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Unidade 3. Tecnologia, cotidiano e linguagens

Esta unidade permite aos alunos refletir sobre as mudanças no mundo do trabalho em diferentes tempos, considerando questões do presente, como os impactos da automação na vida cotidiana e avaliando os argumentos favoráveis e contrários à automação, bem como, desde uma perspectiva histórica, observando as transformações ocorridas nas formas de produzir, desde o artesanato até a industrialização. Também possibilita que identifiquem as diferentes linguagens, verbais e não verbais, criadas pelos seres humanos ao longo da história e reflitam sobre as relações entre linguagem, comunicação e tecnologia.

Módulos da unidade

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Capítulos 9 e 10: explora a introdução das tecnologias nas atividades econômicas e no cotidiano das pessoas e como isso vem modificando as relações de trabalho ao longo do tempo.

Capítulos 11 e 12: explora as diferentes linguagens criadas pelo ser humano ao longo da história e o conhecimento de diversos alfabetos criados em diferentes tempos e espaços, bem como as relações entre linguagem e tecnologia.

Primeiros contatos

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As páginas de abertura da unidade correspondem a atividades preparatórias realizadas a partir da análise da fotografia de um centro de controle de tráfego na cidade do Rio de Janeiro, possibilitando o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a presença da tecnologia no mundo do trabalho, uma das principais temáticas da unidade, que abordará também a linguagem em diferentes tempos e espaços.

Introdução ao módulo dos capítulos 9 e 10

Este módulo, formado pelos capítulos 9 e 10, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, tem como objetivo possibilitar a reflexão dos alunos sobre a introdução das tecnologias nas atividades econômicas e no cotidiano das pessoas e como isso vem modificando as relações de trabalho ao longo do tempo.

Questão problema

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Quais são os pontos de vista sobre as mudanças nas formas de trabalho?

Atividades do módulo

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No capítulo 9 são apresentadas atividades referentes à definição de automação e sua influência no trabalho e no cotidiano. Há também textos com visões diferentes sobre a automação, permitindo aos alunos identificar os argumentos favoráveis e contrários a essa mudança e exercitar a argumentação por meio de um debate sobre o assunto, favorecendo o desenvolvimento da habilidade EF05HI09.

No capítulo 10, são apresentadas atividades sobre as mudanças no mundo do trabalho iniciadas na Inglaterra no século XVIII, incluindo a presença de máquinas e o surgimento das fábricas. Em seguida, são apresentadas atividades sobre as mudanças na jornada de trabalho no Brasil e a análise de um depoimento (fonte histórica oral) sobre a organização do trabalho há cerca de cem anos.

Como pré-requisito é importante que os alunos tenham algum entendimento a respeito do conceito de patrimônio, trabalhado no 3ᵒ ano.

Principais objetivos de aprendizagem

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UNIDADE 3. Tecnologia, cotidiano e linguagens

Imagem: Fotografia. No interior de uma sala fechada e bastante ampla, pessoas trabalham em compridas mesas de madeira dispostas paralelamente, sendo duas distribuídas por cinco degraus. Em cada mesa há cerca de quatro computadores modernos, as cadeiras são de escritório e há cerca de 10 pessoas no espaço, a maioria utiliza o computador e algumas também manipulam celulares. Nas paredes da sala, há amplos telões. Do lado direito, é um painel único com uma paisagem da cidade do Rio de Janeiro e, no visor frontal, são diferentes imagens, como trechos de tráfego em vias. Fim da imagem.

LEGENDA: Sala de controle de operações de tráfego no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

A pergunta do quadro Primeiros contatos tem o objetivo de permitir uma preparação para o estudo da unidade, propiciando a reflexão sobre a presença da tecnologia no mundo do trabalho.

Pedir aos alunos que, em duplas, explorem a fotografia. Auxiliá-los na leitura da imagem, chamando atenção para os elementos que indicam a presença da tecnologia. Os mais evidentes são o telão do lado direito, os monitores do lado esquerdo e os computadores e aparelhos telefônicos sobre as mesas. É possível ampliar a reflexão perguntando como as imagens que aparecem no painel de monitores são captadas e transmitidas. Espera-se que essa questão adicional os faça pensar sobre as câmeras, radares e satélites envolvidos em atividades como a retratada na imagem (controle e operação de tráfego).

Tecnologia e sociedade

A popularização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) recria as experiências na sociedade, proporcionando diferentes práticas sociais e meios de comunicação. As mídias digitais, principalmente a internet, deixam de ser exclusivas do computador desktop e passam a ocupar outros espaços, como ruas, praças, bancos, restaurantes etc. Passam a contribuir, portanto, para a organização do cotidiano da vida urbana e seus espaços públicos.

A cidade contemporânea, rodeada de tecnologias, vem experimentando diferentes formas de relações sociais entre os seus usuários. As redes sociais digitais possibilitam que os indivíduos interajam com outros usuários da rede, que leiam notícias, opinem, reivindiquem, produzam seu próprio conhecimento, divulguem informações e até mesmo se mobilizem coletivamente. São novas maneiras de compartilhar, usufruir e fazer parte da sociedade em que vivem.

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Boxe complementar:

Primeiros contatos

  1. As pessoas retratadas na imagem estão utilizando aparelhos eletrônicos? Se sim, quais?
    PROFESSOR Resposta: Sim; por exemplo: computadores, smartphones, monitores etc.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

[...]

Partindo do princípio que as TDICs fazem parte do nosso cotidiano, é interessante observar como estas tecnologias vêm contribuindo para uma nova relação entre a sociedade e os seus usuários. Dentre as novas experiências sociais, destacam-se os novos usos do espaço público e as diferentes formas de relações sociais e comunicação.

VILAÇA, Márcio L. C.; ARAUJO, Elaine V. F. Sociedade conectada: tecnologia, cidadania e infoinclusão. In : VILAÇA, Márcio L. C.; ARAUJO, Elaine V. F. (org.). Tecnologia, sociedade e educação na era digital . Duque de Caxias: Unigranrio, p. 17-19, 2016.

Atividade complementar

Sugerir aos alunos uma pesquisa em sites de outras imagens – fotografias, pinturas, charges – que retratem a presença da tecnologia no cotidiano das pessoas.

Solicitar aos alunos que, se possível, imprimam as imagens ou as salvem em arquivos digitais. Em seguida, pedir que elaborem legendas para essas imagens, identificando o tipo, o local retratado/representado, os elementos que indicam presença da tecnologia e a data de produção.

Socializar as respostas individuais.

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DESAFIO À VISTA!

Capítulos 9 e 10

Quais são os pontos de vista sobre as mudanças nas formas de trabalho?

CAPÍTULO 9. A automação e a vida cotidiana

Nas últimas décadas, diversos aspectos da nossa vida foram influenciados pelo processo de automação, em que determinadas atividades são executadas automaticamente por meio de dispositivos mecânicos ou eletrônicos.

Observe uma foto que pode ser utilizada como fonte histórica para o estudo das atuais formas de produção industrial.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de um amplo galpão onde há uma linha de montagem com latarias de automóveis sendo soldadas por grandes máquinas enfileiradas lado a lado. Fim da imagem.

LEGENDA: Linha de montagem de automóveis, na cidade de Shenyang, na China. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. O que está sendo produzido no local da foto?
    PROFESSOR Resposta: Automóveis.
  1. Em que país está localizada essa fábrica?
    PROFESSOR Resposta: China.
  1. No local retratado na fotografia, há presença de muitos trabalhadores?
    PROFESSOR Resposta: Não.
  1. Como estão sendo produzidos os objetos?
    PROFESSOR Resposta: Por robôs.
  1. Na unidade federativa em que você vive, há empresas que utilizam esse sistema de produção? Se sim, o que elas produzem?
    PROFESSOR Atenção professor: Conversar com os alunos sobre fontes confiáveis para essa pesquisa e combinar uma data, socializando as descobertas individuais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 9

Unidade temática

Registros da história: linguagens e culturas.

Objeto de conhecimento

• O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.

Habilidade

• EF05HI09: comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes fontes, incluindo orais.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo possibilita valorizar a diversidade de saberes e vivências e identificar as relações do mundo do trabalho, aproximando-se da Competência Geral 6. Aproxima-se também da Competência Específica 3 das Ciências Humanas ao identificar e explicar a intervenção do ser humano na sociedade, percebendo suas mudanças e as permanências. Além disso, ao apresentar interpretações que expressam visões de diferentes sujeitos com relação a um mesmo contexto histórico, por meio do acesso a diferentes fontes, favorece o desenvolvimento da Competência Específica 4 de História.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema para que possam ser retomados na conclusão do módulo.

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Nas últimas décadas, a automação se tornou cada vez mais presente nas empresas, como citado na reportagem a seguir.

Automação na produção de automóveis

As fábricas de automóveis foram as primeiras a empregar robôs de forma intensiva nas linhas de produção. Isso foi em meados dos anos [19]70.

Por isso, quando se fala em robôs na indústria hoje em dia, logo vem à mente aqueles enormes braços usados para transportar, encaixar e soldar peças com movimentos sincronizados .

Atualmente, porém, as tarefas desempenhadas pelos robôs na indústria automobilística vão muito além das ligadas à produção.

Agora, os robôs participam também do desenvolvimento dos novos modelos, dirigindo protótipos em avaliações de campo e realizando testes de qualidade dos mais diversos tipos.

Paulo Campo Grande. Robôs assumem lugar de engenheiros e aceleram desenvolvimento de um carro. Revista Quatro Rodas , 16 abr. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fsT. Acesso em: 8 jan. 2021.

Glossário:

Sincronizado: feito ao mesmo tempo; simultaneamente.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Interior de um veículo que apresenta máquinas manipulando os pedais na parte inferior do piso. Fim da imagem.

LEGENDA: Robôs testando automóvel. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões.
    1. Quais fábricas foram as primeiras a usar robôs? Quando isso começou a acontecer?
      PROFESSOR Resposta: As fábricas de automóveis, em meados dos anos 1970.
    1. Quais eram as atividades feitas tradicionalmente pelos robôs? E quais são as novas atividades desempenhadas por eles?
      PROFESSOR Resposta: Os robôs eram usados para transportar, encaixar e soldar peças a partir de movimentos sincronizados. Atualmente, são empregados para desenvolver modelos, dirigir protótipos e realizar testes de qualidade.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a atividade de compreensão de texto, em que os alunos devem localizar e retirar informações do texto, identificando: o primeiro setor a adotar de forma massiva a automação (a fabricação de automóveis); a época (década de 1970) e o tipo de automação (robôs que atuavam na montagem dos automóveis). Por fim, os alunos devem identificar as novas formas de automação nas empresas automobilísticas atualmente.

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Automação: diferentes opiniões

A automação se caracteriza pelo uso de diferentes tipos de dispositivos automáticos, como computadores e robôs, na realização de tarefas antes realizadas pelos seres humanos.

As pessoas têm diferentes opiniões sobre o processo de automação da produção nas indústrias, como mostram os textos a seguir.

Texto 1

Celso Placeres [diretor de uma montadora de automóveis] ressalta as vantagens da robotização, como flexibilidade para fazer diferentes modelos em uma mesma linha sem riscos de troca de peças, garantia de qualidade e eficiência. O robô, por exemplo, “avisa” se há algum defeito no ponto de solda. O que opera na armação identifica se alguma medida da carroceria está fora da tolerância.

Placeres lembra que o avanço tecnológico não ocorre só com a robotização, mas também com um processo contínuo de digitalização. Um sistema simples, criado na própria fábrica, acende uma luz vermelha de alerta se o trabalhador colocar a mão na caixa errada para pegar peças indicadas pelo sistema digital para o carro que passa na linha [de montagem].

Cleide Silva. Indústria instala 1,5 mil robôs por ano. O Estado de S. Paulo , 14 ago. 2017. Economia, B4.

Imagem: Fotografia. Interior de um grande galpão que apresenta uma máquina robótica com longa haste na parte frontal e está rodeado por grandes pacotes, esteiras e divisórias com grades.  Fim da imagem.

LEGENDA: Braço robótico empregado em fábrica na Malásia. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. Pelo que você leu no texto, o que significa robotização?
    PROFESSOR Atenção professor: A atividade permite ao aluno ampliar o próprio vocabulário pelo contexto do texto, relacionando robotização com processo de introdução de robôs para realizar tarefas. Fim da observação.
  1. Segundo Celso Placeres, quais são as vantagens da robotização?
    PROFESSOR Resposta: Flexibilidade para fazer diferentes modelos em uma mesma linha sem riscos de troca de peças, garantia de qualidade e de eficiência. Os robôs identificam e avisam se há defeitos ou algo fora de medida.
  1. Além da robotização, que outra forma de avanço tecnológico ocorre nas empresas?
    PROFESSOR Resposta: Também ocorre um processo contínuo de digitalização, com o desenvolvimento de sistemas digitais de controle de tarefas.
MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura dialogada do texto, por meio de questões como: Qual é a opinião de Celso Placeres sobre a automação? E quais são os argumentos e exemplos que ele utiliza para defender seu ponto de vista?

Em seguida, orientar atividade com foco no desenvolvimento de vocabulário, um dos eixos de trabalho com a alfabetização.

Explorar com os alunos os significados do termo robotização e sua aplicação na criação de textos.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas aproximam-se da Competência Geral 7, ao possibilitar que os alunos verifiquem visões diferentes sobre um tema (automação) e elaborem seus próprios argumentos para um debate em classe. Também se relacionam à Competência Específica 4 de História, ao demandar que identifiquem interpretações que expressam visões de diferentes sujeitos com relação a um mesmo contexto histórico.

Fim do complemento.

O artigo de opinião em sala de aula

O artigo de opinião é um gênero textual que se vale da argumentação para analisar, avaliar e responder a uma questão controversa. Ele expõe a opinião de um articulista, que pode ou não ser uma autoridade no assunto abordado. Geralmente, discute um tema atual de ordem social, econômica, política ou cultural, relevante para os leitores. [...]

