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Unidade 3. Mudanças no comércio e nas comunicações

Esta unidade permite aos alunos conhecer mudanças ocorridas no comércio e nas comunicações ao longo do tempo. Para isso, propõe-se a investigação do desenvolvimento de atividades comerciais, como o escambo, do uso de mercadorias como moeda (sal, sementes e conchas) e do surgimento das moedas metálicas e do papel-moeda. Esta unidade também permite aos alunos reconhecer o papel das rotas comerciais marítimas, fluviais e terrestres, nas interações entre os povos, como os fenícios, asiáticos e europeus, africanos – por meio de rotas e caminhos como a Rota da Seda e as rotas transaarianas.

As formas e as redes de comunicação, orais e escrita, também são investigadas nessa unidade, incentivando a análise de hipóteses sobre o surgimento da linguagem humana, a importância dos aedos e dos griôs na transmissão oral de tradições e o surgimento da tipografia, dos jornais, do rádio, da televisão e da internet, propondo reflexões sobre o papel da internet no cotidiano de crianças e adolescentes.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Capítulos 9 e 10: abordam os diversos tipos de atividade comercial e as rotas para o transporte de mercadorias ao longo do tempo.

Capítulos 11 e 12: exploram as mudanças nas formas de comunicação, orais e escritas, ao longo do tempo.

Primeiros contatos

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

A atividade proposta no quadro Primeiros contatos tem o objetivo de realizar uma preparação para o estudo da unidade, possibilitando o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre as temáticas que serão trabalhadas nos módulos a seguir. Com base na análise de fonte iconográfica, a atividade propicia uma reflexão sobre as formas de troca e de transporte de mercadorias entre os povos antigos.

Introdução ao módulo dos capítulos 9 e 10

Este módulo, formado pelos capítulos 9 e 10, permite aos alunos conhecer o desenvolvimento de diversos tipos de atividade comercial, entre as quais o escambo e as trocas de produtos artesanais, bem como as rotas terrestres, fluviais e marítimas, para o transporte de mercadorias ao longo do tempo.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Como vem sendo realizado o comércio e feito o transporte de mercadorias em diferentes tempos?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04H106 ao trabalhar o desenvolvimento do comércio e a circulação de pessoas e mercadorias e as transformações decorrentes desse processo; e o da habilidade EF04H107 ao abordar diferentes rotas terrestres, marítimas e fluviais em diferentes tempos.

São desenvolvidas atividades de leitura e compreensão de textos informativos e a interpretação de fotografias sobre formas de produção e comércio, além de objetos da cultura material, com o objetivo de que os alunos compreendam o desenvolvimento das atividades comerciais, estabelecendo relações com a sua realidade, e a necessidade da padronização de valores e criação das moedas.

Como pré-requisito é importante que os alunos compreendam a moeda como meio de padrão para valoração e realização de atividades comerciais.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

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UNIDADE 3. Mudanças no comércio e nas comunicações

Imagem: Fotografia. Superfície que apresenta desenhos em relevo com embarcações que apresentam extremidade com feição de um cavalo e nas quais há homens de capacete, saia e espada na cintura. Eles estão de pé e manipulam grandes e grossas vigas. Em outro barco, os homens remam conjuntamente. Na água, há peixes, tartarugas, serpente e outros seres. Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo fenício, feito há cerca de 2.800 anos, representando o comércio de madeira. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Realizar a leitura coletiva da imagem, incentivando os alunos a levantar hipóteses sobre os elementos representados, como: o tipo de meio de transporte; a atividade realizada pelas pessoas.

Solicitar a eles que leiam a legenda da imagem, identificando: o tipo de representação; a atividade realizada; a datação.

Realizar a leitura compartilhada da questão, identificando com os alunos a forma de transporte de mercadorias: por meio de embarcações a remo.

Se considerar pertinente, anotar em uma folha à parte as opiniões dos alunos sobre o assunto e retomá-las após o estudo da unidade.

Comércio e cultura

O caráter social da atividade de troca e, consequentemente do comércio, aparece imediatamente quando, para a troca se realizar, existe a necessidade do encontro, envolvendo além das mercadorias, a troca de ideias, palavras, experiências e sensações [...].

A necessidade do encontro para a troca se realizar pressupõe a existência de fluxo de pessoas, e é esse fluxo espontâneo ou gerado que define o lugar do mercado e o melhor ponto para o negócio. Desde os sumerianos, na Mesopotâmia, o ideograma que representava mercado era um Y, o que indicava o encontro de duas linhas ou rotas.

A origem do mercado está, portanto, no ponto de encontro de fluxos de indivíduos que traziam seus excedentes de produção para a troca, normalmente localizados em pontos equidistantes dos diversos centros de produção ou em locais estratégicos do ponto de vista da navegação ou da existência de água.

MP113

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Como as pessoas representadas na imagem estavam fazendo o transporte de madeira para o comércio?
    PROFESSOR Resposta: As pessoas representadas estavam transportando a madeira em barcos.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Essa condição de atividade social e de abastecimento relaciona a atividade comercial com o cotidiano das pessoas. Nesse sentido, estudar o comércio nos oferece a possibilidade de compreender as sociedades que o praticam. É possível conhecer seu modo de vida, ou seja: os produtos que fabricam e consomem; habilidades contábeis; capacidade inventiva e criativa; preferências por cores, sabores, odores; capacidade de organização e objetividade; tecnologias envolvidas; enfim, suas bases culturais. [...]

VARGAS, Heliana C. Comércio e cidade: uma relação de origem. Projeto memórias do comércio em São Paulo : novos olhares. SESC-SP/Museu da Pessoa. p. 2. Disponível em: http://fdnc.io/frB. Acesso em: 27 maio 2021.

Atividade complementar

Fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre os temas da unidade por meio de questões como: De que forma vocês imaginam que eram feitas as trocas entre os primeiros grupos humanos? Será que eles utilizavam moeda? De que tipo? Que tipos de rotas comerciais vocês conhecem atualmente? Será que elas já existiam entre os povos antigos? O que seria diferente?

Sugerir aos alunos que registrem suas respostas para que, ao longo do estudo, possam confrontá-las com as novas informações recebidas, avaliando o que confirmou suas hipóteses iniciais e o que as ampliou.

MP114

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 9 e 10

Como vem sendo realizado o comércio e feito o transporte de mercadorias em diferentes tempos?

CAPÍTULO 9. Atividades comerciais

Há cerca de 10 mil anos, além da caça, da pesca e da coleta, alguns grupos humanos desenvolveram também novas formas de obtenção de alimentos: a agricultura e a domesticação de animais. Essas atividades permitiram o aumento da produção de alimentos e das trocas entre os produtores.

Trocas de mercadorias

O escambo (troca de mercadorias) surgiu há cerca de 10 mil anos [...]. O escambo acontecia de acordo com a necessidade de cada um – os objetos não precisavam ter valores equivalentes . Assim, um pescador que tinha mais peixe do que fosse consumir podia trocar parte dele com um agricultor que tinha colhido mais milho do que o necessário, por exemplo.

Do escambo ao mundo online : entenda a evolução das formas de pagamento. Revista Recreio , 30 out. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/frC. Acesso em: 14 nov. 2020.

Glossário:

Equivalente: de valor semelhante.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Três peixes escamosos. Fim da imagem.

LEGENDA: Peixe. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de espigas de milho. Fim da imagem.

LEGENDA: Milho. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto a informação: o que era o escambo?
    PROFESSOR Resposta: Era a troca de mercadorias de acordo com a necessidade de cada um, e os objetos não precisavam ter valor equivalente.

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Você e um colega vão criar uma pequena dramatização representando uma cena de escambo.
    1. Os membros da dupla devem escolher produtos diferentes entre os seguintes:

      Arroz

      Trigo

      Boi

      Ovelha

      Milho

      Peixe

    1. Elaborem desenhos para representar as mercadorias que vocês selecionaram.
    1. Utilizando os desenhos, apresentem a cena do escambo para os demais colegas e o professor.
PROFESSOR Atenção professor: A atividade proposta permite aos alunos exercitar a noção de escambo por meio de uma situação concreta de troca de produtos com um colega. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 9

Unidade temática

Circulação de pessoas, produtos e culturas.

Objetos de conhecimento

• A invenção do comércio e a circulação de produtos.

• As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus impactos para a formação de cidades e as transformações do meio natural.

Habilidades

• EF04HI06: identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.

• EF04HI07: identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo aproximam-se da Competência Específica 5 de História ao possibilitar que os alunos analisem e compreendam o deslocamento das populações e mercadorias ao longo do tempo.

Fim do complemento.

MP115

Nas primeiras vilas e cidades, algumas pessoas se especializaram no artesanato, que envolvia a produção de objetos com diversos tipos de materiais, como madeira, metais, palha e barro.

Imagem: Pintura. Do lado esquerdo, figura de um homem de pele escura, longa bata, colar destacado no pescoço e cabelo longo preto. Ele está sentado, segura um longo objeto em uma das mãos e tem a outra mão estendida. A região do seu rosto está descascada.  À sua frente, duas fileiras de pessoas, também de pele escura, algumas calvas outras de cabelo curto preto, apenas com a parte inferior do corpo coberta e descalças, que executam diferentes tarefas e são representadas em tamanho menor. Na parte superior, um homem trabalha com uma balança; depois, quatro homens sentados manipulam instrumentos; dois homens de pé trabalham em prateleiras de uma estrutura semelhante a uma estante; e dois homens, um sentado e outro de pé, também trabalham com objetos. Na parte inferior, dois homens se aproximam da representação humana em tamanho maior e seguram objetos estendidos em sua direção. Na sequência, dois homens estão sentados frente a frente a manipulam pequenos objetos; depois um homem pinta um jarro e outro sentado trabalha em uma escultura de um animal; na sequência, dois homens trabalham frente a  frente manipulando objetos compridos; e, por fim, um homem também trabalha sentado em um instrumento.  Fim da imagem.

LEGENDA: Artesãos egípcios em detalhe de pintura no túmulo de Nebamun, datado de 3.400 anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe as imagens. Em casa, com a ajuda de um adulto de sua convivência, investigue qual ou quais desses artesãos estão presentes na sua localidade.
Imagem: A. Fotografia. Em uma sala, uma senhora de óculos está sentada e constrói um vaso com barro. Ao lado, uma mesa com muitos potes moldados. Fim da imagem.

LEGENDA: Artesã produzindo panela de barro, no município de Vitória, no estado do Espírito Santo. Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Em um local com paredes de barro, um homem de camiseta está de pé ao lado de uma superfície na qual há uma escultura de madeira. Ele manipula dois instrumentos em suas mãos. Fim da imagem.

LEGENDA: Artesão produzindo escultura em madeira, no município de Teresina, no estado do Piauí. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: C. Fotografia. Em uma sala de madeira, um senhor de óculos está de pé e tece uma esteira. Fim da imagem.

LEGENDA: Artesão trabalhando com junco, no município de Garopaba, em Santa Catarina. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: D. Fotografia. Dentro de um galpão, uma pessoa que usa camiseta de manga longa e visor protetor no rosto está de pé enquanto solda uma escultura metálica.  Fim da imagem.

LEGENDA: Artesão produzindo escultura com sucata, no município Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco. Foto de 2016. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Conversar com os alunos sobre a presença de artesãos na localidade em que vivem e que tipos de materiais esses profissionais costumam utilizar em seu trabalho. Fim da observação.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Conte ao professor e aos colegas as suas descobertas.
PROFESSOR Atenção professor: Ao expressar oralmente as suas descobertas, os alunos exercitarão a fluência oral. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A proposta das atividades desta página permite que os alunos realizem uma aproximação inicial com o tema do artesanato, por meio de fotografias e da pesquisa na própria realidade. Dentro do trabalho em espiral realizado na coleção, no 5ᵒ ano, o tema do artesanato será retomado, aprofundado e teorizado.

Orientar a observação e interpretação das imagens desta página. Em primeiro lugar, da pintura no túmulo egípcio, identificando a atividade das pessoas representadas: o artesanato. Em seguida, os alunos devem observar as fotografias atuais, identificando os diversos tipos de artesanato retratados. Por fim, devem identificar a presença, na localidade onde vivem, desses artesãos.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho com a diversidade de tipos de artesanato local, sugerimos acompanhar com os alunos a reportagem “Uma imersão na profissão de artistas de praia e artesãos em Maceió, uma cidade do Nordeste brasileiro”, de Edson Júnior, publicada no site Jornalismo Júnior, ligado à ECA-USP, que pode ser acessada no link: http://fdnc.io/fMB. Acesso em: 17 jun. 2021.

Por meio de textos, fotografias e entrevistas, a matéria identifica diversos tipos de artesanato na cidade de Maceió, em Alagoas. Nesse sentido, pode servir como referencial para os alunos fazerem o mesmo em relação à localidade onde vivem.

MP116

Com o aumento das populações, as trocas de mercadorias entre os produtores ficaram mais frequentes, e isso gerou alguns problemas. Por exemplo, qual seria a quantidade necessária de espigas de milho para trocar por um peixe? Um boi equivaleria a quantos quilogramas de farinha? Assim, entre muitos povos antigos, surgiram pessoas especializadas na compra e na venda de produtos, chamadas de comerciantes.

Geralmente, os comerciantes se fixavam nas vilas, e as pessoas iam até elas para procurar os produtos de que necessitavam. As vilas começaram a crescer, originando cidades. Nelas, costumavam existir os mercados, onde eram comercializados alimentos, roupas, utensílios e instrumentos, entre outros produtos.

Imagem: Fotografia. Destaque de um local que apresenta chão de terra e grama e ruínas com pedras robustas. Ao redor, há muitas árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas da Ágora na cidade de Atenas, na Grécia. Há mais de 2.400 anos já ocorria nesse espaço o mercado a céu aberto e também outros atos públicos. FIM DA LEGENDA.

  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, investigue se na sua localidade há pessoas que trabalham com comércio. Onde elas costumam trabalhar?
Imagem: Fotografia. Em um corredor, duas mulheres estão frente a frente enquanto olham sapatos que seguram nas mãos diante de uma prateleira com outros calçados. Fim da imagem.

