MP151

Unidade 4. Migrações em diferentes tempos

Esta unidade permite aos alunos conhecer as características das migrações internas e externas ocorridas para o Brasil e internamente no país em diferentes tempos e em diferentes contextos. Também possibilita que reflitam sobre as diversas culturas envolvidas na formação do povo brasileiro, destacando diversidades, peculiaridades e regionalismos.

Módulos da unidade

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Capítulos 13 e 14: abordam as influências indígenas e africanas na língua, na culinária, na vestimenta, enfim, na formação das tradições e costumes dos brasileiros.

Capítulos 15 e 16: exploram as migrações contemporâneas, internas e externas, tratando sobre as trocas e as apropriações culturais ocorridas no país no século XX.

Primeiros contatos

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

A atividade proposta no quadro Primeiros contatos tem o objetivo de promover uma preparação para o estudo da unidade, possibilitando o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre algumas das temáticas que serão trabalhadas nos módulos a seguir. A partir da interpretação da fonte iconográfica, é possível incentivar os alunos a levantar hipóteses sobre uma situação de mudança, no caso a imigração para outro país.

Introdução ao módulo dos capítulos 13 e 14

Este módulo, formado pelos capítulos 13 e 14, trata sobre as influências indígenas e africanas na formação cultural e social do nosso país.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Quais foram as migrações e influências culturais dos indígenas e dos africanos no Brasil?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04HI09 ao tratar sobre os motivos de diferentes migrações em diferentes tempos e espaços, e da EF04HI10 ao abordar a chegada dos portugueses no território que hoje compõe o Brasil e o fluxo populacional de africanos trazidos para esse território como escravizados, assim como os impactos dessas migrações.

São apresentadas atividades de leitura e compreensão de textos, interpretação de imagens e mapas que permitem aos alunos explorar algumas características dos povos indígenas brasileiros há cerca de 500 anos, as viagens portuguesas, os primeiros encontros entre indígenas e portugueses e as influências indígenas na cultura brasileira, bem como conhecer o modo de vida de alguns povos africanos antes do contato com os europeus, o processo de migração forçada para o Brasil, a resistência desses povos à escravização e as influências africanas na cultura brasileira.

Como pré-requisito é importante que os alunos conheçam algum tipo de migração.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Os principais objetivos de aprendizagem desse módulo são:

MP152

UNIDADE 4. Migrações em diferentes tempos

Imagem: Fotografia em preto e branco. Em uma plataforma diante do mar, estão algumas pessoas próximas de muitas malas. Do lado esquerdo, ao lado de baús e trouxas de roupas estão um homem de boina, calça, e paletó que mexe em uma mala, uma mulher de pé, de costas, que usa camisa de manga comprida, saia longa e botas e uma criança.de vestido, blusa de frio, meias e botas. Do lado direito, uma mulher de vestido comprido de manga longa e tecido sobre a cabeça está sentada. Ao seu lado, há um grande baú que uma mulher de longo vestido de manga longa e que está de pé segura aberto. Do outro lado do baú, um homem de paletó, calça e boina ajeita as coisas no chão. Há outro homem e uma mulher próximo. Ao fundo, está a uma grande embarcação próximo da qual estão outras pessoas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes italianos aguardando o embarque para o Brasil. Foto de cerca de 1910. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Realizar a leitura coletiva da imagem, identificando com os alunos os elementos representados, como: o tipo de meio de transporte; a atividade realizada pelas pessoas.

Solicitar aos alunos que leiam a legenda da fotografia, indicando a atividade realizada; a datação.

Realizar a leitura compartilhada da questão do quadro Primeiros contatos, que tem o objetivo de permitir uma preparação para o estudo da unidade. Identificar com os alunos os elementos da imagem que indicam que será feita uma viagem e a mudança de um lugar para outro.

Se considerar pertinente, anotar em uma folha à parte as opiniões dos alunos sobre o assunto e retomá-las após o estudo da unidade.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial

Os fenômenos migratórios serão especialmente desenvolvidos nessa última unidade. As sequências didáticas permitem explorar a migração dos colonos portugueses para o Brasil a partir do século XVI, a relação desse processo com o deslocamento dos povos indígenas do litoral para o sertão brasileiro (capítulo 13); a migração forçada de africanos para o Brasil, o deslocamento dos escravizados fugidos para regiões afastadas das cidades e áreas ocupadas pela colonização portuguesa (capítulo 14); as razões que promoveram a imigração europeia para o Brasil nos séculos XIX e XX (capítulo 15); e a relação existente entre a modernização da região Sudeste nos séculos XIX e XX e a transferência da capital para Brasília na década de 1960 com a intensificação das migrações internas (capítulo 16). É especialmente importante explorar os resultados que esses múltiplos encontros de povos e culturas tiveram sobre a formação da cultura e do povo brasileiros a fim de favorecer o entendimento de que o Brasil se construiu como resultado do encontro – muitas vezes tenso e conflituoso – de povos de diferentes origens, línguas, etnias e costumes.

Fim do complemento.

Migrações internas e internacionais

Segundo a definição do Manual VI das Nações Unidas (1970), a migração é definida como um movimento desde uma determinada área de migração para outra, o que foi realizado durante um intervalo de tempo e envolveu uma mudança de residência. De forma correspondente, o migrante refere-se à pessoa que tem mudado o seu lugar usual de residência, desde uma área de emigração definida, pelo menos uma vez durante um intervalo de tempo estabelecido para a migração.

Para diferentes tipos de movimentos podem ser dados diferentes tipos de nomes. Uma distinção fundamental, por exemplo, tem a ver com aquela que se faz entre a migração interna (dentro de uma mesma nação) e a migração internacional.

MP153

Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. Que elementos representados na foto indicam que as pessoas estavam mudando de um lugar para outro?
    PROFESSOR Resposta: A grande quantidade de malas, baús e sacos de roupas transportados e o navio sendo carregado ao fundo.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Para a migração internacional, as pessoas que entram em um país e assumem a residência são geralmente denominadas imigrantes internacionais , e aquelas que renunciam ao seu domicílio para passar a outra nação são denominadas emigrantes internacionais . Dentro de uma mesma nação, as pessoas que entram em uma unidade espacial específica são reconhecidas como imigrantes internos, em contraste com aqueles que saem, os quais recebem o nome de emigrantes internos (ONU, 1970; Siegel & Swanson, 2004; Plane & Rogerson, 1994).

RAMÍREZ, Sulma Marcela Cuervo. Migração interna e deslocamento forçado: análise do padrão migratório colombiano do final do século XX e começo do século XXI. UFMG. Tese. Disponível em: http://fdnc.io/fMP. Acesso em: 31 maio 2021.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma pesquisa em livros, revistas, jornais e na internet de outras imagens – fotografias, pinturas, gravuras – sobre migrações. Explorar com eles a presença de migrantes internos e externos em diferentes tempos e espaços.

Solicitar que imprimam ou salvem em meios digitais as imagens pesquisadas na internet. Pedir que elaborem legendas para as fotografias com data, local de saída e local de chegada. No dia combinado, organizar uma exposição das imagens com as respectivas legendas e convidar colegas de outras turmas para visitar.

MP154

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 13 e 14

Quais foram as migrações e influências culturais dos indígenas e dos africanos no Brasil?

CAPÍTULO 13. Os povos indígenas

Os povos indígenas que viveram há milhares de anos nas terras do atual Brasil tinham suas formas de delimitar o território de suas aldeias usando, muitas vezes, elementos naturais.

  1. Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Territórios indígenas

    Os índios abriam suas roças, seus caminhos de caça e as trilhas para visitar outras aldeias. Quando o solo ou a caça se esgotavam, abriam caminhos em outras direções; mas conservavam de alguma forma os lugares das antigas moradas e os cemitérios em que enterravam seus mortos [...] que assinalavam a área de ocupação de cada grupo.

    Fronteiras naturais, como serras, rios etc., demarcavam os territórios, que também iam sendo conquistados e disputados com povos vizinhos.

    Virgínia Valadão. Terra e território. Em: Índios do Brasil 2. Brasília: MEC/SEED/SEF, 2001. p. 82-83.

  1. Faça um desenho representando os elementos naturais que costumavam demarcar os territórios indígenas há cerca de 500 anos.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos a incluir nos desenhos elementos como serras e rios, que costumavam delimitar os territórios entre muitos povos indígenas. Fim da observação.

Boxe complementar:

Você sabia?

Entre muitos povos indígenas, os cemitérios também eram considerados elementos demarcadores do território, assinalando a área de ocupação original de cada povo.

Imagem: Fotografia. Uma vala de terra onde há nove urnas de barro lado a lado. Fim da imagem.

LEGENDA: Urnas funerárias datadas de cerca de 500 anos em cemitério indígena próximo ao município de Tefé, no estado do Amazonas. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 13

Unidade temática

As questões históricas relativas às migrações.

Objeto de conhecimento

• Os processos migratórios para a formação do Brasil: os grupos indígenas, a presença portuguesa e a diáspora forçada dos africanos.

Habilidades

• EF04HI09: identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

• EF04HI10: analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades deste capítulo permitem aproximar os alunos da Competência Específica 5 de História, que propõe a análise do movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a pergunta da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.

MP155

Alguns povos indígenas, como os tupinambás, que viviam no litoral do atual Brasil, construíam fortificações ao redor de suas aldeias, como a representada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, publicado pela primeira vez em 1557.

Imagem: Gravura em preto e branco. Uma aldeia que apresenta quatro longas cabanas dispostas no espaço formando um grande quadrado com uma área livre ao centro. Ao redor das moradias, há uma grande cerca e na entrada há crânios na extremidade das vigas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura representando uma aldeia tupinambá publicada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

  1. Como os tupinambás protegiam suas aldeias?
    PROFESSOR Resposta: Por meio de uma cerca feita de troncos de madeira.
  1. Em suas aldeias, os tupinambás tinham suas próprias formas de liderança.

    A liderança

    O chefe de cada aldeia indígena [...] trabalhava como os outros homens do seu grupo, e seu poder de liderança era exercido durante as reuniões, nos períodos de guerra ou em situações de calamidade .

    Maria Cristina Mineiro Scatamacchia. Encontro entre culturas . São Paulo: Atual, 1994. p. 20.

    Glossário:

Calamidade: grande perda, desgraça.

Fim do glossário.

  1. Em casa, reconte para um adulto de sua convivência como o chefe de cada aldeia exercia sua liderança.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada das informações e a forma de recontar para um adulto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Explorar os elementos do texto e da representação da aldeia tupinambá, destacando as fortificações. Analisar a gravura com os alunos, reforçando que se trata da expressão do olhar de um europeu sobre os tupinambás.

Orientar a leitura e a compreensão do texto “A liderança”, explorando o significado do título e o modo como os chefes exerciam essa liderança, especialmente nos períodos de guerra ou calamidade.

Orientar a realização da tarefa de casa, em que os alunos devem retomar o conteúdo estudado em classe e fazer o reconto para um adulto. Tal atividade contribui para o processo de alfabetização.

MP156

De Portugal ao Brasil

Há cerca de 600 anos, os europeus começaram a realizar diversas viagens a outros continentes em busca de produtos como metais preciosos, joias, tapetes, perfumes e sedas.

Outros produtos muito procurados pelos viajantes europeus eram as especiarias – principalmente canela, cravo, pimenta, gengibre e noz-moscada –, utilizadas para temperar os alimentos e para conservá-los, sobretudo as carnes, que estragavam facilmente.

Em 1500, o rei de Portugal organizou uma expedição comandada por Pedro Álvares Cabral, cuja rota está representada no mapa.

Imagem: Mapa. Rota de Cabral – 1500. No canto superior esquerdo, o planisfério terrestre com destaque para América do Sul e África. O mapa apresenta as linhas imaginárias, o oceano Pacífico, Atlântico e Índico e a rota de Cabral, que parte de Lisboa, em Portugal. A rota segue passando por Cabo Verde, na costa oeste africana, seguindo até Porto Seguro, na costa leste da América do Sul. Então, segue para o leste contornando o sul da África pelo mar até a costa leste africana, chegando em Melinde e Mombaça. Depois, continua até Calicute, na Índia, no continente africano. Na parte inferior, está a rosa dos ventos e a escala: 1530 km. Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2002. p. 19.

  1. Localize e retire do mapa informações para completar a lista no caderno. Abaixo de cada elemento, complete com os nomes dos locais e os respectivos continentes de onde Cabral saiu, onde ele parou e onde chegou durante sua viagem.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Local de saída

    Locais de parada

    Local de chegada

PROFESSOR Resposta: Local de saída: Lisboa, continente europeu; locais de parada: Porto Seguro, continente americano, e Melinde, continente africano; local de chegada: Calicute, continente asiático.
MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório, identificando com os alunos: o período a que se refere o texto (há cerca de 600 anos); o que os europeus começaram a fazer com mais regularidade (viagens em busca de produtos valiosos); o que eram as especiarias.

Orientar também a observação coletiva do mapa, em que os alunos devem identificar: título; legenda; fonte; rosa dos ventos. Em seguida, orientar a identificação da rota da viagem de Cabral: ponto de partida; pontos de parada; ponto de chegada.

Carta de Caminha

[...] Em primeiro de maio de 1500, ancorado em Porto Seguro, o escrivão Pero Vaz de Caminha dirigiu ao monarca de Portugal, D. Manuel I, um relato de tudo o que vira na terra recém-descoberta, logo denominada pelos navegadores Vera Cruz. [...]

Não estamos perante um simples relato de viagem, semelhante àqueles que tinham resultado da navegação dos portugueses para a África e para a Índia, e que geralmente eram redigidos pelos pilotos ou pelo capitão da armada. [...]

Caminha foi direto em sua carta e descartou logo de início a possibilidade de obter qualquer informação concreta acerca do ouro, em parte pela dificuldade que os portugueses tiveram em se comunicar com aqueles habitantes, por não disporem de qualquer intérprete que pudesse estabelecer a comunicação verbal, e também devido ao curto período que ali permaneceram.

MP157

Explorar fonte histórica escrita

A viagem de Cabral foi registrada pelo escrivão Pero Vaz de Caminha em uma carta enviada ao rei de Portugal, da qual reproduzimos um trecho.

Primeira visão sobre os índios

Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito [...].

Andam nus, sem nenhuma cobertura. [...]

Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada daquilo; e, se alguma coisa provaram, logo a lançaram fora.

A Carta de Pero Vaz de Caminha. Fundação Biblioteca Nacional . Disponível em: http://fdnc.io/23m. Acesso em: 20 dez. 2020.

  1. Os indígenas estranharam os europeus? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Sim, principalmente a comida e a bebida, que cuspiram.
  1. Imagine que você foi um dos indígenas que presenciou a chegada dos portugueses em 1500.
    • Você teria estranhado a vestimenta dos europeus?
    • Que tipo de alimento você poderia ter oferecido aos europeus?
    • Como você se sentiria com a chegada de um povo novo às suas terras?
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos incluam em seus textos estranhamentos em relação às vestimentas quentes e pesadas dos europeus, o que poderiam ter oferecido aos europeus (frutas e mandioca, por exemplo) e a sensação pessoal com a chegada de novos povos às suas terras. Fim da observação.
    1. Elabore uma carta ao líder da sua aldeia contando como foi esse encontro.
Imagem: Fotografia. Plano aberto do litoral com uma faixa de areia deserta, mar tranquilo e área verde por toda encosta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Praia do Espelho, no município de Porto Seguro, no estado da Bahia. Foto de 2018. Porto Seguro integra a chamada Costa do Descobrimento, região na qual chegaram as primeiras embarcações portuguesas. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Em contrapartida, o escrivão atardou-se na descrição da gente que habitava aquelas paragens, como se ela constituísse a verdadeira riqueza do novo território. E procurou mostrar muito claramente ao rei que aqueles habitantes diferiam dos africanos e dos asiáticos, tornando deste modo sua carta a D. Manuel I um documento precioso para os antropólogos e os historiadores.

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A carta-relatório de Pero Vaz de Caminha. Revista Ide , São Paulo, v. 33, n. 50, jul. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/fMQ. Acesso em: 14 jun. 2021.

Fonte histórica escrita: carta

As atividades propostas nesta página permitem aos alunos explorar uma fonte histórica escrita, um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha.

Orientar coletivamente a leitura do texto, identificando: tipo (carta); autor (Pero Vaz de Caminha); data (1500); como ele descreve os indígenas.

