MP030

O QUE EU JÁ SEI?

Avaliação diagnóstica

  1. As fontes históricas são utilizadas pelos historiadores para estudar o modo de vida das pessoas em diferentes tempos. Observe as imagens.
Imagem: Fotografia. Um ferro de passar que apresenta uma tampa com rebarbas e pegador de madeira.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ferro de passar roupa com brasa de carvão. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma enxada com cabo de madeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Enxada antiga. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma pena dentro de um pequeno frasco de vidro com tinta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Tinteiro e pena usada para escrever. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um abajur com corpo dourado e cúpula azul. Fim da imagem.

LEGENDA: Abajur com luminária. FIM DA LEGENDA.

  1. Copie a lista e classifique os objetos de acordo com cada item dela.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Objeto para iluminação

    Ferramenta agrícola

    Material escolar

    Utensílio doméstico

    PROFESSOR Resposta: Iluminação: abajur; ferramenta agrícola: enxada antiga; material escolar: tinteiro e pena; utensílio doméstico: ferro de passar com brasa.
  1. Todos esses objetos constituem que tipo de fonte histórica: escrita ou material?
    PROFESSOR Resposta: Material.
  1. Leia o texto e responda às questões a seguir.

    Depoimento de dona Alice

    A Rua Conselheiro Nébias era uma maravilha porque a gente brincava de amarelinha, pegador, de lenço atrás, podia atravessar a rua correndo, ficava à vontade. De noite, podia ficar brincando ali na calçada, de roda.

    Ecléa Bosi. Memória e sociedade : lembrança de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 96.

    1. Qual é o nome da rua?
      PROFESSOR Resposta: Rua Conselheiro Nébias.
    1. O que as crianças faziam na rua?
      PROFESSOR Resposta: As crianças brincavam.
    1. Quais foram as brincadeiras citadas no texto?
      PROFESSOR Resposta: As brincadeiras citadas foram amarelinha, pegador, lenço atrás e roda.
    1. A história narrada é atual ou antiga? Como você concluiu isso?
      PROFESSOR Resposta: A história é antiga. É possível concluir isso em razão do uso dos tempos verbais nas palavras “era”, “brincava”, “podia”, “ficava”.
    1. Esse texto é a transcrição de uma entrevista, do depoimento de dona Alice. Nesse caso, trata-se de uma fonte histórica visual ou oral?
      PROFESSOR Resposta: Oral.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações específicas

Avaliação diagnóstica

As atividades apresentadas na seção O que eu já sei? visam identificar os conhecimentos construídos pelos alunos nos anos anteriores, assim como os conhecimentos prévios e as hipóteses sobre alguns temas que serão estudados no 4ᵒ ano.

Ao término da correção das atividades avaliativas diagnósticas, é importante verificar as aprendizagens consolidadas de cada aluno. A seguir, indicamos parâmetros para elaboração das rubricas de avaliação e propostas para intervenções, a fim de minimizar eventuais defasagens de aprendizagens.

Atividade 1. O aluno conseguiu identificar alguns tipos de fonte histórica material, por meio da observação e interpretação de imagens? No caso dos alunos que tiveram dificuldades, apresentar a eles novas imagens de objetos – luminárias, ferramentas agrícolas, utensílios domésticos, materiais escolares – para que as observem e interpretem. A partir disso, orientar a classificação nos tipos de fontes históricas: orais, materiais, escritas e visuais.

MP031

  1. As mudanças dos lugares podem ser estudadas por meio de fotografias, como as reproduzidas a seguir.
Imagem: Fotografia em preto e branco. Em primeiro plano, homens de chapéu sentados ao lado de uma árvore. Em segundo plano, uma via pela qual trafega um veículo e pessoas caminham na calçada. Na calçada, destaque de um alto e amplo edifício com muitas janelas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida João Pessoa (atual Rua Luiz Xavier), no município de Curitiba, no estado do Paraná. Foto de 1942. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma via onde há muitas pessoas caminhando. Ao fundo, um edifício alto e amplo com muitas janelas. Do lado direito, uma fileira de postes de iluminação. Fim da imagem.

LEGENDA: Rua Luiz Xavier, no município de Curitiba, no estado do Paraná. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é o nome da rua?
    PROFESSOR Resposta: Rua Luiz Xavier (antiga Avenida João Pessoa).
  1. Compare as fotos e responda: que mudanças são possíveis de se notar nessa rua?
    PROFESSOR Resposta: Os tipos de construções, os automóveis, as vestimentas das pessoas e o alargamento da calçada.
  1. A fotografia é uma fonte histórica visual ou escrita?
    PROFESSOR Resposta: Visual.
  1. A cultura envolve todas as criações humanas. Cite um exemplo de cultura material e outro de cultura imaterial.
    PROFESSOR Resposta: Material (construções, objetos) e imaterial (linguagem, crenças, artes).
  1. Identifique dois tipos de bens que podem ser classificados como patrimônio histórico.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar casas, prédios públicos antigos, conjuntos de prédios, museus. Fim da observação.
  1. Cite exemplos de fontes históricas escritas que podem ser utilizadas pelos historiadores em suas pesquisas.
    PROFESSOR Resposta: Jornais, revistas, livros, registros oficiais em cartórios, entre outras.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 2. O aluno leu e interpretou o texto, identificando as características de outra temporalidade e classificando uma fonte histórica oral? Para os alunos que tiveram dificuldades, fazer uma leitura dialogada do texto, por meio de questões como: Qual era o nome da rua? O que Alice podia fazer na rua durante o dia? O que ela fazia à noite? A partir disso, orientar individualmente a retomada da atividade.

Atividade 3. O aluno observou e interpretou as fotografias, identificando as mudanças e permanências na paisagem retratada? Retomar com os alunos que tiveram dificuldades a observação de cada fotografia, solicitando que listem os elementos retratados. Em seguida, pedir a eles que comparem essas listas e identifiquem o que mudou de um período para o outro.

Atividade 4. O aluno identificou o conceito de cultura e listou exemplos de cultura material e cultura imaterial? Se julgar pertinente, recupere com os alunos que tiveram dificuldades as definições estudadas no 3ᵒ ano. A partir disso, peça a eles que retomem a atividade e a realizem com as novas informações.

Atividade 5. O aluno identificou o que é patrimônio histórico e listou dois exemplos? Para os alunos que tiveram dificuldades, apresente imagens de diferentes elementos que podem ser classificados como patrimônio histórico, por exemplo, casas e construções públicas de outros tempos, centros históricos, museus e sítios arqueológicos. Após esse momento, eles poderão retomar a atividade.

Atividade 6. O aluno identificou o que são fontes históricas escritas e citou exemplos? No caso dos alunos que tiveram dificuldades, retomar com eles os tipos de fontes históricas: orais, escritas, materiais e visuais. Em seguida, listar exemplos de fontes escritas. A partir disso eles podem retomar individualmente a atividade.

MP032

Comentários para o professor:

Organização das sequências didáticas

As sequências didáticas deste livro estão organizadas em quatro unidades, cada uma delas composta por dois módulos. Os módulos se alinham tematicamente e são organizados a partir de uma questão problema, desenvolvida em dois capítulos.

Imagem: Esquema. Unidade: Visando garantir uma aprendizagem significativa, todas as unidades são iniciadas com um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre os assuntos que serão abordados nos capítulos que as compõem. Módulo: Questão problema: Os módulos são compostos por dois capítulos relacionados com a mesma questão problema e tema central. Capítulo. Capítulo. Módulo: Questão problema: A questão problema corresponde a uma problematização que estrutura o módulo, estando relacionada com objetos de conhecimento e habilidades constantes na BNCC. Capítulo. Capítulo. As atividades propostas em cada capítulo permitem que se realize a construção do conhecimento, a partir de observações, análises e estabelecimento de correlações. Fim da imagem.

Na Introdução do módulo, são apresentados os conteúdos, conceitos e atividades desenvolvidos, os pré-requisitos pedagógicos para sua elaboração e os principais objetivos de aprendizagem enfocados nos dois capítulos que o compõem.

Na Conclusão do módulo, encontram-se orientações que favorecem um diagnóstico a partir da avaliação de processo de aprendizagem para o acompanhamento individual e coletivo dos alunos, bem como proposições de ações para minimizar defasagens nas aprendizagens.

MP033

Unidade 1. Primeiros agrupamentos humanos

Esta unidade permite que os alunos conheçam aspectos do modo de vida dos primeiros agrupamentos humanos, explorando informações como o surgimento dos hominínios no continente africano e as hipóteses sobre a sua dispersão pelo mundo. Explora também a relação dos grupos nômades de caçadores-coletores com a natureza na garantia de sua sobrevivência e o processo de sedentarização de alguns grupos por meio do desenvolvimento da agricultura e da domesticação de animais.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção Módulos da unidade, composto pela ilustração de duas pastas dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Capítulos 1 e 2: abordam as teorias sobre as primeiras migrações dos antepassados da espécie humana e o modo de vida dos caçadores-coletores.

Capítulos 3 e 4: exploram o processo de sedentarização de alguns grupos humanos e o modo de vida dos primeiros agricultores e criadores de animais.

Primeiros contatos

Imagem: Ícone referente à seção Primeiros contatos, composto pela ilustração de um olho dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

As páginas de abertura da unidade correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir da exploração de fotografias relacionadas ao sítio arqueológico de Gona, na Etiópia, que possibilitam aos alunos levantar hipóteses sobre o trabalho dos arqueólogos para o estudo sobre o modo de vida dos antepassados dos seres humanos.

Introdução ao módulo dos capítulos 1 e 2

Este módulo, formado pelos capítulos 1 e 2, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, tem como objetivo provocar a reflexão dos alunos sobre os processos de formação e migração dos primeiros agrupamentos humanos, bem como algumas características dos seus modos de vida.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção Questão problema, composto pela ilustração de uma lâmpada acesa com um ponto de interrogação no interior dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Onde surgiu a espécie humana e como foi sua expansão pelo mundo?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção Atividades do módulo, composto pela ilustração de um lápis dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04HI09, ao abordar os processos migratórios em diferentes tempos e espaços e ao propor a análise de mapas sobre as prováveis rotas de migrações dos primeiros hominínios da África para a Europa e a Ásia e desta última para a América.

São desenvolvidas também atividades que permitem explorar características de alguns dos primeiros hominínios, o modo de vida dos agrupamentos de caçadores-coletores, bem como conhecer o conceito de nomadismo, com um exemplo atual.

Como pré-requisito, é importante que os alunos compreendam marcações temporais distintas por meio das datações.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção Principais objetivos de aprendizagem, composto pela ilustração de uma lupa com um sinal de exclamação dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

MP034

UNIDADE 1. Primeiros agrupamentos humanos

Imagem: Fotografia. Paisagem composta por um vale rochoso com pouca vegetação. A superfície das montanhas tem aspecto rosado e verde. Ao fundo, uma estrada atravessa o espaço. Há o destaque de uma região na qual está um pequeno grupo de pessoas na rocha. Da rocha, parte outro destaque que apresenta um fragmento com formato arredondado. Fim da imagem.

LEGENDA: Vista do Vale do Rio Awash, na Etiópia, em 2019, onde se localiza o sítio arqueológico de Gona. Destaque para arqueólogos trabalhando no local onde foi encontrado um fragmento de rocha afiada pelos primeiros agrupamentos humanos. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a observação e a leitura compartilhada das imagens e da legenda, explicando o uso dos recursos gráficos para indicar aproximação, identificando a localidade onde está situado o sítio arqueológico representado, a data, quem são as pessoas da imagem e quais são os objetos de estudo dessas pessoas.

Primeiros humanos: fontes de pesquisa

Estudar a ocupação do homem moderno nos distintos continentes é um verdadeiro desafio e requer abordagem multidisciplinar para interpretar dados que podem ter mais de 200 mil anos. O pesquisador Mathias Mistretta Pires, do Departamento de Biologia Animal da Unicamp afirma que existem três abordagens mais utilizadas para estudar a colonização na Terra: o estudo dos registros fósseis do Homo sapiens e o estudo dos materiais produzidos por esses indivíduos, ambas na arqueologia; assim como o estudo do material genético das populações atuais, na área da genética.

MP035

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Que hipóteses os arqueólogos podem elaborar sobre o modo de vida dos antepassados dos seres humanos a partir de restos de objetos de pedra afiada?
    PROFESSOR Resposta: Socializar as hipóteses que serão ampliadas no decorrer da unidade.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Os fósseis são importantíssimos, por serem evidências diretas da presença em uma determinada área. Já os materiais produzidos – como ponta de flecha, cerâmica – são evidências indiretas e, por isso, frequentemente não são utilizados como única evidência para comprovar a passagem do homem moderno, ou de qualquer outro hominídeo, por uma região.

CAIRES, Luanne; BONATELLI, Maria L.; ALMEIDA, Graciele. Técnicas recentes no estudo da evolução ajudam a esclarecer a origem do homem e a ocupação no planeta. Revista ComCiência . SBPC, 5 dez. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fLW. Acesso em: 7 jun. 2021.