Bräking define o artigo de opinião como um gênero discursivo no qual se busca convencer o outro sobre determinada ideia, influenciando-o e transformando seus valores por meio da argumentação a favor de uma posição, e de refutação de possíveis opiniões divergentes. [...]

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Texto 2

É preocupante que a marcha da automação, ligada à tecnologia digital, venha a causar o deslocamento de muitas fábricas e escritórios e, ao fim, provocar desemprego em massa. [...]

No varejo, 53% das atividades são automatizáveis. Elas incluem gerenciamento de estoques, embalagem de objetos, manutenção do registro de vendas, contabilidade e coleta de informações de clientes e produtos.

[...] poderiam ser substituídos os gestores médios, vendedores, repórteres, jornalistas e locutores, contadores e médicos.

Martin Khor. A nova onda de automação e suas consequências. Outras Palavras , 17 mar. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/fZ6. Acesso em: 19 jan. 2021.

Glossário:

Contabilidade: setor da empresa responsável pelo controle de recebimentos e de pagamentos.

Fim do glossário.

Imagem: Fotografia. Plano aberto de um espaço público onde estão muitas pessoas que formam uma extensa fileira. São homens e mulheres adultos que estão com bolsas e mochilas. Fim da imagem.

LEGENDA: Fila de desempregados no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Interprete e relacione as informações dos dois textos lidos.
    1. Explique o que eles têm de semelhante.
      PROFESSOR Resposta: Os dois analisam a automação.
    1. E o que esses textos têm de diferente? Explique.
      PROFESSOR Resposta: Um texto apresenta opinião favorável à automação e o outro, contrária.

      Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. O professor vai dividir a turma em dois grupos: um será favorável à automação da produção e o outro será contrário à automação. Retomem os textos apresentados e investiguem em jornais e na internet mais informações sobre o assunto para preparar os argumentos que utilizarão no debate.
MANUAL DO PROFESSOR

Todo professor disposto a ampliar o discurso escrito de seus alunos pode introduzir gradativamente atividades que explorem artigos de opinião, levando em conta a escrita, a reescrita e a leitura em voz alta do próprio texto [...]; a prática [...] favorece a interação entre as pessoas, contribuindo na formação do leitor e no desenvolvimento global de sua capacidade comunicativa.

BOFF, Odete M. B.; KÖCHE, Vanilda S.; MARINELLO, Adiane F. O gênero textual artigo de opinião: um meio de interação. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL , v. 7, n. 13, p. 3-7, 2009. Disponível em: http://fdnc.io/25M. Acesso em: 13 maio 2021.

Orientar os alunos a interpretar e relacionar os Textos 1 e 2, identificando suas diferenças.

Elencar com eles os argumentos favoráveis e contrários à automação em cada texto.

Em seguida, destacar a importância do uso de argumentos consistentes para defender o próprio ponto de vista durante o debate.

Organizar o registro do debate.

Atividade complementar

Para aprofundar o trabalho com os alunos, sugerimos que acesse com eles o vídeo “Crianças de projeto transformam sucata em robô em Campo Grande”, disponível gratuitamente no link: http://fdnc.io/fZ5. Acesso em: 2 jun. 2021. Nesse vídeo eles vão conhecer alunos de uma escola pública que, sob orientação do professor, criaram robôs utilizando sucata, em um exemplo viável de trabalho com cultura maker nas escolas públicas.

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Automação no cotidiano

Além das fábricas, a automação – também chamada de automatização – está presente em muitos elementos do nosso cotidiano.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia em voz alta um dos trechos do texto.

    Tarefas do dia a dia

    A verdade é que ela [a automação] está em todos os lugares, nas tarefas mais simples do dia a dia. E ela facilita tanto a nossa vida que, muitas vezes, nem notamos que algo já foi automatizado.

    [...]

Imagem: Fotografia. Destaque da mão de uma pessoa que está diante de um caixa eletrônico. Fim da imagem.

LEGENDA: Caixa eletrônico, que permite fazer transações bancárias e pagar contas automaticamente. FIM DA LEGENDA.

Pegar o elevador

Primeiro, você aperta um botão em qualquer andar, então um computador entende o comando e direciona um elevador especificamente para o lugar em que você está (uma automatização). Você entra e, depois, a porta se fecha sozinha assim que todos já estão no elevador (outra automatização). As pessoas apertam o botão do andar desejado e o elevador para no lugar certo, sem necessidade de manobras manuais (mais uma).

[...]

Imagem: Fotografia. Destaque da mão de uma pessoa que manipula botões de um elevador. Fim da imagem.

LEGENDA: Botões dos elevadores, que funcionam de forma automatizada. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar os alunos a fazer a leitura em voz alta dos trechos do texto, o que contribui para a fluência em leitura oral.

Orientar também a compreensão do texto, de modo que os alunos possam identificar a presença da automação no cotidiano e os processos de automatização presentes no elevador, no transporte público e no cinema.

Atividade complementar

Solicitar aos alunos que pesquisem em livros ou na internet outros exemplos de automatização presentes na moradia, na escola, no lazer, entre outros. Ao final, socializar as descobertas individuais.

Boxe complementar:

Temas contemporâneos transversais: trabalho e ciência e tecnologia

Ao abordar com os alunos as transformações ocorridas no mundo do trabalho, é possível incentivar reflexões sobre o futuro do trabalho em um cenário de intensas transformações tecnológicas.

Fim do complemento.

Automação e cotidiano

A automação está cada vez mais presente no nosso cotidiano: bancos 24 horas, código de barras, terminais bancários para saldos e extratos, video games , cartões magnéticos. Trata-se de uma realidade irreversível que afeta a vida das pessoas seja enquanto consumidoras ou trabalhadoras. Novos hábitos, produtos e serviços têm aparecido e modificado nossas vidas.

No Brasil, a discussão [...] tem se mantido restrita aos círculos acadêmicos e à ocorrência ou não do desemprego e da desqualificação. Criou-se, também, uma visão extremamente mitológica em torno da automação, como se ela fosse a redentora dos trabalhadores, libertando-os dos trabalhos repetitivos, insalubres e perigosos. Uma visão apaixonada asimoviana e mítica, que traz dificuldades para uma compreensão crítica desse processo de mudança tecnológica.

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Andar de transporte público

Grande parte das cidades brasileiras adota um sistema eletrônico de pagamento de passagens. Em São Paulo, o Bilhete Único, que funciona no ônibus, trem e metrô, é um cartão [...] que pode ser carregado pelo smartphone . Se você não tiver um aparelho compatível, há máquinas automáticas de recarga espalhadas pela cidade que aceitam cartões de débito.

Imagem: Fotografia. No interior de um ônibus, destaque da mão de uma pessoa que aproxima um cartão de plástico de um aparelho eletrônico. Fim da imagem.

LEGENDA: Pessoa usando bilhete eletrônico em ônibus do município de Fortaleza, no estado do Ceará. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Assistir a um filme no cinema

[...] boa parte das redes de cinemas já digitalizou suas salas. Então, é só dar o play no arquivo digital (ou melhor, programar o sistema para dar o play automaticamente no horário da sessão) e deixar que as pessoas comam a pipoca. [...]

Paulo Higa. 5 tarefas do dia a dia que já têm automação e você não percebeu. Tecnoblog . Disponível em: http://fdnc.io/fZ8. Acesso em: 18 jan. 2021.

  1. Elabore uma produção de escrita sobre a presença da automação no cotidiano. Siga os passos abaixo.
    • Defina a personagem central e as demais personagens.
    • Inclua na história os elementos automatizados estudados – elevador, bilhete eletrônico de transporte e cinema digital – e outros elementos automatizados do seu cotidiano que julgar pertinentes.
    • Crie situações em que esses elementos automatizados parem de funcionar e as personagens da história precisem criar formas alternativas de realizar suas atividades.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar os alunos na retomada dos conteúdos e na elaboração dos textos, socializando as produções individuais. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Na realidade, " todo esse culto criado em torno da automação, como todos os cultos, tem a intenção de recrutar a aquiescência e a submissão não refletidas ".

A automação incorporou a ideia de modernidade. Tudo o que a ela se relaciona é considerado moderno e, portanto, racional e eficiente. A automação tem sido apresentada, dessa forma, como sendo boa em si e como a solução perfeita para tudo o que é considerado antigo, ineficiente e desorganizado na nossa sociedade.

SOARES, Angelo dos Santos. Novas tecnologias e a questão do gênero: a automação e as secretárias. Revista de Administração de Empresas , v. 30, n. 3, p. 70, jul./set., 1990.

Para a realização da atividade 2, orientar a produção de escrita, retomando algumas características do texto narrativo, como: definição das personagens, do local e do tempo; sequência de partes; introdução ou apresentação, em que o autor identifica as personagens, o local e o tempo; desenvolvimento, em que o autor narra as ações das personagens; clímax, que é o momento mais intenso da história, e desfecho ou fechamento, que finaliza a história.

Segundo o Plano Nacional de Alfabetização (PNA), a produção de escrita diz respeito tanto à habilidade de escrever palavras quanto à de produzir textos e auxilia a compreensão dos diversos gêneros textuais.

Para desenvolver um pouco mais com os alunos a produção de narrativas, sugerimos acompanhar com eles o podcast “ Deixa que eu conto”, da Unicef Brasil, que pode ser acessado gratuitamente pelo link: http://fdnc.io/fZ7. Acesso em: 14 maio 2021. No site, é possível acessar diferentes histórias com narrativas instigantes.

MP122

Inteligência artificial

Nas últimas décadas, os pesquisadores têm desenvolvido uma área de estudo chamada Inteligência Artificial (IA).

Inteligência artificial

São várias as definições da IA [Inteligência Artificial]. Uma delas a descreve como a atividade dedicada a tornar as máquinas inteligentes [...]. Uma descrição mais simples seria: é uma área multidisciplinar cujo objetivo é automatizar atividades que requerem inteligência humana. [...]

[São exemplos de IA] A automação de processos, que são operados por “robôs” na indústria; sistemas inteligentes analisam imagens para reconhecer padrões e auxiliar os médicos na tomada de decisão de diagnósticos; os assistentes pessoais [...] que interagem com o usuário de smartphones ; os jogos digitais que aprendem o comportamento do jogador; os veículos autônomos e muitas outras tecnologias que fazem parte de nosso dia a dia.

Charles Prado. A era da inteligência artificial. Revista Ciência Hoje , 24 dez. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fZ9. Acesso em: 18 jan. 2021.

Imagem: Fotografia. Em primeiro plano, destaque da mão de uma pessoa que manipula um controle remoto de videogame. Ao fundo, um monitor amplo com a imagem de um estádio de futebol. Fim da imagem.

LEGENDA: Jogos digitais que aprendem o comportamento do jogador são exemplos de inteligência artificial. FIM DA LEGENDA.

  1. Segundo o texto, o que é Inteligência Artificial (IA)?
    PROFESSOR Resposta: É uma área multidisciplinar cujo objetivo é automatizar atividades que requerem inteligência humana.
  1. Liste os exemplos de inteligências artificiais citados no texto.
    PROFESSOR Resposta: Análise de imagens para reconhecer padrões e auxiliar os médicos na tomada de decisão de diagnósticos; assistentes pessoais que interagem com o usuário de smartphones ; os jogos digitais que aprendem o comportamento do jogador; os veículos autônomos e muitas outras tecnologias que fazem parte do nosso dia a dia.
  1. Em casa, reconte para um adulto de sua convivência o que você entendeu sobre a Inteligência Artificial.
    PROFESSOR Atenção professor: É importante o aluno recontar para um adulto, da forma que souber, o que entendeu sobre o texto lido em classe. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar coletivamente a compreensão de texto, identificando com os alunos: as definições de Inteligência Artificial (IA); exemplos de IA na indústria e na medicina; os assistentes pessoais de smartphones ; jogos digitais e veículos autônomos.

Conversar com eles sobre a presença de outros tipos de Inteligência Artificial no cotidiano.

Orientar os alunos na realização do reconto do texto lido para um adulto da convivência deles, em casa. Tal atividade contribui para o processo de compreensão de texto, pois exige dos alunos uma síntese mental do texto lido.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas permitem aos alunos refletir sobre o conceito de Inteligência Artificial e sua presença em nosso cotidiano, aproximando-os da Competência Geral 5, que propõe a compreensão, a utilização e a criação de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação.

Fim do complemento.

Inteligência artificial

A Inteligência Artificial (IA) é uma disciplina científica que começou oficialmente em 1956 [...] na Universidade de Dartmouth, em New Hampshire, Estados Unidos. Desde então, o termo “inteligência artificial”, provavelmente criado para causar impacto, se tornou tão popular que atualmente todos já ouviram falar sobre ele. Este uso da ciência da computação continuou a se expandir ao longo dos anos, e as tecnologias criadas contribuíram enormemente para as mudanças do mundo nos últimos 60 anos.

[...]

Para McCarthy, Minsky e os outros pesquisadores do Dartmouth Summer Research Project (Projeto de Pesquisa de Verão de Dartmouth) sobre Inteligência Artificial, a IA foi inicialmente projetada para simular as diferentes faculdades da inteligência – humana, animal, vegetal, social ou filogenética – utilizando máquinas.

MP123

Explorar fonte histórica visual

Os desenhos, os livros e os filmes de ficção científica exploram desde há muito tempo o tema do desenvolvimento tecnológico e a presença intensa das máquinas e dos robôs em nosso cotidiano. Essa presença também tem sido representada em quadrinhos publicados na imprensa, como o reproduzido a seguir.

Imagem: Quadrinho. É composto por dois quadros e apresenta um grupo de robôs. Q1: Legenda: “APÓS A INEVITÁVEL GUERRA, AS MÁQUINAS DOMINARAM OS HUMANOS E SE APOSSARAM DO PLANETA”. Há uma pilha de pessoas desacordadas e um robô que está em um piso mais alto que os demais e exclama: “É TUDO NOSSO!”. Q2: Continuação da legenda: “MAS DESISTIRAM PORQUE NÃO CONSEGUIRA USAR O TOUCHSCREEN”. Destaque para três robôs: o primeiro utiliza um celular e diz: “ANDA, MEXE!”. O segundo também segura um aparelho e exclama: “ESPERA, ACHO QU CONSEGUI!”. E o terceiro apoia no ombro do colega e aconselha: “ESQUECE, CARA.”.  Fim da imagem.

