APRESENTAÇÃO
Caros colegas professores,
Este livro é o terceiro volume desta coleção, em que o primeiro e o segundo volumes são direcionados ao ensino da Educação Física para o 6º e 7º anos, enquanto o último relaciona-se ao 9º ano.
Os volumes foram estruturados com base nas unidades temáticas (Brincadeiras e Jogos, Esportes, Ginásticas, Danças, Lutas e Práticas Corporais de Aventura) e orientações normatizadas pela Bê êne cê cê (BRASIL, 2018). Em 2019, foram descritos os Temas Contemporâneos Transversais na Bê êne cê cê, que são abordados por meio de propostas intradisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. Esses temas se articulam com os blocos de conteúdos temáticos da perspectiva de convergência de abordagens da Educação Física escolar adotada nesta obra (SANCHES NETO, 2017).
A proposta da coleção foi inspirada em nossa experiência como professores da Educação Básica e pesquisadores de nossa prática pedagógica. Conhecemos os desafios encontrados na rotina escolar com relação aos espaços, tempos e ao acesso a materiais adequados. Para superarmos tantos obstáculos, trazemos um desejo de partilharmos práticas que contribuam para a manutenção da esperança na valorização da atuação docente. Dessa fórma, propomos um trabalho que pretende encaminhar nossos estudantes em seus percursos formativos de cidadãos comprometidos com um mundo melhor.
Vale dizer que acreditamos no livro didático como suporte e não como algo que engesse práticas e ideias. Assim, julgamos que cada unidade pode ser um incentivo a novas buscas e propostas, sempre originadas no encontro do professor com sua turma.
Ao organizar os volumes e pensar nas escolhas das práticas a serem ensinadas, consideramos não só a tradição e a relevância social, mas também ponderamos a importância de trazer práticas pouco conhecidas e exploradas no âmbito escolar, ampliando possibilidades e o repertório das manifestações da cultura corporal de movimento.
Reforçamos nossa crença numa perspectiva de formação continuada, ampliando a compreensão sobre o ensino de Educação Física para além do movimento, priorizando práticas que viabilizem o protagonismo do estudante em sua aprendizagem, propondo situações de efetiva participação na escola e na comunidade, destacando ações que impulsionem uma construção coletiva em cada unidade escolar do Brasil.
Finalizamos agradecendo a confiança em nosso material e desejando momentos de aprendizagens significativas e enriquecedoras para você e suas turmas!
Os autores
SUMÁRIO
- Introdução 6
- Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) na BNCC 6
- Perspectivas da Educação Física 8
- Organização da coleção 10
- Plano de desenvolvimento para o 8º ano (por bimestre, trimestre e semestre) 12
- ESPORTES DE COMBATE, REDE E PAREDE 14
- Raio-X da unidade 14
- Competências da BNCC, 14
- Habilidades de Educação Física da Unidade Temática, 14
- O que veremos nesta unidade, 14
- De olho nas imagens 15
- Por dentro do tema 15
- A sociedade do espetáculo e da indústria cultural 16
- O processo de esportivização do karatê 16
- Vamos à prática!: Karatê com balões 21
- Conectando saberes: A espetacularização das lutas esportivizadas 22
- Esportes de rede e parede: por que juntos? 24
- Esporte de rede: punhobol 24
- Esporte de parede: pelota basca 26
- Vamos à prática!: Punhobol e pelota basca 27
- Avaliando em diferentes linguagens 29
- Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes: A esportivização e a espetacularização: da reflexão à ação 30
- LUTAS DO MUNDO E SUAS TRANSFORMAÇÕES 32
- Raio-X da unidade 32
- Competências da BNCC, 32
- Habilidades de Educação Física da Unidade Temática, 32
- O que veremos nesta unidade, 32
- De olho nas imagens 33
- Por dentro do tema 33
- A trajetória histórica do boxe 34
- Conectando saberes: Personalidades do boxe 38
- Avaliando em diferentes linguagens 39
- Vamos à prática!: Nocaute na bexiga 40
