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Transcrição do áudio para acessibilidade
[Locutor(a)]
Cyberbullying
[Miguel]
Oi, Ana, tudo bem?
[Ana]
Tudo bem, Miguel. Vamos falar sobre as pesquisas que fizemos para o trabalho a respeito de cyberbullying?
[Miguel]
Sim, vamos! Logo que comecei a procurar dados sobre o assunto, percebi que ele tem sido muito discutido.
[Ana]
Eu consegui reunir algumas informações bem interessantes sobre esse tema.
[Miguel]
Antes de definirmos o que é cyberbullying, o que você acha de explicarmos primeiro o que é bullying?
[Ana]
Pensei a mesma coisa, Miguel!
[Ana]
A palavra bullying vem do termo em inglês bully, que quer dizer “valentão” ou “valentona”. O bullying é uma forma de agressão física, verbal ou psicológica direcionada a uma pessoa ou a um grupo de pessoas e que, em geral, acontece repetidamente. Essa agressão pode estar relacionada à aparência, ao comportamento, ao gênero ou até mesmo a cidades ou países de origem. É um tipo de violência intimidatória, que causa bastante sofrimento à vítima, mas que, infelizmente, ainda é bastante praticada, muitas vezes no próprio ambiente da escola.
[Miguel]
E o cyberbullying, Ana, como se diferencia do bullying?
[Ana]
O cyberbullying é a transferência do bullying que acontece no ambiente físico para ambientes virtuais, como o da internet, principalmente as redes sociais e os aplicativos de mensagens.
[Miguel]
E quais são as ações praticadas no cyberbullying?
[Ana]
Elas vão desde xingamentos e a divulgação de boatos até a publicação de fotos e montagens, tudo com o intuito de humilhar a vítima. Essas montagens podem conter críticas à aparência física ou ao comportamento de alguém.
[Miguel]
Eu li que em alguns casos os agressores usam perfis falsos, para se esconder e não ter de encarar as vítimas. Com isso, eles também tentam fugir de possíveis acusações.
[Ana]
Sim, e dessa forma continuam a se sentir livres para agredir. Por outro lado, como fica a situação das vítimas?
[Miguel]
O efeito do cyberbullying sobre as vítimas é muito sério. Muitas pessoas agredidas ficam com medo e se sentem envergonhadas, humilhadas. Elas também podem ter dificuldade de conversar sobre a agressão por se sentirem, de certa forma, culpadas pelo que estão passando. Acabam ficando muito tristes, isoladas, com a autoestima baixa. Esses efeitos podem durar um longo tempo e causar prejuízos em vários aspectos da vida, algo que pode se refletir tanto no desempenho escolar como no profissional.
[Ana]
Durante a puberdade, as mudanças físicas, hormonais e comportamentais podem deixar os adolescentes mais suscetíveis emocionalmente a esse tipo de agressão. Além disso, na puberdade eles costumam passar muito tempo na internet, o que abre mais oportunidades para que isso aconteça.
[Miguel]
E como uma criança, um adolescente ou mesmo um jovem que sofre cyberbullying pode procurar ajuda?
[Ana]
Essa é uma questão difícil porque, como a gente já viu aqui, muitas vezes a vítima de cyberbullying sente medo, sente vergonha, e não quer falar sobre o problema. Mas o que se recomenda é que ela converse com a mãe, o pai, um professor ou outro adulto de confiança que possa ajudar. As próprias redes sociais têm ferramentas de denúncia, mas, independentemente disso, é fundamental buscar ajuda e aconselhamento de um adulto.
[Miguel]
Sem dúvida, conversar sobre o problema é muito importante. E se for descoberta a identidade do agressor, que punição ele pode sofrer, Ana?
[Ana]
Depende. O problema pode ser mediado e discutido sem que se chegue às vias legais. Por exemplo, quando acontece dentro da escola, a equipe pedagógica pode intermediar uma solução entre as partes. Mas, se for necessário, o caso também pode ser encaminhado a uma delegacia, ao Conselho Tutelar ou até mesmo à Justiça, com punições variadas, de acordo com a gravidade da violência.
[Miguel]
O tema é mesmo muito sério. O cyberbullying pode provocar traumas muito fortes. Ninguém deveria ter que passar por isso! Mas, fazendo este trabalho, percebi que uma das melhores formas de evitar o problema é conversar sobre o assunto.
[Ana]
Isso mesmo, Miguel. E, se você já sofreu ou sofre algum tipo de hostilidade nas redes sociais ou em aplicativos de mensagens, não esconda o sofrimento e converse com um adulto de sua confiança. Ele deve ser capaz de dar um encaminhamento à questão. O diálogo é mesmo a melhor solução.
[Miguel]
Agora é hora de colocar no papel tudo isso que conversamos.
[Ana]
Vamos nessa!
[Locutor(a)]
O áudio inserido neste conteúdo é da Freesound.