Encaminhar a atividade de produção de escrita, conversando com os alunos sobre as informações que podem constar na carta e o modo de organizá-las em um texto.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades realizadas permitem aproximar os alunos da Competência Geral 9, que se refere à empatia, pois eles devem se colocar no lugar do outro, no caso dos indígenas que vivenciaram a chegada dos portugueses em 1500, imaginando suas impressões sobre o fato.

Fim do complemento.

MP158

Fugindo da dominação

Alguns povos indígenas que viviam no litoral do atual Brasil enfrentaram os portugueses que invadiram suas terras a partir dos anos 1500. Outros povos fugiram para o interior para escapar da dominação portuguesa.

Um padre que viveu no Maranhão registrou o relato de tupinambás que teriam fugido do interior de Pernambuco em 1580, deslocando-se por muitos anos até se estabelecer no Maranhão.

Migração tupinambá, 1580

Fazia pequenas viagens por dia por causa dos mais fracos da sua comitiva. Durante a viagem, os membros desta grande comitiva alimentavam-se somente de raízes que extraíam da terra, de frutos de árvores, de peixes que apanhavam, de pássaros e de outras espécies de animais que agarravam, com farinha, que traziam, e onde lhes faltou esta, aí ficaram para plantar mandioca, e se demoraram até que pudessem fabricar farinha.

Claude D’Abbeville. História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e circunvizinhanças . São Paulo: Siciliano, 2002. p. 93.

Imagem: Gravura em preto e branco. Uma aldeia cercada que apresenta moradias longas lado a lado formando um espaço aberto ao centro. Ao redor, há pessoas nuas que trabalham em plantação e do lado direito, pessoas ajoelhadas diante de uma grande cruz.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de gravura que representa os tupinambás colhendo mandioca, publicada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Gravura em preto e branco. Destaque de pessoas nuas que pescam com arco e flecha dentro de um rio. Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura que representa os tupinambás pescando, publicada no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

  1. Com base no texto e nas gravuras, elabore uma história em quadrinhos com diálogos e imagens que representem a migração dos tupinambás de Pernambuco ao Maranhão em 1580.
PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos incluam em sua história em quadrinhos elementos dos textos e imagens, como as dificuldades de deslocamento, as formas de obtenção de alimento, os tipos de alimento e as formas de descanso. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Organizar uma roda de conversa sobre os deslocamentos que alguns povos indígenas tiveram de fazer e os motivos que os levaram a se deslocar. Na sequência, encaminhar a leitura do texto “Migração tupinambá, 1580”.

Explorar o título e algumas informações apresentadas no texto, como a duração das viagens indígenas, o tipo de alimentação e as estratégias de sobrevivência, como o plantio da mandioca para fabricar farinha. Destacar o uso da mandioca como a base da alimentação indígena.

Orientar a produção de escrita proposta, retomando com os alunos a estrutura e a característica linguística das histórias em quadrinhos: gênero textual composto de personagens, ilustrações, balões de fala e de pensamento, diálogos e emprego de onomatopeias. Orientá-los individualmente na criação da história em quadrinhos, auxiliando aqueles que encontrarem dificuldade. Ao final, propor que socializem suas produções.

A migração tupinambá

Assim, as levas migratórias, diversas no tempo e no espaço, envolvendo os Tupinambá, os Caeté e os Potiguara, possivelmente se concentraram na área litorânea do rio São Francisco, seguindo primeiro para o interior, isto é, para a área da Serra de Ibiapaba, para só então distribuírem-se para o norte [...].

[...] como seria possível uma migração em massa (com crianças, velhos e mulheres) sair de Pernambuco, cruzar as zonas caudalosas dos rios amazônicos e atingir o Equador, entre 1562 (início do indistinto combate aos Caeté e outros grupos indígenas) e 1570 (data sugerida pelo discurso de Japiaçu)?

MP159

Boxe complementar:

Você sabia?

Hans Staden nasceu em 1525, na cidade de Homberg, que atualmente pertence à Alemanha.

Ele realizou duas viagens ao Brasil. A primeira, entre 1548 e 1549, durou 16 meses. Ela foi realizada em um navio português, que tinha o objetivo de trazer prisioneiros para povoar o Brasil, coletar pau-brasil no litoral de Pernambuco e combater piratas franceses e indígenas.

A segunda viagem foi em 1550, quando acabou sendo capturado no litoral paulista e mantido prisioneiro por nove meses pelos índios tupinambás, que achavam que ele era português.

Staden voltou à sua terra em 1555 e iniciou a produção da obra Viagem ao Brasil, ilustrada por gravuras, contando sua versão sobre as batalhas de que participou e o modo de vida dos tupinambás. A obra, publicada em 1557, foi um sucesso e teve diversas reedições.

Em seu livro, Hans Staden descreveu a rede tupinambá.

Eles dormem numas coisas, redes, que chamam de ini na língua deles, e que são feitas de algodão. Amarram-nas acima do chão em duas estacas.

À noite, mantêm um fogo aceso e não gostam de sair sem fogo de suas cabanas, no escuro [...].

Hans Staden. Primeiros registros escritos e ilustrados sobre o Brasil e seus habitantes . São Paulo: Terceiro Nome, 1999. p. 93.

Imagem: Gravura em preto e branco. Entre duas árvores está presa uma rede de descanso que está próxima de uma fogueira.  Fim da imagem.

LEGENDA: Gravura que representa rede tupinambá reproduzida no livro Viagem ao Brasil, de Hans Staden, de 1557. FIM DA LEGENDA.

CRÉDITO: BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL, LISBOA

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

[ ...] Afinal, vários fatores poderiam influenciar no tempo do trajeto dessas migrações: segurança do avanço intermitente, áreas para plantio, disposições climáticas, epidemias, o grau de contato com colonos e outros grupos indígenas; e, ainda, o próprio objetivo da migração: uma fuga empreendida pelo avanço colonialista ou uma migração de caráter religioso e escatológico, como nas conhecidas migrações em busca da “terra onde não se morre”, ou “terra bonita”, ou “terra dos mortos”.

MAIA, Lígio de Oliveira. Dissensão (e distinção) entre os Tupinambá coloniais: deslocamentos e fluxos culturais. Habitus , v. 14, n. 2, jul./dez. 2016. p. 231. Disponível em: http://fdnc.io/fsa. Acesso em: 14 jun. 2021.

Fazer a leitura compartilhada do quadro Você sabia?, identificando com os alunos: nome do autor dos relatos; país de origem e ano de nascimento; viagens que fez ao Brasil; povos indígenas com os quais entrou em contato; o que descreveu em seu livro.

Enfatizar para os alunos que os escritos e as gravuras presentes no livro de Hans Staden podem ser utilizados como fontes históricas no estudo do modo de vida do povo tupinambá no século XVI, desde que levemos em conta as possíveis distorções do olhar de um europeu daquele século.

MP160

Influências indígenas na cultura brasileira

A cultura dos povos indígenas está presente em diversos aspectos do modo de vida dos brasileiros.

  1. Quando o professor solicitar, leia um dos trechos do texto em voz alta.

Culinária

A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e derivados (farinha de mandioca e polvilho, por exemplo). [...] As frutas, como cupuaçu, graviola, açaí, caju e buriti, eram muito consumidas por esses povos. [...]

Imagem: Fotografia. Um cupuaçu inteiro e cortado. Apresenta casca marrom, lisa e grossa. E no interior apresenta cinco grandes gomos grossos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cupuaçu, um fruto típico da Amazônia, usado para fabricar doces, sorvetes e sucos. FIM DA LEGENDA.

Língua

Muitas palavras de origem indígena, principalmente derivadas do tupi-guarani, fazem parte do nosso vocabulário cotidiano. Várias delas são ligadas a alimentos, plantas e animais, como abacaxi, mandioca, tatu [...].

Imagem: Fotografia. Uma placa grande em cor azul onde está escrito em letras com caixa alta “BEM-VINDO À VILA DE JERICOACOARA”.  Fim da imagem.

LEGENDA: Placa de sinalização da vila de Jericoacoara, no estado do Ceará. Muitos nomes de lugares, como o da vila da placa, são de origem indígena. Jericoacoara significa “refúgio das tartarugas”. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a atividade de leitura em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral, um dos eixos do processo de alfabetização. Identificar com os alunos as influências culturais indígenas na culinária; na língua; nos objetos; nos saberes.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

As atividades propostas permitem aproximar os alunos das contribuições dos povos indígenas para a cultura brasileira, envolvendo elementos como: culinária, língua, objetos e saberes.

Fim do complemento.

Alimentação dos indígenas e suas influências

Os primeiros habitantes do Brasil, utilizando o que a natureza e a floresta lhes ofereciam, se alimentavam basicamente de mandioca, macaxeira ou aipim, milho, carne de caças, peixes, raízes, frutas silvestres, palmito, castanhas, “cocos” de palmeiras e algumas folhas. [...]

De uma maneira geral, as hortaliças não faziam parte dos hábitos alimentares do indígena. Cultivavam a mandioca – o pão do índio –, a macaxeira ou aipim, o milho, o amendoim. O plantio e a colheita de qualquer cultura agrícola eram feitos pelas mulheres (cunhãs), cabendo aos homens às atividades da caça e da pesca.

MP161

Objetos

Objetos desenvolvidos por povos indígenas são muito comuns no dia a dia da população de várias cidades brasileiras. As redes, canoas, jangadas, armadilhas de caça e pesca e instrumentos musicais são alguns deles. O artesanato e o uso de utensílios feitos de barro e palha, como vassouras e vasilhas, também são muito utilizados. [...]

Saberes

Os índios [...] criaram um método de plantio e colheita ainda muito utilizado por pequenos agricultores. Eles também usavam as posições dos astros no céu para orientar os calendários agrícolas, sabendo qual o momento certo de plantar cada alimento.

Letícia Yazbek. A influência dos índios na cultura brasileira. Revista Recreio , 25 out. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fse. Acesso em: 20 dez. 2020.

PROFESSOR Atenção professor: O aluno poderá escolher dois exemplos para cada um dos itens a seguir. Culinária: mandioca e derivados (farinha de mandioca e polvilho), frutas como cupuaçu, graviola, açaí, caju e buriti. Língua: nomes de alimentos, plantas e animais, como abacaxi, mandioca, tatu e nomes de lugares. Objetos: redes, canoas, jangadas, armadilhas de caça e pesca, instrumentos musicais e utensílios feitos de barro e palha, como vassouras e vasilhas. Saberes: método de plantio e colheita ainda muito utilizado por pequenos agricultores, que se baseia nas posições dos astros no céu para orientar os calendários agrícolas, definindo o momento certo de plantar cada alimento. Fim da observação.
  1. Liste no caderno dois exemplos de influências indígenas em cada área.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Culinária

    Língua

    Objetos

    Saberes

  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, investigue em jornais, revistas, livros e na internet nomes de origem indígena para ruas, praças, vilas ou municípios da Unidade da Federação onde você vive. Registre-os no caderno.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a investigação definindo com os alunos fontes confiáveis e um prazo para a investigação. No dia combinado, socializar as descobertas individuais. Fim da observação.
  1. Elabore uma produção de escrita, utilizando na sua narrativa, no mínimo, cinco nomes de origem indígena com os significados que você investigou.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada dos conteúdos e a realização da produção de escrita. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

[...]

Há uma grande quantidade de alimentos de origem indígena, assim como a forma de prepará-los e de consumi-los, que foram assimilados pela culinária brasileira, entre os quais podem ser destacados: o uso da farinha de mandioca em beijus, tapiocas e no pirão; alimentos cozidos ou assados em folhas de bananeira; comidas de milho e a paçoca, uma espécie de farofa feita com peixe ou carne pilados com farinha.

GASPAR, Lúcia. Índios do Brasil: alimentação e culinária. FUNDAJ. Disponível em: http://fdnc.io/fMR. Acesso em: 14 jun. 2021.

Orientar a realização da atividade proposta em que os alunos devem listar no caderno exemplos de influência indígena em cada elemento cultural citado.

Organizar também a investigação sobre nomes de origem indígena nas vias públicas, praças, vilas ou munípios da Unidade Federativa em que vivem. Socializar as descobertas individuais.

Por fim, orientar a produção de escrita, conversando com os alunos sobre os elementos coletados na investigação e a melhor forma de organizá-los em um texto.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma atividade de campo em que eles visitem um quarteirão do município previamente selecionado pelo professor. Solicitar autorização para a visita à direção da escola e aos familiares.

Nessa visita, eles devem verificar a presença, nas placas de vias públicas, em letreiros e outras formas de registro, de nomes de diferentes origens. Na volta, socializar as descobertas da atividade de campo.

MP162

CAPÍTULO 14. Da África para o Brasil

Há cerca de 500 anos, viviam no continente africano diversos povos, que possuíam diferentes modos de vida, como os descritos a seguir.

Reinos do Gana, do Mali e de Songhai

Esses reinos eram favorecidos por terem acesso e controle dos bens mais valorizados no Norte do continente: o ouro e o sal. [...]

Imagem: Fotografia. Plano aberto de uma área de chão de terra, duas árvores com copa cheia diante de uma construção térrea com tijolos aparentes e ligados uma estrutura alta em formato piramidal que apresenta pinos salientes na superfície.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mesquita de Timbuctu, no atual Mali, na África. A mesquita foi fundada em 989, na época do Reino do Mali, e mais tarde ali também funcionou uma universidade. FIM DA LEGENDA.

Reino do Congo

Nesse reino, moravam povos que viviam da atividade agrícola e também comercializavam diversos produtos com grupos de outras regiões. [...]

Reino do Zimbábue

Entre os séculos XIII e XV, extraía-se de lá ouro, cobre e ferro, que cruzavam o Oceano Índico para serem comercializados.

Mônica Lima. Reinos da África. Ciência Hoje das Crianças , 6 dez. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fsc. Acesso em: 20 dez. 2020.

  1. Qual dos povos citados realizava atividade agrícola?
    PROFESSOR Resposta: Povos do Reino do Congo.
  1. Quais realizavam comércio?
PROFESSOR Resposta: Povos do Reino do Zimbábue.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 14

Unidade temática

As questões históricas relativas às migrações.

Objeto de conhecimento

• Os processos migratórios para a formação do Brasil: os grupos indígenas, a presença portuguesa e a diáspora forçada dos africanos.

Habilidades

• EF04HI09: identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

• EF04HI10: analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas permitem aproximar os alunos da Competência Específica 5 de História, que propõe a análise do movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.

Fim do complemento.

Diversidade africana

[...] Ao contrário do que podiam pensar os intelectuais europeus, a África Negra desde cedo conviveu com a instituição por excelência das sociedades históricas: o Estado. Muitos povos africanos, é bem verdade, ainda possuíam uma organização política e social baseada em clãs – um estágio tribal, diriam alguns. Porém, a existência do que podemos chamar de “reinos” nesta parte do mundo, séculos antes de qualquer contato mais efetivo com os europeus, não era algo nada incomum. Uns eram mais estruturados; outros, nem tanto. Era comum a existência de agrupamentos de Estados muito pequenos que compartilhavam uma língua e uma cultura comuns.

MP163

Explorar fonte histórica visual

Um dos reinos africanos que existia há cerca de 500 anos era chamado Loango, localizado no centro-sul do continente. Seus habitantes extraíam cobre, que era comercializado com os europeus.

Observe a representação da capital do reino, a cidade de Loango.

Imagem: Pintura. Em primeiro plano, do lado direito, um conjunto de homens negros com lanças. Eles estão com a parte superior do corpo descoberto, um tecido na cintura e descalço. Do lado esquerdo, um grupo de mulheres e crianças negras próximos a uma estrutura arqueada. Ao fundo, uma ampla cidade cercada por um muro e na qual muitas moradias em composições segmentadas em diferentes quadras e entrecortadas por ruas por onde transitam pessoas. Ao fundo, uma área aberta de livre circulação e outras casas ao redor. A cidade se estende até o horizonte.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cidade de Loango, gravura de Jacob van Meurs publicada no livro Descrições precisas das regiões africanas, de Olfert Dapper, em 1668. FIM DA LEGENDA.

  1. Cite dois tipos de construção que você observa na imagem.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar a muralha que cerca a cidade, o palácio ao fundo e as casas. Fim da observação.
  1. A cidade de Loango ficava no território que hoje em dia pertence à República do Congo. Pesquise em livros, atlas geográficos e na internet mais informações sobre esse país africano atualmente:
    1. capital do país;
    1. número de habitantes;
    1. principais atividades econômicas;
    1. bandeira;
    1. moeda utilizada;
    1. tipo de governo.

