse cortar e alinhavar , confeccionar, e na indústria não existe esse sistema de alinhavar, você tem que ter o golpe de vista e juntar, unir as folhas de tecido e ir embora na máquina. [...]

História de Júlia Maria Medeiros. Agulha e linha. Museu da Pessoa , 12 abr. 2005. Disponível em: http://fdnc.io/e1J. Acesso em: 12 jan. 2021.

Glossário:

Alinhavar: preparar o tecido para a costura.

Fim do glossário.

Imagem: Ilustração. Um carretel de linhas. Ilustração. Uma almofada com agulhas espetadas. Ilustração. Uma máquina de costura com uma linha ligada a uma faixa de tecido colorido.  Fim da imagem.

Observação: Imagens fora de escala com finalidade meramente ilustrativa. Fim da observação.

  1. Como era o trabalho de Júlia na fábrica de confecção de roupas há sessenta anos?

    _____

PROFESSOR Resposta: Ela unia as folhas de tecido e costurava na máquina.
MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

Os conteúdos apresentados nos depoimentos de Júlia permitem aos alunos refletir sobre algumas características do trabalho das costureiras nas fábricas, identificando mudanças ao longo do tempo.

Orientar os alunos a fazer a leitura coletiva dos depoimentos e, em seguida, pedir a eles que relacionem os dois momentos retratados. Espera-se que identifiquem como era o trabalho antes da introdução de algumas máquinas no processo da costura e, depois, a diminuição do serviço manual.

Solicitar aos alunos que encontrem nos textos os termos “alinhavar” e "casear" e, em seguida, tentem explicar o que entenderam das palavras apenas pelo contexto. Depois, eles podem ler os glossários e comparar a resposta que deram com as definições. Essa atividade auxiliará no processo de desenvolvimento e aquisição de vocabulário.

Conversar com os alunos sobre a importância de consultarmos vários tipos de fonte histórica para sabermos o que aconteceu no passado, e não apenas as escritas. As fontes orais também devem ser utilizadas para entender a história.

As fontes orais na história

Não obstante suas limitações, a história oral deve ser entendida como um método capaz de produzir interpretações sobre processos históricos referidos a um passado recente, o qual, muitas vezes, só é dado a conhecer por intermédio de pessoas que participaram ou testemunharam algum tipo de acontecimento. Quando uma pessoa passa a relatar suas lembranças, transmite emoções e vivências que podem e devem ser partilhadas, transformando-as em experiência, para fugirem do esquecimento. No momento em que uma entrevista é realizada, o entrevistado encontra um interlocutor com quem pode trocar impressões sobre a vida que transcorre ao seu redor; é um momento no qual lembranças são ordenadas com o intuito de conferir, com a ajuda da imaginação, ou da saudade, um sentido à vivência do sujeito que narra a sua história.

MP125

  1. Agora, leia o que Júlia comenta sobre o trabalho na fábrica de roupas atualmente. Depois, responda às questões.

    Atualmente

    Pergunta – Comparando a [...] produção antiga com a de hoje, o que mudou?

    Resposta – [...] Negócio de marcar por exemplo a casa das camisas ou das calças, tinha uns papelões com a medida e era colocado na frente da camisa, ou no cós da calça, para marcar o local onde ia casear , [...] isso não existe mais, a máquina marca, a própria máquina tem o espaço coloca ali a máquina faz uma marca e depois é caseado, eu não conheço esse tipo de máquina, não tinha no meu tempo. [...]

    História de Júlia Maria Medeiros. Agulha e linha. Museu da Pessoa , 12 abr. 2005. Disponível em: http://fdnc.io/e1K. Acesso em: 12 jan. 2021.

    Glossário:

Casear: abrir casa pela qual passa o botão.

Fim do glossário.


  1. Segundo Júlia, por que o serviço manual na fábrica diminuiu?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Segundo Júlia, o serviço manual diminuiu porque as máquinas estão mais modernas e substituem em parte o serviço humano, como o de casear calças e camisas.
  1. Por que a entrevista dada por Júlia pode ser considerada uma fonte histórica oral?

    _____

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos respondam que a entrevistada conta as mudanças em relação às condições de trabalho em sua profissão, contribuindo para os estudos históricos sobre o assunto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Ao traduzir experiências vividas, relacionadas à situação atual dos sujeitos, a entrevista conforma-se a uma comunicação articulada por associações mais ou menos livres.

Ao responder a uma indagação do pesquisador, o entrevistado é instado à rememoração. Naquele momento, ele se mostra disposto a lembrar de acontecimentos e de pessoas situadas em outros tempos e lugares. Porém, é o tempo presente, ainda que nem sempre expresso em palavras, que serve de ponto de partida para a rememoração. [...]

SANTOS, Antonio Cesar de Almeida. Fontes orais : testemunhos, trajetórias de vida e história. Disponível em: http://fdnc.io/5Vf. Acesso em: 5 jun. 2021.

Atividade complementar

Como tarefa de casa, propor aos alunos que façam uma entrevista com adultos sobre as mudanças no mundo do trabalho. Eles podem fazer perguntas para identificar: a data de nascimento do entrevistado; o trabalho que ele exerce; algumas das mudanças que ele percebe no exercício desse trabalho atualmente em comparação com a época em que começou a exercê-lo. Os alunos devem anotar as respostas e depois, em sala de aula, contar sobre o que ouviram e o que aprenderam.

O objetivo da atividade é que os alunos compreendam a importância e a validade de variadas fontes, como a fonte oral.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades destas páginas permitem exercitar o desenvolvimento de hipóteses relacionadas às mudanças históricas com base em diferentes fontes, como a fonte oral, aproximando-se da Competência Específica 3 de História.

Fim do complemento.

MP126

Mudanças nas profissões

As novas tecnologias desenvolvidas, sobretudo nos últimos cinquenta anos, influenciaram diretamente os trabalhadores, criando novos campos de trabalho e gerando novas profissões.

Novas profissões

Profissional de telemedicina

Os profissionais da saúde vão migrar cada vez mais para a telemedicina . [...]

Por isso, muitos deles terão que desenvolver suas habilidades de conexão com o cliente à distância e ter uma grande afinidade com a tecnologia.

Desenvolvedores de tecnologia móvel

O celular e o tablet são aparelhos eletrônicos que ganham cada vez mais espaço [...].

Portanto, os desenvolvedores de softwares e ferramentas móveis terão espaço garantido no mercado de trabalho e entre as profissões do futuro.

Profissões do futuro: 7 possibilidades para conhecer. Bem Paraná , 18 set. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/e1L. Acesso em: 12 jan. 2021.

Glossário:

Telemedicina: área da saúde que oferece atendimento não presencial por meio da tecnologia.

Fim do glossário.

  1. Preencha o quadro com informações sobre as profissões citadas no texto.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Nome da profissão

    Função

    _____

    PROFESSORResposta: Profissional de telemedicina.

    _____

    PROFESSORResposta: Atender pacientes à distância com o uso da tecnologia.

    _____

    PROFESSORResposta: Desenvolvedor de tecnologia móvel.

    _____

    PROFESSORResposta: Desenvolver aplicativos e ferramentas para celulares e tablets.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Se você tivesse que escolher entre essas duas profissões, qual escolheria? Por quê?
PROFESSOR Atenção professor: Garantir um tempo para os alunos exporem suas ideias e suas opiniões, possibilitando que exercitem a oralidade. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Comentar com os alunos como a tecnologia faz parte do cotidiano das pessoas, por meio dos celulares, computadores, leitores de livros digitais, tablets etc. Além disso, cada vez mais é utilizada durante o trabalho, sendo um exemplo disso a telemedicina.

Fazer a leitura compartilhada do texto sobre as alterações no mercado de trabalho consequentes da adoção de novas tecnologias, como a telemedicina e os desenvolvedores de tecnologia móvel. Questionar o que entenderam da primeira parte do texto. Quem vai migrar para a telemedicina? E por quais mudanças esses profissionais passarão? Questionar também sobre a segunda parte do texto. Quem terá espaço garantido no mercado de trabalho do futuro? Por que esse profissional tem se tornado importante?