LEGENDA: Comércio de sapatos no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Na areia da praia, um homem está de costas e de pé encostado em uma arara com muitas roupas de banho e dois guarda-sóis abertos. Ao fundo, casas e a serra. Fim da imagem.

LEGENDA: Comércio de roupas no município de São Sebastião, no estado de São Paulo. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Explorar com os alunos os dois locais de trabalho de comerciantes apresentados nas fotos. Conversar com eles sobre os lugares que existem na localidade em que vivem e quem costuma trabalhar neles. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Conversar sobre as origens do comércio, destacando alguns fatores que contribuíram para a expansão dessa atividade: com o aumento da produção de alimentos, as trocas diretas entre os produtores tornaram-se inviáveis; os comerciantes eram profissionais especializados na troca de mercadorias, e suas atividades eram realizadas nas vilas, o que favoreceu o desenvolvimento das cidades; com a intensificação do comércio construíram-se mercados nas cidades.

Orientar coletivamente a observação e a interpretação das fotografias atuais de comerciantes, identificando com os alunos os locais retratados e as atividades que estavam sendo realizadas. Questioná-los se esse tipo de atividade costuma ser realizado no local onde vivem e se ela é praticada nesses mesmos tipos de lugares ou em outros.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma atividade de campo, com uma visita a um pequeno centro comercial do município onde eles vivem.

Criar um roteiro com eles explorando os tipos de comerciantes. Solicitar autorização para a visita à direção escolar e aos familiares dos alunos.

Após a visita, socializar as descobertas individuais.

O mercado público na história

O mercado público é forma de intercâmbio de produtos encontrada em cidades da antiguidade e se hoje tem continuidade no espaço, isto certamente se deve ao fato de poderem dialogar com outras formas comerciais mais modernas. Todas as culturas adotaram essa forma de troca de produtos e o fato de se realizar esporadicamente, periodicamente ou de maneira perene e com local apropriado para esse fim, dependia das mercadorias que ali se trocavam e da necessidade de se realizar a troca com certa frequência, do deslocamento possível nos diferentes momentos históricos e da importância que o local representava para o abastecimento da cidade e da sua região de abrangência.

MP117

Explorar fonte histórica material

Os romanos antigos também destinaram locais específicos para os mercados públicos.

Entre os anos de 106 e 112, o imperador Trajano ordenou a construção de um grande edifício que, segundo alguns pesquisadores, seria destinado aos funcionários do governo. Outros consideram que o edifício foi dedicado ao comércio e, por isso, o chamaram de Mercado de Trajano.

O prédio possuía cinco andares e 150 cômodos. O acesso era feito por meio de escadas e rampas.

Imagem: Fotografia. Panorâmica do interior de um espaço à céu aberto com chão de pedras e grama e que apresenta uma robusta construção em formato semicircular com arquitetura de arcos na fachada, que são maiores no piso térreo e menores no primeiro piso. Ao centro, há um obelisco. Ao fundo, construções de aspecto similar e que se sobrepõem umas as outras. Fim da imagem.

LEGENDA: Foto de Mercado de Trajano, em Roma, na Itália. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe e interprete a fotografia dos vestígios do Mercado de Trajano e responda às questões a seguir.
    1. Que elementos indicam a realização de comércio a céu aberto?
      PROFESSOR Resposta: A área livre na frente do prédio.
    1. Que elementos indicam a realização de comércio em locais fechados?
      PROFESSOR Resposta: A grande quantidade de portas e janelas.
  1. Qual é a importância da preservação de construções como essa?
PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos reflitam sobre a importância de preservação desse tipo de construção para o conhecimento do modo de vida em outros tempos. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Em Roma, no forum do imperador Trajano, funcionou um mercado, a partir de 113 d.C., que dispunha de 150 lojas, distribuídas em cinco andares. Roma tinha então, aproximadamente, um milhão de habitantes e era o centro do império que naquele momento se encontrava com a sua maior extensão.

Muitos dos mercados tiveram sua gênese nas feiras que terminaram perpetuando-se, materializando-se em construções porque a reprodução da vida na cidade e/ou região necessitava de um contínuo suprimento de víveres. [...]

PINTAUDI, Silvana Maria. Os mercados públicos: metamorfoses de um espaço na história urbana. Cidades , v. 3, n. 5, p. 84, 2006. Disponível em: http://fdnc.io/fMC. Acesso em: 27 maio 2021.

Fonte histórica material: Mercado de Trajano

Solicitar aos alunos que observem a fotografia, identificando a construção retratada e pedir que descrevam essa construção: tamanho, número de andares, quantidade de portas e janelas, formato do espaço existente à frente do prédio.

Comentar com eles que alguns pesquisadores consideram o Mercado de Trajano como um dos mais antigos do mundo. O complexo de edifícios da Roma Imperial composto de cinco andares foi construído no início do século II.

Solicitar aos alunos que registrem as respostas às atividades propostas.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho, propor aos alunos assistir ao vídeo “Aniversário de Salvador: conheça as riquezas do subterrâneo do Mercado Modelo”, que pode ser acessado gratuitamente pelo link: http://fdnc.io/fMD. Acesso em: 17 jun. 2021.

A videorreportagem contextualiza a construção e o desenvolvimento desse importante mercado de Salvador, destacando as hipóteses dos historiadores sobre os túneis do seu subsolo. Se for possível, propor aos alunos uma pesquisa sobre algum mercado importante na localidade onde vivem.

MP118

Mercadorias utilizadas como moeda

Com o crescimento do comércio, muitos povos passaram a utilizar algum produto raro ou importante como elemento que podia ser trocado por todos os demais produtos, servindo como uma espécie de moeda.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia em voz alta o texto sobre um dos produtos utilizados como moeda.

    Sal

    Entre muitos povos antigos, o sal era utilizado na conservação dos alimentos. Porém, ele era bastante difícil de ser encontrado. Por esse motivo, o sal passou a ser utilizado como moeda.

    Há cerca de 3 mil anos, os romanos antigos, que viviam na Europa, utilizavam o sal como moeda e, em alguns períodos de sua história, pagavam os soldados com sal, o que deu origem à palavra “salário”.

Imagem: Fotografia. Superfície lisa e cinza que apresenta desenhos de homens em relevo. Do lado esquerdo, três homens estão de pé, usam capacete, armadura com saia e possuem espadas. Ao centro, um homem com vestimenta semelhante está a cavalo e tem a espada na cintura. Do lado direito, dois homens com semelhantes estão de pé lado a lado, um deles está com uma das mãos apoiadas em uma lança. Sobre as esculturas há inscrições.  Fim da imagem.

LEGENDA: Soldados romanos representados em escultura de mármore de cerca de 2.100 anos. FIM DA LEGENDA.

Sementes de cacau

Os astecas, povo que viveu nas terras do atual México, na América, utilizavam sementes de cacau como moeda há cerca de 600 anos.

Imagem: Gravura. Ao centro, um quadrado dentro do qual há uma figura humana com pinturas no corpo e que segura pequenas hastes na mão. Acima, do lado direito, abaixo e do lado esquerdo do quadrado central há figuras em formato trapézio que apresentam bordas com detalhes e no interior de cada um há duas pessoas frente a frente com adereços na cabeça e no corpo e separadas por uma árvore com frutos ou espinhos ao longo do tronco. Na copa de cada árvore em cada trapézio está um pássaro pousado. Entre os trapézios há um arco com bordas coloridas e com um brasão formado por um grande pássaro de asas aberta, penas na parte inferior do corpo e pés na lateral do corpo. Dentro de cada arco há uma planta longa, da qual o pássaro se alimenta.  A gravura apresenta cores alternadas em tom azul, vermelho e amarelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura asteca, de cerca de 600 anos, que representa colheita de cacau, publicada no Codex Fejérváry-Mayer. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a atividade de leitura dos textos em voz alta, o que contribui para que os alunos desenvolvam a fluência em leitura oral.

Ressaltar a necessidade da adoção de um produto como referencial de troca entre os comerciantes.

Salientar o fato de que cada povo definia o produto que seria o referencial de troca de acordo com suas tradições e cultura. Os romanos, por exemplo, adotavam o sal e os astecas utilizavam sementes de cacau.

Observar coletivamente o relevo que representa soldados romanos e explorar com os alunos detalhes, como: as armas; as vestimentas; as diferenças entre os tipos de soldado.

Conversar com eles sobre o suporte onde foi esculpido o relevo (mármore) e as possíveis dificuldades dessa produção.

Moeda-mercadoria

[...] Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram a função de moeda [...]. Eram as moedas-mercadorias.

O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse risco de doenças e de morte.

O sal foi outra moeda-mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado).

MP119

Conchas

Os habitantes do reino do Congo, na África, há cerca de 600 anos usavam como moeda pequenas conchas cinzas ou peroladas, chamadas zimbos.

Imagem: Fotografia. Um punhado de pequenas conchas brancas que apresentam aspecto ovalar e são abertas de um lado e apresentam uma pequena fenda com rebarbas do outro. Ao centro há uma pulseira de corda com as conchas. Fim da imagem.

LEGENDA: Zimbos, utilizados como moeda pelos habitantes do reino do Congo, na África, há 600 anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire informações dos textos desta página e da anterior sobre as mercadorias usadas como moeda. Depois, liste-as no caderno seguindo o modelo.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Nome do povo

    Continente em que vivia

    Produto utilizado como moeda

    1. Abaixo da primeira coluna inclua os nomes dos povos estudados.
      PROFESSOR Resposta: Romanos, astecas e habitantes do reino do Congo.
    1. Na segunda, escreva o continente correspondente a cada um desses povos.
      PROFESSOR Resposta: Respectivamente: europeu, americano e africano.
    1. Na terceira, registre o tipo de produto utilizado como moeda.
      PROFESSOR Resposta: Respectivamente: sal, cacau e zimbos.
  1. Que problemas cada povo poderia ter em utilizar sementes de cacau, conchas ou sal como moeda?
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos vão expor suas hipóteses, que serão ampliadas na página seguinte. Fim da observação.
  1. Pesquise em livros ou na internet outras mercadorias que foram utilizadas como moeda por diversos povos em tempos diferentes. Registre o tipo de mercadoria, a região e o período em que elas foram utilizadas. Depois, compartilhe com os colegas as suas descobertas.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem descobrir produtos como pimenta, alguns metais (bronze, prata, ouro), cevada e milho. Fim da observação.
  1. Em casa, reconte para um adulto de sua convivência a história dos produtos que eram utilizados como moeda pelos povos estudados.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada dos produtos utilizados como moeda para viabilizar o reconto proposto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados.

No Brasil, entre outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos, meadas e tecidos. [...]

OLIVEIRA, Elen M. de. História do escambo no Brasil. Fórum Brasileiro de Economia Solidária . Disponível em: http://fdnc.io/fME. Acesso em: 27 maio 2021.

Comentar com os alunos as seguintes informações sobre o reino do Congo: foi um dos reinos importantes da África; suas principais atividades comerciais eram realizadas por meio do escambo de mercadorias como sal, tecidos e metais; no século XV, os habitantes do reino comercializavam com os portugueses.

Se possível, apresentar um mapa histórico aos alunos e localizar com eles o reino do Congo, que perdurou do século XIV ao XVIII.

Conduzi-los na realização da tarefa de casa proposta, orientando a forma de realizar a pesquisa.

Orientá-los a recontar a um adulto as informações sobre as mercadorias usadas como moeda. A atividade de reconto contribui para o processo de alfabetização dos alunos.

MP120

A moeda de metal e de papel

Ao longo do tempo, as pessoas passaram a ter dificuldades na utilização de mercadorias como moeda. Muitas delas eram difíceis de armazenar, estragavam ou eram consumidas no dia a dia.

Por isso, muitos povos passaram a usar objetos de metal, material mais resistente, como moeda. Inicialmente, as moedas tinham diversos formatos: espadas, facas, chaves e pulseiras.

Imagem: Fotografia. Objeto de aspecto cobreado e em formato de “C”. Fim da imagem.

LEGENDA: As manilhas, pulseiras de cobre, eram utilizadas como moeda pelos habitantes do reino de Benim, na África, há 500 anos. FIM DA LEGENDA.

As primeiras moedas com peso e valor definidos foram produzidas há cerca de 2.700 anos. Elas eram feitas de metal – inicialmente ouro e prata – e, muitas vezes, tinham o formato circular.

Imagem: Fotografia. Duas moedas redondas prateadas e com desenho em relevo em ambas as superfícies. De um lado há o rosto de um homem de perfil e que apresenta cabelo e barba cacheados. Do outro, a figura de um pássaro. Fim da imagem.

LEGENDA: Moedas gregas de cerca de 2.700 anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Interprete e relacione o texto desta página com suas hipóteses da página anterior sobre os problemas dos povos na utilização de sementes de cacau, conchas ou sal como moeda e responda: suas hipóteses foram confirmadas? Explique.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada das hipóteses e o confronto com as informações. Fim da observação.
  1. Quais eram as vantagens do uso do metal como moeda?
    PROFESSOR Resposta: O metal era mais resistente.
  1. Localize e retire do texto as informações sobre o formato das moedas de metal.
    1. Quais eram seus formatos iniciais?
      PROFESSOR Resposta: Eram formatos de espadas, facas, chaves e pulseiras.
    1. Que formato elas passaram a ter após a fixação de peso e valor definidos?
      PROFESSOR Resposta: Geralmente formato circular.
MANUAL DO PROFESSOR

As atividades desta página permitem aos alunos refletir sobre algumas mudanças na moeda ao longo da história.

Organizar uma roda de conversa sobre a história da moeda. Refletir com eles sobre as seguintes questões a respeito dos textos e das imagens apresentadas: Quais mercadorias poderiam ser difíceis de armazenar e quais mercadorias poderiam estragar ao ser armazenadas? Por que alguns povos passaram a utilizar objetos de metal? Há quanto tempo começaram a surgir as primeiras moedas? De que material eram produzidas inicialmente?