      No dia combinado com o professor, conte aos colegas as suas descobertas.

PROFESSOR Atenção professor: Combinar com os alunos fontes confiáveis e um tempo para pesquisa. No dia combinado, socialize as respostas individuais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Alguns desses agrupamentos se tornavam verdadeiros impérios – estendendo seus tentáculos em várias direções e subordinando outros reinos, menores ou isolados. É verdade, como afirma Roland Oliver, que nem todos os povos africanos tentaram fundar Estados. [...] “Entretanto”, como ressalta o mesmo autor, “a maior parte dos africanos aparentemente viveu em Estados desde os primórdios da Idade do Ferro, e esses Estados, em certo sentido, foram invariavelmente monarquias hereditárias.” [...]

SILVA, Wellington Barbosa da. Reinos de negros na Idade Média: a África subsaariana no Medievo. Cadernos de História UFPE, Recife, v. 5, n. 5, p. 5, 2008. Disponível em: http://fdnc.io/fMS. Acesso em: 14 jun. 2021.

Fonte histórica visual: gravura

Solicitar aos alunos que descrevam a imagem, identificando a presença de pessoas, de construções, de vegetação e de outros elementos. Nessa cidade, que era grande, planejada em linha reta e cercada por muralhas, havia atividade comercial intensa.

Fazer uma leitura compartilhada do texto introdutório e comentar com eles que a cidade de Loango ficava na região em que se localiza a República do Congo atualmente. Mostrar em um mapa a localização da República do Congo e da cidade de Loango, no continente africano.

Orientar a pesquisa em livros, na internet ou em um atlas geográfico sobre a República do Congo, retomando com os alunos os elementos a serem investigados: capital do país; número de habitantes; atividades econômicas; bandeira; moeda utilizada; tipo de governo; entre outras informações. Socializar as descobertas individuais.

MP164

Migração forçada

O modo de vida de alguns povos africanos foi muito alterado após a chegada dos portugueses na África, o que ocorreu há cerca de 500 anos. Inicialmente, os portugueses buscavam comercializar produtos como ouro e marfim. Mais tarde, eles intensificaram a busca por seres humanos escravizados no continente africano.

Os africanos resistiram à escravização por meio de revoltas e fugas. Porém, milhões deles foram levados à força para outros locais, inclusive para o Brasil.

Imagem: Mapa. Migração para o Brasil de africanos escravizados há 400 anos. No canto superior esquerdo, o planisfério terrestre com destaque para América do Sul e África. O mapa apresenta as linhas imaginárias, o oceano Pacífico, Atlântico e Índico e as rotas migratórias de África para o Brasil. Da costa noroeste, de São Jorge da Mina, parte uma rota para Salvador, no nordeste da América do Sul. De Lagos, parte uma rota também para Salvador. Mais ao sul na costa africana, de São Paulo de Luanda, parte uma rota para o Recife, região nordeste da América do Sul, e para o Rio de Janeiro, no sudoeste do continente. E de Benguela, no centro-oeste de África, parte uma rota também para o Rio de Janeiro. E da costa sudeste do continente, de Moçambique, parte mais uma rota para o Rio de Janeiro. Na parte inferior, a rosa dos ventos e a escala: 1730 km. Fim da imagem.

Fonte: José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2002. p. 38.

  1. Localize e retire do mapa informações para completar a lista no caderno. Abaixo de cada elemento, complete com informações sobre as migrações forçadas dos africanos escravizados.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Local de saída na África

    Local de chegada no Brasil

    PROFESSOR Resposta: Saída de São Jorge de Mina e Lagos para Salvador; São Paulo de Luanda para Recife ou Rio de Janeiro; Benguela e Moçambique para Rio de Janeiro.
  1. Escolha um dos locais de saída dos africanos escravizados. Investigue em jornais, livros e na internet informações sobre esse local atualmente: país a que pertence, atividades econômicas principais, tipo de governo.
    PROFESSOR Atenção professor: Combinar com os alunos fontes confiáveis e um tempo para pesquisa. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Conte aos colegas as suas descobertas e ouça as deles.
PROFESSOR Atenção professor: Socializar as respostas individuais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Estimular os alunos a refletir sobre as seguintes questões: Como era a vida cotidiana de alguns povos africanos antes da chegada dos colonizadores europeus? Por que os europeus se deslocaram para a África? Quais foram as formas de resistência dos africanos contra o domínio europeu?

Solicitar que observem o mapa e identifiquem os locais de saída dos migrantes na África e as cidades em que chegavam no Brasil. Solicitar que a atividade seja feita como tarefa de casa. Com a ajuda de um adulto, os alunos devem investigar a situação atual de um dos locais de saída dos africanos escravizados. Socializar as descobertas individuais.

Atividade complementar

Propor aos alunos um trabalho comparativo entre o mapa reproduzido nesta página e um planisfério político atual e questioná-los: Em quais países africanos atuais estão os locais de saída de africanos escravizados para o Brasil há 400 anos?

Em seguida, propor que pesquisem as semelhanças culturais entre os habitantes desses países e os brasileiros no que se refere à língua, alimentação, música e religiosidade.

O tráfico de escravizados

A escravização e o transporte forçado de africanos para as Américas possibilitaram a exploração intensiva da mão de obra de milhões de indivíduos, influenciando profundamente o desenvolvimento das sociedades americanas, das nações europeias diretamente envolvidas na colonização e das sociedades africanas escravizadoras e escravizadas. O tráfico de escravos e as lutas por sua extinção no século XIX foram fundamentais para definir as identidades de negros e brancos, legando importantes consequências socioculturais no mundo atlântico. Por isso, esses temas seguem inspirando profícuos trabalhos nos campos das ciências humanas, notadamente na história. Desde o lançamento do banco de dados Voyages ( http://fdnc.io/fMT) em 2008, esses estudos ganharam uma ferramenta central de investigação.

MP165

Tempo, tempo...

Há cerca de 500 anos, havia diversos povos vivendo na África e, nessa mesma época, povos indígenas viviam na América. Essa situação é chamada de simultaneidade.

[...] a simultaneidade temporal, que permite ao/a aluno/a perceber que existem coisas que acontecem ao mesmo tempo e que enquanto se está na escola, a mãe, o pai, os amigos estão fazendo outras coisas ou, ainda, complexificando, que, enquanto acontecem os jogos da Copa do Mundo, em outro lugar, outros grupos sociais podem estar envolvidos numa guerra.

Maria Aparecida Bergamaschi. O tempo histórico nas primeiras séries do Ensino Fundamental. 23 ª Reunião da Anped , 24-28 set. 2000. Disponível em: http://fdnc.io/fsb. Acesso em: 20 dez. 2020.

Imagem: Fotografia. Destaque de um campo de futebol onde homens da seleção brasileira jogam. Eles usam camiseta amarela, shorts azuis e meião azul e chuteira. Um jogador do Brasil está em destaque com a bola, os demais observam ao fundo.  Fim da imagem.
Imagem: Fotografia. Destaque de um campo de futebol onde mulheres da seleção brasileira jogam. Elas usam camiseta amarela, shorts brancos, meião azul e chuteira. Há uma jogadora do Brasil com a bola entre duas jogadoras do time adversário.  Fim da imagem.

LEGENDA DAS IMAGENS: Entre junho e julho de 2019, a seleção masculina de futebol estava disputando a Copa América no Brasil ao mesmo tempo que a seleção feminina disputava a Copa do Mundo na França. FIM DA LEGENDA.

  1. Escolha um adulto da sua convivência e responda às questões a seguir.
    • Agora, ao mesmo tempo que você está na escola, onde esse adulto está?
      PROFESSOR Atenção professor: Dependendo do adulto escolhido, ele pode estar em diferentes lugares. Fim da observação.
    • Que atividades você e esse adulto estão fazendo ao mesmo tempo?
      PROFESSOR Atenção professor: O adulto escolhido pode estar fazendo diferentes atividades. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Totalizando informações de aproximadamente 35 mil viagens pelo Atlântico, Voyages tornou possível redimensionar os dados até então conhecidos sobre o infame comércio de seres humanos. Hoje, sabemos que cerca de 12,5 milhões de indivíduos foram embarcados e transportados em condições degradantes em navios de mais de uma dezena de nações. Desses, apenas 10,7 milhões chegaram vivos aos portos de desembarque. Graças ao Voyages , sabemos atualmente também mais sobre a distribuição geográfica desses africanos, as condições a bordo dos navios e outras características importantes do tráfico que gerações anteriores de historiadores.

RIBEIRO, Alexandre Vieira; SILVA, Daniel B. Domingues da. O tráfico de escravos africanos: novos horizontes. Revista Tempo . UFF, Niterói, v. 23, n. 2, maio/ago, p. 291, 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fsd. Acesso em: 14 jun. 2021.

Noções temporais: simultaneidade

Acompanhar a leitura e compreensão de texto dos alunos, solicitando a eles que identifiquem o significado de simultaneidade e os exemplos citados.

Orientar também a observação coletiva das fotos, que permitem reconhecer as duas situações que ocorreram simultaneamente.

Por fim, orientar individualmente a realização da atividade proposta. Socializar as respostas individuais.

Solicitar aos alunos que identifiquem mais exemplos de simultaneidade em sua vida cotidiana, em atividades que realizam simultaneamente a outras atividades feitas por adultos da convivência deles.

MP166

Resistência africana

Os africanos escravizados e seus descendentes nascidos no Brasil resistiram à dominação de várias formas: demora em cumprir as ordens recebidas, revoltas contra seus patrões e fugas individuais e coletivas.

  1. Quando o professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Quilombos

    Onde houve escravidão houve resistência e um dos tipos mais característicos de resistência negra na luta pela liberdade foi a fuga e a formação de grupos de escravos fugidos. No Brasil esses grupos foram chamados principalmente de quilombos [...].

    O quilombo dos Palmares nasceu de escravos fugidos, principalmente dos engenhos de açúcar pernambucanos, que se agruparam inicialmente a cerca de 70 quilômetros a oeste do litoral de Pernambuco, na Serra da Barriga [atual Alagoas], local de densas florestas de palmeiras (daí o nome Palmares), com terreno acidentado, o que tornava o acesso mais difícil.

    Lúcia Gaspar. Quilombo dos Palmares. Fundação Joaquim Nabuco , Recife, 9 dez. 2004. Disponível em: http://fdnc.io/fMU. Acesso em: 20 dez. 2020.

Imagem: Fotografia. Destaque de uma área verde descampada onde há uma cerca no espaço e no horizonte uma serra bem saliente.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vista da Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, no estado de Alagoas. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto informações para responder às questões.
    1. O que eram os quilombos?
      PROFESSOR Resposta: Locais de reunião de grupos de escravos fugidos.
    1. De onde eram originários os escravos do quilombo de Palmares?
      PROFESSOR Resposta: Principalmente de Pernambuco.
    1. Onde eles se fixaram?
      PROFESSOR Resposta: Na Serra da Barriga, atual Alagoas.
    1. Cite um dos tipos mais característicos de resistência dos escravizados apresentados no texto.
      PROFESSOR Resposta: A fuga e a formação de grupos de escravizados fugidos.
  1. Qual era a vantagem desse local para a segurança dos moradores do quilombo?
    PROFESSOR Resposta: Era um local acidentado e com florestas, facilitando o esconderijo.

Orientar os alunos na atividade de leitura em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral, essencial no processo de alfabetização.

Orientar também a atividade de localizar e retirar informações do texto, que contribui para o desenvolvimento, pelos alunos, de estratégias de compreensão de texto.

Explorar com eles a questão da resistência à escravização, o que eram os quilombos, qual foi o principal quilombo e quais as características do quilombo dos Palmares.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

O Que Há de África Em Nós, de Walmyra Albuquerque e Walter Braga, editora Moderna.

Nesse livro de ficção, as personagens viajam no tempo e no espaço. Por meio dessas viagens, a obra aborda o modo de vida dos africanos, a colonização portuguesa, a escravidão, as relações entre o Brasil e os países africanos e as criações culturais de africanos e seus descendentes em nosso país.

Fim do conteúdo.

Quilombos coloniais

A expressão quilombo vem sendo sistematicamente usada desde o período colonial. Ney Lopes afirma que “quilombo é um conceito próprio dos africanos bantos que vem sendo modificado através dos séculos [...]. Quer dizer acampamento guerreiro na floresta, sendo entendido ainda em Angola como divisão administrativa” (Lopes, Siqueira e Nascimento 1987: 27-28).

O Conselho Ultramarino Português de 1740 definiu quilombo como “toda habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte desprovida, ainda que não tenham ranchos levantados nem se achem pilões neles”. Indica, também, uma reação guerreira a uma situação opressiva.

MP167

Explorar fonte histórica visual

Uma das trocas culturais dos povos que viveram no Brasil em outros tempos pode ser observada no modo de vestir das pessoas. Observe as duas imagens e leia as legendas.

Imagem: Pintura em preto e branco. Uma mulher negra sentada com um tecido estampado sobreposto à roupa. Ela usa adorno no pulso e no pescoço e um turbante com pano claro na cabeça. Fim da imagem.

LEGENDA: Mulher da costa ocidental africana, desenho de Onésime Reclus. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Pintura. Uma mulher negra de pé equilibrando uma bandeja com frutas sobre a cabeça. Ela usa uma camiseta larga clara, com uma longa saia, está descalça e está com um tecido estampado sobre o ombro esquerdo. Na parte inferior, há uma assinatura. Fim da imagem.

LEGENDA: Vendedora de frutas na Bahia, desenho de Maria Calcott. FIM DA LEGENDA.

  1. De que lugar é a mulher representada na primeira imagem? E na segunda?
    PROFESSOR Resposta: A primeira é da costa ocidental africana e a da segunda é da Bahia.
  1. Quais são as semelhanças nas vestimentas das duas mulheres?
    PROFESSOR Resposta: Ambas usam o chamado “pano” sobre o ombro ou cruzado sobre o vestido.
  1. Essas semelhanças indicam influência cultural levada do Brasil para a África ou trazida da África para o Brasil?
    PROFESSOR Resposta: Trazida da África para o Brasil.
MANUAL DO PROFESSOR

David Birmigham (1974) sugere que o quilombo se origina na tradição mbunda, através de organizações clânicas, e que suas linhagens chegam até o Brasil através dos portugueses.

[...]

Considerando as condições da época e a própria tradição agrícola dos africanos, Décio Freitas faz uma tipologia dos quilombos a partir de sua base de sustentação econômica, indicando sete tipos principais: os agrícolas, os extrativistas, os mercantis, os mineradores, os pastoris, os de serviços, os predatórios (que viviam de saques). [...]

LEITE, Ilka Boaventura. Os quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas. Revista Etnográfica , v. 4, n. 2, p. 336-337, 2000. Disponível em: http://fdnc.io/fMV. Acesso em: 14 jun. 2021.

Fonte histórica visual: desenhos

Orientar coletivamente a observação da primeira imagem, identificando com os alunos seus dados: local (costa ocidental africana) e tipo de vestimenta (vestido, turbante e um “pano” sobre o vestido).

Depois, orientar a observação da segunda imagem, identificando: local (Bahia, Brasil) e tipo de vestimenta (semelhante ao da imagem da esquerda).

A partir disso, conversar com os alunos sobre essa vestimenta que aparece em ambas as imagens, conhecida como “pano da costa”, e que foi trazida da África para o Brasil.

MP168

Influências africanas na cultura brasileira

Diversos aspectos do modo de vida dos brasileiros também são influenciados pela cultura dos africanos e seus descendentes.

Música

Além do samba, que é o estilo brasileiro mais famoso no mundo, outros ritmos [e danças] também vieram da [...] África: Maracatu, [...] Moçambique. Além disso, muitos instrumentos musicais [...].

Imagem: Fotografia. Um instrumento composto por uma cabaça pintada em vermelho e que possui uma rede de contas ao redor do corpo e uma extremidade mais alongada e com uma cavidade circular e oca. Fim da imagem.

LEGENDA: Afoxé, instrumento musical de origem africana. FIM DA LEGENDA.

Culinária

Ingredientes como o leite de coco, a pimenta malagueta [...] e o azeite de dendê não eram conhecidos nem usados no Brasil [...].

Imagem: Fotografia. Cinco garrafas de vidro transparentes tapadas com rolha e que apresentam em seu interior uma substância densa e escura que forma uma aparência em degradê. Fim da imagem.

