APRESENTAÇÃO

Ficamos felizes em oferecer esta coleção e contribuir com seu trabalho no componente curricular Arte nas turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Sabemos que um livro didático pode ser uma ferramenta importante na construção e no desenvolvimento de um currículo; sabemos também que o livro depende da mediação de um professor comprometido ou uma professora comprometida com sua docência. Partindo desse pressuposto, esta equipe de autoras e autores, também professoras e professores, elaborou esta coleção e, com ela, damos as boas-vindas a você nessa jornada conjunta.

Preparamos este Manual do Professor com orientações gerais e específicas buscando compartilhar um pouco do processo de construção da coleção, apresentando os fundamentos e pressupostos de nossa proposta, assim como a organização geral da obra com as quatro linguagens – Artes visuais, Dança, Música e Teatro – e a articulação e o diálogo entre elas em cada volume. A seleção de obras, artistas e contextos é fruto de uma tessitura conjunta elaborada pelas autoras e pelos autores, e está aberta à incorporação de suas referências, sobretudo das referências encontradas em seu entorno e no contexto de sua região.

Uma atenção especial é dada aos processos de avaliação diagnóstica, processual e formativa, que trazem características peculiares no contexto do ensino de Arte, aos Temas Contemporâneos Transversais (tê cê tê) e às habilidades e competências gerais e específicas da Base Nacional Comum Curricular Bê êne cê cê. Indicamos também possibilidades de desdobramentos interdisciplinares com outros componentes e áreas de conhecimento e apresentamos sugestões de planos de desenvolvimento em que estão organizadas as quatro linguagens propostas na coleção.

Desejamos que este Manual seja útil e possa contribuir com seu trabalho e com o ensino de Arte, elementos necessários para uma formação cidadã e democrática.

As autoras e os autores

ORIENTAÇÕES GERAIS

um – SOBRE A COLEÇÃO

Esta coleção de Arte é fruto de um trabalho coletivo empreendido por três professoras e dois professores – pesquisadores nas linguagens de Artes visuais, Dança, Música e Teatro, que o componente curricular Arte.

Para enfrentar os desafios de maior complexidade que se apresentam aos estudantes ao ingressarem nos Anos Finais do Ensino Fundamental, quando passam de uma estrutura centrada em um professor generalista para uma estrutura organizada em componentes curriculares com professores especialistas, esta coleção cuida para que a transição aconteça de fórma contínua, tecendo relações do componente curricular Arte com as vivências, os interesses e as práticas artísticas presentes no cotidiano dos estudantes, levando em consideração a passagem das culturas infantis para as culturas juvenis em diferentes contextos.

Dando continuidade aos processos expressivos e criativos com forte ênfase na ludicidade vivenciados nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o componente curricular Arte é apresentado como área de conhecimento, ampliando as experiências dos estudantes “com manifestações artísticas e culturais nacionais e internacionais, de diferentes épocas e contextos”, como orienta a Bê êne cê cê (BRASIL, 2018, página 205).

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Formação integral

Pensando na formação integral dos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental, elegemos temas e conteúdos que se articulam aos campos de conhecimento explorados na arte, propondo ao longo de cada volume da coleção um amplo repertório que pode servir de referência para que professores e professoras desenvolvam seus currículos diante dos contextos específicos de suas escolas e salas de aula e estabeleçam um paralelo com os Temas Contemporâneos Transversais (BRASIL, 2019) que dialogam diretamente com a cultura juvenil, por meio de uma abordagem que desperte e estimule o senso crítico e a reflexão, que cultive a sensibilidade, o olhar para o outro e para o mundo, que acione, potencialize e aprimore os conhecimentos já adquiridos em um diálogo com outros componentes curriculares, como literatura, por exemplo (BRASIL, 2018, página 196), contribuindo com a formação integral não só de um estudante, mas de um cidadão cônscio de seu papel na sociedade. Portanto, entendemos que o professor e a professora que farão a mediação e a mobilização dos conhecimentos dos livros didáticos com os estudantes serão coautores e coautoras nesta caminhada.

O reconhecimento da Arte como campo eminentemente interdisciplinar junto a uma perspectiva de educação emancipadora foi o que nos orientou no projeto e na elaboração desta coleção, que segue a Base Nacional Comum Curricular quando propõe despertar nos estudantes o interesse pelas linguagens artísticas e estimular a pesquisa como modo de construir conhecimentos.

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Educação inclusiva

Esta coleção de Arte defende que uma educação formativa e integral em Arte seja inclusiva e integre estudantes de todos os perfis sócio-étnico-culturais, especialmente aqueles com deficiência ou dificuldades de aprendizagem. Portanto, está alinhada com a ideia de uma educação artística inclusiva, que se propõe a “reticências promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. reticências”. (BRASIL, 2018, página 14).

Nessa perspectiva, por seu caráter inclusivo, a Arte pode ser compreendida como um direito do estudante, perspectiva pela qual se compreende que o seu ensino e a aprendizagem não só viabilizam como sustentam um projeto educativo democrático que repudia toda e qualquer fórma de discriminação, promovendo o respeito e a celebração da diversidade.

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Os adolescentes do Ensino Fundamental e as tecnologias de informação e comunicação

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (éca) – Lei número 8.069/90, a adolescência é definida como a etapa transitória entre a infância e a vida adulta, mais especificamente como a fase compreendida entre 12 e 18 anos. Estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental podem ser vistos, portanto, como adolescentes.

É inegável que os adolescentes são altamente impactados pelas novas tecnologias e mídias sociais, que influenciam seu padrão de comportamento, ditam novas ideologias e mudanças, modificam hábitos culturais e afetam as relações interpessoais. Pesquisas do Comitê Gestor de Internet no Brasil vêm mostrando que uma boa parte dos usuários de internet no país é de jovens entre 10 e 24 anos, ou seja, toda a faixa etária da adolescência está incluída nesse perfil. As pesquisas mais recentes (2022) mostram ainda que, durante o período de isolamento social vivenciado em 2020 e 2021, o uso das tecnologias se ampliou, transformando as interações sociais no processo de aprendizagem dos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental.

Todavia, é importante incorporá-las de modo socialmente responsável, para que um uso sadio dessas tecnologias seja propagado, além de uma postura crítica e avaliativa diante dos conteúdos que são compartilhados diariamente nas mais diversas redes on-line. Nesse sentido, esta coleção se propõe, por meio do ensino e da aprendizagem de Arte, a instigar práticas pedagógicas que mobilizem os estudantes a expor suas referências e seus interesses para que, a partir deles, seja gerado um diálogo que acolha as necessidades de um público juvenil em mutação ao mesmo tempo que lhe proporciona condições e ferramentas para que se posicionem de maneira pensante, analítica, questionadora e também criativa diante dos dilemas e desafios da sociedade contemporânea, engajando-se de modo mais consciente e informado, inclusive e sobretudo no que diz respeito à relação com as novas tecnologias.

Esta é uma das gerações que pode ser considerada inteiramente digital, e a Arte, como instrumento de construção de repertório cultural, como gatilho de experiências táteis-sensoriais, como veículo de um pensamento sensível, empático e libertário que preza pela coletividade, tem muito a contribuir para minimizar os efeitos negativos das mídias digitais, de modo que as tecnologias venham somar ao processo educativo, formando cidadãos e cidadãs proativos em seu presente e conscientes de suas contribuições para o futuro.

dois Bê êne cê cê: COMPETÊNCIAS GERAIS E ESPECÍFICAS

O objetivo da Bê êne cê cê ao definir as competências é reconhecer que uma das funções primordiais da educação é lutar pela afirmação de valores que contribuam para a construção de uma sociedade mais humana, justa e que preserve a natureza, instigando ações que viabilizem a concretização desses objetivos (BRASIL, 2018, página 8). Segundo a Bê êne cê cê, “competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, página 8).

A coleção se alinha com a Bê êne cê cê nas suas Competências Gerais e nas Competências Específicas de Linguagens e do componente curricular Arte, atendendo aos dez itens previstos nas competências gerais, com destaque para a terceira e a quarta competências, que remetem diretamente ao componente curricular Arte, pois a terceira aponta para a necessidade de “valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural” (BRASIL, 2018, página 9). Por esta via, o documento e a estrutura da coleção asseguram ao estudante o direito de acesso aos conhecimentos historicamente produzidos e em processo de produção no campo alargado das Artes, com suas quatro subáreas de conhecimento – Artes visuais, Dança, Música e Teatro –, pela valorização e pelo estímulo à fruição, assim como pela experimentação de práticas diversificadas.

A coleção também se alinha com a quarta competência para garantir o exercício das diferentes linguagens – verbal, corporal, visual, sonora e digital – explicitadas nesta competência, que faz menção às linguagens artísticas, novamente reforçando a presença do componente Arte no currículo escolar, agora com ênfase no aspecto comunicacional para “se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo” (BRASIL, 2018, página 9).

Além das duas competências gerais evidenciadas, as outras oito competências estão contempladas na coleção: pela adoção de uma perspectiva da Arte como conhecimento que valoriza os saberes artísticos construídos no seio das mais diversas culturas, estimulando a curiosidade e propondo o exercício da pesquisa como modo de acessar tais conhecimentos artísticos de fórma criativa, pelo estímulo consciente ao uso das tecnologias, contextualizando as tecnologias tradicionais lado a lado com as digitais; pela ampliação de repertórios artísticos e culturais, estimulando possibilidades de argumentação crítica sobre a própria Arte e sobre os temas tratados nas obras, dando também visibilidade a outros campos profissionais pouco conhecidos dos jovens estudantes; pela presença de temas, obras e artistas que discutem questões relacionadas aos direitos humanos, à consciência socioambiental e ao consumo responsável; pelo estímulo ao autoconhecimento e ao exercício da empatia proposto nos constantes diálogos entre os pares e entre culturas; pelo reforço à autonomia, individual e coletiva, por meio de propostas variadas de práticas artísticas que se alinham com “princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários” (BRASIL, 2018, página 10).

Com referência às Competências Específicas da área de Linguagens, o alinhamento da coleção com os seis itens elencados na Bê êne cê cê se torna mais evidente, pois trabalhamos na elaboração da coleção em consonância com eles, visando assegurar aos estudantes seus direitos a essas aprendizagens e ao seu desenvolvimento. Especialmente com o quinto item, que se refere ao componente curricular Arte, e propõe:

Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas (BRASIL, 2018, página 65).

Essa quinta competência específica de Linguagens para o Ensino Fundamental apresenta de fórma condensada o que é desdobrado nas competências específicas do componente curricular Arte que orientam a coleção, conforme o quadro a seguir.

COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ARTE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3.
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas articulações.
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade brasileira –, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte.
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística.
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na sociedade.
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas.
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.

três – FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Os fundamentos que orientam esta coleção de Arte respeitam a complexidade de um campo de conhecimento composto de quatro linguagens específicas: Artes visuais, Dança, Música e Teatro, que são garantidas em suas integridades e especificidades e postas em diálogos e associações entre si pela abordagem de temas contemporâneos e também pela exploração de modalidades artísticas híbridas, como o cinema, a performance, as artes circenses, entre outras linguagens.

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Arte como área de conhecimento

O ensino de Arte tem uma história peculiar no contexto da história da educação no Brasil. Diferentemente de outras disciplinas, a Arte só passa a ser reconhecida como área de conhecimento com a abrangência das quatro linguagens – Artes visuais, Dança, Música e Teatro – na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996. É esta a configuração que temos hoje, e é importante saber como chegamos até aqui, pois o termo “área de conhecimento” carrega entendimentos conceituais e representações hierárquicas das quatro linguagens que remontam às suas origens históricas no campo educativo.

As academias e os conservatórios que chegaram ao Brasil no século dezenove trazendo modelos de ensino e concepções estéticas europeias balizavam as disciplinas escolares por meio da formação do professorado para tal ensino. As disciplinas de Desenho e Música, por exemplo, compunham os currículos escolares desde o século dezenove até meados do século vinte. Ambas as disciplinas garantiam aos estudantes o acesso a conhecimentos básicos norteados por um saber-fazer pragmático com o objetivo de instrumentalizar a mão e o ôlho, no caso do Desenho, e a voz e o ouvido, no caso da Música.