Orientar a atividade em que os alunos devem interpretar e relacionar informações checando as hipóteses deles. Conduzir também as atividades em que eles devem localizar e retirar informações do texto para responder às questões. Essas duas atividades podem contribuir para que os alunos desenvolvam estratégias de compreensão de texto essenciais no processo de alfabetização.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação financeira

O tema abordado permite conversar com os alunos sobre a importância das trocas comerciais para a vida em sociedade e o papel desempenhado pelas moedas como meios de viabilizar o comércio. Comentar também sobre a importância do planejamento financeiro para garantir o futuro.

Fim do complemento.

Educação Financeira nas escolas

A entrada da Educação Financeira nas escolas se justifica por diversas razões amplamente estudadas pelos países que já acumulam experiência na área. Entre essas razões se destacam os benefícios de se conhecer o universo financeiro e de se tomar decisões financeiras adequadas [...].

A Educação Financeira nas escolas se apresenta como uma estratégia fundamental para ajudar as pessoas a enfrentar seus desafios cotidianos e a realizar seus sonhos individuais e coletivos. Discentes e docentes financeiramente educados são mais autônomos em relação a suas finanças e menos suscetíveis a dívidas descontroladas, fraudes e situações comprometedoras que prejudiquem não só a própria qualidade de vida como a de outras pessoas.

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Explorar fonte histórica material

O papel-moeda foi desenvolvido pelos chineses, mas só se espalhou pelo mundo após o início do seu uso pelos europeus em cerca de 1660.

Ao longo do tempo, governantes de diversos países adotaram o papel-moeda devido à facilidade de circulação desse tipo de material.

Imagem: Fotografia. Uma cédula retangular de aspecto amarelo com arabescos em verde na borda, o número 500 em tamanho pequeno aparece nas extremidades e é grande ao centro da nota, abaixo do qual está escrito “QUINHENTOS MIL REIS”. No topo está escrito “IMPÉRIO DO BRAZIL” e a figura de um senhor de cabelo curto e barba volumosa está ao centro dividindo a inscrição em duas partes. Do lado esquerdo da cédula há um brasão, do lado direito, uma mulher que escreve com uma pena.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cédula de papel-moeda que circulava no Brasil em 1879. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma cédula retangular de aspecto rosado com arabescos em verde na borda, o número 10 em tamanho pequeno aparece nas extremidades e maior duplicado ao centro da nota. Entre a reprodução dos números, com moldura ovalar, está a imagem de um homem de cabelo curto, olhos pequenos, nariz afilado e lábios finos. Acima da foto está escrito “REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL”. Abaixo, “DEZ CRUZEIROS”. Há números codificados impressos sobre a nota. Fim da imagem.

LEGENDA: Cédula de papel-moeda que circulava no Brasil em 1963. FIM DA LEGENDA.

  1. O nome da moeda utilizada no Brasil mudou entre 1879 e 1963? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Sim, pois, em 1879, a moeda oficial era Réis (plural de real) e, em 1963, era o Cruzeiro.
  1. E hoje qual é o nome da moeda utilizada no Brasil?
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos respondam que o nome da moeda utilizada atualmente no Brasil é Real. Informe-os de que o plural de real é reais. Fim da observação.
  1. A cédula de 1879 apresenta a imagem de Dom Pedro II, e a cédula de 1963 apresenta a imagem de Getúlio Vargas. Em casa, com a ajuda de um adulto, pesquise em livros e na internet informações sobre esses dois personagens históricos.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a pesquisa indicando aos alunos fontes confiáveis e combinando um prazo. Se julgar pertinente, informe que Dom Pedro II foi imperador do Brasil entre 1840 e 1889 e que Getúlio Vargas foi presidente do Brasil entre 1930 e 1945 e entre 1950 e 1954. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A Educação Financeira tem um papel fundamental ao desenvolver competências que permitem consumir, poupar e investir de forma responsável e consciente, propiciando uma base mais segura para o desenvolvimento do país. Tal desenvolvimento retorna para as pessoas sob a forma de serviços mais eficientes e eficazes por parte do Estado, numa relação saudável das partes com o todo.

COMITÊ NACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA (CONEF). Educação Financeira nas escolas : Ensino Médio – livro do professor. Brasília: CONEF, 2013. p.1. Disponível em: http://200.144.244.96/cda/PARAMETROS-CURRICULARES/ME-Ensino-Medio/professor_b1_2014.pdf . Acesso em: 27 maio 2021.

Fonte histórica material: cédulas de papel-moeda

Propor aos alunos que leiam o texto introdutório e orientar a realização das atividades.

Compartilhar com eles as seguintes informações sobre a origem do papel-moeda na China: os mercadores chineses começaram a utilizar o papel-moeda na dinastia Tang (618-907 d.C.); o papel-moeda diminuía a carga dos comerciantes, possibilitando o transporte de grandes quantias de dinheiro; invenções chinesas anteriores, como o papel, a tinta e as artes gráficas, favoreceram a criação do papel-moeda.

Comentar que o dinheiro começou a circular no Brasil no período colonial e, em 1694, foi fundada a primeira Casa da Moeda.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho, assistir com os alunos o vídeo “Meio Circulante”, do Banco Central do Brasil, que pode ser acessado gratuitamente pelo link: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas . Acesso em: 17 jun. 2021.

Com esse material é possível explorar com eles o processo de produção e circulação de moedas metálicas e de papel-moeda no Brasil.

MP122

CAPÍTULO 10. Rotas terrestres, marítimas e fluviais

Leia o texto silenciosamente.

Além de contribuir para a elaboração das moedas, o crescimento do comércio impulsionou o desenvolvimento de rotas de transporte de mercadorias. As rotas podiam ser de três tipos:

Imagem: Fotografia. Desenho em relevo de uma grande embarcação no mar feito sobre uma superfície rochosa com fissuras. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de relevo em pedra de túmulo fenício de cerca de 2.500 anos. FIM DA LEGENDA.

  1. Que meio de transporte foi representado na imagem?
    PROFESSOR Resposta: Um navio ou barco.
  1. Esse era o principal meio de transporte utilizado pelos fenícios. Com essa informação, é possível concluir que as principais rotas comerciais dos fenícios eram terrestres ou marítimas?
PROFESSOR Resposta: Marítimas.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 10

Unidade temática

Circulação de pessoas, produtos e culturas.

Objetos de conhecimento

• A invenção do comércio e a circulação de produtos.

• As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus impactos para a formação de cidades e as transformações do meio natural.

Habilidades

• EF04HI06: identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.

• EF04HI07: identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo aproximam-se da Competência Específica 5 de História ao possibilitar que os alunos analisem e compreendam o deslocamento das populações e mercadorias ao longo do tempo.

Fim do complemento.

Atividade complementar

Orientar os alunos a investigar em livros, jornais e na internet informações sobre a presença, na Unidade Federativa em que vivem, de rotas comerciais terrestres, marítimas ou fluviais. Solicitar que selecionem imagens dessas rotas, imprimindo ou salvando esses registros em meios digitais. Compartilhar as descobertas individuais.

Orientar a leitura silenciosa do texto, que contribui para o processo de alfabetização. Depois, conversar com os alunos sobre rotas comerciais: o que são e os tipos principais. Destacar também o povo fenício e sua localização.

Além disso, conduzir a observação e a interpretação da imagem, que permite a eles refletir sobre o tipo de rota comercial representada.

MP123

Todo o modo de vida dos fenícios era influenciado pela atividade comercial.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    Os fenícios

    [...] os fenícios transformaram suas cidades em importantes polos comerciais. [...] Ou seja, compravam vinho de uma região e vendiam para outra, que por sua vez produzia óleo, e assim por diante. Para fazer tantos negócios, os fenícios se especializaram em longas viagens marítimas. [...] estabeleceram pontos de colonização – que mais pareciam grandes mercados – em várias áreas do mar Mediterrâneo, como no norte da África e na costa da Itália e da Espanha.

    Quem foram os fenícios? Revista Superinteressante , 4 jul. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/frH. Acesso em: 14 nov. 2020.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma área com solo gramado, parede em ruína feita de grandes pedras e também compridas e robustas colunas. No local também há árvores e ao fundo, a cidade e morros.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas de um templo de cerca de 4.700 anos, na antiga cidade fenícia de Biblos, atual Líbano. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações.
    1. Que tipos de produtos os fenícios comercializavam de uma cidade para outra?
      PROFESSOR Resposta: Vinho e óleo.
    1. Eles faziam apenas comércio interno (dentro do próprio território) ou também externo?
PROFESSOR Resposta: Também externo, pois vendiam para outras regiões da África e da Europa.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura do texto em voz alta, o que contribui para o desenvolvimento, pelos alunos, da fluência em leitura oral.

Retomar com eles a informação da página anterior sobre o local e a época de fixação dos fenícios. Em seguida, explorar as informações sobre as atividades comerciais dos fenícios, os povos com os quais comerciavam e os produtos.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho, propor aos alunos um jogo. Organizar a turma em grupos. Cada grupo deverá dividir entre seus membros os seguintes produtos: azeite, madeira, tecido, arado e vaso. Os participantes deverão escrever numa folha o nome do seu produto e fazer um desenho para representá-lo. Depois, terão 5 minutos para realizar o maior número de trocas de produtos que conseguirem, que será anotada pelo professor. Ganha o jogo o grupo que conseguir fazer o maior número de trocas no prazo estipulado.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial

Nas sequências didáticas desta unidade são abordadas as mudanças ocorridas no campo do comércio e das comunicações ao longo do tempo, o que permite explorar o estímulo que a atividade comercial deu aos deslocamentos humanos e à fixação de determinados grupos em regiões distantes da sua terra de origem, retomando, assim, o tema dos fenômenos migratórios. Por exemplo, o estabelecimento de colônias fenícias no litoral do Mar Mediterrâneo, mencionado no texto.

Fim do complemento.

MP124

A Rota da Seda

Uma das rotas comerciais mais importantes do mundo teve início há 2.600 anos e recebeu o nome de Rota da Seda, pois incluía o comércio desse tecido produzido pelos chineses e enviado para a Europa.

Na prática, a Rota da Seda era composta de diversos caminhos nos quais eram transportados produtos como seda, temperos, joias e artefatos de metal. A viagem total levava cerca de quatro meses, mas a maioria dos comerciantes fazia apenas trechos mais curtos. Além da circulação de produtos, a Rota da Seda permitiu muitas trocas culturais, envolvendo diferentes idiomas, crenças, religiões e inovações técnicas, como o papel e a pólvora.

Ao longo do tempo, a Rota da Seda foi interligada a diversas outras rotas marítimas e terrestres que possibilitavam o comércio entre asiáticos, europeus e africanos.

Imagem: Mapa. Rota da Seda. No canto direito, está o planisfério com destaque para o norte do continente africano, para a Europa e Ásia. O mapa apresenta as linhas imaginárias, o oceano Atlântico, índico e Pacífico e a rota da seda atravessando os continentes. No litoral do oeste europeu, a rota parte do Porto, passa por Lisboa, depois, adentrando o litoral sul, Granada, Valência, Barcelona, Gênova, Lyon, Roma, Veneza. Segue cortando o mar Mediterrâneo até p oeste da Ásia e, Antíoquia e Tiro. Depois, há um circuito entre Aióquia, Sardis, Istambul, Dara, Bagdá e Tiro. De Bagdá, a rota segue tanto para o sul da Asia, em Isfahan e Ormuz quanto para o norte em Tabriz, Trebizond e Baku até Nisa, e outra rota de Bagdá segue ao centro continental para Ravy, Nishapur e Merv, depois de Nisa, seguindo para Balkh, Kokand e Kashgar ou Khotan, formando um circuito com Dunhuang, Kuga e Turpan, ao norte. Por fim, a rota passa por Xian.  Na parte inferior, a rosa dos ventos com a escala: 1000 km.   Fim da imagem.

Fonte: UNESCO. About the Silk Roads. Disponível em: http://fdnc.io/fMF. Acesso em: 16 dez. 2020.

  1. Interprete e relacione as informações do mapa e do texto e responda às questões.
    1. Quais continentes são interligados pela Rota da Seda?
      PROFESSOR Resposta: O asiático e o europeu.
    1. Cite três cidades de cada continente interligado pela Rota da Seda.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem escolher quaisquer cidades da Ásia e da Europa. Fim da observação.
    1. A Rota da Seda apresenta somente caminhos terrestres? Explique.
      PROFESSOR Resposta: Não, pois há trechos da rota feitos também por mar.
  1. Em casa, reconte a um adulto de sua convivência porque a Rota da Seda era importante para o comércio, quais produtos eram transportados por ela e quanto tempo demorava para percorrê-la.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada dos conteúdos e conversar com os alunos sobre formas de recontar ao adulto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Conversar com os alunos sobre a Rota da Seda, destacando que é uma das rotas comerciais mais importantes do mundo e teve início há 2.600 anos. Ela recebeu o nome de Rota da Seda, pois incluía o comércio desse tecido produzido pelos chineses e enviado para a Europa.

Destacar com os alunos que os tipos de produto transportados pela Rota da Seda, o tempo total da viagem e o fato de estar interligada a diversas outras rotas marítimas e terrestres possibilitavam o comércio entre asiáticos, europeus e africanos.

Orientar a leitura e a interpretação do mapa, identificando com os alunos os continentes, os oceanos, as cidades e a Rota da Seda.

Conduzir a atividade em que eles devem interpretar e relacionar as informações do mapa e do texto para responder às questões.

Orientá-los também na tarefa de casa de reconto das informações obtidas para um adulto da convivência deles.

A Rota da Seda

O termo Rota da Seda refere-se a uma ampla rede de estradas, caminhos e oásis que se estendia da China até os portos do Mediterrâneo e por onde circularam, principalmente entre os séculos I e XV, mercadores, missionários, peregrinos e conquistadores das mais diversas etnias e culturas. Trata-se de uma denominação surgida no século XIX que reflete bem a época na qual era forte a influência do romantismo nas mentalidades europeias. O interesse pelo Oriente aguçava o imaginário ocidental e inúmeras descobertas arqueológicas oitocentistas reavivavam uma história que havia ficado adormecida por muitos séculos.

