MP069

Unidade 2. Formas de registro e vida nas cidades

Esta unidade permite aos alunos conhecer formas de registro criadas por diferentes povos e refletir sobre a função da escrita, compreendendo a importância da escrita para a humanidade. Também possibilita refletir sobre as mudanças na vida dos moradores das cidades ao longo do tempo e conhecer as atividades realizadas pelas pessoas no meio urbano.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Capítulos 5 e 6: exploram as diversas formas de escrita e de contagem dos povos antigos, apresentando registros rupestres, escrita desenvolvida por povos como como sumérios, egípcios, chineses e maias, e diferentes sistemas de numeração.

Capítulos 7 e 8: abordam o modo de vida nas cidades e as mudanças que ocorreram ao longo do tempo, tomando como eixo o debate sobre alguns problemas existentes nas cidades contemporâneas brasileiras.

Primeiros contatos

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As páginas de abertura da unidade correspondem à atividade preparatória realizada a partir da exploração de uma fotografia de glifos criados pelo povo maia, que possibilita aos alunos refletir sobre o que pode ser considerado escrita.

Introdução ao módulo dos capítulos 5 e 6

Este módulo é formado pelos capítulos 5 e 6, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista! tem como objetivo tratar sobre as diversas formas de registro desenvolvidas pelos seres humanos ao longo do tempo, inclusive as numéricas, e de que maneira parte desses conhecimentos estão presentes na atualidade, mostrando a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Quais são as formas de registro criadas pelos seres humanos ao longo do tempo?

Atividades do módulo

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Possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04HI01, ao tratar sobre as primeiras formas de registro e desenvolvimento da escrita, bem como algumas permanências na atualidade, evidenciando a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço.

São desenvolvidas atividades de observação e de interpretação de registros rupestres, com a identificação dos temas representados, materiais utilizados e suportes dos registros. Há, também, atividades de interpretação de formas de escrita de povos antigos e de discussão sobre a importância da escrita para a humanidade. As atividades também permitem aos alunos explorar as diversas formas de contagem criadas pelos povos antigos, com destaque para o surgimento e a transformação do sistema indo-arábico, utilizado em muitas partes do mundo até os dias atuais.

Como pré-requisito é importante que os alunos compreendam que a escrita foi uma criação humana transformada ao longo do tempo.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP070

UNIDADE 2. Formas de registro e vida nas cidades

Imagem: Fotografia. Destaque de uma parede com trechos salientes entre linhas com pequenos desenhos em formatos quadrados em relevo. São nove quadros na horizontal e sete quadros na vertical. Fim da imagem.

LEGENDA: Registros conhecidos como glifos, criados há 2.300 anos pelo povo maia, que, nessa época, vivia nos territórios dos atuais México, Guatemala, El Salvador, Belize e Honduras. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Explorar com os alunos o título da unidade, por meio de questões como: o que são formas de registro? E que formas de registro produzidas pelos seres humanos vocês conhecem?

Em seguida, explorar a imagem, questionando se os alunos imaginam qual era a função desses símbolos. Com base nisso, perguntar: esses símbolos podem ser considerados uma forma de escrita?

Compartilhar as hipóteses individuais e comentar com os alunos que, ao longo da unidade, esse tema será retomado e ampliado.

Formas de registro da humanidade

Uma contemplação cuidadosa e criativa sobre o histórico da humanidade e a informação impressa permite deduzir que esta é uma das relações mais estruturadas e antigas entre o homem e um engenho seu. Percebe-se isso ao se considerar que os laços homem-impresso existem desde antes da escrita. E até mesmo antes da comunicação verbal! Uma prova é o fato de que as mais remotas performances protagonizadas pelo homem chegaram até nós principalmente através de alguma inscrição: as pinturas rupestres, por um cuidado da natureza, ainda hoje comunicam ao homem – milênios mais tarde – aspectos da vida daqueles ancestrais. Ou seja, na pré-história o ser humano já internalizava a necessidade de registros impressos. [...]

MP071

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Esses registros do povo maia podem ser considerados uma forma de escrita? Por quê?
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a reflexão sobre o que é considerado escrita e se os registros maias se inserem nesse grupo. Fim da observação.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Assim, na evolução humana, a utilização dos registros impressos, sejam os pictogramas rupestres, sejam os primeiros símbolos literais dos fonemas, tornaram-se indispensáveis às relações sócio-econômico-culturais. [...]

Por isso mesmo, é possível fazer uma analogia entre aquelas gravuras e a escrita: ambos os casos buscam registrar algo, de alguma forma, para determinado grupo, para aquele momento ou para a posteridade. [...]

GOMES, Eduardo de Castro. A escrita na História da humanidade. Recanto das Letras , 20 jul. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fMi. Acesso em: 25 maio 2021.

Atividade complementar

Sugerir aos alunos uma investigação em livros e na internet sobre o povo maia. Solicitar a eles que pesquisem quais eram as principais atividades econômicas desse povo; sua forma de organização política; as principais cidades e seus conhecimentos científicos.

Compartilhar as descobertas individuais.

MP072

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 5 e 6

Quais são as formas de registro criadas pelos seres humanos ao longo do tempo?

CAPÍTULO 5. Os seres humanos e seus registros

Ao longo de sua história, os seres humanos deixaram diversos registros de seus modos de vida.

Um dos tipos de registro mais antigos são os registros rupestres.

  1. Observe e interprete um registro rupestre.
Imagem: Fotografia. Pintura de um animal quadrúpede robusto com chifres em uma parede rochosa amarelada com muitas fissuras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Registro rupestre localizado na Caverna de Altamira, na Espanha, feito há cerca de 14 mil anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Responda às questões a seguir.
    1. O que foi representado nesse registro rupestre?
      PROFESSOR Resposta: Animais, um deles em primeiro plano. Informar que se trata de um bisão.
    1. Esse registro foi feito em uma tela? Como você concluiu isso?
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos farão hipóteses, que serão ampliadas a seguir. Fim da observação.
    1. Em sua opinião, quais materiais os seres humanos podem ter utilizado para realizar esse registro nas rochas? Conte para os colegas as suas hipóteses e ouça as deles.
      PROFESSOR Atenção professor: Os aluno farão hipóteses, que serão ampliadas a seguir. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 5

Unidade temática

Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

Objeto de conhecimento

• A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras.

Habilidade

• EF04HI01: reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades deste capítulo possibilitam aos alunos valorizar o uso de diferentes linguagens como forma de expressão, favorecendo a Competência Geral 4. Também incentivam o exercício da Competência Específica 3 de História ao estimular a elaboração de questionamentos, de hipóteses e a investigação a partir do uso de diferentes linguagens.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema para que possam ser retomados na conclusão do módulo.

MP073

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Registros rupestres

    [...] [o registro rupestre era realizado] em cavernas, grutas ou ao ar livre.

    [...] Os traços podem ser feitos com os dedos ou com a ajuda de utensílios; as cores, obtidas do carvão (preta), do óxido de ferro (vermelha e amarela) e, às vezes, com cera de abelha. Substâncias líquidas – água, clara de ovo, sangue etc. – são empregadas nas pinturas. [...]

    Formas humanas e animais, por sua vez, abundam [nos registros rupestres]. Também se fazem presentes figuras fantásticas, objetos e cenas, domésticas ou de trabalho.

    Arte rupestre. Enciclopédia Itaú Cultural . Disponível em: http://fdnc.io/fqU. Acesso em: dez. 2020.

    Glossário:

Óxido de ferro: matéria resultante do contato do minério de ferro com o oxigênio (ferrugem), utilizada como pigmento.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Um conjunto de pedras de carvão. São grandes e cinzas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Carvão mineral. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Superfície composta com pequenos conjuntos hexagonais vazados e de cor amarelada sobre a qual está pousada duas abelhas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cera de abelha. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma pedra com superfície irregular e nas cores roxa e azul. Fim da imagem.

LEGENDA: Óxido de ferro. FIM DA LEGENDA.

  1. Interprete e relacione as informações do texto e da pintura rupestre e responda às questões a seguir.
    1. O texto confirmou suas ideias sobre o local onde o registro rupestre apresentado na página anterior foi feito?
      PROFESSOR Resposta pessoal. Verifique se as respostas dos alunos condizem com as respostas dadas no item “b” da questão anterior.
    1. E sobre o material utilizado para fazer esse registro?
      PROFESSOR Resposta pessoal. Verifique se as respostas dos alunos condizem com as respostas dadas no item “c” da questão anterior.
    1. Que cenas eram representadas nos registros rupestres?
      PROFESSOR Resposta: Formas humanas e animais, figuras fantásticas, objetos e cenas domésticas ou de trabalho.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura do texto “Registros rupestres” em voz alta, para ajudar no desenvolvimento da fluência em leitura oral dos alunos.

Incentivar os alunos a interpretar e relacionar informações das duas fontes – a pintura e o texto –, como uma das estratégias de compreensão de texto.

Por fim, encaminhar a retomada das hipóteses dos alunos e o confronto com as informações do texto, conferindo o que foi confirmado e o que foi ampliado.

MP074

Tempo, tempo...

Nas últimas décadas, pesquisadores encontraram registros rupestres em diversos continentes, que apresentam diferentes datações.

Imagem: Fotografia. Pintura de um animal quadrúpede em uma parede rochosa amarelada com muitas fissuras. Fim da imagem.

Elementos: no detalhe, animal como o cervo.

Local: Caverna de Altamira, Espanha.

Datação: 14 mil anos.

Imagem: Fotografia. Pintura de um animal em uma parede rochosa com fissuras e trechos descascados. Fim da imagem.

Elementos: no detalhe, animal como o javali.

Local: Ilha de Sulawesi, Indonésia.

Datação: 44 mil anos.

Imagem: Fotografia. Pintura de animais quadrupedes robustos em uma superfície rochosa e lisa. Fim da imagem.

Elementos: no detalhe, bovídeos, cavalos e cervos.

Local: Caverna de Lascaux, França.

Datação: 17 mil anos.

  1. Ordene os três registros rupestres de acordo com a sua datação.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Mais antigo

    PROFESSORResposta: Indonésia.

    Intermediário

    PROFESSORResposta: França.

    Mais recente

    PROFESSORResposta: Espanha.
  1. Pesquise em livros, atlas ou na internet um mapa-múndi. Localize os três países citados nos quadros. Em que continente cada um deles está?
PROFESSOR Resposta: Indonésia (Ásia), França (Europa) e Espanha (Europa).
MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

Orientar a observação coletiva das fichas, identificando: os locais onde foram achados os registros rupestres, os elementos representados e a datação aproximada de cada um deles.

Encaminhar a realização da atividade de ordenação, solicitando aos alunos que classifiquem os três registros rupestres. Lembrá-los de que, nesse caso, a contagem é feita de forma regressiva, ou seja, algo que aconteceu há 10 mil anos é mais antigo do que algo que aconteceu há 5 mil anos.

Solicitar aos alunos que compartilhem com os colegas as respostas que, de início, desenvolveram individualmente.

Registros rupestres

Os registros rupestres constituem parte importante desse conjunto de vestígios, pois são considerados como forma de expressão simbólica das populações pré-históricas, englobando pinturas e gravações, executadas sobre suporte rochoso fixo, de qualquer natureza (NETTO, 2001). Trata-se da reflexão de um tema especial, um ser humano dedicando seu tempo a preparar uma ferramenta ou um pigmento para registrar e comunicar algo, relacionado às mais diversas questões, como explicações de fenômenos naturais, transmissão de experiências, delimitação de territórios, homenagens, ritualizações, contagens, entre outros processos.

Esses registros foram realizados para ter um significado, sendo um testemunho particular, entre outros vestígios (BRUNO, 1984). Apesar de indecifráveis, permitem conhecer um pouco mais desse passado, quando se transformam em fonte de informação científica e parte de nosso referencial patrimonial.

MP075

No Brasil...

Os povos que viveram no Brasil há milhares de anos também realizaram registros rupestres, como os produzidos na Serra da Capivara, no estado do Piauí, entre 12 mil e 6 mil anos atrás.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Serra da Capivara

    A riqueza das imagens da Serra, porém, está nas cenas que elas mostram. Na Europa, por exemplo, o mais comum é encontrar animais e cenas de caça – episódios obviamente importantes para qualquer comunidade humana, e que também estão presentes na Serra. Mas os paredões da Capivara são uma fonte copiosa de figuras de... pessoas.

    Ingrid Luisa. Serra da Capivara: um paraíso (quase) escondido. Revista Superinteressante , 25 fev. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fMk. Acesso em: 1 º dez. 2020.

Imagem: Fotografia. Em uma superfície rochosa amarelada, pintura de quatro seres humanos de pé ao redor de uma figura comprida com muitos filamentos. Fim da imagem.

LEGENDA: Registro rupestre de cerca de 12 mil anos no Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões.
    1. A reportagem foi publicada em jornal ou revista?
      PROFESSOR Resposta: Em uma revista.
    1. Segundo a reportagem, qual é o principal diferencial dos registros rupestres da Serra da Capivara, no Piauí?
      PROFESSOR Resposta: A representação de pessoas.
  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, investigue em jornais e revistas locais e na internet reportagens sobre registros rupestres da Unidade da Federação onde você vive. Conte aos colegas suas descobertas.
PROFESSOR Resposta pessoal. Informe aos alunos que as Unidades da Federação correspondem aos estados brasileiros e ao Distrito Federal, identificando em qual dessas unidades eles vivem.
MANUAL DO PROFESSOR

Os estudos em sítios rupestres podem ser desenvolvidos no próprio sítio ou em seu entorno. Podem envolver os registros em si, como estudos estilísticos ou técnicos, ou aprofundar o conhecimento em relação às chamadas “adições de arte rupestre”, assim como questões do contexto arqueológico do sítio, suas relações com outros registros arqueológicos e formas de datações, estas últimas muito complexas. [...]

ALBERTO, Luana Antoneto. Registros rupestres de São Paulo : conhecer para preservar. 2014. Dissertação (Mestrado em Arqueologia). MAE-USP. p. 14-15. Disponível em: http://fdnc.io/fMj. Acesso em: 25 maio 2021.

Realizar a leitura compartilhada do texto ”Serra da Capivara”, identificando com os alunos: o local (Serra da Capivara, no Piauí); a datação dos registros rupestres (entre 6 mil e 12 mil anos); o que ele tem de semelhante com os registros rupestres europeus (figuras de animais) e o que tem de diferente (a grande presença de figuras de pessoas).