A Academia de Belas Artes defendia a ideia de que a habilidade de desenhar era um conhecimento básico para se adentrar no campo das artes plásticas. Desenhar usando técnicas e instrumentos adequados também preparava os estudantes para a racionalidade exigida pela industrialização que o país buscava. Do Conservatório de Música vinha a ideia de que era necessário ter acesso a um conhecimento elementar dessa linguagem para só então se adentrar na apreciação musical. Além disso, o canto coral era uma estratégia explorada para ajudar na organização da disciplina escolar em geral e também para celebrar datas comemorativas com suas apresentações.

As práticas teatrais foram introduzidas no âmbito escolar desde o período da colonização pelos jesuítas, que contribuíram para moldar nosso sistema educacional. A representação teatral era usada como ferramenta para estudar episódios históricos e textos literários, por exemplo, e também para divulgar resultados de processos de ensino em apresentações de final de ano. A dança, por sua vez, entra na escola inicialmente por se caracterizar como exercício físico, sobretudo de contrôle motor, e se faz presente, desde a primeira metade do século vinte, como prática na disciplina de Educação Física. No entanto, o maior destaque da dança no contexto escolar foram, e ainda são, as apresentações grupais em festas e datas comemorativas, sobretudo as relativas às danças das culturas populares. Percebemos, portanto, que o teatro e a dança entram na escola fóra de contextos disciplinares próprios que lhes garantam státus de linguagem e conhecimento, servindo sempre a outros fins.

É importante também perceber neste breve apontamento sobre a presença das linguagens artísticas no contexto escolar quanto elas estão associadas às datas comemorativas e festividades. Não que essa relação – da arte com festa e comemoração – seja uma questão problemática, pois é próprio da arte se fazer presente e constituir momentos comemorativos e de celebração. No entanto, embora sejam veículos de expressão de sentimentos e ideias em comemorações e na vida de um modo geral, as linguagens artísticas também precisam ser reconhecidas, valorizadas e trabalhadas como campos de conhecimento.

Vamos voltar um pouco na história do ensino de Arte para compreender melhor a questão, pois é justamente a ideia de arte como instrumento de expressão individual e coletiva que vem alterar de fórma significativa as práticas escolares. Vêm do campo da Arte o reconhecimento e a valorização da expressão do sujeito, isto é, o autor, o pintor, o dançarino, a musicista, a atriz, que passam a reivindicar a parcela de autoria frente à rigidez dos modelos, das normas e das cópias das tradições acadêmicas. Os artistas também começam a se interessar por outras fórmas de produções artísticas que carregam fortes elementos expressivos, como os desenhos e as pinturas dos povos ditos primitivos, das pessoas consideradas loucas e das crianças, mas que ainda não são reconhecidas como arte pelas instituições tradicionais. Esse movimento surge no final do século dezenove e adentra a primeira metade do século vinte.

O olhar do artista para a expressão da criança encontra o olhar do pesquisador do campo da Educação e, sobretudo, do campo da Psicologia, que se firmava como novo campo de conhecimento e buscava compreender os processos de aprendizagem. São realizadas pesquisas sobre o desenvolvimento das expressões humanas, especialmente as expressões verbais e pictóricas, e sobre os processos de criação, entre outros tantos temas.

São estudos que vão fundamentar as grandes mudanças ocorridas no campo da educação no século vinte, como as pesquisas de Jean Piagê e de lévi vigótisqui.

As mudanças no campo da educação modificam os objetivos e as finalidades do ensino, antes centrados no conhecimento, e passam a se centrar no sujeito que aprende e no processo de aprendizagem. A escola passa a dar visibilidade às produções dos estudantes, oferecendo espaço e condições para que eles se expressem.

Foi nesse contexto que, aqui no Brasil, artistas, educadores e outros profissionais interessados se uniram para viabilizar uma experiência de educação através da arte e, assim, criaram o Movimento Escolinhas de Arte (Mêa), que buscava garantir a presença das quatro linguagens artísticas no contexto escolar. Criado no Rio de Janeiro, o Mêa se expandiu entre as décadas de 1950, 1960 e 1970 por grande parte do território nacional, oferecendo cursos de formação de arte-educadores e estimulando a multiplicação da experiência geradora da Escolinha de Arte em território nacional. Nessa experiência do Mêa, a expressão gráfica e plástica, a expressão corporal e dramática, assim como a expressão musical eram exercidas em suas especificidades e em relações integradoras. Foi uma experiência de educação não formal que se transformou em um movimento e influenciou a educação formal, resultando na criação do campo conceitual da arte/educação brasileira.

Em parte como consequência desse movimento, a Educação Artística foi incluída como atividade curricular obrigatória na educação básica brasileira com a Lei número .5692/71.

A obrigatoriedade, no entanto, veio sem um planejamento prévio e em um momento de ampla expansão das redes públicas de ensino, fazendo com que o espaço da Educação Artística nas escolas fosse ocupado por professores sem formação específica no campo da Arte. A partir de 1977, foram criados cursos de licenciatura em Educação Artística em várias universidades para suprir a demanda, e os professores e arte-educadores passaram a se organizar em associações a partir da década de 1980 para tentar qualificar esse ensino. A questão mais difícil de enfrentar era a exigência de que os professores deveriam trabalhar as quatro linguagens, independentemente de suas formações específicas: é o conhecido problema da polivalência no campo do ensino de Arte, que tem sido pesquisado, estudado e debatido em vários âmbitos, inclusive no da pós-graduação, pois o movimento associativo foi reforçado pela abertura de linhas de pesquisa sobre ensino de Arte em boa parte dos programas de pós-graduação em Arte.

A área de Arte passou a ser reconhecida como disciplina obrigatória na Lei de Diretrizes e Bases de 1996, e um dos grandes marcos para se chegar a esse reconhecimento foi a qualificação epistemológica do campo de conhecimento por meio da sistematização da Abordagem Triangular.

Se no período modernista o ensino de Arte deu um salto qualitativo ao reconhecer a arte como expressão, na pós-modernidade o entendimento da arte como cultura amplia as potencialidades e o alcance desse ensino em ramificações mais horizontais. Metaforicamente, podemos dizer que a arte desce do pedestal no qual as instituições historicamente a colocaram e adentra o mundo comum, o mundo onde estamos todos inseridos. A “elevação” da arte foi um recurso criado pela própria cultura para dar a ela um státus diferenciado; no entanto, essa operação causou um distanciamento com suas práticas de reverência.

A mudança de perspectiva incide diretamente no modo como podemos organizar o ensino de Arte ampliando o escopo da disciplina, que pode transitar entre diferentes âmbitos de produção, abrangendo tanto as produções do que se considera “alta” cultura quanto as do que se considera “baixa” cultura; ou propor relações entre as artes ditas eruditas e as ditas populares. O conhecimento pode se organizar em redes de relações e de pertencimentos sem necessariamente precisar seguir hierarquias cronológicas ou se fechar em movimentos artísticos. Para efetivar tais mudanças, a Abordagem Triangular nos serve de apoio com seu constructo teórico-metodológico.

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A Abordagem Triangular

Optamos por ancorar a fundamentação teórica e metodológica da coleção de Arte na Abordagem Triangular, pelas amplas possibilidades de se adentrar no pensamento artístico e de se propiciar experiências estéticas que este constructo flexível pode proporcionar. O entendimento da arte como expressão e como cultura está na base da sistematização das dimensões de leitura, contextualização e produção e se alinha com as necessidades contemporâneas de entrelaçar os conhecimentos de fórma transversal e interdisciplinar, propondo situações de aprendizagem nas quais os estudantes exerçam o pensamento artístico e vivenciem experiências significativas com as artes.

Na nossa interpretação da Abordagem Triangular, entendemos que as três dimensões – leitura, contextualização e produção – se alinham com as seis dimensões sugeridas pela Bê êne cê cê para o componente curricular Arte – criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão –, que podem ser compreendidas como desdobramentos articuladores das três primeiras.

Em primeiro lugar, é necessário explicar que a opção por nomear o ato de fruir ou apreciar como “leitura” vem de um entendimento alargado de leitura, pressupondo uma relação que se constrói entre o leitor, com seus recursos de compreensão do mundo, e o objeto, com seus elementos formais e suas relações vincadas no mundo. Falamos de leitura como processo, como leitura de mundo, conceito que remete ao ideário de Paulo Freire, ao princípio de leitura como interpretação cultural. Esse é um sentido também assumido por Ana Mae Barbosa, sistematizadora da Abordagem Triangular, que explica: “Daí a ênfase na leitura: leitura de palavras, gestos, ações, imagens, necessidades, desejos, expectativas, enfim, leitura de nós mesmos e do mundo em que vivemos” (BARBOSA, 1998, página 35). De acordo com esse entendimento, propomos que a leitura seja crítica e reflexiva e que adentre a fruição de fórma que a estesia seja contemplada.

Intrinsecamente relacionada a essa ideia de leitura está a de contextualização, visto que “contextualizar é estabelecer relações”, como afirma também Ana Mae Barbosa no mesmo texto citado anteriormente, indicando ainda que a contextualização “é a porta aberta para a interdisciplinaridade” (BARBOSA, 1998, página 38). As relações necessárias para se entender e situar as produções artísticas no tempo e no espaço nos quais foram produzidas vão depender do contexto das produções em foco, do contexto dos leitores e do contexto em que as leituras estão sendo produzidas. Ou seja, são várias camadas de contexto que se movimentam no ato de contextualização, e elas podem vir de diferentes âmbitos de conhecimento: do histórico, do social, do antropológico, do geográfico, do ecológico, entre outros tantos que podem se abrir interdisciplinarmente. Contextualizar, então, não se resume a situar a obra na história da arte e o artista no panteão das instituições com suas narrativas emblemáticas. Esse aspecto da contextualização faz parte de um processo mais amplo, que depende de outras variáveis circunstanciais, como os movimentos de investigações empreendidos pelos envolvidos – professores e estudantes – na tentativa de compreender e situar como determinada obra ou produção responde ao contexto em que se insere e/ou o revela, ou como responde às necessidades do contexto no qual estamos inseridos. Portanto, a crítica e a reflexão animam o processo de contextualização.

Sobre a produção, também precisamos esclarecer que optamos por ampliar o sentido do saber-fazer, que remete a habilidades técnicas de uso de instrumentos, ou a habilidades de domínio do corpo, da voz, da expressão, para uma ideia de produção que envolve, além desses domínios específicos, a produção de sentidos para aqueles que produzem, em nosso caso os estudantes. Abre-se também à ideia de produção como elaboração de conhecimentos, como mobilizações reflexivas sobre as ações, para se chegar a ter consciência de que se passou por uma experiência, tomando aqui o sentido de experiência estética de dión díui(2010). Segundo esse filósofo, para se ter uma experiência de aprendizagem, uma experiência significativa que resulte na transformação do sujeito da experiência, é necessário refletir sobre o processo, tomar consciência das relações estabelecidas nele, e, no caso das experiências no campo artístico, o pensador ainda reforça a necessidade de se passar por experiências semelhantes às dos produtores do campo, para se aproximar do pensamento artístico. Assim podemos garantir que a criação e a expressão sejam reflexivas e críticas, possibilitando transformações nos nossos estudantes.

É importante perceber que a articulação das três dimensões – leitura, contextualização e produção – não pressupõe uma sequência ou hierarquia entre elas, mas uma interdependência em que a contextualização pode ser entendida como o fio que tece as relações. É o que pode ser percebido ao longo de cada capítulo dos volumes desta coleção, com as leituras das obras, as sugestões de experimentação, de pesquisa e de reflexão, assim como as propostas de criação tecidas pelas contextualizações.