Observação:

Palavra destacada no glossário: Touchscreen

Fim da observação.

LEGENDA: A revolução das máquinas, charge de Raphael Salimena, de 2015. FIM DA LEGENDA.

Glossário:

Touchscreen: tela sensível ao toque.

Fim do glossário.

  1. Localize e retire dos textos e dos desenhos dos quadrinhos as informações para responder às questões abaixo.
    1. No primeiro quadrinho, o que aconteceu com os seres humanos?
      PROFESSOR Resposta: Eles foram dominados pelas máquinas (robôs).
    1. Que situação engraçada foi criada no segundo quadrinho?
      PROFESSOR Resposta: Os robôs que dominaram o mundo não conseguem usar aparelhos com sistema touchscreen, pois a tela não é sensível ao toque deles.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Você considera que as situações criadas e representadas no primeiro e no segundo quadrinho poderiam ocorrer? Por quê?
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos reflitam sobre a presença cada vez maior das máquinas e dos robôs no cotidiano das pessoas e as possíveis consequências disso. Fim da observação.
  1. No caderno, elabore um quadrinho sobre o uso da tecnologia pelas pessoas nos dias de hoje. Defina as personagens e suas características, além do local e do tempo em que se passa o fato. Mostre aos colegas seu quadrinho.
    PROFESSOR Atenção professor: Listar com os alunos as possibilidades de temas para o quadrinho, bem como as características desse tipo de linguagem: desenhos, situação cômica, escritos, entre outras. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Mais precisamente, esta disciplina científica teve como base na suposição de que todas as funções cognitivas – especialmente aprendizagem, raciocínio, computação, percepção, memorização e mesmo descobertas científicas ou criatividade artística – podem ser descritas com tal precisão que torna possível programar um computador para reproduzi-las. Em mais de 60 anos de existência da IA, não há nada que tenha negado ou provado de forma irrefutável esta possibilidade, que permanece tão aberta quanto cheia de potencial.

GANASCIA, Jean-Gabriel. Inteligência Artificial: entre o mito e a realidade. Correio da Unesco, n. 3, 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fZa. Acesso em: 13 maio 2021.

Fonte histórica visual: charge

A atividade proposta possibilita aos alunos analisar uma charge como fonte histórica e refletir sobre a influência da tecnologia no cotidiano das pessoas.

Organizar a leitura coletiva do texto introdutório, explorando com os alunos os veículos de comunicação que abordam o tema do desenvolvimento tecnológico.

Solicitar a eles que selecionem as principais informações do texto.

Em seguida, solicitar que observem a charge reproduzida na seção e auxiliar a interpretação por meio das questões: Qual é o tema da charge? Em que se transformaram os robôs? O que aconteceu com os seres humanos? A revolução das máquinas deu certo? Por quê? E como o ser humano deve utilizar a tecnologia?

Orientar a criação da história em quadrinhos, uma produção de escrita que permite aos alunos trabalhar com linguagem visual e escrita. Listar com eles os temas que podem ser abordados e conversar sobre a forma como podem ser representados. Em seguida, orientar as características básicas desse gênero textual: o uso de imagens conjugadas com balões de fala. Conversar também sobre as possibilidades de roteiro a partir do tema definido, antes de iniciar a produção do quadrinho. Socializar as produções individuais.

MP124

CAPÍTULO 10. Mudanças no trabalho

Ao longo do tempo, os seres humanos desenvolveram diferentes atividades econômicas, como a agricultura e a pecuária.

Criado pelos povos antigos, o artesanato cresceu muito nas cidades europeias há cerca de quinhentos anos.

Artesanato

Atividade produtiva individual ou de pequenos grupos de pessoas em que o trabalhador é dono dos meios de produção e do produto de seu trabalho. No artesanato, usam-se instrumentos de trabalho rudimentares, a divisão do trabalho é elementar (o artesão executa todas ou quase todas as etapas da produção) e a produção pode destinar-se ao consumo próprio ou ao mercado.

Paulo Sandroni (org.). Novíssimo dicionário de economia. São Paulo: BestSeller, 1999. p. 33. Disponível em: http://fdnc.io/fZb. Acesso em: 20 jan. 2021.

Glossário:

Meios de produção: elementos necessários à produção, como matéria-prima e instrumentos.

Rudimentares: simples.

Fim do glossário.


  1. Copie e complete no caderno o esquema sobre o artesanato.

    ARTESANATO

    Quantidade de pessoas

    PROFESSOR Resposta: Atividade individual ou em pequenos grupos.

    Tipo de instrumento

    PROFESSOR Resposta: Instrumentos simples.

    Como é a divisão do trabalho

    PROFESSOR Resposta: O artesão executa todas ou quase todas as etapas da produção.

    A quem se destina a produção

    PROFESSOR Resposta: Ao consumo próprio ou ao mercado.
  1. Em casa, converse com um adulto para obter informações sobre a presença do artesanato em sua localidade.
    1. Há pessoas que exercem o artesanato?
    1. Se sim, que tipos de produtos elas produzem?
    1. Quais materiais elas utilizam na própria produção?
    1. Há locais específicos em que elas vendem seus produtos?
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a investigação, levantando com os alunos o que é artesanato e os grupos que se enquadram nessa categoria. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 10

Unidade temática

Registros da história: linguagens e culturas.

Objeto de conhecimento

• As tradições orais e a valorização da memória.

Habilidade

• EF05HI09: comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes fontes, incluindo orais.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo procura aproximar-se das competências específicas 2 e 6 de História ao abordar a historicidade, relacionando acontecimentos e processos de mudanças às estruturas sociais e econômicas, bem como ao favorecer a compreensão de procedimentos norteadores da produção historiográfica ao analisar uma linha do tempo.

Fim do complemento.

Encaminhar a leitura do texto introdutório, identificando com os alunos algumas atividades econômicas criadas pelos seres humanos e como se deu a criação e o desenvolvimento do artesanato.

Em seguida, fazer a leitura coletiva do texto sobre o artesanato, identificando as suas principais características: atividade produtiva individual ou de pequenos grupos de pessoas; o trabalhador é dono dos meios de produção e do produto de seu trabalho; usam-se instrumentos de trabalho rudimentares; a divisão do trabalho é elementar, ou seja, o artesão executa todas ou quase todas as etapas da produção e a produção pode destinar-se ao consumo próprio ou ao mercado. A partir desse levantamento, orientar individualmente a realização da atividade proposta.

O tema do artesanato foi introduzido de forma mais geral no volume 3 desta coleção e agora é aprofundado.

Artesanato

[...] Na busca de entender o significado da palavra artesanato, pesquisamos outras fontes e encontrou-se no livro “Base conceitual do artesanato brasileiro, do Programa do Artesanato Brasileiro”, publicado em Brasília, pelo governo federal, no ano de 2012, a conceituação do artesanato segundo (PAB, 2012:12):

Toda a produção resultante da transformação de matérias-primas, com predominância manual, por indivíduo que detenha o domínio integral de uma ou mais técnicas, aliando criatividade, habilidade e valor cultural (possui valor simbólico e identidade cultural), podendo no processo de sua atividade ocorrer o auxílio limitado de máquinas, ferramentas, artefatos e utensílios .

MP125

Explorar fonte histórica visual

O trabalho dos antigos artesãos pode ser estudado por meio de imagens produzidas em outros tempos, como estas de 1425.

Imagem: A. Gravura. Um senhor grisalho, de barba e longa bata está sentado e costura uma roupa em seu colo. Ao seu lado, uma bancada com tesoura e caneta. Ao fundo, uma arara com duas peças de roupa penduradas. Há uma pequena inscrição na parede.  Fim da imagem.
Imagem: B. Gravura. O senhor está de pé e trabalha diante da bancada. Ele manipula um pedaço de madeira. Ao redor, há dois pequenos móveis de madeira. Na parede, ao fundo, há uma pequena serra pendurada e uma pequena inscrição.  Fim da imagem.

LEGENDA DAS IMAGENS: Gravuras de 1425 representando artesãos. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais são os instrumentos e os materiais de trabalho do artesão representado na imagem A?
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem responder tecido, tesoura, agulha etc. Fim da observação.
  1. Identifique um instrumento e um material de trabalho relacionado ao artesão representado na imagem B.
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos identifiquem o serrote e a madeira. Fim da observação.
  1. O artesão representado na imagem A é chapeleiro, alfaiate ou sapateiro?
    PROFESSOR Resposta: Alfaiate.
  1. O artesão representado na imagem B é pedreiro, ferreiro ou marceneiro?
    PROFESSOR Resposta: Marceneiro.
MANUAL DO PROFESSOR

Assim, no artesanato, mesmo que sejam utilizadas ferramentas, o que vai qualificá-lo identificá-lo como tal é a destreza manual do homem que dará característica própria e criativa, refletindo a personalidade do artesão e a relação deste com o contexto sociocultural do qual emerge.

SILVA, Luciere Cavalcante da; SILVA, Paulo Sérgio da. Projeto Consciência Patrimonial : saberes e fazeres na história, o artesanato potiguar como elemento histórico da cultura local. In : Conhecimento histórico e diálogo social. XXVII Simpósio Nacional de História, ANPUH, p. 3, 2013, Natal. Disponível em: http://fdnc.io/fZc. Acesso em: 13 maio 2021.

Fonte histórica visual: gravura

As atividades propostas permitem aos alunos explorar imagens produzidas em 1425, representando diferentes tipos de artesãos.

Orientar coletivamente a observação das imagens, identificando com eles os materiais e os instrumentos de trabalho, os móveis e objetos. A partir desse levantamento, orientar individualmente a realização das atividades propostas.

MP126

Grandes mudanças

No final do século XVIII, na Inglaterra, tiveram início diversas mudanças na forma de produção de bens, que, aos poucos, alcançaram outros países.

Essas mudanças estavam ligadas ao desenvolvimento de máquinas complexas, como o tear mecânico, que permitiam o aumento da produção e exigiam menos trabalhadores.

Além disso, nessa época foram criadas as primeiras fábricas ou indústrias, enormes galpões onde se instalavam máquinas grandes e complexas e era possível reunir centenas de trabalhadores.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Interior de um grande galpão onde mulheres trabalham em grandes máquinas de tear. As estruturas vão do chão ao teto e as linhas são presas e esticadas no vão. Do lado direito, um corredor com caixas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mulheres trabalhando em teares mecânicos de fábrica de tecidos, em Londres, na Inglaterra. Foto de 1932. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto informações sobre as mudanças ocorridas na Inglaterra no século XVIII de acordo com os itens a seguir.
    1. Tipo de máquinas.
      PROFESSOR Resposta: Máquinas grandes e complexas.
    1. O que essas máquinas permitiam em relação à produção de bens.
      PROFESSOR Resposta: Aumento da produção e a necessidade de menos trabalhadores.
    1. Locais de trabalho.
      PROFESSOR Resposta: Surgimento das primeiras fábricas ou indústrias.
    1. O que esses novos locais de trabalho possibilitavam.
      PROFESSOR Resposta: A instalação de máquinas complexas e a possibilidade de reunir centenas de trabalhadores no mesmo lugar.
MANUAL DO PROFESSOR

Acompanhar a leitura e compreensão dos alunos sobre o texto, identificando com eles as seguintes informações: local (Inglaterra); época (século XVIII); novos elementos (máquinas); nova forma de produção (aumento da produção com menos trabalhadores) e novo espaço de trabalho (fábrica).

Orientar também a atividade em que o aluno deve realizar a compreensão de texto, por meio da ação de localizar e retirar do texto as informações para responder às questões.

Socializar as respostas individuais.

Atividade complementar

Este é um bom momento para explorar a relação entre as mudanças tecnológicas e sociais ocorridas no passado e atualmente.

Propor aos alunos uma pesquisa em livros, enciclopédias ou na internet sobre a Revolução Industrial.

Solicitar que obtenham mais informações sobre as mudanças econômicas e sociais da Inglaterra que contribuíram para transformar a forma de produção. Socializar as descobertas individuais.

As revoluções industriais

O sociólogo Manuel Castells é, talvez, um dos principais autores contemporâneos que se dedicam a buscar semelhanças e diferenças entre o que está acontecendo nos dias de hoje em decorrência da difusão das Tecnologias da Informação e o que aconteceu nos séculos XVIII e XIX em função da descoberta de fontes de energia inanimada.

[...] Restringindo o escopo de sua análise aos últimos 250 anos, julga ser importante fazer um levantamento dos aspectos invariantes daquelas que vê como as duas Revoluções Industriais: a desencadeada no final do século XVIII pela descoberta da energia a vapor e aquela gerada, na segunda metade do século XIX, pela invenção da energia elétrica. Segundo ele, entre as duas há muitas diferenças que, pelo próprio fato de serem cruciais, ressaltam os aspectos que ambas têm em comum.

MP127

Boxe complementar:

Você sabia?

A maioria das máquinas instaladas nas fábricas criadas nos séculos XVIII e XIX era movida por motores a vapor. Elas foram desenvolvidas por diversos inventores. Contudo, a invenção da máquina a vapor é atribuída ao britânico James Watt (1736-1819), que aperfeiçoou, em 1776, os modelos desenvolvidos por seus antecessores.

A máquina a vapor funcionava da seguinte forma:

  • colocava-se água em um grande recipiente chamado caldeira;
  • a água da caldeira era aquecida pela queima de carvão;
  • após o aquecimento, a água se transformava em vapor;
  • o vapor seguia por uma tubulação até a máquina;
  • a força do vapor canalizado movimentava as engrenagens das máquinas ligadas à caldeira.