Explore com os alunos o significado da palavra “copiosa”, ou seja, “abundante”, “numerosa”, como forma de contribuir para a formação de vocabulário, essencial no processo de alfabetização.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

Os elementos trabalhados neste capítulo permitem explorar a riqueza da produção cultural dos povos que habitaram a região que hoje corresponde ao Brasil há milhares de anos, com destaque para os registros rupestres.

Fim do complemento.

MP076

A escrita suméria

Além dos registros rupestres, os seres humanos criaram outras formas de registro. Uma dessas formas de registro foi criada há cerca de 5.300 anos pelos sumérios, que viviam nas terras do atual Iraque e do Kuwait.

Os sumérios desenvolveram várias formas de registrar suas atividades cotidianas. Essas formas de registro deram origem a um tipo de escrita composto de símbolos gravados com ferramentas cortantes em tabuletas de argila.

Algumas dessas tabuletas, datadas de 5 mil anos, foram encontradas no atual Iraque e preservadas.

Imagem: Fotografia. Um objeto claro em formato quadrado dividido em três colunas cada uma dividida em pequenos retângulos com diferentes desenhos fundos na superfície. Fim da imagem.

LEGENDA: Tabuleta de argila com escrita suméria, encontrada no atual Iraque, feita há cerca de 5 mil anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Em que material e como eram gravados os símbolos da escrita suméria?
PROFESSOR Resposta: Eram gravados em argila com objetos cortantes.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura compartilhada do texto introdutório, apresentando aos alunos: a forma de registro criada pelos sumérios, como ela era produzida, o local e a época em que ela foi criada, o material utilizado e a relação dessa forma de registro com o cotidiano.

Encaminhar a atividade 1 em que os alunos devem localizar e retirar informações do texto, realizando a compreensão do texto, um dos eixos do processo de alfabetização.

Problematizar as informações identificadas pelos alunos, destacando os seguintes aspectos da escrita suméria: era produzida com objetos pontiagudos cuneiformes (do latim cuneus, que significa “cunha”) em tabuletas de argila; continha mais de 2 mil sinais para representar fonemas e sílabas; favorecia o registro de propriedades e a realização de cálculos e era lida da esquerda para a direita.

Escrita: mudanças e necessidades cotidianas

[...] a evolução da escrita não ocorreu no tempo rapidamente ou de uma só vez, mas transcorreu em seculares períodos, [...] a sua evolução não corresponde a um aperfeiçoamento ou superação de um sistema anterior, mas os avanços se sucedem dentro de um mesmo sistema de escrita [...].

[...] existe[m] ainda equívocos quanto à compreensão desta trajetória histórica dos sistemas de escrita, o que contribui no processo de estigmatização de um sistema em relação a outro.

MORAES, Jamille Arnaut Brito. Habilidades metalinguísticas e suas intercorrências na alfabetização de crianças . 2011. Dissertação (Mestrado em Educação, Sociedade e Práxis Pedagógica). Faculdade de Educação. UFBA. p. 19. Disponível em: http://fdnc.io/fMm. Acesso em: 25 maio 2021.

MP077

Inicialmente, a escrita dos sumérios era formada por desenhos semelhantes aos objetos e seres vivos que representava. Ao longo do tempo, esses desenhos foram sendo substituídos por símbolos mais simplificados, como representado no quadro abaixo.

Imagem: Ilustração. Um retângulo com inscrições tabeladas. Para cada figura, há quatro diferentes símbolos. Na primeira linha, pássaro. Na segunda, peixe. Na terceira, burro. Na quarta, boi. Na quinta, sol. Na sexta, grão. Na sétima, pomar. Na oitava, arado. Na nona, bumerangue. Na décima, pé. Fim da imagem.

Fonte: Jean Puhvel. Cuneiform. Encyclopaedia Britannica. Disponível em: http://fdnc.io/fqW. Acesso em: dez. 2020.

  1. Qual dos símbolos acima mais chamou sua atenção? Por quê?
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a selecionar um dos símbolos e a expressar os motivos que embasaram essa escolha. Fim da observação.
  1. Utilizando os símbolos da escrita suméria, elabore algumas produções de escrita de frases com os conjuntos de palavras a seguir.
    1. Grão, arado, pomar, Sol.
    1. Burro, peixe, boi, pássaro.
    1. Pé, bumerangue.
      PROFESSOR Atenção professor: Orientar a atividade, retomando com os alunos os símbolos de cada palavra e conversando sobre as possíveis frases que podem ser formadas. Fim da observação.
  1. Em seu caderno, crie um símbolo para representar um objeto ou ser vivo que você conheça.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a escolher um objeto ou ser vivo e, depois, definir um símbolo para representá-lo. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Mostre a um colega o símbolo que você criou e veja o dele.
    • Há alguma semelhança entre os símbolos que vocês criaram? Se sim, qual?
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na identificação das possíveis semelhanças. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Inicialmente, propor aos alunos que observem o quadro “Alguns símbolos da escrita dos sumérios”.

Conversar com eles sobre os símbolos representados no quadro, destacando os seus significados e as mudanças pelas quais passaram ao longo do tempo. Salientar que as versões mais antigas estão representadas à esquerda e as mais recentes à direita do quadro.

Após a exploração de alguns símbolos da escrita cuneiforme, conversar com os alunos sobre os vários símbolos utilizados atualmente na sinalização, em placas e outros tipos de avisos em locais públicos e privados. Essa reflexão é importante para que os alunos percebam que mesmo atualmente a humanidade permanece se comunicando por meio de símbolos.

Por fim, estimular os alunos a socializar as respostas das atividades.

Pictograma e cotidiano

Presentes em várias situações cotidianas, nas etiquetas de roupas, nas telas de computadores, celulares e outros dispositivos móveis de comunicação, em equipamentos de uso doméstico, na sinalização de edifícios públicos, em mapas e guias turísticos, nas indicações de uso obrigatório, os pictogramas regulam o fluxo de pessoas em ambientes públicos e orientam o comportamento socialmente adequado no uso de diferentes equipamentos urbanos. [...]

RANOYA, Guilherme et al . Pictogramas na comunicação de espaços públicos: reflexões sobre o processo do design . Novos Olhares , São Paulo, v. 1, n. 2, p. 9, 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fMn. Acesso em: 25 maio 2021.

MP078

Diversas formas de escrita

Além dos sumérios, outros povos também desenvolveram formas de escrita em diferentes tempos.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia em voz alta o texto sobre um dos povos estudados a seguir.

Escrita egípcia, criada há 4 mil anos

O povo que habitava as terras que hoje em dia pertencem ao Egito, país localizado na África, criou uma forma de escrita que durante muito tempo permaneceu incompreendida.

Somente em 1822, o pesquisador francês Jean-François Champollion conseguiu decifrar um documento escrito do Egito antigo chamado Pedra de Roseta.

Imagem: Fotografia. Uma pedra cinza em formato retangular com bordas irregulares e superfície cheia de inscrições. Fim da imagem.

LEGENDA: Pedra de Roseta, documento egípcio de cerca de 2.200 anos. FIM DA LEGENDA.

Escrita chinesa, criada há 4 mil anos

O povo que viveu há milhares de anos no território que atualmente pertence à China, na Ásia, também criou uma forma de escrita, reproduzida em materiais como ossos de animais.

Imagem: Fotografia. Um pedaço de osso quebrado com inscrições simbólicas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Escrita em osso de animal realizada pelos antigos chineses há cerca de 3.600 mil anos. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura em voz alta dos textos desta página e da seguinte, favorecendo o desenvolvimento da fluência em leitura oral, um dos eixos do processo de alfabetização. Encaminhar a observação das imagens e a leitura das legendas, estimulando os alunos a identificar as diferenças entre as formas de escrita, o tipo de material utilizado e o período em que foram produzidas. Se possível, localizar os territórios ocupados por esses povos antigos em um mapa histórico e em um atual.

Questionar quais foram as informações identificadas pelos alunos sobre a escrita do Egito antigo. Se considerar pertinente, comentar que a principal forma de escrita no Egito antigo era a hieroglífica (do grego “hieróglifo” ou “sinal sagrado”). Essa escrita era pictográfica, isto é, formada por símbolos que representavam objetos. Além disso, era constituída de mais de 600 símbolos e sinais fonéticos.

Depois, questionar quais foram as informações identificadas pelos alunos sobre a escrita da China antiga. Se for apropriado, comentar que essa escrita também é pictográfica, e seus primeiros indícios foram encontrados gravados em paredes de cavernas, cascos de tartarugas e ossos. Foram encontrados sinais de 50 tipos de escrita chinesa, contando com mais de 10 mil caracteres. Essa escrita exerceu influência no Japão, no Vietnã e na Coreia, entre outros países.

A história da escrita

Durante milhares de anos os homens sentiram a necessidade de registrar as informações e construíram progressivamente sistemas de representação. Desenvolvida também para guardar os registros de contas e trocas comerciais, a escrita tornou-se um instrumento de valor inestimável para a difusão de ideias e informações. Foi na Antiga Mesopotâmia, há cerca de 6 mil anos atrás, que se desenvolveu a escrita ideográfica, um dos inventos na progressão até a escrita alfabética, agora usada mundialmente.

Em época bastante remota, homens e mulheres utilizam figuras para representar cada objeto. Esta forma de expressão é chamada pictográfica. A fase pictórica apresenta uma escrita bem simplificada dos objetos da realidade, por meio de desenhos que podem ser vistos nas inscrições astecas presentes em cavernas, ou nas inscrições de cavernas do noroeste do Brasil.

MP079

Escrita maia, criada há 2.300 anos

Esses símbolos, chamados glifos, foram criados pelo povo maia há cerca de 2.300 anos. Os glifos podiam ser executados em pedra, madeira ou argila.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma superfície branca com um conjunto de seis desenhos em formato quadrado em relevo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Escrita em pedra desenvolvida há 2.300 anos pelo povo maia. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire as informações dos textos sobre as formas de escrita de diferentes povos. Depois, liste-as no caderno seguindo o modelo.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Povo

    Local onde vivia

    Material em que foi gravada a escrita

    1. Abaixo da primeira coluna inclua os nomes dos povos estudados.
    1. Na segunda, escreva o local onde cada um desses povos vivia.
    1. Na terceira, registre o material em que foi gravada a escrita desses povos.
PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem escolher qualquer povo para iniciar o preenchimento das listas. Segue sugestão de resposta: 1) egípcios; atual Egito; pedra. 2) chineses, atual China, ossos. 3) maias; América Central; pedra. Fim da observação.

Boxe complementar:

Investigue

Investigue em livros, enciclopédias e na internet informações sobre outro povo antigo que desenvolveu uma forma de escrita.

Elabore uma ficha com informações explicativas, como nome do povo, datação da escrita e material em que foi gravada.

Mostre aos colegas sua ficha e veja as deles.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma superfície cheia de inscrições organizadas em linhas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Sânscrito védico, escrita criada pelos indianos há cerca de 3.500 anos. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Após [esse período], surgiu a escrita ideográfica, que não utilizava apenas rabiscos e figuras associados à imagem que se queria registrar , mas sim uma imagem ou figura que representasse uma ideia, tornando-se posteriormente uma convenção de escrita. Os leitores dependiam do contexto e do senso comum para decifrar o significado. As letras do nosso alfabeto vieram desse tipo de evolução. Algumas escritas ideográficas mais conhecidas são os hieróglifos egípcios, as escritas sumérias, minoica e chinesa, da qual provém a escrita japonesa.

A História da Escrita. Material Impresso . Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação . Secretaria de Educação a Distância . MEC . Disponível em: http://fdnc.io/fqX. Acesso em: 25 maio 2021.

Propor aos alunos a leitura do texto sobre a escrita maia e a observação da imagem.

Para que eles possam entender onde os maias se localizavam, utilizar um mapa, orientando os alunos sobre como encontrar os territórios habitados pelos maias.

Em seguida, questionar quais foram as informações identificadas pelos alunos sobre a escrita maia ao observarem os elementos do texto e da imagem.

Se considerar pertinente, informar aos alunos que a escrita maia é considerada uma das mais complexas.

Além disso, talvez seja interessante citar que os maias utilizavam diferentes materiais para o registro de cenas e fatos cotidianos, como pedra, madeira, papel e cerâmica. Comentar que diversos registros maias foram queimados pelos colonizadores espanhóis.

Explicar que muitas informações sobre os maias são encontradas em museus do México, da Alemanha, da Espanha e da França.

As atividades propostas incentivam os alunos a localizar e retirar informações do texto, exercendo uma das estratégias da compreensão do texto. Após o registro das respostas das atividades, pedir aos alunos que comparem os diferentes suportes utilizados pelos povos antigos para registrar suas escritas, identificando semelhanças e diferenças entre eles.

É importante considerar que essas propostas de atividades tenham as suas respostas compartilhadas entre os colegas.

Por fim, orientar também sobre a proposta do quadro Investigue, identificando com os alunos as fontes confiáveis e combinando um prazo de pesquisa. No dia estipulado, organizar a socialização das descobertas.

MP080

A escrita e outras formas de registro

A criação da escrita foi considerada por muitos pesquisadores um marco fundamental na história da humanidade.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    A importância da escrita

    [...] [É essencial ressaltar a] importância da escrita na história da humanidade como meio de armazenamento e propagação de informações entre os indivíduos através das gerações. Graças a essa invenção, puderam ser preservados registros de acontecimentos sociais, políticos e culturais das civilizações mais diversas. Na realidade, a escrita foi um passo fundamental para a humanidade, não apenas por ser uma forma de registro da história, mas também por representar uma possibilidade de ler e interpretar o mundo.

    Paulo Daniel Farah. Guia de leitura para o professor. Em: Sylvie Baussier; Daniel Maja. Pequena história da escrita . São Paulo: SM, 2005. p.1.

  1. Localize e retire as informações do texto para responder às questões a seguir.
    1. Qual é a importância da escrita?
      PROFESSOR Resposta: Por meio da escrita foi possível armazenar, propagar e preservar informações.
    1. Por que a escrita foi um passo fundamental para a humanidade?
PROFESSOR Resposta: Porque, além de ser uma forma de registro, ela representa uma possibilidade de ler e interpretar o mundo.
Imagem: Fotografia. Destaque de uma superfície com muitas inscrições simbólicas semelhantes e composição com desenhos de seres com características antropomórficas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Manuscrito de cerca de 500 anos produzido pelo povo maia. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura do texto em voz alta pode contribuir para a fluência em leitura oral.

Propor aos alunos uma roda de conversa sobre a escrita e outras formas de registro, estimulando a participação por meio de perguntas, como: por que a humanidade desenvolveu a escrita? E qual é a importância da escrita para a preservação da memória?

