116

UNIDADE 4. Migrações em diferentes tempos

Imagem: Fotografia em preto e branco. Em uma plataforma diante do mar, estão algumas pessoas próximas de muitas malas. Do lado esquerdo, ao lado de baús e trouxas de roupas estão um homem de boina, calça, e paletó que mexe em uma mala, uma mulher de pé, de costas, que usa camisa de manga comprida, saia longa e botas e uma criança.de vestido, blusa de frio, meias e botas. Do lado direito, uma mulher de vestido comprido de manga longa e tecido sobre a cabeça está sentada. Ao seu lado, há um grande baú que uma mulher de longo vestido de manga longa e que está de pé segura aberto. Do outro lado do baú, um homem de paletó, calça e boina ajeita as coisas no chão. Há outro homem e uma mulher próximo. Ao fundo, está a uma grande embarcação próximo da qual estão outras pessoas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes italianos aguardando o embarque para o Brasil. Foto de cerca de 1910. FIM DA LEGENDA.

117

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Que elementos representados na foto indicam que as pessoas estavam mudando de um lugar para outro?

Fim do complemento.

118

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 13 e 14

Quais foram as migrações e influências culturais dos indígenas e dos africanos no Brasil?

CAPÍTULO 13. Os povos indígenas

Os povos indígenas que viveram há milhares de anos nas terras do atual Brasil tinham suas formas de delimitar o território de suas aldeias usando, muitas vezes, elementos naturais.

  1. Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Territórios indígenas

    Os índios abriam suas roças, seus caminhos de caça e as trilhas para visitar outras aldeias. Quando o solo ou a caça se esgotavam, abriam caminhos em outras direções; mas conservavam de alguma forma os lugares das antigas moradas e os cemitérios em que enterravam seus mortos [...] que assinalavam a área de ocupação de cada grupo.

    Fronteiras naturais, como serras, rios etc., demarcavam os territórios, que também iam sendo conquistados e disputados com povos vizinhos.

    Virgínia Valadão. Terra e território. Em: Índios do Brasil 2. Brasília: MEC/SEED/SEF, 2001. p. 82-83.

  1. Faça um desenho representando os elementos naturais que costumavam demarcar os territórios indígenas há cerca de 500 anos.

Boxe complementar:

Você sabia?

Entre muitos povos indígenas, os cemitérios também eram considerados elementos demarcadores do território, assinalando a área de ocupação original de cada povo.

Imagem: Fotografia. Uma vala de terra onde há nove urnas de barro lado a lado. Fim da imagem.

LEGENDA: Urnas funerárias datadas de cerca de 500 anos em cemitério indígena próximo ao município de Tefé, no estado do Amazonas. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

119

Alguns povos indígenas, como os tupinambás, que viviam no litoral do atual Brasil, construíam fortificações ao redor de suas aldeias, como a representada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, publicado pela primeira vez em 1557.

Imagem: Gravura em preto e branco. Uma aldeia que apresenta quatro longas cabanas dispostas no espaço formando um grande quadrado com uma área livre ao centro. Ao redor das moradias, há uma grande cerca e na entrada há crânios na extremidade das vigas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura representando uma aldeia tupinambá publicada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

  1. Como os tupinambás protegiam suas aldeias?
  1. Em suas aldeias, os tupinambás tinham suas próprias formas de liderança.

    A liderança

    O chefe de cada aldeia indígena [...] trabalhava como os outros homens do seu grupo, e seu poder de liderança era exercido durante as reuniões, nos períodos de guerra ou em situações de calamidade .

    Maria Cristina Mineiro Scatamacchia. Encontro entre culturas . São Paulo: Atual, 1994. p. 20.

    Glossário:

Calamidade: grande perda, desgraça.

Fim do glossário.

  1. Em casa, reconte para um adulto de sua convivência como o chefe de cada aldeia exercia sua liderança.

120

De Portugal ao Brasil

Há cerca de 600 anos, os europeus começaram a realizar diversas viagens a outros continentes em busca de produtos como metais preciosos, joias, tapetes, perfumes e sedas.

Outros produtos muito procurados pelos viajantes europeus eram as especiarias – principalmente canela, cravo, pimenta, gengibre e noz-moscada –, utilizadas para temperar os alimentos e para conservá-los, sobretudo as carnes, que estragavam facilmente.

Em 1500, o rei de Portugal organizou uma expedição comandada por Pedro Álvares Cabral, cuja rota está representada no mapa.

Imagem: Mapa. Rota de Cabral – 1500. No canto superior esquerdo, o planisfério terrestre com destaque para América do Sul e África. O mapa apresenta as linhas imaginárias, o oceano Pacífico, Atlântico e Índico e a rota de Cabral, que parte de Lisboa, em Portugal. A rota segue passando por Cabo Verde, na costa oeste africana, seguindo até Porto Seguro, na costa leste da América do Sul. Então, segue para o leste contornando o sul da África pelo mar até a costa leste africana, chegando em Melinde e Mombaça. Depois, continua até Calicute, na Índia, no continente africano. Na parte inferior, está a rosa dos ventos e a escala: 1530 km. Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2002. p. 19.

  1. Localize e retire do mapa informações para completar a lista no caderno. Abaixo de cada elemento, complete com os nomes dos locais e os respectivos continentes de onde Cabral saiu, onde ele parou e onde chegou durante sua viagem.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Local de saída

    Locais de parada

    Local de chegada

121

Explorar fonte histórica escrita

A viagem de Cabral foi registrada pelo escrivão Pero Vaz de Caminha em uma carta enviada ao rei de Portugal, da qual reproduzimos um trecho.

Primeira visão sobre os índios

Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito [...].

Andam nus, sem nenhuma cobertura. [...]

Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada daquilo; e, se alguma coisa provaram, logo a lançaram fora.

A Carta de Pero Vaz de Caminha. Fundação Biblioteca Nacional . Disponível em: http://fdnc.io/23m. Acesso em: 20 dez. 2020.

  1. Os indígenas estranharam os europeus? Explique.
  1. Imagine que você foi um dos indígenas que presenciou a chegada dos portugueses em 1500.
    • Você teria estranhado a vestimenta dos europeus?
    • Que tipo de alimento você poderia ter oferecido aos europeus?
    • Como você se sentiria com a chegada de um povo novo às suas terras?
    1. Elabore uma carta ao líder da sua aldeia contando como foi esse encontro.
Imagem: Fotografia. Plano aberto do litoral com uma faixa de areia deserta, mar tranquilo e área verde por toda encosta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Praia do Espelho, no município de Porto Seguro, no estado da Bahia. Foto de 2018. Porto Seguro integra a chamada Costa do Descobrimento, região na qual chegaram as primeiras embarcações portuguesas. FIM DA LEGENDA.

122

Fugindo da dominação

Alguns povos indígenas que viviam no litoral do atual Brasil enfrentaram os portugueses que invadiram suas terras a partir dos anos 1500. Outros povos fugiram para o interior para escapar da dominação portuguesa.

Um padre que viveu no Maranhão registrou o relato de tupinambás que teriam fugido do interior de Pernambuco em 1580, deslocando-se por muitos anos até se estabelecer no Maranhão.

Migração tupinambá, 1580

Fazia pequenas viagens por dia por causa dos mais fracos da sua comitiva. Durante a viagem, os membros desta grande comitiva alimentavam-se somente de raízes que extraíam da terra, de frutos de árvores, de peixes que apanhavam, de pássaros e de outras espécies de animais que agarravam, com farinha, que traziam, e onde lhes faltou esta, aí ficaram para plantar mandioca, e se demoraram até que pudessem fabricar farinha.