Solicitar que encontrem no texto o termo “telemedicina” e expliquem o que entenderam dele apenas pelo contexto. Depois podem ler o glossário e comparar a resposta que deram com a definição. Isso auxiliará no processo de desenvolvimento e aquisição de vocabulário.

Orientar a atividade em que devem interpretar e compreender as informações do texto para completar o quadro. Propor que socializem as respostas com os colegas. Na escolha das profissões, orientar que pensem sobre as duas profissões e escrevam um pequeno texto com argumentos que mostrem os motivos de terem escolhido uma delas. Por fim, podem compartilhar o que decidiram e os fundamentos para isso.

Essas atividades auxiliarão no desenvolvimento da capacidade de leitura e compreensão de texto, ampliando o processo de alfabetização.

A tecnologia na educação

A educação faz parte da vida do indivíduo desde a sua infância e irá interferir nas oportunidades e possibilidades, bem como o desenvolvimento cerebral, pois educação significa a construção do conhecimento através de situações vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida. As tecnologias fazem parte do processo educacional, por isso, a compreensão e interação com as linguagens virtuais são importantes para o ensino e aprendizagem devido à democratização de acesso às informações e conhecimentos.

[...] o uso da tecnologia [...] pode ser um meio para facilitar a inserção do aluno à escola e também reduzir a evasão escolar, pois elimina as distâncias e permite o compartilhamento de informações [...]. A internet potencializa as atividades desenvolvidas pelos professores e alunos, viabilizando a busca ampla pelo conhecimento.

MP127

Uma das áreas impactadas pelas novas tecnologias é a ambiental, que inclui novas profissões, como gestor de resíduos sólidos, engenheiro florestal, gestor ambiental, engenheiro de energia, entre outras.

As profissões e o ambiente

Cuidar do meio ambiente inclui reciclar o lixo, comprar de pequenos produtores e controlar os gastos de recursos naturais, mas vai além disso. De maneira prática, muitas profissões exercem um papel crucial na preservação do meio ambiente, mantendo sob cuidado espécies ameaçadas, garantindo que leis ambientais sejam seguidas corretamente pelas empresas e pensando em alternativas sustentáveis para os processos do dia a dia.

Débora Ramos. Conheça 5 profissões que trabalham na preservação do meio ambiente. Capital News , 3 ago. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/e1M. Acesso em: 12 jan. 2021.

Glossário:

Crucial: importante, decisivo.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Na mata, uma mulher uniformizada e com capacete folheia uma caderneta. Ao fundo, outras pessoas uniformizadas e com equipamentos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Engenheira florestal no município de Sena Madureira, no estado do Acre. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Grife no texto as atividades relacionadas aos cuidados com o ambiente.
    PROFESSOR Resposta: reciclar o lixo; comprar de pequenos produtores; controlar os gastos de recursos naturais; mantendo sob cuidado espécies ameaçadas; garantindo que leis ambientais sejam seguidas corretamente pelas empresas; pensando em alternativas sustentáveis para os processos do dia a dia.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Você considera as profissões mencionadas no texto importantes? Por quê?
    PROFESSOR Atenção professor: A atividade permite ao aluno se posicionar e exercitar a argumentação, exigindo deles mais reflexão e organização de seu pensamento, importantes na sua formação. Fim da observação.
  1. Das atividades mencionadas no texto, a mais comum nos municípios é a reciclagem, possibilitada pela coleta seletiva de lixo.
    1. Procure descobrir se na localidade em que você vive há coleta seletiva de lixo visando à reciclagem e como ela é realizada.

      _____

      PROFESSOR Atenção professor: O aluno poderá investigar com os adultos da sua comunidade se há coleta seletiva de lixo e como ela é realizada. Fim da observação.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    1. Na sua escola, o que é possível fazer para melhorar a produção, a coleta e o destino do lixo? Compartilhe suas ideias com os colegas e ouça as ideias deles.
PROFESSOR Atenção professor: Refletir com os alunos sobre as diversas formas de produzir menos lixo: utilizar menos produtos descartáveis, isopor, canudinhos plásticos etc. Pode-se também desenvolver campanhas de coleta seletiva e de consumo consciente. É um momento para todos repensarem as questões ambientais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

[...]

A introdução ao uso da tecnologia como ferramenta em sala de aula, nos faz refletir sobre a relação tecnologia/processo educativo, apontando que não basta apenas utilizar tecnologia, é necessário inovar em termos de práticas pedagógicas. O uso do computador, tablets , celulares, aplicativos, softwares , internet, promove aprendizados significativos junto aos alunos no processo de ensino-aprendizagem.

MARTINO, Solange Beatrís. Introdução ao uso da tecnologia básica como ferramenta em sala de aula. Trabalho de Conclusão de Curso (Informática Instrumental). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019. p. 8. Disponível em: http://fdnc.io/e1N. Acesso em: 5 jun. 2021.

Apresentar aos alunos a existência de novas profissões que relacionam tecnologia e meio ambiente. Solicitar que reflitam e exponham o motivo de cuidar do meio ambiente.

Fazer a leitura compartilhada do texto e perguntar se conhecem outras profissões relacionadas à proteção do meio ambiente.

Orientar nas atividades e pedir a eles que compartilhem as passagens do texto que grifaram e o motivo disso.

Solicitar que reflitam se são importantes as profissões abordadas no texto e por quê.

Pedir a eles que investiguem se existe ou não coleta seletiva de lixo onde vivem, propondo as questões a seguir: Você e a sua família separam o lixo considerado reciclável? Esses materiais recicláveis são coletados no lugar onde você vive, ou são levados à outro local?

Solicitar que dialoguem com os colegas, levantando ideias e sugestões para ajudar na melhoria do tratamento do lixo produzido na escola e na comunidade.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação ambiental

Este pode ser um momento para explorar a conscientização dos alunos sobre determinados costumes que impactam o ambiente.

Solicitar que pesquisem sobre quais materiais são recicláveis e quais não são e pedir a eles que reflitam se agem de forma a proteger o meio ambiente, questionando se descartam lixo no chão ou o levam a uma lixeira.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas aproximam-se da Competência Geral 7 ao possibilitarem que os alunos analisem, compreendam, argumentem e promovam a consciência socioambiental.

Fim do complemento.

MP128

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 9 e 10

Avaliação de processo de aprendizagem

Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.

  1. Leia os nomes de algumas profissões.

Desenvolvedor de tecnologia

Datilógrafa

Cocheiro

Acendedor de lampião

Motorneiro

Profissional de telemedicina

  1. Quais dessas profissões não existiam há cerca de cem anos?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Profissional de telemedicina e desenvolvedor de tecnologia móvel.
  1. Quais dessas profissões desapareceram ou estão em vias de desaparecer?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Cocheiro, motorneiro, datilógrafa, acendedor de lampião.
  1. Observe e analise duas fotos que representam diferentes formas de trabalho na colheita da cana.
Imagem: A. Fotografia. Em meio a uma plantação de cana, um homem uniformizado com roupa grossa, caneleira, luvas e chapéu colhe um pé com auxílio de um instrumento.  Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita em propriedade rural no município de Engenheiro Beltrão, no estado do Paraná. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Um grande maquinário realiza uma colheita em uma plantação e despensa em um recipiente acoplado a um trator.  Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita em propriedade rural no município de Bauru, no estado de São Paulo. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: listar profissões que desapareceram e que surgiram nos últimos anos.

O aluno deverá identificar profissões que há cem anos não existiam, mas que hoje fazem parte do nosso cotidiano, e profissões que existiam no passado, mas que atualmente não estão mais presentes ou estão deixando de existir.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar mudanças em algumas atividades do campo nos últimos duzentos anos.

Ao solicitar que o aluno diferencie o trabalho durante a colheita de cana como mecanizado ou manual e apresente justificativas para a resposta, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

MP129

  1. Qual das fotos representa a colheita mecanizada? Como você chegou a essa conclusão?

    _____

    PROFESSOR Resposta: B, pois há uma máquina colheitadeira colhendo a cana e jogando em um contêiner.
  1. E qual representa a colheita manual? Por quê?

    _____

    PROFESSOR Resposta: A, pois há uma pessoa colhendo manualmente a cana.
  1. Marque com um X as alternativas que correspondem às profissões que trabalham na área ambiental.

    ( ) Engenheiro florestal.

    ( ) Médico.