- Conectando saberes: Dambe: boxe nigeriano 41
- Vamos à prática!: Dambe adaptado 42
- Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes: Agregando valores com os jogos de luta 44
- DANÇAS DE SALÃO 46
- Raio-X da unidade 46
- Competências da BNCC, 46
- Habilidades de Educação Física da Unidade Temática, 46
- O que veremos nesta unidade, 46
- De olho nas imagens 47
- Por dentro do tema 47
- Pelos caminhos da dança de salão 47
- Dança e resistência: tango e samba-rock 48
- O samba que tem rock e outros ritmos 49
- Vamos à prática!: No ritmo do samba-rock 50
- Conectando saberes: Música da diáspora africana 51
- Percursos do tango 53
- Conectando saberes: Dança às cegas 56
- Vamos à prática!: Nos passos do tango 57
- Avaliando em diferentes linguagens 58
- Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes: Festival de danças 60
- GINÁSTICAS DE CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL E DE CONDICIONAMENTO FÍSICO 62
- Raio-X da unidade 62
- Competências da BNCC, 62
- Habilidades de Educação Física da Unidade Temática, 62
- O que veremos nesta unidade, 62
- De olho nas imagens 63
- Por dentro do tema 64
- O que é a ginástica de conscientização corporal? 64
- Ioga 64
- Vamos à prática!: Posturas de ioga com nomes de animais 68
- Avaliando em diferentes linguagens 69
- Conectando saberes: Ioga e sistema respiratório 70
- Caminhar é preciso! 71
- Recomendações e cuidados ao caminhar 72
- Vamos à prática!: Da caminhada na escola a um programa de caminhada 74
- Conectando saberes: Alimentação saudável 76
- Avaliando em diferentes linguagens 77
- Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes: Multiplicadores dos saberes sobre ginástica 78
- PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E PRESERVAÇÃO DA NATUREZA 80
- Raio-X da unidade 80
- Competências da BNCC, 80
- Habilidades de Educação Física da Unidade Temática, 80
- O que veremos nesta unidade, 80
- De olho nas imagens 81
- Por dentro do tema 81
- O que é corrida de orientação? 81
- Conectando saberes: Rosa dos ventos e os pontos cardeais: construindo um mapa 85
- Vamos à prática!: Caminhada de orientação 1 86
- Modalidades das corridas de orientação 87
- Breve história da corrida de orientação 88
- Vamos à prática!: Caminhada de orientação 2 89
- Conectando saberes: Saúde mental: bem-estar e as práticas corporais de aventura na natureza 90
- Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes: Devastação ambiental e práticas de sustentabilidade 92
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 94
INTRODUÇÃO
Temas Contemporâneos Transversais ( tê cê tês) na Bê êne cê cê
De acordo com o documento Temas Contemporâneos Transversais na Bê êne cê cê: Contexto Histórico e Pressupostos Pedagógicos (BRASIL, 2019, página 8), “ reticências os Temas Transversais foram recomendados inicialmente nos Parâmetros Curriculares Nacionais ( pê cê êne), em 1996 reticências”, mas tornaram-se uma referência obrigatória a partir da publicação da Base Nacional Comum Curricular ( Bê êne cê cê). Além disso, a base incorporou temas contemporâneos para atender às novas demandas sociais.
Os tê cê tês permitem a efetiva educação para a vida em sociedade, construção da cidadania e formação de atitudes e valores (BRASIL, 2019). Além disso, estão vinculados ao desenvolvimento das dez competências gerais da Bê êne cê cê.
Fonte: BRASIL. Novas Competências da Base Nacional Comum Curricular ( Bê êne cê cê). Futuro. Brasília, 2018, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( Inépi).
Os tê cê tês não pertencem a uma disciplina específica, mas as transpassam e são pertinentes a todas. Existem múltiplas possibilidades didático-pedagógicas para a abordagem dos tê cê tês e que podem integrar diferentes modos de organização curricular em três níveis de complexidade:
Fonte: (BRASIL, 2019, página 9).
• Intradisciplinar: integrada aos conteúdos de cada componente curricular.