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Interdisciplinaridade e transversalidade

A Arte como área de conhecimento é um campo que se abre para diálogos com outros campos, sobretudo quando questões emergentes na contemporaneidade são trabalhadas por artistas, produtores, professores e pesquisadores, como as questões socioambientais, os impactos tecnológicos, a vida coletiva em grandes centros urbanos, entre outras questões que precisam de diferentes pontos de vista para serem compreendidas em sua abrangência e para que possam suscitar soluções com criatividade e inventividade. Na sociedade atual, precisamos cada vez mais exercitar com os estudantes pensamentos articulados que possam gerar atitude interdisciplinar, o que pressupõe estímulo à curiosidade e à pesquisa, com abertura para a descoberta de novos conhecimentos e o desejo de enriquecer-se com novos enfoques, viabilizando a busca de soluções para problemas complexos.

A organização desta coleção de Arte a partir de um currículo integrado, organizado por temas abrangentes que se desdobram nos capítulos na fórma de questões pertinentes ao universo dos jovens estudantes, é uma proposta que se alinha à perspectiva interdisciplinar em seu desenvolvimento e aos temas contemporâneos que perpassam a sociedade e a vida dos estudantes.

Em toda a coleção, há exemplos de obras e produções artísticas que, em suas configurações materiais e simbólicas, contaram com conhecimentos de outras áreas para se efetivarem. A leitura dessas produções abre compreensões sobre modos de operar interdisciplinarmente no campo das Artes. Por outro lado, há convites em várias seções do livro para se buscar o diálogo com professores de outros componentes curriculares para a realização de pesquisas e experimentações interdisciplinares.

A abrangência temática que se desenvolve ao longo da coleção permite também que a maior parte dos quinze Temas Contemporâneos Transversais – tê cê tê – perpassem as atividades, provocando reflexões e incitando o pensamento crítico em busca de caminhos para a solução de problemas presentes na vida cotidiana dos estudantes e para se pensar em uma sociedade mais justa e viável.

É importante estar atento às orientações que acompanham este volume do professor, em que os autores apontam vertentes interdisciplinares e temas transversais para desdobramentos de processos de ensino e aprendizagem, otimizando e ampliando os currículos.

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Artes visuais

Retomando as ideias de Ana Mae Barbosa, podemos dizer que “dentre as artes, as visuais, tendo a imagem como matéria-prima, tornam possível a visualização de quem somos, onde estamos e como sentimos” (2002, página 17-18), articulando claramente questões de leitura, contextualização e produção na busca de entendimento de si e do mundo. Para além da triangulação, o elemento que se destaca como matéria-prima fundamental do ensino de Artes visuais na contemporaneidade é a imagem.

Fotograma. Imagem em preto e branco de filme cinematográfico antigo em que a Lua apresenta um rosto humano com expressão aborrecida porque está com uma cápsula espacial entalada dentro de um dos olhos.

A já mencionada valorização da expressão ocorrida no contexto modernista do século vinte fez com que a ideia de “belas artes” – vigente no século dezenove – se tornasse insuficiente para delimitar a linguagem, dando lugar à nomenclatura de “artes plásticas”, cuja possibilidade de exercer a arte pela arte, ou simplesmente a não obrigatoriedade de representação da realidade, possibilitou a exploração e a pesquisa da plasticidade dos materiais, bem como de outras modalidades artísticas por parte de artistas e não artistas.

No entanto, no decorrer do próprio século vinte, o desenvolvimento artístico e tecnológico no cenário das artes se expandiu ainda mais, abrangendo modalidades antes não reconhecidas como arte, como no caso da fotografia (já oriunda do séculodezenove) e de outras fórmas de expressão visual, como o vídeo e a performance, e, mais recentemente, as possibilidades de produção de imagens em suportes eletrônicos e digitais, deixando a nomenclatura “artes plásticas” pouco adequada para um campo que se abre para além da plasticidade dos materiais.

Portanto, a nomenclatura “artes visuais” torna-se mais apropriada ao contexto de uma linguagem que lida com visualidades na contemporaneidade e faz da imagem – estática ou em movimento – uma síntese e um elemento que atravessa de fórma transdisciplinar praticamente todo o currículo escolar. Com base nesse entendimento, em sintonia com a Abordagem Triangular, a presença da imagem passa a ser elemento fundamental no ensino das Artes visuais, tendo claro o pressuposto de que é muito importante exercitar as habilidades de leitura e produção de imagens na contemporaneidade, e para isso é preciso conhecer a produção imagética de diferentes épocas e matrizes culturais, especialmente as que constituem a formação do estudante brasileiro, como as indígenas, as africanas e as europeias.

A escolha das obras e das propostas de experimentação e de produção apresentadas nesta coleção de Arte busca contemplar uma ampla gama de expressões artísticas: das produções tradicionais às contemporâneas, de obras consagradas encontradas em museus e galerias às manifestações culturais presentes no ambiente em que vivem os estudantes, como a escola, as ruas, ambientes urbanos e naturais. Dando voz aos estudantes, estimulando o compartilhamento de experiências, valorizando suas referências prévias e incentivando sua autonomia como pesquisadores, pretendemos prepará-los para ler criticamente a produção visual que os cérca.

Ícone composto pela ilustração de duas setas curvadas. Uma em cima, para a esquerda; uma embaixo, para a direita.

Dança

Que o corpo possa encontrar uma poética própria na sua textura, nas suas flutuações e nos seus apoios é um aspecto que diz respeito à própria invenção da dança contemporânea. Inventar uma linguagem, de facto, já não significa manipular um material preexistente, mas criar esse mesmo material, justificando artisticamente a sua gênese e comprometendo nesse empreendimento o sujeito, ao mesmo tempo produtor e leitor da sua própria matéria (lúp, 2012, página 64).

A dança como linguagem faz parte hoje das diretrizes curriculares no campo da Arte, porém se apresenta, em muitas escolas, ainda distante de uma perspectiva poética e contemporânea. Aos poucos, no entanto, essa perspectiva tem se ampliado, e a circulação de conteúdos e os modos de apresentá-los aos estudantes vêm sendo disseminados entre os professores da área de Arte por meio das pesquisas de algumas artistas-educadoras, como Isabel Marques, Lenira Rengel, Lúcia Matos, entre muitas outras. Todas as professoras citadas debruçam-se sobre os assuntos relacionados aos modos de desenvolver processos de contextualização, leitura e produção em dança no contexto escolar. Nessa jornada, muitos avanços têm sido conquistados com o aumento de professores licenciados em Dança, capacitados para assumir seus postos como professores do componente curricular Arte.

Mas como e o que estudar da dança no contexto escolar? Sugerimos começar com o estudo do corpo. A linguagem da dança colabora para a compreensão do corpo como um sistema complexo e indivisível, no qual atuam em conjunto pensamento, sentimento, expressão e a percepção de si mesmo. Esse entendimento corporal é o que fundamenta as criações dos artistas da dança desde o início do século vinte, incluindo as proposições de Rudolf Laban, nas quais se pauta a caracterização da linguagem da dança na Bê êne cê cê:

Fotografia. Apresentação de dança. Quatro mulheres estão em pé lado a lado sobre o piso de um palco com fundo avermelhado. Todas têm altura semelhante, usam o mesmo tipo de calça colante e estão descalças. As cores das camisetas são diferentes: vermelha, roxa, verde e azul-clara. Todas elas têm expressões caricatas, completadas pela posição dos braços, que estão estendidos, com mãos espalmadas, semiflexionados com mãos crispadas, ou estendidos ao longo do corpo.

A Dança se constitui como prática artística pelo pensamento e sentimento do corpo, mediante a articulação dos processos cognitivos e das experiências sensíveis implicados no movimento dançado. Os processos de investigação e produção artística de dança centram-se naquilo que ocorre no e pelo corpo, discutindo e significando relações entre corporeidade e produção estética (BRASIL, 2018, página 195).

Os objetos de conhecimento dessa linguagem – corpo, espaço e tempo – são base para a compreensão dos fatores de movimento. Ao longo dos Anos Finais do Ensino Fundamental, o estudante vai explorar as relações entre estes elementos – corpo, espaço e tempo – a cada ano, tendo um deles como tema de fundo para o estudo da dança. No último ano, o estudante é convidado a compor suas danças integrando o estudo anterior. Desse modo, poderá exercitar e aprofundar as possibilidades de lidar com esses conteúdos, reorganizando os conhecimentos prévios sobre eles. Para tal empreitada, entendemos que a leitura das obras, as atividades e as propostas de reflexão oferecem oportunidades para que o estudante experimente o movimento.

Com o objetivo de estimular o estudante em suas explorações, são apresentados artistas da dança de diferentes épocas, em cujas obras encontra-se ampla diversidade com relação aos contextos, modos de produção e pessoas que dançam. Por meio dessa articulação, pretendemos mostrar quanto a dança já está presente na vida do estudante e colabora para a sua formação. Abordamos, assim, a dança como possibilidade de o indivíduo se relacionar com o mundo e com outras pessoas.

As dimensões do conhecimento, que se darão por meio da prática investigativa, vão ocorrer de fórma concomitante e caberá ao professor direcionar o foco a uma e à outra, durante as práticas, as conversas e as reflexões, ajudando o estudante a compreender como ele articula seus conhecimentos. Contamos com a disposição do professor para experimentar e criar, apresentando e vivenciando a linguagem da dança como um jogo cujas peças – corpo, espaço e tempo – podem ser combinadas de tantos modos quanto a imaginação puder criar.

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Música

A música é inerente à vida humana em qualquer povo, cultura ou local do mundo, apesar da sensação de distanciamento que a lógica da especialização e fragmentação de saberes pode gerar em relação às práticas musicais. Partindo dessa premissa, um dos papéis da presença de práticas musicais na escola é justamente fortalecer a relação com essa musicalidade que já faz parte da vida de qualquer pessoa e que, sendo reconhecida e nutrida, pode se ampliar enquanto relação consciente e criativa de cada indivíduo com o mundo ao seu redor. No cultivo da musicalidade, a escuta, bem como diferentes fórmas de experimentação, compreensão, produção sonoro-musical e o estímulo à curiosidade têm papéis fundamentais. Determinante nesse processo é o contato com as diversidades nele envolvidas: diversidade de fontes e materiais sonoros; diversidade de estilos musicais; diversidade de caminhos de aprendizado musical; diversidade de concepções e modos de entender e significar o que chamamos “música”, que se estrutura diferentemente nas culturas de diferentes povos. Tudo isso, portanto, está em sintonia com a intenção de propiciar amplas leituras do mundo.

Considerando todos esses elementos, tentamos alimentar os estudos apresentados na coleção com base em propostas de educadores musicais contemporâneos, como Teca Alencar de Brito, Múri Chêifer, Violeta Gainza, Marisa Fonterrada, bem como em referências da área de Etnomusicologia, que ajudam a estabelecer aproximações com noções musicais de outras culturas, como as de alguns povos indígenas brasileiros.

A abordagem da linguagem musical nesta coleção, portanto, está pautada em sua importância na formação dos indivíduos em interação uns com os outros e com o meio onde vivem, reconhecendo que:

Fotografia. Grupo musical com diversos instrumentistas, todos com chapéu de couro de abas largas dobradas para cima, decorados com estampas e com tiras pendentes em ambos os lados. Da esquerda para a direita: caixa, tambor, pífaro, pandeiro e zabumba. O tocador de pífaro usa óculos escuros.

O ser humano interage com sons, silêncios e com a música em sintonia com seu modo de perceber, pensar, sentir, conhecer reticências, enfim, em consonância com sua maneira de ser e estar no mundo. Como uma das manifestações da consciência, a realização musical – jogo de sistemas sonoros simbólicos – reafirma a condição de integração entre o ser humano e o ambiente, bem como entre a natureza e a cultura (BRITO, 2012).

Sendo assim, estimulamos o desenvolvimento de saberes musicais, considerando cada indivíduo como protagonista na sua trajetória de aprendizado e com potencial para participar de maneira crítica e ativa na constante construção da nossa sociedade. Convidamos cada professor e estudante a transformar as informações e propostas presentes nas páginas deste livro em ações, produções, conhecimentos e, enfim, experiências musicais enriquecedoras.