Fazer a leitura compartilhada da questão do quadro Primeiros contatos, que tem como objetivo realizar uma preparação para o estudo da unidade, possibilitando o levantamento dos conhecimentos prévios sobre temáticas que serão trabalhadas nos módulos a seguir. Listar na lousa as suposições dos alunos sobre a relação entre as hipóteses dos arqueólogos a respeito do modo de vida dos antepassados dos seres humanos e os restos de pedra afiada encontrados. Socializar as hipóteses dos alunos que serão ampliadas no decorrer da unidade.

MP036

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 1 e 2

Onde surgiu a espécie humana e como foi sua expansão pelo mundo?

PROFESSOR Atenção professor: Neste capítulo, utilizaremos o termo hominínios para identificar os ancestrais dos seres humanos, como faz a maioria dos pesquisadores atuais. Contudo, em algumas fontes de pesquisa, continua aparecendo o termo mais antigo: hominídeo. Fim da observação.

CAPÍTULO 1. Primeiras migrações

A partir dos vestígios de esqueletos e de utensílios, os pesquisadores elaboraram hipóteses sobre o surgimento dos primeiros hominínios, grupo que inclui nossos ancestrais extintos e o próprio ser humano atual. Veja dois exemplos abaixo.

Homem de Toumai

Local: África

Época: entre 6 e 7 milhões de anos

O que sabemos: é considerado um dos mais antigos ancestrais dos seres humanos.

Imagem: Fotografia. Um crânio que apresenta as cavidades dos olhos e nariz e parte da arcada dentária. A região da cabeça é pequena e a superfície apresenta fissuras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vestígios do crânio do hominínio Toumai de cerca de 7 milhões de anos. FIM DA LEGENDA.

Homo habilis

Local: África

Época: 2 milhões e 200 mil anos

O que sabemos: desenvolveu a habilidade de tirar lascas, isto é, pedaços de pedras, deixando-as mais afiadas para cortar carnes e frutos.

Imagem: Fotografia. Uma pedra com formato pontiagudo ao lado de uma pedra com formato ovalar. Ambas são cinzas e apresentam superfície de aspecto liso. Fim da imagem.

LEGENDA: Pedras lascadas de cerca de 2 milhões de anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, pesquise em livros de História, enciclopédias e na internet informações sobre outros hominínios encontrados pelos pesquisadores. Elabore fichas como as apresentadas, com local, data e o que sabemos sobre cada hominínio.
PROFESSOR Atenção professor: Retomar com os alunos os elementos que devem compor as fichas: local, época, o que sabemos, imagens de vestígios do hominínio. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 1

Unidade temática

As questões históricas relativas às migrações.

Objeto de conhecimento

• O surgimento da espécie humana no continente africano e sua expansão pelo mundo.

Habilidade

• EF04HI09: identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo permitem trabalhar com os alunos alguns elementos da Competência Geral 1, da Competência Específica 1 das Ciências Humanas e da Competência Específica 5 de História.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a pergunta da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros dos conhecimentos prévios para serem retomados na conclusão do módulo.

MP037

Tempo, tempo...

Segundo os pesquisadores, um hominínio conhecido como Homo erectus, que teria surgido na África, realizou uma grande descoberta entre 1 milhão e 400 mil anos.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    A descoberta que mudou a humanidade

    Há centenas de milhares de anos, nas noites frias de inverno, a escuridão era um grande inimigo. [...] Havia muitos predadores com sentidos aguçados, e que poderiam atacar facilmente enquanto dormíamos. O frio intenso era outro inimigo. [...]

    Até que, um dia, talvez ao observar uma árvore atingida por um raio, os [hominínios] primitivos descobriram algo que modificaria completamente o rumo da nossa evolução: o fogo. Ao dominar essa entidade, foi possível se aquecer, proteger-se dos predadores e ainda cozinhar os alimentos.

    Adilson de Oliveira. A descoberta que mudou a humanidade. Revista Ciência Hoje , 16 jul. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/fLX. Acesso em: 29 out. 2020.

    Glossário:

Predadores: animais que matam outros animais para se alimentar.

Fim do glossário.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
    1. Segundo o texto, qual foi a descoberta que mudou a humanidade?
      PROFESSOR Resposta: A descoberta do fogo.
    1. No caderno, organize as frases do texto de acordo com as duas listas a seguir.

      Antes do controle do fogo.

      Depois do controle do fogo.

MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

As atividades propostas nesta seção permitem explorar com os alunos as noções de anterioridade e posterioridade em relação ao domínio do fogo pelos hominínios.

Orientar a leitura em voz alta do texto, que contribui para a fluência em leitura oral, essencial para o processo de alfabetização. Fazer a leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos os problemas vividos antes do controle do fogo (escuridão, ataques de predadores e frio intenso) e o que mudou após o controle do fogo (aquecimento, proteção dos predadores e cozimento dos alimentos).

Orientar a atividade em que os alunos devem localizar e retirar informações no contexto de compreensão de texto. Essas informações serão utilizadas de forma interligada com as noções de anterioridade e posterioridade na classificação de frases referentes às situações vividas pelos hominínios em relação ao domínio do fogo. Socializar as respostas individuais.

MP038

Da África para o mundo

Os pesquisadores concordam que os primeiros hominínios surgiram no continente africano. Porém, existem diferentes hipóteses sobre a forma como eles teriam se espalhado pelos demais continentes.

A teoria tradicional é a de que o Homo erectus foi o primeiro hominínio a migrar da África para os demais continentes há cerca de 2 milhões de anos.

  1. Observe e interprete o mapa.
Imagem: Mapa. Migração dos hominídeos: teoria tradicional. No canto superior esquerdo, o planisfério terrestre com destaque para os continentes africano, europeu, asiático e oceânico. O mapa apresenta a porção continental, os oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e o recorte das linhas imaginárias. Entre os continentes há setas que representam a migração com numeração que aumenta progressivamente. Em África, 1. Parte uma seta para o extremo nordeste, 2, do qual parte três setas, uma delas para o leste da Europa, 3, que segue para o oeste do continente e para o interior da Ásia, 4. Desse ponto, a migração segue por todo continente e até 5, sudeste asiático. Outra seta segue para o sul do continente até 6, região peninsular próximo à Oceania. Na parte inferior, a rosa dos ventos e a escala: 1340 km. Fim da imagem.

Fonte: Herton Escobar. Cientistas brasileiros reescrevem a história do gênero humano. Jornal da USP , 5 jul. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fLY. Acesso em: 29 jul. 2020.

  1. Localize e retire do mapa as informações para completar a lista no caderno. Utilize os números de seta de 1 a 3 para realizar essa atividade.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Número da seta

    Continente de partida

    Continente de chegada

    PROFESSOR Resposta: Seta 1: continente de partida, África; continente de chegada, Ásia. Seta 2: continente de partida, Ásia; continente de chegada, Ásia. Seta 3: continente de partida, Ásia; continente de chegada, Ásia e Europa.
MANUAL DO PROFESSOR

Explorar com os alunos os seguintes elementos do mapa: continente africano, número e seta 1. A partir disso, explorar a teoria tradicional sobre a primeira migração intercontinental dos hominínios: continente de saída (África); nome do hominídeo (Homo erectus); data aproximada da migração (há 2 milhões de anos).

Em seguida, orientar coletivamente a observação do mapa, identificando com os alunos: nomes dos continentes, oceanos e pontos de partida e de chegada das setas 1, 2 e3. Após essa identificação, orientar individualmente a reprodução no caderno e preenchimento da lista. Socializar as respostas individuais.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

As atividades propostas neste capítulo permitem enfatizar com os alunos que a origem dos primeiros hominínios e dos seres humanos, bem como suas primeiras criações culturais ocorreram no continente africano, valorizando a história desse continente e dos seus habitantes.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial

O fato de relevância mundial fenômenos migratórios será introduzido nesta unidade ao se tratar dos deslocamentos dos primeiros grupos humanos, partindo do continente africano para o europeu e o asiático. Depois, abordaremos a migração para o continente americano.

Explorar que desde sua origem a espécie humana se desloca em busca de melhores condições de sobrevivência, e que os deslocamentos iniciais se deram de maneira livre, uma vez que não existiam Estados e, portanto, fronteiras políticas. No entanto, deve-se chamar a atenção para o fato de que a ausência de fronteiras políticas não impediu que ocorressem disputas pelo controle de determinados territórios entre diferentes grupos humanos.

Fim do complemento.

Origem africana e valorização da África

Ainda hoje, a origem africana da espécie humana é motivo de controversa, sobretudo entre os que recusam a associação entre o surgimento do Homo sapiens e o continente negro. É preciso manter atualizada a história do continente africano, pois isso “[...] enfraquece cada vez mais os velhos mitos e esquemas preconceituosos que chegaram até a colocar em dúvida a própria essência humana dos seres africanos” (WEDDERBURN, 2005, p. 8).

MP039

Nos últimos anos, alguns pesquisadores têm questionado a teoria tradicional sobre a dispersão dos primeiros seres humanos pelo mundo.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Uma nova teoria

    A já complicada e sempre polêmica história da evolução humana acaba de ganhar uma nova versão, escrita por cientistas brasileiros. A espécie que teria saído da África pela primeira vez teria sido o Homo habilis , e não o Homo erectus ; e isso teria acontecido 500 mil anos antes do que se pensava [...].

    A nova narrativa, apresentada no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), é baseada em evidências arqueológicas desenterradas pelos pesquisadores no vale do Rio Zarqa, na Jordânia [na Ásia], próximo à capital Amã. Eles descobriram centenas de ferramentas de pedra lascada com 1,9 milhão a 2,5 milhões de anos de idade, claramente produzidas por mãos humanas.

    Herton Escobar. Cientistas brasileiros reescrevem a história do gênero humano. Jornal da USP , 5 jul. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fLY. Acesso em: 29 jul. 2020.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de paisagem composta por vale com vasta área verde. Fim da imagem.

LEGENDA: Vale do Rio Zarqa, na Jordânia. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
    1. Segundo essa nova teoria, que hominínio teria migrado da África para outros continentes?
      PROFESSOR Resposta: O Homo habilis.
    1. Que vestígios comprovariam essa teoria?
      PROFESSOR Resposta: Ferramentas de pedra lascada achadas na Jordânia, país situado na Ásia.
MANUAL DO PROFESSOR

Em face ao seguinte questionamento: “como abordar o tema evolução humana em sala de aula?”, o trabalho teve por objetivo contribuir para o ensino-aprendizagem da evolução humana na perspectiva crítica. Investigou-se a possibilidade de aplicar uma metodologia pedagógica centrada no aluno, por meio de situações-problema como ponto de partida para a mudança de postura em relação a práticas sociais preconceituosas.

ARAÚJO, Brenda Odete Pfeifer de et al . Uma sequência didática para aprender Evolução Humana: conhecendo origens e superando preconceitos. XI ENPEC , Florianópolis, p. 3-4, 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fLZ. Acesso em: 18 fev. 2021.

Orientar a leitura em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral. Conversar com os alunos sobre o gênero textual reportagem e algumas de suas características: apresentação de informações; uso de fontes (no caso, o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo – IEA-USP) para reforçar a argumentação apresentada na reportagem; autoria (Herton Escobar); publicação em mídia impressa ou digital (site do Jornal da USP).

Explorar também a nova teoria sobre a primeira migração intercontinental dos hominínios: continente de saída (África); nome do hominínio (Homo habilis); data aproximada da migração (500 milhões de anos antes do que se acreditava, ou seja, há cerca de 1,5 milhão de anos); base dessa nova teoria (vestígios de pedras lascadas encontradas em uma escavação no sítio de Zarqa, na Jordânia, no continente asiático).

Orientar a atividade de localizar e retirar informações, no contexto da compreensão de texto.

MP040

A chegada do ser humano à América

Há cerca de 300 mil anos, teria surgido, também no continente africano, o Homo sapiens, ou seja, o ser humano atual.

De lá ele teria migrado para outros continentes até chegar à América há cerca de 13 mil anos. Mas, os pesquisadores também têm hipóteses diferentes sobre o caminho de chegada dos seres humanos ao continente americano.

Hipótese 1

A teoria [tradicional] sobre o povoamento do continente diz que o homem veio pelo Estreito de Bering, entre a Rússia e o Alasca, por volta de 13 mil anos atrás. [...].

Hipótese 2

Minha hipótese é a de que houve várias entradas, por diversos caminhos, inclusive por mar. E em várias épocas diferentes. O homem saiu da África e se espalhou pelo mundo. É um absurdo achar que o continente foi povoado somente pelo Estreito de Bering. Outro indício forte de que houve vários caminhos e levas migratórias é a grande variedade linguística encontrada entre os povos indígenas da América [diz a arqueóloga Niède Guidon].

O primeiro brasileiro. Revista Superinteressante , 31 out. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fM1. Acesso em: 17 jul. 2020.