MP125

A Rota da Seda esteve ligada à construção da famosa Muralha da China.

  1. Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Muralha da China e Rota da Seda

    A Grande Muralha da China é, hoje, um dos locais mais visitados do mundo. Construída durante quatro dinastias e com um comprimento equivalente a seis vezes a distância entre Recife e Porto Alegre, esse conjunto de fortificações serviu para evitar as invasões de inimigos do norte e proteger o comércio da Rota da Seda. [...]

    Em locais intactos ou restaurados, a altura da Grande Muralha é de 5 a 8 metros, tendo sido projetada para ser pelo menos três vezes a altura de um homem.

    Joseane Pereira. Maravilha do mundo moderno: fatos curiosos sobre a Grande Muralha da China. Revista Aventuras na História , 30 set. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fMH. Acesso em: 25 jul. 2020.

    Glossário:

Fortificação: forte destinado a proteger uma cidade ou determinado território.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma região muito montanhosa e que é entrecortada por uma extensa e robusta muralha que apresenta pequenas construções ao longo do seu comprimento. Fim da imagem.

LEGENDA: Muralha da China, na China. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a relação entre a Muralha da China e a Rota da Seda?
    PROFESSOR Resposta: Além de proteger o império de invasões vindas do norte, a muralha servia para proteger a Rota da Seda.
  1. Que tal aplicar a palavra “fortificação” ao seu vocabulário? Siga os passos:
    1. verifique o significado dessa palavra no glossário;
    1. elabore uma frase usando a palavra “fortificação”.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada do glossário e a elaboração da frase, questionando os alunos por quais motivos e em que lugares as fortificações podem ser construídas. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A excessiva valorização das chamadas Grandes Navegações por parte dos historiadores favoreceu, durante muito tempo, pesquisas que davam ênfase a um expansionismo de caráter eurocêntrico muitas vezes desconsiderando o rico intercâmbio que, no decorrer de toda a Idade Média, ligou o Oriente ao Ocidente. É grande e diversificada a documentação disponível para os que se dedicam ao estudo da Rota da Seda. As fontes que nos remetem à cultura material, tais como objetos de uso diário, têxteis variados, metalurgia, cerâmicas, mosaicos, azulejaria, telas, etc., têm especial relevância pois são representativas de um riquíssimo cruzamento, tanto de ideias quanto de técnicas de elaboração. [...]

PALAZZO, Carmen Lícia. A cultura material na rota da seda: fontes para pesquisa em história medieval. Aedos , v. 2, n. 2, p. 464-465, 2009. Disponível em: http://fdnc.io/fMG. Acesso em: 28 maio 2021.

Orientar a leitura do texto em voz alta, o que contribui para o desenvolvimento, pelos alunos, da fluência em leitura oral.

Depois dessa leitura, conversar com eles sobre as características da Muralha da China, um dos locais mais visitados do mundo. Comentar sobre sua extensão, altura e sua relação com a Rota da Seda.

Orientar os alunos a localizar no texto o termo “fortificação” e a explicar o que entenderam pelo contexto. Em seguida, eles devem ler o significado do termo no glossário. Por fim, orientá-los na criação de uma frase incluindo o termo discutido. Todas essas atividades contribuem para o desenvolvimento do vocabulário dos alunos, essencial no processo de alfabetização.

MP126

As rotas pelo deserto do Saara

  1. Quando solicitado pelo professor, leia o texto em voz alta.

    As primeiras rotas comerciais que atravessaram o deserto do Saara, na África, foram percorridas pelos antigos egípcios há cerca de 4 mil anos.

    Essas rotas, conhecidas como transaarianas, foram ampliadas com o início da utilização dos camelos como meio de transporte de pessoas e mercadorias há cerca de 1.700 anos.

    A travessia do Saara durava cerca de dois meses. As caravanas que partiam do norte da África para o sul carregavam diversos produtos, como sal, ferro, algodão, arroz, azeite, tecidos e ouro. Já as caravanas que partiam do sul da África em direção ao norte iam carregadas de ouro e gêneros alimentícios como milho africano e sorgo, entre outros.

Imagem: Atlas. Destaque da região norte do continente africano na região da encosta. Ao norte, há uma faixa continental e uma faixa marítima; a oeste, está o oceano, ilhas e uma grande embarcação. No território, há os nomes das cidades da encosta, algumas regiões com lugares destacados, representados por construções e uma faixa densa que atravessa o território horizontalmente do litoral ao centro-leste do continente. Na parte inferior, em destaque, próximo de um conjunto de tendas, um homem de pele clara, de turbante e que usa uma bata longa está sobre um camelo e se aproxima de um homem negro de bata longa sentado de pernas cruzadas e que segura um objeto em uma das mãos, cetro na mão esquerda e usa coroa.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de uma reprodução do Atlas catalão, de 1375. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe e retire informações da imagem reproduzida e responda às questões a seguir.
    1. Qual das pessoas ilustradas no mapa representa o comerciante? Explique.
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos indiquem a pessoa desenhada à esquerda, pois ela está montada em um camelo e se deslocando. Fim da observação.
    1. Qual pessoa ilustrada representa um rei africano? Explique.
PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos indiquem a pessoa representada à direita, que está sentada em um trono, com uma coroa e um cetro. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura em voz alta do texto, que contribui para a fluência em leitura oral. Depois da leitura, conversar com os alunos sobre as seguintes questões: O que é o deserto do Saara? É fácil atravessá-lo? Que meio de transporte foi utilizado por esse povo? Quanto tempo as pessoas demoravam para atravessá-lo? Que produtos as caravanas levavam?

Atividade complementar

Apresentar aos alunos mapas físicos ou virtuais de rotas do deserto do Saara em diferentes tempos. Comentar com eles que as rotas do deserto do Saara conectavam várias regiões mercantis com as zonas de abastecimento (minas de sal do deserto do Saara, as regiões auríferas do Sahel e as áreas de extração de pimenta e noz-de-cola das florestas tropicais) e que o Reino do Mali controlava o comércio transaariano e as rotas caravaneiras.

As rotas transaarianas

A formação de reinos no Sudão foi, em certa medida, incentivada pelo comércio transaariano de cereais e outros produtos agrícolas, além de âmbar, pimenta, marfim e escravos, que eram trocados por cavalos, sal, cobre, conchas, panos de algodão e tâmaras. As aldeias que se tornaram pontos comerciais entre os povos do deserto e os do Sahel procuraram controlar esse comércio, passaram a cobrar tributos e desenvolveram atividades, como a fabricação de utensílios de carga de animais, manufaturas e hospedagem. As rotas comerciais na área do deserto eram controladas pelos berberes, que ofereciam guias e camelos. O camelo era o meio de transporte de mercadorias mais utilizado, sobretudo ao norte do Níger.

MP127

As rotas transaarianas permitiram o crescimento de várias cidades africanas, modificando também o modo de vida dos habitantes dessas cidades.

  1. Quando o professor solicitar, leia um dos textos em voz alta.

    Reis, nobres e grandes comerciantes

    Os reis, nobres e comerciantes dos reinos atravessados pelas rotas transaarianas enriqueceram com o comércio e a cobrança de impostos sobre as mercadorias transportadas.

Imagem: Ilustração. No deserto, em primeiro plano, destaque de um homem de chapéu, barba longa, bata comprida e descalço que caminha ao lado de um camelo que carrega uma carga grande presa às costas. Ao lado, um rapaz de barba, que usa bata, também descalço e com chapéu nas costas está sobre as costas de um burro. Ao fundo, outros homens com vestes semelhantes sobre camelos e com lanças. No canto inferior esquerdo, há um frasco com rótulo com inscrições.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação de caravana transaariana de cerca de 1880. FIM DA LEGENDA.

Camponeses

Os camponeses, maioria da população em muitos reinos africanos, não enriqueceram com o comércio, pois continuaram trabalhando nas terras dos nobres e comerciantes. Assim, foram marginalizados em relação às mudanças decorrentes das rotas transaarianas.

  1. Elabore uma produção de escrita sobre as rotas transaarianas, incluindo:
    1. o tempo gasto para percorrê-las;
    1. os produtos transportados e comercializados do sul para o norte;
    1. os produtos transportados e comercializados do norte para o sul.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos deverão produzir um texto, constando: o tempo de travessia do Saara (cerca de dois meses); os produtos comercializados do sul para o norte (ouro e gêneros alimentícios como, milho africano e sorgo, entre outros); e os comercializados do norte para o sul (sal, ferro, algodão, arroz, azeite, tecidos e ouro). Fim da observação.
  1. As rotas transaarianas influenciaram a vida dos reis, nobres e grandes comerciantes? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Sim. Eles enriqueceram com o comércio e a cobrança de impostos.
  1. As rotas beneficiaram os camponeses? Por quê?
PROFESSOR Resposta: Os camponeses não enriqueceram com o comércio e continuaram trabalhando nas terras dos nobres e comerciantes, sendo marginalizados.
MANUAL DO PROFESSOR

Depois, em certos trechos, os produtos eram transferidos para os burros, que comparativamente eram mais custosos, porque não podiam ser utilizados nas estações chuvosas, nem em áreas infestadas pela mosca tsé-tsé. Por outro lado, o meio de transporte mais barato era o fluvial, feito em canoas. [...] Uma das rotas mais difíceis era a que ligava o Mediterrâneo ao Sahel, com duração em média de 2 meses, e os mercadores poderiam ficar até 14 dias sem encontrar água pelo caminho.

FRAGA, Walter; ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de. Uma história da cultura afro-brasileira . São Paulo: Moderna, 2009. p. 17 e 18.

Comentar com os alunos que entre os povos africanos existia uma dinâmica atividade comercial. Esses povos desenvolveram a metalurgia e o comércio de minérios, metais preciosos e especiarias, como o sal.

Orientar a produção de escrita retomando com eles os conteúdos solicitados. Depois, orientá-los sobre as características do texto informativo, em que devem encadear as informações de forma a garantir a compreensão do leitor.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas aproximam-se da Competência Específica 5 de História ao possibilitar que os alunos analisem e compreendam o deslocamento das populações e mercadorias ao longo dos tempos.

Fim do complemento.

MP128

Caminho de Peabiru

Há milhares de anos, os povos indígenas que viviam nas terras do atual Brasil construíam pequenas trilhas nas matas para se deslocar entre aldeias e em busca de caça, pesca e frutos a serem coletados.

Além das pequenas trilhas, os indígenas utilizavam longos caminhos, como o Caminho de Peabiru.

Caminho de Peabiru

O Peabiru era usado pelos índios guaranis para buscar e transportar caça, ligar diversas aldeias [...].

A trilha também “serviu para as andanças e até grandes migrações de povos indígenas” [...].

Ao longo da trilha, o pesquisador [Igor Chmyz] descobriu sítios arqueológicos com restos de habitações utilizadas, provavelmente, quando os índios estavam em viagens.

Wagner Oliveira. Paraná guarda últimos trechos da estrada indígena que cortava a América do Sul. Folha de S.Paulo , 20 fev. 2000. Disponível em: http://fdnc.io/frK. Acesso em: 14 nov. 2020.

Imagem: Fotografia. Um objeto redondo com grande cavidade circular e interior oco com superfície lisa e escura.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vestígios arqueológicos da tradição Itararé encontrados nas proximidades do Caminho de Peabiru, no estado do Paraná. FIM DA LEGENDA.

  1. Segundo a reportagem, para que era usado o Caminho de Peabiru?
PROFESSOR Resposta: O Caminho de Peabiru era usado para buscar e transportar caça, ligar diversas aldeias e para as andanças e grandes migrações de povos indígenas.

Boxe complementar:

Você sabia?

Alguns pesquisadores consideram que a palavra Peabiru tem origem na língua tupi, que era utilizada por muitos povos indígenas brasileiros. Essa palavra seria a junção de Pe, que significa “caminho”, com abiru, que significa “gramado amassado”.

A pesquisa sobre esse caminho ainda é muito recente e, por isso, os pesquisadores ainda têm muitas dúvidas sobre o contexto e as construções da trilha.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura do texto introdutório coletivamente. Conversar com os alunos sobre o uso que os indígenas faziam das trilhas que abriam nas matas. Propor a leitura compartilhada do texto “Caminho de Peabiru”. Explorar com os alunos: quem utilizava o caminho, para que era utilizado e quais vestígios foram encontrados pelo pesquisador. Sugerir a eles que exponham suas ideias e percepções sobre o texto.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

O assunto apresentado permite aproximar os alunos do tema da diversidade cultural, com ênfase nas criações culturais dos antepassados dos povos indígenas brasileiros, em especial dos guaranis. Propor a eles que pesquisem em livros e na internet informações sobre alguns povos indígenas atuais que são descendentes dos antigos guaranis: guarani kaiowá, guarani mbya e guarani ñandeva.

Solicitar aos alunos que indiquem os estados onde vivem, a população e as atividades produtivas desses povos indígenas. Algumas informações podem ser encontradas no site Povos Indígenas no Brasil, do Instituto Socioambiental, disponível em: http://fdnc.io/5gq. Acesso em: 17 jun. 2021.

Fim do complemento.

Preservação de Peabiru

A proposta [de formação de um parque] foi viabilizada após uma empresa privada, no município, depositar os recursos necessários para a implantação da unidade de preservação como forma de compensação ambiental pela instalação de sua fábrica em Barra Velha. No ano de 2008, os valores foram depositados para a implementação do Parque. Através do Decreto Municipal 428/2007 foi criado oficialmente o Parque Natural Caminho do Peabiru.

MP129

Tempo, tempo...

  1. Faça no caderno uma linha dividida em partes iguais, composta de nove marcações temporais.
  1. Acima de cada marcação temporal insira, da esquerda para a direita, os seguintes anos, do mais antigo para o mais recente. Veja o modelo.
Imagem: Ilustração. Linha do tempo com as informações: Há 5.000 anos - Há 4.500 anos - Há 4.000 anos - Há 3.500 anos - Há 3.000 anos - Há 2.500 anos - Há 2.000 anos - Há 1.500 anos - Há 1.000 anos. 
 Fim da imagem.
  1. Organize os fatos, colocando-os abaixo de cada ano correspondente na linha do tempo que você fez no caderno.