Exemplo: Em “Conectando saberes de dança”, do 8º ano, propõe-se uma discussão com o tê cê tê Educação para os direitos humanos, tematizando a deficiência visual e a prática da dança de salão. Propõe-se uma vivência de dança com os ólhos vendados para estimular a autoconfiança, a consciência corporal e o reconhecimento das possibilidades de movimento.
• Interdisciplinar: diálogo entre os campos do saber, em que cada componente acolhe as contribuições dos demais, ou seja, promovendo interação entre eles.
Exemplo: Em Ciências, os estudantes aprendem sobre o sistema cardiovascular e respiratório, e, na Educação Física, estudam como esses sistemas se comportam durante a prática da atividade física ou exercício na unidade Ginástica com Ioga e Caminhada, no 8º ano. Inclusive, podem estabelecer parcerias, sugerindo a confecção de maquetes simples sobre tais sistemas para reforçar as aprendizagens, verificando a relação entre os conteúdos teóricos e práticos.
• Transdisciplinar: flexibilização das barreiras entre as áreas do conhecimento, reduzindo a fragmentação do conhecimento e buscando compreender os múltiplos e complexos elementos da realidade que afetam a vida em sociedade.
Exemplo: A saúde, ao ser tema do projeto político-pedagógico da instituição escolar, pode ser abordada integrando as discussões de cada componente curricular, como os aspectos históricos, filosóficos, artísticos, geográficos etcétera, de maneira que haja uma integração do que será discutido.
A seguir, apresentamos os tê cê tês, concebidos em seis macroáreas e quinze áreas (BRASIL, 2019), bem como alguns exemplos de como são desenvolvidos ao longo desta obra.
TCT |
EXEMPLOS |
---|---|
Meio ambiente |
9º ano – Dança de salão |
Economia |
9º ano – Esportes de campo, taco e invasão |
Saúde |
8º ano – Saúde mental: bem-estar e as práticas corporais de aventura na natureza |
Cidadania e civismo |
6º ano – Ginásticas de condicionamento físico |
TCT |
EXEMPLOS |
---|---|
Multiculturalismo |
6º ano – O universo cultural das lutas brasileiras |
Ciência e tecnologia |
7º ano – Jogos eletrônicos nos tempos modernos |
A transdisciplinaridade não significa apenas que os componentes curriculares colaborem entre si, mas significa, sobretudo, que exista um pensamento organizador e complexo que ultrapasse as próprias disciplinas.
É importante ressaltar que a proposta de trabalho com esses temas não deve apenas salientar os problemas pesquisados e estudados, mas discutir fórmas de como solucioná-los numa perspectiva integrativa. Por exemplo, os estudantes do 6º ano pesquisam, na unidade temática “Práticas Corporais de Aventura”, a possibilidade da realização de parkour nas praças próximas à escola, identificando os obstáculos para a prática, verificando se esses locais são adequados e seguros ou em situações precárias, seja pela má conservação, seja pelo mau uso dos seus frequentadores. Como solução, realizam uma campanha de preservação na comunidade e escrevem uma carta à administração da praça ou prefeitura, salientando os problemas e reivindicando ações.
Perspectivas da Educação Física
De fórma a propor práticas pedagógicas que envolvessem os tê cê tês e que fossem relacionados à sistematização de conteúdos temáticos que fundamentam a coleção, procuramos contemplar os quatro blocos de conteúdos temáticos: elementos da cultura corporal, movimentos do corpo humano, demandas ambientais, aspectos pessoais e interpessoais do movimento do corpo humano (SANCHES NETO, 2017):
Fonte: SANCHES NETO, 2017, página 26.
Os temas são apenas indicativos, e não representam qualquer hierarquia ou linearidade. O pressuposto central é que a especificidade da Educação Física está na convergência e na integração dos blocos temáticos, e não em conteúdos isolados (SANCHES NETO, 2017). Eles devem ser abordados estabelecendo suas relações durante toda a Educação Básica, aumentando a complexidade no decorrer dos anos, como apresentado na figura a seguir.