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Teatro

Teatro é a capacidade dos seres humanos de se observarem a si mesmos em ação. Os humanos são capazes de se ver no ato de ver, capazes de pensar as suas emoções e de se emocionar com seus pensamentos. Podem se ver aqui e se imaginar adiante, podem se ver como são agora e de se imaginar como serão amanhã (BOAL, 2011, página catorze).

Fotografia. Grupo de atores em um cruzamento de ruas com edifícios e veículos. Um homem de cartola e colete listrados, camisa branca, calça bege e sapatos pretos atravessa a rua pela faixa de pedestres enquanto pedala um triciclo amarelo com caixas sonoras instaladas no teto e fala em um microfone. Ao lado dele, no triciclo, há outro homem de chapéu xadrez, com a cabeça voltada para o outro lado. Atrás deles está uma mulher de vestido vermelho com uma faixa branca na cintura, meias vermelhas e botinas pretas, com as mãos na estrutura do triciclo, como se o empurrasse. Atrás dela há outra pessoa do mesmo grupo, com roupas coloridas, da qual não aparece o rosto. Juntamente com esses atores, algumas pessoas em roupas comuns também atravessam a rua pela mesma faixa. À direita há um homem com uma câmera de TV no ombro; atrás dele, uma outra pessoa com uma mochila nas costas parece estar na mesma equipe de reportagem do cameraman.

Repete-se frequentemente que o teatro é a arte do encontro e tem como um de seus fundamentos o princípio da alteridade. Nesse sentido, a linguagem teatral abre diante de nós a possibilidade do exercício da empatia em sala de aula. O reconhecimento e o entendimento do lugar do outro, assim como de sua história, cultura e crenças particulares, expande um espaço de convívio pautado no respeito às diferenças, propiciando aos estudantes um sentido singular em relação ao que lhes pode ser comum. Não é por acaso que o estudo da linguagem teatral geralmente é iniciado pelos exercícios de brincar de ser outro e dos jogos de regra. É pelo contato direto com as possibilidades da ficção que o teatro convoca o engajamento da imaginação, do jogo e da sensibilidade do estudante.

O autoconhecimento – individual e coletivo – é uma das consequências do trabalho com esta linguagem. Chamamos a atenção para o fato de que o teatro sempre parte de um corpo que já está ali e se exercita em conexão com suas possibilidades, interesses temáticos, emoções e disponibilidade para o jogo. O teatro ainda possibilita que o estudante se debruce sobre as práticas do jogo teatral e do improviso, movimentos criativos que exigem dele uma afinação de sua percepção sensorial, reconhecimento de seus processos interiores, assim como um trabalho de exploração e exposição de seu corpo e de seus modos de expressão. O aspecto lúdico da linguagem também deve ser frequentemente relembrado, pois esse processo de exploração do indivíduo e do grupo deve acontecer em uma atmosfera saudável e respeitosa, alimentada tanto pela ingenuidade presente na brincadeira quanto pelo rigor do estudo.

A linguagem teatral presente nesta coleção de arte explora a leitura de obras teatrais, performáticas e circenses como um modo de guiar o estudante pela história do teatro e pela diversidade de suas práticas. Para isso, são apresentadas obras, artistas e grupos que exploram ou exploraram essa linguagem em diferentes momentos históricos e em geografias diversas. Esse leque variado possibilita a investigação e experimentação de diferentes funções que compõem o amplo espectro criativo da linguagem teatral, tais como a atuação, a encenação, a dramaturgia, a cenografia, a iluminação, o figurino e a sonoplastia. Ressaltamos, ainda, o acentuado potencial crítico da arte teatral, justamente por seu aspecto frequentemente dialógico: por ser a arte do encontro, o teatro vem sendo, historicamente, uma linguagem que apresenta pontos de vista e ideologias entrando em embate e disputa. Dessa maneira, podemos compreender o teatro como uma linguagem que nos possibilita o exercício de diversas dimensões do conhecimento – criação, estesia, crítica, expressão etcétera– de modo lúdico, empático e crítico.

quatro – ORGANIZAÇÃO GERAL DA OBRA

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Um currículo integrado

A coleção está organizada em eixos temáticos que integram questões do campo da arte com o universo de interesse dos jovens estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Os temas se articulam com base em questões mobilizadoras que propõem diálogos entre os estudantes, os conhecimentos das linguagens artísticas e a contemporaneidade. A abrangência das questões e o modo como são tratadas permitem desdobramentos interdisciplinares inclusive com os Temas Contemporâneos Transversais.

Esse modo de organização se inspira no que máicou pársons (2005) qualifica como um currículo integrado. Ao analisar as peculiaridades do componente curricular Arte, que prescinde de uma progressão de conhecimentos preestabelecidos ao longo do ciclo escolar, o autor sugere que devemos aproveitar o caráter flexível e aberto do campo de conhecimento, “pois a Arte já constitui, em si, um currículo integrado e pode destacar-se no currículo escolar como fórma de pensamento e de comunicação” (Párssons, 2005, página 309). É importante destacar que esse currículo integrado se assenta na perspectiva de uma educação inclusiva, propondo práticas pedagógicas diversificadas que podem contemplar estudantes com suas diferenças e singularidades, com suas deficiências ou dificuldades de aprendizagem. É inerente às diferentes linguagens artísticas a possibili­dade de explorar percepções e expressões corporais sensoriais pouco acessadas pelas dinâmicas escolares, e essa diversificação colabora para uma educação voltada tanto para as necessidades específicas de cada estudante quanto para experiências que geram reconhecimento das diferenças e empatia coletiva.

Na escolha dos eixos temáticos que orientam cada volume da coleção, consideramos questões sociais, psicológicas e epistemológicas envolvidas no contexto dos estudantes do Ensino Fundamental e do componente curricular Arte de fórma a propiciar fundamentos para Projetos de Vida.

Para o volume do 6º ano, o tema que orienta a elaboração dos capítulos centra-se em uma das mais importantes questões da adolescência, a questão dos processos identitários nos quais os jovens estão inseridos durante a sua formação como sujeitos autônomos e socialmente engajados em redes afetivas e coletividades por afinidades.

Partindo do universo do estudante, provocamos reflexões sobre o reconhecimento da presença das artes na vida de cada um e sobre como o componente curricular Arte se apresenta como conhecimento. A pergunta norteadora é assim formulada: Onde está a arte na vida? Os processos identitários dos estudantes se articulam com a identificação das artes em sua vida, situando os territórios de suas quatro linguagens como conhecimento.

No volume do 7º ano, o tema abre-se para o entorno, para as paisagens que nos cercam, com suas diversidades materiais, simbólicas e culturais. Para o jovem estudante que se aventura em conhecer e explorar o mundo, a pergunta norteadora é assim formulada: Como as artes leem, representam e interagem com as paisagens? Considerando de fórma ampla o conceito de paisagem – como lugar onde a arte acontece –, o volume explora recursos e técnicas nas quatro linguagens que permitem a leitura, a representação e a interação com uma gama diversa de paisagens, explorando também um conceito alargado de intervenção no mundo.

No volume do 8º ano, o tema aborda uma questão complexa e extremamente relevante no campo das artes e da vida: as camadas simbólicas inerentes às produções artísticas: o intangível, o que não está na matéria, mas que se apresenta na fórma como as produções se articulam, se relacionam e nos situam no mundo social e cultural. A pergunta norteadora é assim formulada: Como as artes se relacionam com o sagrado, com as religiões, com as tradições, com a ancestralidade? Para os jovens estudantes abrem-se perspectivas para a compreensão dos sentidos da vida em diferentes culturas, ajudando-os a construir relações significativas e de pertencimento com seus patrimônios e com os legados das gerações que os antecederam.

No volume do 9º ano, o tema se volta para a transformação da vida coletiva por meio das artes e as transformações das artes por sua relação com o mundo. A questão norteadora é a seguinte: Como as artes transformam as realidades e são transformadas nesta relação? Para compreender a função das artes nos meios sociais, culturais e políticos na contemporaneidade, os jovens estudantes precisam conhecer e compreender como essas produções vêm participando das transformações ocorridas ao longo da história, realçando o caráter de alguns movimentos artísticos e, sobretudo, de ações coletivas.

Em cada volume da coleção, o tema gerador é abordado por meio de capítulos específicos de cada uma das quatro linguagens do componente curricular Arte, nos quais as questões relativas a cada linguagem são trabalhadas em suas especificidades com exemplos, e os conceitos, as técnicas e os procedimentos que as caracterizam são apresentados e explorados.

No capítulo de abertura e no capítulo final de cada volume, o tema é sempre tratado a partir das quatro linguagens, quando os estudantes são convidados a adentrar no universo das questões e a concluir os percursos traçados ao longo do ano. Ao apresentar o tema pelas quatro linguagens, abrem-se possibilidades para que eles identifiquem e reconheçam de que modo cada uma das linguagens lida com a questão norteadora; para o professor abre-se a possibilidade de construir o seu currículo tendo como referência suas experiências, a de seus estudantes e as condições que se oferecem em seu contexto.

Há ainda, em cada volume, dois capítulos que estabelecem um diálogo entre duas linguagens no qual se exploram as modalidades híbridas e os pontos de integração entre elas, o que na Bê êne cê cê de Arte se identifica como Artes integradas.

6º ano

Capítulos

Linguagens

Títulos

1

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

Onde está a arte na vida?

2

Música

Escutando a vida

3

Dança

Viver e dançar

4

Dança e Música

Improvisação: experimentando corpo e som

5

Teatro

Brincar de ser

6

Artes visuais

O que vejo quando me vejo

7

Artes visuais e Teatro

Intervenções no mundo

8

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

Arte e juventude

7º ano

Capítulos

Linguagens

Títulos

1

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

O lugar da arte

2

Artes visuais

Paisagem construída

3

Música

Como a música interage com a paisagem?

4

Artes visuais e Música

Arte e natureza

5

Dança

Coreografia e espaço

6

Teatro

Espaço cênico: entre o real e o imaginário

7

Dança e Teatro

O corpo no espaço, o espaço no corpo

8

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

Paisagens em sons e imagens

8º ano

Capítulos

Linguagens

Títulos

1

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

A arte e o mundo imaterial

2

Artes visuais

A arte e o sagrado

3

Música

O imaterial na música

4

Artes visuais e Música

Mitologias e arte

5

Dança

Tradição e aprendizado

6

Teatro

Oralidade, memória e invenção

7

Dança e Teatro

Tornar-se outro: corpo e transfiguração

8

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

Festas e celebrações

9º ano

Capítulos

Linguagens

Títulos

1

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

Arte e vida coletiva

2

Artes visuais e Dança

Transformações individuais, reflexos no coletivo

3

Dança

Dançar e pensar a sociedade

4

Artes visuais

Arte que difunde ideais

5

Teatro

Coletividades que transformam: o teatro de grupo

6

Música

Música e vida em transformação

7

Música e Teatro

Entre a indústria cultural e a transformação social

8

Artes visuais, Dança, Música e Teatro

Práticas para estar juntos


Com essa estrutura, buscamos garantir a presença e a integridade das linguagens e realçar possíveis diálogos entre elas. A nossa proposta é que professores e estudantes possam transitar com autonomia por esse roteiro, criando seus currículos com base nos interesses e nas necessidades de cada sala de aula, de cada escola, de cada contexto específico. É importante reforçar que não estamos propondo uma volta à polivalência. Afirmamos o compromisso com as atuais legislações que regem o ensino de Arte, com o território das quatro linguagens, mas também estamos atentos aos trânsitos e movimentos que o próprio campo de conhecimento vem produzindo ao borrar em alguns pontos essas fronteiras em processos de integração ou nas modalidades híbridas.

Ícone composto pela ilustração de duas setas curvadas. Uma em cima, para a esquerda; uma embaixo, para a direita.

A estrutura da coleção

Esta coleção é composta de quatro Livros do Estudante impressos, com os respectivos Manuais do Professor. Os livros contam com áudios que poderão ser acessados tanto pelo estudante como pelo professor para aprimorar o estudo de Música e Dança.

Os Livros do Estudante estão divididos em oito capítulos.