Encaminhar a atividade de localizar e retirar as informações do texto, uma das estratégias da compreensão de texto.

Destacar aos alunos o fato de que diversas outras formas de registro, como a arte rupestre, os grafismos e as cerâmicas, foram tão importantes quanto a escrita para os seres humanos ao longo do tempo.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho, é interessante sugerir aos alunos a construção de uma linha do tempo, em conjunto com os colegas, abordando os principais momentos da história do desenvolvimento da escrita.

Relembrar que as linhas do tempo podem ter formatos diversos e solicitar que cada grupo escolha um tipo diferente para representar a história do desenvolvimento da escrita.

Depois, combinar com os alunos como será organizada a divisão do tempo na linha (de mil em mil anos, de dez mil em dez mil anos etc.).

É possível sugerir que a divisão da linha do tempo seja feita com o uso de uma régua.

Por fim, anotar na lousa a época de criação da escrita de cada povo estudado (sumérios, egípcios, chineses e maias) e as características de cada escrita.

A importância da escrita

Até hoje ninguém sabe explicar direito qual foi a causa principal para a origem da escrita. Quando o povo se conscientizou de sua importância, esta já havia se consolidado ao ser utilizada amplamente. Por isso muitas sociedades a consideraram como um presente dos deuses. Deste modo, é difícil precisar qual foi a causa primordial para a criação da escrita, que, provavelmente, não foi a mesma para todos os povos, nem, com certeza, foi somente uma, mas a confluência de várias. O que se pode dizer com total convicção é que a invenção da escrita foi um grande avanço para o desenvolvimento da humanidade, pois ela representa nossas ideias que podem ficar registradas por muitos e muitos anos, diferentemente da fala, que, se não for gravada, brevemente se desvanece. [...]

MP081

Alguns pesquisadores afirmam que, além da escrita, diversas formas de comunicação, como a oralidade, os registros rupestres e os grafismos em cerâmica, madeira e palha, também são fundamentais para a transmissão de conhecimentos entre muitos povos, como entre os membros do povo indígena guarani mbya, que vive em São Paulo.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma superfície de um cesto com palha colorida entrelaçada formando diferentes grafismos. Fim da imagem.

LEGENDA: Grafismo em cesto de palha confeccionado pelo povo indígena guarani mbya, no município de Bertioga, no estado de São Paulo. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais figuras geométricas predominam nesse grafismo?
    PROFESSOR Resposta: Losangos coloridos, intercalados por fios contínuos.
  1. Leia um texto sobre o grafismo em cesto feito pelo povo indígena guarani mbya.

    Grafismo ypará korá

    Ypará korá – desenhos fechados, quadrados, em forma de losango ou redondos.

    Significa a casa e as portas que sempre estão abertas para os parentes de outras aldeias que vêm visitar [...].

    Alexandrina da Silva. O grafismo e significados do artesanato da comunidade Guarani da linha Gengibre . Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura) – Departamento de História, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. p. 25.

    • Segundo o texto, qual é o significado desses grafismos?
      PROFESSOR Resposta: A casa e as portas abertas para os parentes de outras aldeias que vêm visitar.
    1. Em casa, com a ajuda de um adulto, pesquise em livros, enciclopédias e na internet outras imagens de grafismos indígenas em utensílios. Faça legendas com o nome do povo, o local onde vive e os tipos de grafismo.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a identificação de fontes confiáveis. Determinar também um tempo de pesquisa e, no dia combinado, socializar as descobertas. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

O uso da escrita desenvolveu a comunicação entre os homens permitindo-lhes remontar as barreiras do tempo na recepção de mensagens, facilitou o intercâmbio de informação, além de ajudar muito no desenvolvimento intelectual do ser humano.

ANDRADE, Leila Minatti. A escrita, uma evolução para a humanidade. Revista Linguagem em (Dis)curso , Tubarão, v. 1, n. 1, p. 4, 2001. Disponível em: http://fdnc.io/fqY. Acesso em: 26 maio 2021.

Orientar a observação da imagem e o levantamento de hipóteses pelos alunos sobre o grafismo indígena. Em seguida, orientá-los na leitura do texto e no confronto de suas hipóteses iniciais, identificando o que foi confirmado e o que foi ampliado.

No texto desta página, como em todos os demais da coleção, os nomes dos povos indígenas foram grafados de acordo com a norma ortográfica oficial, respeitando o processo de alfabetização dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essa decisão é respaldada também por antropólogos como Julio Cezar Melatti, especialista em etnologia indígena, que critica uma norma de 1953 que propunha o uso permanente de maiúscula e singular nos nomes indígenas:

“Não vejo o que justifique essa norma, uma vez que em textos em português não se costuma iniciar com letra maiúscula nomes de nacionalidades (franceses, venezuelanos etc.) [...]”.

MELATTI, Julio Cezar. Como escrever palavras indígenas? Revista de Atualidade Indígena , Brasília: Funai, n. 16, p. 9-15, maio/jun. 1979. In : BRASIL. Fundação Nacional do Índio. Manual de Redação Oficial da Funai . Brasília: Funai, 2016. p. 21. Disponível em: http://fdnc.io/dZX. Acesso em: 26 maio 2021.

MP082

CAPÍTULO 6. Registrando a contagem

Ao longo de sua história, os seres humanos também criaram formas de registrar a contagem.

Primeiras formas de contagem

O trabalho de um pastor primitivo era muito simples. De manhã bem cedo, ele levava as ovelhas para pastar. À noite recolhia as ovelhas, guardando-as dentro de um cercado.

Mas como controlar o rebanho? Como ter certeza de que nenhuma ovelha havia fugido ou sido devorada por algum animal selvagem?

O jeito que o pastor arranjou para controlar seu rebanho foi contar as ovelhas com pedras. Assim: cada ovelha que saía para pastar correspondia a uma pedra. O pastor colocava todas as pedras em um saquinho. No fim do dia, à medida que as ovelhas entravam no cercado, ele ia retirando as pedras do saquinho. Que susto levaria se, após todas as ovelhas estarem no cercado, sobrasse alguma pedra! [...]

A ideia de contagem estava relacionada com os dedos da mão. Assim, ao contar as ovelhas, o pastor separava as pedras em grupos de cinco. Do mesmo modo, os caçadores contavam os animais abatidos traçando riscos na madeira ou fazendo nós em uma corda, também de cinco em cinco.

Amintas Paiva Afonso. A origem dos números concretos. Matematiquês . Disponível em: http://fdnc.io/fMo. Acesso em: dez. 2020.

Imagem: Ilustração. Em uma área verde aberta com muitas ovelhas, um senhor de barba, lenço no cabelo, bata com lenço amarrado na cintura e chinelo caminha com um cajado apoiado no chão.  Fim da imagem.

Observação: Imagem meramente ilustrativa. Fim da observação.

  1. Segundo o texto, como os pastores antigos contavam as ovelhas?
    PROFESSOR Resposta: Com pedras que eles juntavam em saquinhos.
  1. Se ao recolher as ovelhas no final do dia o pastor percebesse que “sobrou” uma pedra, o que isso significava?
    PROFESSOR Resposta: Que uma ovelha havia fugido ou poderia ter sido atacada por algum outro animal.
  1. Por que pastores e caçadores organizavam a contagem de pedras ou riscos em grupos de cinco?
    PROFESSOR Resposta: Porque a contagem era feita levando em consideração os cinco dedos de uma mão.
  1. Em casa, leia o texto em voz alta para um adulto de sua convivência.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada do texto como preparação para a atividade de leitura em casa. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 6

Unidade temática

Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

Objeto de conhecimento

• A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras.

Habilidade

• EF04HI01: reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo permite exercitar a Competência Geral 1, que propõe que os alunos valorizem os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo social e cultural para entender e explicar a realidade.

Fim do complemento.

MP083

Quando os dedos e as pedras não foram mais suficientes, diversos povos desenvolveram diferentes sistemas de numeração. Observe alguns símbolos do sistema de numeração desenvolvido pelos egípcios há cerca de 5 mil anos.

Imagem: Ilustração. Composição com representação numérica. 1, representado por um bastão; 2, representado por dois bastões paralelos; 3, representado por três bastões paralelos; 4, representado por quatro bastões divididos em duas linhas com bastões paralelos; 5, representado por cinco bastões divididos em duas linhas com três bastões paralelos na primeira e dois na segunda; 6, representado por seis bastões divididos em duas linhas com três em cada; 7, representado por sete bastões paralelos divididos por quatro na primeira linha e três na segunda; 8, representado por oito bastões paralelos divididos em duas linhas com quatro em cada; 9, representado por nove bastões paralelos dividido em três linhas com três cada; 10, representado por um bastão arqueado em formato de “U” invertido; 100, representado por um bastão espiralado; 1000, representado por símbolo com base larga e três hastes, sendo que na haste central há um símbolo em formato “C” na extremidade; 10000, representado por um dedo humano destacado; 100000, representado por um sapo; 1000000, representado por um homem sentado sobre uma das pernas e a outra em posição à frente do corpo, os braços estão levantados paralelo ao corpo com as mãos para cima e há uma serpente sobre sua cabeça.  Fim da imagem.

Fonte: Claudécio Gonçalves Leite. A construção do sistema de numeração como recurso didático para o Ensino Fundamental I . Dissertação (Mestrado em Matemática). Ceará: Universidade Federal do Ceará, 2014. p. 20-21.

  1. Utilize três dos símbolos do sistema de numeração egípcio para compor um número e desenhe-os em seu caderno.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a seleção dos símbolos pelos alunos. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Depois, apresente seu desenho a um colega e observe o desenho dele para descobrir o número representado.
    • Que números vocês representaram?
      PROFESSOR Atenção professor: Orientar a comparação proposta. Fim da observação.

Boxe complementar:

Você sabia?

Os antigos sumérios também desenvolveram símbolos para a numeração, que eram gravados nas tabuletas de argila, assim como sua escrita.

Observe alguns dos símbolos da numeração suméria.

Imagem: Ilustração. Composição com representação numérica. 1, representado por um símbolo com uma haste vertical ligado a uma figura triangular invertido na extremidade. 2, representado pela replicação do mesmo símbolo lado a lado. 3, representado pela triplicação do mesmo símbolo lado a lado. 4, representado pelo mesmo símbolo com a base triangular estendida sobre a qual há três representações do mesmo símbolo em tamanho menor. 5, representado por uma duplicação do mesmo símbolo sobre a qual há três representações do mesmo símbolo. 6, representado pela triplicação do mesmo símbolo sobre a qual há outras três representações iguais. 7, representado pelo mesmo símbolo com a base triangular estendida sobre a qual há seis representações do mesmo símbolo divididas em duas linhas. 8, representado por uma duplicação do mesmo símbolo sobre a qual há seis representações do mesmo símbolo divididas em duas linhas. 9, representado pela triplicação do mesmo símbolo sobre a qual há outras seis representações iguais divididas em duas linhas. 10, representado por um “A” deitado para o lado esquerdo. 11, representado por um “A” deitado para o lado esquerdo e uma haste vertical com o triângulo invertido na extremidade. 12, representado pelo mesmo símbolo com duplicação da haste com o triângulo invertido.  Fim da imagem.

Fonte: Claudécio Gonçalves Leite. A construção do sistema de numeração como recurso didático para o Ensino Fundamental I . Dissertação (Mestrado em Matemática). Ceará: Universidade Federal do Ceará, 2014. p. 14.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a observação dos símbolos utilizados pelos egípcios para representar os números, identificando com os alunos que: um traço vertical representava 1 unidade; o osso de calcanhar invertido representava 10 unidades; um laço valia 100 unidades; uma flor de lótus valia 1.000 unidades; um dedo dobrado valia 10.000 unidades; um sapo representava 100.000 unidades e uma figura ajoelhada, representando um deus, valia 1.000.000 de unidades.

Em seguida, conduzir a atividade em duplas, verificando se os alunos utilizam corretamente os símbolos egípcios para representar o número escolhido.

Atividade complementar

Orientar a criação coletiva de novos símbolos para representar os números 1, 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000 e 1.000.000. Registrar na lousa os símbolos criados pela turma.

Organizar os alunos em duplas a fim de que façam operações de soma e de subtração utilizando os símbolos criados pela turma.

Propor que troquem entre si as operações realizadas e que tentem responder às dos colegas. Socializar os trabalhos em dupla.

MP084

Tempo, tempo...

O povo etrusco, que viveu nas terras da atual Itália há cerca de 3 mil anos, desenvolveu um sistema de símbolos para representar as quantidades. Esses símbolos foram aperfeiçoados pelos romanos antigos. Observe a representação dos algarismos romanos.

Imagem: Ilustração. Uma superfície de um papel envelhecido sobre a qual há uma representação numérica. 1, representado por I; 2, representado por II; 3, representado por III; 4, representado por IV; 5, representado por V; 6 representado por VI; 7, representado por VII; 8, representado por VIII; 9, representado por IX, 10, representado por X; 50, representado por L; 100, representado por C; 500 representado por D; 1.000 representado por M.  Fim da imagem.

Os algarismos romanos também são utilizados para indicar os séculos, isto é, conjuntos de cem anos. O século I, por exemplo, inclui os anos de 1 a 100; o século II agrupa os anos de 101 a 200, e assim sucessivamente.

No calendário cristão, um dos mais utilizados no mundo atualmente, o ano 1 é aquele em que Jesus Cristo teria nascido.

Os séculos anteriores ao ano 1 são nomeados como séculos antes de Cristo ou, de forma abreviada, a.C. O século I a.C., por exemplo, inclui os anos entre 100 a.C. e 1 a.C.

A organização dos anos em séculos facilita a datação dos eventos ocorridos ao longo da história.

Imagem: Ilustração. Linha do tempo que se inicia antes de IX a.C., passando por VIII a.C., VII a.C., VI a.C., V a.C., IV a.C., III a.C., II a.C., I a.C., I, II, III, IV, até posteriormente XII. Fim da imagem.
  1. Observe as imagens e os acontecimentos que elas representam.
Imagem: Fotografia. Plano aberto da fachada de uma construção que apresenta formato circular, teto descoberto estrutura com muitas colunas e aberturas arqueadas e com parte da estrutura arruinada. Ao fundo, árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Coliseu de Roma, na Itália, construído no século I. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Plano aberto da fachada de uma construção térrea com formato circular com muitas colunas e abertura arqueadas.  Ao fundo, céu azul com nuvem. Fim da imagem.