    Estabelecimento das rotas transaarianas

    Uso do sal como moeda

    Estabelecimento da Rota da Seda

    Uso de conchas como moeda na África

    Criação das primeiras moedas de metal

    Uso de cacau como moeda na América

PROFESSOR Atenção professor: Os alunos deverão organizar: 4.000 anos, estabelecimento das rotas transaarianas; 3.000 anos, uso do sal como moeda; 2.600 anos, estabelecimento da Rota da Seda; 500 anos, uso de conchas como moeda na África, uso de cacau como moeda na América; 2.700 anos, criação das primeiras moedas de metal. Fim da observação.
  1. Observe a linha do tempo e responda às questões.
    1. O uso do sal como moeda ocorreu antes ou depois do estabelecimento das rotas transaarianas?
      PROFESSOR Resposta: Depois.
    1. Quais dos fatos citados ocorreram simultaneamente, isto é, ao mesmo tempo?
PROFESSOR Resposta: Uso de sementes de cacau como moeda (América) e uso de conchas como moeda (África), ambos há cerca de 500 anos.
MANUAL DO PROFESSOR

Com uma área aproximada de 4.285.300 m², o Parque conta com remanescentes de antigas ocupações humanas pré-coloniais, como o Sambaqui Faisqueira I e parcela preservada do bioma Mata Atlântica. O que poderá proporcionar excelentes oportunidades controladas para uso público, educação ambiental e pesquisas científicas. [...]

A comunidade quer garantir a preservação do patrimônio, objetivo pelo qual o Parque foi criado. Pequena parcela vem fazendo a sua parte, participando das oficinas de gestão do patrimônio e acompanhando todos os trâmites legais [...].

KISTNER, Jonathas. Parque Natural Municipal Caminho do Peabiru: uma unidade de conservação entre conflitos e expectativas. Tecnologia e Ambiente , v. 21, n. 1, p. 8-9, 2015. Disponível em: http://fdnc.io/frL. Acesso em: 28 maio 2021.

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

Orientar a realização da linha do tempo proposta, em que os alunos devem: retomar as informações sobre cada fato histórico citado ao longo da unidade; identificar a época em que cada um desses fatos ocorreu; ordenar esses fatos na linha do tempo apresentada.

Em seguida, orientar a realização da última atividade proposta em que os alunos devem organizar alguns fatos aplicando as noções de anterioridade, posterioridade e simultaneidade.

Atividade complementar

Como tarefa de casa, sugerir aos alunos que façam uma linha do tempo da própria vida. Para isso, orientá-los a seguir os passos: dividir a linha em uma quantidade de partes equivalente à própria idade; escrever em cada parte, “nascimento”, “um ano”, “dois anos”, “três anos”, e assim sucessivamente, até a idade atual; escrever abaixo de cada informação o ano correspondente; colar fotos ou desenhar representações de fatos que ocorreram na própria vida em cada um desses anos.

MP130

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 9 e 10

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda às atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Há cerca de 10 mil anos, a domesticação de plantas e animais permitiu maior produção de alimentos e estimulou a troca direta de alimentos entre os produtores. Sobre esse assunto, responda às questões a seguir.
    1. Qual é o nome dessa troca de mercadorias?
      PROFESSOR Resposta: Escambo.
    1. Como funcionava essa troca? Explique.
      PROFESSOR Resposta: Essa troca acontecia de acordo com a necessidade de cada produtor. Um agricultor que tivesse colhido mais trigo que o necessário poderia trocar parte da sua produção com um pastor que tivesse mais ovelhas que o necessário, por exemplo.
    1. Cite dois problemas que começaram a surgir entre os produtores com a troca de mercadorias.
      PROFESSOR Resposta: Era difícil calcular a equivalência entre produtos, como na troca de espigas de milho por peixes, ou de um boi por farinha.
  1. Selecione dois povos antigos e os respectivos produtos utilizados como moedas e preencha o esquema a seguir.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Povo antigo

    Produto utilizado como moeda

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar respectivamente romanos antigos, sal; astecas, sementes de cacau; congoleses, conchas. Fim da observação.
  1. Explique as vantagens em se utilizar objetos de metal como moedas.
    PROFESSOR Resposta: Os objetos de metal não estragavam, eram mais resistentes e fáceis de armazenar.
  1. Leia as frases e registre no caderno aquelas que apresentam características da Rota da Seda.
    1. A Rota da Seda recebeu esse nome, pois a seda era um dos produtos comercializados por meio dela.
    1. A Rota da Seda era uma das principais rotas de comércio que ligava o continente asiático e europeu.
    1. O principal produto comercializado era o óleo.
    1. Além da seda, eram comercializados outros produtos, como temperos, joias e artefatos de metal.
    1. A Rota da Seda era composta de diversos caminhos.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem registrar as frases “a”, “b”, “d”, “e”. Fim da observação.
  1. Como as mercadorias eram transportadas na Rota da Seda?
    PROFESSOR Resposta: Eram transportadas por animais de carga.
  1. Você estudou que, além da circulação de mercadorias, a Rota da Seda permitiu várias trocas culturais entre os povos. Liste três delas.
    PROFESSOR Resposta: Podem ser citados: idiomas, crenças, religiões e inovações técnicas, como o papel e a pólvora.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: explicar o que é o escambo e como ele funcionava.

Ao solicitar que o aluno explique o que era o escambo e os problemas gerados pelas trocas de mercadorias, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar os tipos de produtos utilizados como moeda pelos povos antigos.

O aluno deverá identificar e selecionar alguns tipos de produtos utilizados como moeda pelos povos antigos e organizar essas informações em uma lista, cruzando os nomes dos povos e os produtos que eles utilizavam como moeda.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: identificar os tipos de produtos utilizados como moeda pelos povos antigos.

Espera-se que o aluno explique o motivo da utilização, por diversos povos, de moedas metálicas.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: identificar os principais produtos comercializados na Rota da Seda e na Rota Transaariana.

Ao solicitar que o aluno identifique as principais características da Rota da Seda, como os produtos comercializados, as regiões percorridas e os pontos de parada, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

O aluno deverá identificar o transporte de mercadorias feito por animais de carga na Rota da Seda.

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

Ao solicitar que o aluno identifique e selecione algumas trocas culturais relacionadas ao deslocamento e relacionamento entre pessoas de diferentes povos na Rota da Seda, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

MP131

  1. Observe o esquema do comércio fenício e responda às questões.
Imagem: Esquema. De um bloco intitulado “Ásia (Fenícia) Cidades de Biblos, Sidon e Tiro” parte a seta “Comércio pelo Mar Mediterrâneo” em direção à “África. Cidades de Cartago e Tíngis” e “Europa. Cidades de Sagunto e Gades”.  Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de Arruda. Atlas histórico escolar. São Paulo: Ática, 2007. p. 8.

  1. Os fenícios realizavam principalmente comércio terrestre ou marítimo? Por que você concluiu isso?
    PROFESSOR Resposta: Marítimo, pela citação do Mar Mediterrâneo.
  1. Identifique uma cidade da África e uma da Europa que faziam comércio com os fenícios.
    PROFESSOR Atenção professor: O aluno pode citar Cartago ou Tíngis (África) e Sagunto ou Gades (Europa). Fim da observação.
  1. Cite as três principais cidades fenícias.
    PROFESSOR Resposta: Biblos, Sidon e Tiro.
  1. As rotas transaarianas atravessavam diversos reinos. Sobre esse assunto, responda às questões a seguir.
    1. Quem eram os habitantes desses reinos?
      PROFESSOR Resposta: Reis, nobres, grandes comerciantes e uma maioria de camponeses.
    1. O comércio transaariano modificou da mesma forma o modo de vida desses habitantes? Explique.
      PROFESSOR Resposta: Não. Os reis, nobres e grandes comerciantes enriqueceram. Já os camponeses continuaram pobres e trabalhando nas terras dos nobres e dos comerciantes.

      Autoavaliação

      PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

      Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

      Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Identifiquei as mercadorias utilizadas como moeda de troca entre os primeiros grupos humanos?
  1. Reconheci a importância das rotas para a dinâmica da vida comercial?
  1. Compreendi as trocas culturais no comércio entre pessoas de diferentes povos?
  1. Realizei todas as atividades propostas com responsabilidade?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 7 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

Espera-se que o aluno identifique os três continentes envolvidos no comércio fenício, a via principal do comércio (Mar Mediterrâneo) e as principais cidades envolvidas.

Atividade 8 – Objetivo de aprendizagem: identificar a existência de diferentes grupos sociais na Rota Transaariana.

O aluno deverá indicar os grupos sociais envolvidos nas rotas transaarianas, destacando quais desses grupos foram beneficiados com a atividade comercial e quais foram marginalizados desses benefícios.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos.

Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP132

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 9 e 10

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades relacionadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 9 e 10. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Como vem sendo realizado o comércio e feito o transporte de mercadorias em diferentes tempos?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 9 e 10.

A realização dessas atividades favorece o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP133

Introdução ao módulo dos capítulos 11 e 12

Este módulo, formado pelos capítulos 11 e 12, tem como objetivo trabalhar as mudanças nas formas de comunicação ao longo do tempo, discutindo os significados dessas transformações.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Quais transformações ocorreram nos meios de comunicação ao longo do tempo?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades desse módulo possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04HI08 ao abordar diferentes formas de produção e transmissão de informações e de conhecimentos, além de avaliar suas transformações ao longo do tempo e algumas das consequências dessas mudanças.

São desenvolvidas atividades que envolvem exemplos de transmissão oral e escrita de conhecimentos e informações, a observação e a interpretação de fontes históricas visuais e escritas, a verificação de diferentes meios de comunicação por meio da leitura e a interpretação da letra de uma canção, a dramatização de um programa de rádio e a leitura e a interpretação de gráfico.

Como pré-requisito é importante que os alunos sejam capazes de diferenciar tipos de linguagem (escrita, visual etc.) de suporte de reprodução (impresso, digital).

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

MP134

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 11 e 12

Quais transformações ocorreram nos meios de comunicação ao longo do tempo?

CAPÍTULO 11. Comunicação oral e escrita

Os pesquisadores têm estudado as possíveis hipóteses sobre o surgimento da linguagem humana.

  1. Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Primeiros seres humanos

    Supõe-se que a primeira linguagem humana tenha sido mais gestual do que oral. A fala, como os gritos de outros primatas, devia tão somente acompanhar os gestos. [...]

    Com a linguagem [oral] humana, os comportamentos aprendidos individualmente puderam ser transmitidos aos outros indivíduos e às gerações sucessivas. A par disso, cresceu enormemente a malha de informações comuns ao grupo, multiplicando suas possibilidades de sobrevivência.

    Como, quando e por que o ser humano passou a falar? Revista Superinteressante . Disponível em: http://fdnc.io/fMJ. Acesso em: 9 jul. 2020.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
    1. Qual foi a primeira forma de linguagem humana?
      PROFESSOR Resposta: Supõe-se que a primeira linguagem humana tenha sido mais gestual do que oral.
    1. Qual é a importância da linguagem oral humana?
PROFESSOR Resposta: A linguagem oral humana permitiu que os comportamentos aprendidos individualmente pudessem ser transmitidos aos outros indivíduos e às gerações sucessivas.

Boxe complementar:

Você sabia?

Alguns pesquisadores acreditam que os antepassados dos seres humanos que primeiro utilizaram a linguagem oral foram os neandertais, que teriam surgido há cerca de 400 mil anos na Europa e na Ásia.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 11

Unidade temática

Circulação de pessoas, produtos e culturas.

Objeto de conhecimento

• O mundo da tecnologia: a integração de pessoas e as exclusões sociais e culturais.

Habilidade

• EF04HI08: identificar as transformações ocorridas nos meios de comunicação (cultura oral, imprensa, rádio, televisão, cinema, internet e demais tecnologias digitais de informação e comunicação) e discutir seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O tema das comunicações permite aos alunos se aproximar da Competência Geral 4, da Competência Específica 7 das Ciências Humanas e da Competência Específica 3 de História, relacionadas à exploração de diferentes linguagens.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a pergunta da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.

MP135

A fábula é originalmente uma narrativa oral com uma mensagem educativa e na qual as personagens muitas vezes são animais com características humanas, como no caso da fábula atribuída ao contador de histórias grego Esopo, que teria vivido há cerca de 2.400 anos.

A lebre e a tartaruga

Um dia, uma tartaruga começou a contar vantagem dizendo que corria muito depressa, que a lebre era muito mole, e enquanto falava a tartaruga ria e ria da lebre. Mas a lebre ficou mesmo impressionada foi quando a tartaruga resolveu apostar uma corrida com ela.

[...]

O dia estava quente, por isso lá pelo meio do caminho a lebre teve a ideia de [...] tirar uma soneca à sombra fresquinha de uma árvore. [...]

Enquanto isso, lá vinha a tartaruga com seu jeitão, arrastando os pés, sempre na mesma velocidade, sem descansar nem uma vez, só pensando na chegada. Ora, a lebre dormiu tanto que esqueceu de prestar atenção na tartaruga. Quando ela acordou, cadê a tartaruga? Bem que a lebre se levantou e saiu zunindo , mas nem adiantava! De longe ela viu a tartaruga esperando por ela na linha de chegada.

Fábulas de Esopo , de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994. p. 32.

Glossário:

Zunindo: apressado, velozmente.

Fim do glossário.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Com a ajuda do professor, você e os colegas vão fazer uma dramatização dessa fábula.
    1. O professor vai dividir a turma em grupos. Depois de alguns ensaios, o professor vai combinar um dia para a apresentação.

      Grupo 1 – Cenário

      Este grupo será responsável por criar um cenário para a apresentação. Pode ser uma floresta ou um campo. Para isso, é preciso representar grama, árvores, fonte de água, céu e o que mais o grupo decidir.