Claude D’Abbeville. História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e circunvizinhanças . São Paulo: Siciliano, 2002. p. 93.

Imagem: Gravura em preto e branco. Uma aldeia cercada que apresenta moradias longas lado a lado formando um espaço aberto ao centro. Ao redor, há pessoas nuas que trabalham em plantação e do lado direito, pessoas ajoelhadas diante de uma grande cruz.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de gravura que representa os tupinambás colhendo mandioca, publicada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Gravura em preto e branco. Destaque de pessoas nuas que pescam com arco e flecha dentro de um rio. Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura que representa os tupinambás pescando, publicada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

  1. Com base no texto e nas gravuras, elabore uma história em quadrinhos com diálogos e imagens que representem a migração dos tupinambás de Pernambuco ao Maranhão em 1580.

123

Você sabia?

Hans Staden nasceu em 1525, na cidade de Homberg, que atualmente pertence à Alemanha.

Ele realizou duas viagens ao Brasil. A primeira, entre 1548 e 1549, durou 16 meses. Ela foi realizada em um navio português, que tinha o objetivo de trazer prisioneiros para povoar o Brasil, coletar pau-brasil no litoral de Pernambuco e combater piratas franceses e indígenas.

A segunda viagem foi em 1550, quando acabou sendo capturado no litoral paulista e mantido prisioneiro por nove meses pelos índios tupinambás, que achavam que ele era português.

Staden voltou à sua terra em 1555 e iniciou a produção da obra Viagem ao Brasil, ilustrada por gravuras, contando sua versão sobre as batalhas de que participou e o modo de vida dos tupinambás. A obra, publicada em 1557, foi um sucesso e teve diversas reedições.

Em seu livro, Hans Staden descreveu a rede tupinambá.

Eles dormem numas coisas, redes, que chamam de ini na língua deles, e que são feitas de algodão. Amarram-nas acima do chão em duas estacas.

À noite, mantêm um fogo aceso e não gostam de sair sem fogo de suas cabanas, no escuro [...].

Hans Staden. Primeiros registros escritos e ilustrados sobre o Brasil e seus habitantes . São Paulo: Terceiro Nome, 1999. p. 93.

Imagem: Gravura em preto e branco. Entre duas árvores está presa uma rede de descanso que está próxima de uma fogueira.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura que representa rede tupinambá reproduzida no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

CRÉDITO: BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL, LISBOA

124

Influências indígenas na cultura brasileira

A cultura dos povos indígenas está presente em diversos aspectos do modo de vida dos brasileiros.

  1. Quando o professor solicitar, leia um dos trechos do texto em voz alta.

Culinária

A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e derivados (farinha de mandioca e polvilho, por exemplo). [...] As frutas, como cupuaçu, graviola, açaí, caju e buriti, eram muito consumidas por esses povos. [...]

Imagem: Fotografia. Um cupuaçu inteiro e cortado. Apresenta casca marrom, lisa e grossa. E no interior apresenta cinco grandes gomos grossos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cupuaçu, um fruto típico da Amazônia, usado para fabricar doces, sorvetes e sucos. FIM DA LEGENDA.

Língua

Muitas palavras de origem indígena, principalmente derivadas do tupi-guarani, fazem parte do nosso vocabulário cotidiano. Várias delas são ligadas a alimentos, plantas e animais, como abacaxi, mandioca, tatu [...].

Imagem: Fotografia. Uma placa grande em cor azul onde está escrito em letras com caixa alta “BEM-VINDO À VILA DE JERICOACOARA”.  Fim da imagem.

LEGENDA: Placa de sinalização da vila de Jericoacoara, no estado do Ceará. Muitos nomes de lugares, como o da vila da placa, são de origem indígena. Jericoacoara significa “refúgio das tartarugas”. FIM DA LEGENDA.

125

Objetos

Objetos desenvolvidos por povos indígenas são muito comuns no dia a dia da população de várias cidades brasileiras. As redes, canoas, jangadas, armadilhas de caça e pesca e instrumentos musicais são alguns deles. O artesanato e o uso de utensílios feitos de barro e palha, como vassouras e vasilhas, também são muito utilizados. [...]

Saberes

Os índios [...] criaram um método de plantio e colheita ainda muito utilizado por pequenos agricultores. Eles também usavam as posições dos astros no céu para orientar os calendários agrícolas, sabendo qual o momento certo de plantar cada alimento.

Letícia Yazbek. A influência dos índios na cultura brasileira. Revista Recreio , 25 out. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fse. Acesso em: 20 dez. 2020.

  1. Liste no caderno dois exemplos de influências indígenas em cada área.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Culinária

    Língua

    Objetos

    Saberes

  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, investigue em jornais, revistas, livros e na internet nomes de origem indígena para ruas, praças, vilas ou municípios da Unidade da Federação onde você vive. Registre-os no caderno.
  1. Elabore uma produção de escrita, utilizando na sua narrativa, no mínimo, cinco nomes de origem indígena com os significados que você investigou.

126

CAPÍTULO 14. Da África para o Brasil

Há cerca de 500 anos, viviam no continente africano diversos povos, que possuíam diferentes modos de vida, como os descritos a seguir.

Reinos do Gana, do Mali e de Songhai

Esses reinos eram favorecidos por terem acesso e controle dos bens mais valorizados no Norte do continente: o ouro e o sal. [...]

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma área de chão de terra, duas árvores com copa cheia diante de uma construção térrea com tijolos aparentes e ligados uma estrutura alta em formato piramidal que apresenta pinos salientes na superfície.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mesquita de Timbuctu, no atual Mali, na África. A mesquita foi fundada em 989, na época do Reino do Mali, e mais tarde ali também funcionou uma universidade. FIM DA LEGENDA.

Reino do Congo

Nesse reino, moravam povos que viviam da atividade agrícola e também comercializavam diversos produtos com grupos de outras regiões. [...]

Reino do Zimbábue

Entre os séculos XIII e XV, extraía-se de lá ouro, cobre e ferro, que cruzavam o Oceano Índico para serem comercializados.

Mônica Lima. Reinos da África. Ciência Hoje das Crianças , 6 dez. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fsc. Acesso em: 20 dez. 2020.

  1. Qual dos povos citados realizava atividade agrícola?
  1. Quais realizavam comércio?

127

Explorar fonte histórica visual

Um dos reinos africanos que existia há cerca de 500 anos era chamado Loango, localizado no centro-sul do continente. Seus habitantes extraíam cobre, que era comercializado com os europeus.

Observe a representação da capital do reino, a cidade de Loango.

Imagem: Pintura. Em primeiro plano, do lado direito, um conjunto de homens negros com lanças. Eles estão com a parte superior do corpo descoberto, um tecido na cintura e descalço. Do lado esquerdo, um grupo de mulheres e crianças negras próximos a uma estrutura arqueada. Ao fundo, uma ampla cidade cercada por um muro e na qual muitas moradias em composições segmentadas em diferentes quadras e entrecortadas por ruas por onde transitam pessoas. Ao fundo, uma área aberta de livre circulação e outras casas ao redor. A cidade se estende até o horizonte.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cidade de Loango, gravura de Jacob van Meurs publicada no livro Descrições precisas das regiões africanas, de Olfert Dapper, em 1668. FIM DA LEGENDA.