    Imagem: Fotografia. Interior de uma sala ampla com pé direito alto e quadros na parede onde está uma grande máquina ao centro. Ela apresenta três pares de barras laterais com uma estrutura pendular ligada a fios no vão entre as barras. Do lado direito, há duas grandes roldanas. Fim da imagem.

    LEGENDA: Máquina a vapor construída em Londres, na Inglaterra, em 1859. FIM DA LEGENDA.

    Em 1804, o britânico Richard Trevithick (1771-1833) criou a locomotiva a vapor, máquina que usava o vapor para impulsionar trens. Com o aumento da velocidade, os trens se tornaram um importante meio de transporte de pessoas e de mercadorias.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

E são exatamente as características partilhadas por diferentes revoluções geradas por diferentes desenvolvimentos tecnológicos que, a seu ver, oferecem subsídios preciosos para uma compreensão da lógica das revoluções tecnológicas. Entre essas, destacam-se as seguintes:

a) uma transformação tecnológica em aceleração e sem precedentes em comparação com os padrões históricos,

b) a difusão das novas tecnologias por todo o sistema econômico,

c) a penetração dessas mesmas tecnologias em todo o tecido social.

NICOLACI-DA-COSTA, Ana Maria. Revoluções tecnológicas e transformações subjetivas. Psicologia: Teoria e Pesquisa , v. 18, n. 2, p. 148-149, maio/ago. 2002. Disponível em: http://fdnc.io/fZd. Acesso em: 13 maio 2021.

Fazer uma leitura coletiva do quadro Você sabia?, identificando com os alunos: como era movida a maioria das máquinas das novas fábricas criadas nos séculos XVIII e XIX (motores a vapor); o fato de que tais máquinas foram desenvolvidas por diversos inventores e que a invenção da máquina a vapor foi creditada ao inglês James Watt, que aperfeiçoou, em 1776, os modelos criados por seus antecessores.

Identificar também como funcionava a máquina a vapor segundo as etapas: colocação de água na caldeira; aquecimento pela queima do carvão; transformação em vapor; o vapor segue por uma tubulação e a força do vapor canalizado movimenta as engrenagens das máquinas ligadas à caldeira.

Por fim, ler com os alunos o trecho sobre a criação da locomotiva a vapor, máquina que usava o vapor para impulsionar trens.

MP128

Explorar fonte histórica oral

Leia um trecho do depoimento do senhor Amadeu Bovi, que nasceu em 1906 e começou a trabalhar quando era criança. Nessa época, o trabalho infantil era permitido a partir dos 12 anos de idade, mas muitas crianças, como Amadeu, trabalhavam com 8 ou 9 anos. Atualmente, as leis brasileiras proíbem o trabalho de crianças e jovens menores de 16 anos, exceto como aprendizes a partir dos 14 anos, e determinam o direito das crianças de brincar e de estudar.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia em voz alta um trecho do depoimento do senhor Amadeu.

    Depoimento do senhor Amadeu Bovi

    Nas férias da escola, eu ia levar almoço pro meu mano e ficava apreciando a turma que trabalhava, as máquinas de estampar placas de automóveis, carroças, bicicletas. Gostei muito e pedi para aprender. Nesse mês de férias aprendi e me convidaram para trabalhar nesse setor [...].

    Nessa seção, fazíamos placas de metal, de bronze, datadores, carimbos; a maior parte dos trabalhos era feita à mão. A gente fazia um desenho na placa (por exemplo: DR. FULANO DE TAL), depois cortávamos o metal de acordo com o desenho, preparávamos o metal [...].

    Nesse tempo, às sete e meia da manhã era a entrada; às onze e meia o almoço; ao meio-dia e meia a volta e às cinco horas a saída. Quem não respeitava o horário tinha que enfrentar uma multa. Havia muito extraordinário, horas em que a gente trabalhava depois que tinha terminado as horas do dia. Trabalhávamos até meia-noite.

    Ecléa Bosi. Memória e sociedade : lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 133-135.

    Glossário:

Datador: espécie de carimbo que marca as datas.

Fim do glossário.


  1. Qual é o nome do depoente? Em que ano ele nasceu?
    PROFESSOR Resposta: Amadeu Bovi; 1906.
  1. O que era fabricado na indústria onde ele trabalhava?
    PROFESSOR Resposta: Placas de automóveis, carroças, bicicletas, placas de metal e de bronze, datadores, carimbos e placas de identificação profissional.
  1. A maior parte do trabalho era feito por máquinas ou à mão?
    PROFESSOR Resposta: À mão.
MANUAL DO PROFESSOR

Fonte histórica oral: depoimento

As atividades propostas nesta seção permitem aos alunos analisar um depoimento como fonte histórica, observando algumas formas de organização do trabalho no Brasil em outros tempos.

Fazer a leitura coletiva do texto, destacando o nome do depoente, o ano em que ele nasceu e a idade em que começou a trabalhar.

Problematizar com os alunos a jornada de trabalho total de Amadeu no dia em que havia “extraordinário”.

Indagar se essa é uma jornada adequada para a saúde de um trabalhador.

Problematizar, também, a questão do trabalho infantil, perguntando a eles: O que Amadeu fazia nas férias? O que ele observava? Em que período do ano ele aprendeu alguns ofícios? O que era produzido no setor em que ele trabalhava? Como eram feitos esses produtos? Que técnica era utilizada? E como era a jornada de trabalho de Amadeu?

História oral

As entrevistas de história oral são tomadas como fontes para a compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registro. Caracterizam-se por serem produzidas a partir de um estímulo, pois o pesquisador procura o entrevistado e lhe faz perguntas, geralmente depois de consumado o fato ou a conjuntura que se quer investigar. Além disso, fazem parte de todo um conjunto de documentos de tipo biográfico, ao lado de memórias e autobiografias, que permitem compreender como indivíduos experimentaram e interpretam acontecimentos, situações e modos de vida de um grupo ou da sociedade em geral.

MP129

  1. Escreva em seu caderno os horários de trabalho de Amadeu Bovi.
    1. Entrada na fábrica.
      PROFESSOR Resposta: 7:30.
    1. Almoço.
      PROFESSOR Resposta: 11:30.
    1. Volta ao trabalho.
      PROFESSOR Resposta: 12:30.
    1. Saída do trabalho.
      PROFESSOR Resposta: 17:00.
    1. Saída do trabalho extraordinário.
      PROFESSOR Resposta: Meia-noite.
  1. Agora, vamos descobrir quanto tempo o senhor Amadeu trabalhava por dia quando tinha “extraordinário”. Para isso, faça o que se pede.
    1. Some as horas entre a entrada e a saída do trabalho extraordinário.
      PROFESSOR Resposta: 16 horas e 30 minutos.
    1. Subtraia uma hora de almoço.
      PROFESSOR Resposta: 15 horas e 30 minutos.
    1. Você considera que essa quantidade de horas de trabalho por dia é adequada para as pessoas? Por quê?
      PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos reflitam sobre o excesso de horas de trabalho e suas consequências para a saúde e o lazer do trabalhador. Fim da observação.
  1. Observe a imagem abaixo e, em seguida, responda às questões.
Imagem: Fotografia. Um menino e uma menina uniformizados e com mochila nas costas caminham em direção a um portão aberto na fachada de um prédio.  Fim da imagem.

LEGENDA: Alunos chegando em escola pública no município de Itaparica, no estado da Bahia. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. Que direito das crianças está retratado na foto?
    PROFESSOR Resposta: O direito de estudar.
  1. Será que no Brasil atual ainda existem crianças que trabalham?
    PROFESSOR Atenção professor: Deixar os alunos exporem seus conhecimentos sobre o assunto. Depois, comentar que, infelizmente, ainda existe trabalho infantil no Brasil. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Isso torna o estudo da história mais concreto e próximo, facilitando a apreensão do passado pelas gerações futuras e a compreensão das experiências vividas por outros.

O que é história oral. CPDOC . FGV. Disponível em: http://fdnc.io/7tF. Acesso em: 13 maio 2021.

Boxe complementar:

Tema contemporâneo transversal: direitos da criança e do adolescente

Essa é uma boa oportunidade para tratar dos direitos das crianças, destacando os princípios e as leis atuais que proíbem o trabalho infantil.

Comparar as informações do período em que Amadeu era criança e as atuais sobre a idade mínima para o trabalho infantil e o direito das crianças ao descanso, ao lazer etc. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pode ser consultado no site: http://fdnc.io/4K. Acesso em: 13 maio 2021.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha, de Ruth Rocha, da editora Companhia das Letrinhas.

A obra utiliza a linguagem poética para apresentar cada um dos direitos da criança: nome, proteção, educação e lazer. Nesse sentido, é um ótimo recurso para o trabalho com o tema do direito das crianças.

Fim do complemento.

MP130

Tempo, tempo...

Desde o tempo em que o senhor Amadeu começou a trabalhar na fábrica de placas de automóveis, a forma de produção mudou muito.

A maneira de identificação das placas com letras e números também mudou. Essa mudança foi indicada com o uso de cores diferentes na linha do tempo a seguir.

Imagem: Ilustração. Destaque de uma estrada com pista dupla que apresenta uma linha do tempo com alternância de dez anos e que vai de 1910 a 2020. De alguns intervalos de tempo parte uma indicação para fotografias.   Fotografia em preto e branco. Na rua, destaque de dois carros antigos estacionados. São escuros, apresentam pneus finos, estepe na lateral próximo à porta, faróis em destaque e redondos. A parte frontal é comprida e a região dos assentos tem formato quadrado. O primeiro carro é coberto e o segundo está sem o capô.   Fotografia em preto e branco. Diante da fachada de prédio, uma mulher de pele clara, e longo casaco está de pé ao lado de um veículo escuro com faróis pequenos redondo e parte frontal comprida.  Fotografia. Na rua, destaque da parte traseira de um carro com lateria em linhas retas, duas portas, cor bege, placa amarela e faróis retangulares.   Fotografia. Na rua, um carro prata, com linhas curvas, quatro portas, placa cinza e faróis retangulares.      Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

O conteúdo apresentado permite aos alunos refletir sobre algumas mudanças na forma de produção de placas de automóveis com base em sua caracterização, identificando mudanças e permanências ao longo do tempo.

Orientar os alunos a observar a linha do tempo, identificando: as cores apresentadas que estão relacionadas aos textos informativos dos quadros e os períodos associados a cada cor.

Fazer a leitura coletiva dos quadros, perguntando aos alunos quais as mudanças e permanências que ocorreram entre 1901 e 1941. Eles poderão observar que houve mudança na apresentação da placa, mas que as placas continuaram a ser produzidas manualmente.

Sucessão e duração

Sucessão é o que permite estabelecer a ordem com a qual os fenômenos são verificados.

Duração é a linha temporal, que transcorre do início até o final de uma experiência. [...]

Para compreender a sucessão de acontecimentos e sua duração, é preciso utilizar recursos cognitivos construídos desde os primeiros anos de vida. Sabe-se que a criança, baseada em suas vivências, antes mesmo de entrar na escola, é capaz de sequenciar acontecimentos de sua vida e repetir certas narrativas sem sequência cronológica [...].

MP131

  1. O que mudou no sistema de produção de placas entre 1901 e 2020?
PROFESSOR Resposta: Entre 1901 e 1969, predominava a produção manual de placas de veículos. Em 1969, iniciou-se o processo de automação da produção de placas e, a partir de 1999, a maior parte da produção de placas já era automatizada.
MANUAL DO PROFESSOR

Com o passar das aulas, a criança vivencia um processo de aprendizado das noções temporais: as vividas , que dizem respeito ao seu cotidiano; as percebidas , quando consegue sequenciar os fatos que ocorrem no seu cotidiano; e as concebidas , quando o tempo medido por convenção social passa a fazer parte de seu cotidiano e ela passa a esboçar as primeiras compreensões a esse respeito. [...]

E quando for apresentar aos alunos a linha do tempo tal qual utilizada pelos historiadores, o professor deve lhes explicar que ela é fruto de uma convenção social (e não de uma “verdade absoluta”) que se estabeleceu: linha reta, ordenação do mais antigo para o mais novo, da esquerda para a direita.

FERMIANO, Maria Belintane; SANTOS, Adriane S. dos. Ensino de História para o fundamental 1 : teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2014. p. 34-37.

Após a exploração da linha do tempo, conversar com os alunos sobre questões como: houve mudanças na apresentação das placas dos carros no período abrangido pela linha do tempo? Entre 1901 e 2017, quais foram as mudanças ocorridas nas placas dos carros e no sistema de produção delas? E por que essas informações foram organizadas em uma linha do tempo?

MP132

Jornada de trabalho

Assim como o senhor Amadeu, muitos trabalhadores, em diferentes momentos da história, tiveram extensas jornadas de trabalho.

Brasil: mudanças nas jornadas

Os operários eram submetidos a jornadas de 10 a 12 horas, muitas vezes acrescidas de horas-extras. [...]

Em 4 de maio [de 1932], o presidente [Getúlio Vargas] baixou o decreto 21.364, que instituiu a jornada de oito horas diárias e 48 horas semanais na indústria. [...]

A Constituição de 1988 estabeleceu um novo patamar para a jornada de trabalho, ao determinar que “a duração do trabalho normal não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais [...]”.

Jornada de trabalho de 8 horas na indústria completa 75 anos. Senado Notícias, 3 maio 2007. Disponível em: http://fdnc.io/fZe. Acesso em: 20 jan. 2021.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Em um grande galpão com muitas janelas, mulheres de vestido trabalham em máquinas com muitos carretéis de linhas.  Em primeiro plano, uma delas está sentada e opera uma máquina. Logo atrás, quatro mulheres estão de pé e operam máquinas maiores. Uma delas observa de longe. Ao fundo, homens próximos de outro maquinário.  Fim da imagem.