      Grupo 2 – Vestimenta

      O grupo deverá pensar nas vestimentas das personagens. Utilizando materiais recicláveis ou sucata, devem identificar cada personagem.

      Grupo 3 – Personagens

      Além da lebre e da tartaruga, o grupo pode incluir outras personagens que vão assistir à corrida.

      Grupo 4 – Roteiristas

      Além dos diálogos já citados no texto, o grupo pode criar novos diálogos envolvendo as duas personagens principais e as personagens que estavam assistindo à corrida.

  1. Qual é a principal mensagem dessa fábula?
PROFESSOR Resposta: Que devagar se vai longe.
MANUAL DO PROFESSOR

Realizar a leitura compartilhada da fábula “A lebre e a tartaruga”, apresentada nesta página.

Explorar com os alunos as personagens, as ações e a atitude de cada uma.

Solicitar que compartilhem suas interpretações sobre a fábula.

Problematizar a atividade com algumas considerações sobre o gênero fábula: é uma forma de comunicação antiga de tradição oral; é sustentada sempre por uma lição que expressa valores morais de uma época e estabelece analogias com o cotidiano das pessoas.

Orientar a organização da dramatização sobre a fábula. Além das personagens principais – a lebre e a tartaruga –, os demais alunos poderão ser outros animais da mata.

Caso vários alunos queiram ser as personagens principais, realizar um sorteio entre eles.

Os alunos poderão também montar um cenário para a apresentação da dramatização.

MP136

Aedos e griôs

Em diversos povos antigos e atuais, há pessoas que transmitem oralmente conhecimentos e informações para a comunidade. Conheça dois exemplos.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia um dos textos em voz alta.

    Aedos

    Aedos era o nome dado aos artistas gregos antigos que compunham histórias e as cantavam para diversas plateias há cerca de 2.800 anos.

Imagem: Fotografia. Um instrumento de madeira que apresenta corpo fino com laterais curvas com entalhes de figuras de perfil com comprido chapéu, olhos grandes redondos e boca aberta. As figuras estão frente a frente e acima delas há uma haste horizontal onde estão presas cordas que partem do centro e inferior do instrumento e passam entre as figuras até a haste. Fim da imagem.

LEGENDA: Forminx, instrumento utilizado pelos aedos gregos para acompanhar as histórias há 2.800 anos. FIM DA LEGENDA.

Griôs

Em vários países africanos, há centenas de anos, griô era o nome dado a pessoas sábias que eram responsáveis por transmitir oralmente as histórias e os conhecimentos dos seus antepassados.

Imagem: Gravura em preto e branco. Um senhor negro sentado no chão com um instrumento. Ele usa um pequeno chapéu, colar no pescoço, uma bata longa e chinelo. O instrumento tem corpo circular e uma parte comprida até a extremidade na qual estão presas as cordas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura que representa um griô africano do Mali publicada no livro O mundo é cidades e pessoas (tradução dos autores), de cerca de 1890. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões sobre os aedos.
    1. Em que local e em que época eles viveram?
      PROFESSOR Resposta: Viveram na Grécia, há cerca de 2.800 anos.
    1. O que eles compunham e a quem se apresentavam?
      PROFESSOR Resposta: Compunham histórias e cantavam para diversas plateias.
  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões sobre os griôs.
    1. Em que local e em que época eles viviam?
      PROFESSOR Resposta: Viviam na África, há centenas de anos.
    1. O que faziam?
      PROFESSOR Resposta: Transmitiam oralmente as histórias e os conhecimentos dos seus antepassados.
  1. Cite uma semelhança e uma diferença entre os aedos e os griôs.
    PROFESSOR Resposta: Entre as diferenças, os alunos podem apontar o fato de os aedos serem da Grécia antiga e os griôs serem de vários países do continente africano. Como semelhança, pode-se destacar que ambos os grupos estão envolvidos com transmissão oral de conhecimentos e informações de suas respectivas culturas.
  1. Em casa, reconte a história dos aedos e dos griôs a um adulto de sua convivência.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada das informações para o aluno fazer o reconto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura em voz alta dos textos, o que contribui para o desenvolvimento, pelos alunos, da fluência em leitura oral.

Organizar uma roda de conversa sobre os aedos e compartilhar as seguintes informações: para os gregos, a verdade significava a preservação da memória, isto é, o contrário do esquecimento; os aedos foram responsáveis pela transmissão dos hábitos e costumes da cultura grega; Homero (a quem é atribuída a autoria dos poemas épicos Odisseia e Ilíada) foi o principal aedo da Grécia antiga.

Comentar com eles que, assim como os aedos, os griôs transmitem suas histórias e seus conhecimentos por meio da fala.

Orientar também a tarefa de casa em que os alunos devem fazer o reconto das informações dos textos para adultos da convivência deles, o que contribui para o processo de alfabetização.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

As atividades propostas permitem valorizar as contribuições culturais no mundo da comunicação de diferentes grupos sociais, que viveram em tempos e espaços diversos, como os aedos e os griôs.

Fim do complemento.

A tradição oral e os griôs

Na região do Mali e Guiné, países da África Saariana, pode ser encontrada a figura do griot , termo de origem francesa que, segundo o historiador Djibril Tamsir Niane, recobre uma série de funções no contexto das sociedades africanas de tradição oral. Os griots teriam assumido uma posição de destaque, pois lhes cabiam a função de transmitir a tradição histórica: eram os cronistas, genealogistas, arautos, aqueles que dominavam a palavra, sendo, por vezes, excelentes poetas; mais tarde passaram também a ser músicos e a percorrer grandes distâncias, visitando povoações onde tocavam e falavam do passado. [...]

LIMA, Mestre Alcides de; COSTA, Ana Carolina Francischette da. Dos griots aos Griôs: a importância da oralidade para as tradições de matrizes africanas e indígenas no Brasil. Diversitas , n. 3, p. 222-223, 2015. Disponível em: http://fdnc.io/fMK. Acesso em: 28 maio 2021.

MP137

Boxe complementar:

Investigue

A cultura oral brasileira, transmitida de geração em geração, é muito diversificada.

Imagem: Fotografia. Plano aberto que apresenta um local com chão de terra, pequenas casas, bancos e árvores.  Em destaque, estão muitas crianças. Elas fazem uma roda de mãos dadas. Ao redor, algumas outras observam e há poucos adultos, que conversam. No canto direito, há uma bicicleta no chão. Fim da imagem.

LEGENDA: Crianças quilombolas, no município de Mocajuba, no estado do Pará. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. Elabore uma produção de escrita sobre a cena que você observa na fotografia: descreva o local, o tipo de brincadeira das crianças e as atividades das pessoas no entorno.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem descrever o local com bancos, vegetação, chão de terra, a bicicleta, a brincadeira de roda das crianças, algumas pessoas assistindo e outras conversando. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Com a ajuda do professor, você e os colegas vão fazer uma pesquisa sobre cultura oral.
    1. O professor vai dividir a turma em grupos. Cada grupo vai pesquisar em livros e na internet exemplos de um dos temas abaixo:

      Grupo 1: Cantigas infantis

      Grupo 2: Adivinhas

      Grupo 3: Parlendas

      Grupo 4: Provérbios

      Grupo 5: Lendas

      Grupo 6: Contos tradicionais

    1. No dia combinado, cada grupo deverá fazer uma pequena apresentação aos colegas utilizando a oralidade, cartazes com imagens e textos, vídeos, áudios ou outros recursos digitais.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório, conversando com os alunos sobre os elementos de cultura oral destacados nos quadros coloridos da atividade 2. Em seguida, conversar com eles sobre fontes de pesquisa confiáveis e combinar um prazo para o trabalho. No dia combinado, organizar a socialização das descobertas individuais.

Orientar também a produção de escrita, solicitando aos alunos que observem e interpretem a fotografia e a legenda, descrevendo as pessoas retratadas, suas ações e o local. A partir desses elementos, eles podem compor a narrativa proposta. Compartilhar as respostas individuais.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

Folclore brasileiro infantil, da editora Girassol.

O livro, que vem acompanhado de um CD com músicas, traz brincadeiras infantis – como boca-de-forno e lenço atrás – cantigas, adivinhas, trava-línguas, parlendas e provérbios de diversas partes do Brasil.

Fim do complemento.

MP138

Dos copistas à tipografia

Além da transmissão oral, os conhecimentos e as informações também podem ser transmitidos por meio da escrita.

Há cerca de mil anos, em diversas partes do mundo, a produção escrita era realizada manualmente pelos copistas. Eles costumavam usar penas de ganso e tinta para produzir registros chamados de manuscritos.

Imagem: Gravura. Na parte superior, há uma pequena inscrição. Abaixo, uma construção com muitas janelas e grandes colunas nas laterais com porta e janelas. Entre as colunas, dois homens que usam batas largas compridas e sapatos estão sentados e escrevem em folhas sobre pequenos suportes à frente deles.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura do ano mil que representa monges copistas europeus. FIM DA LEGENDA.

A produção de manuscritos era longa e demorada, gerando uma pequena quantidade de livros. Esses livros eram destinados apenas a uma reduzida parcela da sociedade.

Em 1447, um alemão chamado Johannes Gutenberg desenvolveu uma forma de produção de documentos escritos chamada tipografia ou imprensa. A invenção da imprensa permitiu maior rapidez na produção de livros, ampliando sua quantidade.

MANUAL DO PROFESSOR

Solicitar aos alunos que façam a leitura do texto e observem a imagem reproduzida.

Perguntar a eles: Qual era a importância dos copistas para a divulgação do conhecimento e a preservação da memória há mil anos? Qual era o material utilizado para escrever?

Solicitar a eles que localizem no texto a primeira aparição do termo “manuscritos” e expliquem o que entenderam pelo contexto. Em seguida propor que pesquisem em dicionários impressos ou on-line o significado de “manuscrito” e registrem no caderno. Por fim, solicitar que produzam uma frase com o termo. Todas essas atividades contribuem para o desenvolvimento do vocabulário, essencial para o processo de alfabetização.

Conversar com eles sobre o assunto, destacando que a produção de livros manuscritos era dispendiosa e lenta.

Explicar aos alunos que o desenvolvimento da imprensa contribuiu para a ampliação do acesso aos livros e o aumento paulatino do público leitor.

Atividade complementar

Propor aos alunos um levantamento dos materiais utilizados atualmente para o registro escrito.

Dividir a turma em grupos. Cada grupo deverá analisar um dos materiais selecionados, avaliando suas vantagens e desvantagens.

Dos copistas aos jornais

A reprodução de textos teve início com os copistas e os escribas, que, com o desenvolvimento da escrita, do pergaminho e do papel, puderam fazer cópias de textos religiosos, literários e filosóficos. Até a Idade Média, as informações eram restritas e controladas, mas com o ciclo das navegações e a expansão da atividade comercial, a partir do século XIII, veio a troca de mercadorias e também de informações. [...]

A máquina impressora foi um divisor de águas, permitindo a reprodução de informações em escala e velocidade consideradas impossíveis para a época. [...]

MP139

Da Acta Diurna ao jornal digital

A Acta Diurna, desenvolvida pelos governantes romanos há cerca de 2.000 anos, é um dos registros escritos mais antigos utilizados para transmitir notícias. Como no detalhe destacado na fotografia, tratava-se de um conjunto de grandes placas brancas, geralmente expostas em locais públicos, e que apresentavam informações sociais e políticas.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma pedra com inscrições. Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de Acta Diurna, gravada em pedra há cerca de 1.950 anos e conservada no Museu da Civilização Romana, na Itália. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto e da legenda informações sobre o documento para responder às questões.
    1. Qual é a função desse documento?
      PROFESSOR Resposta: Apresentar informações sociais e políticas.
    1. Onde ele foi gravado?
      PROFESSOR Resposta: Em pedra.
    1. Há quanto tempo foi feito?
      PROFESSOR Resposta: Há 1.950 anos.
    1. Onde ele está conservado?
      PROFESSOR Resposta: No Museu da Civilização Romana.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. O professor vai organizar uma conversa coletiva em torno da questão: é importante conservar esse tipo de documento? Por quê?
    PROFESSOR Atenção professor: Conversar com os alunos sobre a importância da conservação de documentos. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Você e os colegas vão produzir folhas escritas semelhantes às Actas Diurnas. Para isso, sigam os passos abaixo.
    1. Pensem em algo que tenha acontecido ou que ocorra em sua localidade (uma comemoração, um problema do dia a dia, entre outros).
    1. Escrevam sobre esse tema e deem um título para essa notícia.
    1. Reproduzam o texto em uma folha avulsa grande.
    1. Escolham um local adequado para afixar a folha. Por que vocês escolheram esse local?
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na seleção do acontecimento e na forma de narrá-lo. Em seguida, conversar com eles sobre os locais em que a folha poderá ser afixada. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Surgiram as primeiras impressões sobre a humanidade: as gazetas, com informações úteis sobre a atualidade; os pasquins, folhetos com notícias sobre desgraças alheias; e os libelos, folhas de caráter opinativo. A combinação desses três tipos de impressos resultou, no século XVII, no jornalismo. O papel da imprensa periódica, na emergência da esfera pública, revestiu-se de importância especial. O aparecimento dos jornais no final do século XVII e princípios do século XVIII fomentou um novo espaço público para o debate. [...]

MELO, Patrícia Bandeira de. Um passeio pela História da Imprensa: o espaço público dos grunhidos ao ciberespaço. Revista Comunicação e Informação , v. 8, n. 1, jan./jun., p. 27-28, 2005. Disponível em: http://fdnc.io/fML. Acesso em: 28 maio 2021.

Fazer uma leitura compartilhada do texto sobre a Acta Diurna, identificando com os alunos: onde foi criada; datação aproximada; para que servia.

Orientar a observação coletiva da imagem, identificando com os alunos: tipo de documento; material de que é feito; onde está conservado.

Organizar uma roda de conversa sobre o tema, propondo a questão: É importante preservar esse tipo de documento? Por quê?

Orientar a produção de escrita, em que os alunos devem seguir o modelo das Actas Diurnas, com notícias reproduzidas em folhas avulsas que, depois de prontas, devem ser afixadas em local de grande circulação na escola.