LEGENDA: Anfiteatro de Pompeia, na Itália, construído no século I a.C. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Depois.
MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

A atividade proposta permite trabalhar com as noções de anterioridade e posterioridade.

Realizar a leitura compartilhada do texto da seção Tempo, tempo..., identificando com os alunos: o local, o povo e a época de origem dos numerais romanos; os símbolos utilizados pelos romanos para representar cada número; o conceito de século e como os séculos são representados e contados.

Atividade complementar

Propor aos alunos a criação de um jogo sobre os numerais romanos. Dividir a turma em duplas. Cada uma deverá produzir cartas com os numerais romanos: I, V, X, XIV, L, XC, C, D, M, MCC. Em seguida, as duplas deverão compor cartas com os numerais indo-arábicos correspondentes: 1, 5, 14, 50, 90, 100, 500, 1000, 1200.

Colocar todas as cartas viradas para baixo. Os alunos devem desviar uma carta e tentar pegar seu “par”. Ganha o jogo quem, ao final, tiver mais cartas.

A construção das noções temporais

[...] A duração está relacionada com a quantificação do tempo, com a passagem do tempo entre um conjunto de acontecimentos ou situações. [...] a construção desta noção temporal é lenta, não resulta fácil e depende do desenvolvimento do raciocínio matemático. A construção de linhas de tempo variadas propicia o desenvolver da compreensão temporal e de noções temporais, nomeadamente ao nível da cronologia (datação e sequencialização) e da duração, dando aos alunos uma representação concreta e visual do que é convencional e, por isso, mais abstrato [...]. O aluno constrói linhas de tempo relacionadas com rotinas e datas significativas para a história pessoal, local e nacional . A sua construção deverá estar relacionada com os conteúdos específicos a trabalhar, e atender a um grau de complexidade de acordo com o nível de escolaridade e as caraterísticas específicas dos alunos.

MP085

O sistema de numeração indo-arábico

O sistema de numeração que mais utilizamos em nosso cotidiano é chamado de indo-arábico.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Numeração indo-arábica

    Os algarismos que usamos atualmente são uma herança indiana transmitida pelos árabes. [...]

    Os historiadores e os matemáticos [...] colocam a invenção do atual sistema de numeração indo-arábico no mesmo nível de importância que a invenção da roda. É graças a ela que a matemática e a engenharia puderam avançar. Graças a ela a computação e a internet nasceram.

    Claudia Castelo Branco e Felipe Van Deursen. A vida sem números. Revista Superinteressante , 18 out. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/fMq. Acesso em: dez. 2020.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Mudanças nos algarismos indo-arábicos

    Índia (Ásia) Há 1.500 anos

     Índia (Ásia) Há 1.500 anos: apresenta números de 1 a 9 mais o 0; apresenta alguns números semelhantes com os de atualmente, como 9, 0, 3, 4, 1 e 8, mas em posições distintas.

    Arábia (Ásia) Há 1.100 anos

    Arábia (Ásia) Há 1.100 anos: apresenta os números de 1 a 9 e mais o 0; com exceção do número 1, 9 e 0 os demais algarismos são bastante diferentes com símbolos como “V” e “V” em posição invertida.

    Itália (Europa) Há 600 anos

    Itália (Europa) Há 600 anos: apresenta os números de 1 a 9 e mais o 0; são bastante semelhantes aos algarismos atualmente, com exceção do número “5”, que é um pouco diferente.

    Atualmente

    Atualmente: apresenta os números de 1 a 9 e mais o 0.

    Fonte: Luiz Márcio Imenes. Numeração indo-arábica. São Paulo: Scipione, 1993. p. 21.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
    1. Qual é o motivo de o nosso sistema de numeração ser chamado de indo-arábico?
      PROFESSOR Resposta: Os algarismos recebem esse nome porque são uma herança indiana transmitida pelos árabes.
    1. Segundo a reportagem, qual é a importância do sistema indo-arábico?
PROFESSOR Resposta: Ele teria contribuído para o desenvolvimento da matemática, da engenharia e da computação.
MANUAL DO PROFESSOR

[...] associadas, no 2ᵒ ano, ao tempo cíclico próprio das rotinas e do calendário (linhas de tempo circulares e lineares) e, no 4ᵒ ano, a datas e fatos significativos da história pessoal, local e nacional.

A ideia de mudança (entendida sob várias facetas, incluindo a de continuidade) é o que dá sentido ao passado, existindo assim uma visão dinâmica do tempo, na medida em que a articulação dos vários tempos contribui para dar sentido ao mundo e, portanto, para a consciência histórica [...].

BARCA, Isabel; SOLÉ, Glória. Educación histórica en Portugal: metas de aprendizaje en los primeros años de escolaridad. Revista Electrónica Interuniversitaria de Formación del Profesorado , Zaragoza, v. 15, n. 1, p. 96, 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fMp. Acesso em: 26 maio 2021.

Orientar a leitura do texto “Numeração indo-arábica” em voz alta, o que contribui para a fluência em leitura oral.

Explorar com os alunos a origem da numeração na Índia e sua divulgação para o mundo pelos árabes.

Em seguida, conversar com os alunos sobre a importância da numeração indo-arábica. Por fim, orientar a localização e retirada das informações do texto na atividade 2, em consonância com a compreensão de texto.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

A origem dos números, de Majungmul e Ji Won Li, da editora Callis.

A obra aborda as técnicas usadas pelos primeiros humanos para realizar as contagens antes da criação dos números e apresenta as formas de contagem dos povos antigos.

Fim do complemento.

MP086

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 5 e 6

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda as atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Observe a imagem.
Imagem: Fotografia. Desenho de um conjunto de animais em uma superfície lisa amarelada.  Fim da imagem.

LEGENDA: Registro rupestre na caverna de Chaveaux, na França, datado de 32 mil anos atrás. FIM DA LEGENDA.

  1. Como são conhecidos esses registros?
    PROFESSOR Resposta: Registros rupestres.
  1. O que foi representado?
    PROFESSOR Resposta: Animais bovinos e equídeos.
  1. Onde esses registros costumavam ser realizados?
    PROFESSOR Resposta: Em cavernas, grutas ou ao ar livre.
  1. Que tipos de material eram utilizados para fazer esses registros?
    PROFESSOR Resposta: Carvão, óxido de ferro e cera de abelha.
  1. Sobre a escrita do povo sumério, responda às questões a seguir.
    1. Em que material ela era feita?
      PROFESSOR Resposta: Placas de argila.
    1. Como os símbolos eram gravados?
      PROFESSOR Resposta: Com ferramentas cortantes.
  1. Em que material a escrita chinesa era realizada?
    PROFESSOR Resposta: Ossos de animais.
  1. Explique a importância da escrita na história dos seres humanos.
    PROFESSOR Resposta: A escrita possibilitou a propagação de informações entre gerações, o registro de acontecimentos importantes e a possibilidade de ler e interpretar o mundo.
  1. Sobre a Pedra de Roseta, responda a seguir.
    1. A que povo ela pertence?
      PROFESSOR Resposta: Egípcios.
    1. Qual é o motivo da importância dessa pedra?
      PROFESSOR Resposta: Ela foi o primeiro documento egípcio decifrado.
  1. Os glifos foram criados por que povo? Em que material eles eram produzidos?
PROFESSOR Resposta: Os glifos foram desenvolvidos pelo povo maia e eram produzidos em pedra.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar as características dos registros rupestres.

Ao solicitar ao aluno que identifique que a imagem retrata um registro rupestre e o que está representado neste registro; onde esse tipo de registro era realizado (cavernas, grutas e ao ar livre) e os tipos de materiais mais utilizados em sua produção (óxido de ferro, cera de abelha, entre outros), a atividade permite verificar se o aluno alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: descrever materiais utilizados para registro da escrita por diferentes povos.

O aluno deverá indicar que a escrita suméria era feita sobre a argila e os materiais utilizados para isso eram os objetos cortantes.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: descrever materiais utilizados para registro da escrita por diferentes povos.

Espera-se que o aluno aponte que os ossos eram os materiais com os quais a escrita chinesa era feita.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: explicar a importância da escrita na história dos seres humanos.

Ao solicitar que o aluno explique a importância da escrita e entenda as novas possibilidades que surgiram com ela, a atividade permite verificar se o aluno alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: explicar a importância da escrita na história dos seres humanos.

Espera-se que o aluno reconheça a Pedra de Roseta como uma pedra com inscrições antigas, produzida pelos egípcios antigos. Essa pedra permitiu o desenvolvimento do conhecimento sobre a escrita egípcia pelos estudiosos da área.

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: descrever materiais utilizados para registro da escrita por diferentes povos.

O aluno deverá descrever que os glifos são formas de escrita do povo maia e o material de produção é a pedra.

MP087

  1. Que povo antigo aperfeiçoou e divulgou os algarismos reproduzidos nas imagens?
Imagem: Fotografia. Um relógio analógico redondo que apresenta as horas em números romanos, de I ao XII, e o ponteiro menor em X e o maior em II. Fim da imagem.

LEGENDA: Relógio de parede. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma página de livro que apresenta na parte superior a inscrição “AS JOIAS DA COROA, CAPÍTULO X”. Fim da imagem.

LEGENDA: Página de livro. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: O povo romano.
  1. Sobre a numeração indo-arábica, responda às questões a seguir.
    1. Por que ela recebeu esse nome?
      PROFESSOR Resposta: Porque é uma herança indiana transmitida pelos árabes.
    1. Qual é a sua importância?
      PROFESSOR Resposta: Ela contribuiu para o desenvolvimento da engenharia, matemática, computação e internet.
  1. Leia o texto sobre o povo indígena aparai que vive no estado do Pará e responda: o que é representado nos desenhos dos cestos aparai?
    PROFESSOR Resposta: Desenhos do corpo de um lagarto e de outros animais da Floresta Amazônica.

    Os grafismos desenhados nas cestarias aparai têm [...] a representação dos desenhos do corpo de um lagarto, onde o seu domínio são as águas, além de outros animais que habitam a Floresta Amazônica.

    Ereu Apalai e Jussara de Pinho Barreiros. Arte Aparai na Educação Escolar Indígena: o grafismo como recurso visual para o ensino de arte. Science and Knowlwdge in Focus , Macapá, v. 1, n.1, p. 57-72, jan. 2018, p. 59. Disponível em: http://fdnc.io/fMr. Acesso em: 3 abr. 2021.

    Autoavaliação

    PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

    Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

    Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Identifiquei as características dos registros rupestres?
  1. Compreendi as formas de escrita de diferentes povos antigos?
  1. Identifiquei as formas de contagem de diferentes povos?
  1. Participei ativamente das atividades em dupla?
  1. Realizei as leituras em voz alta quando solicitado?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 7 – Objetivo de aprendizagem: descrever as formas de registro da contagem dos primeiros seres humanos.

Ao solicitar que o aluno reconheça os algarismos reproduzidos nas imagens dos objetos, associando esses algarismos a um dos povos antigos, a atividade permite verificar se o aluno alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 8 – Objetivo de aprendizagem: descrever as formas de registro da contagem dos primeiros seres humanos.

O aluno deverá relacionar a numeração indo-arábica à sua origem entre os indianos e à sua difusão pelos árabes. Em seguida, deverá explicar a importância desse sistema de numeração.

Atividade 9 – Objetivo de aprendizagem: descrever materiais utilizados para registro da escrita por diferentes povos.

Espera-se que o aluno possa fazer a leitura e a interpretação do texto e que identifique que tipos de grafismos o povo aparai produz.

Autoavaliação

A autoavaliação permite aos alunos revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, possibilitando que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou um conceito ao aluno.

Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP088

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 5 e 6

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades relacionadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 5 e 6. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Quais são as formas de registro criadas pelos seres humanos ao longo do tempo?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 5 e 6.

A realização dessas atividades favorece o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP089

Introdução ao módulo dos capítulos 7 e 8

Este módulo, formado pelos capítulos 7 e 8, tem como objetivo possibilitar a reflexão dos alunos sobre as mudanças do modo de vida dos habitantes das cidades ao longo do tempo e o reconhecimento das atividades realizadas pelas pessoas nas cidades.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

O que mudou na vida dos moradores das cidades ao longo do tempo?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades desse módulo possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04HI03 ao abordar as características de cidades antigas, tratar sobre as mudanças nas cidades brasileiras ao longo do tempo e discutir as interferências dessas alterações no modo de vida de seus habitantes, provocando a reflexão sobre alguns problemas nas cidades contemporâneas do país (como o trânsito e o destino do lixo) e as soluções possíveis para esses problemas.

São desenvolvidas atividades de leitura e compreensão de diversos tipos de texto como contos, registro de memória, versos de uma letra de música, texto jornalístico entre outros; interpretações de um infográfico sobre a antiga cidade de Roma e de imagens variadas como uma ilustração sobre a organização dos povoados indígenas, além de gravuras, pinturas e fotografias que permitem a verificação das transformações do espaço a partir da fundação das primeiras vilas pelos europeus, o surgimento e crescimento de núcleos urbanos, bem como os respectivos impactos dessas transformações na vida de seus habitantes.

Como pré-requisito é importante que os alunos compreendam a definição de cidade como espaço urbano.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP090

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 7 e 8

O que mudou na vida dos moradores das cidades ao longo do tempo?

CAPÍTULO 7. Mudanças nas cidades

Depois de desenvolverem a agricultura e a domesticação de animais, alguns agrupamentos humanos se tornaram sedentários, ou seja, passaram a se fixar mais tempo em um mesmo local, criando as primeiras vilas e cidades.

As pessoas vivem em cidades há muito tempo. Vestígios encontrados pelos pesquisadores indicam que as primeiras cidades foram construídas há cerca de 7 mil anos.

Uma dessas cidades chama-se Çatal Hüyük e foi construída há cerca de 6.700 anos onde hoje está localizada a Turquia.

As casas eram feitas com tijolos de barro e as pessoas entravam nelas pelo teto, por meio de escadas.

Os habitantes de Çatal Hüyük praticavam o comércio e, nas proximidades da cidade, a agricultura e a criação de animais.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma paisagem sem vegetação e com ruínas de paredes robustas e altas com crateras no solo. Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas de Çatal Hüyük, cidade construída há cerca de 6.700 anos, localizada na atual Turquia. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais eram as principais atividades realizadas pelos habitantes de Çatal Hüyük na cidade e nos seus arredores?
PROFESSOR Resposta: Comércio, agricultura e criação de animais.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 7

Unidade temática

Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

Objeto de conhecimento

• O passado e o presente: a noção de permanência e as lentas transformações sociais e culturais.