LEGENDA: Operárias na Tecelagem Mariângela, no município de São Paulo, no estado de São Paulo. Foto da década de 1920. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto as informações para responder às questões a seguir.
    1. Qual era a jornada de trabalho antes e depois de 1932?
      PROFESSOR Resposta: Antes de 1932, a jornada era de 10 a 12 horas diárias de trabalho. Após 1932, a jornada passou a 8 horas diárias e 48 horas semanais.
    1. Como ficou a jornada de trabalho após a Constituição de 1988?
      PROFESSOR Resposta: A jornada ficou em 8 horas diárias e 44 horas semanais.
MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura coletiva do texto, identificando com os alunos os seguintes itens: a duração da jornada de trabalho antes de 1932; as mudanças ocorridas naquele ano e as novas mudanças na jornada de trabalho na Constituição de 1988.

A partir disso, orientar a atividade de localizar e retirar do texto as informações sobre a jornada de trabalho.

Por fim, orientar uma atividade de trabalho com vocabulário, elemento importante do processo de alfabetização.

Solicitar aos alunos que localizem no texto as palavras “submetidos” e “acrescidas”, explicando o que entenderam sobre o significado desses termos.

Socializar as ideias dos alunos.

Regulamentação da jornada de trabalho no Brasil

Assim como no modelo francês, a regulação da jornada de trabalho no Brasil encontra-se estruturada com base em duas grandes fontes: a) no contrato privado, individual ou coletivo, portanto, de origem autônoma, de um lado; b) nas normas estatais, de origem heterônoma, de outro. Tais fontes normativas se interagem de forma mais ou menos intensa, de conformidade com o momento histórico analisado, ficando a cargo do Estado a normatização de fundo estruturante da jornada de trabalho, cabendo às partes a regulação contratual referente apenas ao espaço permitido pela legislação estatal, em tese.

Analogamente ao ocorrido em países industrializados no século XIX, o Estado brasileiro começou a interferir na regulação da jornada de trabalho para proteger menores e mulheres contra os abusos do capital, bem como para preservar a reprodução da força de trabalho nacional, considerada essencial para a concretização dos objetivos pátrios. [...]

MP133

Atualmente, cada país tem leis específicas definindo a jornada semanal máxima de trabalho, como representado no mapa.

Imagem: Mapa. Jornada semanal de trabalho no mundo. Apresenta as linhas imaginárias, os oceanos Pacífico, Atlântico e Índico, os continentes e a jornada de trabalho em horas nos diferentes territórios. Na França e Chade: 35 a 39 horas. Na América Central, em países como México, Belize, Nicarágua e Guatemala; na América do Sul, países como Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina; na África, países como Tunísia e Moçambique; Na Ásia, Israel, Tailândia, Camboja, Malásia, Laos, Vietnã e Filipinas: 48 horas. Em países da América do Sul, como Venezuela, Brasil, Chile; na África, Marrocos, República Democrática do Congo, Angola, Namíbia, África do Sul e Tanzânia: 41 a 46 horas. E América do Norte; Equador, na América do Sul; Na África, Argélia, Mali, Mauritânia, Níger, Burkina Fasso, Benin, Costa do Marfim, Camarões, Egito, Gabão e Madagascar; na Europa, Portugal, Espanha, Itália, países do leste e norte europeu, incluindo toda Rússia, na Ásia, também Mongólia, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, Indonésia e Singapura: 40 horas.  No Quênia, no continente africano: Mais de 48 horas. Em países no norte europeu, como Irlanda, Reino Unido e Alemanha; na África, a Nigéria; na Ásia, Índia, Paquistão e Bangladesh; e em toda Oceania: Sem limite legal.  No canto inferior, a rosa dos ventos e a escala: 2.330 km. Fim da imagem.

Fonte: Mapa mostra a jornada de trabalho em cada país do mundo. O Tempo, 8 jul. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fZg. Acesso em: 20 jan. 2021.

  1. Observe o mapa e pesquise o nome de um país para cada jornada de trabalho citadas a seguir.
    • Entre 35 e 39 horas.
    • De 40 horas.
    • Entre 41 e 48 horas.
    • De 48 horas.
    • De mais de 48 horas.
      PROFESSOR Atenção professor: As respostas serão dadas de acordo com a pesquisa e a legenda do mapa. Fim da observação.
    1. A jornada semanal máxima de trabalho no Brasil é maior ou menor que em Portugal?
      PROFESSOR Resposta: A jornada de trabalho no Brasil é maior que em Portugal.

Boxe complementar:

Você sabia?

Em de maio de 1886, os trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, fizeram manifestações pela diminuição da jornada de trabalho de 17 para 8 horas. Por isso, o dia de maio passou a ser comemorado em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, como o Dia do Trabalhador.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

De uma maneira geral, a regulação estatal [da década de 1930] preocupou-se em estabelecer uma jornada de trabalho padrão, contendo uma duração máxima de oito horas diárias, um intervalo mínimo para descanso e refeição (descanso intrajornada), um descanso mínimo entre duas jornadas consecutivas (descanso entrejornadas), estabelecendo um descanso semanal, preferencialmente aos domingos [...].

FERREIRA, José Otávio de Souza. A regulação pública da jornada de trabalho brasileira . 2004. Dissertação (Mestrado em Economia social e do Trabalho). Instituto de Economia. Unicamp. p. 92-93. Disponível em: http://fdnc.io/fZf. Acesso em: 13 maio 2021.

Orientar coletivamente a observação do mapa, localizando e identificando com os alunos: o título; a legenda; a Rosa dos Ventos; a escala e os continentes e os oceanos.

Orientar, também, a identificação, com o auxílio de outro mapa, dos nomes dos países que compõem cada grupo referente à jornada de trabalho, incluindo o Brasil. Depois, organizar individualmente a realização das atividades propostas.

Fazer uma leitura coletiva do quadro Você sabia?, destacando com eles: o fato relatado (manifestação de trabalhadores); o local onde ocorreu (Chicago, nos Estados Unidos) e a data (1º de maio de 1886). Em seguida, conversar com os alunos sobre a influência desse acontecimento na comemoração, até os dias de hoje, do Dia do Trabalhador no dia de maio.

MP134

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 9 e 10

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda as atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Observe as imagens.
Imagem: A. Fotografia. Em um local fechado, destaque de grandes maquinários robotizados que trabalham lado a lado diante de esteiras. Fim da imagem.

LEGENDA: Robô empregado na linha de produção de uma fábrica em Taicang, na China. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Em meio a uma plantação, destaque de um trator que é ligado a duas grandes caçambas. Ao seu lado, uma máquina robusta e alta despeja a colheita no coletor.  Fim da imagem.

LEGENDA: Colheita mecanizada no município de Pederneiras, no estado de São Paulo. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

  1. Estas imagens podem ser classificadas como fontes históricas orais ou visuais?
    PROFESSOR Resposta: Visuais.
  1. Qual das imagens retrata a automação na agricultura? E qual retrata automação na indústria?
    PROFESSOR Resposta: Agricultura (B) e indústria (A).
  1. Leia as informações sobre a jornada de trabalho no Brasil em diferentes tempos.

    8 horas diárias e 48 semanais.

    10 a 12 horas diárias.

    8 horas diárias e 44 semanais.

  1. Antes de 1932.
    PROFESSOR Resposta: 10 a 12 horas diárias.
  1. Entre 1932 e 1988.
    PROFESSOR Resposta: 8 horas diárias e 48 semanais.
  1. Após 1988.
    PROFESSOR Resposta: 8 horas diárias e 44 semanais.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente à respectiva atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar a presença da automação nas empresas e no cotidiano das pessoas.

Espera-se que o aluno observe e interprete duas fotografias, identificando o tipo de fonte histórica (visual). Em seguida, deverá identificar qual das imagens representa a presença da tecnologia na agricultura e na indústria.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as mudanças na jornada de trabalho no Brasil ao longo do tempo.

Espera-se que o aluno identifique as diferentes durações das jornadas de trabalho apresentadas e relacione essas informações com cada período indicado, estabelecendo a correspondência correta.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: identificar a duração da jornada de trabalho dos brasileiros e comparar com a de outros países.

O aluno deverá retomar o mapa da página 101 e identificar se existem países cuja jornada de trabalho é menor do que a do Brasil.

MP135

  1. Atualmente, o Brasil possui a menor jornada de trabalho no mundo?
    PROFESSOR Resposta: Não, pois há países com jornada menor.
  1. Liste duas mudanças que impactaram o mundo do trabalho ocorridas na Inglaterra no século XVIII.
    PROFESSOR Resposta: Máquinas mais complexas que possibilitaram o aumento da produção com menos trabalhadores e o surgimento das primeiras fábricas.
  1. Leia o trecho de uma fala do professor Pedro Henrique Melo Albuquerque, da Universidade de Brasília, sobre a automação no Brasil.

    Se todos os cenários que analisamos forem confirmados, a expectativa é de que 54% das 2.062 profissões formais no país podem ser substituídas por robôs ou programas de computador até 2026. Isso representa cerca de 30 milhões de vagas.

    Nelson Clio. Impactos da automação terá repercussão no mercado de trabalho. Estado de Minas, 11 fev. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fZh. Acesso em: 20 jan. 2021.

    • Segundo o professor Pedro Henrique, a automação nas empresas será grande ou pequena? Justifique.
      PROFESSOR Resposta: Grande, pois muitas profissões serão substituídas por robôs ou programas de computação.
    1. Identifique dois exemplos da presença da automação no cotidiano das pessoas.
      PROFESSOR Atenção professor: O aluno pode citar o caixa eletrônico, bilhete eletrônico para o transporte público, elevadores etc. Fim da observação.

      Autoavaliação

      PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

      Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

      Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com umas das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

    1. Identifiquei a jornada de trabalho dos brasileiros em três momentos da história e comparei com outro país?
    1. Interpretei as fontes históricas visuais e orais facilmente?
    1. Reconheci as mudanças no trabalho ao longo do tempo?
    1. Li os textos com facilidade?
    1. Identifiquei a presença da automação nas empresas e no cotidiano das pessoas?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as mudanças no trabalho ao longo do tempo.

Ao solicitar que o aluno exemplifique duas mudanças que impactaram o mundo do trabalho, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo estabelecido.

Atividade 5 – Objetivo de aprendizagem: reconhecer as mudanças no trabalho ao longo do tempo.

Ao solicitar que o aluno interprete o texto em relação aos prognósticos sobre as mudanças no mundo do trabalho em consequência da automação, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo estabelecido.

Atividade 6 – Objetivo de aprendizagem: identificar a presença da automação nas empresas e no cotidiano das pessoas.

Espera-se que o aluno identifique e liste exemplos da presença da automação no cotidiano das pessoas, registrando essa informação.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade, não cabe atribuir uma pontuação ou conceito ao aluno. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP136

Comentários para professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 9 e 10

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 9 e 10. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios dos alunos que foram registrados no Desafio à vista!: Quais são os pontos de vista sobre as mudanças nas formas de trabalho? Sugere-se mostrar para os alunos os registros com o que haviam respondido para esta questão problema e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos em relação à introdução das tecnologias nas atividades de trabalho e seus impactos nas relações de trabalho ao longo do tempo.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades propostas na seção Retomando os conhecimentos possibilitaram aos alunos retomar os conhecimentos trabalhados no módulo dos capítulos 9 e 10 relacionados à introdução e consequências das novas tecnologias nos diversos setores da economia. Por meio das atividades propostas, foi realizada uma avaliação do processo de aprendizagem favorecendo o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa. Recomenda-se estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, valorizando as temáticas e procedimentos que tiveram maior ênfase pedagógica ao longo da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

MP137

Introdução ao módulo dos capítulos 11 e 12

Esse módulo, formado pelos capítulos 11 e 12, interligados por uma questão problema apresentada na seção Desafio à vista!, tem como objetivo o estudo sobre as diferentes linguagens criadas pelo ser humano ao longo da história, permitindo também o conhecimento de diversos alfabetos criados em diferentes tempos e espaços, bem como das relações entre linguagem e tecnologia.

Questão problema

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Quais são as diferentes linguagens utilizadas pelos seres humanos?

Atividades do módulo

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Possibilitam aos alunos identificarem diferentes linguagens e as especificidades de seus respectivos usos para a comunicação (por exemplo o significado sociocultural das pinturas corporais indígenas), favorecendo o desenvolvimento da habilidade EF05HI06.

São desenvolvidas atividades de compreensão de texto, leitura e interpretação de imagens para que os alunos identifiquem diferentes tipos de linguagens verbais e não verbais e compreendam o emprego delas no processo de comunicação, inclusive com o emprego de tecnologias digitais.

Como pré-requisito é importante que os alunos compreendam a história como resultado da ação humana ao longo do tempo e em algum espaço.

Principais objetivos de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

• Identificar a diversidade de linguagens utilizadas pelos seres humanos como forma de comunicação.

• Selecionar e utilizar as diferentes linguagens para se expressar e comunicar ideias.

• Identificar formas de pintura corporal criadas por alguns povos.

MP138

DESAFIO À VISTA!

Capítulos 11 e 12

Quais são as diferentes linguagens utilizadas pelos seres humanos?

CAPÍTULO 11. As diferentes linguagens

Os seres humanos podem utilizar diversas formas para se comunicar, isto é, expressar emoções e relatar acontecimentos. Nessa comunicação, são utilizadas diferentes linguagens.

Imagem: Ilustração. Destaque de cruzamentos de uma cidade que apresenta vias asfaltadas com carros, fachadas de estabelecimentos com grandes letreiros, como “HOSPITAL”, “SUPERMECADO”, “PARQUE”, “BIBLIOTECA”, “POSTO DE SAÚDE” e “ESCOLA”. Em uma das ruas, atrás de uma calçada, há um grande outdoor no qual está escrito “PASSE O VERÃO NA PRAIA”, com imagem da faixa de areia e guarda-sóis. Nas vias também têm placas de trânsito, uma delas está em frete ao hospital e mostra a indicação “20 km/h” e um sinal de proibitivo sobre a silhueta de uma buzina. Do outro lado da rua está uma banca, onde há jornais impressos dispostos na vitrine. A manchete diz “TIME DE FUTEBOL DA CIDADE GANHA CAMPEONATO”. Na esquina do parque, próximo ao posto, há três crianças fazendo malabares. Na calçada da escola, caminham duas crianças uniformizadas com mochilas e, na esquina, há duas placas que sinalizam os nomes das ruas.  Fim da imagem.