LEGENDA: Azeite de dendê, tempero de origem africana. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura compartilhada do texto, identificando com os alunos as influências africanas na cultura brasileira no que se refere a: música, culinária, capoeira e língua.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

As atividades propostas permitem aproximar os alunos das contribuições dos povos africanos para a cultura brasileira, envolvendo elementos como: culinária, língua, ritmos, instrumentos e saberes.

Fim do complemento.

Influências culturais africanas

Há um enorme leque de palavras que tem sua origem ligada ao continente africano, algumas em desuso, mas a grande maioria ainda em uso, como exemplo: acarajé, angu, batuque, berimbau, búzio, cachaça, cachimbo, cafuné, camundongo, candomblé [...].

Também na culinária há uma grande influência africana, como o uso do leite de coco e do azeite-de-dendê. Inseriu-se o feijão preto, o quiabo, o milho, a galinha de angola e vários temperos. Trouxeram pratos como o vatapá, a pamonha, a feijoada, o acarajé e o angu, entre tantos outros pratos e alimentos de suas origens que se disseminaram no Brasil. A culinária africana modificou pratos europeus ao substituir ingredientes e ensinou a sua maneira de cozinhar, dando origem à cozinha brasileira (Câmara Cascudo, 2012).

MP169

Capoeira

A capoeira, uma mistura de dança e luta, foi criada pelos [africanos escravizados] como uma estratégia de defesa. [...]

Imagem: Fotografia. Uma roda de capoeira em área gramada composta por oito pessoas. Ao centro, duas pessoas jogam, com as mãos no chão e os pés para o alto, e ao redor, o restante bate palmas e toca instrumentos. Eles estão descalços, usam camiseta e calça branca. Ao fundo, muitas árvores.  Fim da imagem.

LEGENDA: Apresentação de capoeira em 2019. FIM DA LEGENDA.

Língua

A maior parte das palavras que enriqueceram o vocabulário brasileiro vem do quimbundo, língua do povo banto. [...]

Imagem: Fotografia. Uma gangorra infantil que apresenta assentos com encosto e local para apoio para os pés. Fim da imagem.

LEGENDA: Gangorra, palavra com origem no idioma quimbundo. FIM DA LEGENDA.

Adriana Franzin. Você sabe qual é a importância da cultura negra para a história do Brasil? Portal EBC , 19 nov. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fsg. Acesso em: 20 dez. 2020.

Boxe complementar:

Investigue

Investigue em livros ou na internet os itens a seguir.

  • Receitas que utilizam o azeite de dendê como ingrediente.
  • Outras palavras que usamos em nosso dia a dia com origem no quimbundo, a língua do povo banto.
    PROFESSOR Atenção professor: Combinar com os alunos fontes confiáveis e um tempo para pesquisa. No dia determinado, socialize as respostas individuais. Fim da observação.

    No dia combinado, conte ao professor e aos colegas as suas descobertas.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

[...] Várias manifestações artísticas foram acrescentadas a nossa sociedade, como o samba, que representa um cenário artístico de origem africana sendo uma adaptação das danças e cantos dos escravos, passou por muitas mudanças, até se consagrar na sua configuração atual. A capoeira considerada uma manifestação artística e que faz parte do cotidiano de muitos brasileiros [...].

OGLIARI, Aline. Influência das culturas africanas na cultura popular brasileira: subsídios para a prática didática em Artes Visuais. UnB. p. 21-22, 2014. Disponível em: http://fdnc.io/fMW. Acesso em: 14 jun. 2021.

Atividade complementar

Propor aos alunos que pesquisem em livros, enciclopédias e na internet mais informações sobre algumas danças tradicionais de origem afro-brasileira, buscando os seguintes dados:

  • nome;
  • estados em que são mais praticadas;
  • tipo de apresentação;
  • instrumentos musicais utilizados.

    No dia combinado, os alunos podem apresentar suas descobertas aos colegas, utilizando cartazes ou meios digitais.

MP170

As origens do CARNAVAL brasileiro

Imagem: Fotografia. Uma composição com máscaras carnavalescas, confetes e serpentinas coloridas sobre uma superfície de madeira pintada de azul. Fim da imagem.

Algumas manifestações culturais, como o Carnaval, receberam influências de diferentes grupos que migraram para o Brasil.

Entrudo

O Entrudo, uma festa popular trazida para o Brasil pelos portugueses há 500 anos, incluía várias brincadeiras, como a de atirar farinha e água uns nos outros. Algumas dessas brincadeiras foram trazidas para o Brasil em 1723 pelos portugueses que viviam na África.

Blocos carnavalescos

Em 1846, o sapateiro português José Nogueira Paredes saiu pelas ruas do Rio de Janeiro tocando bumbo, dando origem ao primeiro bloco carnavalesco. Nas décadas seguintes, a quantidade de blocos aumentou muito.

Fonte: Conheça a história do Carnaval. PUCRS. Disponível em: http://fdnc.io/fMX. Acesso em: 22 maio 2021.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a observação do infográfico, identificando com os alunos: os elementos que caracterizam a imagem de fundo, os quadros e as informações apresentadas.

Explorar com os alunos a história do Carnaval no Brasil apresentada no infográfico, identificando as suas várias fases, bem como as influências portuguesas e africanas.

Carnaval: origens

[...] A comemoração carnavalesca data do início da colonização, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos mais tarde, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.

[...]

O entrudo era praticado pelos escravos. Estes saíam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. [...]

Na Bahia, os primeiros afoxés surgiram na virada do século XIX para o XX, com o objetivo de relembrar as tradições culturais africanas. Os primeiros afoxés foram o Embaixada Africana e os Pândegos da África.

MP171

Afoxé

Afro-brasileiros que viviam na Bahia criaram, em 1885, sociedades carnavalescas chamadas afoxés. Durante os desfiles, os brincantes usavam roupas e instrumentos de origem africana, como o tambor, o afoxé e o agogô.

Trio elétrico

O trio elétrico surgiu em 1950, quando os músicos baianos Dodô e Osmar, conhecidos como dupla elétrica, equiparam um automóvel com dois alto-falantes e saíram tocando pelas ruas da cidade de Salvador, no estado da Bahia. Dois anos depois, o percussionista Temístocles Aragão juntou-se a Dodô e Osmar, formando o trio elétrico. O automóvel foi substituído por uma caminhonete maior.

Diversas formas

Atualmente, o Carnaval é comemorado de diversas formas no Brasil, com escolas de samba, trios elétricos, afoxés e blocos de rua.

  1. Identifique um elemento do Carnaval brasileiro de origem africana e outro de origem portuguesa.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar como origem africana os afoxés e de origem portuguesa o entrudo e os blocos de rua. Fim da observação.
  1. Em casa, leia a história do Carnaval para um adulto de sua convivência.
    PROFESSOR Atenção professor: É importante que os estudantes exerçam a habilidade da leitura em diversas situações, levando-os a se interessar pelo universo da leitura. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Por volta do mesmo período, o frevo passou a ser praticado no Recife, e o maracatu ganhou as ruas de Olinda.

[...]

Em 1950, na cidade de Salvador, o trio elétrico surgiu após Dodô e Osmar utilizarem um antigo caminhão para colocar em sua caçamba instrumentos musicais por eles tocados e amplificados por alto-falante, desfilando pelas ruas da cidade. Eles fizeram um enorme sucesso. Mas o nome somente seria utilizado um ano depois, quando Temistócles Aragão foi convidado pelos dois. Um novo veículo foi utilizado, com a inscrição “Trio Elétrico” na lateral.

A origem do Carnaval. Biblioteca do Cecult . UFRB. Disponível em: http://fdnc.io/fMY. Acesso em: 14 jun. 2021.

Orientar os alunos na atividade de ler em voz alta para adultos da convivência deles. Essa atividade contribui para o desenvolvimento da fluência em leitura oral, essencial para o processo de alfabetização.

Atividade complementar

Organizar a turma em grupos a fim de que cada um represente, por meio de dramatização, um dos elementos apresentados no infográfico sobre o Carnaval no Brasil, exceto o Entrudo.

Explicar aos alunos que o Entrudo envolvia atos que, atualmente, são considerados inadequados, pois envolvem violência física.

Os alunos devem criar diálogos, cenários e figurinos para a apresentação. Se possível, incentive-os a reproduzir músicas e a utilizar instrumentos musicais.

MP172

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 13 e 14

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda às atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Sobre os povos indígenas, responda.
    1. Quais eram as formas de demarcação dos territórios indígenas?
      PROFESSOR Resposta: Demarcavam o território com fronteiras naturais, como serras e rios, bem como com os cemitérios de seu povo.
    1. Que estratégia os tupinambás utilizavam para proteger suas aldeias?
      PROFESSOR Resposta: Construíam fortificações ao redor de suas aldeias.
    1. Como era as formas de liderança nas aldeias tupinambás?
      PROFESSOR Resposta: O chefe trabalhava como os outros homens do seu grupo, e seu poder de liderança era exercido durante as reuniões, nos períodos de guerra ou em situações de calamidade.
  1. Registre o local de partida em Portugal da esquadra de Pedro Álvares Cabral e o seu local de chegada nas terras que mais tarde formariam o Brasil.
    PROFESSOR Resposta: A expedição saiu de Lisboa e chegou em Porto Seguro.
  1. Elabore uma produção escrita sobre a migração do povo tupinambá, em 1580, considerando os seguintes elementos:
    • os motivos da migração;
    • as características da viagem;
    • a alimentação dos tupinambás.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar que os tupinambás fugiram para o interior para escapar dos europeus que ocuparam as suas terras. Nessa fuga, faziam pequenas viagens por dia, alimentando-se de raízes, de frutos de árvores, de peixes e de farinha de mandioca. Fim da observação.
    1. Copie as fichas no caderno e complete-as com as informações de cada um dos alimentos.

Imagem A

Imagem: Fotografia. Um punhado de um alimento vermelho com superfície lisa e formato longo e afilado com uma pequena haste verde na extremidade. Fim da imagem.

Ficha A

Nome do alimento

PROFESSOR Resposta: Pimenta malagueta

Cultura

PROFESSOR Resposta: Africana

Imagem B

Imagem: Fotografia. Um punhado de um alimento firme, de casca marrom, grossa e áspera, formato alongado e cilíndrico e quando cortado apresenta superfície lisa e clara.  Fim da imagem.

Ficha B

Nome do alimento

PROFESSOR Resposta: Mandioca

Cultura

PROFESSOR Resposta: Indígena
  1. A migração forçada de africanos para o Brasil há cerca de 500 anos teve qual motivação?
PROFESSOR Resposta: A escravização dos africanos pelos portugueses, que foram trazidos para o Brasil.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: explicar as formas de organização do território pelos povos indígenas.

Ao solicitar que o aluno explique as formas de organização do território, de defesa e de liderança que existiam entre os povos indígenas, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo estabelecido.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar rotas de navegação portuguesa.

Espera-se que o aluno identifique o local de saída e de parada no Brasil da expedição de Pedro Álvares Cabral. Para isso, o aluno deverá retomar o mapa da página 120.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: explicar as formas de organização do território pelos povos indígenas.

O aluno deverá realizar uma produção de escrita, envolvendo os motivos das migrações dos indígenas tupinambás em 1580, os problemas enfrentados na viagem e as formas de alimentação.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as influências culturais dos povos indígenas e africanos na formação da sociedade brasileira.

O aluno deverá observar e interpretar as imagens, identificando a que cultura cada uma delas se refere e preencher as respectivas fichas.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: identificar os motivos da migração forçada dos africanos para o Brasil.

Espera-se que o aluno explique que o comércio de pessoas escravizadas foi o motivo da migração forçada dos africanos para o Brasil.

MP173

  1. Sobre a vinda dos africanos para o Brasil, faça o que se pede.
    1. Cite dois locais de saída dos africanos.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos deverão citar dois locais, entre esses: São Paulo de Luanda, Benguela, Moçambique, Lagos e São Jorge de Minas. Fim da observação.
    1. Cite dois locais de chegada no Brasil.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos deverão citar Salvador, Recife ou Rio de Janeiro. Fim da observação.
  1. Copie a alternativa que apresenta o nome do principal refúgio de escravizados situados na Serra da Barriga.
    1. Quilombo do rio Vermelho.
    1. Quilombo do Urubu.
    1. Quilombo dos Palmares.
    1. Quilombo do Ibura.
      PROFESSOR Resposta correta: Alternativa “c”.
  1. Classifique os termos de acordo com a origem cultural de cada um.

    cupuaçu

    graviola

    rede

    canjica

    canoa

    gangorra

    afoxé

    Maracatu

Quadro: equivalente textual a seguir.

Influência africana

Influência indígena

PROFESSOR Resposta: Influência africana: gangorra, Maracatu, afoxé e canjica. Influência indígena: cupuaçu, graviola, rede, canoa.

Autoavaliação

PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

  1. Expliquei as formas de organização dos territórios indígenas?
  1. Identifiquei as motivações nos processos migratórios dos povos indígenas?
  1. Identifiquei as causas das imigrações forçadas dos povos africanos?
  1. Reconheci as influências culturais dos povos indígenas e africanos na sociedade brasileira?
  1. Realizei todas as lições de casa?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: identificar rotas de comércio de africanos escravizados.

O aluno deverá identificar os locais de saída dos africanos escravizados e os locais de chegada no Brasil.

Atividade 7 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer formas de resistência à escravização pelos povos africanos.

Ao solicitar que o aluno identifique o quilombo dos Palmares como o principal refúgio de escravizados, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo estabelecido.

Atividade 8 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as influências culturais dos povos indígenas e africanos na formação da sociedade brasileira.

O aluno deverá ler e interpretar algumas palavras para identificar quais delas são influências indígenas na língua portuguesa e quais são influências africanas.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir ao aluno uma pontuação ou um conceito.

As respostas dos alunos também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP174

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 13 e 14

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades relacionadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 13 e 14. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Quais foram as migrações e influências culturais dos indígenas e dos africanos no Brasil?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades avaliativas da seção Retomando os conhecimentos permitiram aos alunos retomar os conhecimentos construídos nos capítulos 13 e 14.

A realização dessas atividades favorece o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP175

Introdução ao módulo dos capítulos 15 e 16

Este módulo, formado pelos capítulos 15 e 16, tem como objetivo tratar sobre imigrações de diversos povos para o Brasil e os processos de migrações internas do país, identificando as características dos diferentes deslocamentos populacionais e suas influências nos locais de destino.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Quais foram as migrações externas e internas no Brasil entre 1880 e 1980 e quais foram as influências culturais dos migrantes?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Possibilitam o desenvolvimento da habilidade EF04HI09 ao abordar as motivações para estrangeiros imigrarem para o Brasil, assim como as causas de migrações internas no país e as consequências desses processos; da habilidade EF04HI10 ao tratar sobre as contribuições dos imigrantes para a formação social e cultural do país; e da habilidade EF04HI11 ao demandar que os alunos avaliem as eventuais influências de processos migratórios onde vivem.

São desenvolvidas atividades que permitem aos alunos observar e interpretar gravura, gráfico, cartaz de propaganda e fotografias relativos às migrações externas para o Brasil entre 1880 e 1940; bem como a leitura e compreensão de um depoimento e de textos informativos, além da interpretação de fotografias e mapa sobre as migrações internas no Brasil entre 1950 e 1980.

Como pré-requisito é importante que os alunos conheçam alguns tipos de migração, como os estudados nos capítulos anteriores.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Os principais objetivos de aprendizagem enfocados neste módulo são os seguintes:

MP176

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 15 e 16

Quais foram as migrações externas e internas no Brasil entre 1880 e 1980 e quais foram as influências culturais dos migrantes?

CAPÍTULO 15. Migrações internacionais

As migrações internas são aquelas em que as pessoas migram de uma cidade ou estado para outro dentro do país. As migrações externas são aquelas em que as pessoas se deslocam de um país para outro.

Entre 1880 e 1940, muitas pessoas de outros países vieram para o Brasil.