Boxe complementar:

Você sabia?

O Estreito de Bering é um espaço marítimo que separa os continentes americano e asiático e liga o Oceano Pacífico ao Oceano Ártico. Segundo alguns pesquisadores, há cerca de 20 mil anos o nível das águas desse estreito estava baixo, expondo uma ponte de terra que serviu de passagem entre os dois continentes.

Imagem: Fotografia. Destaque de duas porções continentais próximas e margeadas por água.  Fim da imagem.

LEGENDA: Imagem de satélite do Estreito de Bering. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Explorar com os alunos as informações do texto introdutório sobre as hipóteses dos pesquisadores a respeito do Homo sapiens: data de surgimento (300 mil anos); continente (África).

Em seguida, explorar as duas hipóteses sobre a chegada do ser humano à América. Hipótese 1: da Ásia à América pelos Estreito de Bering. Hipótese 2: os seres humanos saíram da África e se espalharam pelo mundo por vários caminhos, inclusive pelo mar.

Fazer uma leitura do quadro Você sabia?, explorando com os alunos as hipóteses dos pesquisadores sobre a possível situação do Estreito de Bering na época da migração dos seres humanos da Ásia para a América.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas permitem trabalhar elementos relacionados às Competências Específicas 4 e 5 de História que englobam o trabalho com diferentes proposições e hipóteses sobre um mesmo assunto e incentivam a análise do movimento de diferentes populações no tempo e no espaço.

Fim do complemento.

Ocupação das Américas: diversas teorias

A ocupação inicial das Américas tem gerado inúmeras controvérsias e debates desde o século XIX, quando as primeiras teorias científicas começaram a ser propostas em relação a esse assunto [...]. Dentro desse contexto de multiplicidade de modelos, a incorporação de novos métodos de análise é uma maneira importante de refinar empiricamente os modelos científicos existentes e de trazer à luz dimensões antes não observadas. Nesse aspecto particular, as evidências biológicas (ossos, dentes e DNA humanos) obtidas a partir de populações atuais e de sítios arqueológicos têm trazido novas e cruciais informações para o entendimento da chegada dos humanos às Américas, e no que tange particularmente à área de genética têm desencadeado um ritmo frenético de produção de novos dados. [...]

MP041

  1. Interprete e relacione as informações sobre as hipóteses de povoamento do continente americano e elabore uma lista como indicado a seguir.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Hipótese 1

    Hipótese 2

    Classifique as frases de acordo com as características das hipóteses 1 e 2 sobre a chegada dos grupos humanos no continente americano.

    1. Os grupos humanos teriam chegado à América em diferentes épocas.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 2.
    1. Os seres humanos teriam vindo somente pelo Estreito de Bering.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 1.
    1. A variedade linguística é um forte indício de que houve vários caminhos para chegar ao continente americano.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 2.
    1. Os seres humanos teriam chegado ao continente americano há 13 mil anos.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 1.
  1. Observe o mapa abaixo e, depois, responda às questões.
Imagem: Fotografia. Hipóteses sobre as migrações para a América. No canto superior direito, o planisfério terrestre com destaque para os continentes americano, africano, europeu, asiático e oceânico. O mapa apresenta a porção continental, os oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e o recorte das linhas imaginárias. A rota de chegada dos migrantes via terrestre parte de África passado pela Europa, cruzando a Ásia pela Sibéria chegando ao Estreito de Bering, uma fina porção de terra que leva até o Alasca na América do Norte. A rota segue para a porção central do continente até América do Sul. A rota de chegada via marítima parte da África até o sul da Ásia contornando a região continental até as Américas, chegando à costa oeste da América do Sul. A rota à América parte diretamente de África até a América do Sul via mar. Na parte inferior, a rosa dos ventos e a escala: 2.560 km.  Fim da imagem.

Fonte: Georges Duby. Atlas histórico mundial. Barcelona: Larousse, 2010. p. 14-15.

PROFESSOR Atenção professor: Destacar para os alunos a rota saindo da África e chegando, no outro extremo do mapa, à América pelo Oceano Atlântico. Fim da observação.
  1. A partir de quais continentes os humanos teriam chegado à América?
    PROFESSOR Resposta: A partir do continente asiático e africano.
  1. Eles usaram exclusivamente rotas terrestres?
    PROFESSOR Resposta: Não. Eles usaram também rotas marítimas.
  1. O mapa é mais representativo de qual das hipóteses sobre o povoamento do continente americano?
PROFESSOR Resposta: Da hipótese 2.
MANUAL DO PROFESSOR

[...] Na temática da ocupação inicial das Américas, quatro questões têm recebido contribuições significativas de dados biológicos, a dizer, rota de entrada, data de entrada inicial, número de migrações e modos de vida (subsistência e rituais mortuários). [...]

DA-GLORIA, Pedro. Ocupação inicial das Américas sob uma perspectiva bioarqueológica. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi . Ciências Humanas , v. 14, n. 2, p. 430, 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fM2. Acesso em: 7 jun. 2021.

Orientar os alunos na montagem e preenchimento, no caderno, da lista proposta, classificando as frases de acordo com os elementos que caracterizam as hipóteses 1 e 2 sobre o povoamento original da América. Socializar as respostas dos alunos.

Encaminhar também a observação do mapa, questionando os alunos: Qual o continente de saída inicial? (África); de onde saem setas de migrações para a América? (Da Ásia e da África); com qual das hipóteses esse mapa se relaciona? Por quê? (Com a hipótese 2, pois defende que o povoamento da América teria diversas origens).

MP042

Pesquisas mais recentes têm reforçado uma das hipóteses sobre o povoamento da América.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Estudo contradiz teoria de povoamento da América

    Pesquisadores da Universidade de São Paulo e Harvard divulgaram nesta quinta-feira (8) uma descoberta que contradiz a principal teoria do povoamento da América. Com ajuda da extração de DNA de fósseis enterrados por mais de dez mil anos, eles puderam avaliar o código genético dos fósseis para descobrir quem são nossos antepassados. [...]

    “Os dados genéticos apontam para a existência de uma principal leva migratória com possíveis eventos secundários envolvidos. Mas, grosso modo, o cenário que a gente tem hoje é que 98% da ancestralidade ameríndia pode ser traçado a uma única chegada na América [...] junto com todas as demais populações que vieram do continente asiático”, disse [André Strauss, Professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP].

    César Menezes. Estudo contradiz teoria de povoamento da América e sugere que rosto de Luzia era diferente do que se pensava. Portal G1 , 8 nov. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fM3. Acesso em: 24 nov. 2020.

    Glossário:

DNA: composto que contém as informações genéticas que comandam o funcionamento dos seres vivos.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia.  Destaque de uma superfície rochosa que apresenta pedaços de fósseis. Fim da imagem.

LEGENDA: Lapa do Santo, no município de Lagoa Santa, no estado de Minas Gerais em 2016. Esse sítio forneceu os fósseis analisados citados na reportagem. FIM DA LEGENDA.

  1. O texto lido pode ser classificado como poema, reportagem ou conto de mistério?
    PROFESSOR Resposta: Reportagem.
  1. As novas pesquisas citadas no texto reforçaram a hipótese 1 ou a hipótese 2 sobre a chegada dos seres humanos à América?
    PROFESSOR Resposta: Hipótese 1.
  1. Que indícios foram utilizados pelos pesquisadores para defender essa teoria?
PROFESSOR Resposta: Os dados genéticos dos fósseis apontam para uma leva migratória principal.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura em voz alta do texto, que contribui para a fluência em leitura oral. Em seguida, organizar uma leitura dialogada do texto, identificando com os alunos algumas caraterísticas do gênero textual reportagem: autoria (César Menezes); mídia em que foi publicada (site do Portal G1); apresentação de fatos e de argumentos para justificação; consulta a especialistas (professor André Strauss) de instituição respeitada (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP) para reforçar a argumentação do texto.

Após essa identificação, explorar as novidades apresentadas na reportagem: uma descoberta contradiz a principal teoria de povoamento da América; os dados apresentados (extração de DNA de fósseis); o que os dados apontam (uma leva migratória principal).

Fazer um trabalho com vocabulário, conversando com os alunos sobre o significado do termo DNA, que consta no glossário.

Atividade complementar

Propor como tarefa de casa que os alunos, com a ajuda de adultos, pesquisem em jornais, revistas ou na internet uma reportagem sobre assuntos ligados ao cotidiano e registrem no caderno:

  • título da reportagem;
  • autoria;
  • mídia em que foi publicada;
  • temas principais;
  • pessoas ou instituições consultadas como fonte para reforçar a argumentação da reportagem.

    Organizar a socialização das descobertas individuais.

MP043

Boxe complementar:

Investigue

Agora, você vai investigar um pouco mais sobre os fósseis humanos e os utensílios produzidos pelos primeiros agrupamentos humanos que viveram no Brasil.

Imagem: Fotografia. Crânio que apresenta as cavidades dos olhos e nariz, arcada com um dente e região da cabeça grande e com aspecto liso. Fim da imagem.

LEGENDA: Reconstrução do crânio de Luzia, exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Em casa, com a ajuda de um adulto de sua convivência, pesquise em livros, enciclopédias e na internet sobre o fóssil mais antigo do Brasil, conhecido como Luzia.
    1. Onde foram realizadas as escavações que encontraram esse fóssil?
      PROFESSOR Resposta: As escavações foram realizadas na Lapa Vermelha, no município de Pedro Leopoldo, no estado de Minas Gerais.
    1. Qual é a datação do fóssil?
      PROFESSOR Resposta: Cerca de 11 mil e 500 anos.
    1. Na sua opinião, por que esse crânio é conservado em um museu?
      PROFESSOR Resposta: Explorar a importância de preservação do patrimônio arqueológico.
  1. Pesquise agora algum tipo de vestígio arqueológico – ossos, utensílios, instrumentos – descoberto na sua Unidade da Federação:
    1. tipo de material;
    1. onde foi encontrado;
    1. datação;
    1. onde está conservado.
    1. Conte aos colegas as suas descobertas e ouça as deles.
      PROFESSOR Atenção professor: Orientar sobre fontes confiáveis e organização dos dados. Fim da observação.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar os alunos na pesquisa sobre os fósseis humanos e os utensílios produzidos pelos primeiros agrupamentos humanos que viveram na região que hoje corresponde ao Brasil. Comentar sobre a importância da preservação desses vestígios que se encontram conservados em museus. Orientá-los a pesquisar em fontes confiáveis.

No caso do fóssil Luzia, pode ser acessada a página específica do site do Museu Nacional, onde o fóssil está conservado. Disponível em: http://fdnc.io/fM4. Acesso em: 25 maio 2021. Na tela inicial, clicar em “Exposições”, depois em “Antropologia biológica” e, por fim, em “Crânio humano de indivíduo feminino”.

No caso da pesquisa sobre arqueologia na Unidade da Federação onde os alunos vivem, pode ser indicado o site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Disponível em: http://fdnc.io/zN. Acesso em: 25 maio 2021. Na tela inicial, clicar em “Patrimônio Cultural”, depois em “Patrimônio Arqueológico” e, por fim, em “Patrimônio Arqueológico nas regiões”. Então, orientar os alunos a clicar sobre a região a que pertence a Unidade da Federação e, depois, sobre o estado correspondente, selecionando um dos bens destacados.

Reportagem: características

De início, podemos constatar que este gênero representa uma atividade textual de grande importância na esfera jornalística, uma vez que objetiva a divulgação de um fato, porém de maneira mais aprofundada, apresentando elementos de comprovação, descrição detalhada e, em muitos textos, destacam-se até recursos de argumentação. Pode-se afirmar, portanto, que se configura como uma notícia ampliada. [...]

BROCARDO, Rosangela Oro; COSTA-HUBES, Terezinha da Conceição. O gênero textual reportagem impressa em sala de aula: uma proposta de trabalho a partir da elaboração de modelo didático de gênero e de sequência didática. Revista Horizontes , v. 32, n. 2, p. 12, 2014. Disponível em: http://fdnc.io/fM5. Acesso em: 7 jun. 2021.

MP044

No Brasil, há 2.500 anos

Os povos americanos realizaram diversas migrações internas, como a efetuada há 2.500 anos pelos povos indígenas tupinambás e guaranis que viviam no território do atual Brasil.

  1. Observe e interprete o mapa.
Imagem: Mapa. Migrações tupinambás e guaranis entre 2.500 e 1.500 anos atrás. No canto inferior esquerdo, planisfério terrestre com destaque para o Brasil na América do Sul. O mapa apresenta parte continental do Brasil, o oceânico Pacífico e Atlântico e as linhas imaginárias. Na costa oeste do norte ao sudeste está a área de ocupação tupinambá há cerca de 400 anos. E na região centro-sul e sul está a área de ocupação guarani há cerca de 400 anos.  A rota migratória dos tupinambás parte do centro-norte passando por toda costa, chegando ao litoral nordeste há 1200 anos e ao sudeste há 1000 anos. Já a rota migratória dos guaranis parte centro-norte para o centro-sul do continente há 2500 anos, chegando ao sul há 1500 anos. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala: 40 km. Fim da imagem.