Fonte: SANCHES NETO, 2017, página 25.
Com base na sistematização desses quatro blocos de conteúdos, propomos os seguintes princípios didáticos: construção de conceitos com base na realidade de vida dos estudantes, autodisciplina; registro de conceitos; avaliação contínua; relação com o projeto político-pedagógico da escola e planejamento participativo, além dos princípios exemplificados a seguir:
- Atividades paralelas: diferentes vivências com o mesmo objetivo da aula. Para otimizar os recursos, na prática dos esportes de rede e parede, foram organizados grupos que se revezavam para usar os diferentes implementos que a escola dispõe: raquete de tênis, adaptada com garrafa péti etcétera
- Grupos operacionais: trabalho em equipe com troca de saberes. Na corrida de orientação, o estudante com maior compreensão da tarefa auxilia o colega na interpretação do mapa.
Além disso, são sugeridos dez critérios de avaliação: envolvimento, conhecimento tácito, aproveitamento de demonstrações visuais, procedimentos específicos, conhecimento declarativo, aproveitamento de instruções verbais ou gráficas, conceitos específicos, assiduidade; atitudes específicas e participação objetiva.
Para que a avaliação contribua de fórma positiva e eficaz para a tomada de decisões no planejamento das aulas, é necessário que seja organizada e realizada durante todo o processo educativo. Deve-se constituir instrumento de aplicação permanente, processual e diária, gerando a reflexão e o novo planejamento. Afinal, por se tratar de uma atividade extremamente complexa, não pode ficar restrita a um único instrumento nem a um só momento.
Como defende Rrófman (2009), a avaliação se dá em vários espaços escolares, com procedimentos de caráter múltiplo e complexo, incluindo o processo de observar, analisar e promover melhores oportunidades de aprendizagem. Em um grupo heterogêneo, o professor deve compreender e acolher os estudantes em suas diferenças e estratégias próprias de aprendizagem para planejar e ajustar ações pedagógicas que favoreçam cada um e o grupo como um todo, tanto com apoios intelectuais quanto afetivos para a superação dos desafios. Portanto, o processo avaliativo acontece de fórma concomitante ao desenvolvimento das aprendizagens. Anotações sobre o desempenho bimestral dos estudantes, por exemplo, são oportunidades de o professor analisar o caminho percorrido até aquele momento.
Tradicionalmente, os sistemas de ensino solicitam uma avaliação objetiva, normativa e padronizada. Torna-se necessário o resgate da sensibilidade, do respeito ao outro, da convivência e de procedimentos dialógicos e significativos. A avaliação da aprendizagem consubstancia-se no contexto próprio da diversidade, com a flexibilidade necessária para fazer desafios particulares a diferentes estudantes em um mesmo grupo, sem discriminação, rótulos ou desrespeito.
Em cada aula, será observado a participação do estudante nas vivências e em suas atitudes, o aprendizado dos conceitos e como ele irá manifestar os procedimentos aprendidos. Com essa perspectiva avaliativa, transcendemos uma Educação Física que frise apenas aspectos motores e cognitivos, abrangendo um leque de saberes que os estudantes carregam de suas trajetórias de vida. Segundo Rrófman, o papel do avaliador é buscar a aproximação e o entendimento dos educandos com base em processos dialógicos e interativos. Ela propôs três princípios essenciais para a prática avaliativa:
• O princípio dialógico/interpretativo: avaliar como um processo de enviar e receber mensagens entre educadores e educandos e no qual se abrem espaços de produção de múltiplos sentidos para esses sujeitos. A intenção é a convergência de significados, o diálogo, a mútua confiança para a construção conjunta de conhecimentos.
• O princípio da reflexão prospectiva: avaliar como um processo que se embasa em leituras positivas das manifestações de aprendizagem dos estudantes, dos olhares férteis em indagações, buscando ver além de expectativas fixas, inclusive: quem o estudante é, como sente e vive as situações, o que pensa, como aprende, com o que aprende?