  1. Cite dois tipos de construção que você observa na imagem.
  1. A cidade de Loango ficava no território que hoje em dia pertence à República do Congo. Pesquise em livros, atlas geográficos e na internet mais informações sobre esse país africano atualmente:
    1. capital do país;
    1. número de habitantes;
    1. principais atividades econômicas;
    1. bandeira;
    1. moeda utilizada;
    1. tipo de governo.

      No dia combinado com o professor, conte aos colegas as suas descobertas.

128

Migração forçada

O modo de vida de alguns povos africanos foi muito alterado após a chegada dos portugueses na África, o que ocorreu há cerca de 500 anos. Inicialmente, os portugueses buscavam comercializar produtos como ouro e marfim. Mais tarde, eles intensificaram a busca por seres humanos escravizados no continente africano.

Os africanos resistiram à escravização por meio de revoltas e fugas. Porém, milhões deles foram levados à força para outros locais, inclusive para o Brasil.

Imagem: Mapa. Migração para o Brasil de africanos escravizados há 400 anos. No canto superior esquerdo, o planisfério terrestre com destaque para América do Sul e África. O mapa apresenta as linhas imaginárias, o oceano Pacífico, Atlântico e Índico e as rotas migratórias de África para o Brasil. Da costa noroeste, de São Jorge da Mina, parte uma rota para Salvador, no nordeste da América do Sul. De Lagos, parte uma rota também para Salvador. Mais ao sul na costa africana, de São Paulo de Luanda, parte uma rota para o Recife, região nordeste da América do Sul, e para o Rio de Janeiro, no sudoeste do continente. E de Benguela, no centro-oeste de África, parte uma rota também para o Rio de Janeiro. E da costa sudeste do continente, de Moçambique, parte mais uma rota para o Rio de Janeiro. Na parte inferior, a rosa dos ventos e a escala: 1730 km. Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2002. p. 38.

  1. Localize e retire do mapa informações para completar a lista no caderno. Abaixo de cada elemento, complete com informações sobre as migrações forçadas dos africanos escravizados.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Local de saída na África

    Local de chegada no Brasil

  1. Escolha um dos locais de saída dos africanos escravizados. Investigue em jornais, livros e na internet informações sobre esse local atualmente: país a que pertence, atividades econômicas principais, tipo de governo.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Conte aos colegas as suas descobertas e ouça as deles.

129

Tempo, tempo...

Há cerca de 500 anos, havia diversos povos vivendo na África e, nessa mesma época, povos indígenas viviam na América. Essa situação é chamada de simultaneidade.

[...] a simultaneidade temporal, que permite ao/a aluno/a perceber que existem coisas que acontecem ao mesmo tempo e que enquanto se está na escola, a mãe, o pai, os amigos estão fazendo outras coisas ou, ainda, complexificando, que, enquanto acontecem os jogos da Copa do Mundo, em outro lugar, outros grupos sociais podem estar envolvidos numa guerra.

Maria Aparecida Bergamaschi. O tempo histórico nas primeiras séries do Ensino Fundamental. 23 ª Reunião da Anped , 24-28 set. 2000. Disponível em: http://fdnc.io/fsb. Acesso em: 20 dez. 2020.

Imagem: Fotografia. Destaque de um campo de futebol onde homens da seleção brasileira jogam. Eles usam camiseta amarela, shorts azuis e meião azul e chuteira. Um jogador do Brasil está em destaque com a bola, os demais observam ao fundo.  Fim da imagem.
Imagem: Fotografia. Destaque de um campo de futebol onde mulheres da seleção brasileira jogam. Elas usam camiseta amarela, shorts brancos, meião azul e chuteira. Há uma jogadora do Brasil com a bola entre duas jogadoras do time adversário.  Fim da imagem.

LEGENDA DAS IMAGENS: Entre junho e julho de 2019, a seleção masculina de futebol estava disputando a Copa América no Brasil ao mesmo tempo que a seleção feminina disputava a Copa do Mundo na França. FIM DA LEGENDA.

  1. Escolha um adulto da sua convivência e responda às questões a seguir.
    • Agora, ao mesmo tempo que você está na escola, onde esse adulto está?
    • Que atividades você e esse adulto estão fazendo ao mesmo tempo?

130

Resistência africana

Os africanos escravizados e seus descendentes nascidos no Brasil resistiram à dominação de várias formas: demora em cumprir as ordens recebidas, revoltas contra seus patrões e fugas individuais e coletivas.

  1. Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Quilombos

    Onde houve escravidão houve resistência e um dos tipos mais característicos de resistência negra na luta pela liberdade foi a fuga e a formação de grupos de escravos fugidos. No Brasil esses grupos foram chamados principalmente de quilombos [...].

    O quilombo dos Palmares nasceu de escravos fugidos, principalmente dos engenhos de açúcar pernambucanos, que se agruparam inicialmente a cerca de 70 quilômetros a oeste do litoral de Pernambuco, na Serra da Barriga [atual Alagoas], local de densas florestas de palmeiras (daí o nome Palmares), com terreno acidentado, o que tornava o acesso mais difícil.

    Lúcia Gaspar. Quilombo dos Palmares. Fundação Joaquim Nabuco , Recife, 9 dez. 2004. Disponível em: http://fdnc.io/fMU. Acesso em: 20 dez. 2020.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma área verde descampada onde há uma cerca no espaço e no horizonte uma serra bem saliente.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, no estado de Alagoas. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto informações para responder às questões.
    1. O que eram os quilombos?
    1. De onde eram originários os escravos do quilombo de Palmares?
    1. Onde eles se fixaram?
    1. Cite um dos tipos mais característicos de resistência dos escravizados apresentados no texto.
  1. Qual era a vantagem desse local para a segurança dos moradores do quilombo?

131

Explorar fonte histórica visual

Uma das trocas culturais dos povos que viveram no Brasil em outros tempos pode ser observada no modo de vestir das pessoas. Observe as duas imagens e leia as legendas.

Imagem: Pintura em preto e branco. Uma mulher negra sentada com um tecido estampado sobreposto à roupa. Ela usa adorno no pulso e no pescoço e um turbante com pano claro na cabeça. Fim da imagem.

LEGENDA: Mulher da costa ocidental africana, desenho de Onésime Reclus. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Pintura. Uma mulher negra de pé equilibrando uma bandeja com frutas sobre a cabeça. Ela usa uma camiseta larga clara, com uma longa saia, está descalça e está com um tecido estampado sobre o ombro esquerdo. Na parte inferior, há uma assinatura. Fim da imagem.

LEGENDA: Vendedora de frutas na Bahia, desenho de Maria Calcott. FIM DA LEGENDA.

  1. De que lugar é a mulher representada na primeira imagem? E na segunda?
  1. Quais são as semelhanças nas vestimentas das duas mulheres?
  1. Essas semelhanças indicam influência cultural levada do Brasil para a África ou trazida da África para o Brasil?

132

Influências africanas na cultura brasileira

Diversos aspectos do modo de vida dos brasileiros também são influenciados pela cultura dos africanos e seus descendentes.

Música

Além do samba, que é o estilo brasileiro mais famoso no mundo, outros ritmos [e danças] também vieram da [...] África: Maracatu, [...] Moçambique. Além disso, muitos instrumentos musicais [...].