MP140

Explorar fonte histórica escrita

Com a invenção da imprensa, foi possível produzir informações escritas em grande escala. Porém, os jornais só se tornaram o principal meio de transmissão de notícias há cerca de 200 anos, como no caso do primeiro jornal produzido no Brasil.

Imagem: Fotografia. Reprodução de página impressa de jornal intitulado “Gazeta do Rio de Janeiro”, abaixo o cabeçalho: “sábado, 10 de setembro de 1808”. Do lado direito há um carimbo com um brasão e o restante da página é composta por texto. Fim da imagem.

LEGENDA: Primeira página do jornal Gazeta do Rio de Janeiro, publicado no Rio de Janeiro em 10 de setembro de 1808. FIM DA LEGENDA.

  1. Preencha os dados sobre o trecho do jornal reproduzido.
    1. Qual é o nome do jornal?
      PROFESSOR Resposta: Gazeta do Rio de Janeiro.
    1. Em qual dia da semana, dia, mês e ano ele foi publicado?
      PROFESSOR Resposta: Sábado, 10 de setembro de 1808.
    1. Essa página do jornal incluía imagem?
      PROFESSOR Resposta: Não.
    1. A página do jornal era colorida ou em preto e branco?
      PROFESSOR Resposta: Preto e branco.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica escrita: jornal

Orientar coletivamente a observação da fonte histórica, identificando com os alunos:

  • Nome do jornal.
  • Data de publicação.
  • Local de publicação.
  • Cor (ou cores) predominantes no jornal.

    Atividade complementar

    Propor aos alunos uma tarefa de casa envolvendo a pesquisa em livros, jornais e na internet sobre os jornais mais antigos do município em que vivem. Solicitar que registrem: nomes dos jornais, datas em que começaram a circular, cores utilizadas e fatos registrados. Socializar as descobertas individuais.

    A história da imprensa

    No início do século XIX, a imprensa que dominava era a opinativa ou ideológica, ou seja, a imprensa de partido. Esse tipo de jornalismo imperava em virtude do aumento crescente do nível de politização da população e, ao mesmo tempo, da falta de matéria-prima para a produção de notícias factuais, além do baixo índice de alfabetização de grande parte da sociedade. A partir dos anos 30 do mesmo século, nos Estados Unidos, surgiram os primeiros jornais mais factuais e menos opinativos, ou seja, as notícias [...] ingressaram nos fatos do cotidiano da sociedade, dando origem às notícias de interesse humano. [...]

    MELO, Patrícia Bandeira de. Um passeio pela História da Imprensa: o espaço público dos grunhidos ao ciberespaço. Comunicação e Informação , v. 8, n. 1, jan./jun. p. 28 e 30, 2005. Disponível em: http://fdnc.io/fML. Acesso em: 28 maio 2021.

MP141

Há 200 anos, os jornais eram impressos apenas em preto e branco e com poucas ilustrações.

Atualmente, a maioria dos jornais é feita em várias cores e traz diversos tipos de imagem, como fotografias, gráficos e ilustrações.

Além da versão impressa, hoje os jornais também podem ser lidos em computadores, smartphones e tablets. Existem também sites de notícias que não têm versões impressas e podem ser acessados apenas pela internet.

Imagem: Fotografia. Um celular que apresenta uma revista na tela com a inscrição “Ciências Humanas”. Um notebook aberto com um jornal eletrônico na tela. Um ipad com uma revista eletrônica em tela e com título “Revista do Patrimônio”. E um jornal impresso intitulado “Jornal da Unicamp”.  Fim da imagem.

LEGENDA: Revistas e jornais em diversos formatos. FIM DA LEGENDA.

  1. Interprete e relacione as ideias e informações sobre os jornais em diferentes tempos, classificando as frases como “há 200 anos” ou “atualmente”.
    1. Apenas em papel.
      PROFESSOR Resposta: Há 200 anos.
    1. Em papel e em formato digital.
      PROFESSOR Resposta: Atualmente.
    1. Várias cores.
      PROFESSOR Resposta: Atualmente.
    1. Apenas em preto e branco.
      PROFESSOR Resposta: Há 200 anos.
    1. Poucas imagens.
      PROFESSOR Resposta: Há 200 anos.
    1. Muitas imagens.
      PROFESSOR Resposta: Atualmente.
  1. Você costuma ler jornal em papel ou em formato digital? Se sim, quais?
    PROFESSOR Respostas pessoais.
MANUAL DO PROFESSOR

Propor aos alunos que leiam o texto introdutório individualmente. Socializar a compreensão deles, destacando que os jornais impressos começaram a circular há cerca de 200 anos.

Encaminhar a comparação entre os jornais produzidos há cerca de 200 anos e os jornais atuais.

Sugerir a eles que relacionem as observações que fizeram das imagens com as informações do texto. Estimular a participação de todos.

Atividade complementar

Se considerar pertinente, solicitar aos alunos que elaborem uma produção de escrita em formato jornalístico com informações sobre o jornal nos dois tempos: há cerca de 200 anos e atualmente. Orientá-los sobre alguns elementos que compõem o texto jornalístico, como a manchete, o texto de conteúdo e a data.

MP142

CAPÍTULO 12. Rádio, televisão e internet

A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 1922. Nas décadas de 1930 e 1940, o rádio passou a ser um dos principais meios de comunicação no país. Por meio dos programas de rádio, os ouvintes tinham acesso a radionovelas e a notícias, entre outros.

A letra da canção a seguir trata da presença do rádio na vida dos brasileiros.

Cantoras do rádio

Nós somos as cantoras do rádio

Levamos a vida a cantar

De noite embalamos teu sono

De manhã nós vamos te acordar

Nós somos as cantoras do rádio

Nossas canções cruzando o espaço azul

Vão reunindo num grande abraço

Corações de Norte a Sul.

Alberto Ribeiro, João de Barro e Lamartine Babo. Cantoras do rádio. Interpretado por Carmen Miranda e Aurora Miranda no filme Alô, alô, Carnaval . Direção: Adhemar Gonzaga. Odeon, Brasil, 1936.

Imagem: Ilustração. Em uma sala estão um homem de óculos sentado em uma poltrona e com jornal impresso nas mãos, à sua frente está uma menina de vestido que observa um menino de camisa, shorts, meia e sapato e que está apoiado em um grande rádio de madeira e manipulando um dos botões. Do outro lado do aparelho, está uma mulher de pé que usa vestido e chapéu. Fim da imagem.

Observação: Imagem com finalidade meramente ilustrativa. Fim da observação.

  1. Localize e retire dois trechos da letra da canção que mostram a presença do rádio na vida dos brasileiros na década de 1930.
PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar “De noite embalamos teu sono”, “De manhã nós vamos te acordar” ou “Corações de Norte a Sul”. Fim da observação.

Boxe complementar:

Você sabia?

Em junho de 1900, o brasileiro Roberto Landell de Moura, que vivia no interior de São Paulo, testou com sucesso aparelhos que transmitiam sons sem fio por meio das ondas de rádio. Por isso, alguns pesquisadores o consideram o inventor do rádio.

Contudo, na maioria dos países o italiano Guglielmo Marconi é considerado o inventor do rádio.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 12

Unidade temática

Circulação de pessoas, produtos e culturas.

Objeto de conhecimento

• O mundo da tecnologia: a integração de pessoas e as exclusões sociais e culturais.

Habilidade

• EF04HI08: identificar as transformações ocorridas nos meios de comunicação (cultura oral, imprensa, rádio, televisão, cinema, internet e demais tecnologias digitais de informação e comunicação) e discutir seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O tema das comunicações permite aos alunos exercitar a Competência Geral 4, a Competência Específica 7 das Ciências Humanas e a Competência Específica 3 de História, relacionadas à exploração de diferentes linguagens.

Fim do complemento.

Ler de forma compartilhada o texto introdutório e a letra da canção. Orientar os alunos a localizar e retirar da letra da canção as informações para responder às questões, em um processo de compreensão de texto.

Fazer também uma leitura coletiva do quadro Você sabia?, verificando o entendimento dos alunos.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho, leia com os alunos a letra da canção “Cantoras do rádio”, que pode ser acessada gratuitamente no link: http://fdnc.io/fMM. Acesso em: 24 jun. 2021. Nesse link, pode-se ouvir o áudio com a interpretação de Carmen Miranda e de Aurora Miranda.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial

Chamar a atenção sobre o impacto que a modernização dos meios de comunicação teve sobre as sociedades humanas, aumentando o conhecimento que elas têm umas das outras e permitindo a integração econômica de mercados muito distantes. Esses fatores favoreceram os deslocamentos de muitos indivíduos e famílias motivados pela busca de novas perspectivas de vida e de trabalho, ampliando a discussão do tema fenômenos migratórios.

Fim do complemento.

MP143

Nas décadas de 1940 e 1950, as emissoras de rádio transmitiam diferentes tipos de programa, entre os quais se destacavam os citados abaixo.

Radionovelas
Histórias acompanhadas de efeitos sonoros que imitavam passos de pessoas, chuva, trovão...

Noticiários
Informações e análises de notícias sobre acontecimentos no mundo, política e o dia a dia das pessoas.

Musicais
Apresentações de cantores conhecidos e seleção de novos artistas.

Humorísticos
Relatos de histórias curtas e divertidas.

Transmissões esportivas
Narração de jogos de futebol e de outros esportes.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. O professor dividirá a turma em grupos. Cada grupo ficará responsável por criar um programa de rádio. Sigam os passos abaixo.
    1. Definam o tipo de programa.
    1. Façam um rascunho do que será narrado.
    1. Deem um nome ao programa.
    1. Produzam efeitos sonoros para serem usados no programa.
    1. No dia combinado, apresentem o programa para os colegas.
      PROFESSOR Atenção professor: Orientar o trabalho nos grupos, destacando as possibilidades de conteúdos e formatos. Fim da observação.
  1. O rádio continua sendo utilizado por muitos brasileiros. Você ou as pessoas de sua moradia costumam ouvir rádio? Se sim, que tipos de programa?
    PROFESSOR Atenção professor: Socializar as respostas individuais. Fim da observação.
  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, faça um levantamento das principais emissoras de rádio que podem ser ouvidas na sua localidade. Registre o nome das emissoras, o tipo de programação predominante (noticiários, musical, esportiva) e os programas mais ouvidos. No dia combinado, conte aos colegas as suas descobertas.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a pesquisa, conversando com os alunos sobre as emissoras da localidade. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Encaminhar a leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos os tipos de programas radiofônicos e suas características.

Solicitar a eles que se organizem em grupos de, no máximo, quatro integrantes para criar o programa de rádio proposto na atividade 2.

Estabelecer uma data, a duração da apresentação e os recursos que serão utilizados, incluindo o material necessário para a execução do programa radiofônico criado por cada grupo.

Lembrá-los da importância da solidariedade, do respeito e do compromisso com os colegas.

Incentivá-los a registrar a atividade para a preservação da memória escolar.

Em seguida, orientá-los a responder à atividade 3.

Orientar a tarefa de casa proposta em que, com a ajuda de um adulto, os alunos devem fazer um levantamento sobre o acesso ao rádio na localidade em que vivem. Socializar as descobertas individuais.

MP144

A televisão

No Brasil, as primeiras transmissões de televisão começaram em 1950. Nessa época, porém, poucos brasileiros tinham condições econômicas de comprar um aparelho televisor.

  1. Quando solicitado, leia o texto em voz alta.

    Os televizinhos

    Não somente na estreia, mas por um bom período de tempo, as pessoas se reuniam coletivamente em torno dos poucos aparelhos de televisão [...]. Primeiro foram as concentrações em locais públicos e depois o fenômeno que ficou conhecido como “televizinho”, que consistia em reunir várias famílias de um mesmo bairro ou de uma mesma rua, no final da tarde e à noite, para assistir à televisão.

    José Carlos de Oliveira Torves. TVE-RS : governos × conselho. 2006, 144 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social). Pontifícia Universidade Católica, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2006. p. 24-25.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Em uma sala estão duas mulheres sentadas, uma criança e outras duas pessoas sentadas. Atrás de uma das mulheres, está um senhor de terno e óculos de pé. Eles estão diante de uma pequena televisão com imagem preto e branco com tela em formato oval. A estrutura da TV é quadrada e na parte superior está a antena, dividida em duas hastes. Na parede atrás da TV está a porta e o relógio analógico de pêndulo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Família assistindo à televisão no município de São Paulo, no estado de São Paulo, em 1950. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto a informação e explique o que era o “televizinho”.
    PROFESSOR Resposta: Era a reunião de várias famílias de um mesmo bairro ou de uma mesma rua para assistir à televisão.
  1. De acordo com o que você aprendeu, por que essa forma de assistir à televisão foi muito utilizada na década de 1950?
    PROFESSOR Resposta: Porque nessa época poucos brasileiros tinham condições de comprar um aparelho televisor.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura do texto em voz alta, o que contribui para o desenvolvimento, pelos alunos, da fluência em leitura oral.

Estimulá-los a refletir sobre a influência da televisão no cotidiano das pessoas na década de 1950 e atualmente. Anotar na lousa as opiniões deles sobre o assunto.

Orientá-los a responder às questões propostas em que devem localizar e retirar informações do texto.

Atividade complementar

Para ampliar o trabalho, assista com os alunos ao vídeo “TV no Brasil: primeira transmissão completa 70 anos”, que pode ser acessado gratuitamente pelo link: http://fdnc.io/fMN. Acesso em: 18 jun. 2021.

Nesse vídeo é possível explorar com os alunos o contexto de inauguração da televisão no Brasil, seus problemas iniciais, a questão da receptividade e os primeiros programas. Se julgar pertinente, informar que a reportagem foi feita em 2020 e, por isso, os repórteres e entrevistados estavam usando máscaras como proteção devido à pandemia de Covid-19, uma doença altamente transmissível.