Habilidade

• EF04HI03: identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades deste capítulo favorecem a compreensão de acontecimentos e processos históricos ao longo do tempo e em diferentes locais, permitindo trabalhar a Competência Específica 1 de História.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista!, incentivando-os a refletir sobre as mudanças na vida dos moradores das cidades ao longo do tempo. Registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.

MP091

Boxe complementar:

Você sabia?

Além de terem desenvolvido um dos primeiros sistemas de escrita, os sumérios também construíram algumas das cidades mais antigas.

Uma dessas cidades é Ur, cujos vestígios apontam para uma fundação há cerca de 5.800 anos. Essa cidade constituiu o principal porto sumério, permitindo a chegada e a saída de produtos vindos de regiões distantes.

A cidade – que chegou a possuir 80 mil habitantes – tinha bairros residenciais, praças, templos e estabelecimentos comerciais.

O abastecimento de água era feito por um canal construído com o objetivo de distribuir a água do Rio Eufrates para os moradores da cidade. Para garantir a defesa contra possíveis inimigos, a cidade era toda cercada por uma muralha de cerca de 10 quilômetros de extensão.

O principal vestígio atual de Ur é o zigurate, uma espécie de templo composto de diversos andares, feito com tijolos queimados muito resistentes.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma de área sem vegetação com ruínas de tijolos e paredes firmes lascadas. Ao fundo, uma construção com paredes altas, lisas com pequenas aberturas e colunas em relevo.  Na lateral, uma grande escadaria de acesso a parte mais alta da construção.   Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas da cidade de Ur, no atual Iraque, com o zigurate ao fundo. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura dialogada do texto do quadro Você sabia?, por meio de algumas questões voltadas aos alunos, como: quem são os sumérios? Em que eles foram pioneiros? O que eles construíram? Quando foi fundada a cidade de Ur? Quantas pessoas essa cidade chegou a reunir?

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

A Mesopotâmia, de Marcelo Rede, da editora Saraiva.

Utilizando documentos escritos e arqueológicos, a obra reconstrói a trajetória e o cotidiano dos povos da antiga Mesopotâmia – sumérios, babilônios e assírios – em aspectos como a formação social e econômica, as relações políticas, a cultura e a vida cotidiana.

Fim do complemento.

MP092

A CIDADE DE ROMA

Roma, fundada há cerca de 2.800 anos, tornou-se uma das maiores cidades do mundo antigo, como representado nessa maquete.

Imagem: Ilustração. Vista aérea de uma cidade que apresenta muitas construções com destaque para algumas áreas que são acompanhadas por pequenos textos. Um rio que margeia a cidade e onde há uma embarcação. O Rio Tibre era utilizado para transporte, além de ser o local onde os dejetos das casas dos romanos, conduzidos por esgotos subterrâneos, eram despejados. Próximo a área com a embarcação, está uma construção cercada com formato ovalar, teto aberto e estrutura com arquibancada. O Circo Máximo era utilizado em corridas de carruagens e podia abrigar até 150 mil espectadores. Do lado direito, uma construção circular a céu aberto com três pisos com fachada com múltiplos arcos do lado de fora e extensa arquibancada do lado interno. O Anfiteatro Flaviano, também conhecido como Coliseu, era o maior anfiteatro romano e abrigava até 80 mil pessoas para assistir a espetáculos públicos. Ao lado, uma construção ampla com várias divisórias internas. Banho de Diocleciano, um dos diversos banhos públicos da cidade de Roma. Ao sul, destaque de um longo aqueduto que cruza a cidade, composto por uma extensa parede arqueada. Trecho de um dos aquedutos romanos, construções que levavam água das nascentes dos rios próximos de Roma até o interior da cidade. Fim da imagem.

Fonte: Museu da Civilização Romana.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a observação do infográfico, identificando, com os alunos, os elementos destacados e suas funções: o Rio Tibre, usado para transporte e despejo dos dejetos domésticos trazidos pelos esgotos subterrâneos; o Circo Máximo, utilizado para corridas; o Anfiteatro Flaviano (Coliseu), que servia para apresentações públicas; o Banho de Diocleciano, que servia como banho público e o aqueduto, conjunto de canalizações que servia para transportar a água.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação ambiental

A informação sobre o despejo dos dejetos domésticos diretamente no Rio Tibre, na Roma antiga, pode servir de base para incentivar a investigação sobre as possíveis consequências desse ato para os seres humanos e o ambiente. Conversar com os alunos sobre a manutenção dessa prática no Brasil atual, em que muitas cidades ainda não têm acesso a uma rede de coleta e de tratamento de esgoto.

Fim do complemento.

Roma: espaços de jogos

Em Roma, os jogos, ludi , desenrolavam-se em três espaços específicos, consoante os espetáculos que aí tinham lugar: o anfiteatro, o circo e o teatro. Um quarto espaço, o stadium , para todos os efeitos semelhante ao do circo, veio a ser reservado para as competições atléticas. [...]

Múltiplos requintes, devidamente anunciados, atraíam a população. Lembremos apenas dois: o uelarium ou uelum , o enorme toldo que se fazia correr, por um sistema de cordas elaborado e penoso que só os marinheiros sabiam manobrar, e que abrigava a assistência da inclemência do sol. Nem sempre esta benesse era oferecida, o que levava a ser divulgada como mais uma razão para ir aos espectáculos em que era proporcionada. Para combater o calor, sabemos de outra prática, também extraordinária, que consistia em derramar água fresca pelas bancadas em que a assistência se sentava, numa espécie de cascata ou queda de água que arrefecia os assentos, sobretudo a partir do momento em que passaram a ser em pedra.

MP093

  1. Escolha um dos elementos destacados nos quadros e registre as informações a seguir.
    1. Nome.
    1. Qual era a função desse elemento para os romanos antigos.
PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem escolher um dos elementos e explicar seu papel. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Quando dizemos “passaram a ser em pedra”, subentendemos que nem sempre foi assim e, de fato, nem o anfiteatro, nem o teatro, nem sequer o circo tiveram desde o início da realização dos respectivos espectáculos os seus recintos em pedra e um lugar fixo. No Circo Máximo, o primeiro de todos, aproveitou-se o vale natural entre o Palatino e Aventino para a realização das corridas, inicialmente apenas de cavalos, em seguida de carros guiados por aurigas. Os espectadores ficavam de pé ou sentavam-se nas encostas das colinas. Só mais tarde se construíram bancadas, a princípio em madeira, depois em pedra. O mesmo acontecia com os teatros: aproveitavam-se em geral as vertentes de montes, e para as representações construíam-se estrados em madeira que se desmontavam mal os jogos findavam. [...]

PIMENTEL, Maria Cristina de C.S. Os jogos na Roma Antiga. Diana . Revista do Departamento de Linguística e Literaturas , Évora, n. 3-4. p. 99-109, 2002. Disponível em: http://fdnc.io/fMs. Acesso em: 26 maio 2021.

Orientar a atividade em que os alunos devem selecionar uma das construções que aparecem no infográfico. Em seguida, eles devem identificar e explicar as funções que essa construção exercia na Roma antiga.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, sugere-se assistir com os alunos o vídeo “ History in 3D ” que apresenta, em uma versão animada em 3D, a reconstituição de Roma antiga, disponível em: http://fdnc.io/fMt. Acesso em: 16 jun. 2021. A reconstituição presente no vídeo permite aos alunos observar a cidade de Roma, entrando no interior de alguns prédios e conhecendo sua estrutura interna.

MP094

Os primeiros povoados brasileiros

Há cerca de 1.500 anos, alguns dos primeiros povos que habitaram as terras do atual Brasil viviam em povoados.

Pelos vestígios que foram encontrados ao longo do tempo, diversos pesquisadores puderam reconstituir como era um desses povoados.

Observe a representação feita dessa reconstituição histórica.

Imagem: Ilustração. Próximo a encosta da praia, plano aberto de um povoado com cerca em formato circular. Na água, estão canoas e há o lago Lamuakuka. Ao centro do espaço, está a praça, um espaço aberto cercado por moradias, que são cabanas compridas. Na lateral das casas, próximo a entrada da estrada, está a plantação. Do lado de fora do povoado, ao lado da estrada, está o pomar. O restante do espaço externo é composto por mata.  Fim da imagem.

LEGENDA: Reconstituição do povoado de kuhikugu, que há cerca de 1.500 anos localizava-se onde atualmente está o Parque Indígena do Xingu, no atual estado de Mato Grosso. FIM DA LEGENDA.

Fonte: Michael J. Heckenberger. Lost cities of the Amazon. Scientific American, v. 301, n. 4, out. 2019, p. 65.

  1. Com base na representação, quais são suas hipóteses sobre as atividades realizadas pelos moradores desse povoado?
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos poderão levantar hipóteses sobre a presença de agricultura (pomar e plantação), navegação (canoas) e deslocamento a pé (estrada). Fim da observação.
  1. É possível saber se eles realizavam agricultura e atividades relacionadas ao lago? Como?
    PROFESSOR Resposta: Sim, pela presença do pomar e da plantação (agricultura), bem como das canoas (atividades ligadas ao lago).
  1. Em casa, com ajuda de um adulto, pesquise em livros e na internet os nomes dos povos indígenas que vivem atualmente no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Escolha um deles e descreva como é sua aldeia ou seu povoado.
PROFESSOR Resposta: Segundo o Instituto Socioambiental, dezesseis etnias habitam o Parque Indígena do Xingu: aweti, ikpeng, kaiabi, kalapalo, kamaiurá, kisêdjê, kuikuro, matipu, mehinako, nahukuá, naruvotu, wauja, tapayuna, trumai, yudja e yawalapiti.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar os alunos na interpretação e na análise da ilustração da reconstituição do povoado de kuhikugu para o desenvolvimento das atividades propostas.

Organizar uma roda de conversa com eles sobre a ocupação territorial de alguns povos que viveram há cerca de 1.500 anos nas terras que formam o atual Brasil. Estimular a participação de todos por meio da observação da imagem e questões, como: o que podemos saber sobre os moradores desse povoado? Que meios de transporte eles utilizavam?

Comentar que os moradores do povoado em questão utilizavam canoas para a navegação e/ou pesca, plantavam pomares e construíam estradas.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

A conversa sobre os povoados criados por povos que viveram no atual Brasil há1.500 anos permite discutir a diversidade das criações culturais dos antepassados dos povos indígenas brasileiros. Nesse sentido, reforçar que eles já dominavam técnicas construtivas complexas, refletindo a riqueza de sua cultura.

Fim do complemento.

MP095

Há cerca de 500 anos, os territórios ocupados pelos povos indígenas que viviam onde hoje está o Brasil foram invadidos pelos portugueses, que fundaram diversas vilas e cidades.

Imagem: Mapa. Primeiras vilas e cidades criadas pelos portugueses no território que atualmente pertence ao Brasil. No canto superior direito, o planisfério terrestre com destaque para América do Sul. O mapa apresenta linhas imaginárias, oceano Atlântico e a parte centro-leste do território brasileiro, com terras pertentes a Portugal. Na costa, há o destaque de cidade e vilas. As cidades do litoral norte ao sul: Natal – 1593; Filipeia – 1595; São Cristóvão – 1590; Salvador – 1549; São Sebastião do Rio de Janeiro – 1565. As vilas do litoral norte ao sul: Igaraçu – 1536; Olinda – 1535; São Jorge dos Ilhéus – 1536; Santa Cruz – 1536; Porto Seguro – 1535; N. Sra. da Vitória – 1551; Espírito Santo – 1551; Santos – 1534; São Vicente – 1532; N. Sra. da Conceição de Itanhaém – 1561; Cananeia – 1600. No interior da região Sudeste: vila de São Paulo – 1554. Do lado direito, a rosa dos ventos e a escala: 240 km.  Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de Andrade Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2007. p. 36.

  1. De acordo com o mapa, a maioria das primeiras vilas e cidades fundadas pelos portugueses se localizava no litoral ou no interior?
    PROFESSOR Resposta: No litoral.
  1. Qual foi a vila mais antiga fundada pelos portugueses?
    PROFESSOR Resposta: A vila de São Vicente, criada em 1532.
  1. Escolha duas vilas representadas no mapa e registre seu nome e ano de sua fundação. Depois, responda às questões a seguir.
    • Qual dessas vilas foi fundada antes? E qual foi fundada depois?
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na seleção e comparação das vilas. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Propor aos alunos que observem o mapa e localizem as primeiras vilas e cidades estabelecidas pelos portugueses.

Atividade complementar

Propor aos alunos que selecionem uma das vilas ou cidades apresentadas no mapa.

Em seguida, solicitar que pesquisem em livros ou na internet imagens dessa vila ou cidade em diferentes tempos.

Pedir que analisem essas imagens, identificando construções, elementos naturais e atividades realizadas pelas pessoas.

Organizar as apresentações das pesquisas.

As primeiras vilas e cidades

As primeiras vilas e cidades começaram a se desenvolver ainda no período colonial. São Vicente, em São Paulo, foi a primeira vila, fundada em 1532. Salvador foi a primeira cidade e também a primeira capital, fundada em 1549 por Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil. [...] Em sua maioria, essas vilas e cidades foram implantadas no litoral, tinham função portuária e serviam para escoamento dos produtos coloniais e entrada dos artigos provenientes de Portugal.

Conjuntos urbanos tombados (cidades históricas). IPHAN . Disponível em: http://fdnc.io/2h4. Acesso em: 27 maio 2021.

MP096

Tempo, tempo...

Ao longo do tempo, os moradores das cidades brasileiras passaram por diversas mudanças no seu modo de vida. Analise a linha do tempo abaixo, que representa algumas dessas mudanças.

Imagem: Ilustração referente às páginas 66 e 67. Linha do tempo que parte de 1600 e segue até 1900 com alternância de 100 anos e posteriormente pula para 2020. Próximo de cada ano destacado, há imagens vinculadas.  
 
Anos 1660. 
 
Todas as ruas das cidades brasileiras eram de terra, o que causava problemas para a circulação de pessoas e de carroças, o principal meio de transporte terrestre da época. 
 
Pintura. Apresenta uma pequena vila onde pessoas caminham. O local é rodeado por árvores, o chão é de terra e no horizonte há morros e algumas casas. 
 
LEGENDA: Ruína da Sé de Olinda, pintura de Frans Post, cerca de 1650. FIM DA LEGENDA. 
 
Não havia coleta domiciliar de lixo nas cidades brasileiras. 
 