Imagem: Fotografia. Um instrumento composto por uma cabaça pintada em vermelho e que possui uma rede de contas ao redor do corpo e uma extremidade mais alongada e com uma cavidade circular e oca. Fim da imagem.

LEGENDA: Afoxé, instrumento musical de origem africana. FIM DA LEGENDA.

Culinária

Ingredientes como o leite de coco, a pimenta malagueta [...] e o azeite de dendê não eram conhecidos nem usados no Brasil [...].

Imagem: Fotografia. Cinco garrafas de vidro transparentes tapadas com rolha e que apresentam em seu interior uma substância densa e escura que forma uma aparência em degradê. Fim da imagem.

LEGENDA: Azeite de dendê, tempero de origem africana. FIM DA LEGENDA.

133

Capoeira

A capoeira, uma mistura de dança e luta, foi criada pelos [africanos escravizados] como uma estratégia de defesa. [...]

Imagem: Fotografia. Uma roda de capoeira em área gramada composta por oito pessoas. Ao centro, duas pessoas jogam, com as mãos no chão e os pés para o alto, e ao redor, o restante bate palmas e toca instrumentos. Eles estão descalços, usam camiseta e calça branca. Ao fundo, muitas árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Apresentação de capoeira em 2019. FIM DA LEGENDA.

Língua

A maior parte das palavras que enriqueceram o vocabulário brasileiro vem do quimbundo, língua do povo banto. [...]

Imagem: Fotografia. Uma gangorra infantil que apresenta assentos com encosto e local para apoio para os pés. Fim da imagem.

LEGENDA: Gangorra, palavra com origem no idioma quimbundo. FIM DA LEGENDA.

Adriana Franzin. Você sabe qual é a importância da cultura negra para a história do Brasil? Portal EBC , 19 nov. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fsg. Acesso em: 20 dez. 2020.

Boxe complementar:

Investigue

Investigue em livros ou na internet os itens a seguir.

  • Receitas que utilizam o azeite de dendê como ingrediente.
  • Outras palavras que usamos em nosso dia a dia com origem no quimbundo, a língua do povo banto.

    No dia combinado, conte ao professor e aos colegas as suas descobertas.

Fim do complemento.

134

As origens do CARNAVAL brasileiro

Imagem: Fotografia. Uma composição com máscaras carnavalescas, confetes e serpentinas coloridas sobre uma superfície de madeira pintada de azul. Fim da imagem.

Algumas manifestações culturais, como o Carnaval, receberam influências de diferentes grupos que migraram para o Brasil.

Entrudo

O Entrudo, uma festa popular trazida para o Brasil pelos portugueses há 500 anos, incluía várias brincadeiras, como a de atirar farinha e água uns nos outros. Algumas dessas brincadeiras foram trazidas para o Brasil em 1723 pelos portugueses que viviam na África.

Blocos carnavalescos

Em 1846, o sapateiro português José Nogueira Paredes saiu pelas ruas do Rio de Janeiro tocando bumbo, dando origem ao primeiro bloco carnavalesco. Nas décadas seguintes, a quantidade de blocos aumentou muito.

Fonte: Conheça a história do Carnaval. PUCRS. Disponível em: http://fdnc.io/fMX. Acesso em: 22 maio 2021.

135

Afoxé

Afro-brasileiros que viviam na Bahia criaram, em 1885, sociedades carnavalescas chamadas afoxés. Durante os desfiles, os brincantes usavam roupas e instrumentos de origem africana, como o tambor, o afoxé e o agogô.

Trio elétrico

O trio elétrico surgiu em 1950, quando os músicos baianos Dodô e Osmar, conhecidos como dupla elétrica, equiparam um automóvel com dois alto-falantes e saíram tocando pelas ruas da cidade de Salvador, no estado da Bahia. Dois anos depois, o percussionista Temístocles Aragão juntou-se a Dodô e Osmar, formando o trio elétrico. O automóvel foi substituído por uma caminhonete maior.

Diversas formas

Atualmente, o Carnaval é comemorado de diversas formas no Brasil, com escolas de samba, trios elétricos, afoxés e blocos de rua.

  1. Identifique um elemento do Carnaval brasileiro de origem africana e outro de origem portuguesa.
  1. Em casa, leia a história do Carnaval para um adulto de sua convivência.

136

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 13 e 14

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda às atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Sobre os povos indígenas, responda.
    1. Quais eram as formas de demarcação dos territórios indígenas?
    1. Que estratégia os tupinambás utilizavam para proteger suas aldeias?
    1. Como era as formas de liderança nas aldeias tupinambás?
  1. Registre o local de partida em Portugal da esquadra de Pedro Álvares Cabral e o seu local de chegada nas terras que mais tarde formariam o Brasil.
  1. Elabore uma produção escrita sobre a migração do povo tupinambá, em 1580, considerando os seguintes elementos:
    • os motivos da migração;
    • as características da viagem;
    • a alimentação dos tupinambás.
    1. Copie as fichas no caderno e complete-as com as informações de cada um dos alimentos.

Imagem A

Imagem: Fotografia. Um punhado de um alimento vermelho com superfície lisa e formato longo e afilado com uma pequena haste verde na extremidade. Fim da imagem.

Ficha A

Nome do alimento

Cultura

Imagem B

Imagem: Fotografia. Um punhado de um alimento firme, de casca marrom, grossa e áspera, formato alongado e cilíndrico e quando cortado apresenta superfície lisa e clara.  Fim da imagem.

Ficha B

Nome do alimento

Cultura

  1. A migração forçada de africanos para o Brasil há cerca de 500 anos teve qual motivação?

137

  1. Sobre a vinda dos africanos para o Brasil, faça o que se pede.
    1. Cite dois locais de saída dos africanos.
    1. Cite dois locais de chegada no Brasil.
  1. Copie a alternativa que apresenta o nome do principal refúgio de escravizados situados na Serra da Barriga.
    1. Quilombo do rio Vermelho.
    1. Quilombo do Urubu.
    1. Quilombo dos Palmares.
    1. Quilombo do Ibura.
  1. Classifique os termos de acordo com a origem cultural de cada um.

    cupuaçu

    graviola

    rede

    canjica

    canoa

    gangorra

    afoxé

    Maracatu

Quadro: equivalente textual a seguir.

Influência africana

Influência indígena

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Expliquei as formas de organização dos territórios indígenas?
  1. Identifiquei as motivações nos processos migratórios dos povos indígenas?
  1. Identifiquei as causas das imigrações forçadas dos povos africanos?
  1. Reconheci as influências culturais dos povos indígenas e africanos na sociedade brasileira?
  1. Realizei todas as lições de casa?

138

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 15 e 16

Quais foram as migrações externas e internas no Brasil entre 1880 e 1980 e quais foram as influências culturais dos migrantes?

CAPÍTULO 15. Migrações internacionais

As migrações internas são aquelas em que as pessoas migram de uma cidade ou estado para outro dentro do país. As migrações externas são aquelas em que as pessoas se deslocam de um país para outro.

Entre 1880 e 1940, muitas pessoas de outros países vieram para o Brasil.