Cada capítulo é composto de seções fixas e flutuantes que se articulam no desenvolvimento do tema e das linguagens para, inicialmente, acionar conhecimentos prévios e, em seguida, apresentar novos conhecimentos e mobilizar situações de aprendizagem que levem os estudantes a leituras, produções e contextualizações significativas com as artes.

Seções fixas

  • ABERTURA: Nas duas páginas iniciais, uma imagem e um texto introduzem o assunto do capítulo. As primeiras questões convidam o estudante a acionar seus conhecimentos prévios e a refletir e discutir sobre os temas que serão trabalhados nas páginas seguintes, e demonstram como eles podem estar relacionados à vida de cada um. É uma oportunidade de fazer uma avaliação diagnóstica dos conhecimentos e experiências prévias que o grupo já traz sobre a questão norteadora e, também, verificar o interesse pelo tema. A imagem que abre cada capítulo foi cuidadosamente escolhida para provocar reações e ativar as experiências vividas; são imagens de obras, de produções artísticas, ou fotografias de registro de ações. O exercício da leitura e fruição já começa na abertura. Sempre há questões que remetem às imagens e uma contextualização introdutória no texto de abertura. Nas orientações específicas do Manual do Professor você poderá encontrar outras referências sobre artista que podem auxiliar na ampliação da leitura.
  • SOBREVOO: Esta é a seção mais extensa do capítulo. Nela, o estudante vai conhecer e explorar, por meio de imagens e textos, diversas obras de arte e produções artísticas e culturais de diferentes épocas e lugares que têm relação com o assunto do capítulo e o tema do livro. O objetivo é ampliar seu repertório com exemplos que dialogam e se relacionam com a linguagem ou as linguagens em foco. Nas imagens e nos textos, os processos de leitura e a contextualização são ativados por questões variadas. Ao longo do Sobrevoo, há seções flutuantes (Foco na História, Para experimentar, Para pesquisar) que instigam o estudante a experimentar, pesquisar, refletir e debater sobre diferentes práticas artísticas e assuntos apresentados cuja finalidade é instalar processos de produção de conhecimento de fórma articulada com as leituras e contextualizações. Você pode aproveitar as sugestões e ampliações oferecidas no Manual do Professor, sobretudo as que aprofundam leituras de obras e ações artísticas que acontecem no tempo e no espaço, como a dança, o teatro e a performance. A oportunidade de escutar as músicas e assistir em parte ou na íntegra aos espetáculos apresentados nas Sugestões de sites, no final do livro, enriquecerá suas experiências e também as dos estudantes. É uma maneira de contornar as dificuldades de acesso e de circulação, propiciando o trânsito entre as produções artísticas apresentadas em diferentes cidades, regiões, países e até continentes e o contexto local dos estudantes.
  • FOCO EM Como o título sugere, nesta seção o estudante vai conhecer de fórma mais aprofundada um artista, um grupo ou algum movimento artístico apresentado previamente na Abertura ou no Sobrevoo do capítulo. O objetivo é exercitar uma leitura e contextualização mais articulada, aprofundando a temática em estudo.
  • FOCO NO CONHECIMENTO: Apresenta diferentes fórmas de expressão, conceitos, técnicas e procedimentos artísticos que fornecerão subsídios para o desenvolvimento das propostas apresentadas na seção seguinte, Processos de criação. O objetivo é destacar de fórma sistemática os conhecimentos específicos que estão sendo mobilizados das linguagens abordadas em cada capítulo.
  • PROCESSOS DE CRIAÇÃO: Apresenta orientações para o desenvolvimento de atividades práticas, individuais ou em grupo, que envolvem pesquisa e experimentação relacionadas às linguagens tratadas no capítulo. Há propostas de atividades também ao longo do capítulo, na seção flutuante Para experimentar, que preparam os estudantes para essa produção mais elaborada. Os Processos de criação também podem resultar em uma produção a ser compartilhada com a comunidade escolar.
  • PARA REFLETIR: Ao final de cada seção do capítulo, são apresentadas questões para reflexão e troca de ideias sobre o conteúdo explorado, cujo objetivo é garantir que a reflexão esteja presente em cada passo do processo, de modo que o estudante perceba o que foi mobilizado e como esse conhecimento pode se agregar aos conhecimentos preexistentes.
  • ORGANIZANDO AS IDEIAS: Nesta seção final, o conteúdo tratado ao longo do capítulo é retomado de fórma sucinta, e algumas questões são propostas para que o estudante reflita sobre o seu aprendizado e seu percurso pelo capítulo.

Seções flutuantes

  • FOCO NA HISTÓRIA: Esta seção apresenta um texto curto para estimular e reforçar o processo de contextualização histórica de algum tema artístico explorado no capítulo. Em alguns casos, o conteúdo apresentado nesta seção pode indicar desdobramentos interdisciplinares.
  • PARA EXPERIMENTAR: Nesta seção são propostas atividades, individuais e em grupo, de experimentação e criação, motivadas por práticas e produções artísticas e culturais exploradas no capítulo. São atividades que auxiliam a aplicação dos conhecimentos e o aproveitamento dos espaços da sala de aula, da escola e dos arredores, convidando os estudantes a desviar os olhos do livro e explorar o corpo, a voz, os movimentos, as expressões e sua capacidade de observação e percepção.
  • PARA PESQUISAR: Nesta seção são propostas sugestões de pesquisas também relacionadas ao tema do livro e motivadas por práticas e produções artísticas e culturais exploradas no capítulo. As pesquisas podem ser realizadas em sala de aula, em diferentes ambientes da escola ou até mesmo fóra dela, em saídas a campo, com entrevistas ou consultas em meio virtual ou em livros e periódicos. O desenvolvimento da prática de pesquisa é fundamental para se instalar o gosto pelo conhecimento, para estimular as inter-relações entre diferentes saberes, projetando-se como uma oportunidade de exercer práticas interdisciplinares trespassadas por temas contemporâneos.

Boxes

  • TERMOS TÉCNICOS: Apresenta explicações de conceitos e definições de termos do campo da Arte. Optamos por usar este recurso apenas quando um conceito é necessário para a compreensão da leitura ou contextualização da obra em foco e ainda não foi tratado na coleção.
  • SUGESTÕES DE AMPLIAÇÃO: Apresenta sugestões de livros, filmes e áudios. Importante destacar que no campo da Arte, com suas linguagens presenciais, estas referências são fundamentais para romper os ciclos de distanciamentos e aproximar experiências.
  • ÁUDIOS: Você e os estudantes terão acesso a sugestões de áudios que complementam a aprendizagem de Música e Dança.

cinco CORRESPONDÊNCIA DO CONTEÚDO COM OS OBJETOS DE CONHECIMENTO E AS HABILIDADES DA Bê êne cê cê

7º ANO

CAPÍTULOS

UNIDADES TEMÁTICAS
(BNCC)

OBJETOS DE CONHECIMENTO
(BNCC)

HABILIDADES
(BNCC)

1º BIMESTRE

Capítulo 1
O lugar da arte

Artes visuais

Contextos e práticas

(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

Materialidades

(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

Dança

Contextos e práticas

(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

Processos de criação

(EF69AR12) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

Música

Contextos e práticas

(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos culturais de circulação da música e do conhecimento musical.

(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais.

(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical.

Elementos da linguagem

(EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.

Teatro

Contextos e práticas

(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro.

(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.

Elementos da linguagem

(EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.

Processos de criação

(EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

Artes integradas

Contextos e práticas

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Processos de criação

(EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

Matrizes estéticas e culturais

(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

7º ANO

CAPÍTULOS

UNIDADES TEMÁTICAS
(BNCC)

OBJETOS DE CONHECIMENTO
(BNCC)

HABILIDADES
(BNCC)

1º BIMESTRE

Capítulo 1
O lugar da arte

Artes integradas

Patrimônio cultural

(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

Arte e tecnologia

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

Capítulo 2
Paisagem construída

Artes visuais

Contextos e práticas

(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

Elementos da linguagem

(EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas.

Materialidades

(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

Processos de criação

(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

(EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.

Artes integradas

Contextos e práticas

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Matrizes estéticas e culturais

(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

Patrimônio cultural

(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

2º BIMESTRE

Capítulo 3 Como a música interage com a paisagem?

Música

Contextos e práticas

(EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos culturais de circulação da música e do conhecimento musical.

(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais.

(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical.

7º ANO

CAPÍTULOS

UNIDADES TEMÁTICAS (BNCC)

OBJETOS DE CONHECIMENTO (BNCC)

HABILIDADES
(BNCC)

2º BIMESTRE

Capítulo 3
Como a música interage com a paisagem?

Música

Elementos da linguagem

(EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.

Materialidades

(EF69AR21) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos.

Processos de criação

(EF69AR23) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.

Artes integradas

Contextos e práticas

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Patrimônio cultural

(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

2º BIMESTRE

Capítulo 4
Arte e natureza

Artes visuais

Contextos e práticas

(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

(EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc.

Elementos da linguagem

(EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas.

Materialidades

(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

Processos de criação

(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

(EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.

7º ANO

CAPÍTULOS

UNIDADES TEMÁTICAS (BNCC)

OBJETOS DE CONHECIMENTO (BNCC)

HABILIDADES
(BNCC)

2º BIMESTRE

Capítulo 4
Arte e natureza

Música

Contextos e práticas

(EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais.

Elementos da linguagem

(EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.

Materialidades

(EF69AR21) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos.

Notação e registro musical

(EF69AR22) Explorar e identificar diferentes formas de registro musical (notação musical tradicional, partituras criativas e procedimentos da música contemporânea), bem como procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual.

Processos de criação

(EF69AR23) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.

Artes integradas

Contextos e práticas

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Processos de criação

(EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

Patrimônio cultural

(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

Arte e tecnologia

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

3º BIMESTRE

Capítulo 5
Coreografia e espaço

Dança

Contextos e práticas

(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

Elementos da linguagem

(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.

(EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado.

Processos de criação

(EF69AR12) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica.

Artes integradas

Contextos e práticas

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Arte e tecnologia

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

7º ANO

CAPÍTULOS

UNIDADES TEMÁTICAS
(BNCC)

OBJETOS DE CONHECIMENTO
(BNCC)

HABILIDADES
(BNCC)

3º BIMESTRE

Capítulo 6
Espaço cênico: entre o real e o imaginário

Teatro

Contextos e práticas

(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro.

(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.

Elementos da linguagem

(EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.

Processos de criação

(EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

(EF69AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.

(EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.

4º BIMESTRE

Capítulo 7
O corpo no espaço, o espaço no corpo

Dança

Contextos e práticas

(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

Elementos da linguagem

(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.

(EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado.

Processos de criação

(EF69AR12) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica.

Teatro

Contextos e práticas

(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.

Processos de criação

(EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

(EF69AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

Artes integradas

Contextos e práticas

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Processos de criação

(EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

Matrizes estéticas e culturais

(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

Patrimônio cultural

(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

Arte e tecnologia

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

7º ANO

CAPÍTULOS

UNIDADES TEMÁTICAS
(BNCC)

OBJETOS DE CONHECIMENTO
(BNCC)

HABILIDADES
(BNCC)

4º BIMESTRE

Capítulo 8
Paisagens em sons e imagens

Artes visuais

Contextos e práticas

(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

(EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc.

Materialidades

(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

Processos de criação

(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

(EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.

Dança

Processos de criação

(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica.

Música

Contextos e práticas

(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos culturais de circulação da música e do conhecimento musical.

Materialidades

(EF69AR21) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos.

Processos de criação

(EF69AR23) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.

Teatro

Elementos da linguagem

(EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.

Processos de criação

(EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.

Artes integradas

Contextos e práticas

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Processos de criação

(EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

Matrizes estéticas e culturais

(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

Arte e tecnologia

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

seis – PLANOS DE DESENVOLVIMENTO

De acordo com os fundamentos teóricos e a abordagem metodológica que orientam a coleção e, sobretudo, levando em consideração as formações específicas das professoras e dos professores de Arte, sugerimos planos de desenvolvimento bimestrais, trimestrais e semestrais tendo como eixo organizador as linguagens de Artes visuais, Dança, Música e Teatro.