Gravura em preto e branco. Vista do mar próximo da encosta. Na água, há muitas embarcações a vela e alguns pequenos botes. Em terra firme, algumas construções e morros no horizonte.   
 
LEGENDA: A cidade de Salvador em gravura publicada no livro O novo e desconhecido mundo, de Arnoldus Montanus, de 1671. FIM DA LEGENDA. 
 
Anos 1700. 
 
Havia algumas ruas calçadas com pedras irregulares, mas a maioria era de terra. 
 
Fotografia. Destaque de uma pequena rua de pedras com calçada estreita com fachadas de construções térreas com portas e janelas de madeira de acesso direto à rua e arandelas ao lado das portas.   
 
LEGENDA: Município de Tiradentes, no estado de Minas Gerais. A fotografia permite visualizar o calçamento colocado por volta de 1750 e refeito ao longo do tempo. FIM DA LEGENDA. 
 
Anos 1800. 
 
Os governantes de algumas cidades brasileiras criaram regras para que os moradores cuidassem melhor do destino do lixo. 
 
Desenho. Vista do mar para a encosta. Na água, há grandes embarcações. Em terra firme, amplas construções e uma igreja.  
 
LEGENDA: Belém, desenho de Ignácio Antonio da Silva, cerca de 1800. FIM DA LEGENDA. 
 
Algumas ruas foram calçadas com paralelepípedos.  
 
Fotografia em preto e branco. Destaque de uma rua estreita feita de pedras. As calçadas são estreitas com construções térreas com portas e janelas voltadas diretamente à rua e arandela na parede. Ao fundo, um prédio com piso duplo à frente do qual caminham algumas pessoas.   
 
LEGENDA: Município de São Paulo, no estado de São Paulo, em foto de 1862. FIM DA LEGENDA. 
 
Anos 1900. 
 
Algumas ruas das cidades brasileiras foram asfaltadas. 
 
Fotografia em preto e branco. Destaque de um cruzamento que apresenta rua asfaltada que apresenta trilho e fiação de bonde e automóveis. As construções são assobradadas com sacadas e há muitos pedestres na região, em sua maioria homens.   
 
LEGENDA: Município de São Paulo, no estado de São Paulo, em foto de cerca de 1900. FIM DA LEGENDA. 
 
A coleta domiciliar de lixo começou a ser realizada em algumas cidades brasileiras. 
 
Fotografia em preto e branco. Destaque de uma charrete com carroceria de madeira, puxadas por dois cavalos e região do assento coberta.   
 
LEGENDA: Coleta de lixo no município de Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em foto de cerca de 1900. FIM DA LEGENDA. 
 
Anos 2020. 
 
A maioria das ruas urbanas é asfaltada, mas ainda existem ruas de terra e de paralelepípedos. 
 
Fotografia. Destaque de uma avenida com semáforos na qual transitam alguns veículos e moto. A região do acostamento apresenta muitas árvores. Ao fundo, muitos prédios e postes de iluminação.   
 
LEGENDA: Município de Palmas, no estado de Tocantins, em foto de 2020. FIM DA LEGENDA. 
 
A maioria das cidades brasileiras possui coleta domiciliar de lixo. 
 
Fotografia. Durante a noite, um caminhão de lixo com carroceria aberta onde estão dois trabalhadores uniformizados de pé. Na calçada, outro trabalhador está de pé e segura um saco de lixo.   
 
LEGENDA: Coleta de lixo no município de Londrina, no estado do Paraná, em foto de 2020. FIM DA LEGENDA. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: mudanças e permanências

Se considerar pertinente, propor a leitura em voz alta dos textos, o que contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral, essencial para o processo de alfabetização.

Solicitar aos alunos que interpretem a linha do tempo, destacando: os períodos apresentados; as mudanças e as permanências ocorridas entre um período e outro em relação à pavimentação das ruas e à coleta do lixo; o material utilizado nos calçamentos das ruas (pedra, paralelepípedo, asfalto); a existência ou não de coleta de lixo e a responsabilidade dos moradores pelo descarte do próprio lixo.

Lixo: um grave problema no mundo moderno

Até o início do século passado, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema.

A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matérias-primas, por outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E como todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-se em novas matérias-primas, pode tornar-se uma perigosa fonte de contaminação para o meio ambiente ou de doenças. [...]

MP097

  1. Identifique as mudanças que ocorreram nas cidades brasileiras ao longo do tempo em relação aos itens a seguir.
    1. Ao calçamento.
      PROFESSOR Resposta: Mudança de terra para pedra irregular, em seguida para paralelepípedo e depois para asfalto.
    1. À coleta domiciliar de lixo.
PROFESSOR Resposta: Inicialmente sem coleta de lixo, mais tarde com coleta em algumas cidades e depois com coleta na maioria delas.
MANUAL DO PROFESSOR

Recentemente começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta. Para isso, será preciso conter o consumo desenfreado, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias que permitam diminuir a geração de resíduos, além da reutilização e da reciclagem dos materiais em desuso.

BRASIL. Consumo sustentável : manual de educação. Brasília: Consumers International/MMA/MEC/IDEC, 2005. p. 114. Disponível em: http://fdnc.io/3z8. Acesso em: 27 maio 2021.

Solicitar aos alunos que façam individualmente a atividade proposta.

Auxiliar aqueles que tiverem dúvidas na interpretação da linha do tempo sobre as mudanças e permanências no modo de vida nas cidades brasileiras, com base em aspectos como o calçamento das ruas e a coleta de lixo.

Atividade complementar

Propor aos alunos que pesquisem, em livros ou na internet, textos e fotografias que mostrem o calçamento das ruas do município em que vivem em diferentes tempos.

Solicitar que criem uma ficha para cada texto ou fotografia com o nome da rua a que se refere, a data, o tipo de calçamento e demais elementos retratados (como construções, elementos naturais, pessoas) e, se possível, o nome do autor ou fotógrafo.

Orientá-los na montagem de uma exposição com as fotografias, trechos dos textos e as fichas.

MP098

A iluminação das cidades

Além do calçamento das ruas e da coleta de lixo, ocorreram outras mudanças nas cidades brasileiras ao longo do tempo, como na iluminação das ruas e no interior das moradias.

Há 200 anos

Não havia iluminação na maioria das ruas brasileiras. Apenas as ruas das grandes cidades tinham lampiões que funcionavam à base de óleo. Por isso, as pessoas evitavam sair de casa à noite.

No interior das moradias, os cômodos também eram pouco iluminados.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia em voz alta o texto a seguir.

    Horários da vida cotidiana

    Os cômodos ficavam obscurecidos e as velas e candeeiros quase nada iluminavam. [...] Daí os horários da vida cotidiana totalmente diferentes dos atuais. Literalmente, os horários da família coincidiam com os das galinhas, fato hoje motivo de graça; mas essa foi a realidade – acordava-se com o Sol e dormia-se quando ele se punha.

    Carlos A. C. Lemos. História da casa brasileira . São Paulo: Contexto, 1996. p. 44.

    Glossário:

Obscurecidos: escurecidos.

Fim do glossário.

Imagem: Pintura. Em uma esquina, um homem de pé, com sapatos, calça, camisa, um tecido sobre o ombro e um chapéu.  Ele manipula um objeto e está com uma vara debaixo do braço. Ao seu lado, está um rapaz negro descalço, de calça curta, camisa e chapéu. Ele está agachado e manipula uma lamparina. No chão, ao lado de ambos, estão alguns objetos.  Fim da imagem.

LEGENDA: A iluminação de óleo de peixe, pintura de José Carvalho dos Reis, de 1851. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto a seguinte informação: por que os horários das famílias coincidiam com os hábitos das galinhas?
PROFESSOR Resposta: Porque as pessoas acordavam quando o Sol nascia e iam dormir quando o Sol se punha, assim como fazem as galinhas.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura em voz alta dos textos, contribuindo para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

Solicitar aos alunos que identifiquem as épocas a que cada texto se refere (há 200 anos e há 150 anos), os tipos de cidade em que existia o serviço de iluminação (nas grandes cidades) e como era a iluminação das casas e dos espaços públicos (com o uso de lampiões a gás).

Conversar com os alunos sobre o significado da frase “os horários das famílias coincidiam com os das galinhas”, no texto "Horários da vida cotidiana", deixando-os compartilhar suas observações.

Se necessário, esclarecer que as galinhas acordam com os primeiros raios de sol e dormem ao entardecer.

Orientar os alunos na atividade 2, de localizar e retirar informações do texto, uma das estratégias de compreensão de texto.

Iluminação: modernidade e novas práticas cotidianas

A iluminação pública representava então um ideal do progresso, portanto, algo almejado pelos administradores e pelos habitantes da cidade. Assim, durante todo o século XIX e início do século XX, esse serviço urbano deu-se de várias maneiras nas cidades brasileiras, numa sucessão de diferentes tecnologias que ia desde a utilização da queima de óleos (óleo de mamona e de peixes) e de gás até culminar com a energia elétrica. Vale salientar que os diferentes tipos de iluminação pública provocaram grandes transformações no cotidiano da população destas cidades que aos poucos vão ganhando a possibilidade de terem uma vida noturna, deste modo se afastando da “escuridão” dos séculos anteriores, quando a iluminação pública era quase inexistente. [...].

MP099

Há 150 anos

A maioria das ruas continuou sem iluminação, mas algumas ruas das grandes cidades passaram a receber iluminação a gás. Isso possibilitou às pessoas saírem de casa à noite com mais frequência.

No interior das moradias, a iluminação também mudou, como descrito no texto.

Modernos lampiões

À noite, a luz ampla passou a ser garantida por modernos lampiões [...]. Essa luz noturna mudou os hábitos caseiros, os horários. Propiciou a chamada tertúlia , quando todos os membros da família permaneciam à volta da mesa, a refeição terminada, conversando, jogando, lendo, costurando, ouvindo música.

Carlos A. C. Lemos. História da casa brasileira . São Paulo: Contexto, 1996. p. 45.

Glossário:

Tertúlia: reunião familiar ou encontro de amigos.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Um lampião de teto com aspecto cilíndrico com superfície rebuscada e cúpula circular. Fim da imagem.
Imagem: Fotografia. Um lampião com base de aspecto bronzeado estreito e alto e cúpula com formato semicircular branco com desenho de flores e um pássaro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lampiões domésticos a gás de cerca de 1900. FIM DA LEGENDA.

  1. Interprete e relacione as ideias e informações dos dois textos e identifique as mudanças na iluminação e sua influência na vida das pessoas nos espaços citados a seguir.
    1. Nas ruas.
      PROFESSOR Resposta: Melhora da iluminação pública, possibilitando a ampliação das atividades sociais noturnas.
    1. No interior das moradias.
      PROFESSOR Resposta: Melhora da iluminação no interior das casas, possibilitando atividades em família à noite.
  1. Sobre a tertúlia, responda às questões a seguir.
    1. O que era?
      PROFESSOR Resposta: Tertúlia era uma reunião ou um encontro familiar ou de amigos.
    1. Que tipos de atividade as pessoas faziam?
      PROFESSOR Resposta: Conversavam, jogavam, liam, costuravam ou ouviam música.
    1. Por que a mudança na iluminação facilitou a tertúlia?
      PROFESSOR Resposta: Porque o ambiente interno das moradias se tornou mais claro.
MANUAL DO PROFESSOR

Muitas cidades brasileiras adentram o século XIX muito carentes de iluminação pública. [...] Desse modo, podemos afirmar que a população apresentava somente hábitos diurnos. [...]

MAIA, Doralice S.; GUTIERRES, Henrique E. P.; SOARES, Maria S. M. A iluminação pública da cidade da Parahyba: século XIX e início do século XX. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais , Uberlândia, v. 6, ano VI, n. 2, p. 3-4, abr./jun., 2009. Disponível em: http://fdnc.io/fMu. Acesso em: 27 maio 2021.

Solicitar aos alunos que observem as imagens dos lampiões domésticos a gás e as descrevam.

Instigar os alunos a refletir sobre estas questões: com a iluminação a gás, surgiram novos hábitos e costumes? Se sim, quais? Que objetos eram usados para iluminar as casas? Todos os moradores da cidade se beneficiaram com a iluminação? Estimular os alunos a compartilhar suas opiniões.

Orientá-los a responder às questões propostas.

Explorar o termo novo que aparece no texto “tertúlia”. Solicitar aos alunos que localizem o termo no texto e expliquem o que entenderam pelo contexto. Em seguida, solicitar que verifiquem o significado oferecido pelo glossário. Todo esse processo contribui para a aquisição de vocabulário, essencial no processo de alfabetização.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, sugere-se ler com os alunos a letra da canção “Lampião de gás”, de Zica Bérgami, gravada por Inezita Barroso. Essa letra pode ser acessada de forma gratuita em: http://fdnc.io/fMv. Acesso em: 21 jun. 2021. Explorar com os alunos os detalhes da letra da canção sobre a forma de iluminação e a vida nas cidades naquele momento. Se julgar pertinente, é possível também acessar um vídeo da interpretação da canção no mesmo link.

MP100

Explorar fonte histórica oral

O senhor Amadeu, que nasceu em 1906, conta em seu depoimento algumas mudanças ocorridas na iluminação do interior das moradias brasileiras. Leia um trecho do depoimento que ele deu.

Em casa também, os lampiões [de querosene] eram pendurados na sala, no quintal e na cozinha. Só quando eu tinha dez anos é que veio a luz elétrica. [...]

Lembro quando em minha casa puseram um bico de luz [...]. Punham um bico só porque a luz era muito cara, mais de duzentos réis por mês. Com o tempo punha-se um bico na cozinha, no quarto, no quintal e assim por diante. Mas era usada como uma luz bem econômica porque não dava para pagar no fim do mês.

Ecléa Bosi. Memória e sociedade : lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 125 e 132.

Glossário:

Réis: moeda que vigorou no Brasil até 1942.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Uma lâmpada com base cilíndrica e corpo redondo com uma pequena saliência fina na parte superior. Internamente apresenta um filamento com formato oval. A lâmpada está uma base circula de madeira.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lâmpada elétrica de cerca de 1880. FIM DA LEGENDA.