Televisão como recurso pedagógico

[...] queremos tratar da TV como criação, como produção cultural que nos oferece uma série de possibilidades de expressão audiovisual, de comunicação de sentimentos, indagações [...]; ao mesmo tempo, desejamos fazer desse estudo da TV uma forma de pensar os problemas, as possibilidades e os impasses da educação na contemporaneidade [...], relacionados às mudanças tecnológicas nas diferentes práticas de comunicação e de informação de nosso tempo, e modos de aprender e de ensinar, certamente alterados justamente pela existência desse e de outros meios de comunicação e informação.

FISCHER, Rosa Maria Bueno. Televisão & educação : fruir e pensar a TV. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 17.

MP145

Imagem: Gráfico em barras verticais. Número de brasileiros com televisor na moradia (em milhões). No eixo vertical, está a Quantidade de brasileiros (em milhões) e no eixo horizontal está o ano. 1950: 2 milhões de brasileiros com televisores na moradia; 50 milhões de brasileiros sem televisores na moradia. 2018: 2002 milhões de brasileiros com televisores na moradia; 5 milhões de brasileiros sem televisores na moradia.  Fim da imagem.

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad). Rio de Janeiro: IBGE, 2018.

  1. Interprete e relacione o gráfico com as informações da página anterior e responda: o acesso dos brasileiros aos televisores mudou entre 1950 e 2018? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Sim, esse acesso aumentou muito.
  1. A televisão está presente no seu dia a dia? Em caso afirmativo, conte aos colegas como é a presença da televisão no seu cotidiano.
    1. Em que período(s) do dia você costuma ver televisão?
    1. A que tipos de programa você costuma assistir?
      PROFESSOR Atenção professor: As respostas dependem dos hábitos de cada aluno em relação à televisão. Fim da observação.
  1. Em casa, converse com um adulto de sua convivência e faça as seguintes perguntas ao seu entrevistado.

    • Qual é seu nome e sua idade?

    • Em que horário você assiste à televisão?

    • Que programas costuma assistir?

  1. Conte para os colegas as suas descobertas.
PROFESSOR Resposta: Essa entrevista pode apresentar algumas diferenças na fruição da televisão de acordo com características pessoais. Socializar as descobertas individuais.
MANUAL DO PROFESSOR

Leitura de gráficos

[...] a capacidade de ler e também de construir gráficos e tabelas faz parte do que é chamado e considerado como alfabetização matemática. Devem ser proporcionadas atividades sobre os conteúdos do bloco do Tratamento das Informações, verificando que estas estejam presentes em toda a Educação Básica e adaptadas ao nível de cada turma. Envolvendo uma série de outros conhecimentos, como saber ler dados numéricos e ter familiaridade com medidas, proporcionalidade e porcentagens.

SANTOS, Gisete Izelli dos; COQUEIRO, Valdete dos Santos. Vivendo a estatística na escola através de gráficos e tabelas . Secretaria de Estado da Educação. Universidade Estadual de Maringá: Peabiru, 2009. p.8. Disponível em: http://fdnc.io/frX. Acesso em: 28 maio 2021.

Solicitar aos alunos que observem o gráfico e compartilhem suas interpretações com os colegas. Auxiliá-los na identificação do título e da fonte do gráfico, bem como na interpretação correta dos dados representados nos dois eixos. Orientá-los a responder à questão sobre o gráfico proposta na atividade 4.

Estimulá-los a refletir sobre a presença da televisão no cotidiano deles por meio da realização da atividade 5.

Orientar, também, a tarefa de casa, em que os alunos devem entrevistar um adulto sobre os hábitos de acesso à televisão.

MP146

A INTERNET NO COTIDIANO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O uso da internet no Brasil é pesquisado por diversos órgãos, como o Comitê Gestor da Internet, por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Informação, responsável pelos dados a seguir.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma cidade durante a noite. Há muitas construções e prédios iluminados. Sobre a fotografia há pontos iluminados que são ligados por linhas que formam uma grande rede em formato de teia e ilustrações de equipamentos eletrônicos com textos.  Ilustração. Uma tela de computador com texto em que está escrito: “3 em cada 10 crianças e adolescentes admitem que permanecem horas demais na internet.” Ilustração. Um roteador com texto na tela em que está escrito: “9 entre 10 crianças e adolescentes têm acesso à internet em casa, na escola ou em outros locais...”.  Ilustração. Um celular com texto na tela em que está escrito: “O uso da internet não pode atrapalhar as 8 a 9 horas diárias de sono, a convivência social e a prática de atividades físicas.”.  Ilustração. Um ipad com texto em tela em que está escrito: “Os recursos da internet mais utilizados por crianças e adolescentes são o envio de mensagens, a exibição de filmes e vídeos e o uso de jogos eletrônicos.”. Ilustração. Um computador com texto em tela em que está escrito: “9 entre 10 crianças acessam a internet pelo celular e apenas 3 acessam por meio de televisores, computadores ou tablets.”. Ilustração. Uma tela de celular em que está escrito: “Crianças e adolescentes de famílias mais pobres ou que vivem no campo têm menos acesso à internet.”.   Fim da imagem.

Fonte: Crianças e adolescentes conectados ajudam os pais a usar a internet, revela TIC Kids Online Brasil. Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Disponível em: http://fdnc.io/frY. Acesso em: 27 jul. 2020.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a observação do infográfico, identificando com os alunos: o título; os elementos que compõem a imagem de fundo; o que representam os fios e conectores; o conteúdo dos boxes.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que pesquisem em jornais, revistas e na internet exemplos de infográficos. Combinar um prazo para a pesquisa. No dia combinado, socializar as respostas individuais, orientando-os a classificar os infográficos utilizando alguns critérios, como tipo de imagens utilizadas, forma de ligação entre imagens e textos, recursos de tipos de textos.

A internet no cotidiano de crianças e jovens

A TIC Kids Online Brasil [pesquisa sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação, 2019] aponta que 89% da população de 9 a 17 anos é usuária de internet no Brasil, o que equivale a 24,3 milhões de crianças e adolescentes conectados. O percentual é menor entre crianças e adolescentes que vivem em áreas rurais (75%), nas regiões Norte e Nordeste (79%) e que residem em domicílios das classes DE (80%).

Embora os jovens brasileiros sejam usuários intensivos de internet, as limitações de acesso ainda afetam parcela importante dessa população. Cerca de 1,8 milhões de indivíduos de 9 a 17 anos não são usuários de internet, enquanto 4,8 milhões de crianças e adolescentes vivem em domicílios que não possuem acesso à rede. A pesquisa ainda aponta que não ter internet em casa é o principal motivo para o não uso da rede – o que foi reportado por 1,6 milhões dos não usuários. [...]

MP147

  1. Que problemas são apontados pela pesquisa no acesso de crianças e adolescentes à internet?
    PROFESSOR Resposta: Os problemas de menor acesso das crianças mais pobres e da áreas rurais e os problemas de excesso de uso pelas que têm acesso.
  1. Na sua opinião, como esses problemas poderiam ser solucionados?
    PROFESSOR Resposta: No primeiro caso, a solução é o investimento governamental em internet gratuita para quem não tem acesso e, no caso do excesso de uso, alternar com brincadeiras e outras ações.
MANUAL DO PROFESSOR

O celular é o principal dispositivo de acesso à internet, utilizado por 23 milhões de crianças e adolescentes brasileiros (95%). Do total de usuários na faixa etária investigada, 58% utilizam o dispositivo de forma exclusiva, percentual mais elevado nas classes DE (73%). Já o acesso à internet por meio da televisão aumentou no comparativo com 2018 – era de 32% na pesquisa anterior e agora é de 43%.

Crianças e adolescentes conectados ajudam os pais a usar a internet, revela TIC Kids Online Brasil. CETIC , 23 jun. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/frY. Acesso em: 28 maio 2021.

Destacar com os alunos os textos do infográfico que apontam problemas que precisam ser resolvidos, como: o fato de crianças e adolescentes de famílias mais pobres e moradores do campo terem menor acesso à internet ou de crianças e adolescentes admitirem passar tempo excessivo na internet.

Atividade complementar

Propor aos alunos que realizem uma pesquisa incluindo a própria turma e outras turmas da escola com as seguintes questões: Você tem acesso constante à internet? Na maioria das vezes você acessa a internet em casa, na escola ou em outro local? Qual é o seu principal meio de acesso à internet: smartphone, televisor, computador ou tablet ?

Auxiliá-los a produzir gráficos com as respostas coletadas e afixar esses gráficos em locais de grande circulação na escola.

MP148

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 11 e 12

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda às atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Classifique as frases a seguir, criando duas listas no caderno a partir dos grupos indicados.

    Griôs

    Aedos

    1. São originários da África.
      PROFESSOR Resposta: Griôs
    1. Viveram há cerca de 2.800 anos.
      PROFESSOR Resposta: Aedos.
    1. Viveram na Grécia.
      PROFESSOR Resposta: Aedos
    1. Viveram desde centenas de anos até atualmente.
      PROFESSOR Resposta: Griôs.
    1. Compunham cantigas e executavam coletivamente.
      PROFESSOR Resposta: Aedos
  1. Observe e interprete a imagem.
Imagem: Gravura. Um homem calvo sentado em uma poltrona que usa bata com toca, calça e que está descalço. Ele escreve em uma folha sobre um suporte.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura de cerca de 1200 que representa um monge copista europeu. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é o nome da função representada na imagem?
    PROFESSOR Resposta: Copista.
  1. Descreva como era o trabalho dessa pessoa.
    PROFESSOR Resposta: Copiava os textos à mão, usando penas de ganso embebidas em tintas.
  1. Sobre as Actas Diurnas, responda às questões a seguir.
    1. Quais tipos de informação eram apresentados nas Actas?
      PROFESSOR Resposta: As Actas apresentavam informações sociais e políticas.
    1. Onde eram expostas?
      PROFESSOR Resposta: Em locais públicos de grande circulação de pessoas.
    1. Por que é importante a preservação desse tipo de documento?
      PROFESSOR Resposta: Porque sua preservação contribui para o conhecimento das formas de comunicação utilizadas pelos seres humanos em outros tempos.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar algumas formas de comunicação oral entre os seres humanos.

Ao solicitar que o aluno classifique afirmações em uma lista de acordo com as características dos griôs e dos aedos, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: compreender quem eram os copistas e qual seu trabalho.

O aluno deverá observar e interpretar uma imagem para identificar a que grupo a personagem representada pertence, qual sua função e como executava seu trabalho.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: explicar o que eram as Actas Diurnas.

Espera-se que o aluno se recorde do tipo de informação que constava nas Actas Diurnas, onde eram expostas, qual o motivo dessa exposição e qual a importância da preservação delas.

MP149

  1. Sobre a produção de livros, classifique as frases a seguir, criando duas listas a partir dos períodos indicados.

    Antes da tipografia

    Depois da tipografia

    Maior quantidade de livros produzidos.

    PROFESSOR Resposta: Depois.

    Pequena quantidade de livros.

    PROFESSOR Resposta: Antes.

    Produção escrita era demorada.

    PROFESSOR Resposta: Antes.

    Maior rapidez na produção de livros.

    PROFESSOR Resposta: Depois.
  1. Cite duas mudanças entre os jornais produzidos há 200 anos e os produzidos atualmente.
    PROFESSOR Resposta: Há 200 anos o jornal era em papel, produzido em branco e preto e com poucas imagens. Atualmente, há o formato digital, são coloridos e apresentam muitas imagens.
  1. Sobre o acesso à televisão nos anos 1950, responda: o que eram os “televizinhos” e qual era o motivo desse fenômeno?
    PROFESSOR Resposta: Pessoas que assistiam à televisão na casa dos vizinhos, porque não tinham condições de comprar um aparelho televisor.
  1. Selecione um tipo de programa do rádio na década de 1940 e explique como ele funcionava.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar programas humorísticos (piadas), esportivos (jogos), radionovelas (histórias com capítulos diários) e noticiários (notícias). Fim da observação.
  1. Cite um dos problemas referentes ao uso da internet pelas crianças e adolescentes.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar o menor acesso de crianças pobres ou que vivem no campo ou a quantidade de horas excessivas de uso por 3 a cada 10 jovens. Fim da observação.

    Autoavaliação

    PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

    Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

    Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Identifiquei algumas formas de comunicação oral entre os seres humanos?
  1. Compreendi as transformações nos meios de comunicação escrita ao longo do tempo?
  1. Aprendi sobre a importância da preservação de documentos?
  1. Participei ativamente dos trabalhos em grupo?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer mudanças na produção de livros após a criação da imprensa.

O aluno deverá identificar as informações presentes em cada quadro e, em seguida, classificar essas informações em listas com os critérios “antes da imprensa” e “depois da imprensa”.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: comparar os jornais há cerca de duzentos anos e atualmente, identificando mudanças.

Ao solicitar que o aluno identifique as características dos jornais há duzentos anos e atualmente e compare essas características em diferentes tempos, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: identificar mudanças e permanências na comunicação pelo rádio e pela televisão.

Espera-se que o aluno retome o contexto do acesso à televisão na década de 1950, explicando o que eram os “televizinhos” e qual era o motivo desse fenômeno.

Atividade 7 – Objetivo de aprendizagem: identificar mudanças e permanências na comunicação pelo rádio e pela televisão.

O aluno deverá citar um tipo de programa de rádio da década de 1940, explicando como o programa funcionava.

Atividade 8 – Objetivo de aprendizagem: analisar problemas relacionados ao uso da internet no presente.

Espera-se que o aluno identifique um dos problemas de uso da internet por crianças e adolescentes, seja a impossibilidade do uso por exclusão geográfica ou social, seja referente ao uso excessivo da internet.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir uma pontuação ou um conceito aos alunos.

As respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP150

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 11 e 12

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 11 e 12. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Quais transformações ocorreram nos meios de comunicação ao longo do tempo?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

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Retomar as atividades propostas na seção Retomando os conhecimentos que possibilitaram aos alunos retomar conhecimentos trabalhados nos capítulos 11 e 12.

Por meio da realização dessas atividades, realizou-se uma avaliação de processo de aprendizagem, favorecendo o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

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Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.