Observação: Representação ilustrativa fora de escala e proporção. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 11

Unidade temática

Registros da história: linguagens e culturas.

Objeto de conhecimento

• O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.

Habilidade

• EF05HI06: comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades propostas neste capítulo procuram aproximar-se da Competência Geral 1, ao valorizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo social e cultural para entender e explicar registros em diferentes linguagens com destaque para os alfabetos dos povos antigos e o atual.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista!, incentivando-os a refletir sobre as diferentes linguagens utilizadas pelos seres humanos. Registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema, guardando esses registros para serem retomados na conclusão do módulo.

MP139

  1. Identifique cinco formas de comunicação representadas na imagem.
    PROFESSOR Resposta: Linguagem escrita: jornal, placas de ruas, nome dos estabelecimentos; visual: placas de trânsito, relógio, outdoor ; oral: pessoas conversando; corporal: malabarismo, gestos das pessoas conversando.
  1. Em casa, leia em voz alta para um adulto de sua convivência, três nomes de locais que aparecem na imagem.
    PROFESSOR Atenção professor: Os alunos podem ler três das seguintes palavras: supermercado, biblioteca, hospital, posto de saúde, escola, Rua Monteiro Lobato e Rua Clarice Lispector. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a observação da ilustração, identificando com os alunos: os locais representados, as atividades realizadas pelas personagens e as diferentes formas de comunicação destacadas. A partir desses elementos, orientar individualmente a realização das atividades propostas.

Atividade complementar

Propor uma atividade de campo, que consistirá em uma visita ao quarteirão da escola para avaliar a presença de diferentes linguagens. Em primeiro lugar, solicitar autorização da direção escolar e dos familiares dos alunos. Em seguida, elaborar um roteiro de visita, destacando os locais de parada e o que deverá ser observado. No dia da visita, enfatizar as diferentes linguagens presentes em placas com nomes das ruas, placas de trânsito, letreiros de comércio, entre outros. Na volta, organizar com eles os dados coletados.

MP140

Os tipos de linguagem

Ao longo da história, os seres humanos desenvolveram diferentes linguagens para se comunicar. Essas linguagens podem ser classificadas em dois tipos principais: linguagens verbais e linguagens não verbais.

Leia no quadro a seguir alguns exemplos de tipos de linguagem.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Linguagens verbais

Utilizam palavras para a comunicação.

Linguagem oral

Linguagem escrita

Diálogos, músicas, cantigas, depoimentos, entre outros.

Livros, jornais, textos da internet, nomes de locais públicos e privados, entre outros.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Linguagens não verbais

Não utilizam palavras para a comunicação.

Linguagem visual

Linguagem corporal

Pinturas, fotografias, caricaturas, entre outros.

Gestos, expressões faciais, danças, entre outros.

No dia a dia, essas linguagens podem aparecer interligadas em uma mesma mensagem, como no caso de um cartaz que inclui uma fotografia (linguagem visual) e textos escritos (linguagem escrita). Nessas situações, são chamadas de linguagens mistas.

Boxe complementar:

Você sabia

A maioria dos pesquisadores considera que os seres humanos criaram a linguagem oral há cerca de 50 mil anos, mas alguns acreditam que isso ocorreu muito antes, há 500 mil anos.

A linguagem oral facilitou a comunicação entre os membros do grupo, permitindo a troca de informações sobre os frutos disponíveis para a coleta, os rios com maior quantidade de peixes, os animais que poderiam ser caçados e aqueles que poderiam atacar à noite.

Por isso, a criação da linguagem oral é considerada uma das grandes conquistas dos seres humanos.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura e compreensão das tabelas, identificando com os alunos a caracterização da linguagem verbal e sua subdivisão em oral e escrita. Enfatizar os exemplos de cada tipo.

Em seguida, identificar com eles a caracterização da linguagem não verbal e sua subdivisão em visual e corporal. Enfatizar os exemplos de cada tipo.

Conversar com os alunos sobre outros exemplos dessas linguagens que estejam presentes no cotidiano deles.

Orientar a leitura e a compreensão do texto do quadro Você sabia?, identificando com os alunos as hipóteses dos pesquisadores sobre a origem da linguagem oral.

Tipos de linguagem

[...] A linguagem verbal é aquela que se expressa por meio do verbo (termo de origem latina que significa “palavra”), ou seja, da língua , que é, de longe, o sistema de signos mais completo, complexo, flexível e adaptável de todos: não por acaso, é de língua que deriva a palavra linguagem , pois toda linguagem é sempre uma “imitação da língua”, uma tentativa de produção de sentido tão eficiente quanto a que se realiza linguisticamente.

MP141

  1. Classifique cada imagem a seguir de acordo com o tipo de linguagem que ela representa.
Imagem: A. Fotografia. Destaque de um poste com placas do encontro de duas ruas: Artur Bernardes e Tiradentes. Fim da imagem.

LEGENDA: Placa no município de Bandeirantes, no estado do Mato Grosso do Sul. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: B. Fotografia. Em um espaço aberto, um grupo de cinco pessoas, homens e mulheres, se apresenta. Todos seguram pequenas sombrinhas coloridas e usam tênis. Os rapazes usam camiseta regata e shorts e as meninas usam regata e saia curta rodada e volumosa.  Fim da imagem.

LEGENDA: Apresentação de frevo, no município de Recife, no estado de Pernambuco. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: C. Uma mulher de camiseta de frio e mochila nas costas fotografa com uma câmera profissional. Ao fundo, morro e cidade.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fotógrafa no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro. Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: D. Cartaz. Em um fundo azul, apresenta no cabeçalho a informação “CRIANÇA NÃO DEVE TRABALHAR. INFÂNCIA É PARA SONHAR”. Abaixo, uma garota sobrevoa uma praça segurando balões, pipa, livro, aquarela e foguete amarrados em linhas. Fim da imagem.

LEGENDA: Cartaz da campanha de conscientização contra o trabalho infantil, de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: E. Fotografia. Uma menina canta em um microfone no pedestal. Fim da imagem.

LEGENDA: Cantora se apresenta no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: A: escrita; B: corporal; C: visual; D: mista; E: oral.
MANUAL DO PROFESSOR

A linguagem verbal pode ser oral, escrita ou gestual (língua dos surdos). A linguagem não verbal é a que se vale de outros signos, não linguísticos, signos que podem ser dos mais diversos e diferentes tipos: cores, sons, figuras, bandeiras, fumaça, ícones etc. É essa riqueza de possibilidades de representação e expressão que nos permite falar de linguagem musical, linguagem cinematográfica, linguagem teatral, linguagem corporal, linguagem da dança, da pintura, da escultura, da arquitetura, da fotografia, incluindo as linguagens secretas, que exigem o domínio de códigos reservados a poucos iniciados.

BAGNO, Marcos. Linguagem. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) . UFMG. Disponível em: http://fdnc.io/fZi. Acesso em: 15 maio 2021.

Orientar a observação e interpretação das fotografias, identificando com os alunos as linguagens retratadas em cada uma delas. Se julgar pertinente, propor uma pesquisa em jornais, revistas e na internet de outras imagens que representam linguagens.

Atividade complementar

Propor aos alunos um jogo de mímica para explorar uma das linguagens não verbais: os gestos. Dividir a turma em grupos e combinar com os alunos as categorias que serão utilizadas no jogo: nome de música, fruta, objeto, animal, filme, profissão etc.

Eles devem escrever ou desenhar o nome de cinco itens para cada categoria combinada e colocá-los em caixas separadas para serem sorteados pelos representantes que farão a mímica para seu grupo, no tempo de até um minuto. Se o grupo acertar o que foi representado pela mímica, ganha um ponto. Vence o grupo que acumular maior número de pontos.

Boxe complementar:

Fato de relevância mundial

Uma das fotografias observadas e interpretadas pelos alunos permite retomar o tema de relevância mundial: a preservação do patrimônio mundial. O frevo é uma manifestação cultural declarada Patrimônio Mundial Imaterial. Solicitar aos alunos que pesquisem em livros, enciclopédias e na internet sobre as seguintes questões: o que é frevo, onde ele foi criado, em que data, por que ele foi declarado Patrimônio Mundial Imaterial e que medidas são tomadas para sua preservação. Socializar as descobertas individuais.

Fim do complemento.

MP142

Alfabetos

Para facilitar a comunicação por meio da linguagem, diversos povos antigos criaram alfabetos, sistemas de escrita compostos de símbolos que representam sons.

  1. Quando solicitado pelo professor, leia em voz alta o trecho referente a um dos alfabetos.

    Fenício

    Eram 22 signos, ou letras, que permitiam a elaboração da representação fonética de qualquer palavra, o que tornava a comunicação mais prática. Seus símbolos formavam letras e palavras que eram lidas da direita para a esquerda. Séculos depois, o alfabeto fenício se tornou o principal modelo de escrita para as civilizações clássicas, como gregos e romanos. [...]

Imagem: Ilustração. Um quadro que apresenta 22 símbolos dispostos ao lado de letras em caixa alta e indicações gráficas. Os símbolos estão divididos em três colunas, duas com oito linhas e uma com seis. Dentre as correspondências estão um sinal de fecha aspas, B, G, D, H, W, Z, H com pequeno ponto embaixo, T com pequeno ponto embaixo, Y, K, L, M, N, S, abre aspas, P, S com pequeno ponto embaixo, Q, R, S com um acento circunflexo ao contrário acima dele, e T. Fim da imagem.

LEGENDA: Alfabeto fenício. FIM DA LEGENDA.

Grego

Os gregos acrescentaram sons da sua língua ao alfabeto fenício e adotaram um sistema com 24 letras, entre vogais e consoantes. Eles também mudaram a direção da escrita, agora da esquerda para a direita.

Esse alfabeto foi fundamental para o mundo moderno e seu sistema ainda é aplicado nas comunidades gregas pelo mundo. [...]

MANUAL DO PROFESSOR

Orientar a leitura em voz alta de cada um dos textos referentes aos alfabetos, contribuindo para o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

Conversar com os alunos sobre as características de cada alfabeto: formas de escrever, quantidade e formato das letras.

Boxe complementar:

De olho nas competências

O trabalho com diferentes alfabetos permite aproximar os alunos de algumas competências da BNCC relacionadas com a questão das linguagens: Competência Geral 4.

Fim do complemento.

Alfabetos

[...] Depois de algumas descobertas, surgiu gradualmente o quadro de uma forma prototípica de escrita alfabética, a norte-semítica, formada por vinte e dois símbolos escritos uniformemente da direita para a esquerda: uma escrita consonântica, agora tida como o antepassado direto das escritas hebraica, moabita, fenícia, aramaica e grega, e que teve a sua existência definitiva nos últimos séculos do segundo milênio a. C.

[...]

MP143

Imagem: Ilustração. Um quadro que apresenta 24 símbolos dispostos em cinco linhas e cinco colunas dentro de quatros menores. Dentro de cada um, há um símbolo em caixa alta, seu correspondente em caixa baixa e por escrito. Do lado esquerdo para o direito, linha por linha: alpha, beta, gamma, delta, épsilon, zeta, eta, theta, lota, kappa, lambda, um, u, x, omicron, pi, rho, sigma, tau, upsilon, phi, chi, psi, omega.  Fim da imagem.

LEGENDA: Alfabeto grego. FIM DA LEGENDA.

Latino

O alfabeto latino deriva do alfabeto grego. Criado pelos romanos, esse sistema acompanhou a expansão do Império Romano [...], o que o tornou a base de todos os alfabetos da Europa Ocidental.

Atualmente, o alfabeto latino tem 26 letras, mas, como diversas nações o adotaram para escrever sua própria língua, fizeram algumas adaptações de acordo com a fonética. O idioma alemão, por exemplo, passou a usar o trema (ü). Já o português e o francês acrescentaram a cedilha (ç) e o til (~).

Alessandra Mello. Fenício, grego e latino: conheça a origem de três dos principais alfabetos. Universidade Católica de Brasília . Disponível em: http://fdnc.io/fZk. Acesso em: 20 jan. 2021.

  1. Localize e retire dos textos as informações sobre o nome de cada alfabeto antigo que possuía 26, 22 e 24 letras, respectivamente.
    PROFESSOR Resposta: Alfabeto latino, alfabeto fenício e alfabeto grego, respectivamente.
  1. Sobre o alfabeto utilizado no Brasil, responda às questões.
    1. Tem quantas letras?
      PROFESSOR Resposta: 26 letras.
    1. É escrito da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita?
      PROFESSOR Resposta: Da esquerda para a direita.
MANUAL DO PROFESSOR

Ao ser adotado e adaptado pelos gregos, o alfabeto fenício tornou-se o progenitor direto de todas as escritas alfabéticas ocidentais. Por direito próprio, foi um auxiliar importante – talvez vital, de um sistema comercial que se estendeu desde a costa da Palestina até ao estreito de Gibraltar e que vigorou por mais de mil anos. O alfabeto fenício adotado pelos gregos no início dos anos 900 a. C. tomou feitio próprio no século IV a. C., com a forma definitiva do alfabeto jônico, composto por 24 letras e até hoje utilizado. Os alfabetos europeus se originaram do alfabeto fenício. O alfabeto latino, derivado do grego, possuía apenas 16 letras. [...]

QUEIROZ, Rita de C. R. de. A informação escrita : do manuscrito ao texto virtual. In : VI CINFORM – Encontro Nacional de Ciência da Informação, p. 6-7, 2005, Salvador. Disponível em: http://fdnc.io/fZj. Acesso em: 10 jun. 2021.

Orientar os alunos na leitura do texto sobre o alfabeto latino, em que eles devem identificar: de qual alfabeto ele deriva; por quem foi criado; como ele se tornou a base dos alfabetos de toda a Europa Ocidental; quantidade de letras de que é composto e porque ele sofreu muitas alterações.