  1. Copie os dados a seguir em seu caderno e complete a linha do tempo com as informações do depoimento do senhor Amadeu sobre a iluminação na casa dele.
Imagem: Ilustração. Linha do tempo com as informações: Antes - Amadeu com 10 anos - Depois. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Antes (lampião de querosene) e depois (luz elétrica).
  1. Quando chegou a luz elétrica à casa de Amadeu?
    PROFESSOR Resposta: Quando ele tinha dez anos, ou seja, em 1916.
  1. A energia elétrica era cara ou barata? Como você chegou a essa conclusão?
    PROFESSOR Resposta: Era cara.
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos mencionem que os bicos de luz foram adicionados aos poucos na casa do Amadeu. Fim da observação.
  1. Antes da luz elétrica, onde a família de Amadeu colocava os lampiões de querosene?
    PROFESSOR Resposta: Na sala, no quintal e na cozinha.
  1. Qual era a moeda brasileira no tempo em que Amadeu era criança?
    PROFESSOR Resposta: O Real, com plural réis.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica oral: depoimento

As atividades propostas nesta seção possibilitam retomar com os alunos a noção de fonte histórica oral e ampliá-la por meio da análise de um depoimento.

Realizar a leitura compartilhada do depoimento do senhor Amadeu.

Solicitar aos alunos que identifiquem aspectos da vida cotidiana relatados pelo senhor Amadeu. Para isso, perguntar a eles: qual era o objeto utilizado para iluminar a casa? Por que era utilizado o lampião? Em que época chegou a luz elétrica na casa do senhor Amadeu? Estimular os alunos a compartilhar suas respostas.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que se organizem em grupos de, no máximo, três integrantes para investigar problemas referentes à iluminação pública no bairro em que vivem.

Sugerir que, se possível, façam registros fotográficos dos problemas identificados.

Definir uma data para a apresentação dos resultados da investigação.

Após as apresentações, propor aos alunos que elaborem uma carta relatando os problemas que identificaram para ser enviada aos órgãos competentes, solicitando providências.

MP101

Atualmente

No interior da maioria das moradias, atualmente, há iluminação elétrica, mas algumas pessoas ainda não têm acesso a ela.

A iluminação pública é um direito de todos e, segundo a lei, deve ser organizada pelas prefeituras municipais ou empresas contratadas por elas.

A maioria das ruas das grandes cidades também tem iluminação elétrica; porém, outras continuam sem esse tipo de iluminação. Observe as fotos de duas ruas de cidades brasileiras atuais.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma rua e calçada estreitas sem pontos de iluminação. Na via, há um veículo com faróis ligados.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rua mal iluminada no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma ampla avenida bem iluminada durante a noite por meio de postes de iluminação. Ao redor, muitos prédios e algumas árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Avenida bem iluminada no município de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Em sua opinião, quais problemas as pessoas que vivem em ruas com pouca iluminação elétrica podem enfrentar?
PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem responder que essas pessoas devem ter mais dificuldade para sair e realizar atividades à noite. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A atividade possibilita abordar a produção de um gênero textual – a carta – importante nesse momento da alfabetização e letramento dos alunos. Nesse trabalho, os alunos poderão perceber a finalidade de uma carta; reconhecer diferentes tipos de carta; identificar o assunto principal da carta, o destinatário, as características e as partes do gênero textual carta; produzir o texto de acordo com a proposta e perceber a função do envelope no envio da correspondência.

Organizar uma roda de conversa sobre as informações apresentadas no texto introdutório e nas imagens.

Relacionar o processo de universalização do acesso à energia elétrica com os direitos humanos e a cidadania.

Perguntar aos alunos: que razões impedem habitantes de determinadas regiões de ter acesso à luz elétrica? Quais são as alternativas para superar esse problema? Estimular os alunos a compartilhar suas opiniões.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação em direitos humanos

Este é um bom momento para explorar alguns direitos do cidadão à infraestrutura pública nas cidades, como iluminação, calçamento das ruas e coleta de lixo. Verificar com os alunos se na localidade onde vivem tais direitos são respeitados.

Fim do complemento.

MP102

CAPÍTULO 8. Viver nas cidades atualmente

Atualmente, a maioria dos brasileiros mora em cidades, vivendo algumas situações como as descritas no poema.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Belo Horizonte

    Uma nuvem de carros que passa sem parar

    são pessoas que vão e voltam pro

    mesmo lugar: operários, padeiros,

    soldados e executivos. [...]

    Com seus ritmos, cores,

    pampulhas, cantores e sábios,

    suas praças, seus parques

    e serras, lagoas, cenários.

    Não tem mar, mas tem belo

    horizonte

    o seu mar é belo

    horizonte.

    Uma nuvem de carros que

    passa sem parar.

    Silvio Vinhal. Belo Horizonte. Em: GEOgrafia , 1998. CD.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de um lago que margeia uma área verde com muitas árvores e onde há uma roda gigante e poucas construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lagoa da Pampulha, no município de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
    1. Que cidade é mencionada na letra da canção?
      PROFESSOR Resposta: Belo Horizonte, em Minas Gerais.
    1. Quais profissões são citadas?
      PROFESSOR Resposta: Operários, padeiros, soldados e executivos.
    1. E quais locais públicos?
      PROFESSOR Resposta: Praças e parques.
  1. Em sua opinião, o que o autor da canção quis dizer com a frase “Uma nuvem de carros que passa sem parar”?
PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos relacionem a frase ao movimento intenso de automóveis na cidade. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 8

Unidade temática

Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

Objeto de conhecimento

• O passado e o presente: a noção de permanência e as lentas transformações sociais e culturais.

Habilidade

• EF04HI03: identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo permitem trabalhar a Competência Específica 1 de História, pois ajudam no desenvolvimento da compreensão de acontecimentos e processos históricos ao longo do tempo e em diferentes locais.

Fim do complemento.

Orientar a leitura em voz alta da letra da canção “Belo Horizonte”, contribuindo com o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

Depois, solicitar aos alunos que leiam individualmente a letra da canção.

Orientá-los na atividade de localizar e retirar informações do texto, promovendo a compreensão de texto. Os alunos devem identificar a cidade mencionada e suas características, os trabalhadores citados, os espaços públicos destacados e a presença dos automóveis.

Orientá-los no registro das respostas às atividades propostas.

MP103

Boxe complementar:

Investigue

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. O professor vai dividir a turma em grupos. Cada grupo vai investigar em jornais, revistas e na internet algumas características da cidade onde vocês vivem ou da cidade mais próxima à localidade onde vocês estão.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos sobre fontes confiáveis, determinando um prazo para a investigação. No dia combinado, socializar as descobertas. Fim da observação.
    • Que tipos de trabalhador predominam na cidade?
    • Quais são os locais públicos mais frequentados pela população da cidade?
    • Quais são as principais dificuldades que os moradores da cidade enfrentam no dia a dia?
      PROFESSOR Resposta: Dependendo da cidade em que vivem, os alunos podem apurar problemas como trânsito, poluição, falta de segurança, entre outros.

      Imagem: Fotografia. Uma senhora de óculos está sentada em um sofá abraçada a uma menina que fala segurando um aparelho eletrônico no colo.  Fim da imagem.

      LEGENDA: Criança entrevistando idosa. FIM DA LEGENDA.

    1. Agora, seu grupo vai entrevistar uma pessoa de mais de 60 anos que seja moradora da cidade pesquisada. Registrem no caderno as respostas da entrevista.
      • Qual é seu nome? E a sua idade?
      • Há quantos anos você mora nessa cidade?
      • Em sua opinião, quais são os principais pontos positivos de morar nesta cidade?
      • E quais são os principais pontos negativos?
      • Que argumento você utilizaria para convencer alguém a mudar para esta cidade?
      • O que você mudaria nesta cidade?
        PROFESSOR Atenção professor: Orientar a realização da entrevista e as formas de registro. Fim da observação.
      1. Agora, vocês vão criar a letra de uma canção sobre a cidade onde vocês vivem ou de uma que fique próxima de sua localidade. Não esqueçam dos itens a seguir.
        • Incluir na letra da canção as informações pesquisadas.
        • Dar um título à canção.
          PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na produção de uma canção. Fim da observação.

          Se quiserem, podem escolher um ritmo musical de sua preferência para acompanhar a letra produzida.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

A atividade proposta na seção Investigue solicita uma produção de escrita de um gênero textual – letra de canção –, importante nesse momento da alfabetização.

Pedir aos alunos que se organizem em grupos de, no máximo, quatro integrantes.

Propor que realizem a pesquisa. Para isso, ajudá-los na seleção de referências bibliográficas (livros, sites, jornais, revistas etc.) e das informações.

Orientar a elaboração da letra da canção. Para realizar a atividade, é preciso refletir sobre a temática proposta, aplicar diferentes recursos poéticos e estruturar a letra em versos com ou sem rimas.

Organizar com os alunos a apresentação, combinando uma data e as regras para a exposição das produções. Se considerar pertinente, estimular os grupos a criar também uma melodia para a canção e gravá-la com um smartphone ou outro equipamento de registro de áudio.

Ressaltar a importância do registro para preservar a memória da cidade escolhida.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma atividade de campo, visitando um trecho da cidade onde vivem ou de cidades próximas. Organizar com os alunos um roteiro de visita aos locais escolhidos. Solicitar autorização à direção escolar e aos responsáveis pelos alunos. No retorno, socializar as descobertas individuais.

MP104

Explorar fonte histórica visual

As pessoas que vivem nas cidades brasileiras no século XXI podem enfrentar alguns dos problemas representados na charge.

Imagem: Ilustração. Destaque de um cruzamento onde trafegam muitos carros nas ruas. Os quarteirões são pequenos e têm prédios. Há poucas árvores no local. Os carros no engarrafamento soltam muita fumaça e internamente há apenas o motorista. Os veículos também estão sobre faixa de pedestres e sobre ciclovias. Há poucos pedestres, dentre eles uma senhora com bengala na calçada, um rapaz de terno que corre, um jovem que caminha com uma máscara que cobre todo o rosto e outro que briga com o motorista sobre a faixa. Também há um veículo quebrado do qual sai fumaça e outro quebrado por ter batido em um poste.  Fim da imagem.

LEGENDA: Charge de Arionauro, de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Identifique três problemas representados na charge como característicos da vida dos moradores das grandes cidades.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos poderão citar, entre outros problemas, o trânsito, a poluição, o lixo nas ruas e o desrespeito às faixas de pedestres. Fim da observação.
  1. Em sua opinião, qual foi a intenção do autor ao criar a charge?
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos citem a possibilidade de o autor da charge ter utilizado seu trabalho para criticar e denunciar os problemas das cidades, uma das características das charges. Fim da observação.
  1. Se você vivesse na cidade representada nessa charge, que soluções você proporia para resolver os problemas identificados na questão 1?
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar uma conversa sobre os problemas das cidades e possíveis soluções. Fim da observação.
  1. Elabore uma charge em seu caderno, fazendo uma denúncia ou crítica de um ou mais problemas dos moradores da cidade onde você vive.
    PROFESSOR Atenção professor: Levantar com os alunos os problemas que podem ser representados e o formato da charge (uso do humor para crítica). Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica visual: charge

Orientar coletivamente a observação e interpretação da charge de forma dialogada, por meio de questões, como: a paisagem representada é rural ou urbana? As ruas estão limpas ou sujas? As faixas de pedestres e as faixas exclusivas para ciclistas estão sendo respeitadas? Há problemas de poluição do ar? E de poluição visual?

Propor aos alunos que selecionem um problema da cidade em que vivem ou da cidade mais próxima. Em seguida, eles devem imaginar formas de representar esse problema por meio de uma charge. Lembrar aos alunos quais são as características do gênero textual charge: o uso de imagens e de textos; a representação irônica de situações ou de pessoas e a crítica do autor a algo que considera errado na sociedade.

Com base nesses elementos, os alunos devem produzir suas charges. Em seguida, organizar o compartilhamento das produções individuais.

A charge na sala de aula

Esse desenho é a articulação que existe entre diferentes linguagens, especialmente a verbal e a visual, possui o humor e irreverência como umas de suas ferramentas, e atua como instrumento de reflexão e crítica. [...] uma charge pode conter a caricatura como um de seus elementos, como também espaço, o plano, o ponto de enfoque, o volume, a luz e a sombra, o movimento, a narrativa, o balão, a onomatopeia e o texto verbal, não aparecendo necessariamente, todos estes elementos em todas as charges [...].

A charge é uma forma de comunicação condensada com muitas informações, em que o entendimento depende de um conjunto de dados e fatos contemporâneos ao momento específico em que se estabelece a relação discursiva entre o produtor e o receptor, e aliada ao humor atrai o leitor para uma crítica de forma descontraída [...].

MP105

Em busca de soluções

Os moradores das cidades e os governantes procuram buscar soluções para os problemas vivenciados no dia a dia, como nos exemplos a seguir.

As soluções para os problemas de transporte incluem o uso de meios de transporte públicos, como ônibus, metrôs e trens, que são uma opção para diminuir a circulação de veículos e, consequentemente, os congestionamentos. Para estimular o uso desse tipo de transporte, alguns municípios adotam faixas exclusivas para ônibus, visando melhorar o fluxo e diminuir o tempo de deslocamento.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma via onde trafega um ônibus e no asfalto está escrito “ÔNIBUS” em uma faixa exclusiva. Ao fundo, um carro, casa e um prédio em construção.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ônibus circulando na faixa exclusiva no município do Recife, no estado de Pernambuco. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

As soluções para o problema do acúmulo de lixo incluem a instalação de lixeiras, a varrição das ruas, a coleta e o tratamento do lixo, medidas que visam garantir a limpeza da cidade e o bem-estar das pessoas.

Imagem: Fotografia. Na rua, um caminhão com carroceria grande aberta onde há um homem uniformizado de pé e outro está de pé no asfalto segurando um saco.  Fim da imagem.

LEGENDA: Caminhão de coleta de lixo no município de Araçuaí, no estado de Minas Gerais. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. De que forma as medidas citadas acima contribuem para resolver alguns problemas das cidades? Explique.
PROFESSOR Resposta pessoal. O foco no transporte público ajuda a diminuir a quantidade de veículos nas ruas; já a varrição, a coleta e o tratamento de lixo reduzem a quantidade de lixo nas ruas.
MANUAL DO PROFESSOR

Assim, a sua característica humorística promove um maior interesse por parte dos alunos que, ao analisá-las, desenvolverão uma visão crítica a respeito do assunto que a mesma aborda e, ao mesmo tempo, trabalhará tanto a aprendizagem bem como com a socialização de conhecimentos, permitindo que o aluno passe a entender a imagem como discurso, atribuindo-lhe sentidos sociais e ideológicos [...]

GOMES, Susy F. Charge: gênero discursivo e seu uso em sala de aula. Revista de Letras JUÇARA , Caxias, v.1, n. 2, p. 125-129, dez. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fMw. Acesso em: 27 maio 2021.