Fonte: Migração tupinambá e guarani segundo J. Brochado (1984). Em: Antônia Terra de Calazans Fernandes e Ricardo dos Santos Oleski. Contribuição da Arqueologia e da Etno-história enquanto suporte para o ensino de História. Lemad-FFLCH-USP. Disponível em: http://fdnc.io/fM6. Acesso em: 22 jul. 2020.

  1. Considerando a teoria representada nesse mapa, responda às questões a seguir.
    1. As migrações dos povos indígenas guaranis ocorreram do norte para o sul ou do sul para o norte?
      PROFESSOR Resposta: Do norte para o sul.
    1. Os tupinambás seguiram uma rota pelo litoral ou pelo interior?
      PROFESSOR Resposta: Pelo litoral.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a observação do mapa da página, destacando com os alunos as informações: título (“Migrações tupinambás e guaranis entre 2.500 e 1.500 anos atrás”); legenda, identificando o significado de cada seta e das áreas demarcadas com cores diferentes.

A partir dessa observação inicial, solicitar aos alunos que percebam o sentido de cada seta, identificando as rotas seguidas por tupinambás e guaranis em suas migrações.

Então, orientar cada aluno a responder individualmente à atividade proposta. Socializar as respostas individuais.

Grafia dos nomes indígenas

No texto destas páginas, como em todos os demais da coleção, os nomes dos povos indígenas foram grafados de acordo com a norma ortográfica oficial, respeitando o processo de alfabetização dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essa decisão é respaldada também por antropólogos como Julio Cezar Mellati, especialista em etnologia indígena, que critica uma norma de 1953 que propunha o uso permanente de maiúscula e singular nos nomes indígenas:

MP045

Explorar fonte histórica material

Os diversos povos que habitavam o território do atual Brasil há cerca de 2.500 anos possuíam línguas e costumes diferentes: tipo de alimentação, formato das moradias, festas e tradições. Contudo, também havia semelhanças entre eles.

Imagem: Fotografia. Um objeto de cerâmica que apresenta corpo com laterais curvas e feições humanas com sobrancelhas arqueadas, nariz redondo saliente, olhos pequenos salientes e boca pequena. A região do pescoço é pintada, assim como a superfície frontal do corpo, que apresenta figuras geométricas e três pontos redondos salientes. Fim da imagem.

LEGENDA: Objeto de cerâmica produzido pelos marajoaras há cerca de 1.400 anos. Eles viviam na Ilha de Marajó, no atual estado do Pará. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Sobre um suporte de ferro, um objeto de cerâmica em formato de V com uma cavidade redonda e interior oco. A borda apresenta lascas e a superfície apresenta fissuras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Objeto de cerâmica produzido pelos guaranis, que há cerca de 1.500 anos viviam no atual estado do Paraná. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe as fotos e reescreva em seu caderno a frase que explica corretamente as semelhanças entre os dois objetos apresentados.
    1. São de madeira e apresentam ornamentações.
    1. São de madeira e apresentam figuras humanas.
    1. São de cerâmica e apresentam ornamentações.
      PROFESSOR Atenção professor: Esta é a correta. Fim da observação.
    1. São de cerâmica e apresentam figuras humanas.
MANUAL DO PROFESSOR

“Não vejo o que justifique essa norma, uma vez que em textos em português não se costuma iniciar com letra maiúscula nomes de nacionalidades (franceses, venezuelanos etc.) [...]”

MELATTI, Julio Cezar. Como escrever palavras indígenas? Revista de Atualidade Indígena , Brasília: Funai, n. 16, p. 9-15, maio/jun. 1979. In : BRASIL. Fundação Nacional do Índio. Manual de Redação Oficial da Funai. Brasília: Funai, 2016. p. 21. Disponível em: http://fdnc.io/dZX. Acesso em: 7 jun. 2021.

Fonte histórica material: objetos de cerâmica

Esta seção possibilita aos alunos refletir sobre as semelhanças presentes nos artefatos de cerâmica produzidos por diferentes povos indígenas.

Organizar a leitura compartilhada do texto introdutório, explorando o fato de que alguns povos indígenas apresentam diferenças culturais, como a língua, mas considerando que há também semelhanças, como a produção de objetos de cerâmica.

Propor aos alunos que observem as imagens e identifiquem, para cada objeto, o povo indígena que o produziu, o material de que é feito, o seu formato, a época e o local em que foi produzido.

Solicitar aos alunos que respondam a questão proposta.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

As atividades propostas nessas páginas permitem enfatizar que os antepassados dos povos indígenas brasileiros têm uma ocupação milenar no território brasileiro, com produções culturais importantes, como os objetos de cerâmica.

Fim do complemento.

MP046

CAPÍTULO 2. Vivendo da caça e da coleta

Ao longo da história, os seres humanos estabeleceram uma relação intensa com os demais elementos da natureza, como os outros animais e as plantas.

Uma das formas de interação dos primeiros agrupamentos humanos com os demais elementos da natureza foi para obtenção de alimento.

Imagem: Fotografia. Superfície rochosa que apresenta desenhos de animais quadrupedes em movimento e figuras humanas que correm com lanças. Fim da imagem.

LEGENDA: Registro rupestre produzido há cerca de 8 mil anos, encontrado no Parque Nacional Tassilli N’Ajjer, na Argélia, África. FIM DA LEGENDA.

  1. Os seres humanos representados na imagem estão obtendo alimento por meio de pesca, agricultura, caça ou coleta? Explique.
PROFESSOR Resposta: Observando os elementos representados (animais e pessoas com arco e flecha), é possível supor que esses agrupamentos humanos praticavam a caça para a obtenção de alimentos.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 2

Unidade temática

As questões históricas relativas às migrações.

Objeto de conhecimento

• O surgimento da espécie humana no continente africano e sua expansão pelo mundo.

Habilidade

• EF04HI09: identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas no capítulo permitem trabalhar com os alunos alguns elementos da Competência Geral 1, da Competência Específica 1 das Ciências Humanas e da Competência Específica 5 de História, voltados para a temática das migrações em diferentes tempos.

Fim do complemento.

Explorar com os alunos o título do capítulo 2, propondo questões para incentivá-los a levantar hipóteses sobre: Quem viveria da caça e da coleta? Como seria essa vida?

Após os comentários dos alunos, orientar a leitura da legenda com os dados da imagem: local em que se encontra (Parque Nacional Tassilli N´Ajjer); país (Argélia); continente (África); datação (cerca de 8 mil anos).

Em seguida, explorar os elementos representados: animais e pessoas carregando objetos que se assemelham a lanças e arcos com flechas.

A partir desse levantamento coletivo, orientar individualmente a realização da atividade proposta. Socializar as respostas individuais. O trabalho com os registros rupestres será retomado e aprofundado na segunda unidade deste volume.

Mulheres caçadoras

Por muito tempo pensou-se que os homens eram os únicos encarregados da atividade de caça nas sociedades pré-históricas.

Um novo estudo publicado no periódico Science Advances , entretanto, une-se ao rol de evidências que contradizem essa ideia.

A pesquisa localizou, na região da Cordilheira dos Andes no Peru, o corpo de uma mulher enterrado cerca de 9 mil anos atrás com um kit de ferramentas usadas na época para caçar.

[...]

Entre elas havia as chamadas pontas líticas, instrumentos talhados em pedra com formato alongado e uma ponta aguda que eram acopladas a bastões, dando origem a uma arma propulsora chamada átlatl .

Esse dispositivo era arremessado, segundo os autores, na tentativa de abater grandes mamíferos.

MP047

Alguns dos primeiros agrupamentos humanos que viveram há milhares de anos caçavam outros animais e coletavam frutos e raízes de plantas para se alimentar. Por isso, esses agrupamentos ficaram conhecidos como caçadores-coletores.

Caçadores-coletores

As populações humanas eram pouco numerosas e viviam em bandos muito pequenos. Passavam fome com frequência e, por causa dessa escassez de recursos, esses caçadores-coletores não hesitavam em percorrer longas distâncias por dia. Estavam submetidos aos imprevistos da caça e da coleta.

Denize Dall Bello. A pedra e a escrita. Revista de Comunicação, Cultura e Teoria da Mídia , n. 1, p. 45, out. 2002. Disponível em: http://fdnc.io/frs. Acesso em: 10 nov. 2020.

  1. Segundo o texto, os caçadores-coletores obtinham alimento com facilidade? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Não. Eles passavam fome com frequência devido à escassez de recursos, tendo que percorrer longas distâncias.
  1. Em casa, reconte para um adulto da sua convivência como era o modo de vida dos caçadores-coletores.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar retomada do contexto para a leitura em voz alta em casa. Fim da observação.

Boxe complementar:

Você sabia?

Para conhecer a alimentação dos primeiros agrupamentos humanos, os pesquisadores estudaram diversos tipos de vestígio:

  • dentes de esqueletos humanos petrificados, que conservaram restos de alimentos;
  • instrumentos de trabalho utilizados na caça e na coleta;
  • fezes petrificadas que também conservaram restos de alimentos.

    Imagem: Fotografia. Mandíbula conservada que apresenta arcada com poucos dentes faltantes. Fim da imagem.

    LEGENDA: Fóssil de mandíbula de hominínio datada de cerca de 400 mil anos encontrada em Serra de Atapuerca, na Espanha. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

[...]

No local em que fora enterrada também havia ossos de grandes mamíferos, indicando o significado e valor da caça na sociedade da qual fazia parte.

Os pesquisadores também avaliaram as evidências disponíveis de outras ossadas enterradas no mesmo período no continente americano [...].

Eles identificaram 27 esqueletos cujo sexo biológico poderia ser identificado. Do total, 41% eram provavelmente do sexo feminino.

Para os autores, os achados sinalizam que a caça de animais de grande porte era feita por homens e mulheres em grupos de caçadores-coletores que viviam no continente americano naquele período.

MILKS, Annemieke. A descoberta na América do Sul que desafia ideia de que eram os homens que caçavam grandes animais na pré-história. BBC News , 9 nov. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fM7. Acesso em: 7 jun. 2021.

Orientar os alunos a ler o texto introdutório silenciosamente. Em seguida, verificar a compreensão de texto deles, estimulando todos a comentar a sua interpretação. Destacar com eles o fato de que os primeiros agrupamentos humanos são chamados de caçadores-coletores porque caçavam outros animais e coletavam frutos e raízes de plantas. Fazer o levantamento de hipóteses sobre os motivos dos deslocamentos constantes desses grupos humanos.

Realizar a leitura compartilhada do texto apresentado, “Caçadores-coletores”, identificando com os alunos: o tamanho dos grupos de caçadores-coletores e porque eles se deslocavam constantemente.

Orientar a tarefa de casa de reconto, em que os alunos devem recontar para um adulto como era o modo de vida dos caçadores-coletores.

Ler com os alunos o texto do quadro Você sabia?, conversando com eles sobre as formas possíveis de obter informações a respeito do modo de vida dos primeiros agrupamentos humanos.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial

A tendência dos primeiros grupos humanos ao deslocamento frequente, retomando o tema dos fenômenos migratórios, pode ser melhor desenvolvida nesse capítulo, ao se tratar do nomadismo e de sua relação com as atividades da caça e da coleta.

Fim do complemento.

MP048

Explorar fonte histórica material

Para facilitar a obtenção de alimentos, os primeiros agrupamentos humanos construíam instrumentos como os representados na imagem abaixo.

Imagem: Ilustração. Três pedras com aspecto ovalar, duas tem superfície lisa e outra tem aparência áspera. Ao lado, dois pequenos machados com cabo de madeira e extremidade acoplada a uma pedra.  Fim da imagem.

LEGENDA: Reconstituição de instrumentos produzidos por agrupamentos humanos que viveram nas terras da atual Austrália há cerca de 46 mil anos. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Explicar aos alunos que na reconstituição os pesquisadores utilizaram rochas deixadas pelos primeiros agrupamentos humanos e acrescentaram cabos de madeira atuais semelhantes aos originais. Fim da observação.
  1. Analise as imagens e responda às questões a seguir.
    1. Em sua opinião, que materiais foram utilizados na confecção desses instrumentos?
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos identifiquem rochas (pedras) e madeira. Essas informações serão ampliadas no texto da próxima página. Fim da observação.
    1. Você sabe o nome desses instrumentos?
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem levantar diversas hipóteses: machado, tacape, entre outros. O conhecimento sobre esses instrumentos será ampliado por meio da leitura do texto da próxima página. Fim da observação.
    1. Qual era a possível função desses instrumentos?
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem mencionar que esses instrumentos eram utilizados para a caça, o corte de galhos e a derrubada de arbustos e para a preparação de alimentos. Fim da observação.
    1. Quais partes deles podem ter sido preservadas e quais devem ter se deteriorado com a passagem do tempo?
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos imaginem que a rocha ou a pedra se deterioram mais lentamente do que a madeira. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Explorar fonte histórica material: instrumentos de trabalho

A atividade proposta possibilita aos alunos refletir sobre um tipo de fonte histórica material – instrumentos de trabalho – reconstituída com os vestígios encontrados por arqueólogos.