    ( ) Gestor ambiental.

    ( ) Taxista.

    ( ) Engenheiro de energia.

    PROFESSOR Respostas corretas: Engenheiro florestal. Gestor ambiental. Engenheiro de energia.

    Autoavaliação

    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na avaliação do próprio aprendizado. Fim da observação.

    Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

    Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Identifiquei alguns trabalhadores e as atividades econômicas de meu lugar de viver?
  1. Identifiquei algumas formas de trabalho existentes no campo e na cidade em diferentes tempos?
  1. Comparei o uso da tecnologia no campo em diferentes tempos?
  1. Li os textos com facilidade?
  1. Fiz as lições de casa pontualmente?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: listar profissões que desapareceram e que surgiram nos últimos anos.

Espera-se que o aluno se recorde dos novos profissionais que trabalham no cuidado do meio ambiente, assinalando as três opções corretas.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, possibilitando que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos.

Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP130

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 9 e 10

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 9 e 10. Assim, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Que mudanças ocorreram nas formas de trabalho ao longo do tempo?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 9 e 10.

A realização dessas atividades favorece um acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP185 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP131

Introdução ao módulo dos capítulos 11 e 12

Este módulo, formado pelos capítulos 11 e 12, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, tem como objetivo trabalhar as mudanças no modo de vida dos habitantes da cidade e do campo, abordando diferentes aspectos, como as formas de lazer na cidade e a tradição dos peões de boiadeiro no campo.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

O que mudou no modo de vida dos habitantes do campo e da cidade?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF03HI08 ao oportunizar o reconhecimento das diferenças entre os modos de vida do campo e da cidade e suas transformações ao longo do tempo, bem como o desenvolvimento da habilidade EF03HI12, ao abordar as transformações nas dimensões do trabalho e do lazer em tempos e espaços distintos.

São apresentadas atividades de leitura e interpretação de textos e de imagens, de dramatização e de pesquisa, que permitem o conhecimento do modo de vida nas cidades, como as formas de lazer, apresentando permanências e mudanças relacionadas com o tempo histórico.

Como pré-requisito, é importante que os alunos tenham algumas noções sobre a diferença entre campo e cidade, atualmente e em outros tempos.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP132

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 11 e 12

O que mudou no modo de vida dos habitantes do campo e da cidade?

CAPÍTULO 11. A vida nas cidades

O modo de vida dos moradores das cidades brasileiras mudou muito ao longo do tempo, como no caso dos moradores do Rio de Janeiro há cerca de duzentos anos.

O Rio de Janeiro

A cidade acordava cedo. Com os primeiros raios de sol, podia-se ouvir o crescente barulho que tomava conta das ruas e vielas. [...]

Antes das sete horas da manhã já era grande o movimento nas ruas do centro. [...]

Mais do que em qualquer outra parte, o barulho era maior nos mercados, realizados quase sempre ao ar livre, como o da Praia do Peixe, nas cercanias do Paço. Nele, ao lado das bancas de peixe, amontoavam-se barraquinhas e tabuleiros de hortaliças, frutos e toda sorte de quitanda – bolos, biscoitos, doces e outros alimentos de fabricação caseira. Ali também eram vendidos utensílios de barro e madeira, bem como esteiras e cestos.

Ilmar R. de Mattos e outros. O Rio de Janeiro, capital do reino . São Paulo: Atual, 1995. p. 26-28. (Título adaptado.)

LEGENDA: Vista da cidade do Rio de Janeiro em litografia de cerca de duzentos anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. De acordo com o texto, como era o movimento nas ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro há cerca de duzentos anos?
    PROFESSOR Resposta: Antes das sete horas da manhã já era grande o movimento nas ruas do centro e havia barulho nos mercados.
  1. Grife no texto os produtos que eram comercializados no Mercado da Praia do Peixe.
    PROFESSOR Resposta: peixe; hortaliças, frutos; bolos, biscoitos, doces e outros alimentos de fabricação caseira; utensílios de barro e madeira; esteiras e cestos.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 11

Unidades temáticas

O lugar em que vive.

A noção de espaço público e privado.

Objetos de conhecimento

• A produção dos marcos da memória: a cidade e o campo, aproximações e diferenças.

• A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer.

Habilidades

• EF03HI08: identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

• EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo permite valorizar a diversidade de vivências, saberes, indivíduos, identidades, grupos sociais e culturas, aproximando-se das Competências Gerais 6 e 9 e das Competências Específicas 1 e 4 das Ciências Humanas.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema para que possam ser retomados na conclusão do módulo.

Fazer uma leitura dialogada do texto, propondo aos alunos as perguntas: O que acontecia logo cedo na cidade do Rio de Janeiro? Onde era grande o movimento? E em que locais tinha mais barulho?

É importante lembrar aos alunos que o texto trata de um momento do passado e descreve parte do ritmo da cidade e do modo de vida no Rio de Janeiro de 200 anos atrás.

MP133

Explorar fonte histórica visual

  1. Observe duas fotografias que mostram o movimento de pessoas no Mercado da Praia do Peixe, no Rio de Janeiro.
Imagem: A. Fotografia em preto e branco. Destaque de uma faixa à beira-mar com pequenas embarcações e muitas barracas com toldos ao redor. Ao fundo, grandes construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mercado da Praia do Peixe, na cidade do Rio de Janeiro. Foto de 1885. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia em preto e branco. Ao centro, mulheres de pé próximas de cestos. Ao redor, há construções simples e homens trabalhando. Fim da imagem.

LEGENDA: Mercado da Praia do Peixe, na cidade do Rio de Janeiro. Foto de 1892. FIM DA LEGENDA.

  1. Descreva a imagem A.

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Há pessoas, provavelmente pescadores, barcos, mar, construções e outros elementos que os alunos podem observar. Fim da observação.
  1. Agora, descreva a imagem B.

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Há compradores e vendedores, homens, mulheres, construções, cestos e outros elementos que os alunos podem observar. Fim da observação.
  1. Por que a preservação desse tipo de fotografia é importante para os estudos de História?

    _____

PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos reflitam sobre a importância da preservação das fontes históricas para o trabalho de interpretação histórica. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica visual: fotografia

Orientar coletivamente a observação das duas fotografias, identificando com os alunos: se as imagens são coloridas ou não; o local retratado; as datas; a cidade; e os elementos que aparecem nelas (pessoas, objetos etc.). É importante que esse processo de descrever seja feito de forma compartilhada e sejam anotadas as respostas. Em seguida, eles devem responder individualmente às questões, descrevendo o que observaram.

Na segunda atividade, espera-se que os alunos levantem hipóteses sobre a importância das fontes visuais. Eles podem responder, por exemplo, que as fotografias possibilitam saber como as pessoas se vestiam, como a cidade era antigamente etc., concluindo que as fontes visuais são um tipo de registro que permite conhecer aspectos do passado.

Atividade complementar

Propor aos alunos que façam uma entrevista com algum adulto da convivência deles. O objetivo da atividade é que eles conheçam como era a vida desse familiar no passado e que percebam algumas diferenças em relação aos dias atuais. Auxiliar na elaboração de algumas perguntas. Quando você era criança, quais eram as suas brincadeiras preferidas? Como você se deslocava para os lugares? Onde você comprava roupas? E a comida, onde comprava (mercado, feira, açougue etc.)?

Os alunos devem anotar as respostas e depois, em sala de aula, socializar o que ouviram e o que aprenderam.

MP134

Formas de lazer

As formas de lazer dos moradores das cidades brasileiras também mudaram muito ao longo do tempo.

Lazer há cem anos

Ao contrário de hoje, quando as pessoas se fecham cada vez mais em suas casas ou em ambientes reservados [...], era hábito comum as pessoas se reunirem após o jantar para conversar nas calçadas. Levavam cadeiras para a rua para poderem conversar sentadas.

Um costume daquele tempo era fazer serenatas acompanhadas por bandolins, flautas e clarinetas. Grupos de seresteiros saíam às ruas para homenagear algumas famílias. Paravam em frente a uma casa e cantavam, acompanhados por seus instrumentos musicais.

Nicolina Luíza de Petta. A fábrica e a cidade até 1930 . São Paulo: Atual, 1995. p. 26. (Título adaptado.)