Orientar a leitura dos textos e a observação das imagens. Em primeiro lugar, destacar o problema do trânsito e as soluções apresentadas: investimento em transporte público e em corredores preferenciais ou exclusivos para a circulação dos ônibus.

Em seguida, levantar questões a respeito do problema do lixo na cidade e destacar as soluções adotadas, principalmente a coleta seletiva de lixo.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma atividade de campo em que, com a orientação de adultos, eles observem desde a porta da escola até o trânsito nas ruas ao redor. Solicitar autorização para a direção escolar e para os responsáveis pelos alunos, e prever a presença de adultos para acompanhar a atividade e garantir a segurança.

Depois, os alunos devem conversar com adultos da convivência deles e perguntar sobre a cidade em que vivem ou uma cidade próxima: há muito trânsito na cidade? Que medidas têm sido tomadas para diminuir o trânsito? Na cidade há faixas preferenciais ou exclusivas para a circulação de transportes públicos? Que outras medidas poderiam ser tomadas para resolver o problema do transporte público?

MP106

Coleta seletiva do lixo

Algumas cidades brasileiras têm adotado a coleta seletiva do lixo, separando os materiais recicláveis – aqueles que podem ser processados para reutilização – dos materiais não recicláveis, como nos exemplos citados no texto e representados na imagem.

Coleta seletiva do lixo

Em Araraquara a coleta é realizada pelo Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) em parceria com a Cooperativa Acácia, através do programa Coleta Seletiva Solidária.

Dados recentes mostram que por mês são coletadas 500 toneladas de materiais recicláveis [...].

Os materiais são separados em diversas categorias de papéis, papelão, metais, vidros e plásticos, que são comercializados pela cooperativa. [...]

Só que as coisas nem sempre são como se espera. Muitos coletores ainda encontram materiais que não deveriam estar ali, na coleta seletiva. Os coletores já encontraram até resto de comida nas sacolas da coleta.

Cassiane Chagas. Araraquara separa para reciclagem 10% do lixo domiciliar. CBN/ACidadeON , 13 jun. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fMy. Acesso em: dez. 2020.

Glossário:

Reciclável: material usado que pode ser processado para ser utilizado novamente.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma esteira onde há muitos materiais recicláveis amontoados e que são manipulados por mulheres que usam luvas e máscaras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Assim como Araraquara, citada no texto, outras localidades investem na coleta seletiva de lixo, como o município de Campo Mourão, no estado do Paraná. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire da reportagem as seguintes informações:
    1. o nome da cidade;
      PROFESSOR Resposta: Araraquara.
    1. a quantidade de materiais recicláveis coletada por mês;
      PROFESSOR Resposta: 500 toneladas.
    1. os tipos de materiais recicláveis coletados.
      PROFESSOR Resposta: Papel, papelão, metais, plásticos e vidros.
  1. Agora, você vai exercitar o vocabulário destacado na reportagem.
    1. O que significa material reciclável?
      PROFESSOR Resposta: Aquele que pode ser processado e usado novamente.
    1. Escreva uma frase utilizando o termo “reciclável”.
      PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a aplicar o termo aprendido em uma frase coerente. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura compartilhada do texto “Coleta seletiva do lixo”, identificando com os alunos o nome do município e o órgão responsável pela coleta seletiva.

Os alunos devem também identificar os critérios da coleta e os problemas enfrentados.

Solicitar que os alunos localizem no texto o termo “recicláveis” e que expliquem o que entenderam pelo contexto. Em seguida, eles devem ler o glossário e responder às questões sobre o assunto. Essa atividade explora a aquisição de vocabulário pelos alunos, essencial no processo de alfabetização.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, sugere-se ver com os alunos o vídeo “Educação ambiental – Lixo e coleta seletiva”, que pode ser acessado gratuitamente por meio do link: http://fdnc.io/fMx. Acesso em: 17 jun. 2021.

O vídeo aborda alguns dos problemas de descarte de lixo nas cidades. E, em seguida, explica didaticamente os principais conceitos relativos à coleta seletiva de lixo. Por fim, fornece dicas de como organizar a coleta seletiva em sua comunidade.

Coleta seletiva na escola

Na hora de implantar a coleta seletiva na escola, um dos primeiros passos geralmente é comprar um “ kit ” de lixeiras com três, quatro, cinco cores diferentes e acreditar que, com isso, a separação do material reciclável está garantida.

Com o tempo, entretanto, começa-se a notar que isso não basta e a frustação gerada pela perda de tempo e dinheiro acaba por levar uma iniciativa tão importante, ironicamente, para o lixo.

Um dos caminhos para escapar dessa armadilha é conhecer um pouco melhor como funciona a cadeia de gestão de resíduos recicláveis.

MP107

Boxe complementar:

Investigue

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Orientados pelo professor, você e os colegas vão investigar a situação da sua escola em relação à coleta seletiva.
    1. Há lixeiras identificadas com os símbolos referentes a cada material reciclável e ao não reciclável (orgânico)?

      Imagem: Fotografia. Um suporte composto por cinco lixeiras lado a lado. Cada um tem uma cor e é destinado para um tipo de material e todos apresentam o sinal da reciclagem, formado por um triângulo feito de três setas voltadas para o mesmo lado. O primeiro recipiente é vermelho, para plásticos. O segundo é azul, para papéis. O terceiro é amarelo, para metais. O quarto é verde desbotado, para vidros. O quinto é cinza, para não recicláveis e que apresenta um risco de proibitivo sobre o símbolo da reciclagem.  Fim da imagem.

      LEGENDA: Lixeiras identificadas por tipo de lixo. FIM DA LEGENDA.

    1. Os alunos respeitam essa separação na hora de descartar o lixo?
    1. Há pessoas responsáveis por recolher e manter a separação desses tipos de lixo dentro da escola?
    1. O município realiza a coleta seletiva desse lixo? Essa coleta ocorre no bairro em que se localiza a escola?
    1. Para onde são enviados os materiais recicláveis?
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos reflitam sobre as atitudes da comunidade escolar, em especial dos estudantes, na coleta seletiva do lixo, bem como dos governantes dos municípios. Fim da observação.
  1. Agora, você vai elaborar individualmente uma produção de escrita sobre a situação do lixo na sua escola. Não esqueça de incluir: um título, uma introdução, as informações pesquisadas e uma conclusão com sua opinião sobre o que pode ser feito para melhorar a situação do lixo na sua escola.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na retomada das informações pesquisadas, bem como na elaboração do texto, resgatando o significado da introdução e da conclusão. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Mostre seu texto a um colega e leia o dele.
    • Há semelhanças entre os textos de vocês? Quais?

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Cada cidade brasileira tem um programa estruturado de coleta seletiva e reciclagem. Em linhas gerais, a cadeia de gestão de resíduos recicláveis funciona assim: o resíduo reciclável é separado do não reciclável em sua fonte geradora, levado até uma cooperativa que separa e seleciona esse material e, em seguida, ele é encaminhado para indústrias recicladoras. [...]

A implantação de uma gestão de resíduos sólidos na escola é um prato cheio para o desenvolvimento de valores humanos e competências socioemocionais, desde que esteja integrado em um projeto maior que envolva os diferentes atores da comunidade de forma dialógica e cooperativa.

RIBEIRO, Livia; GIGLIOTTI, Douglas; GRANDISOLI, Edson. Coleta seletiva: para que esse arco-íris de lixeiras? Nova Escola , 7 mar. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fMz. Acesso em: 27 maio 2021.

Orientar coletivamente a investigação proposta, com base nas seguintes etapas: dividir a turma em grupos; identificar os tipos de lixeiras de reciclagem; avaliar a presença dessas lixeiras na escola; acompanhar nas horas de entrada, intervalo e saída como a maioria dos alunos faz o descarte do lixo e buscar informações em jornais, revistas ou na internet sobre a presença ou não de coleta seletiva de lixo no município e no bairro em que se localiza a escola.

Orientar, também, a produção de escrita, retomando com os alunos os elementos estudados sobre o lixo. Em seguida, oriente-os a respeito da estrutura do texto, relembrando que é preciso apresentar uma introdução sobre o assunto (lixo na escola), um desenvolvimento (pontos positivos e negativos observados na pesquisa) e uma conclusão (o que pode ser feito para melhorar a questão do lixo na escola).

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação ambiental

As atividades propostas permitem ao aluno refletir sobre a importância da coleta seletiva de lixo na própria escola e no município em que vive, propondo ações para melhorar esse processo e refletindo sobre os temas do meio ambiente e da educação ambiental.

Caso considere pertinente, informar aos alunos a quantidade de cooperativas de reciclagem em algumas das maiores cidades brasileiras: São Paulo (45), Rio de Janeiro (38) e Porto Alegre (24).

Fim do complemento.

MP108

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 7 e 8

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda as atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Observe as fotos de três tipos de calçamento das cidades brasileiras. Classifique-as de acordo com os critérios a seguir.

Calçamento mais antigo.

Calçamento intermediário.

Calçamento mais recente.

Imagem: A. Fotografia. Destaque de uma rua com paralelepípedos e calçadas estreitas com casas térreas com portas e janelas voltadas para via.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rua com calçamento de paralelepípedo no município de Piratini, no estado do Rio Grande do Sul, em foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Destaque de uma via asfaltada pintada com sinalização de trânsito. Na região, há casas e árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rua asfaltada no município de Gramado, no estado do Rio Grande do Sul, em foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: C. Fotografia. Destaque de uma ladeira estreita feita com pedras. As calçadas são bem estreitas, as casas são térreas e com portas e janelas voltadas diretamente para a rua.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rua com calçamento de pedra no município de Congonhas, no estado de Minas Gerais, em foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Calçamento mais antigo, foto C; calçamento intermediário, foto A; calçamento mais recente, foto B.
  1. Sobre a história das cidades, identifique se as frases a seguir referem-se a Çatal Hüyük ou a Roma.
    1. Foi construída no território que atualmente pertence à Itália.
      PROFESSOR Resposta: Roma.
    1. Sua construção ocorreu há cerca de 6.700 anos.
      PROFESSOR Resposta: Çatal Hüyük.
    1. Possuía uma rede de aquedutos para transporte de água.
      PROFESSOR Resposta: Roma.
    1. Foi construída no território que atualmente pertence à Turquia.
      PROFESSOR Resposta: Çatal Hüyük.
    1. Sua construção ocorreu há cerca de 2.800 anos.
      PROFESSOR Resposta: Roma.
    1. As pessoas entravam nas casas pelo teto por meio de escadas.
      PROFESSOR Resposta: Çatal Hüyük.
  1. Leia o texto.

    A iluminação no Rio de Janeiro

    A primeira fonte pública de luz do Rio foi um pequeno lampião [a óleo de baleia], instalado em 1710, no Convento de Santo Antônio [...]. Foi apenas na última década daquele século [anos 1790] que começaram a ser colocados os primeiros postes com lampiões, no trecho entre a Rua Primeiro de Março e o Campo de Santana [...].

MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: ordenar as mudanças no calçamento e na coleta de lixo das ruas brasileiras.

O aluno deverá identificar diferentes tipos de calçamento utilizados em cidades brasileiras, ordenando-os temporalmente.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar as principais características das cidades antigas.

Espera-se que o aluno leia frases relativas às cidades antigas estudadas. Em seguida, ele deve classificar as frases, identificando as que se referem à cidade de Çatal Hüyük e as que se referem a Roma.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: explicar as mudanças na iluminação e a influência no cotidiano das pessoas.

O aluno deverá ler e interpretar o texto, identificar acontecimentos referentes às mudanças na iluminação no Rio de Janeiro e ordenar essas informações em uma linha de tempo.

MP109

Só a partir de 1854 o barão de Mauá deu início a um sistema que tornou o Rio de Janeiro a primeira cidade brasileira iluminada a gás. [...]

O primeiro prédio da cidade a ter energia elétrica foi a Estação Central do Brasil, em 1879.

Sandra Machado. Luzes cariocas. Multi Rio, 7 out. 2014. Disponível em: http://fdnc.io/fMA. Acesso em: 12 abr. 2021.

Imagem: Ilustração. Linha do tempo com as informações: 1710 - Fato. 1790 - Fato. 1854 - Fato. 1879 - Fato. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: 1710, lampião a óleo de baleia; 1790, primeiros postes com lampiões; 1854, iluminação a gás; e 1879, iluminação elétrica.
  1. Sobre a questão do lixo no Brasil, responda às questões a seguir.
    1. A coleta domiciliar de lixo começou antes ou depois de 1700?
      PROFESSOR Resposta: Depois.
    1. O que é um material reciclado?
      PROFESSOR Resposta: É aquele que foi descartado, processado e disponibilizado para um novo uso.
    1. Por que a reciclagem é importante? Explique.
      PROFESSOR Resposta: Porque contribui para diminuir o acúmulo de lixo nas cidades, fornecendo um novo destino para os materiais descartados.
  1. Quais mudanças ocorreram na vida noturna das pessoas a partir da introdução da iluminação a gás nas cidades?
    PROFESSOR Resposta: A vida noturna ficou mais agitada, as pessoas passaram a sair mais para realizar passeios e outras atividades; além disso, no interior das casas, esse tipo de iluminação aumentou as possibilidades do convívio familiar.

    Autoavaliação

    Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

    Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

    PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.
  1. Identifiquei algumas características das cidades antigas?
  1. Reconheci as mudanças no calçamento e na coleta de lixo das cidades brasileiras ao longo do tempo?
  1. Identifiquei alguns dos problemas nas cidades brasileiras e ajudei a propor algumas soluções para eles?
  1. Participei das investigações solicitadas?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: ordenar as mudanças no calçamento e na coleta de lixo das ruas brasileiras.

Ao solicitar que o aluno organize informações sobre o histórico da coleta domiciliar no Brasil, periodizando-a; e explique o significado de coleta seletiva de lixo, exemplificando-a, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: explicar as mudanças na iluminação e a influência no cotidiano das pessoas.

Espera-se que o aluno identifique as formas de iluminação no Brasil em diferentes tempos e explique as influências dessas formas de iluminação na vida cotidiana das pessoas.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite aos alunos revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, possibilitando que reflitam sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos.

As respostas dos alunos também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP110

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 7 e 8

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 7 e 8. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: O que mudou na vida dos moradores das cidades ao longo do tempo?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Retomar as atividades propostas na seção Retomando os conhecimentos que possibilitaram aos alunos retomar conhecimentos trabalhados nos capítulos 7 e 8.

Por meio da realização dessas atividades, realizou-se uma avaliação do processo de aprendizagem, favorecendo o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.