Observar com os alunos a imagem dos instrumentos dessa página, e solicitar a eles que identifiquem os materiais utilizados na construção desses objetos, o local e a época em que foram encontrados.

Destacar que alguns dos objetos retratados nas imagens são partes de machados reconstituídos com cabos de madeira. Informar que, a partir dos vestígios encontrados, os arqueólogos puderam reconstituir os machados, cuja lâmina era de pedra e o cabo era de madeira, material perecível que se decompôs com o passar do tempo e foi reconstituído.

Solicitar aos alunos que registrem as respostas das questões propostas.

Arqueologia histórica: artefatos

[...] classificamos os artefatos em Arqueologia Histórica como aqueles itens fabricados e/ou modificados pela ação humana, incluindo louças, garrafas e frascos de vidro, metais e assim por diante. Já as estruturas, entendidas como qualquer evidência de presença humana que não pode ser removida do sítio arqueológico, estariam relacionadas na Arqueologia Histórica a poços, trincheiras, lareiras, fossas sanitárias, casas, fortes e outras edificações. [...]

GHENO, Diego Antônio; MACHADO, Neli Teresinha Galarce. Arqueologia histórica: abordagens. História: Questões & Debates . Curitiba: UFPR, n. 58, jan./jun. 2013, p. 166. Disponível em: http://fdnc.io/fM8. Acesso em: 26 maio 2021.

MP049

Agora, leia uma notícia sobre os instrumentos que foram utilizados como referência para a reconstituição que você analisou.

Cientistas encontram “machado” mais antigo do mundo

Um fragmento pequeno [de cerca de 1 centímetro] de pedra descoberto na Austrália é, segundo os cientistas, o que restou do machado mais antigo do mundo. [...]

De acordo com os especialistas, o fragmento pertencia à extremidade cortante do objeto e foi polido a partir de material pesado demais para ter sido sustentado, sem um cabo provavelmente feito de madeira.

Cientistas encontram “machado” mais antigo do mundo na Austrália. O Globo , 11 jun. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fMa. Acesso em: 10 mar. 2021.

Imagem: Fotografia. Pedra sem forma característica e de superfície lisa com fissuras. Fim da imagem.
Imagem: Fotografia. Pedra sem forma característica e de superfície lisa com fissuras. Fim da imagem.

LEGENDA DAS IMAGENS: Ampliação de fragmento de instrumento produzido por agrupamento humano que viveu nas terras da atual Austrália há cerca de 46 mil anos. FIM DA LEGENDA.

  1. O texto lido pode ser classificado como uma notícia porque apresenta estrofes e versos ou porque fornece informações novas sobre um assunto?
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos respondam que esse texto pode ser classificado como uma notícia porque apresenta informações novas sobre um assunto. Fim da observação.
  1. O que e onde foi encontrado?
    PROFESSOR Resposta: Um fragmento pequeno de pedra foi achado na Austrália.
  1. Por que esse achado é importante?
    PROFESSOR Resposta: Porque é o que restou do machado mais antigo do mundo.
  1. Verifique se a notícia confirmou suas hipóteses sobre os seguintes itens:
    1. materiais utilizados na produção desses instrumentos;
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem checar suas hipóteses e confrontá-las com o texto: rocha (pedra) e madeira. Fim da observação.
    1. nome desses instrumentos.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem checar suas hipóteses e compará-las à informação dada no texto: machado. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Ler com os alunos o texto “Cientistas encontram ‘machado’ mais antigo do mundo”, reproduzido nessa página.

Solicitar que identifiquem no texto: o artefato encontrado; os materiais utilizados para produzi-lo; a função do objeto; as condições em que ele foi encontrado; o local e a época em que isso ocorreu.

Destacar a hipótese dos arqueólogos segundo a qual o fragmento de pedra encontrado fazia parte do machado mais antigo do mundo.

Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, sugerimos a leitura da obra Arqueologia, de Pedro Paulo Funari, publicada pela editora Contexto, em 2010. O autor explora a definição da arqueologia, analisa as várias linhas de pesquisa dentro da arqueologia e conclui com um estudo da pesquisa arqueológica no Brasil.

Atividade complementar

Dividir os alunos em grupos. Cada grupo deverá coletar um instrumento de trabalho atual (ou uma imagem dele). Em seguida, elaborar uma ficha sobre o objeto com as seguintes informações: nome do instrumento; materiais de que é feito; para que é utilizado. Os alunos vão montar uma exposição com os objetos (ou fotografias deles) e as fichas produzidas.

Os instrumentos dos primeiros agrupamentos humanos do Brasil

Os primeiros povoadores do nosso território usaram artefatos de materiais resistentes como pedras e ossos ao lado de outros que se deterioram rapidamente, como madeira e fibras vegetais. No entanto, só os utensílios feitos de pedras chegaram até hoje e incluem pontas de projéteis para caçar e outros instrumentos para lascar, gravar, talhar, cortar e furar [...]. A partir dessas evidências, a Arqueologia busca reconstituir a vida dos antigos habitantes. [...]

Caçadores-coletores. Arqueologia Brasileira. Guia de visitação ao Museu Nacional . UFRJ. Disponível em: http://fdnc.io/fM9. Acesso em: 26 maio 2021.

MP050

O nomadismo

A caça e a coleta praticadas no mesmo local por algum tempo reduziam a quantidade de animais e de plantas disponíveis para o consumo humano. Por isso, os agrupamentos humanos precisavam se deslocar constantemente para buscar novas áreas onde houvesse alimento disponível.

Esse modo de vida, com o deslocamento constante dos agrupamentos humanos em busca de alimento, é chamado de nomadismo, e as pessoas que o praticam são chamadas de nômades.

  1. Copie o esquema no caderno e, depois, responda às questões.

Esquema:

Quais eram as atividades dos primeiros agrupamentos humanos para obter alimento?

PROFESSOR Resposta: Eram a caça de animais e a coleta de frutos e raízes.

Quais eram as consequências dessas atividades para a natureza?

PROFESSOR Resposta: A caça e a coleta praticadas no mesmo local por algum tempo reduziam a quantidade de animais e plantas disponíveis para o consumo humano.

Quais eram as consequências disso para os agrupamentos humanos?

PROFESSOR Resposta: Os agrupamentos humanos precisavam se deslocar constantemente para buscar novas áreas onde houvesse alimento disponível.

Fim do esquema.

  1. Como é chamado o modo de vida dos grupos humanos cuja característica é a mudança constante de local?
PROFESSOR Resposta: Nomadismo.

Boxe complementar:

Você sabia?

Há quinhentos anos, muitos povos indígenas brasileiros eram nômades, mudando de um lugar para outro de acordo com a disponibilidade de caça, pesca e coleta de frutos ou de áreas para plantio. O contato com os não indígenas e a diminuição de suas terras fizeram com que diversos povos nativos deixassem de ser nômades.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Fazer a leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos as consequências de praticar as atividades de sobrevivência em um mesmo local, e o fato de que os primeiros agrupamentos humanos eram nômades porque não tinham habitação fixa.

Orientar os alunos a copiar no caderno o esquema apresentado e preenchê-lo com as respostas das questões.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

Mini Larousse da Pré-história, de Pierre Masson, editora Larousse Júnior.

A obra usa uma linguagem acessível à faixa etária para trabalhar os principais elementos dos primeiros agrupamentos humanos: moradias, atividades econômicas, instrumentos de trabalho e nomadismo.

Fim do complemento.

Caçadores-coletores e nomadismo

Grande parte dos estudos voltados à identificação e caracterização dos padrões de assentamento e mobilidades encontram-se voltados para a análise dos grupos pretéritos de caçadores-coletores, através, principalmente, da análise do material lítico. [...]

Aqui, chama-se atenção para os conceitos de grupo caçador-coletor × grupo ceramista presentes na bibliografia arqueológica brasileira. Ambos os conceitos estão atrelados a outros dois conceitos antropológicos: o nomadismo e o sedentarismo , utilizados na classificação dos grupos pré-históricos.

MP051

Atualmente, ainda existem alguns povos nômades, como o citado na reportagem.

  1. Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Os fulânis

    Os fulânis, também chamados peul ou fulbe, são um grupo de mais de 20 milhões de pessoas dispersas por 15 países, da costa atlântica do Senegal à densa [floresta] centro-africana.

    Este povo, como todos os outros nômades, fascina e preocupa: contrariam os fundamentos de casa e fronteiras estabelecidos nas sociedades ocidentais e africanas desde a sua colonização.

    Com suas dezenas de milhões de cabeças de gado, os pastores e pecuaristas nômades ou seminômades percorrem os mesmos caminhos há séculos, falam uma língua comum – o fula – e mantêm tradições ancestrais [...].

    Os últimos nômades. UOL Notícias . Disponível em: http://fdnc.io/fMb. Acesso em: 2 dez. 2020.

    Glossário:

Tradição: conjunto de ideias, valores e costumes transmitidos de uma geração para a outra.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Na via asfaltada, uma fileira de carroças puxadas por burros sobre as quais há mulheres e crianças negras e caprinos. Fim da imagem.

LEGENDA: Fulânis se deslocando para a cidade de Barkedji, no norte de Senegal, em 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais são os nomes que o povo citado na reportagem recebe?
    PROFESSOR Resposta: Fulânis, peul ou fulbe.
  1. Por que eles podem ser classificados como nômades?
    PROFESSOR Resposta: Porque mudam de moradia quando transportam seu gado.
  1. Agora, você vai exercitar seu vocabulário. Escreva uma frase usando o termo “tradição”, cujo significado aparece no glossário.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a retomar o significado do termo “tradição” no glossário e a identificar possíveis exemplos de tradições. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Como nomadismo entende-se o grupo no qual a sua subsistência estaria relacionada à caça e coleta em um movimento sazonal de residência (SANDERS; MARINO, 1971). Tais grupos ocupavam um vasto território que permitisse a extração máxima de vantagens dos ciclos anuais, tanto dos animais quanto vegetais (SERVICE, 1971). Como sedentarismo entende-se aqueles agrupamentos humanos no qual há uma organização tribal, socialmente hierarquizadas e/ou urbanas nas quais a manutenção da produção de alimentos encoraja ao estabelecimento de assentamentos fixos, permitindo uma maior densidade e agregação populacional (SANDERS, MARINO, 1971). [...]

NOGUEIRA, Mônica A. Araújo. Ocupações pré-históricas a céu aberto no Vale do Rio da Cobra – Carnaúba dos Dantas e Parelhas – RN. 2017. Tese (Doutorado em Arqueologia). Universidade Federal de Pernambuco, Recife. p. 67. Disponível em: http://fdnc.io/frt. Acesso em: 7 jun. 2021.

Orientar a leitura do texto em voz alta. Em seguida, identificar com os alunos: o nome do povo citado (fulânis); o continente onde vive (africano); a principal atividade que realiza (pastoreio); por que são nômades (porque se deslocam em busca de água e pasto para o rebanho); a língua que falam (fula).

A partir desse levantamento, orientar individualmente a realização das atividades propostas, em que os alunos devem identificar o povo citado no texto e explicar por que eles podem ser classificados como nômades.

Orientar a atividade que trabalha com o vocabulário dos alunos. Solicitar que localizem no texto a palavra “tradições” e procurem explicar o que entenderam pelo contexto do texto. Em seguida, solicitar a eles que leiam o glossário. Por fim, orientar os alunos na composição da frase em que devem inserir o termo “tradição” ou “tradições”.

Atividade complementar

Como tarefa de casa, os alunos devem contar a um adulto da convivência deles o significado do termo “tradição”.

Depois, devem perguntar ao adulto se seus familiares e amigos têm alguma tradição.

Na aula seguinte, eles devem contar aos colegas as suas descobertas.

MP052

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 1 e 2

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda as atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Observe a imagem e a seguir responda às questões.

    Imagem: Fotografia. Duas pedras com formato pontiagudo e superfície de aspecto áspero. Fim da imagem.

    LEGENDA: Pedras lascadas de cerca de 2 milhões de anos. FIM DA LEGENDA.