No tópico anterior, apresentamos quadros contendo as correspondências dos conteúdos presentes em cada capítulo com os objetos de conhecimento e as habilidades evidenciadas na Bê êne cê cê. Vale a pena ressaltar que, além das quatro linguagens, os capítulos também abordam objetos de conhecimento e habilidades das Artes Integradas, como sinaliza a Bê êne cê cê para os Anos Finais do Ensino Fundamental.

Conforme foi explicitado no tópico sobre a organização geral da obra, a coleção tem como inspiração um currículo integrado, com eixos temáticos em cada volume e capítulos que abordam cada uma das linguagens de fórma aprofundada e o diálogo entre elas. Os capítulos são abrangentes e trazem sugestões de pesquisa e de atividades para serem realizadas em sala de aula e como tarefa de casa; propõem atividades individuais e coletivas; convidam os estudantes a refletir sobre suas experiências, compartilhando com colegas e professores suas criações e aprendizagens; sugerem diálogos e conversas com outros campos de conhecimento, estimulando ações interdisciplinares e transversais. O Manual do Professor traz ainda outras possibilidades de ampliação dos conhecimentos de cada capítulo, inclusive com atividades complementares às que são apresentadas no Livro do Estudante.

Os planos descritos a seguir são sugestões de percurso para que você possa desenvolver o seu currículo, tendo como referência a sua linguagem de formação e/ou as linguagens com as quais tenha mais familiaridade para acionar com os estudantes. Os planos bimestrais foram estruturados de modo detalhado e, a seguir, são apresentadas também sugestões resumidas de planos trimestrais e semestrais, que, igualmente, poderão servir de referência e ser adaptados à sua realidade.

Planos de desenvolvimento bimestrais

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS DA LINGUAGEM

Artes visuais

1º bimestre

Capítulo 1

Identificação de referências estéticas visuais no cotidiano do estudante; Ampliação de repertório visual em arte contemporânea; Apresentação de artistas brasileiros; Conceito de arte naïf e técnica de mosaico; Apropriação de objetos cotidianos para produção de objetos artísticos; Arte e ilusão de ótica.

2º bimestre

Capítulo 6

Reconhecimento da arte rupestre como autorrepresentação; Ampliação de repertório visual com temática do autorretrato, conhecendo representações de artistas barrocos, modernos e contemporâneos, nacionais e internacionais; Conceito de autorretrato e reconhecimento de múltiplas formas de se autorrepresentar (de modo realista, estilizado, por meio de objetos ou partes do corpo além do rosto, etc.); Reflexões sobre o uso de técnicas contemporâneas de manipulação de imagens; Aprofundamento na obra da fotógrafa Vivian Maier; Panorama sobre a história da fotografia; Conhecimento de aspectos técnicos de fotografia; Exercícios práticos de enquadramento e composição fotográfica; Experimentações de produção de autorretratos; Pesquisa sobre arte, ciência e tecnologia.

3º bimestre

Capítulo 7

Ampliação de repertório visual em arte contemporânea nacional e internacional; Relações entre elementos das Artes visuais e vida; Integração entre Artes visuais e Teatro; Aprofundamento nas obras de Hélio Oiticica e Flávio de Carvalho; Conceito de performance; Exercícios práticos de performance e registro.

4º bimestre

Capítulo 8

Ampliação de repertório visual em fotografia; A juventude como protagonista na produção artística; A fotografia como meio para expressar a ideia de pertencimento a um local; Exercício prático de fotografia.

Planos de desenvolvimento bimestrais

MÚSICA

CONTEÚDOS DA LINGUAGEM

Música

1º bimestre

Capítulo 1

Ampliação de repertório musical: nacional, internacional e música contemporânea. Relações entre música e meio ambiente: composições inspiradas em aspectos do meio ambiente; composições que envolvem sons ambientais; trânsito de repertórios e culturas musicais por diferentes regiões do país e do mundo. Conceituação de acústica. Ampliação de conhecimentos sobre história da música popular brasileira. Interação da música com outras linguagens artísticas. Processo de criação de um diário de bordo e de um acervo digital.

2º bimestre

Capítulo 3

Relações entre música e meio ambiente: instalação sonora acionada por elementos naturais e artificiais; criação e construção de instrumentos musicais (apreciação de conteúdo e exercício de experimentação). Aspectos históricos sobre construção de instrumentos na antiguidade e atualmente. Representação de elementos ambientais em composição instrumental e em letra de canção; gênero musical baião. Exercícios de representação sonoro-musical de elementos ambientais. Cantos indígenas (Maxakali). Referências sobre Etnomusicologia (ciência).
Conceito indígena de“povos-espíritos”. Conceituação de elementos da música: melodia e harmonia. Conceituação de propriedades do som: timbre e densidade. Conceituação de
pizzicato (uma técnica usada para tocar instrumentos de corda) e de paisagem sonora. Ampliação de repertório de música brasileira e estrangeira.

3º bimestre

Capítulo 4

Relações entre música e meio ambiente: instalações sonoras acionadas por elementos naturais e artificiais em interação. Ampliação de repertório musical: música contemporânea. Biografia de um músico contemporâneo. Criação e construção de instrumentos musicais. Criação de intervenção artística. Interação entre Música e Artes visuais.

4º bimestre

Capítulo 8

Interação da música com outras linguagens artísticas. Apresentação da linguagem audiovisual. Música no cinema: ruídos/sons; diálogos; músicas. Papel do músico ou da musicista na produção cinematográfica. Conceituação de trilha sonora. Exercício de escuta de trilhas sonoras alteradas.

DANÇA

CONTEÚDOS DA LINGUAGEM

Dança

1º bimestre

Capítulo 1

Apresentação e reflexão sobre lugares não convencionais de realização de espetáculos de artes cênicas. Apresenta-se uma possibilidade de criar dança relacionando os elementos arquitetônicos aos elementos da linguagem na ocupação de um lugar não convencional por meio de uma obra de Lia Robatto. Apresentação dos conceitos: coreografia, espaço cênico, estudo do corpo na relação com o lugar, e o espaço que ocupa. Processo de criação de um diário de bordo e de um acervo digital.

2º bimestre

Capítulo 5 (parte 1)

Ampliação do repertório para apreciação de obras de dança. Apresentação de diversas maneiras de criar dança e de se relacionar com o lugar onde os espetáculos vão acontecer. Conceitos introduzidos: coreografia, espaço, dimensões espaciais e trajetórias. Podem-se visualizar as transformações pelas quais passaram as ideias do que é uma coreografia e de onde é que se pode dançar desde que o balé foi inventado por meio das obras apresentadas neste capítulo. Apresenta-se a composição mais costumeira, com os dançarinos no palco italiano fazendo movimentos e utilizando sapatilhas e chegando à videodança, um modo de compor cuja obra final relaciona elementos do vídeo e da dança culminando em uma obra híbrida.

3º bimestre

Capítulo 5 (parte 2)

Aprofundamento nas obras de Merce Cunningham, coreógrafo que pesquisa dispositivos tecnológicos que determinam o movimento dos seus bailarinos, criando novas respostas motoras e novas interações com o corpo e o lugar onde se dança. Apresentação de obras que problematizam o que o senso comum acredita que seja dança. Todas as obras vão apresentar modos diversos de estabelecer relações com o lugar que os dançarinos ocupam e para onde as peças foram criadas. Propostas práticas: podem ser realizadas após a apreciação das obras ou intercalando apreciação e prática. O conjunto de propostas leva à criação de um exercício coreográfico cujo tema é a interação com o lugar: sejam as características arquitetônicas e/ou sonoras, sejam as relações entre as pessoas que habitam esse lugar, sejam as relações entre os estudantes (intérpretes-criadores) do exercício coreográfico com as dimensões do espaço que ocupam.

4º bimestre

Capítulo 7

Proposta de Artes integradas entre teatro e dança por meio do estudo do conceito de dança-teatro. Ampliação de repertório para apreciação de obras de dança. Aprofundamento da relação entre corpo e espaço. Conteúdos de dança desenvolvidos: percepção do equilíbrio e desequilíbrio corporal, percepção do espaço, dramaturgia nas linguagens da dança e do teatro. Foco nas obras da artista alemã Pina Bausch. Exercício de criação de dramaturgias corporal e espacial.

Planos de desenvolvimento bimestrais

TEATRO

CONTEÚDOS DA LINGUAGEM

Teatro

1º bimestre

Capítulo 1

Identificação da presença da linguagem do Teatro no cotidiano do estudante; Reflexões sobre a relação entre teatro e imaginação; Ampliação do repertório em relação a artistas e obras.

2º bimestre

Capítulo 5

Identificação da presença da linguagem no cotidiano do estudante; Ampliação do repertório em relação a artistas e obras; Estabelecimento da diferença entre brincadeira e jogo de regra; Experimentações criativas coletivas a partir da linguagem; Estudo teórico e prático do conceito de teatro de animação; Práticas de criação de narrativas improvisadas; Reconhecimento de elementos que configuram o patrimônio artístico nacional; Apresentação do conceito de jogos teatrais.

3º bimestre

Capítulo 7

Ampliação de repertório visual em arte contemporânea nacional e internacional; Relações entre elementos do teatro e vida; Integração entre Artes visuais e Teatro; Aprofundamento nas obras de Hélio Oiticica e Flávio de Carvalho; Conceito de performance; Exercícios práticos de performance e registro.

4º bimestre

Capítulo 8

Conexões entre as artes da cena e a juventude; Apresentação da linguagem circense; Criação coletiva de números circenses; Convite à criação de trabalhos artísticos integrados.

Plano trimestral

ARTES VISUAIS

DANÇA

MÚSICA

TEATRO

1º trimestre

Capítulo 1 e Capítulo 2 (até a p. 32)

Capítulo 1 e Capítulo 5 (parte 1 - até a p. 81)

Capítulo 1 e Capítulo 3 (até p. 46 - Para experimentar)

Capítulo 1 e Capítulo 6 – (parte 1 – a partir da p. 94)

2º trimestre

Capítulo 2 (a partir da p. 33) e Capítulo 4 (até a p. 61))

Capítulo 5 (parte 2 - a partir da p. 82)

Capítulo 3 (a partir da p. 47 - Foco na História)

Capítulo 6 – (parte 2 – a partir da p. 105)

3º trimestre

Capítulo 4 (a partir da p. 62) e Capítulo 8

Capítulo 7

Capítulo 4 e Capítulo 8

Capítulo 7

Plano semestral

ARTES VISUAIS

DANÇA

MÚSICA

TEATRO

1º semestre

Capítulo 1 e Capítulo 2

Capítulo 1 e Capítulo 5 (parte 1 - até a p. 81)

Capítulo 1 e Capítulo 3 (até a p. 54)

Capítulo 1 e Capítulo 6 - (parte 1 – a partir da p. 94 até 104)

2º semestre

Capítulo 4 e Capítulo 8

Capítulo 5 (parte 2 - a partir da p. 82 até o final) e Capítulo 7

Cap. 3 (a partir da p. 55), Capítulo 4 e Capítulo 8

Capítulo 6 - (parte 2 – a partir da p. 105) e Capítulo 7


sete – AVALIAÇÃO

A coleção incorpora uma concepção de avaliações diagnóstica, processual e formativa que tem em vista as características do próprio campo de conhecimento, o qual compreende a progressão das aprendizagens não “de fórma linear, rígida ou cumulativa com relação a cada linguagem ou objeto de conhecimento, mas propõe um movimento no qual cada nova experiência se relaciona com as anteriores e as posteriores na aprendizagem de Arte” (BRASIL, 2018, página 197). A estrutura e o desenvolvimento de cada capítulo inclui estratégias de avaliação para o estudante e para o professor.

Na Abertura de cada capítulo, o estudante é estimulado a refletir sobre o que já conhece do assunto apresentado com base na leitura de imagens e nas perguntas. Neste momento, o professor tem condições de realizar uma avaliação diagnóstica com sua turma para adequar a exploração das sequências de conhecimentos e atividades propostas.