Imagem: Pintura. Em uma ampla área aberta próxima de um grande navio atracado, estão homens, mulheres e crianças ao redor de malas. A embarcação apresenta estrela vermelha em uma das chaminés. Em primeiro plano, está um grupo de pessoas sentadas. Do lado direito, estão uma mulher e um menino encostado em suas pernas. Do lado direito, uma mulher sozinha e mais atrás uma menina de pé, um senhor de barba, uma senhora de costas e uma mulher com bebê no colo sentados. As mulheres usam lenço no cabelo e pescoço, blusas de manga longa, saias compridas e os homens usam sapatos, calça comprida, camisa de manga longa com tecido no pescoço e chapéu. Ao fundo, um outro grupo circula carregando malas, trouxa de roupas e cadeiras sobre a cabeça. Quanto mais perto do acesso a escada para o navio, mais cheio de gente está.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de A triste partida dos imigrantes, gravura de Achille Beltrame, 1901. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Converse com seu colega. Fim da imagem.

  1. Que elementos da imagem indicam que as pessoas representadas estão migrando?
    PROFESSOR Resposta: Malas, sacos de roupa e navio ao fundo.
  1. Em sua opinião, por que Achille Beltrame intitulou essa representação de A triste partida dos imigrantes?
    PROFESSOR Resposta: A expressão das pessoas denota tristeza ou preocupação em deixar o próprio país.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 15

Unidade temática

As questões históricas relativas às migrações.

Objeto de conhecimento

• Os processos migratórios do final do século XIX e início do século XX no Brasil.

Habilidades

• EF04HI09: identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

• EF04HI10: analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

• EF04HI11: analisar, na sociedade em que vive, a existência ou não de mudanças associadas à migração (interna e internacional).

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo permitem aos alunos se aproximar da Competência Geral 5, em que eles devem analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.

MP177

Os imigrantes deixavam seus locais de origem por vários motivos: más condições de vida, guerras, conflitos ou perseguições políticas e religiosas.

Os imigrantes que vieram para o Brasil foram atraídos pela possibilidade de obter terras ou de conseguir trabalhar nas fazendas de café e nas indústrias que começaram a se desenvolver nesse período na Região Sul e na Região Sudeste do país.

Entre 1880 e 1940, vieram para o Brasil imigrantes de diversos países, como mostra o gráfico.

Imagem: Gráfico em barras verticais. Brasil: países de origem dos imigrantes (1880-1940). No eixo vertical, o número de pessoas. No eixo horizontal, o país de origem. Espanha: 580.000 pessoas. Japão: 199.000 mil pessoas. Itália: 1.400.000. Alemanha: 190.000 pessoas. Portugal: 1.200.000 pessoas. Polônia: 50.000 pessoas. Rússia: 110.000 pessoas.  Fim da imagem.

Fonte: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil. v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 233.

  1. Localize e retire informações do texto e do gráfico para responder às questões.
    1. Entre 1880 e 1940, de qual país veio o maior número de imigrantes para o Brasil?
      PROFESSOR Resposta: Itália.
    1. Explique por que, entre 1880 e 1940, os imigrantes saíram de seus países de origem e vieram se estabelecer no Brasil.
PROFESSOR Resposta: Eles saíram de seus países de origem por causa das más condições de vida, das guerras, dos conflitos e das perseguições políticas e religiosas e vieram se estabelecer no Brasil em busca de terras ou emprego nas fazendas de café e nas indústrias.
MANUAL DO PROFESSOR

Solicitar aos alunos que leiam o texto introdutório e relatem as principais causas de imigração e por que as pessoas decidiram vir para o Brasil.

Orientar a leitura e a interpretação do gráfico, começando pelo título e, depois, pelos dados apresentados nos eixos vertical e horizontal. Elaborar perguntas para incentivar a interpretação dos dados do gráfico: Quais são os países de origem dos imigrantes representados no gráfico? De que país veio o maior número de imigrantes para o Brasil? Quantas pessoas eram aproximadamente? De quais países vieram o segundo e o terceiro maior número de imigrantes? Em que continente ficam esses países? Qual foi a quantidade aproximada de pessoas que vieram do Japão e da Alemanha?

Depois, orientar a atividade de localizar e retirar informações do gráfico e do texto, uma estratégia de compreensão de texto, essencial no processo de alfabetização.

MP178

Explorar fonte histórica escrita

Algumas pessoas que migraram para o Brasil entre 1880 e 1940 registraram suas viagens por escrito. Leia o relato escrito pelo italiano Luigi Toniazzo.

Como estávamos amontoados naquele navio, meu Deus, quando embarcaram outros passageiros! Naquele bendito vapor , éramos mais de 2.500 pessoas ocupando a terceira classe , apertados como sardinhas em latas.

Zuleika Alvim. Imigrantes: a vida privada dos pobres do campo. Em: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil . v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 240.

Glossário:

Vapor: navio ou barco movido por máquina a vapor.

Terceira classe: tipo de acomodação sem conforto.

Fim do glossário.

Imagem: Cartaz. Na parte superior está escrito “LA VELOCE” e abaixo há um grande navio em alto mar. Há muitas pessoas no convés e o detalhe de uma estrela vermelha nas duas chaminés em operação, das quais sai densa fumaça escura. Ao fundo, há uma grande estrela vermelha.  Fim da imagem.

LEGENDA: La Veloce, detalhe de cartaz de 1906. La Veloce era uma empresa italiana que transportava imigrantes para o Brasil. FIM DA LEGENDA.

  1. Copie a ficha a seguir em seu caderno e complete com as informações do texto.
  1. Pela propaganda, é possível perceber que a viagem na terceira classe seria como descreveu Luigi Toniazzo? Explique.
PROFESSOR Resposta: Não, pois a propaganda mostra um navio grande, com aparência confortável, buscando divulgar sua viagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica escrita: relato

A atividade proposta possibilita aos alunos refletir sobre uma fonte histórica, um relato sobre as condições de viagem dos imigrantes que vieram de navio dos seus países de origem para o Brasil.

Solicitar aos alunos que leiam individualmente o relato reproduzido e identifiquem: o autor; o país de origem; o meio de transporte utilizado no deslocamento; as condições da viagem; a quantidade de pessoas mencionada; a repartição do navio em que elas estavam acomodadas e o motivo pelo qual o autor usou a expressão “sardinhas em latas”.

Propor a eles que observem o detalhe do cartaz e que relacionem as informações do texto com a imagem e contem aos colegas o que perceberam. Contrapor o relato de Luigi Toniazzo com o cartaz publicitário da empresa La Veloce, destacando as diferenças entre as condições de viagem que a propaganda divulga e a realidade vivida pelos passageiros.

Relatos de imigrantes: a viagem

Nos relatos, a viagem aparece como uma travessia, na maioria das vezes, precária. Os navios, em geral, eram velhos, e os imigrantes viajavam na terceira classe, sofrendo com doenças e com a ausência de conforto. As falas de Dona Maria Joaquina e Dona Delmina relataram esses fatos: “Esse navio era um cangalho! Minha mãe passou mal, ficou doente no navio...”.

Dona Maria Marques lembrou: “era um navio muito bom, uma Companhia Alemã”. Apesar das melhores condições, as crianças corriam perigo. Dona Carminda recordou: “eles faziam umas brincadeiras e eu era levada, fui atravessar na frente deles e me espetaram a vista. A minha mãe desmaiou”.

MP179

Viajando

Alguns imigrantes vindos de outros países seguiram para o Sul do Brasil, onde o governo estava distribuindo terras. A maioria, porém, foi trabalhar nas fazendas de café do interior do estado de São Paulo ou nas indústrias das grandes cidades.

Os imigrantes desembarcavam nos portos e, para irem até o interior do país, utilizavam diversos meios de locomoção, como os retratados nas imagens.

Imagem: A. Fotografia. Destaque de uma via de pedra com trilhos por onde passam um grupo de pessoas de baixa estatura, cabelo liso, pele clara e segurando nas mãos poucos pertences. As mulheres estão de saia longa ou vestido, os homens usam chapéu e terno. Ao redor, trabalhadores do espaço os observam passar. Ao fundo, um grande navio sobre o qual há botes e pessoas nas janelas. Fim da imagem.

LEGENDA: Desembarque de imigrantes japoneses no porto do município de Santos, no estado de São Paulo, em 1930. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Destaque de um trem lotado de pessoas e algumas aparecem nas janelas, onde estão bandeiras do Brasil e do Japão hasteadas. Do lado de fora, à frente do transporte, está um grupo de oito homens de terno, alguns de chapéu, parados posando para foto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Embarque em Santos de colonos japoneses com destino às fazendas de café no interior do estado de São Paulo, nos anos 1930. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire informações das duas imagens para completar a lista a seguir no caderno.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Foto

    Local de saída

    Meio de transporte

    Local de chegada

PROFESSOR Resposta: Imagem A: Japão, navio, porto do município de Santos; imagem B: Santos, trem, fazendas de café no interior de São Paulo.
MANUAL DO PROFESSOR

Dona Maria Joaquina lembrou: “Segurava assim, ficava no convés do navio e olhava os tubarões em alto-mar. Parece que eu estava hipnotizada... Mas eu podia ter caído, acho que Deus guardava a gente”.

As viagens, mesmo realizadas por navios novos e mais rápidos, continuavam cheias de imprevistos para os que atravessavam o Atlântico em busca de vida melhor. [...]

PASCAL, M. A. M. Imigração portuguesa em São Paulo: memórias, gênero e identidade. In : MATOS, M. I. S. de; SOUSA, F. de; HECKER, A. (org.). Deslocamentos e história : os portugueses. Bauru: Edusc, 2008. p. 287.

Organizar uma roda de conversa sobre a vinda dos imigrantes para o Brasil.

Instigar os alunos a refletir sobre as questões: Para onde seguiam os imigrantes que chegavam? Qual era o objetivo dos imigrantes que iam para o sul do Brasil? Qual era o objetivo dos imigrantes que iam para São Paulo? Onde os imigrantes desembarcavam? Como faziam para se deslocar em direção ao interior?

Solicitar que observem a fotografia A, destacando: a nacionalidade dos imigrantes; a época; o local e o meio de transporte retratado.

Auxiliá-los na observação da fotografia B, explorando com eles: a nacionalidade dos imigrantes; a época; o local; o meio de transporte retratado e o destino da viagem.

Orientar a atividade de localizar e retirar as informações das imagens e legendas para organizar a lista solicitada.

MP180

Entre 1830 e 1880, o governo brasileiro organizou a vinda de imigrantes para ocupar e povoar áreas específicas, principalmente no Sul do Brasil.

Já a partir dos anos 1880, o foco principal da imigração passou a ser as fazendas de café, principalmente no estado de São Paulo.

Nas fazendas de café

Assim, mesmo vivendo em uma sociedade tão diversa, aos imigrantes não ocorria trabalhar a terra de uma forma que não envolvesse os membros da família. Todos cumpriam tarefas de acordo com a sua força física e as suas habilidades. Homens e mulheres labutavam no cafezal e aproveitavam para plantar milho e feijão entre as fileiras [de café]. Crianças e velhos cuidavam das hortas vizinhas à casa e dos animais, e exerciam tarefas menos pesadas [...].

Zuleika Alvim. A vida privada dos pobres do campo. Em: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil . v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 254.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Plano aberto do destaque de uma extensa lavoura na qual há um amplo corredor ao centro onde estão trabalhadores lavradores e colhedores. As mulheres usam vestido longo com manga comprida e lenço no cabeço e os homens usam calça e camisa. Alguns manipulam objetos, como peneira e rastelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Imigrantes italianos trabalhando na colheita de café em fazenda do interior do estado de São Paulo. Foto de 1930. FIM DA LEGENDA.

  1. De acordo com o texto, responda às questões sobre a divisão de trabalho das famílias imigrantes nas fazendas de café.
    1. Quais eram os trabalhos feitos pelos homens e mulheres?
      PROFESSOR Resposta: Trabalhavam no cafezal e plantavam milho e feijão.
    1. Quais eram as tarefas das crianças e dos idosos?
PROFESSOR Resposta: Cuidavam das hortas vizinhas e dos animais; faziam tarefas menos pesadas.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura e compreensão do texto introdutório, em que os alunos devem identificar as políticas imigratórias do governo brasileiro entre 1830 e 1880 e após essa data, reconhecendo as mudanças de local de destino e o tipo de produção em que atuavam os imigrantes.

Em seguida, orientar a leitura do texto “Nas fazendas de café”, em que os alunos devem localizar e retirar do texto as informações para responder à atividade, realizando a compreensão do texto. Nesse processo, devem identificar a forma de divisão das tarefas por faixa etária: homens e mulheres adultos realizavam um tipo de tarefa, e crianças e idosos outro.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

A imigração italiana no Brasil, de João Fábio Bertonha, editora Saraiva.

Esta obra aborda o processo de imigração italiana para o Brasil, incluindo os desafios da viagem, a fixação nas novas terras, as atividades desenvolvidas, os hábitos e as tradições trazidos da terra de origem. Aborda também a presença das colônias de imigrantes italianas no Brasil atual.

Fim do complemento.

A carta como fonte histórica

Cartas pessoais podem ser consideradas como fontes históricas? E, em caso afirmativo, até que ponto as informações nelas contidas podem ser válidas para a pesquisa histórica e de que maneira utilizá-las? E, ainda, em se tratando do oitocentos brasileiro, onde a fronteira entre o público e o privado se rompia em não raras oportunidades, como separar as informações meramente pessoais daquelas que podem vir a revelar algo de interessante para o trabalho do historiador? Como se vê, o estudo da correspondência apresenta uma série de indagações que, no entanto, chegam a suscitar um interesse cada vez maior no campo da pesquisa histórica em função exatamente da riqueza de informações que podem ser obtidas neste tipo peculiar de fonte.

MP181

Explorar fonte histórica escrita

O modo de vida dos imigrantes pode ser estudado por meio de diferentes documentos, como passaportes, objetos e cartas.

Leia uma carta escrita, em 1884, pelo imigrante italiano Paulo Rossato ao seu pai, que estava se preparando para vir da Itália para o Brasil.

Para a família, tragam os seguintes objetos: todo o material de cozinha; o caldeirão de lavar roupa, o panelão, [...] [onde se fazia a polenta], a máquina de fazer macarrão, os lampiões [...].

E, depois, partam, mas tratem de partir alegres, cantando, pois não convém que vocês partam chorando. [...] Aqui vocês encontrarão amigos e alegria à vontade, temos comida à fartura para vocês [...].

Zuleika Alvim. A vida privada dos pobres do campo. Em: Nicolau Sevcenko (org.). História da vida privada no Brasil . v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 247-248.

Imagem: Fotografia. Um balde de madeira. Apresenta pequenas ripas postas verticalmente lado a lado e amarradas em todo diâmetro por arame. Na parte superior, apresenta pegador curvo em arame. Fim da imagem.

LEGENDA: Balde de madeira de 1918. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma tábua redonda de madeira ao lado de uma colher de madeira com cabo longo e um mexedor também de madeira e bem comprido.  Fim da imagem.

LEGENDA: Tábua de madeira de 1930 utilizada para fazer polenta. FIM DA LEGENDA.

  1. Cite os objetos mencionados na carta e a função de cada um.
    PROFESSOR Resposta: Caldeirão de lavar roupa, panelão de polenta, máquina de fazer macarrão e lampiões.
  1. O autor da carta passa para os familiares uma visão positiva ou negativa da vida no Brasil? Explique.
PROFESSOR Resposta: Positiva, porque afirma que no Brasil a família encontrará amigos, alegria e fartura.
MANUAL DO PROFESSOR

[...]

A carta é algo que, além de aproximar as pessoas, pode revelar algo sobre elas e mesmo sobre quem as recebe. Permite ainda avaliar a intensidade do relacionamento entre elas. [...] Elas já possuem, na historiografia, o status de documento. “As correspondências ordinárias, muito tempo abandonadas sobre a nave lateral da história, também adquiriram estatuto de documento” [...].

MATTOS, Raimundo César de Oliveira. As cartas revelam – analisando o oitocentos através da correspondência. ANPUH. In : XIV Encontro Regional da ANPHU – Rio. Memória e Patrimônio, jul. 2010. p. 1-2. Disponível em: http://fdnc.io/fpf. Acesso em: 14 jun. 2021.

Fonte histórica escrita: carta

As atividades propostas permitem trabalhar com os alunos a carta como fonte histórica escrita.

Fazer uma leitura compartilhada da carta, identificando com os alunos: autor; país de origem; data; a quem se dirige a carta; materiais que solicita; conselhos que emite.

Atividade complementar

Propor aos alunos a elaboração de uma carta voltada para um destinatário imaginário que vive em outro país. Eles devem inventar um nome e um país de origem para o interlocutor. Depois, devem narrar a ele seu cotidiano, incluindo: forma de morar, brincadeiras e rotina escolar.