    1. Como é chamado esse tipo de pedra?
      PROFESSOR Resposta: Pedra lascada.
    1. Qual desses hominínios primeiro desenvolveu a habilidade de produzir esse tipo de pedra: o homo erectus, o homo habilis ou o homo sapiens?
      PROFESSOR Resposta: O Homo habilis.
    1. Para que a pedra lascada era utilizada?
      PROFESSOR Resposta: Ela era utilizada para cortar carnes, frutos, galhos, e também para produzir outros materiais.
  1. O controle do fogo foi muito ou pouco importante na vida dos hominínios? Justifique sua resposta com dois exemplos.
    PROFESSOR Resposta: Muito. Cozimento dos alimentos, aquecimento, proteção contra animais predadores.
  1. Sobre as teorias a respeito das primeiras migrações dos hominínios para outros continentes, responda às questões a seguir.
    1. De que continente eles teriam partido?
      PROFESSOR Resposta: Eles teriam partido da África.
    1. Segundo a teoria tradicional, qual teria sido o primeiro hominínio a migrar para outros continentes?
      PROFESSOR Resposta: O Homo erectus.
    1. E segundo a nova teoria, quem teria sido o primeiro a migrar?
      PROFESSOR Resposta: O Homo habilis.
  1. Classifique as frases sobre o povoamento da América, criando duas listas a partir dos grupos indicados em azul.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Hipótese 1

    Hipótese 2

    • Povoamento em diferentes épocas.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 2.
    • Povoamento há cerca de 13 mil anos.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 1.
    • Povoamento partindo da Ásia e seguindo apenas pelo Estreito de Bering.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 1.
    • Povoamento a partir de diversas rotas.
      PROFESSOR Resposta: Hipótese 2.
    1. Por que os grupos caçadores-coletores recebem esse nome?
      PROFESSOR Resposta: Porque suas principais atividades para obtenção de alimentos são a caça e a coleta.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar vestígios deixados pelos primeiros hominínios.

O aluno deverá observar a fotografia, identificando o tipo de pedra retratada. Em seguida, deverá lembrar como ela é chamada (pedra lascada), que hominínio foi o primeiro a desenvolver a técnica do lascamento (o Homo habilis /span>) e as funções dessa pedra (cortar alimentos, entre outras).

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: explicar a importância do controle do fogo.

O aluno deverá avaliar se a importância da descoberta do controle do fogo foi grande ou pequena para o modo de vida dos hominínios e justificar sua avaliação por meio de dois exemplos.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: comparar as duas teorias sobre as primeiras migrações dos hominínios.

Ao solicitar que o aluno identifique o continente de saída e os dois diferentes hominínios considerados como os primeiros a migrar da África, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: comparar as duas teorias sobre as primeiras migrações dos hominínios.

O aluno deverá identificar os argumentos dos defensores das duas principais teorias sobre o povoamento original da América, buscando classificar cada frase segundo os critérios apresentados.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: identificar as características dos grupos caçadores-coletores.

Espera-se que o aluno reflita sobre a nomenclatura “caçadores-coletores” e identifique as duas atividades representadas, a caça e a coleta, justificando o termo com base nessa interpretação.

MP053

  1. Leia o texto sobre um povo indígena que vive no estado do Acre.

    Povo jamináwa

    Este povo está em frequente mudança de localização de suas aldeias. Há mais de mil anos [...] esse povo se desloca na região onde hoje se encontra o Estado do Acre, sobretudo entre o vale do Acre e do Purus. [...]

    O que mais impressionou o antropólogo [Jorge Bruno Sales Souza] foi o fato de eles não gostarem de se fixar em lugar nenhum. Preferem repetir a tradição de seus ancestrais e continuar sempre em movimento pelas regiões que hoje compreendem os municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Assis Brasil e Brasiléia. Levam suas crianças, até recém-nascidos, e não fazem grandes exigências quanto a alimentação e moradia.

    Jamináwa: povo nômade há mais de mil anos. Instituto Socioambiental , 26 jun. 2002. Disponível em: http://fdnc.io/frA. Acesso em: 8 abr. 2021.

    • O povo jamináwa pode ser classificado como nômade? Por quê?
      PROFESSOR Resposta: Sim, pois muda frequentemente a localização de suas aldeias e não gosta de se fixar em lugar nenhum.
    1. Entre os povos indígenas tupinambás e guaranis, qual realizou migrações pelo interior e qual realizou pelo litoral?
      PROFESSOR Resposta: Guaranis (interior) e tupinambás (litoral).

      Autoavaliação

      PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

      Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

      Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

    1. Expliquei a importância do fogo para a humanidade?
    1. Descrevi as rotas do ser humano à América segundo as teorias oficiais?
    1. Identifiquei o que era a pedra lascada e para que ela servia?
    1. Participei ativamente das investigações em grupo?
    1. Realizei as atividades individuais?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: compreender o conceito de nomadismo.

O aluno deverá ler e interpretar o texto, identificando o nome do povo e onde vive e, na sequência, a forma de vida predominante (o deslocamento constante). A partir disso, deverá retomar o conceito de nomadismo, relacionando com as características do povo descrito no texto.

Atividade 7 – Objetivo de aprendizagem: identificar rotas de migração de povos indígenas no Brasil.

O aluno deverá retomar a leitura e a interpretação do mapa da página 20 e identificar as duas rotas representadas e os povos a que se referem. Por fim, deverá relacionar as cores utilizadas no mapa com cada povo.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir ao aluno uma pontuação ou um conceito.

As respostas dos alunos também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP054

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 1 e 2

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades relacionadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 1 e 2. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Onde surgiu a espécie humana e como foi sua expansão pelo mundo?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção Verificação da avaliação de processo de aprendizagem, composto pela ilustração de um sinal de correto dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 1 e 2.

A realização dessas atividades favorece o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção Superando defasagens, composto pela ilustração da silhueta de uma pessoa correndo dentro de um círculo azul. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP055

Introdução ao módulo dos capítulos 3 e 4

Este módulo é formado pelos capítulos 3 e 4, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!. Tem como objetivo desenvolver atividades sobre o processo de desenvolvimento da agricultura e da domesticação dos animais e suas influências no modo de vida dos primeiros agrupamentos humanos.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Por que a agricultura e a criação de animais foram marcos na vida dos primeiros agrupamentos humanos?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades deste módulo possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04HI02 ao abordar marcos da história da humanidade, como o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio; da habilidade EF04HI04, ao tratar da fixação das primeiras comunidades humanas; e da habilidade EF04HI05, ao estudar a ocupação humana do espaço e sua intervenção na natureza.

São desenvolvidas atividades de leitura e interpretação de mapa, com a identificação das plantas que começaram a ser cultivadas em cada continente e da época em que isso ocorreu, e a observação de fonte histórica visual sobre o uso do arado pelos povos antigos. As atividades também propõem a interpretação de fichas sobre a domesticação de animais e a organização dos dados em uma linha do tempo. Envolvem também a leitura de textos sobre a domesticação de animais, o sedentarismo e os impactos ambientais da agricultura e da pecuária.

Como pré-requisito, é importante que os alunos compreendam distâncias temporais distintas por meio das datações e os conceitos de nomadismo e sedentarismo.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP056

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 3 e 4

Por que a agricultura e a criação de animais foram marcos na vida dos primeiros agrupamentos humanos?

CAPÍTULO 3. Agricultura

Em diversos continentes, em diferentes tempos, alguns agrupamentos humanos observaram que a semente que caía no chão brotava e dela nascia uma planta. Assim, começaram a selecionar algumas plantas coletadas, buscando reproduzi-las.

Aos poucos, eles conseguiram controlar o processo de plantio e de colheita de determinada planta, desenvolvendo a agricultura.

Imagem: Mapa. Início da agricultura. O mapa apresenta os continentes, os oceanos Pacífico, Atlântico, Índico e as linhas imaginárias. Nos continentes estão indicadas áreas de origens das principais culturas agrícolas com representação icônica de cada uma delas do lado esquerdo. No centro-leste e sul da América do norte: há 8 mil anos a principal cultura agrícola era o milho. Na América Central: há 5 mil anos a principal cultura agrícola era o feijão. No noroeste da América do Sul: há 5300 anos a principal cultura agrícola era o algodão e há 8 mil anos era o feijão. No nordeste do continente: há 7 mil anos era a mandioca. Na parte central da América do Sul a principal cultura agrícola há 8 mil anos era a batata. Na Europa há 9 mil anos a principal cultura agrícola era o centeio e a ervilha; há 8500 anos era a aveia. No extremo oeste asiático, há 9 mil anos a principal cultura agrícola era a lentilha. No centro-oeste do continente há 5500 anos a principal cultura agrícola era o cânhamo. Na parte sul e sudeste a principal cultura agrícola há 8 mil anos era o painço; há 10 mil anos era o arroz, assim como há 5500 anos no extremo sul do continente. Na África, na região centro-oeste a principal cultura agrícola há 9 mil anos era o inhame. E na porção centro-leste há 5 mil anos era o painço e há 6 mil anos era o sorgo. Na divisa com a Ásia, há 10 mil anos se cultivava o trigo e a cevada como principais culturas agrícolas. Na parte inferior, a rosa dos ventos e a escala: 1.120 km.  Fim da imagem.

Fontes: Atlas da história do mundo. São Paulo: Times/Folha de S.Paulo, 1995. p. 38-39; Colin Renfrew; Paul Bahn. Arqueología. Madri: Akal, 1993. p. 152.

Observação: Os símbolos foram representados fora de porporção. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 3

Unidades temáticas

Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

Circulação de pessoas, produtos e culturas.

Objetos de conhecimento

• A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras.

• A circulação de pessoas e as transformações no meio natural.

Habilidades

• EF04HI02: identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

• EF04HI04: identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.

• EF04HI05: relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Os temas trabalhados neste capítulo permitem aproximar os alunos da Competência Específica 3 das Ciências Humanas que propõe discutir a intervenção do ser humano na natureza e suas implicações sociais e econômicas.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a pergunta da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros dos conhecimentos prévios para serem retomados na conclusão do módulo.

MP057

  1. Enquanto no continente americano as pessoas plantavam milho, feijão e batata há 8 mil anos, o que os agrupamentos humanos plantavam na Ásia nesse mesmo tempo?
    PROFESSOR Resposta: Plantavam painço.
  1. Cite os três alimentos mais antigos que os agrupamentos humanos começaram a cultivar.
    PROFESSOR Resposta: A cevada, o trigo e o arroz, há 10 mil anos.
  1. Os agrupamentos humanos que viviam em diferentes continentes iniciaram o cultivo do mesmo tipo de planta ao mesmo tempo?
    PROFESSOR Resposta: Não. Os agrupamentos humanos que viveram em diferentes continentes iniciaram o cultivo de diferentes tipos de planta em diferentes tempos.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar individualmente a realização das atividades propostas, em que os alunos devem localizar na legenda e no mapa os continentes de origem das plantas citadas e identificar as datas de domesticação dessas plantas.

Com base nesses elementos, os alunos podem classificar as culturas citadas utilizando as noções temporais de anterioridade, posterioridade e simultaneidade.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, propor aos alunos a criação de um jogo da memória. Divididos em grupos, os alunos devem criar dois tipos de cartas. Um grupo de cartas terá os nomes e os desenhos de todas as plantas que aparecem no mapa. Outro grupo de cartas deve ter o nome dos continentes. Importante: o nome de um determinado continente deve ser repetido de acordo com a quantidade de plantas que foram domesticadas nele. A África, por exemplo, deve aparecer três vezes.

Depois da criação das cartas, o grupo deve embaralhar e dispor todas elas viradas para baixo. Então, começa o jogo. Cada participante, na sua vez, deve virar uma carta e, depois, tentar achar o par correspondente. Se virar “milho”, por exemplo, deve procurar a carta “América”. Se encontrar, joga novamente. Caso não encontre o par correspondente, deve passar a vez para o próximo. Ganha o jogo quem acumular o maior número de pares de cartas.

MP058

Assim, alguns agrupamentos humanos desenvolveram a agricultura, que trouxe mudanças importantes no modo de vida dos humanos.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Agricultura e mudanças na alimentação

    Se por um lado [com a agricultura] havia menor variedade nutricional [devido à diminuição de espécies consumidas], por outro o excedente de comida trazia benefícios inegáveis. O maior deles é que a vida humana se tornou muito mais estável. A sobrevivência já não dependia exclusivamente do sucesso na caça ou da abundância de árvores frutíferas: existindo uma roça, sempre havia alimento.

    Fábio Onça. Grande inauguração: bem-vindo à civilização. Revista Superinteressante , 31 out. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fMc. Acesso em: 20 jul. 2020.

    Glossário:

Excedente: que excede, que sobra.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Em uma área descampada com solo terroso com pedras, um pequeno grupo de pessoas trabalha no solo. Ao redor deles, há um cercado retangular demarcado com sacos e no trabalho utilizam muitos baldes. Do lado esquerdo, está um equipamento sobre um tripé. Ao fundo, próximo a uma estrutura de madeira está uma pequena base com paredes de folhas e coberta. No horizonte, montanhas. Fim da imagem.