Imagem: Pintura. Em uma ampla área aberta próxima de um grande navio atracado, estão homens, mulheres e crianças ao redor de malas. A embarcação apresenta estrela vermelha em uma das chaminés. Em primeiro plano, está um grupo de pessoas sentadas. Do lado direito, estão uma mulher e um menino encostado em suas pernas. Do lado direito, uma mulher sozinha e mais atrás uma menina de pé, um senhor de barba, uma senhora de costas e uma mulher com bebê no colo sentados. As mulheres usam lenço no cabelo e pescoço, blusas de manga longa, saias compridas e os homens usam sapatos, calça comprida, camisa de manga longa com tecido no pescoço e chapéu. Ao fundo, um outro grupo circula carregando malas, trouxa de roupas e cadeiras sobre a cabeça. Quanto mais perto do acesso a escada para o navio, mais cheio de gente está.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de A triste partida dos imigrantes, gravura de Achille Beltrame, 1901. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Converse com seu colega. Fim da imagem.

  1. Que elementos da imagem indicam que as pessoas representadas estão migrando?
  1. Em sua opinião, por que Achille Beltrame intitulou essa representação de A triste partida dos imigrantes?

139

Os imigrantes deixavam seus locais de origem por vários motivos: más condições de vida, guerras, conflitos ou perseguições políticas e religiosas.

Os imigrantes que vieram para o Brasil foram atraídos pela possibilidade de obter terras ou de conseguir trabalhar nas fazendas de café e nas indústrias que começaram a se desenvolver nesse período na Região Sul e na Região Sudeste do país.

Entre 1880 e 1940, vieram para o Brasil imigrantes de diversos países, como mostra o gráfico.

Imagem: Gráfico em barras verticais. Brasil: países de origem dos imigrantes (1880-1940). No eixo vertical, o número de pessoas. No eixo horizontal, o país de origem. Espanha: 580.000 pessoas. Japão: 199.000 mil pessoas. Itália: 1.400.000. Alemanha: 190.000 pessoas. Portugal: 1.200.000 pessoas. Polônia: 50.000 pessoas. Rússia: 110.000 pessoas.  Fim da imagem.

Fonte: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil. v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 233.

  1. Localize e retire informações do texto e do gráfico para responder às questões.
    1. Entre 1880 e 1940, de qual país veio o maior número de imigrantes para o Brasil?
    1. Explique por que, entre 1880 e 1940, os imigrantes saíram de seus países de origem e vieram se estabelecer no Brasil.

140

Explorar fonte histórica escrita

Algumas pessoas que migraram para o Brasil entre 1880 e 1940 registraram suas viagens por escrito. Leia o relato escrito pelo italiano Luigi Toniazzo.

Como estávamos amontoados naquele navio, meu Deus, quando embarcaram outros passageiros! Naquele bendito vapor , éramos mais de 2.500 pessoas ocupando a terceira classe , apertados como sardinhas em latas.

Zuleika Alvim. Imigrantes: a vida privada dos pobres do campo. Em: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil . v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 240.

Glossário:

Vapor: navio ou barco movido por máquina a vapor.

Terceira classe: tipo de acomodação sem conforto.

Fim do glossário.

Imagem: Cartaz. Na parte superior está escrito “LA VELOCE” e abaixo há um grande navio em alto mar. Há muitas pessoas no convés e o detalhe de uma estrela vermelha nas duas chaminés em operação, das quais sai densa fumaça escura. Ao fundo, há uma grande estrela vermelha.  Fim da imagem.

LEGENDA: La Veloce, detalhe de cartaz de 1906. La Veloce era uma empresa italiana que transportava imigrantes para o Brasil. FIM DA LEGENDA.

  1. Copie a ficha a seguir em seu caderno e complete com as informações do texto.
  1. Pela propaganda, é possível perceber que a viagem na terceira classe seria como descreveu Luigi Toniazzo? Explique.

141

Viajando

Alguns imigrantes vindos de outros países seguiram para o Sul do Brasil, onde o governo estava distribuindo terras. A maioria, porém, foi trabalhar nas fazendas de café do interior do estado de São Paulo ou nas indústrias das grandes cidades.

Os imigrantes desembarcavam nos portos e, para irem até o interior do país, utilizavam diversos meios de locomoção, como os retratados nas imagens.

Imagem: A. Fotografia. Destaque de uma via de pedra com trilhos por onde passam um grupo de pessoas de baixa estatura, cabelo liso, pele clara e segurando nas mãos poucos pertences. As mulheres estão de saia longa ou vestido, os homens usam chapéu e terno. Ao redor, trabalhadores do espaço os observam passar. Ao fundo, um grande navio sobre o qual há botes e pessoas nas janelas. Fim da imagem.

LEGENDA: Desembarque de imigrantes japoneses no porto do município de Santos, no estado de São Paulo, em 1930. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Destaque de um trem lotado de pessoas e algumas aparecem nas janelas, onde estão bandeiras do Brasil e do Japão hasteadas. Do lado de fora, à frente do transporte, está um grupo de oito homens de terno, alguns de chapéu, parados posando para foto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Embarque em Santos de colonos japoneses com destino às fazendas de café no interior do estado de São Paulo, nos anos 1930. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire informações das duas imagens para completar a lista a seguir no caderno.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Foto

    Local de saída

    Meio de transporte

    Local de chegada

142

Entre 1830 e 1880, o governo brasileiro organizou a vinda de imigrantes para ocupar e povoar áreas específicas, principalmente no Sul do Brasil.

Já a partir dos anos 1880, o foco principal da imigração passou a ser as fazendas de café, principalmente no estado de São Paulo.

Nas fazendas de café

Assim, mesmo vivendo em uma sociedade tão diversa, aos imigrantes não ocorria trabalhar a terra de uma forma que não envolvesse os membros da família. Todos cumpriam tarefas de acordo com a sua força física e as suas habilidades. Homens e mulheres labutavam no cafezal e aproveitavam para plantar milho e feijão entre as fileiras [de café]. Crianças e velhos cuidavam das hortas vizinhas à casa e dos animais, e exerciam tarefas menos pesadas [...].

Zuleika Alvim. A vida privada dos pobres do campo. Em: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil . v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 254.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Plano aberto do destaque de uma extensa lavoura na qual há um amplo corredor ao centro onde estão trabalhadores lavradores e colhedores. As mulheres usam vestido longo com manga comprida e lenço no cabeço e os homens usam calça e camisa. Alguns manipulam objetos, como peneira e rastelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes italianos trabalhando na colheita de café em fazenda do interior do estado de São Paulo. Foto de 1930. FIM DA LEGENDA.

  1. De acordo com o texto, responda às questões sobre a divisão de trabalho das famílias imigrantes nas fazendas de café.
    1. Quais eram os trabalhos feitos pelos homens e mulheres?
    1. Quais eram as tarefas das crianças e dos idosos?

143

Explorar fonte histórica escrita

O modo de vida dos imigrantes pode ser estudado por meio de diferentes documentos, como passaportes, objetos e cartas.

Leia uma carta escrita, em 1884, pelo imigrante italiano Paulo Rossato ao seu pai, que estava se preparando para vir da Itália para o Brasil.

Para a família, tragam os seguintes objetos: todo o material de cozinha; o caldeirão de lavar roupa, o panelão, [...] [onde se fazia a polenta], a máquina de fazer macarrão, os lampiões [...].

E, depois, partam, mas tratem de partir alegres, cantando, pois não convém que vocês partam chorando. [...] Aqui vocês encontrarão amigos e alegria à vontade, temos comida à fartura para vocês [...].

Zuleika Alvim. A vida privada dos pobres do campo. Em: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil . v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 247-248.

Imagem: Fotografia. Um balde de madeira. Apresenta pequenas ripas postas verticalmente lado a lado e amarradas em todo diâmetro por arame. Na parte superior, apresenta pegador curvo em arame. Fim da imagem.