Imagem: Pintura. Durante a noite, três homens de terno claro, camisa com gravata colorida e sapato com meias longas coloridas tocam instrumentos. Um deles, de chapéu, está sentado e toca violão. Os outros dois estão de pé, o primeiro, toca flauta; e o segundo, também de chapéu, toca trompete.  Fim da imagem.

LEGENDA: Serenata, pintura de Candido Portinari, 1959. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais formas de lazer foram citadas no texto?

    ( ) Ver televisão.

    ( ) Fazer serenata.

    ( ) Colocar cadeira na calçada e sentar-se para conversar.

    PROFESSOR Respostas corretas: Fazer serenata. Colocar cadeira na calçada e sentar-se para conversar.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Você já realizou alguma dessas formas de lazer? Converse com os colegas e o professor sobre isso.
    PROFESSOR Atenção professor: Este é um momento de os alunos exercitarem a oralidade, o respeito à sua vez de falar e de ouvir e de valorizarem a troca de experiência entre eles; poderão também perceber algumas mudanças ou permanências. Fim da observação.
  1. Em casa, leia o texto em voz alta para um adulto.
MANUAL DO PROFESSOR

Solicitar aos alunos que leiam o texto sobre algumas formas de lazer no passado e anotem o que entenderam da leitura. Perguntar sobre o que trata o texto e sobre as diferenças apontadas entre o que acontecia no passado e o que acontece no presente.

Em seguida, eles podem compartilhar com os colegas qual foi a interpretação e compreensão que tiveram da leitura.

Orientar nas atividades, em que eles devem identificar as formas de lazer citadas, localizando e retirando informações do texto. Além disso, os alunos devem refletir sobre as atividades descritas e comentar se já praticaram algumas dessas formas de diversão.

O controle urbano do lazer

No Brasil o fenômeno “populismo” tem na figura de Getúlio Dornelles Vargas o seu maior representante. [...]

É interessante notar que as festas, propagandas, comícios, paradas que ocorriam no momento de lazer do trabalhador, possuíam dupla função: a primeira de construção da imagem do presidente e a segunda como atividades para afastar a ociosidade dos operários. Quanto a esta segunda função [...] o Código Penal brasileiro de 1941 tratava de forma especial o crime contra a moral e os bons costumes, com o título de “vagabundagem”. As ações do governo objetivavam a ordem por meio de atividades que mantivessem ativos os trabalhadores para não se envolverem com qualquer tipo de ação ilícita. Vargas foi o primeiro presidente que utilizou o tempo livre como propaganda e controle.

MP135

Por meio de depoimentos como o de Alice, reproduzido a seguir, é possível conhecer também outras formas de lazer das pessoas há cerca de cem anos.

  1. Quando o professor solicitar, leia o depoimento em voz alta.

    Passeio especial

    Íamos a piqueniques na Cantareira, no Parque Antártica, com as famílias amigas. Aos domingos, depois do almoço, íamos passear no Jardim da Luz, que era uma beleza; as famílias podiam passear, tudo muito bem tratado, agradável. A gente dizia: “Vamos dar uma volta lá no Jardim?”. E ia no Jardim da Luz.

    Ecléa Bosi. Lembranças de Dona Alice. In : Memória e sociedade : lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 63.

Imagem: Fotografia em sépia. Em um espaço aberto com palmeiras e bancos, algumas pessoas passeiam.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pessoas passeando no Jardim da Luz, no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto de 1910. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire as informações do depoimento para responder às questões.
    1. Que tipos de lazer Alice praticava?

      _____

      PROFESSOR Resposta: Piquenique e passeio no Jardim da Luz.
    1. Quem a acompanhava nesses momentos?

      _____

PROFESSOR Resposta: As famílias amigas.

Boxe complementar:

Você sabia?

Na década de 1970, alguns municípios brasileiros proibiram o tráfego de veículos em certas ruas nos fins de semana para permitir a prática de lazer pelos moradores.

Atualmente, essa ideia foi retomada em alguns municípios, especialmente aos domingos.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Parte deste controle, contra os elementos nocivos e a ociosidade dos trabalhadores, foi materializado a partir da proibição de jogos e ritos populares, como a briga de galo, a briga de canários, as fogueiras de São João e restrições às festas carnavalescas. Já nos primeiros anos da década de 30, o governo Vargas por meio do Departamento de Turismo, proibiu e controlou as manifestações populares carnavalescas, principalmente pela violência e número de vítimas. O mesmo movimento ocorreu com as escolas de samba, um decreto-lei de 1937 determinou que as escolas de samba dessem um caráter didático (histórico e patriótico) aos sambas-enredos.

ALMEIDA, Marco Antonio Bettine de; GUTIERREZ, Gustavo Luis. Análise do desenvolvimento das práticas urbanas de lazer relacionadas a produção cultural no período nacional-desenvolvimentista à globalização. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte , 25 (1), p. 149-150, mar. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/e1P. Acesso em: 7 jun. 2021.

Fazer a leitura do parágrafo inicial e destacar que o texto que será lido na sequência corresponde a um relato pessoal.

Orientar a leitura em voz alta do texto “Passeio especial”, contribuindo para a fluência em leitura oral.

Solicitar aos alunos que expliquem o que entenderam do texto a partir de perguntas, como: Onde eram feitos os piqueniques? E quando passeavam no Jardim da Luz? As respostas podem ser relacionadas à imagem do Jardim da Luz no início do século XX.

Em seguida, orientar os alunos no desenvolvimento da atividade, em que devem localizar no texto as informações solicitadas. A conferência das respostas pode ser realizada coletivamente.

Ao ler o quadro Você sabia?, perguntar a eles se existem ruas de lazer próximas às casas ondem moram. Se não houver, questionar sobre onde se divertem, pedindo que comentem como se divertem.

MP136

Explorar fonte histórica visual

Imagem: Cartaz. No topo está escrito, “TROUP IRMÃOS TEMPERANI. O MELHOR CONJUNTO DE ARTISTAS BRASILEIROS”. Do lado esquerdo e direito, há caricaturas de dois homens com rosto pintado e chapéu. Ao centro, entre o título, há fotografia de um homem de bigode. Abaixo, está uma fileira com seis pequenas fotografias de homens e mulheres. Ao centro, seis conjuntos de diferentes situações. Na primeira, há rosto de quatro pessoas e um trapezista ao centro. Na segunda, um homem de chapéu ao centro e reproduções menores dele com um laço. Na terceira, homens se equilibram em pilares. Na quarta, há um conjunto de pessoas equilibristas.  Na quinta, uma pessoa é atirada de um canhão. Na sexta, muitas pessoas se equilibram em barras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cartaz de propaganda da Troup Irmãos Temperani de cerca de 1920. FIM DA LEGENDA.

  1. Liste duas atividades representadas no cartaz. Com base na sua resposta, identifique qual é a forma de lazer que o cartaz apresenta.

    ____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar malabarismo, equilibrismo, entre outras. Com base na identificação, eles podem concluir que a forma de lazer é o circo. Fim da observação.
  1. Cite um elemento do cartaz que indica que se trata de uma propaganda.

    ____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar os elementos escritos (“Troup Irmãos Temperani: o melhor conjunto de artistas brasileiros”; “Brevemente estreia nesta cidade”) ou identificar as imagens como veículos de propaganda. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica visual: cartaz de propaganda

Solicitar aos alunos que observem o cartaz quanto à forma (formato, cores, elementos e posição da composição) e ao conteúdo: elementos com maior destaque (o nome da companhia, que pode ser identificada como um circo), o que é representado (retratos de pessoas e números artísticos – atividades) e com qual finalidade (comunicar que em breve estará na cidade).

Chamar a atenção dos alunos para mudanças na grafia de algumas palavras, identificando "troup" e "conjuncto", no topo, e "estréa", presente na base do cartaz produzido na década de 1920. A primeira corresponde à trupe ou à companhia, e as demais, a conjunto e à estreia.

É importante que esse processo de exploração da imagem seja realizado coletivamente para que a análise aconteça de forma cooperativa e os alunos se apropriem da fonte. Orientar na realização das atividades, pedindo a eles que respondam às perguntas individualmente.