• O princípio da reflexão-na-ação: avaliar como um processo que se constrói na prática. O professor aprende tomando-se por base o diálogo que trava com os estudantes, com outros professores, consigo próprio, refletindo criticamente sobre o processo em andamento e evoluindo em seu fazer pedagógico. O que se faz com o que se vê? A reflexão e a comunicação com os educandos devem ser consideradas processos interdependentes, de significados compartilhados.
Dessa fórma, várias possibilidades didático-pedagógicas podem ser utilizadas para a abordagem dos tê cê tês, integrando diferentes modos de organização curricular, sempre com a finalidade de contextualização das disciplinas, conectando os estudantes a temas vivenciados em sua realidade e aproximando-os dos seus contextos sociais.
Organização da coleção
A coleção está organizada em quatro volumes, um para cada um dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º, 7º, 8º e 9º anos), com as unidades temáticas e seus respectivos objetos de conhecimento.
Cada unidade apresenta seções que contemplam as oito dimensões de conhecimento indicadas na Bê êne cê cê (BRASIL, 2018): experimentação, uso e apropriação, fruição, reflexão sobre a ação, construção de valores, análise, compreensão e protagonismo comunitário. Como explicita o documento, nas aulas devem ser abordadas as práticas corporais como fenômeno cultural, social, histórico, dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular e contraditório, para que os estudantes se apropriem da cultura corporal de movimento, favorecendo sua participação de fórma autônoma e autoral na sociedade. Dessa fórma, são propostas a experimentação e a análise da diversidade da cultura corporal de movimento em diferentes fórmas de expressão: corporal, estética, emotiva, lúdica e agonista, oportunizando aos estudantes a participação em contextos de lazer e saúde.
Seção do volume |
Descrição |
Recomendações didáticas |
---|---|---|
Raio-X da unidade |
Identificação das competências gerais, das competências específicas de Linguagens e de Educação Física, das habilidades de Educação Física. Síntese do conteúdo em “O que veremos nesta unidade”. |
Propostas e possibilidades: Tenha como referência as competências e as habilidades sugeridas na BNCC, mas sempre contextualizando-as à realidade escolar, às necessidades e aos anseios dos estudantes. |
De olho nas imagens |
Avaliação diagnóstica com imagem para instigar reflexões sobre o tema. São mostradas imagens e questões norteadoras para promover o contato inicial dos estudantes com as práticas corporais a serem estudadas, além de estimular a discussão e a reflexão inicial sobre os temas, contemplando as seguintes dimensões do conhecimento: análise e compreensão. |
Repertório cultural: Estimule a apreciação de imagens, apresentando diversas linguagens artísticas. |
Por dentro do tema |
Análise e compreensão dos conceitos, origem, exemplos e contexto da manifestação da cultura corporal de movimento. |
Compreensão dos conceitos: Contextualize como as práticas corporais foram criadas e transformadas nas diferentes sociedades, épocas, éticas e estéticas. |
Vamos à prática! |
São propostas vivências das práticas corporais da unidade temática. Cada atividade contém objetivos relacionados aos temas; materiais para a realização da atividade, até mesmo adaptados; procedimentos (organização da atividade, regras e demais formas de desenvolvê-la). A experimentação, a fruição, a reflexão sobre a ação e a construção de valores são dimensões do conhecimento expressas na seção. |
Segurança: Certifique-se de que as práticas sejam realizadas em locais seguros e com materiais adequados, evitando acidentes. |
Conectando saberes |
A seção contempla as dimensões de análise e compreensão, reflexão sobre a ação e construção de valores. Ela tem como objetivo proporcionar a intersecção de saberes entre a Educação Física e outras áreas do conhecimento ou os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs). A conexão de saberes abordará os blocos de conteúdos temáticos relacionados aos aspectos pessoais, interpessoais e demandas ambientais do movimento. |