LEGENDA: Balde de madeira de 1918. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma tábua redonda de madeira ao lado de uma colher de madeira com cabo longo e um mexedor também de madeira e bem comprido.  Fim da imagem.

LEGENDA: Tábua de madeira de 1930 utilizada para fazer polenta. FIM DA LEGENDA.

  1. Cite os objetos mencionados na carta e a função de cada um.
  1. O autor da carta passa para os familiares uma visão positiva ou negativa da vida no Brasil? Explique.

144

Influência na alimentação

Os imigrantes que vieram para o Brasil influenciaram diversos aspectos da cultura brasileira: festas, tradições, formas de morar e hábitos alimentares.

Quando o professor solicitar, leia o texto silenciosamente.

Alimentação italiana

Os pratos italianos – as massas em particular – levaram algumas décadas para serem socializados até transformar-se em itens triviais dos menus das casas de família de qualquer etnia e dos restaurantes. É bem verdade que, nos primeiros anos do século , as vendas de São Paulo ofereciam ingredientes da cozinha italiana, “montanhas de caixas de tomate siciliano e de massas napolitanas”, como observou, em 1907, Gina Lombroso Ferrero. Na mesma época, hospedado em um hotel da cidade, o jornalista português Sousa Pinto notava: “ao jantar, servem-nos minestra e risoto – é a Itália, não há que ver, a Itália com arroz de açafrão e queijo ralado.” [...]

O caso mais conhecido é o da macarronada domingueira da mamma , reunindo a família.

Boris Fausto. Imigração: cortes e continuidades. Em: Lilia Moritz Schwarcz (org.). História da vida privada no Brasil . v. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 55 e 58.

Glossário:

Década: conjunto de dez anos.

Século: conjunto de cem anos.

Minestra: sopa italiana com legumes cortados e, geralmente, com macarrão.

Açafrão: planta utilizada como tempero.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Uma pizza assada com um pedaço cortado e feita com ingredientes como manjericão, tomate e queijo. Fim da imagem.

LEGENDA: A pizza é outro alimento trazido para o Brasil pelos imigrantes italianos. FIM DA LEGENDA.

  1. Segundo o texto, que alimentos trazidos pelos imigrantes italianos foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros?
  1. Elabore uma produção de escrita utilizando duas palavras do glossário: “década” e “açafrão”.

145

  1. Ao ser solicitado, leia o texto em voz alta.

    Quais alimentos foram trazidos ao Brasil pelos japoneses?

    Pensou em um festival de sushis e sashimis ? Pense maior. No total, os japoneses trouxeram mais de 50 tipos de alimentos ao Brasil. Os primeiros provavelmente foram as variedades de caqui doce e a tangerina poncã, que chegaram nos anos 20. Mas foi a partir da década de 1930 que a maioria dos novos gêneros aportou por aqui. [...]

    Muitos imigrantes traziam mudas junto com suas bagagens nos navios. Foi o caso do morango e até mesmo de um tipo de fruta insuspeita: a uva itália, que apesar de ser italiana, como o nome entrega, [apareceu] no Brasil por mãos japonesas, na década de 1940.

    Natália Suzuki. Quais alimentos foram trazidos ao Brasil pelos japoneses? Revista Superinteressante , n. 246, p. 42, dez. 2007.

  1. Identifique nas imagens a seguir os alimentos que foram trazidos para o Brasil pelos japoneses e escreva seus nomes no caderno.
Imagem: Fotografia. Um prato de macarronada ao molho vermelho. Fim da imagem.

LEGENDA: Macarronada. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma tábua com sushis variados, shoyo e um par de hashis.  Fim da imagem.

LEGENDA: Sushi. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma bandeja com sashimis. Fim da imagem.

LEGENDA: Sashimi. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma pizza assada com ingredientes como azeitona, manjericão e milho. Fim da imagem.

LEGENDA: Pizza. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de morangos. São pequenos, vermelhos, casca de aspecto pouco áspero e com pequenas folhas na extremidade. Fim da imagem.

LEGENDA: Morango. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de brócolis ninja cru. São verde-escuros com uma parte lisa e grossa e extremidade cheia com aspecto macio. Fim da imagem.

LEGENDA: Brócolis. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma tangerina inteira ao lado de gomos da fruta. Apresenta casca laranja de aspecto pouco áspero e forma redonda com pequena folha na extremidade. Os gomos são laranjas de aspecto macio. Fim da imagem.

LEGENDA: Tangerina. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um prato com bife à milanesa. Fim da imagem.

LEGENDA: Bife à milanesa. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de caquis. Apresentam corpo ovalar com casca lisa vermelha e uma pequena casca grossa em uma das extremidades. Fim da imagem.

LEGENDA: Caqui. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia.  Um punhado de berinjelas. Apresentam corpo liso, comprido, preto e extremidade com um pequeno cabo grosso e verde. Fim da imagem.

LEGENDA: Berinjela. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de pimentões. A casca é verde-escura, lisa com formato ondulado e com pequeno cabo grosso na extremidade.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pimentão. FIM DA LEGENDA.

  1. Em casa, reconte a um adulto de sua convivência quais foram os alimentos trazidos pelos imigrantes japoneses.

146

CAPÍTULO 16. Migrações internas

Entre as décadas de 1950 e 1980, intensificaram-se as migrações internas no Brasil.

A maioria dos migrantes era composta de trabalhadores rurais da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Sergipe e Paraíba que não conseguiam obter renda suficiente como empregados nas fazendas de suas localidades de origem.

Eles migravam em busca de melhores condições de vida, atraídos, principalmente, pelos empregos:

Imagem: Fotografia em preto e branco. Destaque de um local em construção onde estão nove trabalhadores em uma área íngreme e curva com solo com estruturas formando pequenos relevos. Do lado direito, espaço em piso mais alto com vigas e arames.  Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalhadores na construção do Congresso Nacional em Brasília. Foto de 1959. FIM DA LEGENDA.

147

Explorar fonte histórica oral

Em suas viagens, os migrantes utilizavam diversos meios de transporte, como trem e ônibus. Em alguns casos, como nos conta em depoimento o senhor Agnelo, o meio de transporte utilizado era mais precário.

Ajuntou bastante gente e encheu o caminhão. Levamos 8 dias no caminhão da Bahia para São Paulo. [...]

No caminhão devia ter umas 30 pessoas. Era de lona, a gente não via nada, era tudo amarrado para não entrar poeira e tinha banco para sentar. As crianças sofreram.

[...] nós deitamos debaixo do caminhão. Fizemos fogo, esquentamos água, fizemos comida e demos banho nas crianças. Dormimos ali embaixo.

Marilda Aparecida de Menezes (org.). Histórias de migrantes . São Paulo: Loyola, 1952. p. 51-52.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Destaque da carroceria de um caminhão com a lateral aberta e o teto coberto e onde estão muitas pessoas sentadas, entre elas mulheres, crianças e alguns homens.  Fim da imagem.

LEGENDA: Transporte de pessoas em caminhão. Foto de 1960. FIM DA LEGENDA.

  1. O meio de transporte utilizado pelo senhor Agnelo era adequado para transportar pessoas? Por quê?

148

Influências culturais dos migrantes internos

A cultura da população das diversas Unidades da Federação brasileiras também foi influenciada pelos migrantes internos. Os brasileiros que migraram para outras Unidades da Federação levaram suas festas, tradições e seus costumes para os novos locais de moradia.