LEGENDA: Escavação no Monte Zagros, atual Irã, encontra vestígios de sementes e outras evidências da prática agrícola de milhares de anos atrás. Foto de 2009. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto um aspecto:
    1. desfavorável do desenvolvimento da agricultura na alimentação dos primeiros agrupamentos humanos;
      PROFESSOR Resposta: Menor variedade nutricional.
    1. favorável do desenvolvimento da agricultura na alimentação dos primeiros agrupamentos humanos.
      PROFESSOR Resposta: Maior quantidade de alimentos.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura do texto em voz alta, que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

Orientar também a atividade em que os alunos devem localizar e retirar informações do texto, um dos processos vinculados à compreensão de texto. Identificar com eles: pontos negativos e positivos da agricultura; o que significa produção de excedente de alimentos; como o excedente pode favorecer os seres humanos.

Explore com os alunos o vocabulário. Solicite que localizem no texto o termo “excedente” e expliquem o que entenderam pelo contexto. Em seguida, peça que leiam o glossário. Por fim, peça que criem frases com o termo “excedente”.

Agricultura: mudanças e permanências

Apenas de maneira muito gradativa e de forma quase imperceptível, a agricultura e a criação de animais configuraram-se como uma mudança econômica fundamental, praticamente irreversível, tal como a entendemos atualmente.

Todavia, nossos preconceitos a esse respeito (uma vez que todas as grandes civilizações ocidentais, no Neolítico, são baseadas em alimentos domésticos) certamente têm levado a superestimar os benefícios das mudanças na alimentação, decorrentes dessa nova base de subsistência.

MP059

Explorar fonte histórica visual

Os povos antigos aperfeiçoaram as técnicas agrícolas dos primeiros agrupamentos humanos, como os instrumentos utilizados na agricultura.

Imagem: Pintura. Superfície amarela na qual há um homem de cabelo preto curto, região dos olhos pintada, sem camisa, longa saia e descalço. Ele está de pé a ara a terra com auxílio de um equipamento ligado a dois bois à sua frente.  Em uma das mãos, segura um chicote. Há pinturas com figuras diversas em meio ao desenho. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de pintura na tumba de Sennedjen, no Egito, há3.200 anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a representação de um antigo agricultor egípcio e elabore hipóteses para responder às questões.
    1. Qual ferramenta agrícola ele está utilizando com a mão direita?
      PROFESSOR Resposta: Mesmo que os alunos não saibam o nome do utensílio, é importante que percebam que se trata da ferramenta que o agricultor da imagem está segurando com mão direita.
    1. Para que essa ferramenta serve?
      PROFESSOR Atenção professor: É importante que os alunos levantem suas hipóteses. Elas serão confrontadas na próxima atividade. Fim da observação.

      Arado

      Utensílio agrícola de tração humana ou animal, ou motorizado, usado para cortar, levantar e virar o solo, preparando-o para a sementeira e plantio [...].

      Arado. Em: Dicionário Michaelis . Disponível em: http://fdnc.io/fMd. Acesso em: 20 jul. 2020.

  1. Que informações do texto confirmaram suas hipóteses? Quais ampliaram suas hipóteses?
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos compreendam que o arado é uma ferramenta de tração envolvida nas etapas de preparação do solo para o plantio. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Nas regiões da Europa temperada ou nórdica, os cereais e a carne dos animais domésticos são ainda complementados pela exploração de recursos silvestres, o que resulta em uma alimentação abundante e equilibrada. Em compensação, tanto na Europa mediterrânea como no Oriente Próximo e Oriente Médio, os recursos silvestres têm um papel muito menos importante [...] Cereais, leguminosas, carne de boi e de carneiro constituem a base da alimentação. Não há dúvida de que, em função da predominância dos cereais, esta alimentação tem efeitos negativos sobre a saúde das populações.

FLANDRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo. História da alimentação . São Paulo: Estação Liberdade, 1998. p. 49-50.

Fonte histórica visual: pintura

A atividade proposta permite aos alunos explorar o detalhe de uma pintura de uma tumba egípcia de cerca de 3 mil anos.

Orientar coletivamente a observação da pintura, identificando com os alunos: onde ela foi feita (na tumba de um egípcio); a datação (há 3.200 anos); o que ela representa (um agricultor).

Deixar que cada aluno elabore suas hipóteses sobre as possíveis funções do instrumento de trabalho representado.

Fazer uma leitura compartilhada do verbete de dicionário, sugerindo que cada aluno retome suas hipóteses e registre o que foi confirmado ou ampliado. Esta atividade contribui para ampliar o vocabulário dos alunos.

MP060

CAPÍTULO 4. Domesticação e criação de animais

Em diferentes tempos e em diversos continentes, os agrupamentos humanos começaram a delimitar animais selvagens em cercados, reproduzindo-os em cativeiro. Aos poucos, foram aperfeiçoando essa técnica, que mais tarde daria origem à pecuária.

Leia sobre os locais e as épocas em que teve início a domesticação de alguns animais.

Ganso

Imagem: Fotografia. Um ganso de penas claras.  Fim da imagem.

Continente: asiático

Data de domesticação: há 10 mil anos

Cavalo

Imagem: Fotografia. Um cavalo com mancha branca no rosto. Fim da imagem.

Continente: asiático

Data de domesticação: há 5.500 anos

Galinha

Imagem: Fotografia. Uma galinha de penas marrons. Fim da imagem.

Continente: asiático

Data de domesticação: há 10 mil anos

Lhama

Imagem: Fotografia. Uma lhama de pelagem volumosa e clara. Fim da imagem.

Continente: americano

Data de domesticação: há 6 mil anos

Carneiro

Imagem: Fotografia. Um carneiro de pelagem bege e chifres curvos. Fim da imagem.

Continente: asiático

Data de domesticação: há 8 mil anos

Observação: Os animais dessa dupla de páginas foram representados fora de proporção. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 4

Unidades temáticas

Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

Circulação de pessoas, produtos e culturas.

Objetos de conhecimento

• A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras.

• A circulação de pessoas e as transformações no meio natural.

Habilidades

• EF04HI02: identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

• EF04HI04: identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.

• EF04HI05: relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Os temas trabalhados neste capítulo permitem aproximar os alunos da Competência Específica 3 das Ciências Humanas que propõe discutir a intervenção do ser humano na natureza e suas implicações sociais e econômicas.

Fim do complemento.

Explorar coletivamente com os alunos as fichas, identificando: animal retratado; continente em que foi domesticado; datação aproximada da domesticação.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho, propor aos alunos que investiguem a data aproximada e o local em que ocorreram a domesticação de outros animais, como o cão e o gato. Socializar as descobertas individuais.

MP061

Porco-da-índia

Imagem: Fotografia. Um porco-da-índia que apresenta pelagem marrom e branca e orelhas pequenas. Fim da imagem.

Continente: americano

Data de domesticação: há 6 mil anos

Alpaca

Imagem: Fotografia. Uma alpaca que apresenta pelagem marrom volumosa. Fim da imagem.

CRÉDITO: ERIC ISSELEE/SHUTTERSTOCK

Continente: americano

Data de domesticação: há 6 mil anos

Cabra

Imagem: Fotografia. Uma cabra que apresenta pelagem fina marrom-claro e chifres curtos e curvos para trás da cabeça. Fim da imagem.

Continente: asiático

Data de domesticação: há 9.500 anos

Porco

Imagem: Fotografia. Um porco que apresenta pelagem curta rosada e pintas pretas. Fim da imagem.

Continente: asiático

Data de domesticação: há 9 mil anos

Boi

Imagem: Fotografia. Um boi que apresenta pelagem marrom e pequenos chifres.  Fim da imagem.

CRÉDITO: TRINESSIMO/SHUTTERSTOCK

Continente: europeu

Data de domesticação: há 8.500 anos

  1. Desenhe uma linha do tempo, seguindo o modelo. Puxe um fio de cada data e escreva o nome do animal correspondente à época de sua domesticação.
Imagem: Ilustração. Uma linha do tempo regressiva que parte de 10 mil anos atrás até a atualidade alternando de mil em mil anos. Fim da imagem.
PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos puxem um fio a partir dos pontos representados pelos números redondos da linha e escrevam os nomes a que correspondem. Em alguns casos, o fio deve ser colocado na metade do intervalo de tempo, como no caso do cavalo, entre 6 mil e 5 mil anos. Fim da observação.
  1. Em casa, leia em voz alta para um adulto os textos sobre os animais.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada dos textos para preparar a leitura em casa. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a elaboração da linha do tempo, destacando para os alunos:

  • a importância da criação, no caderno, de uma linha dividida em dez partes iguais, equivalentes a mil anos cada uma;
  • a distribuição, sob os anos correspondentes, das informações das fichas dos animais.

    Se desejar, proponha comparações entre as datas de domesticação de alguns animais, por exemplo: O carneiro foi domesticado antes ou depois da lhama? Nesse caso, retome com os alunos a linha do tempo, mostrando que 8 mil anos atrás (domesticação do carneiro) é mais antigo do que 6 mil anos atrás (domesticação da lhama) e, portanto, ocorreu antes.

MP062

O sedentarismo

A criação da agricultura e da pecuária está relacionada com outras mudanças no modo de vida dos agrupamentos humanos de diferentes continentes.

A agricultura e a criação de animais garantiam a obtenção constante de alimentos pelas pessoas, permitindo que elas vivessem de forma permanente em um mesmo local. Esse novo modo de vida foi chamado de sedentarismo.

Os grupos humanos desenvolveram diversos objetos, entre eles o pilão de pedra. Com o pilão, podiam moer grãos de cereais cultivados e transformá-los em outros tipos de alimento.

Imagem: Fotografia. Um pedaço de pedra largo e longo. Sobre ele há uma pedra menor, escura de formato cilíndrico. Fim da imagem.

LEGENDA: Pilão de pedra utilizado para amassar grãos de cereais obtidos na agricultura. Esse pilão foi encontrado no atual Iraque e está exposto no Museu Britânico, na cidade de Londres. Os pesquisadores acreditam que ele foi produzido há cerca de 6 mil anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Responda às questões a respeito do objeto da foto acima.
    1. Onde o pilão de pedra está conservado?
      PROFESSOR Resposta: No Museu Britânico, na cidade de Londres.
    1. Para que servia esse pilão de pedra?
      PROFESSOR Resposta: Ele era utilizado para moer grãos de cereais obtidos na agricultura.
    1. Quando ele teria sido produzido?
      PROFESSOR Resposta: Os pesquisadores acreditam que ele foi produzido há cerca de 6 mil anos.
    1. Por que é importante conservar esse tipo de objeto?
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos percebam a importância da conservação desse tipo de objeto para o estudo do modo de vida dos primeiros agrupamentos humanos. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos: as consequências do desenvolvimento da agricultura e da domesticação de animais e o significado de sedentarismo.

Em seguida, orientar individualmente a observação da imagem, elaborando hipóteses sobre a função do objeto representado e lendo as informações da legenda.

A partir disso, orientar individualmente a realização das atividades propostas.

Agropecuária: algumas medidas mitigadoras do impacto ambiental

Medidas mitigadoras são aquelas destinadas a atenuar os impactos negativos de uma certa atividade sobre o meio ambiente.

Como para a grande maioria das atividades impactantes, as medidas mitigadoras dos impactos da atividade agropecuária sobre a fauna silvestre são perfeitamente exequíveis, bastando para isso vontade de executá-las.

[...]

Quanto à utilização de compostos químicos, a pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento de produtos mais seguros e para a determinação das dosagens adequadas, de modo que concilie combate efetivo às pragas, redução de custos e mitigação dos impactos sobre o meio ambiente. [...]

MP063

Diversos agrupamentos humanos que desenvolveram a agricultura realizaram o desmatamento para a abertura de áreas de plantação e para a retirada de madeira usada na construção de moradias fixas, já que se tornaram sedentários.

A pecuária também causou impacto na vegetação, pois os animais alimentavam-se de brotos de árvores, reduzindo o número de plantas que cresciam e se desenvolviam.

Ao longo da história, os seres humanos continuaram praticando a agricultura e a pecuária, que atualmente causam intenso impacto sobre as paisagens naturais.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Agropecuária e impactos ambientais

    Os impactos ambientais causados pela atividade agropecuária decorrem principalmente de dois fatores: da mudança do uso do solo, resultante do desmatamento e da [transformação de áreas] naturais em áreas cultivadas, e da degradação das áreas cultivadas [...]. A esses fatores somam-se também os impactos ambientais negativos causados pelas queimadas e pela contaminação ambiental decorrente do uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos nas lavouras.

    Regina H. R. Sambuichi e outros. A sustentabilidade ambiental da agropecuária brasileira : impactos, políticas públicas e desafios. Rio de Janeiro: Ipea, 2012. p. 10. Disponível em: http://fdnc.io/fMf. Acesso em: 10 nov. 2020.

    Glossário:

Fertilizantes: substâncias aplicadas no solo com o objetivo de melhorar sua produtividade.

Agrotóxicos: produtos químicos usados para tentar controlar as pragas que atacam as plantas.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Vista aérea de uma área verde com parte desmatada e parte com mata.  Fim da imagem.