Em seguida, orientar a atividade em que os alunos deverão localizar e retirar informações dos textos, identificando cada alfabeto antigo.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

A aventura da escrita, de Lia Zatz, da editora Moderna.

O livro mostra como povos antigos, entre eles egípcios, sumérios, cretenses e chineses, foram transformando desenhos (ideogramas ou pictogramas) em sinais que, pouco a pouco, se converteram em diferentes sistemas de escrita.

Fim do complemento.

MP144

CAPÍTULO 12. Os povos e as linguagens

Além de realizar pinturas em diversas superfícies – rochas, madeira, tecido, entre outras –, alguns povos também realizam pinturas nos próprios corpos, chamadas de pinturas corporais.

Imagem: Fotografia. Um menino indígena está de pé sem camisa e come uma maçã. Ele tem cabelo liso preto e comprido, olhos ligeiramente puxados, pele parda, usa adereços com linhas nos braços e na cintura e tem e tem o corpo pintado com tinta preta. Fim da imagem.

LEGENDA: Criança com pintura corporal do povo kuikuro, no Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem indígena está com a cabeça baixa, tem parte do cabelo pintado de vermelho, o rosto pintado com linhas pretas e o tórax com pinturas das duas cores. Usa adereço de linhas nas orelhas, pescoço e braços.  Fim da imagem.

LEGENDA: Homem com pintura corporal do povo wauja, no Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. A partir da observação e interpretação das imagens, responda às questões a seguir.
    1. Quais materiais você imagina que foram utilizados para a realização dessas pinturas corporais representadas nas imagens?
      PROFESSOR Resposta pessoal. Deixar os alunos levantarem livremente suas hipóteses sobre os possíveis materiais utilizados nas pinturas corporais indígenas.
    1. Quais são os possíveis significados dessas pinturas?
      PROFESSOR Atenção professor: Organizar as hipóteses dos alunos sobre os possíveis significados das pinturas corporais. Tais hipóteses serão ampliadas na página seguinte. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A BNCC no capítulo 12

Unidade temática

Registros da história: linguagens e culturas.

Objetos de conhecimento

• As tradições orais e a valorização da memória.

• O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias.

Habilidade

• EF05HI06: comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

As atividades deste capítulo permitem aos alunos exercitar a Competência Geral 4, ao explorar diferentes linguagens verbais e não verbais, bem como utilizar as diferentes linguagens para se expressar e comunicar ideias e a Competência Específica 3 de História, ao demandar elaboração de hipóteses sobre os significados de linguagens não verbais, como a pintura corporal.

Fim do complemento.

Comentar com os alunos que a pintura corporal é uma manifestação cultural presente em várias sociedades ao longo da história e pode ter vários significados de acordo com sua representação.

Solicitar que observem as fotografias e identifiquem: os povos indígenas representados; o lugar onde eles vivem; as características das pinturas, dos adereços e seus possíveis significados e os materiais utilizados para produzi-los.

Pedir aos alunos que registrem no caderno ou em uma folha avulsa suas hipóteses e interpretações para posterior retomada. O levantamento de hipóteses implica liberdade de pensamento, pois eles podem resgatar mentalmente imagens, informações e conhecimentos já adquiridos e aplicá-los.

MP145

  1. Leia a reportagem.

    Pinturas indígenas apresentam a identidade de cada povo

    Esses povos carregam no rosto a identidade. A pintura corporal tem tanto sentido para os indígenas que expressa o que o indivíduo representa no grupo e até o estado civil. A pintura mais comum que define os traços é feita de urucum e jenipapo.

    “Pegamos o jenipapo e ralamos. Com o caldo que se forma fazemos as pinturas. Já com o urucum a gente tira os caroços e vai fazendo uma pasta que dá esse vermelho”, explica o indígena Mangagá Pataxó. [...]

    As pinturas são diferentes para cada ocasião, como comemorações ou rituais sagrados. Existem também desenhos que demonstram sentimentos desde os mais felizes até os de revolta e indignação pelos diversos problemas enfrentados pelos povos. A pintura de onça no rosto simboliza indígenas guerreiros e também amor e paz. “Geralmente a gente usa porque é nossa cultura”, diz Uinatam Pataxó. [...]

    Dependendo do tamanho do desenho e da quantidade de tinta, a pintura pode ficar no corpo por até quatro dias. Cada povo tem sua própria pintura, elas nunca são iguais. Segundo o cacique da etnia kuikuro, Yacalu Kuikuro, é como se fosse a roupa dos indígenas. “Vem de muitos anos. A pintura é roupa para gente.”

    Pinturas indígenas apresentam a identidade de cada etnia nos JMPI. G1 , 29 dez. 2015. Disponível em: http://fdnc.io/3pH. Acesso em: 20 jan. 2021.

    1. Interprete e relacione as informações do texto com as hipóteses que você levantou na página anterior. Explique se essas informações confirmaram suas hipóteses sobre:
      • os materiais utilizados nas pinturas corporais indígenas;
      • o significado das pinturas corporais indígenas.
        PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos confrontem as informações do texto sobre os materiais utilizados nas pinturas corporais indígenas (jenipapo e urucum) e sobre os significados dessas pinturas (usadas em comemorações e rituais sagrados e para demonstrar sentimentos) com as suas hipóteses iniciais, percebendo o que confirmou e o que ampliou suas hipóteses. Fim da observação.
      1. Explique o que você entende a partir da leitura da frase: “Vem de muitos anos. A pintura é roupa para gente”.
        PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos relacionem a frase com a ideia de identidade, associando a existência de diferentes pinturas corporais com os eventos culturais correspondentes. Fim da observação.
      1. Até quantos dias a pintura pode permanecer no corpo?
        PROFESSOR Resposta: Até quatro dias.
      1. Que tipos de sentimento as pinturas podem expressar?
        PROFESSOR Resposta: Felicidade, indignação, revolta, amor e paz.
      1. Que material é mais utilizado para obter a cor vermelha?
        PROFESSOR Resposta: Urucum.
MANUAL DO PROFESSOR

Organizar a leitura em voz alta do texto apresentado na atividade.

Comentar que a pintura corporal indígena é uma forma de comunicação que pode expressar a visão de um grupo sobre o meio que habita. A cor vermelha é derivada do urucum; a preta, do jenipapo; a branca, da tabatinga e a amarela, do açafrão. A aplicação da tinta no corpo é feita com os dedos ou objetos feitos de caroços de fruta ou madeira.

Retomar as hipóteses e interpretações levantadas pelos alunos anteriormente. Orientá-los a interpretar e relacionar as informações do texto com suas hipóteses, registrando as respostas às questões.

Atividade complementar

Propor aos alunos uma pesquisa sobre pinturas e grafismos de outros povos indígenas.

Organizar a turma em cinco grupos. Cada um deverá pesquisar a respeito de um povo.

Ao final da pesquisa, eles poderão montar um mural com as imagens de pinturas e grafismos, além de outras informações coletadas, e expô-lo para os colegas e a comunidade escolar.

MP146

O cordel

Algumas formas de comunicação criadas pelos seres humanos ao longo do tempo utilizam tanto a linguagem oral quanto a escrita para expressar diferentes situações.

O cordel, por exemplo, é um tipo de poema que pode ser apresentado oralmente, muitas vezes acompanhado de viola. Ele também pode ser escrito, impresso em folhetos e ilustrado com gravuras e é composto de palavras que rimam, isto é, têm som semelhante. O cordel recebe esse nome porque, em alguns locais, é pendurado em varais de corda.

Um cordel sobre leitura

Vou armar esse cordel

De um jeito diferente

Pois eu já falei de fábulas

Ou então do sertão quente

Mas de livros, digo agora

Monto rimas sem demora

Ofereço esse presente.

Livros em bibliotecas

Lá dos bairros ou escolares

Livros em casa de pobre

Ou de quem come manjares

O dinheiro não importa

Que agora eu abro a porta

Livros em todos os lugares.

Quero livros na estante

Ou então na cabeceira

Quero livros na cozinha

Livro sério ou brincadeira

Livro caro ou bem barato

Na cidade ou no mato

Menos livro na fogueira.

Livro existe com leitura

Cada página, uma história

Livro existe se contando

Com ou sem dedicatória

Fino, grosso, grosso ou fino

Para adulto ou menino

Ler um livro é uma vitória.

César Obeid. Um cordel sobre leitura. Acervo de literatura de cordel . Prefeitura de São Paulo: Cultura, 2 jul. 2008. Disponível em: http://fdnc.io/fZm. Acesso em: 20 jan. 2021.

Imagem: Capa de livro. Na parte superior está o título em destaque “UM CORDEL SOBRE LEITURA”, seguido da autoria de “CÉSAR OBEID”. Abaixo, uma ilustração de um beija-flor se alimentando de uma flor e o sol ao fundo. No rodapé, a informação “LITERATURA DE CORDEL”. Fim da imagem.

LEGENDA: Capa do livro Um cordel sobre leitura, de César Obeid. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Fazer a leitura do texto introdutório e do cordel.

Comentar com os alunos que o cordel foi trazido ao Brasil pelos portugueses no início da colonização e passou a ter influências indígenas e africanas. Em 1750, foram compostos os primeiros versos de literatura de cordel em linguagem oral e, em meados do século XIX, elaborados os primeiros versos impressos.

Informar que os temas do cordel são variados, incluindo lendas, fatos históricos e acontecimentos do cotidiano, e que os folhetos são ilustrados com xilogravuras.

Acrescentar que o cordel é popular em Pernambuco, no Ceará, no Rio Grande do Norte, na Paraíba e na região amazônica.

Atividade complementar

Se considerar pertinente, organizar um jogral para que os alunos apresentem o trecho do cordel reproduzido. Para isso, solicitar que se dividam em pequenos grupos e escolham um trecho do poema para ler. Pedir a um grupo que inicie a leitura e aos demais que continuem seguindo a sequência dos versos. Comentar que é importante manter a impostação da voz e o ritmo da leitura dos versos. Essa atividade pode contribuir para que os alunos desenvolvam a fluência em leitura oral, essencial no processo de alfabetização.

Cordel: origem e características

[...]

No Brasil, a Literatura de Cordel chegou com os portugueses e permanece até a presente data no nordeste brasileiro e em outras regiões do país, tomando a forma de uma literatura confeccionada pelo povo e para o povo, com características próprias, possuindo seus próprios clássicos e mestres. Ela começa a traçar caminhos até se firmar na luta pela resistência e formação da identidade cultural do povo sertanejo e brasileiro. São vários os ciclos que esta literatura popular percorreu até a sua chegada no Brasil.

MP147

  1. O cordel é uma forma de linguagem oral ou escrita? Explique.
    PROFESSOR Atenção professor: Espera-se que os alunos percebam que o cordel pode ser oral ou escrito. Fim da observação.

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Agora vocês vão fazer uma produção de escrita no formato de cordel. Sigam os passos a seguir.
    1. Escolham um tema para ser desenvolvido.
    1. Listem duplas de palavras que rimam e que podem ser utilizadas para o desenvolvimento do tema.
    1. Escrevam o cordel no caderno e façam um desenho para ilustrá-lo.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    1. Apresentem o cordel para os colegas.
      PROFESSOR Atenção professor: Retomar com os alunos as características do cordel e conversar sobre os temas que eles podem abordar. Socializar as produções. Fim da observação.

      Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Com a ajuda do professor, você e os colegas vão organizar um sarau poético na escola. Sigam os passos abaixo.
    • Definir a data e o local (biblioteca, pátio etc.), pensando na estrutura necessária para o evento.
    • Combinar com os colegas se os poemas serão de composição própria, de outros autores ou as duas coisas.
    • Confeccionar convites para a comunidade escolar: colegas de outras turmas, pais, professores e outros funcionários.
    • Propor o registro da atividade por meio de filmagem, gravação ou fotografias.
    • No dia combinado, faça a leitura em voz alta do cordel que você produziu ou selecionou.
PROFESSOR Atenção professor: Orientar a organização do sarau e sua realização. Fim da observação.
Imagem: Fotografia. No interior de uma sala de aula, quatro crianças uniformizadas estão de pé diante de uma mesa próximo à lousa e se apresentam. Estão enfileirados lado a lado, os meninos falam e um deles bate palma e as meninas falam segurando folhas de papel. Fim da imagem.

LEGENDA: Sarau em escola pública no município de São Paulo, estado de São Paulo. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Inicialmente introduzida como literatura colonial, trazia um retrato da metrópole portuguesa com temas europeus, que narravam epopeias de bravuras e conquistas. Posteriormente passou a ter influência das etnias existentes no Brasil, indígena e africana, com grande tradição na oralidade. Posteriormente, foi identificada com o cancioneiro nordestino que também fazia uso da tradição oral e expressava a sua poética nas emboladas, hoje conhecido como repente.

SILVA, Verônica Diniz da. A literatura de cordel e suas contribuições para o ensino desse gênero na sala de aula . In : X Simpósio Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental, p. 2-3, 2016, Rio Branco.

A segunda atividade proposta envolve uma produção de escrita utilizando como referências as características do gênero textual cordel, identificadas na página anterior.

Solicitar aos alunos que formem duplas, escolham o tema, listem as palavras que rimam e façam a ilustração do cordel. Acompanhar a produção das duplas de trabalho, auxiliando-as.

Organizar o sarau poético, definindo com eles a data e os recursos a serem utilizados: digitais, cenário, figurinos, entre outros. Nesse dia, os alunos deverão fazer a leitura em voz alta do cordel produzido ou pesquisado, atividade que contribui para a fluência em leitura oral.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

Cores em cordel, de Maria Augusta Medeiros, da editora Formato.

A autora utiliza a linguagem do cordel para explorar as cores, trazendo um olhar poético para a variedade de cores presentes no nosso cotidiano.

Fim do complemento.

MP148

Linguagem, comunicação e tecnologia

Para facilitar a comunicação, os seres humanos utilizaram, ao longo do tempo, diversos recursos tecnológicos.