  1. Quando professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Influências da migração nordestina no Amazonas

    “[...] Hoje, todos os festivais de dança que existem em Manaus têm um dedinho dos nordestinos. No início, estes eventos não eram chamados festivais folclóricos, eram festivais de ciranda, de xote e quadrilha, e tudo isso tem raízes nordestinas”, explicou [o sociólogo Francisco Canindé].

    Além da ciranda, do xote e da quadrilha, o sociólogo destaca também a grande contribuição nordestina para a maior expressão do folclore amazonense nos dias de hoje: o Festival Folclórico de Parintins. “Parintins tem hoje esta festa internacional e linda, mas não podemos esquecer [que] o ritual é nordestino – em especial do Maranhão [...].”

    Portal Amazônia. Conheça as influências da migração nordestina no Amazonas. Laboratório de Demografia e Estudos Populacionais , 17 ago. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/fN1. Acesso em: 20 dez. 2020.

Imagem: Fotografia. Destaque de um espaço aberto onde há, em primeiro plano, uma pessoa de calça branca com fantasia de um boi preto com chifres longos e borda azul e branca. Ao fundo, há outras pessoas fantasiadas e uma mulher com longo e rodado vestido brilhante e colorido. Fim da imagem.

LEGENDA: Festival Folclórico de Parintins no município de Parintins, no estado do Amazonas, em 2019. Essa festa foi influenciada pela Festa do Boi, levada para a região pelos migrantes nordestinos. FIM DA LEGENDA.

  1. Procure informações em jornais, revistas ou na internet sobre algumas músicas e danças nordestinas que foram levadas para o Amazonas pelos migrantes.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Conte aos colegas as suas descobertas.

149

Boxe complementar:

Você sabia?

“O boi é um dos folguedos (festa popular) mais representativos da cultura brasileira, pois reúne traços de três grandes ramos da formação do nosso povo: europeu, indígena e afro-negro”, afirma Américo Pellegrini Filho, folclorista da Universidade de São Paulo (USP). [...]

As pessoas que assistem e dançam durante a exibição do grupo folclórico, que pode durar horas, são chamadas de brincantes e também dão um tom religioso à festa, pois agradecem graças alcançadas e fazem promessas ao boi. O curioso é que a palavra bumba exprime o suposto som de uma pancada do chifre do boi.

Cíntia Cristina. Qual é a origem do bumba meu boi e o que ele representa? Revista Superinteressante , 18 abr. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/fN3. Acesso em: 20 dez. 2020.

A Festa do Boi é comemorada em várias localidades do Brasil e apresenta diferentes nomes.

Imagem: Fotografia. Em um palco coberto, destaque de uma pessoa que dança usando a fantasia de um boi preto de cabeça marrom e borda de chita. Ao lado, um rapaz toca um instrumento. Fim da imagem.

LEGENDA: Festa do Boi de Mamão no município de Antonina, no estado do Paraná. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Em meio a um desfile, destaque de um homem que usa fantasia de um boi preto com chifre enfeitado com fitas e rosas coloridas e boras longa amarela com pregas. Ao fundo, um grupo de pessoas caminha de camiseta azul, shorts branco e chapéu de palha com fitas. Fim da imagem.

LEGENDA: Boi-bumbá no festejo Arrastão do Pavulagem, no município de Belém, no estado do Pará. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Destaque da fantasia de um boi de cabeça branca e focinho amarelo com chifres vermelhos, corpo amarelo com muitos enfeites brilhantes e borda azul também com brilho. Fim da imagem.

LEGENDA: Festa do Boi de Pindaré no município de São Luís, no estado do Maranhão. Foto de 2016. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

150

Festas e comemorações

As trocas culturais entre os vários povos que viveram no Brasil em diferentes tempos podem ser percebidas nos elementos que fazem parte das festas, danças, músicas e outras manifestações culturais brasileiras atuais, como representado no mapa e nos textos que o acompanham.

Imagem: Mapa. Brasil político. No canto superior direito, o planisfério terrestre com destaque para o Brasil na América do Sul. O mapa traz as linhas imaginárias, o oceano Pacífico e Atlântico e o destaque para a divisão dos territórios dos estados do Brasil. De alguns locais, partem feixes coloridos que levam a pequenos textos sobre as respectivas regiões. Do norte ao sul do país são: Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na parte inferior, a rosa dos ventos e a escala: 270 km.  Amapá: Marabaixo. Dança de origem afro-brasileira que é comum principalmente no estado do Amapá, em que os participantes dançam ao som de tambores. Maranhão: Tambor de Crioula. Festa de origem afro-brasileira que inclui dança circular acompanhada por tambores e é realizada principalmente no estado do Maranhão. Mato Grosso do Sul: Kuarup. Ritual dos povos indígenas que vivem na região do Rio Xingu, no estado do Mato Grosso, que é feito em homenagem aos mortos e inclui danças e cânticos tradicionais. São Paulo: Nikkey Matsuri. Comemoração de origem japonesa que ocorre no município de São Paulo, no estado de São Paulo, e inclui apresentações de taiko (nome para diversos tipos de tambor) e danças típicas do Japão. Santa Catarina: Incanto Trentino. Festa em homenagem aos italianos que vivem no município de Nova Trento, no estado de Santa Catarina, que inclui músicas, danças e comidas típicas da Itália.  Fim da imagem.

Fonte: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 113.

151

  1. Em seu caderno, complete a lista com informações sobre as festas descritas acima.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Nome da festa

    Estado

    Origem

  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, investigue a presença de danças, festas e comemorações tradicionais no estado em que você vive. Registre:
    1. nome da dança, festa ou comemoração;
    1. época do ano em que costuma acontecer;
    1. povos que participaram da origem ou da disseminação dessa dança, festa ou tradição.

152

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 15 e 16

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda às atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Sobre os imigrantes vindos para o Brasil entre 1880 e 1940, faça o que se pede.
    1. Cite três países de partida da maioria dos imigrantes.
    1. Quais foram os motivos de partida de seus países de origem?
  1. As condições de viagem dos italianos trabalhadores que imigraram para o Brasil correspondiam ao que era divulgado pelos cartazes das agências? Explique.
  1. O que os imigrantes que vieram para o Brasil esperavam?
  1. Classifique os alimentos, listando os que se referem à alimentação italiana e à alimentação japonesa.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Alimentação japonesa

    Alimentação italiana

    Sashimi

    Tomate

    Minestra

    Sushi

    Risoto

    Caqui doce

    Macarronada

    Tangerina poncã

  1. Cite dois exemplos de documentos que foram estudados e que identificam algumas características do modo de vida dos imigrantes no Brasil.
  1. Registre as frases que correspondem às migrações internas no Brasil ocorridas entre 1950 e 1980.
    1. A maioria dos migrantes eram trabalhadores rurais.
    1. Migravam em busca de melhores condições de vida.
    1. Eram atraídos por trabalhos nas indústrias e na construção civil, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
    1. Muitos foram atraídos pelo trabalho na construção de Brasília.
    1. A maioria dos migrantes era de trabalhadores da cidade.

153

  1. Classifique as imagens a seguir de acordo com suas respectivas influências culturais.

Festa que homenageia os italianos.

Ritual indígena dos waurá.

Dança de origem afro-brasileira.