LEGENDA: Área desmatada no município de Porto Velho, no estado de Rondônia, em 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações sobre os principais impactos ambientais relacionados à agropecuária.
    PROFESSOR Resposta: Desmatamento, queimadas e contaminação ambiental por uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos.
  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, pesquise em livros, jornais e na internet soluções para os problemas ambientais destacados no texto.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a pesquisa em fontes confiáveis e o registro dela. Fim da observação.
  1. Faça uma produção de escrita incluindo alguns problemas citados no texto acima e as soluções que você pesquisou. Dê um título e mostre aos colegas.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada das informações do texto e da pesquisa e a produção individual do texto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

As cercas vivas naturais ou plantadas nas divisas entre propriedades rurais [...] constituem locais de pouso, abrigo e alimentação para várias espécies de animais silvestres, especialmente aves, podendo aumentar em cerca de quatro vezes a diversidade desses animais no local onde se encontram [...].

Além de proteger a área de agropecuária do vento e o solo da erosão, os cinturões de quebra-vento promovem o aumento da diversidade de aves e pequenos mamíferos, sendo a maioria deles benéficos para a agropecuária.

ZANZINI, Antônio Carlos da Silva; FILHO, José Francisco do Prado. Impacto da atividade agropecuária sobre a fauna silvestre. Agropecuária e ambiente. Revista Informe Agropecuário , Belo Horizonte, n. 202, 2000, p. 80-89. Disponível em: http://fdnc.io/fMe. Acesso em: 7 jun. 2021.

Orientar coletivamente a leitura do texto introdutório, identificando com os alunos os impactos ambientais da agricultura e da pecuária praticadas pelos primeiros agrupamentos humanos.

Orientar a leitura do texto “Agropecuária e impactos ambientais” em voz alta, contribuindo para a fluência em leitura oral. Em seguida, identificar com os alunos alguns dos impactos ambientais da agropecuária atualmente: desmatamento; queimadas; contaminação ambiental por uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos.

Orientar a tarefa de casa em que eles devem, com a ajuda de um adulto, fazer uma investigação sobre formas de mitigar esses impactos, reforçando aos alunos a necessidade de utilizar fontes confiáveis para a pesquisa.

Por fim, encaminhar a produção de escrita, orientando os alunos a retomar as informações do texto e da investigação realizada. Em seguida, conversar com eles sobre a estrutura do texto, que deve ter uma introdução sobre o assunto, um desenvolvimento apresentando alguns dos impactos ambientais relacionados à agropecuária e um fechamento com as possibilidades de mitigar o problema que foram levantadas.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação ambiental

As atividades propostas permitem aos alunos refletir sobre o impacto ambiental da agricultura e da pecuária e as formas de mitigar esses problemas.

Fim do complemento.

MP064

Agricultura e pecuária no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coleta e organiza dados sobre a produção agrícola e a quantidade de animais criados no Brasil, como os referentes ao último Censo Agropecuário de 2017, apresentados no infográfico.

PROFESSOR Atenção professor: Por finalidades didáticas, utilizamos valores aproximados para as produções agropecuárias mencionadas neste infográfico. Fim da observação.
Imagem: Infográfico. Apresenta um conjunto de fotografias com moldura hexagonal com informação em texto.  Fotografia. Gado no pasto.  Criação de bois e vacas (bovinos) 173 milhões de animais. Fotografia. Rebanho de cabras no pasto. Criação de cabras (caprinos) 8 milhões de animais. Fotografia. Vara no pasto. Criação de porcos (suinocultura) 40 milhões de animais. Fotografia. Banco de urubus pousados em uma área verde. Criação de perus 15 milhões de animais. Fotografia. Bando de galinhas dentro de um criadouro fechado. Criação de galinhas 1 bilhão de animais. Fotografia. Rebanho de ovelhas no pasto. Criação de ovelhas (ovinos) 13 milhões de animais. Fotografia. Destaque de uma plantação de algodão. Algodão 4 milhões de toneladas. Fotografia. Destaque de uma plantação de feijão. Feijão 1 milhão de toneladas. Fotografia. Destaque de uma plantação de milho. Milho 88 milhões de toneladas. Fotografia. Destaque de uma plantação de arroz. Arroz 11 milhões de toneladas. Fotografia. Destaque de uma plantação de café. Café 2 milhões de toneladas. Fotografia. Destaque de uma plantação de soja. Soja 103 milhões de toneladas. Fotografia. Plano aberto de um pasto onde há muitas cabeças de gado de um lado e plantação de diferentes culturas e um reservatório de água do outro. No horizonte, árvores e o céu. Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Censo agropecuário 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fMg. Acesso em: 2 dez. 2020.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a observação do infográfico, identificando com os alunos os elementos que o compõem: imagens e textos.

Explorar em seguida os dados de cada quadro: nome do animal ou da planta; e quantidade de animais criados ou de toneladas de produtos agrícolas colhidos.

Infográfico e ensino

Infográficos são gêneros multimodais compostos, onde se fundem texto verbal e imagem, comuns nos domínios discursivos do jornalismo e da publicidade [...]. Entretanto os pressupostos que o fazem entender e utilizar-se pelos campos da mídia e comunicação são sua vasta possibilidade de assimilação pelas diversificadas formas de interagir com o leitor. Conforme conceito destacado por Teixeira (2007), um infográfico é um gênero que pressupõe a relação indissolúvel entre texto e imagem, o que caracteriza um binômio imagem e texto, juntos têm uma função complementaridade. O gênero infográfico apoia-se no conceito da multimodalidade, visto que se apresenta de diversas formas, possibilita uma variedade nos modos de comunicação.

MP065

Observação:

Palavra destacada no glossário: Toneladas

Fim da observação.

Glossário:

Toneladas: cada tonelada equivale a mil quilogramas.

Fim do glossário.

  1. Qual é o maior rebanho de criação e qual é o produto agrícola com maior produção?
PROFESSOR Resposta: Rebanho de galinhas e plantação de soja.
MANUAL DO PROFESSOR

[...] Dessa forma, a integração entre o gênero multimodal infográfico e o ensino torna-se relevante, pois possibilita e demanda novas estratégias do uso combinado de informações, a fim de favorecer o processo de ensino-aprendizagem.

LIMA, Gabriella A. de; CATELÃO, Evandro de Melo. Infográfico: produção e possibilidades no uso educacional do ensino de Geografia. Ensino e Tecnologia em Revista . Londrina, v. 3, n. 1, p. 1-20, jan./jun. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/eLg. Acesso em: 7 jun. 2021.

Orientar individualmente a retomada da quantidade de animais criados e de toneladas de produtos agrícolas produzidos, permitindo aos alunos identificar as maiores quantidades de cada modalidade.

Atividade complementar

Dividir a turma em grupos. Cada grupo deverá pesquisar em livros ou na internet mais informações sobre um dos animais ou plantas citados no infográfico, buscando os seguintes dados:

  • estados brasileiros com maior produtividade nesse setor;
  • técnicas específicas desse tipo de criação ou plantação;
  • trabalhador que atua nesse setor.

    Combinar um prazo para a pesquisa e no dia determinado cada grupo pode apresentar suas descobertas aos colegas.

MP066

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 3 e 4

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda as atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Observe a charge.
Imagem: Charge. Muitos tocos de madeira de uma área desmatada. Pousado nos tocos, dois pássaros conversam. O primeiro diz: “DIZEM QUE O DESMATAMENTO NÃO TÁ AUMENTANDO...”. E o outro exclama: “ENTÃO... ACHO QUE PRECISAREMOS DE UM OFTALMOLOGISTA URGENTEMENTE!!”. Fim da imagem.

FONTE: Charge de Lute, 2019.

Observação:

Palavra destacada no glossário: Oftalmologista

Fim da observação.

Glossário:

Oftalmologista: médico especializado em cuidar da visão.

  1. Fim do glossário.
  1. Por que uma das aves diz que elas precisarão de um oftalmologista?
    PROFESSOR Resposta: Porque dizem que o desmatamento não está aumentando, mas elas estão vendo o contrário.
  1. A charge faz uma crítica a qual situação? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Ela critica o desmatamento e as pessoas que dizem que ele não está aumentando.
  1. De acordo com o que você estudou, cite duas causas do desmatamento.
    PROFESSOR Resposta: O desmatamento para a realização da agricultura e da pecuária e a destruição dos brotos das plantas pela alimentação do gado.
  1. Ordene corretamente os fatos que levaram ao desenvolvimento da agricultura.

Selecionar algumas plantas coletadas.

Controlar os processos de plantio e de colheita.

Observar as sementes que brotavam.

PROFESSOR Resposta: Segue a ordenação: observar as sementes; selecionar algumas plantas; controlar os processos de plantio e de colheita.
  1. Sobre a criação da agricultura, cite um ponto positivo e um negativo.
    PROFESSOR Resposta: Positivo (aumento da quantidade de alimentos) e negativo (menor variedade nutricional).
  1. Em que continente a cultura do inhame se originou: África ou Ásia?
    PROFESSOR Resposta: África.
  1. Explique qual é a relação entre o desenvolvimento da agricultura e da pecuária e o sedentarismo.
PROFESSOR Resposta: O desenvolvimento da agricultura e da pecuária foi tornando desnecessários os constantes deslocamentos em busca de alimento, permitindo assim a fixação das pessoas num mesmo local por mais tempo.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar impactos ambientais da atividade agropecuária.

O aluno deverá observar uma charge, identificando seus elementos: imagens e balões de fala. Em seguida, deverá interpretar esses elementos, percebendo que, sobre restos de árvores cortadas, uma ave comenta sobre a diminuição do desmatamento e outra ave responde com ironia em relação a essa fala.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: selecionar e ordenar fatos relacionados à criação da agricultura.

Espera-se que o aluno identifique os fatos relativos à criação da agricultura e organize esses fatos, colocando-os em ordem cronológica, desde o mais antigo até o mais recente.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: selecionar e ordenar fatos relacionados à criação da agricultura.

Ao solicitar que o aluno identifique e explique um ponto positivo e um ponto negativo ligados à criação da agricultura, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: selecionar e ordenar fatos relacionados à criação da agricultura.

O aluno deverá identificar a planta indicada (inhame) e, na sequência, selecionar, entre duas possibilidades, o continente de origem dessa planta.

MP067

  1. Leia o texto.

    Início da agricultura

    Os primeiros indícios de agricultura organizada no continente americano surgiram nos Andes peruanos há nove mil anos, revelou um novo estudo de antropólogos da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos. O estudo confirma uma tese cada vez mais aceita entre os acadêmicos de que a prática teria surgido de forma independente em locais diferentes. [...]

    Os pesquisadores acharam [...] vestígios de algodão, milho e abóbora, assim como de mandioca e outros tubérculos. Foram encontrados também artefatos de cerâmica, canais de irrigação e estruturas de armazenamento de cultivos.

    Agricultura nas Américas começou há 9 mil anos. O Globo , 29 jun. 2007. Disponível em: http://fdnc.io/fMh. Acesso em: 8 abr. 2021.

    Glossário:

Andes: extensa cadeia de montanhas que atravessa o Peru, a Bolívia, o Chile, a Argentina, o Equador e a Colômbia.

Fim do glossário.

  1. O texto aborda o surgimento da agricultura em que continente?
    PROFESSOR Resposta: Americano.
  1. Em que país isso teria ocorrido e em que data?
    PROFESSOR Resposta: Peru, há 9 mil anos.
  1. Vestígios de que plantas foram encontrados?
    PROFESSOR Resposta: Algodão, milho, abóbora, mandioca e outros tubérculos.
  1. Que tipos de objeto e de construção foram descobertos?
    PROFESSOR Resposta: Objetos de cerâmica, canais de irrigação e estruturas de armazenamento de cultivos.

    Autoavaliação

    PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

    Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

    Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Reconheci os possíveis impactos ambientais da agricultura e da pecuária?
  1. Compreendi o que é o sedentarismo e a sua relação com a agricultura?
  1. Identifiquei os fatos favoráveis e os contrários relativos ao desenvolvimento da agricultura?
  1. Participei dos debates em casa?
  1. Realizei as tarefas de casa?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: explicar o que é o sedentarismo e qual a ligação da sua origem com a agricultura.

O aluno deverá retomar o conceito de sedentarismo. Em seguida, deverá retomar as relações entre o sedentarismo e o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais.

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: identificar o local de origem e o período de domesticação de algumas espécies vegetais e animais.

Espera-se que o aluno leia e interprete o texto, identificando o continente abordado (América), o tema (surgimento da agricultura), o país (Peru) e os vestígios encontrados.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir ao aluno uma pontuação ou um conceito.

As respostas dos alunos também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP068

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 3 e 4

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 3 e 4. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Por que a agricultura e a criação de animais foram marcos na vida dos primeiros agrupamentos humanos?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Retomar as atividades propostas na seção Retomando os conhecimentos que possibilitaram aos alunos retomar conhecimentos trabalhados nos capítulos 3 e 4.

Por meio da realização dessas atividades, realizou-se uma avaliação do processo de aprendizagem, favorecendo o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.