As transformações históricas do circo

A atividade circense vem se manifestando ao longo da história e se adequando a cada realidade social. Acredita-se que estas novas formas de manifestações artísticas, que contemplam o universo circense, estão em união com outras artes, fazendo com que o circo continue contemporâneo. A atividade circense se transforma e se adequa às mudanças, pois desde seu nascimento, o circo é uma casa de espetáculos bastante híbridos, fazendo sempre mudanças para se adequar ao seu público atual.

Pode se afirmar que o circo é um objeto social que tem um valor historicamente construído e que, todo tempo, busca uma identidade frente as mais diversas pressões sociais. Atualmente passa por momentos de crise e reestruturação, impedindo-nos de saber o que realmente é o circo hoje [...].

MP137

O cinema

Outra forma de lazer que começou a existir nas cidades há mais de cem anos foi o cinema. Inicialmente, os filmes eram mudos e em preto e branco, como nos conta a escritora Zélia Gattai no texto a seguir.

Novidade marcante

O conjunto musical que acompanhava a exibição dos filmes compunha-se de três figuras: piano, violino e flauta. Ano entra, ano sai, o repertório dos músicos era o mesmo. Os primeiros acordes do piano, do violino ou da flauta anunciavam ao público o gênero da fita a começar. [...] Os filmes de Carlitos fascinavam a meninada; torcíamos por ele quando, dono de artimanhas incríveis, derrotava seu rival, o imenso vilão. O frágil homenzinho de chapéu-coco e bengala acabava sempre por levar a melhor, conquistando as graças de sua formosa e a admiração das plateias. [...]

Zélia Gattai. Anarquistas, graças a Deus . Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 66. (Título adaptado.)

Glossário:

Artimanha: atitude tomada por uma pessoa para enganar outra.

Fim do glossário.

LEGENDA: Interior de sala de cinema, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Foto de cerca de 1921. FIM DA LEGENDA.

  1. Por que naquela época havia um conjunto musical que acompanhava a exibição dos filmes na sala de cinema?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Porque os filmes eram mudos.
  1. Que personagem do cinema fascinava a autora do texto quando ela era criança? Como era essa personagem?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Carlitos; era um homem frágil que usava chapéu-coco e bengala.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Divididos em grupos, os alunos escolherão a cena de um filme para apresentar aos colegas usando apenas a mímica, como em um filme mudo. Boa apresentação!
  1. Em casa, reconte a um adulto de sua convivência como era o cinema há cerca de cem anos.
MANUAL DO PROFESSOR

Desde quando emerge, o circo se constitui de práticas que concentram fortes conteúdos pedagógicos. No universo da Educação Física, o circo tem sido um tema pouco explorado, apesar de estar incluído nas manifestações da cultura corporal do movimento. O desafio proposto neste trabalho é o da aproximação da arte circense com a Educação Física escolar. Para tal, alguns de seus elementos, como as acrobacias, os malabarismos e a dramatização do palhaço são indicados como possibilidades de práticas pedagógicas. [...]

COELHO, Marília; MINATEL, Roseane. Circo: a arte do riso e prática da reconstrução social. Tópos , v. 5, n.1, 2011, p. 204-205. Disponível em: http://fdnc.io/e1Q. Acesso em: 7 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que leiam o texto sobre a exibição de filmes no cinema no passado. Pedir a eles que anotem o que entenderam a partir da leitura, propondo as perguntas a seguir. Sobre o que trata o texto? Como era o cinema na época que Zélia Gattai era criança? Quais instrumentos musicais são citados?

Orientar as duas primeiras atividades que demandam a localização de informações no texto.

Na atividade de dramatização, os alunos devem fazer um trabalho coletivo, interpretando a cena de um filme sem o uso da fala. É possível fazer uma dinâmica pedindo aos alunos que estão assistindo à apresentação que comentem sobre o que foi representado. Caso julgue pertinente, é possível solicitar que organizem a produção (definindo a cena, os intérpretes e, se possível, figurino e sonoplastia) e combinem uma data para as apresentações.

Orientar para casa uma tarefa de reconto, em que os alunos devem recontar a algum adulto sobre como era o cinema há cem anos. Essa atividade colabora para que os alunos desenvolvam a capacidade de síntese e a comunicação oral.

MP138

MUDANÇAS NO CINEMA

Imagem: Ilustração. Uma claquete na qual está escrito “MUDANÇAS NO CINEMA”.  Fim da imagem.
Imagem: Ilustração. Uma parede com tijolos aparentes em tom azul e uma película de filme ondulada que forma uma linha do tempo com indicações de texto e fotografias com bordas ilustradas com luzes. Fim da imagem.

1895

Primeira exibição de cinema, realizada na França pelos irmãos Lumière. A saída dos trabalhadores da fábrica é um filme curto, mudo e em preto e branco.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Na rua, homens de terno e chapéu e mulheres de longos vestidos e chapéu saem de uma grande construção.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cena do filme A saída dos trabalhadores da fábrica, de 1895. FIM DA LEGENDA.

1927

Primeiro filme com diálogos sonoros, feito nos Estados Unidos, chamado O cantor de jazz, dirigido por Alan Crosland.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Em uma sala, um homem de terno toca piano e sorri olhando para uma mulher sentada em uma cadeira atrás dele. Fim da imagem.

LEGENDA: Cena do filme O cantor de jazz, de 1927. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a observação do infográfico, identificando com os alunos: o título; os elementos que fazem parte do fundo (a parede e o rolo de filme); o que representam as quatro imagens destacadas, observando o nome e a data dos filmes nas legendas e o conteúdo de cada quadro (comentário sobre a técnica introduzida no cinema).

O início do cinema

Os primeiros filmes eram exibidos ao ar livre [...]. Eram levados pelos ambulantes a feiras e a praças de aldeias as mais remotas [...]. Após a exibição dos irmãos Lumière, as projeções passaram a ser feitas no interior de variadas salas de espetáculos, para entreter a plateia no intervalo dos números teatrais. A nova técnica de divertimento veiculava, em geral, documentários. Demoraria ainda alguns anos até que os filmes de Méliès e Griffith criassem uma linguagem cinematográfica própria. [...]

O cinema surgiu, então, sem ter uma identidade nítida ao nível de público, linguagem e espaço. Mais próximo da linguagem teatral e com público essencialmente masculino, habituado ainda a versões mais apelativas com presença física de atores e, sobretudo, atrizes, o cinema aos poucos conquista um espaço próprio, salas confortáveis, amplas e arejadas. [...]

MP139

1937

Criação de uma técnica de colorização de filmes mais eficiente, que foi aplicada à animação Branca de Neve e os Sete Anões, lançada nos Estados Unidos.

Imagem: Desenho. Sete anões estão em uma sala junto de uma menina de pele clara, vestido longo, cabelo curto e tiara no cabelo. Seis deles festejam com a moça em roda tocando instrumentos musicais, e o sétimo está isolado ao fundo. Fim da imagem.

LEGENDA: Cena do filme Branca de Neve e os Sete Anões, de 1937. FIM DA LEGENDA.

1953

A tecnologia de filmagem e exibição em 3-D (três dimensões), que vinha sendo desenvolvida em filmes curtos, foi aplicada na grande produção Museu de cera , lançada nesse ano.

Imagem: Fotografia. Em um ambiente interno, uma mulher de pele clara e cabelo cacheado loiro, vestido azul rodado com véus nas mangas está ao lado de um homem de terno que a olha enquanto segura em uma de suas mãos. Fim da imagem.

LEGENDA: Cena do filme Museu de cera , de 1953. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. O aprimoramento da colorização dos filmes veio antes ou depois da inserção dos diálogos sonoros?
    PROFESSOR Resposta: Depois.
  1. Elabore uma pequena produção de escrita, imaginando uma pessoa que vai ao cinema. Qual é o nome dela? Com quem ela vai ao cinema? Qual é o nome do filme em cartaz? Quais eram as personagens do filme?

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Neste momento os alunos exercitam a escrita com liberdade para criar, usar a imaginação e expressar seus sentimentos. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Há um grande esforço de domesticação destes espaços selvagens dos cinemas, para afastar temores da gente refinada: diminuição da escuridão absoluta das salas de projeção, presença do lanterninha, eventual presença de um comentador em alguns casos, manutenção de ambientes limpos, arejados etc. Assim, junto com a estabilização da indústria do cinema, inicia-se a criação de um padrão ambiental para o consumo de filmes, um padrão narrativo e um processo de massificação de um gosto pequeno-burguês [...].