MP182

Influência na alimentação

Os imigrantes que vieram para o Brasil influenciaram diversos aspectos da cultura brasileira: festas, tradições, formas de morar e hábitos alimentares.

Quando o professor solicitar, leia o texto silenciosamente.

Alimentação italiana

Os pratos italianos – as massas em particular – levaram algumas décadas para serem socializados até transformar-se em itens triviais dos menus das casas de família de qualquer etnia e dos restaurantes. É bem verdade que, nos primeiros anos do século , as vendas de São Paulo ofereciam ingredientes da cozinha italiana, “montanhas de caixas de tomate siciliano e de massas napolitanas”, como observou, em 1907, Gina Lombroso Ferrero. Na mesma época, hospedado em um hotel da cidade, o jornalista português Sousa Pinto notava: “ao jantar, servem-nos minestra e risoto – é a Itália, não há que ver, a Itália com arroz de açafrão e queijo ralado.” [...]

O caso mais conhecido é o da macarronada domingueira da mamma , reunindo a família.

Boris Fausto. Imigração: cortes e continuidades. Em: Lilia Moritz Schwarcz (org.). História da vida privada no Brasil . v. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 55 e 58.

Glossário:

Década: conjunto de dez anos.

Século: conjunto de cem anos.

Minestra: sopa italiana com legumes cortados e, geralmente, com macarrão.

Açafrão: planta utilizada como tempero.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Uma pizza assada com um pedaço cortado e feita com ingredientes como manjericão, tomate e queijo. Fim da imagem.

LEGENDA: A pizza é outro alimento trazido para o Brasil pelos imigrantes italianos. FIM DA LEGENDA.

  1. Segundo o texto, que alimentos trazidos pelos imigrantes italianos foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros?
    PROFESSOR Resposta: Massas, minestra (sopa italiana) e risoto.
  1. Elabore uma produção de escrita utilizando duas palavras do glossário: “década” e “açafrão”.
PROFESSOR Resposta pessoal.
PROFESSOR Atenção professor: Os alunos deverão escrever um texto aplicando as palavras “década” e “açafrão” coerentemente. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura silenciosa do texto. Propor aos alunos uma roda de conversa sobre o tema, perguntando: Que alimentos de origem italiana foram incorporados à culinária brasileira? Que ingredientes de origem italiana eram comercializados nas vendas de São Paulo? Por que esses ingredientes eram encontrados na cidade de São Paulo?

Conversar sobre os alimentos de origem italiana consumidos pelos brasileiros no cotidiano. Estimular a participação de todos.

Como tarefa de casa, orientá-los a conversar com adultos e perguntar a origem dos alimentos preferidos deles. Na aula seguinte, devem contar aos colegas as suas descobertas.

Orientar o trabalho de leitura dos termos citados no glossário e posterior aplicação, com a utilização desses termos em uma produção de escrita. Todo esse processo permite a ampliação do vocabulário dos alunos.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: diversidade cultural

As atividades propostas permitem explorar com os alunos a diversidade cultural dos grupos sociais presentes no Brasil, com ênfase nos hábitos e nas tradições alimentares trazidos pelos imigrantes para o Brasil.

Fim do complemento.

Imigração e alimentação

[...] A cozinha brasileira é o resultado das influências portuguesa, negra e indígena, mas devemos considerar que o país possui uma dimensão continental não somente no aspecto geográfico, mas principalmente na sua diversidade cultural implantada pelos imigrantes que aqui se instalaram (italianos, alemães, japoneses, espanhóis, árabes, suíços e outros). [...]

Região Sudeste: [...]. Em São Paulo, a influência mais marcante é a italiana, com a pizza , lasanha, macarrão, nhoque, canelone e pães. No Rio de Janeiro predomina a influência portuguesa devido à instalação da corte de Portugal. Espanhóis, árabes e japoneses também deixaram suas marcas com a paella , quibes, esfihas, grão de bico, gergelim, sushi e sashimi .

MP183

  1. Ao ser solicitado, leia o texto em voz alta.

    Quais alimentos foram trazidos ao Brasil pelos japoneses?

    Pensou em um festival de sushis e sashimis ? Pense maior. No total, os japoneses trouxeram mais de 50 tipos de alimentos ao Brasil. Os primeiros provavelmente foram as variedades de caqui doce e a tangerina poncã, que chegaram nos anos 20. Mas foi a partir da década de 1930 que a maioria dos novos gêneros aportou por aqui. [...]

    Muitos imigrantes traziam mudas junto com suas bagagens nos navios. Foi o caso do morango e até mesmo de um tipo de fruta insuspeita: a uva itália, que apesar de ser italiana, como o nome entrega, [apareceu] no Brasil por mãos japonesas, na década de 1940.

    Natália Suzuki. Quais alimentos foram trazidos ao Brasil pelos japoneses? Revista Superinteressante , n. 246, p. 42, dez. 2007.

  1. Identifique nas imagens a seguir os alimentos que foram trazidos para o Brasil pelos japoneses e escreva seus nomes no caderno.
Imagem: Fotografia. Um prato de macarronada ao molho vermelho. Fim da imagem.

LEGENDA: Macarronada. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma tábua com sushis variados, shoyo e um par de hashis.  Fim da imagem.

LEGENDA: Sushi. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma bandeja com sashimis. Fim da imagem.

LEGENDA: Sashimi. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma pizza assada com ingredientes como azeitona, manjericão e milho. Fim da imagem.

LEGENDA: Pizza. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de morangos. São pequenos, vermelhos, casca de aspecto pouco áspero e com pequenas folhas na extremidade. Fim da imagem.

LEGENDA: Morango. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de brócolis ninja cru. São verde-escuros com uma parte lisa e grossa e extremidade cheia com aspecto macio. Fim da imagem.

LEGENDA: Brócolis. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma tangerina inteira ao lado de gomos da fruta. Apresenta casca laranja de aspecto pouco áspero e forma redonda com pequena folha na extremidade. Os gomos são laranjas de aspecto macio. Fim da imagem.

LEGENDA: Tangerina. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um prato com bife à milanesa. Fim da imagem.

LEGENDA: Bife à milanesa. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de caquis. Apresentam corpo ovalar com casca lisa vermelha e uma pequena casca grossa em uma das extremidades. Fim da imagem.

LEGENDA: Caqui. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia.  Um punhado de berinjelas. Apresentam corpo liso, comprido, preto e extremidade com um pequeno cabo grosso e verde. Fim da imagem.

LEGENDA: Berinjela. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um punhado de pimentões. A casca é verde-escura, lisa com formato ondulado e com pequeno cabo grosso na extremidade.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pimentão. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Sushi, sashimi, morango, tangerina, caqui.
  1. Em casa, reconte a um adulto de sua convivência quais foram os alimentos trazidos pelos imigrantes japoneses.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada das informações para a realização do reconto. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Região Sul: foi a que mais recebeu influência dos imigrantes europeus (italianos, alemães, poloneses, ucranianos), atraídos pelo clima e por ser uma região agrícola. [...]

SONATI, Jaqueline G.; VILARTA, Roberto; SILVA, Cleiliane de Cassia da. Influências culinárias e diversidade cultural da identidade brasileira: imigração, regionalização e suas comidas. In : MENDES, Roberto T.; VILARTA, Roberto; GUTIERREZ, Gustavo Luis (Org.). Qualidade de vida e cultura alimentar . Campinas: Ipês, 2009. p. 142; 145; 146.

Orientar a atividade de leitura em voz alta, que contribui para a fluência em leitura oral, um dos eixos do processo de alfabetização.

Interpretar o texto com os alunos perguntando: Quais tipos de alimento os japoneses trouxeram para o Brasil? Que frutas foram introduzidas no Brasil pelos japoneses? Em que décadas isso ocorreu? Estimular a participação de todos.

Orientar a atividade de reconto, em que eles devem recontar a um adulto da convivência deles o que descobriram sobre os alimentos de origem japonesa.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma atividade de campo de visita a um mercado público do município. Solicitar autorização à direção da escola e aos familiares.

Nessa visita, explorar com os alunos alguns elementos mais utilizados nos pratos de imigrantes que vivem no município. Criar um roteiro de visita. Após a visitação, organizar as informações coletadas e socializar as descobertas.

MP184

CAPÍTULO 16. Migrações internas

Entre as décadas de 1950 e 1980, intensificaram-se as migrações internas no Brasil.

A maioria dos migrantes era composta de trabalhadores rurais da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Sergipe e Paraíba que não conseguiam obter renda suficiente como empregados nas fazendas de suas localidades de origem.

Eles migravam em busca de melhores condições de vida, atraídos, principalmente, pelos empregos:

Imagem: Fotografia em preto e branco. Destaque de um local em construção onde estão nove trabalhadores em uma área íngreme e curva com solo com estruturas formando pequenos relevos. Do lado direito, espaço em piso mais alto com vigas e arames.  Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalhadores na construção do Congresso Nacional em Brasília. Foto de 1959. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 16

Unidade temática

As questões históricas relativas às migrações.

Objeto de conhecimento

• As dinâmicas internas de migração no Brasil a partir dos anos 1960.

Habilidades

• EF04HI09: identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

• EF04HI10: analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

• EF04HI11: analisar, na sociedade em que vive, a existência ou não de mudanças associadas à migração (interna e internacional).

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo permitem aos alunos se aproximar da Competência Geral 5, em que eles têm que analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.

Fim do complemento.

Migração interna no Brasil

Muitas razões podem explicar o ato migratório, e as forças de atração podem ser as mais diversas, tais como a colonização, o crescimento econômico, a possibilidade de enriquecimento. [...]

O processo migratório, no Brasil, ocorre de forma contínua e faz parte da história do país. As migrações internas exercem um papel importante, interferindo de forma significativa nas transformações das estruturas econômicas e sociais. De acordo com Patarra (2003), os movimentos migratórios de maior importância começaram, no Brasil, a partir dos anos 50, quando se iniciou uma etapa mais dinâmica da economia nacional. No período de 1950 a 1980, mais de 36 milhões de pessoas deixaram a área rural.

MP185

Explorar fonte histórica oral

Em suas viagens, os migrantes utilizavam diversos meios de transporte, como trem e ônibus. Em alguns casos, como nos conta em depoimento o senhor Agnelo, o meio de transporte utilizado era mais precário.

Ajuntou bastante gente e encheu o caminhão. Levamos 8 dias no caminhão da Bahia para São Paulo. [...]

No caminhão devia ter umas 30 pessoas. Era de lona, a gente não via nada, era tudo amarrado para não entrar poeira e tinha banco para sentar. As crianças sofreram.

[...] nós deitamos debaixo do caminhão. Fizemos fogo, esquentamos água, fizemos comida e demos banho nas crianças. Dormimos ali embaixo.

Marilda Aparecida de Menezes (org.). Histórias de migrantes . São Paulo: Loyola, 1952. p. 51-52.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Destaque da carroceria de um caminhão com a lateral aberta e o teto coberto e onde estão muitas pessoas sentadas, entre elas mulheres, crianças e alguns homens.  Fim da imagem.

LEGENDA: Transporte de pessoas em caminhão. Foto de 1960. FIM DA LEGENDA.

  1. O meio de transporte utilizado pelo senhor Agnelo era adequado para transportar pessoas? Por quê?
PROFESSOR Atenção professor: Refletir com os alunos sobre o transporte inadequado – o caminhão –, o desconforto das pessoas nos bancos sem encosto, a falta de segurança e proteção do cinto de segurança, entre outros. Esclarecer aos alunos que, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), desde 2014 esse tipo de transporte está proibido. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Pode-se destacar, dentre as migrações internas, o caso da região Nordeste como uma área de forte repulsão populacional. Tal fato se atribui, especialmente, à enorme desigualdade de renda, à grande concentração fundiária e ao problema da seca na região.

Nas décadas de 60, 70 e 80, cidadãos nordestinos foram atraídos para a região Sudeste do país. Nesse período, acontecia o auge da industrialização, principalmente na cidade de São Paulo, considerada, na época, a “terra das oportunidades”. [...]

KLEIN, Maria Regina; MASSUQUETTI, Angélica. Migrações internas: um estudo do município de Novo Hamburgo (RS). Revista FEE . Porto Alegre, v. 33, n. 2, p. 604-605, nov. 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fMZ. Acesso em: 15 jun. 2021.

Fonte histórica oral: depoimento

As atividades propostas permitem aos alunos trabalhar um tipo de fonte para o estudo das migrações: o depoimento, uma fonte oral.

Fazer uma leitura compartilhada do depoimento, identificando com os alunos: nome do depoente; local de origem; local de chegada; tipo de meio de transporte; problemas vividos nesse meio de transporte ao longo da viagem.

Explorar também a fotografia e a legenda. Discutir com os alunos se aquela situação garantia a segurança e o conforto dos passageiros. Informe que, atualmente, este tipo de transporte de pessoas é proibido por lei.

MP186

Influências culturais dos migrantes internos

A cultura da população das diversas Unidades da Federação brasileiras também foi influenciada pelos migrantes internos. Os brasileiros que migraram para outras Unidades da Federação levaram suas festas, tradições e seus costumes para os novos locais de moradia.

  1. Quando professor solicitar, leia o texto em voz alta.

    Influências da migração nordestina no Amazonas

    “[...] Hoje, todos os festivais de dança que existem em Manaus têm um dedinho dos nordestinos. No início, estes eventos não eram chamados festivais folclóricos, eram festivais de ciranda, de xote e quadrilha, e tudo isso tem raízes nordestinas”, explicou [o sociólogo Francisco Canindé].

    Além da ciranda, do xote e da quadrilha, o sociólogo destaca também a grande contribuição nordestina para a maior expressão do folclore amazonense nos dias de hoje: o Festival Folclórico de Parintins. “Parintins tem hoje esta festa internacional e linda, mas não podemos esquecer [que] o ritual é nordestino – em especial do Maranhão [...].”

    Portal Amazônia. Conheça as influências da migração nordestina no Amazonas. Laboratório de Demografia e Estudos Populacionais , 17 ago. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/fN1. Acesso em: 20 dez. 2020.

Imagem: Fotografia. Destaque de um espaço aberto onde há, em primeiro plano, uma pessoa de calça branca com fantasia de um boi preto com chifres longos e borda azul e branca. Ao fundo, há outras pessoas fantasiadas e uma mulher com longo e rodado vestido brilhante e colorido. Fim da imagem.

LEGENDA: Festival Folclórico de Parintins no município de Parintins, no estado do Amazonas, em 2019. Essa festa foi influenciada pela Festa do Boi, levada para a região pelos migrantes nordestinos. FIM DA LEGENDA.

  1. Procure informações em jornais, revistas ou na internet sobre algumas músicas e danças nordestinas que foram levadas para o Amazonas pelos migrantes.
    PROFESSOR Resposta: Além da Festa do Boi, os alunos podem encontrar ritmos musicais amazonenses com influência nordestina.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Conte aos colegas as suas descobertas.
    PROFESSOR Atenção professor: Socializar as respostas individuais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Fazer a leitura compartilhada do texto introdutório e orientar a leitura em voz alta do texto “Influências da migração nordestina no Amazonas”, que contribui para a fluência em leitura oral.

Propor aos alunos que identifiquem as influências dos nordestinos na cultura amazonense. Pedir que observem a fotografia e a descrevam. Propor que relacionem a imagem às informações sobre a influência nordestina na cultura do Amazonas.

Disponibilizar referências para a pesquisa, como livros, sites, jornais e revistas. Auxiliá-los a selecionar as informações mais importantes do conteúdo pesquisado. Organizar uma roda de conversa para que possam socializar as descobertas.

Cordel e Amazônia

O fluxo de poetas e cantadores para a Amazônia tornou significativa a presença do Nordeste no folclore daquela região. [...]

[...] Os motivos que levaram os poetas à Amazônia foram os mesmos dos demais migrantes, ou seja, as condições de vida no sertão periodicamente assoladas pelas secas e as perspectivas de reconstrução da vida pelo enriquecimento rápido.

GUILLEN, Isabel C. Martins. Cantadores das viagens: a literatura de cordel e a experiência da migração nordestina para a Amazônia. VI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Actas. Porto: CEAUP, v. 2, 2002. p. 224. Disponível em: http://fdnc.io/fN2. Acesso em: 28 maio 2021.

MP187

Boxe complementar:

Você sabia?