Ao final de todas as seções dos capítulos, o estudante encontra questões que o estimulam a rever o que foi aprendido, a refletir sobre o modo como aprendeu e a trocar suas experiências de aprendizagem com o grupo. São exercícios de autoavaliação processual que se configuram como formativa. As trocas de experiências entre colegas sugeridas nesses momentos são exercícios de elaboração, argumentação e síntese e também contribuem para o exercício da escuta, do respeito às diferenças e da sociabilidade de um modo geral. Para o professor, torna-se um importante momento de avaliação processual do grupo e de cada estudante em particular, no qual é possível verificar o andamento dos processos de aprendizagem, estimulando também as práticas de trocas de experiências e o convívio democrático.

A seção que fecha os capítulos, Organizando as ideias, foi pensada para funcionar como um momento de avaliação final, em que os estudantes refletem sobre todas as experiências de aprendizagem vivenciadas ao longo do percurso. É um momento importante para retomar e pontuar questões, avaliando com a turma os resultados das experiências. O que mais importa no contexto do componente curricular Arte é identificar e mapear o modo como eles exercitam o pensamento artístico e relacionam esses conhecimentos com os seus conhecimentos prévios e de outros campos.

Como instrumento de avaliação também processual e formativa, propomos a adoção de um Diário de bordo que acompanhe o estudante ao longo do ano escolar. Seu uso é pessoal e tem a função de atuar como um suporte para registrar os processos de pesquisa e anotar descobertas e novos interesses. Pode ser compartilhado com os colegas e com o professor quando necessário, e seu uso deve ser estimulado para dar sentido à sua função de instrumento de autoavaliação.

Lembramos ainda ao professor a importância da escuta das falas, dos gestos, dos sons e de todas as fórmas de expressão dos estudantes, pois essa atenção no campo da Arte é fundamental.

Ícone composto pela ilustração de duas setas curvadas. Uma em cima, para a esquerda; uma embaixo, para a direita.

  Avaliação diagnóstica – 7º ano

Este volume tem como eixo organizador o espaço e as paisagens onde as artes acontecem e a respectiva questão orientadora: Como as artes leem, representam e interagem com as paisagens?

Nossa proposta é no sentido de que o movimento dos estudantes na investigação sobre as artes se amplie para além do entorno pessoal em direção ao ambiente natural, social e cultural. Trata-se de uma importante transição de perspectiva que acompanha o próprio desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos jovens adolescentes.

Para o livro do 7º ano, partimos do pressuposto de que os estudantes já reconhecem os elementos básicos das quatro linguagens, tratadas no volume do 6º ano. Portanto, uma avaliação diagnóstica pode ser iniciada com uma conversa sobre as distintas linguagens – Artes visuais, Dança, Música e Teatro – e os possíveis diálogos entre elas – as Artes integradas, retomando, inclusive, as práticas de criação individuais e coletivas que mais impactaram a turma no ano anterior e oferecendo subsídios sobre as preferências e habilidades mais desenvolvidas.

A seguir, são apontadas algumas considerações para a organização de avaliações diagnósticas tendo como base quatro linguagens.

Neste segundo volume da coleção, a linguagem Artes visuais está presente nos capítulos 1 e 8 com as demais linguagens do componente Arte; no capítulo 4, integra-se à linguagem da Música e é aprofundada no capítulo 2. Considerando-se que o tema geral do livro é a presença e o poder transformador da Arte nos cenários da vida – seja ele natural ou não –, é pertinente que a avaliação diagnóstica investigue se o estudante tem a capacidade de perceber a arte em seu entorno. Você pode solicitar ao estudante que registre, por intermédio da oralidade ou da escrita, os locais onde ele visualiza a arte em contextos não institucionais, isto é, fóra de museus, galerias ou centros culturais. Mais do que apontar caminhos, essa reflexão pode ser entendida como um estímulo para o olhar, para que o estudante busque tomar consciência do ambiente onde vive e entender de quais elementos artísticos se constitui. Esse olhar sensível para as artes visuais norteará os capítulos 1 e 4, especialmente nos trabalhos que se relacionam com a natureza. No capítulo 2, cujo foco é a paisagem, a avaliação diagnóstica deve identificar com quais conhecimentos ligados ao universo da arquitetura o estudante já teve contato e como ele compreende a formação e organização de sua cidade e de seu bairro. Neste capítulo, o processo de leitura crítica de imagens, já trabalhado no livro do 6º ano, contemplará também aspectos técnicos de composição. É importante cultivar nos estudantes uma postura investigativa e curiosa diante das imagens, e será possível avaliar essa postura já nas primeiras leituras de imagens sugeridas no livro. Caso note insegurança ou resistência na participação de alguns estudantes, avalie sua própria condução do exercício de mediação, refletindo sobre como a abordagem pode ser melhorada para assegurar um ambiente acolhedor em que todas e todos tenham voz. Diversas atividades práticas do capítulo 2 concentram-se na técnica do desenho, algo que costuma ser corriqueiro na primeira infância, mas que, muitas vezes, vai sendo pouco estimulado à medida que as crianças ingressam no Ensino Fundamental. Por isso, proponha uma avaliação diagnóstica que possa revelar como o estudante se relaciona com o desenho hoje e como se relacionava quando era criança, partindo do seguinte questionamento: ele se sente seguro em desenhar? Gosta de se expressar por meio dessa técnica? Como foi a história dele com o desenho? Como os desenhos estavam presentes em sua infância? A avaliação pode ser feita em um relato escrito ou no formato de um dossiê, em que o estudante soma a esse material a apresentação de seus desenhos anteriormente produzidos. Desse modo, você terá condições de avaliar como conduzir as propostas do livro, podendo fazer uso desses relatos de experiências sempre que possível.

A abordagem da linguagem musical – desenvolvida especialmente no capítulo 3, mas também nos capítulos 1, 4 e 8 – está alinhada à pergunta geral deste segundo volume da coleção, colocando em evidência possibilidades de interação da Música com diferentes paisagens, seja pela representação, seja pela leitura e significação de elementos das quais são compostas, seja pela interação ou intervenção nos lugares onde a música acontece, seja pela exploração sonora e criação musical a partir de elementos materiais. Nessa direção, destacam-se as propriedades sonoras timbre e densidade; o conceito de acústica, de paisagem sonora e ecologia acústica (Schafer,1991); as diferentes formas de produção musical: instalação sonora, criação de instrumentos musicais, composição musical inspirada em paisagens, música indígena, som e música no cinema. Essa variedade de exemplos remete a diferentes instrumentos, recursos e estilos musicais e, consequentemente, à diversidade de indivíduos, ambientes, grupos sociais e culturas. A relação com a linguagem musical amplia-se também com base na apresentação das noções de melodia e harmonia e no exercício de criação de um instrumento musical. Dando continuidade a investigações iniciadas no volume anterior acerca das músicas presentes na vida de cada estudante, uma avaliação diagnóstica pode agora voltar-se aos lugares e materialidades relacionados a essas músicas: que instrumentos estão sendo tocados? De que regiões do país ou do mundo são essas músicas que os estudantes trazem como referência? Essas músicas retratam algum aspecto das paisagens desses lugares? Como é a cultura desses lugares? Que sonoridades – naturais e artificiais – estão presentes? De que maneira cada estudante está ou não atento a esses elementos relacionados a cada obra ou repertório musical? Eles tocam algum instrumento musical? Essa investigação pode ser feita em rodas de conversa com toda a turma; em um questionário diagnóstico; no compartilhamento de fotografias referentes a lugares onde cada um já viveu ou em práticas musicais vivenciadas. Esse tipo de investigação pode ser feito também com base em cada novo conceito, antes de apresentá-lo. Com base nessa avaliação diagnóstica você poderá identificar experiências e conhecimentos prévios dos estudantes relacionados com os diferentes assuntos abordados no livro, o que pode apontar caminhos para aproximações com novos conceitos apresentados ou práticas sugeridas.

Neste volume, a linguagem da Dança está presente nos capítulos 1 e 8, integrada às demais linguagens do componente Arte, une-se à linguagem de Teatro no capítulo 7 e é trabalhada mais profundamente no capítulo 5. Ao longo de todo este volume, vamos nos debruçar sobre a dedicação dos bailarinos/dançarinos voltada para o lugar onde dançam e como as características físicas desse lugar vão fazer parte da criação artística. Será importante perceber como essas características de onde se dança vão interferir nos aspectos de pesquisa de movimento e de organização do corpo da pessoa que dança. Também serão apresentadas neste livro as relações da dança com dispositivos tecnológicos. Para isso, nesta avaliação diagnóstica, sugerimos que se evidencie se o estudante tem a capacidade de perceber as características do lugar que habita e percorre no cotidiano. Você pode propor ao estudante a criação de um mapa do caminho de casa para a escola, ou que ele descreva esse caminho. Podem ser sugeridas outras propostas, como a confecção de um mapa sensorial incluindo as cores ou as situações que ele observa ao longo do trajeto, ou ainda os sons e os movimentos que ele percebe nesse caminho de casa para a escola. Com essa avaliação diagnóstica buscamos identificar no estudante a habilidade de atenção para os lugares que habita e percorre, ao mesmo tempo que procuramos despertar essa habilidade, que talvez não tenha sido solicitada anteriormente. Todas as propostas organizadas para a linguagem da dança em todos os capítulos do livro visam à criação do movimento relacionada com um aspecto do lugar, para que sejam mais evidentes as direções na frente, atrás, do lado direito, do lado esquerdo, em cima, embaixo, envolvendo direções mais complexas como a percepção do movimento dos carros (pelos sons que produzem), do movimento do vento, incluindo os desenhos e as formas arquitetônicas dos lugares onde vivem ou frequentam no dia a dia. Nessa avaliação diagnóstica será necessário identificar os interesses dos estudantes pelos temas abordados, uma vez que cada um terá a oportunidade de se aprofundar naquilo que deseja, e também estar atento àqueles que têm dificuldade com a linguagem da dança propriamente dita, criando momentos de acolhimento para que todos se sintam confortáveis para experimentar novas propostas de composição, individuais e em grupo, a fim de aprofundar a linguagem da dança.

Sugerimos também propostas práticas, realizadas com todos os estudantes juntos, com movimentos coreográficos simples que anunciem a necessidade de estabelecer relação entre as pessoas e o lugar. Por exemplo, uma caminhada para a formação de figuras geométricas (círculo, quadrado) ou letras, como I e H. Uma outra possibilidade é se mover segundo a escuta dos sons do ambiente. Estes são exemplos de onde você poderá partir para identificar e ajudar a promover as habilidades desenvolvidas ao longo do livro do 7º ano na linguagem da Dança.

Em relação à linguagem teatral, trabalhada com maior profundidade nos capítulos 1, 6, 7 e 8 deste volume, a avaliação diagnóstica deve verificar se o estudante identificou e reconheceu, ao longo do ano anterior, alguns elementos que configuram essa linguagem, tais como: jogo, imaginação e criação coletiva. O Teatro, neste volume, é apresentado a partir da sua fundamental relação com os espaços. Nessa direção, o estudante é convidado a reconhecer a ideia de espaço cênico por meio da apresentação de diversos artistas e obras que configuram o espaço de maneiras diversas em suas criações. Assim, o estudante poderá ampliar sua visão do teatro como uma arte que pode acontecer tanto em espaços tradicionais quanto nas ruas, em intervenções urbanas, no campo ê tê cê ponto O trabalho de avaliação diagnóstica para que o estudante inicie o aprendizado no capítulo 6 pode ser introduzido com a seguinte questão: você já teve a experiência de assistir a algum espetáculo teatral em um espaço tradicional? E em um espaço não convencional? Caso ele não tenha tido essa experiência com o teatro profissional, encaminhe de fórma que ele possa relembrar as aulas de Arte e refletir sobre a influência do espaço na criação, tanto o espaço do público que assiste como o dos atores ocupando a cena. Como serão exploradas as relações entre os artistas e o espaço urbano, será possível também instigar o estudante a refletir sobre como a arte está presente nas paisagens de seu cotidiano e em sua cidade, tal como foi explorado ao longo dos capítulos anteriores da coleção. O processo de criação do capítulo 6 apresenta uma atividade de montagem cênica que tem como base uma dramaturgia. O trabalho de avaliação diagnóstica pode checar se a turma conhece esse modo de estruturação de texto dialógico, usando rubricas e suprimindo, muitas vezes, as vozes de um narrador. Caso o estudante demonstre dificuldade em compreender a estrutura desse tipo de texto, é importante pedir o auxílio do professor de Língua Portuguesa para expandir, em suas aulas, as formas e singularidades desse modo de escrita que configura a dramaturgia.