Imagem: A. Fotografia. Destaque de duas mulheres negras que usam longos vestidos rodados e estampados e dançam se olhando frente a frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Dança folclórica Marabaixo, no município de Macapá, no estado do Amapá. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Destaque de uma área com chão de terra onde indígenas com corpo pintado e adereços nos braços e pernas estão enfileirados de pé diante de um grande retângulo construído no chão. Fim da imagem.

LEGENDA: Ritual Kuarup do povo waurá, no Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: C. Fotografia. Sobre o palco, um grupo de mulheres brancas de pé lado a lado com longos vestidos. Elas estão com as mãos na cintura e uma delas segura um microfone.   Fim da imagem.

LEGENDA: Festejo Incanto Trentino, no município de Nova Trento, no estado de Santa Catarina. Foto de 2016. FIM DA LEGENDA.

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Identifiquei algumas imigrações para o Brasil entre 1880 e 1940?
  1. Reconheci na alimentação e nos festejos tradicionais as trocas culturais realizadas entre os diferentes povos presentes no Brasil?
  1. Compreendi os motivos das migrações internas no Brasil entre os anos de 1950 e 1980?
  1. Li os textos com facilidade?
  1. Contribuí com ideias e sugestões nos trabalhos em grupo de que participei?

154

O QUE EU APRENDI?

Avaliação de resultado

Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.

  1. Relacione as frases com as características do Homem de Toumai e o Homo habilis e registre.
    1. Viveu entre 2 milhões e 200 mil anos na África.
    1. É considerado um dos mais antigos ancestrais dos seres humanos.
    1. Primeira espécie que desenvolveu a habilidade de tirar lascas de pedras, deixando-as mais afiadas para cortar carnes e frutos.
    1. Viveu entre 6 e 7 milhões de anos, na África.
  1. Explique por que o controle do fogo foi importante para os hominínios.
  1. Observe a imagem do fóssil do crânio de Luzia, o fóssil mais antigo já encontrado no Brasil, e responda: por que o achado desse fóssil é importante para os pesquisadores?
Imagem: Fotografia. Um crânio que apresenta parte superior lisa e grande, as cavidades dos olhos e nariz e parte da arcada dentária superior. Fim da imagem.

LEGENDA: Reconstrução do crânio de Luzia, exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. O desenvolvimento da agricultura aconteceu ao mesmo tempo e no mesmo local pelos diversos grupos humanos? Explique.
  1. Ordene as frases sobre as etapas que levaram ao desenvolvimento da agricultura.
    1. Aos poucos, o processo de plantio e colheita de determinadas plantas foi controlado.
    1. Assim, desenvolveram a agricultura.
    1. Alguns grupos humanos observaram que a semente que caía no chão brotava e dela nascia uma planta.
    1. Foram selecionadas algumas plantas coletadas, buscando reproduzi-las.

155

  1. Cite dois possíveis impactos ambientais decorrentes do desenvolvimento da agricultura e da pecuária.
  1. Elabore uma frase usando três das seguintes palavras.

    registro rupestre

    cavernas

    grutas

    humanas

    animais

  1. Copie e preencha a ficha sobre a escrita do povo sumério.
    1. Em que tipo de material eram produzidas?
    1. Como os símbolos eram gravados nesses materiais?
  1. Explique a importância do desenvolvimento da escrita para os seres humanos.
  1. Por que os antigos pastores e caçadores organizavam a contagem de seu rebanho utilizando pedras em grupos de cinco? Explique.
  1. Relacione a frase “acordava-se com o sol e dormia-se quando ele se punha” com a iluminação das ruas há 200 anos.
  1. Observe a tirinha e responda às questões a seguir.
Imagem: Tirinha. Composta por três quadros, apresenta a personagem Fê, uma menina ruiva com cabelo preso em coque e o destaque das pernas de uma pessoa adulta que usa calça e sapatos. Q1: Fê está de pé diante do adulto ao lado de um pequeno saco amarrado e diz: “TIRANDO A MATÉRIA ORGÂNICA, QUE VAI PRA COMPOSTAGEM...”. Q2: Destaque apenas nela, que continua: “.. E O MATERIAL RECICLÁVEL QUE O PESSOAL RECOLHE...”. Q3: Novamente ela está diante do adulto e ao lado de uma caixa de recicláveis e um balde de matéria orgânica. Fê continua, olha para o pequeno saco amarrado e diz: “... DE LIXO, MESMO, NÃO SOBRE MUITA COISA...”.  Fim da imagem.

FONTE: Armandinho, Alexandre Beck.

  1. A qual conclusão a personagem Fê chega no último quadrinho? Explique.
  1. Por que a reciclagem pode contribuir para diminuir o acúmulo de lixo nas cidades?

156

  1. Sobre o escambo, faça o que se pede.
    1. Explique o que é.
    1. Cite um exemplo.
    1. Quais são os problemas gerados por esse tipo de troca?
    1. Como diversos povos foram solucionando esses tipos de problema?
  1. Leia e interprete o quadro a seguir.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Tempo

    Povo

    Produto

    Continente

    Há 3 mil anos

    Romanos antigos

    Sal

    Europeu

    Há 600 anos

    Astecas

    Sementes de cacau

    Americano

    Há 600 anos

    Habitantes do Reino do Congo

    Zimbos

    Africano

    1. Para que cada povo começou a utilizar os respectivos produtos citados no quadro? Por quê?
    1. Os diferentes povos citados utilizaram seus respectivos produtos como moeda ao mesmo tempo? Explique.
  1. Cada grupo da sua turma investigou uma tradição da cultura oral: “cantigas infantis”, “provérbios”, “parlendas”, “adivinhas”, “lendas” e “contos tradicionais”. Elabore uma produção de escrita a respeito de uma dessas representantes da cultura oral pesquisada.
  1. Registre três características nas formas da produção escrita de livros e documentos antes da invenção da tipografia.
  1. Qual era o principal meio de comunicação nos anos 1940 e 1950? Quais programas eram apresentados?
  1. Explique o que era radionovela.

157

  1. Leia o texto e responda às questões.

    Há comunidades indígenas circulando por beiradões de rios, em cidades amazônicas e até em algumas capitais brasileiras. Isso acontece principalmente porque, para os povos indígenas, os espaços em que se mora, planta, caça ou caminha vão além das fronteiras criadas pelo homem branco. E porque ninguém deixa de ser índio por estar em uma região considerada urbana, fora das fronteiras definidas para suas terras.

    Onde estão. Mirim : povos indígenas no Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/fsA. Acesso em: 22 abr. 2021.

    1. Onde se pode encontrar as comunidades indígenas citadas no texto?
    1. Por que isso acontece?
  1. Explique como era a demarcação dos territórios indígenas há cerca de 500 anos.
  1. Elabore uma produção de escrita, contando sobre a migração forçada dos africanos para as terras que viriam a formar o Brasil. Inclua:
    • um local de saída na África;
    • por quem foram escravizados;
    • um local de chegada no Brasil;
    • como resistiram à escravização no Brasil.
    1. Cite os significados das palavras a seguir e classifique-as de acordo com sua origem: “africana”, “indígena”, “italiana” ou “japonesa”.

      mandioca

      rede de dormir

      afoxé

      sashimi

      macarronada

  1. Cite dois motivos para as migrações internas no Brasil ocorridas entre 1950 e 1980.
  1. Sobre as influências africanas na cultura brasileira, cite:
    1. um alimento;
    1. uma palavra;
    1. uma luta;
    1. um ritmo musical.
  1. O que eram os quilombos?