“O boi é um dos folguedos (festa popular) mais representativos da cultura brasileira, pois reúne traços de três grandes ramos da formação do nosso povo: europeu, indígena e afro-negro”, afirma Américo Pellegrini Filho, folclorista da Universidade de São Paulo (USP). [...]

As pessoas que assistem e dançam durante a exibição do grupo folclórico, que pode durar horas, são chamadas de brincantes e também dão um tom religioso à festa, pois agradecem graças alcançadas e fazem promessas ao boi. O curioso é que a palavra bumba exprime o suposto som de uma pancada do chifre do boi.

Cíntia Cristina. Qual é a origem do bumba meu boi e o que ele representa? Revista Superinteressante , 18 abr. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/fN3. Acesso em: 20 dez. 2020.

A Festa do Boi é comemorada em várias localidades do Brasil e apresenta diferentes nomes.

Imagem: Fotografia. Em um palco coberto, destaque de uma pessoa que dança usando a fantasia de um boi preto de cabeça marrom e borda de chita. Ao lado, um rapaz toca um instrumento. Fim da imagem.

LEGENDA: Festa do Boi de Mamão no município de Antonina, no estado do Paraná. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Boi-bumbá no festejo Arrastão do Pavulagem, no município de Belém, no estado do Pará. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Festa do Boi de Pindaré no município de São Luís, no estado do Maranhão. Foto de 2016. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Conversar com os alunos sobre a Festa do Boi, esclarecendo que se trata de uma festa popular que reúne elementos das culturas indígena, europeia e africana; as pessoas que participam de festas como esta são chamadas de brincantes; a palavra bumba equivale ao som da pancada do chifre do boi; as etapas da festa consistem nos ensaios, no batismo do boi, nas apresentações e na sua morte.

Incentivar os alunos a observar as fotografias das diferentes festas do boi e a interpretá-las com base nos conhecimentos adquiridos.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma pesquisa sobre uma Festa do Boi que ocorra em um dos estados brasileiros, para ser apresentada aos colegas.

Pesquisar a narrativa, as personagens e suas ações, os adornos utilizados, a data/época em que a comemoração acontece, entre outras informações.

Brincadeira e celebração

[...] o bumba meu boi extrapola o aspecto lúdico da brincadeira para fazer sentido como uma grande celebração em cujo centro gravitacional encontram-se o boi, o seu ciclo vital e o universo místico-religioso. É vivenciado pelos brincantes ao longo de todo o ano. [...] Seu ciclo festivo e de apresentações pode ser apreendido em quatro etapas: os ensaios, o batismo do boi, as apresentações e a morte. Comporta diversos estilos de brincar – chamados de sotaques – sem que, contudo, se tornem manifestações distintas.

Complexo cultural do bumba meu boi do Maranhão. IPHAN. Disponível em: http://fdnc.io/fN4. Acesso em: 28 maio 2021.

MP188

Festas e comemorações

As trocas culturais entre os vários povos que viveram no Brasil em diferentes tempos podem ser percebidas nos elementos que fazem parte das festas, danças, músicas e outras manifestações culturais brasileiras atuais, como representado no mapa e nos textos que o acompanham.

Imagem: Mapa. Brasil político. No canto superior direito, o planisfério terrestre com destaque para o Brasil na América do Sul. O mapa traz as linhas imaginárias, o oceano Pacífico e Atlântico e o destaque para a divisão dos territórios dos estados do Brasil. De alguns locais, partem feixes coloridos que levam a pequenos textos sobre as respectivas regiões. Do norte ao sul do país são: Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na parte inferior, a rosa dos ventos e a escala: 270 km.  Amapá: Marabaixo. Dança de origem afro-brasileira que é comum principalmente no estado do Amapá, em que os participantes dançam ao som de tambores. Maranhão: Tambor de Crioula. Festa de origem afro-brasileira que inclui dança circular acompanhada por tambores e é realizada principalmente no estado do Maranhão. Mato Grosso do Sul: Kuarup. Ritual dos povos indígenas que vivem na região do Rio Xingu, no estado do Mato Grosso, que é feito em homenagem aos mortos e inclui danças e cânticos tradicionais. São Paulo: Nikkey Matsuri. Comemoração de origem japonesa que ocorre no município de São Paulo, no estado de São Paulo, e inclui apresentações de taiko (nome para diversos tipos de tambor) e danças típicas do Japão. Santa Catarina: Incanto Trentino. Festa em homenagem aos italianos que vivem no município de Nova Trento, no estado de Santa Catarina, que inclui músicas, danças e comidas típicas da Itália.  Fim da imagem.

Fonte: Graça Maria Lemos Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 113.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura do texto introdutório, identificando com os alunos os elementos principais sobre as trocas culturais no Brasil.

Organizar também a observação e interpretação do mapa, conferindo com os alunos as siglas dos estados. Em seguida, identificar as manifestações culturais relacionadas a cada estado.

Cultura híbrida

A cultura ítalo-brasileira pode ser vista como uma cultura híbrida, com adaptação dos costumes dos imigrantes, que, mesmo longe de sua terra de origem, procuram manter algumas de suas práticas culturais. Esse hibridismo pode ser percebido por meio de vários aspectos, podendo destacar: o uso da saudação “tchau” para se despedir (em italiano ciao que significa oi); a música com a gaita de piano (de teclas), com forte presença entre os gaúchos, para animar os fandangos; as videiras transferidas da Itália para o Brasil pelos imigrantes, para a produção de uva e vinho, que, no início, era para seu próprio consumo, e posteriormente, em escala comercial; a gastronomia, com o farto consumo das massas, nas reuniões da família, motivo de comemoração, com mesa sempre cheia nos dias de domingo.

MP189

  1. Em seu caderno, complete a lista com informações sobre as festas descritas acima.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Nome da festa

    Estado

    Origem

    PROFESSOR Resposta: Marabaixo, Amapá, afro-brasileira; Tambor de Crioula, Maranhão, afro-brasileira; Kuarup, Mato Grosso, indígena; Nikkey Matsuri, São Paulo, japonesa; Incanto Trentino, Santa Catarina, Itália.
  1. Em casa, com a ajuda de um adulto, investigue a presença de danças, festas e comemorações tradicionais no estado em que você vive. Registre:
    1. nome da dança, festa ou comemoração;
    1. época do ano em que costuma acontecer;
    1. povos que participaram da origem ou da disseminação dessa dança, festa ou tradição.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na definição de fontes confiáveis e combinar um tempo para a pesquisa, socializando as descobertas individuais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Portanto, buscamos reunir dados/informações que elucidem como o hibridismo cultural acontece nas festividades ítalo-brasileiras. As expressões culturais presentes nessas festas são parte da identidade cultural dos imigrantes italianos, oriundos de várias regiões da Itália, que, ao se reelaborarem, tornaram-se híbridas e adaptaram-se ao território brasileiro.

KÖHLER, Dilceli T.; OLIVEIRA, Maria de F. Hibridismo cultural nas festividades ítalo-brasileiras. In : IV Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEG. CEPE-UEG. p. 1-2. Disponível em: http://fdnc.io/fN5. Acesso em: 28 maio 2021.

Orientar a leitura de cada um dos quadros, identificando com os alunos: nome da festa, origem, estado em que ocorre, principais características.

Em seguida, orientar os alunos na organização das informações sobre as festas, incluindo-as em uma lista.

Por fim, organizar a investigação sobre as comemorações tradicionais da localidade em que vivem, incluindo as características da festa, a origem e a época do ano em que costuma ocorrer.

MP190

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 15 e 16

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda às atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Sobre os imigrantes vindos para o Brasil entre 1880 e 1940, faça o que se pede.
    1. Cite três países de partida da maioria dos imigrantes.
      PROFESSOR Resposta: Itália, Portugal e Espanha.
    1. Quais foram os motivos de partida de seus países de origem?
      PROFESSOR Resposta: Más condições de vida, guerras, conflitos ou perseguições políticas e religiosas.
  1. As condições de viagem dos italianos trabalhadores que imigraram para o Brasil correspondiam ao que era divulgado pelos cartazes das agências? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Não, pois a propaganda mostrava um navio grande, com aspectos confortáveis, e os imigrantes viajavam apertados e sem conforto.
  1. O que os imigrantes que vieram para o Brasil esperavam?
    PROFESSOR Resposta: Obter terras ou trabalhar nas fazendas de café e nas indústrias nas grandes cidades.
  1. Classifique os alimentos, listando os que se referem à alimentação italiana e à alimentação japonesa.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Alimentação japonesa

    Alimentação italiana

    Sashimi

    Tomate

    Minestra

    Sushi

    Risoto

    Caqui doce

    Macarronada

    Tangerina poncã

    PROFESSOR Resposta: Alimentação japonesa: sashimi, sushi , caqui doce, tangerina poncã. Alimentação italiana: minestra, macarronada, tomate, risoto.
  1. Cite dois exemplos de documentos que foram estudados e que identificam algumas características do modo de vida dos imigrantes no Brasil.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar: depoimento, carta, propaganda e fotografia, entre outros. Fim da observação.
  1. Registre as frases que correspondem às migrações internas no Brasil ocorridas entre 1950 e 1980.
    1. A maioria dos migrantes eram trabalhadores rurais.
    1. Migravam em busca de melhores condições de vida.
    1. Eram atraídos por trabalhos nas indústrias e na construção civil, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
    1. Muitos foram atraídos pelo trabalho na construção de Brasília.
    1. A maioria dos migrantes era de trabalhadores da cidade.
PROFESSOR Atenção professor: Os alunos devem registrar as frases “a”, “b”, “c” e “d”. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar as características das migrações externas no Brasil entre 1880 e 1940.

Ao solicitar que o aluno identifique alguns dos países de origem dos imigrantes vindos para o Brasil e explique os principais motivos dessas migrações, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar as características das migrações externas no Brasil entre 1880 e 1940.

O aluno deverá retomar a seção Explorar fonte histórica escrita, na página 140, e confrontar o cartaz de divulgação da viagem para o Brasil com as informações do depoimento, identificando a contradição.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: identificar as características das migrações externas no Brasil entre 1880 e 1940.

Espera-se que o aluno identifique as expectativas dos imigrantes em relação ao trabalho no Brasil.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as influências de imigrantes na alimentação brasileira.

Espera-se que o aluno selecione e organize em uma lista os alimentos de origem italiana e japonesa.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: identificar fontes históricas que permitem estudar a história dos imigrantes.

O aluno deverá citar os documentos que podem fornecer informações sobre as viagens e o modo de vida dos migrantes externos.

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: conhecer as características das migrações internas entre 1950 e 1980.

Ao solicitar que o aluno selecione as frases que se relacionam com o processo de migrações internas no Brasil, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

MP191

  1. Classifique as imagens a seguir de acordo com suas respectivas influências culturais.

Festa que homenageia os italianos.

Ritual indígena dos waurá.

Dança de origem afro-brasileira.

Imagem: A. Fotografia. Destaque de duas mulheres negras que usam longos vestidos rodados e estampados e dançam se olhando frente a frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Dança folclórica Marabaixo, no município de Macapá, no estado do Amapá. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Destaque de uma área com chão de terra onde indígenas com corpo pintado e adereços nos braços e pernas estão enfileirados de pé diante de um grande retângulo construído no chão. Fim da imagem.

LEGENDA: Ritual Kuarup do povo waurá, no Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: C. Fotografia. Sobre o palco, um grupo de mulheres brancas de pé lado a lado com longos vestidos. Elas estão com as mãos na cintura e uma delas segura um microfone.   Fim da imagem.

LEGENDA: Festejo Incanto Trentino, no município de Nova Trento, no estado de Santa Catarina. Foto de 2016. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Imagem A, dança de origem afro-brasileira; imagem B, ritual do povo indígena waurá; imagem C, festa que homenageia os italianos.

Autoavaliação

Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.
  1. Identifiquei algumas imigrações para o Brasil entre 1880 e 1940?
  1. Reconheci na alimentação e nos festejos tradicionais as trocas culturais realizadas entre os diferentes povos presentes no Brasil?
  1. Compreendi os motivos das migrações internas no Brasil entre os anos de 1950 e 1980?
  1. Li os textos com facilidade?
  1. Contribuí com ideias e sugestões nos trabalhos em grupo de que participei?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 7 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as influências culturais de migrantes externos e internos.

O aluno deverá observar e interpretar as fotografias, relacionando-as com as festas regionais estudadas.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de suas aprendizagens e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e suas dificuldades. Nesse tipo de atividade não vale atribuir ao aluno uma pontuação ou um conceito.

As respostas dos alunos também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente e que não aparentem estar consolidados.

MP192

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo – capítulos 15 e 16

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades relacionadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 15 e 16. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados durante a conversa sobre a questão problema proposta no Desafio à vista!: Quais foram as migrações externas e internas no Brasil entre 1880 e 1980 e quais foram as influências culturais dos migrantes?

Sugere-se retomar com os alunos os comentários feitos por eles sobre essa questão e solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Retomar as atividades propostas na seção Retomando os conhecimentos que possibilitaram aos alunos retomar conhecimentos trabalhados nos capítulos 15 e 16.

Por meio da realização dessas atividades, realizou-se uma avaliação do processo de aprendizagem, favorecendo o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Fica a critério do professor o estabelecimento ou não de conceitos distintos para cada atividade, que podem depender também das temáticas e dos procedimentos que receberam maior ênfase pedagógica no decorrer da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP193

Quadro: equivalente textual a seguir.

Ficha de acompanhamento

Escola: _____

Ano: _____. Turma: _____

Aluno(a): _____

Professor(a): _____

Níveis de desempenho (ND): 1 – Adequado; 2 – Em desenvolvimento; 3 – Frágil

Módulo

Objetivos de aprendizagem

ND

Capítulos 1 e 2

Explicar a importância do controle do fogo.

_____

Comparar as duas teorias sobre as primeiras migrações dos hominínios.

_____

Compreender o conceito de nomadismo.

_____

Identificar as características dos grupos caçadores-coletores.

_____

Capítulos 3 e 4

Selecionar e ordenar fatos relacionados à criação da agricultura.

_____

Identificar impactos ambientais da atividade agropecuária.

_____

Explicar o que é o sedentarismo e qual a ligação da sua origem com a agricultura.

_____

Identificar o local de origem e o período de domesticação de algumas espécies vegetais e animais.

_____

Capítulos 5 e 6

Identificar as características dos registros rupestres.

_____

Descrever materiais utilizados para registro da escrita por diferentes povos.

_____

Explicar a importância da escrita na história dos seres humanos.

_____

Descrever as formas de registro da contagem dos primeiros seres humanos.

_____

Capítulos 7 e 8

Identificar as principais características das cidades antigas.

_____

Ordenar as mudanças no calçamento e na coleta de lixo das ruas brasileiras.

_____

Explicar as mudanças na iluminação e a influência no cotidiano das pessoas.

_____

Identificar a localização das primeiras vilas e cidades brasileiras.

_____

Capítulos 9 e 10

Explicar o que é escambo e como ele funcionava.

_____

Identificar os tipos de produtos utilizados como moeda pelos povos antigos.

_____

Reconhecer a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

_____

Identificar os principais produtos comercializados na Rota da Seda e na Rota Transaariana.

_____

Capítulos 11 e 12

Identificar algumas formas de comunicação oral entre os seres humanos.

_____

Reconhecer mudanças na produção de livros após a criação da imprensa.

_____

Compreender quem eram os copistas e qual seu trabalho.

_____

Comparar os jornais há cerca de duzentos anos e atualmente, identificando mudanças.

_____

Identificar mudanças e permanências na comunicação pelo rádio e pela televisão.

_____

Capítulos 13 e 14

Explicar as formas de organização do território pelos povos indígenas.

_____

Reconhecer as influências culturais dos povos indígenas na formação da sociedade brasileira.

_____

Identificar os motivos da migração forçada dos africanos para o Brasil.

_____

Reconhecer as influências culturais dos povos africanos na formação da sociedade brasileira.

_____

Capítulos 15 e 16

Identificar as características das migrações externas no Brasil entre 1880 e 1940.

_____

Reconhecer as influências de imigrantes na alimentação brasileira.

_____

Identificar fontes históricas que permitem estudar a história dos imigrantes.

_____

Conhecer as características das migrações internas entre 1950 e 1980.

_____

Modelo para reprodução.

MP194

O QUE EU APRENDI?

Avaliação de resultado

Nestas páginas você vai verificar como está sua aprendizagem.