E, para finalizar, é importante enfatizar novamente que o primeiro capítulo deste livro do 7º ano foi pensado justamente para facilitar uma avaliação diagnóstica do professor no início do ano letivo, ao mesmo tempo que convida os estudantes a perceber a presença das quatro linguagens no entorno natural e cultural.

Bom trabalho!

oito – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS

ADELSIN. Barangandão arco-íris: 36 brinquedos inventados por meninos. Belo Horizonte: Adelsin, 1997.

Esse livro é o resultado de dez anos de viagem do autor pelo interior de Minas Gerais e da Bahia. Nele, há relatos de viagem e passo a passos para construir brinquedos que fazem parte da cultura da infância das crianças mineiras e baianas.

Acôsqui, Judith. Cotidiáfonos: instrumentos sonoros realizados com objetos do cotidiano. Buenos Aires: Ricordi, 1988.

Livro elaborado com base na experiência da autora com o ensino de música voltado a crianças pequenas por meio de instrumentos que podem ser produzidos facilmente com objetos cotidianos, provenientes de fontes de fácil acesso e que exigem ações simples para gerar o som.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Nessa obra, o historiador e teórico da arte Giulio Argan apresenta a história da arte moderna e expõe sua pesquisa sobre as relações entre a arte e os processos históricos.

BARBOSA, Ana Amália T. B. O ensino de Artes e de Inglês. São Paulo: Cortez, 2007.

Nessa obra, a arte-educadora Ana Amália Barbosa aborda maneiras de ensinar a língua inglesa para crianças por meio de propostas artísticas criativas e pedagógicas.

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da Arte: anos 1980 e novos tempos. sétima edição São Paulo: Perspectiva, 2009.

Obra que apresenta o estudo de Arte nas escolas contextualizado com questões econômicas, sociais e políticas em um contraponto à abordagem focada exclusivamente nas questões estéticas.

BARBOSA, Ana Mae (organizador). Inquietações e mudanças no ensino de arte. São Paulo: Cortez, 2002.

Obra composta de textos escritos por vários nomes de referência na pesquisa sobre o ensino de arte no Brasil. Dentre os temas abordados, destacamos a interculturalidade, a interdisciplinaridade, a multiculturalidade, a educação do olhar e a emergência do contexto digital no ensino da Arte.

BARBOSA, Ana Mae; CUNHA, Fernanda Pereira da (organizador). A abordagem triangular no ensino das artes e culturas visuais. São Paulo: Cortez, 2010.

Coletânea de textos que tratam de teorias, discussões e experiências relacionadas à abordagem triangular, baseada nas ações de contextualizar, apreciar e praticar.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

Nesse livro, o diretor de teatro e dramaturgo brasileiro Augusto Boal apresenta um série de exercícios, jogos e técnicas teatrais fundamentados nos pressupostos de que todos são atores e de que o teatro pode ser praticado em diversos lugares e contextos.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei êneº 8ponto069, de 13 de julho de 1990. São Paulo: Fisco e Contribuinte, [1990].

Marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil.

BRASIL. Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, dê éfe: MEC: cê êne Ê, 2018. Disponível em: https://oeds.link/yYyrSx. Acesso em: 31 2022.

Documento que norteia os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do sistema e das redes de ensino público, bem como as propostas pedagógicas das escolas públicas e privadas do Brasil.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília, dê éfe: MEC/ésse ê bê/, 2013. Disponível em: https://oeds.link/giu1oc. Acesso em: 24 . 2022.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (dê cê êne) são normas obrigatórias que orientam o planejamento curricular e as propostas pedagógicas das escolas e dos sistemas de ensino. São, assim como a Base Nacional Comum Curricular (Bê êne cê cê), documentos orientadores, obrigatórios e complementares, uma vez que estruturam o trabalho docente que será detalhado na Bê êne cê cê.

BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na Bê êne cê cê: propostas de práticas de implementação. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2019.

Com esse documento, busca-se preparar o estudante para compreender temas importantes para sua vida em sociedade, indo além das quatro paredes da escola.

BRITO, Teca Alencar de. Educação musical: território para a produção infantil. AvisaLa, 18 maio 2012. Disponível em: https://oeds.link/31TwZe. Acesso em: 14 2022.

Artigo que aborda a educação musical das crianças e sua integração com o ambiente e a cultura como uma possibilidade para a criação musical.

CASTRO, E. Viveiros de. A Floresta de Cristal: notas sobre a ontologia dos espíritos amazônicos. Cadernos de Campo, 14/15, São Paulo, 2006, página 11.

Nesse artigo, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro reflete sobre a cosmologia e o xamanismo na Amazônia com base nos relatos do líder yanomami Davi Copênaua sobre os xapiripë, espíritos ancestrais que interagem com os xamãs de seu povo.

DEL NERO, Cyro. Cenografia: uma breve visita. São Paulo: Claridade, 2010.

Obra que apresenta um panorama histórico da cenografia e sua presença nas produções teatrais e no cotidiano, bem como as funções dos elementos do teatro e o uso de objetos e adereços em espetáculos circenses.

ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. Disponível em: https://oeds.link/1etGr0. Acesso em: 14 2022.

Enciclopédia que surgiu em 1768 e atualmente tem uma versão digital em que é possível encontrar informações sobre temas diversos, como Entretenimento e cultura pop, Geografia e viagens, Saúde e Medicina, Estilo de vida e questões sociais, Literatura e Filosofia e religiões.

FLORIANO, Cesar. Roberto Burle Marx: jardins do Brasil, a sua mais pura tradução. Esboços, Santa Catarina, volume 13, êne ponto 15, página 11-24, 2007. Disponível em: https://oeds.link/r781oP. Acesso em: 9 maio 2022.

Artigo sobre a produção artística de Roberto Burle Marx, artista reconhecido internacionalmente cujas obras estão voltadas para os campos do paisagismo e da pintura e expressam as cores, a flora, as paisagens e os aspectos da cultura brasileira.

FONTERRADA, Marisa T. O. Música e o meio ambiente: a ecologia sonora. São Paulo: Irmãos Vitale, 2004.

Nesse livro, a autora aborda aspectos musicais do meio ambiente e temas como som e silêncio, sons do corpo, sons dos seres e fenômenos, características dos sons, sons de ontem e de agora, sons imaginados e criação e brincadeiras com os sons.

FRANÇA, Cecilia Cavalieri. Sopa de letrinhas: notações analógicas (des)construindo a fórma musical. Música na Educação Básica, Porto Alegre, volume 2, êne ponto 2, 2010.

Artigo sobre a notação musical analógica, um recurso que facilita a criação, a performance, a escuta, a análise e a compreensão musical, integrada ao processo de letramento. Nele, a autora apresenta propostas didáticas que podem ser desenvolvidas com estudantes entre seis e dez anos de idade.

Gâmbritch, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: éle tê cê, 2012.

Esse é um dos livros mais conceituados já publicados sobre arte e abrange desde as mais antigas pinturas rupestres à arte experimental contemporânea, apresentando, de fórma contínua e fluida, períodos, estilos e obras que fazem parte da história da arte.

RRAUARD, Pamela. O que é cenografia? São Paulo: Edições Sesc-ésse pê, 2017.

Nessa obra, a cenógrafa e teórica Pamela RRAUARD apresenta a definição de cenografia como a dramatização do espaço e, por meio de textos e ilustrações, discorre sobre os elementos que fazem parte da cenografia e do teatro.

LABAN, rúdolf. Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990.

rúdolf Laban foi dançarino, coreógrafo, teatrólogo, musicólogo e intérprete. Nessa obra, ele apresenta a dança educativa, uma proposta de dança criativa e de movimento expressivo nas escolas, pautada na educação pelo movimento.

Loné, Isabelle. A elaboração da memória na dança contemporânea e arte da citação. Dança: Revista do Programa de pós-graduação em Dança, Salvador, volume 2, número 1, pê ponto 88-100, 2013. Disponível em: https://oeds.link/HzSWl6. Acesso em: 31 2022.

O artigo parte da indagação sobre o tempo de vida de um gesto na dança e questiona a perspectiva vigente de que a história da dança transcorre por meio da transmissão, enfatizando a importância do esquecimento nos processos da memória e apresentando uma concepção da história que extrapola a linearidade temporal.

trinta e dois

lúp, Laurence. Poéticas da dança contemporânea. Lisboa: Orfeu Negro, 2012.

lórêns loup é antropóloga da dança e apresenta, nesse livro, reflexões teóricas sobre a origem da dança contemporânea, bem como suas especificidades e seus fundamentos.

MARIZ, Vasco. Heitor Villa-Lobos. 12. edição Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2005.

Livro dedicado à produção artística e à vida do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos e que apresenta óperas e obras sinfônicas pouco conhecidas, como e O papagaio e o moleque.

, Fayga Perla. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

Nesse livro, a autora, por meio de uma linguagem simples, faz análises de obras de arte e apresenta evidências das diversas influências dos artistas em seus trabalhos, bem como apresenta obras produzidas desde a Pré-História até a atualidade.

PARSONS, máikol. Curriculum, arte e cognição integrados. In: BARBOSA, Ana Mae (organizador). Arte-Educação contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo: Cortez, 2005.

Nesse artigo, máikol Parsons, professor do Departamento de Arte-Educação da Universidade de orráio, aborda questões teóricas e práticas relacionadas à articução entre o currículo, a arte e os processos cognitivos.

RENGEL, Lenira. Ler a dança com todos os sentidos. Cultura e Currículo, Governo do Estado de São Paulo. 2008. Disponível em: https://oeds.link/XEuZR1. Acesso em: 31 janeiro 2022.

Obra que apresenta propostas de trabalho em sala de aula, bem como discorre sobre a importância do papel da dança no contexto escolar como uma experiência corporal abrangente, com foco na criação, na análise e na fruição artística.

SANTA ROSA, Nereide S.; BONITO, Angelo. Villa-Lobos. São Paulo: Callis, 2010. (Coleção Crianças Famosas).

Livro que relata a infância de Heitor Villa-Lobos e a presença da música como expressão de suas experiências e seus sentimentos.

xáfer, R. mãrrei. A afinação do mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. Tradução de Marisa T. O. Fonterrada. São Paulo: Editora Unésp, 1997.

Nessa obra, o educador musical, compositor e ambientalista canadense R. Múri Chêifer explora o conceito de paisagem sonora, elaborando perspectivas de como ela era no passado, analisando criticamente como ela é hoje e criando conjecturas de como ela será no futuro.

SERRONI, José Carlos. Cenografia brasileira: notas de um cenógrafo. São Paulo: Edições Sésqui-ésse pê, 2015.

Por meio de textos e imagens, esse livro apresenta um panorama da cenografia brasileira atual, de seu início até os dias atuais, a cenografia para exposições, festivais e centros de pesquisa e os cenógrafos brasileiros mais importantes.

STAAL, Ana Helena Camargo de (organizador); CORRÊA, Zé Celso Martinez. Primeiro ato: cadernos, depoimentos, entrevistas (1958-1974). São Paulo: Editora 34, 1998.

Coletânea de relatos pessoais, cartas e artigos do dramaturgo, ator e diretor teatral José Celso Martinez Corrêa desde a fundação do teatro Oficina até o período de seu exílio na Europa e na África.

WONG, Wucius. Princípios de fórma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Livro sobre os princípios do desenho que se apresenta como um manual dos fundamentos práticos do desenho.