Tecnologias da comunicação

O conceito de TIC [Tecnologia da Informação e Comunicação] é utilizado para expressar a convergência entre a informática e as telecomunicações, agrupando ferramentas computacionais e meios telecomunicativos como: rádio, televisão, vídeo e internet, facilitando a difusão das informações [...].

Já as TDICs [Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação] englobam, ainda, uma tecnologia mais avançada: a digital. Por meio desta é possível processar qualquer informação, o que provocou mudanças radicais na vida das pessoas, principalmente no que se refere à comunicação instantânea e busca por informações [...].

Diógenes Gewehr. Tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na escola e em ambientes não escolares. Dissertação (Mestrado em Ensino) – Centro Universitário Univates, 2016. p. 24-25.

Imagem: Fotografia. Um menino de camisa de manga curta está senado à mesa diante de um notebook aberto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Atualmente, muitas crianças usam computadores em diversas atividades cotidianas, como o estudo e o entretenimento. FIM DA LEGENDA.

  1. Localize e retire do texto os nomes dos meios de comunicação citados.
    PROFESSOR Resposta: Rádio, televisão, vídeo e internet.
  1. Agora você vai refletir sobre uma palavra que apareceu no texto: “instantânea”. Responda às questões a seguir.
    1. Você já conhecia essa palavra e sabia seu significado?
      PROFESSOR Atenção professor: Incentivar a expressão dos conhecimentos prévios. Fim da observação.
    1. Nesse texto o que significa “instantânea”?
      PROFESSOR Atenção professor: Comentar com os alunos que, no contexto deste texto, “instantânea” significa “imediata”. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Fazer uma leitura coletiva do texto, identificando com os alunos: o que significa TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação); que convergência ela expressa (entre a informática e as telecomunicações); que ferramentas computacionais e meios telecomunicativos ela agrupa (rádio, televisão, vídeo e internet, facilitando a difusão das informações); o que são as TDICs (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação); o que elas englobam (uma tecnologia diferenciada, a digital); o que ela permite (processar qualquer informação) e o que ela provocou (mudanças radicais na vida das pessoas, principalmente no que se refere à comunicação instantânea e busca por informações).

Orientar o trabalho com vocabulário, um dos eixos do processo de alfabetização.

Solicitar aos alunos que localizem no texto o termo “instantânea” e, a partir do contexto em que se encontra o termo, indiquem o que entenderam do seu significado. Se julgar pertinente, solicitar que recorram a um dicionário impresso ou digital considerado confiável para pesquisar o termo e ampliar seus significados.

TDICs e linguagem

[...]

A leitura epistemológica das TDICs pelo prisma da linguagem reconhece múltiplas possibilidades, pois essas tecnologias tornam-se mais que suportes de comunicação. Alcançam o estatuto de linguagem, reconhecida como instrumento do desenvolvimento humano, capaz de gerar cultura. [...]

Os suportes materiais modificam a maneira que o ser humano interage socialmente mediado pela linguagem, portanto uma inclusão digital depende primeiramente do contato direto com estes suportes materiais, aceitando-se o teclado e mouse como os principais e mais desenvolvidos instrumentos de mediação, acoplados ao computador.

MP149

Uma língua específica

Alguns grupos sociais utilizam em sua comunicação cotidiana palavras originárias das línguas faladas por seus antepassados.

Os moradores da comunidade quilombola Cafundó, no estado de São Paulo, por exemplo, têm uma língua própria, que é utilizada em algumas situações.

A cupópia

É a cupópia, língua de raiz africana derivada do quimbundo (ou kimbundo), idioma falado principalmente em Angola, o mais precioso tesouro cafundoense. A língua secreta era a arma dos escravos [no Brasil] para manter seus planos de fuga incompreensíveis aos ouvidos dos capangas de fazendeiros escravocratas.

[...] a cupópia corre sério risco de desaparecer. O desinteresse dos mais jovens com as tradições da comunidade é o principal fator que eleva o risco de extinção do idioma [...].

Sheila Vieira. Comunidade de ex-escravos resiste para sobreviver. Portal Geledés , 11 abr. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fZo. Acesso em: 20 jan. 2021.

  1. Qual é a origem da língua cupópia? Como ela era usada pelos escravizados no Brasil?
    PROFESSOR Resposta: A cupópia é de origem africana. Ela era usada pelos escravizados para manter seus planos de fuga em segredo, já que os capangas dos fazendeiros não compreendiam a língua.
  1. Por que essa língua corre o risco de desaparecer?
    PROFESSOR Resposta: Devido à falta de interesse dos mais jovens pelas tradições da comunidade.

Boxe complementar:

Você sabia?

As comunidades quilombolas são compostas principalmente por afro-brasileiros que têm ligação com a terra onde vivem, com os costumes e com as tradições de seus antepassados africanos.

Imagem: Fotografia. Um senhor e uma senhora negros posam no interior de um casebre. Ela tem um lenço na cabeça, usa camiseta e shorts e olha para o lado e está sentada com as duas mãos no joelho. Ele está de pé ao seu lado, usa camiseta e shorts, apoia o braço no seu ombro direito e olha para a câmera.  Fim da imagem.

LEGENDA: Moradores da comunidade quilombola Kalunga Vão do Moleque, no município de Cavalcante, no estado de Goiás. Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Interpretar as TDICs como linguagem permite superar a visão de mera instrumentalização dos equipamentos para explorar as possibilidades ampliadas de comunicação, construção de sentidos e desenvolvimento humano.

BERSI, Rodrigo Martins; MIGUEL, José Carlos; ARENA, Dagoberto Buim. As tecnologias digitais de informação e comunicação pelo prisma da linguagem digital. Revista Brasileira de Educação do Campo , Tocantinópolis, v. 4, p. 14-15, 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fZn. Acesso em: 13 maio 2021.

Orientar a leitura coletiva do texto introdutório, identificando com os alunos: o que são comunidades quilombolas; a comunidade mencionada no texto e onde ela se localiza. Em seguida, orientar a leitura coletiva da notícia, identificando com eles: o que é a cupópia; para que era utilizada inicialmente e porque corre o risco de desaparecer atualmente. Com base nesse levantamento, encaminhar individualmente a realização das atividades propostas.

Socializar as respostas individuais.

Encaminhar a leitura do texto do quadro Você sabia?, identificando com os alunos os grupos étnicos predominantes nas comunidades quilombolas e os elementos culturais que são mantidos dos seus antepassados.

MP150

RETOMANDO OS CONHECIMENTOS

Capítulos 11 e 12

Avaliação de processo de aprendizagem

Agora, você vai verificar sua aprendizagem. Responda as atividades a seguir em uma folha avulsa conforme orientação do professor.

  1. Observe a imagem.
Imagem: Cartaz. O fundo é roxo e na parte superior está escrito em destaque: “É HORA DE VACINAR”, seguido da informação em fonte menor: “CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A POLIOMIELITE E O SARAMPO”. Abaixo, um menino e uma menina com roupas de super-heróis e felizes. No rodapé, a data “DE 6 A 31 DE AGOSTO” e demais informações.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cartaz da campanha de vacinação, do município de Conceição do Mato Dentro, do estado de Minas Gerais, de 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Esse cartaz pode ser classificado como um exemplo de que tipo de linguagem?
    PROFESSOR Resposta: Mista.
  1. O que diz a principal mensagem escrita?
    PROFESSOR Resposta: “É hora de vacinar”.
  1. Que imagens são usadas no cartaz? Como elas reforçam a mensagem escrita?
    PROFESSOR Resposta: Imagens de super-heróis, incentivando as crianças a se vacinarem com a ajuda de adultos de sua convivência.
  1. Cite um exemplo de cada tipo de linguagem utilizada como forma de comunicação pelos seres humanos.
    1. Oral.
      PROFESSOR Resposta: Música, fala, canto.
    1. Escrita.
      PROFESSOR Resposta: Livros, cartas, diários.
    1. Visual.
      PROFESSOR Resposta: Cinema, televisão, fotografia.
    1. Mista.
      PROFESSOR Resposta: Cartaz, jornal, revista.
    1. Corporal.
      PROFESSOR Resposta: Dança.
MANUAL DO PROFESSOR

Providenciar folhas avulsas pautadas a serem entregues aos alunos e orientá-los a registrar as respostas das atividades na folha, entregando-as ao final para a correção. Pedir que identifiquem cada resposta com o número correspondente à respectiva atividade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar a diversidade de linguagens utilizadas pelos seres humanos como forma de comunicação.

Espera-se que o aluno leia e interprete a imagem, identificando os elementos escritos, como o título, o subtítulo, a data e o local. O aluno deverá também identificar os elementos visuais, como as crianças vestidas como super-heróis e, a partir dessas informações, reconhecer o tipo de linguagem utilizada: a mista.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar a diversidade de linguagens utilizadas pelos seres humanos como forma de comunicação.

Ao solicitar que o aluno exemplifique diferentes tipos de linguagem, a atividade permite verificar se ele alcançou o objetivo estabelecido.

MP151

  1. Leia o texto.

    Evento no município de Tangará, estado de Santa Catarina

    Neste sábado, dia 10 de novembro será realizado o Campeonato Municipal de Xadrez [...]. A competição [será] desenvolvida nas seguintes categorias:

    - MIRIM (até 12 anos) podendo participar alunos de qualquer escola do município [...]

    - ESCOLAR (até 14 anos) também podendo participar alunos de qualquer escola.

    - ADULTO (acima de 15 anos) nesta categoria podem participar tanto alunos, como ex-alunos, e população em geral, mesmo sem vínculo [escolar].

    [...] A premiação será de troféus e medalhas.

    Campeonato municipal de xadrez acontece neste Sábado. Prefeitura Municipal de Tangará. Disponível em: http://fdnc.io/fZp. Acesso em: 25 mar. 2021.

    • Selecione a linguagem escrita, visual ou mista para divulgar o evento citado na notícia. Registre como será essa divulgação.
      PROFESSOR Atenção professor: Orientar o aluno na seleção da linguagem e no desenvolvimento da divulgação do evento. Fim da observação.
    1. Sobre a pintura corporal dos povos indígenas, responda.
      1. Que materiais são utilizados?
        PROFESSOR Resposta: Urucum e jenipapo.
      1. Quais são os possíveis significados desse tipo de pintura?
        PROFESSOR Resposta: Pode significar algum sentimento ou uma marca do povo que a realiza.

        Autoavaliação

        PROFESSOR Atenção professor: Incentivar os alunos a se autoavaliarem. Fim da observação.

        Agora é hora de você refletir sobre seu próprio aprendizado.

        Copie as perguntas a seguir e responda cada uma delas com uma das seguintes opções: completamente, parcialmente ou não consegui.

    1. Identifiquei as linguagens utilizadas pelos seres humanos como forma de comunicação?
    1. Interpretei os cartazes e as fotografias com facilidade?
    1. Selecionei diferentes linguagens para expressar e comunicar ideias?
    1. Li os textos dos capítulos 11 e 12 com facilidade?
    1. Identifiquei materiais utilizados na pintura corporal por povos indígenas?
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: selecionar e aplicar um tipo de linguagem.

O aluno deverá ler e interpretar o trecho do texto e identificar o tipo de evento divulgado, os participantes e as regras. A partir desse levantamento, ele deverá retomar os diversos tipos de linguagem estudados e selecionar dentre eles os que mais se adequam à divulgação do evento e realizar a produção.

Atividade 4 – Objetivo de aprendizagem: identificar formas de pintura corporal criadas por alguns povos.

Espera-se que o aluno retome as informações sobre pintura corporal e selecione dois tipos de materiais utilizados nela, bem como alguns de seus possíveis significados.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, bem como refletir sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade não cabe atribuir uma pontuação ou conceito ao aluno. Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

MP152

Comentários para o professor:

Conclusão do módulo dos capítulos 11 e 12

A conclusão do módulo envolve diferentes atividades ligadas à sistematização dos conhecimentos construídos nos capítulos 11 e 12. Nesse sentido, cabe retomar os conhecimentos prévios da turma que foram registrados pelo professor a partir do Desafio à vista!: Quais são as diferentes linguagens utilizadas pelos seres humanos? Sugere-se mostrar para os alunos os registros com o que haviam respondido para esta questão problema e, na sequência, solicitar que identifiquem o que mudou em relação aos conhecimentos que foram apreendidos.

Verificação da avaliação de processo de aprendizagem

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

As atividades propostas na seção Retomando os conhecimentos possibilitaram aos alunos retomar os conhecimentos trabalhados no módulo dos capítulos 11 e 12 e refletir sobre as diferentes formas de linguagem. Por meio da realização das atividades propostas, foi realizada uma avaliação do processo de aprendizagem favorecendo o acompanhamento dos alunos em uma experiência constante e contínua de avaliação formativa.

Sugere-se estabelecer pontuações ou conceitos distintos para cada atividade, valorizando as temáticas e os procedimentos que tiveram maior ênfase pedagógica ao longo da sequência didática.

A página MP193 deste manual apresenta um modelo de ficha para acompanhamento das aprendizagens dos alunos com base nos objetivos de aprendizagem previstos para cada módulo.

Superando defasagens

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Após a devolutiva das atividades, identificar se os principais objetivos de aprendizagem previstos no módulo foram alcançados.

  1. ideias.
    • Identificar formas de pintura corporal criadas por alguns povos.

      Para monitorar as aprendizagens por meio destes objetivos, pode-se elaborar quadros individuais referente a progressão de cada aluno.

      Caso se reconheçam defasagens na construção dos conhecimentos, sugere-se retomar coletivamente com eles os tipos de linguagem, indicando diferentes características e usos de cada uma delas e mudanças ao longo do tempo. Pode-se elaborar um quadro ou esquema, na lousa, indicando formas de distingui-los. Vale propor novas atividades para os alunos com dificuldades a partir de atividades com uso de imagens ou vídeos que exemplifiquem suas características, usos e mudanças ao longo do tempo.