  1. Relacione as frases com as características do Homem de Toumai e o Homo habilis e registre.
    1. Viveu entre 2 milhões e 200 mil anos na África.
      PROFESSOR Resposta: Homo habilis.
    1. É considerado um dos mais antigos ancestrais dos seres humanos.
      PROFESSOR Resposta: Homem de Toumai.
    1. Primeira espécie que desenvolveu a habilidade de tirar lascas de pedras, deixando-as mais afiadas para cortar carnes e frutos.
      PROFESSOR Resposta: Homo habilis.
    1. Viveu entre 6 e 7 milhões de anos, na África.
      PROFESSOR Resposta: Homem de Toumai.
  1. Explique por que o controle do fogo foi importante para os hominínios.
    PROFESSOR Resposta: Porque permitiu cozinhar os alimentos, se aquecer e se proteger contra os animais predadores.
  1. Observe a imagem do fóssil do crânio de Luzia, o fóssil mais antigo já encontrado no Brasil, e responda: por que o achado desse fóssil é importante para os pesquisadores?
Imagem: Fotografia. Um crânio que apresenta parte superior lisa e grande, as cavidades dos olhos e nariz e parte da arcada dentária superior. Fim da imagem.

LEGENDA: Reconstrução do crânio de Luzia, exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 2018. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: É importante para se compreender como ocorreu a ocupação do continente americano.
  1. O desenvolvimento da agricultura aconteceu ao mesmo tempo e no mesmo local pelos diversos grupos humanos? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Não, pois aconteceu em diferentes tempos, pelos diversos povos, em diferentes continentes.
  1. Ordene as frases sobre as etapas que levaram ao desenvolvimento da agricultura.
    1. Aos poucos, o processo de plantio e colheita de determinadas plantas foi controlado.
    1. Assim, desenvolveram a agricultura.
    1. Alguns grupos humanos observaram que a semente que caía no chão brotava e dela nascia uma planta.
    1. Foram selecionadas algumas plantas coletadas, buscando reproduzi-las.
PROFESSOR Resposta: A ordem correta é “c”, “d”, “a” e “b”.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação de resultados

As atividades propostas na seção O que eu aprendi? possibilitam aos alunos retomar os conhecimentos trabalhados ao longo do ano. Por meio da realização das atividades propostas sugere-se a realização de uma avaliação de resultados, estabelecendo pontuações ou conceitos distintos para cada atividade valorizando as temáticas e procedimentos que tiveram maior ênfase pedagógica ao longo das sequências didáticas.

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção do professor.

Pedir a eles que identifiquem as respostas com o número correspondente a cada atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: classificar informações sobre diferentes hominínios.

Espera-se que o aluno identifique, selecione e classifique informações sobre diferentes hominínios estudados.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: explicar a importância do controle do fogo.

Ao solicitar que o aluno explique a importância do controle do fogo, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: explicar a importância do fóssil Luzia para o Brasil.

Espera-se que o aluno identifique o fóssil Luzia e explique sua importância para a pesquisa sobre a ocupação do continente americano.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: selecionar e ordenar fatos relacionados à criação da agricultura.

Espera-se que o aluno perceba que a criação da agricultura se deu em diferentes espaços e tempos.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: selecionar e ordenar fatos relacionados à criação da agricultura.

O aluno deverá ler e interpretar algumas frases referentes à criação da agricultura e ordená-las seguindo a temporalidade.

MP195

  1. Cite dois possíveis impactos ambientais decorrentes do desenvolvimento da agricultura e da pecuária.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem citar: o desmatamento para a agricultura e a criação de animais; a contaminação das águas e do solo com fertilizantes e agrotóxicos, entre outros. Fim da observação.
  1. Elabore uma frase usando três das seguintes palavras.

    registro rupestre

    cavernas

    grutas

    humanas

    animais

    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos deverão elaborar uma frase como o exemplo: “O registro rupestre era realizado em cavernas e grutas, e eram representadas formas humanas e de animais”. Fim da observação.
  1. Copie e preencha a ficha sobre a escrita do povo sumério.
    1. Em que tipo de material eram produzidas?
      PROFESSOR Resposta: Placas de argila.
    1. Como os símbolos eram gravados nesses materiais?
      PROFESSOR Resposta: Com ferramentas cortantes.
  1. Explique a importância do desenvolvimento da escrita para os seres humanos.
    PROFESSOR Resposta: A escrita possibilitou a propagação de informações, o registro de acontecimentos e a possibilidade de ler e interpretar o mundo.
  1. Por que os antigos pastores e caçadores organizavam a contagem de seu rebanho utilizando pedras em grupos de cinco? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Porque a contagem era feita levando em consideração os cinco dedos de uma mão.
  1. Relacione a frase “acordava-se com o sol e dormia-se quando ele se punha” com a iluminação das ruas há 200 anos.
    PROFESSOR Resposta: Há 200 anos as pessoas acordavam quando o sol surgia e, como não havia iluminação elétrica, elas iam dormir muito cedo, quando o sol se punha.
  1. Observe a tirinha e responda às questões a seguir.
Imagem: Tirinha. Composta por três quadros, apresenta a personagem Fê, uma menina ruiva com cabelo preso em coque e o destaque das pernas de uma pessoa adulta que usa calça e sapatos. Q1: Fê está de pé diante do adulto ao lado de um pequeno saco amarrado e diz: “TIRANDO A MATÉRIA ORGÂNICA, QUE VAI PRA COMPOSTAGEM...”. Q2: Destaque apenas nela, que continua: “.. E O MATERIAL RECICLÁVEL QUE O PESSOAL RECOLHE...”. Q3: Novamente ela está diante do adulto e ao lado de uma caixa de recicláveis e um balde de matéria orgânica. Fê continua, olha para o pequeno saco amarrado e diz: “... DE LIXO, MESMO, NÃO SOBRE MUITA COISA...”.  Fim da imagem.

FONTE: Armandinho, Alexandre Beck.

  1. A qual conclusão a personagem Fê chega no último quadrinho? Explique.
    PROFESSOR Resposta: A personagem conclui que, se houver a separação do lixo orgânico que vai para a compostagem e a do lixo reciclável, sobra pouco lixo.
  1. Por que a reciclagem pode contribuir para diminuir o acúmulo de lixo nas cidades?
PROFESSOR Resposta: Porque quando o material descartado é reciclado, ele recebe um novo uso, diminuindo o acúmulo de lixo nas cidades.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: identificar impactos ambientais da atividade agropecuária.

O aluno deverá identificar algumas das características da atividade agropecuária e destacar os impactos ambientais gerados por ela.

Atividade 7 – Objetivo de aprendizagem: identificar as características dos registros rupestres.

Espera-se que o aluno organize as palavras citadas, criando uma produção de escrita sobre registro rupestre.

Atividade 8 – Objetivo de aprendizagem: descrever materiais utilizados para registro da escrita por diferentes povos.

Ao solicitar que o aluno identifique o material e as ferramentas utilizadas para produzir escrita pelo povo sumério, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 9 – Objetivo de aprendizagem: explicar a importância da escrita na história dos seres humanos.

Espera-se que o aluno identifique e explique a importância da escrita para a propagação e o registro de informações pelos seres humanos.

Atividade 10 – Objetivo de aprendizagem: descrever as formas de registro da contagem dos primeiros seres humanos.

O aluno deverá explicar o motivo da contagem em grupos de cinco entre os primeiros agrupamentos humanos.

Atividade 11 – Objetivo de aprendizagem: explicar as mudanças na iluminação e a influência no cotidiano das pessoas.

O aluno deverá identificar o tipo de iluminação existente há 200 anos e relacionar a informação com os hábitos noturnos dessa época.

Atividade 12 – Objetivo de aprendizagem: explicar a importância da reciclagem.

O aluno deverá identificar os tipos de lixo existentes e explicar a importância da reciclagem para a diminuição do lixo nas cidades.

MP196

  1. Sobre o escambo, faça o que se pede.
    1. Explique o que é.
      PROFESSOR Resposta: Escambo é a troca direta de diferentes produtos de acordo com a necessidade de seus produtores.
    1. Cite um exemplo.
      PROFESSOR Atenção professor: Os alunos poderão citar a troca direta realizada entre um agricultor que cultiva trigo e um que cultiva aveia, entre outros exemplos. Fim da observação.
    1. Quais são os problemas gerados por esse tipo de troca?
      PROFESSOR Resposta: Dificuldade de equivalência entre os produtos e perecividade.
    1. Como diversos povos foram solucionando esses tipos de problema?
      PROFESSOR Resposta: Muitos povos passaram a utilizar algum produto raro ou importante como elemento que podia ser trocado por todos os demais produtos, servindo como uma espécie de moeda.
  1. Leia e interprete o quadro a seguir.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

    Tempo

    Povo

    Produto

    Continente

    Há 3 mil anos

    Romanos antigos

    Sal

    Europeu

    Há 600 anos

    Astecas

    Sementes de cacau

    Americano

    Há 600 anos

    Habitantes do Reino do Congo

    Zimbos

    Africano

    1. Para que cada povo começou a utilizar os respectivos produtos citados no quadro? Por quê?
      PROFESSOR Resposta: Os povos citados passaram a utilizar tais produtos como moeda porque eram produtos raros ou valiosos.
    1. Os diferentes povos citados utilizaram seus respectivos produtos como moeda ao mesmo tempo? Explique.
      PROFESSOR Resposta: Os astecas e os habitantes do Reino do Congo foram no mesmo período. Os romanos antigos utilizaram o sal em um período diferente.
  1. Cada grupo da sua turma investigou uma tradição da cultura oral: “cantigas infantis”, “provérbios”, “parlendas”, “adivinhas”, “lendas” e “contos tradicionais”. Elabore uma produção de escrita a respeito de uma dessas representantes da cultura oral pesquisada.
    PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada da pesquisa e a produção de escrita. Fim da observação.
  1. Registre três características nas formas da produção escrita de livros e documentos antes da invenção da tipografia.
    PROFESSOR Resposta: Produção manual, baixa quantidade de material produzido, feito por copistas.
  1. Qual era o principal meio de comunicação nos anos 1940 e 1950? Quais programas eram apresentados?
    PROFESSOR Resposta: O principal meio de comunicação era o rádio e os programas eram os humorísticos, musicais, noticiários, radionovelas e transmissões esportivas.
  1. Explique o que era radionovela.
PROFESSOR Resposta: Eram histórias acompanhadas de efeitos sonoros que imitavam passos de pessoas, chuva, trovão etc.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 13 – Objetivo de aprendizagem: explicar o que é escambo e como ele funcionava.

Espera-se que o aluno explique o que é escambo, citando um exemplo, e identifique os problemas da troca em forma de escambo e as soluções adotadas por diferentes povos.

Atividade 14 – Objetivo de aprendizagem: identificar os tipos de produtos utilizados como moeda pelos povos antigos.

Ao solicitar que o aluno explique o contexto de utilização da moeda-mercadoria entre diversos povos em diferentes tempos, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 15 – Objetivo de aprendizagem: identificar algumas formas de comunicação oral entre os seres humanos.

O aluno deverá selecionar e explicar um dos exemplos de tradições orais brasileiras pesquisados.

Atividade 16 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer mudanças na produção de livros após a criação da imprensa.

Espera-se que o aluno identifique e cite algumas características da produção de escrita antes da invenção da tipografia.

Atividade 17 – Objetivo de aprendizagem: identificar as mudanças e permanências na comunicação pelo rádio e pela televisão.

Espera-se que o aluno identifique o rádio como principal meio de comunicação nas décadas de 1940 e 1950 e cite os tipos de programas que eram transmitidos.

Atividade 18 – Objetivo de aprendizagem: identificar as mudanças e permanências na comunicação pelo rádio e pela televisão.

O aluno deverá caracterizar os efeitos sonoros das radionovelas na década de 1940.

MP197

  1. Leia o texto e responda às questões.

    Há comunidades indígenas circulando por beiradões de rios, em cidades amazônicas e até em algumas capitais brasileiras. Isso acontece principalmente porque, para os povos indígenas, os espaços em que se mora, planta, caça ou caminha vão além das fronteiras criadas pelo homem branco. E porque ninguém deixa de ser índio por estar em uma região considerada urbana, fora das fronteiras definidas para suas terras.

    Onde estão. Mirim : povos indígenas no Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/fsA. Acesso em: 22 abr. 2021.

    1. Onde se pode encontrar as comunidades indígenas citadas no texto?
      PROFESSOR Resposta: Beira de rios, em cidades amazônicas e até em algumas capitais brasileiras.
    1. Por que isso acontece?
      PROFESSOR Resposta: Porque para os povos indígenas os espaços em que se mora, planta, caça ou caminha vão além das fronteiras oficiais.
  1. Explique como era a demarcação dos territórios indígenas há cerca de 500 anos.
    PROFESSOR Resposta: Demarcava-se o território com fronteiras naturais como serras, rios e os cemitérios onde enterravam os mortos de seu povo.
  1. Elabore uma produção de escrita, contando sobre a migração forçada dos africanos para as terras que viriam a formar o Brasil. Inclua:
    • um local de saída na África;
    • por quem foram escravizados;
    • um local de chegada no Brasil;
    • como resistiram à escravização no Brasil.
      PROFESSOR Atenção professor: Orientar a retomada dos conteúdos e a organização do texto, socializando as produções individuais. Fim da observação.
    1. Cite os significados das palavras a seguir e classifique-as de acordo com sua origem: “africana”, “indígena”, “italiana” ou “japonesa”.

      mandioca

      rede de dormir

      afoxé

      sashimi

      macarronada

PROFESSOR Resposta: Mandioca: alimento de origem indígena. Rede de dormir: objeto indígena, confeccionado para dormir. Afoxé: instrumento musical de origem africana. Sashimi: alimento de origem japonesa. Macarronada: alimento de origem italiana.
  1. Cite dois motivos para as migrações internas no Brasil ocorridas entre 1950 e 1980.
    PROFESSOR Resposta: Falta de trabalho na origem e busca de melhores condições de vida.
  1. Sobre as influências africanas na cultura brasileira, cite:
    1. um alimento;
      PROFESSOR Resposta: Azeite de dendê.
    1. uma palavra;
      PROFESSOR Resposta: Gangorra.
    1. uma luta;
      PROFESSOR Resposta: Capoeira.
    1. um ritmo musical.
      PROFESSOR Resposta: Samba ou maracatu.
  1. O que eram os quilombos?
    PROFESSOR Resposta: Locais de reunião de escravos fugidos.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 19 – Objetivo de aprendizagem: explicar as formas de organização do território pelos povos indígenas.

O aluno deverá ler e interpretar um texto, identificando formas de definição territorial de comunidades indígenas na atualidade.

Atividade 20 – Objetivo de aprendizagem: explicar as formas de organização do território pelos povos indígenas.

Espera-se que o aluno identifique e explique as formas de demarcação territorial dos indígenas há 500 anos.

Atividade 21 – Objetivo de aprendizagem: identificar os motivos da migração forçada dos africanos para o Brasil.

O aluno deverá identificar por quem os africanos foram escravizados, um local de saída da África e um local de chegada no Brasil, além das formas de resistência africana. Esses elementos deverão ser interligados em uma produção de escrita.

Atividade 22 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as influências culturais dos povos indígenas, povos africanos e imigrantes na formação da sociedade brasileira.

Espera-se que o aluno identifique as influências culturais citadas e classifique-as de acordo com o povo de origem.

Atividade 23 – Objetivo de aprendizagem: conhecer as características das migrações internas entre 1950 e 1980.

O aluno deverá identificar e citar dois motivos das migrações internas no Brasil no período estabelecido.

Atividade 24 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as influências culturais dos povos africanos na formação da sociedade brasileira.

Ao solicitar que o aluno cite exemplos de alimento, de luta, de palavra e de ritmo musical relacionados à influência de povos africanos no Brasil, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo de aprendizagem estabelecido.

Atividade 25 – Objetivo de aprendizagem: explicar formas de resistência africana à escravização.

O aluno deverá explicar o que eram os quilombos e relacioná-los à resistência de pessoas escravizadas.

Após a devolutiva das atividades de avaliação de resultado sugeridas, vale identificar se certos objetivos de aprendizagem ainda não foram alcançados por alguns alunos. Se isso ocorrer, sugere-se retomar com esses alunos os temas em que apresentaram dificuldades. Pode-se propor novas atividades, projetar vídeos e apresentar reportagens ou imagens que evidenciem os temas em que os alunos tiveram dificuldades.