COSTA, Renato da Gama-Rosa. Os cinematográficos do Rio de Janeiro (1896-1925). História, Ciências, Saúde-Manguinhos [online] , v. 5, n. 1. 1998. Disponível em: http://fdnc.io/e1R. Acesso em: 7 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que leiam e interpretem cada quadro, explicando o que entenderam sobre o que aconteceu na história do cinema naquele ano, relacionando ao respectivo filme. Isso ajudará no desenvolvimento das atividades.

Em seguida, pedir a eles que respondam a atividade sobre a colorização dos filmes, que além de demandar a localização da informação, exercitará a percepção das noções temporais de anterioridade e posterioridade.

Por fim, orientar os alunos na produção de escrita, essencial para o aprimoramento do processo de alfabetização, além de possibilitar aos alunos trabalhar o desenvolvimento da imaginação e a habilidade de contar uma história com coesão e coerência.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A produção de escrita aproxima-se da Competência Geral 2, ao contribuir no processo de criação a partir da imaginação dos alunos.

Fim do complemento.

MP140

CAPÍTULO 12. A vida no campo

O modo de vida dos moradores do campo passou por mudanças nos últimos duzentos anos, mas também há permanências.

O carro de boi, por exemplo, tem sido usado como meio de transporte de mercadorias e de pessoas no campo ao longo de toda a história brasileira, como sugerem as imagens a seguir.

Imagem: Pintura. Uma via de terra com carros de boi diante de um morro de pedra onde estão muitos trabalhadores. No carro, os bois estão amarrados a uma carroceria com grandes rodas de madeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Pedreira, pintura de Jean-Baptiste Debret, 1826. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Em uma estrada de terra, dois animais puxam o carro de boi, que apresenta carroceria de madeira de rodas pequenas de borracha. Ao lado, um homem de camisa, calça e boné caminha. Ao fundo, muitas árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pessoa conduzindo carro de boi no município de Januária, no estado de Minas Gerais. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Cite uma mudança e uma permanência no carro de boi conforme retratado nas imagens de 1826 e de 2018.

    _____

PROFESSOR Resposta: Permaneceu a estrutura de madeira puxada por animais, mas mudou o tipo de roda.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 12

Unidades temáticas

O lugar em que vive.

A noção de espaço público e privado.

Objetos de conhecimento

• A produção dos marcos da memória: a cidade e o campo, aproximações e diferenças.

• A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer.

Habilidades

• EF03HI08: identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado.

• EF03HI12: Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo permite valorizar a diversidade de vivências, saberes, indivíduos, identidades, grupos sociais e culturas, aproximando-se das Competências Gerais 6 e 9 e das Competências Específicas 1 e 4 das Ciências Humanas.

Fim do complemento.

Introduzir o assunto explicando que os carros de boi estão presentes na vida do campo há séculos.

Orientar no desenvolvimento da atividade, solicitando que observem as imagens e respondam as seguintes perguntas. A primeira imagem é uma fotografia ou uma pintura? Qual é a data de cada uma delas? O que conseguem observar nelas?

Solicitar que respondam à questão. Essa atividade contribuirá para o desenvolvimento de intepretação de imagens, além de possibilitar a percepção das permanências e mudanças ao longo do tempo.

O cortejo dos carros de bois

[...] a Festa do Carro de Bois de Vazante, pequena cidade encravada na região do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, permite pensar que sujeitos sociais, atropelados, em nome do desenvolvimento e do progresso, pelas práticas desintegradoras de experiências de vida do capitalismo liberal, são capazes de, em um ato de resistência, reinventar uma tradição. Nesse sentido, em busca de uma identidade perdida, festeja-se há 26 anos o encontro com as raízes do passado, e a “carreata de bois , que ocorre durante quatro dias do mês de julho, foi a forma possível, mesmo que travestida do simbólico, do lúdico, do religioso, de reescrever a história do passado mineiro. [...]

MP141

Os carros de boi têm sido utilizados há mais de trezentos anos no Brasil, principalmente nas áreas rurais.

O carro de boi

Além de ajudar no transporte de cana, açúcar e lenha nos engenhos, o carro de boi servia para transportar mudanças e conduzir pessoas. [...]

Atualmente, em Goiás, é utilizado pelos romeiros que vão da cidade de Damolândia para o [...] município de Trindade (a cerca de 74 km de distância) para participar da Festa de Trindade [...]. Os carros são enfeitados e participam de um desfile que é muito concorrido e apreciado pelos participantes da festa.

Lúcia Gaspar. Carro de boi. Pesquisa Escolar On-line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://fdnc.io/e1S. Acesso em: 4 jun. 2021.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
    1. Como o carro de boi era utilizado nos engenhos?

      _____

      PROFESSOR Resposta: No transporte de cana, açúcar e lenha e, também, para transportar mudanças e conduzir pessoas.
    1. Como o carro de boi é usado atualmente em Goiás?

      _____

PROFESSOR Resposta: É utilizado pelos romeiros que vão da cidade de Damolândia para o município de Trindade para participar da Festa de Trindade.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a investigação selecionando com os alunos fontes confiáveis de pesquisa, combinando um prazo e promovendo a socialização das descobertas individuais. Fim da observação.

Boxe complementar:

Investigue

Em casa, com a ajuda de um adulto, investigue em jornais, revistas e na internet sobre festas do carro de boi no Brasil atualmente. Selecione uma dessas festas e preencha a ficha.

Nome da festa: _____

Local onde ocorre: _____

Data: _____

Atrações da festa: _____

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Nesse sentido, a festa do carro de bois é entendida como uma representação produzida por sujeitos sociais que ainda têm o mundo rural como referência de vida, cujas experiências estão fundadas na sociabilidade comunitária de uma economia rural de subsistência. [...]

MACHADO, Maria Clara Tomaz. (Re)significações culturais no mundo rural mineiro: o carro de boi – do trabalho ao festar (1950-2000). Revista Brasileira de História [online] . v. 26, n. 51. 2006. Disponível em: http://fdnc.io/e1T. Acesso em: 8 jun. 2021.

Comentar que o carro de boi é utilizado há mais 300 anos no Brasil, principalmente em áreas rurais.

Fazer a leitura dialogada do texto, solicitando aos alunos que compartilhem o que entenderam, com base em algumas questões. O que era levado no carro de boi? Quais as mudanças no uso do carro de boi apontadas no texto? Em seguida, pedir a eles que respondam às questões relacionadas.

Orientar também a tarefa de casa da seção Investigue, identificando com os alunos as fontes confiáveis e combinado um prazo para a realização da pesquisa. No dia combinado, organizar o compartilhamento das descobertas.

MP142

Os peões de boiadeiro

Os trabalhadores que cuidam do gado são conhecidos como vaqueiros ou peões. Em algumas localidades brasileiras, eles realizam as comitivas, conforme descrito na reportagem a seguir.

As comitivas

As comitivas são viagens que os peões fazem com o gado para levá-lo a outros pastos ou buscá-lo de locais distantes para vacinação [...].

Nas comitivas, viajam poucas pessoas. [...]

Figura imprescindível, o cozinheiro é sempre o primeiro a chegar às paradas. Ele é o responsável pela montagem do acampamento e, é claro, pela comida, à base de carne-seca ou de sol.

O peão se alimenta com simplicidade. Se o cozinheiro for bom, ele oferece no café da manhã quebra-torto – resto do jantar. Se não, apenas café.

Os peões costumam sair antes de amanhecer e só param para as refeições e para tomar o tereré [...].

Mariana Lajolo. Onça e assombração “seguem” comitivas. Folha de S.Paulo , 21 abr. 2003. Disponível em: http://fdnc.io/e1U. Acesso em: 13 jan. 2021.

Glossário:

Tereré: bebida fria feita de erva-mate.

Fim do glossário.


  1. De acordo com o texto, o que são comitivas?

    _____

    PROFESSOR Resposta: As comitivas são viagens que os peões fazem com o gado para levá-lo a outro pasto ou buscá-lo de locais distantes para vacinação.
  1. Qual é a base da comida dos peões na comitiva?