Interdisciplinaridade: Faça parceria com os professores de outros componentes curriculares para tornar a aprendizagem mais significativa para os estudantes. |
Seção do volume |
Descrição |
Recomendações didáticas |
---|---|---|
Avaliando em diferentes linguagens |
Em algumas unidades, são propostas questões usando gêneros textuais diversificados relacionados aos conteúdos da unidade, incentivando a análise e a compreensão dos temas, a reflexão sobre a ação e a construção de valores. Essas questões têm como objetivo promover processos de autorreflexão sobre o aprendizado, estimular discussões no grupo e proporcionar uma avaliação para a retomada, ampliação ou aprofundamento dos conteúdos ou replanejamento das aulas. |
Respeito: Valorize as diferenças e perceba o ritmo de cada estudante. |
Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes |
Estão presentes propostas de intervenção, pesquisa e reflexão, com o objetivo de contribuir com a comunidade escolar. O uso e apropriação, o protagonismo comunitário e a construção de valores são dimensões do conhecimento presentes, em que a autonomia é favorecida por iniciativas no meio social e escolar no qual os estudantes estão inseridos. |
Avaliação somativa: Estimule o envolvimento objetivo e subjetivo, verifique os procedimentos, os valores e os conhecimentos específicos na construção de projetos coletivos para além da sala de aula e dos muros da escola. |
Na seção “Raio- xis”, são indicadas as competências gerais estimuladas na unidade e as competências específicas da área de Linguagens: 1. Construção social e cultural, 2. Diversidade de linguagem (artística, corporal e linguística), 3. Comunicação (verbal, corporal, visual, sonora e digital), 4. Argumentação, 5. Senso estético, 6. Cultura digital; assim como as competências específicas da Educação Física: 1. Cultura corporal de movimento, 2. Resolução de desafios e acervo cultural, 3. Reflexão crítica sobre saúde e doença, 4. Multiplicidade de padrões, 5. Respeito às diferenças e combate a preconceitos, 6. Sentidos e significados, 7. Identidade cultural, 8. Autonomia no contexto do lazer e saúde, 9. Cidadania, 10. Cooperação e protagonismo.
Para mais subsídios sobre o processo avaliativo e as bases que norteiam a avaliação nesta coleção, leia o item “Avaliação” na Introdução dos demais volumes desta coleção (6º, 7º e 9º anos).
Plano de desenvolvimento para o 8º ano (por bimestre, trimestre e semestre)
Sugerimos um plano de desenvolvimento com a distribuição das unidades temáticas e objetos de conhecimento comuns do 8º ano por bimestre, trimestre e semestre.
Justificativa
Como explicita a Bê êne cê cê, nas aulas devem ser abordadas as práticas corporais como fenômeno cultural, social, histórico, dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular e contraditório, para que os estudantes se apropriem da cultura corporal de movimento, favorecendo sua participação autônoma e autoral na sociedade. Desse modo, propõem-se a experimentação e a análise da diversidade da cultura corporal de movimento em diferentes fórmas de expressão: corporal, estética, emotiva, lúdica e agonista, oportunizando aos estudantes a participação em contextos de lazer e saúde.
Objetivos do volume
- Oferecer oportunidades para a experimentação e fruição da diversidade de práticas corporais, ressignificando-as de acordo com o contexto da comunidade escolar.
- Incentivar o respeito aos significados das manifestações culturais de movimento por diferentes grupos sociais e etários.
- Estimular o protagonismo dos estudantes por meio dos saberes articulados entre os componentes curriculares e os temas contemporâneos.
Legenda: cê gê = Competências Gerais, cê éle = Competências de Linguagens, cê ê éfe = Competências de Educação Física, agá ê éfe = Habilidades de Educação Física, tê cê tês = Temas Contemporâneos Tranversais e ó ê dê = Objeto Educacional Digital
1º semestre |
1º trimestre |
1º bimestre |
UNIDADE TEMÁTICA: ESPORTES |
2º bimestre |
UNIDADE TEMÁTICA: LUTAS |
||
2º trimestre |
UNIDADE TEMÁTICA: DANÇAS |
||
2º semestre |
3º bimestre |
UNIDADE TEMÁTICA: GINÁSTICAS |
|
3º trimestre |
4º bimestre |
UNIDADE TEMÁTICA: PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA |