Alpinistas e as altas montanhas

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[Locutor(a)]

Alpinistas e as altas montanhas

[Locutor(a)]

Olá, estudante.

Você já deve ter ouvido falar que é difícil praticar esportes em locais de altitude elevada. Por exemplo, sempre que um time de futebol brasileiro vai jogar uma partida em uma cidade de altitude elevada, como La Paz, na Bolívia, ou Quito, no Equador, os atletas têm de passar por um período de preparação física especial. O mesmo acontece com os alpinistas quando vão escalar altas montanhas. O ar nas altitudes elevadas é mais rarefeito. Isso quer dizer que ele tem menor concentração de gases, como o gás oxigênio, utilizado em nossa respiração. Isso dificulta a nossa respiração e, consequentemente, influencia todas as atividades do nosso corpo.

[Locutor(a)]

Mas o que faz com que o ar seja mais rarefeito em locais de altitudes mais elevadas?

A gravidade age como uma força que atrai os corpos para a superfície terrestre, inclusive o ar. Conforme a altitude aumenta, há menor atração, e as moléculas ficam mais distantes umas das outras, tornando o ar mais rarefeito.

Quanto mais próximo do nível do mar, mais moléculas de ar há sobre os corpos, e, dessa forma, maior é a pressão que o ar exerce sobre eles.

[Locutor(a)]

O alpinismo é, sem dúvida, um esporte que demanda esforço físico bastante intenso, principalmente quando os atletas enfrentam lugares de altas altitudes, onde a pressão atmosférica é mais baixa. O corpo deles precisa de muita energia, ao mesmo tempo que o ar, rarefeito, oferece pouco oxigênio.

Como então os alpinistas se preparam para esse desafio?

[Locutor(a)]

Em primeiro lugar, eles devem realizar exercícios cardiovasculares por pelo menos três meses antes de uma prova. São exercícios que aumentam a oferta de oxigênio para os músculos. As atividades cardiovasculares mais comuns são a corrida, a natação e o ciclismo. Esse tipo de treino contribui para aumentar a resistência dos músculos em condições de altas altitudes e que exigem esforço prolongado.

[Locutor(a)]

Além disso, é importante que o alpinista visite o local da escalada com alguns dias de antecedência. Dessa forma, seu organismo terá mais tempo de se adaptar às condições de baixa pressão atmosférica. Também é comum que alpinistas tenham cilindros de oxigênio entre seus materiais de escalada.

[Locutor(a)]

Em altitudes elevadas, é comum sentir menos apetite e, consequentemente, perder peso. Então é preciso que haja disciplina para garantir a ingestão dos nutrientes necessários, inclusive de carboidratos, pois o consumo de energia é grande.

A hidratação também é muito importante, pois o ar nesses locais é mais seco.

[Locutor(a)]

O Brasil tem muitos alpinistas que já atingiram feitos impressionantes.

[Locutor(a)]

Em 1995, o paranaense Waldemar Niclevicz tornou-se o primeiro brasileiro a chegar ao topo do monte Everest, no Nepal, o lugar mais alto do mundo, com 8.849 metros. Em 1997, ele também foi o primeiro do país a concluir o projeto Sete Cumes, que inclui a escalada das montanhas mais altas de cada continente.

[Locutor(a)]

Em 2013, a médica e atleta paulista Karina Oliani foi a mais jovem brasileira a escalar o Everest. Alguns anos depois, em 2019, ela também se tornou a primeira brasileira a escalar os 8.611 metros da K2, considerada uma das montanhas mais perigosas do mundo, situada na fronteira entre a China e o Paquistão.

[Locutor(a)]

Já o engenheiro e atleta paulista Rodrigo Ranieri foi o primeiro brasileiro a escalar a Face Sul do Aconcágua, uma das escaladas mais difíceis do mundo, chegando a 6.961 metros de altitude, além de ser o único brasileiro a guiar expedições aos Sete Cumes.

[Locutor(a)]

Para realizar suas atividades como alpinistas, Waldemar, Karina e Rodrigo passam por extensos programas de preparação. Eles também contam com a ajuda de profissionais de diversas áreas, para que tenham o máximo de segurança no enfrentamento de seus desafios.

Espero que você tenha gostado. Até a próxima!

[Locutor(a)]

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