    _____

PROFESSOR Resposta: A base da comida dos peões é a carne-seca ou carne de sol.
MANUAL DO PROFESSOR

Solicitar aos alunos que façam a leitura da reportagem sobre as comitivas. Pedir a eles que expliquem o que entenderam do que foi lido, fazendo as perguntas a seguir. Do que trata o texto? Quem viaja nas comitivas? Qual é a figura imprescindível nelas? O que é “quebra-torto”? Essa dinâmica auxiliará na interpretação de texto.

Questionar se sabem do que é feita a bebida “tereré”. Depois, ler a definição do glossário. Isso ajudará no processo de aquisição de vocabulário.

Orientar no desenvolvimento das atividades de compreensão de texto em que os alunos devem localizar e retirar informações do texto para responder às questões. É possível pedir a eles que compartilhem as respostas individuais.

A comida das comitivas

Uma comida simples, com paladar forte e muitas calorias. Esse é o principal diferencial das refeições que eram feitas pelos tropeiros que acompanhavam as comitivas de boiadeiros.

Mesmo com o fim das viagens, a tradição dos tropeiros resiste ao tempo e conquista novos admiradores, principalmente durante as festas do peão de boiadeiro. [...]

De acordo com a cozinheira Laura Girardi Sobrinha, responsável pela elaboração das refeições do restaurante, a comida dos tropeiros é simples, mas contém muitas calorias. Ela diz também que a simplicidade dos pratos ocorria devido à falta de estrutura das comitivas e dos poucos ingredientes disponíveis.

MP143

As tradições ligadas às comitivas são transmitidas de geração a geração, como descrito na próxima reportagem.

Aos 74 anos, herdeira de comitiva mantém viva a tradição dos peões

[...] tratar dos animais e receber as comitivas em viagens pelo estradão foram tarefas abraçadas pela jovem Dalva [...].

Na década de 1960, o comportamento não era nada comum para mulheres, mas ao lado do pai, o comissário Antônio Ângelo, Dalva sempre encontrou a segurança que precisava.

Viajava longas distâncias a cavalo, como ponteira, à frente da comitiva, conduzindo a boiada [...].

Durante a 60ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, dona Dalva participou de mais uma edição do tradicional concurso Queima do Alho, quando o melhor prato tropeiro, formado por feijão gordo, arroz carreteiro, paçoca e carne assada na chapa, é avaliado.

Thaisa Figueiredo. Aos 74 anos, herdeira de comitiva mantém viva a tradição dos peões. Portal G1 , 30 ago. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/e1V. Acesso em: 13 jan. 2021.

  1. Quais atividades eram realizadas por dona Dalva?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Dona Dalva tratava dos animais, recebia as comitivas e conduzia a boiada como ponteira, à frente da comitiva, e participava da Festa do Peão de Boiadeiro.
  1. Marque as imagens que representam alimentos que fazem parte do concurso do prato tropeiro, realizado na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.
Imagem: Fotografia. Um prato com arroz, carnes e tempero e folhas. Fim da imagem.

LEGENDA: Arroz carreteiro. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma travessa com carne e arranjo com pequena folha. Fim da imagem.

LEGENDA: Paçoca de carne. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um prato com bolinha de arroz, um filé de peixe grelhado e salada. Fim da imagem.

LEGENDA: Peixe com arroz. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma assada com pedados de carne assada e legumes. Fim da imagem.

LEGENDA: Carne assada na chapa. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um prato de macarronada com molho vermelho. Fim da imagem.

LEGENDA: Macarronada. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma cumbuca com feijão e pedaços de carne.  Fim da imagem.

LEGENDA: Feijão gordo. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Respostas corretas: Arroz carreteiro; Paçoca de carne; Carne assada na chapa; Feijão gordo.
MANUAL DO PROFESSOR

“Como as viagens eram muito longas e eles [tropeiros e peões] não tinham horário nem local certo para parar, era preciso uma refeição que sustentasse por um bom período. Dessa forma, eles conseguiam ficar várias horas sem comer nada após essa refeição”, afirma Laura.

[...]

Os ingredientes perecíveis utilizados pelos cozinheiros das comitivas de peão de boiadeiro eram conservados em baldes de gordura ou com excesso de sal. A estratégia visava preservar o bom estado dos produtos durante a viagem dos tropeiros.

SASTRE, Angelo. Pratos típicos mantêm a tradição do peão de boiadeiro de Barretos. Folha de S.Paulo , 17 ago. 2001. Disponível em: http://fdnc.io/e1W. Acesso em: 8 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que façam a leitura da reportagem sobre dona Dalva. Pedir que expliquem o que entenderam do que foi lido, propondo as perguntas a seguir. Do que trata o texto? O que era incomum para as mulheres na década de 1960? Que atividades dona Dalva realizava ao lado do pai?

Orientar no desenvolvimento das atividades que demandam a localização e interpretação das informações do texto. A correção pode ser realizada coletivamente.

MP144

Mudanças no modo de vida

Algumas pessoas que mudaram do campo para as cidades há cerca de cinquenta anos no Brasil experimentaram diversas transformações no modo de vida, como nos contam Margarida e Lourdes em seus depoimentos.

Do campo à cidade

Margarida – Minha ideia sempre foi essa, assim: lutar. Às vezes tinha que levantar quatro e meia da manhã pra pegar o transporte para trabalhar. Pra tudo a gente tem que ter força de vontade. [...]

Você vê, pra criar um filho lá na Bahia é muito sadio, é muito melhor de criar. Porque ele tem mais liberdade. [...] Então tudo é mais sadio que essa coisa gelada, que fica tanto tempo na geladeira e perde o sabor. [...]

Lourdes – O leite é tirado do peito da vaca na hora. Lá a gente chega assim na roça, pega aqueles cachos de banana todos maduros, os passarinhos comendo... Acho mais saboroso. Tudo assim: pegar fresquinho, na hora.

Antônia Alves Oliveira. Os nordestinos em São Paulo . São Paulo: Paulinas, 1982. p. 43 e 45.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Área com chão de terra e pequena casa à frente da qual há um carro de boi com rodas de madeira e uma árvore com copa volumosa.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fazenda de gado, no município de Paulo Afonso, no estado da Bahia. Foto de 1952. FIM DA LEGENDA.

  1. De acordo com Lourdes e Margarida, o que mudou na alimentação delas após se mudarem para a cidade de São Paulo?

    _____

    PROFESSOR Resposta: De acordo com os depoimentos, no campo elas comiam alimentos mais frescos, o leite era tirado da vaca na hora e as frutas eram retiradas do pé, na roça; em São Paulo, os alimentos são guardados na geladeira, perdendo o sabor.
  1. Procure descobrir se na sua escola há alunos que mudaram do campo para a cidade ou da cidade para o campo. Converse com eles sobre as principais diferenças que sentiram nessa mudança. Conte aos colegas as suas descobertas.

    _____

PROFESSOR Atenção professor: Orientar a pesquisa com focos em mudanças na alimentação, tipo de moradia, tipos de trabalho dos adultos com os quais vivem, entre outras possibilidades. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Solicitar aos alunos que façam a leitura dos depoimentos que permitem comparar aspectos da vida no campo e na cidade. Pedir que expliquem o que entenderam do que foi lido, fazendo as perguntas a seguir. Do que trata o texto? Por que a vida no campo é mais sadia, segundo Lourdes e Margarida? Essa dinâmica auxiliará na interpretação de texto.

Encaminhar a observação da fotografia, explorando algumas informações: a data, a localidade e os elementos presentes na imagem. Isso ajudará na análise e interpretação de diferentes tipos de fontes, como a visual.

Orientar no desenvolvimento das atividades de compreensão de texto. Além de contribuir para o processo de alfabetização, as atividades possibilitam a percepção da existência de diferentes culturas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

A atividade 2 aproxima-se da Competência Específica 5 de História, ao possibilitar que os alunos tenham contato e aprendam sobre o movimento de pessoas no espaço.

Fim do complemento.

O êxodo rural e a desaceleração

O êxodo rural corresponde ao processo de migração em massa da população do campo para as cidades, fenômeno que costuma ocorrer em um período [...] considerado curto, como o prazo de algumas décadas. Trata-se de um elemento diretamente associado a várias dinâmicas socioespaciais, tais como a urbanização, a industrialização, a concentração fundiária e a mecanização do campo.

Um dos maiores exemplos de como essa questão costuma gerar efeitos no processo de produção do espaço pode ser visualizado quando analisamos a conjuntura do êxodo rural no Brasil. Sua ocorrência foi a grande responsável pela aceleração do processo de urbanização em curso no país, que aconteceu mais por valores repulsivos do que atrativos, isto é, mais pela saída de pessoas do campo do que pelo grau de atratividade social e financeira das cidades brasileiras.

MP145

Nos últimos anos, diversos brasileiros continuam se mudando do campo para a cidade. Porém, a quantidade de pessoas que faz o caminho inverso, isto é, que se mudam da cidade para o campo, tem aumentado.

Da cidade ao campo

No campo, tem cores que anunciam que é hora de levantar. Mas ninguém sai de casa pra lida antes de ouvir o som do café sendo coado.

[...] Só depois de saborear a bebida é que pai e filhos seguem juntos para cuidar das plantações de uva e laranja. Não é só trabalho, é quase um dom.

Hugo Denardi diz que tinha tudo para exercer outra profissão, mas a vida foi tomando rumos que o levaram a exercer o ofício de agricultor. O prazer vem de mexer com a terra e de sentir o cheiro do campo. Essa foi a escolha do ex-professor e ex-funcionário de uma transportadora.

Os filhos de Hugo moravam na cidade, tiveram comércio, mas cinco anos atrás saíram do meio do asfalto e vieram trabalhar com o pai. [...] A cidade tentou fisgar os irmãos, mas o apelo da roça foi mais forte.

Rodrigo Denardi conta que não consegue mais viver sem sentir o gosto da vida na roça. O irmão, Rafael, concorda e fala que vai passar aos filhos esse amor pela agricultura. São exemplos comuns no meio rural.

Dia do agricultor: Nosso Campo faz homenagem a quem vive do que a terra produz. Portal G1 , 30 jul. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/e1X. Acesso em: 13 jan. 2021.

LEGENDA: Produção de uvas no município de Pinto Bandeira, no estado do Rio Grande do Sul. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Hugo foi professor e funcionário de uma transportadora antes ou depois de ser agricultor?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Antes de ser agricultor.
  1. Onde moravam os filhos de Hugo e por que eles se mudaram?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Moravam na cidade, mas vieram para o campo porque gostavam mais da vida na roça.
  1. Circule os tipos de fruta que eles cultivam.

    manga

    uva

    banana

    laranja

    maçã

    PROFESSOR Respostas corretas: uva; laranja
MANUAL DO PROFESSOR

O êxodo rural no Brasil ocorreu, de forma mais intensa, em apenas duas décadas: entre 1960 e 1980, mantendo patamares relativamente elevados nas décadas seguintes e perdendo força total na entrada dos anos 2000. Segundo estudos publicados pela Embrapa [...], o êxodo rural, nas duas primeiras décadas citadas, contribuiu com quase 20% de toda a urbanização do país, passando para 3,5% entre os anos 2000 e 2010.

De acordo com o Censo Demográfico de 2010 divulgado pelo IBGE, o êxodo rural é, realmente, desacelerado nos tempos atuais. [...]

PENA, Rodolfo F. Alves. Êxodo rural no Brasil. Mundo educação . Disponível em: http://fdnc.io/e1Y. Acesso em: 8 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que façam a leitura do texto sobre a mudança de Hugo da cidade para o campo. Pedir a eles que expliquem o que entenderam do que foi lido, por meio de perguntas mediadoras. Do que trata o texto? Por que Hugo mudou para o campo? E os filhos, por que fizeram o mesmo caminho? Isso auxiliará na interpretação de texto.

Pedir aos alunos que observem a fotografia, identificando algumas informações: a data, a localidade e o tipo de plantação retratada na fotografia. Isso ajudará na análise e interpretação de diferentes tipos de fontes, como a visual.

Orientar no desenvolvimento das atividades em que os alunos devem localizar e retirar informações do texto, um dos processos vinculados à compreensão de texto.

MP146

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 11 e 12

Avaliação de processo de aprendizagem

Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.

  1. Marque com um X as formas de lazer que eram praticadas pelos moradores das cidades brasileiras há cerca de cem anos.

    ( ) Fazer serenata.

    ( ) Ver televisão.

    ( ) Ir ao circo.

    ( ) Jogar videogame .

    ( ) Ir ao cinema.

    ( ) Fazer piquenique.

    ( ) Conversar sentados em cadeiras nas calçadas.

    PROFESSOR Respostas corretas: Fazer serenata. Ir ao circo. Ir ao cinema. Fazer piquenique. Conversar sentados em cadeiras nas calçadas.
  1. Observe a imagem de uma sessão de cinema e responda às questões a seguir.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Espaço interno com muitas pessoas sentadas em cadeiras enfileiras e separadas por um corredor. Elas olham para uma grande tela em piso superior e na qual está a imagem de um homem de terno segurando um chapéu com expressão séria. Entre a plateia e o piso superior, há um rapaz tocando piano e outros instrumentistas. Fim da imagem.

LEGENDA: Foto de sessão de cinema em Nova York, nos Estados Unidos. FIM DA LEGENDA.

  1. Essa imagem é atual ou de cerca de cem anos? Explique.

    _____

    PROFESSOR Resposta: Essa é uma imagem de cerca de cem anos. Os alunos devem ressaltar que a fotografia é em branco e preto, que as vestimentas das pessoas da plateia são diferentes das de hoje em dia, entre outras observações.
  1. Circule a seguir o tipo de fonte representado por essa fotografia.

    Material

    Oral

    Visual

    Escrita

    PROFESSOR Resposta correta: Visual.
MANUAL DO PROFESSOR

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar formas de lazer nas cidades brasileiras há cem anos.

O aluno deverá indicar como as pessoas se divertiam nas cidades há cem anos.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: interpretar diferentes imagens sobre a vida nas cidades brasileiras há cem anos.

Ao solicitar que o aluno identifique se uma imagem é atual ou antiga, justificando sua resposta, e reconheça o tipo de fonte histórica reproduzida, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

MP147

  1. Por que é importante preservar essa foto? Explique.

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem explicar que por meio dessa foto é possível saber como era uma sala de cinema antigamente. Fim da observação.
  1. Em que atividades o carro de boi era utilizado há cerca de trezentos anos?

    _____

    PROFESSOR Resposta: Nas fazendas era utilizado no transporte de cana, açúcar, lenha e, também, para transportar mudanças e conduzir pessoas.
  1. Em seu caderno, elabore uma pequena produção de escrita, contando uma história sobre uma personagem que se mudou da cidade para o campo ou do campo para a cidade. Inclua as atividades que ela fazia antes e depois, o que ela estranhou e do que mais gostou nessa mudança.
    PROFESSOR Atenção professor: É importante lembrar aos alunos que a narrativa é formada por uma introdução, em que eles podem apresentar e situar a personagem no tempo e no espaço, seguida do desenvolvimento, em que podem apresentar as ações e as expectativas da personagem, e da conclusão da história. Fim da observação.

    Autoavaliação

    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na avaliação do próprio aprendizado. Fim da observação.

    Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

    Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Identifiquei algumas formas de lazer existentes há cem anos?
  1. Identifiquei alguns modos de vida existentes no campo e na cidade?
  1. Identifiquei mudanças no cinema ao longo do tempo?
  1. Contribui com ideias e sugestões nos trabalhos em grupo?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: identificar usos de meio de transporte no passado.

Espera-se que o aluno explique com quais finalidades o carro de boi era utilizado há trezentos anos.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: listar mudanças no modo de vida das pessoas que mudaram do campo para a cidade ou da cidade para o campo.

Ao solicitar que o aluno desenvolva uma produção de escrita com determinados elementos e se coloque no lugar de uma pessoa que mudou da cidade para o campo ou vice-versa, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e suas dificuldades.

As respostas dos alunos também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP148

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 11 e 12

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 11 e 12. Assim, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: O que mudou no modo de vida dos habitantes do campo e da cidade?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 11 e 12.

A realização dessas atividades favorece um acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP185 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.